LUGARES PARA O MUSEU TERRITORIAL DO VINHO
UNIFEOB - Centro universitário da fundação de ensino Octavio Bastos ARQUITETURA E URBANISMO - Trabalho Final de Graduação ISABELLA TEIXEIRA PONTES │ ORIENTADOR: Prof º Frederico Vergueiro Costa SÃO JOÃO DA BOA VISTA - DEZEMBRO 2018
ISABELLA TEIXEIRA PONTES LUGARES PARA O MUSEU TERRITORIAL DO VINHO
Trabalho Final de Graduação apresentado como requisito Para obtenção do título de bacharel no Curso de Arquitetura e Urbanismo, Pelo Centro Universitário Fundação de Ensino Octávio Bastos - Unifeob, sob a orientação do Profº. Msc. Frederico Vergueiro Costa.
São João da Boa Vista - SP 2018
ISABELLA TEIXEIRA PONTES LUGARES PARA O MUSEU TERRITORIAL DO VINHO Msc. Frederico Vergueiro Costa NOME DO ORIENTADOR
ASSINATURA DO ORIENTADOR
Msc. Fabricio Ribeiro dos Santos Godoi NOME DO CONVIDADO INTERNO
ASSINATURA DO CONVIDADO INTERNO
Msc. Diego Mauro Muniz Ribeiro NOME DO CONVIDADO EXTERNO
ASSINATURA DO CONVIDADO EXTERNO
CENTRO UNIVERSITÁRIO FUNDAÇÃO DE ENSINO OCTÁVIO BASTOS - UNIFEOB SÃO JOÃO DA BOA VISTA,S.P., 2018
AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus, por ter me dado força para seguir com meu sonho, pois sem ele, eu não teria conseguido passar por todos os obstáculos e chegado até aqui. À minha familia pelo apoio e amor incondicional, em especial aos meus pais Cleusa e Ivanio e meu irmão Thiago, por terem feito meu sonho se tornar realidade. Essa vitória é para vocês. Ao Otávio, por ter me aguentado todos os dias, por ter tido paciência, por sempre me deixar calma e principalmente por estar ao meu lado sempre. Muitas vezes deixando de estar em lugares que gostaria, para me acompanhar nas longas noites de trabalhos da faculdade. Obrigada por tudo. Aos amigos que a faculdade me deu, e com certeza quero levar por toda a vida, Luana, Maisa, Marcos, Taiane e Thais, muito obrigada por serem quem vocês são, obrigada por todas as madrugadas viradas, desesperos nas entregas, parcerias nos trabalhos integrados e principalmente obrigada pelo afeto e carinho que tiveram comigo. Vocês estaram sempre em meu coração. Aos meus amigos que não importa o tempo ou a distância, sempre compreenderam minha ausência. Aos meus professores, por tudo que me ensinaram. Sou imensamente grata por todos vocês. E a minha maior gratidão ao meu orientador Frederico, por todo apoio, dedicação e muita paciência. Obrigada a todos vocês, por serem tão especiais e por terem feito parte do meu maior sonho.
"POR MAIS RARO QUE SEJA, OU MAIS AMIGO/ SÓ O VINHO É DEVERAS EXCELENTE./ AQUELE QUE TU BEBES, DOCEMENTE, COM MAIS VELHO E SILENCIOSO AMIGO"
POEMA DE MARIO QUINTANA
"EU SINTO UMA SAUDADE VOU DIZER DE ONDE É É DA MINHA TERRINHA QUE BONITA QUE ELA É. FICA ENTRE MONTANHAS É BANHADA PELO SOL HOJE É ANDRADAS ANTIGA CARACOL. OH, QUE MARAVILHA! OS TEUS VERDES PARREIRAIS! ÉS A CIDADE JÓIA DA VELHA MINAS GERAIS! TUAS PRAÇAS SÃO TÃO BELAS TUA IGREJA É ALTANEIRA ÉS PÉTALA DE ROSA AOS PÉS DA MANTIQUEIRA. CIDADE TODA EM FLOR AMOR DE TANTOS NINHOS TUA GENTE É TÃO BOA OH, TERRA SANTA DOS VINHOS! TEU CÉU É TÃO AZUL TÃO BELO É TEU LUAR QUEM TE CONHECER SEMPRE HÁ DE TE AMAR".
HINO DE ANDRADAS MG
RESUMO
O presente trabalho tem como objeto de estudo o Plano museológico do vinho, criado pela Prefeitura municipal de Andradas em 2018. O Plano retrata um museu território e tem como principal objeto as adegas/ vinicolas da cidade, além de incluir a Casa da Memória (Museu de Andradas) e as paisagens (Pedra do Elefante e Serra da Caracol). Entretanto, de acordo com toda a história da cidade em relação a tradição do vinho, o plano não faz referência à um edificio de grande importância histórica para população, o Pavilhão do Vinho. Apesar deste se encontrar desvalorizado e em péssimo estado de conservação, ainda está em uso contínuo pela população. Assim como se refere o Museu território, ele será estruturado para que integre a cultura, a paisagem e a natureza, valorizando o conceito imaterial desses lugares. Então, o objetivo deste trabalho é dar uma nova vida ao Pavilhão do Vinho, tendo em vista que o importante é onde ele está inserido e toda sua relação nesses anos com a população, deixando de lado a questão material do Pavilhão. Propõe-se um novo edifício, voltado principalmente para os eventos culturais que já acontecem nos dias de hoje, dando ênfase total para as vinícolas em funcionamento na cidade com a criação de um "bardega" onde a população poderá apreciar um bom vinho, em um espaço público e agradável, poderá também ir à exposições que acontecerão no novo Pavilhão, em um espaço exclusivo. PALAVRA CHAVE: VINHOS - MUSEU TERRITÓRIO - ANDRADAS - CULTURA - VINÍCOLA
ABSTRACT
The objective of this work is to study the museological plan of wine, created by the Municipality of Andradas in 2018. The Plan portrays a territory museum and its main object is the wineries / wineries of the city, in addition to the House of Memory of Andradas). However, according to the whole history of the city in relation to the wine tradition, the plan does not refer to a building of great historical importance for the population, the Wine Pavilion. Although it is devalued and in poor condition, it is still in continuous use by the population. As it refers to the Territory Museum, it will be structured so that it integrates the culture, the landscape and the nature, valuing the immaterial concept of these places. So the purpose of this work is to give a new life to the Wine Pavilion, considering that what is important is where it is inserted and all its relation in those years with the population, leaving aside the material question of the Pavilion. Â It is proposed a new building, focused mainly on the cultural events that already happen today, giving total emphasis to the wineries in operation in the city with the creation of a "bardega" where the population can enjoy a good wine, in a public space and pleasant, you can also go to the exhibitions that will take place in the new Pavilion, in an exclusive space. KEYWORD: WINES - MUSEUM TERRITORY - ANDRADAS - CULTURE - VINEYARDS
" MUSEU TERRITORIALÂ " Bem vindo ao
do vinho de Andradas
13
ASPECTOS TEÓRICOS
11 INTRODUÇÃO
15 HISTÓRICO
30
PLANO MUSEOLÓGICO DO VINHO
41
PAVILHÃO DO VINHO
55
REFERÊNCIAS PROJETUAIS
77
LOCAL
90 PROJETO
110 BIBLIOGRAFIA'
LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Vista Aérea Andradas .............................................20
Figura 23 - Pavilhão do Vinho 2018 ..............................................43
Figura 2 - Vista Aérea Andradas ............................................22
Figura 24 - Interior Pavilhão do Vinho 1970 ...........................44
Figura 3 - Vista Aérea Andradas ............................................23
Figura 25 - Interior Pavilhão do Vinho 1970 ...........................44
Figura 4 - Vista Aérea Serra da Caracol ..........................24
Figura 26 - Maquete física Pavilhão do Vinho .....................45
Figura 5 - Juscelino Kubitschek em Andradas ..........27
Figura 27 - Vista aérea Pavilhão do Vinho ..............................45
Figura 6 - Juscelino Kubitschek em Andradas ..........28
Figura 28 - Mapa Pontos de eventos ..........................................48
Figura 7 - Primeira Festa do Vinho ......................................26
Figura 29 - Planta Pavilhão do Vinho .........................................51
Figura 8 - Casa da Memória .......................................................33
Figura 30 - Fachada Sudeste Pavilhão do Vinho ...............51
Figura 9 - Adega Izidro Gonsalves ........................................34
Figura 31 - Fachada Nordeste Pavilhão do Vinho ..............51
Figura 10 - Interior Izidro Gonsalves ....................................35
Figura 32 - Detalhes construtivos ...................................................51
Figura 11 - Interior Izidro Gonsalves ......................................35
Figura 33- Interno Pavilhão do Vinho .........................................52
Figura 12 - Adega/ Vinícola LC Marcon ..............................36
Figura 34 - Interno Pavilhão do Vinho ........................................52
Figura 13 - Visitação Parreiras LC Marcon ........................37
Figura 35 - Interno Pavilhão do Vinho ........................................52
Figura 14 - Interior LC Marcon ...................................................37
Figura 36 - Interno Pavilhão do Vinho ........................................52
Figura 15 - Barris aluminio LC Marcon ................................37
Figura 37 - Banheiro Pavilhão do Vinho ....................................54
Figura 16 - Adega/Vinícola Bertoli .........................................38
Figura 38 - Banheiro Pavilhão do Vinho ....................................54
Figura 17 - Adega/Vinícola Muterle ......................................39
Figura 39 - Teto Pavilhão do Vinho ...............................................54
Figura 18 - Adega/Vinícola Basso ...........................................40
Figura 40 - Interno Pavilhão do Vinho ........................................54
Figura 19 - Adega/Vinícola Marcon ......................................41
Figura 41 - Vista Vinícola Dominus ................................................56
Figura 20 - Adega/Vinícola Beloto .......................................42
Figura 42- Fachada Vinícola Dominus ......................................57
Figura 21 - Implantação Pavilhão do Vinho ..................43
Figura 43 - Implantação Vinícola Dominus............................57
Figura 22 - Pavilhão do Vinho 1970 .....................................44
Figura 44 - Entorno Vinícola Dominus ......................................58
LISTA DE FIGURAS Figura 45 - Detalhes construtivos .......................................58
Figura 67 - Museu do Douro .......................................................67
Figura 46- Planta térrea Dominus .......................................59
Figura 68 - Região do Douro .......................................................68
Figura 47 - Planta Primeiro Pav. Dominus ....................59
Figura 69 - Mapa demarcação região Douro ..................68
Figura 48 - Sala Barrique ............................................................60
Figura 70 - Mapas pontos museu do Douro.....................68
Figura 49 - Armazenamento ...................................................60
Figura 71 - Mapa alto do Douro .................................................69
Figura 50 - Escritório .....................................................................60
Figura 72 - Mapa temperatura Douro ..................................69
Figura 51 - Fábrica ............................................................................60
Figura 73 - Mapa solos Douro ......................................................69
Figura 52 - Vinícola Dominus ..................................................61
Figura 74 - Detalhes Vinhas Douro .........................................69
Figura 53 - Vinícola Dominus .................................................61
Figura 75 - Detalhes Vinhas Douro .........................................69
Figura 54 - Vista Museu do Douro .....................................62
Figura 76- Detalhes Vinhas Douro ..........................................69
Figura 55 - Implantação Museu do Douro ...................63
Figura 77 - Museu do Pão ..............................................................70
Figura 56 - Região do Douro ...................................................63
Figura 78 - Implantação Museu do Pão .............................71
Figura 57 - Casa da Companhia ...........................................64
Figura 79 - Vista Lateral Museu do Pão................................71
Figura 58 - Museu do Douro ...................................................65
Figura 80 - Planta Museu do Pão ............................................72
Figura 59 -Museu do Douro interno .................................65
Figura 81 - Externo Museu do Pão ..........................................73
Figura 60 - Bar Museu do Douro .........................................66
Figura 82 - Elevação Museu do Pão ......................................74
Figura 61 - Sala Museu do Douro ........................................66
Figura 83 - Interno Museu do Pão ..........................................75
Figura 62 - Museu do Douro ...................................................67
Figura 84 - Mapa itinerario museu do vinho ..................79
Figura 63 - Museu do Douro ...................................................67
Figura 85 - Relação entre os lugares do museu ..........80
Figura 64 - Museu do Douro ...................................................67
Figura 86 - Mapa uso e ocupação do solo .......................81
Figura 65 - Museu do Douro ...................................................67
Figura 87 - Entorno do Pavilhão do Vinho ......................82
Figura 66 - Museu do Douro ...................................................67
Figura 88 - Vista Privilegiada ......................................................83
LISTA DE FIGURAS Figura 89 - Restaurante Rio Branco .......................................83
Figura 110 - Corte BB __________________________107
Figura 90 - Palace Hotel ..................................................................83
Figura 111 - Elevação nordeste __________________108
Figura 91 - Vista aérea Andradas ...............................................83
Figura 112 - Elevação Sudeste __________________108
Figura 92 - Praça Dr. Alcides Mosconi ..................................83
Figura 113 - Imagem 3D _______________________109
Figura 93 - Praça Dr. Alcides Mosconi ..................................83
Figura 114 - Imagem 3D _______________________110
Figura 94 - Igreja Matriz ...................................................................83
Figura 115 - Imagem 3D _______________________111
Figura 95 - Topografia ........................................................................84
