Heróis e ilustres poveiros

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COMEMORAÇÃO DO DIA DO MAR

Trabalhos realizados pela turma do 3º C da Eb1 dos Sininhos subordinado ao tema “ HERÓIS E ILUSTRES POVEIROS” Orientados pela professora Isabel Mata


Póvoa de Varzim, 18 de novembro de 2013

Hoje ouvimos a leitura do livro “Cego do Maio Anjo da salvação” de Manuela Ribeiro, para assinalar o Dia do Mar. O Dia do Mar comemora-se no dia 16 de novembro, esta data é destinada a chamar a atenção para a importância da navegação segura e da segurança marítima.

Cego do Maio, figura lendária, “enfrentou tempestades e marés, ondas gigantes e poderosas “ do tamanho da torre do sino” com o seu barquinho salva vidas...” “Cego pelo mar, cego do mar, cego para roubar ao mar mais um náufrago, ou dois, ou os que pudesse.” Dia do Mar foi também dia para falar, recordar um pouco sobre a vida deste herói poveiro. Depois foi a vez de fazermos um registo escrito. Uns optaram por recontar alguma informação ouvida, outros deram a sua opinião sobre o momento que mais gostaram, outros ainda resolveram fazer um registo em poesia: palavra puxa palavra... Vejam alguns dos nossos trabalhos alunos do 3º C da Escola dos Sininhos.


Cego do Maio, Anjo da Salvação José Rodrigues Maio, conhecido por Cego do Maio foi um herói poveiro. Foi corajoso ao longo de toda a sua vida, incluindo a hora do seu nascimento. Manuela Ribeiro foi pesquisar sobre este herói e escreveu um bonito livro. No dia em que o Cego do Maio estava para nascer, uma grande tempestade rebentou no mar e no céu. Duca, a mãe do Cego do Maio, estava aflita com o António, o seu marido. Ele estava quase a naufragar. Duca sentia uma enorme aflição no seu coração de esposa. Nessa altura rebentou-lhe a bolsa de águas. Tinha chegado a hora, mas... Cego do Maio teimava em não nascer. A avó Quitéria correu até à igreja da Matriz. Foi pedir ajuda aos santos. Mal entrou na igreja, viu os santos todos reunidos, junto ao sacrário. Estavam num grande rebuliço. Os santos estavam em preces a olhar pelo Cego do Maio. Desta vez os seus olhos não estavam postos no mar. Os anjos e os santos pareciam dizer “Filho de pescador, pescador serás !” E foi mesmo! Cego do Maio lutou para nascer. Mostrou a sua bravura logo na hora em que veio ao mundo. Os anjos e os santos parece que nunca o abandonaram. Cego do Maio foi pescador e salvou centenas de vidas. Estava sempre alerta, estava sempre a olhar para o mar. Cuidava da segurança dos pescadores sem receber nada em troca. Tinha um coração muito generoso. Quando havia um naufrágio ele ficava “cego”... e só descansava quando os pescadores ou as embarcações chegavam a salvamento, a terra. Não era em vão que as pessoas lhe chamavam Cego do Maio, Anjo da Salvação.

Trabalho de grupo: Ana Catarina, Diogo Heitor, Inês, Maria Clara, Teresa, Tiago, Tomás


“Tio Maio” um tronco de Homem, Homem forte e largo de ossos, ossos duros e rudes, rudes e humildes humildes... por vezes áspero, mas dócil. Dócil e meigo, meigo e de comportamento imprevisível, imprevisível como o mar. Mar do pescador! Pescador de homens... Homens da faina, faina do povo. Povo corajoso! Corajoso? Sim, corajoso... já era de família, família de pescadores pescadores sardinheiros sardinheiros da beira mar. Mar perigoso, traiçoeiro, que o conhecia que o conhecia como a palma das suas mãos... Mãos de trabalhador, trabalhador do mar. Mar que ele ordenava ordenava, sem porto de abrigo. Porto de abrigo, embarcações, salva-vidas... Salva-vidas foi ele, ele, Cego do Maio. Cego do Maio, quando avistava o perigo, o perigo entregava ao destino. Destino dos barcos... barcos que saltavam para a água, água que punha vidas em perigo. Perigo? Não foi seu inimigo!! Inimigo era o naufrágio naufrágio das “catraias” “catraias” por mar dentro. Mar dentro, sinónimo de salvamento! Sara


Hoje ouvi a história “Cego do Maio, Anjo da Salvação”. Eu gostei muito e recomendo às pessoas que leiam este livro. Vou contar-vos um bocadinho do que ouvi.

