Centro de Acolhimento ao paciente Oncológico do Hospital Araújo Jorge
Isabela Gonçalves da Silva Orientador: Ronan Reges Machado
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOIÁS UNI-ANHANGUERA CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
CENTRO DE ACOLHIMENTO AO PACIENTE ONCOLÓGICO DO HOSPITAL ARAÚJO JORGE
ISABELA GONÇALVES DA SILVA
GOIÂNIA JUNHO/2020
ISABELA GONÇALVES DA SILVA
CENTRO DE ACOLHIMENTO AO PACIENTE ONCOLÓGICO DO HOSPITAL ARAÚJO JORGE
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário de Goiás - UniANHANGUERA, sob orientação do Professor Arquiteto e Urbanista Ronan Reges Machado, como requisito parcial para obtenção do título de bacharelado, em Arquitetura e Urbanismo
GOIÂNIA JUNHO/2020
SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO DO TEMA ...................................................................................09
1 APRESENTAÇÃO DO TEMA
2 ABORDAGEM TEMÁTICA
3 A HUMANIZAÇÃO
2. ABORDAGEM TEMÁTICA .....................................................................................10 2.1. O CÂNCER .............................................................................................................. 10 2.2. O DIAGNÓSTICO .................................................................................................. 12 2.2.1. Tratamentos ........................................................................................................ 13 2.2.2. A Familia e o Paciente........................................................................................15 2.2.3. A Arquitetura como forma de apoio ............................................................16
3. A HUMANIZAÇÃO ............................................................................................... 17 3.1. A Humanização e o ambiente físico ............................................................... 18
4
4. CASAS DE APOIO EM GOIÂNIA........................................................................19 4.1. Casa de apoio ao Mineirense ............................................................................20 4.2. Pontos de interesse projetuais ........................................................................ 21
CASAS DE APOIO EM GOIÂNIA
5 REFERÊNCIAS PROJETUAIS
6 ÁREA DE INTERVENÇÃO
5. REFERÊNCIAS PROJETUAIS............................................................................... 22 5.1. MAGGIES MANCHESTER .................................................................................. 23 5.2. HOSPITAL SARAH KUBITSCHEK SALVADOR ............................................ 25 5.3. CENTRO DE ACONSELHAMENTO AO CÂNCER LIVSRUM ................... 27 5.3.1. Casa de Apoio ao Mineirense......................................................................... 31 5.4. QUADRO DE APROVEITAMENTO.................................................................... 33
6. ÁREA DE INTERVENÇÃO ........................................................................................34 6.1. CONTEXTO DA CIDADE .......................................................................................35 6.2. HISTÓRICO DO BAIRRO ......................................................................................36 6.3. BAIRROS VIZINHOS, MARCOS E PONTOS DE INTERESSE ...................38 6.4. SISTEMA VIÁRIO ....................................................................................................39 6.5. MOBILIÁRIOS URBANOS................................................................................... 40 6.6. GABARITO ................................................................................................................41 6.7. USO DO SOLO .........................................................................................................42 6.8. ADENSAMENTO / VEGETAÇÃO ........................................................................43 6.9. ASPECTOS FÍSICOS NATURAIS ........................................................................44 6.10. ÍNDICES DE RUÍDOS ...........................................................................................45 6.11. ÁREA DE INTERVENÇÃO...................................................................................46 6.12. CONDICIONANTES LEGAIS..............................................................................47
7 ASPECTOS RELATIVOS Á PROPOSTA
7. ASPECTOS RELATIVOS Á PROPOSTA ..............................................................49 7.1. Demanda Hospital Araújo Jorge ...................................................................... 49 7.1.1. Caracterização do público .............................................................................. 50 7.2. DEFINIÇÃO DO PROGRAMA ............................................................................ 51 7.2.1. Quadro síntese ....................................................................................................51 7.2.2. Desrição dos ambientes .................................................................................. 54 7.3. CONCEITUAÇÃO E PARTIDO ARQUITETÔNICO.........................................56 7.3.1. Conceito ................................................................................................................ 57 7.3.2. Partido ................................................................................................................... 58 7.3.3. Interpretações e Apropriações iniciais da Área ..................................... 59 7.3.4. Setorização ...........................................................................................................59 7.3.5. Aspectos formais ............................................................................................... 60 7.3.6. Sistema Construtivo .......................................................................................... 62 7.4. PROPOSTA PROJETUAL.......................................................................................63 7.4.1. Implantação...........................................................................................................63 7.4.2. Planta de estacionamento............................................................................... 64 7.4.3. Planta Térreo...........................................................................................................65 7.4.4. Planta 1° Pavimento...........................................................................................66 7.4.5. Planta 2º Pavimento...........................................................................................67 7.4.6. Cortes ..................................................................................................................... 68 7.4.7. Detalhes..................................................................................................................70 7.4.8. Facahdas .............................................................................................................. 71 7.4.9. Perspectivas......................................................................................................... 72 Referências........................................................................................................................78
RESUMO Este trabalho tem como abordagem principal um projeto de um Centro de Acolhimento ao paciente oncológico com foco nos pacientes do Hospital Araújo Jorge em Goiânia. Como será visto ao longo do trabalho, o Hospital Araújo Jorge é um dos maiores e melhores hospitais que trata o câncer e recebe pessoas de várias cidades e Estados. Com isso, e com a vivência ao longo dos anos, observa-se a falta de apoio a esses pacientes e sua familia. Além, da acolhida o intuito do projeto é fazer com que essas pessoas se sintam em casa, em um espaço apropriado com foco na humanização, utilizando a iluminação e ventilação natural, conforto térmico e conforto visual. Este Centro de Acolhimento trará uma nova visão de casa de apoio e o que é necessário para a recuperação das pessoas com câncer, como o psicológico ajuda na melhora e como elas podem se tratar de uma forma menos agressiva. Palavras chaves: Centro; Acolhimento; Pacientes; Humanização; Psicológico; Recuperação; Hospitais; Iluminação; Apoio.
1.
APRESENTAÇÃO DO TEMA
Este trabalho terá como assunto principal um Centro de acolhimento ao paciente oncológico que será inserido na área do projeto com intenção de acolhimento juntamente com a humanização para as pessoas que fazem tratamento de Câncer no Hospital Araújo Jorge. Segundo a Associação de combate ao Câncer em Goiás (ACCG)1 o Hospital Araújo Jorge é considerado referência no tratamento do Câncer2 no Centro-Oeste, sendo uma unidade de saúde privada e filantrópica (sem fins lucrativos), que atende em média 80% dos pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS), de todas as idades e com todos os tipos de Câncer. O Hospital também atende pessoas de outras regiões brasileiras principalmente Norte e Nordeste (Acre, Pará, Rondônia, Tocantins, Bahia). Ao todo o Hospital atende cerca de 30.000 pacientes, possuindo 166 leitos e realiza em média 83.000 procedimentos mensais. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA, 2018), “O Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que tem em comum o crescimento desordenado de células que invadem tecidos e órgãos”. Segundo
o
Observatório
de
Oncologia:
O tratamento do câncer é feito, basicamente, a partir da associação entre quimioterapia, radioterapia e/ou cirurgia, porém, a quimioterapia ainda é uma das modalidades terapêuticas mais utilizadas, sendo indicada para a maioria dos tumores [...].
1 2
As pessoas que fazem tratamento de câncer ficam com o psicológico bastante fragilizado, desde a descoberta da doença são grandes as expectativas destes para obter a cura. No entanto a pergunta é: é possível melhorar a vida de quem recebeu o diagnóstico de câncer? Ao longo do trabalho, diante de várias pesquisas será afirmado que podemos sim trazer a essas pessoas uma forma de acolhe-las, e mostrar como a humanização na arquitetura ajuda na recuperação do paciente oncológico. A escolha deste tema tem relação com a vivência que tive no acompanhamento do tratamento de câncer de mama da minha avó. Durante um período de quase dois anos, pude observar como os pacientes e acompanhantes sofrem com a falta de apoio estrutural e emocional, os usuários/pacientes são obrigados a passar um longo período ocioso nas proximidades do hospital, sem local apropriado de acolhimento. O centro de acolhimento será uma forma de amenizar o sofrimento dos pacientes e seus familiares durante o tratamento de câncer, um local de receptividade com humanização para que essas pessoas se sintam à vontade e tenham uma espera menos dolorosa.
A Associação de Combate ao Câncer em Goiás (ACCG) é uma instituição privada de caráter filantrópico, ou seja, sem fins lucrativos, que se dedica ao combate ao câncer.
Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células, que invadem tecidos e órgãos. Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores, que podem espalhar-se para outras regiões do corpo.
09
2.
ABORDAGEM TEMÁTICA
2. 1.
A doença - O câncer
Segundo o Médico Roberto Cezar de Conti (1994, p.9):
Genética
O câncer, doença crônica degenerativa, é conhecido desde os primeiros relatos da humanidade. Sua incidência, no entanto, tem crescido ocupando progressivamente os primeiros lugares em relação as outras doenças, que têm sido controladas pela melhoria do cuidado médico e saúde pública. Outro fator está no aumento da longevidade, pois o câncer se desenvolve mais frequentemente com o avançar da idade.
“Outras características que diferenciam os diversos tipos de Câncer entre si são a velocidade de multiplicação das células e a capacidade de invadir tecidos e órgãos vizinhos ou distantes, conhecida como metástase.” (INCA,2018) “As publicações e os estudos sobre incidência das doenças mostram que o câncer pode ser responsável pela segunda maior causa de morte no mundo.” (CONTI, 1994, p.10). Segundo
pesquisas
do
INCA
(2018):
Alimentação, estilo de vida, tabaco, falta de atividades físicas... Figura 1. O que causa o câncer? Fonte: INCA (2018).
“Entre 80% e 90% dos casos de câncer estão associadas as causas externas. As mudanças provocadas no meio ambiente pelo próprio homem, os hábitos e o estilo de vida podem aumentar o risco de diferentes tipos de câncer.” (INCA, 2018). No gráfico a seguir, figura 2 mostra os principais causadores do câncer.
O câncer não tem uma causa única. Há diversas causas externas (presentes no meio ambiente) e internas (como hormônios, condições imunológicas e mutações genéticas). Os fatores podem interagir de várias formas, dando início ao surgimento do câncer.
Na ção feito
figura 1 temos uma representapelo INCA sobre o que causa o câncer.
Figura 2. Os principais causadores do câncer Fonte: INCA (1997).
10
De acordo com o Organização Pan-Americana da Saúde (OP da saúde) “Cerca de um terço das mortes por câncer se devem aos cinco principais riscos comportamentais e alimentares: alto índice de massa corporal, baixo consumo de frutas e vegetais, falta de atividade física e uso de álcool e tabaco.” (2018). “Estima-se para o Brasil, biênio 2018 / 2019, a ocorrência de 600 mil novos casos de câncer para cada ano.” (Oncoguia, 2018) Na figura 5 mostra incidência de câncer em mulheres e homens no ano de 2012 em Goiânia.
