TCC ARQUITETURA - (RE) CONECTAR

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Fonte: www.regiao-sul.pt/

(RE)CONECTAR uma proposta de requalificação urbana e um centro comunitário no bairro Passagem

Acadêmica: Isadora Cristina Cachoeira Israel | Universidade do Sul de Santa Catarina - Unisul Trabalho de conclusão de curso I em Arquitetura e Urbanismo 2018|B | Orientadora: Michelle Souza Benedet, Msc.


(RE) CONECTAR uma proposta de requalificação urbana e um centro comunitário no bairro Passagem

Trabalho de Conclusão de Curso Fundamentação e Projeto, apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial a obtenção do título de Arquiteta e Urbanista.

Acadêmica: Isadora Cristina Cachoeira Israel | Universidade so Sul de Santa Catarina - Unisul Trabalho de conclusão de curso I em Arquitetura e Urbanismo 2018|B | Orientadora: Michelle Souza Benedet, Msc.


INFORMAÇÕES DADOS CADASTRAIS

FOLHA DE APROVAÇÃO

Nome: Isadora Cristina Cachoeira Israel Matrícula: 59348 Endereço: Rua Canadá, número 691

Trabalho de Conclusão de Curso Fundamentação e Projeto de Arquitetura e Urbanismo, elaborado pela acadêmica Isadora Cristina Cachoeira Israel e apresentado à banca avaliadora que segue:

Telefone: (48) 99936-3370 E-mail: isadoracachoeira@hotmail.com Orientadora: Michelle Benedet E-mail: arq.michele@gmail.com Título do trabalho: (Re) conectar: uma proposta de requalificação urbana e um centro comunitário no bairro Passagem.

Prof.: Arq. Urb. Michelle Benedet, Msc. Orientadora

Professor (a) avaliador (a)

Professor (a) avaliador (a)

Tubarão, novembro, 2018


AGRADECIMENTOS AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus por estar sempre presente me dando saúde e forças para vencer cada obstáculo que surgiu em minha vida e permitindo que eu chegasse até aqui. Aos meu pais, Nair Cristina e Ricardo, pelo amor, incentivo е apoio incondicional durante toda a minha caminhada, fazendo o possível e impossível para que meus sonhos se tornassem realidade. Meus queridos pais, vocês são meu alicerce, essa conquista da minha vida é por vocês! Ao meu namorado e grande amor, Guilherme, por compreender a importância da faculdade para mim e por estar sempre presente sendo meu equilíbrio diante do turbilhões de emoções e sentimentos presentes nessa etapa da minha vida. À minha professora e orientadora Michelle, pessoa maravilhosa e de grande importância durante a faculdade, obrigada por acreditar no meu potencial. Sua dedicação e paixão pelo o que faz traz segurança para o desenvolvimento desse trabalho. Deixo aqui meu muito obrigada! Aos meus amigos do coração, Douglas, Érica e Renata, que conheci durante a faculdade e foram essenciais para a minha trajetória, sempre dando forças uns aos outros , compartilhando juntos todos os momentos proporcionados pelo curso de Arquitetura e Urbanismo. Obrigada por entrarem na minha vida e fazer dela muito mais cheia de luz. À minha família em especial a minha tia, Graziela, que

nunca hesitou quando precisei de alguma ajuda, às minhas eternas avós, Nilza e Zélia, que enquanto estiveram presentes sempre zelaram pelo meu estudo, hoje me guiam de onde quer que estejam. E por fim a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha trajetória, o meu muito obrigada.

DEDICATÓRIA A Deus por me dar forças, aos meus pais por sempre acreditarem no meu potencial e a toda a comunidade do bairro Passagem.


RESUMO RESUMO

ABSTRACT

Este Trabalho de Conclusão de Curso Fundamentação e Projeto refere-se ao desenvolvimento de um anteprojeto de um centro comunitário e uma requalificação no entorno da linha férrea. Esse trabalho tem como princípio: a integração das pessoas, a flexibilidade dos espaços, a participação da comunidade e a legibilidade do local, a fim de propocionar melhor convivio entre a comunidade.