A mãe do nosso herói poveiro chamava-se Duca. Duca ajudava o seu marido na faina da pesca. Duca e as outras mulheres dos pescadores, sempre que as embarcações chegavam do mar elas puxavam-nas para cima, para o areal enquanto gritavam: Ala! Ala! Arriba. Mas se não viesse uma vaga que empurrasse os barcos, eles podiam virar e os pescadores eram engolidos pelo mar. Duca estava grávida, estava casada com António. O pai do Cego do Maio era pescador. Quando Maio estava prestes a nascer, o seu pai estava à deriva no mar. Duca, nesse dia, sentiu uma enorme aflição. António não regressava da pesca e Maio teimava em não nascer. A avó Quitéria, vendo-a naquela aflição foi à Igreja Matriz rezar à Senhora dos Aflitos, bem como a todos os santos, para que o seu neto vingasse. Os santos estavam reunidos no altar e já estavam muito agitados com o nascimento daquela criança. Em simultâneo ouviam as preces das mulheres e dos pescadores. Entretanto um relâmpago rebentou no céu. A tempestade parou. Com a proteção divina, o parto do Cego do Maio chegou ao fim. Foi um parto muito complicado, muito difícil... Cego do Maio quase que morria. Valeu-lhe a sua vontade de viver.

Há quem diga que os santos deviam

ter escrito que um dia ele viria a fazer o bem pelos outros. E assim foi. Quando Maio cresceu, salvou muitas vidas e é por isso que ele, ainda hoje, é conhecido por: Cego do Maio, Anjo da Salvação.

Fausto


Hoje conheci uma parte da vida do Cego do Maio que não conhecia. Vou contar-vos. Quando Maio estava para nascer o mar ficou, repentinamente, revolto. Parecia que se revoltava contra os pescadores! Nessa altura os anjos estavam num rebuliço, pois estavam atentos ao nascimento do Maio. Duca, uma mulher ainda inexperiente, não conseguia libertar o Maio, não conseguia dar à luz. Então a avó Quitéria foi para a igreja Matriz, foi rezar para que Maio nascesse rápido. Duca também estava muito preocupada com o seu António, o seu marido. António nunca mais regressava do mar! As mulheres no areal, os pescadores no mar, a avó Quitéria na igreja... todos estavam a rezar. As preces foram escutadas e com a proteção divina Maio finalmente nasceu. A tempestade amainou. Os pescadores chegaram sãos e salvos. Na praia ouvia-se: “Ala! Ala! Arriba!” e na Rua dos Ferreiros ouvia-se um choro de criança. Tinha acabado de nascer aquele que viria a ser conhecido como o “lobo do mar”. Cego do Maio seguiu a vida do seu pai. Filho de pescador, tornouse um pescador, um salvador de homens e de embarcações.

No dia em que comemorámos o Dia do Mar gostei muito de ver no quadro interativo a história que falava deste herói poveiro.

Gonçalo Silva


Neste livro, a parte que mais me agradou foi quando a autora nos contou que o Cego do Maio estava sempre a olhar para o mar, a mirar os pescadores. Mesmo quando dormia, mantinha um olho aberto, não fosse o mar agitar-se e algum pescador mais distraído, entrar em aflição. Não era preciso pedir socorro. Ele estava sempre lá, sempre pronto a ajudar. Esta foi a parte que mais me emocionou, pois apercebi-me que ele era um homem valente, um herói. Cego do Maio salvou muitas vidas da morte certa. Ele foi um poveiro muito corajoso, muito honrado. Este homem será sempre relembrado pelos poveiros. Ao assinalarmos esta data, é importante que para além de refletirmos sobre a segurança marítima, a importância de uma navegação segura (já que somos uma terra de mar), sobre a importância de protegermos a vida do mar... as pessoas conheçam um pouco da vida de quem “deu a sua vida pelo mar”. Aconselho, por isso, a leitura deste livro.

