Pontifícia Universidade Católica de Campinas Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Orientador | Marlon Paiva Campinas – SP | Dezembro - 2020
“ Arquiteto, por princípio, deve ser um clínico geral. Até pode se especializar, mas não pode perder a capacidade de integrar tudo.” João Filgueiras Lima, Lelé
AGRADECIMENTO Primeiramente, agradecemos aos professores que sempre estiveram dispostos a ajudar e contribuir para um melhor aprendizado, em especial ao nosso orientador Marlon Paiva pelo carinho, apoio, paciência e constante incentivo durante todo o desenvolvimento dessa etapa, além de sempre nos mostrar os valores da Arquitetura. Agradecemos as nossas famílias por sempre estarem presentes nos dando todo o suporte necessário para enfrentar as dificuldades. Aos amigos pelo companheirismo, paciência e que, mesmo de longe, buscaram nos apoiar e incentivar. Agradecemos também a todos que participaram dessa jornada e que de alguma maneira contribuíram para a conclusão dessa nova etapa.
| RESUMO |
Relação Homem e Natureza O território escolhido para intervenção, Dique da Vila Gilda, está situado nas margens do Rio dos Bugres que, por sua vez, faz a divisão entre os municípios de Santos e São Vicente. A comunidade Dique da Vila Gilda foi estabelecida por volta do ano de 1960, onde as primeiras ocupações surgiram. Com o superpovoamento da cidade de Santos, a falta de moradia e a emigração por conta da construção do porto de Santos, a população carente buscou a bordas de ambas as cidades, dando origem as primeiras palafitas e, futuramente, uma das maiores ocupações de palafitas da América latina. No presente momento, a comunidade enfrenta problemas como falta de infraestrutura básica, acúmulo de lixo e poluição. A comunidade também passa por dificuldades consequentes de sua situação socioeconômica, entre elas os acidentes com incêndios e eletricidade são constantes, assim como as inundações que são frequentes durante os regimes anuais de chuva. O novo projeto urbano para o local foi elaborado pela equipe, com o objetivo de trazer condições básicas de vivência para a área, como infraestrutura básica, saneamento básico, não retirando, por outro lado, a identidade, cultura e história da comunidade Dique da Vila Gilda. O plano urbano foi desenvolvido em quatro frente, sendo elas: meio ambiente, habitação, mobilidade e equipamentos. Apesar da compartimentação do projeto, todas frentes foram realizadas concomitantemente, visando sempre uma unidade, coerência e integração entre si. Palavras chave: Planejamento, Urbano, Dique, Santos, São Vicente.
Relationship between human and environment The area chosen for urban intervention, Dique da Vila Gilda, it is located on the banks of the "Rio dos Bugres" which, in turn, makes the division between the limits of Santos and SĂŁo Vicente. The Dique da Vila Gilda community was established around 1960, where the first occupations emerged. Within the overpopulation of the city of Santos, the lack of housing and the emigration due to the construction of the seaport of Santos, the needy population reached the edges of both cities, giving rise to the first stilts and, in the future, one of the largest stilt slums in Latin America. At present, the community faces problems such as lack of basic infrastructure, accumulation of waste and pollution. The community also experiences the resulting difficulties of its socioeconomic situation, including the regulars fire and electricity accidents, as are the floods that are common during the annual rain regimes. The team proposed a new urban project, with the objective of bringing basic living conditions to the area, such as basic infrastructure, sanitation, not removing, on the other hand, the identity, culture and history of the Dique da Vila Gilda community. The urban plan was developed in four fronts, being: environmental, housing, mobility and urban equipments. Despite the compartmentalization of the project, all fronts were carried out concomitantly, always aiming at unity, coherence and integration among themselves. Keywords : planning, urban, Dique, Santos, SĂŁo Vicente.
| ABSTRACT |
Sumário
02
01
Topografia __________________ 19 Degradação da Vegetação _____ 21 Histórico de São Vicente _____
11
Cobertura Vegetal ____________ 22
Histórico de Santos _________
13
Características do Bioma ______ 23
Histórico do Dique Vila Gilda __
15
Importância da Pesca _________ 24
03 Síntese de propostas ____________
53
Objetivos e Diretrizes ____________ 54 Proposta de mobilidade __________ 57 Riscos de Alagamento __________ 25 Zoneamento __________________ 27 Uso do Solo e Gabarito __________ 31 Zonas e Área Especiais __________ 33
Dados do Censo 2010 ___________ 35 Sistema de mobilidade __________ 43 Análise dos Fluxos ______________ 45
Proposta de perfis viários _________ 59 Restauração do Bioma ___________ 65 Plano Ambiental ________________ 68 Respiros Urbanos _______________ 71 Reestruturação da Malha Sanitária _ 73 Limpeza do Rio dos Bugres ________ 75 Zoneamento ___________________ 79 Reassentamento ________________ 81
Equipamentos Urbanos _________ 47
Proposta de equipamentos _______ 89 Medidas Paliativas _______________ 90
Fragilidades e Potencialidades ____ 49
Projetos Individuais _____________
93
Histรณrico
01
| HISTÓRICO DE SÃO VICENTE |
Figura 1
O nome da cidade de São Vicente se dá em homenagem a São Vicente Mártir, escolhido por Gaspar Lemos após sua chegada em 1502. Considerada a primeira vila da américa portuguesa, a Vila São Vicente foi fundada oficialmente em 1532, com a chegada de Martim Afonso de Souza. Em agosto do mesmo ano houveram as primeiras eleições da América, elegendo os primeiros oficiais da Câmara, equivalente ao cargo de vereador, atualmente. Como atividade econômica iniciou-se a instalação de engenhos para a manufatura do açúcar e a cultura da cana de açúcar, que era o principal produto do período colonial. Como consequência houve a necessidade da pecuária e da agricultura de subsistência, consideradas atividades secundárias, porém fundamentais para a produção açucareira. O pior desastre natural registrado até hoje ocorreu em 1542, quando o mar avançou e inundou a praia, entrando em direção a cidade e invadindo as pequenas ruas, consequentemente destruindo a Igreja Matriz, a Casa do Conselho , a Ca-
deia, o pelourinho e inúmeras moradias. Por conta disso, a vila foi reconstruída mais distante do mar. Os conflitos e guerras começaram em 1534 quando houve a guerra do Iguape, onde as forças espanholas e indígenas saquearam e destruíram a cidade, além de matarem grande parte da população. No ano de 1560 houve outro ataque, desta vez dos índios Tamoios, que queimaram plantações, quebraram ferramentas e utensílios agrícolas e destruíram fazendas. A cidade foi roubada e incendiada pelo pirata inglês Thomas Cavendish e seus homens em 1591 e em 1615 foi novamente atacada por piratas, dessa vez pelo pirata holandês Joris Van Spilbergen, que dividiu seus homens para que pudessem saquear a Vila São Vicente e a Vila vizinha. Em 1700 a vila foi elevada à categoria de município e somente em 1895 foi reconhecida como cidade. A ocupação dos morros por famílias de baixa renda teve início em 1940, com a imigração proveniente de Santos. Com isso, em 1950 houve
Figura 2
Figura 3
um aumento da segregação sócio espacial devido ao crescimento da população e consequentemente a formação dos bairros operários, que se localizavam a partir da linha férrea Sorocabana em direção ao norte e oeste, nos terrenos mais baixos e alagadiços. Os graves problemas ambientais do município tiveram início com a construção dos diques pelo departamento nacional de obras sanitárias (DNOS), que tinha como ideia a recuperação dos mangues e terrenos inundáveis, porém essa obra contribuiu para a ocupação dos extremos oeste, norte e nordeste da porção insular. Em 1980, deuse o aumento da população sobre os diques e o avanço sobre o estuário de São Vicente, espalhan-
do a construção sobre palafitas, ocupando toda a área insular. Somente em 1990 houve uma diminuição do crescimento populacional e em 1999 foi implantado o Plano Diretor de São Vicente. Atualmente a cidade está situada na metade ocidental da Ilha de São Vicente, da qual Santos também faz parte, e sua economia baseia-se no comércio e no turismo. É um dos 15 municípios paulistas tido como estância balneária, pois cumpre determinados pré-requisitos definidos por Lei Estadual. Esse status garante que o município receba uma verba maior do Estado que é destinada ao turismo regional.
12
| HISTÓRICO DE SANTOS | Antes de ser conhecida como Santos, a cidade pertencia a Ilha de São Vicente, descoberta em 1502 pelos portugueses. Somente em meados de 1530 e 1543 é iniciado o “Povoado de todos os santos”, com a fundação do primeiro hospital público do país, o “Hospital de Todos os Santos”, a Santa Casa de Misericórdia. Em 1545 foi elevada à categoria de Vila “Porto de todos os Santos”, reconhecida por Carta Régia. Em 1550 a corte portuguesa envia como Provedor Mor Antônio Cardoso de Barros para realizar a captação dos impostos em todas as vilas marítimas, criando assim uma casa de alfândega, tornando-se depois a sede do consulado. Nesse mesmo período os primeiros jesuítas se instalam na região e iniciam suas obras. A decadência da cidade ocorreu em 1590, período de grandes saques e invasões, forçando a população a sair em busca de novas oportunidades. Somente em 1808 a Vila retoma seu desenvolvimento com a chegada da corte real no Brasil, acarretando um aumento populacional e recuperação econômica. Em 1827 é inaugurada a Estrada de Rodagem de Santos para São Paulo, trazendo
Figura 4
Figura 5
uma nova expressão econômica para o Porto. A Vila de Santos é elevada à categoria de Cidade em 1839, após 2 anos foi decretada uma lei estabelecendo os limites dos municípios de Santos, São Vicente e São Bernardo. Em meados de 1860, período de grande crescimento na economia do café, foi iniciada a construção da estrada de ferro São Paulo Railway Co., a ferrovia tornou-se um marco em tecnologia e desenvolvimento para a região, refletindo positivamente para o crescimento da cidade e do porto, assim, em 1870 a coroa busca alternativas para a expansão do setor portuário. Por volta de 1886 um processo de concessão do Porto de Santos foi iniciado, visando os direitos de exploração da movimentação portuária, formando assim a Companhia Docas de Santos (CDS). Em 1889, mesmo ano em que ocorre a Proclamação da República, houve o estopim da epidemia da peste negra, junto a isso a falta de saneamento e alagamentos recorrentes dizimaram centenas de habitantes. . Duas grandes obras sanitaristas foram elaboradas em 1892, Porto Orga-
Figura 6
nizado e Saneamento de Santos, visando erradicar a insalubridade da cidade. Junto a manifestação de doenças, Saturnino de Brito desenvolveu projeto de canais de drenagem, que tornaram-se grande marco da campanha de saneamento. Esses feitos contribuíram para o adensamento da cidade, junto ao desenvolvimento econômico e a expansão cafeeira, assim, no início de 1900 o fluxo de imigração cresceu consideravelmente correspondendo a quase metade da população, com isso a cidade passou por um período de urbanização e industrialização intensa. Esse marco trouxe novas características para Santos, a verticalização passou a ser presente, hotéis foram implantados, jardins na orla foram projetados, passando a ser reconhecida como cidade turística. No período de 1968 a 1978 um conjunto de leis passam por decreto, entre elas o Plano Diretor Físico, que apresentava um zoneamento detalhado para a cidade, porém sem considerar as áreas já ocupadas de forma “irregular”, salientando a ocupação do mercado imobiliário nas regi-
ões próximas a orla, afetando negativamente na qualidade das águas destinadas à recreação da população. Neste mesmo plano os conjuntos habitacionais do Banco Nacional de Habitação (BNH) são projetados. Outra lei também promulgada foi o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado de Santos (PDDI), primeiramente anunciando a realidade de Santos e suas perspectivas futuras, em seguida, apresentando as diretrizes para sua expansão e as medidas para desenvolvimento e por fim declarando a concepção do uso do solo, equipamentos públicos, tipologias habitacionais e rede de sistema viário. Em 1983 a cidade recupera sua autonomia política. O ano de 1990 apresentou um grande crescimento no setor comercial e em investimentos nos atrativos turísticos, nesse período Santos passou a implantar ciclovias e desenvolveu projetos paisagísticos. Em 1999 a área central passa por um processo de revitalização e as Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) são estabelecidas na cidade, regularizando assentamentos e instituindo medidas para auxiliar na urbanização.
Figura 7
14
| HISTÓRICO DO DIQUE VILA GILDA | As primeiras invasões se deram em 1960, inicialmente nas regiões planas e secas e posteriormente avançou para as margens do Rio dos Bugres por volta de 1990, com construções sob palafitas, causando o segundo considerável impacto ambiental. Com isso, houve a devastação da vegetação que restava e, por não apresentar uma rede de coleta de esgoto, os resíduos passam a ser despejados nas águas do rio.
Figura 8
Situada na região Nordeste da porção insular do Município de Santos, divisa com o Município de São Vicente, em uma área de preservação permanente localizada a margem do Rio dos Bugres, a comunidade Dique Vila Gilda é considerada a maior ocupação sobre palafitas do Brasil. Resultando em um grande aterro hidráulico em toda a extensão das margens do rio, a construção do Dique e de canais de drenagem, feita pelo antigo Departamento Nacional de Obras e Saneamento (DNOS), foi o primeiro grande impacto ambiental na Vila Gilda, que ocorreu na década de 1950. Boa parte da vegetação foi destruída, transformando a região do antigo manguezal em áreas públicas de possível ocupação para moradia (COHAB/ST, 2007).
Figura 9
Em 1965 houve a instalação do Lixão Municipal de Sambaiatuba, que ocupava boa parte da margem do rio, sendo considerado o terceiro fator de impacto ambiental. Por muito anos foi o único depósito de lixo do município de São Vicente, não tendo qualquer sistema de tratamento do chorume, cobertura e qualquer tipo de barreira que impedisse as marés de levar parte do lixo para dentro do rio. Visando acabar com os alagamentos recorrentes, no ano de 2000, houve a criação do pro-
grama “Santos Novos Tempos”, que pretendia implantar obras de macrodrenagens. Neste mesmo ano o Dique Vila Gilda passou a ser comandado por facções criminosas, tendo que pedir autorização para atuar no local. O Projeto Arte no Dique, que visa o desenvolvimento e transformação dos moradores da comunidade através da arte e da cultura, teve o apoio da Escola Criativa Olodum e passou a ser desenvolvido em 2002. Atualmente, busca ampliar suas parcerias para consolidar seus trabalhos e projetos, o que se deu após transformar-se na organização social “Instituto Arte no Dique”, em 2004. As oficinas culturais de música, dança, entre outras, são realizadas atualmente no edifício Armazém Cultural Plínio Marcos, que foi entregue em 2012.
são de construção de 480 novas habitações, a criação de uma rua beira rio, com a intenção de melhorar a mobilidade da área, e a implantação da educação ambiental com o auxilio de duas embarcações que gradeiam os resíduos do rio. Alguns projetos não tiveram continuidade, como o de incentivo a recolher o lixo dos mangues, pois a população passou a se envolver com a comercialização dos PET’s. Quanto as embarcações que gradeiam os resíduos, também não houve sequência, pois se trata de um programa ininterrupto, não tendo demonstração de interesse por parte dos moradores. Em 2017, um incêndio de grande proporção atingiu o Dique, tendo início em um barraco, devido a um curto circuito na fiação elétrica irregular, se intensificando devido a proximidade e materiais altamente inflamáveis dos quais as habitações são construídas.
