Planejamento e gestão dg isabelle

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Planejamento e GestĂŁo Isabel Machado

NĂ­vel Conhecer


SUMÁRIO Gerência de Projetos Carta ao Aluno.................................................... 03 Introdução........................................................... 04 Objetivos.............................................................. 05

Nível Conhecer 1. Papel do Professor....................................................08 1.1 Relação Professor x Aluno ou Professor aluno..................................................................................13 2 Novas práticas e procedimentos metodológicos............................................................15 3 Planejamento e Gestão................................... 21 3.1 Breve histórico do planejamento.................... 22 3.1.1 Plano de aula....................................................... 25 3.1.2 Elaboração de um plano de aula .................. 26 3.2 Gestão da aula como recurso para o desempenho do professor/aluno ............................ 26 4. Educação a distância e presencial............... 29 5. Papel da interação.......................................... .32 6. Artefatos tecnológicos como aporte para dar aulas................................................................... 38 7. Considerações finais..................................... 43 Referência Bibliográfica................................... 45

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CARTA AO ALUNO Caro(a) aluno(a), Nas duas últimas décadas, a rápida evolução das tecnologias da informação e da comunicação gerou vários produtos que maximizaram a produtividade e a eficiência dos programas de ensino, principalmente, aqueles assistidos por redes de computadores. A aprendizagem on-line vem contribuindo para a consolidação de um novo paradigma de ensino pautado na interatividade, no uso crescente de recursos multimídia, na interação e na cooperação a distância, com vias à (re)construção do conhecimento. Neste material traçamos um panorama de como tais mudanças influenciaram as práticas de sala de aula, tanto para os professores como para os alunos, lançando novos paradigmas para a educação brasileira. A importância do tema emerge da necessidade de nos aperfeiçoarmos em nossa profissão, e nos adaptarmos a evolução do mercado. Estarmos conscientes de que um bom profissional está em constante aprendizado e na busca por qualificação na intenção de ampliar seu campo de atuação. Por isso, aproveite este material, analise, compartilhe, experimente, navegue, mergulhe nas possibilidades que esta disciplina oferece Bons estudos! Isabel Machado

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INTRODUÇÃO Por estarmos atentos, em todos os momentos, à presença do sujeito do aprendizado – você, nosso aluno –, bem como a suas demandas, ao realizar um curso a distância pensamos esta disciplina acreditando que a prática educativa deve torná-lo apto à auto-aprendizagem, ao autocontrole e à automotivação. Iniciaremos apresentando o novo papel do professor diante do cenário tecnológico atual, como modificou seu papel de transmissor do conhecimento para uma relação de ensino-aprendizagem. Como estas tecnologias influenciaram novas práticas e procedimentos metodológicos modificando assim nossa forma de planejamento e gestão da sala de aula. Esses novos procedimentos metodológicos, que implicam diversas outras, pode ser levada a efeito tanto na sala de aula tradicional quanto em cursos EAD online ou não, com uso das TIC. O objetivo é o aprender ensinando e o ensinar aprendendo. Discutiremos sobre as resoluções do Ministério da Educação e Cultura sobre as modalidades presencial e a distância. Sobre a importância da interação para ambas modalidades e os artefatos tecnológicos como aporte das aulas. As bases da teoria contemplam também sugestões e estratégias de como trabalhar com os alunos para o desenvolvimento dos outros estilos menos predominantes. O objetivo é ampliar as capacidades dos indivíduos, para que a aprendizagem seja um ato motivador, fácil, comum e cotidiano.

PROBLEMATIZAÇÃO O questionamento que norteia nosso trabalho é como podemos (re)construir nossa prática como professores em sala de aula diante de novos desafios e paradigmas advindos dos avanços tecnológicos, principalmente nas áreas da comunicação e informação?

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OBJETIVOS Ao desenharmos este conteúdo, objetivamos caracterizar os condicionadores da prática docente em sistemas de ensino a distância e presencial a partir de uma perspectiva sociopolítica e psicocognitiva. Pretendemos ainda instrumentalizar o professor para o exercício de regência de turmas através de cursos de ambas modalidades. Buscamos com este material: ●● Definir o significado do planejamento e gestão para o desenvolvimento da aula presencial e a distância; ●● Compreender a estrutura e funcionamento dos novos aportes tecnológicos; ●● Conhecer o papel do professor diante dos novos paradigmas educacionais e mundiais; ●● Desenvolver o interesse e desmistificar a ideia de uma educação a distância distante; ●● Identificar os processos metodológicos que envolvem a incorporação dos artefatos tecnológicos na sala de aula presencial e a distância; ●● Apontar as resoluções que regem a legislação brasileira em ambas modalidades para discutirmos as políticas que afetam a Educação; ●● Indicar os caminhos necessários para uma educação de qualidade que incorpore o novo contexto social presente, colaborando na organização e na construção de uma educação que busque, efetivamente, sua soberania. Resumindo objetivamos que você possa implementar os levantamentos aqui apresentados para o desenvolvimento de sua prática como professor através do planejamento e gestão da aula tanto nas modalidades presencial e a distância.

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Aprende Imagina

Descobre

Cria Desenvolve

Comunica

Questiona

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Participa

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Nível Conhecer 1- Papel do professor Neste tópico iremos discutir sobre o papel do professor diante dos novos paradigmas que envolvem suas práticas diante das mudanças no campo da Educação presencial e a distância, para pensarmos em planejamento e gestão se faz necessário revermos qual o lugar atual do professor. O trabalho docente, em geral, é uma abstração, para entender seu significado é preciso que nos reportemos às suas determinações e aos seus significados, compreender em que consiste, como se caracteriza no conjunto das demais atividades da vida em sociedade. O que faz o docente, o professor nos diversos níveis educacionais, para falar apenas daqueles que estão nas redes de ensino? Como intelectuais, os professores acolhem a demanda social por inovações permanentes, novos mercados, novos produtos, novas habilidades e desafios.