Gonçalo André


Foi giro! Hoje conheci uma parte da vida do Cego do Maio que desconhecia. Vou contar-vos um bocadinho do livro que ouvi ler. António, era o pai do Cego do Maio. Ele era pescador, andava no mar enquanto a sua mulher, Duca, apregoava, pelas ruas da Póvoa, o pescado que ele pescava no mar. Duca estava grávida, estava no final do tempo. Esperava um menino, Cego do Maio. No dia 8 de outubro, no ano de 1817, quando António se preparava para regressar da faina, apareceu, repentinamente, no céu uma tempestade e o mar começou a ficar bravo. Os pescadores ficaram aflitos, estavam à deriva... as mulheres rezavam. Rezavam para que os pescadores se salvassem. Rezavam à Senhora dos Aflitos, à Senhora das Dores, à Senhora dos Navegantes... pediam ajuda a todos os santos. Duca apercebeu-se da mudança do tempo e ficou numa enorme aflição. Acabara de chegar a hora de dar à luz! Duca, uma mulher inexperiente , puxava, puxava... e nada! Cego do Maio teimava em não nascer! Infelizmente o nascimento de Cego do Maio estava a ser doloroso e os santos não podiam ajudar os pescadores, eles estavam muito concentrados no nascimento daquela criança. A avó Quitéria, mulher de grande fé, foi rezar para a igreja Matriz. Foi pedir aos anjos e santos que cuidassem do seu menino. Os santos estavam reunidos a fazer o seu trabalho. De repente um relâmpago surgiu no céu. Na Rua dos Ferreiros ouviu-se um choro de criança. Nasceu um rapaz. Era Cego do Maio! O tempo acalmou. Tinha acabado de nascer aquele que viria a ser chamado “lobo do mar”. Cego do Maio mostrou a sua bravura quer ao nascer , quer durante toda a sua vida. Foi um homem corajoso. Enfrentou ventos, tempestades, mares revoltos... tudo para salvar homens e embarcações. Cego do Maio foi condecorado pelo rei D. Luís. Hoje todos os poveiros ainda o recordam com um enorme respeito e carinho. Todos os anos, no Dia do Mar deveríamos também homenagear homens como o Cego do Maio.

Rodrigo


Cego do Maio foi um herói! Um pescador, um nadador –salvador... Um nadador-salvador corajoso! Corajoso!! Coragem teve também Duca, a sua mãe. Mãe muito bonita, linda! Linda, sim! Lindo também era o coração do Cego do Maio. Cego do Maio, homem bravo que salvou embarcações, embarcações e uma multidão de pescadores. Pescadores em perigo! Em perigo, à deriva no mar... Mar revolto, mar gigante... Gigante como as ondas, gigante como a sua estátua. Estátua que hoje recorda a vida de Cego do Maio.

Diogo José


No dia em que comemorámos o Dia do Mar, gostei de ouvir e ver no quadro interativo a história “Cego do Maio, Anjo da Salvação”. A parte que mais gostei foi aquela em que a escritora, Manuela Ribeiro, nos diz que Cego do Maio não parava de vigiar a segurança marítima. À noite, mesmo quando dormia, fazia-o com um olho aberto e o outro fechado, controlando assim tudo o que se passava no mar. Eu acho que o Cego do Maio foi um herói, porque para além da sua bravura é um ato de generosidade dormir só um bocadinho para poder vigiar o mar, para poder cuidar da segurança dos pescadores e das suas embarcações, para poder prevenir acidentes marítimos. Só um herói é capaz de fazer isto sem receber nada em troca.

Leiam este livro e conheçam mais um bocadinho da história deste herói poveiro. Vale bem a pena!

Henrique


No dia em que comemorámos o Dia do Mar ouvimos uma história sobre um homem que deu a vida pelos outros, deu a vida pelo mar... Cego do Maio foi uma pessoa muito importante para a Póvoa de Varzim. Foi condecorado, recebeu a Medalha de Ouro que lhe foi entregue pelo rei D. Luís a 10 de agosto de 1882. Cego do Maio, José Rodrigues Maio, foi corajoso toda a sua vida, até na hora do seu nascimento. Duca, a sua mãe, viu-se numa aflição para ele nascer. À hora de dar à luz, António, o seu pai, estava quase a naufragar. Pai e filho lutavam pela vida! Enquanto o faziam, outros rezavam. Uns rezavam pelos pescadores enquanto a avó Quitéria corria para a igreja Matriz a pedir proteção divina para o seu neto. Os anjos e os santos nesse dia andaram num rebuliço. De repente a tempestade parou. Os barcos regressaram a terra. As mulheres ajudavam a puxar as lanchas para o areal. A uns metros dali, na Rua dos Ferreiros, perto da igreja da Lapa, tinha chegado também a hora de Cego do Maio nascer. Nasceu aquele que salvou imensas pessoas, era “cego do perigo”, até conseguia salvar embarcações inteiras. Estava sempre atento a ver se alguém estava em perigo no mar. Mesmo até quando dormia, dizem que o fazia com um olho aberto e outro fechado, não fosse o mar pregar uma partida. Cego do Maio era um homem robusto. Tinha braços hérculeos, muito fortes. A pele era morena, queimada pelo sol. Foi um pescador que salvou pescadores, por isso é considerado um herói poveiro. Está lembrado no Largo do Cego do Maio, no Passeio Alegre. Em 1909 foi mandada construir uma estátua por um grupo de poveiros, no Brasil. Com uma mão na testa em forma de pala, olha para o mar. Era assim o seu dia a dia, o dia a dia deste Anjo da Salvação.