Figura 10
Alguns projetos sociais foram implantados a partir do ano de 2004 com o intuito de incentivar a comunidade a recolher os lixos do mangue, previ-
Figura 11
16
Levantamento
02
0m
Figura 12 1 - Morro do Embaré - Mata Atlântica 2 - Morro José Menino - Mata Atlântica 3 - Ilha Santo Amaro - Mata Atlântica 4 - Santa Maria - Mata Atlântica
5 - Morro Chico de Paula - Mata Atlântica 6 - Morro Boa Vista - Mata Atlântica 7 - Ilha de Pompeva - Mangue 8 - Morro Jacuí - Mata Atlântica
9 - Morro Serrat - Mata Atlântica 10 - Morro São Bento - Mata Atlântica 11 - Vila Esperança - Mata Atlântica 12 - Morro do Saboó - Mata Atlântica
200 400 600
800m
13 - Morro Caneleira - Mata Atlântica 14 - Morro Marapé - Mata Atlântica 15 - Morro Penha - Mata Atlântica 16 - Morro Pacheco - Mata Atlântica
| TOPOGRAFIA |.
17 - Morro Santa Terezinha - Mata Atlântica 18 - Morro Jabaquara - Mata Atlântica 19 - Manguezal da Ilha do Mar Pequeno
No estudo realizado, criou-se um mapa que apresenta as relações entre fatores ambientais, altimétricos e de identificação. A partir das linhas demarcadas em branco foi possível identificar um relevo contrastante, típico das regiões litorâneas paulistas, devido a questão geográfica onde temos o encontro da região litorânea com a Serra do mar. Na região representada pode-se visualizar a cidade de Santos e São Vicente, onde a cadeia montanhosa se apresenta de maneira marcante como um elemento de segregação do meio urbano, dividindo a área de Santos insular da Região Noroeste da cidade e do município de São Vicente. A cadeia de montanhas é um elemento importante na paisagem das cidades, caracterizando ambos os municípios. Ao redor área demarcada para estudo, localizada na região Noroeste de Santos, apresenta-se um relevo predominantemente plano, situação semelhante à apresentada nos municípios demonstrados no mapa. Nos pontos onde se encontra um relevo mais acidentado ocorre a predominância da cobertura vegetal preservada da Mata Atlântica, devido ao difícil acesso a essas áreas elas se apresentam como inviáveis para crescimento da malha urbana, tornando-se assim, um dos poucos pontos que não sofrem com o desmatamento. Todavia, pode-se destacar que nas áreas mais baixas dos morros o crescimento urbano se faz fortemente presente, apresentando infraestrutura precária para habitação e densidade populacional muito elevada. Difere-se disso a situação no Morro Santa Terezinha, onde habitações de alto padrão construtivo predominam, com uma baixa densidade habitacional. No município de Santos, devido a proximidade com os rios e canais que estão localizados nas regiões baixas e planas, é possível encontrar o bioma do mangue, que em decorrência do crescimento urbano tem se dissipado.
20
| DEGRADAÇÃO DA VEGETAÇÃO | Nos mapas apresentados ao lado foi montado um histórico de degradação da cobertura vegetal, contemplando os biomas existentes no passado e os que ainda resistem até a atualidade, sendo eles o manguezal, a restinga, herbácea, sub montanhas e terras baixas. Ao analisá-los é possível notar que no ano de 1962 grande parte da área territorial era coberta pelos manguezais e já apresentavam algumas construções de moradias e aterramento da vegetação. No ano de 1994 observamos que há uma redução da vegetação e a área de mancha urbana estende-se sobre o corpo d’água por meio das palafitas. No mapa de 2001 é possível ver alguns resquícios do manguezal e grande parte do rio ocupado por construções de moradia. Já em 2019 praticamente toda a área foi ocupada por habitações, extinguindo quase toda a parcela de mangue e de vegetação localizados na região do Dique Vila Gilda.
1962
1994
Figura 15
Figura 13
2001
Figura 14
2019
Figura 16
Vegetação Existente Figura 17
No mapa acima é representado o remanescente da cobertura vegetal, possuindo cerca de 3,2 hectares de matas. Atualmente os maciços apresentam uma diversidade de espécies que não pertencem aos biomas originais da área. Como visto na composição do mapa, o crescimento da malha urbana dissolveu de maneira drástica a vegetação originalmente existente no local.
Legislação da Vegetação Figura 18
Este segundo mapa ilustra a Área de Proteção Ambiental demarcada segundo a legislação ( Art 3º do código florestal brasileiro), que prevê a implantação de matas ciliares nas margens dos leitos de água. Sua extensão é definida de acordo com a distância entre as margens dos rios, assim, se a distancia entre as margens for entre 10 e 50 metros é preciso 50 metros de áreas de preservação permanente.
| COBERTURA VEGETAL |
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| CARACTERÍSTICAS DO BIOMA | Os mangues apresentam grande importância no ecossistema do planeta pois atuam diretamente na captura das partículas de carbono, tanto na composição das suas plantas quanto no solo. Comparado com outros biomas, por exemplo as florestas tropicais, os mangues capturam e fixam até 50 vezes mais partículas de gás carbônico em seu solo, tudo isso auxiliando na contenção do efeito estufa. O bioma dos manguezais é um dos ecossistemas mais produtivos energeticamente, desempenhando assim a função da manutenção do equilíbrio entre oferta e demanda energética dentro do ecossistema. Além disso, o mangue ainda é capaz de prover sustento para famílias em atividades onde a exploração da fauna gera renda para o homem e em uma relação de mutualismo e equilíbrio, o homem ajuda a preservar o ecossistema. Os manguezais ainda contribuem como um escudo aos impactos relacionados às mudanças climáticas. As regiões costeiras apresentam uma elevada vulnerabilidade e o bioma atua reduzindo eventos como inundações, retenção de sedimentos que contribuem para a elevação do nível do mar, além de reduzir os processos erosivos. No entanto, o bioma apresenta vulnerabilidade a uma série de ameaças, tais como a fragmentação da cobertura vegetal, a deterioração da qualidade dos habitats aquáticos, causada pela ocupação e expansão urbana, e a poluição que causam mudanças na hidrodinâmica. Essas ações prejudicam diretamente a população que sobrevi-
ve do mangue a partir de atividades como a pesca de subsistência, o extrativismo, e o turismo. Tais eventos de degradação estão muitas vezes atrelados entre si, como é o caso do Dique Vila Gilda, que devido ao avanço desordenado da malha urbana apresenta falhas na coleta de esgoto e de lixo, gerando uma poluição que deságua no Rio dos Bugres pelo sistema de canais improvisados que existem na área. “Estima-se que 25% dos manguezais em todo o Brasil tenham sido destruídas desde o começo do século 20. No estado de São Paulo existem cerca de 22.287,26 hectares de manguezais remanescentes correspondendo a 1,59% do ecossistema existente atualmente no país.” (Atlas dos Manguezais do Brasil)
Figura 19
Figura 20
Diversas consequências ambientais são decorrentes do impacto que os mangues vêm sofrendo pelo homem. Uma delas é no desenvolvimento e reprodução das espécies aquáticas, que pode afetar a pesca da região, provocando a possível ausência do instrumento de sustento de muitas pessoas. Em 2002 foi pretendido a proibição da pesca na região, com o objetivo de proteger a saúde da comunidade que vive da pesca, porém, isso poderia acarretar a marginalização dos pescadores que vivem na área. Para uma melhor organização da cidade foi iniciado um processo de cadastramento de todos os pescadores do estuário de Santos, estimando aproximadamente 7 mil pescadores, porém apenas 2052 fizeram cadastro, sendo 6,1% estão juntos à Associação Comunitária da Vila dos
Pescadores de Cubatão, 5,5% na União dos Pescadores do Sítio de Conceiçãozinha, 5,2% na Colônia de Pescadores Z 3 (Guarujá), 0,7% na Ilha Diana, 36,1% na Colônia de Pescadores Z 4 (São Vicente), 11,3% no Rio do Meio (rios do Meio e Santo Amaro, e praias de Santa Cruz dos Navegantes, Góes, Guaiúba e Astúrias), 31,2% na Colônia de Pescadores Z 23 (Bertioga), 1,6% em Caruaru e Cachoeira, 1% em Itaguaré e 1,3% em Guaratuba. Podemos observar que 78,9% estão nos trechos de São Vicente, Guarujá e Bertioga. Os outros 19,1% se encontram distribuídos nos outros municípios. A sobrevivência dos pescadores depende principalmente da captura do camarãobranco, que é usado como isca viva, da captura do caranguejo, siri, marisco-de-água-doce e peixes.
| IMPORTÂNCIA DA PESCA |
24
| RISCOS DE ALAGAMENTO | Conforme analisado no mapa de topografia (pág. 19), a área do Dique Vila Gilda possui uma inclinação de aproximadamente 0,5%, sendo então categorizado como planície. Sua localidade próxima ao Largo da Pompeba acarreta diretamente no acúmulo de lixo e sedimentos no fundo do rio, principalmente vindos da zona de atividades portuárias, estimulando possíveis alagamentos e podendo intensificá-los nos períodos de chuva.
Caminho do lixo Lixão Sambaiatuba desativado Área com risco de alagamento
Figura 21 Lixo Acumulado
Figura 22
Figura 23
Aumento de 0,5 metro no Nível do Mar
Figura 24
A Baixada Santista vem sendo afetada diretamente pelo aumento do nível do mar devido ao aquecimento global. Estudos apontam que a maré sofrerá um aumento considerável ao longo dos anos, porém, não sendo a única mudança do cenário, já que a costa marítima está se estreitando devido a erosões nas faixas de areia. Essas mudanças refletirão negativamente na economia da Estancia Balneária. Conforme o levantamento feito pelo Núcleo de Pesquisas Hidrodinâmicas da Universidade Santa Cecilia (UNISANTA) no ano de 2009, foram elaboradas três possibilidades de aumento do nível do mar, com base nas previsões do Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC). Relacionados ao nível máximo desse ano as possiblidades foram de 0,5 metros, 1,0 metro e 1,5 metros, conforme mostram as figuras acima. Com isso, é possível observar que toda a área do Dique Vila Gilda será afetada desde a pri-
Aumento de 1,0 metro no Nível do Mar
Figura 25
Aumento de 1,5 metros no Nível do Mar
Figura 26
meira suposição. Por ser uma planície, pela degradação da vegetação e pela poluição do Rio dos Bugres, a comunidade favorece a entrada da água nos bairros adjacentes, gerando uma maior área de alagamento no município, além das áreas costeiras.
26
ZP
ZPPA ZNO - I
ZIR - I ZNO - II
ZC - I
ZEPAM
ZM– I ZPPA
ZNO - III ZEIS - 1
ZM– III
ZU
ZPDS
ZC - II
ZEIS - 1
ZE
ZM– II
ZM ZU
ZI
ZM ZEPAM ZUI
ZPDS
AAS
ZEIS - 1
ZM– II ZM– III
ZC
ZEP AEP
ZEIS - 1
ZPDS
ZE ZEPAM
ZPDS
ZEP
ZU
AEP
ZM Definições das siglas nas páginas seguintes.
Figura 27
ZO
| ZONEAMENTO | Por se localizar na divisa entre os municípios de Santos e São Vicente a área de estudo apresenta algumas diferenças de delimitação e nomenclatura em relação às zonas em que se encontra. Segundo o município de Santos, o Dique Vila Gilda se localiza na Zona Noroeste III (dentro de Macrozona Noroeste, na Macro área Insular). A definição apresentada é de uma
ZIR - II
“área residencial de baixa densidade (...) onde pretende-se incentivar a verticalização e a ocupação dos vazios urbanos com empreendimentos habitacionais de interesse social (...)” (Santos - Lei Complementar n° 1.005, pág. 48, Cap. III, Seção I, Art. 11, § VII).
ZP
ZIR - II
ZI
ZO
Em São Vicente a área se divide em quatro zonas (dentro da Macrozona Insular Oito, na Macro área Insular): Zona Especial de Interesse Social I (ZEIS I), Zona Especial de Proteção Ambiental (ZEPAM), Zona de Preservação e Desenvolvimento Sustentável (ZPDS) e Zona Mista (ZM). Apesar dessa divisão as suas definições e objetivos previstos no plano de desenvolvimento urbano do município coincidem com as apresentadas pela cidade de Santos, principalmente em relação ao incentivo do uso misto, da verticalização e habitações de interesse social, como especificado na definição da Macrozona Insular Oito: “(...) onde se pretende incentivar: a solução de conflitos urbanos, sociais ou com a malha viária; a revitalização urbana; o uso residencial verticalizado; o uso institucional público (...); os empreendimentos habitacionais de interesse social; a regularização fundiária; a melhoria das condições urbanas e ambientais nos assentamentos (...); o incremento dos usos comerciais e de serviços não conflitantes com os residenciais e as atividades turísticas, esportivas e lazer.” (São Vicente - Lei Complemen- tar n° 917, pág. 20, Cap. III, Art. 36, § VIII).
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| DEFINIÇÕES DOS ZONEAMENTOS |
Textos retirados das leis complementares dos municípios de São Vicente e Santos.
