ISADORA DA SILVA RODRIGUES
VERDE
PARQUE ECOLÓGICO E CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL (CEA) EM ASSIS
UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
ISADORA DA SILVA RODRIGUES
CAMINHO VERDE PARQUE ECOLÓGICO E CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM ASSIS “Despertando um Novo Olhar”
ASSIS/SP 1
UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
ISADORA DA SILVA RODRIGUES
CAMINHO VERDE: PARQUE ECOLÓGICO E CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM ASSIS “Despertando um Novo Olhar”
Trabalho de conclusão de curso para obtenção do título de graduação em Arquitetura e Urbanismo apresentado à Universidade Paulista – UNIP.
Orientadora: Prof.ª Dr. ª Ana Cristina Silva Araújo
ASSIS/SP 2022 3
5
Agradecimentos em especial a DEUS, que sempre foi a minha força todos os dias. A minha Mãe e ao meu Pai, que estiveram ao meu lado me apoiando e ajudando em todos os momentos. Agradecimentos a todos os amigos e família que nestes 5 anos, me ajudaram e torceram por mim de alguma forma.
obrigada!
3
4
EU SOU A TERRA, EU SOU A VIDA. DO MEU BARRO PRIMEIRO VEIO O HOMEM. DE MIM VEIO A MULHER E VEIO O AMOR. VEIO A ÁRVORE, VEIO A FONTE. VEM O FRUTO E VEM A FLOR.
EU SOU A FONTE ORIGINAL DE TODA VIDA. SOU O CHÃO QUE SE PRENDE À TUA CASA. SOU A TELHA DA COBERTA DE TEU LAR. A MINA CONSTANTE DE TEU POÇO. SOU A ESPIGA GENEROSA DE TEU GADO E CERTEZA TRANQÜILA AO TEU ESFORÇO. SOU A RAZÃO DE TUA VIDA. DE MIM VIESTE PELA MÃO DO CRIADOR, E A MIM TU VOLTARÁS NO FIM DA LIDA. SÓ EM MIM ACHARÁS DESCANSO E PAZ. [...]
O CÂNTICO DA TERRA CORA CORALINA
5
sumário INTRODUÇÃO............................................................................................ 7
1.
1
A MORTE E A VIDA DAS ÁGUAS- O HOMEM E O RIO .......... 13
2. 2.1.
Mas afinal, o que é manejo de águas pluviais? ............................................. 15
1.1.
tema ..................................................................................................................... 7
1.2.
problematização ................................................................................................. 7
1.3.
justificativa ............................................................................................................ 9
1.4.
objetivo geral ..................................................................................................... 10
3.1.
cidades mais urbanizadas ................................................................................ 19
1.5.
objetivos específicos ......................................................................................... 10
3.2.
um paralelo entre urbanização x áreas de preservação .............................. 20
1.6.
metodologia ...................................................................................................... 10
3.3.
espaços públicos ............................................................................................... 22
3.4.
o parque como forma de preservação .......................................................... 22
3.5.
parque ecológico.............................................................................................. 23
3.6.
importância da educação ambiental como forma de preservação ......... 24
3.7.
CEA – centro de educação ambiental ........................................................... 24
SE NÃO HÁ ÁREAS VERDES, NÃO HÁ VIDA .............................. 19
3.
ENTENDENDO UM POUCO MAIS SOBRE A REGIÃO .............. 29
4.
PROPOSTA PROJETUAL ........................................................................ 77
6.
4.1.
áreas de preservação em Assis........................................................................ 29
6.1.1. O
4.2.
as nascentes também morrem- muito além de plantar árvores .................. 32
6.1.2. intenções projetuais........................................................................................... 78
4.3.
parques existentes em Assis .............................................................................. 34
6.1.3. público alvo........................................................................................................ 90
4.4.
educação ambiental em Assis ........................................................................ 34
6.1.4. diretrizes urbanas gerais .................................................................................... 78
4.5.
sobre a área escolhida ..................................................................................... 37
6.1.5. delimitação da área projetual ......................................................................... 79
4.5.1. e porque a nascente do barro branco?......................................................... 37 4.5.2. tipos de vias e áreas de risco ........................................................................... 39
LUGAR – PARQUE ECOLÓGICO ...................................................... 77
6.1.6. recuperação das áreas degradas................................................................... 81 6.1.7. programa de necessidades.............................................................................. 83
4.5.3. evolução da área ............................................................................................. 41 4.5.4. O local atualmente ........................................................................................... 43 4.5.5. discutindo caminhos de ligação ..................................................................... 49
REFERÊNCIAS PROJETUAIS DE CORRELATO ............................... 53
5.
6.2.
O EDIFÍCIO - CEA....................................................................................... 89
6.2.1. conceito/partido ............................................................................................... 89 6.2.2. intenções projetuais........................................................................................... 90 6.2.3. diretrizes projetuais ............................................................................................. 90
5.1.
Bosque Zaninelli e unilivre - universidade livre do meio ambiente ................ 53
5.2.
Centro Max Feffer – cultura e sustentabilidade .............................................. 59
6.2.5. setorização ........................................................................................................ 92
5.3.
Rio Cheonggyecheon....................................................................................... 65
6.2.6. sistemas construtivos .......................................................................................... 93
5.4.
Parque Ecológico Imigrantes ........................................................................... 68
6.2.7. sistemas sustentáveis ......................................................................................... 98
6.2.4. programa de necessidades............................................................................. 91
referências ............................................................................................................ 108
2
abstract Discovering
the
state
of
degradation
and
abandonment of the chosen area, there was indignation and concerns, and instigated the preservation of waters and green areas because of the lack of care for the enviroment. For those reasons, the work in question intends to elaborate an Ecological Park at Assis City, and an Environmental
Education
Center,
promoting
and
encouraging the community with sustainable actions. The goals of the intervention is to recover the Barro Branco nascent and the Pavãozinho stream which are in an abandonment situation and deterioration, to preserve the riparian forest present with the focus an conection of the people with the nature. KEYWORDS: Park, Nature, Ecology, Source, Sustainability, Environment, Environmental education;
3
resumo Ao se descobrir o estado de degradação e abandono da área escolhida, houve indignação e inquietudes, e instigou
questionamentos
da
real
importância
da
Preservação das águas e das áreas verdes e da falta de cuidado com o meio ambiente. Por isto, o trabalho em questão pretende elaborar um Parque Ecológico na cidade de Assis, que contempla um Centro
de
Educação
Ambiental,
promovendo
e
incentivando a comunidade com ações sustentáveis. A intervenção tem o objetivo de recuperar a nascente Barro Branco do Córrego Pavãozinho, que se encontram em uma situação de abandono e deterioração, preservar a mata ciliar presente no local, com o foco na conexão das pessoas com a natureza. PALAVRAS
CHAVES:
Parque,
Natureza,
Ecologia,
Nascente, Sustentabilidade, Meio Ambiente, Educação Ambiental;
4
,
5
6
1. INTRODUÇÃO
1.1. tema Bem ao lado do córrego, contém uma Estação O presente trabalho tem como tema a proposta de
Elevatória de Esgoto ativada da concessionária SABESP –
um Parque Ecológico voltado à Educação Ambiental, com
(EEE), responsável por coletar o esgoto dos bairros da região,
atividades de lazer e o foco na recuperação da nascente
sendo eles, um dos causadores da poluição do local. Fora
“Barro
Pavãozinho”,
isto, um novo loteamento que está sendo construído na divisa
localizada no bairro Jardim Europa na cidade de Assis, interior
da mata acentua fortemente os problemas relacionados à
do estado de São Paulo.
situação atual da água.
Branco”
do
córrego
“Água
do
A água do Pavãozinho também é cortada pela
1.2. problematização
Rodovia
Raposo
Tavares,
com
isto,
o
percurso
é
“interrompido” pela rodovia, não havendo uma boa Analisado a área de preservação permanente do córrego
“Água
do
Pavãozinho”,
constatou-se
alguns
problemas relacionados à vida da nascente “Barro Branco” que vem sendo devastada pela não conservação do local, o que desencadeou sérios problemas ambientais que foram
continuidade do deslocamento natural do curso d’agua que foi canalizado por baixo desta via com apenas uma pequena abertura, dificultando a junção das águas da outra nascente do mesmo córrego, contribuindo ainda mais com a seca do manancial.
tratados mais à fundo no decorrer deste trabalho. Atualmente,
o
local
se
encontra
destruído
e
abandonado, onde pode ser visto tubulações que lançam as águas pluviais de forma inadequada, gerando grandes erosões em volta da nascente e por todo seu percurso, causando problemas de assoreamento e contribuindo para sua escassez total. O despejamento direto de esgoto no local faz com que a poluição entre em evidência e seja possível visualizar a falta de presença de vida na água.
7
Figura 1- Estado atual onde está localizado a nascente do Barro Branco em Assis São Paulo, Autora, 2021
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1.3. justificativa A urbanização e a ocupação do solo estão cada vez mais próximas de áreas verdes, gerando grande impacto também em outros aspectos que não são tão “visíveis” e levados em conta no dia a dia. Ao observarmos um córrego em conjunto com uma mata densa no meio urbano somos induzidos a pensar que aquele local já está sendo preservado. A cobertura verde nas margens dos cursos d’água com certeza é importante e tem o papel de conter possíveis erosões e assoreamento do leito, porém, isso não é suficiente para fazer do local um lugar totalmente preservado. Ao olharmos de fora da mata da Água do Pavãozinho, vemos uma mata densa e cheia de árvores, mas, por dentro, não imaginamos o que vem acontecendo. A proposta de criar um parque linear surgiu através de intervenções e ações irregulares que vêm há alguns anos sendo observados no entorno da área em questão, mesmo sendo indicada como Área de Preservação Permanente- “APP”. Estes problemas ambientais também são causados pelo avanço da urbanização da cidade e pela falta de interesse e fiscalização do poder público. A Revitalização do local vem ao encontro com a real necessidade e o pedido de socorro que a natureza está solicitando. Atrelado a isto, a implantação de um parque é uma forma de suprir a demanda e proporcionar atividades de convívio para a população da região, com estas percepções, foi importante criar um espaço como forma de integrar a área, preservando e recuperando a água da nascente poluída e conservando as áreas verdes por todo o percurso, utilizando atrativos de lazer, com atividades culturais, caminhada, ciclismo e conectando a cidade.
9
Usar mecanismos importantes como forma de transmitir a mensagem de sustentabilidade e conservação do meio ambiente através da educação ambiental também é necessário, por isso, foi criado o Centro de Educação Ambiental, o CEA, trazendo o homem mais perto da natureza, para que problemas como este analisado não avancem, construindo um novo olhar e um NOVO AMANHÃ do que se pode ver hoje.
1.4. objetivo geral
1.6. metodologia
O projeto elaborou soluções dos problemas inserindo um Parque
A metodologia consistiu em levantamentos, diagnósticos voltados para
Ecológico Ambiental como forma de RECUPERAR, PRESERVAR e DAR VIDA à área
a área escolhida e pesquisas relacionadas às partes hidrográficas ambientais
degradada, além de criar um novo espaço livre, cultural e de lazer para a
permitindo compreender o melhor aproveitamento para a proposta projetual.
população, conectados por caminhos entre os percursos do rio.
Adotou-se uma bibliografia base e correlatos que ajudaram a analisar mais profundamente os problemas e pode remeter a soluções arquitetônicas para preservar e beneficiar a população, como, por exemplo, o livro Cidade
1.5. objetivos específicos •
Fazer uma pesquisa de entono, observando quais são os aspectos da região;
•
Pesquisar parques de recuperações de nascentes;
•
Estudar correlatos relacionados ao tema;
•
Fazer uma entrevista com um especialista ambiental ou sanitarista;
•
Visita in loco para entender melhor sobre os acontecimentos da nascente;
•
Pesquisar formas de recuperar a água;
•
Pesquisar formas de integrar a estação elevatória de esgoto com
Para Pessoas - Jan Gehl – 1936 e a tese Parques Urbanos no Brasil – 2000 a 2017 de Francine Gramacho, Sakata. - São Paulo, 2018. Além disto, foram realizadas leituras de projetos como referências projetuais, onde, com base nos próprios autores, elaborou-se uma análise por meio de desenhos, que ajudou a identificar formas de circulação, partido arquitetônico, conforto térmico, volumetria e proporções e como o edifício e/ou parque se comportará com o seu entono relacionado ao tema. Para esta análise foi utilizado os autores Montaner (2016), no livro “A condição contemporânea da arquitetura”, e o Ching (1998) em seu livro “Arquitetura: forma, espaço e ordem”.
o parque; •
Definir o programa de necessidades;
•
Definir o limite do terreno;
•
Definir diretrizes Projetuais e paisagísticas para o parque;
10
11
12
2. A MORTE E A VIDA DAS ÁGUAS- O HOMEM E O RIO O contato do homem com os rios vem desde a existência da humanidade. As primeiras aldeias e cidades se desenvolveram às margens dos percursos d’agua. As águas dos córregos serviam para a rega dos alimentos plantados, navegação, pesca, cozinhar, para o banho e até mesmo lavar as roupas. Moldaram a cultura e, até hoje, estes costumes se prevalecem, por isto, sempre foi muito importante na sobrevivência do homem o contato com a água e com a natureza.
de escassez de chuvas, etc. Por outro lado, observa-se também áreas urbanas afetadas frequentemente por inúmeras inundações, decorrente da falta de planejamento urbano e das ocupações irregulares em suas margens. Tudo isso De acordo com a CETESB - Companhia Ambiental do Estado de São
rios e cidades brasileiras. Muitas das cidades coloniais surgiram
Paulo, os problemas de escassez de água pelo mundo são decorrentes da falta
inicialmente às margens dos rios - mesmo aquelas situadas em
de manejos adequados, de usos não sustentáveis dos recursos hídricos e,
baias ou à beira mar. É, portanto, a partir de rios – grandes,
também, é agravado pela desigualdade social, onde muitos recebem demais
médios, ou ainda pequenos cursos d'água – que muitos núcleos
e outros recebem de menos. De acordo com a Unicef - Fundo das Nações
urbanos brasileiros vão surgir. Os rios tinham muito a oferecer,
Unidas para a Infância, menos da metade da população mundial tem acesso
tantos outros.” (COSTA, 2006, p. 10).
ar fresco, que irrigam as matas e abastecem as cidades e dá água aos animais. Infelizmente, as nascentes no Brasil estão cada vez mais difíceis de serem protegidas e ficarem livres de impactos ambientais e poluição. Com crescimento da cidade cada vez mais próximas destes meios, a prioridade do homem já não é os rios e sim as ruas asfaltadas para passagem de carros. Os tornaram
uma
barreira
na
à água potável. Já segundo a ONG WWF (World Wide Fund for Nature), de toda a água do mundo, a maior parte dela é água salgada imprópria para consumo. Apenas 2,52% dos1.338 milhões de quilômetros cúbicos de água existentes na
É a partir das nascentes que se dá vida aos rios e lagos, que mantém o
se
mudanças climáticas que diminuem o abastecimento de água, tempos longos
“É muito antiga a relação de intimidade que se estabelece entre
circulação de pessoas e bens, energia hidráulica, lazer, entre
d’água
por exemplo, a falta d’agua em reservatórios, rios, nascentes secando,
se tornou um alerta para que possamos abrir os olhos para a realidade.
além de água: controle do território, alimentos, possibilidade de
cursos
A Natureza vem respondendo a estas deteriorações ambientais, como
expansão
urbana
Terra correspondem à água doce. Dados divulgados pela WFF em 2007, mostram a porcentagem de água doce disponível em toda a Terra. Conforme informado, a água acessível corresponde certa de 99,6% de água doce que fica inviável de extrair, pois estão presas em locais subterrâneos, ou seja, sobram-se apenas 0,4% para o consumo humano e outras coisas.
e,
consequentemente, foram esquecidas e marginalizadas, servindo, até o presente momento, como descarte de lixo e esgoto. Os principais problemas relacionados às águas no ambiente urbano, segundo TUCCI (2006), é “a falta de tratamento de esgoto, a ocupação do leito de rios, canalização de rios, impermeabilização do solo, falta de tratamento dos efluentes”, e entre outras questões.
13
Tabela 1- Água Potável no mundo (Fonte: WWF, 2007)
O fato é que, a Terra possui água doce suficiente para o abastecimento de todo o ecossistema, mas o mau uso e o mau cuidado da água podem afetar diretamente neste abastecimento, como por exemplo, uma porcentagem de água potável é perdida devido à poluição de um rio e, se esta água não é recuperada, ela não poderá ser utilizada. Se cada vez mais acontecer este tipo de situação, “perdemos” aquilo que sempre foi importante e essencial para nós. (WWF- BRASIL, 2007) O saneamento é um item básico e é um dever de todo cidadão garantido pela Constituição Federal e instituído pela LEI Nº 11.445, DE 5 DE JANEIRO DE 2007, e está relacionado aos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana, drenagem urbana, manejos de resíduos sólidos e de águas pluviais, à conservação dos recursos naturais e à proteção do meio ambiente. Muitas cidades só exercem apenas um dos itens, ou só executam em apenas uma parte da cidade, que é o caso da captação de esgoto, onde há locais que não contém a captação e, consequentemente, estes resíduos são despejados em rios ou ligados de forma indevida nas tubulações pluviais. Isto só afirma que a falta de saneamento adequado acaba afetando a sociedade como um todo. Infelizmente, todas as cidades sofrem com estes problemas, não só as
Figura 2 Mulher ribeirinha em sua casa na comunidade Buriti Vencedor, no Alto Solimões: s (Foto: ANTONIO SCORZA)
grandes metrópoles. E, com isto, discussões sobre o tema são cada vez mais comuns, nos fazendo pensar em soluções de mudança e reflexões sobre as gestões das águas.
