O mito do quinto império

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Bandarra Padre Ant贸nio Vieira Fernando Pessoa Agostinho da Silva



Escola Secundária de Albufeira

Disciplina de Português Professora Maria de Jesus Pinto

Isabella Livia Sofia Nogueira 2 de Março de 2015



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• Introdução • O mito • O mito do Quinto Império

• Bandarra • Padre António Vieira • Fernando Pessoa • Agostinho da Silva

• Filme “O Quinto Império" • Desfecho • Web e Bibliografia


“Desejo ser um criador de mitos, que é o mistério mais alto que pode obrar alguém da humanidade.” Fernando Pesooa


Este dossiê temático vem a propósito do estudo da obra “Mensagem” e os temas nele retratados, dado que Fernando Pessoa reserva uma parte do seu livro para se referir ao mito do quinto império. Tendo conhecimento que este mito passou também por Padre António Vieira, decidimos aprofundar os nossos conhecimentos acerca deste tema e o modo como diferentes personagens abordam o mito de maneira distinta. Procedemos à divisão do assunto, começando com uma pequena explicação daquilo que é um mito e posterior explicação do mito do Quinto Império. Seguidamente falamos de cada autor, explicando a sua visão do mito. Utilizamos vários métodos de pesquisa para a procura e síntese de conteúdos, incluindo a leitura de livros. Procedemos também ao visionamento do filme “O Quinto Império”, acerca do qual realizamos uma apreciação crítica. Esperemos que gostem!


O mito é uma narrativa, uma história imaginativa que explica o real, conferindo-lhe um sentido. Foi utilizado pelos povos antios para explicar factos reais que na altura não eram compreendidos. Possui muitos símbolos mitológicos, deus e heróis. Estes componentes são combinados com factos verídicos para que o mito passe de geração em geração; é uma mistura de passado com fantasia. Tem o objetivo de transmitir conhecimento e explicar fatos ainda não explicados. O mito relaciona-se sempre com um acontecimento, data ou religião da sociedade. Muitas vezes confundimos o mito com a lenda, no entanto, são diferentes dado que a lenda não tem nenhuma relação com a realidade, é uma mera invenção. Adaptado de http://www.significados.com.br/mito/


“A minha pátria é a língua portuguesa” Fernando Pessoa


A ideia de Quinto Império vem da mitologia judaico-cristã. Teve a sua origem no sonho do rei de Nabucodonosor. O rei viu uma estátua com a cabeça de ouro, o peito de prata, o ventre de bronze e os pés de barro e ferro. De repente, uma pedra bateu no barro, fazendo com que toda a estátua caísse. A pedra transformou-se, depois, numa alta montanha. Diz-se que cada mineral representa um império, sendo o ouro a Babilónia e os outros os 3 impérios que iriam suceder-lhe. A pedra que destruiu a estátua representa a queda destes impérios e a vinda de um quinto império, que não terá fim. Este mito surge

em Portugal na altura em que se enfrentava uma crise nacional, visto que estávamos sob o domínio espanhol e o Rei D. Sebastião estava desaparecido em combate. Tinhamos um desjo de recuperar a glória e a independência. Assim, associamos um acontecimento da História a um sentimento, resultando na crença que o rei de Portugal estaria destinado a reinar um império tão glorioso como os anteriores, da antiguidade (o império assírio, egípcio, persa e romano). Este mito foi-se prolongando por várias gerações, tendo atingido Padre António Vieira e Fernando Pessoa.

Adaptado de http://www.infopedia.pt/$quinto-imperio


Fig. 1 - Estรกtua de Nabucodonosor




“Sonhava, anónimo e disperso, O Império por Deus mesmo visto, Confuso como o Universo E plebeu como Jesus Cristo. Não foi nem santo nem herói, Mas Deus sagrou com Seu sinal Este, cujo coração foi Não português, mas Portugal.” Fernando Pessoa acerca de Bandarra, em Mensagem Por volta de 1500 nasceu em Trancoso Gonçalo Anes, mais conhecido como Bandarra. Este era um sapateiro , profeta e poeta. Era um homem simples, pobre, mas não analfabeto, visto que nos seus tempos livres se dedicava à leitura de uma bíblia vulgar. “Eu componho, mas não ponho/ As letrinhas no papel/Que devoto Gabriel/É que risca quanto eu sonho.” Começou a profetizar de bom agrado aos judeus, no entanto, a inquisição do reino não gostava das suas profecias, tendo sido mais tarde preso, entre 1531 e 1538, por se pensar que era judeu. Em 1541 foi então julgado pelo tribunal, sendo considerado inocente, contudo, foilhe atribuído uma pena leve, que foi a proibição de versejar livremente. Assim, isolou-se em Trancoso passando a dedicar-se apenas ao trabalho como sapateiro. Morreu por volta de 1545, segundo o epitáfio, ou em 1556, segundo outras versões.