Professor Figura 1: Professor- novas habilidades, e desafios.

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Professores arriscam novas possibilidades, delineiam novos percursos, esboçam novas análises de antigas questões e se sentem estimulados pelos desafios diários implícitos no ser professor: profissionais cientes dos riscos e erros entranhados na construção do novo, capazes de ler nos erros respostas que instigam a repensar o processo e sinalizam novos pontos de partida. Professores e professoras que encontram no desconhecido pontes para novos e mais profundos conhecimentos e que vêem seus alunos(as) como parceiros(as) nesse caminho, enquanto convidam os/as alunos(as), na verdade também estão aceitando um desafio. Ao abdicarmos do papel de condutores soberanos do saber, criamos condições para que nosso aluno estabeleça questões, colete e analise informações, e proponha soluções. Ao utilizarmos o desafio como instrumento de trabalho, colocamos à prova os argumentos de nosso aluno para que ele possa descobrir novos caminhos. Ao concebermos a aprendizagem como um processo de construção e reconstrução do conhecimento, centrada em sujeitos que têm como objetivo principal o desafio de aprender, alteramos nosso papel de professor. Nossa principal função passa a ser criar condições para o desenvolvimento de competências, política e tecnicamente instrumentalizadas. Estimular o saber pensar e o aprender a aprender. Substituir o olhar único pelo olhar plural. Mais ainda, temos de ser suficientemente críticos para identificar e rever os posicionamentos cristalizados.

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Nosso papel como professor é tornar o aluno capaz de construir representações mentais das relações que definem o objeto. Essas representações são os conceitos, a ciência, a filosofia. Para tanto, é preciso uma prática educativa, focada nas necessidades sociais, políticas, econômicas e culturais da realidade brasileira, que considere os interesses e motivações dos alunos, que tenha como meta a garantia de aprendizagens essenciais para a formação de cidadãos felizes, autônomos, criativos, críticos e participativos, capazes de atuar com ética, respeito à natureza, dignidade e responsabilidade no meio em que vivem.

Como fazer isso?

Como tornar a escola capaz de garantir o acesso à educação de qualidade para todos e as possibilidades de participação social de tal forma que

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an do medi r e t n i , ea aluno amília z ar o i f l a a i c e So entr cesso o pr o dade; socie

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Organizar o conhecimento e apresentá-lo aos alunos pela mediação de linguagens, para que possa ser apreendido;

Educação de Qualidade

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Para essa realidade só um professor consciente do papel que desempenha, que seja capaz de organizar situações didáticas e atividades significativas para os alunos, envolvendo-os e, ao mesmo tempo, possibilitando e favorecendo a construção de saberes novos sempre. Que entenda o ensino e a aprendizagem como conceitos “simbióticos”, ou seja, o ensino só existe na relação com a aprendizagem. Essa relação de dependência não permite afirmar que houve ensino se não houve aprendizagem; os dois se exigem reciprocamente. Cai por terra aquele velho chavão: “Eu ensinei, os alunos é que não quiseram aprender”. Portanto, é o professor(a)/educador(a) é quem tem a tarefa de:

Analisar, selecionar e adequar o conhecimento escolar, para que o aluno possa compreendê-lo e aplicá-lo em situações reais. Rever e ressignificar os conteúdos, a metodologia, a organização da sala de aula, da escola, verificar a relevância dos temas abordados e se os recursos didáticos possibilitam atingir o planejado. Refletir e decidir como adequar o conteúdo ensinado às exigências do mundo moderno para o desenvolvimento do indivíduo.

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1.1 Relação professor x aluno ou professor aluno A relação professor e aluno dentro deste contexto dos novos paradigmas da educação, refleti sobre como a entendemos, se professor x aluno, onde um é o detentor e transmissor do conhecimento e o outro como receptor passivo ou como professor aluno, onde o processo de ensino-aprendizagem é uma constante troca. Estabelecermos o tipo de relação que queremos com nosso aluno depende de como o professor entende seu papel dentro de novo contexto e das novas tecnologias disponíveis.

Conteúdo on-line de fixação Conteúdo Para conhecer as principais tarefas do professor no universo EaD, acesse o conteúdo online do nível conhecer.

Glossário Ensino-aprendizagem

Importante Brandão (2009) destaca que o ponto principal não é somente as tecnologias. É preciso entender que elas ajudam, mas a arte de ensinar e aprender são concentrados na capacidade do trabalho em conjunto entre professor e aluno, onde ambos gerenciam um conjunto de informações e os transformam em conhecimento. Atualmente estão disponíveis inúmeras informações vindas de diversos canais, em especial através das tecnologias e estas, por sua vez, são difíceis de reorganizá-las. Portanto, neste processo, a arte de ensinar e aprender se transforma em ensinar como aprender a conduzir as diversas experiências advindas da tecnologia.

é utilizado com apoio do hífen para desenvolver a ideia de que não podem ser desassociados, entendendo o mesmo como um processo cíclico e não dicotômico. Onde no mesmo momento que ensinamos também aprendemos e vice-versa.