14
2.1. Mas afinal, o que é manejo de águas pluviais?
A partir disto, várias soluções foram criadas, mas que deve ser
Comumente chamado de Drenagem, o manejo nada mais é que um
aplicada de acordo com os problemas do local em que será inserido.
sistema criado para drenar o escoamento das águas superficiais de áreas urbanas evitando que inundações, assoreamento e entre outros problemas que
•
Filtração através de plantas;
possam ser causados após uma chuva. Mas se não construídos da melhor forma,
•
Reservatório de retenção;
podem se tornar de solução a um outro problema, como no caso de galerias que recebem as chuvas, mas que são despejadas as águas de formas irregulares. O manejo tradicional trata as águas como um resíduo que deve ser afastado das ruas e áreas urbanas de possíveis inundações, mas essa solução faz com que mova apenas a problema de lugar. O próprios reservatórios e piscinões não necessariamente são a solução. Temos como exemplo a cidade de São Paulo, onde é causados inúmeros problemas. Um grande contribuinte para a poluição dos córregos também está associado as chuvas, quando o escoamento das águas lava as superfícies permeáveis, onde consequentemente levam resíduos e contaminação até os rios sem nenhum tipo de tratamento, considerando também o descarte de esgoto ligados as estas galerias. O importante é não apenas drenar a água da
Figura 3- Reservatório de Detenção – Hannover – Alemanha. Foto: Juliana Rangel
chuva, mas também como conduzi-la de forma sustentável sem causar outros danos. Segundo Mariana Marchioni, (2020) a ideia do Manejo Sustentável faz com que se crie mais áreas permeáveis nas cidades em diversos pontos, e isto ajuda na infiltração direta no solo. A ideia principal é: •
Quantidade: Reduzir o volume de água e os picos de vazão do escoamento superficial;
•
Qualidade: Tratamento da água através da filtragem e outros processos;
•
Oportunidades:
oferecer
características
que
aumentam
a
atratividade e valor do local de aplicação;
Figura 4- Reservatórios de Detenção- Foto: desconhecido
15
•
Wetland;
•
Jardim da chuva
Figura 7- Exemplo de Jardim de Chuva – Largo das Araucárias – SP. – Fluxus Soluções Ecológicas Figura 5- WETLANDS Foto: desconhecido
•
Bacia e trincheira de infiltração;
•
Biovaleta
Figura 8- Biovaleta Foto: desconhecido
Figura 6- trincheiras Imagem: costaesmeraldaportobelo.com.br
16
17
18
3. SE NÃO HÁ ÁREAS VERDES, NÃO HÁ VIDA
3.1. cidades mais urbanizadas A rápida aceleração do crescimento das cidades, com o aumento do adensamento populacional, afeta diariamente as pessoas e o meio ambiente.
Com o passar dos anos, o aumento dos impactos causados pelo homem à natureza fez cada vez mais, as pessoas perceberem a real importância de se preservar o meio ambiente.
Problemas com a mobilidade urbana, rotina e estilos de vida baseados apenas
De fato, a falta destes meios atinge gradativamente a vida urbana mais
em trabalho, trânsito, casa e sem pausas para lazer, se tornam cada vez mais
saudável, onde já contém indícios de que estamos sendo afetados por isto e,
frequentes.
por este motivo, tentamos achar soluções que impeçam a devastação
Nos últimos tempos, com uma sociedade cada vez mais rendida pelo uso
ambiental.
de automóveis, aumentaram os problemas de saúde causados pela falta de movimento do corpo, como por exemplo, o sedentarismo, resultando em uma
[...] quanto mais áreas verdes florestadas, melhor serão cumpridas as
população cada vez mais esgotada mentalmente e fisicamente, atrelado ao
atribuições ambientais de regulação climática; redução da poluição
avanço da tecnologia, onde as conexões pessoais se tornaram mais difíceis.
atmosférica; retenção das águas de chuva; recarga de aquíferos;
As áreas verdes contêm um papel importante no ambiente urbano, pois elas fazem com que as cidades tenham uma menor poluição, controlando a qualidade do ar e das águas, assim como controla alagamentos devido à
proteção de encostas contra a erosão e escorregamentos; proteção de margens e nascentes; abrigo e alimentação da fauna urbana; lazer; embelezamento da paisagem urbana e aproximação física e espiritual dos cidadãos com a Natureza. (Santos, 2011)
permeabilidade no solo, entre outros fatores. Por isso, este processo afeta diretamente os meios naturais, como os rios, nascentes e, principalmente, as
A arquitetura, em conjunto com o Urbanismo, tem a função de ir contra
matas nativas que acabam sendo extintas ou contornadas pela malha urbana,
todos estes problemas e achar soluções para um melhor bem-estar nas cidades,
resultando em inúmeros problemas ambientais.
produzindo lugares saudáveis para as pessoas. Devido a estes fatores, projetar
Devido ao tamponamento dos cursos d’água que foram realizados logo no início do desenvolvimento de muitas cidades, os alagamentos se tornaram um dos maiores problemas urbanos enfrentados. As mudanças ambientais antropogênicas também ameaçam a saúde humana por causar escassez de água e alimentos, aumentar os riscos de desastres naturais, provocar o deslocamento de pessoas e aumentar o risco de ocorrência de doenças infecciosas (LINDAHL & GRACE ET AL., 2015)
19
e manter a preservação das áreas verdes urbanas é de extrema importância.
3.2. um paralelo entre urbanização x áreas de preservação Já sabemos que as problemáticas causadas pela urbanização afetam diretamente o meio ambiente. E uma resposta para tentar frear a intervenção nos recursos naturais existentes de áreas urbanas é a criação de leis ambientais. Temos como exemplo a lei de taxa de permeabilidade, obrigando novos loteamentos e residências a deixar certa parcela de área verde de acordo com a metragem quadrada do lote, comumente chamados nos loteamentos de “Sistema de Lazer” ou “taxa de permeabilidade”, além das áreas de preservação permanente quando próximos a córregos. O termo “APP” significa Áreas de Preservação Permanente, essas áreas têm como objetivo assegurar a conservação do meio ambiente, do solo, da vegetação da fauna e dos recursos hídricos, cria corredores verdes para passagens de animais e garante o bem-estar da sociedade e da biodiversidade. Nelas são permitidos explorar os seus recursos existentes e atividades de baixo impacto ambiental. (HORIZONTE AMBIENTAL, 2020) Sendo assim, de acordo com o SNIF (Sistema Nacional de informações Florestais), as áreas de preservação permanente (APP) que constam na lei são: “áreas protegidas pela Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, o Novo Código Florestal Brasileiro, cobertas ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas”. (Sistema Nacional de Informações Florestais, 2019) Para proteger que olhos d’agua, córregos e rios tenham erosões, deslizamento de terras e evitar o assoreamento, de acordo com o código florestal (Lei nº 4.771/65) é contado uma faixa que varia de 30 a 500 metros desde o perímetro do curso d’agua. Já para nascentes é imposto que tenha um raio de 50m do olho d’agua para, assim, manter a área de preservação e impedindo que sejam degradadas ou, até mesmo, que haja moradias irregulares quando localizadas em áreas urbanas.
Tabela 2- áreas de preservação permanente segundo o código florestal (Lei nº 4.771/65) (Modificado pela Autora)
20
Agora sabe-se o que é uma APP, e que contém uma lei que a rege, fica uma pergunta: será que esta lei é aplicada no dia a dia das cidades? Poder Público é o principal produtor e gestor dos espaços livres de recreação e conservação, não investindo, em geral, recursos suficientes para o atendimento das demandas da população e ambientais. (QUAPÁ-SEL II)
Fica a cargo dos municípios e governos produzirem planos de manejo e projetos que mantenham as áreas conservadas do avanço da urbanização e cabe ao poder privado projetar áreas de forma consciente. Mas, o fato é que, muitas vezes, a fiscalização destas áreas não é feita, dando brecha para que os crimes ambientais sejam cometidos, tais como: despejo irregular de esgoto, depósitos de lixos, não sendo feito um plano de manejo adequado, fazendo com que as águas sejam poluídas e o meio ambiente seja destruído. Porém, está presente em muitas cidades a falta de planejamento, uso indevido da área, falta de diretrizes de monitoramento, regularização e conservação.
A
importância
do
planejamento
urbano
é
justamente
desenvolver e criar soluções para uma cidade melhor. Por isto, devemos pensar que a destruição destes rios não afeta apenas o hoje, mas também as gerações futuras que irão necessitar destes recursos. Sendo assim, uma forma de reduzir os impactos, cuidar e manter as áreas verdes e, ao mesmo tempo, estimular vínculos entre pessoas, é a criação de parques e praças públicas.
21
Figura 9- Rio Paranapanema (Rodrigo Silva, 2019)
3.3. espaços públicos A necessidade de áreas públicas abertas e de lazer vem se intensificando a cada ano, e um dos motivos para esse avanço foi o acontecimento da pandemia no ano de 2020, que acabou paralisando o mundo por mais de dois anos, no qual formos submetidos a um isolamento social jamais visto em décadas, onde não foi possível o contato social, apenas consumir itens básicos e necessários, sem conexão com o mundo exterior, mudando de forma brusca a rotina. Isto nos fez refletir sobre nossas atitudes e perspectivas de um novo mundo onde fomos inseridos.
e de conservação da população e do poder público nestes espaços provoca depredação e desvalorização dos equipamentos urbanos. Atualmente, na maioria das cidades, pouco se é investido nestes espaços de lazer. Para isto, o poder público tem como missão implementar projetos de educação ambiental, fazendo com que as pessoas preservem os locais públicos. Sendo assim, buscar por espaços públicos onde as pessoas podem usufruir da natureza, com locais atrativos e atividades de convívio é importante para nossa sociedade e para a saúde humana, pois, sem áreas verdes, a cidade adoece.
Emilio Puime (2013) define que: “O espaço público é aquele de uso
3.4. o parque como forma de preservação
comum e posse de todos. Nestes locais desenvolvemos atividades coletivas, como o convívio de diversos grupos que chamamos de sociedade urbana. “
Os parques fazem parte da paisagem, integram e dão vida ao ambiente
Existem dois tipos de espaços públicos, os locais de livre acesso e sem
urbano, sendo espaços verdes que contém um elevado número de plantas e
restrições, que constituem as vias públicas, praças e parques e os de acesso
árvores. De acordo com o Art. 8º, § 1º, da Resolução CONAMA Nº 369/2006,
restrito que podem ser escolas, hospitais, centros comunitários, prefeituras, ou
considera-se área verde de domínio público “o espaço de domínio público que
até mesmo parques, onde se é permitido o acesso, mas com horários
desempenhe função ecológica, paisagística e recreativa, propiciando a
determinados de circulação e uso.
melhoria da qualidade estética, funcional e ambiental da cidade, sendo
A restrição de parques, áreas verdes e espaços de lazer tem a função de
dotado de vegetação e espaços livres de impermeabilização".
tentar controlar o livre acesso, permitindo que a prefeitura consiga manter a manutenção diária do local.
Os espaços verdes de convívio tiveram início na Europa, época da revolução industrial no século XVIII, do qual os primeiros sinais de poluição foram
O espaço público proporciona relações de trocas e encontros na
surgindo. Com intuito de fugir das áreas sujas da cidade, a população daquela
sociedade, livres e aberto a todos. É nele que podemos explorar situações,
época desenvolveu grandes jardins privados, mas criados apenas para as
desenvolver conhecimentos, ter contato com novas culturas e com o os meios
pessoas de classe alta. (MACEDO; SAKATA; 2002)
naturais. Segundo Gehl, “A visão de cidades vivas, seguras, sustentáveis e
Historicamente, o avanço das cidades acarretou em um grande
saudáveis tornou-se um desejo universal e urgente”, o que reforça que não é só
adensamento urbano e, surgindo a necessidade de amenizar o impacto do
apenas em grandes cidades que se busca a sustentabilidade.
ritmo frenético que a cidade desenvolveu, potencializaram a demanda dos
O empenho por uma vida mais saudável acaba movimentando as
espaços de “respiro” que propiciasse, ao mesmo tempo, lazer e convívio, como
pessoas a buscar por mais contato com a natureza e áreas verdes nas cidades,
praças e parques. Com o passar do tempo, os parques foram evoluindo,
como forma de praticar atividades físicas, caminhada e andar de bicicleta.
ganhando novos conceitos e formas de serem produzidos. (MACEDO; SAKATA;
Muitas vezes, o que nos impede de frequentar lugares de lazer é a falta
2002)
dele ou porque os poucos lugares públicos existentes não contêm segurança,
Ao contrário dos parques desenvolvidos pelos burgueses, os parques
qualidade ou atrativos que estimulam o convívio social. A falta de planejamento
atuais têm um intuito de fazer parte da vida da população em geral, seja ela
22
de baixa ou alta renda, destinados a práticas de esportes, caminhadas e atividades culturais. Os parques urbanos são áreas com grandes extensões, que ultrapassam a amplitude de espaços públicos como as praças, O Ministério do Meio Ambiente descreve que “[...] uma área verde com função ecológica, estética e de lazer, no entanto, com uma extensão maior que as praças e jardins públicos.” (Ministério do Meio Ambiente, sem datação) No Brasil, a maioria dos parques foram criados em função da proteção
3.5. parque ecológico Para entender o que é um parque ecológico, precisamos entender a definição de “Ecologia”. A ecologia é o estudo que permite entender os seres vivos e suas formas de se relacionar uns com os outros e com o meio ambiente. É nela que compreendemos melhor sobre a importância dos seres vivos e do meio ambiente. O termo “Ecológico” é relativo à ecologia, e está relacionado à preservação do meio ambiente. (Vanessa, Mundo Educação).
de mananciais e remanescentes de vegetação, ou em áreas já preservadas. As
ecologia
legislações passaram a ser rigorosas a partir dos anos 2000, fazendo com que os
e·co·lo·gi·a
parques que fossem construídos depois delas entrarem em vigor, passassem a
BIOL Ramo da biologia que estuda as relações
ser criados consequentemente com objetivos sustentáveis. (MACEDO; SAKATA;
entre os organismos vivos e entre os organismos e seus
2002)
ambientes. (Dicionário Michaelis) Com o aumento de condomínios e loteamentos voltados para as áreas
de baixa renda (produzidos pelo programa Minha Casa, Minha Vida, do governo), deu a oportunidade também destes novos empreendimentos produzirem áreas de lazer voltadas para esta população, possibilitando, para este público, o contato com a natureza e o lazer. Segundo MACEDO (2002), existe algumas categorias de parques no Brasil que levam no nome: parque linear, parque ecológico, parque urbano, zooparque e, também, parques naturais, sendo eles: •
Parques de conservação e bosques dentro da malha urbana e sem apropriação de lazer;
•
Parques urbanos de conservação com apropriações de lazer;
•
Bosques Urbanos com apropriações sociais na periferia e bairros;
•
Parque lineares de rios ou represas;
•
Lagoas Urbanas;
•
Parques de esportes radicais;
•
Avenidas de lazer e parque como exemplo: o minhocão;
Com isto compreende-se que o parque ecológico está relacionado tanto com o meio ambiente quanto com os seres vivos, tendo como finalidade proteger a natureza que ali se encontra ao mesmo tempo em que as pessoas usufruem de seus benefícios. Estas áreas ecológicas mantêm as vegetações e recursos hídricos protegidos e permite explorar o local com estudos sobre as plantas, os animais e tudo o que o compõe. Ou seja, o Parque Ecológico definido é uma Unidade de Conservação (UC). Devido a todos os acontecimentos da urbanização contra o meio ambiente, o parque ecológico vem como forma de proteger, recuperar e preservar aquele ambiente verde da exploração indevida do homem, da poluição e ajudar a manter os animais vivos que ainda restam. Segundo o Instituto Brasília Ambiental (IBRAM), um parque ecológico deve possuir em todo o seu território uma área de, no mínimo, 30% composta de preservação permanente. (Ibram, 2020) Estes parques também proporcionam o incentivo à educação ambiental e estimulam a recreação e a valorização sustentável do homem com a natureza. É através da educação ambiental que podemos evoluir e conscientizar sobre a real importância da preservação da natureza e sobre como precisamos dela para manter uma vida mais saudável.
23
3.6. importância da educação ambiental como forma de preservação
3.7. CEA – centro de educação ambiental 3.7.1. O QUE É CEA?
Foi a partir de 1990 que se tornaram intensas as atividades ligadas à
O Centro de Educação Ambiental, (conhecido como “CEA”), é um
educação ambiental no Brasil. A lei nº 9795/1999, Art 1º de 27 de abril de 1999,
espaço que tem o objetivo de oferecer atividades e ações voltadas para o
instituiu a política nacional de educação ambiental, e nela é descrito que é na
meio ambiente, por meio de estratégias e ferramentas que possa estimular
“Educação ambiental que indivíduos e a coletividade constroem valores
mudanças de comportamento na sociedade e a construção de políticas
sociais, conhecimentos, habilidades e competências voltadas para a
públicas. (Oliveira, 2021)
conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade".
3.7.2. ESTRUTURAÇÃO DE UM CEA Em 2004, Silva levantou estudos baseados nos primeiros princípios que
É através de estudos relacionados ao meio ambiente que se faz refletir
norteia um CEA, naquela época pouco era as informações que se tinha sobre
sobre o mundo a volta, sobre quais hábitos estão sendo tomados, quais
o assunto. Mas, nos dias atuais observa-se que só a partir de 2011 o governo
impactos se tem sobre a natureza, e qual é a melhor forma para praticar ações
federal teve iniciativas para lançar diretrizes baseadas nestes princípios para a
concretas, onde qualquer pessoa possa aplicar em seu dia a dia. Pequenos
implantação de centros relacionados ao tema, sendo eles:
hábitos, como separar a reciclagem, já se torna grandioso. De início, as primeiras inserções da EA no país foram nas escolas. A ideia era trazer na grade curricular dos alunos a transmissão de conhecimento da sustentabilidade e da preservação ambiental. (Silva,2004) A educação ambiental envolve mudanças de hábitos e cultura, e tem a participação das secretarias municipais ou centros educativos em conjunto com a população para promover projetos que incentivem a proteção da biodiversidade e também a mudança de visão em relação à importância do meio ambiente. As questões ambientais devem ser sempre debatidas, e as informações de como preservar deveriam chegar em toda a sociedade. Por isso, é necessário e importante a colaboração de todos, para que tenhamos a natureza preservada e um mundo mais sustentável.