Fig. 2 e 3 – Gravuras de Bandarra a exercer a sua profissão.


Ao longo da sua vida Bandarra escreveu várias trovas e profecias que foram um ponto de referência para variados autores, sendo que influenciaram o pensamento sebastianista e messiânico de Padre António Vieira e de Fernando Pessoa. A profética de Bandarra tem três pontos essenciais, o quinto império, a ida e regresso d‟El Rei D.Sebastião e os destinos de Portugal. Focando-nos no primeiro ponto, foi nos seguintes versos que Vieira e Pessoa observaram a previsão do mito: “Em vós que haveis de ser quinto Depois de morto o segundo.” Foi a partir das profetizações deste senhor que Vieira e Pessoa formularam a sua própria interpretação do mito. Pode dizer-se que Bandarra está na origem do mito do Quinto Império e que “Bandarra foi verdadeiro profeta,

pois profetizou e escreveu tantos anos antes tantas cousas, tão exatas, tão miúdas e tão particulares, que vimos todos cumpridas com os nossos olhos.” – Padre António Vieira.

Adaptado de “AsProfecias de Bandarra”


Fig. 4 – Capa do livro de profecias de Bandarra


“O verdadeiro patrono do nosso país é esse sapateiro Bandarra.” Fernando Pessoa



“O céu „strelao azul e tem grandeza. Este, que teve a fama e à glória tem, Imperador da língua portuguesa, Foi-nos um céu também. No imenso espaço seu de meditar, Constelado de forma e de visão Surge, prenúncio claro do luar, El-Rei D.Sebastião. Mas não, não é luar: é luz do etério. É um dia: e, no céu amplo de desejo, A madrugada irreal do Quinto Império Doira as margens do Tejo.” Fernando Pessoa, em Mensagem Nasceu em Lisboa, no dia 6 de Fevereiro de 1608, numa família humilde. Foi para o Brail com seis anos de idade e fez os seus primeiros estudos no Colégio de Jesuítas em Salvador, ingressando, posteriormente, em Maio de 1623, na Companhia de Jesus. Em 1626 foi indicado para redigir as atividades dos Jesuítas, em carta anual, remetida para os seus superiores em Lisboa. Em 1635 iniciou o seu trabalho como pregador, viajando pelo interior do Brasil para pregar junto das populações índigenas.


Fig.5 – Pintura de P.A. Vieira, autor desconhecido.


Em 1640, em Portugal, D João IV sobe ao trono, restaurando a monarquia, depois de sessenta anos de reis espanhóis. Em 1641, António Vieira parte para Lisboa com o governador para apresentar ao rei a adesão à causa da Restauração. O rei encarregou-o de várias missões diplomáticas na Holanda e em Roma. Nas suas viagens pelo mundo, tornou-se um eloquente defensor dos índios e opós-se à escravatura. Nos seus sermões procurou defender os índigenas do poder cobiçoso dos colonizadores do Brasil. Ao longo da sua vida, lutou a favor dos Direitos Humanos, sendo considerado um grande Humanista pelos seus feitos. Padre António Vieira doente e quase cego, fez suas últimas pregações, deixando mais de 200 sermões e 700 cartas. Acabou por morrer, na Bahia, a 18 de Julho de 1697, com quase noventa anos, dos quais cinquenta e um foram vividos em terras brasileiras.


Em relação ao mito do Quinto Império, considera que, depois desses grandes impérios liderados por Nabucodonosor (da Babilónia ou dos Assírios), por Ciro (da Pérsia), por Péricles (da Grécia) e por César (de Roma), chegará o Império Universal Cristão, o Quinto Império, liderado pelo Rei de Portugal. Na época da restauração da Independência, Padre António Vieira reinventou o sebastianismo, tornando-o uma nova visão profética do mundo e da História. Na “História do Futuro”, livro de Vieira, este expõe a defesa do mito do quinto império, em que o reino será liderado por Portugal; Cristo voltará em espírito à terra para inspirar o rei de portugal a reinar um império em que todos serão fiéis. Será, assim, um império universal, Fig. 6 – Folha de rosto de uma convergência de todos os “História do Futuro” impérios anteriores.


