LAR PARA IDOSOS: Intergeracionalidade em um ambiente rural

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LAR PARA IDOSOS COM INTERGERACIONALIDADE EM UM AMBIENTE RURAL | ISABEL SCHNEIDERS

Fonte: Paul Ott (2016)

VISU


UNIDADE CENTRAL DE EDUCAÇÃO FAI FACULDADES - UCEFF CENTRO UNIVERSITÁRIO FAI CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO PROJETO ARQUITETÔNICO VIII PROFESSOR: PATRÍCIA DALMINA DE OLIVEIRA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS: INTEGERACIONALIDADE EM UM AMBIENTE RURAL ACADÊMICO: ISABEL SCHNEIDERS Itapiranga (SC), Junho de 2019 DEDICATÓRIA: Quero aproveitar este espaço para apresentar meus agradecimentos às pessoas e instituições que tornaram possível a realização do presente Trabalho Conclusão de Curso. Assim, um agradecimento aos pais Simão Schneiders e Salete Arnold Schneiders pela dedicação e incentivo constante, irmãos Samoel Schneiders e Ismael Schneiders pelo apoio moral.


SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO

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2 LAR DE IDOSOS COM INTERGERACIONALIDADE COM CRIANÇAS DA PRÉ-ESCOLAR NUM AMBIENTE RURAL 08

Foto:Eugeni Pons (2016)

3 METODOLOGIA

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4 ESTUDOS DE CASO

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5 PROGRAMA, SÍTIO E TECIDO URBANO

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6 DIRETRIZES PROJETUAIS

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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

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8 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS

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Fonte: C. D. MICHELE (2018)

O presente trabalho busca o conhecimento sobre Instituições de Longa permanência para Idosos, com inserção no melhor ambiente de convívio e adaptação dos mesmos, com a finalidade de sua implantação no município de São João do Oeste, Santa Catarina. A discussão relativa envelhecimento da sociedade e sua relevância social cresce gradativamente. Devido ao aumento acelerado dos índices e a falta de espaços e interação social cria uma nova perspectiva de mercado, apresentando a importância de desenvolver novas instituições e programas voltados a esse meio social. A falta de espaços adequados de convívio social e acolhimento da população idosa e crianças em São João do Oeste e municípios vizinhos, resulta na problemática da pesquisa e seu objetivo de sanar a insuficiência dessa infraestrutura, de modo a promover qualidade de vida e o convívio de gerações na região. 03

INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO A temática deste trabalho, consiste na elaboração de um anteprojeto arquitetônico de uma instituição de acolhimento de longa permanência de idosos no espaço rural do município de São João do Oeste, Santa Catarina. O diferencial dessa instituição será a busca pela intergeracionalidade, ou seja, ao convívio de gerações, mais especificamente entre a criança da pré-escola (4 a 6 anos) e o idoso (acima de 60 anos). Desenvolvendo assim, a troca de culturas, saberes, valores e afeto entre gerações.


JUSTIFICATIVA

PROBLEMA E

PROBLEMA E JUSTIFICATIVA

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PROBLEMA E JUSTIFICATIVA

Com o passar da idade, o idoso apresenta diversas alterações de saúde, tanto físicas, quanto mentais, que afetam sua capacidade de realizar atividades diárias sem supervisão, sendo muitas vezes necessário o cuidado permanente de um familiar. Entretanto, atualmente as famílias possuem uma dinâmica cada vez mais restrita, pois tanto o homem como a mulher estão inseridos no mercado de trabalho, o que provoca uma redução do tempo, capacidade e a disponibilidade dos familiares para realizarem essa tarefa. Com isso, a procura por instituições especializadas em cuidados de idosos e crianças vem aumentando. A implantação de uma instituição de longa permanência para idosos em São João do Oeste justifica-se, pois o município tem o segundo maior número de idosos do extremo oeste do estado, contando com 15,32% da população na faixa etária acima de 60 anos e com aumento significativo de mais de 50% a cada década. Outro fator relevante, é que nesse município, a concentração predominante de idosos se encontra no meio rural (SEHNEM, SEHNEM, 2015).

O censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geograa e Estatística (IBGE, 2010), registrou 925 pessoas acima de 60 anos no município de São João do Oeste.

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PROBLEMA E JUSTIFICATIVA


O convívio de crianças tornaria o dia a dia do idoso mais atrativo, além de tornar o ambiente institucional um espaço de troca de cultural e de valores. Assim como declara Aguiar e Pedroso (2017, p. 01): “A elaboração de projetos que unem estes dois públicos é capaz de gerar bons resultados para ambos, promovendo qualidade de vida individual e coletiva, tal como melhoria na saúde física e mental, no relacionamento com outras pessoas e na própria aceitação pessoal e da sociedade." De acordo com Aguiar e Pedroso (2017), na pré-escola a criança tem a idade para seu desenvolvimento do caráter social, onde esta tem Neste sentido, a falta de um espaço específico ou instituição para os cuidados aos idosos, bem como a falta de um espaço similar ao seu convívio rural, é um problema visto não só no Município de São João do Oeste–SC, como também nos seus municípios limítrofes (correspondente aos municípios de Itapiranga, Iporã do Oeste, Tunápolis e Santa Helena). Outro ponto relevante é a falta de um espaço para atividades e aprendizagem de crianças da pré-escola no contra turno escolar, sendo geralmente submetidas a cuidados de pessoas sem especialização, como babás, ou a saída dos pais do mercado de trabalho para cuidar dos filhos. Tendo em vista o envelhecimento e maior expectativa de vida da população brasileira, somada a falta de espaços de cuidados especializados para idosos, é necessário se perguntar:

suas primeiras conexões sociais independentes de seus pais. Sendo assim, é importante a conexão com pessoas mais velhas para a identificação de valores e respeito social. Além disso, segundo Brito et al. (2015), a saúde psicológica e cognitiva é ativada no idoso através desse convívio, prevenindo várias doenças e estimulando sua independência. No caso de um espaço rural, o contanto com o meio ambiente também aguça os sentidos dos idosos e das crianças, incentivando o desenvolvimento do corpo e da mente. A localização da instituição num espaço em contato com o meio ambiente é fundamental para garantir a adaptação e o conforto do idoso em seu novo lar, principalmente quando consideramos a origem rural desses idosos. Comin, Santos e Silva (2012, p.821) explicam que “ao longo do processo de envelhecimento, o ser humano vai se tornando

como desenvolver um anteprojeto arquitetônico de uma instituição de longa permanência para abrigar os idosos do município e região, propondo ambientes de convívio desses idosos com crianças num espaço rural.

cada vez mais sensível ao meio ambiente devido à diminuição de suas capacidades de adaptação.” Sendo assim, definido o espaço da franja urbana do município de São João do Oeste como o ambiente propício e de maior relevância para implantação de uma instituição de longa permanência para idosos (ILPI), pois terá o contanto com a natureza e a facilidade da conexão com a cidade.

PROBLEMA E JUSTIFICATIVA

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OBJETIVO GERAL

Desenvolver um anteprojeto arquitetônico de uma Instituição de Longa Permanência para Idosos, com relações de intergeracionalidade de crianças da pré-escola.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS Ÿ

Compreender o espaço de acolhimento para idosos e sua relação com a intergeracionalidade.

Ÿ

Estudar projetos de instituições que se assemelhem aos mesmos princípios e espaços desejados que serão desenvolvidos no anteprojeto arquitetônico.

Ÿ

Analisar um terreno em um espaço na franja urbana e a relação da arquitetura e o meio ambiente desse espaço;

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OBJETIVOS


INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS INTERGERACIONALIDADE: CRIANÇAS E IDOSOS A intergeracionalidade fortalece a comunicação, o relacionamento e a permanente troca de ideias entre indivíduos de diferentes faixas etárias, favorecendo a formação e a consolidação de vínculos sociais, que permitem, aos sujeitos dessa relação, enriquecer seus conhecimentos e adquirir experiências de vida (CACHIONI et al., 2017, p. 424).

Intergeracionalidade é a relação entre duas ou mais gerações (BARRETO et al., 2010). Borges e Magalhães (2011, p. 172) esclarece o que é uma geração: A geração reúne pessoas que, nascidas numa mesma época, viveram os mesmos acontecimentos históricos e partilham de uma mesma experiência histórica. Essa experiência comum dá origem a uma consciência que permanece presente ao longo do curso de suas vidas, influenciando a forma como os indivíduos percebem e experimentam novos acontecimentos. A intergeracionalidade que envolve idosos, é defendida pela Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003 do Estatuto do Idoso (BRASIL, 2003, p.01), na qual esclarece que o poder público deve “viabilizar formas alternativas de participação, ocupação e convívio do idoso com as demais gerações.” O Estatuto também estabelece que “os idosos participarão das comemorações de caráter cívico ou cultural, para transmissão de conhecimentos e vivências às demais gerações, no sentido da preservação da memória e da identidade cultural” (BRASIL, 2003, p.01). A relação entre as gerações de idosos e crianças é um fator de inclusão social para o idoso, além de proporcionar uma nova visão do que é ser idoso para as novas gerações, gera valor e carinho, tanto no presente como no futuro dessas crianças (BARRETO et al. 2010). Salienta–se também, que os idosos podem manter o desenvolvimento cognitivo favorável, segundo Cachioni, Neri e Tarallo (2017, p. 424) “Os idosos em contato com as crianças, apreciaram manter-se atualizados e sentiram que tinham contribuído positivamente para o crescimento e o desenvolvimento das crianças. É na pré-escola que a criança tem idade para desenvolver seu caráter social, onde esta tem suas primeiras conexões independentes de seus pais. Sendo assim, é importante a conexão com pessoas mais velhas para a identificação de valores e respeito (AGUIAR, PEDROSO, 2017). A Secretaria Especial do Desenvolvimento Social, (BRASIL, 2015), salienta que as ILPIs com programas de intergeracionalidade estão entrando no cenário brasileiro, como formas de intervenção social para criar estímulos e desafios aos usuários, tanto os idosos como as crianças. Nesse cenário há uma integração e socialização da experiência e cultura vivida pelos usuários. Essa socialização, forma vínculos de pertencimento e sentimentos de identidade, estimulando assim a vida familiar e social. ILPI COM INTERGERACIONALIDADE NO ESPAÇO RURAL

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Assim, uma instituição intergeracional atende duas expectativas: tanto o desenvolvimento do idoso, quanto o das crianças. Sendo que, transforma a auto estima, congnitividade e a vida social do idoso, também monstra valores e cultura para crianças, que aprendem desde cedo a respeitar e compreender melhor o processo de envelhecimento, perdendo medos e conceitos pejorativos que se tem sobre os idosos (COSTA et al. 2017). Uma ILPI com essa interação intergeracional será um meio de trazer mais vida social para os idosos, sendo ela empregada no anteprojeto arquitetônico da instituição.

INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA Instituições destinadas ao atendimento de idosos no Brasil, são definidos pela Portaria nº 810, de 22 de setembro de 1989, BRASIL (1989, p.1) como: Consideram-se como instituições específicas para idosos os estabelecimentos, com denominações diversas, correspondentes aos locais físicos equipados para atender pessoas com 60 ou mais anos de idade, sob regime de internato ou não, mediante pagamento ou não, durante um período indeterminado e que dispõem de um quadro de funcionários para atender às necessidades de cuidados com a saúde, alimentação, higiene, repouso e lazer dos usuários e desenvolver outras atividades características da vida institucional. Para um bom funcionamento dessas instituições de longa permanência, e para garantir uma qualidade de vida melhor aos idosos, é preciso primeiramente possuir informações sobre o idoso e sua relação com esse ambiente construído, avaliando o grau de dependência desse usuário, para assim, definir e garantir sua atividade e necessidades diárias (PEDROSO, SANTANA, 2015). Neste sentido, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) criou a Resolução da Diretoria Colegiada 283 (RDC 283), (BRASIL, 2005, p. 02) na qual define 3 níveis de dependência de idosos: Grau de Dependência I - idosos independentes, mesmo que requeiram uso de equipamentos de auto-ajuda; Grau de Dependência II - idosos com dependência em até três atividades de autocuidado para a vida diária tais como: alimentação, mobilidade, higiene; sem comprometimento cognitivo ou com alteração cognitiva controlada; Grau de Dependência III - idosos com dependência que requeiram assistência em todas as atividades de autocuidado para a vida diária e ou com comprometimento 09

ILPI COM INTERGERACIONALIDADE NO ESPAÇO RURAL

O Estatuto do Idoso - Lei n.º 10.741 de 1º de outubro de 2003, Brasil (2017), afirma que as instituições, apesar de firmarem contrato e residirem em um ambiente institucional com diferentes graus de dependência, deve garantir os direitos ao idosos de livre arbítrio, além de preservar os laços familiares. Ainda, a RDC 283 (BRASIL, 2005), também normatiza quantos profissionais devem estar dispostos para cada quantidade e grau de dependência de idosos na instituição, além das formações especificas dos profissionais que devem ser fornecidos. Além disso, a Portaria nº 810, de 22 de setembro de 1989, (BRASIL, 1989), esclarece as legislações pertinente as infraestruturas físicas dessas instituições, sendo todas elas, abordadas a seguir.


Infraestrutura física da instituição Para ter padrões de funcionamento adequados dessas instituições para idosos, a Portaria nº 810, de 22 de setembro de 1989 (BRASIL, 1989) apresenta legislações e normas pertinentes atender os requisitos básicos para o funcionamento de uma Instituição de longa permanência para idosos. Sendo esses requisitos questões de higiene, saúde, lazer, infraestrutura, qualidade de vida e alimentação, além de disponibilidade e responsabilidade técnica na área da saúde. Já no departamento de arquitetura, a Portaria nº 810 (BRASIL, 1989), define que as instalações sejam planejadas e projetadas para atendimento adequado ao idoso, de forma a facilitar e possibilitar a locomoção e acessibilidade dos idosos. Além disso, dar preferência a instalações com formas construtivas horizontais e em forma de pavilhões, facilitando a vida dos usuários, já que grande parte dos usuários tem ou podem vir a ter problemas de locomoção. Entretanto, quando dispor de uma edificação vertical, ou seja, mais pavimentos, deve ser acessível. Por fim, a Portaria nº 810, de 22 de setembro de 1989, (BRASIL, 1989) instrui que as instituições para idosos devem ter assistência médica, odontológica, enfermagem,

higienização e limpeza, sala de reabilitação, e espaço administrativo. O projeto também deve estar de acordo com o Corpo de bombeiros, com saídas de emergência e todas as exigências normativas dentro dos padrões ideias. Espaços para desenvolvimento de atividade coletivas para idosos avaliado com graus de

COLETIVO

Refeitório com no mínimo 1m² por usuário , além de local para guarda de lanches e lavatório para mãos; Área externa descoberta para convivência; Banheiros Coletivos acessíveis, de acordo com a NBR9050/ABNT Espaço ecumênico e/ou para meditação;

INDIVIDUAL O dormitório é o espaço mais pessoal que o usuário terá na instituição, é também o local onde estará o maior tempo de sua estadia.Alguns idosos, com graus de dependência maior já ficam mais na cama ainda, com isso se deve projetar possibilidade dele ter o contato com o ambiente externo, por maior de aberturas ergonômicas (PANERO, NELNIK, 2014). Dormitórios separados por sexos, para no máximo 4 pessoas, dotados de banheiro. Sala para atividades de apoio individual e sócio familiar;

SERVIÇO

Local para guarda de material de limpeza Almoxarifado, área mínima de 10,0 m²; Vestiário e banheiro para funcionários; Lixeira ou abrigo externo à edificação Cozinha e despensa; Lavanderia; Local para guarda de roupas de uso.

ADMINISTRATIVO Sala administrativa/reunião;

nutricional, psicológica, farmacêutica, serviço social, além de atividades de reabilitação, como fisioterapia, apoio jurídico e administrativo.Além da especificação de assistências fornecidas, a norma também traz especificado o processamento de revestimentos e materiais utilizados, aberturas, circulações, tanto verticais como horizontais, ambientes mínimos como dormitórios, sala para serviço de nutrição, áreas de recreação e lazer,

dependência I e II necessitam os seguintes espaços: sala para atividade coletiva para abrigar no máximo 15 idosos, devendo ter área de 1m² para cada pessoa; E uma sala de convivência, de área mínima de 1,3 m² por residente. (BRASIL, 2005). A norma da RDC 283 (BRASIL, 2005, p. 07 e 08) traz outros itens obrigatórios na estrutura física da instituição, tais como: Devem ser oferecidos seis refeições por dia para os residentes, com estrutura adequada para o processo de limpeza e preparo dos alimentos. Além disso, as roupas individual e coletivas devem ser higienizadas num ambiente adequado; e deve ser fornecido ao idoso independente, a possibilidade de processamento de suas roupas individuais de maneira autônoma. Alguns ambientes podem ser utilizados para diferentes atividades, podendo se compartilhar uma sala com diferentes horários, necessitando uma estrutura

menor para a instituição (BRASIL, 2005). Atividades extras como computação e comunicação virtual devem ser inclusos quando possível no conteúdo de atividade dos idosos, dando a eles autonomia na comunicação social e influenciara no desenvolvimento intelectual dos indivíduos, além de integrar os idosos na vida contemporânea das outra gerações através da tecnologia (BRASIL, 2003). ILPI COM INTERGERACIONALIDADE NO ESPAÇO RURAL

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Espaços que integram idosos e crianças Apesar do idoso necessitar de espaços reservados só para ele, precisase de espaços coletivos que o integrem com a sociedade, nesse caso com crianças. Essas atividades podem ser planejadas, tais como práticas de música, conto de histórias, dança, artesanato e culinária. Além disso, é necessário atividades de interação espontâneas, ou seja, fora das atividades de integração planejadas. Essas atividades espontâneas podem ser em ambientes sociais externos ou internos, como nos espaços de alimentação, cantina ou espaços de lazer, como pátios, onde pode-se realizar atividade físicas e brincadeiras (COSTA et al. 2017). As atividades espontâneas estimulam a autonomia do idoso, o que garante o desenvolvimento cognitivo e atraso de doenças mentais do idosos (COMIN et al. 2013). Já essa espontaneidade na criança, a faz desenvolver conceitos independentes e positivos com relação a velhice, pois é nessa fase de criança que se desenvolvem seus conceitos sociais (AGUIAR, PEDROSO, 2017).

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Para que se chegue as atividades espontâneas, é necessário estimular essa integração, de forma a “quebrar o gelo” entre os participantes. Esse estímulo ocorre com as atividades p l a n e j a d a s , o rg a n i z a d a s p e l o s c u i d a d o r e s d o l a r, q u e d e v e m selecionar as atividades de integração. Esses grupos de integração, tem um sucesso maior em grupos menores (SCHÖTTLER, 2018). Atividades físicas, como atividade planejada de hidroginástica, são divertidas e saudáveis para todos, além de baixo impacto para idosos, tem resultados muito bom com relação a autoestima das pessoas que o praticam, principalmente os idosos e crianças (BENEDETTI et al., 2009).

Espaços de lazer abertos, conectados com o meio ambiente, como jardins e hortas, tornam as atividades de convívio e lazer mais confortáveis, podendo ser outro ponto de partida para estímulo da intergeracionalidade (COSTA et al. 2017).