Figura 116 - Imagem 3D _______________________112
Figura 96 - Corte Sudeste ...............................................................84
Figura 117 - Imagem 3D _______________________113
Figura 97 - Corte Nordeste ............................................................84
Figura 118 - Imagem 3D _______________________114
Figura 98 - Zoneamento Bioclimático Brasileiro .........85
Figura 119 - Imagem 3D _______________________115
Figura 99 - Carta Solar Andradas Latitude 22° Sul.......86
Figura 120 - Imagem 3D _______________________116
Figura 100 - Insolação e ventilação .........................................87
Figura 121 - Imagem 3D _______________________117
Figura 101 - Mapa Macrozoneamento Andradas .........88
Figura 122 - Imagem 3D _______________________118
Figura 102 - Croqui ideias iniciais ..............................................91
Figura 123 - Imagem 3D _______________________119
Figura 103 - Analise Massa ..............................................................94
Figura 124 - Imagem 3D _______________________120
Figura 104 - Implantação _______________________101
Figura 125 - Imagem 3D _______________________121
Figura 105 - Fluxos _____________________________102 Figura 106 - Paisagismo_________________________103 Figura 107 - Iluminação e Ventilação _____________104 Figura 107 - Planta térrea _______________________105 Figura 108 - Planta Primeiro Pavimento __________105 Figura 109 - Corte AA __________________________107
TABELAS Tabela 1 - Eventos em Andradas ..................................................................................................................................................................................................46 Tabela 2 - Eventos em Andradas. .................................................................................................................................................................................................47 Tabela 3 - Aberturas para ventilação e sombreamento das aberturas ..........................................................................................................85 Tabela 4 - Tipos de vedações externas para a Zona Bioclimática 3 .................................................................................................................85 Tabela 5 - Estratégias de condicionamento térmico passivo para a Zona Bioclimática 3 ............................................................85 Tabela 6 - Dados Meteorológicos - Ventos ...........................................................................................................................................................................87 Tabela 7 - Programa de Necessidades ....................................................................................................................................................................................93
INTRODUÇÃO
Este trabalho final de graduação, consiste em um estudo aprofundado no "PLANO DE MUSEU TERRITORIAL DO VINHO DE ANDRADAS" concebido pela Prefeitura Municipal da cidade e por historiadores. O plano evidência os elementos principais que fizeram parte da crescente econômia vitivinultura local em meados do século XX. A cidade já chegou a possuir 46 vinícolas e foi a segunda maior produtora de vinho em Minas Gerais em 1911 (JACOOB, Rodholfo, 1911: 42) . Apesar da atual produção não possuir o auge dos anos 40 a 70 da década passada, devido ao fechamento de muitas adegas, a produção de vinho ainda é uma das maiores fontes de receita para o municipio. (SOUZA, Ricardo L, 2018: 16) A partir disso, a prefeitura, historiadores e comerciantes relacionados à vinha, conceberam o plano. Nele consiste a demarcação dos pontos onde fará parte da rota, porém falha em alguns aspectos do ponto de vista arquitetônico, onde não incluem o Pavilhão do Vinho, que foi construido em 1960, quando a econômia vinícola só aumentava. É uma edificação um tanto quanto precária, porém seu lugar remete à muitas histórias e lembranças para a população. Nele acontecem a maior parte de eventos culturais da cidade, mas não se tem espaços adequados para qualquer público, tanto por acessibilidade, quanto por conforto termo-acústico.
OBJETIVO
O objetivo principal é analisar miniciosamente o plano, e acrescentar melhorias com inovação, conhecimentos, contrastes, ligando diretamente o vinho e a arquitetura.. Além de criar um ponto à mais para o Museu onde possa acontecer eventos culturais, exposições e também fará parte dele, uma adega onde vinicolas locais possam comercializar seus vinhos mais facilmente.
ASPECTOS TEÓRICOS
MUSEU TERRITÓRIO
MUSEU TERRITÓRIO Nos últimos anos, o modelo de museu tradicional vem sendo
O museu território possui um acervo, sendo que qualquer
muito questionado. Estamos vivendo em uma era onde a
patrimônio pode ser constituído a um acervo museológico, no
sociedade é muito mais exigente, comunicativa e rápida.
qual se faz necessário sua importância no local de onde é
Necessita trocar informações constantemente. Essa nova
inserido, e não apenas ser algo retirado de onde está.
sociedade, chamada de sociedade da era da informação, é
A comunicação dada através de exposições e de serviços
vista a partir de um fenômeno global, resultado dos mais
educativos é outro ponto importante. Em um museu de
variados meios de comunicação. Nessas circunstâncias onde
território ela pode se dar simplesmente através do exemplo,
é necessário muito mais informações e conhecimentos, assim
na vida cotidiana dos habitantes do território de ação.
como o desenvolvimento cientifico e tecnológico, fica evidente
Diferente do museu tradicional, o museu territorial é voltado
a necessidade de novas tecnologias de informação e
diretamente para a comunidade de onde ele é inserido, ainda
comunicação aplicadas as organizações, no caso especifico,
que é aberto ao público. Sua intenção é valorizar as
o museu. Resultado disso, no último século, a predominância
identidades da comunidade. Geralmente quando se tem um
desse modelo museológico estruturado em um edifício que
objeto inventariado pelo museu território, não
abriga uma coleção e atende à um público vem abrindo
necessariamente eles são recolhidos para dentro de uma
espaços para outros modelos museológicos, como os eco
instituição, mas continuam fazendo parte da vida das
museus, os museus ao ar livre, museus de bairros, museu
pessoas.
território entre outras iniciativas. (OLIVEIRA, 2015, p.36)
17
Aquele conceito tradicional de museu, onde se tinham o edifício, as pessoas e os acervos, é ampliada para território de ação, patrimônio coletivo da cidade e comunidade de habitantes. Dessa forma, o museu territorial pode ser entendido como instituição que lida com o patrimônio material e imaterial, atuando diretamente com a cidade e visando seu desenvolvimento cultural e socioeconômico. O conceito de território não é necessariamente, apenas em um local, mas pode ser em diversos locais ao mesmo tempo, onde se tem a continuação da história de determinada comunidade. Por fim, museu que integre cultura, paisagem e natureza. (OLIVEIRA, 2015, p.38)
18
ANDRADAS-MG
HISTÓRIA LOCALIZAÇÃO DADOS
HISTÓRICO Durante muitos anos, principalmente na época do descobrimento do Brasil, os portuguêses vem se miscigenando com os índios, e logo depois com os negros vindos da África como escravos, escrito em muitos livros, que conta a história de nossa pátria. Portanto, qualquer pessoa que resulta dessas três raças pode ser considerada brasileira. Essa miscigenação continuou por tempos, até o atual, com isso, acabaram envolvendo outras raças. Em Andradas não foi diferente. Era por volta de
FOTO ANTIGA
1790, quando dois fazendeiros Portugueses deixavam suas terras em Baependi e vinham sentido Sul de Minas, a procura de terras férteis, grandes campos, ar puro e uma vida mais leve sobre as serras. Já acompanhados pelos seus familiares, cabeças de gado e de alguns escravos. Um deles, Felipe Mendes do Prado, que se instalou do lado direito do lago, e batizou sua fazenda como Capão do Cipó, devido ao grande numero de cipós encontrado durante sua passagem no local. (CAMPOS, 1996. 09) Figura 1 - Vista Aérea Andradas Fonte: Acervo Municipal
20
Sua casa foi construída toda de madeira de lei, devido a sua abundancia no local. Seu amigo e companheiro, se instalou do lado esquerdo. Era ele José Rabelo de Carvalho. Escolheu o lugar por ser um magnifico chapadão. Suas terras, passavam pela Serra do Caracol e iam até alcançar o rio conhecido como Jaguari-Mirim. Devido ao dinamismo de Felipe Mendes do Prado, surgiria mais tarde, a Fazenda Lagoa Dourada, localizada na mesma região. Sua denominação vinha de uma lagoa com aguas amareladas que eles haviam encontrado (CAMPOS, 1996. 09). Pouco tempo depois de sua instalação, Felipe Mendes do Prado é assassinado por um de seus escravos, quando empreendia viagens de Baependi (CAMPOS, 1996. 10). Sua esposa doa metade das terras ao Jose Rabelo de Carvalho. Com filhos e netos de ambos, as famílias iam se propagando e misturando também com a família do Pe. Manoel Gonçalves Correa, que havia tido filhos com suas escravas. Com essas três famílias, o povoamento nas terras de Lagoa Dourada foi tomando forma (MARQUES, 1995. 13). No ano de 1845, um dos moradores do povoado, tem a ideia de erguer uma capela a São Sebastião do Jaguari, e o terreno escolhido era um lugar coberto por um samambaial o qual era de Candido Jose Mendes. Devido a isso o povoado começa a ser chamado de Samambaia. E em 1846 é pedido a Paroquia de Caldas, que abençoasse a primeira capela na comunidade. Comovidos com a situação e com emoções de sua religião, Candido e sua esposa doam o terreno para construção da capela. (MARQUES, 1995. 11). Em 7 de Outubro de 1860, pelo decreto nº 1098, a comunidade passa de Samabaia, para São Sebastião do Jaguari, elevado a categoria de Distrito de Paz. Logo depois com tantas mudanças acontecendo, os moradores tem uma ótima noticia, 1º de Setembro de 1888, pela Lei nº 3.656, era criada a Vila Caracol. Porem, a instalação da vila só aconteceu em 22 de Fevereiro de 1890, razão pela qual é a data oficial do aniversario da cidade, comemorada todos os anos. A posse da primeira câmara municipal teve inicio em 1892. Entretanto a Vila Caracol tornou-se cidade somente em 1895, pela Lei nº893. E foi somente em 1928, que Caracol passa a chamar-se Andradas em homenagem ao Presidente do Estado da época – Dr. Antonio Carlos Ribeiro de Andrada, que ajudou muito toda a população. 21
A CHEGADA DOS ITALIANOS NO BRASIL Era ano de 1875, e saia de Gênova, a primeira grande lotação de imigrantes rumo ao Brasil, na esperança de conquistar sua própria riqueza. Enfrentaram o desconhecido, sem saber o que tinha a frente, foi uma travessia longa e difícil, muitos morreram durante o trajeto, principalmente pelas epidemias, entre elas varíola e sarampo, também pelas péssimas condições de higiene e a alimentação precária, tão escassa que em 1888, morrem 52 pessoas de fome nos navios Matteo Bruzzo e Carlo Raggio. (MARQUES, 1996: 24) Apesar de toda essa tristeza e as dificuldades da viagem, os imigrantes italianos chegam a terra prometida. Todos se enchem de alegria, com uma esperança no olhar e muitas expectativas. Chegaram no Porto e de lá eram levados para São Paulo, para encontrarem suas instalações. Cada um para um lado, muitos sem lugares, na sorte de encontrar alguém que o desse emprego e moradia. Em 1893, Andradas foi oficialmente aberta aos colonos. Porem nessa época já haviam vários italianos em nosso meio. Figura 2 - Vista Aérea Andradas Fonte: Acervo Municipal
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Quem chegou antes da abolição da escravatura, dedicaram-se ao comércio. Após 1888 foram morar na zona rural, pois tinham vindo através de contrato para atuar como colonos, substituindo os escravos. (MARQUES, 1996: 30) Nessa época, Andradas era pequena e pobre, pelo aspecto geográfico, acabava contando com o descaso do estado. Tanto que mesmo sendo promovida como cidade, levou muitos anos para aparecer no mapa do país. Porem, os estrangeiros viram mais além de que uma simples cidade. Viram terras férteis, água fartas e um clima excelente. Um lugar ideal, depois de tanta busca, haviam chegado em “casa”. Poucos foram os que vieram direto do Porto de Santos para Andradas. A maioria tinha contrato para trabalhar nas fazendas de Monte Sião, Jacutinga, Espirito Santo do Pinhal, Campinas e São João da Boa Vista. (MARQUES, 1996: 32). A maior parte dos italianos que vieram para Andradas, eram das fazendas de São João da Boa Vista, e a maior parte deles, já estavam financeiramente bem, com suas economias adquiridas com muito trabalho. Foi uma época de mudanças, onde os colonos viraram proprietários, uma grande evolução. Figura 3 - Vista Aérea Andradas Fonte: Acervo Municipal
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E também foi um começo muito difícil para alguns, muitas famílias sem ter o que comer, mulheres e crianças ajudando nos trabalhos até mesmo com as enxadas. Porém este tempo ruim logo se acabou, pois a maioria plantava e consumiam suas próprias plantações. Logo, começaram a ter bons lucros deixando a economia domestica estabilizada. O café estava no auge da economia brasileira, e os imigrantes italianos investiam nisso, visando os lucros que talvez os levassem de volta para sua pátria.(MARQUES, 1996: 42)
FOTO ANTIGA
Figura 4 - Vista Aérea Serra da Caracol Fonte: Acervo Municipal
24
OS ITALIANOS E O CULTIVO DA UVA E DO VINHO EM ANDRADAS Com o café dando certo, o dinheiro chegava mais
Ele e o Sr. Joaquim Teixeira de Andrade, foram os
facilmente aos italianos. Com isso suas propriedades da
primeiros a fabricar o vinho em Andradas. Logo depois, o
zona rural iam tomando outras formas, tornando
português Emiliano Pontes abria sua adega no final do
belíssimas vivendas, que substituía as casas de pau a
Morro da Cava, do lado direito.