ZUI - Zona de Urbanização Incentivada: zona de grande diversidade de padrões de uso e ocupação do solo, desigualdade sócioespacial, padrões diferenciados de urbanização e é a área do Município mais propícia para abrigar os usos que garantam densidade populacional e construtiva; AAS - Áreas de Adensamento Sustentável: compreendem as áreas ao longo dos sistemas de transporte coletivo de média capacidade de carregamento existentes e previstos na Macro área Insular, objetivando incrementar espaços produtivos e ofertar Habitação de Interesse Social - HIS e Habitação de Mercado Popular –HMP. ZC - Zona de Qualificação Central: zona de grande diversidade de padrões de uso e ocupação do solo, desigualdade socioespacial, padrões diferenciados de urbanização, onde se pretende estimular atividades típicas de centros regionais e a garantia da variedade de comércio e serviços; ZM - Zona Mista: zona destinada a promover usos mistos, com predominância do uso residencial, com densidades construtiva e demográfica baixas e médias; ZEIS – 1 - Zona Especial de Interesse Social-1: zona constituída por ocupações espontâneas em áreas públicas ou privadas, parcelamentos ou loteamentos irregulares, habitados por população de baixa renda familiar, destinados exclusivamente a melhorias urbanísticas, recuperação ambiental e regularização fundiária de assentamentos precários; ZE - Zona de Qualificação Econômica: zona com presença de atividade industrial, destinadas à manutenção, ao incentivo e à modernização desses usos, em conformidade com a tecnologia e com os centros de pesquisa aplicada e desenvolvimento tecnológico, entre outras atividades econômicas; ZU - Zona de Qualificação Urbana: zona que, por suas características específicas, necessitam de disciplina especial de parcelamento, uso e ocupação do solo. Porções do território, públicas ou privadas, sem destinação específica, com incentivos fiscais e normas próprias de parcelamento, uso e ocupação do solo capazes de criar condições para o desenvolvimento social, econômico e ambiental de forma estratégica, onde se pretende a requalificação do espaço urbano incorporando o desenho urbano ao processo de planejamento vinculados à apresentação de licenciamento ambiental e de laudo de impacto de vizinhança, para mitigação de danos urbanísticos; ZPDS - Zona de Preservação e Desenvolvimento Sustentável: zona destinada à implantação de atividades econômicas compatíveis com a manutenção e recuperação dos serviços ambientais por elas prestados, em especial os relacionados às cadeias produtivas da agricultura, da extração mineral e do turismo; ZEPAM - Zona Especial de Proteção Ambiental: zona atribuída por remanescentes da Mata Atlântica e outras formações de vegetação nativa, arborização de relevância ambiental, vegetação significativa, alto índice de permeabilidade e existência de nascentes, incluindo os parques urbanos existentes e planejados e os parques naturais planejados, que prestam relevantes serviços ambientais, entre os quais se incluem a conservação da biodiversidade, o controle de processos erosivos e de inundação, a produção de água e a regulação microclimática, destinada à preservação e proteção do patrimônio ambiental; ZEP - Zona Especial de Preservação: zona destinada a parques estaduais considerados unidades de conservação, parques naturais municipais existentes e outras Unidades de Proteção Integral definidas pela legislação federal, no Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC, existentes e que vierem a ser criados no Município, tendo por objetivo a preservação dos ecossistemas e permitindo apenas a pesquisa, o ecoturismo e a educação ambiental; AEP - Área Especial de Praia: áreas delimitadas e definidas na Lei Complementar nº 917 de 14 de dezembro de 2018, onde se pretende garantir o cumprimento da função socioambiental, garantir o livre e franco acesso à praia e ao mar, em qualquer direção e sentido, de forma democrática e orientar o uso racional e a qualificação ambiental e urbanística;
ZO - Zona da Orla : área caracterizada pela predominância de empreendimentos residenciais verticais de uso fixo e de temporada, permeada pela instalação de atividades, comerciais, recreativas e turísticas, onde se pretende a diversificação do uso residencial e a qualificação e integração dos espaços públicos e privados; ZI - Zona Intermediária: área residencial de média densidade em processo de renovação urbana, onde se pretende incentivar novos modelos de ocupação; ZC I - Zona Central I: área que agrega grande número de estabelecimentos comerciais e de prestadores de serviços, além do acervo de bens de interesse cultural, objeto de programa de revitalização urbana no qual se pretende incentivar a proteção do patrimônio cultural, a transferência dos usos não conformes e a instalação do uso residencial; ZC II - Zona Central II: área caracterizada por ocupação de baixa densidade e comércio especializado em determinadas vias, onde se pretende incentivar a renovação urbana e o uso residencial; ZNO I - Zona Noroeste I: área residencial isolada do restante da malha urbana, próxima a eixos de trânsito rápido e áreas ocupadas por atividades portuárias, com previsão de novos modelos de ocupação, empreendimentos de Habitação de Mercado Popular (HMP) e usos não conflitantes com os residenciais; ZNO II - Zona Noroeste II: área residencial caracterizada por loteamento de baixa e média densidade, onde se pretende incentivar, predominantemente, conjuntos residenciais verticalizados em áreas passíveis de ocupação; ZNO III - Zona Noroeste III: área residencial de baixa densidade e vias comerciais definidas, onde se pretende incentivar a verticalização e a ocupação dos vazios urbanos com empreendimentos habitacionais de interesse social, bem como incrementar os Corredores de Desenvolvimento Urbano - CDU; ZM I - Zona dos Morros I: área caracterizada por ocupação residencial consolidada por habitações precárias, onde se pretende incentivar a requalificação urbana, por meio de conjuntos horizontais, caracterizados como empreendimentos de interesse social; ZM II - Zona dos Morros II: área caracterizada por ocupação de condomínios e loteamentos residenciais de baixa densidade, com legislação mais restritiva; ZM III - Zona dos Morros III: área caracterizada por ocupação residencial e comercial onde se pretende incentivar a renovação urbana, a oficialização das vias para disciplinamento dos usos, bem como a implantação de habitações de interesse social; ZP - Zona Portuária: área terrestre contínua ou descontínua com facilidade de acesso à linha de água, segregada por via arterial, onde se desenvolvem atividades de embarque e desembarque de cargas e passageiros, com pátios, armazéns e intensa circulação de veículos pesados, onde se pretende minimizar os conflitos existentes com a malha urbana; ZIR I - Zona Industrial e Retroportuária I: área localizada na porção Noroeste da ilha, com potencial de suporte às atividades portuárias, com serviços industriais e de logística, caracterizada pela intensa circulação de veículos pesados, onde se pretende minimizar os conflitos existentes com a malha urbana adjacente; ZIR II - Zona Industrial e Retroportuária II: área localizada junto às regiões Central e Leste da ilha, com potencial de suporte às atividades portuárias, com serviços industriais e de logística, caracterizada pela intensa circulação de veículos pesados, onde se pretende minimizar os conflitos existentes com a malha urbana adjacente; ZPPA - Zona de Proteção Paisagística e Ambiental: áreas públicas ou privadas, constituídas por encostas em morros, topos de morros, trechos remanescentes de mangue, cursos d´água, nascentes e áreas protegidas, áreas de preservação permanente - APP, áreas com restrição geológico-geotécnica, com condições naturais importantes para a manutenção do equilíbrio ambiental da Macrozona Insular, onde se pretende garantir o manejo ambiental, desenvolvendo programas de proteção ambiental, de recuperação de áreas degradadas ou de risco geológico, controlar a ocupação, bem como incentivar a implantação de parques ecológicos, atividades ambientalmente sustentáveis, em especial educação socioambiental, turismo monitorado, pesca artesanal ou de subsistência e outras correlatas.
| USO DO SOLO |
Habitacional Habitacional em situação precária Comercial Serviço Institucional Espaço livre de uso público Espaço livre de uso privado Atividade portuária e serviços relacionados Lixão de Sambaiatuba
Figura 28
Mesmo se tratando de uma região dividida pelo limite municipal Santos-São Vicente a área pode ser lida de maneira uniforme em relação ao uso do solo, caracterizando-se majoritariamente pelo uso habitacional horizontal e a presença frequente de comércios e serviços locais (uso misto: habitacional/comercial-serviço). Apesar disso, nota-se a intensificação dos usos comercial/serviço ao longo das vias estruturadoras contínuas em ambos os municípios como (Av. Nossa Sra. De Fátima e Av. Augusto Severo), diferentemente do
uso institucional, que se apresenta de forma mais distribuída pelo território urbano. As áreas verdes livres, por sua vez, são formadas principalmente pelos morros (Mata Atlântica), poucas praças públicas e dois espaços livres de uso privado (Jóquei Clube, atualmente desativado e o Santos São Vicente Golf Clube), assim, percebe-se a necessidade de mais áreas verdes livres públicas, principalmente nas proximidades dos rios e canais, que apresentam uma maior incidência de habitações em situações precárias co-
mo por exemplo o próprio Dique Vila Gilda. Como a área de estudo se localiza relativamente próxima aos eixos estruturadores, isso contribuiria para uma oferta de trabalho para os seus habitantes, porém os grandes polos geradores de emprego, como o Porto, as atividades relacionada a ele e o centro de Santos, não atuam dessa forma, já que por se tratar de uma ocupação, os habitantes do Dique Vila Gilda não apresentam comprovante de moradias regularizadas
o que dificulta o processo de seleção, assim como a dificuldade de locomoção por falta de um transporte mais direto para esses locais. Por sua vez, o gabarito se caracteriza sendo predominantemente baixo (até 2 pavimentos), como representado no mapa abaixo. A área apresenta alguns gabaritos médios (de 3 a 5 pavimentos), formados por conjuntos habitacionais, e pouquíssimas edificações habitacionais de gabarito alto (de 5 ou mais pavimentos).
0-2 3-5 5+ Figura 29
| GABARITO |
32
| ZONAS E ÁREAS ESPECIAIS |
Figura 30
Aeis I - São Vicente
Zeis I - Santos
Zeis II - Santos
Conjunto habitacional edificado
No município de Santos as Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS), se dividem dentro de três categorias: ZEIS I – São as áreas públicas ou privadas que foram ocupadas espontaneamente ou loteamentos irregulares onde o plano diretor apresenta como objetivo principal regularizar a posse e o parcelamento do solo integrando essas áreas ao urbano. ZEIS II – São terrenos não edificados, subutilizados ou não utilizados que são destinados exclusivamente a HIS (Habitação de Interesse Social) e HMP (Habitação de Mercado Popular). ZEIS III – Áreas tecnicamente regularizadas, mas que apresentam edificações de uso residencial precário, e tem como objetivo o desenvolvimento de programas e projetos sociais destinados a população de baixa renda que já reside na área demarcada pela ZEIS III.
Figura 31
Já em São Vicente as ZEIS se dividem em duas categorias que seguem o mesmo significado das ZEIS I e II de Santos: ZEIS I – “zona constituída por ocupações espontâneas em áreas públicas ou privadas, parcelamentos ou loteamentos irregulares, habitados por população de baixa renda familiar, destinados exclusivamente a melhorias urbanísticas, recuperação ambiental e regularização fundiária de assentamentos precários; ” (São Vicente - Lei Complementar n° 987, pág. 13, Cap. IV, Seção II, Art. 15, § IV). ZEIS II – “zona constituída por glebas ou terrenos não edificados, subutilizados ou não utilizados, que, por sua localização e características, sejam destinados à implantação de programas de HIS e HMP, priorizando a implantação de infraestrutura, equipamentos urbanos e comunitários;” (São Vicente - Lei Complementar n° 987, pág. 13, Cap. IV, Seção II, Art. 15, § V). Assim, a equipe desenvolveu o mapa ao lado para um melhor entendimento de como essas áreas se relacionam. É possível concluir que, apesar da área de estudo estar dividida entre os dois municípios, as leis aplicadas se comportam de forma semelhante, neste caso o Dique Vila Gilda é demarcado como ZEIS I tanto em Santos como em São Vicente, caracterizando a área como um espaço em que ocorre uma ocupação irregular do solo mas com a intenção de regularização fundiária por parte das prefeituras, além da presença de conjuntos habitacionais já edificados em seu entorno imediato.
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| DENSIDADE DEMOGRÁFICA | Ao analisar os municípios, é possível perceber que nas áreas em que as classes sociais possuem maior renda existe uma concentração menor de pessoas por hectare. Fazendo uma comparação entre o Dique Vila Gilda e os bairros de seu entorno imediato, como o Vila Jóquei Clube e o Rádio Clube, podese perceber que a área de análise apresenta uma elevada concentração de moradores em uma pequena parcela de solo, assim, é denominada como uma área de alta densidade demográfica. Essa disparidade se dá principalmente pelo fato que ambos bairros foram planejados e organizados, já o Dique se consolidou através de uma ocupação irregular. Densidade demográfica hab./ha 0,00 - 113,19 113,20 - 230,88 230,89 - 360,55 360,56 - 545,11 545,12 - 817,95 817,96 - 1209,28 1209,29 - 1797,08 1797,09 - 3305,32 Figura 32
Na área de análise, grande parte das famílias se estabelecem com uma renda de até um (1) salário mínimo, sendo que na maioria das vezes este rendimento provém apenas de um de seus integrantes, quantia insuficiente para arcar com todas necessidades e custos da moradia. Já nos bairros do entorno o rendimento per capita se eleva, devido, em parte, ao maior grau de escolaridade que acarreta em trabalhos de maior especialização e consequentemente maior piso salarial.
Domicílio com renda de até 1 salário mínimo 0 - 28 29 - 53 54 - 83 84 - 114 115 - 149 150 - 201
202 - 284 285 - 435 Figura 33
| RENDA POR DOMICÍLIO |
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| ALFABETIZAÇÃO | A região possui uma elevada concentração de creches e escolas, tanto de ensino primário quanto ensino médio, em sua área envoltória, o que faz com que haja uma alta taxa de alfabetização. Por haver a necessidade de auxiliar na renda familiar, os moradores são impossibilitados de dar continuidade à sua formação acadêmica superior. Apesar da quantidade, após análise das notas médias obtidas pelas escolas da área envoltória ao Dique Vila Gilda no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) entre os anos de 2012-2016, constatou-se que as mesmas apresentaram uma nota média de aproximadamente 400 pontos, desempenho inferior ao de outras escolas nas cidades de Santos e São Vicente que obtiveram notas médias de aproximadamente 500 pontos. Total da população alfabetizada 1,0 - 414,0 414,1 - 747,0
747,1 - 988,0 988,1 - 1218,0 1218,1 - 1463,0 1463,1 - 1768,0 1768,1 - 2298,0 2298,1 - 3182,0 Figura 34
O sistema de abastecimento de água do Dique Vila Gilda se dá de maneira irregular. Por se tratar de uma ocupação, os próprios moradores fizeram ligações com a rede municipal. Consequentemente o abastecimento ocorre de forma insuficiente para a comunidade do Dique, afetando também os bairros adjacentes por não haver um dimensionamento correto para o número de habitações.
Domicílio particulares permanentes com abastecimento de água da rede geral 0 - 39 40 - 95 96 - 140 141 - 176 177 - 209 210 - 241 242 - 278 279 - 326 327 - 421 422 - 577 Figura 35
| ABASTECIMENTO DE ÁGUA |
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| ENERGIA ELÉTRICA | Assim como o abastecimento de água, o fornecimento de energia elétrica é feito de maneira indevida, sendo comum procedimentos fraudulentos na fiação central a fim de obter a energia sem a cobrança do consumo. Dessa forma, por serem instalados irregularmente nas moradias, não seguindo o padrão de segurança e causando incêndios constantemente. Essa situação afeta todos os moradores do Dique, visto que as construções são de madeira, facilitando o alastramento do fogo por uma grande área da comunidade.
Domicílio particulares permanentes sem energia elétrica 0 1 2
3 4 5 6-8 9 - 16 17 - 27 Figura 36
O sistema de abastecimento de água do Dique Vila Gilda se dá de maneira irregular. Por se tratar de uma ocupação, os próprios moradores improvisaram esse acesso e consequentemente o abastecimento ocorre de forma insuficiente para a comunidade do Dique, afetando também os bairros adjacentes por não haver um dimensionamento correto para o número de habitações.
Domicílio particulares permanentes sem coleta de esgoto 0 - 10
11 - 33 34 - 60 61 - 94 95 - 137 138 - 188 189 - 254
255 - 386 387 - 529 Figura 37
| COLETA DE ESGOTO |
40
| COLETA DE LIXO | O Dique Vila Gilda não possui um sistema de coleta de resíduos sólidos. Um dos fatores para a ausência desse serviço é a dimensão da rua Caminho São Conrado, que inviabiliza a passagem dos caminhões de coleta. Isso contribui para que parte do lixo gerado seja despejado no rio de forma imprudente ou utilizado ainda como material para o nivelamento do terreno para a construção de novas palafitas, contribuindo para o estreitamento do leito do rio e assoreamento dele.
Domicílio particulares permanentes com lixo coletado 0 - 55 56 - 109 110 - 148 149 - 180
181 - 210 211 - 241 242 - 279 280 - 328 329 - 424 425 - 577 Figura 38
| INFOGRÁFICO Censo 2010 |
* Dados levantados sobre o bairro Rádio Clube, Figura 39 com exceção do número total de habitantes
42
Figura 40 Ferrovia
VLT
Ciclovia
Linha de Ă´nibus
Ponto de Ă´nibus
| SISTEMA DE MOBILIDADE |. VLT
Figura 41
Ferrovias
Figura 42
Pontos de ônibus
Figura 43
Ciclovias
Estão presentes nas áreas envoltórias ao Dique Vila Gilda diversas ciclovias, porém, nenhuma delas se estende até a área de estudo, se iniciando muitas vezes em pontos da cidade em que não há proximidade a grandes equipamentos urbanos. Ao sul da área do Dique foi implantado o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que liga as cidades de Santos e São Vicente e tem a potencialidade de se tornar um meio de transporte muito utilizado pela população do Dique Vila Gilda caso seja melhor conectado com outros modais como ciclovias e linhas de ônibus. Desse modo, é possível concluir por meio da análise que área está desconectada em relação aos municípios vizinhos.
Figura 44
44
| ANÁLISE DOS FLUXOS | Após análises em campo e no sistema de informações georreferenciadas da prefeitura de Santos (SIGSANTOS), foi possível identificar os principais problemas relacionados à mobilidade que causam a dificuldade e demora para se deslocar até os principais destinos, tanto nas cidades de Santos e São Vicente quanto dentro da própria área de estudo. Destaca-se ainda o desloca-
Figura 45
mento entre as margens que, por não possuírem transposições, acabam demandando um grande e demorado deslocamento, caso não seja utilizado o barco, meio de transporte que ainda é subutilizado e em alguns momentos, inviável. Alguns dos principais deslocamentos são ilustrados a seguir, tendo como ponto de partida o marco referencial do Instituto Arte no Dique.