This Course Completion Work Rationale and Project refers to the development of a project for a community center and a requalification around the railway line. This work has as its principle: the integration of people, the flexibility of spaces, the participation of the community and the readability of the place, in order to provide better coexistence among the community.

Palavras-chaves: Requalificação urbana. Espaços livres. Centro comunitário.

Keywords: Urban redevelopment. Free spaces. Community center.


SUMÁRIO CAPÍTULO 1 - APRESENTAÇÃO..............................................07 1.1 INTRODUÇÃO.....................................................................08 1.2 PROBLEMÁTICA E JUSTIFICATIVA....................................08 1.3 OBJETIVOS.........................................................................09 1.3.1 Objetivos gerais...............................................................09 1.3.2 Objetivos específicos......................................................09 1.4 METODOLOGIA..................................................................10 CAPÍTULO 2 - REFERENCIAL TEÓRICO.................................11 2.1 REQUALIFICAÇÃO URBANA..............................................12 2.2 PÚBLICO E PRIVADO..........................................................13 2.2.1 Espaços livres..................................................................14 2.2.2 Evolução dos espaços públicos.....................................15 2.3 EQUIPAMENTOS PÚBLICOS E ARQUITETURA SOCIAL...16 2.3.1 Centro comunitário..........................................................16 CAPÍTULO 3 - REFERENCIAL PROJETUAL............................18 3.1 URBANIZAÇÃO DE MANGUINHOS....................................19 3.1.1 Ficha técnica....................................................................19 3.1.2 Proposta de intervenção.................................................19 3.1.3 Composição geral e traçado urbano...............................19 3.1.4 Acessos............................................................................20 3.1.5 Circulações......................................................................20 3.1.6 Inserção urbana...............................................................21 3.1.7 Vegetação e materiais......................................................21 3.1.8 Equipamentos e mobiliário.............................................22 3.1.9 Considerações para esse trabalho.................................23 3.2 CENTRO COMUNITÁRIO REHOVOT..................................23 3.2.1 Ficha técnica....................................................................23 3.2.2 Acessos............................................................................24 3.2.3 Circulação........................................................................24 3.2.4 Volume | massa................................................................24 3.2.5 Definição dos espaços....................................................25 3.2.6 Estrutura e técnicas construtivas...................................25

3.2.7 Zoneamento funcional....................................................26 3.2.8 Conforto ambiental..........................................................26 3.2.9 Relação do edifício com o entorno..................................26 3.2.10 Relação do interior com o exterior................................26 3.2.11 Hierarquias espaciais....................................................27 3.2.12 Simetria | assimetria......................................................27 3.2.13 Traçados reguladores...................................................27 3.2.14 Partido............................................................................28 3.2.15 Considerações para esse trabalho...............................28 3.3 SESC OSASCO....................................................................28 3.3.1 Ficha técnica....................................................................28 3.3.2 Acessos............................................................................29 3.3.3 Circulação........................................................................29 3.3.4 Volume | massa................................................................29 3.3.5 Definição dos espaços....................................................30 3.3.6 Estruturas e técnicas construtivas.................................30 3.3.7 Zoneamento funcional....................................................31 3.3.8 Conforto ambiental..........................................................31 3.3.9 Relação do edifício com o entorno..................................32 3.3.10 Relação do interior com o exterior................................32 3.3.11Hierarquias espaciais.....................................................32 3.3.12 Simetria | assimetria......................................................33 3.3.13 Traçados reguladores...................................................33 3.3.14 Partido............................................................................33 3.3.15 Considerações para esse trabalho...............................34 CAPÍTULO 4 - ESTUDO DE CASO..........................................35 4.1 CENTRO SOCIAL URBANO ADOLFO LINEBURGUER.......36 4.1.1 Ficha técnica....................................................................36 4.1.2 Acessos............................................................................36 4.1.3 Circulação........................................................................37 4.1.4 Volume | massa................................................................37 4.1.5 Definição dos espaços....................................................38