pique dos antigos moradores. Estas casas, além da
Até então, o vinho era fabricado apenas para
quantidade de cômodos que tinham para abrigar toda a
consumo próprio de suas famílias, porém mais tarde, por
família, ainda tinha um porão enorme que tinha como
ser muito bem feito, começa a ter uma procura do
principal finalidade: servir de adega. Eles fabricavam seus
produto, foi onde começou a comercialização e com isso
próprios vinhos, para o consumo da família.
uma nova profissão: vinicultor.
Com muita frequência, passava a ter estrangeiros
Logo após a comercialização, já houve
com as calças enroladas ate os joelhos e mulheres com
reconhecimentos com medalhas de ouro e diplomas ao
as sais presas as pontas pelos cintos, pisando em cachos
Cel. José Francisco de Oliveira e ao Sr. Joaquim Teixeira
de uvas para retirar o seu suco. Muito felizes nesse
de Andrade. Chegaram a existir mais ou menos 50
trabalho, cantando e dançado musicas italianas e
adegas que fabricavam o vinho para comercialização
relembrando suas tradições. Saiam de lá, com os pés e
nessa época.
pernas cobertos pelo caldo vermelho escuro. Essa era a primeira etapa da fabricação do vinho. As primeiras parreiras foram feitas pelo Cel. José Francisco de Oliveira ainda no século passado. 25
O INTERESSE DO ESTADO SOBRE A VITIVINICULTURA EM ANDRADAS Com a chegada da Revolução de 30, Getúlio Vargas caracteriza-se como um administrador de todas as atividades econômicas do país, fator que ia crescer a partir de 1937, com o surgimento do Estado Novo. Como o Governo Federal queria diminuir a cultura e dependência do café no país, viu-se com bons olhos a vitivinultura, que também pretendiam impulsionar o mercado interno. Getulio Vargas, pretendia desenvolver a produção de bebidas nacionais - em especial o vinho-, pois este tinha um número muito alto nas importações, consequentemente, termos uma balança comercial mais vantajoso. (CABRAL, 2004 : 176) Em 1938, é publicado pelo regime do Estado Novo, o Decreto nº 826, criando uma Subestação de Enologia na cidade de Andradas, que estaria ligada à Diretoria do Instituto de Fermentação, que também ligava ao Ministério da Agricultura do Distrito Federal. Essa criação, tinha como principal objetivo orientar a vitivinicultura, a produção e estabelecer diretrizes para seu crescimento na cidade. Essa repartição começou a funcionar em 1942, contando com um moderno laboratório de analises de vinhos com uma mão de obra altamente qualificada. (CABRAL, 2004 : 181) No ano de 1946, segundo o relatório da Agencia Municipal de Estatística, Andradas produziu 2,6 milhoes litros de vinho. Já no ano de 1954, sua produção ultrapassou os mais de 3 milhoes de litros de vinho. Esse crescimento se deu a vinda da Subestação de Enologia, uma ferramenta governamental que auxiliou na qualidade, no zelo do produtor com a parreira e os tratos culturais da uva, subindo seu patamar: “a uva destinada a produção de vinhos, além de atenções anteriores na fase de seu cultivo, é analisada quando ainda pende no vinhedos. Seus teores em açúcar e ácidos são cuidadosamente dosados, verificando-se assim seu estado de maturação. A colheita somente é feita quando esse estado atinge o ponto máximo, isto é, quando se considera que a mesma poderá constituir-se em ótima matéria prima, capaz de produzir excelente vitinificação. São indicadas então as correções legais que se faz mister, para o perfeito equilíbrio do produto”. (CAMPOS, 1995: 99)
26
A partir disso, é evidente o interesse do Ministério da Agricultura em desenvolver essa atividade em Andradas, já que estava se desenvolvendo cada vez mais, além é claro, de atingir um dos grandes objetivos do período getulista: a diversificação da produção regional e nacional. Em 1954 é organizada e realizada a Primeira Festa do Vinho. Tal evento tinha como princípio a divulgação dos vinhos andradenses e com isso trazer turistas para a cidade. Na época, Juscelino Kubitsheck Governador de Minas Gerais, participa do evento, onde inaugura a primeira festa e premia os vinhos campeões no primeiro concurso de vinhos realizado. Tal festa alavancou ainda mais a fama dos vinhos andradenses, devido aos diversos meios de comunicação do Brasil que começaram a divulgar sobre a cidade e a sua vitivinicultura. A festa se tornou um dos maiores eventos do Sul de Minas Gerais. (CABRAL, 2004 : 190)
Figura 5 e 6 - Juscelino Kubitschek em Andradas Fonte: Acervo Municipal
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A FESTA DO VINHO Na era ouro do vinho na cidade, em 1954, os vitivinicultores e a comunidade organizaram a primeira festa do vinho pela iniciativa do produtor de vinhos e chefe da estação enológica Pedro de Barros Duarte, e também do prefeito da época, o médico Dr. Alcides Mosconi. Por motivos políticos aconteceu a Primeira Festa do Vinho e a Segunda só foi acontecer 10 anos depois. (MARQUES, 1996: 48) A festa ainda acontece e é tradicionamente conhecida por toda a região. Atrai milhões de pessoas, o que favorece a economia local. Entretanto, por questões de segurança, o vinho hoje é comercializado em garrafas pet no interior da Festa, o que desmerece a cultura engrandecente do vinho, diz vitivinicultor em entrevista a autora.
Figura 7 - Primeira Festa do Vinho Fonte: Acervo Municipal
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PLANO MUSEOLÓGICO DO VINHO DE ANDRADAS O Plano Museológico do Vinho de Andradas, foi criado pela Prefeitura e por um grupo de pessoas envolvidas diretamente com a produção de vinho da cidade. A equipe é formada por pesquisadores, historiadores, museólogos e também pelos vitivinicultores. Foi um trabalho que levou dois anos para se concretizar, pois necessitou de um levantamento minucioso de dados sobre as possibilidades reais e concretas para que o município de Andradas pudesse construir seu Plano Museológico do Museu do Vinho,que além de ser um negócio centenário que move a economia do município, é o setor que faz o município se destacar no cenário nacional. O Museu do Vinho de Andradas é uma instituição autônoma, cujo modelo está estruturado na criação de Museu Territorial, ou seja, um museu que integre cultura, paisagem e natureza. Desta forma, o plano parte do princípio de que um museu só tem razão de existir, quando é vivo, movimentado pela população, convidativo. Tal museu, precisa além dos acervos existentes, ter a presença da comunidade na medida em que será fruto de uma gestão entre o publico e o privado, que envolve a Prefeitura, a Associação dos Amigos da Cultura e uma futura organização não governamental formada pelos vitinicultores do município. Sua missão é valorizar o patrimônio material e imaterial, em constante dialogo com a comunidade que lhe deu origem. (PREFEITURA MUNICIPAL DE ANDRADAS, 2018:PAG). Nele foi destacado como estrutura um polo central “A Casa Da Memória”, que na verdade chama-se Museu João Moreira da Silva , inaugurado em 1995, passou por vários imóveis da cidade, que por fim em 2006 foi transferido para a residência (Edificação de 1962) que pertencia a família Westin. Além de incluir as Adegas/Vinícolas, que são elas: Adega Basso; Casa Geraldo; Adega Bertoli; Adega Beloto; Adega Muterle; Adega Marcon e a Izidro Gonçalves. De todas as adegas citadas, somente uma está desativada, mas representa o investimento internacional na vitivinicultura de Andradas. Como o museu território tambem é composto por paisagem, foi destacado para compor o complexo a Serra da Caracol, a Pedra do Elefante e as videiras.