Figura 46
Figura 50
Figura 53
Figura 57
Figura 47
Figura 51
Figura 54
Figura 58
Figura 48
Figura 52
Figura 55
Figura 59
Figura 49
Figura 53
Figura 56
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| EQUIPAMENTOS URBANOS | Após o levantamento feito na área, foram localizados equipamentos urbanos em grande quantidade, porém, ao entrevistar os moradores da região, foi possível concluir que muitos não apresentam qualidade e/ou eficiência no atendimento das necessidades da comunidade Dique Vila Gilda. Apesar da presença de áreas verdes livres públicas, as mesmas encontram-se fragmentadas pela cidade, tornando-se insuficiente para a demanda da população. Assim como as áreas livres, há presença de equipamentos de cultura e lazer, que colaboram com uma melhor qualidade de vida para os moradores, porém grande parte desses equipamentos são de cunho particular, como o Golf Club, o Jardim Botânico, entre outros, não acolhendo todas as classes sociais que ali residem. Em uma primeira impressão, existe grande quantidade de equipamentos educacionais, porém ao analisar pelo nível de ensino, nota-se que a quantidade de creches presentes na área não possui raio suficiente para abranger todo território, segundo a lei da educação. Além disso, em entrevista com os moradores, foi falado que por muitas vezes as crianças não querem frequentar o ambiente escolar por não atenderem suas expectativas. Mesmo com poucas instituições de cunho social, estas apresentam um grande resultado para a região, oferecendo diversas atividades e oportunidades que auxiliam a comunidade. Equipamentos como o antigo Lixão de Sambaiatuba, o 2° Batalhão de Infantaria Leve e o Bom Prato Rádio Clube, são equipamentos de pouca presença, porém exercem importante reflexo para a área, além de muitos conflitos. Quanto aos equipamentos de saúde, há pequena quantidade e também não possuem raio suficiente para abranger todo o território, porém os moradores pontuam que são suficientes para a demanda.
0m
100
200
300
400m Figura 60
Equipamentos de Cultura e Lazer
Áreas Livres Públicas
Eq. Institucionais
Eq. de Saúde
Eq. Educacionais
Instituições/Projetos Sociais
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| FRAGILIDADES E POTENCIALIDADES |
Figura 61
Para uma melhor análise a área de estudo foi dividida em oito partes de acordo com as suas fragilidades e potencialidades, o que facilitou o processo de entendimento das suas necessidades e deu base para os objetivos e diretrizes desenvolvidos pela equipe. • Rosa 1: Trata-se de um antigo local de mangue, atualmente apresenta a ocupação mais recente e que, portanto, não possui nenhum tipo de infraestrutura e começa a sofrer com problemas relacionados a aterros e acúmulo de lixo. Em contrapartida, apresenta um grande potencial para a recuperação do mangue e da fauna, além de ser uma possível área para a implantação de projetos socioeducativos devido a proximidade com projetos semelhantes já existentes. • Rosa 2: Por ser uma área com parcelamento do solo já consolidado apresenta um potencial para a implantação de projetos voltados a educação profissionalizante, porém, apesar de ser considerado um local já urbanizado, o abastecimento de água e esgoto é precário, com pontos de aterro e grande acúmulo de lixo. • Rosa 3: Com algumas habitações regularizadas essa parte do território começa a apresentar ocupações irregulares com precariedade no sistema de água e esgoto e o avanço de aterros e volume de lixo. Apesar disso, com incentivo, o local tem potencialidade para desenvolver uma maior relação com o rio e projetos relacionados a ele. • Roxo: Uma das partes mais precárias da área de estudo onde o rio se encontra muito assoreado e com grande avanço das palafitas, falta de
infraestrutura e áreas livres, além da grande discrepância em relação a área urbana em seu entorno. Assim, o local se torna propenso para mudanças imediatas do potencial construtivo. • Azul 1: Área propensa ao uso de lazer e desenvolvimento de atividades voltadas à pesca, mesmo assim, é caracterizada pela ocupação irregular e pelas palafitas que avançam sobre o rio de forma totalmente desorganizada. • Azul 2: Esse local apresenta uma relação mais próxima com o urbano e apresenta um grande potencial para o desenvolvimento de áreas livres verdes e de proteção dos mananciais. Mesmo com habitações regularizadas em alguns pontos há uma grande quantidade de palafitas, sendo um dos trechos mais estreitos do rio. • Verde 1: Caracterizada por construções precárias de alvenaria a área não possui abastecimento de água e tratamento de esgoto, ainda sofrendo grande influência do lixão que, apesar de estar desativado, resulta no grande acúmulo de resíduos sólidos. Apesar disso a área apresenta um grande espaço disponível para a construção de grandes equipamentos voltados para transporte e educação por exemplo. • Verde 2: Área do antigo Lixão Sambaiatuba, atualmente encontra-se sem um uso consolidado e por isso se torna um local de fácil avanço de ocupações irregulares e descarte indevido de lixo. Porém, justamente por não ser uma área consolidada, tem potencial para a implantação de grandes projetos transformadores do território.
50
Proposta
03
| SÍNTESE DE PROPOSTAS | O mapa ao lado foi elaborado reunindo todas as propostas de intervenção da equipe para a área de estudo e seu entorno imediato. Tendo como ponto de partida o Rio dos Bugres e sua relação com o território e seus habitantes, os projetos foram propostos visando a requalificação da área e sua inserção no meio urbano, já que, no contexto atual, o Dique Vila Gilda pode ser considerado uma barreira tanto social quanto física. Para a implantação desses projetos a equipe considerou os locais que apresentavam mais fragilidades e também os com maior potencial de transformação para a área, sempre levando em consideração as condições préexistentes do território e buscando a conexão entre o desenho urbano dos municípios e o desenho proposto, garantindo a livre circulação e acesso na área. Figura 62 Alargamento de via Ciclovia
Dique Vila Gilda <-> Avenida Santista, 632
Áreas de Vegetação / Proteção Ambiental / Vazios Urbanos
Dique Vila Gilda <-> Terminal de São Vicente
Dique Vila Gilda <-> Morro do Ilhéu B
Equipamentos Urbanos Propostos
Dique Vila Gilda <-> Terminal Valongo (Santos)
Dique Vila Gilda <-> Praça Almirante Gago Coutinho, 16118
Equipamentos Urbanos Desenvolvidos
OBJETIVOS
Meio Ambiente
DIRETRIZES
- Reestabelecer um melhor olhar sobre a importância da natureza e dos biomas locais, onde a população possa ter contato e uma melhor abordagem sobre o meio ambiente pertencente a localidade; - Implantação de áreas de preservação e recomposição da fauna e da flora, cobertura vegetal e o rio e seus mananciais, integrando a população a essa nova dinâmica; - Utilização do rio como lazer e circulação da população.
- Revitalização do Rio dos Bugres, através de técnicas de desassoreamento do leito e margens; - Implantação de mini ETE’s e novo sistema de coleta para o tratamento de esgoto com intuito secundário de gerar empregos; - Proposta de criação de áreas de recomposição ambiental (AR), promovendo, em áreas recém desconfiguradas, sua reestruturação ecológica, criando “respiros”; - Remanejo do solo atual e tratamento para restauração do solo lodoso e vida flúvio-marinha;
- Melhorar conexão entre a comunidade e outras áreas nas cidades de São Vicente e Santos; - Reestruturação do perfil viário da área de estudo para melhorar a qualidade nos deslocamentos.
- Abertura de novas vias; - Criação de uma nova ciclovia na área de projeto e interligação à ciclovia existente, valorizando transporte ativo, muito comum na área; - Reestruturação do perfil viário; - Implementação de novo terminal rodoviário para diminuição do tempo de transporte e longas distâncias; - Distribuição de rotas ligando as principais centralidades das cidades; - Implantação de transposições entre as margens de Santos e São Vicente; - Implementação de barco-táxis.
- Regularização das habitações em situação precária.
- Reassentamento de parte da população; - Implantação de novas habitações (vilas e conjuntos habitacionais); - Programa auxiliar para a reforma de habitações; - Incentivo à atividades por meio de uso misto; - Melhoria da qualidade do espaço por meio da criação de novas áreas livres.
- Promover a implantação de equipamentos que atendem a comunidade e o entorno.
- Implantação de um clube náutico, área esportiva e eventos para lazer; - Aumento do número de UPAs e creches; - Criação de um centro de atendimento aos vulneráveis, associado a um centro de psicoterapia; - Edificação de uma usina, escola politécnica e oficinas de construção civil; - Inserção de um centro de pesquisa ambiental; - Construção da sede de associação dos moradores.
Mobilidade
Habitação
Equipamentos Urbanos
| OBJETIVOS E DIRETRIZES |
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Mobilidade
| PROPOSTA | Mapa X
Ciclovia existente Ciclovia Dique Vila Gilda <-> Terminal de São Vicente Dique Vila Gilda <-> Terminal Valongo (Santos) Dique Vila Gilda <-> Avenida Santista 632 Dique Vila Gilda <-> Morro do Ilhéu B Dique Vila Gilda <-> Praça Almirante Gago Coutinho, 16118 Ferrovia
Linha de ônibus existente Ponto de ônibus (final) Terminal rodoviário Terminal VLT Terminal rodoviário Vila Gilda Via compartilhada Via com passagem de ônibus VLT
Após a análise dos tipos e tempos de deslocamentos, percebemos a necessidade de melhora dos tempos e da qualidade dos trajetos, tanto peatonal / bicicleta quanto do transporte público. Como proposta inicial foi inserido um novo modal, o barco-táxi, que será uma alternativa pa-
Figura 63
ra o deslocamento interno da área, com diversos pontos de embarque e desembarque ao longo de ambas as margens do rio. Soma-se ao barco-táxi a valorização da bicicleta como importante meio de transporte local. No mapa ao lado, em laranja, podemos ver a no-
va malha de ciclovias que liga a área de intervenção com o entorno. Com isso, será possível um aumento da qualidade do uso desse meio de transporte que, atualmente, já é o mais utilizado na região por sua topografia favorável. Ao analisarmos ainda sob a ótica da mobilidade, constatamos que não há transposições entre as margens em nenhum momento ao longo do Rio dos Bugres, na área estudada. Mapa X
Em resposta à questão, são propostas três passarelas para pedestres e três pontes rodoviárias, ligando as margens em pontos estratégicos, inseridas de maneira a manter o eixo das vias existentes e promovendo ainda a ligação com os novos equipamentos propostos. Em verde claro observa-se as aberturas de novas vias, com destaque para a área do antigo lixão de Sambaiatuba, que até o presente momento não possuía uma malha rodoviária. Foi dada continuidade à malha existente, seguindo o eixo das ruas já presentes, possibilitando a ocupação da área de maneira ordenada e, assim, trazendo maior qualidade espacial para a comunidade local e vizinha. Por fim, implantamos um novo terminal rodoviário que será o ponto de partida para novas linhas de ônibus propostas apresentadas no mapa ao lado em azul, verde, rosa e amarelo que ligam a área de estudo até Terminal Valongo (Santos), Avenida Santista número 632, Morro do Ilhéu B, Praça Almirante Gago Coutinho numero 16118, Terminal de São Vicente, respectivamente. Sendo pontos estratégicos na
Figura 64 Abertura de via Alargamento de via Ciclovia existente Ciclovia Linha de ônibus existente Ponto de barco-táxi
Ponto de ônibus existente Terminal rodoviário Vila Gilda Transposição Via com passagem de ônibus Vista
cidade, esses destinos possibilitam a redução de tempos de deslocamentos e a intermodalidade de transportes como o VLT. Esse sistema possibilitará a redução drástica do tempo de deslocamento para outras áreas de ambas as cidades .
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| PROPOSTA DE PERFIS VIÁRIOS | Abaixo temos algumas imagens dos padrões vias existentes, que vão sofrer alteração juntamente com seus perfis propostos para melhorar a qualidade do deslocamento dos moradores do Dique em relação ao seu entorno.
2
Via com Passagem de Ônibus
Figura 65
3
Figura 66
4
Figura 67
5
Via com Passagem de Ă&#x201D;nibus + Ciclovia
Figura 68
6
Figura 69
7
Figura 70
60
| PROPOSTA DE PERFIS VIÁRIOS | Via com Passagem de Ônibus com Parada + Ciclovia
2
Figura 71
Via Compartilhada 1a
Figura 72
1b
Figura 73
Figura X
Figura X
Figura 74
Figura 75
62
Meio Ambiente
| RESTAURAÇÃO DO BIOMA | A restauração dos manguezais é um dos pontos pensados pelo plano ambiental proposto neste trabalho. Tal restauração não pode ser realizada através de uma reposição simples das espécies retiradas, para isso devemos observar alguns pontos:
•
Entender a ecologia das espécies vegetais típicas presentes no local degradado, incluindo padrões reprodutivos, distribuição de propágulos e condições ideais para o desenvolvimento de plântulas.
•
Compreender o padrão hidrológico existente, tais como: regime das marés, vazão do rio, ou curso d’água, precipitação e evapotranspiração. Esse passo é de extrema importância para o sucesso desse restabelecimento.
•
Buscar entender as alterações ambientais e outras possíveis causas da degradação do bioma.
•
Monitoramento de médio e longo prazo, com mínimo de 5 anos. Nessa ação é necessária uma minimização da participação e intervenção humana no local.
•
Restauração hídrica e do solo. Nas áreas estudadas, a destruição da cobertura vegetal é acompanhada da expansão urbana. Em meio a essa expansão, ocorreu a colocação de sedimentos no curso do rio para funcionar como base para a construção de novas residências. Esse aterramento eleva o nível do solo para evitar o contato das construções com a água, já que existe uma variações de altura, porém, esse processo acarreta na destruição do solo lodoso existente. Para a sua recuperação é necessário a retirada de boa parte desses sedimentos, além da limpeza do rio, que devido a falta de infraestruturas regularizadas de coleta, hoje apresenta diversos problemas com a eliminação de dejetos provenientes dessas habitações.
ESPÉCIE
CARACTERÍSTICAS
PORTE
Asistásia Branca (Asystasia gangetica)
Herbácea perene, adequada para pleno sol ou meia sombra
30-50 cm
Hera Roxa (Hemigrapihis alternata)
Herbácea perene, adequada para pleno sol ou meia sombra
15-20 cm
Olho Preto (Thunbergia alata)
Trepadeira volúvel, crescimento amparado por suporte, a pleno sol
7-11 cm
Periquito (Alternanthera sessilis)
Herbácea perene, adequada para pleno sol em maciços contínuos
20-30 cm
Lírio Aranha (Hymenocallis littoralis)
Herbácea bolbífera, meia sombra, solo bem umedecido
40-60 cm
Alamanda Roxa (Allamanda blanchetii)
Arbusto sublenhoso, pleno sol e conduzidas por trepadeiras
50-150 cm
Jasmim Manga (Pluméria rubra)
Arvoreta ou arbusto grande, cultivo a pleno sol
3-6 metros
Jasmim de Leite (Tabernaemontana laeta)
Arbusto grande e ramificado, conduzida a partir de poda, cultivo a
2-4 metros
pleno sol, planta rústica e também cresce na areia Filodendro Rasteiro (Philodendro renauxii)
Herbácea reptante, cultivo a meia sombra e solo úmido
40-60 cm
Hera da Algéria (Hedera canariensis)
Trepadeira semi lenhosa, meia sombra e pleno sol, atribuída como
20-30 cm
forração Coco da Praia (Allagoptera arenaria)
Palmeira de caules curtos, tolera solos arenosos com alto teor de sal
2-3 cm
Buri da Praia (Allagoptera brvicalyx)
Palmeira cespitosa, recomendada para jardins e parques, sol pleno
1,2-1,5 metros
Serenoa (Serenoa repens)
Palmeira de troncos, folhas em leque, tolerante a solos arenosos,
0,5-1,5 metros
recomendada para jardins e parques, cultivo a pleno sol.