Figura 10- Dimensões relativas à concepção de CEA adotada (Silva, 2004)
É com o reconhecimento da importância ambiental que se tem cidades
a. Espaços, equipamentos e entorno: Para que a EA seja transmitida
mais sustentáveis e vidas mais saudáveis. As leis federais, estaduais e municipais,
a todos, contém a necessidade de um espaço ou uma sede, que
tem o dever que tentar controlar os impactos que a cidade tem sobre o meio
esteja estruturado para receber todas as atividades que serão
ambiente, por isto, a educação ambiental também é importante para que a
propostas para o local, além de considerar o local em que será
comunidade saiba dos seus deveres e os deveres que o governo tem, para
inserido.
assim, ser monitorado pela própria população, cobrando-se por ações concretas e que leis sejam cumpridas.
b. Equipe educativa: Com uma equipe capacitada é um dos itens mais importantes, pois são eles que irão transmitir todo o
24
conhecimento e mostrar os melhores caminhos para se preservar
Os primeiros indícios de um CEA, segundo dados levantados por SILVA,
o meio ambiente. Devem ser contratados de acordo com a
em 2004, ocorreram em 1976 e 1978 onde surgiram o Núcleo Pereque, que seria
proposta de cada CEA.
a Unidade de Conservação de São Paulo, e também o Centro de Estudos
c. Projeto político pedagógico: é um instrumento que conduz as ações que o centro terá, e considera as potencialidades, históricos sobre o assunto e características socioambientais da região. d. Estratégias de sustentabilidade: Onde serão projetados planos com ações para se alcançar as metas propostas.
Costeiros- da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde os mesmos tiveram iniciativas do governo. (Silva,2004) O governo do estado de São Paulo, em 2007, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, atual Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente, criou o Programa Município VerdeAzul – PMVA, com objetivo de incentivar as cidades a transmitir a educação ambiental para toda a comunidade, elaborou
Através da recomendação nº11, de 04 de maio de 2011, o CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE, descreve que os CEA’s terão como objetivos: I - disponibilizar informações de caráter socioambiental para o desenvolvimento das atividades de educação ambiental; II - incentivar processos de reflexão crítica sobre os problemas ambientais atuais, visando à revisão de valores e comportamentos individuais e sociais aos quais se relacionam; III - promover ações formativas e de capacitação em educação ambiental; IV - desenvolver atividades interpretativas, de sensibilização, de contato com a natureza e de interpretação histórico-cultural; V - delinear e implementar projetos, processos e eventos relacionados à educação ambiental; VI - articular e apoiar grupos, entidades, instituições e pessoas para potencializar ações comunitárias locais; VII - constituir-se em espaço educativo, de lazer e de convivência, com a realização de atividades lúdicas, esportivas e culturais; VIII - desenvolver projetos de pesquisa, produção ou socialização do conhecimento, inclusive os saberes locais, tradicionais e originais; e IX - promover o intercâmbio científico, técnico e cultural entre os CEAs, entidades e órgãos nacionais e estrangeiros na área socioambiental.
25
planos e orientação para que os municípios possam implantar a Educação Ambiental. (Governo do estado de São Paulo, 2007). Um deles é a criação do “Manual de Implantação do Centro Municipal de Educação Ambiental” (2013), com instruções e diretrizes para os municípios. Com isto, houve um grande aumento em centros educacionais voltados para o meio ambiente, os CEA’s. A educação ambiental tem tanto valor, é algo relevante, com tanto potencial, por isto, a importância de sua implantação, quanto mais Centro de Educação ambiental, mais informações e conhecimento a população terá.
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27
28
4. ENTENDENDO UM POUCO MAIS SOBRE A REGIÃO O Município é um dos poucos do estado que contemplam áreas
4.1. áreas de preservação em Assis A cidade de Assis está localizada no interior do estado de São Paulo na
protegidas por lei federal, com intuito de proteção ambiental, toda esta mata é conhecida como Horto Florestal de Assis. É o Instituto Florestal que é responsável por gerir as unidades de conservação presentes no município.
região oeste. Conhecida por ser uma sub-região e referência para as cidades
As áreas classificadas por Unidade de Conservação (UC) integral,
vizinhas. Está situado na bacia do Médio Paranapanema, é o eixo e rota de
protege a natureza e os recursos naturais ali existentes, permitindo o uso dos seus
rodovias importantes, onde estas estradas interligam os 3 estados, sendo eles
recursos apenas como forma de pesquisas e educação ambiental. Uma destas
São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul.
áreas é a Estação Ecológica de Assis – EEc, foi criada em 1992 e fica localizada na região norte do município, com o princípio de conservação devido a relevância da área ocupada por vegetação de transição entre Cerrado e Mata Atlântica. (Instituto Florestal, 2010).
SÃO PAULO
Este território comtempla também a Floresta Estadual de Assis, destinados para uso público, como o turismo, recreação, e exploração sustentável de recursos naturais. Além disto, a PMA adquiriu novas duas áreas que foram doadas para o Instituto Florestal, com o objetivo de compensação ambiental, no qual futuramente será incorporada na Floresta Estadual. (Melo, 2020) Contêm a Zona de Manejo Sustentado de Proteção e Recuperação, e Zona de Amortecimento Ambiental que estão localizadas próximos a floresta estadual e na área da água do cervo. Estas áreas vêm sendo recuperadas desde sua a criação, pela degradação e falta de mata nativa do local. Sua proteção é importante pois está ligada direta e indiretamente a principal bacia de captação de água que alimenta a cidade. (PMA,2010) Segundo Melo (2020), desde que foi estruturado e aberto ao público para visitação nas Florestas Estadual e na Estação Ecológica, atingiu-se um grande número de visitações de turistas, pesquisadores e estudantes, de acordo com ele:
ASSIS
•
1.083.929,00 visitantes entre 1981 a 2004 (47 mil visitantes/ano);
•
141 mil eram escolares envolvidos em projetos de Educação Ambiental;
•
69 mil visitantes entre 2017 e 2020 pós concessão do Ecolago à Prefeitura de Assis;
29
Este plano de manejo criado aplica-se apenas para as áreas delimitadas pela Estação ecológica. Já as áreas fora do perímetro da EEc são definidas pelo plano diretor algumas áreas de especial interesse ambiental, que tem o objetivo de preservação de áreas naturais, mananciais, cursos d’agua e recuperação de áreas degradadas. (PMA. 2006) A cidade comtempla diversas nascentes e rios, tanto na área rural como área urbana. algumas delas é destinada para abastecimento público e reservatórios de água. A da Água do Cervo é uma das micro bacias mais importantes, pois é responsável por maior parte do abastecimento da população. Ela está localizada próxima a Zona de Manejo e Zona de Amortecimento ambiental, sendo, neste caso, uma área de proteção, para conservação de seus recursos naturais. Mas o que preocupa são as áreas de APP que estão localizadas dentro da região urbana da cidade. As áreas consideradas de Proteção Permanente na zona urbana são Figura 11- Estrada Assis-Lutécia cortando a Floresta Estadual de Assis/SP (Mundozinhos, 2022)
aquelas próximas a córregos e nascentes, onde observa-se em boa parte a falta de mata ciliar e proteção dos recursos hídricos, e a urbanização que avança
Ainda de acordo com Melo (2020), as erosões (Água da Porca e Pavãozinho) com sérios problemas de conservação do solo afetando a qualidade da água, fogos, caça, animais exóticos (gado, javaporco), lixo plantas invasoras (brachiaria), ameaçam às áreas de proteção, que tem relação com a aproximação do avanço da urbanização exigindo o trabalho de fiscalização. A conservação é muito necessária, tanto para o município como, também, para a região deste bioma brasileiro que está em escassez, no qual pouco se é encontrado de recursos naturais no estado devido ao avanço do desmatamento. Motivo este, que um plano de manejo foi criado para que meio ambiente seja conservado. O plano de manejo, segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, “visa levar a Unidade de Conservação a cumprir com os objetivos estabelecidos na sua criação”, que elabora ações para o correto uso sustentável dos recursos naturais, e previne ações inadequadas que possam
ainda mais nestas áreas. Mas, conforme explicado anteriormente no cap.03 deste trabalho, existe uma lei que delimita uma “faixa” de proteção nestas marginais dos córregos onde deve-se preservar e não ser habitado. Segundo o DECRETO MUNICIPAL nº 6.937/2016, instituiu a política municipal com foco na proteção aos mananciais de água destinados apenas ao abastecimento pulico. Neste decreto eles consideram as seguintes micro bacias hidrográficas: Água do Cervo; Córrego do Pavão; Córrego do Matão; Água do pavãozinho; Reservatório do Cervo; Água da Porca; Água do Barro Preto; Água do palmitalzinho; e a Água da pirapitinga; (PMA,2016) Através dos mapas a seguir pode-se identificar todas as áreas consideradas pela Prefeitura Municipal de interesse ambiental. Nota-se que há poucas áreas que tem direito a proteção na malha urbana do município. São locais fragmentados espalhadas pela cidade, em formas de lotes ou quadras, ou que são lindeiros a rios, além de quase todas as estações elevatórias serem próximas aos rios.
afetar todo o espaço. (ICMBio)
30
N
Mapa 01- Áreas de interesse ambiental e estação ecológica de Assis. Fonte: PMA, alterado pela autora, 2021. 31
4.2. as nascentes também morrem- muito além de plantar árvores
durantes os últimos anos, onde há diversos locais de degradação em áreas de preservação, é possível concluir que apenas a plantação de mudas não recupera as nascentes danificados e as águas poluídas, sendo necessário um
O limite urbano é cercado por inúmeros córregos e nascentes. De acordo
plano de manejo adequado, um acompanhamento para a recuperação
com os dados disponibilizados no Portal da prefeitura (2018), existem cerca de
destes recursos hídricos e, ainda, o planejamento adequado da drenagem das
227 nascentes em todo o território do município de Assis, no qual, apenas
águas pluviais.
algumas fazem parte do abastecimento público de água potável.
Neste
Praticamente em quase todas as nascentes que se encontram na área
mesmo documento informam que, dentre estas nascentes, oito estão em
urbana e que estão sendo cercadas pela urbanização é possível encontrar os
“recuperação”, mas não mencionam exatamente quais são os planos de
problemas ambientais existentes nestes cursos d’agua. As leis impostas pelo
recuperação, e o que vem sendo feito para que isso ocorra e se foram
município não são aplicadas no dia a dia, este é um grave problema de anos e
recuperadas de fato.
que não é resolvido.
A únicas ações que vem sendo realizadas pela PMA, segundo
Assis contém grandes históricos de alagamentos.
Um dos principais
informações divulgadas pela mesma em áreas de Proteção Permanente dentro
motivos destes acontecimentos foi a falta de planejamento urbano na época
do perímetro urbano estão relacionadas apenas com plantio de mudas para a
dos primeiros anos da cidade. Com a crescente urbanização de casas e pelo
recuperação da mata em locais que necessitam de áreas verdes, mas,
avanço do asfalto, os governadores naquele momento viram que a única
infelizmente, um plano de recuperação vai muito além disso.
solução para os problemas de saneamento básico seria o tamponamento do córrego do jacu. (Cidadania Assis, 2017). Deste então, quando há alertas para chuvas fortes, a população já sabe que haverá alagamentos em áreas propícias ou o aumento de erosões, que são os casos da nascente do barro branco, da nascente água do pavãozinho e da água da porca. (Melo,2020) O caso da erosão na nascente do pavãozinho, localizada próximo ao Distrito Industrial e que está dentro da UC da Floresta Estadual, se torna um exemplo de que o mal planejamento das águas pluviais, e a urbanização
Tabela 3- Indicadores gerais de Assis - PMA 2018
A Prefeitura do Município, em conjunto com a Secretaria do Meio Ambiente, criou leis de preservação das águas mananciais e programas de
afetam diretamente os recursos hídricos. Depois de muitos anos chegando-se a um estágio muito maior, apenas agora ações vêm sendo mobilizadas para a recuperação do local.
arborização e plantio de mudas, onde possui um pequeno viveiro de árvores populares, e que são cultivadas e distribuídas gratuitamente para a população e para uso do município em alguns locais que necessitam de recuperação vegetal. De acordo com as informações do site ONG CIDADANIA EM ASSIS, os mesmos divulgam a verdadeira realidade em que as nascentes se encontram
32
N
nascentes na região urbana da cidade de Assis
Nascente barro branco
legenda
33
Mapa 02- Nascentes da região urbana da cidade Fonte: PMA, 2016. Produzido pela Autora, 2021
4.3. parques existentes em Assis
(SEAMA) de Assis, onde deste então, foi desativado o espaço em que abrigava a educação ambiental, modificando o uso do prédio.
Assis possuí atualmente poucos locais considerados parques de grande porte. Nos últimos anos, a prefeitura resolveu voltar seus olhos novamente para estas áreas, onde por muitos anos alguns espaços que já eram existentes, se tornaram ociosos e abandonados por falta de cuidado da gestão pública. onde temos como exemplo o Ecolago, e o Atual Ecoparque, onde antigamente era conhecido por Centro Social Urbano, Estes espaços sempre foram muitos utilizados antigamente, mas com o tempo foram fechados e só agora foram reabertos ao público novamente.
4.4. educação ambiental em Assis A cidade possui alguns programas de educação ambiental, porém, não
Figura 12- Placa ainda pregada no edifício onde era centro educacional ambiental, atual sede do SEAMA. (Foto: Acervo pessoal, 2021)
contemplam grandes proporções e possuem pouco alcance. A unidade de conservação do horto florestal, por exemplo, costumava receber estudantes para passeios e ensinamentos das UC’s onde possuía um espaço para palestras e algumas espécies de animais empalhados para estudos e observação, mas, por estar localizado fora da área urbana, é extremamente difícil o acesso ao local. Com isto, havia sido implantado outro espaço para abrigar e receber alunos que é no Parque Ecológico “João Domingos Coelho”, conhecido como Parque Buracão. Inaugurado no ano de 1999, até 2016, este local abrigava a chamada “Escola Aberta do Meio Ambiente”, em que fica localizado no prédio dentro do Parque Buracão. Segundo a prefeitura, a Educação Ambiental Municipal de Assis (EAMA) utilizava todo o espaço do parque e as salas como forma de aprendizado, e tinha a “finalidade de proporcionar experiências empíricas aos participantes das atividades”, eram realizados diversos eventos e recebiam estudantes todos as semanas para palestras e diversos eventos voltados a este
Figura 13- Atual Secretaria do Meio Ambiente (Foto: Acervo Pessoal, 2021)
tema, mas, há alguns anos acabou sendo disponibilizado o edifício para a instalação da sede da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente
34
Figura 14- Atual Secretaria do Meio Ambiente (Foto: Acervo Pessoal, 2021)
Figura 15- Estufa da SEAMA (Acervo Pessoal, 2021)
De acordo com dados da PMA, até 2016 o local recebia visitas de alunos das escolas e faculdades para palestras, mas, por ser um local pequeno e o salão para eventos ter pouco espaço, não era possível levar grande grupos de pessoas ou turmas das escolas. Possuía apenas algumas salas, mas sem atividades diárias para a população. Normalmente, são as escolas que levavam os alunos para conhecer o local coincidindo com a grade escolar e deveria ser anunciado antecipadamente, realizando o agendamento para as visitas. Sendo assim, atualmente não há espaço físico destinado ao uso da educação ambiental. Ao lado deste edifício, nota-se uma pequena estufa com algumas espécies de plantas criadas pela SEAMA, onde não se encontra aberta para o público, também contêm um jardim sensorial criado no ano de 2018, onde havia vários tipos de espécies de plantas que proporcionava aos visitantes o estimulo dos cinco sentidos. Hoje, infelizmente, o jardim se encontra abandonado, e todas as espécies que ali continha, não se encontra mais.
35
Figura 16- Jardim Sensorial (Acervo Pessoal, 2021)
ANTES (2018)
DEPOIS (2021)
Figura 17- Jardim Sensorial- plantas (Acervo Pessoal)
Nos primeiros anos de inauguração o jardim sensorial era bem cuidado, mas com o passar do tempo, o espaço ficou abandonado, e as plantas foram
Figura 18- Centro de Integração Ambiental (Arquivo pessoal,2021)
morrendo. Na primeira imagem acima mostra uma das espécies que era cultiva no jardim (pimenta), hoje (segunda imagem) por se encontrar nestas situações, apenas algumas espécies permanecem vivas, como a lavanda e o boldo, restando apenas lugares vazios e as placas de informação indicando as espécies. Localizado na rua Geraldo Nogueira Leite, na Vila Operária, bem próximo ao parque buracão, contém um Centro de Integração Municipal, que é destinado ao departamento de agricultura, escritório da economia solidária e o viveiro. Na placa que se encontra na fachada do edifício, informa que ali possui um Centro de Educação Ambiental. Ao perguntar para funcionários deste centro, os mesmos não sabiam desta tal informação e que não funcionava nenhum centro de educação ambiental. Segundo eles, as únicas atividades que o espaço oferece é o viveiro Municipal, onde é cultivado as mudas de árvores que é fornecido pela Prefeitura Municipal onde abastece locais em que é solicitado a plantação de árvores através da Secretaria Do Meio Ambiente, e um curso gratuito de sabão líquido caseiro, que ensina a comunidade a fazer sabão com óleo usado em casa.