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Este programa tem como como objetivo atender dois públicos diferentes, o publico endógeno, composto pela comunidade andradense em geral e em especial grupos oriundos do sistema de educação básica do município; grupos de pessoas portadoras de necessidades especiais (auditivas, motoras e cognitivas); bem como a comunidade de idosos e grupos que chegaram a cidade num fluxo migratório a partir da década de 1990. A segunda categoria de publico denominado de exógeno são os turistas em geral que tem a possibilidade de chegar até a cidade de varias formas, já que hoje já tem um fluxo de turistas que circulam a cidade, a maioria oriundo do lesta de São Paulo e até mesmo da capital do Estado de São Paulo. Tais pessoas vem até Andradas, em função da sua beleza natural, por causa do turismo de aventura; em função do turismo religioso (Caminho da Fé) e também em função da vitivinicultura. (PREFEITURA MUNICIPAL DE ANDRADAS, 2018:PAG). A intenção dos historiadores é que a diversidade seja marca registrada de todo percurso, como citado no plano, algumas adegas como Basso e Muterle são centenárias e a principio (a não ser por exigências do Ministério da Agricultura) alteraram pouco sua forma de produção e comercialização do vinho; as videiras como as famílias são centenárias e o vinho produzido é o vinho de mesa, que representa o gosto social e comunitário. Portanto, eles definem que existe um ponto de intersecção entre todas as Adegas: empreendimentos familiares e a marca do vinho esta vinculada ao nome e à organização familiar. De acordo com o plano, o museu do vinho quando concretizado, compreendera como um território, partindo do principio já indicado de Museu Território, muito mais amplo que a “Casa da Memória” e as Adegas/ Vinicolas, a cidade de Andradas localizase no contraforte da Serra da Mantiqueira (Serra do Caracol), sendo o marco geográfico do município, de acordo com o laudo escrito pelo historiador Ricardo Luiz de Souza, responsável pela “Casa da Memória”: “Além de historicamente a cordilheira e seu conjunto paisagístico terem sido parte de demarcações de divisas, a Serra do Caracol também já influenciou em um dos nomes que andradas já possuiu: A Vila do Caracol. O Jornal Semanario Andradense publicou uma interessante nota sobre a evolução politico-institucional de Andradas, pois no 1 de
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Setembro de 1888, a Vila Caracol fora criada pela lei provincial nº 3656, com a sua sede instalada na Freguesia de São Sebastião do Jaguary e tendo portanto, seu território desmembrado do extenso munucipio de Caldas. A instalação da Vila ocorreu em 22 de fevereiro de 1890. Esse hebdomadário pressupõe que o nome de Caracol possa ser proveniente da serra com o mesmo nome, fator que reforça a identificação que a Serra possui com a formação memorial e histórica municipal.” (Souza, 2017 :2)
A partir do Plano, onde destacaram os pontos de interesse em todo o percurso, houve-se a necessidade de acrescentar outro "lugar", o Pavilhão do Vinho. Então foi a partir disso que este trabalho final de graduação se baseia-se. No decorrer deste trabalho, vamos observar a importância que o Pavilhão do Vinho teve para a crescente economia vinícola, tanto na era ouro do vinho nos anos 80, quanto nos dias atuais. Onde ele deixou de ser o local da Festa do Vinho e tornou-se local de eventos culturais em geral. Com isso, temos um novo ponto marcante para o Museu Território do Vinho de Andradas, que será destinado para eventos culturais, exposições e será como uma "vitrine" para o território.
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LUGARES PARA O MUSEU DO VINHO
CASA DA MEMÓRIA ADEGA IZIDRO GONÇALVES ADEGA LC MARCON ADEGA BERTOLI ADEGA MUTERLE ADEGA BASSO ADEGA BELOTO
CASA DA MEMÓRIA A casa da memória foi inaugurada em 1995, ocupou três espaços provisórios em outras edificações, até que em 2006 se instalou na antiga residência da família Westin, imóvel em processo de tombamento. (CABRAL, 2004 : 190) Existe uma exposição permanente na “Casa da Memória” que procura traçar um percurso temático-cronológico da história do município com duas ênfases a produção do Vinho e a imigração italiana. (PREFEITURA MUNICIPAL DE ANDRADAS, 2018:PAG). De acordo com os historiadores do Plano museológico, nessa casa encontram-se peças históricas que remontam parte da ocupação, desenvolvimento e crescimento da cidade de Andradas, assim como de outras regiões vizinhas. Possui também acervo fotográfico, audiovisual, jornalístico, além de alguns livros históricos e outros de extrema raridade, como o Albúm Chorographico de Minas Gerais, de 1927. Atualmente a Casa da Memória recebe em média 50 visitantes ao mês, a maioria é a população do próprio município, pois, o espaço ainda não fica aberto em finais de semana e feriados quando a cidade recebe um fluxo significativo de Figura 8 - Casa da Memória Fonte: Autora
visitantes. (CASA DA MEMÓRIA DE ANDRADAS, 2018) 33
ADEGA IZIDRO GONSALVES Fundada em Portugal, na Ilha da Madeira, por Antonio Izidoro Gonsalves, no ano de 1859, essa empresa especialziada na produção do vinho Madeira instalou-se em Andradas no ano de 1957 para produzir os mundialmente conhecidos Vinhos “R” e “M", sendo a segunda vinícola do mundo a produzir produzir o vinho madeira e a primeira primeira do Brasil. (PREFEITURA MUNICIPAL DE ANDRADAS, 2018:14). Andradas foi escolhida pelo fato de que essa localidade oferecia as condições climáticas e materiais perfeitos para a produção desse tipo de vinho. De todas as regiões vivíferas da América Latina e do Brasil, Andradas foi o único local que foi escolhido pelos portugueses para a produção desse tipo de vinho. Para a manufatura desse vinho, muitos imigrantes e trabalhadores portugueses vieram para Andradas, sendo que boa parte deles fixaram familias no município e acabaram se instalando definitivamente. Em seu auge a Izidro Gonçalves contou com centenas de empregados na produção do vinho madeira, mas em consequencia de problemas e complicações financeiras, a empresa foi vendida para o grupo gaúcho Paingentini.(PREFEITURA MUNICIPAL DE ANDRADAS, Figura 9 - Adega Izidro Gonsalves Fonte: Autora
2018:15).
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O prédio tem 5.500 m² com estilo eclético importada da Ilha da Madeira e foi feito para abrigar um dos maiores complexos industriais vitiviniferos do Brasil. Com dezenas de cubas de concreto bem elaboradas, com capacidades de até 35 mil litros de vinho. De acordo com os criadores do plano, é muito importante Figura 10 -Adega Izidro Gonsalves Fonte: Acervo Municipal
ressaltar a possibilidade que o prédio da Izidro Gonçalves, após projeto de restauração venha a ser um dos pólos do Museu do Vinho que poderá abrigar a exposição permanente do Museu, enquanto que a “ Casa da Memória” abrigaria as exposições temporárias. Em 2015 foi tombada pelo Conselho Municipal de Patrimônio Histórico. O prédio da Izidro Gonsalves localiza-se na Av. Pref. Antônio Gonçalves, 1372-1444, no bairro Sóvis. Apesar de tombada a Izidro Gonçalves está desocupada e desgastada pela ação do tempo.(PREFEITURA MUNICIPAL DE ANDRADAS, 2018:15).
Figura 11 -Adega Izidro Gonsalves Fonte: Acervo Municipal
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ADEGA LC MARCON A adega LC Marcon, possui duas linhas de produtos e marcas: Os vinhos Campino e a Casa Geraldo. O primeiro é o de maior produção, na maioria são vinhos de mesa suave, feitos a partir da uva Jacques, Bordo e Niagara. Já o segundo segmento é a linha de vinhos finos, denominados das uvas viníferas, que esta diretamente atrelada aos turistas que visitam a adega e desfruta de toda sua estrutura gastronômica. Com uma produção de milhões de litros, a adega é a maior produtora da cidade e uma das maiores do estado de Minas Gerais. A adega se encontra próximo a zona urbana, nas margens da Rodovia Andradas- Ibitiura de Minas. E para chegar até a adega, a estrada de acesso possui uma boa infraestrutura, amplamente asfaltada. Na adega, o turista tem a possibilidade de conhecer junto ao um guia turistico, todos os processos técnicos, industriais e logístico da produção de varias bebidas que a adega produz. As instalações são todas contemporâneas, com produção industrial em larga escala. A empresa já obteve vários prêmios nacionais e internacionais. (PREFEITURA MUNICIPAL DE ANDRADAS, 2018:10). Figura 12 -Adega/ Vinícola LC Marcon Fonte: Autora
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A adega LC Marcon, possui duas linhas de produtos e marcas: Os vinhos Campino e a Casa Geraldo. O primeiro é o de maior produção, na maioria são vinhos de mesa suave, feitos a partir da uva Jacques, Bordo e Niagara. Já o segundo segmento é a linha de vinhos finos, denominados das uvas viníferas, que esta diretamente atrelada aos turistas que visitam a adega e desfruta de toda sua estrutura gastronômica. (PREFEITURA MUNICIPAL DE ANDRADAS, 2018:10). Com uma produção de milhões de litros, a adega é a maior produtora da cidade e uma das maiores do estado de Minas Gerais. A adega se encontra próximo a zona urbana, nas margens da Rodovia Andradas- Ibitiura de Minas. E para chegar até a adega, a estrada de acesso possui uma boa infraestrutura, amplamente asfaltada. Na adega, o turista tem a possibilidade de conhecer junto ao um guia turistico, todos os processos técnicos, industriais e logístico da produção de varias bebidas que a adega produz. As instalações são todas contemporâneas, com produção industrial em larga escala. A empresa já obteve vários prêmios nacionais e internacionais. A adega LC Marcon, é motivo de muitos turistas chegarem até Andradas, pois é muito conhecida e valoriza o enoturismo na cidade. Em uma visita técnica realizada num sábado pela manha, pude desfrutar de todos esses momentos de aprendizado e lazer que a empresa proporciona. Analisei que de fato, é um lugar que recebe turistas frequentemente, relatando um ônibus de turistas que vinham desfrutar de tudo isso.
Figura 13 - Visitação Parreiras LC Marcon Fonte: Proprietários LC Marcon
Figura 14 - Interior LC Marcon Fonte: Autora
Figura 15 - Barris aluminio LC Marcon Fonte: Autora
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ADEGA BERTOLI Fundada no ano de 1905 por imigrantes italianos, a adega encontra-se no centro da cidade. Sua arquitetura encontra-se praticamente original e preservada, com barris, dornas e cubas belíssimas. (PREFEITURA MUNICIPAL DE ANDRADAS, 2018:9). É uma adega que está em processo de adequação às normas exigidas pelo ministerio da agricultura, e por tanto encontra-se de portas fechadas.
Figura 16 - Adega/Vinícola Bertoli Fonte: Autora
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ADEGA MUTERLE Fundada no ano de 1918, a adega ainda preserva a forma tradicional na produção de vinhos. Próximo as instalações da adega, existe um parreiral de uva Jacques, uma uva tradição da cidade. Adminstrada pela família Muterle, é um local onde os compradores e visitantes podem conhecer o processo de produção do vinho junto aos produtores. (PREFEITURA MUNICIPAL DE ANDRADAS, 2018:11). Em visita técnica num domingo após o almoço, as instalações estavam fechadas, porem quando viram que tinha visitantes, abriram as portas e fizeram questão que fossemos conhecer. A Adega está localizada na Chacara Pirapitinga à 200mt de uma área asfaltada, seu acesso é um tanto quando precário, e precisaria de melhorias para receber os turistas com maior facilidade.