Figura 3: Estimativas dos cânceres mais incidêntes em Goiânia Fonte: elaborado pela autora (2019), adaptado do Relatório anual 2017 ACCG (2017)
11
Segundo a revista Onco& (2018): O Brasil somará em 559 mil novos casos de câncer, com 243 mil mortes, em 2018. Até 2040 é esperado ainda um aumento de 78,5% dos casos, um dos maiores entre as principais economias mundiais. O Brasil, junto com outros países como Rússia, China e Países Bálticos, está entre os poucos que assistiram a um aumento geral de casos e mortalidade de câncer na última década.
Na figura 4 temos a estimativa dos cânceres mais incidêntes em Goiânia no ano de 2012 por sexo:
2. 2.
ta
O diagnóstico Segundo Roberto
o Cezar
de
Médico Conti
Oncologis- nância magnética. Todas são fundamentais e contribui bastante (1994, p.31): para o diagnóstico e dimensionamento da doença. (CONTI, 1994)
Os passos para o diagnóstico do câncer são por vezes muito fáceis, porém existem ocasiões em que precisamos lançar mão de métodos sofisticados. O requisito inicial é o bom senso do paciente e do médico oncologista (cancerologista). A participação do paciente, a partir do momento em que haja a menor desconfiança de que se trata de um câncer, será procurar um oncologista. Ao oncologista caberá definir e organizar os dados importantes relativos ao caso e fazer uso dos exames adequados para dimensionar o problema.
É de grande importância o médico informar ao paciente e conduzi-lo de acordo com os métodos necessários levando em consideração vários aspectos, dentre eles os humanitários. É como diz Paula e Laís (2011) na revelação do diagnóstico de câncer: [...] a depender de como o médico comunica o diagnóstico, poderá haver interferência na relação do paciente com a própria doença. Os médicos são obrigados legal e eticamente – como parte do consentimento esclarecido – informar corretamente os pacientes sobre riscos, os benefícios e as alternativas disponíveis de tratamento e quando necessário a existência dos cuidados paliativos.
Receber um diagnóstico de câncer não é fácil nem para quem está recebendo e nem para a família. A maior preocupação e pensamento da pessoa Geralmente ao descobrir a enfermidadiagnosticada é o risco de morte por conta da doença. de o paciente acaba sendo tomado pela raiva, De acordo com a associação brasilei- medo, sentimento de culpa e revolta. (VIDAL, 2014) ra de Linfoma e Leucemia (ABRALE, 2016): Quanto mais acompanhamento e apoio esse paciente tiAs manifestações emocionais mais comuns em pa- ver menos chances ele tem de despertar uma crise de ancientes com diagnóstico de câncer incluem a an- siedade, que logo mais se torna um quadro de depressão. siedade relacionada ao tratamento, pensamentos negativos a respeito da doença, sensação de esgotamento, alterações do sono, conflitos nos relacionamentos, sentimentos de vulnerabilidade e dúvidas existenciais, incluindo a questão da morte. Mesmo após o tratamento, costuma persistir a ansiedade, dessa vez, relacionada ao medo da doença voltar.
Portanto, é importante destacar que as equipes que tratam dos pacientes oncológicos devem deixar o mais claro possível sobre seu diagnóstico, os tipos de tratamentos e benefícios que eles possuem.
O diagnóstico hoje ficou mais fácil devido aos exames bioComo diz o Oncoguia (2017), ‘muitos tipos de cânquímicos que são capazes de dosar as substâncias produzidas por um tumor. Tem-se exames radiológicos que é utilizado para cer podem ser curados e outros podem ter tratamentodos os órgãos do corpo, desde uma simples radiografia, pas- tos que proporcionam uma vida relativamente normal.” sando por ultrassonografias chegando até a mais recente resso-
12
2. 2.1.
Tratamentos
Ao ser diagnosticado, o paciente recebe todo o apoio de equipe médica chamada multidisciplinar que aliada com os recursos terapêuticos torna o tratamento eficaz. Este grupo é de grande importância, ajudando o paciente com suas dúvidas, angústias, dificuldades e proporcionam equilíbrio para que seja tolerado todo os méto-
Figura 4: Tipos de tratamentos Fonte: elaborado pela autora (2019), adaptado do Oncoguia (2018).
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dos de tratamentos, tais como: cirurgias oncológicas, radioterapia, quimioterapia e imunoterapia. (CONTI, 1994) Na figura 4 temos a definição e como funciona cada tratamento citado:
Em todos os tipos de tratamento de câncer não precisamos só do Oncologista, como diz o Médico Roberto Cezar de Conti (1994): Além dos oncologistas clínicos, cirurgiões e radioterapeutas, deve-se contar com todas as especialidades médicas e profissionais da saúde como: enfermeiros, nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais. Propomos, portanto, com equipes multidisciplinares, fornecer as condições necessárias para o doente realmente chegar ao fim do tratamento com todas as suas etapas completadas em busca da cura ou de sua melhor qualidade de vida.
Quando se inicia o tratamento contra o câncer, seja ele qual for, a pessoa diagnosticada tem aquela esperança para que tudo ocorra bem. Mas quando faz as primeiras sessões de quimioterapia e ou radioterapia vem aquela vontade de desistir pelo fato de que as reações de ambas deixam essas pessoas muito debilitadas. A presença da família neste momento é essencial para ajudar no bem-estar e emocional do paciente, já que eles ficam muito fragilizados durante o tratamento. A quimioterapia e radioterapia são bastante agressivas para o organismo fazendo com que estas pessoas sintam vários efeitos colaterais. E importante destacar também o deslocamento das pessoas que fazem o tratamento de câncer da sua casa até o Hospital. Há uma espera muito extensa devido ao grande número de atendimentos. Isso faz com que eles se sintam mais cansados e desconfortáveis durante o recurso terapêutico. A seguir, na figura 5 temos um esquema que mostra o tipo de tratamento com seus respectivos efeitos colaterais.
Figura 5: Efeitos colaterais Fonte: elaborado pela autora (2019), adaptado do Oncoguia (2018).
14
2. 2.2.
A familia e o paciente
Ao receber o diagnóstico de uma doença tão grave a pessoa fica com o psicológico fragilizado e antes de tudo deve-se ter um familiar que vá acompanha-lo nas consultas e tratamentos para entender o quadro clínico e estágios do processo e conforta-lo emocionalmente. O impacto da noticia abala também a família que busca forças junto com o paciente para enfrentar o câncer, que é considerado uma das piores doenças gerando receio do risco de morte e dos tratamentos agressivos e mutilantes. (CONTI, 2019) Portanto não é fácil chegar com este tipo de notícia para um familiar, ainda mais se ele já for de idade ou estiver enfermo, a preocupação de que a pessoa fique mal com a noticia ou piore seu estado clínico acaba fazendo com que o paciente esconda a notícia por algum tempo. (CARVALHO, 2007) A Assistente Social do Instituto Nacional de Câncer Célia da Silva Ullysses de Carvalho (2007) diz que: A família de um paciente com câncer requer grande atenção em virtude do caráter crônico e da gravidade de que se reveste a doença. As consequências da doença se estendem à estrutura familiar, impondo a necessidade de reorganização para atender às necessidades cotidianas e os cuidados com o enfermo, mas também podem afetar os relacionamentos interpessoais. A existência da doença na família mobiliza sentimentos positivos e negativos que precisam ser compreendidos pelos profissionais de saúde.
Contudo, observa-se a importância da família em to-
15
das as etapas desde a descoberta do câncer até a recuperação do paciente. Diante de todo o estudo, devemos considerar de grande relevância o papel da psicologia nos cuidados emocionais da pessoa diagnosticada com a doença. De acordo com o Instituto Mario Penna (2018) “A Psico-oncologia consiste na interface entre a psicologia e a oncologia e traz como possibilidade a reestruturação da pessoa adoecida e reinserção do sujeito no mundo.” Não se pode ignorar o fato de estar doente, pois quando associado ao emocional pode acarretar sérios problemas na qualidade de vida do paciente e acaba atrapalhando o tratamento e a recuperação. (INSTITUTO MARIO PENA, 2018) A Psicologia busca em seu trabalho dar voz a subjetividade da pessoa adoecida bem como seus familiares e equipe, dando-lhes um espaço a ser construído. Através da fala, é ofertado ao paciente a possibilidade da construção de um posicionamento mais ativo frente a seu tratamento e escolhas, além de melhor enfrentamento da doença e adaptações necessárias. Para realização de um trabalho com o olhar integral para o adoecido, cabe ressaltar a importância da atuação conjunta da equipe interdisciplinar, dando voz ao desejo do paciente nas tomadas de decisões em seu tratamento e aspectos emocionais envolvidos durante e pós- tratamento. (INSTITUTO MARIO PENNA, 2018)
Aliada a psicologia para trazer qualidade de vida aos pacientes oncológicos temos um tema de grande importância que ajuda bastante na recuperação: A arquitetura como forma de apoio.
2. 2.3.
A Arquitetura como forma de apoio
O principal objetivo da Arquitetura é criar ambientes que proporcionam o bem-estar das pessoas que o utilizam. Analisando os ambientes hospitalares, temos observado a importância da humanização nestes espaços além da funcionalidade e o quanto que o ambiente pode influenciar no psicológico do paciente. (SHUMACHER, 2012) Como diz Janaína Shumacher (2012), “A nova tendência para projetos de estabelecimentos de saúde é a criação de ambientes que promovam a cura.” Tudo que está a nossa volta nos influencia de alguma forma. A luz que entra em nossa casa, o vento que circula no nosso jardim, as cores do interior dos quartos, tudo tem um modo de influenciar no nosso bem estar. Quando a pessoa fica o que ela menos precisa algo pertubador, como calor excessivo e um
Nas imagens 6 e 7 podemos observar como a utilização dos materiais e da vegetação causa uma sensação boa de leveza e alegria
Figura 6: Ambiente com humanização. Fonte: https://www.archdaily. com/878034/wind-sun-and-rain-how-and-why-to-let-weather-into-your-buildings. Acesso em: 18 Ago. 2019
em seu estado fragilizado no momento é passar por cores vibrantes demais, local sem humanização.
É de grande importância a questão de como tudo em nossa volta é disposto. O local da Janela, a entrada de luz, a circulação dos ventos e a presença da vegetação. Um ambiente que pode trazer a cura é aquele que tenha a preocupação com o psicológico do usuário. Um hospital já tem sua fama de ser um local ruim e que ninguém gosta de ficar, porém quando se utiliza corretamente dos objetos e disposição dos móveis , o uso dos materiais, a vegetação marcante, as cores e a temperatura agradável, temos outra visão de um lugar bom e interessante.