Picão da Praia (Sphagneticola trilobata)
Herbácea perene, cultivo a pleno sol e meia sombra em regiões tropi-
40-60 cm
cais e subtropicais, tolerante a locais úmidos e inundáveis. Begônia Prateada (Begonia venosa)
Herbácea perene, meia sombra.
30-50 cm
Jacuacanga (Heliotropium lanceolatum)
Herbácea suculenta, de ramos prostrados halófita perene, tolerância a
20-30 cm
solos arenosos. Bromélia (Aechmea aquilega)
Herbácea terrestre, clima tropical, cultivada em regiões litorâneas, a
30-60 cm
pleno sol e meia sombra. Ajuru (Chrysobalanus icaco) Clúsia (Clusia fluminensis)
Arbusto lenhoso, resistente a altos níveis de sal, e solos arenosos,
3-4 metros arvoreta
cultivadas em jardins e parques e a beira mar, e a pleno sol, frutífera.
e arbustiva até 1 m
Árvore pequena das restingas e litoral, cultivado a pleno sol e meia
até 5 metros
sombra, poda frequente para evitar o porte arbóreo. Tolerante a sali-
nidade. Dama da Noite (Ipomoea alba)
Trepadeira substrativa, cultivadas em parques e jardins, tolerante a
...
ambientes muito úmidos e encharcados, presença em locais quentes. Salsa Brava (Ipomoea asarifolia)
Herbácea perene, prostrada ou trepadeira, cultivadas em restingas e
...
zonas litorâneas, locais úmidos, nas margens de rios, lagos e praias, pleno sol. Anil de Gramado (Indigofera campestris)
Herbácea perene, prostada, cultivada a pleno sol, como forração, indi-
20-30 cm
cada para regiões quentes. Esponjinha Vermelha (Calliandra tweediei)
Arbusto lenhoso, ramificado, plantio a pleno sol, crescimento através
2-4 metros
de moitas ou isolados.
Helicônia Papagaio (Heliconia psittacorum)
Herbácea rizomatosa, cultivada como planta isolada e logo se forma
1,5-2 metros
amplas colônias, pleno sol. Íris da Praia (Neomarica candida)
Herbácea rizomatosa, nativa das restingas litorâneas, folhas laminares
40-60 cm
lanceoladas, cultivada a meia sombra, cultivada em canteiros bem irrigados e com terras tratas periodicamente, predominante em regiões quentes e úmidas. Grama Inglesa (Stenotaphrum secundatum)
Herbácea reptante, proporcionando um tapete denso, tolerante a
15-20 cm
salinidade, não resistente a sombra a ao pisoteio. Araçarana (Tocoyena bullata)
Arbusto grande, lenhoso, cultivado a pleno sol ou meia sombra, planta
2-3 metros
nativa rara do litoral, e está correndo risco de extinção. Flor do Guarujá (Turnera subulata)
Herbácea perene, cultivada a pleno sol em grandes maciços ou jardi-
30-50 cm
neiras. Crescimento até em terras pobres em nutrientes, e solos arenosos. Dracena Guarda Chuva (Dianella ensifolia)
Herbácea ereta, folhas lanceoladas, planta rútica, solo bem drenado,
0,6 a 1,2 metros
predominância em todo o pais. Observação: Referências - Harri Lorenzi; Plantas para Jardins no Brasil
66
| RESTAURAÇÃO DO BIOMA | ESPÉCIES
FORMAÇÃO VEGETAL
UMIDADE SOLO
Mangue Branco (Laguncularia racemosa)
Mangue
Alta
Bela do Brejo (Gaylussacia brasiliensis)
Restinga e Mata de Brejo
Alta
Sangra - d'agua (Croton urucurana)
Mata Ciliar e Mata de Brejo
Alta
Licurana (Hyronima alchornioides)
Restinga
Alta
Marmelo do Mangue (Dalbergia ecostophylla)
Mangue e Restinga
Média
Suinã Canivete (Erythrina speciosa)
Restinga, Mata de Brejo e Mata Ciliar
Alta
Algodão da Praia (Hibiscus pernambucensis)
Mangue e Restinga
Alta
Pixirica do Brejo (Miconia ligustroides)
Mata de Brejo e Mata Ciliar
Alta
Cedro do Brejo (Cedrola odorata )
Mata de Brejo e Mata Ciliar
Alta
Marinheiro (Guarea guidonea)
Mata de Brejo e Mata Ciliar
Média
Ingá Banana (Guarea guidonea)
Restinga, Mata de Brejo e Mata Ciliar
Alta
Goiaba (Psidium guajava)
Restinga, Mata de Brejo e Mata Ciliar
Média
Araça Amarelo (Psidium cattleianum)
Restinga, Mata de Brejo e Mata Ciliar
Média
Pitanga (Eugenia uniflora)
Mata Ciliar, Floresta Ombrófila Densa e Estacional
Média
Calabúria (Muntinga calabura)
Mata de Brejo e Mata Ciliar
Média
Embaúba (Cecropia)
Mata de Brejo e Mata Ciliar
Média
Cambuci (Campomanesia phaea)
Mata de Brejo e Mata Ciliar
Média
Mangue Vermelho (Rhizophara mangie)
Mangue
Alta
Limãozinho da Praia (Ximeria americana)
Mangue
Alta
Jenipapo (Ximeria americana)
Mata de Brejo e Mata Ciliar
Alta
Mangue Siriuba (Avicennia schaueriana)
Mangue
Alta
Pau Viola (Cytharexyllum myrianthum)
Mata de Brejo e Mata Ciliar
Alta
Tarumã (Vitex montevidensis)
Mata de Brejo e Mata Ciliar
Média
Mangueira (Mangifera indica)
Mata de Brejo e Mata Ciliar
Média
Observações Regiões bioclimáticas apontadas na tabela são referentes a classificação do clima pelo sistema de koppen onde temos as seguintes pontuações: 0 ou AF - clima tropical sem estação seca; 1 ou AW - clima tropical; 2 ou CWA - clima quente com inverno quente; 3 ou CWB - clima temperado com inverno quente; 4 ou CFA clima quente sem estação seca; 5 ou CFB clima temperado sem estação seca. Figura 73
Com base na analise (pág. 22), o mapa gerado apresentou uma realidade muito distante de sua preexistência (situação atual). Com isso foi articulado um plano de reestruturação ambiental para a área, que busca alternativas de integração entre a natureza e o homem, e que se aproxime o máximo possível do cenário apresentado no mapa ideal de reflorestamento, visando retomar parte da antiga presença ambiental na região.
Figura 77
Figura 78
Figura 76
Figura 79
| PLANO AMBIENTAL |
68
| PLANO AMBIENTAL | - AR - Área de Recomposição Ambiental Parte da proposta para o plano de Restauração ecológica, a diretriz AR (área de recomposição ambiental), faz menção a intenção da equipe em intervir e renaturalizar áreas degradadas referentes ao bioma mangue, restabelecendo a biodiversidade dele. A partir dessa diretriz podemos atrelar outras com o objetivo de implementar políticas de reeducação ambiental para a população, além da possibilidade de geração de renda. A diretriz atua como uma intervenção direta em áreas específicas, cuja remoção do bioma se deu recentemente. Tendo como método para tal ação de recomposição reconhecer e entender o motivo da degradação e a reestruturação do solo lodoso, através da retirada do solo arenoso e do entulho que foram utilizados pela população para aterramento das regiões. Após a recuperação que será feita com auxílio da força humana, registros e estudos terão que ser feitos no solo, e através disso, o plantio de plântulas (sementes) da vegetação secundária e o plantio de mudas da vegetação pioneira consegue, desde que respeitado o isolamento da área, uma recomposição natural e completa do bioma. - AC - Áreas de uso coletivo dos espaços renaturalizados As áreas de uso coletivo atuam através da identificação de vazios urbanos, ou áreas próximas ao que chamamos de pontos sensíveis. Aparecem em leitos de canais que desaguam no Rio
dos Bugres, e outros pequenos afluentes e rios urbanos que tem uma presença marcante nas cidades. Nessas regiões tem-se a proposição de recortes e atravessamentos no tecido urbano que atuam como respiros, trechos de recomposição do solo, inserção de regiões permeáveis, implantação de jardins de chuva, pontos de uso coletivo e lazer para a população. - Corredor Juntamente às questões de mobilidade, foi pontuado a Avenida Hugo Maia como um balizador de ligação entre a área norte e sul do projeto. Isso se dá através de diferentes modais, sendo mencionada nessa temática devido a presença de um canal, considerada também uma área sensível dentro da cidade. Através dessa diretriz, existirá um eixo de estruturação verde que atuará como cílios para o canal, protegendo e proporcionando uma maior interação com o pedestre. - Via Interna Apresenta-se como uma via proposta interna ao maciço urbano existente, onde ela atuará com viés de ligação entre as áreas coletivas, além de proporcionar a chegada da infraestrutura as palafitas e articular as propostas habitacionais das vilas/ condomínios. - Via Compartilhada Eixo ligado a questões de mobilidade, um ponto importante para as questões ambientais. Através dela ocorre uma amarração das áreas de uso coletivo propostas, atuando assim como um papel de ligação e acesso, mas com um desenho diferente do Corredor.
Figura 80
70
| RESPIROS URBANOS | AZUL De acordo com a diretriz AC, das áreas de usos coletivos, foram propostos recortes na malha urbana, a partir da identificação de áreas livres e ociosas dentro do complexo do Dique Vila Gilda. Em alguns casos ocorrerá a desapropriação de certas partes de terreno ocupadas por tipologias residenciais para a locação de áreas livres, pontos de recomposição de espécies vegetais típicas da região, articulação de pontos de interação entre a população e o Rio dos Bugres, propostas de conexões relacionadas ao deslocamento e mobilidade da população do bairro, além da implantação de possibilidades de comércio diversificado e de pontos de lazer. Essas são as principais características presentes nos recortes projetados. No recorte no extremo norte da área de estudo, devido a sua proximidade com áreas de lazer existentes na comunidade, manteve-se tal característica com a implantação de quadras para vôlei de areia, que visam trazer ainda mais movimento para região. Com isso, os moradores conseguem articular a abertura de comércios, transformando cômodos das residências em comércios locais, possibilitando assim uma geração de renda e Figura 81
incentivando o comércio local, que se apresenta pouco presente na comunidade. Ao centro do mapa, propõe-se mais um recorte. Com a localização lindeira desses comércios, articulou-se áreas vegetadas com plantas e árvores típicas da região, apresentadas na tabela (pág. 65 - 66), atrelada à espaços de permanência para a população, com a proposição de equipamentos e mobiliários urbanos. Mais próximo ao Rio dos Bugres estão presentes áreas de permanência e acesso da população para banho de rio, além de cais de acesso ao barco táxi, transporte fluvial proposto para auxiliar na mobilidade dos moradores gerando ainda uma nova fonte de renda para a população. Juntamente ao barco táxi, o projeto intitulado de “Vias de Borda” é um conjunto de vias constituídas em decks elevadas em relação ao nível da água. Sua estrutura é próxima a das palafitas, e tem a função de auxiliar na mobilidade dos moradores e em certos pontos proporcionar áreas de permanência para os habitantes, tendo ainda a função de conectar a infraestrutura de água potável e captação de esgoto das residências que se encontram mais próximas do rio à rede pública. Com o projeto aplicado à área, ele auxiliaria na regeneração do rio e recomposição de sua fauna, além de possibilitar o uso humano e funcionar como um limitante do crescimento urbano.
VERMELHO Nas áreas demarcadas em vermelho, há recortes com uma maior dimensão e neles foram articulados projetos de conexão entre as duas cidades através do Rio dos Bugres por pontes com tráfego pedonal e de veículos. Nas áreas citadas anteriormente, ocorreu a implantação dos parques lineares. Ele é trabalhado às margens do rio de maneira controlada, com pontos de acesso ao rio, decks para acesso a população, quadras, campos de futebol, áreas de preservação de maciços, leitos de canais que desaguam no rio e edificações, como a associação dos moradores, UPA e outros equipamentos de apoio aos residentes do bairro. Outros equipamentos propostos no projeto são: áreas voltadas ao comércios, áreas de permanência, mobiliários urbanos específicos e pontos de estruturação de mobilidade aquática.
Figura 82
72
| REESTRUTURAÇÃO DA MALHA SANITÁRIA | Conforme apresentado nos mapas de análise (pág.38-42), grande parte das infraestruturas básicas do Dique Vila Gilda é irregular, com isso, foi desenvolvido um projeto que prevê adequação ao acesso à todas as instalações sanitárias. Para o projeto de abastecimento de água será elaborada uma malha considerando a rede já existente, através de ramificações e canais estruturantes que serão ampliados. Essas tubulações serão localizadas nas vias de borda e nas vias de acesso ao lote propostas. O sistema de esgoto foi planejado seguindo o mesmo raciocínio, implantando novas ramificações na malha já existente. A fim de aliviar o grande volume nas Estações de Tratamentos de Esgoto (ETE’s) existentes, oito novas unidades de pequeno porte foram projetadas ao longo da área, locadas de maneira a evitar a utilização de Estações Elevatórias de Esgoto (EEE). Via peatonal de acesso ao lote ETE Área de abrangência da E.T.E Canal Ladrões de água Respiros urbanos
Ponto de coleta de lixo Tubulação existente de água Tubulação existente de esgoto Tubulação proposta de água Tubulação proposta de esgoto Figura 83
Figura 84
Figura 87
Acesso ao lote Faixa de Circulação
Área de Permanência
Figura 85
Figura 88
Por fim, os resíduos sólidos serão recolhidos através de pontos de coleta implantados nos respiros urbanos, tendo acesso pela via Caminho São Conrado, que será ampliada, possibilitando a passagem do caminhão para chegada até tais pontos.
Figura 86
74
| LIMPEZA DO RIO DOS BUGRES | O Rio dos Bugres é um grande agente estruturador e potencializador para expansão econômica e interações sociais da comunidade do Dique Vila Gilda. Para isso, um projeto foi traçado e faseado a fim de promover a limpeza e a posterior renaturalização do rio. Em um primeiro momento, visando uma limpeza emergencial, é feito o gradeamento (1) dos córregos que deságuam no rio, barrando toda a sujeira advinda destes, não aumentando o volume de resíduos já existente. A partir disso, se inicia então a técnica de dragagem (2), que utiliza de uma embarcação especial que permite o desassoreamento e alargamento do leito do rio.
ETE Área de Abrangência ETE Canal Gradeamento Áreas verdes Aberturas Urbanas Alargamento do Leito do Rio Projeto das Lagoas Filtrantes Figura 89
Vale ressaltar que o processo de alargamento se deu após estudos de possibilidades e reassentamento da população. Posteriormente, é realizado o processo de flotação (3) que permite a separação físicoquímica dos resíduos através da coagulação, fazendo com que as partículas de impurezas flutuem no rio, permitindo a retirada deles. Por fim, técnicas ecológicas (4) são implantadas através de lagoas filtrantes, posicionadas nos encontros do rio com os córregos, já que es-
1 - | GRADEAMENTO |
ses são os principais meios de contaminação, permitindo assim a retirada dos poluentes através das plantas aquáticas, reequilibrando as condições naturais do rio e viabilizando o crescimento da fauna e flora local. Junto a isso, são implantadas ETE’s, que promovem o tratamento do esgoto urbano, fazendo com que seja coletado e tratado, mitigando o seu descarte irregular, a fim de auxiliar na manutenção da limpeza do rio.