Figura 19- Viveiro Municipal (arquivo pessoal, 2021)
Conclui-se
que
nas
visitas
realizadas
nestes
locais,
os
próprios
trabalhadores não sabiam informar sobre informações relacionadas a Educação Ambiental na cidade e que não tinham conhecimento sobre o assunto, sendo assim, não há espaços adequados destinados à educação ambiental em Assis, o que enfatiza a importância que se deve ter para que o Meio Ambiente sempre se mantenha preservado. Ao contatar a Secretária do Meio Ambiente de Assis, também não houve respostas, ficando assim, sem informações oficiais.
36
4.5. sobre a área escolhida 4.5.1. e porque a nascente do barro branco? A nascente do Barro Branco está localizada na malha urbana do bairro Jardim Europa. As características do local são de um solo arenoso, que lembra areia de praia, decorrente disso, a nascente leva em seu nome “Barro Branco”. Está inserido, segundo o Plano Diretor Municipal de Assis (Lei Complementar nº 10 de 10 de outubro de 2006 e alterado em 2019) como Zona 3B, que está diretamente relacionado com aspectos ambientais e com diretrizes voltadas a este tema. A região da água do pavãozinho começou a se desenvolver a partir de 1960 a 1970, (PMA, 2006) mas é possível notar que ainda contém áreas de vazios urbanos nas imediações, mas nada que impeça o impacto e o avanço cada vez mais próximo destas áreas verdes. Em seu entono através dos mapas, é possível identificar o seu fácil acesso através da rodovia, percebe-se que há áreas vazias e de expansão muito próximas ao córrego, que poderão se tornar loteamentos ou outros usos, como é o caso do loteamento que há anos está executando suas obras, onde afeta diretamente o rio devido ao seu constante manuseio do solo. Os bairros lindeiros a área, contemplam diversos condomínios, tanto de baixo padrão (conj. Hab.), até alto padrão (que normalmente são condomínios fechados). As malhas das ruas são irregulares, e não seguem uma reta como no caso dos bairros centrais do centro da cidade. Um dos maiores supermercados de Assis, o “Amigão”, está inserido bem próximo a mata, ele é um ponto importante do bairro, pois gera grandes fluxos de automóveis e pedestres. Caso este, fez com que atraísse outros novos supermercados e comércios para a região. Fazendo divisa com o limite da mata, a Faculdade Universidade Paulista – UNIP, é umas das maiores do estado de São Paulo e neste campus compõe diversos cursos superiores, por isto, consequentemente estudantes de Assis e de outras cidades vizinhas
ZONA 3B
Mapa 03- Localização da área escolhida. (Autora,2021)
frequentam diariamente o local, gerando espaços de encontro. No mapa a seguir, é ressaltado os principais pontos que se destacam na região, e que são fatores importantes considerados neste presente trabalho. Coef. de Ocupação do Solo - CO = .> 300,0 M² : 0,50 37
Coeficiente de Aproveitamento CA = 1,5
análise do entorno - nascente barro branco
Mapa 04- Análise do entorno da nascente (Autora,2021)
condomínios fechados de médio a alto padrão
escola
conjuntos habitacionais
faculdade
áreas em obras
supermercados
UPA- unidade de pronto atendimento
unimed
vazios urbanos 38
4.5.2. tipos de vias e áreas de risco O local possui um fácil acesso, devido as vias que se localizam próximo a área. As avenidas são capazes de receber grandes fluxos, facilitando a mobilidade. As vias demarcadas em amarelo, são ruas locais que devido a universidade (UNIP), acaba recebendo grande numero de automóveis durante horários de pico.
Mapa 05- Tipos de vias. (Autora,2022)
39
Mapa 06- Regiões de Riscos (Autora,2022)
40
4.5.3. evolução da área Um ponto positivo sobre o local, é que através das imagens de satélite disponibilizadas pelo Google Earth, é possível identificar as evoluções no geral em que a área de estudo passou durante os últimos anos (entre 2003 a 2022) No ano de 2003 (início dos registros), notou-se que a área possuía poucas vegetações em torno do leito do córrego, continha muita vegetação rasteira e pouca mata nativa. Em sua volta ainda não havia iniciado as obras do novo loteamento, ou seja, a ocupação do solo é nula e também não havia aberturas de ruas e o supermercado “Amigão”. Em 2006, as vegetações que foram plantadas em torno do leito começaram a se desenvolver, evidenciando a área de proteção permanente. Já no ano de 2013, a ocupação do solo começou a se aproximar da APP. O novo loteamento iniciou as movimentações de solo, é evidente uma grande área “preta” presente nesta região, evidenciando vestígios de queimada. As
arborizações
continuam
crescendo
entre
2016
e
2017.
As
demarcações das novas vias foram traçadas.
Figura 20- Obra do sistema de drenagem do dissipador (Google Earth, 2019)
Atualmente em 2022, nota-se que ainda continua as obras próximas ao córrego, durante este período (2018 a 2022) foram feitas aberturas das ruas que ficaram expostas por anos. Provavelmente, sedimentos deste local foram levados através de chuvas, para o leito do córrego, causando erosões e assoreamento, foi durante este período que também houve obras no sistema de drenagem e evidenciou ainda mais problemas para a área de preservação permanente.
Figura 21- Obras das vias (Google Earth, maio 2021)
41
Figura 22 - Evolução da área escolhida (Google Earth, 2003 a 2022)
42
4.5.4. O local atualmente
“As boas práticas de manejo, evita a geração de sedimentos, e excesso de água, mas se houver excesso na geração de sedimentos e água, evitar para que não chegue ao rio. Afinal, somente a vegetação protetora envolta dos rios não consegue segurar toda a carga de água e sedimentos geradas em uma bacia hidrográfica. É necessário portanto que a proteção ocorra em toda a bacia hidrográfica.”
Observando
o
DECRETO
MUNICIPAL
nº
6.937/2016
informado
anteriormente (Pág. 36), a água do pavãozinho é citada como uma micro bacia e está inserida na lei como manancial, que deveria conter a total proteção da água, mas não é a situação que se vê hoje. Alguns moradores locais informaram que, antigamente, há 30 anos aproximadamente, existia um lago (próximo à rodovia) onde a população Figura 23- Vista aérea do ponto da nascente em relação ao bairro localizado ao lado. (Cidadania, jan. 2019)
conseguia nadar. Mas, atualmente, percebemos o contrário, está seca, com vestígios de uma possível área alagada e coberta por vegetações rasteiras.
A água do pavãozinho contém uma boa vegetação nativa em sua área e por todo o seu percurso, mas o que vem acontecendo com a nascente é justamente o descarte incorreto de esgoto devido à estação elevatória no local que acaba poluindo a água onde não são tratadas para essa finalidade, além das tubulações de drenagem pluvial serem direcionadas diretamente no leito da nascente, fazendo com que, em dias chuvosos, as águas das chuvas desaguem de forma a provocar a formação de erosão e assoreamento por todo o percurso d’água, consequentemente levando lixos e sedimentos. Podemos entender que apenas as mudas e as árvores não vão ajudar as águas a ficarem limpas se tiver ocorrendo outros problemas. A engenheira florestal Honda, pesquisadora do Instituto florestal (2020), explicou em uma palestra dada pela PMA, a respeito sobre a qualidade da água e a importância do uso do solo e boas práticas de manejo na bacia da água do cervo, mas que também pode-se aplicar estas ações para outros locais, além da importância que a população tem que ter para com este meio. Em um dos trechos ela menciona:
43
Figura 24- Área de alagamento (arquivo pessoal, 2021)
A intenção de revitalização do local e da recuperação da nascente servirá de modelo a ser seguido para os outros lugares, propiciando experiências ambientais e educativas para estudantes, crianças e famílias.
Cadê o rio que estava aqui? (foto Autora, 2021)
44
As áreas identificadas como Área de Preservação Permanente estão localizadas a 30 metros a partir do córrego e 50 metros a partir da nascente. Em sua volta contém muita arborização, considerada neste caso como áreas verdes e que ajudam na preservação da APP. Pode-se notar que parte da APP, está sendo invadida pelo novo loteamento, o que afeta diretamente a área de preservação. No mapa a seguir, realizou- se um levantamento de todos os problemas encontrados na mata e na nascente, coberto pela mata.
Mapa 07- Área preservação (Autora,2022)
45
de
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTO
DESCRATE INCORRETO DE LIXO
TUBULAÇÃO DE ESGOTO APARENTE (PASSANDO POR CIMA DO RIO)
DESCARTE DE ESGOTO DIRETO NO RIO
NASCENTE
ASSOREAMENTO DO RIO
EROSÃO/ DESCARTE DE ESGOTO/NASCENTE “MORTA”
ÁGUA POLUÍDA/ASSOREAMENTO/EROSÃO
AVANÇO DE OBRAS PRÓXIMO AO RIO
SISTEMA DE DRENAGEM CAUSANDO ASSOREAMENTO
Mapa 08- Problemas encontrados na mata e na nascente barro branco. (Autora,2021) 46
Figura 25- ONG Cidadania Assis, 2019
linha do tempo - nascente barro branco Através de imagens e relatos cedidos pela ONG Cidadania Assis relacionados aos problemas encontrados por anos na nascente, a linha do tempo a seguir foi montada:
Início dos registros, é notável
Nesta época, depois de 6
que a situação já estava em
anos os últimos registros, a
andamento, pode-se ainda
situação só piorava. A erosão
avistar a nascente em vários
se encontrava mais aberta, a
pontos minando água do solo.
tubulação foi corrompida e
Já continha uma pequena
todos os seus dejetos são
erosão e sua água ainda era
despejados no mesmo local
clara, mas turva.
da nascente;
Prefeitura de Assis é multada pela
justiça
ambientais erosões
por
danos
causados
na nascente
por da
água do pavãozinho, por falta
de
drenagem
e
manejo das águas, devendo adotar medidas urgentes.
47 Figura 26- ONG Cidadania Assis, 2013
Figura 27- ONG Cidadania Assis, 2019
Figura 28- ONG Cidadania Assis, 2019
Erosão bem maior, muito lixo e entulhos espalhados, água A água já não era a mesma,
completamente preta sem
com
ter por onde correr, poluição,
uma
esverdeada,
coloração nota-se
que
está claramente poluído.
descaso e falta de cuidado com o meio ambiente.
MAS AINDA CONTINUA...
Figura 29- ONG Cidadania Assis, 2019
Figura 30- Arquivo pessoal, Autora, 2021
48
4.5.5. discutindo caminhos de ligação A mata está entre duas regiões dividindo bairros residenciais de diferentes classes. No lado norte estão localizados os de interesse social, estes foram construídos casas e loteamentos populares designados como conjuntos habitacionais. Estes conjuntos eram produzidos na época para suprir o déficit habitacional da cidade, no qual concentra-se a população de baixa renda. O bairro mais próximo é o Conjunto Habitacional Nelson Marcondes viabilizado pelo INOCOOP. Já o lado Sul é predominado pelos bairros de classe média à alta, nesta parte contém supermercados, comércios e condomínios fechados de alto padrão. Nos mapas mostrados anteriormente, percebe-se que as quadras são menos adensadas pelo motivo da valorização do mercado imobiliário, e que acaba promovendo um processo de urbanização mais lento. Temos como exemplo os bairros Jardim Europa, Vila Claudia e Jardim Morumbi. Visitando o local foi possível notar esta falta de interligação dos dois lados da mata do Barro Branco. Decorrente disto, a população acabou encontrando
Figura 31- Rua Salvador Rodrigues de Moraes, ao lado da área e da rodovia Raposo Tavares, utilizada por pedestres (arquivo pessoal, 2021)
diferentes formas de se realizar a travessia de um lado para o outro. Um dos caminhos encontrados foi a rua que está localizada ao lado da Rodovia Raposo Tavares. Esta via, atualmente, é muito utilizada por pedestres para fazer caminhada e para andar de bicicleta, mas não contém placas e nem sinalização de trânsito. Por este motivo, os automóveis andam em grande velocidade, consistindo em um local perigoso para tal pratica. (figura 15) Como forma de encurtar o caminho, outro método encontrado pela população foi fazer uma trilha no meio da mata, esta acabou formando um ponto de passagem e grande movimentação de pedestres que necessitam, por exemplo, ir ao supermercado. Muitos adotaram este novo caminho, mas, infelizmente, não é a forma mais segura, já que é uma mata fechada, sem equipamentos urbanos adequados e sem segurança. Na figura 16, ao lado percebe-se que, devido drenagem pluvial inadequada ouve erosões e assoreamento por todo o leito do rio. Os moradores criaram uma “ponte” de madeira improvisada para a passagem de um lado para o outro, fazendo parte do início da trilha produzida pelos mesmos.
49
Figura 32- Ponte de madeira improvisada para passagem acima do "rio" (arquivo pessoal, Autora, 2021)
Mapa 09- Regiões de predominância. (Autora,2022)
50
51
52
5. REFERÊNCIAS PROJETUAIS DE CORRELATO Os projetos que serão apresentados a seguir, foram utilizados como referência e exemplos de soluções funcionais que serão aplicadas na proposta projetual deste trabalho. A partir da leitura, com base nos próprios autores e sites oficiais, foi elaborada uma análise autoral das implantações onde, através de desenhos e fotos do local, foi possível identificar formas de circulação, volumetria e proporções, partido arquitetônico, conforto térmico e entre outras informações.
5.1. Bosque Zaninelli e unilivre - universidade livre do meio ambiente ▪
Tipologia: Parque Urbano
▪
Localização: Bairro Pilarzinho, Bosque Zaninelli, Curitiba- PR
▪
Área de Mata Nativa: 36.794 m2
▪
Ano da Fundação: 1991 (Jaime Lerner)
▪
Ano da Inauguração: 1992
▪
Projeto do Edifício da Unilivre: Domingos Bongestabs
Figura 33- Vista aérea Bosque Zaninelli- Curitiba - 09.02.2018 - Foto Daniel Castellano SMCS
▪
Área: 874m²
Figura 34- Vista aérea do Bosque Zaninelli- Curitiba
A UNILIVRE é um centro voltado para o estudo do meio ambiente, sendo uma Organização Não-Governamental que tem como objetivo realizar ações de sustentabilidade e, ao mesmo tempo, inserir a sociedade em discursões e debates ambientais. A área onde a UNILIVRE está implantada, o bosque Zaninelli, foi por muitos anos (desde 1947) utilizado para mineração de granito. O solo foi bastante explorado e, com isto, originou um grande vale de paredões de pedra e um lago com oito metros de profundidade. A área de exploração foi desativada em 1983 e ficou dez anos abandonada. Graças a isto, a natureza foi tomando forma e se regenerou naturalmente. O que foi explorado era pedra, aos poucos foi se tornando uma mata viva e densa, como vemos hoje. (Zuzza,2021)
53
O bosque foi inaugurado em 1992, como forma de preservação do local,
Baseado no formato de um cilindro, a arquitetura da UNILIVRE chama a
e contém atualmente 60.000m² de área e vários animais e espécies vegetais se
atenção pela sua forma helicoidal executada com estrutura de madeiras de
instalaram ali. (UNILIVRE, 2021)
demolição e por compor passarelas que levam os visitantes até no alto dando vista a todo vale.
▪
Fauna: Preá, coruja, gambá, cobra d´água, marreco, cágado, sagui, sabiá, coleirinha, joão-de-barro.
▪
Flora: Cafezeiro-do-mato, canela, pitangueiras e remanescentes de floresta com araucária.
O parque contém um projeto de visitas guiadas, onde estudantes ou grupos de pessoas contratam um guia para andar e entender um pouco sobre a história do local. É feito uma caminhada com os turistas em uma trilha pelo bosque até chegar no edifício da UNILIVRE. Todos os espaços do parque estimulam os sentidos e sensações. As trilhas elevadas do solo feitas de madeira fazem uma imersão mata a dentro, onde é possível o contato direto com as árvores e o clima fresco do ambiente. Ao final da trilha a mata se abre, surgindo a paisagem da lagoa e da imensa parede de pedras dominadas pela vegetação. No lago é possível observar pequenos animais, como tartarugas,
Figura 39- Mapa interativo Bosque Zaninelli
peixes e patos nadando na superfície. Ao lado esquerdo é possível notar a arquitetura da universidade entrelaçada com as árvores com uma altura de 15m e um pequeno espaço com palco e bancos chamados de “auditório ao ar livre”. O edifício foi todo pensado na sustentabilidade com o objetivo de se ofuscar no meio da mata ao redor.
Figura 36- Entrada Bosque-
ecologia
Figura 37- Caminho de deck
Figura 38- Vista do lago e da pedreira
Figura 35- Auditório a céu aberto
e·co·lo·gi·a sf BIOL Ramo da biologia que estuda as relações entre os organismos vivos e entre os organismos e seus ambientes. (Dicionário Michaelis)
54
A volumetria parte de dois cilindros, onde o primeiro é adicionado duas
“Arquitetura: forma, espaço e ordem”, toda a circulação e o movimento, de
formas de cubo que sofreram modificações dimensionais. Após a adição destas
acordo com a organização centralizada, apresentam uma forma radial e
formas, o autor pensou em uma circulação circular onde os visitantes pudessem
espiral, consequentemente a circulação fica ao redor dos ambientes.
acessar o alto por meio de rampas, sendo assim da forma cilíndrica, foi retirado todo o excesso para que ficasse apenas a circulação.
