HISTÓRIA DE VIDA
veracidade
MERCADO DE TRABALHO Veja como está hoje em dia - Pag 3
Matéria Completa Pag 8
Inclusão Social para deficientes
Já pensou em ter que andar sobre duas rodas e sentado? Parece simples não é? Até porque bicicletas e carros estão ai para isso. Agora, imagine que você não tem mais o movimento das pernas e não pode levantar de forma alguma. Complicou né? Agora imagine fazer isso em um local onde o acesso é ruim e ninguém procura melhorar. Ou melhor, onde as pessoas fazem “vista grossa” para os problemas que ocorrem no meio delas (...) Continua Pag 4 e 5
Editorial Fala Galera! Aqui vai mais uma edição do “veracidade”. E preciso confessar, fico com um frio na barriga a cada publicação que fica pronta. Junto com o Informativo vem a preocupação de saber se você, leitor, vai gostar ou não. Se fizemos tudo direitinho. Se falta alguma coisa. Sabe como é né? Cada edição tem uma novidade, uma matéria especial, um assunto novo. E como estamos sempre arriscando, não sabemos como os leitores vão reagir. Entretanto, preparamos essa edição com tanto carinho que eu acho que vai ser impossível não amar. E não é me achando não. É porque dessa vez as matérias estão ainda mais interessantes. Só pra você ver, nas outras edições, só vinha uma entrevista. Nessa, resolvemos modificar e veio duas. Uma melhor que a outra. Trouxemos pra vocês, uma história de vida emocionante. Carlos Guerreiro, deficiente visual, conta pra gente sua tragetória de vida, prova que não é guerreiro só no nome e mostra que não há dificuldade que não possa ser superada. Fora isso, tem matéria sobre nossa cidade, sobre o mercado de trabalho para os deficientes e também a respeito do preconceito, que por mais que digamos que não existe, sabemos que ainda permanece na cabeça de muitas pessoas. Reconheço que não foi nada fácil preparar essa edição. Mas minha equipe foi maravilhosa, como sempre, e assim como eu, eles também preparam tudo com muito carinho. E espero que, tal como eu, vocês também gostem do resultado. Beijos de luz e até a próxima. Elissandra Sales e Isabela Castro
Pra Descontrair...
Expediente
Edição n 01 Coordenação Editorial: Elissandra Sales e Isabela Castro Criação e Arte: Isabela Castro fotografia: Elissandra sales Jornalistas: Isabela Castro Agradecimentos: Carlos Guerreiro, Diego moraes, Eugênio Furtado, Claudemir Duarte, Ana Célia
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Mercado de Trabalho: veja a realidade para deficientes Antigamente, para um deficiente, seja ele físico ou visual, conquistar um lugar no mercado de trabalho era custoso. As empresas não queriam arriscar, contratando pessoas desse tipo, pois para elas, indivíduos assim, não tinham capacidade de ingressar em uma profissão. Porém, essa realidade mudou. Aprovada em 2004, a Lei da Inclusão Social, obriga as empresas com mais de cem funcionários, a ocupar de 2% a 5% das vagas com deficientes. Porém, apesar da lei aprovada, os deficientes encontram algumas dificuldades. Dentre os principais obstáculos que os deficientes enfrentam, estão o preconceito por parte dos colegas de trabalho, a necessária adaptação do ambiente de trabalho, como rampas e alargamentos de portas, e a dificuldade de comunicação com pessoas cegas e surdas. Mesmo com as dificuldades, a contratação de pessoas com algum tipo de deficiência, aumentou consideravelmente depois que a lei foi aprovada. Algumas empresas de grande porte, receberam uma advertência pela não contratação. Isso só foi percebido por causa da fiscalização do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego). Com a fiscalização, segundo o site “administradores.com”, no primeiro trimestre de 2007, o MTE registrou 4.151 deficientes inseridos no Foto: Imagens Google