Leia mais Acesse online do nível conhecer, para saber mais sobre o assunto, Desafios para o professor na sociedade da informação na edição número 45 da publicação Educar em Revista. (Referências Bibliográficas)

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Para possibilitar que nosso aluno seja capaz de fazer sua própria história: Temos de cultivar a disposição para desaprender, de modo que ele possa desvelar o que está subjacente à realidade;

Temos de tratar dialogicamente o conhecimento

Temos de disseminar a curiosidade, de modo que ele possa desfazer padrões cristalizados;

Temos de torná-lo sujeito de suas próprias decisões, de modo que possam intervir com autonomia na realidade.

É no espaço da sala de aula presencial ou a distância que mostramos o que queremos, quem somos, a que viemos, que deixamos transparecer nosso comprometimento ideológico com a educação. Ao concebermos o aluno como parte integrante do espaço da sala de aula, acentua-se nossa função de facilitadores, de orientadores do processo de construção e de reconstrução do conhecimento.

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2. Novas práticas e procedimentos metodológicos Conhecimento é mais do que conteúdo específico de uma determinada disciplina, engloba também aprendizagens experienciais e práticas inter-relacionadas à aprendizagem sistematizada, às habilidades e atitudes. Considerando as habilidades, elas são cognitivas, sociais e operacionais; no entanto, habilidades e conhecimento não são suficientes, precisam articular-se a atitudes específicas que se referem à autonomia, à colaboração e ao diálogo. Aprendizagem envolve relações entre alunos e professores, material didático e suportes tecnológicos. Implica um método de interação para desenvolver os alunos como indivíduos confiantes, independentes e críticos ao mesmo tempo em que dissemina determinado conhecimento.

Conhecimento Habilidade Atitudes

A

CH

A estrutura didática assume como inquestionável as interações de todos os participantes do processo ensino-aprendizagem, uns com os outros, com os materiais didáticos elaborados para a aprendizagem do aluno. A prática pedagógica, tanto no modelo de educação a distância ou presencial, também tem como inquestionável a interação colaborativa e a construção de uma comunidade de aprendizagem.

Importante De acordo com Moran (2000) é fato que irá existir uma grande integração das tecnologias e as metodologias de ensino de aplicações orais, pela escrita e por audiovisual. Os métodos conhecidos não precisam ser abandonados, o que haverá será uma integração destes métodos com as formas utilizadas com as novas tecnologias, permitindo ser usada como facilitadora em uma metodologia de ensino participativo. Mediante este cenário tecnológico, é possível modificar a forma de ensinar e de aprender e chegarmos a um ensinar mais compartilhado, orientado e coordenado pelo professor, mas com ampla participação dos alunos, individual e grupalmente, sendo que as tecnologias nos serão muito úteis.

Pós-graduação Pós-graduação Planejamento Gerência de eProjetos Gestão

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Figura 3: Mudança para novas tecnologias.

Não tão somente ensinar, mas também, aprender, exige-se hoje muito mais flexibilidade pessoal e de grupo, menos conteúdos fixos e processos mais abertos de pesquisa e de comunicação. Destaca-se como dificuldades atuais, situações como conciliar a extensão da informação e a variedade das fontes de acesso. Temos informações demais e dificuldade em saber quais serão significativas para nós, conseguindo integrá-las na nossa vida e em nosso cotidiano. Sabe-se que a aquisição da informação dependerá cada vez menos do professor. As tecnologias atuais trazem dados, imagens, resumos de forma rápida e atraente sendo que o papel principal do professor é auxiliar o aluno a interpretar tais dados, a relacioná-los, a contextualizá-los.

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O aluno precisa estar pronto e maduro para aprender e poder incorporar a real significação que essa informação tem para ele. Enquanto tal informação não fizer parte do contexto pessoal, intelectual e emocional, o aluno não terá aprendido verdadeiramente.

as A aplicação d feita TICs deve ser de com intenção transformar a is educação ma interativa e principalmente atrativa.

Figura 4: Interatividade entre tecnologias

Os professores terão muitas opções metodológicas, possibilitando organizar sua comunicação com seus alunos, introduzir novos temas, poder trabalhar com os alunos de forma presencial e virtual, enfim, poder avaliá-los utilizando novas metodologias que compartilhem o uso das NTICs. Caberá a cada professor encontrar a melhor forma de integrar as NTICs aos procedimentos metodológicos. O importante é que o professor amplie, aprenda e domine as formas de comunicações grupais e telemáticas, onde as telemáticas se fazem uso de apoio audiovisual.

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Para o professor que contemple uma visão pedagógica inovadora, pode-se buscar uma interação presencial e virtual com seus alunos através da internet utilizando-se de listas eletrônicas, fórum e aulas-pesquisa. Com a aplicação desta metodologia na internet teremos uma construção colaborativa que favorece o trabalho em conjunto e cooperativo entre professores e alunos, tanto de forma presencial ou virtual (MORAN, 2000).

Perfil do professor:

●● Antenado a novas tecnologias; ●● É parceiro do aluno, e aprende com ele;

EAD

●● Interage com alunos, presencialmente e virtualmente; ●● Utiliza diferentes ferramentas: Forúm, aulas-pesquisas e listas eletrônicas.

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Fala-se muito em como os professores se adaptarão a este novo universo de tecnologia que temos a disposição da educação à distância, no entanto não devemos esquecer que novos educadores estão sendo preparados nas academias e dentro em breve estarão inseridos neste mercado, aonde virão com inúmeras idéias e técnicas de educação moderna e amparadas com as novas TICs disponíveis.