Figura 7: Ambiente com humanização. Fonte: https://www.archdaily. com/878034/wind-sun-and-rain-how-and-why-to-let-weather-into-your-buildings. Acesso em: 18 Ago. 2019
No entanto, pode-se concluir que a arquitetura tem uma função extremamente significativa na conduta dos pacientes oncológicos a cura, devido aos espaços propriamente planejados, simultaneamente com alguns recursos de humanização que será discorrido ao longo da temática.
16
3.
A HUMANIZAÇÃO
O significado de humanização diz que humanizar é o ato ou efeito de tornar humano ou mais humano, tornar benévolo, tornar acolhedor e favorável. (SIGNIFICADOS, 2019) A humanização na saúde se tornou mais frequente depois da criação da Politica Nacional de Humanização (PNH) que existe desde 2003 com a intenção de efetivar os conceitos do Sistema Único de Saúde (SUS) no dia a dia das práticas de atenção e gestão, melhorando a saúde pública no Brasil. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2019)
“(...) o desafio da humanização diz respeito a possibilidade de se estabelecer uma nova ordem relacional, pautada no reconhecimento da alteridade e no diálogo.” (KNOBEL; ANDREOLI; ERLICHMAN, 2008, p.201)
O Programa Nacional de humanização da Assistência hospitalar do Ministério da Saúde (PNHAH,2001) criado no ano 2000 com o intuito de promover uma nova cultura de atendimento à saúde diz que, a humanização é:
Não há humanização sem um projeto coletivo em que toda a organização se reconheça e, nele, se (re)valorize. É seu objetivo fundamental resgatar as relações entre profissional de saúde e usuário, dos profissionais entre si, da instituição com os profissionais e do hospital com a comunidade. (KNOBEL; ANDREOLI; ERLICHMAN, 2008, P.201)
(...) entendida como valor na medida em que resgata o respeito a vida humana. Abrange circunstâncias, sociais, éticas, educacionais e psíquicas presente em todo o relacionamento humano. Esse valor é definido em função de seu caráter complementar as aspectos técnicos-científicos que privilegiam a objetividade, a generalidade, a causalidade e a especialização do saber (...).
Contudo, com o intuito de acolher aos pacientes oncológicos dando a eles o direito de uma estadia mais convidativa e humana, o projeto terá o propósito de fazer com que essas pessoas se sintam em casa, para que o tratamento seja menos doloroso.
“Humanizar a relação com o doente realmente exige que o trabalhador valorize a afetividade e a sensibilidade como elementos necessários ao cuidar.” (CASATE; CORRÊA, 2005)
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Ter sensibilidade para a escuta e o diálogo, mantendo relações éticas e solidárias, envolve um aprendizado contínuo e vivencial, pouco enfatizado no ambiente de trabalho, levando-se em conta, ainda, o predomínio de estruturas administrativas tradicionais, rígidas e burocratizadas. (CASATE; CORRÊA, 2015)
O centro de acolhimento tem essa função como objetivo principal. Acolher as pessoas que não tem condições de pagar uma estadia por vários dias ou até por algumas horas. Veremos no decorrer do trabalho alguns exemplos de centros de apoio, a importância para os usuários e seu funcionamento.
3.1.
A humanização e o ambiente físico
Aspectos fundamentais para o conforto ambiental em ambientes hospitalares
Segundo Corbella (2003), uma pessoa está confortável em um ambiente quando se sente neutralidade com relação a ele. No entanto falando sobre ambientes hospitalares ou ambientes para receber pessoas enfermas, como as casas de apoio, a arquitetura pode contribuir e ter função terapêutica, ajudando no bemestar físico e mental com a criação de espaços aliados com a tecnologia que desenvolvem condições mais humanas. A seguir na figura 8 temos um esquema que aborda os aspectos fundamentais para o conforto ambiental em ambientes hospitalares: Figura 8: Aspectos fundamentais para o conforto ambiental em ambientes hospitalares Fonte: elaborado pela autora (2019), adaptado do ACR Arquitetura (2016); Corbella (2009).
18
4.
CASAS DE APOIO E RECUPERAÇÃO EM GOIÂNIA
As casas de apoio tem como função acolher as pessoas em tratamento de alguma doença e seus familiares quando necessário. Nos dias de hoje é bem comum encontrarmos instituições de apoio que dão este suporte as pessoas que vem de outras cidades vizinhas, oferecendo estadia, alimentação e
transporte. Essas casas de apoio são financiadas pela prefeitura da cidade de origem do paciente, que não tem condição de oferecer assistência de saúde para esses indivíduos. Em Goiânia encontramos algumas casas de apoio com esta finalidade, que será apresentada no Mapa 1 a seguir: Praça Dr. Pedro Ludovico Teixeira
0
Casa de apoio Olinta Guimarães-Itumbiara GO
19
Mapa 1: Casas de apoio e recuperação em Goiânia Fonte: elaborado pela autora (2019), adaptado do Google maps (2019)
250
500
1000m
4.1.
Casa de Apoio ao Mineirense - GO
A casa de Apoio de Mineiros é a mais próxima do Hospital Araújo Jorge e a escolhida para fazer uma visita com o intuito de entender o funcionamento desta e como as pessoas se sentem no período de estadia. - A casa de Apoio é financiada pela Prefeitura de Mineiros, sendo uma instituição filantrópica sem fins lucrativos que de vez em quando recebe doações; - Comporta pessoas da Cidade de Mineiros quem tem a necessidade de vir fazer tratamento e ou consultas de várias especialidades no âmbito da saúde; - Possui 89 leitos sendo separados por ala feminina e ala masculina; -Contém espaços para lazer; -É fornecido alimentação diária; - Recebe também acompanhantes de pacientes quando necessário; - Fornece apoio de transporte para levar e buscar os pacientes aos hospitais; - É rotativa, de acordo com a necessidade do paciente e de seu tratamento ele pode ficar por dias ou até meses. Na visita foi feito uma entrevista com um dos hóspedes para constatar como a casa de apoio é importante para essas pessoas. Relatos do Marcelo que está de acompanhante de seu familiar que trata de câncer no Hospital Araújo Jorge: “Essa casa de apoio é uma benção, o tratamento de câncer é demorado, as vezes não tem vaga ou a máquina estraga, en-
tão temos que ficar aqui pois é longe para ir e vir frequentemente.” (...) “já tem 2 meses que estou aqui na casa de apoio.” de
As figuras 09, 10, 11 e 12 mostram apoio com seu espaço de lazer e
a casa convívio.
Conclui-se a grande importância deste local para as pessoas que vão em busca de atendimento médico nos grandes hospitais de Goiânia como o Araújo jorge e Hosptital das Clínicas.
Figura 09: Fachada da casa de apoio de Mineiros Fonte: Isabela Gonçalves(2019)
Figura 10: Área de lazer casa de apoio de Mineiros Fonte: Isabela Gonçalves (2019)
Figura 11: Área de lazer casa de apoio de Mineiros Fonte: Isabela Gonçalves (2019)
Figura 12: Área de lazer casa de apoio de Mineiros Fonte: Isabela Gonçalves (2019)
20
4.2.
Pontos de interesse projetuais
Área 1
Área com 3.151m² com distância até o HAJ de 268,4 metros. O Terreno se localiza no St. Leste Universitário, tem um certo declive, possui uma praça em frente e dois possíveis acessos.
HOSPITAL ARAÚJO JORGE
Figura 13: Área de interesse projetual Fonte: Isabela Gonçalves (2019)
Figura 14: Área de interesse projetual Fonte: Isabela Gonçalves (2019)
Área 2
Área com 2.238m² com distância até o HAJ de 411,0 metros. O Terreno se localiza no St. Leste Universitário possui um pequeno desnível, é as margens da Marginal Botafogo e tem acesso pela Rua 10.
Área 3
21
Área com 2.941,0m² e distância até o HAJ de 30,0 metros. O Terreno se localiza no St. Leste Universitário, possui um pequeno desnível, é de esquina e tem acesso pela R. 10 e R.239 A Área 2 foi a escolhida pelo fácil acesso e por possuir pequena distância ao HAJ. Tem uma área considerável para o projeto e uma grande visibilidade pelo fato de estar em uma das principais avenidas do setor.
Mapa 2: Pontos de interesse projetuais Fonte: elaborado pela autora (2019), adaptado Google maps (2019)
0
15
30
60m
5.
REFERÊNCIAS PROJETUAIS
24
5.
REFERÊNCIAS PROJETUAIS 5.1. MAGGIE’S MANCHESTER
Uso do vidro
Uso de plantas
Figura 15: Centro de Manchester Fonte: https://www.fosterandpartners.com. Acesso em: 15 Ago. 2019.
FICHA TÉCNICA: Arquitetos: Foster + Partners Localização: Manchester, Reino Unido Área: 730 m² Ano do projeto: 2013-2016 Objetivo da Análise: Analisar a atmosfera doméstica, o foco da iluminação natural com o uso dos jardins como forma de ocupação e terapia, obeservando também o uso das cores e tecidos táteis.
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Figura 16: Centro de Manchester Fonte: https://www.fosterandpartners.com. Acesso em: 15 Ago. 2019
Os centros de acolhimento Maggies foram concebidos objetivamente para oferecer um acolhedor, ou seja, um lar longe de casa. Além do abrigo o Centro de Manchester é um local de refúgio que visa estabelecer uma atmosfera doméstica com um jardim com a utilização de bastante luz natural que penetra pelo teto, que são grandes triângulos sustentados por vigas de treliça de madeira leve. Os vidros utilizados ajudam a permear visualmente o contato com os jardins dispostos em todo o terreno. (FOSTER + PARTNERS, 2016)
Uso do vidro E l e me nto s decorativos Figura 18: Centro de Manchester - Sala interna Fonte: https://www.fosterandpartners.com. Acesso em: 15 Ago. 2019
Iluminação e ventilação natural Varanda para convivência com bastante iluminação natural
Figura 17 Centro de Manchester- Varanda Fonte: https://www.fosterandpartners.com. Acesso em: 15 Ago 2019
O edifício tem um plano retilíneo com uma varanda ampla que protege da chuva e se conecta com os espaços verdes. As portas de vidro deslizantes abrem a visão para o jardim criado por Dan Pearson Studio e cada sala de aconselhamento tem o privilégio de ter em frente o seu próprio jardim. As paletas dos materiais utilizados se concentra em cores quentes, madeira natural e tecidos táteis. Foram banidas qualquer tipo de referência a hospitais, como corredores e placas, tendo o foco principal em um ambiente totalmente doméstico.