mercado de trabalho. Hoje em dia, o que se busca, não é somente inserir deficientes dentro de empresas, e sim, que essas firmas, tenham melhorias de inclusão para que elas possam receber qualquer pessoa para prestar os serviços que a empresa dispõe. Entretanto, mesmo que com o tempo, tenha ocorrido uma melhoria para quem busca um emprego e possui algum tipo de deficiência, muitos profissionais desistem de buscar uma vaga no mercado de trabalho. Outro motivo para que essa exclusão aconteça, é a falta de qualificação. A lei dispõe da possibilidade de inclusão deles no negócio, porém não pode levar em conta as limitações que podem ocorrer. Muitos deles, querem e podem trabalhar, e a valorização deles tem sido cada vez maior, porém poucos tem uma formação adequada. Portanto, podemos observar, que ocorreu um grande avanço na inclusão de pessoas portadoras de algum tipo de deficiência no comércio, entretanto, apesar dessa conquista, falta qualificação profissional dessas pessoas. É necessário que além da disposição das empresas contratarem um profissional com deficiência, seria fundamental que o governo disponibilizasse cursos profissionalizantes para pessoas com impossibilidade de locomoção ou afins. Com isso, essas pessoas não sentiriam que a sociedade está excluindo elas e seriam capacitadas para terem um futuro promissor. Isabela Castro
Preconceito com deficientes: NÃO entre nessa! Em um mundo cheio de incertezas, o homem está sempre em busca de sua identidade e almeja se integrar à sociedade na qual está inserido. Há, no entanto, muitas barreiras para aqueles que são portadores de deficiência, e uma delas, é o preconceito. Você sabe o que significa “preconceito”? “Pré” significa “antes” e “conceito” signifca “pensar, julgar”, ou seja, é o julgamento sem conhecer. Como a sociedade pode julgar alguém sem antes saber como essa pessoa é? Por mais que as pessoas hoje em dia, digam que estão em um mundo atualizado, que pregam a inclusão social para com eles e que o preconceito já foi superado, não é bem assim que acontece. Deficientes fisicos, visuais e mentais muitas vezes são vítimas de preconceito e discriminaç3ão. Costumam não ter o mesmo tipo de tratamento que as outras pessoas, pois a deficiência é vista apenas como limitação ou incapacidade. Porém, não é bem assim. Pessoas com algum tipo de deficiência também tem capacidade de se integrar na sociedade de forma digna e honrada. Todos eles tem possibilidade de estudar, trabalhar, construir família e afins. Não é a deficiência que fará essa realidade ser diferente. Portanto, não seja preconceituoso. Conheça a pessoa antes de tirar conclusões precipitadas. Não é a deficiência que faz a dignidade da pessoa. Somos todos iguais em um mundo diferente. Compartilhe essa ideia e, assim, o mundo ficará melhor. Elissandra Sales
Foto: Imagens Google 3
Fortaleza: uma cidade (im)perfeita Já pensou em ter que andar sobre duas rodas e sentado? Parece simples não é? Até porque bicicletas e carros estão ai para isso. Agora, imagine que você não tem mais o movimento das pernas e não pode levantar de forma alguma. Complicou né? Agora imagine fazer isso em um local onde o acesso é ruim e ninguém procura melhorar. Ou melhor, onde as pessoas fazem “vista grossa” para os problemas que ocorrem no meio delas. 4
Cadeirantes e pessoas que usam muletas sentem uma dificuldade enorme em circular pelos terminais de Fortaleza. Seja pelo desnível das plataformas, ou por algum obstáculo que eles encontram no meio do caminho (como as formações das filas), o trajeto a cada dia tornase mais complicado. E não é só dentro do terminal. O desafio começa antes mesmo de entrar. No terminal da Messejana por exemplo, não há rampa para os cadeirantes que entram pelo lado das catracas, tem apenas uma porta que, caso algum deficiente solicite, pode ser destrancada para que o mesmo possa passar, porém são espaços estreitos, que dificultam a passagem. As calçadas são quebradas e na maioria dos terminais estão em péssimo estado de conservação, fazendo assim, usuários de cadeira de rodas, passarem com insegurança. Além disso, a falta de sinalização para pessoas com deficiência, como indicação ao acesso as rampas e plataformas, banheiros e linhas adaptadas, dificultam a circulação de deficientes nos terminais. Fora isso, as linhas que operam com veículos adaptados (elevadores) não tem nenhum diferencial quanto à informação (comunicação visual) exceto pelo adesivo com o símbolo de acessibilidade colocado nos veículos, e, a demanda não é suficiente, como por exemplo, para os cadeirantes. Os poucos veículos que dispõem de rampas e elevadores não contribuem para que essas pessoas garantam o seu direito de ir e vir como qualquer cidadão ou cidadã; Os motoristas e cobradores, na maioria das vezes, mal sabem manusear os elevadores e assim, a espera é longa para continuar o trajeto. Fora isso, prevalece na nossa capital, motoristas de ônibus que ao ver que há um cadeirante para pegar o transporte público, “queimam”