Novas TICs

EAD

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É interessante ressaltar que estes novos educadores para além de uma formação como professores presenciais virão com uma identificação próxima de um especialista em EAD, ou seja, terão um preparo didático e tecnológico ao mesmo tempo, tornando estes, verdadeiros especialistas no manuseio de novas TICs focado em uma educação de qualidade, deixando o ensino não somente suficiente e sim melhor. Por isso indagar é necessário. A busca da resposta certa constrói conhecimento. A teoria impõe a prática e esta, a teoria remodelada, reformulada e reconstruída para uma nova prática compartilhada, de maneira sucessiva. A presença constante da interação e a atuação espontânea e natural do aluno no enfrentamento de proposta, provocação, impasse, dilema, dificuldade e desafio traduzem o seu estado de espírito equilibrado. A metodologia usada é geradora da vivência e experiência de aprender ensinando e ensinar aprendendo determinado tema proposto, do modo consciente, livre e natural com real isenção, sem censura e nem antecipação de juízo de valor. A teoria e a prática se fundem e se desdobram ou se revezam no anteprojeto e construção, desconstrução e reconstrução do objeto da aprendizagem.

“ Nao basta saber ler que Eva viu a uva. É preciso compreender qual a posiçãonsocial, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse trabalho” Trecho destacado do livro A Educação da Cidade (1991). Link : leituraeconversagrupo5.blogspot.com

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Glossário TIC significa Tecnologias da Informação e Comunicação. NTIC significa Novas tecnologias da Informação e Comunicação.

Paulo Reglus Neves Freire (Recife, 19 de setembro de 1921 — São Paulo, 2 de maio de 1997) foi um educador, pedagogista e filósofo brasileiro. A sua prática didática fundamentava-se na crença de que o educando assimilaria o objeto de estudo fazendo uso de uma prática dialética com a realidade. Destacou-se por seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência política.


3. Planejamento e gestão Para iniciarmos este tópico convoco analisarmos os significados das palavras PLANEJAMENTO e GESTÃO, estes podem ser implantados em ambas modalidades, presencial e a distância.

O que é Planejamento ?

Planejamento é uma palavra que significa o ato ou efeito de planejar, criar um plano para otimizar a alcance de um determinado objetivo. Esta palavra pode abranger áreas diferentes. O planejamento consiste em uma importante tarefa de gestão e administração, que está relacionada com a preparação, organização e estruturação de um determinado objetivo. É essencial na tomada de decisões e execução dessas mesmas tarefas. Posteriormente, o planejamento também a confirmação se as decisões tomadas foram acertadas (feedback). Um indivíduo que utiliza o planejamento como uma ferramenta no seu trabalho demonstra um interesse em prever e organizar ações e processos que vão acontecer no futuro, aumentando a sua

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O ato de planejar acompanha o homem desde os primórdios da evolução humana. Todas as pessoas planejam suas ações desde as mais simples até as mais complexas, na tentativa de transformar e melhorar suas vidas ou as das pessoas que as rodeiam. Mas não é só na vida pessoal que as pessoas planejam suas ações, o planejamento atinge vários setores da vida social. O planejamento escolar é uma ferramenta usada por um professor, que facilita o seu trabalho. Tem como objetivo melhorar a qualidade do ensino. Através do planejamento escolar, um professor programa e planeja as atividades que vai propor aos seus alunos, e determina quais os objetivos pretendidos para cada atividade.

3.1. Breve histórico do planejamento

No mundo capitalista, o planejamento passa a ser utilizado pelo governo, após a segunda guerra mundial , para a resolução de questões mais complexas. A adoção do planejamento pelo governo teve uma adesão tão grande que as outras instituições sentiram-se motivadas e passaram a se preocupar com a importância do planejamento, uma vez que ele visava suprir as necessidades de um comércio em ascensão que exigia uma nova organização. Com isso pode-se dizer que foi a partir desta época que o planejamento se universalizou.

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No âmbito educacional planejazer (2003) “o Segundo Kuen é estabeação também mento de educ lações da das regras e re lecido a partir do, portalista, herdan produção capi pacidades as, os fins, as ca rm fo as o, nt ta monopodo capitalismo e os domínios .” lista do Estado

No Brasil Padilha(2003,p.29) explica que ‘ Durante o regime autoritário(1964-1985), eles foram utilizados com um sentido autocrático. Toda decisão política era centralizada e justificada tecnicamente por tecnocratas à sombra do poder. “ Kuenzer (2003,p;36) complementa a citação acima explicando que “ A ideologia do Planejamento então oferecida a todos,

O regime autoritário fez com que muito s educadores criassem um a resistência com rel ação à elaboração de plano s, uma vez que esses pla nos eram supervisionado s ou elaborados po r téc nicos que delimitava m o que professor deveria ensinar, priorizando as necessidades do regime político. “Num regim e político de contenç ão, o planejamento passa a ser bandeira altamente eficaz para o controle e ordenamento de todo o sistema educativo.” (Kuenzer 20 03, p. 41).

no entanto, escondia essas determinações político-econômicas mais abrangentes e decididas em restritos centros de poder.”

Apesar de ser ter claro a importância do planejamento na formação, Fusari(2008,p. 48) explica que : “Naquele momento, o Golpe Militar de 1964 já implantava a repressão, impedindo rapidamente que um trabalho mais crítico e reflexivo, no qual as relações entre educação e sociedade pudessem ser problematizadas, fosse vivenciadas pelos educadores, criando, assim, um “terreno” propício para o avanço daquela que foi denominada “tendência tecnicista” da educação escolar.”