4 - | TÉCNICA ECOLÓGICA | Algumas espécies de aguapé indicadas para a técnica ecológica: - Folha de Capim (acorus gramineus) - Samambaia Gigante do Brejo (acrostichum danaeifolium) - Inhame Preto (colocasia esculenta) - Sombrinha Chinesa (cyperus alternifolius) - Jacinto de água comum (eithhornia crassipes)
Figura 90
2 - | DRAGAGEM |
Figura 91
Figura 93 Figura 94
3 - | FLOTAÇÃO |
Figura 92
76
Habitação
| ZONEAMENTO |
Largo da Pompéba
Rádio Clube
ZEIS I - regularização fundiária - uso misto, gabarito máx. 7 pavimentos ZEIS II - conjuntos habitacionais edificados
Vila Jóquei Clube
Sistema de proteção ambiental - permitido apenas edificações de equipamentos públicos, comercio e serviço Área de urbanização preferencial (São Vicente) Área de adensamento sustentável (Santos) - uso misto, gabarito máx. 10 pavimentos
Mapa X
Figura 95
Apesar da área de estudo se situar dentro de zonas que visam o adensamento, habitações populares e de interesse social e também o aumento do uso comercial e de serviço, sentiu-se a necessidade da implantação de zonas especiais que agem como uma base para a regularização e fomento das propostas de projeto elaboradas pela equipe. Desse modo, as zonas foram propostas com o objetivo de incentivar o adensamento e o uso misto
na área, preservar a questão ambiental e facilitar o processo de regularização levando em consideração suas condições pré-existentes. A delimitação das zonas, assim como as nomenclaturas, foram feitas de acordo com o plano diretor dos municípios e adaptadas segundo as propostas da equipe, a fim de gerar uma maior uniformidade no local: Sistemas de Proteção Ambiental (Santos e São Vicente): Essa zona unifica as Áreas de Recomposi-
ção Ambiental (AR) e as Áreas de Uso Coletivo dos Espaços Renaturalizados (AC) que foram propostas pela equipe em substituição a Zona Especial de Proteção Ambiental (ZEPAM) e Zona de Preservação e Desenvolvimento Sustentável (ZPDS) previstas pelo município de São Vicente. Além da mudança de nomenclatura houve a revisão da delimitação dessas áreas, aplicando essas definições também para o município de Santos. Para garantir a preservação dessa zona é permitido apenas o uso institucional (público), comercial e serviço. Zonas Especiais de Interesse Social I (ZEIS I Santos e São Vicente): Seguindo a mesma definição das leis municipais, essa zona trata das ocupações atualmente irregulares que passarão pelo processo de regularização fundiária, visando mais qualidade de vida para a população residente e a integração da área com o urbano. Permite-se o uso habitacional, comercial, serviço e institucional (incentivo ao uso misto – habitacional/comercial-serviço), com um gabarito máximo de 7 pavimentos, de modo a promover um adensamento preservando as características da área. Zona de Qualificação Urbana (ZU - São Vicente): Mantendo as especificações descritas no plano de São Vicente, a ZU trata-se de uma zona que visa um projeto de parcelamento, uso e ocupação do solo, que devido suas condições especiais pode apresentar normas próprias para o parcelamento, desde que seja capaz de:
“criar condições para o desenvolvimento social, econômico e ambiental de forma estratégica, onde se pretende a requalificação do espaço urbano incorporando o desenho urbano ao processo de planejamento (...)” (São Vicente - Lei Complementar n° 987, pág. 13, Cap. IV, Art. 15, § VIII).
Desse modo, a equipe atribuiu normas para a área que viabilizam os projetos de intervenção propostos, permitindo o uso habitacional, comercial, serviço e institucional, com o incentivo às Habitações de Interesse Social (HIS), Habitações de Mercado Popular (HMP) e ao uso misto, com um gabarito máximo de 10 pavimentos, já que, por se tratar de uma área mais afastada do rio e das áreas de proteção ambiental, é possível o desenvolvimento de um gabarito mais alto. ZEIS II’ (Santos e São Vicente): São os conjuntos habitacionais existentes, caracterizados como ZEIS II nas leis municipais antes de serem edificados. Área de Adensamento Sustentável II (Santos) e Área de Adensamento Sustentável (São Vicente): Visa incentivar o adensamento e o uso misto no entorno da área de estudo de acordo com a definição das leis municipais: AAS II: “(...) pretende incrementar a densidade construtiva, demográfica, habitacional, com incentivos às Habitações de Interesse Social (HIS) e de Habitação de Mercado Popular (HMP) para a população de baixa e média rendas, além de promover atividades urbanas articuladas com oferta de serviços, equipamentos e infraestrutura urbana, visando aumentar as oportunidades de trabalho, emprego e geração de renda;” (Santos - Lei Complementar n° 1.005, pág. 50, Cap. III, Seção II, Art. 12, § VI b). AAS: “promover maior aproveitamento do solo urbano nas proximidades dos sistemas de transporte coletivo público, com aumento na densidade construtiva, demográfica, habitacional e de atividades urbanas articuladas com oferta de serviços, equipamentos e infraestruturas urbanas, (...)” (São Vicente - Lei Complementar n° 917, pág. 27, Cap. V, Seção III, Art. 46, § I).
80
| REASSENTAMENTO | Critérios de Demolição Para fazer a intervenção na área a equipe definiu como prioridade a oferta de uma melhor qualidade espacial (infraestrutura, salubridade e
acessibilidade), tentando manter o maior número possível de habitações já existentes. Foram retiradas habitações apenas de áreas de interesse público e ambiental, ou seja, onde havia um estreitamento muito grande do leito do rio, áreas onde
Largo da Pompéba
Rádio Clube
Vila Jóquei Clube Habitações Removidas (1.635 unid. Habitacionais) Habitações Regularizadas (2.373 unid. Habitacionais) Área de Projeto (2.024 unid. Habitacionais) Mapa X Figura 96
seriam instalados os respiros (que foram posicionados seguindo as vias urbanas e levando em consideração as vielas existentes na ocupação) e a ampliação das vielas para a passagem de infraestrutura e acesso às habitações, e onde estariam situadas as áreas de proteção ambiental e recuperação de mangue definidas pela equipe. Também foram retiradas habitações dos locais que apresentaram potencial para a instalação de novos projetos de habitação social com boa infraestrutura e que resgatasse a memória coletiva local, seja pela proximidade com outras propostas da equipe, como equipamentos e oferta de mobilidade e/ou por serem áreas com poucas habitações edificadas. Por se tratar de uma ocupação irregular a maioria das habitações se encontram como edificações geminadas, sendo assim, a demolição terá que ser feita de maneira pontual, ou seja,
Figura 97
Figura 98
quando necessário a retirada de uma edificação geminada a parede em comum entre as habitações não poderá ser demolida. Para exemplificar foram elaborados dois modelos, as figuras 97 e 99 representando as situações onde as edificações a serem demolidas se encontram entre as vielas já existentes, e as figuras 98 e 100 onde estão representadas as paredes que serão retiradas no caso das habitações geminadas. Com o objetivo de preservar o meio ambiente e gerar o mínimo de resíduos, os materiais que após a demolição estiverem em condições de reuso serão destinados à Escola Técnica de Edificação e ao Kit Reforma (projeto desenvolvido pela equipe para a regularização das habitações).
Figura 99
Figura 100
82
| REASSENTAMENTO | Regularização Fundiária Devido a área de estudo ter se consolidado de maneira irregular ela não se adequa aos parâmetros urbanos definidos na lei de uso e ocupação do solo dos municípios, assim, a equipe definiu os próprios critérios para que as habitações que permanecerão na área sejam consideradas habitações regulares: • Preparação para a instalação de infraestrutura (água, esgoto e eletricidade) • Estabilidade estrutural • Mínimo de duas aberturas para ventilação • Oferecer conforto ao morador Essa regularização se dará, portanto, através do Kit Reforma, um programa de financiamento em parceria com o governo dos municípios de Santos e São Vicente. Primeiramente, é
Figura 101
feito um cadastro das habitações no programa e assim é realizada uma avaliação do imóvel, que orientará a montagem do Kit de acordo com a necessidade de cada um, abrangendo todos os critérios de regularização, e seu pagamento podendo ser realizado em até 18 vezes de acordo com a renda do proprietário. Após essa etapa, a reforma será realizada pelos próprios moradores do Dique Vila Gilda que tenham frequentado o curso de edificações oferecido pela Escola Técnica da área, com o valor já incluso no orçamento. O Kit Reforma também oferece um incentivo ao uso misto, principalmente às habitações voltadas para os respiros e vielas, para que ocorra um maior fluxo de pessoas na área por meio das fachadas ativas.
Figura 102
Novas Habitações Assim como seu entorno, o Dique Vila Gilda apresenta um baixo gabarito (até 2 pavimentos), desse modo, para que as famílias reassentadas tenham um sentimento de pertencimento, as novas habitações foram pensadas priorizando o gabarito baixo por meio da tipologia de vilas e edifícios de até 5 pavimentos dentro da área de estudo. Com isso foram apontados quatro áreas de projeto, sendo três dentro do limite do Dique Vila Gilda estabelecido pela equipe, em locais subutilizados ou não utilizados, e uma no bairro Vila Jóquei Clube, em São Vicente. 1 - O Jóquei Clube de São Vicente, que atualmente está desocupado e passando por processo de leilão, foi escolhido como uma dessas áreas, já que devido a decisão de priorizar as tipologias em vila, teve-se a necessidade de um espaço amplo que comportasse grande parte das famílias reassentadas, além do fato de que essa porção do território faz parte da Zona de Qualificação Urbana (ZU) que prevê o projeto de parcelamento e ocupação do solo. Toda a área do Jóquei foi dividida em quadras a partir de uma primeira disposição das novas vias, seguindo a malha viária das quadras em seu entorno, adaptando o desenho conforme os estudos para a implantação das novas habitações (unifamiliares e multifamiliares) que, principalmente no caso das vilas, foram pensadas visando a criação de espaços livres entre as edificações,
os pátios, como uma forma de remeter aos respiros e vielas do Dique. Além disso, foram criados dois parques lineares, com um desenho orgânico, como um espaço verde livre público para suprir a necessidade do bairro (como analisado no estudo do uso do solo) e também como uma referência ao Rio dos Bugres e toda a questão ambiental tratada na área de estudo.
Figura 103
Figura 104
2 - Vila I: localizada ao norte da área de estudo, era um local subutilizado com poucas habitações e em situação precária onde foram propostas novas habitações unifamiliares.
Figura 105
84
| REASSENTAMENTO | 3 - Vila II: localizada ao sul da área de estudo, próxima ao lixão desativado, tratava-se de locais sem uso e sem edificações onde foram propostas novas habitações unifamiliares e multifamiliares.
4 - Vila Palafita: ao norte da área de estudo, o local foi escolhido por estar situado próximo a outros projetos da equipe como uma das novas travessias do rio, além de ter uma menor concentração de edificações em comparação com as outras partes do Dique. As habitações unifamiliares propostas se encontram elevadas por meio de plataformas, uma forma de prevenção aos alagamentos e referência as palafitas da área .
Figura 108
Figura 106
Tipologias
•
•
• 7,50
7,50
Tipologia 1 Unifamiliar - 1 pavimento Localização: Vila Palafita Metragem: 56,25m² Unidades: 178 unidades habitacionais
Figura 107
Tipologia 3 Unifamiliar - 1 pavimento Localização: Vila II e Vila Jockey Club Metragem: 72m² Unidades: 449 unidades habitacionais
7,50
10,00
Tipologia 2 Unifamiliar - 1 pavimento Localização: Vila Palafita Metragem: 75m² Unidades: 36 unidades habitacionais
Figura 109 6,00
12,00
Para suprir a demanda de novas habitações devido ao reassentamento foram desenvolvidas 9 tipologias de acordo as particularidades de cada área:
Figura 110
12,00
Tipologia 4 Unifamiliar - 2 pavimentos, uma unidade por pavimento com acessos independentes 6,00 Localização: Vila I e Vila Jockey Club Metragem: 72m² Unidades: 294 edificações, totalizando 588 unidades habitacionais Figura 111 Tipologia 5 Multifamiliar - térreo com uso misto + 3 pavimentos residenciais 4 habitações por pavimento Localização: Vila II Metragem: Por pavimento - duas unidades de 60m² e duas unidades de 75m² Unidades: 5 torres, totalizando 60 unidades habitacionais 30,00
12,00
•
Figura 112
7,50
Tipologia 8 Multifamiliar - térreo com uso misto + 5 pavimentos residenciais 4 habitações por pavimento Localização: Vila Jockey Club Metragem: Por pavimento - duas unidades de 60m² e duas unidades de 75m² Unidades: 8 torres, totalizando 160 unidades habitacionais 30,00
Figura 115
•
Tipologia 9 Multifamiliar - térreo com uso misto + 8 pavimentos residenciais 4 habitações por pavimento Localização: Vila Jockey Club Metragem: Por pavimento - duas unidades de 60m² e duas unidades de 75m² Unidades: 10 torres, totalizando 320 unidades habitacionais 30,00
12,00
Tipologia 6 Unifamiliar - 1 pavimento Localização: Vila Jockey Club Metragem: 60m² Unidades: 79 unidades habitacionais
8,00
•
•
12,00
•
Figura 113
•
Figura 116
8,00
Tipologia 7 Unifamiliar - 2 pavimentos, uma habitação por pavimento com acessos independentes 7,50 Localização: Vila Jockey Club Metragem: 60m² Unidades: 77 edificações, totalizando 154 unidades habitacionais Figura 114
86
Equipamentos Urbanos
| PROPOSTA | Seguindo o levantamento realizado e os raios de influência, foram propostos mais 3 postos de saúde com raios de 1.000 metros, 5 áreas verdes livres com raios de 600 metros, 51 creches com raios de 300 metros e 1 batalhão policial com raio de 2.000 metros de abrangência. Adentrando na área do Dique Vila Gilda, a equipe propôs a implantação de 12 novos equipamentos que buscam trazer melhorias na qualidade de vida dos moradores, além de maior integração entre eles e novas oportunidades de trabalho. As conexões, foram pensadas relacionando as novas travessias, a via de borda e o parque linear, proporcionando uma continuidade nas atividades. Equipamentos desenvolvidos pela equipe Equipamentos propostos 1 - Área de Eventos 2 - Centro de Pesquisa Ambiental 3 - Centro de Acolhimento aos Vulneráveis + instituto de psicoterapia 4 - Centro Cultural 5 - Associação dos Moradores 6 - UPA 7 - Creches 8 - Clube Náutico 9 - Usina de Biomassa e Reciclagem 10 - Terminal Rodoviário 11 - Escola Politécnica 12 - Área Esportiva
Figura 117
Algumas soluções paliativas como jardins de chuva e pisos drenantes foram adotadas ao longo da área a fim de prevenir o alagamento comumente presente. Estão dispostas em todo o projeto, tendo maior destaque nos respiros urbanos desenvolvidos e ao lado podemos ver um corte esquemático desses sistemas. Vala de Manutenção Orifício de Drenagem Biofiltro Nível de Transição Camada Base
Parede de Perímetro
Figura 121
Figura 118
Material de Rejunte
Piso Paver Drenante Camada de Assentamento Base
Sub-base Tubulação de Drenagem Figura 119
Subleito Figura 122
Material de Rejunte
Cama da Revestimento
Camada de Assentamento Geotêxtil não tecido
Base/Sub-base Subleito
Figura 120 Figura 123
Piso Paver Drenante
*97% de Permeabilidade
*Concreto Poroso
*Instalação: Principalmente para Áreas Externas
| MEDIDAS PALIATIVAS |
90
Projetos Individuais
| ร REA NORTE|
1 2
3
4
1 Ruan Miele 2 Camila Bonomi 3 Ana Flรกvia Pimenta 4 Luisa Zotin
| ÁREA SUL|
5
6
7 8
5 Ana Beatriz Duarte 6 Gabrielle Gussi 7 Guilherme Yoshihara 8 Isabelle Camiña
| CENTRO DE PESQUISA AMBIENTAL GUARÁ - Ruan Miele | Implantação Ampliada
Referências Projetuais
97
| CENTRO DE PESQUISA AMBIENTAL GUARÁ - Ruan Miele | Planta Térrea
Primeiro Pavimento
99
| CENTRO CULTURAL - Camila Bonomi | Implantação Ampliada
Referências Projetuais
Rebildporten Arquiteto: Cebra Local: Dinamarca Ano: 2013
Fundação Gulbenkian Arquitetos: R. Athouguia, P. Cid e A. Pessoa Local: Lisboa Ano: 1969
Unilivre Curitiba Arquiteto: Domingos Bongestabs Local: Paraná Ano: 1991
QUAL A ÁREA? •Localizada entre Av. Mecanizada 7000, a nova ciclovia e travessia proposta (pedestres). •Próximo ao centro de pesquisa ambiental, Área de Preservação e Palafitas propostas. •Área: 3.500 m². •Topografia plana. POR QUE DA ÁREA? QUAL A AMARRAÇÃO DO EDIFÍCIO COM O TERRITÓRIO? •Presença dos novos equipamentos, •Proximidade com o rio e área de preservação (relação com a natureza), •Possibilidade de criação de novo eixo de fluxo, •Região com caráter social e educativo (presença de entidades de ensino). POR QUE DO PROGRAMA E QUAL É O PARTIDO ARQUITETÔNICO? •Geração de emprego e renda, •Integração entre equipamentos •Enaltecer relação do individuo e a natureza •Promover lazer e atividades culturais.