Vieira escreveu ainda um outo livro acerca do quinto império inspirado pela bíblia – “Esperanças de Portugal, Quinto Império do Mundo”. Após estudar as Escrituras Padre António Vieira fica convencido de que o quinto império terá de pertencer obrigatoriamente a Portugal. Podemos ainda referir que Padre Antonio Vieira foi o principal fundador desta ideia de quinto império. Profetizou, após algum estudo, que quem poderia ser o salvador da nação e rei para este novo império seria D.Sebastião. No entanto, esta ideia foi perdida quando este desapareceu na batalha de Alcácer Quibir. Concluiu, então, que o lidér teria de ser D. João IV. O quinto império seria de ordem espiritual. Portugal seria o guia para que não houvesse pecadores, reformar a cristandade e estabelecer a paz. Adaptado de http://www.infopedia.pt/$quinto-imperio


“Não há alegria neste mundo tão priveligiada, que não pague pensão à tristeza” P. A. Vieira




“Screvo meu livro à beira-mágoa. Meu coração não tem que ter. Tenho meus olhos quentes de àgua. Só tu, Senhor, me dás viver. Só te sentir e te pensar Meus dias vácuos enche e doura. Mas quando quererás voltar? Quando é o Rei? Quando é a Hora? Quando virás a ser o Cristo De a quem morreu o falso Deus, E a despertar do mal que existo A Nova Terra e os Novos Céus?” Fernando Pessoa, Mensagem Fernando António Nogueira Pessoa nasceu em Lisboa no ano de 1888. Apesar de ter nascido em Portugal, passou a maior parte do ínicio da sua vida na África, mais precisamente em Durban, uma colónia britânica,onde aprendeu a língua inglesa, tendo produzido vários poemas nesta língua. Pouco depois de completar dezasete anos, Pessoa regressou à sua terra natal para entrar num Curso Superior de Letras, que posteriormente abandonou. Mais tarde, foi um líder ativo da corrente modernista em portugal, na década de 1910 e, inventou também vários movimentos, os “ismos”, entre os quais, o intersecionismo e o sensacionismo.


Embora Pessoa fosse um poeta e inteletual respeitado, o seu génio literário só foi reconhecido após ter morrido. Porém este tinha noção do seu potencial e vivia em função da sua escrita. Depois da sua morte, em 1935, foi encontrada uma arca com todos os seus trabalhos literários que ia guardando ao longo dos anos. Estas 25 mil folhas com poesia, peças de teatro, contos, filosofia, traduções e muito mais, constitui hoje o Espólio Nacional de Pessoa na Biblioteca Nacional de Lisboa. Este poeta escreveu sob dezenas de nomes, uma prática que começou na infância. Chamou heterónimos aos mais importantes, dando-lhes biografia, caraterísticas, personalidades e atividades literárias próprias


Triste de quem vive em casa, Contente com o seu lar, Sem que um sonho, no erguer de asa, Faça até mais rubra a brasa Da lareira a abandonar! Triste de quem é feliz! Vive porque a vida dura. Nada na alma lhe diz Mais que a lição da raiz – Ter por vida a sepultura. Eras sobre eras se somem No tempo que em eras vem. Ser descontente é ser homem. Que as forças cegas se domem Pela visão que a alma tem! E assim, passados os quatro Tempos do ser que sonhou, A terra será teatro Do dia claro, que no atro Da erma noite começou. Grécia, Roma, Cristandade, Europa – os quatro se vão Para onde vai toda idade. Quem vem viver a verdade Que morreu D. Sebastião? Em “Mensagem”, Fernando Pessoa


https://www.youtube.com/watch?v=qB8jeX9VPfg Voz de Joaquim de Almeida e música de João Lopes


Em Mensagem, anuncia-se um novo império civilizacional, que, como Vieira, acredita ser o português. O "intenso sofrimento patriótico" leva Pessoa a antever um império que se encontra para além do material, ou seja, espiritual. No poema "O Quinto Império", afirma: "Grécia,

Roma, Cristandade, / Europa – os quatro se vão / Para onde vai toda idade. / Quem vem viver a verdade / Que morreu D. Sebastião?". Para o Poeta, a esperança do Quinto Império não se ajusta à interpretação dada por Daniel do sonho de Nabucodonosor. Nessa figuração tradicional, acreditava-se que o quinto império seria britânico. No entanto, Fernando Pessoa considerava que, sendo o quinto império espiritual e não material, a ordem de impérios seria diferente. Assim, o primeiro seria o Império da Grécia, o segundo de Roma, o terceiro da Cristandade, o quarto o da Europa e, finalmente, o quinto seria o império português.