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Mas não se pode pensar que o regime político era o único fator que influenciava no pensamento com relação à elaboração dos planos de aulas; as teorias da administração também refletiam no ato de planejar do professor, uma vez que essas teorias traziam conceitos que iriam auxiliar na definição do tipo de organização educacional que seria adotado por uma determinada instituição. No início da história da humanidade, o planejamento era utilizado sem que as pessoas percebessem sua importância, porém com a evolução da vida humana, principalmente no setor industrial e comercial, houve a necessidade de adaptá-lo para os diversos setores. Nas escolas ele também era muito utilizado; a princípio, o planejamento era uma maneira de controlar a ação dos professores de modo a não interferir no regime político da época. Hoje o planejamento já não tem a função reguladora dentro das escolas, ele serve como uma ferramenta importantíssima para organizar e subsidiar o trabalho do professor.

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3.1.1. Plano de aula Importante Plano Nacional de Educação: “Nele se reflete a política educacional de um povo, num determinado momento histórico do país. É o de maior abrangência porque interfere nos planejamentos feitos no nível nacional, estadual e municipal.” (MEC, 2006, p. 31)

O plano de aula funciona como um instrumento no qual o professor aborda de forma detalhada as atividades que pretende executar dentro da sala de aula, assim como a relação dos meios que ele utilizará para realização das mesmas. De maneira bem sintetizada pode-se dizer que o plano de aula é uma previsão de tudo o que será feito dentro de classe em um período determinado. É importante lembrar ao professor que a elaboração de um plano de aula não o isenta de preparar as aulas a serem ministradas, pelo contrário, ele deve sempre preparar uma boa aula, apresentando um esquema e uma seqüência lógica dos temas trabalhados. Um plano de aula tem como principal objetivo fazer a distribuição do conteúdo programático que será trabalhado durante o ano, o semestre, o trimestre, etc. e nele ainda deverá constar o número de aula e o tempo necessário para cada assunto abordado dentro da disciplina. É importante ressaltar que o plano de aula deve ser encarado como uma necessidade e não como exigência ou obrigação imposta pela coordenação. Apesar de ser uma ferramenta que descreve detalhadamente os elementos necessários para o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem, o professor não deve ficar escravo dela, ou seja, ele pode se afastar do plano de aula sempre que os alunos tiverem necessidade.

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3.1.2. Elaboração de um plano de aula Figura 5: Ideias no computador.

Existem disponíveis diversos exemplos de planos de aula, aqui levantaremos norteadores para o desenvolvimento de qualquer exemplo, que devem estar presentes em um plano de aula tanto para aulas presenciais ou a distância.

Ao planejarmos nossa aula, podemos considerar os seguintes tipos de atividades:

Conteúdo on-line de fixação Conteúdo Para entender melhor sobre como construir um plano de aula, e seus principais pontos, acesse o conteúdo online do nível conhecer.

3.2. Gestão da aula como recurso para o desempenho do professor/aluno

O que é Gestão?

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Figura 6: Planejamento e Gestão

A Administração ou Gestão é a ciência social que estuda e sistematiza as práticas usadas para administrar. O termo “administração” vem do latim administratione, que significa direção, gerência. Ou seja, é o ato de administrar ou gerenciar negócios, pessoas ou recursos, com o objetivo de alcançar metas definidas. É uma área do conhecimento fundamentada em um conjunto de princípios, normas e funções elaboradas para disciplinar os fatores de produção, tendo em vista o alcance de determinados fins como maximização de lucros , adequada prestação de serviços públicos ou atingir metas educacionais pré-estabelecidas. Pressupõe a existência de uma instituição a ser gerida, ou seja, uma organização constituída de pessoas e recursos que se relacionem num determinado ambiente, orientadas para objetivos comuns

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A Gestão é frequentemente tomada como sinônimo de Administração de Empresas. Porém, isto somente faz sentido se o termo empresa for considerado como sinônimo de organização, que significa os esforços humanos organizados, feitos em comum, com um fim específico, um objetivo. A necessidade de organizar os estabelecimentos nascidos com a Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra em meados do Século XIX, levou profissionais de outras áreas mais antigas, a exemplo da Educação, a buscar soluções específicas para problemas que não existiam antes. Assim, a aplicação de métodos de ciências diversas, para administrar estes empreendimentos, deu origem aos rudimentos da Ciência da Administração. O sucesso da aula depende da interação entre todos, além de sua capacidade de se antecipar e se preparar para imprevistos. Dicas importantes para a gestão da sala de aula presencial e a distância

Conteúdo on-line de fixação Conteúdo Para conhecer as dicas para a gestão da sala de aula presencial e a distância, acesse o conteúdo online do nível conhecer.

Conteúdo on-line de fixação Conteúdo Para assistir um vídeo sobre os Novos Paradigmas da Educação Mario Sergio Cortella 2003, acesse o conteúdo online do nível conhecer.

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4. Educação a distância e presencial Diversas etapas que envolvem as aulas nas modalidades presencial e a distância, vamos neste momento retroceder para esclarecermos o que entendemos ser Educação presencial e a distância em nossa realidade brasileira. Atualmente a equivalência de status entre EAD e a educação presencial, atendidos os seus aspectos específicos, e assegurada a boa qualidade da educação em ambas as modalidades, isto ocorreu depois de diversos debates entre diferentes setores da Educação, chegando as resoluções que regem estas modalidades no presente momento. Para tal traremos como apoio as resoluções do Ministério da Educação e Cultura (MEC).