AMBIENTE RURAL NA ARQUITETURA

A arquitetura e urbanismo empregado em um ambiente rural, residencial, comercial ou institucional, desperta o interesse da população, pois gera a valorização da paisagem. Porém, percebe-se que apesar do meio rural ser o responsável pela economia brasileira, e portadora dos maiores recursos, ainda é pouco visada na atualidade (FERRÃO, 2007). Os idosos que conviveram grande parte da sua vida em um ambiente rural, possuem uma relação muito forte com a natureza, necessitando assim de um contato diário com a mesma. O idoso, no seu processo de envelhecimento perde a capacidade de se adaptar e se identificar com novos ambientes, se tornando depressivo e reprimido se houver uma mudança brusca (COMIN et al., 2012). Uma instituição com características de zona rural é fundamental para atender a adaptação e conforto do idoso na instituição de longa permanência, devido à grande parte da população viver no meio rural (COSTA et al., 2017). Os idosos da cidade, carentes de suas raízes rurais também serão atraídos para essas instituições, buscando contato com a natureza e atividade rurais, aquilo que se perdeu ao se mudar para cidade em busca da facilidade de acesso a saúde e vida social (FERRÃO, 2007). Comin, Santos e Silva (2012, p.821) explicam que: “Ao longo do processo de envelhecimento, o ser humano vai se tornando cada vez mais sensível ao meio ambiente devido à diminuição de suas capacidades de adaptação.” Tornando a continuação do contato com a natureza uma terapia para evitar doenças como depressão. Assim, uma instituição com contato tanto de dentro dos ambientes como espaços de lazer interligados com a natureza são fundamentais para o usuário ter uma boa qualidade de vida. Existe uma ideia equivocada e

preconceituosa da maioria da população em pensar que a arquitetura do meio rural não tem uma boa infraestrutura ou tem apenas habitações singelas. Esse espaço tem a capacidade econômica e acesso à tecnologia para emprego de tecnologias, podendo trazer um espaço tecnológico e contemporâneo ao campo com interação com a paisagem natural histórica, trazendo assim uma melhor qualidade de vida a população (FERRÃO, 2007). Sendo muitas vezes separados, o espaço rural e o espaço urbano, podem ser vistos em formas e espaços diferentes, porém podem ser empregados de forma conjunta, como um ambiente rural dentro do espaço urbano e vice e versa. Um ambiente pode ser considerado rural através de suas características arquitetônicas, como edificações horizontais, característica predominante na zona rural, uso de materiais como madeira, integração da vegetação e hortas, além de sensações, como cheiros e sons (FERRÃO, 2007). Deixando de ser visto como espaço exclusivo para atividade agropecuária o ambiente rural vem ganhando espaço para novas atividades, principalmente comerciais e institucionais, trazendo características rurais na zona urbana (COSTA et al., 2017). Costa, Júnior e Silva (2017, p. 03) salientam que as instituições asilares atendem as necessidades dos idosos institucionalizados quando “as edificações, quando dotadas de habitabilidade, adequando-se no quesito funcionalidade e integração com o meio externo, proporcionam qualidade de vida e dignidade, promovendo assim autonomia, independência e interação social aos residentes. ” Portanto, uma instituição ruralizada, com execução de atividades de convívio com a natureza e suas sensações, será um partido empregado na elaboração do anteprojeto arquitetônico de uma ILPI. ILPI COM INTERGERACIONALIDADE NO ESPAÇO RURAL

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METODOLOGIA

A elaboração desse estudo partiu de pesquisas bibliográficas de campo. Todos os aspectos foram analisados através de resumos e fichamentos dos livros lidos, pesquisas de normativas específicas e pesquisas a artigos da região, sobre o perfil do público alvo, sites relacionados ao tema, visando conhecer e pontuar o público alvo, produzir estudos de manchas, organogramas, mapas conceituais, estudos de caso, plantas, cortes, entre outros levantamentos. A elaboração do referencial teórico partiu de amplos estudos relacionados a normativas e inovações para o funcionamento de uma ILPI. Dentre essas inovações, está a intergeracionalidade entre os idosos e as crianças, na qual se fez pesquisas relacionadas as vantagens desse sistema, além de espaços necessários para essa dinâmica dar certo. Todos esses pontos foram analisados através de pesquisas bibliográficas de campo, pesquisas de normativas especificas e pesquisas a artigos da região sobre o perfil do público alvo, além de estudos de dados do IBGE para comprovar a necessidade de uma instituição no município. A partir dessa pesquisa serão elaborados novos materiais de estudo, para elaboração do anteprojeto arquitetônico de uma ILPI, tendo a seguinte estruturação: Estudos de caso: O embasamento e analises concretas do funcionamento de uma instituição com essas características, dando um sentido de direção para a elaboração do anteprojeto arquitetônico no futuro. Serão levantados dois estudos de caso, na qual será possível observar pontos positivos e negativos dessas instituições, seu fluxograma e setorização de ambientes, além de características específicas de materiais e revestimentos. Análise da área: Será levantadas todas as características do lote a ser usado no projeto, para se determinar condicionantes de projetos e possíveis potencialidades. Essa levantamento será tanto topográfico, fotográfico e análise pessoal do local em si. Por fim será elaborado o anteprojeto arquitetônico, com a elaboração do conceito, partido arquitetônico, organogramas e fluxogramas, além de determinação das atividades que funcionarão nesse espaço.

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METODOLOGIA


PÚBLICO ALVO

A ILPI atenderá os idosos, ou seja, pessoas acima de 60 anos, registrados principalmente no município de São João do Oeste, podendo ser atendidos pessoas de municípios vizinhos. Será projetada para atender idosos com os três diferentes níveis de dependência (nível um, dois e três de dependência). Já as crianças que frequentarão o espaço intergeracional, são as que frequentam a pré-escola municipal da cidade, sendo crianças de 4 a 6 anos. O censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010), registrou 925 pessoas acima de 60 anos no município de São João do Oeste. Esse censo também registrou os seguintes números de idosos nos municípios limítrofes de São João do Oeste: Itapiranga, 1682; Tunápolis, 668; Mondaí, 1207 e Iporã do Oeste com 1093 idosos. Para projetar o numero de vagas ofertadas, considerou-se como demanda 3,5% da população

idosa total de São João do Oeste e 1% da população idosa total para municípios vizinhos, totalizando 78 vagas demandadas (sendo metade da demanda da população de São João do Oeste e a outra parcela dos municípios vizinhos), sendo atendidos 80 idosos no total. Em relação ao público infantil, optou-se pela escola mais próxima ao lote, no caso a escola municipal Jesus Menino, que abrange alunos da pré-escola do centro do município e comunidade próximas. Registrou-se, através do Censo Escolar/INEP de 2018, 97 alunos matriculados na escola, sendo sua frequência dividida em dois turnos (BRASIL, 2019). Sua proximidade com o lote em estudo foi levada em conta, pois, apenas crianças que frequêntam o ambiente escolar próximo serão um público presente nesse ambiente, pelo fato de suas moradias serem na vizinhança. Com isso, será dimensionada o espaço para 25 crianças em cada turno.

PÚBLICO ALVO

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LAR DE REPOUSO E CUIDADOS ESPECIAIS DIETGER WISSOUNIG ARCHITEKTEN

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DIMINIQUE COULON & ASSOCIÉS

LAR PARA IDOSOS

ESTUDOS DE

CASO


LAR PARA IDOSOS DIMINIQUE COULON & ASSOCIÉS Sua implantação em um espaço rural (2) ao redor do perímetro urbano da cidade, e sua adaptação ao terreno formando uma volumetria diferenciada (1) são aspectos fundamentais na escolha desse estudo de caso

A obra O Lar do idosos localizado na pequena cidade de Orbec na França, se destaca pela forma como se adaptou a sua paisagem, não só pela implantação da edificação que segue as curvas do vale, mas também pelas cores que se integram com a paisagem. A diversas volumetrias e saliências se juntam uma rua ao sul, que se apóia a colina unindo toda edificação, de aspecto horizontal (ARCHDAILY, 2016). “O edifício foi concebido para melhorar as áreas de estar e de caminhar. Sua força está em sua relação com a paisagem” (COULON, 2015, p. 01). Nos espaços internos trabalha-se cores vibrantes para estimular e facilitar a localização dos idosos dentro da edificação (ARCHDAILY, 2016).

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Conceito

Partido Arquitetônico

Segundo Coulon (2015),

O agrupamento linear ao

arquiteto responsável pela obra, buscou-se uma edificação que se adaptasse e se fundisse ao horizonte, que refletisse em suas próprias paredes a paisagem local. Expressasse o grande horizonte de sua localização, com leveza e discrição, valorizando a vista que a

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1- Foto:Eugeni Pons (2016) 2- Foto:Eugeni Pons (2016)

longo do vale e a adaptação da Ficha Técnica edificação ao relevo, formam uma vasta forma horizontal, com projeção Arquitetos: Dominique Coulon & associés; de volumetrias se apontam para o Localização: Rue de la Source, horizonte, valorizando a paisagem 14290 Orbec, França; local. Sua coloração também ajuda a Área: 5833 m²; Ano do projeto: 2015. integrar a edificação e a paisagem Capacidade: 115-Camas (ARCHDAILY, 2016). Custo: 12.279.536 €

ampla paisagem proporciona. ESTUDO DE CASO

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Os Arquitetos: Dominique Coulon & associés é um escritório de arquitetura que iniciou apenas por Dominique Coulon desde 1989, e em 2008 iniciou uma nova jornada com outros 4 associados. O escritório já recebeu inúmeros prêmios arquitetônicos como o prêmio Mies Van der Rohe, e segue conceitos de desenvolvimento sustentável e respeito ao contexto histórico em suas edificações (COULON, 2015).

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FRANCE

ORBEC

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O projeto Localizado nos arredores do perímetro urbano da cidade de Orbec, França, em um vale de acesso por uma estrada pavimentada que se liga até rodovia da região, sendo em uma região de transição entre o meio urbano e rural, assim possuindo amplos benefícios dos dois meios. Na área de acesso ao lote há o estacionamento, e nos fundos o pomar.