101
| CENTRO CULTURAL - Camila Bonomi | Planta Térrea
Primeiro Pavimento
Planta de Cobertura
Corte
103
| PALAFITAS - Ana Flávia Pimenta | Implantação Ampliada
Referências Projetuais
TFG Sobre as Águas da Amazônia Manaus, AM, Brasil, 2019
Habitação Pós-Tsunami/Shigeru Ban Architects Tissamaharama, Sri Lanka, 2007
Moradias Infantis/Rosanbaum +Aleph Zero Formoso do Araguaia, TO, Brasil, 2017
QUAL A ÁREA? • Localizada no caminho de São Sebastião, entre os respiros propostos. • Próximo ao rio dos Bugres e ao Instituto Arte no Dique. • Área: 1,25 HA • Topografia predominante plana. POR QUE DA ÁREA? QUAL A AMARRAÇÃO DO EDIFÍCIO COM O TERRITÓRIO? • Zona de reestruturação urbana. • Dinâmica com novos equipamentos, como a escola e áreas de convivência. • Proximidade com o rio, mantendo a cultura já existente. POR QUE DO PROGRAMA E QUAL É O PARTIDO ARQUITETÔNICO? •Atender a necessidade do bairro. •Promover espaços coletivos, com diversificação de usos. •Movimentação da área. •Integração entre equipamentos novos e existentes. •Ressaltar a memória coletiva local através de palafitas e do uso da madeira.
PÚBLICO
Praça 10515m² Comércios 788m²
Sanitários 185m²
Feira-livre 641m²
SEMI-PÚBLICO
Área educacional 650m² Garagem 500m²
Restaurante comunitário 385m² Apoio aos idosos 535m²
Associação de moradores 139m² Lavanderia coletiva 61m²
PRIVADO
Habitações 9014m² Área eventos 1819m²
105
| PALAFITAS - Ana Flávia Pimenta | | Planta Térrea
Primeiro Pavimento
Segundo Pavimento
Corte
Elevações
107
| MOBILIÁRIOS URBANOS -
luisa Zotin
Implantação Ampliada
109
| MOBILIÁRIOS URBANOS -
luisa Zotin
111
| CLUBE NAÚTICO - Ana Beatriz Duarte| Implantação Ampliada
Referências Projetuais
Clube de natação do Canal Bruges, Bélgica, 2015
Community Rowing Boathouse Boston, Estados Unidos, 2008
Chicago Riverwalk Chicago, Estados Unidos, 2015
QUAL A ÁREA? • Localizada na região onde é o atual lixão. • Próximo ao Jockey Club e ao bairro Rádio Clube. • Topografia levemente acentuada. POR QUE DA ÁREA? QUAL A AMARRAÇÃO DO EDIFÍCIO COM O TERRITÓRIO? • Região central do Dique Vila Gilda. • Dinâmica com novo terminal rodoviário. • Proximidade com o rio dos Bugres. POR QUE DO PROGRAMA E QUAL É O PARTIDO ARQUITETÔNICO? • Geração de emprego. • Criação de área de lazer ligada ao rio. • Movimentação da área. • Integração entre os moradores da região e a população.
PÚBLICO
Recepção/ área de informações Circulação
Restaurante
Deck Flutuante
SEMI-PÚBLICO
Vestiários
Academia
Enfermaria
Quadra de areia e quadra poli esportiva
PRIVADO
Administração Áreas técnicas
Área de funcionários
Depósito de equipamentos
113
| CLUBE NAÚTICO - Ana Beatriz Duarte|
Planta Térrea
Pavimento Superior
115
| RESIDENCIAL GUARÁ - Gabrielle Guissi| Implantação Ampliada
Referências Projetuais
Talara Arquiteto: USINA Local: Guarapiranga, SP Ano: 1998
Compromo Arquiteto: USINA Local: Osasco, SP Ano: 1998
Vila Simone Arquiteto: USINA Local: Guaianazes, SP Ano: 2003
117
| RESIDENCIAL GUARÁ - Gabrielle Guissi|
Planta Térrea
Planta Pavimento Tipo
Planta Primeiro Pavimento
Corte
119
| TERMINAL RODOVIÁRIO - Guilherme Yoshihara Implantação Ampliada
Referências Projetuais
Terminal Náutico do Rio Yaluntzangpu Arquiteto: ZAO Local: China Ano: 2008
MAAT Lisboa Arquiteto: AL_A Local: Lisboa Ano: 2016
Hangzhou Cloud Town Exhibition Centre Arquiteto: Approach Design (ZUP) Local: China Ano: 2018
QUAL A ÁREA?
· Sistema Viário e Plataformas (1781,25m²)
• O projeto está localizado na área do antigo lixão Sambaiatuba.
- Área destinada aos passageiros para espera; (695m²)
• Próximo ao rio dos Bugres e ao Instituto Arte no Dique.
- Baias ônibus x 12 (3,50 x 12,50 = 43,75m² cada x 12 = 525m²)
• Área: 4,00 HA
- Guarita para controle de entrada e saída dos ônibus (6,25m²)
• Topografia predominante plana.
- Estacionamento (22 vagas padrão + 2 vagas PNE) (440m²)
POR QUE DA ÁREA? QUAL A AMARRAÇÃO DO EDIFÍCIO COM O TERRITÓRIO?
- Bicicletário (10m²)
• A escolha do local, além de estar na região central do Dique Vila Gilda, preconiza a proximidade com as novas habitações propostas e, também com a escola politécnica, que vão gerar um grande fluxo e a necessidade ainda maior de deslocamentos para outras áreas da cidade.
- Embarque e Desembarque (3 vagas) (60m²)
POR QUE DO PROGRAMA E QUAL É O PARTIDO ARQUITETÔNICO?
- Sanitário feminino (25m²)
•Atender a necessidade do bairro.
- Fraldário/Sanitário Família (1,50m²)
•Promover espaços públicos coletivos, com diversificação de usos.
- Bombeiro (12,50m²)
•Movimentação da área.
- Enfermaria (12,50m²)
•Oferecer à população serviços que hoje são deficitários.
- Informações (12,50m²)
• Criar um marco de partidas e chegadas para os passageiros na paisagem local.
- Loja (37,50m²)
•Integração entre a área e o restante das cidades de Santos e São Vicente.
- Pontos de Táxi (2 vagas de taxi) (45m²)
· Bloco 01: Uso público (200,00m²) - Sanitário masculino (25m²)
- Lanchonete (57,50m²) · Bloco 02: Setor Administrativo (305,00m²)
• Intermodalidade de transportes como o barco-taxi, o projeto se coloca como importante articulador da região.
- Administração do terminal com Sala de controle (147,70²)
· Bloco 03: Setor de Serviços Públicos (200m²)
- Sanitários/vestiários Masculino (41,60m²)
- Bilheteria (12,50m²)
- Sanitários/vestiários Feminino (45,70m²)
- Lanchonete (62,50m²)
- Área dos Motoristas (50m²)
- Telefones Públicos e Caixas 24h (25m²)
- Copa (20m²)
- Serviço Âncora (50m²)
· Bloco 04: Setor de comércio (200m²)
- Sanitário masculino (25m²)
- Módulos de lojas x 4 (50m² cada x 4 = 200m²)
- Sanitário feminino (25m²)
121
| TERMINAL RODOVIÁRIO - Guilherme Yoshihara
Corte
Planta Térrea
123
| ESCOLA POLITÉCNICA - Isabelle Camiña | Implantação Ampliada
Referências Projetuais
Centro Paula Souza - Spadoni AA + Pedro Taddei Arquitetos Associados – São Paulo
CEU Pimentas – Biselli e Katchborian arquitetos – São Paulo
125
| ESCOLA POLITÉCNICA - Isabelle Camiña | Planta Térrea
Segundo Pavimento
Pavimento Inferior
Corte
127
| ÍNDICE DE FIGURAS | Figura 01: Fundação de São Vicente. Disponível em < https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-47142019000100503&script=sci_arttext > Figura 02: Fundação da Vila de São Vicente. Disponível em <http://www.saovicente.sp.gov.br/conheca/historia/relindios.asp> Figura 03: Vista parcial de São Vicente, Brasil (Praia do Itararé e Ilha Porchat). Disponível em < https://www.novomilenio.inf.br/sv/svfotos/svf032d1.jpg> Figura 04: Colonização. Disponível em < https://4.bp.blogspot.com/-ITmHLkxzPmI/UjiTSfRYO3I/AAAAAAAAWFY/pGjDbkObw3c/s1600/betomelodia% 252C+benedito+calixto%252C+fundacao+de+santos.jpg> Figura 05: Trecho da São Paulo Railway. Disponível em < https://www.portalsaofrancisco.com.br/turismo/santos/amp > Figura 06: Canais de Drenagem. Disponível em < https://www.portalsaofrancisco.com.br/turismo/santos/amp > Figura 07: Vista parcial da ilha de Santos. Disponível em < http://www.fundasantos.org.br/page.php?82 > Figura 08: Mapa de localização das cidades de Santos e São Vicente. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 09: Palafitas da comunidade Dique da Vila Gilda. Disponível em <Artigo “Dique Vila Gilda: Caminho para a Regularização”> Figura 10: Instituto Arte no Dique. Disponível em <https://santaportal.com.br/blog/asahteindica/instituto-arte-no-dique-completa-15-anos-com-programacaoespecial> Figura 11: Incêndio no Dique da Vila Gilda. Disponível em <https://www.facebook.com/vidassobrevigas/photos/a.121968601616321/168239940322520/? type=3&theater > Figura 12: Mapa de topografia e vegetação. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 13: Mapa de involução da vegetação (1962). Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 14: Mapa de involução da vegetação (2001). Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 15: Mapa de involução da vegetação (1994). Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 16: Mapa de involução da vegetação (2019). Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 17: Mapa da vegetação existente atualmente. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 18: Mapa da legislação em relação a vegetação. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 19: Mangue. Disponível em < https://reverbe.net/habitat/wp-content/uploads/2019/11/mangue.jpg> Figura 20: Dique da Vila Gilda. Disponível em < https://www.facebook.com/vidassobrevigas/photos/a.271398380006675/479960675817110/?type=3&theater > Figura 21: Google Maps, Dique da Vila Gilda. Disponível em < https://www.google.com.br/maps/@-23.9325799,-46.3857726,421a,35y,180h,39.36t/data=!3m1!1e3 Figura 22: Google Maps, Dique da Vila Gilda. Disponível em < https://www.google.com.br/maps/@-23.9449663,-46.3865299,441a,35y,5.27h,20.1t/data=!3m1!1e3 Figura 23: Mapa de risco de alagamento. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 24: Mapa do aumento de 0,5 m do nível do mar Disponível em < https://noticias.unisanta.br/wp-content/uploads/2015/10/05metro.jpg > Figura 25: Mapa do aumento de 1,0 m do nível do mar Disponível em < https://noticias.unisanta.br/wp-content/uploads/2015/10/10metro.jpg > Figura 26: Mapa do aumento de 1,5 m do nível do mar Disponível em < https://noticias.unisanta.br/wp-content/uploads/2015/10/15metros.jpg > Figura 27: Mapa do zoneamento vigente da área. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 28: Mapa de Uso do solo da área. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 29: Mapa de gabarito da área. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 30: Mapa de zonas e áreas especiais da área. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 31: Dique da Vila Gilda. Disponível em < https://www.google.com.br/maps/@-23.9436579,-46.3893515,495a,35y,356.31h,26.97t/data=!3m1!1e3> Figura 32: Mapa de densidade demográfica do Dique da Vila Gilda e seu entorno, feito a partir do IBGE 2010. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 33: Mapa de renda por domicílio do Dique da Vila Gilda e seu entorno, feito a partir do IBGE 2010. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 34: Mapa de alfabetização do Dique da Vila Gilda e seu entorno, feito a partir do IBGE 2010. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 35: Mapa de abastecimento de água do Dique da Vila Gilda e seu entorno, feito a partir do IBGE 2010. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 36: Mapa de abastecimento de energia elétrica do Dique da Vila Gilda e seu entorno, feito a partir do IBGE 2010. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 37: Mapa de coleta de esgoto do Dique da Vila Gilda e seu entorno, feito a partir do IBGE 2010. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 38: Mapa de coleta de lixo do Dique da Vila Gilda e seu entorno, feito a partir do IBGE 2010. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 39: Infográfico do Censo 2010 do Dique da Vila Gilda e seu entorno, feito a partir do IBGE 2010. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 40: Mapa de mobilidade das cidades de Santos e São Vicente. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 41: Vlt São Vicente. Disponível em < https://www.google.com/maps/@-23.9628313,-46.3873935,3a,75y,331.39h,92.75t/data=!3m6!1e1!3m4!1szWZohw5kzZzXDfk1vbN9Lw!2e0! 7i16384!8i8192 > Figura 42: Trens de carga a caminho do porto de Santos. Disponível em < https://www.google.com/maps/@-23.9286617,-46.3630025,3a,75y,59.97h,93.99t/data=!3m6!1e1!3m4!1s0jqeEVtSZtKdaSunvsFtlA!2e0!7i16384! 8i8192 >