Conteúdo on-line de fixação Conteúdo

Legislação e Educação

Para conhecer as legislações Da educação, Dos Princípios e Fins da Educação Nacional e Da Educação Superior, acesse o conteúdo online do nível conhecer.

A expansão de cursos e redes na virada do milênio e o crescente envolvimento das IES com EAD, sobretudo na formação de professores, mostram que a modalidade de ensino a distância ganha uma nova dimensão no país e passa a adquirir importância crescente na política educacional. O Plano Nacional de Educação, sancionado pela Lei nº 10.172/2001 (BRASIL, 2001), reitera a importância da EAD nas políticas de educação e estabelece diretrizes, objetivos e metas para a sua implementação. Para atender as demandas criadas na área, o plano dá ênfase à política de EAD para a formação de professores, propondo entre seus objetivos o aumento da oferta de cursos de formação docente em nível superior a distância e o apoio financeiro à pesquisa sobre EAD.

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Essa orientação se coaduna com as recomendações da Conferência Mundial sobre o Ensino Superior, convocada pela UNESCO em 1998 (UNESCO, 1998), segundo as quais as dificuldades de acesso à educação podem ser equacionadas mediante a utilização das tecnologias da informação e comunicação (TICS), o que possibilitaria a democratização desse nível de ensino. Embora reconheça os problemas da educação a distância e admita que nos países em desenvolvimento eles são acrescidos das carências de infraestrutura, a entidade propõe que as políticas de planejamento educacional à EAD um lugar de destaque, apoiado pelos próprios governos centrais.

A Lei nº 9.394/96 (LDB), em seu artigo 80, estipula que a instituição interessada em oferecer cursos superiores a distância deve solicitar credenciamento específico à União, e, para tanto, critérios foram fixados. No art. 1º do Decreto nº 5.622/05 (BRASIL, 2005), determina-se que essa modalidade de curso tenha momentos presenciais, para avaliações dos estudantes, estágios obrigatórios, apresentação e defesa de trabalho de conclusão de curso e atividades relacionadas a laboratórios de ensino. Estes momentos podem ser realizados tanto na sede como nos polos abertos pela instituição.

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Os cursos de graduação a distância devem ter a mesma duração definida para os cursos presenciais. Esse decreto regulamenta todas as condições para o credenciamento das instituições que pretendem oferecer cursos a distância, e os dois outros o complementam. Uma vez credenciados, de acordo com o Parecer CES/CNE nº 301/03, as universidades e centros universitários podem criar novos cursos superiores sem necessidade de autorização ministerial, mas esses cursos ficam submetidos aos processos de reconhecimento do ministério. Por outro lado, o Ministério da Educação facultou aos cursos presenciais oferecerem até 20% de sua carga horária em sistema semipresencial. Em vista da crescente tendência de introdução de abordagens e tecnologias de EAD nos sistemas de ensino superior, possibilitando o estabelecimento das mais variadas combinações de ensino presencial e a distância na oferta de cursos no interior dos mesmos sistemas, é designada pelo MEC, em 2002, uma Comissão Assessora para Educação Superior a Distância, para apoiar a Secretaria de Educação a Distância, da Secretaria da Educação Média e Tecnológica, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (Inep).

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5. Papel da interação O termo “interatividade” em geral ressalta participação ativa do beneficiário de uma transação de informação, a menos que esteja morto, nunca é passivo. Mesmo sentado na frente de uma televisão sem controle remoto, o destinatário decodifica, interpreta, participa, mobiliza seu sistema nervoso de muitas maneiras, e sempre de forma diferente de seu vizinho.

Figura 7 : Interatividade

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Quadro os diferentes tipos de interatividade

Relação com a mensagem Dispositivo de

Mensagem linear não-

Interrupção reorienta-

Implicação do partici-

-alterável em tempo

ção do fluxo informa-

pante na mensagem

real

cional em tempo real

comunicação

Imprensa

Difusão unilateral

Bancos de dados multi- - Videogames com um só

Rádio

modais

participantr

Televisão

- Hiperdocumentos fixos - Simulações com imersão

Cinema

- Simulações sem imer- (simulador e vôo) sem mosão nem possibilidade dificação possível de mode modificar modelo

Diálogo

delo

Correspondência postal

- Telefone

Diálogos através de

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mundos virtuais,

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Diálogo entre

- Rede de correspondên- - Teleconferência ou vi- - RPG multiusuário no ci-

vários

cia

participantes

- Sistema das publicações rios participantes

deoconferência com vá- berespaço

em uma comunidade de -

- Videogame em “reali-

Hiperdocumentos dade virtual” com vários

pesquisa

abertos acessíveis online, participantes

- Correio eletrônico

frutos da escrita/leitura - Comunicação em mun-

- Conferências eletrônicas

de uma comunidade

dos virtuais, negociação

- Simulações (com possi- contínua dos participanbilidade de atuar sobre o tes sobre suas imagens modelo) como de supor- e a imagem de sua situtes de debates de uma ação comum comunidade

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A interação social é o ponto de partida para uma parceria sólida e produtiva, essencial à realização de projetos que impliquem construção conjunta tanto na educação presencial quanto na modalidade a distância. A colaboração é fundamental e deve estar presente, de forma prática, nas parcerias entre alunos e professores. Se as pessoas podem compartilhar abertamente com os outros suas experiências, premissas e crenças em relação às suas expectativas do que iria acontecer (o que o projeto objetivava produzir) e o que realmente aconteceu (os resultados da experimentação conjunta); a discrepância entre as duas pode ser percebida, e de forma confiável compreendida. Esse processo pode favorecer a percepção comum da natureza da questão e, se registrado e alguma forma de memória do grupo, pode dar informações aos futuros projetos colaborativos. Colaboração e projetos andam juntos na educação, mas nem sempre os professores percebem sua importância como estratégia para motivar os alunos a praticar na escola o que, longe dela, eles costumam realizar em sua vida diária: as pessoas colaboram umas com as outras, são solidárias e têm projetos em comum.