Fig. 7 – Pintura a óleo de Carlos Alberto Santos

D. Sebastião, em Mensagem, em vez de ser um príncipe desaparecido, passa a ser um mito. Pessoa diz que este rei irá voltar para liderar um quinto império grandioso que será o de Portugal. É apresentado também como o salvador da pátria, o que comprova o sentimento messiânico no poeta. Para comprovar esta ideia, este recorre a outros mitos, como o das Ilhas Afortunadas, onde o poeta considera que o rei espera até poder regressar e então fundar o novo império. "Todo o Império que não é baseado no Império

Espiritual é uma morte de pé, um Cadáver mandando.” “Só pode realizar utilmente o Império Espiritual a nação que for pequena, e em quem, portanto, nenhuma tentativa de absorção territorial pode nascer. (...)” “Criando uma civilização espiritual própria, subjugaremos todos os povos; porque contra as artes e as forças do espírito não há resistência possível, sobretudo quando elas sejam bem organizadas, fortificadas por almas de generais do Espírito." Adaptado de http://www.infopedia.pt/$quinto-imperio




George Agostinho Baptista da Silva nasceu no Porto a 13 de Fevereiro de 1906.Foi um dos grandes filósofos portugueses. Tirou a licenciatura em Filosofia Clássica, com nota máxima, o que lhe permitiu obter uma bolsa e ir para França. Mais tarde, depois do seu regresso a Portugal, fundou o Centro de Estudos de Filologia, em Lisboa. Em 1935 foi demitido do seu cargo de professor por se recusar a assinar a “Lei Cabral”, ou seja, uma declaração a garantir que não pertecia a nenhuma organização secreta. Recusou, não por pertencer, mas por ir contra os seus ideais. Em 1944 partiu para o Brasil devido ao facto de ter sido excomungado. Aqui, o filósofo ocupou cargos importantes na área da investigação histórica. Em 1976 decidiu voltar para o seu país natal. Para além de professor, filósofo e investigador, Agostinho da Silva notabilizou-se também como escritor, em cujo currículo constam mais de 60 obras, muitas delas publicadas durante a sua permanência no Brasil. Agostinho da Silva morreu a 3 de Abril de 1994, com 88 anos de idade.


Fig. 8 – Pintura de Agostinho da Silva por Henrique Mourato


Durante o séc. XX Agostinho da Silva, ao se debruçar sobre o tema do Quinto Império, a que chama também de Império do Espirito Santo, revelanos a sua opinião e transmite aquilo que entende sobre este tema. Agostinho da Silva referese a este tema invocando o episódio da “Ilha dos Amores” d‟Os Lusíadas, de Camões, “(...) são

plenamente homens, comem e bebem no banquete, mas depois estão fora do tempo e fora do espaço como está Deus”.

Diz-nos que o homem terá a combinação das suas caraterísticas e as de Deus. O homem deixará de ser apenas homem e

tornar-se-á sobre-humano,

“É o Império do Espírito Santo entre os homens. É não perder nenhuma das características de ser homem e ganhar todas as que se atribuem a Deus.” Este poeta e filósofo português acredita que o Quinto Império seria governado por uma criança, sendo que esta é um símbolo de um mundo de imaginação, sem prisões, universal e equilibrado. “(…)

Restaurar a criança em nós, e em nós a coroarmos imperador, eis aí o primeiro passo para a formação do Império (…), este Quinto Império de que falamos, o Império do Espírito Santo.”


Agostinho da Silva iniciou essa ideia agindo em todos os seus atos, de acordo com o que imaginou quase como “construindo dentro de si o Império do Espírito Santo”, para melhor o divulgar e propagar.