Figura 19: Centro de Manchester - Formato cobertura Fonte: https://www.fosterandpartners.com. Acesso em 15 Ago. 2019 Figura 20: Centro de Manchester - Sala de estar Fonte: https://www.fosterandpartners.com. Acesso em: 15 Ago. 2019
Cores e texturas
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5.2. HOSPITAL SARAH KUBITSCHEK SALVADOR Sheds
Painéis coloridos que criam dinamismo nos ambientes Figura 22: Corredores internos Hospital Sarah Salvador Fonte: https://www.archdaily.com.br. Acesso em 17 Ago. 2019
Painéis coloridos Figura 21: Hospital Sarah Kubitschek Salvador Fonte: https://www.archdaily.com.br. Acesso em 17 Ago. 2019.
FICHA TÉCNICA: Arquitetos:João Filgueiras Lima (Lelé) Localização: Salvador, Brasil Área: 27.000,00 m² Ano do projeto: 1991-1994 Objetivo da Análise: Analisar a utilização dos sheds para promover a ventilação natural e cruzada nos ambientes, além do uso da arte e cores que auxiliam na recuperação dos pacientes. Observar a integração do espaço de leito com a vegetação do entorno.
25
Analisando o Hospital Sarah Bubitschek de Salvador podemos observar que o Arquiteto Lelé buscou utilizar formas de trazer um projeto com uma concepção mais eficiente e limpa, reduzindo o máximo possível o impacto ambiental, melhorando a integração do edifício com o entorno e utilizando sistemas de condicionamento para obter o conforto. (ARCOWEB,2019) Uma das principais soluções utilizadas por Lelé foi a criação dos sheds em praticamente toda a e extensão do Hospital. Eles são aberturas posicionadas geralmente no teto da edificação que tem a função de trazer a iluminação natural e fazer a troca de ar dentro dos ambientes que não recebem ar condicioando. Como forma de humanização o arquiteto pensou em criar alguns ambientes um pouco mais dinâmicos utilizando painéis coloridos que levam as pessoas a distração e ao conforto visual.
Figura 23: Salas com vista para vegetação Hospital Sarah Fonte: https://www.archdaily.com.br Acesso em: 17 Ago. 2019.
Figura 25: Corte esquemático sobre o funcionamento dos sheds Hospital Sarah Fonte: https://www.archdaily.com.br. Acesso em 17 Ago. 2019
Sheds
Uso do vidro que permeia o contato com a vegetação Figura 24: Refeitório Hospital Sarah Fonte: https://www.archdaily.com.br. Acesso em 17 Ago. 2019
Paisagismo externo
Entrada de ventilação natural pelas galerias
Figura 26: Galerias de ventilação Hospital Sarah Fonte: https://www.archdaily.com.br. Acesso em 17 Ago. 2019
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5.3. CENTRO DE ACONSELHAMENTO AO CÂNCER LIVSRUM
Ângulos diferentes
Pátios internos
Mesma forma com tamanhos diferentes
Iluminação zenital
Pátios internos
Figura 27: Fachada Centro de Aconselhamento ao Câncer Livsrum Fonte: https://www.archdaily.com.br. Acesso em 20 Ago. 2019
FICHA TÉCNICA: Arquitetos:EFFEKT (Escritório com 40 colaboradores) Localização: Næstvedgade, 2100 Copenhagen, Dinamarca Área: 740,0 m² Ano do projeto: 2013 Objetivo da Análise: Analisar a forma do edifício, sua tecnologia construtiva e como ele se dispõe no terreno; observar os materiais aplicados bem como o que foi utilizado para obter a iluminação natural e verificar o programa e a distribuição dos espaços internos.
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Figura 28: Centro de Aconselhamento ao Câncer Livsrum - O modelo Fonte: https://www.archdaily.com.br. Acesso em 20 Ago. 2019
O centro foi criado para atender as pessoas que fazem tratamento de câncer no Hospital Næstved na Dinamarca. Podemos observar que a composição formal do projeto é simples e limpa. O edifício foge dos modelos uniformes e tradicionais e os arquitetos propoem sete pequenas casas com somente térreo para promover a escala humana, contudo, trás riqueza ao local e uma mudança na visão espacial do entorno. Com a disposição dos volumes foram criados dois pátios centrais que tem como objetivo promover a interação social e trazer um senso de comunidade aos usuários.
Pátios internos
Ângulos diferentes Uso de piso amadeirado
Pátios internos
Uso da madeira Paisagismo
Figura 29: Centro de Aconselhamento ao Câncer Livsrum - O modelo Fonte: https://www.archdaily.com.br. Acesso em 20 Ago. 2019, modificado pela autora 2019.
Figura 30: Centro de Aconselhamento ao Câncer Livsrum - O modelo Fonte: https://www.archdaily.com.br. Acesso em 20 Ago. 2019, modificado pela autora 2019.
Ao analisar a forma do projeto observamos que os arquitetos brincam com os ângulos dos telhados das “casinhas”, que parecem os antigos mosteiros, e na forma como elas são dispostas no terreno, umas mais avançadas que as outras. Nota-se que é utilizado grandes janelas de vidro transparentes e perfil metálico para que tenha o máximo de aproveitamento da luz natural e também da ventilação cruzada. A madeira foi bastante utilizada na construção e em acabamentos para criar uma identidade e se diferenciar de um ambiente hospitalar, já que o foco é o bem estar dos pacientes .
Disposição das casas Figura 31: Centro de Aconselhamento ao Câncer Livsrum - O modelo Fonte: https://www.archdaily.com.br. Acesso em 20 Ago. 2019, modificado pela autora 2019.
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Legenda:
Organização Funcional
Hall de entrada Lounge Pátios centrais Banheiros Cozinha Biblioteca Academia Sala de encontros Salas de terapia Salas de estar
Figura 32: Organização funcional do Centro de Aconselhamento Fonte: https://www.archdaily.com.br. Acesso em: 20 Ago. 2019, modificado pela autora 2019.
Verificando os espaços dispostos, cada casinha tem sua função que em conjunto forma uma sequência coerente de diferentes espaços e funções, como salas de estar, cozinha, biblioteca, academia, lounge, salas de terapia e pátios internos de convivência. Ao observar a imagem 23 ao lado podemos notar a iluminação natural no ambiente, com o uso de aberturas nos telhados de cada bloco com fechamento em vidro transparente para que seja possível a penetração de luz.
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Acessos
Uso do vidro nas aberturas
Iluminação zenital e ventilação cruzada Figura 33: Lounge do Centro de Aconselhamento Fonte: https://www.archdaily.com.br. Acesso em 20 Ago. 2019, modificado pela autora 2019.
Pátios internos para convivência
Iluminação zenital
Figura 36: Pátio interno do Centro de Aconselhamento Fonte: https://www.archdaily.com.br. Acesso em: 20 Ago. 2019, modificado pela autora 2019.
Uso do vidro nas aberturas Figura 34: Academia do Centro de Aconselhamento Fonte: https://www.archdaily.com.br. Acesso em 20 Ago. 2019, modificado pela autora 2019.
Iluminação zenital
Figura 37: Corredores do Centro de Aconselhamento Fonte: https://www.archdaily.com.br. Acesso em 20 Ago. 2019, modificado pela autora 2019.
Humanização nos espaços Elementos táteis, cores neutras Figura 35: Sala de terapia do Centro de Aconselhamento Fonte: https://www.archdaily.com.br. Acesso em: 20 Ago. 2019, modificado pela autora 2019.
Layout dinânico Figura 38: Biblioteca do Centro de Aconselhamento Fonte: https://www.archdaily.com.br. Acesso em: 20 Ago. 2019, modificado pela autora 2019.
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5.3.1. CASA DE APOIO AO MINEIRENSE - GOIÁS
A casa de apoio ao Mineirense possui 89 leitos , sendo separados por ala feminina e ala masculina, contendo leitos no térreo para as pessoas debilitadas e que não conseguem subir escadas. Além disso possui área de lazer com espaço para jardinagem, sala para assistir televisão, mesas com jogos de damas e bancos para descanso. No programa também temos a cozinha em que são preparados todas as refeições do dia, sala de administração para as pessoas que cuidam do local e banheiros.
Figura 39: Fachada da Casa de apoio ao Mineirense Fonte: Isabela Gonçalves, 2019.
FICHA TÉCNICA: Localização: Setor Leste Universitário, Goiânia Goiás Área: 740,0 m² Ano do projeto: 2013
Objetivo da Análise: Analisar a forma como foi distribuído o programa e a distribuição dos espaços internos, principalmente a divisão dos leitos onde os pacientes ficam hospedados.
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Figura 40: Área de lazer e descanso Casa de apoio ao Mineirense Fonte: Isabela Gonçalves, 2019.
FUNCIONOGRAMA CASA DE APOIO AO MINEIRENSE
Jardim Sala de tv
LEGENDA Banheiro masculino
Ligação dos ambientes Banheiro masculino
Banheiro feminino
Banheiro feminino
Administração Leito p/ debilitados
Recepção
Leito p/ debilitados Leitos ala masculina
Leitos ala feminina
Espera Circulação vertical
Cozinha
Lavabo Área lazer e espera Entrada
Circulação vertical
Lavabo 1° PAVIMENTO
TÉRREO
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5.3.2. QUADRO DE APROVEITAMENTO
MAGGIE’S MANCHESTER Aproveitamento: Atmosferea doméstica, foco na iluminação natural, uso de jardins como forma de ocupação e terapia.
HOSPITAL SARAH KUBITSCHEK SALVADOR Aproveitamento: Uso de sistemas de ventilação natural cruzada como os sheds, o uso da arte e cores ue auxiliam na recuperação dos pacientes e utilizar a integração dos espaço com a vegetação. CENTRO DE ACONSELHAMENTO AO CÂNCER LIVSRUM Aproveitamento: O uso da forma com ângulos de telhados diferentes, a tecnologia construtiva e como o edifício se dispõe no terreno, utilização do programa que o projeto tem com a distribuição dos espaços internos.
CASA DE APOIO AO MINEIRENSE - GO Aproveitamento: A distribuição dos espaços internos com foco na disvisão dos leitos onde as pessoas ficam hospedadas.
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6.
ÁREA DE INTERVENÇÃO
6.1. Contexto da Cidade Em 20 de dezembro de 1932 uma comissão foi encarregada de achar um local para construir a nova capital, então eles acharam nas proximidades do povoado de campinas um sítio e decidiram implantar a futura capital, Goiânia. (CINTRA, 2010) Goiânia foi fundada em 24 de outubro de 1933 e planejada para ser a capital política e administrativa de Goiás. Seu plano inicial seria para 15 mil habitantes sendo concebido para no máximo 50 mil habitantes (DAHER, 2009) Pedro Ludovico Teixeira encarregou o Arquiteto e Urbanista Atíllio Corrêa Lima para projetar a nova capital. Outro urbanista chamado Armando Godoi também teve participação nos projetos reformulando o antigo projeto, assinando o plano diretor da cidade em 1935. (CINTRA, 2010)
Goianira, Guapó, Hidrolândia, Inhumas, Nerópolis, Nova Veneza, Santo Antônio de Goiás, Senador Canedo, Terezópolis de Goiás e Trindade.(IPEA, 2015)
Contudo, Goiânia foi eleita como capital com maior qualidade de vida segundo o Instituto Brasil América. Também foi considerada como a cidade brasileira com melhor infraestrutura de acordo com os dados do Senso Demográfico (IBGE, 2010), e está segundo o índice Firjam de desenvolvimento Municipal (IFDM, 2013), entre as 10 cidades que apresentam maiores índices de evolução socioeconômicas, ocupando a sétima colocação, sendo considerado os aspectos nas categorias de emprego e renda, saúde e educação.