Importante Em geral, mesmo na educação superior, as pessoas desenvolvem uma aprendizagem não-linear no seu dia-a-dia, porque não utilizam o mesmo procedimento no seu processo educacional escolar? A aprendizagem não-linear deriva do diálogo entre o aluno e o professor em interações síncronas ou assíncronas, entre aluno e professor de apoio presencial, entre alunos em ambientes de aprendizagem e entre alunos e os materiais didáticos impressos ou digitais.

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A aprendizagem não-linear implica uma visão holística do processo de ensino e aprendizagem. Os alunos são levados a relacionar o que lhes é ensinado aos seus construtos pessoais: Uma abordagem holística é uma forma de propiciar aos alunos contexto, seu contexto pessoal através do seu sistema de construção que relacione novo conhecimento. É importante fornecer aos alunos esse espaço no qual eles relacionam o que foi ensinado, porque engendra a apropriação do conhecimento ensinado

Desse ponto de vista, a educação a distância tem três eixos:

A estrutura didática, que implica compartilhamento de conhecimento.

Prática pedagógica dialógica, aprendizagem que exige autonomia, interação com os materiais didáticos e trabalho em equipe colaborativa. Avaliação, que envolve tanto, auto, co e heteroavalições.

Esses princípios interdependentes definem um modelo de educação a distância.

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As indagações fluem na interatividade e a busca de suas respostas é incentivada. As encontradas, por conhecimento prévio de um ao outro, ou pela pesquisa ativada, seja em campo seja nos sites de busca, são compartilhadas com os participantes. A intenção aqui é a obtenção, pelo aluno, de certa eficácia na sua produção individual e na produção coletiva como participante ativo.

É preciso que cada sujeito faça intervenção física nas mensagens. Não há interatividade no ambiente virtual se os sujeitos da comunicação não se autorizarem. Portanto, para que haja interatividade, não basta apenas disponibilizar as interfaces. Mais do que isso, é preciso que os sujeitos comuniquem de fato. Por outro lado, se não contamos com o potencial das interfaces, essa comunicação não se efetiva num contexto em que os sujeitos da comunicação estejam geograficamente dispersos.

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A interatividade é um conceito da comunicação e não da informática, isto é, ele entende a interatividade como atitude intencional no ato de se comunicar com o outro. Isso significa que os sujeitos da comunicação co-criam a mensagem.

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Saiba mais Ambientes virtuais de aprendizagem por ambientes podemos entender tudo aquilo que envolve pessoas, natureza ou coisas, objetos técnicos. Já o virtual vem do latim medieval virtualis, derivado por sua vez de virtus, força, potência. No senso-comum muitas pessoas utilizam a expressão virtual que designar alguma coisa que não existe como, por exemplo: “meu salário este mês está virtual”, “no município X tem tanta corrupção que 30% dos eleitores são virtuais”. Enfim virtual nos exemplos citados vem representando algo fora da realidade, o que se opõem ao real.

Figura 8: Ambiente virtual de Aprendizagem

Lévy (1996) em seu livro O que é o virtual? Nos esclarece que o virtual não se opõe ao real e sim ao atual. Virtual é o que existe em potência e não em ato. Citando o exemplo da árvore e da semente, Lévy explica que toda semente é potencialmente uma árvore, ou seja, não existe em ato, mas existe em potência. Ao contrário dos exemplos citados no parágrafo anterior o virtual faz parte do real, não se opondo a ele. Por isso nem tudo que é virtual necessariamente se atualizará. Ainda no exemplo da semente, caso um pássaro à coma a mesma jamais poderá vir a ser uma árvore.

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6. Artefatos tecnológicos como aporte das aulas

O ser humano, em sua totalidade, não pode mais prescindir das atuais tecnologias da informação e comunicação (TIC) se, realmente, quiser ser feliz numa condição de alto saber e conhecimento. É impressionante e admirável a velocidade das descobertas, das suas inovações, reinvenções e das transformações dos conhecimentos já consolidados, porém ameaçados pela obsolescência.

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Entendendo os elementos das tecnologias no âmbito educativo e suas consequências, percebe-se que a Educação sofre essas alterações e, consequentemente, tenta de alguma forma, adaptar-se ao processo. Essa adaptação requer inovações no contexto teórico e em toda a estrutura didática.

A teoria dos estilos de aprendizagem contribui muito para a construção do processo de ensino e aprendizagem na perspectiva das tecnologias, porque considera as diferenças individuais e é flexível, o que permite estruturar as especificidades das tecnologias.

As TIC funcionam como interfaces, consolidando as inter-relações pessoais, as interações, a interatividade e a construção de sentidos e significados, além de recursos de produção e comunicação.

A socialização do conhecimento a cada dia avança um pouco mais, e o interessado pode ter acesso disponível com uso dessas tecnologias. Também, passo a passo, os custos dos cursos avançados em EAD estão se reduzindo pelo próprio fundamento, adesão de profissionais e demanda.