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O projeto é estruturado a partir de módulos de conjuntos de dormitórios, desenvolvidos para identificação e classificação dos usuários. Esses conjuntos foram agrupados horizontalmente ao longo do vale e também de maneira vertical, para que a edificação não se estenda demais pelo vale. Devido ao relevo acidentado do lote, o projeto foi

Acesso ao lote

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elaborado de forma a edificação se adaptar à inclinação acentuada da locação. O alinhamento dos módulos de forma retilínea fez com que todos tenha uma visão periférica de todo vale. A junção desses blocos criou uma circulação horizontal ao longo da edificação, ligando todos os módulos. Os três pavimentos da edificação trazem diferentes ambientes. No segundo e terceiro pavimento, estão os dormitórios

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e espaços de convívio mais intimo. No pavimento térreo, há os principais espaços de serviço, como cozinha e lavanderia, e

LEGENDA Estradas gerais de acesso Acesso ao lote Lote Corte de terra Terceiro pavimento Segundo pavimento Pavimento térreo 3- Localização do lote Fonte: elaborado pelo autor 4- Implantação Fonte:Google Eart (2019) adaptado pelo autor 5- Fonte: Archdaily (2016) 6- Fonte:Archdaily (2016) 7- Fonte: Archdaily (2016) adaptado pelo autor

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ESTUDO DE CASO

Fonte: Eugeni Pons (2016)

também a parte administrativa e recepção.


TEMAS DE COMPOSIÇÃO MÉTODO PAUSE E CLARK

A circulação vertical é feita por escadas (8) e elevadores. As escadas também são uma opção de acesso aos terraços do pavimento térreo para os pavimentos superiores, funcionado como atalhos que dão acesso direto aos terraços e jardins. Já a estruturação da circulação horizontal é feita de modo a uma circulação principal ligar todos os módulos de dormitório e espaços comuns. A ramificação de acesso aos módulos é feita sempre a partir dessa “estrada”. A circulação segrega bem espaços coletivos e os mais íntimos, nos segundo e terceiro pavimento, onde se tem os dormitórios.

PLANTA BAIXA TÉRREO

PLANTA SEGUNDO PAVIMENTO

Fonte: Archdaily (2016), Adaptado pelo autor

hall do pavimento 1.01 sala de atividades 1.02 unidade de alzheimer 1.03 fisioterapia 1.04 cabeleireiro 1.05 relaxamento alternativo 1.06 circulação principal 1.07 jardim fechado para unidade de alzheimer 1.08 varanda para residentes 1.09 terraço 1.10 pátio coberto 1.11 Fonte: Archdaily (2016), Adaptado pelo autor

unidade de alzheimer 0.01 circulação pricipal 0.02 terraço do pavimento inferior 0.03 terraço 0.04

PLANTA TERCEIRO PAVIMENTO

Fonte: Archdaily (2016), Adaptado pelo autor LEGENDA Acesso ao lote Acesso principal Acessos secundários Acessos de serviços Circulação vertical

Fonte: Eugeni Pons (2016)

RELAÇÃO ENTRE CIRCULAÇÃO/ESPAÇO-USO

recepção 0.01 sala de atividades 0.02 sala de oficinas 0.03 sala de tratamento e atividade individual 0.04 relaxamento 0.05 enfermagem 0.06 administração 0.07 cozinha 0.08 farmácia 0.09 lavanderia 0.10 elevador de residentes 0.11 entrada secundária 0.12 sala tecnológica 0.13 varandas/jardim 0.14

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ESTUDO DE CASO

18


Fonte: Eugeni Pons (2016), Adaptado pelo autor

ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO

Fonte: Archdaily (2016), Adaptado pelo autor

A edificação partiu da formação de módulos, sendo eles alinhados e agrupados de forma retilínea ao longo do vale e juntada por uma circulação principal, formando um volume de adição. Mas, para garantir a ventilação e iluminação dos espaços, os módulos foram espaçados entre eles, gerando os espaços vazios ou subtraídos. Os espaços vazios são usados como jardim (9), sacadas ou a integração dos módulos, originando a circulação.

PLANTA DE LOCAÇÃO

LEGENDA Adição Subtração

9

19

ESTUDO DE CASO

Fonte: Eugeni Pons (2016)

Fonte: Eugeni Pons (2016)

A projeção dos pavimentos superiores também cria uma volumetria de adição a edificação.


ILUMINAÇÃO NATURAL

PLANTA SEGUNDO PAVIMENTO Fonte: Archdaily (2016), Adaptado pelo autor

LEGENDA:

Sol

Fonte: Eugeni Pons (2016), Adaptado pelo autor

Os vazios entre os módulos criam espaços propícios para entrada de iluminação natural e ventilação. Quase todas as fachadas contam com aberturas, sendo estas, de material PVC.

ESTUDO DE CASO

20


HIERARQUIA

HIERARQUIA Fonte: Eugeni Pons (2016) Adaptado pelo autor

A única fachada sem aberturas possui também uma grande projeção dos pavimentos superiores para frente de seu alinhamento (9), se tornando um elemento de hierarquia com relação ao resto da edificação.

A

A

PLANTA BAIXA TÉRREO

Fonte: Archdaily (2016), Adaptado pelo autor

CORTE A-A’

Fonte: Archdaily (2016), Adaptado pelo autor

LEGENDA Vão em balanço

Fonte: Eugeni Pons (2016)

9

O vão em balanço se projeta para frente e uma continuação para a lateral, apontando para a entrada principal da edificação. A cor diferente também gera Hierarquia. 21

ESTUDO DE CASO

Fonte: Eugeni Pons (2016)


ANÁLISE CRÍTICA

Fonte: Eugeni Pons (2016)

Com a análise do estudo de caso do lar do idoso de Diminique Coulon & Associés, pode-se visualizar uma edificação destinada a idosos em um ambiente rural. Apesar de mostrar espaços interativos com a natureza, como jardins em sótãos e varandas, e ter um pomar aos fundos, a interação entre usuários, edificação e natureza ainda é bem restrita no projeto. Isso se deve, devido a edificação apresenta enumeras aberturas, todas elas de porte pequeno, tornando a edificação rígida e visualmente impenetrável. A cor é outra questão polêmica, pois camufla a edificação, apagando ela da paisagem de forma a ela não ser marcante aos moradores da cidade. Os terraços são uma parte agradável do projeto, devido seu ponto mais próximo de observação e contato com o meio externo. Outro ponto positivo é a implantação, que se adaptar a topografia do local, sendo levada em conta na hora da elaboração do anteprojeto arquitetônico.

ESTUDO DE CASO

22


11

Fonte: Paul Ott (2016)

10

LAR DE REPOUSO E CUIDADOS ESPECIAIS DIETGER WISSOUNIG ARCHITEKTEN Formas geométricas, acentuadas por sobreposição de cores claras e materiais escuros, como a madeira(10), com uso generoso da iluminação natural (11) dentro da edificação, que conectam ela ao meio ambiente, são fatores determinantes para escolha da análise desse estudo de caso

A obra Uma edificação implantada em um terreno com muita vegetação, num vilarejo de Leoben, na Áustria. Com quatro pavimentos, estrutura em concreto, mas revestida com madeira, é o principal aspecto de análise da edificação. A madeira dá requinte e volume ao prédio, e os pavimentos setorizam a atividade que se propõem no ambiente (WISSOUNIG, 2016).

23

ESTUDO DE CASO

Conceito A aparência marcante, porém tranquila, conectada com a natureza e as belas vistas do entorno (ARCHDAILY, 2016). Partido arquitetônico Ficha Técnica Aberturas panorâmicas e jardim interno, no maio da edificação, Arquitetos: Dietger fazem a conexão da edificação com a Wissounig Architekten; natureza. Já o uso da madeira clara, da Localização: Leoben, Áustria; leveza e contraste a edificação que Área: 3024.0 m²; Ano do projeto: 2014. predomina o concreto na cor branca Capacidade: 49 residentes (ARCHDAILY, 2016).


OS ARQUITETOS DIETGER WISSOUNIG ARCHITEKTEN: Estúdio de arquitetura alemão, criado pelo engenheiro civil, pós graduado em arquitetura, Dietger Wissounig, segue quatro princípios para seus projetos (WISSOUNIG, 2015):

ÁUSTRIA

Fonte: Google Maps (2019) adaptado pelo autor

LOEBEM

1- Criar identidade do contexto de determinado lugar; 2- Valor de utilidade em termos organizacionais e emocionais; 3- Pesar os custos de construção e vida útil; 4- E explorar o sentidos numa edificação, através de materiais e soluções construtivas, e emoções e profundidade.

Localizada na pequena cidade de Loebem, na Áustria, em uma área tranquila e residencial, onde as casas são de pequeno porte, com telhado a vista (12). Logo pela diferenciação, a edificação fica com um aspecto de imponência devido seu tamanho e forma em relação ao entorno (12).

TEMAS DE COMPOSIÇÃO MÉTODO PAUSE E CLARK

A edificação em si é um marco para na cidade, devido sua hierarquia devido a arquitetura diferenciada com o entorno (12), exibindo um dos princípios do escritório Dietger Wissounig Architekten. Na relação da própria edificação se têm uma fachada frontal com áreas mais dominantes, criadas pela projeção da edificação para frente nos dois pavimentos superiores com relação ao térreo, sendo ela acentuada pelo contrastes de cores e texturas. Já as fachadas laterais, apresentam uma forma conjunta, pois se apresenta em um plano único de coloração uniforme.

FACHADA FRONTAL Fonte: Archdaily (2016), Adaptado pelo autor

0

2

4

10m

Fonte: Paul Ott (2016)

12

FACHADA LATERAL

0

2

4

10m

LEGENDA Conjunto Mais dominante (13) Menos dominante (14)

Fonte: Archdaily (2016), Adaptado pelo autor

13 14 ESTUDO DE CASO

24

Fonte: Paul Ott (2016)

HIERARQUIA


RELAÇÃO ENTRE CIRCULAÇÃO/ESPAÇO-USO Situada num espaço urbano residêncial, possui um amplo terreno, explorado por espaço de jardim mais restrito aos fundos, e estacionamento no acesso ao lote. A edificação possui três pavimentos retangulares, mais um subsolo servido para espaço técnico, além de um pequeno café em anexo para residentes e visitantes. O café conecta o estacionamento dos visitantes e o jardim dos residentes, tornando um ambiente de interação entre usuários e seus familiares. O pavimento térreo possui área de serviços, como cozinha, depósito, rouparia, além de salas de administração e convívio, inclusive uma capela, sendo todos os espaços coletivos, de serviço ou coletivos. Já o segundo e terceiro pavimento abrigam os dormitórios dos residentes, organizados de forma retangular, de modo a todos os quartos possuíres aberturas externas na edificação formando uma circulação retangular principal. No centro dessa circulação, há um posso de luz que ilumina os espaços coletivos de convívio presentes em todos os pavimentos ao lado da abertura do jardim interno, proporcionando luz , que abrange os três pavimentos. No terceiro pavimento, esse posso de luz se interconecta com um espaço grande que serve como terraço para os residentes, sendo que esse, possui uma escadaria que fornece acesso externo da edificação, para que visitantes o usufruam sem circular pelos espaços íntimos da edificação. Além da escadaria que dá acesso ao terraço, há uma escadaria central e outra ao lado como acesso secundário a dormitórios. A acessibilidade é garantida por um elevador central.