A Região metropolitana de Goiânia tem 256,8 km2 de área urbana e a cidade de Goiânia (a capital) possui 1,3 milhão de habitantes. O crescimento da cidade e a preservação da qualidade de vida da população requerem altos e constantes investimentos, especialmente em infraestrutura. (IPEA, 2015)
Não se pode negar o impacto populacional da Capital Goiana, ocasionando um grande crescimento econômico e com isso problemas socio-ambientais devidos aos municípios limítrofes a Goiânia. [...] na Região Metropolitana de Goiânia, denominados pela Lei Municipal Complementar nº 78/2010, como Grande Goiânia, a qual é composta por Goiânia, Abadia de Goiás, Aparecida de Goiânia, Aragoiânia, Bela Vista de Goiás, Bonfinópolis, Brazabrantes, Caldazinha, Caturaí, Goianápolis,
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Goiás Goiânia Mapa 2: Mapa de localização de Goiânia Fonte: Isabela Gonçalves, 2019.
6.2. Histórico do Bairro e Mapa de Localização da Área de Intervenção Em 1937, os irmãos e engenheiros Coimbra Bueno requisitaram ao Ministério da educação sugestões para os índices de educação e cultura do Estado com o objetivo de elaborarem projetos para futuras obras. (ALVARES, 1942)
ária
sit niver Av. U
Área de intervenção
Rua
St. Leste Universitário
239
Goiânia
Mapa 3: Mapa de localização da área de intervenção Fonte: Isabela Gonçalves, 2019.
“Coimbra e Bueno deixaram no plano geral, uma grande área para ser aí projetado o Setor Oeste, zona urbana de extensão futura de Goiânia”. (ALVARES, 1942). Ao norte do setor Oeste ligada ao Setor Central ficou estabelecida a Zona universitária, uma área reservada para o futuro Bairro universitário de Goiânia. (ALVARES, 1942)
Assim foram esboçados os estudos de uma Universidade em Goiânia, cujo programa construtivos compreende: reitoria e biblioteca central universitária, clubes e Casa do Estudante; Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, Colégio Universitário, Museu de História Natural, Faculdade de Medicina e cursos anexos especializados, hospital e ambulatórios-escolas, Faculdade de Direito, Escola de Engenharia, Instituto de Tecnologia e de Química Industrial, praças de esportes, piscina, ginásio, e mais instalações adequadas. (ALVARES, 1942)
O setor Leste Universitário antes de receber este nome se chamava Botafogo onde os primeiros moradores chegaram em 1936, e devido a isto, a história do setor se confunde com a própria história de Goiânia. Somente em 1956 o nome do setor foi substituído devido o complexo de faculdades que se instalaram por lá. (O POPULAR, 1987) A construção das Universidades Católica e Federal vieram como um surto de desenvolvimento na década de 50. Com isso o Setor Universitário teve uma melhoria considerável com a implantação das faculdades e com a proximidade do centro, sendo considerada um setor de classe média. (O POPULAR, 1987)
36
Em 1933, Atílio Correia Lima foi o idealizador mo residindo temporariamente, com isso possui granda construção da Praça Universitária, hoje um mar- de importância e tem grandes fluxos por esses motivos. co da arquitetura urbanística moderna de Goiânia e ponto de encontros com um museu a céu aberto feito por artistas plásticos goianos. (O POPULAR, 2004) A praça Universitária possui curvas sinuosas que lembram o movimento dos rios e foi projetada desta forma para diminuir a velocidade dos carros e para abrigar o complexo universitário do bairro na região central de Goiânia. (VANESSA, 2004) De acordo com o censo demográfico (2013), o Setor Leste Universitário possui cerca de 21.175 habitantes e uma área de 3.279 milhões de metros quadrados. Observamos que o Setor Leste Universitário foi basicamente criado para ser residencial e que tomou outros rumos não somente com a construção de Universidades renomadas, mas também com a implantação de Hospitais importantes para a população de Goiânia.
Figura 41: Imagem aérea Praça Universitária Fonte: https://oquerola.com/categoria/setor-universitario/, 2018.
Os hospitais implantados na época foram Hospital das Clínicas conhecido como HC, fundado em 1962 idealizado pelo professor Francisco Ludovico de Almeida. (EBSERH, 2018) e o Hospital Araújo Jorge inaugurado em 1967 com a idealização do Dr. Alberto Araújo Jorge (RELATÓRIO ANUAL, 2005 ACCG). Nos dias atuais, o setor possui uma população diversificada devido as Universidades e aos hospitais, pois recebe pessoas de outras cidades e Estados, mes-
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Figura 42: Fundação do Hospital de Câncer de Goiânia em 1967. Fonte: http://www.accg.org.br/timeline#,2010.
6.2.1. BAIRROS VIZINHOS, MARCOS E PONTOS DE INTERESSE
ANÁLISE
SETOR LESTE VILA NOVA
5
4
SETOR CENTRAL
3
O Setor Leste Universitário é um bairro bastante antigo e tem limites com outros bairros importantes na cidade como o Setor Central, Setor Sul e Jardim Goiás. Muitas pessoas desses bairros utilizam algum equipamento localizado no Leste Universitário, sendo estes em maior frequência hospitais, clínicas e Universidades. Foram destacados alguns marcos em referência como a Praça Cívica e Praça da Bíblia. Outros pontos de interesse foram notados, como as casas de apoio no entorno e hospitais relevantes.
16
1
2
Mapa 4: Mapa de bairros vizinhos, marcos e pontos de interesse Fonte: Isabela Gonçalves, 2019.
16 1 2 3 4 5
Praça Cívica Praça do Cruzeiro Catedral Metropolitana de Goiânia Praça da Bíblia Parque Mutirama
38
ANÁLISE
6.2.2. SISTEMA VIÁRIO
Analisando o sistema viário do setor podemos notar que é um região bastante movimentada por ser uma área de aspecto pedular, onde as pessoas vão trabalhar, estudar e a procura da saúde. No entanto temos como via espressa de 2° categoria a marginal botafogo em que conduz a população para fora do centro com o intuito de “desafogar” o trânsito . Outra via importante e com fluxo intenso temos a avenida Universitária ou rua 10, em que tem basicamente a função de via arterial considerada um corredor exclusivo pertencente ao corredor T-9 Leste, e que as pessoas utilizam como principal rota para chegar as universidades e hospitais. Como o Setor é utilizado por estudantes e por pessoas que vem em busca de um sistema de saúde, notamos que as ruas locais também possuem um fluxo considerável o dia inteiro, e não temos o uso somente de carros mas também muitos pedestres passam pelo setor para chegar ao seu destino.
Mapa 5: Mapa de Sistema viário Fonte: Isabela Gonçalves, 2019.
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Figura 43: Avenida Universitária Fonte: Isabela Gonçalves (2019)
Figura 44: Avenida Universitária Fonte: Isabela Gonçalves (2019)
6.2.3. MOBILIÁRIOS URBANOS
ANÁLISE Podemos observar no mapa de mobiliários urbanos que há bastante postes de iluminação pública, o que pode ser considerado que o setor tem uma ótima iluminação noturna, sendo bastante importante devido ao uso noturno por estudantes das Universidades. Ao longo da Avenida Universitária notamos vários pontos de ônibus coletivo o que é necessário e relativamente bom, por conta de possíveis acessos das pessoas que vem de outros bairros a fim de estudos, saúde e até passagem. Pelo Setor Universitário passam linhas de ônibus importantes, são elas: a linha 019, 020 e 021, ou seja, é um setor que pode ser considerado acessível quanto ao uso de transporte público. Falando de lixeira pública, estas são encontradas em maior quantidade somente na avenida universitária e dentro da praça universitária, deixando a desejar nas outras avenidas e vias locais.
Mapa 6: Mapa de Mobiliários Urbanos Fonte: Isabela Gonçalves, 2019.
Figura 45: Avenida Universitária Fonte: Isabela Gonçalves (2019)
Figura 46: Avenida Universitária Fonte: Isabela Gonçalves (2019)
40
6.2.4. GABARITO
ANÁLISE
Ao analisar o gabarito percebe-se que possui grande parte das edificações de até 2 pavimentos. Pode ser considerada uma região residencial de baixo gabarito por apresentar somente alguns edifícios com até 10 pavimentos. A área de intervenção se localiza próximo a edifícios de baixo gabarito, o que pode ser relativamente bom, devido não conter muitos obstáculos que impedem a circulação dos ventos predominantes. Os edifícios com até 10 pavimentos são de predominância Institucional e de saúde, havendo poucos redidênciais.
Figura 47: Avenida Universitária Fonte: Google maps (2019) Mapa 7: Mapa de Gabarito Fonte: Isabela Gonçalves, 2019.
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6.2.5. USO DO SOLO
ANÁLISE
Observando o mapa de uso do solo do Setor Leste Universitário, pode -se analisar que existe um maior uso de residências que faz com que o bairro tenha um índice de caminhabilidade constante. O uso institucional também é marcante, destacando as Universidades e escolas da região. Um outro uso que se destaca é a saúde, contendo dois hospitais (Araújo Jorge e Hospital das Clínicas) relevantes para a população, e clínicas especializadas de diversos atendimentos. Contém uma área considerável de uso misto e comercial, mais vistos nas principais ruas e avenidas. Os comércios da região são mais específicos, devido ser um local com grande movimentação de pessoas dos hospitais, apresenta algumas farmácias e restaurantes. Na zona estudada temos também o córrego botafogo que é uma área de preservação ambiental.
Mapa 8: Mapa de Uso do Solo Fonte: Isabela Gonçalves, 2019.
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6.2.6. ADENSAMENTO / VEGETAÇÃO
ANÁLISE Podemos observar com o mapa de adensamento que o Setor Leste Universitário já é bastante ocupado, possuindo poucos lotes subutilizados. Como este setor é bastante antigo, no começo quando estavam construindo as ruas e quadras houve uma quantidade considerável de invasão, em que até hoje, algumas familias permanecem no local sem registro de posse do lote utilizado. Falando em vegetação, a região apresenta grande massa verde, com bastante árvores de grande porte que ajudam no bioclima do setor. Goiânia possui um clima predominantemente tropical e seco, no entanto a vegetação é essencial para amenizar as ilhas de calor que encontramos na maioria das regiões urbanas. A área de intervenção está bem próxima a uma massa vegetativa que se encontra na praça universitária, não relativamente somente a praça mas as vias locais também são bastante arborizadas o que propicia o clima.