Figura 43: Ponto de ônibus. Disponível em << https://www.google.com/maps/@-23.9286617,-46.3630025, !1s0jqeEVtSZtKdaSunvsFtlA!2e0!7i16384!8i8192,3a,75y,59.97h,93.99t/data=!3m6! 1e1!3m4> Figura 44: Ciclovia em Santos. Disponível em < https://www.google.com/maps/@-23.9401859,-46.3753793,3a,75y,6.41h,67.97t/data=!3m6!1e1!3m4! 1s3OxD4MFLBlCOvc22XFJlWg!2e0!7i16384!8i8192 > Figura 45: Mapa de análise de fluxos das cidades de Santos e São Vicente. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 46: Porto de Santos. Disponível em < https://portogente.com.br/images/600_Porto_Santos_Dad.jpg> Figura 47: Docas em Santos. Disponível em < https://www.google.com/maps/place/Docas,+Santos+-+SP/@-23.9443943,-46.3157049,3a,75y,90t/data=!3m8!1e2! 3m6!1sAF1QipOaKkNDNueKdThTaFo3tQcRtxj8beWzuMTQ0TiX!2e10!3e12!6shttps:%2F%2Flh5.googleusercontent.com%2Fp% 2FAF1QipOaKkNDNueKdThTaFo3tQcRtxj8beWzuMTQ0TiX%3Dw203-h152-k-no!7i4608!8i3456!4m5!3m4!1s0x94ce039a0a8f9d59:0x95bd9e93662e4d26!8m2!3d -23.9443943!4d-46.3157049?hl=pt-PT > Figura 48: Estádio Vila Belmiro. Disponível em < https://www.google.com/maps/place/Est%C3%A1dio+Urbano+Caldeira/@-23.9510794,-46.3388549,3a,75y,90t/ data=!3m8!1e2!3m6!1sAF1QipPZEbX14-Y1pb7HICUheQX2KH80d3vVVzrwFATt!2e10!3e12!6shttps:%2F%2Flh5.googleusercontent.com%2Fp%2FAF1QipPZEbX14Y1pb7HICUheQX2KH80d3vVVzrwFATt%3Dw203-h152-k-no!7i4032!8i3024!4m15!1m7!3m6!1s0x94ce039a0a8f9d59:0x95bd9e93662e4d26!2sDocas,+Santos+-+SP! 3b1!8m2!3d-23.9443943!4d-46.3157049!3m6!1s0x94ce0368d089229b:0xae243f28a776ae4d!8m2!3d-23.9510771!4d-46.3388568!14m1!1BCgIgAQ?hl=pt-PT > Figura 49: Praias . Disponível em < https://amazoniasemfronteiras.com/passeando-por-santos-sp/> Figura 50: Terminal marítimo de passageiros. Disponível em < https://www.viagensecaminhos.com/2012/02/santos-sp.html> Figura 51: Prefeitura de Santos/Centro histórico. Disponível em < https://www.google.com/maps/place/Prefeitura+de+Santos/@-23.9336333,46.3280528,3a,75y,90t/data=!3m8!1e2!3m6!1sAF1QipODQmFO65H7GjBfIBU6ZJReO9atiZyVQLzBk24Q!2e10!3e12!6shttps:%2F%2Flh5.googleusercontent.com% 2Fp%2FAF1QipODQmFO65H7GjBfIBU6ZJReO9atiZyVQLzBk24Q%3Dw129-h86-k-no!7i5184!8i3456!4m8!1m2!2m1!1sprefeitura+Santos!3m4! 1s0x0:0xc70a33614f2ec284!8m2!3d-23.9326472!4d-46.3283211?hl=pt-PT > Figura 52: Aquário Municipal. Disponível em < https://www.google.com/maps/place/Aqu%C3%A1rio+Municipal+de+Santos/@-23.9862452,46.3083708,3a,107.5y,90t/data=!3m8!1e2!3m6!1sAF1QipO5eO-dCmmNkrzGXNfWfpyQycT7fH_a64OK6ujz!2e10!3e12!6shttps:%2F% 2Flh5.googleusercontent.com%2Fp%2FAF1QipO5eO-dCmmNkrzGXNfWfpyQycT7fH_a64OK6ujz%3Dw203-h135-k-no!7i640!8i427!4m10!1m2!2m1! 1sprefeitura+Santos!3m6!1s0x94ce024548f647a9:0x31768f2da5ccf9f0!8m2!3d-23.9862526!4d-46.308403!14m1!1BCgIgAQ?hl=pt-PT > Figura 53: Orquidário municipal. Disponível em <https://www.google.com/maps/place/Orquid%C3%A1rio+Municipal+de+Santos/@-23.9655567,46.3491049,3a,75y,90t/data=!3m8!1e2!3m6!1sAF1QipP-mlxneJiI9bdWaXM_C781nSyrEWJOWj6FYZ-g!2e10!3e12!6shttps:%2F%2Flh5.googleusercontent.com% 2Fp%2FAF1QipP-mlxneJiI9bdWaXM_C781nSyrEWJOWj6FYZ-g%3Dw203-h152-k-no!7i4632!8i3474!4m10!1m2!2m1!1sprefeitura+Santos!3m6! 1s0x94ce03069e283471:0x3074bf216e029093!8m2!3d-23.9654357!4d-46.349135!14m1!1BCgIgAQ?hl=pt-PT > Figura 53: Rodoviária de Santos. Disponível em < https://www.jornalvicentino.com.br/sao-vicente/viagens-na-nova-rodoviaria-de-sao-vicente-comecam-nestaquinta-feira/> Figura 54: Parque Ecológico Voturuá. Disponível em < https://www.google.com/maps/place/Parque+Ecol%C3%B3gico+Voturu%C3%A1/@-23.9596782,46.3653008,3a,75y/data=!3m8!1e2!3m6!1sAF1QipPhbsmywGvgacungfkmWwZbzp3Nu3bA-n3N_JVo!2e10!3e12!6shttps:%2F%2Flh5.googleusercontent.com%2Fp% 2FAF1QipPhbsmywGvgacungfkmWwZbzp3Nu3bA-n3N_JVo%3Dw203-h152-k-no!7i4160!8i3120!4m5!3m4!1s0x94ce1cb2509736cd:0x420b4b74a34af2d1!8m2!3d23.9597027!4d-46.3653017?hl=pt-PT> Figura 55: 2º batalhão de infantaria leve. Disponível em <https://www.google.com/maps/place/2%C2%B0+Batalh%C3%A3o+de+Infantaria+Leve/@-23.9579107,46.3760378,3a,75y,90t/data=!3m8!1e2!3m6!1sAF1QipM17nJoXgsTHHWMvTNo19G_t2yuScmyYI7otVOU!2e10!3e12!6shttps:%2F%2Flh5.googleusercontent.com% 2Fp%2FAF1QipM17nJoXgsTHHWMvTNo19G_t2yuScmyYI7otVOU%3Dw203-h152-k-no!7i4160!8i3120!4m16!1m8!3m7! 1s0x94ce1cb2509736cd:0x420b4b74a34af2d1!2sParque+Ecol%C3%B3gico+Voturu%C3%A1!8m2!3d-23.9597027!4d-46.3653017!14m1!1BCgIgAQ!3m6! 1s0x94ce1ca47127e31d:0xe1be09663e40514a!8m2!3d-23.9577933!4d-46.3764265!14m1!1BCgIgAQ?hl=pt-PT> Figura 56: Santos São Vicente golf club. Disponível em < https://www.google.com/maps/@-23.9583343,-46.3889505,3a,75y,287.34h,78.72t/data=!3m6!1e1! 3m4!1sc5gfkqs1X6AzJrc4Rq4DSw!2e0!7i16384!8i8192?hl=pt-PT> Figura 57: Jardim Botânico Chico Mendes . Disponível em < https://www.santaportal.com.br/noticia/48278-jardim-botanico-de-santos-completa-25-anos-comatividades-diversas> Figura 58: Parque cultural Vila de São Vicente. Disponível em <https://www.jornaldaorla.com.br/noticias/30399-parque-cultural-vila-de-sao-vicente-mostra-suahistoria-em-exposicao-fotografica/> Figura 59: Jockey Club. Disponível em < https://www.google.com/search?q=jockey+club+s%C3%A3o+vicente&sa=X&hl=ptPT&sxsrf=ALeKk023XzaPSWi73VrQMp15TvVw0S_XNg:1597155002333&tbm=isch&source=iu&ictx=1&fir=p-EEKzlX5Id_GM%252C40NM4a-pQXpAcM% 252C_&vet=1&usg=AI4_-kSOteRCHpURmjPGG8ElpeL4ipkDAw&ved=2ahUKEwi1uMKEqpPrAhWgF7kGHTYdDp4Q9QEwFHoECAYQHQ&biw=1366&bih=657#im> Figura 60: Mapa de equipamentos urbanos. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 61: Mapa de potencialidade e fragilidades da comunidade Dique da Vila Gilda. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 62: Mapa de síntese de propostas para a comunidade Dique da Vila Gilda. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 63: Mapa de propostas para mobilidade da comunidade Dique da Vila Gilda para as cidades. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 64: Mapa de propostas para mobilidade da comunidade Dique da Vila Gilda. Disponível em acervo pessoal da equipe.
Figura 64: Mapa de propostas para mobilidade da comunidade Dique da Vila Gilda. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 65: Google Maps, rua governador roberto da silveira (street view). Disponível em <https://www.google.com.br/maps/@-23.9413607,46.3867074,3a,75y,42.67h,91.4t/data=!3m6!1e1!3m4!1sDNCLKEXfPnxQOuW1f71ZHQ!2e0!7i13312!8i6656> Figura 66: Google Maps, avenida hugo maia (street view). Disponível em < https://www.google.com.br/maps/@-23.9433819,46.3838369,3a,75y,32.48h,86.65t/data=!3m6!1e1!3m4!1sVd5naIQFc1s-wBuUix8ldg!2e0!7i16384!8i8192 > Figura 67: Google Maps, rua prof. nelson espíndola lobato (street view). Disponível em < https://www.google.com.br/maps/place/R.+Prof.+Nelson+Esp%C3% ADndola+Lobato+-+Radio+Clube,+Santos+-+SP/@-23.9389332,-46.3832445,3a,75y,309.31h,90.44t/data=!3m6!1e1!3m4!1s2BdJfoLkLq0pX4KC32FfRg!2e0!7i13312! 8i6656!4m5!3m4!1s0x94ce1b6afdbf3b59:0x46ed2c615219ab9a!8m2!3d-23.9385112!4d-46.3839299 > Figura 68: Google Maps, avenida do contorno (street view). Disponível em < https://www.google.com.br/maps/@-23.9469459,46.3875578,3a,75y,338.19h,88.63t/data=!3m6!1e1!3m4!1s1JUG5x6t4IOmrLIUKA9ZwA!2e0!7i16384!8i8192> Figura 69: Google Maps, avenida galeão coutinho (street view). Disponível em < https://www.google.com.br/maps/@-23.9471806,46.3937557,3a,75y,350.12h,103.04t/data=!3m6!1e1!3m4!1sywRilOAHtgejBJeTHVnCVQ!2e0!7i16384!8i8192> Figura 70: Google Maps, avenida do penedo (street view). Disponível em < https://www.google.com.br/maps/@-23.9500486,46.3887133,3a,75y,262.44h,92.8t/data=!3m6!1e1!3m4!1sntLcWdsuIpDhih28qN9ISg!2e0!7i16384!8i8192> Figura 71: Google Maps, rua governador roberto da silveira (street view). Disponível em <https://www.google.com.br/maps/@-23.9413607,46.3867074,3a,75y,42.67h,91.4t/data=!3m6!1e1!3m4!1sDNCLKEXfPnxQOuW1f71ZHQ!2e0!7i13312!8i6656> Figura 72: Google Maps, caminho de são sebastião (street view). Disponível em <https://www.google.com.br/maps/@-23.9393239,46.3890779,3a,75y,64.33h,85.14t/data=!3m6!1e1!3m4!1sQKxI0GIvTlm2HcZXJ-dy-A!2e0!7i13312!8i6656> Figura 73: Google Maps, Caminho de São José (street view). Disponível em < https://www.google.com.br/maps/place/R.+do+Caminho+S%C3%A3o+Jos%C3% A9,+53+-+Vila+Nova+Sao+Vicente,+Santos+-+SP,+11088-300/@-23.9434917,-46.3849582,3a,75y,329.29h,88.92t/data=!3m6!1e1!3m4! 1sXuuJzrTcgtPsBmVEJz2WHw!2e0!7i16384!8i8192!4m5!3m4!1s0x94ce1b6919bfc3e5:0x13015cf6d02c60b6!8m2!3d-23.9434771!4d-46.3850453 > Figura 74: Ilustração da proposta da via compartilhada. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 75: Corte esquemático da área. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 76: Mapa do plano ambiental para recuperação e proteção do bioma local. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 77: Acesso A. Disponível em < https://www.google.com/maps/@-23.9426925,-46.3860949,3a,90y,242.71h,84.13t/data=!3m6!1e1!3m4!1sz8EzT2m8A_JFda7srglWw!2e0!7i16384!8i8192> Figura 78: Acesso B. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 79: Acesso C. Disponível em < https://www.google.com/maps/@-23.9374429,-46.3865577,3a,75y,324.24h,79.04t/data=!3m6!1e1!3m4! 1s68w4Q5NbGCgxSbg2_IjvBg!2e0!7i13312!8i6656> Figura 80: Ilustração da proposta das áreas de uso coletivo dos espaços renaturalizados. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 81: Mapa de localização dos respiros urbanos. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 82: Ilustração de um dos respiros urbanos. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 83: Mapa da reestruturação da malha sanitária na comunidade Dique da Vila Gilda. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 84: Aproximação da reestruturação da malha sanitária na comunidade Dique da Vila Gilda. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 85: Corte esquemático da passagem de infraestrutura e via de borda. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 86: Ilustração esquemática da passagem de infraestrutura no bairro. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 87: Corte esquemático do leito carroçável e do passeio com infraestrutura proposta. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 88: Corte esquemático da passagem de infraestrutura e via de borda. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 89: Mapa de localização das E.T.E s propostas. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 90: Processo de gradeamento. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 91: Processo de dragagem. Disponível em < https://blog.conexos.com.br/dragagem-portuaria-processos-comex/> Figura 92: Processo de flotação. Disponível em < https://noticias.bol.uol.com.br/brasil/2012/05/29/juiz-manda-retirar-lodo-e-aparelhos-do-rio-pinheiros-emsp.jhtm> Figura 93: Ilustração esquemática das técnicas ecológicas para limpeza do Rio dos Bagres. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 94: Ilustração esquemática da absorção de nutrientes de uma planta aquática. Disponível em < http://www.snatural.com.br/criacao-intensiva-peixeplantas-aquaticas/> Figura 95: Mapa do zoneamento vigente na comunidade Dique da Vila Gilda e entorno próximo. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 96: Mapa de propostas de reassentamento. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 97: Maquete eletrônica da proposta de remoção de casas para reassentamento. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 98: Maquete eletrônica da proposta de remoção de partes de casas para reassentamento. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 99: Maquete eletrônica da proposta de remoção de casas para reassentamento. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 100: Maquete eletrônica da proposta de remoção de partes de casas para reassentamento. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 101: Mapa de localização das propostas de regularização fundiária. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 102: Aproximação das propostas de regularização fundiária na comunidade Dique da Vila Gilda. Disponível em acervo pessoal da equipe.
Figura 103: Aproximação das propostas de regularização fundiária no antigo Jockey Club. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 104: Aproximação das propostas de regularização fundiária no antigo Jockey Club. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 105: Aproximação das propostas de regularização fundiária na comunidade Dique da Vila Gilda. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 106: Aproximação das propostas de regularização fundiária no antigo Jockey Club. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 107: Ilustração da tipologia 1 proposta. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 108: Aproximação das propostas de regularização fundiária na comunidade Dique da Vila Gilda. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 109: Ilustração da tipologia 2 proposta. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 110: Ilustração da tipologia 3 proposta. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 111: Ilustração da tipologia 4 proposta. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 112: Ilustração da tipologia 5 proposta. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 113: Ilustração da tipologia 6 proposta. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 114: Ilustração da tipologia 7 proposta. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 115: Ilustração da tipologia 8 proposta. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 116: Ilustração da tipologia 9 proposta. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 117: Mapa de localização dos equipamentos desenvolvidos pela equipe. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 118: Jardim de chuva. Disponível em <http://solucoesparacidades.com.br/wp-content/uploads/2013/04/AF_Jardins-de-Chuva-online.pdf> Figura 119: Intertravado. Disponível em < http://pisopav.com.br/pisos-intertravados/> Figura 120: Placas. Disponível em <https://br.pinterest.com/pin/335166397251452478/> Figura 121: Corte esquemático do jardim de chuva. Disponível em acervo pessoal da equipe. Figura 122: Corte esquemático do intertravado. Disponível em <https://pin.it/7GjJLpt> Figura 123: Corte esquemático do intertravado. Disponível em <https://pin.it/7GjJLpt> Figura 124: Corte esquemático do Dique da Vila Gilda. Disponível em acervo pessoal da equipe.
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Figura 124