As três salas de aulas são circundadas pelas passarelas e rampas, em meio às estruturas de vigas e pilares de madeira, contém grandes janelas de
O segundo Cilindro sofre alterações em seu centro e em suas laterais,
vidro, que dão acesso à vista externa. As salas são pintadas externamente com
subtraindo as formas que o compõe, deixando três formas que serão destinados
cores que remetem aos elementos da natureza, sendo eles: Azul= Água,
para as salas de aula. A forma final do edifício UNILIVRE, se dá na junção das
Vermelho= Fogo e Laranja= Terra. E o ar? É aquilo que respiramos e não vemos.
salas de aula e a circulação das rampas de acesso.
Boa parte do edifício é composta de circulação pública e é aberto em um dos lados, e ambos os lados, devido às rampas, podem ser acessados por
volumetria
todos, já que não possui portões de entrada. As salas de aula são consideradas mais privativas do que as rampas, pois são acessadas apenas quando há aulas ou eventos específicos. Já a Administração é para funcionários e pessoas autorizadas do parque e da universidade, sendo, neste caso, mais privada ainda. Os caminhos das rampas conduzem as pessoas até o Mirante que fica a 25m de altura. É possível ter uma linda vista da lagoa, do auditório e, de quebra, avistar possíveis macacos que circulam nas copas das árvores.
Figura 40- Esquema volumétrico - Autora 2021
As rampas, sendo um elemento principal do edifício, fazem a ligação de outros elementos e é nela que os ambientes são ligados. Por isso, neste caso, são ligados por um espaço em comum: (a rampa), além de ter o plano de base elevado, já que todo o edifício está localizado em meio às pedreiras. Todo o edifício e sua circulação estão voltados para o centro, desta forma, a organização é centralizada. Segundo Ching (1998), no livro
55
Figura 41- Vista da Fachada do edifiício UNILIVRE- Monique Renne
circulação
espaço público e privado
setorização
56
Toda a estrutura do pavilhão foi feita com troncos de madeiras de reflorestamento e também madeiras que eram utilizadas como postes de luzes urbanos no passado, sendo assim, foi possível utilizar materiais que já existiam e que não agrediam o meio ambiente e que não gerariam impactos ambientais. Foi necessário achar soluções estruturais para que as vigas com os pilares pudessem se interligar, neste caso, foi pensado em amarrações de aço e grandes parafusos unindo uma madeira à outra. Os pilares e as vigas feitas de madeira sustentam toda a estrutura, tanto das rampas e escadas, como também das salas de aula, que ficam suspensas no alto. Desta forma, transmite uma leveza para o edifício, como se estivesse apoiada sobre as arvores que ali se circunda. •
MATERIAIS = troncos de eucalipto, complementada com imbuia, cambará, cedro e vidro. (Guia Geográfico, Sem datação)
Figura 42- Estrutura com troncos de madeira - Unilivre, Monique Renne
57
perspectiva axonométrica isométrica
A ventilação e a iluminação são um dos fatores interessantes deste
ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO
edifício, já que ele possui apenas as passarelas e os blocos únicos das salas, sua ventilação e iluminação são completamente naturais. Os ventos podem atravessar entre as estruturas de madeira e as rampas. Devido a proposta de inserir o edifício no meio da floresta, o seu ambiente consequentemente recebe o ar fresco das sobras das árvores em conjunto com as rampas, servindo de proteção contra os raios solares para as salas de aula, já que em alguns lados contém janelas amplas por toda a parede. Sendo assim, o parque contém uma grande importância na forma de transmitir a sustentabilidade e a preservação do meio ambiente, respeitando os seus limites e seu entorno. Com isto, se torna um grande exemplo onde seu impacto ambiental é mínimo, e foi com estas intervenções que o bosque pode se recuperar e se tornar aquilo que vemos hoje. 5.5.1. Motivos da escolha UNILIVRE: Este projeto foi escolhido como base na sua essência e o uso da arquitetura fenomelogica e a transmissão de sensações que o lugar transmite. Será inserida as trilhas elevadas que não tocam no chão, o uso da madeira, e a arquitetura não comum que da valorização ao local. Além exemplo do uso da Universidade como um instrumento que transmite a educação ambiental para a sociedade.
Figura 43- Iluminação e Ventilação (Autora)
58
5.2. Centro Max Feffer – cultura e sustentabilidade ▪
Tipologia: Centro Cultural
▪
Localização: Pardinho, SP
▪
Projeto: Escritório Leiko Motomura – anima arquitetura
▪
Início do Projeto: maio 2008
▪
Ano da Inauguração: dezembro de 2008
▪
Área do terreno: 7.130m²
▪
Área do Construída: 1.651m²
Figura 44- Fachada Edifício Max Feffer - Site Amima Arquitetura
Os esquemas a seguir mostram que a volumetria do centro parte da forma de dois cubos que sofrem uma transformação dimensional, modificando
O centro de cultura e sustentabilidade Max Feffer, desde sua criação foi pensado
em
transmitir
a
essência
da
sustentabilidade.
suas alturas e larguras. O cubo marrom subtrai uma porção de seu volume para
Conhecido
dar forma à volumetria final da cobertura em ondas. Já o cubo vermelho,
mundialmente por ser o primeiro edifício da américa latina a receber a
depois de sofrido a transformação dimensional, foi feito recuos em toda sua
certificação internacional LEED (Leadership in Energy and Environmental
superfície com o objetivo de criar beirais na edificação. A forma final do volume
Design), e também em 2009 a menção honrosa na 8º Bienal Internacional de
é a adição dos dois elementos transformados, gerando um edifício retangular
Arquitetura em São Paulo, buscaram achar alternativas e soluções para que o
com o objetivo de dar movimento em sua cobertura.
prédio pudesse ser construído com o máximo possível de materiais recicláveis, reutilização de resíduos, além de eficiência energética e térmica. (Figueiredo,
volumetria
2020) O Centro Max Feffer propaga para as pessoas que é possível construir um edifício com uma bela arquitetura, utilizando apenas materiais recicláveis e sustentáveis. Localizado em uma cidade pequena do interior do estado de São Paulo, a arquitetura se refere a dois estilos de linguagem arquitetônica: a ecológica que está ligada ao meio ambiente e materiais sustentáveis, e o organicismo, onde sua cobertura está baseada em formas ondulares produzidas por bambu, substituindo materiais que são tradicionalmente utilizados.
Figura 45- Diagrama de volumetria- Autora, 2021
59
setorização
Os acessos ao edifício acontecem de forma frontal e obliqua, onde contém rampas e escadas em razão do desnível da rua. Com grandes beirais em virtude do segundo pavimento, acabam tornando as entradas de acesso recuadas. Este edifício compõe diversas salas, e circulações compostas por rampas e escadas, compondo diversos pontos de encontro e partida considerado, neste caso, uma configuração da via composta. A disposição dos ambientes é simples, foi projetada para que se utilizasse o máximo de luz e ventilação natural. Todos os espaços são adjacentes, pois, segundo Ching (1998), cada espaço é claramente definido e cada um contém suas exigências funcionais. Sendo, neste caso, várias salas fechadas por paredes
unidas
lado
a
lado,
contendo
características
próprias
e
correspondentes à forma. De acordo com Ching (1998), a organização espacial consiste em
PLANTA TÉRREO
espaços semelhantes e pode ser distribuído de forma linear. Neste caso, o centro Max Feffer contém estas características que o definem.
perspectiva axonométrica isométrica
PLANTA PAV SUPERIOR
Figura 46- Perspectiva axonométrica isométrica (Autora, 2021)
Figura 47- Setorização do Centro Max feffer (Autora,2021)
60
Boa parte do edifício é composta de circulação pública e aberto em um
Além disto, os acessos para o edifício acontecem de forma frontal e
dos lados, considerando a grande varanda projetada pelos recuos dos beirais
obliqua, onde contém rampas e escadas por causa do desnível da rua e com
e cobertura, podendo ser acessada por todos, já que não compõe portões de
grandes beirais devido ao segundo pavimento, que torna consequentemente
entrada. Algumas salas são consideradas mais privativas pelo fato de serem
as entradas de acesso recuadas. Este edifício compõe diversas salas, e
restritas para funcionários ou pessoas autorizadas.
circulações compostas por rampas e escadas, contendo diversos pontos de encontro e partida, considerado neste caso uma configuração da via
PÚBLICO-PRIVADO
composta.
CIRCULAÇÃO
PLANTA TÉRREO PLANTA TÉRREO
PLANTA PAV SUPERIOR Figura 49- Diagrama Público e Privado, (Autora, 2021)
61
PLANTA PAV SUPERIOR Figura 50- Diagrama de Circulação (Autora,2021)
“A arquitetura bioclimática é aquela que tradicionalmente construída com materiais do local e se integra com o entorno imediato, inspirando-se na arquitetura vernacular”. MONTANER, 2016
A cidade de Pardinho tem em seu coração a música raiz, mas não havia um espaço próprio para que houvesse eventos para a comunidade. A necessidade de um local como este de interação social e cultural com a comunidade fez com que, em 2006, o Instituto Jatobás, em conjunto com as Coordenadorias do Município de Pardinho, tivesse a ideia de transformar uma praça que havia na cidade em um centro cultural. O centro se destaca e chama a atenção pela sua volumetria e seus materiais utilizados. A Estrutura do telhado é composta por bambu e eucalipto e telhas de fibra vegetal, onde juntas formam uma cobertura em movimento. “O bambu é pouco utilizado na arquitetura estrutural, mas conseguimos
reconhecer
suas
qualidades
especificas
e
trabalha-las com criatividade.” LEIKO MATOMURA
Sendo assim, toda a sua estrutura foi pensada para ser utilizado materiais que fossem retirados da região e que pudesse ser de fácil manutenção. A arquitetura é bem peculiar e de única, chamando a atenção para a sua cobertura feita de bambu que nos dá a sensação de flutuar sobre o edifício. A arquiteta pensou para este projeto todas as formas possíveis de se aproveitar a iluminação e a ventilação local, sem utilizar, por exemplo, mecanismos artificiais, como no caso do ar condicionado. A utilização de materiais que contribui para um conforto ambiental é muito importante. Segundo o site SustentaArqui (2020), o edifício recebe 79,52% de ventilação natural, devido a sua planta livre e grandes vãos a redução de cerca de 25% do consumo de energia elétrica. As células fotoelétricas e as janelas ajustáveis ajudam para que este sistema funcione, além dos materiais nas paredes e acabamentos, mobiliários esquadrias, tudo pensado na sustentabilidade e da reutilização de materiais.
Figura 52- Diagramas (Autora,2021)
62
CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS DO CENTRO MAX FEFFER •Cobertura com estrutura de fibras vegetais bambu/eucalipto COBERTURA
•Telhas de fibras vegetais •Telhado branco para refletir luz solar e diminuir ilhas de calor •42% de papelão reciclado •Tijolos de solo-cimento •Tijolos de demolição
PAREDES E ACABAMENTOS
•Parede trombe para aquecimento de ambientes •Tinta à base de água e baixos VOCs (Compostos orgânicos voláteis) •Piso drenante
MOBILIÁRIO
•Bancos e bebedouros com reuso de resíduos •corrimões de ônibus reformados •bicicletário
ESQUADRIAS
•Caixilhos de madeira de demolição •Gradil com reuso de resíduo industrial Guarda-corpo feito de materiais ferros reciclados
ILUMINAÇÃO
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
•Sensor de presença nos banheiros •Células fotoelétricas na iluminação externa •Células fotovoltaicas na iluminação com LEDs Iluminação zenital •Ventilação natural (79,52% do tempo) •planta livre •redução de 25,6% do consumo de energia elétrica •Pisos externos drenantes •aumento do índice de absorção do sítio com a criação de drenos
GESTÃO DA ÁGUA
•captação de águas pluviais •reuso de água cinza para descargas sanitárias •uso da água de descarte da zona de raízes para irrigação do jardim •aumento da retenção de água com o plantio de 37 árvores de •válvulas de descarga com acionamento duplo •torneiras com fechamento automático
TRATAMENTO DE ESGOTO
•Mictório seco •Tratamento de esgoto por zona de raízes
Tabela 4 Características construtivas Centro Max Feffer Fonte: SustentArqui Leticia Figueiredo,2020 Modificado pela Autora
63
Figura 52- Imagens dos materiais utilizados no centro cultural (SustentaArqui, 2020)
As atividades que acontecem ali estão relacionadas à valorização da cultura da região, contribuindo para a identidade cultural, além de acontecer diversos programas voltados à educação e à sustentabilidade.
Motivos da escolha MAX FEFFER: Este projeto foi escolhido para análise devido a sua representatividade na sustentabilidade, mostrando que é possível produzir mais edifícios como estes e utilizar materiais ecológicos. Por exemplo, o bambu que foi aplicado na forma estrutural da cobertura.
Tabela 5- Atividades do Centro Max Feffer (Centro Max Feffer,2020)
Figura 53- Croqui Perspectiva (Autora, 2021)
64
5.3. Rio Cheonggyecheon ▪
Localização: Seul, Coréia do Sul
▪
Autor do Projeto: KeeYeonHwang
▪
Área de Intervenção: 400 hectares,
▪
8 km de comprimento X 80m de largura
▪
Proposta: Revitalização do Rio Cheonggyecheon
▪
Ano: julho de 2003
▪
Inaugurado: 2006
Considerado um modelo e um dos maiores projetos de revitalização e sustentabilidade, o Rio Cheonggyecheon, localizado na coreia do Sul, é um dos mais importantes de toda a cidade de Seul. Mas antes, no entanto, não era bem assim. Após a Segunda Guerra Mundial, inúmeros imigrantes se instalaram na cidade de Seul e, consequentemente, surgiram a marginalização de moradias irregulares, principalmente próximo ao rio. Em uma situação de degradação, problemas de saneamento e inundações, o local acabou virando descarte de lixo e esgoto a céu aberto a cada dia. (Blasco, 2015) Para que os problemas fossem resolvidos, os governadores da época decidiram executar a canalização do córrego e transformar o lugar em uma grande via expressa de carros (já que naquele momento a industrialização estava cada vez mais acelerada) e que seria uma boa solução para as situações ali presentes. Consequentemente, com a construção dos viadutos, o córrego acabou “secando”.
A crescente circulação de automóveis na região, além do
aumento das zonas de calor e da poluição (visual, sonora e do ar), contribuiu para uma menor qualidade de vida.
65
Figura 54- Rio Cheonggyecheon, e seu percurso d'agua. (Auotor: madmarv00, 2007)
Após alguns anos, em 2003, o prefeito daquela época Le MyungBark, teve a ideia de trazer de volta aquele rio que ali adormecia. Assim, nasceu um projeto de revitalização para a retirada de todo o viaduto que antes havia sido construído em cima do córrego e abrir toda a sua extensão um parque linear. Foram mais de 8km da recuperação. (Blasco, 2015)
Figura 56- Evolução do destamponamento do rio (Foto: Namsung)
Além da recuperação do córrego, outras estratégias tiveram que ser tomadas para que houvesse um bom planejamento urbano. Foi feito a realocação da mobilidade urbana para que diminuísse o uso de automóveis. Além disso, os organizadores do projeto promoveram mais acesso a linhas de trens e ônibus e o incentivo do uso de meios de transporte sustentáveis, como as bicicletas. Tudo para diminuir o uso de carros e aumentar a qualidade urbana. Hoje, com a implantação do parque, são priorizados os pedestres e o seu Figura 55- Processo de recuperação do Rio (Fonte: José Antonio Blasco, 2015)
contato com a natureza. Várias pontes voltadas para a população foram criadas. Ao longo do percurso contém espaços atrativos de lazer e o incentivo do contato com a água, como fontes e caminhos de pedras sob o córrego.
66
Escadarias foram projetadas para que aqueles que tiverem frequentando o lugar pudessem sentar e apreciar o ar fresco e as vegetações. Para que a água fosse ser reposta, já que a mesma havia quase secado e estava contaminada e sem grande fluxo para tal projeto, os engenheiros responsáveis viram uma alternativa que utilizasse mecanismos de bombear a água do Rio Han, o maior rio da cidade, e desaguasse no rio Cheonggyecheon. Para que isso acontecesse, o rio Han também teve que ser despoluído. Ou seja, o projeto de revitalização atingiu em todas as partes da cidade, gerando e incentivando grandes benefícios. (Blasco, 2015) Motivos da escolha rio chen: Mesmo sendo um projeto de grande escala, esta intervenção é um grande exemplo que todas as cidades deveriam seguir, e só fortalecer que é possível sim fazer projetos de recuperação de rios e córregos e revitalizar as áreas, proporcionando qualidade de vida para as pessoas. É importante também observar que, mesmo com a água do córrego “morta”, foi possível
Figura 58- Fontes e escadarias de contemplação (Fonte: José Antonio Blasco, 2015)
trazer de volta o seu significado e ainda chamar a população para perto da natureza, onde antes, era um caos para a cidade.
Figura 59- Caminhos criados com vegetações (Foto: AlleysMap, 2016)
Figura 57- Passagens de pedra sob o rio. (Foto: Alexandre Disaro)
67
5.4. Parque Ecológico Imigrantes ▪
Localização: Rodovia Imigrantes SP-160- Curucutu, São Bernardo do Campo, SP
▪
Responsável: Fundação Kunito Miyasaka
▪
Autor do Projeto: Gesto Arquitetura
▪
Área de Intervenção: 400 hectares, Mata Atlântica.