Área de intervenção Mapa 9: Mapa de Adensamento/Vegetação Fonte: Isabela Gonçalves, 2019.
43
Figura 49: Imagem aérea Praça Universitária Fonte: https://oquerola.com/categoria/setor-universitario/, 2018.
6.2.7. ASPECTOS FÍSICOS NATURAIS
ANÁLISE Podemos observar que a área escolhida fica próxima ao córrego Botafogo o que explica a topografia um pouco acentuada. Observando o estudo solar podemos notar que há uma maior insolação nas testadas dos lotes que estão viradas ao norte, no entanto será preciso uma maior atenção nesse aspecto para que não atrapalhe nenhum uso do programa e que seja usado a favor do projeto, já que uma das intenções é a utilização da iluminação natural. Os ventos predominantes vem da direção (OSO) com força predominante de 9km/h. Na área não possui tantas barreiras físicas devido ao baixo gabarito , o que pode ser um ponto positivo no projeto.
LEGENDA Área de intervenção
Mapa 10: Mapa de Aspectos físicos naturais Fonte: Isabela Gonçalves, 2019.
Curvas mestras Massa vegetativa Sentido dos ventos
Mapa 11: Insolação e ventos predominantes Fonte: Isabela Gonçalves, 2019.
44
6.2.8. ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA
ANÁLISE Como vimos na análise de sistema viário, o Setor Universitário é basicamente uma área com bastante fluxo de veículos e pedestres todos os dias. Com isso , havia uma necessidade de fazer uma verificação sobre os ruídos e os impactos deste para as pessoas que vivem no setor. No mapa conclui-se que as principais avenidas do setor e ruas que dão acesso a hospitais e universidades tem uma frequência de ruído maior, de 85dB á 100 dB (APSEI, 2019) onde é comprovado que é um ruído fatigante e até perigoso. As ruas locais também analisadas não ficam longe das de fluxos intensos, elas foram definidas como vias de ruídos moderados em que temos de 55dB á 84 dB, (APSEI, 2019) o que é considerado incomodativo. Portanto , esta análise é de grande importânica ao projeto já que o intuito é uma casa de repouso e acolhimento, para pessoas que estão fragilizadas, então deve-se levar em consideração a utilização de materiais que possam minimizar os desconfortos sonoros.
Mapa 12: Mapa de Ruídos Fonte: Isabela Gonçalves, 2019.
45
761
760
6.2.9. ÁREA DE INTERVENÇÃO 762
759
ANÁLISE
itária ivers
763
n ida U Aven
3
7.8
3
54.2
5
46.7
Á = 2.941,0 m²
45.4 6
39
2 Rua
9
31.3
8
4
17.3
763
7.4
3.41
Esc. 1:500 762
761
760
759
A área escolhida está inserida no Setor Leste Universitário localizado na Avenida Universitária com a Rua 239. Abrange os lotes 01, 02, 03, 69, 70 e 71 correspondendo a um terreno de 2.941,0 m². Fica a 30 m de distância do Araújo Jorge que é um dos pontos de interesse do projeto. A quadra em que está inserida é basicamente de configuração residencial, possuindo um fluxo intenso de veículos na Av. Universitária como foi visto nos estudos. Observando as curvas que passam pelo terreno podemos concluir que ele possui um desnível de 3,5 %. No local possui edificações com usos predominantes de comércios vicinais que serão desapropriados de acordo com o art. 115, inciso XII, da Lei Orgânica do Município de Goiânia, e o disposto no art. 5º, letra “i”, do Decreto - Lei n.º 3.365, de 21 de junho de 1941, onde será paga indenização para os proprietários, observando que a projeto que será implantado é mais pertinente para o local e trará benefícios aos usuários do Hospital.
Mapa 13: Mapa da Área de intervenção Fonte: Isabela Gonçalves, 2019.
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6.2.10. CONDICIONANTES LEGAIS Com referência ao Plano Diretor na Lei Complementar n°171 de 29/05 de 2007 os lotes 01-03, 60-71, Quadra 88, Rua 239 (Via Local) com a Avenida Universitária (Via Arterial), Setor Leste Universitário, está inserido em unidade territorial denominada Adensável-AA. O CNAE específico de acordo com os Parâmetros Urbanísticos é o 871150400- Centros de apoio a pacientes com câncer e Aids considerado o grau de incomodidade GI-1, e que precisa de regulamentação na Anvisa. De acordo com a Tabela sobre a Área de reserva técnica destinado a estacionamentos de veículos para o funcionamento de atividades econômicas específicas inserida no Anexo IV, conforme art. 224 da Lei Complementar nº 171/2007 – Plano Diretor de Goiânia, a área será considerada alojamento (Hotel) que com a área ocupada de 181m² até 540m² necessita de 1 vaga para cada 3 unidades. As edificações nesta área deverão atender as exigências urbanísticas estabelecidas conforme a tabela:
A via principal de frente ao lote é considerada arterial estruturadora e que de acordo com o Anexo I inserido no Quadro categoria de vias - Controle de Localização das Ativida-
47
des é permitido todos os tipos de usos exceto o de grau de incomodidade GI-5. No Anexo II da Lei Complementar nº 171 diz que a via estruturadora que é um corredor viário com largura mínima de 30m está classificada como corredor T-9. Segundo a Tabela I dos Parâmetros Urbanísticos – Afastamentos:
Conforme o Anexo III sobre área para serviço de carga e descarga, art. 224 Lei Complementar 171/2007 não é necessário possuir uma área destinada para carga e descarga pelo fato de estar classificado no Grau de Incomodidade GI-1.
vendo área de manobras para o acesso ao sanitário, camas e armários. Os armários devem atender a 7.4.2. Deve haver pelo menos uma área com diâmetro de no mínimo 1,50 m que possibilite um giro de 360°. A altura das camas deve ser de 0,46 m.”
Os terrenos lindeiros às vias arteriais e/ou as formadoras dos Corredores Estruturadores, Exclusivos e Preferenciais, integrantes da Macrozona Construída, definidos pelo Anexo II do Plano Diretor, deverão garantir uma distância mínima bilateral de 18,00 (dezoito metros), para os Corredores Estruturadores e Exclusivos e 15,00 (quinze metros), para os Corredores Preferenciais, medidos entre o início da divisa do lote e o eixo da referida via, independentemente dos afastamentos exigidos na Tabela I e conforme o Anexo 17, do Código de Obras e Edificações Lei Complementar Nº. 177 de 09/01/2008. De acordo com a ABNT NBR 9050, “nas edificações e equipamentos urbanos todas as entradas devem ser acessíveis, bem como as rotas de interligação às principais funções do edifício”; “Pelo menos 5%, com no mínimo um do total de dormitórios com sanitário, devem ser acessíveis. Estes dormitórios não devem estar isolados dos demais, mas distribuídos em toda a edificação, por todos os níveis de serviços e localizados em rota acessível. Recomenda-se, além disso, que outros 10% do total de dormitórios sejam adaptáveis para acessibilidade”; Condições específicas Em hotéis, motéis, pousadas e similares devem ser acessíveis de acordo com a NBR 9050: “As dimensões do mobiliário dos dormitórios acessíveis devem atender às condições de alcance manual e visual previstos na seção 4 e ser dispostos de forma a não obstruírem uma faixa livre mínima de circulação interna de 0,90 m de largura, pre-
48
7.
ASPÉCTOS RELATIVOS Á PROPOSTA 7.1. DEMANDA HOSPITAL ARAÚJO JORGE
NÚMEROS O Hospital Araújo jorge que está localizado no Setor Leste Universitário, recebe pessoas diagnosticadas com câncer de qualquer tipo, não somente de Goiânia mas também de outras cidades e Estados. Em 2018 foram atendidos cerca de 58.151 mil pessoas, com um total de 1.056.580 procedimentos efetuados. Foram 134.498 mil consultas ambulatoriais sucedidas, 13.753 mil cirurgias realizadas, aplicados mais de 58 mil doses de quimioterapia entre crianças e adultos e cerca de
232.761 mil aplicações de radioterapia.
Diariamente são realizadas mais de 200 consultas, aproximadamente 50 cirurgias, cerca de 500 procedimentos de radioterapia e mais de 600 aplicações de quimoterapia. Contudo, observamos a grande demanda do Hospital que conseguem atender essa quantidade de pacientes por dia, no entanto, essas pessoas ficam um certo tempo de espera para ser atendida, tendo que voltar para casa na maioria das vezes a noite.
ACCG, Relatório anual de 2018.
49
7.1.1. CARACTERIZAÇÃO DO PÚBLICO
Principal público que o projeto busca atender são as pessoas que estão em tratamento do câncer no Hospital Araújo Jorge. O HAJ atende por mês cerca de 30.000 pacientes de todas as idades. Passam pelo hospital aproximadamente 1.200 pessoas por dia. (ACCG, 2019)
FAMILIARES DE PACIENTES
Passar o dia
Acompanhar tratamentos demorados
Consultas rápidas
Tratamentos demorados
PACIENTES COM CÂNCER
As pessoas que vão ser atendidas pelo Centro de Acolhimento são mulheres, homens e criânças que tem entre 3 á 60 anos de idade, e lutam contra o câncer de qualquer tipo. Com isso, o Programa irá atender cerca de 400 pessoas, com a disponibiliadade de 96 leitos rotativos para aqueles que precisam ficar mais de um dia para tratamento.