SUMÁRIO 4.1.6 Estrutura e técnicas construtivas...................................38 4.1.7 Zoneamento funcional.....................................................39 4.1.8 Conforto ambiental..........................................................39 4.1.9 Relação do edifício com o entorno..................................39 4.1.10 Relação do interior com o exterior................................39 4.1.11 Hierarquias espaciais....................................................40 4.1.12 Técnica de análise Walkthroug...............................40 4.1.13 Entrevistas.....................................................................40 4.1.14 Análise Walkthroug........................................................42 4.1.15 Considerações finais para esse trabalho.....................43 CAPÍTULO 5 - DIAGNÓTICO DA ÁREA................................44 5.1 ASPECTOS HISTÓRICOS E DE EVOLUÇÃO URBANA......45 5.1.1 Localização......................................................................45 5.1.2 Dados gerais do município..............................................45 5.1.3 Histórico do bairro...........................................................45 5.1.4 Linha do tempo | evolução urbana..................................46 5.2 ASPECTOS FUNCIONAIS...................................................47 5.2.1 Sistema viário...................................................................47 5.2.2 Sistema viário | intensidades..........................................48 5.2.3 Mobilidade urbana...........................................................48 5.2.4 Pavimentação e passeio público....................................49 5.2.5 Uso do solo.......................................................................50 5.2.6 Gabaritos..........................................................................50 5.2.7 Legislação........................................................................51 5.3 ASPECTOS AMBIENTAIS E PAÍSAGISTICOS.....................51 5.3.1 Características bioclimáticas.....................................51 5.4 ASPECTOS ARQUITETÔNICOS E URBANISTICOS...........52 5.4.1 Equipamentos públicos e mobiliário urbano.................52 5.4.2 Infraestrutura urbana.......................................................52 5.4.3 Cheios e vazios................................................................53 5.4.4 Público x privado.............................................................53 5.4.5 Elementos construtivos do terreno................................54

5.4.6 Tipologias do terreno.......................................................54 5.4.7 Skyline do edifício com o entorno...................................54 5.5 ASPECTOS DO USUÁRIO...................................................55 5.5.1 Participação da comunidade...........................................55 5.5.1.1 Poema dos desejos.........................................................55 5.5.1.2 Questionário sobre as imediações do C.S.U. da Passagem..................................................................................56 CAPÍTULO 6 - PARTIDO............................................................57 6.1 MEMORIAL DE INTENÇÕES...............................................58 6.2 DESAPROPIAÇÃO DA ÁREA...............................................59 6.3 FRAGILIDADES E POTENCIALIDADES..............................59 6.4 PROG. DE NECESSIDADES E QUADRO DE ÁREAS.........60 6.4.1 Organograma geral..........................................................60 6.4.2 Fluxograma centro comunitário.....................................61 6.5 CONCEITO...........................................................................62 6.6 DIRETRIZES PROJETUAIS.................................................63 6.6.1 Diretrizes - centro comunitário.......................................63 6.6.2 Diretrizes - Requalificação do recorte trecho da linha férrea.........................................................................................63 6.7 ZONEAMENTO FUNCIONAL...............................................64 6.8 IMPLANTAÇÃO GERAL.......................................................65 6.9 IMPLANTAÇÃO CENTRO COMUNITÁRIO..........................66 6.10 PLANTAS BAIXAS..............................................................67 6.11 VOLUMETRIA E MATERIALIDADE....................................68 6.12 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................69 REFERENCIAS.........................................................................70 APÊNDICES..............................................................................72


Fig 1: Cidade de Tubarão

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APRESENTAÇÃO

Nestes capítulo serão apresentadas a introdução do tema juntamente com a razão que embasaram suas escolhas, objetivos gerais e específicos e, metodologia aplicada no decorrer deste trabalho.