Vasco Giesteira


A parte que eu mais gostei desta história foi quando o Cego do Maio ficava atento a olhar para os barcos, olhava para eles dia e noite. Cego do Maio dava segurança aos pescadores que partiam para o mar, porque ele estava sempre atento. Se algo acontecesse de errado, as pessoas nem precisavam de pedir socorro, pois ele atirava-se logo ao mar. Eu achei fantástico!!! Ele passava horas na praia a ver os barcos a sair e a entrar, só para ter a certeza que ninguém se iria afogar. Na minha opinião, era muito importante que hoje existisse um Cego do Maio porque muitos pescadores morrem no mar. Há pescadores que não cuidam bem da sua segurança e depois acabam por morrer afogados. Eles já não têm um Anjo da Salvação como o Cego do Maio.

Pedro Saraiva


Maio era um valente e destemido pescador. Era um homem muito forte, tinha uns braços hérculeos. Cego do Maio nasceu no dia oito de outubro de mil oitocentos e dezassete e o seu nascimento foi muito complicado. Nesse dia uma tempestade surgiu repentinamente. A sua mãe, Duca, estava aflitíssima. António, o seu marido, não regressava do mar. Tamanha era a aflição de Duca que até se lhe soltaram as águas. Mas... Maio teimava em não nascer e António em não regressar. A avó Quitéria correu para a igreja da Matriz e foi rezar aos seus santos protetores. As atenções estavam todas viradas para Cego do Maio. Os anjos e os santos pareciam dizer: “Filho de pescador, pescador será!” Passado algum tempo a tempestade amainou. Os barcos regressaram a terra e Cego do Maio nasceu. Nasceu o homem que viria a tornar-se um verdadeiro “lobo do mar”. Os anjos e os santos protegeram-no sempre. Cego do Maio desafiava o perigo e, sem hesitar, lançava-se ao mar a nado ou no seu barco salva-vidas. “ Cego pelo mar, cego do mar” cego para salvar a vida dos pescadores que estavam à deriva, lá ia Cego do Maio. Morreu aos 67 anos, mas os poveiros não deixam que morra a sua memória. O Dia do Mar é também um bom dia para recordar este herói poveiro.

Vasco Teixeira


Cego do Maio foi um herói do mar da Póvoa de Varzim, nasceu a 8 de Outubro de 1817 , morrendo aos 67 anos. Ele era um homem moreno e tinha uns braços musculados. Cego do Maio era muito corajoso, salvou muita gente de morrer afogada no mar, enfrentando tempestades e marés com ondas gigantescas. Duca, a sua mãe, esperava sempre pelo António, seu pai, para ajudar a trazer o barco para a praia e de seguida ir vender o peixe. No dia em que Cego do Maio estava para nascer , uma grande tempestade formou-se no mar e António não havia meio de chegar a casa. Duca estava aflita! Estava aflita porque Cego do Maio não nascia e porque António não chegava. “Ala! Ala! Arriba!” dizia Duca enquanto puxava, enquanto se esforçava para que Maio nascesse. Duca pedia a todos os santos para Cego do Maio nascer e... António não chegava! “Senhora das Dores! Senhora da Assunção! Senhora do Rosário!”Rezava Duca. Até a avó Quitéria foi para a igreja da Matriz rezar aos santos! Finalmente Cego do Maio nasceu, e a tempestade acalmou. Os homens chegaram são e salvos! Nasceu um herói: Nasceu Cego do Maio!

Este ano, no Dia do Mar estivemos a refletir sobre a segurança dos pescadores, das embarcações. Será que todos cumprem as normas de segurança? Cego do Maio foi um pescador que muito se preocupou com os outros. Estava sempre alerta, estava sempre muito atento às movimentações no mar. João


Edição e Publicação: Isabel lapo (professora bibliotecária)


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