Figura 17 - Adega/Vinícola Muterle Fonte: Autora
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ADEGA BASSO É a adega/ vinícola mais antiga em funcionamento, pois inciou suas atividades no ano de 1902. A Adega/ Vinícola Basso possui um importante patrimônio histórico material e imaterial, pois, sua videira centenária ainda produz vinho de forma artesanal. As suas instalações se encontram na Chácara Lagoa Dourada, na rua R. Cap. Cirilo, 721. A adega é cercada por parreirais de uvas Jacques centenários, já que a família Basso que comprou a fazenda em 1898, adquiriu-a com parreiral formado. Mantida pelos descendentes do fundador, a adega Basso produz vinhos de mesa produzidos de forma artesanal. A adega/ Vinícola conta com maquinário manual e com recipeintes de armazenamento feitos de madeira de vários tipos, como pipas, barris e algumas dornas de madeira de 80.000 litros. Os Basso são conhecidos pela qualidade da produção de bons vinhos, pois no ano de 1922, o Srº Francisco Basso já ganhara prêmios pela qualidade de seus vinhos. (PREFEITURA MUNICIPAL DE ANDRADAS, 2018:12). Em visita realizada no local, foi analisado alguns pontos positivos que outras adega/vinicolas nao possuem, o funcionamento de portas abertas para visitantes todos os dias e principalmente aos finais de semana. Figura 18 - Adega/Vinícola Basso Fonte: Autora
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ADEGA MARCON Fundada no ano 1912, a Sociedade Vinícola Marcon é proprietária de três edifícios históricos da produção de vinhos em Andradas. O principal prédio e a loja de degustação dos vinhos localiza-se na Rua Olinto Trevisan, 60, bem no centro da cidade. Na atual sede ( a antiga adega Alba, que veio da Itália e montou suas operações em Andradas), pode-se observar grandes cubas de concreto para fermentação, dornas de madeira e barris de variados tipos de madeira. A produção dessa adega/ vinícola é bastante elevada, contendo também duas linhas de produtos: os vinhos Marcon, para mesa, e a linha Cave d’Marc, de vinhos mais finos e de maior valor agregado. Esse grupo industrial também se destaque na produção de diversos produtos feitos a partir de uvas, tais como: coquetéis, destilados e vinhos fortificados. A Sociedade Vinícola Marcon também não possui um espaço para exposição da história da família e sua relação com a história de Andradas. Eles possuem um ponto para comercialização dos seus produtos, mas nao possuem um roteiro turistico interno para os visitantes.(PREFEITURA MUNICIPAL DE Figura 19 - Adega/Vinícola Marcon Fonte: Autora
ANDRADAS, 2018:14).
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ADEGA BELOTO Fundada no ano de 1928, a adega/vinícola localiza-se no Bairro Jaguari ( bairro rural), na Chácara Santa Clara. No interior do prédio - que está próximo de completar 90 anos e ainda preserva grande parte das características originais de construção - o visitante pode observar grandes dornas, barris e barricas de madeira. A adega/ vinícola produz vinhos de mesa, para o consumo geral e também, Vinhos Colônia, com vinhos finos e elaborados. A adega/vinícola por encontrar-se na zona rural está situada em uma bela paisagem com vista para Serra da Mantiqueira, próximo ao “Caminho da Fé” (caminho de peregrinação que percorre algumas cidades paulsitas e mineiras até à Aparecida-SP). Nesse percurso muitos peregrinos acabam parando na adega/ vinícola para revigorar suas forças e saborereiam um bom vinho ou suco de uva. (PREFEITURA MUNICIPAL DE ANDRADAS, 2018:12). A adega/vinícola Beloto possui espaço para a degustação de vinho, mas como as anteriores ( exceção parcial para a Casa Geraldo) não possui um programa de estruturado que mostre a trajetória da família e sua relação com a Figura 20 - Adega/Vinícola Beloto Fonte: Autora
história de Andradas.
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PRODUÇÃO ANUAL DAS VINÍCOLAS ADEGA LC MARCON - 2.000.000 L/ano ADEGA BERTOLI - 700.000 L/ano ADEGA MUTERLE - 60.000 L/ano ADEGA BASSO - 7.000L/ano ADEGA BELOTO - 400.000 L/ano ADEGA MARCON - indisponível Tem-se uma grande variavél de produção por vinícola ano a ano, por diversos fatores, o principal deles, é o plantio e colheita das uvas, fator natural que depende do tempo e clima na época. É notável nos números, como o incentivo ao turismo impulsiona o crescimento da produção de vinho na cidade. A vinícola que mais produz ao ano, é a que mais incentiva o turismo local, nela os visitantes encontram um restaurante muito bem preparado para atender visitantes, tem a possibilidade de fazer um tour pela vinicola, conhecendo os meios de fabricação do vinho, desde o plantio até o engarrafamento.
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PAVILHÃO DO VINHO
HISTÓRIA INTERAÇÃO PLANTAS LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO PROBLEMAS CENTRO CULTURAL
Localizado no Centro da cidade de Andradas, já abrigou diversos eventos glamourosos na época ouro do vinho, e até hoje é referência de cultura e história. A construção da edificação aconteceu no ano de 1960, na gestão do ex prefeito Waldemar de Souza Franco. Impulsionados pelo sucesso da Primeira Festa do Vinho de Andradas, decidiu fazer um lugar próprio para a festa, para valorizar a vitivinultura local. (FRANCO, 2015) O local onde aconteceu a Primeira Festa do vinho, era ao lado da rodoviária, onde hoje é o mercado municipal. Era um barracão de madeira coberto de Sapé.
FOTO ANTIGA
Na época eles iriam usar esse barracão para fazer a Segunda festa do Vinho, fariam apenas algumas melhorias, porém, faltando menos de dois meses para 2ª Festa do Vinho, o barracão pega fogo. Foi então que o Prefeito da época, pediu ajuda à um amigo, para fazer o projeto do Pavilhão do Vinho, em um terreno vazio, tinha que ser algo rápido, para dar tempo da realização da festa. Os pedreiros, serventes, entre outros, trabalhavam
Figura 21 - Implantação Pavilhão do Vinho Fonte: Autora
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em 3 turnos, para conseguir entregar a tempo. (FRANCO, 2015) Hoje o pavilhão não é sede da festa do vinho de andradas, devido ao rumo engrandecente que a festa tomou, entretanto é palco de vários outros eventos que acontece na cidade. Um dos mais tradicionais e que atrai mais turistas é a exposição e feira Expofica, organizada anualmente pela acira durante a época da festa do vinho
Figura 22 - Pavilhão do Vinho 1970 Fonte: Acervo Municipal
e que valoriza o comércio local. Também abriga a tradicional festa de São Sebastião, eventos culturais, formaturas de escolas, desfiles, bailes, entre outros. A edificação, está em um estado retrógrado. Foi
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feita alguns ajustes a pedido do corpo de bombeiros para poder acontecer tais eventos, porem, um edifício com tanta relevância, se torna cada vez mais necessário a adequação do espaço, detalhes importantes que como um lugar de clima agradável, com acústica ideal para os eventos, por exemplo. De fato, podemos perceber ao longo desse estudo, que o Pavilhão do Vinho é algo valioso para a cidade, e vale destaca-lo como item importante para o Museu do Vinho de Andradas,deixado de lado no Plano.
Figura 23 - Pavilhão do Vinho 2018 Fonte: Autora
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FOTO ANTIGA
Figura 24 - Interior Pavilhão do Vinho 1970 Fonte: Acervo Municipal
Figura 25 - Interior Pavilhão do Vinho 1970 Fonte: Acervo Municipal
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Figura 26 - Maquete física Pavilhão do Vinho Fonte: Acervo Municipal
Figura 27 - Vista aérea Pavilhão do Vinho Fonte: Acervo Municipal
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SUA INTERAÇÃO COM A POPULAÇÃO O Pavilhão do Vinho, é sede de vários eventos que acontecem na cidade. Vale destacar que são eventos importantes, que na maioria das vezes atrai um público grande, porém não tem uma infraestrutura adequada para a população. Esses são alguns dos principais eventos que acontece no Pavilhão do Vinho durante o ano:
JAN MAR JUN JUL
Festa de São Sebastião Folia de Reis
Brasil Instrumental Andradas
Show da Solidariedade
Encontro trilha off-road
Concurso Rainha e Princesa da Festa do Vinho
Apres. História Festa do Vinho
Cicloturismo Rota das Vinícolas Expofica
Tributo pela paz Apresentações de Natal
Tabela 1 - Eventos em Andradas Fonte: Autora
AGO OUT NOV DEZ 49
Na tabela a seguir, conseguimos identificar os lugares onde ocorrem os eventos em nivel municipal:
Tabela 2 - Eventos em Andradas Fonte: Autora
50
5 2 3 4
1
Figura 28 - Mapa pontos de eventos em andradas Fonte: Autora
6
51
256.840
EVENTOS QUE ACONTECE NA CIDADE
Hoje, só a Festa do Vinho que acontece em Julho de todos os anos, atrai cerca
P E S S O A S
DURANTE O ANO
p
o
r
a
n
de 150mil pessoas, mais de 83% da
o
quantidade de público total atraido pela
178.770
EVETOS DIRETAMENTE RELACIONADOS A VITIVINICULTURA
ACONTECEM NO PAVILHÃO DO VINHO
quase 60% da população total que frequentam todos os eventos na cidade.
P E S S O A S
p
EVENTOS QUE
vitivinicultura da cidade. Chegando a
o
r
a
n
o
38.870
P E S S O A S
p
o
r
a
n
o
De todos os eventos que acontecem na cidade, sem duvida a Festa do Vinho tem destaque maior, logo após vale destacar a quantidade de eventos e públicos que o Pavilhão do Vinho atrai, seja pela sua localização, seja pela sua história, ou até mesmo pela falta de um espaço para eventos na cidade. 52
PLANTA ATUAL
PROGRAMA Saguão (Salão Principal) - 1336,52 m² Administração - 16,10 m² Depósito - 5,22 m² Camarim - 11,90 m² Banheiros - 41,82 m² Cozinha - 65,43 m² Área descoberta - 183 m² Área total do terreno - 1703,90 m² Área total construída - 1520,11 m²
Figura 29 - Planta Pavilhão do Vinho Fonte: Autora
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LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO
Figura 30 - Fachada Sudeste Pavilhão do Vinho Fonte: Autora
Figura 31 - Fachada Nordeste Pavilhão do Vinho Fonte: Autora
Figura 32 - Detalhes construtivos Fonte: Autora
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IMAGENS INTERNAS
Figura 33- Interno Pavilh達o do Vinho Fonte: Autora
Figura 35- Interno Pavilh達o do Vinho Fonte: Autora
Figura 34- Interno Pavilh達o do Vinho Fonte: Autora
Figura 36- Interno Pavilh達o do Vinho Fonte: Autora
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PROBLEMÁTICA DO LOCAL
Figura 37 - Banheiro Pavilhão do Vinho Fonte: Autora
Figura 40 - Interno Pavilhão do Vinho Fonte: Autora
Figura 38 - Banheiro Pavilhão do Vinho Fonte: Autora
Figura 40 - Interno Pavilhão do Vinho Fonte: Autora
Figura 39 - Teto Pavilhão do Vinho Fonte: Autora
Figura 40 - Interno Pavilhão do Vinho Fonte: Autora
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PROBLEMÁTICA DO LOCAL O Pavilhão do Vinho atende cerca de 600 pessoas no seu interior, contendo camarim, banheiros de apoio ao camarim, banheiro público masculino e feminino, cozinha, sala de adminstração e bilheteria. Apesar da sua estrutura possuir itens básicos para usuários, ela nao atende as necessidades exigidas pela NBR 9050, além de não ser um lugar confortável para ficar um determinado período.
Dentre as problemáticas encontradas, estão em destaque as principais: - Os banheiros são distantes um do outro; - Banheiros totalmente inadequados para pessoas portadoras de necessidades especiais, idosos e crianças; - A cozinha não possui área de ventilação natural; - O piso do salão principal possui desníveis inadequados; - Falta de acustica adequada para o salão; - Falta de ventilação natural e um ambiente onde o clima fique agradável, mesmo em dias quentes; - Não possui luz natural; - Por possuir telhado com telhas de fibrocimento, quando chove, o barulho do telhado atrapalha as apresentações; É evidente a importância do Pavilhão do vinho, como local inserido. Houve uma falta de valorização material, tendo em vista que o edifício foi construido às pressas, e hoje não atende as necessidades contemporâneas. Porém, ainda assim continua vivo entre a população, pois é um local marcado pela história do vinho e que chama a atenção de visitantes. Para melhor compreender, o local onde está inserido, se torna mais um, nos locais do museu territorial do vinho de Andradas, entretanto, com um novo edifício, onde atenda todas as necessidades que são imprescindíveis nos dias de hoje. A nova edificação, foi pensada para que atendesse as necessidades dos dias de hoje, e algumas a serem implantadas, como por exemplo, o uso para exposições e também a inserção da adega permanente.