PLANTA LOCAÇÃO

0

5

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10

Fonte: Archdaily (2016), Adaptado pelo autor

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PLANTA BAIXA TÉRREO

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2

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Fonte: Archdaily (2016), Adaptado pelo autor

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LEGENDA Acesso ao lote Acesso principal a edificação Acessos secundário Acessos de serviço Circulação horizontal

PLANTA BAIXA PRIMEIRO PAVIMENTO

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10m

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Fonte: Archdaily (2016), Adaptado pelo autor

Circulação vertical Café (edificação anexa) Jardim Estacionamento

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CORTE A-A’

Fonte: Archdaily (2016), Adaptado pelo autor

25

ESTUDO DE CASO

2

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10m

PLANTA BAIXA SEGUNDO PAVIMENTO Fonte: Archdaily (2016), Adaptado pelo autor

0

2

4

10m


ILUMINAÇÃO NATURAL

Fonte: Paul Ott (2016)

A edificação tem iluminação natural incorporado por janelas e portas de vidro, sacadas e um terraço. Já internamente, um jardim de inverno no centro da edificação, cria um poço de luz para os ambientes, iluminando os 3 pavimentos superiores com luz natural, que passa por uma cobertura de vidro que impede a entrada do vento frio europeu.

CORTE A-A’

0

Fonte: Archdaily (2016), Adaptado pelo autor

2

4

10m

LEGENDA Sol

ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO

O recuo do pavimento térreo na fachada Fonte: Paul Ott (2016)

principal, gera um subtração na mesma, assim

FACHADA FRONTAL Fonte: Archdaily (2016), Adaptado pelo autor

0

2

como as sacadas e o terraço, gerando volumetrias diferentes, sendo o mais impactante a viga que amarra a fachada da edificação, mas que se abre tanto para fachada como para cobertura.

10m

4

LEGENDA Subtração Adição

ESTUDO DE CASO

26


ANÁLISE CRÍTICA

Fonte: Paul Ott (2016)

A edificação Lar De Repouso e Cuidados Especiais apresenta uma variedade de materiais, como madeira e bastante vidro, que tornam a edificação leve e integrada a natureza, mesmo estando em um ambiente urbano. Sua proposta de terraço com deck e fachada de madeira é uma característica positiva, sendo lembrada para produção do anteprojeto arquitetônico. Sua circulação e proporção de ambientes de maneira simples e de fácil localização é outro ponto positivo. Mas, ainda assim, observa-se um programa de necessidades bem restrito para os usuários.

27

ESTUDO DE CASO


A implantação do projeto de ILPI será no município de São João do Oeste, Santa Catarina, não só pelo número de idosos na sociedade, mas também pela bela paisagem rural que apresenta e pode ser valorizada, além de ser um município mais isolado, fora do eixo da rodovia SC 163, tornando a cidade mais tranquila. Tendo acesso apenas pela SC 472 ou por estradas do interiores rudimentares. O município de São João do Oeste, colonizado em 1926, por desbravadores de origem católica alemã. Tais características, ainda estão fortemente presentes na cultura local, principalmente entre os mais velhos, na arquitetura e comida (PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DO OESTE, 2017).

BRASIL

SANTA CATARINA

Iporã do Oeste

Vale Pio Cristo Rei

Beato Roque

SC

493

SC 163

ITAPIRANGA

Medianeira SC 49 3

Ervalzinho

São João do Oeste Alto Macuco

Itacuruçu

Macuco

Jaboticaba

LEGENDA

Fortaleza

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MAPA SÃO JOÃO DO OESTE

1000

2000m

Fonte: PREFEITURA DE SÃO JOÃO DO OESTE (2019) Editado pelo autor.

Comunidades Região analisada Rodovia SC 163 Rodovia SC 493 Perímetro do Município Vias Municipais Via de acesso ao lote em estudo Perímetros Urbano


Lajeado São Lucas

INSERÇÃO URBANA E ACESSOS AO LOTE A sublime localização, com vista para cidade e para o campo, foi uma determinante para escolha do terreno (15). Também foi levada em conta a proximidade com a cidade, facilitando o rápido deslocamento de idosos caso necessário, além de facilitar o acesso das crianças da pré-escola ao local. A proximidade com vários equipamentos públicos como poliesportivo e quadra de esportes coberta, a única pré-escola do centro da cidade foram outro ponto O lote localizado no lado sul do perímetro urbano, possui três opções de acesso, sendo a estrada geral para linha Macuco, e as outras duas estradas locais. N R. Santa Cruz No entorno do terreno, podeSC-496 EST. LINHA MEDIANEIRA se observar que existem apenas HOSPITAL acessos por vias de chão batido. Sendo a principal via que dá acesso ao lote, a estrada geral para linha Macuco (16), onde sua via rolamento tem 7 metros de largura. Já as ruas Ivone Meier e Itú (17), são vias locais de 5 metros de largura cada, que estão na zona urbana 15 do município mas não tem uma LEGENDA EST. LINHA Via Coletora infraestrutura e calçamento adequada. JABOTICABA Via local TERMAS Todas essas vias são acessadas por Lote SÃO JOÃO Rio Fortaleza uma via coletora a Rua do Imigrante, Pré-escola N Local da Foto que se origina a rua arterial do 100 200m município, a Rua do Comercio. 0 10 EST. LINHA MACUCO Fonte: PREFEITURA DE SÃO JOÃO DO OESTE (2019) Editado pelo autor. A Oeste o lote é limitado pelo Rio Fortaleza. 15 rta

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Rua Albino Schabarum

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Rua do Imigrante

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Rua Padre Luis Froener

Lajeado São João

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Fonte: Autoria própria (2019)

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TERRENO


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INFRAESTRUTURA

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A infraestrutura urbana foi levantada no entorno da área de intervenção em um raio de 400m², onde se localizou desde paradas de ônibus, postes de iluminação pública, postes de passagem de rede elétrica, telefones público e bocas de lobo, placas de sinalização, faixas de pedestre, lixeiras e lombadas. Foi mapeado também as vias com infraestrutura adequada. Além das vias de acesso sem pavimentação (16, 17), também foi constatado a falta de lixeiras nas proximidade, principalmente da área rural, e a iluminação pública se encontra apenas a zona urbana.

Rua 25 de Julho

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Rua do Imigrante

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Fonte: PREFEITURA DE SÃO JOÃO DO OESTE (2019) Editado pelo autor.

100

0 10

200m

LEGENDA Poste de Energia elétrica com transformador Poste de Energia elétrica Poste de Energia elétrica com iluminação pública Lixeira Faixa de pedestre Local da Foto Rio Fortaleza

17

16

Fonte: Autoria própria (2019)

Fonte: Autoria própria (2019)

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TRANSPORTE PÚBLICO O

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Rua Media

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Rua M

Atualmente, o município não possui nenhuma rota de transporte público, contudo, o transporte escolar é de suma importância para o deslocamento de alunos até suas escolas. Apesar de não ter nenhuma parada de ônibus no raio de abrangência da lote, tem se um raio de aproximação da préescola, além disso o transporte escolar passa todos os dias úteis pela estrada geral para Linha Macuco, em todos os períodos.

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Rua 25 de Julho

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Rua Itú Rua Albino Schabarum

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Rua Padre Luis Froener

Rua do Imigrante

N LEGENDA Fonte: PREFEITURA DE SÃO JOÃO DO OESTE (2019) Editado pelo autor.

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Rota de ônibus escolar Pré-escola Rio Fortaleza TERRENO

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Fonte: PREFEITURA DE SÃO JOÃO DO OESTE (2019) Editado pelo autor.

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200m

Por se tratar de uma zona rural, grande parte das edificações do entorno imediato, são edificação residenciais de um pavimento. Já na parte urbana, se observa uma maior porcentagem de edificações mistas de dois pavimentos, onde no térreo se tem a parte comercial e no pavimento superior residencial (20). Há uma forte característica de uma vizinhança horizontal e residencial, sendo um dos requisitos a se ler em conta no anteprojeto, para se estabelecer uma ponto marcante na cidade sem agredir o visual da vizinhança. rta

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G OCUPAÇÃO DO SOLO B A R I T O S

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A- Ginásio esportivo coberto B- Poliesportivo C- Mercados D- Pré-escola municipal E- Padaria F- Urbanismo da prefeitura G- Espaços de confraternização, com campo e salão de festas em sociedade H- Praças I- Museu J- Tratamento de água K- Expo São João

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LEGENDA Residencial Comercial Mista Industrial Vazio urbano Uso agrícola Rio Fortaleza Lote em estudo Área Verde Serviço Publico Lazer e esporte Educação Galpão agrícola Lago artificial

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Rua do Imigrante

LEGENDA 1 pavimento 2 pavimentos 3 pavimentos 4 ou mais pavimentos Vazio urbano Uso agrícola Rio Fortaleza Lote em estudo Área Verde Lago artificial 31

TERRENO

N

Fonte: PREFEITURA DE SÃO JOÃO DO OESTE (2019) Editado pelo autor.

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200m


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A densidade da região apresenta índices elevados para uma área rural. Já nos lotes urbanos mais próximos viu-se um maior aproveitamento da taxa de ocupação, do que o lado Oeste do Rio Fortaleza, que apresenta menor aproveitamento dos lotes. Além disso, nota-se uma que grande parte das edificações apresentam formas retangulares paralelas ao lote, na qual as que não se encaixam nesse quesito se sobressaem das demais formas.