Fonte: www.tubarao.sc.gov.br com elaboração gráfica da autora


APRESENTAÇÃO 1.1 INTRODUÇÃO Esse trabalho tem como proposta a elaboração de um centro comunitário e uma (re)qualificação do entorno da linha férrea, localizado no trecho da Av. Visconde de Barbacena no bairro Passagem, Tubarão, SC, do qual ambos estão em total descuido. Atualmente existe a tentativa de requalificar espaços públicos que por muitos anos formaram um vazio no meio da cidade, a fim de trazer dinâmica e movimento para o meio urbano. Os espaços públicos são os locais onde se traçam os laços comunitários, são nesses espaços que ocorrem a interatividade entre pessoas, a diversidade dos usos e também as contradições da sociedade. A ideia para o trabalho surgiu com finalidade de solucionar a problemática do bairro já que a maior parte dele é composta por pessoas que possuem baixa renda, proporcionando uma melhor qualidade de vida e bem estar para os moradores da região, tentando amenizar a segregação dos espaços e propondo a integração entre a comunidade. O centro comunitário poderá desempenhar um papel fundamental para a consolidação e criação de laços a nível local, do bairro, do grupo, e assim reforçar o “laço social” onde são vividas as relações e onde podem ser descobertas as soluções. (BONFIM, et al., 2000, p.04).

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Entende-se que o local está carente de urbanidade, com isto, a proposta de ter uma requalificação no recorte na linha férrea em contraponto com o centro comunitário constituem um núcleo de desenvolvimento social tornando-se um incentivador para o auxílio local de todos os moradores. 1.2 PROBLEMÁTICA | JUSTIFICATIVA Bairros bem planejados inspiram os moradores, ao passo que comunidades mal planejadas brutalizam seus cidadãos (ROGERS, 2012 apud GEHL, 2013 p. prólogo). É com esta frase que inicia-se a abordagem da problemática a seguir. O bairro Passagem, situado no município de Tubarão, conta hoje com um déficit enorme de espaços públicos de qualidade, possuindo um histórico de bairro periférico, com uma grande quantidade de famílias desestruturadas pela falta de equipamentos urbanos, onde crianças não possuem locais adequados para brincar e adolescentes têm a carência de espaços de lazer, tendo como resultado disso o alto índice de marginalidade infanto-juvenil na região. Com isto, o trabalho tem como intenção implantar na região um novo centro comunitário junto com a (re) qualificação do entorno da linha férrea para possibilitar melhor qualidade de vida aos moradores. A caracterização da sociedade atual sugere a necessidade de se encontrarem respostas sociais versáteis que requerem a intervenção do maior

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APRESENTAÇÃO número de parceiros e a participação e o empenho dos próprios interessados num processo sistêmico, gerador de recursos e de mudanças. (BONFIM, et al., 2000, p 07).

Seguindo essa linha de pensamento, um centro comunitário aparece como elemento estruturante para a comunidade, trazendo atividades variadas para melhor desenvolvimento da população, dos quais grupos de todas as faixas etárias se engajem com participação direta dentro do centro e usufruam das ações propostas, respectivamente respondendo à grande problemática do bairro trazendo a possibilidade de afastar crianças e adolescentes da marginalidade.

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1.3 OBJETIVOS Para melhor compreensão do trabalho de conclusão de curso foram estipulados alguns objetivos listados como geral e específicos. 1.3.1 Objetivo geral Elaborar o anteprojeto arquitetônico de um centro comunitário junto com a requalificação urbana do entorno da linha férrea reforçando a integração e participação da comunidade local que será concluído no TCC-Projeto. 1.3.2 Objetivos específicos

Diagnosticar os problemas de um bairro e tentar resolvê-los antes que tome proporções alarmantes é um dos principais fatores que torna uma vizinhança bem sucedida (JACOBS, 2001).

O tema e local proposto foram escolhidos por estabelecerem valor afetivo direto com a autora, já que a mesma se criou e mora até os dias atuais no bairro, assim vivenciou as inúmeras problemáticas do local, a falta de espaço público para brincar quando criança, consequentemente a carência de espaço de lazer quando adolescente, hoje, quando adulta, procura trazer mesmo que apenas em caráter acadêmico uma proposta de qualidade urbana para os moradores.

a) Compreender a atuação da arquitetura social em meio às comunidades; b) Reconhecer através de pesquisas bibliográficas estudos de requalificação e equipamentos urbanos; c) Analisar referenciais projetuais com o mesmo tema deste determinado trabalho para melhor desenvolvimento do mesmo; d) Examinar in loco um projeto de centro social urbano com o objetivo de potencializar o anteprojeto arquitetônico que será realizado; e) Desenvolver com a elaboração do anteprojeto arquitetônico pontos de encontro para a comunidade, bem como