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REFERÊNCIAS PROJETUAIS
VINÍCOLA DOMINUS MUSEU DO DOURO MUSEU DO PÃO
VINÍCOLA DOMINUS
Figura 41 - Vista Vinícola Dominus Fonte: https://www.herzogdemeuron.com/
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Arquiteto: Herzog & De Meuron Ano: 1995 Tipo de projeto: industrial Status: Construído Estrutura: Concreto e Gabião Localização: Napa Valley, Califórnia, EUA Implantação no terreno: Isolado Área construída: 3.400m²
ESTACIONAMENTO ÁRVOREDO RIACHO
RODOVIA EIXO CIRCULAÇÃO PRINCIPAL
Figura 43 - Implantação Vinícola Dominus Fonte: google maps. Adaptação autora
Figura 42 - Fachada Vinícola Dominus Fonte: https://www.herzogdemeuron.com/
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VINÍCOLA DOMINUS SITUAÇÃO
SISTEMAS CONSTRUTIVOS/ CONFORTO
Situa-se no caminho a Napa Valley, Califórnia, EUA,
Sua fachada em Gabião faz com que o edificio se disolva em
ao lado oeste, na rodovia St Helena Hwy.
seu entorno. Ela é formada por uma parede feita de aço
A rodovia possui apenas áreas planas com outras
inoxidável, no formato de rede, preenchido com rochas
vinicolas ao longo dela
basálticas retiradas do American Canyon, que fica bem perto da região. A escolha foi pensada tanto pela estética como pela técnica. Normamelnte são usados os Gabiões na Calfórnia, para reter areais em rodovias, porém, na vinicola Dominus, os Gabiões foram usados para controlar a temperatura interna do edificio, devido as extremas temperaturas de Napa Valley.
Figura 44 - Entorno Vinícola Dominus Fonte: google maps.
IMPLANTAÇÃO A edificação está implantada no meio das videiras, em apenas um bloco com 9 metros de altura. A intenção dos arquitetos sempre foi integrar a vinícola à paisagem.Presenteia seus visitantes com uma linda vista panoramica das videiras e das encostas.
Figura 45 - Detalhes construtivos Fonte: https://www.herzogdemeuron.com/ Adaptação autora
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Figura 46- Planta térrea Dominus
Pavimento Térreo Adega Barrique
Fonte: https://www.herzogdemeuron.com/ Adaptação autora
Armazenamento
Sala de degustação
Primeiro Pavimento Fabricação
Escritório
Quartos
Passagens Vinhas
Figura 47 - Planta Primeiro Pav. Dominus Quartos
Escritório
Fonte: https://www.herzogdemeuron.com/ Adaptação autora
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VINÍCOLA DOMINUS Adega Barrique
Armazenamento Figura 48 - Sala Barrique
Figura 49 - Armazenamento
Fonte: https://www.herzogdemeuron.com/
Fonte: https://www.herzogdemeuron.com/
Fabricação
Escritório Figura 50 - Escritório Fonte: https://www.herzogdemeuron.com/
Figura 51 - Fábrica Fonte: https://www.herzogdemeuron.com/
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Linhas retas e horizontais, que não chamam mais atenção que a própria paisagem onde a edificação está inserida; Figura 53 - Vinícola Dominus Fonte: https://www.herzogdemeuron.com/
Figura 52 - Vinícola Dominus Fonte: https://www.herzogdemeuron.com/
Uso de materiais diferenciados não só por estetica, mas tambem para um conforto termico no seu interior. 65
MUSEU DO DOURO
Figura 54 - Vista Museu do Douro http://www.museudodouro.pt/
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Autores: Liga dos Amigos do Douro Património Mundial + Arq. Fernando Morais Soares Freitas Seara Sampaio Ano: 2008 Tipo de projeto: Museu Território Status: Construído Localização: Peso da Régua, Portugal
FOTO ANTIGA
IMPLANTAÇÃO Figura 55 - Implantação Museu do Douro Fonte: google maps. Adaptação autora
Figura 56 - Região do Douro http://www.museudodouro.pt/
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MUSEU DO DOURO SITUAÇÃO
Detentora do monopólio do vinho do porto, mandou construir
o edifício sede do Museu do Douro situa-se na cidade de
este edifício sede, de monumentalidade reveladora do seu
Peso da Régua em Portugal, resultado da obra de
poder.
reabilitação do emblemático edifício da antiga
Funções da Casa da Companhia: Serviços administrativos da Companhia; Tribunal para tratar dos processos jurídicos; Áreas de vinificação e armazenamento de vinho; Alojamento temporário para funcionários e para os vinicultores de todo o Douro. Ao longo do século XIX a Companhia foi perdendo o monopólio
“Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro Vinhateiro”
sendo extinta em 1863. O edifício passou depois a ser propriedade da empresa Real Companhia Velha que manteve as funções de armazenamento de vinho e serviços administrativos no edifício. Figura 57 - Entorno Museu do Douro Fonte: google maps.
IMPLANTAÇÃO A fundação da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro criou em 1756 a primeira zona vinícola regulada do mundo. Ela foi responsável pela demarcação geográfica e regulação da produção e comercialização dos vinhos do Douro.
Figura 57 - Casa da Companhia http://www.museudodouro.pt/
68
Em 1997 iniciaram a criação do Museu do Douro, foi onde
da época histórica, com especial incidência nos elementos
houveram interesse em adquirir a Casa da Companhia para
associados à vitivinicultura, atividade central no Douro.
que tornasse a sede do museu. O projeto para remodelação e ampliação do edifício foi iniciado em 2007 e concluído em 2008. O edifício foi classificado em 2017 como Monumento de Interesse Público.
PRIMEIRO PISO A fachada principal do edifício é voltada para o rio, que era a grande via do comércio do vinho. O primeiro piso era destinado ao armazenamento do vinho, com isso, existia uma rampa que ligava o primeiro piso até a zona ribeirinha. No centro da planta existia um pátio aberto, que mais tarde foi fechado com uma cobertura metálica. Com as obras de remodelação para o museu, o antigo pátio passou a ser um dos principais espaços de exposições, onde hoje abriga exposições permanentes.
Figura 58 - Museu do Douro http://www.museudodouro.pt/
O Museu do Douro foi criado como Museu Território, com a intenção de reunir, conservar, identificar e divulgar o vastíssimo património museológico e documental disperso pela região, preservando e estudando objetos materiais e imateriais, representativos da identidade, da cultura, da história e do desenvolvimento do Douro, independentemente
Figura 59 -Museu do Douro interno http://www.museudodouro.pt/
69
MUSEU DO DOURO TERCEIRO PISO
SEGUNDO PISO O segundo piso é a parte nobre do edifício, seu acesso
O ultimo piso, das águas furtadas, era uma área
principal era feito pela fachada sul através das
destinada aos aposentos dos trabalhadores e aos
escadarias. Nele estavam as salas de reuniões, de
vinicultores que vinham de longe para negociações.
exposições de vinhos, escritórios, um tribunal e o salão
O espaço na ultima obra foi reconvertido em gabinetes.
principal. Nesse piso, destacam-se: o antigo salão nobre, que hoje é o bar de vinhos. Nesse piso também existia uma grande cozinha, que hoje é utilizada pelo restaurante do museu.
Figura 60 - Bar Museu do Douro http://www.museudodouro.pt/
Figura 61 - Sala Museu do Douro http://www.museudodouro.pt/
70
Figura 62-68 - Figura 62 - Museu do Douro http://www.museudodouro.pt/
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO Verão: Todos os dias, 10:00 - 18:00. Inverno: Todos os dias, 10:00 - 17:30. Acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida a todos os espaços públicos e expositivos do Museu do Douro. Elevador, instalações sanitárias adaptadas e cadeira de rodas.
71
MUSEU DO DOURO O TERRITÓRIO A Região Demarcada do Douro estende-se ao longo do Rio Douro numa extensão de cerca de 250 000 hectares. Esta região tem origem na delimitação territorial de 1756, data da primeira demarcação das ‘Vinhas do Alto Douro’, que definiu mundialmente o primeiro modelo institucional de organização de uma região vinícola. A produção de vinho neste território é uma lição sobre a capacidade e determinação do homem.O território marcado por declives acentuados e pela quase inexistência de terra e água.
Figura 69 - Mapa demarcação região Douro http://www.museudodouro.pt/ Adaptação autora
A monumentalidade da paisagem do Alto Douro Vinhateiro tem reconhecido valor universal. Em 2001 foi inscrita na lista do Património Mundial da Humanidade da UNESCO.
Figura 69 - Mapa demarcação região Douro http://www.museudodouro.pt/
Figura 70 - Mapas pontos museu do Douro http://www.museudodouro.pt/ Adaptação autora
72
Figura 71 - Mapa alto do Douro http://www.museudodouro.pt/ Adaptação autora
Figura 72 - Mapa temperatura Douro http://www.museudodouro.pt/ Adaptação autora
ALTO DOURO VINHATEIRO
TEMPERATURA MÉDIA
PATRIMONIO DA
DIÁRIA °C
HUMANIDADE - UNESCO 2001
15 - 18 12,5 - 15 10 - 12,5
Figura 73 - Mapa solos Douro http://www.museudodouro.pt/ Adaptação autora
ESTRUTURA GEOLÓGICA DO SOLO Xisto-Grauváquico Areias Granito Cascalhos Xistos e Grauvaques Micaxistos, Grauvaques e Gnaises Xistos argilosos
69 Figura 74 - 76 - Detalhes Vinhas Douro http://www.museudodouro.pt/
MUSEU DO PÃO
Figura 77 - Museu do Pão https://www.archdaily.com.br/
74
Autores: Brasil Arquitetura Ano: 2007 Tipo de projeto: Museu Status: Construído Estrutura: Madeira Localização: Ilópolis, Rio Grande do Sul Área construída: 660m²
FOTO ANTIGA
IMPLANTAÇÃO Figura 78 - Implantação Museu do Pão Fonte: Google maps. Adaptação autora
Figura 79 - Vista Lateral Museu do Pão https://www.archdaily.com.br/
75
MUSEU DO PÃO IMPLANTAÇÃO Córrego
O moinho está na parte central do terreno, com fachada para Nordeste. Na fachada Sudeste foi criado um bloco
2 6
5
horizontal todo em vidro, onde é o museu e possui um auditório para 28 pessoas. Na parte Sudoeste, encontra-se um córrego, e outro bloco
1
em concreto onde funciona a oficina do pão e as salas de 3
4
aula (panificação) e banheiros, espaço livre composto por ilha central, fogões e pias nas laterais.
SITUAÇÃO O terreno encontra com um lote a noroeste, com o
1 Museu
2 Auditório
3 Moinho
4 Bar/ Mercado 5 Oficina Pão 6 Salas de Aula Figura 80 - Planta Museu do Pão https://www.archdaily.com.br/ Adaptação autora
Em 2003 foi lançada a idéia da criação de uma rota
córrego a sudoeste; as fachadas sudeste e nordeste ligam junto ao passeio. O edifício está inserido na esquina da quadra entre uma via local e uma rodovia estadual.
ACESSOS
turístico/cultural dos moinhos na Serra Gaúcha, devido a
É possível acessar o museu do pão pelas vias locais, e
importância que estes tiveram no seculo XX. O primeiro
adentrar cada bloco de forma independente.
exemplar para recuperação foi o Moinho Colognese, de Ilópolis.