▪
484 mil m² de área preservada;
▪
Proposta: Parque Ecológico
▪
Inaugurado: 2018
O Parque Ecológico Imigrantes (PEI) está localizado no meio a Mata
Figura 62Vista aérea do parque imigrantes (foto: sem identificação)
Atlântica, na cidade de São Bernardo do Campo, com seus quase 500 mil metros de área preservada. O local oferece a imersão a natureza através de trilhas que guiam para mata a dentro, onde proporciona experiencias e conhecimentos. Criado pela Fundação Kunito Miyasaka, do qual tinham o objetivo de integração da cultura japonesa com o brasil, o PEI, contribui para a preservação do meio ambiente, se tornando um exemplo a ser seguido, onde conquistou por meio da sustentabilidade e preservação ambiental, a certificação AQUA-HQE da Fundação Vanzolini, sendo o primeiro parque do mundo a conquistar esta certificação internacional. Um dos objetivos é fazer com que o Parque fique sempre disponível para transmitir a educação ambiental, para estudantes, crianças, professores, e adolescentes, para que vivam a experiencia e a importância da preservação
Figura 60Acessibilidade no parque (foto: Parque Imigrantes)
e que ações sejam replicadas no futuro. É enfatizado o “ecoturismo inclusivo”, onde proporciona espaços que possam ser acessados por todos, como plataformas, rampas de acesso, bondinho em plano inclinado, corrimões e recursos eletrônicos de áudio, assim como a Trilha Sensorial, atendendo à NBR de acessibilidade, desta forma, promovendo acesso aos cadeirantes, deficientes visuais e pessoas com necessidades especiais que possam desfrutar do contato direto com a natureza. (Parque Ecológico Imigrantes, 2021) Figura 61Plataformas, rampas de acesso, bondinho em plano inclinado (Foto: Parque Imigrantes)
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Além disto, é empregado ao Parque o Conceito Mottainai, que para os
Para que o impacto ambiental fosse o mais baixo possível na construção
Japoneses significa que você “não está sendo digno” daquilo que está fazendo
das passarelas elevadas, foi possível substituir e evitar o uso de madeira natural,
ao desperdiçar coisas. Com isto, este pensamento foi aplicado como forma de
por um material que imita-se os mesmos aspectos. O material utilizado foi a
valorizar a importância de todos os recursos existentes, para assim, aproveitar
“Madeira Plástica”, onde é 100% ecológico, composto apenas por matérias
tudo com respeito para que não haja desperdícios. Esta ideia faz com as
primas recicláveis, como o plástico, que contempla inúmeras vantagens como
pessoas possam pensar na sustentabilidade, no minimalismo e na economia.
a durabilidade, a limpeza, baixa manutenção e resistente a água, além do
(Parque Ecológico Imigrantes, 2021)
acabamento que se assemelha ao da madeira natural, sendo possível a sua
E é através deste conceito que surgiu o termo “4 R’s” da sustentabilidade
utilização em diversas outras funções, como mobiliários, pisos... (EcoPex, 2021)
que possuem as quatros palavras importantes: REDUZIR, REUTILIZAR, RECICLAR e RESPEITAR. Desta forma, o conceito 4R’s foi aplicado em diversas ações destro do parque Ecológico.
Figura 63- Passarela Elevada, produzida por Madeira Plástica (Edu Garcia/R7, 2018)
A inclusão das comunidades que vivem próximos ao local, foram os principais alvos no processo de construção do parque, onde se realizou diversos estudos na região para entender sobre o impacto social que o parque teria. Desta forma, entendeu-se que cerca de 10 mil pessoas moravam na região em condições precárias e que o sistema de abastecimento de água, saneamento básico, falta de segurança, violência e tráfego de drogas era uma realidade presente. O crescimento urbano com moradias irregulares foi invadindo as áreas verdes nos últimos anos, decorrente deste fato, uma nascente localizada no local que faz o abastecimento da represa Billings, se encontrava totalmente Figura 64- Conceito Utilizado pelo Parque através dos 4 R's de Motainei (Fonte: Parque Ecológico Imigrantes)
69
poluída pelo descarte incorreto de esgoto sanitário. Identificou-se também que havia descarte incorreto de lixos, poluição do solo, da água, caça, vendas de terrenos irregulares, presença de lojas de material de construção e entre outros fatores que comprometiam a conservação do meio ambiente. A ideia era que, o Parque Imigrantes fosse um ponto apoio para a região, tanto economicamente como também ambientalmente, sendo necessário o desenvolvimento de trabalhos com os moradores através da educação ambiental, para que os mesmos tenham boas ações de preservação da natureza. Com isto, na construção do parque foram utilizados apenas mão de obra
local,
gerando
consequentemente,
renda
ações
de
e
capacitação
a
população,
sustentabilidade
e
conservação
Figura 65- Mapa Ilustrativo e Fotos (Fonte: Parque Imigrantes)
onde são
desenvolvidas. É através da capacitação que moradores locais se tornaram colaboradores do parque, onde desenvolvem trabalhos como monitores, guias, e outras funções, desenvolvendo-se agentes ambientais e comunitários. O Parque possuí seis trilhas ecológicas traçadas em meio a mata. Cada trilha foi evidenciada os principais aspectos e curiosidades que pudessem ser transmitidas aos visitantes, sempre atendendo a todos os tipos de usuários. Por isto, o parque não é acesso livre, deve-se realizar um agendamento para que os monitores possam elaborar o melhor passeio de acordo com cada pessoa, como exemplo idosos, que necessitam de locais mais acessíveis e trilhas que não há riscos de escorregamento. As
trilhas
sensoriais,
permitem
que
o
visitante tenha contato direto com vários tipos de plantas, flores, e que consigam estimular todos os sentidos. Plantas como as samambaias, bromélias, palmeiras, orquídeas, goiabeiras e entre outras, formam caminhos de contemplação. Os passeios são feitos através de trilhas terrestres, mas também através de passarelas elevadas a vários metros de altura, onde é possível a vista das copas das árvores, servindo como mirante de toda a paisagem da mata atlântica.
70
71
•
Tabela 6- Tabela comparativos dos correlatos e considerações (Autora)
72
73
•
74
75
76
6. PROPOSTA PROJETUAL 6.1.1.
O LUGAR – PARQUE ECOLÓGICO
CONCEITO “caminhos para a preservação”
O
Parque
Ecológico
será
implantado
com
a
intenção
de
O contato direto com a natureza influencia positivamente na
conscientização e de transmissão da educação ambiental para toda a
conscientização ambiental, pois quando se percebe os reais problemas a sua
população. Com isto, serão criados caminhos feitos de madeira que não tocam
volta, o desejo de conservar aquilo que é necessário e de todos, causa
o chão, trilhas ecológicas, e passarelas elevadas a alguns metros do solo onde
mudanças de pensamento e ações.
será possível o contato com a copa das árvores e contemplação da natureza.
A conexão do homem com a natureza transmite inúmeras SENSAÇÕES, o
Para isto, o parque se tornará o centro e a sede de atividades voltadas a
bem estar, a sensação de relaxamento, o conforto emocional e desligamento
Educação Ambiental, permitindo um circuito ambiental, podendo ser
do mundo agitado, tudo isto se torna importante para uma vida saudável.
adaptados em outros pontos da cidade.
Quando se tem essas sensações ao conviver com a natureza, o desejo de
A intenção de implantação do parque também está atrelada a
manter os rios, as matas, e toda a biodiversidade preservada, é despertado no
recuperação e conservação da área de preservação e da nascente Barro
dia a dia das pessoas.
Branco, pois é um dos poucos locais de grande cobertura arbórea que ainda
Com isto, o conceito vem através da importância das sensações que se
restam dentro do perímetro urbano. A inserção do parque irá contribuir
tem ao se conectar e percorrer os caminhos das águas e da mata voltado para
justamente na conexão dos bairros e a conexão sustentável da água, criando
a RECUPERAÇÃO e PRESERVAÇÃO do meio ambiente.
caminhos para facilitar a passagem dos pedestres.
77
6.1.2.
público alvo
O público alvo que o parque ecológico irá atender está ligado a:
6.1.3.
intenções projetuais
A intensão inicial para o projeto será implantar ambientes e atividades ao ar livre que incentivem e chamem a atenção da população, principalmente de jovens e crianças. Fazer do espaço que antes era poluído e um vazio urbano,
Estudantes dos ensinos infantil, fundamental e ensino
•
convertendo em um local ainda mais verde por meio da implantação do parque ecológico.
médio;
A proposta deste projeto também contém a intenção de delimitar a •
Professores;
expansão urbana próximo à área, já que o avanço habitacional se faz presente. A implantação do Parque com a expansão da mata ciliar impedirá que novas obras sejam executadas próximo às margens do córrego, além de proteger e
•
Estudantes universitários;
recuperar o córrego. O foco principal da intervenção está na recuperação das margens do
•
Profissionais e Pesquisadores da área;
Córrego do Pavãozinho e da nascente Barro Branco, com isto, será necessário introduzir mecanismo que impeçam o assoreamento e que a água possa correr livremente, como a plantação de árvores adequadas para contenção de
•
Moradores locais e população em geral;
erosões. A limpeza do local também será importante, retirando árvores e galhos secos, entulhos e poda de árvores.
•
Turistas;
Uma das soluções encontradas para a controle das águas pluviais dos bairros lindeiros, será a criação de uma bacia de contenção, que poderá ser aproveitado na área existente “alagada”, onde será transformado em um lago para o parque, e que poderá receber as águas das chuvas. Já para a o despejamento irregular de esgoto por meio da estação elevatória, será implantado um sistema de tratamento, onde por meio deste, a água recuperada, será despejada de volta para o rio.
78
6.1.4. •
•
• •
•
diretrizes urbanas gerais
6.1.5.
delimitação da área projetual
Ampliação da área de intervenção, anexando um vazio urbano
Após as análises de estudo da área e as diretrizes formadas, necessitou-
existente próximo a área do córrego Pavãozinho, visando barrar o
se delimitar o perímetro de intervenção para a elaboração do projeto do
crescimento urbano no local e aumentar a preservação;
Parque Ecológico. Para Isto, levou-se em consideração as áreas ociosas que
Criação de uma nova rua projetada, desmembrando a área de
podem se expandir para dentro da área de preservação e mata densa
vazio urbano que será anexada ao parque, a fim de, delimitar a
existente, sendo assim, o perímetro da área verde foi aumentando nas laterais
área do perímetro, aumentar zona de preservação, e facilitar o
direita do córrego, onde contém terrenos sem utilização, evitando assim, que
acesso ao parque;
atividades próximas ao local cause danos maiores.
Viabilizar a conexão dos dois lados dos bairros lindeiros da área de
Para a criação do parque ecológico, foi necessário implantar as
intervenção;
atividades construtivas fora da mata, sendo assim, unificou-se parte da área
Desvio das tubulações de água pluvial proveniente dos bairros
indicada como “ociosa 03”, ampliando anda mais a área de preservação.
adjacentes, que atualmente se desagua diretamente nas
Já para ocorrer o caminho de ligação entre os bairros, e evidenciar a
margens do Córrego Pavãozinho, com a finalidade de destinar as
entrada do parque atraindo ainda mais o público, foi anexado também a “área
novas tubulações para uma bacia de contenção;
ociosa 02”, facilitando assim, a entrada de pedestres ao parque. Determinando
Criação de uma Bacia de Contenção jusante há 880 metros da
assim, a área final com 263.745,45 m².
nascente Barro Branco, que se localiza antes da rodovia, em uma área já propícia para a implantação da bacia; •
Preservação da Nascente do Barro Branco e de seu percurso;
•
Técnicas para desassorear a nascente e seu percurso;
•
Preservação da mata e APP já existente e plantação de novas mudas em locais necessários;
•
Estação Elevatória mais ecológica, onde parte dela será tratada e devolvida ao rio;
•
Valorizar e criar áreas públicas e de lazer;
•
Aumentar o atrativo noturno para o local;
Figura 66- Situação atual do córrego e seus limites (Google Earth, 2022)
79
delimitação da área projetual
Figura 68 - Esquema de unificação para delimitação do perímetro do parque (Autora, 2022)
80
6.1.6.
recuperação das áreas degradas
Após traçar as diretrizes foi definido as formas de implantação destas estratégias propostas para o parque e como deverão ser implantadas.
DRENAGEM PLUVIAL •
Retirada
e
realocamento
das
tubulações
existentes
que
desaguam diretamente na nascente barro branco; •
adequação dois dissipadores já existentes;
•
Implantação de dissipadoras adequadas e bem dimensionadas para evitar erosão e assoreamento no leito do córrego;
•
O percurso terá retardamento do escoamento, como barreiras e pedras, fazendo com que a água perca sua velocidade até chegar à bacia, evitando assim, erosões e assoreamento no rio; (Referencia: Ministério do Desenvolvimento Regional, 2020)
NASCENTE BARRO BRANCO •
Desobstrução e retirada do excesso de entulhos e terra do local, e a conservação do solo para que ocorra deslizamentos;
•
Recomposição da mata ciliar;
•
Plantação de novas mudas de vegetação para evitar erosões; (CAPIM VETIVER)
•
Abertura uma vala de escoamento para que a água saia e siga seu percurso natural;
•
Construção de uma barreira/abrigo em volta do olho d’agua com massa de solo-cimento, pedras e canos de PVC, para que não ocorra novos assoreamentos e que ela consiga ter vazão;
•
Cercamento da área da nascente, para que apenas pessoas autorizadas possam entrar no local; (Referencia: Costa Alemão, 2015)
81
CÓRREGO DO PAVÃOZINHO •
Remoção da vegetação morta e não nativa próxima as margens;
•
Desassoreamento do fundo do leito retirando as impurezas e terras acumuladas, e aberturas de valas de escoamento;
•
Contenção das margens estabilizando as erosões e recompondo os canais naturais com retaludamento com pedras e revegetação nativa, para que evite o deslizamento de terra em dias chuvosos;
•
Plantação de novas mudas de vegetação para evitar erosões; (CAPIM VETIVER) (Referencia: Ministério do Desenvolvimento Regional, 2020)
Figura 69- Nascente recuperada em Cacoal - Fonte: Seagri,2015
82
6.1.7.
programa de necessidades
O programa de necessidades é baseado nos estudos levantados sobre parques ecológicos que visam a proteção das áreas de preservação e áreas verdes, além de atividades que serão voltadas a lazer que incentivam a população a visitação ao parque.
SETOR AMBIENTAL SETOR DE LAZER SETOR ESPORTIVO SETOR COMERCIAL
83
07 feira do artesão 08 lanchonetes 09 concha acústica 10 área livre para eventos 11 aluguel de bike 12 bicicletário 13 praça principal 14 espaço pet 15 quadra poliesportiva 16 quadra de areia 17 arquibancada 18 campo de futebol 19 playground 20 espelho d'agua 21 jardim do bambu 22 jardim sensorial
28 pista de skate
acesso ecopon to
29 mountain biking 30 escalada
40
o ad
11 12
03
31 pista de arvorismo
o lag
32 espaço zen 33 passarelas de madeira 34 passarelas elevadas 35 mirante
33
manut en
36
37 pista de cooper
39 deck do lago
41 nascente
dissipadores de
43 água pluvial
30
34
z
rua de
implantação geral esc.: 1/2000 25m 50m
11
37
27
22 25
33
acesso parque
35
09
21
16 08
20
05
02 06 08
03
so aces to n o ecop
carga e descarga
07
26
17
carga e descarga
18
05
19
so aces io tór audi
38
24
34 43
26
23
15
13
14 12
01
10
acesso parque
11 04
e
av
a nid
v
o
rf
e alt
a nt
acesso parque
o eand
uiz l
10m
31
rua l
0
36
39
so aces CEA
43 41
42
32
38
estação elevatória
42 de esgoto (EEE)
v
pa
28
38 trilhas escológicas
40 lagoa
ho zin o ã
29
ção EEE
36 ciclovia
AUTOR: ISADORA DA SILVA RODRIGUES ORIENTADORA: DRa. ANA CRISTINA SILVA ARAUJO 2022.1
06 feirinha livre
27 monumentos interativos
N
01
acesso parque
UNIVERSIDADE PAULISTA TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO PARQUE ECOLÓGICO E CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL: CAMINHO VERDE
05 banheiros
26 pomar
IMPLANTAÇÃO parque ecológico
na
parque ecológico CAMINHO VERDE
04 estacionamento
UNIP
25 horta comunitária
P.C.R.
03 ecoponto
24 viveiro de mudas
P.C.R.
02 CEA
23 recanto das flores
P.C.R.
01 portaria parque
jardim sensorial
P.C.R.
LEGENDA
PRANCHA
01
14
UNIP
acesso ecopon to
recorte 01
N recorte 02
manut
recorte 03
enção EEE
AUTOR: ISADORA DA SILVA RODRIGUES ORIENTADORA: DRa. ANA CRISTINA SILVA ARAUJO 2022.1
acesso parque
SETOR BOTÂNICO horta comunitária viveiro de mudas recanto das flores pomar
SETOR LAZER E CULTURA
recorte 01 1/2000
concha acústica área livre para eventos playground espelho d'água monumentos interativos espaço zen aluguel de bike bicicletário mirante ciclovia deck do córrego espaço pet jardim do bambu lagoa do pavãozinho
carga e descarga
acesso parque so aces E C A acesso parque
so aces io ór t i aud
a nid
so aces to on ecop
ando
uiz le
recorte 03 1/2000
quadra poliesportiva quadras de areia campo de futebol pista de skate montan bike escalada pista de arvorismo pista de cooper
SETOR EDUCACIONAL centro de educação ambiental ecoponto jardim sensorial trilhas ecológicas passarelas elevadas nascente estação elevatória de esgoto dissipadores de água pluvial
a an t on rf e lt
va
e av
rua l
recorte 02 1/2000
SETOR ESPORTIVO
carga e descarga
acesso parque
SETORIZAÇÃO parque ecológico
parque ecológico CAMINHO VERDE
feirinha livre feira do artesão lanchonetes
UNIVERSIDADE PAULISTA TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO PARQUE ECOLÓGICO E CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL: CAMINHO VERDE
SETOR GASTRÔNOMICO
PRANCHA
02
14
B.