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APRESENTAÇÃO local de lazer e de descanso e propor por meio das fundamentações para o anteprojeto condições de mudança para a marginalidade infanto-juvenil. 1.4 METODOLOGIA Para o desenvolvimento do trabalho, serão adotadas as seguintes etapas metodológicas: a) Revisão bibliográfica: buscando referências de autores através de livros, artigos e sites em relação à arquitetura social, requalificação e equipamentos urbanos, obtendo assim maior amadurecimento sobre o tema proposto; b) Análise de referenciais projetuais: serão realizados estudos aprofundados em projetos relacionados ao tema, tendo como propósito a identificação dos acessos, circulações, volumetrias, definições dos espaços, sistemas construtivos, zoneamento funcional, conforto ambiental, relação do edifício com o entorno, hierarquias espaciais, ordem de ideias e partido adotado pelo autor. Em subsequência das análises será realizado um estudo de caso em um projeto do qual possui características aproximadas com o tema deste trabalho de conclusão de curso com método de Walkthrough que consiste em uma análise que combina uma observação com uma entrevista, assim possibilitando a descritiva de pontos negativos e positivos no ambiente construído; c) Diagnóstico e levantamento da área: nesta etapa será feita uma análise exaustiva através de pesquisas

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bibliográficas e levantamento de campo sobre o histórico da área, levantamentos fotográficos, análises de mapas e legislação e será aplicada a técnica de entrevistas do livro Observando a qualidade do lugar (RHEINGANTZ et al 2009), que serão realizadas com a comunidade local; d) Partido: após todas as análises feitas no decorrer do trabalho será realizada a proposta do partido arquitetônico, onde foram expressadas as primeiras ideias através de croquis, plantas e cortes esquemáticos; e) Anteprojeto: está etapa será realizada no TCCProjeto, sendo desenvolvido a partir das diretrizes norteadores apresentadas no TCC-Fundamentação e projeto.

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Fig. 2: Linha férrea bairro Passagem

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REFERENCIAL T E Ó R I C O

Este capítulo tem a finalidade de proporcionar maior conhecimento para embasamento da autora sobre arquitetura social ligada aos espaços públicos e requalificação urbana. Fonte: acervo da autora


REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 REQUALIFICAÇÃO URBANA O início das opiniões e críticas referentes ao planejamento urbanístico surgem pós guerra entre 1945 e início de 1960 (ZANETTI, 2005). Os modernistas rejeitaram a cidade e o espaço da cidade, mudando seu foco para construções individuais. Essa ideologia tornou-se dominante por volta de 1960 e seus princípios continuam a afetar o planejamento de muitas áreas urbanas novas. Se alguém pedisse a uma equipe de planejamento para reduzir drasticamente a vida entre os edifícios, eles não encontrariam um método mais efetivo do que a utilização dos princípios modernistas de planejamento (GEHL, 2013, p. 04).

Em 1961, foi publicada uma das maiores críticas ao urbanismo das cidades norte americanas, que repercutem até os dias de hoje na opinião dos técnicos da área. Segundo Jacobs (1961), sua escrita foi um ataque aos fundamentos do planejamento urbano e da reurbanização presente na época, tendo como objetivo o estabelecimento de novos princípios de planejamento urbano. Em suma, Jacobs (1961) descreveu na prática sobre o funcionamento das cidades, assim deixando claro sobre os planos que promoveram vitalidade e os que inviabilizaram as cidades, o que contribuiu para o debate que levaria a