50
7.2. DEFINIÇÃO DO PROGRAMA 7.2.1.Quaddro síntese
SETOR HOSPEDAGEM AMBIENTE
QUANTIDADE
ÁREA ÚTIL (M²)
ÁREA ÚTIL TOTAL (M²)
Quartos dormitórios tipo 1
12
4
36
360
Quartos dormitórios tipo 2
6
6
45
450
Quartos dormitórios tipo 3
4
3
28,15
112,6
Dormitórios de acompanhantes
2
10
26
52
Lazer íntimo
1
15
60
60
Sala de bate papo
1
10
20
20
Lavanderia
1
6
8
8
Copa / Cozinha
1
10
40
40
Almoxarifado
1
2
3,60
3,60
DML
1
2
3,60
3,60
Total área útil: 1.104,8 m² Área total construída: 1.436,24 m²
51
QTD. USUÁRIOS
* Área total construída acrescido de 30% de circulação
SETOR SOCIAL AMBIENTE
QUANTIDADE
QTD. USUÁRIOS
ÁREA ÚTIL (M²)
ÁREA ÚTIL TOTAL (M²)
Hall de entrada
1
15
26
26
Recepção
1
16
29
29
Sala bem estar
1
8
23
23
Espaço para atividades físicas
1
15
45
45
Sala do artesanato
1
10
15
15
Cozinha Multifuncional
1
50
70
70
Biblioteca
1
15
26
26
Espaço de cursos e palestras
1
16
29
29
Bazar humanitário
1
25
40
40
Jardim terapeutico / horta
1
10
17
17
Capela
1
25
29
29
Sanitário feminino
1
8
15
15
Sanitário masculino
1
8
13
13
Sanitário PCD feminino
1
1
3.2
3.2
Sanitário PCD masculino
1
1
3.2
3.2
Brinquedoteca
1
10
21
21
Pátio central
1
100
290
290
Total área útil: 694,4 m² Área total construída: 902,72 m²
* Área total construída acrescido de 30% de circulação
52
SETOR SAÚDE AMBIENTE
QUANTIDADE
QTD. USUÁRIOS
ÁREA ÚTIL (M²)
ÁREA ÚTIL TOTAL (M²)
Salas de terapia motivacional
1
12
12
12
Salas de atendimento individual
4
4
10
40
Ambulatório
1
3
11
11
Embarque de ambulância
1
5
16
16
Total área útil: 79 m² Área total construída: 102,7 m²
* Área total construída acrescido de 30% de circulação
SETOR SERVIÇO AMBIENTE
QTD. USUÁRIOS
ÁREA ÚTIL (M²)
ÁREA ÚTIL TOTAL (M²)
Administração
1
6
17
17
Arquivos
1
5
12
12
Almoxarifado
1
2
5
5
DML
1
3
5
5
WC funcionários
2
1
4
8
Sala funcionários
1
15
30
30
Central de gás
1
x
8
8
Central de lixo
1
x
8
8
Vagas de estacionamento
6
6
12,50
75
Vaga PCD
2
2
20,00
40
Total área útil: 208 m² Área total construída: 270,4 m²
53
QUANTIDADE
* Área total construída acrescido de 30% de circulação
7.2.2. Descrição dos ambientes SETOR DE HOSPEDAGEM: Setor onde ficará as pessoas que precisam de uma estadia temporária. Quartos dormitórios tipo 1: Espaço para descanso de uso rotativo com camas e banheiro que abrigará 3 pacientes e 1 acompanhante. Quartos dormitórios tipo 2: Espaço para descanso de uso rotativo com camas e banheiro que abrigará 5 pacientes e 1 acompanhante. Quartos dormitórios tipo 3: Espaço para descanso de uso rotativo com camas e banheiro que abrigará 2 pacientes e 1 acompanhante. Dormitários de acompanhantes: Espaço de descanso para 10 acompanhantes dos pacientes hospedados. Lazer íntimo: Sala de entretenimento com sofás de descanso, mesa de jogos e televisão. Sala de bate papo: local com puffs, sofás onde as pessoas podem interagir para se conhecerem melhor e ter convivência com os outros que estão hospedados. Lavanderia: Local com tanque e máquinas de lavar roupas para as pessoas que estão hospedadas. Copa / Cozinha: Local para as pessoas fazer ou esquentar sua própria comida. Almoxarifado: Espaço de armazenamento de folhas, produtos, equipamentos. DML: Espaço de armazenamento de produtos de limpeza com pia para limpeza.
SETOR SAÚDE: Setor onde as pessoas terão apoio psicológico em grupo e individual Salas de terapia motivacional: Salas onde terá encontros com profissionais e voluntários para motivação dos pacientes. Sala de atendimento individual: Sala de terapia psicológica ou fisioterapeuta com especialista que atendem individualmente. Ambulatório: Local onde são dados os primeiros socorros aos usuários que estão em estado mais delicado Embarque de ambulância: Local para embarque e desembarque de ambulâncias para quando houver necessidade
54
SETOR SOCIAL: Setor onde todas as pessoas podem utilizar contendo várias opções de entretenimento. Hall de entrada: Espaço de boas vindas. Recepção: Local de cadastramento das pessoas que vão utilizar o local tanto somente o dia quanto na hospedagem. Sala bem estar: Sala onde terá sofás, poltronas e televisão para as pessoas que esão esperando consultas ou sessões de quimioterapia. Espaço para atividades físicas: Espaço com equipamentos de ginástica e yoga para fazer exercícios e alongamentos. Sala do artesanato: Local destinado para as pessoas realizarem atividades artesanais com mesas e cadeiras. Cozinha Multifuncional: Cozinha integrada com refeitório onde são realizados todas as refeições para as pessoas que ficam hospedadas e que poderá acolher as pessoas de passagem. Biblioteca: Espaço com bastante livros, sofás e cadeiras para leitura. Espaço de cursos e palestras: Local que abrigará tanto pacientes como acompanhantes onde terá palestras e cursos. Brinquedoteca: Espaço para as crianças que fazem tratamento se distrair e brincar. Bazar humanitário: Local onde as pessoas poderão vender seu artesanato e as doações que recebem diariamente. Jardim terapeutico / horta: local com vários tipos de sensações que busca a interligação do paciente com a natureza Capela: Local destinado a religiosidade WC feminino e masculino: Banheiros que irão atender tanto as pessoas de passagem quanto os que estão hospedadas. Sanitários PCD masculino e feminino: Sanitário específico para pessoas com deficiência.
SETOR SERVIÇO: Setor destinado as áreas mais restritas de serviço Administração: Local destinado aos funcionários onde terão acesso e cadastros de todos que passam pelo Centro Arquivos: Local de armazenamento de arquivos e fichas. Almoxarifado: Local de armazenamento de folhas, pastas, produtos de artesanato e arte. DML: Local de armazenamento de produtos de limpeza Sala funcionários: Local destinado aos funcionários onde terá safá-cama para descanso e armários para utensílios pessoais WC funcionários: Banheiro destinado somente aos funcionários. Central de lixo: Local onde é depositado todo lixo produzido no centro, contendo separação dos resíduos. Central de gás: local onde armazena o gás utilizado nos preparos dos alimentos. Estacionamento: Vagas destinadas a veículos de pessoas que utilizam o local diariamente, funcionários e hóspedes.
55
Casa arrumada
7.3.
Casa arrumada é assim: Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz. Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário de novela. Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas... Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo: Aqui tem vida... Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar. Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha. Sofá sem mancha? Tapete sem fio puxado? Mesa sem marca de copo? Tá na cara que é casa sem festa. E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança. Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde. Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante, passaporte e vela de aniversário, tudo junto... Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda. A que está sempre pronta pros amigos, filhos... Netos, pros vizinhos... E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca ou namora a qualquer hora do dia. Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente. Arrume a sua casa todos os dias... Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela... E reconhecer nela o seu lugar. Carlos Drummond de Andrade (1902-1987)
CONCEITUAÇÃO E PARTIDO ARQUITETÔNICO
qu Casa com vida é aquela em
ea
entra e se sente bem e t n vin ge do.
56
7.3.1. CONCEITO
Lar O lar é onde passamos a maior parte do tempo. É um lugar de refúgio em que nos sentimos acolhidos e amados. O lar é de grande importância em nossas vidas e representa não somente a estrutura que nos abriga mas sim um lugar em que podemos nos sentir a vontade e que cuidamos dos mínimos detalhes para que não falte paz, amor, conforto e união. Como diz Carlos Drumond de Andrade: “casa
com vida é aquela que a gente entra e se sente bem vindo”. O Conceito do projeto é lar e representará para as pessoas que irão utilizar o centro de acolhimento um local para chamar de casa, em que eles se sintam realmente em seu próprio lar, onde terá amor, acolhida, paz e que fisicamente não se pareça com ambiente hospitalar para deixa-los mais a vontade e que seja capaz de despertar em seus usuários reações que contibuem em sua reabilitação e processo de cura física e mental. Da palavra lar foram abstraídas outras palavras de conceitos importântes que o Centro de acolhimento terá como função principal. As palavras foram: acolhimento, humanização, cura, qualidade de vida, superação, recuperação e psicológico.
57
{
Acolhimento
Humanização
Lar
Cura Qualidade de vida Superação Recuperação Psicológico
7.3.2.PARTIDO
Miguel
Lays
Julya
As imagens acima são casas na concepção de crianças com idade entre 4 e 12 anos. Podemos notar que todos os desenhos as casas são feitas com telhados de duas águas, com porta e janela para iluminação e ventilação. Em alguns notamos que os ângulos dos telhados são diferentes, um aspecto que norteará o projeto do Centro de Acolhimento. Ângulos diferentes
Analisando um triângulo escaleno observamos que ele possui os três lados completamente diferentes. Com isso podeAbrigo Tratamento mos representar cada lado diferente um tipo de pessoa que o projeto irá atender. Cada vértice também representa o que o centro de acolhimento irá fornecer: o convívio Família que os tornam como uma família; o tratamento tanto físico como psicológico e o abrigo com o ato da acolhida para que se sintam em casa.
Maria Eduarda
Ana Clara
Com isso o partido arquitetônico tem como principais premissas o aspecto físico de uma casa tradicional fazendo uma releitura desta com contemporaneidade, utilizando a iluminação natural, ventilação cruzada, o telhado tradicional de duas águas, e materiais que integram o edifício com a vegetação, contibuindo no processo de cada usuário.
Processo de composição da forma:
+
+
+
= 58
7.3.3. Interpretações e Apropriações iniciais na Área de Intervenção
7.3.4. Setorização
N
762
761
760
Setor hospedagem
Acesso
759
Setor Saúde
Setor hospedagem
Pátio Central
Setor Serviço
Setor Social
* Cota 759,0 = 0
Acesso 4,25 0 Figura 50: Interpretações e apropriações da Área de Intervenção.. Fonte: Isabela Gonçalves, 2019.
0
10
20
30
Podemos observar que o terreno possui um fácil acesso por estar situado em uma grande avenida, porém temos o impacto do grande fluxo de veículos gerando ruídos intensos. Do Hospital HAJ para o terreno são somente 30 metros o que facilita para as pessoas que estão mais debilitadas. Com isso de acordo com a análise acima, os setores de hospedagem ficaram dispostos mais ao lado do sol da manhã e ao fundo, onde temos menos intensidade de ruídos, o que ajuda na recuperação dos usuários. A barreira de vegetação disposta a oeste faz com que o clima fique mais ameno e quem entra, passa por um lindo jardim, se refresca do calor e pode esperar a baixo das copas das árvores.
59
Os setores foram distribuídos em relação ao fator bioclimático e a intensidade de ruídos. Destaca-se a ligação dos setores e a relação deles com o pátio central, onde será o ponto de encontro e convivência para os usuários. O acesso de pedestres ficaram pela Avenida Universitária e o acesso de carros na Rua 239 que é menos movimentada, sendo assim não há conflitos entre pedestres e veículos.