“Eu sinto-me cada vez mais apaixonado, mas por coisas que a matemática não prova que existam. (...) É claro que acredito no Quinto Império, porque senão o acto de viver era inútil. Para quê viver se não achássemos que o futuro vai trazer-nos uma solução que cure os problemas das sociedades de hoje?” No link abaixo encontra-se um video de uma entrevista a Agostinho da Silva, onde este fala da sua interpretação do Quinto Império.

https://www.youtube.com/watch?v=67wTxBSPcPQ Adaptado de http://agostinhodasilva.no.sapo.pt/Manuel%20Pina1.pdf


“NĂŁo me interessa ser original: interessa-me ser verdadeiro.â€? Agostinho da Silva


O filme “O Quinto Império – Ontem como Hoje”, de 2004, foi realizado por Manoel de Oliveira. Este baseou-se na peça de teatro de José Régio, intitulado “El-Rei Sebastião”. D. Sebastião, representado por Ricardo Trêpa, sonhava e idealizava grandes batalhas que pudessem fazer com que Portugal fosse glorioso e que pudesse expandir a fé cristã, dado que ao seu ver, tinha sido predestinado por Deus a expandir o império. Logo no início da obra cinematográfica podemos comprovar este sonho pelo facto de este visitar os túmulos de antigos reis, de modo que recebesse a inspiração destes e os glorificasse.


O filme tem claramente como objetivo a caraterização de D. Sebastião e após a visualização podemos concluir que este é um Rei obcecado com a expansão do império e da cristandade. Podemos ver a dramaticidade desta personagem pela obcessão pela espada de D. Afonso, que representa a força que o rei precisa nas batalhas e ao longo de todas as suas falas. Assim, apesar desta obra cinematográfica ser uma maneira diferente de percebermos o Sebastianismo, por vezes torna-se confuso; falta-lhe a capacidade de “prender” o espetador do ínicio ao fim, dado que a ação se

desenrola lentamente. Ao longo do filme podemos ver a utilização de versos da obra “Os Lusíadas”, de Luís de Camões. D. Sebastião pede aos seus vassalos para lhas dizer, glorificando e dando valor a este grande poeta português. O filme conta com a aparição de vários atores conhecidos, como Miguel Guilherme, Luís Miguel Cintra, Ruy de Carvalho e Rogério Samora.

No link abaixo temos o trailer do filme: https://www.youtube.com/ watch?v=SEvSMlHQeTU


Fig. 9 – Pintura de Jacek Yerka, Quinto Império.


A realização deste dossiê temático exigiu uma enorme capacidade de pesquisa e tratamento de informação dado que este assunto é bastante vasto e queríamos que o trabalho ficásse o mais completo possível. Concluímos que o mito do Quinto Império não surgiu “do nada”, tendo por base o sonho de Nabucodonosor e as profecias de Bandarra. Foi posteriormente que outros escritores adaptaram estes dois, criando a sua p´ropria interpretação. Assim, o conceito de Quinto Imério vai sempre evoluindo, todavia contém sempre a mesma base. Enquanto que Padre António Vieira acreditava que o messias teria de ser D.João IV, Pessoa considerava que teria de ser D. Sebastião, que ia voltar, no entanto, ambos acreditavam na ideia que Portugal tinha de ser obrigatoriamento o Quinto Império. Esperemos que tenham gostado e que a informação seja útil!


Fig. 10 – Brasão de Portugal


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http://sigarra.up.pt/up/pt/web_base.gera_pagina?P_p agina=1004222 http://www.regiaodeleiria.pt/blog/2013/01/05/cronicas -do-quinto-imperio-o-quinto-imperio/ http://jbo.no.sapo.pt/pessoa/mensagem/imperio_main. htm http://www.infopedia.pt/$quinto-imperio http://www.prof2000.pt/users/jsafonso/port/mensage m.htm#QuintoImpério http://pt.wikipedia.org/wiki/Agostinho_da_Silva http://www.homeoesp.org/livros_online/BANDARRA %20%20TROVAS%20PROF%C3%89TICAS%20DO%20S APATEIRO%20DE%20TRANCOSO.pdf http://alfarrabio.di.uminho.pt/vercial/bandarra.htm http://www.portaldaliteratura.com/autores.php?autor =355 http://movv.org/2006/03/04/agostinho-da-silva-e-oimperio-do-espirito-santo-entre-os-homens/ http://www.ciberduvidas.com/lusofonias.php?rid=102 http://agostinhodasilva.no.sapo.pt/Manuel%20Pina1. pdf http://www.wook.pt/authors/detail/id/9352 BANDARRA, Gonçalo Anes, As profecias do Bandarra, 2001, Mel Editores.


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