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reformulação dos conceitos e métodos abordados por diversos urbanistas americanos e europeus. No final de 1980, foram realizadas inúmeras discussões sobre o amadurecimento da estruturação de um novo urbanismo, sendo debatidas e analisadas nos meios acadêmicos profissionais a ideia de diversos nomes, tais como: novo urbanismo ou ainda a emergência do projeto urbano. Assim devido à grande demanda relacionada à preocupação sobre os espaços públicos, surge a necessidade de recuperá-las e devolvê-lo aos cidadãos, com isso aparecem diversos conceitos ligados aos processos de requalificação, tais como regeneração, revitalização e reabilitação, porém em alguns casos a maneira em que é utilizada está incorreta (FERNANDES, 2012). Até o ano de 1998, o termo requalificação ainda não havia sido utilizado nos vocabulários urbanísticos, sendo utilizado apenas os termos, revitalização, reabilitação ou ainda, recuperação para designar o mesmo processo (MOREIRA, 2007). Moreira (2007) determina requalificação urbana de acordo com o documento VALIS - Valorização de Lisboa em 1990. Recuperar o sentido da ubiquação¹ residencial das populações, através de múltiplas ações e medidas, que vão da infraestrutura à valorização da imagem interna e externa, passando pela equidad² no acesso ao emprego. Todos os caminhos, da nova

¹ Ubiquação, razão formal de algo estar nesse, naquele, ou qualquer outro lugar. ² Equidade, respeito à igualdade de direito de cada um, que independe da lei positiva, mas de um sentimento do que se considera justo, tendo em vista as causas e as intenções

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REFERENCIAL TEÓRICO rua ou da nova aldeia, deverão levar a metrópole, sem traumas de regressos. A estratégia deve levar as ações que permitam descobrir e qualificar a alma dos lugares, pela nossa memória, pela vivência, pelo patrimônio – o que se herdou e importa valorizar, como também o que se deve construir no espirito do tempo (CEDRU, 1990 apud MOREIRA, 2007, p. 118).

A autora acrescenta ainda que a requalificação urbana inclui aspectos de caráter econômico, ambiental, físico e social. Peixoto (2009, p. 46) também define sobre o tema: A requalificação urbana corresponde a uma prática de planificação ou de proteção urbanística de equipamentos e de infraestruturas expostos à degradação e a obsolescência funcional.

Assim, é possível verificar que a requalificação urbana procura reinserir as melhorias à população através das qualidades urbanas, juntamente com as acessibilidades e a centralidade de uma determinada área, promovendo uma modificação ao nível paisagístico, cultural, social e econômico (FERNANDES, 2012). Neste contexto, é possível notar que o tema é de grande importância para este trabalho, já que está vinculado às práticas de reestruturação de áreas urbanas degrada, algo que será proposto no decorrer do projeto.

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2.2 PÚBLICO E PRIVADO De acordo com Hertzberger (1996, p. 12), o conceito de público e privado pode ser interpretado como a tradução de termos como coletivo e individual. Os conceitos de público e privado podem ser vistos e compreendidos em termos relativos como uma série de qualidades espaciais que, diferindo gradualmente, referem-se ao acesso, à responsabilidade, à relação entre a propriedade privada e à supervisão de unidades espaciais específicas. (HERTZBERGER, 1996, p.13)

Em um sentido mais específico, o público é caracterizado como uma área acessível a todos a qualquer momento, sendo a responsabilidade de suas manutenções divididas entre governo e comunidade, tendo como exemplos, ruas, praças e alguns parques. Já os espaços privados, caracterizam-se por áreas cujo seu acesso é limitado por um grupo ou determinada pessoa, sendo estes os que têm a responsabilidade de fazer a manutenção para sua preservação. Neste cenário, fica nítido que espaços públicos são fundamentais para o desenvolvimento a nível local e municipal, assim a inserção e integração desses espaços nesse trabalho terá o intuito de proporcionar lazer e integração dentro da comunidade.

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REFERENCIAL TEÓRICO 2.2.1 Espaços livres De acordo com Dixon (2014), os espaços livres podem ser caracterizados como espaços, abertos a todos, sem distinção de classe ou raça. Os espaços públicos podem ser formais, associados com um lugar claramente definido e frequentemente contornado por uma fronteira, como por exemplo um parque, uma praça ou um pátio aberto. Por outro lado, também podem ser informais, criados por um encontro espontâneo dentro da esfera pública em uma rua ou um beco (DIXON, 2014, p. 01).