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Fonte: PREFEITURA DE SÃO JOÃO DO OESTE (2019) Editado pelo autor.

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LEGENDA Edificação Rio Fortaleza Lote em estudo

200m

FIGURA FUNDO

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QUALIDADE CONSTRUTIVA neira

Rua Media

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A região onde o terreno situa-se, pode ser classificada de médio padrão (20) por ser a grande maioria. São vistas também, algumas edificações de baixo padrão, que se encontram principalmente como uso de galpão rural (18), ou casas de madeira em mal conservação. Entretanto, visualiza-se edificações de alto padrão (19), todos implantadas de maneira aleatória, sem gerar espaços segregados.

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Rua 25 de Julho

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Rua Albino Schabarum

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LEGENDA Padrão Médio Padrão Alto Padrão baixo Vazio urbano

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Local da Foto

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Fonte: Autoria própria (2019)

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Fonte: Autoria própria (2019)

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Fonte: PREFEITURA DE SÃO JOÃO DO OESTE (2019) Editado pelo autor.

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200m 19 Fonte: Autoria própria (2019)

TERRENO

32


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Fonte: Plano Diretor Municipal (2012) Editado pelo autor.

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VEGETAÇÃO

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Quanto as estradas Rurais, com pavimentação rudimentar, existem exigências pelo Plano Diretor Municipal (2012), para elaboração de diretrizes projetuais, tais como:

O terreno selecionado pertence a Zona de expansão urbana residencial da cidade, onde atualmente ocorrem atividades ligadas a economia rural. Na qual o Plano Diretor do município (2012), permite edificações residenciais unifamiliares e multifamiliares, além de conjunto habitacionais e espaços de lazer e recreação. Os usos dos lotes nessa zona apresentam algumas exigências conforme exibido na Tabela 01, onde é determinado que os terrenos contenham uma área mínima de 450 m², portando uma testada de 15,00 m. Ainda os mesmos possuem uma Taxa de ocupação (TO) de 60%m, Índice de aproveitamento (IA) de 2,4 e uma taxa de permeabilidade de 20%. Portanto conforme a área disponível de 33.588,69 m² para a execução da proposta do anteprojeto, o índice de aproveitamento máximo do mesmo será de 80.612,85 m², taxa de permeabilidade de 6717,74m² e a taxa de ocupação de 20.153,21 m².

Rua

CONDICIONANTES LEGAIS

E FÍSICAS DO LOTE

349,82m

Vias principais com recuo de 8,50m Vias secundária com recuo de 8m

CERCAS

Vias principais com recuo de 4,50m Vias secundária com recuo de 4m N

EDIFICAÇÕES Vias principais com recuo de 4,50m Vias secundária com recuo de 4m

Fonte: PREFEITURA DE SÃO JOÃO DO OESTE (2019) Editado pelo autor.

LEGENDA

Zona Comercial Institucional Predominante (ZCIP) Zona de Expansão Urbana Residencial (MEUR) Zona Interesse Mista Diversificada (ZIMD) Zona De Interesse Residencial (ZIR) Zona De Preservação Permanente (ZPP) 33

TERRENO

Lote Rio Fortaleza

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O lote de 33.588,69 m², com característica quase retangular, apresenta um topografia pouco acentuada, mas presente. Tendo um caimento mais acentuado ao longo da estrada geral da linha Macuco, de inclinando até o centro do lote, onde apresenta uma nivelamento. Esse nivelamento é responsável por uma escoamento restrito da água, formando um solo encharcado no local (21). O lote termina decaindo para o Rio Fortaleza, onde novamente apresenta uma topografia mais acidentada, podendo ser visualizado nos corte A-A’ e B-B’. No sentido transversal, apresenta pouca oscilação, pendendo pouco para o norte, onde se tem um açude no lote vizinho, podendo ser visualisado no corte C-C’. O artigo 4º da Lei nº 12.727, DE 17 de Novembro de 2012, (BRASIL, 2012) avalia que área de acumulação, natural ou artificial, tendo menos de um hectare, não necessitam de faixa de proteção permanente, sendo o lago artificial (23) vizinho, menor que o máximo permitido. 315m 310m 305m 300m

315m 310m 305m 300m

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CORTE B-B’ Fonte: Autoria própria (2019)

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Fonte: PREFEITURA DE SÃO JOÃO DO OESTE (2019) Editado pelo autor.

LEGENDA Trajeto do sol Curvas de nível Lote Água Árvores porte grande Vegetação rasteira Foto Estrada principal B

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ANOITECER

pode ser usada para trilhas e passarelas, utilizando no máximo 5% de sua área. Outro posto de vegetação baixa é próximo à divisa do lote com um açude do área vizinha.

29 5m 29 0m 29 5m 30 0m

preservação já existe uma vegetação de grande porte (22), na qual vem diminuindo aos poucos para dentro do lote, de forma mais rasteira, formando uma área de transição. Essa área de APP,

29

O terreno apresenta vária condicionantes físicas, sendo analisados a insolação, ventilação, topografia, vegetação, entre outros aspectos. O lote apresenta uma boa insolação, sendo que o sentido do sol segue longitudinalmente o lote. Já os ventos predominantes no inverno são do Sudeste, e no Verão são Noroeste. O lote faz divisa com o rio Fortaleza, que apresenta uma faixa de Preservação Permanente (APP). Sendo o rio de porte menor que 10m, onde o artigo 4º da Lei nº 12.651, DE 25 de Maio de 2012, (BRASIL, 2012) se encaixando em uma área de APP de 30 metros ao longo do rio. Nessa faixa de

CORTE C-C’ 0 10

100

315m 310m 305m 300m 295m

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305m 300m

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21 Fonte: Autoria própria (2019)

22

Fonte: Autoria própria (2019)

23

TERRENO

34


ESPAÇOS E ATIVIDADES Para desenvolvimento da proposta, busca-se apresentar de forma coerente e adequada, o programa de necessidades, da qual é baseado nos requisitos mínimos de ambientes e espaços da RDC nº 283, DE 26 de setembro de 2005, para que se possa desenvolver um instituição de acomode de forma confortável os idosos, mas também elabore ambientes de convívio com as crianças. Assim haverá espaços destinados exclusivamente para os idosos, espaços interativos com crianças, sendo eles salas de convívio planejadas e também área de convívio espontâneos, como playground de equipamentos diferenciados. Locais para os idosos receberem visitas será proporcionado, para que ele possa tornar a instituição o mais próximo de um lar. Não haverá academia ou espaço ecumênico dentro da ILPI, para o idoso interaja na sociedade, indo à igreja, praça e poliesportivo que ficam próximos ao lote. Outro fator de moradia será fornecer diferentes padrões de dormitório ou apartamento, possibilitando famílias morarem juntos, terem um lar independente, ou apenas um dormitório individual ou coletivo. Assim elaborou as atividades em cinco setores, onde se tem setor administrativo, apoio e infraestrutura, saúde, refeições, lazer/esporte/cultura (dividida em convivência e permanência para dar privacidade aos idosos) e setor de hospedagem, onde estes, quando unidos, atendem a todas necessidades dos usuários. 35

DIRETRIZES PROJETUAIS

A) SUBSISTEMAADMINISTRATIVO Ÿ Recepção; Ÿ Secretaria e Tesouraria; Ÿ Gerência; Ÿ Sanitários. B) SUBSISTEMA DE APOIO E INFRAESTRUTURA Ÿ Estacionamento descoberto para funcionários e moradores; Ÿ Pátio de carga e descarga; Ÿ Depósito de material de jardinagem; Ÿ Almoxarifado; Ÿ Depósito de material de limpeza (DML); Ÿ Lavanderia/ rouparia; Ÿ Reservatório superior e inferior; Ÿ Central de GLP; Ÿ Depósito de lixo; Ÿ Copa; Ÿ Área de descanso para funcionários; Ÿ Sanitários/vestiários de funcionários. C) SUBSISTEMA DE SAÚDE Ÿ Sala de fisioterapia; Ÿ Enfermaria; Ÿ Consultório psicológico; Ÿ Farmácia Ÿ Ambulatório Ÿ Sanitários D) SUBSISTEMA DE REFEIÇÕES Ÿ Copa/cozinha; Ÿ Refeitório; Ÿ Sala de nutricionista; Ÿ Bar/café. E) SUBSISTEMA DE LAZER/ESPORTE/CULTURA Convivência Ÿ Sala de TV; Ÿ Midiateca (brinquedoteca, espaço de conto de histórias); Ÿ Espaço multiuso para danças, palestras, apresentações, música e afins; Ÿ Sala para jogos de mesa; Ÿ Áreas de estar ao ar livre; Ÿ Pomar; Ÿ Parque (Lago, Pista de caminhada, Trilhas); Ÿ Playground (equipamento para idosos e crianças). Permanência Ÿ Sala de TV; Ÿ Sala para jogos de mesa, crochê e Artesanato; Ÿ Horta; Ÿ Espaços gramados e paisagismo sensorial; Ÿ Sala de crochê e Artesanato. F) SUBSISTEMA DE HOSPEDAGEM Ÿ 20 dormitórios individuais para idosos com grau de dependência 3,2 e 1 Ÿ 20 dormitórios duplos (layout adaptável para família) para idosos com grau de dependência 2 e 1. Ÿ 10 apartamentos com dormitório de cama solteiro ou um cama de casal (layout adaptável para família) para idosos com grau de dependência 1.


PROGRAMA DE NECESSIDADES A partir do levantamento das atividades, elaborou-se o pré-dimensionamento mínimo do programa de necessidades de cada cômodo, presente na proposta do anteprojeto. Na qual se levou em conta o número de usuários e a mobília presente no espaço, além das áreas aconselhadas pela RDC nº 283, DE 26 de setembro de 2005, para a definição das metragens mínimas. Sua coloração na tabela facilita a localização no organograma e setorização dos ambientes.