a parada e não param para o usuário subir, fazendo com o que o mesmo espere por horas para chegar ao local desejado. Para completar, os funcionários que trabalham nos terminais para auxiliar as pessoas não sabem informar o horário que os ônibus adaptados irão passar, sendo assim, a espera torna-se ainda maior. O mesmo ocorre para as ruas. Não só aqui em Fortaleza, em todos os estados, de acordo com uma pesquisa do IBGE, nenhuma cidade tem todas as ruas com benefícios para os deficientes. Na mesma pesquisa, é informado que apenas Porto Alegre é a única que supera e que possui rampa para cadeirantes em um dos lados do quarteirão. E para surpreender, o município que menos tem se preocupado, é Fortaleza. Apenas 1,6% da cidade é adaptada. De que adianta ter, por exemplo, um banco com rampas e elevadores acessíveis, se as calçadas, que são a principal forma de acesso a esses locais e aos meios de transporte, são inacessíveis? O que quero dizer, é que nossos passeios públicos deveriam facilitar a locomoção dos pedestres e possibilitar que as pessoas com deficiência encontrasse menos ou nenhuma dificuldade para chegar até o local desejado, como por exemplo, cinemas, shoppings, supermercados, igrejas e centros comerciais. Como podem ver, são locais comuns e que podem ser frequentados por qualquer pessoa, porém, com a falta de acessibilidade, fica quase impossível para as pessoas sem condições ou com dificuldade de locomoção, fazendo com que essas pessoas isolem-se da sociedade. Por mais que estejamos em pleno século XXI, parece que as pessoas não tomaram consciência de que pessoas com deficiência são pessoas normais e que têm os mesmos direitos que os outros cidadãos. Infelizmente, a realidade é essa e essas pessoas são ignoradas pela falta de humanização da população. Se mudássemos
nossa visão, a prática seria diferente. É preciso a conscientização imediata da população e dos nossos governantes, pois existem leis já sancionadas e que como podemos ver, não são cumpridas, pois os deficientes também tem direito de viver com dignidade. Pense, todos nós estamos sujeitos a acidentes. Um dia, isso pode ocorrer com você. Por fim, locomover-se pelos terminais e ruas do nosso país, usando uma cadeira de rodas é um teste de paciência e de habilidade. Isabela Castro
Foto: Elissandra Sales
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Autismo: Um mundo obscuro e conturbado Foto: Imagens Google
Na TV passa o tempo inteiro. É retratado de forma aberta na novela das 21 horas. Linda, a personagem da novela “Amor á vida”, interpretada pela atriz Bruna Linzmeyer, é uma jovem autista, que mostra que pessoas com essa doença são perfeitamente normais. Porém, com tantas pessoas leigas, resolvi abranger mais sobre o assunto. Autismo, o que é isso? Autismo é um transtorno global do desenvolvimento marcado por três características fundamentais: inexperiência para interagir socialmente, dificuldade em dominar a linguagem para se comunicar, padrão de comportamento restritivo e repetitivo. Geralmente, a pessoa que tem Autismo se isola dos outros. Isso ocorre porque o sentido da comunicação não é evidente para eles. Sabemos que falar não é somente passar informações, justamente por isso, durante a fala, alguns elementos importantes passam despercebidos, e é isso que retém o Autista e faz com que ele se afaste. É como se ele perguntasse o motivo pelo qual a outra pessoa está falando com ele e assim, diante da dificuldade de responder esse tipo de questionamento, ele pode se sentir invadido por um sentimento de estranho e angústia.