C.
DIRETRIZ estação elevatória de esgoto A.
reforma da EEE para que tenha vazão adequada do esgoto; B. Reforma da EEE derá ser realizada pelo poder privado (concessionária e responsável pelo novo loteamneto próximo ao córrego); C. Criação de técnicas ecologicas para evitar trasbordo do esgoto; D. Recuperação e tratamento da água poluida ao lado da estação;
adequação dois dois dissipadores já existentes; implantação de dissipadoras adequadas e bem dimencionadas para evitar erosão e assoreamento no leito do córrego; aplicação de asfalto permeavél nas vias adjacentes a área de proteção permanente (APP);
AUTOR: ISADORA DA SILVA RODRIGUES ORIENTADORA: DRa. ANA CRISTINA SILVA ARAUJO 2022.1
A.
d i ss
03
DIRETRIZ drenagem pluvial
lev
02
to e esgo E.E.E. d r ia ó at
estaçã oe
ad
r
ip
o
DIRETRIZES DE RECUPERAÇÃO DAS ÁREAS DEGRADADAS
e ne r g i a e d
N
d A. B. C. D.
deverá ser respeitada a área verde de preservação da nascente com raio de 50m; Técnicas de revitalização da nascente para reviver seu fluxo; Plantação de novas mudas de vegetação para evitar erosões; Acesso restrito na área, com apenas supervisão de guias e funcionarios do parque;
ndo
DIRETRIZ nascente
iz lea
01
e
na ta on f r
n t enção o c
ida en av
04
lte va
parque ecológico CAMINHO VERDE
50
a
z
rua de
ia
ç
águ
02
bac
a
da
02
rua lu
r ec up e
r
01
UNIVERSIDADE PAULISTA TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO PARQUE ECOLÓGICO E CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL: CAMINHO VERDE
03
recorte da área 1/4000
ão
04
DIRETRIZ bacia de contenção A. B. C. D.
revitalização da bacia de contenção; viabilização para que tenha vazão suficiente e que atenda os bairros e a rodovia; técnicas para contenção das margens do lago; Valorização da áreaa com implantação de arborização em sua volta;
DIRETRIZES parque ecológico
PRANCHA
03
14
PISTA DE COOPER
distância: 1.403m
CAMINHO DE LIGAÇÃO (DECK DE MADEIRA) distância: 456m
S
1
acesso ecopon to
2
TRILHA DOS IPÊS
4
TRILHA MATA A DENTRO
distância: 388m
7
CAMINHO DOS SENTIDOS
8
CAMINHO DAS ÁGUAS
9
CAMINHO DAS FRUTEIRAS
N
1
manut
enção EEE
distância: 151m
3
2
1
distância: 687m
T
4
distância: 339m
6
6
4
3
8 3
8
3
E
8 Caminho das sensações: foram pensadas para estimular os sentidos, no qual pode-se encontrar em diversos pontos do parque, mas, as principais são a "trilha dos ipês", "caminho das fruteiras" e "caminho dos sentidos (jardim sensorial)", além das trilhas sobre deck; Caminho das matas: pensado na experiencia de trilha ecológica e de exploração, aplicado na trilha mata a dentro e nos esportes que ali se encontram e também da experiencia da passarela elevada;
M
E I R A A D
1 5
7
9
4
4 acesso parque
8
E
E S T R E R R
A
6
acesso parque
distância: 155m
D
5
Caminho das águas: destinado uma trilha ecológica terrestre que percorre por todo o rio contando sobre sua história de recuperção, além de passar pela E.E.E. e pelos dissipadores, trazendo conhecimento ao visitante.
D E C K
4
PASSARELAS ELEVADAS
PA S S A RE LA
3
distância: 548m
9
3
2
so aces E C A
2
2
acesso parque
1 acesso parque
UNIVERSIDADE PAULISTA TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO PARQUE ECOLÓGICO E CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL: CAMINHO VERDE
2
E
distância: 1.265m
Aplicando o conceito ao projeto, as trilhas foram pensadas para que as pessoas pudessem ter sensações, e conhecimento sobre o local. Para isto, foi dimencionado da seguinte forma:
parque ecológico CAMINHO VERDE
CICLOVIA
AS
T R I L H
1
LE
D VA
AUTOR: ISADORA DA SILVA RODRIGUES ORIENTADORA: DRa. ANA CRISTINA SILVA ARAUJO 2022.1
LEGENDA
MAPA TRILHAS parque ecológico
PRANCHA
04
14
TABELA DE VEGETAÇÕES - FRUTÍFERAS
PORTE (m)
CALESTEMOM
QUERESMEIRA
IPÊ AMARELO
REFÊRENCIA
6m
N
lagoa do pavãozinho
6m
NOME POPULAR
PORTE (m)
MANGUEIRA
30m
LIMOEIRO
4m
JABUTICABEIRA
15m
8m
TABELA DE VEGETAÇÕES - MÉDIO PORTE IPÊ BRANCO
10m
PAU BRASIL
8m
PATA DE VACA ROSA
8m
jardim sensorial
ACEROLEIRA
4m
GOIABEIRA
7m
ABACATEIRO
20m
TABELA DE VEGETAÇÕES - GRANDE PORTE
15m
JANCARANDÁ MIMOSO
12m
PAU FERRO
18m
COQUEIRO
20m
trilhas
parque ecológico CAMINHO VERDE
IPÊ ROSA
pomar
P.C.R.
12m
P.C.R.
IPÊ ROXO
P.C.R.
8m
P.C.R.
FLAMBOYANT
pomar PALMEIRA CARIOTA
10m
PALMEIRA ARECA BAMBU
12m
PALMEIRA IMPERIAL
45m
ÁRVORES EXISTENTES
UNIVERSIDADE PAULISTA TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO PARQUE ECOLÓGICO E CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL: CAMINHO VERDE
NOME POPULAR
AUTOR: ISADORA DA SILVA RODRIGUES ORIENTADORA: DRa. ANA CRISTINA SILVA ARAUJO 2022.1
TABELA DE VEGETAÇÕES - PEQUENO PORTE REFÊRENCIA
acesso parque
pomar com árvores frutíferas e trilha ecológica
PAISAGISMO parque ecológico
PRANCHA
05
14
UNIP
N
destinado aos caminhos da ciclovia
UNIVERSIDADE PAULISTA TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO PARQUE ECOLÓGICO E CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL: CAMINHO VERDE
destinado aos caminhos principais
em planta
em planta
AUTOR: ISADORA DA SILVA RODRIGUES ORIENTADORA: DRa. ANA CRISTINA SILVA ARAUJO 2022.1
PISOS CAMINHOS DRENANTES
piso intertravado drenante vermelho na ciclovia
destinado aos caminhos menores
parque ecológico CAMINHO VERDE
P.C.R.
P.C.R.
P.C.R.
P.C.R.
em planta
planta pisos esc.: 1/2000 0
25m 10m
50m
destinado a vagas de estacionamento
em planta
e
a nid
av
v
o
rf
e alt
na
a nt
encontro entre os pisos
06
14
ndo
iz lea
u rua l
TIPOS DE PISO parque ecológico
PRANCHA
AUTOR: ISADORA DA SILVA RODRIGUES ORIENTADORA: DRa. ANA CRISTINA SILVA ARAUJO 2022.1
BANCO TIPO 02 ESTRUTURA DE MADEIRA. ESPESSURA 0.07mm
PLÁSTICO
PAPEL
METAL
VIDRO
CESTAS DE LIXOS RECICLÁVEIS DE PLÁSTICO
IMPLANTAÇÃO LIXEIRA RECICLÁVEL
LIXEIRA RECICLÁVEL esc.: 1/50
VISTA FRONTAL LIXEIRA RECICLÁVEL
IMPLANTAÇÃO BEBEDOURO
UNIVERSIDADE PAULISTA TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO PARQUE ECOLÓGICO E CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL: CAMINHO VERDE
POSTE CURVO DUPLO DE AÇO GALVANIZADO NA COR PRETA. ESPESSURA 0.10mm
BEBEDOURO PET ESTRUTURA DE CONCRETO VISTA FRONTAL BEBEDOURO
BEBEDOURO esc.: 1/50
LIXO DE MADEIRA EUCALIPTO IMPERMEABILIZADA TRATADA COM VERNIZ INCOLOR ESPESSURA 0.03mm
LIXO IMPLANTAÇÃO LIXEIRA
LIXEIRA COLETIVA esc.: 1/50
ESTRUTURA DE MADEIRA ESPESSURA 0.03mm VISTA FRONTAL LIXEIRA
BANCO TIPO 01
BANCO COM MADEIRA PLÁTICA IMPLANTAÇÃO POSTE DE ILUMINAÇÃO
BANCO COM MADEIRA PLÁSTICA
JARDIM
ARBORIZAÇÃO
BANCO JARDIM esc.: 1/50
BANCOS COM MADEIRA PLÁTICO
BANCO esc.: 1/50
BANCOS COM MADEIRA PLÁTICO
VISTA FRONTAL POSTE DE ILUMINAÇÃO
POSTES DE ILUMINAÇÃO esc.: 1/50
MOBILIÁRIOS parque ecológico
parque ecológico CAMINHO VERDE
ESTRUTURA DE CONCRETO
PRANCHA
07
14
UNIP
N
destinado aos caminhos da ciclovia
UNIVERSIDADE PAULISTA TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO PARQUE ECOLÓGICO E CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL: CAMINHO VERDE
destinado aos caminhos principais
em planta
em planta
AUTOR: ISADORA DA SILVA RODRIGUES ORIENTADORA: DRa. ANA CRISTINA SILVA ARAUJO 2022.1
PISOS CAMINHOS DRENANTES
piso intertravado drenante vermelho na ciclovia
destinado aos caminhos menores
parque ecológico CAMINHO VERDE
P.C.R.
P.C.R.
P.C.R.
P.C.R.
em planta
planta pisos esc.: 1/2000 0
25m 10m
50m
destinado a vagas de estacionamento
em planta
e
a nid
av
v
o
rf
e alt
na
a nt
encontro entre os pisos
06
14
ndo
iz lea
u rua l
TIPOS DE PISO parque ecológico
PRANCHA
AUTOR: ISADORA DA SILVA RODRIGUES ORIENTADORA: DRa. ANA CRISTINA SILVA ARAUJO 2022.1
BANCO TIPO 02 ESTRUTURA DE MADEIRA. ESPESSURA 0.07mm
PLÁSTICO
PAPEL
METAL
VIDRO
CESTAS DE LIXOS RECICLÁVEIS DE PLÁSTICO
IMPLANTAÇÃO LIXEIRA RECICLÁVEL
LIXEIRA RECICLÁVEL esc.: 1/50
VISTA FRONTAL LIXEIRA RECICLÁVEL
IMPLANTAÇÃO BEBEDOURO
UNIVERSIDADE PAULISTA TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO PARQUE ECOLÓGICO E CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL: CAMINHO VERDE
POSTE CURVO DUPLO DE AÇO GALVANIZADO NA COR PRETA. ESPESSURA 0.10mm
BEBEDOURO PET ESTRUTURA DE CONCRETO VISTA FRONTAL BEBEDOURO
BEBEDOURO esc.: 1/50
LIXO DE MADEIRA EUCALIPTO IMPERMEABILIZADA TRATADA COM VERNIZ INCOLOR ESPESSURA 0.03mm
LIXO IMPLANTAÇÃO LIXEIRA
LIXEIRA COLETIVA esc.: 1/50
ESTRUTURA DE MADEIRA ESPESSURA 0.03mm VISTA FRONTAL LIXEIRA
BANCO TIPO 01
BANCO COM MADEIRA PLÁTICA IMPLANTAÇÃO POSTE DE ILUMINAÇÃO
BANCO COM MADEIRA PLÁSTICA
JARDIM
ARBORIZAÇÃO
BANCO JARDIM esc.: 1/50
BANCOS COM MADEIRA PLÁTICO
BANCO esc.: 1/50
BANCOS COM MADEIRA PLÁTICO
VISTA FRONTAL POSTE DE ILUMINAÇÃO
POSTES DE ILUMINAÇÃO esc.: 1/50
MOBILIÁRIOS parque ecológico
parque ecológico CAMINHO VERDE
ESTRUTURA DE CONCRETO
PRANCHA
07
14
pomar
mirante
recanto das flores
ciclovia
84
85
playground
espelho d’água
playground
lagoa do pavãozinho
feira do artesão
feira livre
pista de arvorismo
quadras poliesportivas
86
passarelas
dissipadores de energia
87
88
6.2. O EDIFÍCIO - CEA 6.2.1.
partido
Com a intenção de gerar o menor impacto para o local, a utilização de materiais sustentáveis é o diferencial para o início da preservação. Por isto, o edifício do Centro de Educação Ambiental (CEA) comtemplará mecanismos sustentáveis e materiais que diminuem o impacto ao meio ambiente. Além de utilizar estratégias que envolvam e atraiam a população para o local. A ideia da proposta de volumetria surge a partir de um cubo, com lados iguais, (3,60X3,60), onde o mesmo se multiplica várias vezes. Com isto, será formado uma malha, seguindo com as mesmas medidas. A partir disto, é feito a subtração de alguns cubos onde houver vegetação. Por meio deste, será inserido no espaço proposto. A justificativa para se chegar a esta forma, é com a intenção de inserir o edifício em meio ao paisagismo e o local que será implantado. As árvores crescem de forma desigual, sem uma ordem, e assim, será o edifício, formando a volumetria, contornando as árvores e criando áreas verdes mais próximas dos ambientes. Esta Idea faz com que gere “pátios verdes” entre um ambiente e outro.
89
esquema volumétrico
6.2.2.
público alvo
6.2.3.
intenções projetuais
Com o intuito de incentivar a transmissão do conhecimento e de boas
Seguindo com os preceitos de uma arquitetura sustentável, o CEA será
práticas sustentáveis gerando uma sociedade cada vez mais ligada em suas
inserido respeitando a topografia e as distâncias necessárias para a ocupação
ações e hábitos, o CEA, tem a grande missão de propagar novos caminhos do
próxima ao córrego, mas que ao mesmo tempo tenha a integração dos
que vemos no dia a dia. Para que a sustentabilidade seja praticada por todos,
ambientes internos com o meio natural e do edifício com seu entorno.
é importante que, a educação ambiental, seja ensinada e transmitida para o
A forma estrutural do edifício terá materiais como madeira, pois além de
máximo de pessoas possíveis, e através disto, propor projetos e incentivos para
ser sustentável são muito resistentes. Serão adotados também captação de
cada faixa etária. O projeto visa abranger principalmente:
água da chuva, energia solar, captação e tratamento de águas cinzas e bacias de evotranspiração para tratamento de esgoto, além da iluminação e ventilação natural, tudo para que o impacto da intervenção seja mínimo,
Estudantes dos ensinos infantil, fundamental e ensino
•
contribuindo com o meio ambiente.
médio;
6.2.4. •
Professores; •
•
diretrizes projetuais
Estudantes universitários;
Criar identidade e reforçar a valorização da preservação ambiental através da educação ambiental na cidade;
•
Utilização da Madeira Laminada Colada (MLC), como forma estrutural para o edifício;
•
Profissionais e Pesquisadores da área;
•
Movimentação mínima de terra no terreno, para a implantação do edifício;
•
Empresas públicas e privadas;
•
Produtores rurais;
•
Moradores locais e população em geral;
•
Turistas;
•
Valorização da ventilação e iluminação natural, através da ventilação cruzada e de grandes aberturas;
90
6.2.5.
programa de necessidades
O programa de necessidades é baseado nos estudos levantados sobre centros educacionais e nos estudos de correlatos apresentados no capítulo 5 “Referências Arquitetônicas”, buscando espaços de convívio, preservação e conexão com a natureza.
91
6.2.6.
setorização
A partir do levantamento do programa de necessidades e de todos os estudos voltados a preservação do meio que será inserido, elaborou-se algumas propostas de implantação e volumetria. A ideia inicial é que os edifícios arquitetônicos tanto do Centro de Educação Ambiental (CEA), como também dos espaços que atende o parque, como as ferinhas, quiosques de alimentação, banheiros, siga com as intenções de sustentabilidade e uso de materiais renováveis. Por meio da ideia inicial, foi elaborado um estudo, onde o edifício pudesse atender todos os ambientes propostos, de acordo com o programa de necessidades.
Figura 70- setorização CEA (autora, 2022)
92
6.2.7.
sistemas construtivos
A escolha dos materiais reflete diretamente no conceito e proposta para o projeto. Materiais sustentáveis são importantes para o menor impacto no meio ambiente. A madeira um material completamente vindo da natureza e resistente,
Por meio disto, as peças são pré-moldadas em fabrica e montadas no local da instalação, gerando assim menos entulhos em obra. A partir da fabricação é possível ter peças com medidas pré-definidas e encaixes de montagem de acordo com cada projeto.
assim como outros tipos diferentes de estrutura, nos traz a sensação de aconchego e bem estar, sendo uma fonte renovável, a madeira é possível ser produzida em diversas partes do mundo, se tornando um material universal. Sempre fez parte das construções de moradias antes mesmo da era do concreto. Atualmente, no Brasil, este material é muito utilizado como estrutura para coberturas em edificações. (IPT, 2009) O tipo escolhido para a estrutura do edifício que será implantado no parque será construído com Madeira Laminada Colada, conhecida como MLC ou Glued Laminated Timber (Glulam), um material que vem sendo muito utilizado em novas construções e considerado um grande passo para as novas tecnologias relacionadas a uma construção sustentável, utilizando sempre recursos renováveis. Este tipo de madeira se diverge das madeiras naturais comuns, já que as madeiras tradicionais não suportam grandes vãos e pesos, sendo assim, limitada em certos pontos. Podendo chegar até 100 metros de vão e suportar cargas intensas dependendo da sua usinagem, a madeira laminada colada tem grande resistência, onde já é possível construir edifícios de vários pavimentos utilizando apenas a MLC. (Rewood, 2010) Segundo a Rewood (2010), a MLC é um resultando de um processo usinagem, no qual elas são formadas por diversas lâminas de madeira natural e são submetidas a um processo de colagem com as fibras na mesma direção formando uma peça única de grande dimensão, elevando a sua resistência ao máximo, usado para o sistema estrutural em vigas, pilares e outros elementos.