7.3.5. Aspectos Formais
1
23
rsi t
ive
rsi t
ári
a
ári
ida
ive
rsi t
ári
a
+ Un
ive
rsi t
Av en
ida
ári
a
Un
ive
Av en
ida
rsi t
ári
a
Ru a2
39
Un
Un
39
Av en
+ a2
ida
ive
rsi t
ári
a
Ru a2
Nas imagens ao lado temos o processo de extração de cada ângulo utilizado para a forma dos bloquinhos. Podemos observar que eles não possuem só os ângulos diferentes mas também a altura de cada bloco difere dos outros, tendo como resultado várias casinhas com alturas diferentes .
Av en
Ru
A forma surge de um prisma onde será extraído todos os ângulos dos telhados, sendo eles uma marca para o projeto. Como o intuito é se parecer como um lar, uma casa tradicional, foi feito blocos com telhados de duas águas. Mas para que não ficasse monótono, a forma levou um rumo contemporâneo com águas de angulações diferentes.
39
a
39
ive
a
Ru a2
Un
ári
Un
Ru a
ida
rsi t
ida
Ru
ive
9
Av en
Un
Av en
Ru
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a2 39
+
Av en
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2
60
Forma final
ida
39 rsi t
Un
ári
ive
a
rsi t
Av en
ida
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ive
39
Av en
Un
ári
a
Ru a2
ida
+
Av en
ida
a
Un
ive
rsi t
ári
a
Un
ive
rsi t
ári
a
9
Av en
ida
Un
23
=
ive
rsi t
ári
Ru a
ári
Ru
rsi t
39
a
ive
a2
ári
Un
Ru
rsi t
ida
39
ive
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Ru a2
Un
+
Av en
61
+ a2 39
ida
Ru
Av en
a2 39
3
a
Após a criação das águas dos telhados, o passo seguinte foi a distribuição deles no terreno. De acordo com os estudos de insolação, direção dos ventos e dos ruídos, os blocos maiores que serão de setor hospedagem ficaram dispostos ao leste e sul do terreno, pelo fato do conforto tanto térmico quanto acústico. Os outros blocos foram dispostos para que houvesse uma ligação interna com os ambientes sociais, ou seja, a distribuição final teria um formato de “O”, onde o foco principal seria o pátio interno que terá como função a convivência e encontro dos usuários do edifício. O intuito é que toda a parte interna dos blocos tenham uma visão para este pátio central, onde terá vegetação, caminhos, bancos e uma capela que é um elemento de luz para os usuários. Outro aspecto marcante no projeto são os beirais que se formam como molduras para cada bloco, deixando ele único com seu aspecto físico forte e atemporal.
7.3.6. Sistemas Construtivos ESTRUTURA METÁLICA Para estrutura foi escolhido como material o metal, que possui inúmeras formas de trabalhar e será útil para o processo contrutivo do projeto, já que ele possui formas e inclinações diferentes. Além de possuir flexibilidade na construção a estrutura metálica tem um prazo de execução mais rápida e limpa. Algumas partes da estrutura poderão ficar aparentes, sendo tratadas de forma adequada, levando um ar industrial e ao mesmo tempo comtemporâno. Figura 51. Estrutura Metálica. Fonte: https://www.tractuengenharia.com.br/industrial. Acesso em 20 de Out. 2019
PAINÉIS DE CONCRETO PRÉ FABRICADOS Para vedação e cobertura do projeto foi escolhido os painéis de concreto pré fabricado pelo fato de ser uma estrutura eficiente e que ajuda no equilibrio térmico além de ser um processo pré-fabricado, ou seja, vem pronto para a obra de acordo com o projeto e basta somente instalar. Os pré moldados são feitos para que se tenha um menor impacto ambiental possível, sendo composto por materiais recicláveis e de baixo efeito ao meio ambiente. Figura 52. Concreto Pré Fabricados. Fonte: https://www.tecnosilbr.com.br/o-que-sao-pre-moldados-de-concreto-e-qual-a-diferenca-com-os-pre-fabricados/. Acesso em: 20 de Out. 2019
VIDRO Para janelas, fachadas e espaços internos, será utilizado o vidro isulado com o objetivo da permeabilidade de luz natural dentro do edifício e para que seja um espaço mais compartilhado e com intuito de integração com a natureza. O vidro insulado tem a capacidade de trazer conforto acútisco além de impedir a transferência de calor para dentro dos ambientes. Será de grande aproveitamento, já que as duas testadas da edificação ficam ao norte e oeste, onde temos maior incidência de insolação alem de estar em uma via com ruídos intensos. Figura 53. Vidro. Fonte: https://www.telestruturasmetalicas.com.br/estrutura-metalica-para-lojas. Acesso em 20 de Out. 2019.
62
+0,00
+2,00
+3,00
+4,00
+5,00
l pita Hos Jorge jo Araú
7.4. Proposta projetual 7.4.1.Implantação
ária
a
nid Ave
ersit Univ
- Paginação externa com diferentes texturas e bastante permeabilidade. - Vegetação utilizada: Árvores de médio e grandeporte, floríferas e frutífereas.
cipal
o prin
Acess
cipal
o prin
Acess
i= 8,3%
+0,00
e so p
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s
+4,00
Aces
Jasmim-Manga
239
Amoreira Preta
so Aces s lo veícu
Rua
Manacá da Serra
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esta
63
Jaboticabeira
0
10
20
30m
Ipê Amarelo
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ária
ersit Univ
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Acess
7.4.2.Planta de estacionamento
cipal
o prin
Acess
LEGENDA:
Aces
so p
tres edes
1. Estacionamento 2. Central de gás 3. Lixo
Rua
239
1
so Aces s lo veícu
2
esta
so Aces mento a cion
3
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5
10
15m
64
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cipal
o prin
Acess
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cipal
o prin
Acess
7.4.3. Planta térreo
stres
pede
LEGENDA:
stres
pede
i= 8,3%
1
14 14
2
tres edes
6
5
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4
14 14
7
so p
1. Hall de entrada 2. Recepção 3. Sanitário PCD fem. 4. Sanitário PCD Masc. 5. Sala bem estar 6. Bazar Humanitário 7. WC feminino 8. WC masculino 9. Brinquedoteca 10. Cozinha Multifuncional 11. DML 12. Almoxarifado 13. Ambulatório 14. Dormitório tipo 1 15. Lazer íntimo 16. Horta 17. Dormitório tipo 2 18. Sala de bate papo 19. Capela 20. Academia 21. Biblioteca 22. Pátio Central
19
Aces
8 9
18
22 10
17 17
rga e reca
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15
11
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12
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Rua
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16
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5
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15m
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ária
ersit Univ
7.4.4. Planta 1° pavimento
cipal
o prin
Acess
cipal
o prin
Acess
LEGENDA:
i= 8,3%
1. Sala de artesanato 2. Terapia motivacional 3. Sala dos funcionários 4. Administração 5. Arquivos 6. Atendimento individual 7. Sala de palestras 8. Dormitório de acompanhantes 9. Terraço 10. Domitório tipo 1 11. Lazer íntimo 12. Dormitório tipo 2 13. Sala de estar 14. Dormitório tipo 3 15. Lavanderia 16. Almoxarifado 17. DML 18. WC Feminino 19. WC Masculino 20. Cozinha íntima
10 14 8 20 3
1
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17 16
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4
14
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15m
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7.4.5. Planta 2º pavimento
cipal
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Acess
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LEGENDA: 1
2
1. Dormitório tipo 1 2. Dormitório tipo 3 3. Dormitório tipo 2 4. Sala de estar
1
Aces
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tres edes
2
4
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67
so Aces mento a cion
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Rua
239
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0
5
10
15m
7.4.6. Cortes
2º Pav. +9,85
1º Pav. +6,75
Pav.Térreo +3,65
Estacionamento
Perfil natural do terreno
+0,65
CORTE AA
0
5
10
15m
Para se alcançar um solo mais profundo e resitente, foi escolhido a fundação em estacas tipo hélice contínua.
Iluminação zenital
Iluminação zenital
Ver detalhe
1º Pav. +6,75
Pav.Térreo +3,65
Estacionamento +0,65
Perfil natural do terreno
CORTE BB
0
5
10
15m
68
CORTES Iluminação zenital
2º Pav. +9,85
1º Pav. +6,75
Pav.Térreo +3,65
CORTE CC
+4,00
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5
10
15m
CORTE TERRENO
+3,65 +0,65
+0,00 0
69
5
10
15m
A topografia foi pensada para que todo o edifício tivesse o mínimo de desnível possível, pois a maioria dos usuários possuem mobilidade reduzida. Sendo assim foi criado um único platô no nível + 3,65 m, onde ficará todo o edifício. A opção foi no ponto mais alto do terreno fazer um pequeno rebaixo com muro de arrimo para começar o platô. Terá movimentação de terra com corte e aterro onde pode-se utilizar a terra que foi cortada para o aterro. Foi feito um corte do lado oeste do terreno para parte do edifício ficar em balaço e com sensação de estar flutuando. Neste corte foi posicionado algumas vagas para estacionamento. Este pequeno estacionamento será para alguns funcionários e para chegada de ambulância quando necessário. Ele fica semi enterrado sendo fechado por um brise onde circula vento e possibilita a entrada de luz. O restante do terreno ficou no seu perfil natural onde possivelmente estará grande parte da vegetação, criando uma barreira vegetativa.
SHAFT CONDUTOR DE ÁGUAS PLUVIAIS
LAJE EM CONCRETO ARMADO PROTEÇÃO MECÂNICA
IMPERMEABILIZAÇÃO COM MANTA ASFÁLTICA
GRELHA LUVA DE CONECÇÃO
TUBO DE PVC 100mm
SHAFT
7.4.7. Detalhes Para resolver a questão da será proposto onde temos tor que servirá como calha, shaft e que será despejado
queda e caminho das águas pluviais, encontro de duas águas, um conduconduzindo a água para tubulação em no poço de recarga do lençol freático.
POÇO DE RECARGA DO LENÇOL FREÁTICO TAMPA DE CONCRETO
VEM DA EDIFICAÇÃO ÁGUA PLUVIAL
CALÇADA SEGUE P/ GALERIA
150
CISTERNA P/ ACUMULAR ÁGUA PLUVIAL
BRITA P/ FACILITAR ABSORÇÃO DAS ÁGUAS PLUVIAIS
FUNDO DA CISTERNA C/ BRITA
CORTE POÇO DE RECARGA
ESC. 1:50
150
LAJE EM CONCRETO ARMADO
PLANTA POÇO DE RECARGA
ESC. 1:50
CORTE SHAFT ESC. 1:30
70
7.4.8. Fachadas
Fachada frontal
71
Fachada lateral esquerda
7.4.9. Perspectivas
Piso vinĂlico amadeirado
Revestimento amadeirado
Pintura tipo cimento queimado
72
73
74
Esquadrias pretas
Elemento vazado em aรงo corten (cobogรณ)
76
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