Tecnologia na sala de aula

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Considerar o computador apenas como um instrumento a mais para produzir textos, sons e imagens sobre suporte fixo (papel, película, fita magnética) equivale a negar sua fecundidade propriamente cultural, ou seja, o aparecimento de novos gêneros ligados à interatividade. O computador é, portanto, antes de tudo um operador de potencialização da informação. Dito de outro modo: a partir de um estoque de dados iniciais, de um modelo ou de um metatexto, um programa pode calcular um número indefinido de diferentes manifestações visíveis, audíveis e tangíveis, em função da situação em curso ou da demanda dos usuários. Na verdade é somente na tela, ou em outros dispositivos interativos, que o leitor encontra a nova plasticidade do texto ou da imagem, uma vez que, como já disse, o texto em papel (ou o filme em película) forçosamente já está realizado por completo. A tela informática é uma nova “máquina de ler”, o lugar onde uma reserva de informação possível vem se realizar por seleção, aqui e agora, para o leitor particular. Toda leitura em computador é uma edição, uma montagem singular.

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A integração ao mundo tecnológico, midiático e informacional impõe-se como uma exigência quase universal, embora se venha realizando de forma desigual, conforme as diferenças sociais, econômicas, políticas e culturais entre as regiões do país e do planeta, entre os grupos sociais e entre os indivíduos. Em consequência e apesar disso, essa integração vem se realizando também por meio das práticas cotidianas de professores e alunos, em consonância ou não com projetos singulares das escolas e com as políticas públicas para a educação. Dessa forma, consideramos que o acesso aos artefatos tecnológicos, especialmente os relacionados à indústria da comunicação e da informação é, ao mesmo tempo, uma exigência e um direito daqueles que praticam a educação. Mais do que refutar a intrusão desses artefatos nas escolas, cabe-nos indagar o que estamos fazendo e o que vamos fazer com eles.

Figura 8: A interação do mundo tecnológico.

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Postas essas circunstâncias, entendemos que, para melhor compreender os processos pedagógicos que se desenrolam nos múltiplos contextos cotidianos dentro-fora das escolas, especialmente no que diz respeito aos usos de artefatos tecnológicos e às possibilidades que esses usos criam para o conhecimento e para a realização dos currículos, precisamos ir além da ideia de produtos, equipamentos, serviços e técnicas inventados, fabricados e colocados no mercado especificamente para serem consumidos com finalidades educativas. Na nossa compreensão, artefato tecnológico, portanto, tudo aquilo que, independentemente do contexto de sua criação, propósito, função e manual de instruções, é usado por professores e alunos em suas práticas cotidianas de aprender-ensinar, dentro-fora das escolas, de modo a alargar as possibilidades para a realização dos Currículos compreendidos como redes de relações, significações, saberes-fazeres e poderes.

Conteúdo on-line de fixação Conteúdo Para conhecer as gerações da EAD e suas teconologias, acesse o conteúdo online do nível conhecer.

As novas tecnologias digitais de informação e comunicação se caracterizam pela sua nova forma de materialização. A informação que vinham sendo produzida e circulada ao longo da história da humanidade por suportes atômicos (madeira, pedra, papiro, papel, corpo) na atualidade também vem sendo circulada pelos bits, códigos digitais universais (0 e 1). As tecnologias da informática associadas às telecomunicações vêem provocando mudanças radicais na sociedade por conta do processo de digitalização. Uma nova revolução emerge, a revolução digital.

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Digitalizada, a informação se reproduz, circula, modifica e se atualiza em diferentes interfaces. É possível digitalizar sons, imagens, gráficos, textos, enfim uma infinidade de informações. Nesse contexto a informação representa o principal ingrediente de nossa organização social, e os fluxos de mensagens e imagens entre as redes constituem o encadeamento básico de nossa estrutura social. Novos processos criativos podem ser potencializados pelos fluxos sócio-técnicos de ambientes virtuais de aprendizagens que utilizam o digital como suporte.

Leia mais

7. Considerações finais

Acesse online do nível conhecer Para conhecer mais sobre o assunto, leia o seguinte artigo Do mito da tecnologia ao paradigma tecnológico; a mediação tecnológica nas práticas didático-pedagógicas publicado na edição número 18 da Revista da Educação Brasileira. (Referências Bibliográficas).

A educação de qualidade independe da modalidade. É possível ter educação de qualidade presencial, a distância e em desenhos híbridos. Contudo, o exercício de distinguir e caracterizar cada modalidade educacional nos habilita a dizer de que lugar falamos ou defendemos nossas idéias. Na teoria histórico-cultural, ensinar é uma ação necessária na atividade pedagógica tanto quanto é necessário estudar e aprender. Não se concebe a aprendizagem como uma ação espontânea ou decorrente da ação do estudante de forma independente. Aprender e ensinar são ações que devem se objetivar dialeticamente na atividade pedagógica, como uma unidade dialética de fato, ou seja, indissociável.

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A educação ocupa-se de tarefas de formação humana em contextos demarcados em tempos e espaços. A realidade atual mostra um mundo ao mesmo tempo homogêneo e heterogêneo, num processo de globalização e individualização, afetando sentidos e significados de indivíduos e grupos, criando múltiplas culturas, múltiplas relações, múltiplos sujeitos. O que fazemos quando nos toca educar pessoas, é efetivar práticas pedagógicas que irão constituir sujeitos e identificações. A educação, assim, quer compreender como fatores socioculturais e institucionais atuam nos processos de transformação dos sujeitos mas, também, em que condições estes múltiplos sujeitos aprendem melhor.

Figura 9: Transformação do mundo

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