76
Figura 81 - Externo Museu do Pão https://www.archdaily.com.br/
77
MUSEU DO PÃO ANEXOS
Foi necessário dois novos volumes que conseguiram atender aos programas adicionais; Com uma escala menor, eles não se impôem nem chamam mais atenção que o próprio moinho; Apesar dos dois blocos usarem concreto aparente, os dois exploram ideias diferentes - o espaço museológico é totalmente transparente, com uso de vidros, e brises corrediços para proteger de incidencias solares
Anexo Escola 6,20 x 24,0m Anexo Museu 6,30 x 22,0m
Figura 82 - Elevação Museu do Pão https://www.archdaily.com.br/ Adaptação autora
78
Assim como o moinho, os novos blocos também flutuam sobre palafitas, conforme o terreno segue em seu leve declive; Sua cobertura também flutua sobre três pilastras com capitéis de madeira. Foi usado madeira araucária em todos os detalhes amadeirados. A cobertura do bloco escolar possui telhado verde com o intuito de melhorar o conforto do prédio que é todo fechado em concreto.
Figura 83 - Interno Museu do Pão https://www.archdaily.com.br/
79
O espaço edificado é reflexo e elemento simbólico do seu tempo, representante do invisível e de significados (POMIAN, 1987). Vinícola Dominus - é extremamente cativante a forma como o caixote (elemento único edificado) se neutraliza sobre a paisagem onde está inserido. É uma forma respeitosa com o seu entorno, além de usar elementos típicos da região para sua construção. Museu do Douro - um museu território, onde se tem a constante valorização do enoturismo. Destacam elementos fortes da Arquitetura do século XIX e incluem anexos contemporâneos que conversam com a atualidade, sem deixar chamar mais a atenção que a própria construção antiga. Aprofundando mais, chegamos na sede principal do museu território de Douro. Sua sede possui exposições e também um restaurante onde torna o lugar ainda mais "vivo". Museu do Pão - Valorização da cultura e da arquitetura durante o período onde se usavam os moinhos. Os anexos inseridos ao redor do moinho são edificações que se neutralizam junto ao próprio moinho, não tirando a atenção de itens marcantes do período, além de ser edificações de épocas e arquiteturas diferentes, acabam tendo os mesmos materiais e não perdendo suas essências. Nos estudos feitos através das referências, pude compreender como é importante a utilização da paisagem, para a valorização da cultura. A sensibilidade em entender que a arquitetura vai muito além de objetos materiais, que na maior parte é necessário se ter itens imateriais para a concepção de projetos onde envolve cultura. Alguns dos itens que pretendo utilizar no conceito do projeto, relacionados à escolhas das minhas referências projetuais: Uso da Paisagem como item fundamental; materiais como gabião, vidros, concreto e madeira; linhas retas; valorização dos elementos que fazem parte do museu território.
80
LOCAL USO E OCUPAÇÃO ENTORNO TOPOGRAFIA CLIMA LEGISLAÇÃO
LOCAL A área onde será implantada parte do Museu Território do Vinho de Andradas, está localizada no centro da cidade.
DADOS GERAIS Terreno: 1703.90 m² Bairro: Centro
O Local apresenta enorme potencial turistico, uma vez que está perto dos principais comércios de Andradas. No contexto atual, a área possui grande fluxo de carros e pedestres, tanto na parte do dia quanto a noite, o que é um beneficio para a implantação do museu
CARACTERÍSTICAS Paralelo a praça central e Igreja Matriz Construções de 1 a 18 pavimentos Malha urbana em grelha
sede, com isso deixando o espaço "vivo" todos os dias
Ruas de mão unica variando entre 6.0m a 8.0m Residencial de classe média
e em todos os periodos.
Média densidade populacional
Atualmente como já foi dito no decorrer desse projeto, existe uma edificação no local, o Pavilhão do Vinho, um edificio publico que acolhe diversos eventos da cidade, desde pequeno até medio porte. A proposta é reconstruir o Pavilhão e unir ao Museu Território do Vinho de Andradas.
INFRAESTRUTURA NO LOCAL Por se tratar de uma área central de grande fluxo, a região é provida de uma boa iluminação, energia elétrica, água e esgoto, pavimentação. Calçamento com algumas adaptações, mas em muitas áreas ainda precisa de melhorias Estabelecimentos comerciais: vendas, mercado, pizzaria, supermercados, lojas, sorveterias, lanches, padarias, restaurantes, farmácia, papelaria. 84
4 3
1 2
5
7
1
PavilhĂŁo do Vinho
2
Casa da MemĂłria
3
Vinhos Basso
4
Vinhos Marcon
5
Vinhos Bertoli
6
Adega Izidro
7
Vinhos Muterle
8
Vinhos LC Marcon
9
Vinhos Beloto
6
8
Figura 84 - Mapa itinerario museu do vinho Fonte: autora
9
85
ROTA DOS VINHOS 4 3
1 2
5
7
6
8
Figura 85 - Relação entre os lugares do museu 9
Fonte: autora
86
USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
Residencial Comercial Serviço Institucional Praça Pavilhão do Vinho Vazios Casa da Memória
Figura 86 - Mapa uso e ocupação do solo Fonte: autora
87
CONHECENDO O ENTORNO
SAÚDE PRAÇA VISTA PRIVILEGIADA HOTEL IGREJA LOJA RESTAURANTE Figura 87 - Entorno do Pavilhão do Vinho Fonte: autora
BAR
88
CONHECENDO O ENTORNO
Figura 88 - Vista Privilegiada
Figura 89 - Restaurante Rio Branco
Fonte: autora
Fonte: Andrada Espiral
Figura 91 - Vista aérea Andradas Fonte: Andradas Espiral
Figura 92 - Praça Dr. Alcides Mosconi Fonte: Desconhecido
Figura 90 - Palace Hotel Fonte: Google maps.
Figura 93- Praça Dr. Alcides Mosconi Fonte: Desconhecido
Figura 94 - Igreja Matriz Fonte: Aguinaldo fotografia
89
TOPOGRAFIA De acordo com o estudo topografico realizado no local onde será inserido uma parte do Museu Territorial do Vinho, chega-se a conclusão que o terreno possui 2metros de desnível, sendo ao longo dos 40metros de fachada sul, tendo assim, um terreno com pouca declividade.
Perfil Topográfico - Sudeste
Figura 96 - Corte Sudeste Fonte: autora
Perfil Topográfico - Nordeste
Figura 97 - Corte Nordeste Fonte: autora
Figura 95 - Topografia Fonte: autora
90
CLIMA
São estabelecidas pela ABNT 15220/3 algumas diretrizes, como: aberturas para ventilação, vedações externa e cobertura, além de estratégias de condicionamento térmico passivo. Segue tabela abaixo:
O Zoneamento Bioclimático é resultado de uma série de estudos entre eles: zonas de conforto térmico humano, dados climáticos, estratégias construtivas e de condicionamento térmico passivo, com o objetivo de estabelecer critérios para proporcionar conforto térmico nas edificações habitacionais. De acordo com a norma da NBR do Zoneamento Bioclimático, Andradas enquadra-se na zona Bioclimática 3.
Aberturas para ventilação
Sombreamento das aberturas
Médias - 15 a 25%
Permitir sol durante inverno
Tabela 3: Aberturas para ventilação e sombreamento das aberturas para a Zona Bioclimática 3 Fonte: Norma NBR do Zoneamento Bioclimático Brasileiro
Vedações externas Parede: Leve refletora Cobertura: Leve isolada
Tabela 4: Tipos de vedações externas para a Zona Bioclimática 3 Fonte: Norma NBR do Zoneamento Bioclimático Brasileiro
Estação
Estratégias de condicionamento térmico passivo
Verão
J) Ventilação cruzada
Inverno
B) Aquecimento solar da edificação C) Vedações internas pesadas (inércia térmica)
J) Zona de /ventilação - B) Zona de Aquecimento Solar- C) Zona de massa térmica para aquecimento.
Tabela 5:- Estratégias de condicionamento térmico passivo para a Zona Bioclimática 3
Figura 98 - Zoneamento Bioclimático Brasileiro Fonte: autora
Fonte: Norma NBR do Zoneamento Bioclimático Brasileiro
91
CLIMA Latitude 22º Sul
Figura 99 - Carta Solar Andradas Latitude 22° Sul Fonte: Google maps. Adaptação autora
Latitude 22º Sul - Insolação Leste
92
NE
VENTOS PREDOMINANTES VINDO DO NORDESTE PAVILHÃO DO VINHO TRAJETÓRIA SOLAR
Tabela 6 - Dados Meteorológicos - Ventos
Fonte: https://www.windfinder.com/windstatistics/pocos_de_caldas
Figura 100 - Insolação e ventilação Fonte: Google maps. Adaptação autora
93
ZONEAMENTO/ LEGISLAÇÃO A área definida para parte do museu do vinho, onde hoje está o Pavilhão do Vinho, está inserida de
03
acordo com o Plano Diretor na Área de Adensamento Restrito 1.
11 04 09
07
01
06
05
02 10
08
12
Figura 101 - Mapa Macrozoneamento Andradas
Fonte: Documento Plano Diretor, 2006. Adaptação Autora
01
Área de Adensamento Restrito 1 (AAR-1)
02
Área de Adensamento Restrito 2 (AAR-2)
03
Área de Adensamento Restrito 2 (AAR-3)
04
Área de Adensamento Controlado 1 (AAC-1)
05
Área de Adensamento Controlado 2 (AAC-2)
06
Área de Adensamento Preferencial 1 (AAP-1)
07
Área de Adensamento Preferencial 2 (AAP-2)
08
Área de Adensamento Preferencial 3 (AAP-3)
09
Área Industrial 2 (AI-2)
10
Área Especial de Interesse Social 1 (AEIS-1)
11
Área Especial de Interesse Social 2 (AEIS-2)
12
Área Especial de Segurança (AES)
94
ZONEAMENTO/ LEGISLAÇÃO Áreas de Adensamento Restrito são aquelas onde as
CAPÍTULO II
condições do meio físico e a sobrecarga de infra-estrutura
DAS MACROZONAS
existente restringem o maior adensamento populacional, sendo permitidos usos residenciais previamente analisados e
Seção II
não-residenciais.
Das Áreas de Adensamento Restrito Art. 30. As AAR – Áreas de Adensamento Restrito têm
USO E OCUPAÇÃO DO SOLO - AAR1
como diretrizes:
Coeficiente de Aproveitamento - 1.20
I — a restrição do adensamento populacional, em
Taxa de Ocupação - 80%
função da capacidade da infra-estrutura existente;
Taxa de Permeabilidade do Solo - 10%
II — a manutenção e o incentivo à ampliação da permeabilidade e da cobertura vegetal; III — as melhorias das condições do sistema viário; IV — a proteção visual da paisagem da Serra do
CA: 1.20
Caracol; V — o incentivo à convivência do uso residencial e nãoresidencial, condicionada a promoção da qualidade
TO: 80%
urbana e ambiental; VI — o estabelecimento de critérios de isonomia na fixação do potencial de aproveitamento dos imóveis. 95
PROJETO
PARTIDO E DIRETRIZES PROGRAMA DE NECESSIDADES ESTUDO DE MASSAS
PARTIDO E DIRETRIZES O partido arquitetônico surgiu do interesse de engrandecer o enoturismo em Andradas, pois a cultura do vinho é de grande relevância para a história do município, com isso, foi analisado o Plano Museologico Territorial do Vinho, criado pela Prefeitura da cidade no começo de 2018, foi proposto além dos lugares citados, um lugar de grande importancia para todos, onde poderá acontecer todos os eventos que já acontecem e consequentemente abrigar outros novos. O Pavilhão do Vinho, juntamente com o Plano Museologico do Vinho darão várias formas de uso ao local e complementarão o plano de necessidades para o Museu Territorial do Vinho de Andradas. Figura 101 - Croqui idéias iniciais Fonte: Autora
97
PARTIDO E DIRETRIZES VALORIZAR
Criar um edificio, tornando-o parte do Museu Territorial do Vinho, valorizando o centro da cidade;
INOVAR
Criar um espaço publico com diversas funções, onde seja além de um museu, um
RESGATAR
Resgatar a cultura italiana, através da rota detalhada do vinho, criando meios para
DESCOBRIR
Criar uma rota, que além de levar aos pontos destacados, transforma o trajeto em
centro cultural para eventos, deixando o edificio sempre "vivo";
acesso facil em todos os pontos do Museu Territorial;
uma "viagem" sensorial.