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As crianças com autismo tratam de fazer para si um lugar na vida, a partir de si mesmos e a partir de um objeto que pode ser qualquer um que escolham e que, de alguma maneira, as complete. Na verdade, as repetições que elas fazem, nada mais são que maneiras simbólicas de tentarem comunicar-se com o mundo, que para elas, é totalmente diferente do que elas vivem. Os Autistas devem ser tratados como pessoas normais, pela família e os amigos, que devem tentar entender sua forma de ser, ajudando-os com os diversos tratamentos da doença, que são basicamente psicologia, terapia ocupacional, escola e fisioterapia. Eles possuem diversas variações de inteligência, mas quanto a inclusão social, depende de uma serie de condições, principalmente da escola, dos profissionais e da sua capacidade. A maioria deles tenta e consegue, são inteligentes e se dão bem nas escolas próprias para crianças como eles, apesar de não conseguirem se socializar, pois não entendem o mundo humano e social. Muitas pessoas não com-
preendem e acham estranho o comportamento dos autistas, porém é importante inclui-los na sociedade, pois como foi dito, eles possuem dificuldades de fazê-lo. Há diversos meios deles se socializarem e as limitações devem ser respeitadas, pois os autistas têm dificuldades de lidar com mudanças, por menores que sejam. Eles devem ser estimulados a desenvolverem todas as atividades, sem descriminação. Isabela Castro
Foto: Imagens Google
com Claudemir Duarte de Farias 1. Qual a maior dificuldade que você enfrenta por ser cadeirante? De não poder frequentar qualquer ambiente por direito, principalmente restaurantes e bares. Os donos desses estabelecimentos não se concientizaram que estão vivendo um período de acessibilidade e que uma simples rampa não vai servir só para cadeirantes mas também para idosos. 2. O que você acha da acessibilidade que Fortaleza dispõe para deficientes? Acessibilidade em Fortaleza está regular, ainda tem que melhorar muito. Em uma pesquisa que fizeram, foi informado que o crescimento está de 20 a 30%, mas, acredito que vai melhorar bastante e que nossa capital e o Brasil ainda vão crescer muito. 3. Você acha que o mercado de trabalho está mais abrangente para pessoas com algum tipo de dificuldade para locomover-se ou a dificuldade ainda é grande para conseguir um emprego? Sim, há bastantes vagas no mercado, o que está faltando é capacitar essas pessoas com cursos profissionalizantes. Depois do incentivo do Governo Federal, que todas as empresas acima de 200 funcionários, terá que ter uma cota de 5%, melhorou muito. Podemos mostrar pra sociedade que somos capazes de exercer uma função dentro de uma empresa, sendo que antes as pessoas nem tinham conhecimento disso. 4. Você é usuário dos transportes públicos? Se sim, o que você tem a falar a respeito deles? Sim, sou. Na verdade, se comparar o momento de agora com o momento de alguns anos atrás, melhorou muito, mas tem que chegar a excelência. Ainda tem muitas linhas de bairros que só tem um ônibus adaptado e assim fica mais difícil porque eu preciso saber dos horários para que eu possa me adequar. 5. Você já nasceu com a deficiência ou ocorreu algum acidente? Se foi acidente, pode contar como aconteceu? Tive poliomielite aos 8 meses. 6. Já sofreu algum preconceito por ser cadeirante? Ainda não, mas saberia tirar “de letra” caso venha a acontecer comigo. 7. Você pratica algum esporte? Se sim, qual? Sim, jogo Basquete Adaptado a mais de 20 anos. 8. O que você acha que precisa ser melhorado, no geral, para ajudar vocês, cadeirantes? Precisa melhorar nossas cidades, que seja mais adaptada, os transportes também e que o Governo desse uma melhoria de vida melhor. 9. Você tem independência, sendo cadeirante? Sim, total. Isabela Castro Foto: Elissandra Sales
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Foto: Elissandra Sales