SUBSISTEMA ADMINISTRATIVO AMBIENTE

TIPO DE USUÁRIO

NÚMERO DE USUÁRIOS

Recepção

Funcionários e visita

1

Secretaria e Tesouraria

Funcionários

1

Gerência

Funcionários

1

Sanitários

Funcionários

1

MOBILIÁRIO/ EQUIPAMENTOS Balcão, poltronas, cadeiras, telefone, computador, bebedouro. Mesa, cadeiras, telefone, computador, impressora, armário Mesa, cadeiras, telefone, computador, armário, mesa de reuniões

ÁREA (m²)

Bacia sanitária, lavatório

3,60

SUBTOTAL

10,00

10,00

15,00

38,60 Fonte: Brasil (2005), adaptado pelo autor.

SUBSISTEMA DE APOIO E INFRAESTRUTURA AMBIENTE

TIPO DE USUÁRIO

NÚMERO DE USUÁRIOS

MOBILIÁRIO/ EQUIPAMENTOS

ÁREA (m²)

Estacionamento descoberto para funcionários e moradores

Funcionários e frequentadores

50

vagas de estacionamento decoberto

12,00 x 50= 600

Pátio de carga e descarga

Funcionários

-

-

-

10,00

Depósito de material de jardinagem

Funcionários e frequentadores (idosos)

-

Armários, Cortadores de grama, mangueiras, vassouras, materiais de jardinagem

Almoxarifado

Funcionários

-

Prateleiras, armários

10,00

Depósito de material de limpeza (DML)

Funcionários

-

Prateleiras, armários, tanque

10,00

Lavanderia/ rouparia

Funcionários

4

Máquinas de lavar, secar, passar, tanque, armário

12,00

Funcionários

-

Caixas de água

-

Funcionários Funcionários

-

5,00 10,00

Copa

Funcionários

2

Gás Lixo Bancada, microondas, geladeira

Área de descanso para funcionários

Funcionários

12

Sofás, poltronas, estante e televisão

20,00

12

Lavatórios, bacias sanitárias, chuveiro e armário para guarda de pertences

3,6 x 2= 7,20 0,5 x 12=6,00 =13,20

Reservatório superior e inferior Central de GLP Depósito de lixo

Sanitários/vestiários de funcionários SUBTOTAL

Funcionários

10,00

700,20 Fonte: Brasil (2005), adaptado pelo autor. DIRETRIZES PROJETUAIS

36


SUBSISTEMA DE SAÚDE AMBIENTE

TIPO DE USUÁRIO

NÚMERO DE USUÁRIOS

Sala de fisioterapia e reabilitação

Funcionários e paciente

1

MOBILIÁRIO/ EQUIPAMENTOS Equipamento de fisioterapia, colchões, macas, cadeiras, mesa, lavatório

ÁREA (m²) 30,00

Enfermaria

Funcionários e paciente

1

Macas, materiais de atendimento hospitalar, cortina para privacidade, mesa, armário, lavatório

Consultório psicológico

Funcionários e paciente

1

Mesa, cadeiras, poltronas, lavatório

10,00

farmácia

Funcionários e paciente

1

Mesa, cadeiras, prateleiras, armários

10,00

Ambulatório

Funcionários e paciente

1

Mesa, cadeiras, maca, lavatório

12,00

Sanitários (acessível) feminino

Funcionários e paciente

1

Bacia sanitária, lavatório

10,00

Sanitários (acessível) mascolino

Funcionários e paciente

1

Bacia sanitária, lavatório

10,00

SUBTOTAL

12,00

94,00 Fonte: Brasil (2005), adaptado pelo autor.

SUBSISTEMA DE HOSPEDAGEM AMBIENTE

TIPO DE USUÁRIO

NÚMERO DE USUÁRIOS

MOBILIÁRIO/ EQUIPAMENTOS

ÁREA (m²)

20 dormitórios individuais para idosos com grau de dependência 3,2 e 1

frequentadores (idosos)

20

1 cama, guarda-roupas, escrivaninhas, TV, cadeira

7,50 x 20 = 150

Banheiro acessível (chuveiro, lavatório, bacia sanitária)

3,6 x 20= 72

2 camas solteiro ou 1 cama casal, guarda-roupas, escrivaninhas, TV, cadeira, cadeira.

330,00

Banheiro acessível (chuveiro, lavatório, bacia sanitária)

108,00

Residência completa- sala (TV, sofá) – dormitório (cama, TV, escrivaninha, guarda-roupas) – cozinha (geladeira, mesa, cadeiras, pia, micro-ondas, forno, fogão) – lavanderia (máquina, tanque, secadora) – banheiro ( bacia sanitária, lavatório, chuveiro) - varanda

36,00 x 20= 720

20 dormitórios duplos (layout adaptável para família) para idosos com grau de dependência 2 e 1.

10 apartamentos com dormitórios cama solteiro ou com cama de casal (layout adaptável para família) para idosos com grau de dependência 1.

SUBTOTAL

frequentadores (idosos)

frequentadores e visita (idosos)

40

20

1380,00 Fonte: Brasil (2005), adaptado pelo autor.

37

DIRETRIZES PROJETUAIS


SUBSISTEMA DE LAZER/ ESPORTE E CULTURA AMBIENTE

TIPO DE USUÁRIO

NÚMERO DE USUÁRIOS

MOBILIÁRIO/ EQUIPAMENTOS

ÁREA (m²)

Sala de TV 1

frequentadores (idosos e crianças)

15

TV, sofás, almofadas para sentar no chão

15,00

Sala de TV 2

frequentadores (idosos)

15

TV, sofás

15,00

Midiateca

frequentadores (idosos e crianças)

15

Computadores, balcão, poltronas, prateleiras de livros, mesas com cadeiras

15,00

Espaço multiuso para danças, música, apresentações e afins

frequentadores (idosos e crianças)

125

Palco, cadeiras e mesas empilháveis, sonorização.

125 x 1,3= 162,50

Sala para jogos de mesa 1

frequentadores (idosos e crianças)

25

Mesas, cadeiras, armários

25,00

Sala para jogos de mesa 2

frequentadores (idosos)

25

Mesas, cadeiras, armários

25,00

Sala de crochê e artesanato

frequentadores (idosos)

15

Mesas, cadeiras, armários

1,30 x 15= 19,50

Áreas de estar ao ar livre

frequentadores e visita (idosos e crianças)

-

Bancos e mesas

100,00

Espaços gramados e paisagismo sensorial

frequentadores (idosos)

-

Bancos

-

Horta

frequentadores (idosos)

-

Canteiros

-

Pomar

frequentadores (idosos)

-

-

-

Parque (Lago, Pista de caminhada, Trilhas)

frequentadores (idosos e crianças) e visita

-

-

-

Playground (equipamento para idosos e crianças).

frequentadores (idosos e crianças)

25

escoregador, balanço para idosos e crianças, e diversos brinquedos interativos

30

SUBTOTAL

407,00 Fonte: Brasil (2005), adaptado pelo autor.

SUBSISTEMA DE REFEIÇÕES AMBIENTE

TIPO DE USUÁRIO

NÚMERO DE USUÁRIOS

Copa/cozinha

Funcionários

5

Refeitório

Sala de nutricionista Despensa Bar/café SUBTOTAL

Funcionários e frequentadores (idosos e crianças) Funcionários e frequentadores (idosos e crianças) Funcionários Funcionários (idosos), frequentadores e visita

MOBILIÁRIO/ EQUIPAMENTOS Limpeza, armazenamento, manutenção, fogões, fornos, bancadas, geladeiras, câmara fria, local para lixo temporário

ÁREA (m²)

-

105

Mesas, cadeiras, balcão de buffet, higienização de mãos

105,00

1

Mesa, cadeiras, computador, armário

10,00

-

Armários e prateleiras

-

15

Balcão, cadeira, caixa, cadeiras para café.

20,00 135,00

Fonte: Brasil (2005), adaptado pelo autor. DIRETRIZES PROJETUAIS

38


Para a edificação atender aos requisitos mínimos de vivência e conforto para os usuário, a ILPI deve ter no mínimo 2774,80m², além das área sem definição de espaço mínimo, mas que serão dimensionados com total atenção para funcionalidade do empreendimento.

SUBSISTEMA DE HOSPEDAGEM

SUBSISTEMA ADMINISTRATIVO 38,60m²

1380,00m² ÁREA MÍNIMA TOTAL DA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANENCIA PARA IDOSOS 2774,80m²

SUBSISTEMA DE APOIO E INFRAESTRUTURA 700,20m² SUBSISTEMA DE SAÚDE 94,00m²

SUBSISTEMA DE LAZER/ ESPORTE E CULTURA 407,00m² SUBSISTEMA DE REFEIÇÕES 155,00m²

Desta forma, através da área resultante gerada a partir do pré-dimensionamento mínimo, compreende-se que o centro cultural não deverá possuir uma área inferior a 1.731,60 m². Será necessário fazer um dimensionamento coerente com as necessidades de cada ambiente, proporcionando uma maior integração e aproveitamento dos espaços. ACESSO PRINCIPAL

ACESSO DE SERVIÇOS/ AUTOMÓVEIS

ÁREAS DE ESTAR AO AR LIVRE SALA DE FISIOTERAPIA E REABILITAÇÃO

DECK/CAFÉ

RECEPÇÃO SECRETARIA/TEROURARIA

DEPÓSITO

GERÊNCIA

COPA/COZINHA

SANITÁRIOS

REFEITÓRIO

ENFERMARIA CONSULTÓRIO PSICOLÓGICO FARMÁCIA

PÁTIO COBERTO

AMBULATÓRIO SANITÁRIOS

SALA DE TV 1 MIDIATECA

DORMITÓRIOS INDIVIDUAIS DORMITÓRIOS DUPLOS

ESPAÇO MULTIUSO SALA JOGOS DE MESA 1

SALA DE TV 2

POMAR

SALA JOGOS DE MESA 2 RESERVATÓRIO

SALA DE CROCHÊ E ARTESANATO

DIRETRIZES PROJETUAIS

CENTRAL DE GLP DEPÓSITO DE LIXO

HORTA

39

DEPÓSITO DE MATERIAL DE JARDINAGEM

LAVANDERIA/ROUPARIA

ESPAÇOS DE GRAMADO E PAISAGISMO SENSORIAL

Fonte: Elaborado pelo autor.