98
ESTUDO DE MASSA
O uso de telhado inclinado de duas quedas, presente em todas as adegas/ vinicolas;
Manter entrada na mesma localização que o Pavilhão do Vinho, de forma que seus usuários identifiquem os pontos caracteristicos;
ENTRADA
Privilegiar as vistas para a serra da Caracol. Figura 103 - Analise Massa Fonte: Autora
99
PROGRAMA DE NECESSIDADES
O programa foi baseado nas necessidades encontradas no atual Pavilhão, buscando sempre integrar dentro e fora, tornando assim, um local com inúmeras opções de modelamento, entre elas: exposições, feiras, apresentações, festas culturais, eventos de médio e pequeno porte. Outro ponto positivo do Novo Pavilhão, é a utilização para eventos abertos e fechados ao público, com possibilidades de fechamentos e o uso da bilheteria, tornando assim algo diferenciado para cidade. Ficará aberto ao público em horário comercial para visitação e oportunidade de conhecer alguns dos materiais de exposições que ficaram na "vitrine" do edifício. Além de ser o ponto de partida para o itinerário de todo museu territorial de Andradas. O restante dos acervos, continuará como o descrito no Plano museológico, na casa Casa da Memória. O Pavilhão apenas será uma vitrine para todo o percurso, sem que esse, tenha um valor maior do que os outros pontos do Museu território, relembrando, que todos os pontos são de suma importância para o Museu territorial. 100
IMPLANTAÇÃO 07 06 05 04
02
01
03
1- BLOCO PRINCIPAL 2- BLOCO SERVIÇOS 3- BLOCO EXPOSIÇÕES 4- BLOCO VITRINE Figura 104 - IMPLANTAÇÃO Fonte: Autora
5- DECK 6- ADEGAS 7- ESTACIONAMENTO SERVIÇO
101
FLUXOS ENTRADA BAR E SAÍDA
ENTRADA PRINCIPAL
VIA PRINCIPAL Figura 105 - FLUXOS Fonte: Autora
VIAS COLETORAS
102
PAISAGISMO HERA JAPONESA - Forração nos jardins; - Trepadeira nos elementos vazados; - Elemento decorativo sobre mesas do bar.
DRACENA VERMELHA - Usada no jardim do deck.
Taxa de Permeabilidade do Solo - 10% 103 Figura 106 - Paisagismo
ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO - VENTILAÇÃO CRUZADA
- NORTE
O uso de várias aberturas, possibilitou ter
Para face norte, o primeiro
uma ventilção cruzada em todo o edifício,
pavimento não possui
tornando-o sempre um ambiente fresco e
aberturas, e ajuda com a sua
agradável.
sombra a não ter luz direta no pavimento térreo
- LUZ NATURAL - SUL
As várias aberturas criadas, seja com portas
A face sul é o ponto de entrada
de vidro ou elementos vazados possibilitou
do edifício, possui elementos
uma ótima iluminação natural interna, nao
vazados.
sendo necessário o uso de luz artificial na parte do dia em determinados pontos.
- LESTE A face leste recebe o sol da manhã pelo grande bloco no segundo pavimento, onde é destinado a "vitrine" do Pavilhão.
Figura 107 - Iluminação e Ventilação Fonte: Autora
104
O PROJETO
Figura 107 - Planta tĂŠrrea Fonte: Autora
Figura 108 - Planta primeiro pavimento Fonte: Autora
99
USO E OCUPAÇÃO DO EDIFÍCIO Hoje o atual pavilhão abriga diversos eventos, a partir disso, foi definido alguns possíveis tipos de layouts para o novo Pavilhão, mantendo assim, a tradição de alguns eventos. Entre eles, se destaca a Expofica (Exposição e Feira Industrial e Comercial de Andradas) , realizada no mesmo período da Festa do Vinho em julho. É o evento que mais atrai visitantes para o Pavilhão. Para os outros tipos de eventos como a Festa de São Sebastião, que usa mesas e cadeiras em todo o salão e apresentações escolares que usam cadeiras como forma de auditórios, também foram pensados. Conjunto de mesas e cadeiras TÉRREO Cadeiras dispostas auditório TÉRREO 13 mesas bar + 44 mesas dispostas 150 cadeiras 57 mesas = 350 PESSOAS Podendo aumentar para 450 pessoas Podendo aumentar para 200 cadeiras
Planta Térrea - layout 1 Fonte: Autora
Planta Térrea - layout 2 Fonte: Autora
Stands para feiras TÉRREO 20 Stand em formatos 3,50x2,00
Planta Térrea - layout 3 Fonte: Autora
105
Para o primeiro pavimento, foi proposto alguns layouts diferenciados, tendo a possibilidade de acontecer eventos como mostra temporária, lançamentos de produtos, mostruário de produtos da cidade e também pequenas conferências. Conjunto de mesas e cadeiras, e cadeiras dispostas para o palco 8 mesas (50 pessoas) + 35 cadeiras (auditório) = 85 pessoas
Cadeiras dispostas para pequena conferência totalizando 48 lugares + mini palco provisório Ao todo, o novo Pavilhão comportará cerca de 800 pessoas, podendo mudar o número conforme a forma de uso. Hoje o atual Pavilhão atende 600 pessoas, porém com apenas 1 banheiro feminino e 1 masculino, o que torna inadequado para os visitantes. T
Planta Primeiro Pavimento - layout 1 Fonte: Autora
Planta Primeiro Pavimento - layout 2 Fonte: Autora
106
CORTES
Figura 109 - Corte AA Fonte: Autora
Figura 110 - Corte BB Fonte: Autora
107
ELEVAÇÕES
Figura 111 - Eevação Nordeste Fonte: Autora
Figura 112 - Eevação Sudeste Fonte: Autora
108
MAQUETE ELETRÔNICA
Figura 113 e 114 - Imagem 3D Fonte: Autora
109
110
MAQUETE ELETRÔNICA
104
CENA NOTURNA
Figura 116 - Imagem 3D noturna Fonte: Autora
112
DETALHES INTERNO
Figura 117 - Imagem 3D Fonte: Autora
113
Figura 118 - Imagem 3D Fonte: Autora
114
DETALHES INTERNO
Figura 119 - Imagem 3D Fonte: Autora
115
Figura 120 - Imagem 3D Fonte: Autora
116
Figura 121 - Imagem 3D Fonte: Autora
117
Figura 122 - Imagem 3D Fonte: Autora
118
Figura 123 - Imagem 3D Fonte: Autora
119
DETALHES INTERNO
Figura 124- Imagem 3D Fonte: Autora
120
DETALHESÂ EXTERNOS
Figura 125 - Imagem 3D Fonte: Autora
121
TÉCNICA CONSTRUTIVA ESTRUTURA
FUNDAÇÃO
FECHAMENTO
A técnica usada no projeto é a de Light Steel Frame. Um sistema construtivo estruturado em perfis de aço galvanizado, projetados para suportar às cargas da edificação e trabalhar em conjunto com outros sub-sistemas industrializados, de forma a garantir os requisitos de funcionamento da edificação. Apresenta ótima resistência à incêndio, pois é revestido por placas de gesso acartonado, material com elevada resistência ao fogo. A técnica foi escolhida, pelo fato de moldar melhor a edificação, não sobrecarregar no peso e ser uma técnica mais limpa, tendo em vista que a obra acontecerá no centro da cidade, evitando assim, causar transtornos com entulhos. A fundação escolhida e mais adequada para o sistema de Steel Frame é o Radier.
Para os fechamentos internos das paredes foi especificado o gesso acartonado. Entre eles, é usado uma manta de vidro para isolamento termico-acústico. Para os fechamentos externos, foi especificado o uso de placas cimentícias, madeira e vidro.
GABIÃO
Foi usada a técnica de gabião para alguns detalhes arquitetônicos sem função estrutural.
TELHADO
Onde se tinha a necessidade do uso de telhas, foi especificado a telha galvanizada do tipo sanduíche dupla (tanto a camada superior quanto a inferior são formadas por telha metálica, tendo como “recheio” o 122 material isolante).
MATERIAIS UTILIZAZDOS ELEMENTO VAZADO Utilizado na entrada do Pavilhão para que tornasse o ambiente interno com ventilação constante, e também como divisa entre o deck e a calçada. Nos dois lugares, a hera japonesa será indusida a subir, trazendo a sensação dos parreirais.
GABIÃO O sistema construtivo de Gabião, foi usado no balcão das adegas e em algumas paredes sem função estrutural, deixando um ambiente moderno e ao mesmo tempo rústico.
CIMENTO QUEIMADO Assim como são nas vinícolas em geral, foi usado o piso do edificio todo (exceto áreas molhadas) em cimento queimado.
PLACA COM ESTRUTURA TRELIÇADA PRETA
Foi utilizada placas sob medida, para detalhes arquitetônicos como os pendentes sobre as mesas e também como fechamento, possibilitando assim layouts diferentes para cada ocasião.
PISO DRENANTE Usado nas calçadas e áreas externas. São placas feitas a partir de concreto poroso, possui capacidade de vazão de água de 82%, permitindo escoamento direto para o solo, evitando empoçamentos.
FREIJÓ
Nos detalhes amadeirados, foi utilizado a madeira do tipo Freijó.
123
SUSTENTABILIDADE USO INTELIGENTE DA ÁGUA - Foi proposto a instalação de um sistema de reúso de água pluviais, destinados à rega dos jardins, descarga e lavagem de pisos. As cobertura direcionam as águas da chuva para as calhas, estes por sua vez levam as águas ao reservatório inferior, passando antes por um filtro removedor de detritos. ENERGIA RENOVÁVEL - Foi proposto o uso de painéis fotovoltaicos, estes convertem a energia do sol absorvida pelas placas em corrente elétrica gerando energia. O consumo é imediato e o excedente é repassado à rede de energia da concessionária (cemig) gerando descontos na conta mensal. LUMINÁRIAS DE LED - Em todo o edifício, foi proposto o uso de luminárias de led. LIGHT STEEL FRAME - construção seca.
124
CONCLUSÃO Ao longo desses meses, entre entrevistas, pesquisas e visitas técnicas, pude concluir que a memória vai muito além da questão material. É necessário analisar e entender a história por traz de tudo, e principalmente, entender as pessoas que fazem parte dela. Este trabalho contribuiu não só para minha formação como Arquiteta e Urbanista, mas também como cidadã, que faz parte de toda uma história cultural de Andradas. O Pavilhão foi e ainda é algo valioso para cidade, e me tornei realizada contribuindo com o Plano Museológico do Vinho de Andradas, podendo por em prática aprendizados arquitetônicos e urbanísticos recriando um espaço que antes era totalmente precário e tornando-o parte importante do museu território com diversos programas acontecendo nele. Este trabalho é uma representação de todo meu aprendizado durante esses cinco anos de faculdade.
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BIBLIOGRAFIA
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