Carlos Guerreiro é o nome dele. Filho de agricultor, nascido numa cidade do interior. Hoje em dia é Massoterapeuta. E há sete anos viu sua vida mudar por completo. Devido há um acidente de trabalho, perdeu a visão. Na época, os médicos diziam que ele não sobreviveria. O acidente, que ocorreu enquanto ele amarrava uma espoleta em uma dinamite, o deixou deformado da cintura pra cima. O braço precisou ser amarrado para não cair, a garganta foi arrancada, o nariz ficou irreconhecível e os olhos foram arrancados na hora do acontecimento. Passou 29 dias em coma, a família foi desenganada pelos médicos, porém, após muitos procedimentos, ele saiu do coma e com 11 dias depois, ele recebeu alta. Todos na família sabiam que ele iria ficar deficiente visual mas ninguém queria contar. Ele recebeu a notícia pelo médico, antes de sair do hospital. Foi pra casa conformado, porque segundo ele, o importante é que ele estava vivo. Passou por 10 cirurgias plásticas, nunca precisou de psicólogo, não depende de remédio nenhum, anda de ônibus sozinho, e, apesar de tudo que passou, agradece a Deus sempre. Fez o Curso de Massoterapia, após o curso, estagiou na UNIFOR (Universidade de Fortaleza), passou três meses trabalhando de graça em um salão, recebendo às vezes, apenas gorjetas e depois, arrumou um ponto no Lago Jacarey, e hoje leva uma vida normal. E é com ele, que você confere a entrevista abaixo. 1. Algum cliente já se recusou ser atendido por você, por causa da sua deficiência? Já, já sim. Hoje é relativo. Existe muito preconceito e eu sinto na pele o preconceito que tem. Não sei o que passa na cabeça dessas pessoas, acho que é uma ignorância, acho que eles pensam que, por a gente ser deficiente, temos uma doença contagiosa, ou talvez seja só falta de informação mesmo. 2. Você acha que Fortaleza (e o Governo) contribui para a in-
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clusão de vocês na sociedade? Contribui sim. Hoje todo deficiente visual ele só pede esmola se quiser, porque o deficiente visual hoje é aposentado. Hoje se você vir um cego pedindo esmola na rua é porque ele quer mesmo ou então está mal informado. 3. Você acha que o mercado de trabalho “se fecha” para os deficientes visuais? Não se fecha não, de jeito nenhum. Se uma janela fechar, uma porta se abre. É assim, sabe? Hoje, muitos deficientes, fazem curso. Não é só eu, tenho colegas que fazem. Fiz um curso e pretendo fazer mais, existem muitas modalidades. 4. Quais são as suas
maiores dificuldades por ser deficiente visual? Não tenho dificuldades não, dificuldade que eu tenho mais é o preconceito e a ignorância de muita gente. Isso é de cada um, existem muitos deficientes revoltados, que não aceitam, mas eu não sou assim não. 5. Sabemos que o preconceito ainda existe, você já sofreu algum fora do ambiente de trabalho? Teve algum que te marcou? Já, já sofri vários. Um que me marcou muito, foi que eu estava dentro de um onibus e um cara me deu uma cadeira, mas me deu do lado da janela, e tinha outro, que estava do lado da cadeira do corredor, em pé, e ele ficou no meio e eu não sabia que a cadeira que tinham me ce-
dido era a que tava do lado da janela, e eu fiquei procurando a cadeira, e ele não deixava eu sentar, dai ele me perguntou se eu não ia sentar e eu disse que não sabia qual era a cadeira, e quando eu fui sentar ele me deu um cotovelada nas costas, e deu porque quis mesmo, e aquilo me marcou muito porque foi uma ignorância muito grande e eu me levantei e disse que ficaria em pé mesmo. 6. O que você mais gosta de fazer nas horas vagas? Nas horas vagas? Nas horas vagas eu estou aqui trabalhando (Risos). De manhã cedo eu faço meus exercícios, eu corro todo dia, eu caminho, faço trilhas perto do lugar onde eu moro. Quando volto, faço
bicicleta. Só não posso ficar parado. 7. Você trabalha com
mais alguma coisa fora a Massoterapia? Eu gosto muito de plantas, então eu adubo e cuido de jardins, em casa mesmo. Isabela Castro