DOCA (CARGA/DESCARGA)

DML

PLAYGROUND

LEGENDA Frequentadores (idosos) Visitantes Frequentadores (crianças) Funcionários

SALA DE NUTRICIONISTA

ALMOXARIFADO APARTAMENTOS

PARQUE

ESTACIONAMENTO

COPA ÁREA DE DESCANSO DOS FUNCIONÁRIOS SANITÁRIO/VESTIÁRIO DE FUNCIONÁRIOS


CONSIDERAÇÕES

FINAIS O presente trabalho teve como objetivo geral desenvolver um anteprojeto arquitetônico de uma ILPI, com relações de intergeracionalidade de crianças da pré-escola. Para atingir o objetivo proposto o trabalho classificou-se como estudo de caso, já em relação ao objetivo o estudo é exploratório com pesquisas bibliográficas de campo e quanto à abordagem o estudo é qualitativo. Para atingir os objetivos propostos, o trabalho realizou levantamentos bibliográficos de forma a compreender o processo de envelhecimento e sua ligação com instituições de cuidado a idosos. Posteriormente se verificou as legislações Brasileiras pertinentes ao tema, para atender os requisitos legais de uma ILPI. Outro fator estudado foi a legalidade e benefícios de integrar esses idosos com as crianças, desenvolvendo a intergeracionalidade da população local e compreendendo os benefícios dessa atividade para todos os envolvidos. Foi elaborado um levantamento de público alvo a ser abrangido, sendo feitos estudos de caso para compreender o funcionamento de uma ILPI, levantando um terreno e criando diretrizes projetuais, como pré-requisito para criação de um anteprojeto arquitetônico de uma instituição para idosos, que será desenvolvida na próxima fase. Foram encontradas algumas limitações nesse trabalho, a dificuldade de acesso a informações e dados específicos sobre a interação do idosos com a criança. Um ambiente propícios, bem como variação de equipamentos adequados para um convívio planejado e espontâneo também são assuntos pouco abordadas em pesquisas, sendo sugerida uma abordagem dos mesmos em futuros estudos. CONSIDERAÇÕES FINAIS

40


ARCHDAILY. Lar para idosos / Dominique Coulon & associés. ArchDaily Brasil: 2016. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/796940/lar-para-idosos-dominique-coulon-and-associes>. Acesso em: mai. 2019. BARRETO, M. S. L.; FRANÇA, L. H. F. P.; SILVA, A. M. T. B. Programas intergeracionais: quão relevantes eles podem ser para a sociedade brasileira?. Rev. bras. geriatr. gerontol., Rio de Janeiro , v. 13, n. 3, p. 519-531, 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-98232010000300017&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: mar./Abr. 2019. BENEDETTI, T. R. B.; MAZO, G. Z.; MEURER, S. T. Aspectos da autoimagem e autoestima de idosos ativos. Motriz, Rio Claro, v.15, n.4, p.788-796, 2009. Disponível em: http://bases.bireme.br/cgibin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=LILACS&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=550 036&indexSearch=ID>. Acesso em: Abr. 2019. BORGES, C. C.; MAGALHÃES, A. S. Laços intergeracionais no contexto contemporâneo. Estudos de Psicologia, Rio de Janeiro, v.16, n.2, p.171-177, 2011. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/epsic/v16n2/v16n2a08>. Acesso em: mar./Abr. 2019. BRASIL. Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências. Brasília, 2005. <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.741.htm>. Acesso em: Mar. 2019. BRASIL. LEI Nº 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012. BRASÍLIA. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12651.htm>. Acesso em: mai. 2019. BRASIL. Lei nº 12.727, DE 17 de Novembro de 2012. BRASÍLIA. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm>. Acesso em: mai. 2019. BRASIL. Ministério da edificação. Cei Jesus Menino. QEDU: 2019. Disponível em:<https://www.qedu.org.br/escola/221489cei-jesus-menino/sobre>. Acesso em: mai. 2019. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Diário Oficial da União nº 186, de 27 de setembro de 2005. Resolução da Diretoria Colegiada nº 283, de 26 de setembro de 2005. Brasília, 2005. Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/1989/prt0810_22_09_1989.html>. Acesso em: mar./abr. 2019. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n. 810, de 22 de setembro de 1989. Dispõe sobre normas para o funcionamento de casas de repouso, clínicas geriátricas e outras instituições destinadas ao atendimento de idosos. Brasília; 1989. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/1989/prt0810_22_09_1989.html >. Acesso em: Mar. 2019. BRASIL. Ministério da cidadania. Secretaria Especial do Desenvolvimento Social. Convivência e Fortalecimento de Vínculos. 2015. Disponível em: http://mds.gov.br/assistencia-social-suas/servicos-e-programas/servicos-de-convivencia-efortalecimento-de-vinculos. Acesso em: Mar. 2019. BRITO, T. R. P.; COSTA, R. S.; LUCHESI, B. M.; PAVARINI, S. C. Suporte social e contato intergeracional: estudando idosos com a l t e r a ç õ e s c o g n i t i v a s . R e v. E l e t r. E n f . G o i â n i a , v. 1 7 , n . 3 , 2 0 1 5 . D i s p o n í v e l em:<https://www.fen.ufg.br/revista/v17/n3/pdf/v17n3a06.pdf>. Acesso em: mar./Abr. 2019. CACHIONI, M.; NERI, A. L.; TARALLO, R. S. Atitudes de idosos e de profissionais em relação a trocas intergeracionais. Rev. b r a s . g e r i a t r. g e r o n t o l . R i o d e J a n e i r o , v. 2 0 , n . 3 , p . 4 2 1 - 4 2 9 , 2 0 1 7 . D i s p o n í v e l e m : <http://www.scielo.br/pdf/rbgg/v20n3/pt_1809-9823-rbgg-20-03-00421.pdf>. Acesso em: mar./Abr. 2019. COMIN, F. S.; SANTOS, M. A.; SILVA, J. D. A. Idosos em instituições de longa permanência: desenvolvimento, condições de vida e s a ú d e . P s i c o l . R e fl e x . C r i t . , P o r t o A l e g r e , v. 2 6 , n . 4 , p . 8 2 0 - 8 3 0 , 2 0 1 3 . D i s p o n í v e l e m : <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-79722013000400023&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: mar./Abr. 2019. 41

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BIBLIOGRÁFICAS

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REFERÊNCIAS

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COSTA, A. A.; JÚNIOR, M. C. S.; SILVA, I. C. C. S. O conceito intergeracional: a viabilidade de sua aplicação nos espaços para convivência entre idosos e crianças. In: III SEMINÁRIO CIENTÍFICO DA FACIG (9-10 nov. 2017). Anais...Manhaçu, MG: Revista Pensar Acadêmico, 2017. Disponível em: <http://pensaracademico.facig.edu.br/index.php/semiariocientifico/article/view/471>. Acesso em: mar./abr. 2019. COULON, D. Home for dependent elderly people and nursing home. Dominique Coulon & Associés: 2015. Disponível em: <http://coulon-architecte.fr/projet/577/orbec>. Acesso em: mai. 2019. FERRÃO, A. M. A. Arquitetura Rural e o espaço não-urbano. Revista Labor & Engenho, Campinas, v.1, n.1, p. 89-112, 2007. Disponível em: <https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/labore/article/viewFile/233/1716?fbclid=IwAR2cBS8gcmWvT34lKqnJKQvjDJSupknTT0_eZY9d9uxmPPiC0cZfasKLpU>. Acesso em: mar./Abr. 2019. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Resultados do Universo do Censo Demográfico 2010. São João do Oeste, 2010. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sc/sao-joao-do-oeste/panorama>. Acesso em: mar. 2019. PANEIRO, J.; ZELNIK, M. Dimensionamento humano para espaços interiores: um livro de consulta e referência para projetos. 1.ed. São Paulo: Editora Gustavo Gili, 2014. PEDROSO, E. S. R.; SANTANA, E. P. Instituições de longa permanência para idosos: a pessoa e o ambiente construído, disparidade, afetividade e acessibilidade. In: CONGRESSO INTERNACIONAL ENVELHECIMENTO HUMANO (CIEM). Anais... Rio de J a n e i r o : E d i t o r a R e a l i z e , v. 2 , n . 1 , 2 0 1 5 . D i s p o n í v e l e m : <http://www.editorarealize.com.br/revistas/cieh/trabalhos/TRABALHO_EV040_MD2_SA10_ID2638_31072015143835.pdf>. Acesso em: mar./Abr. 2019. PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DO OESTE. Dados Históricos do Município. 2017. Disponível em: <https://www.saojoao.sc.gov.br/cms/pagina/ver/codMapaItem/9656>. Acesso em: mai. 2019. PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DO OESTE. Dados Históricos do Município. 2017. Disponível em: <https://www.saojoao.sc.gov.br/cms/pagina/ver/codMapaItem/9656>. Acesso em: mai. 2019. PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DO OESTE. Lei Complementar Nº019/12, De 18/12/2012.Plano Diretor. SCHÖTTLER, B. Jogos de movimento para 3ª idade: inclui atividades para grupos de ginastica em cadeira. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2018. SEHNEM, A.; SEHNEM, S. Indicadores sobre o envelhecimento na região de abrangência de 3 secretarias de desenvolvimento regional do extremo oeste catarinense. In: VII SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE DESENVOLVIMENTO REGIONAL (9-11 set. 2015). Anais...Santa Cruz do Sul: Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), 2015. Disponível em: <http://online.unisc.br/acadnet/anais/index.php/sidr/article/view/13370/2536>. Acesso em: mar./Abr. 2019.

Fonte: G. RIBEIRO (2018)

WISSOUNIG, D. W. Senioren Und Pflegewohnhaus Loeben. Dietger Wissounig Architekten. 2016. Disponível em: <h p://www.wissounig.com/projects/sozialzentrum-leoben-goss>. Acesso em: mai. 2019.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

42


Fonte: Paul Ott (2016) 1231231231212213213123123123


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