Figura 71- perspectiva explodida (autora, 2022)
93
SISTEMA CONSTRUTIVO: estrutural Nos esquemas a seguir, serão demostrados todos os detalhamentos do sistema construtivo utilizado no Centro de Educação Ambiental Caminho Verde. Baseado no caderno de detalhamento e as informações expostas pela empresa Rewood (especializada em estruturas de madeira MLC), foi possível dimensionar e montar os encaixes entre as vigas, pilares e vedação de toda a estrutura. VANTAGENS •
Formas mais livres;
•
Grandes vãos e alta resistência;
•
Alta resistência ao fogo;
•
Matéria prima renovável e madeiras de reflorestamento;
•
Mais leve do que uma estrutura em aço ou concreto;
•
Redução de resíduos produzidos na etapa de construção;
•
Menor tempo de obra;
•
Pré-fabricado;
lajes/piso
fundação
vigas e pilares
Fonte: Caderno de detalhes Construtivos Madeira Laminada Colada (MLC) - REWOOD
94
SISTEMA CONSTRUTIVO: vedação No Brasil, o setor construtivo ainda resiste muito no uso de novas formas de construir, o uso da alvenaria convencional ainda é muito forte no mercado, mas, a busca por formas mais rápidas e econômicas e uso de materiais sustentáveis faz com que as novas tecnologias da construção ganhem seu espaço aos poucos. (GBC brasil, 2016) O Wood Frame é muito utilizado em outros países, como é o exemplo dos Estados Unidos, mas, esta nova forma de construir, já chegou no Brasil e vem sendo utilizados em diversos projetos. Com essa base, o material utilizado para formar todas as paredes do edifício CEA será de Wood frame. O Wood Frame é formado por diversas camadas de materiais, conforme o detalhamento a seguir. Em casos específicos, como áreas de banheiros e cozinha, o uso de gesso acartonado deverá ser especificado para áreas úmidas, que é o tipo RU- Placa Resistente a umidade.
Fonte: TECVERDE,2020
95
SISTEMA CONSTRUTIVO: cobertura Seguindo a forma estrutural das vigas e pilares de MLC, a cobertura também seguirá o mesmo material. Todo o seu madeiramento exposto com a caída em duas águas, com inclinação de 5%, além dos beirais, nos remete e traz a sensação de casa no campo. A telha sanduiche é composta por telha metálica (trapezoidal) ou prépintada e enchimento com isopor ou poliuretano, e possui diversas vantagens sendo elas:
(WEG, 20221) Telha Térmica Sanduíche Trapezoidal com aço superior branco e inferior tipo forro amadeirado
foto: telhas termogoias
DETALHES beiral cobertura autora,2022
96
,00 B
implantação CEA esc.: 1/500
TELHA SANDUICHE TRAPEZOIDAL ASSENTE SOBRE ESTRUTRA DE MADEIRA LAMINADA COLADA I= 05%
so aces rio ó audit de saida ia ênc rg e em CALHA
jardim suspenso muxarabi como brise
B
,00 564
555 ,00
UNIVERSIDADE PAULISTA TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO PARQUE ECOLÓGICO E CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL: CAMINHO VERDE
A
edificação elevada do solo (não toca o solo)
C
CALHA
CALHA
CALHA
TELHA SANDUICHE TRAPEZOIDAL ASSENTE SOBRE ESTRUTURA DE MADEIRA LAMINADA COLADA I= 05%
0
,00
sso ace nto po eco
CARGA E DESGARGA
IMPLANTAÇÃO CEA
centro de educação AMBIENTAL
RO
AND
uso de vegetação para sombreamento e revegetação do local 563
IZ LE
562
A LU
A RU
OD
ENT
GAM
LON CALHA
,00 561
PRO
rampas e escada para acesso so aces al ip princ
TELHA SANDUICHE TRAPEZOIDAL ASSENTE SOBRE ESTRUTRA DE MADEIRA LAMINADA COLADA I= 05%
560,0 TELHA SANDUICHE TRAPEZOIDAL ASSENTE SOBRE ESTRUTURA DE MADEIRA LAMINADA COLADA I= 05%
,00
N
MEZANINO EXTERNO COM DECK DE MADEIRA (MIRANTE)
C
AUTOR: ISADORA DA SILVA RODRIGUES ORIENTADORA: DR. ANA CRISTINA SILVA ARAUJO 2022.1
A
uso da madeira MLC pilares e vigas
TELHA SANDUICHE TRAPEZOIDAL ASSENTE SOBRE ESTRUTURA DE MADEIRA LAMINADA COLADA I= 05%
559
PRANCHA
0 3m
08
1m 5m
14
i:08,33%
N
10
09
13
11
0 561,0
24
eo
14
proj. pav. superior
02 04
so aces al ip princ
LEGENDA
12
C
13 C
15
01 entrada principal
proj. cobertura
16
02 recepção
04 sala de monitoramento 05 banheiro feminino
10 DML
12 pavilhão de exposições
15 elevadores
19 laboratorio comunitário
9
B
14
16
proj. cobertura
,00 563
23
so aces rio ó audit de saida ia c rgên eme
21
21
43 22
RO
18 ecobrinquedoteca
proj. cobertura
AND
17 sala artesanato
5 1
20
19
01
IZ LE
16 escadas
8
18
07 08
A LU
14 varanda
4 0
B
A RU
13 área da comedoria
10
06
D NTO
11 café
24
proj. mezanino
09 deposito
05
CÉU
08 banheiro PCD masc.
proj. cobertura
E GAM LON
07 banheiro PCD fem.
PRO
06 banheiro masculino
,00 562
proj. cobertura
proj. cobertura
20 midiateca 21 salas de aula
i:08,33%
22 auditório
24 bebedouros 43 área técnica
planta pavimento térreo área: 1805,74m² esc.: 1/300 3m
0 1m
5m
A
23 foyer
UNIVERSIDADE PAULISTA TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO PARQUE ECOLÓGICO E CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL: CAMINHO VERDE
17
03 área de espera
PAV. TÉRREO CEA
centro de educação AMBIENTAL
térr
06
05
03
01
i:08,33%
pav
ime nto
i:08,33%
AUTOR: ISADORA DA SILVA RODRIGUES ORIENTADORA: DR. ANA CRISTINA SILVA ARAUJO 2022.1
A proj. cobertura
07 08
PRANCHA
09
14
05 banheiro feminino
06
05
06 banheiro masculino
42
27 sobe
21 salas de aula 24 bebedouros
proj. cobertura
proj. cobertura
24
05
26 mirante 27 terraço
10
06
42
B
07 08
29 laboratório de pesquisas
29
32
16
proj. cobertura
33 sacada
35
36
34 secretaria parque/cea 35 sala de arquivos
34
03
38
37 cozinha 38 sala de descanço
21
21
43
37
36 almoxarifado
39
40
proj. cobertura
33
39 sala de reunião planta pavimento superior área: 1905,11m² esc.: 1/250 3m
0 1m
5m
A
43 área tecnica
31
42
33
proj. cobertura
32 sala de restauro
42
30
21
30 mezanino midiateca 31 acervo
B
centro de educação AMBIENTAL
25 apoio mirante
pé direito duplo
UNIVERSIDADE PAULISTA TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO PARQUE ECOLÓGICO E CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL: CAMINHO VERDE
proj. cobertura
16 escadas
41 rampa acesso passarelas
r
28
15 elevadores
40 administrativo
per io
proj. cobertura
16
13 área da comedoria
o su
C
15
11 café
ent
41
C
10 DML
28 sala multiuso
N
11
pav im
13
25
09 deposito
09
24
07 banheiro PCD fem. 08 banheiro PCD masc.
26
10
07 08
passarelas
03 área de espera
AUTOR: ISADORA DA SILVA RODRIGUES ORIENTADORA: DR. ANA CRISTINA SILVA ARAUJO 2022.1
A
LEGENDA
PAV. SUPERIOR CEA
PRANCHA
10
14
barrotes telha sanduiche viga MLC pilar MLC
estrutura de MLC viga de madeira MLC forro de gesso
detalhamento 02 cobertura
AUTOR: ISADORA DA SILVA RODRIGUES ORIENTADORA: DR. ANA CRISTINA SILVA ARAUJO 2022.1
telha sanduíche i:5%
banheiro feminino
piso laminado lã de rocha placa cimentícia forro de gesso
corte BB esc.: 1/200
3m
0 1m
5m
woodframe
telha sanduiche trapezoidal i:5%
jardins internos
banheiro feminino
barrote viga de madeira MLC perfil metálico
estaca de concreto 0,00
BANHEIRO FEMININO
CIRCULAÇÃO
detalhamento 01 esc.: 1/50 CIRCULAÇÃO
corte AA esc.: 1/200
3m
0 1m
5m
CIRCULAÇÃO
BANHEIRO FEMININO
CORTES CEA
centro de educação AMBIENTAL
woodframe
UNIVERSIDADE PAULISTA TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO PARQUE ECOLÓGICO E CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL: CAMINHO VERDE
calha
PRANCHA
11
14
AUTOR: ISADORA DA SILVA RODRIGUES ORIENTADORA: DR. ANA CRISTINA SILVA ARAUJO 2022.1
telha sanduiche trapezoidal i:5% mirante rampas passarelas EXPOSIÇÕES
EXPOSIÇÕES
corte CC esc.: 1/200
3m
0 1m
5m
CORTES CEA
centro de educação AMBIENTAL
PASSARELAS ELEVADAS
ÁREA DE CIRCULAÇÃO INTERNA COM VISÃO PARA A ÁREA EXTERNA
jardim suspenso
UNIVERSIDADE PAULISTA TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO PARQUE ESCOLÓGICO E CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL CAMINHO VERDE
MIRANTE COM VISTA PARA O ENTORNO
PRANCHA
12
14
AUTOR: ISADORA DA SILVA RODRIGUES ORIENTADORA: DR. ANA CRISTINA SILVA ARAUJO 2022.1
cobertura +9,20
CEA
centro de educação ambiental
pavimento superior +3,60
térreo +0,00 terreno -2,45 fachada oeste esc.: 1/200
3m
0 1m
muxarabi
5m
detalhamento jardim suspenso
centro de educação AMBIENTAL
planta suspensa em vasos hera- inglesa
UNIVERSIDADE PAULISTA TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO PARQUE ECOLÓGICO E CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL: CAMINHO VERDE
forro +6,90
cobertura +9,20 forro +6,90
pavimento superior +3,60
térreo +0,00
fachada norte esc.: 1/200
3m
0 1m
5m
FACHADAS CEA
PRANCHA
13
14
AUTOR: ISADORA DA SILVA RODRIGUES ORIENTADORA: DR. ANA CRISTINA SILVA ARAUJO 2022.1
cobertura +9,20 forro +6,90
pavimento superior +3,60
térreo +0,00
3m
0
5m
1m
UNIVERSIDADE PAULISTA TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO PARQUE ECOLÓGICO E CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL: CAMINHO VERDE
fachada leste esc.: 1/200
centro de educação AMBIENTAL
fachada centro de educação ambiental
cobertura +9,20 forro +6,90
pavimento superior +3,60
térreo +0,00
fachda sul esc.: 1/200
3m
0 1m
5m
FACHADAS CEA
PRANCHA
14
14
6.2.8.
sistemas sustentáveis
SISTEMAS SUSTENTÁVEIS: captação de água pluvial O edifício CEA constará com o sistema de captação de água pluvial, que reutilizará as águas captadas para atender as bacias sanitárias, tanques da área de serviço e pontos de torneira para rega de jardins e limpeza do piso.
SISTEMAS SUSTENTÁVEIS: energia solar fotovoltaica O sistema de energia renovável está cada vez mais ganhando seus espaços em casas e prédios comerciais. Sua maior vantagem é a economia e a geração da própria energia que está disponível o tempo todo, para todos, de graça. O Edifício contará com este sistema que irá atender todos os cômodos, mas também, não deixará de receber a rede de energia elétrica da concessionária que poderá atender em casos necessários. .
98
SISTEMAS SUSTENTÁVEIS: tratamento de águas servidas Para um edifício mais sustentável é importante que haja tratamento das águas adequado, seja pela concessionária ou outros meios de tratamento. Com o sistema ecológico de tratamento de águas servidas, chamado de Bacia de Evapotranspiração (BET) é possível fazer o tratamento desta água no próprio local de uso. Não sendo possível o reuso destas águas para consumo, devido aos seus componentes e resíduos, mas pode ser tratada para que não polua os rios e córregos.
fonte: setelombas – Itamar Vieira
99
SISTEMAS SUSTENTÁVEIS: iluminação e ventilação natural A ventilação natural é um dos principais princípios do projeto, devido ao conceito para a elaboração do edifício, há varias aberturas e vãos livres no
Os ambientes de maior permanência e necessidade de um bom conforto ambiental como as salas de aula, administração e midiateca, foram distribuídos para o sul, onde recebem pouco radiação direta.
prédio, o que irá ajuda na corrente de ar percorrendo por todos os ambientes.
Já ambientes com menos importância termicamente como elevadores,
O que favorece também é a posição do edifício, onde os ventos vêm do
escadas, banheiros, almoxarifado e depósitos, ficaram para o lado oeste e
Sudeste e conseguem percorrer livremente pelos ambientes devidos as
norte, pois, como por exemplo, os banheiros, são considerados ambientes frios
aberturas opostas, facilitando a ventilação cruzada.
e molhados, é satisfatório ele receber a os raios solares.
100
Para proporcionar um bom conforto ambiental no edifício proposto, os setores e os ambientes foram distribuídos levando em consideração os ventos predominantes e a carta solar de acordo com o local que será inserido na cidade de ASSIS-SP. Neste caso, o edifício foi propositadamente posicionado alinhado ao norte, onde, através de estudos realizados verificou-se a melhor situação para os ambientes internos. Para isto, os ambientes de maior permanência e necessidade de um bom conforto ambiental como as salas de aula, administração e midiateca, foram distribuídos para o sul, onde recebem pouco radiação direta. Já ambientes com menos importância termicamente como elevadores, escadas, banheiros, almoxarifado e depósitos, ficaram para o lado oeste e norte, pois, como por exemplo, os banheiros, são considerados ambientes frios e molhados, é satisfatório ele receber a recepção do sol. Além das insolações, analisou-se também os ventos que predominam a região, que vem do Sudeste, assim, devido a rotação do edifício no terreno alinhado com o Norte e as várias aberturas e janelas voltadas para o sul, consegue-se nos ambientes a ventilação direta e cruzada, permitindo que os ventos percorram por todo o edifício. Figura 72- esquema solar- autora, 2022
101
102
103
104
jardins internos Zonas de conflitos acústicos: Analisou-se também todos os conflitos acústicos que cada ambiente produz, e assim, também foram distribuídos de acordo com a alta produção de ruídos ou menor produção de ruídos. Como as salas e a midiateca são sensíveis foram agrupadas no setor educacional. Ambientes que produz maiores ruídos, como pavilhão de exposição, café, e mirante foram agrupados no setor de cultura, posicionados próximo à entrada. O único conflito acústico que se encontrou, está entre o auditório e a sala de aula, localizados lado a lado. O auditório foi posicionado ali, pois conseguese uma boa saída de emergência. A solução encontrada para este conflito é, o tratamento adequado com materiais acústicos pra o auditório, além do espaçamento entre os dois ambientes e a colocação de barreiras vegetativas.
entrada principal
105
jardim externo
APONTE SUA CÂMERA PARA O QR CODE ABAIXO E ASSISTA AO VIDEO 3D
106
considerações finais A preservação do meio ambiente nos faz refletir sobre nossos hábitos e ações, quanto maior contato, maior o desejo de preservar o que já é do ser humano por direito. O contato com a natureza e áreas verdes proporciona uma melhor qualidade de vida e transforma o dia a dia das pessoas, por isto, a necessidade do espaço público como refúgio do tempo corrido se tornou cada vez mais importante nas cidades. Conclui-se que, é necessário sempre ressaltado e transmitido as questões sustentáveis e ambientais para que tenhamos um novo olhar do que vemos hoje e um futuro mais verde.
107
referências Anconi, Marco Aurélio, Rondônia intensifica recuperação de
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sobre os casos excepcionais, de pública, interesse social ou baixo impacto ambiental, que possibilitam a intervenção ou supressão de
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Desempenho Térmico das Vedações Verticais e Potencial de
108
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109
e
Nascentes do Brasil - Estratégias para a proteção de cabeceiras em LEI Nº 11.445, DE 5 DE JANEIRO DE 2007. Presidência da República.
Bacias Hidrográficas. Imprensa Oficial. São Paulo, 2007. Disponível em:
Casa Civil, Subchefia, para Assuntos Jurídicos. Disponível em:
https://www.terrabrasilis.org.br/ecotecadigital/pdf/nascentes-do-
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2010/2007/lei/L11445compilado.htm
hidrograficas.pdf
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Oliveira, Sandra Aparecida, Centros De Educação Ambiental Como
05/05/2020
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<https://www.youtube.com/watch?v=xLg7llysGv0 >
De
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Da
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01/06/2021.
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<https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/educacaoambi Melo, Antônio Carlos Galvão, do Instituto Florestal, órgão responsável
ental/politicas-de-meio-ambiente/centros-de-educacao-ambiental-
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