De acordo com Dixon (2014), espaços públicos também podem ser subdivididos em três categorias, sendo elas: a) Espaços públicos ao ar livre - local onde tem a menor quantidade de restrições, podendo ser acessado por qualquer cidadão, seus exemplos são, parques, praças, áreas de recreação, praias, orlas, becos e ruas; b) Espaços pseudo públicos - estabelece a qualquer pessoa o direito de estar no local, porém existe limitações referentes à sua utilização, como exemplo, lojas, restaurantes, shoppings, parques particulares e bares; c) Espaços públicos cobertos - são as edificações mantidas pelo governo, onde o interior do espaço se comporta como um espaço público, seus exemplos incluem transportes

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públicos, centros comunitários, museus e bibliotecas. A partir daqui, uma questão preocupante é sobre o abandono dos espaços públicos, fato que ocorre em diversas cidades, assim como mencionado por Segovia (2007), que os espaços públicos estão conectados a algum desconforto por consequência da falta ou baixa qualidade deles, na grande maioria das vezes, as pessoas se sentem intimidadas, e inseguras, assim o espaço público é percebido como uma ameaça. Neste contexto de construção de insegurança, o espaço público é abandonado e perde solidariedade, interesse e respeito pelos outros. A percepção de insegurança e abandono dos espaços públicos funcionam como um processo circular e cumulativo. Se os espaços de interação social forem perdidos, nos lugares onde a identidade coletiva é construída, também aumentara a insegurança (SEGOVIA, 2007, p. 17).

Na maioria das vezes, o controle natural no espaço público é obtido pela presença de pessoas em ruas, praças e passagens. Segundo Dixon (2014), se tratando de favelas e bairros com pessoas de baixa renda, como resultante do tecido urbano denso, têm-se um forte laço comunitário e, através dessa proximidade, é originado espaços informais de sociabilidade, porém espaços públicos formais (centros comunitários, museus e bibliotecas) também são de suma

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REFERENCIAL TEÓRICO

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De acordo com Fernandes (2012), a Ágora Grega e o Fórum Romano foram os primeiros registros de espaços projetados com intenção de serem espaços públicos.

Na cidade Renascentista, a rua surge como estrutura de organização da cidade, sendo o ponto de conexão e acesso. É a partir daí que surgem as árvores no traçado da cidade por razões funcionais, estéticas e climáticas, assim as praças deixam de ser apenas um vazio consequente da malha urbana e passam a ser um ponto central projetado na cidade (FERNANDES, 2012). Com base no que descreveu Hertzberger (1996), sobre o início da história dos espaços públicos, foi no século XIX que os espaços públicos foram impulsionados, sendo considerada como a época de ouro dos edifícios públicos, grande parte construídos com recursos da comunidade, tendo papel importante para o desenvolvimento das cidades. A partir da Revolução Industrial ocorreu a aceleração dos sistemas de produção, levando a criação de lojas, mercados cobertos e a construção de transportes públicos como estações ferroviárias e metrô.

A Ágora consistia num espaço público localizado no centro da Polis onde os cidadãos se reuniam para debater questões inerentes à sociedade. Era o espaço onde atividades políticas, comerciais e religiosas tinham lugar. O Fórum à semelhança da Ágora encontrava-se no centro da cidade rodeado por edifícios públicos do centro simbólico e por edifícios públicos importantes. Era o espaço da cidadania, da política, da religião e do comércio, tal como na Grécia Antiga (FERNANDES, 2012,p. 05).

Já por volta de 1980, o modo de pensar em relação aos espaços públicos muda, pelo fato do surgimento da concorrência urbana, voltando à necessidade de criar espaços onde seja possível a existência de uma maior qualidade de vida e um pensamento sustentável (FRANCISCO, 2005). Por fim, atualmente, busca-se renovar, revitalizar e requalificar os espaços públicos, de forma a projetar espaços onde os cidadãos voltem a fazer a sua vida social, sendo dada uma maior importância à identidade do local e à participação

importância para a comunidade, pois é o local onde ocorrem discussões, troca de ideias juntamente com recreações e atividades de lazer. Nesta situação nota-se que os espaços públicos são fundamentais para que haja qualidade no meio urbano inserido. Assim, os espaços livres estarão presentes no decorrer deste trabalho a fim de contribuir para integração da população, de forma que haja diversidade nas atividades propostas, fazendo também que ocorra a diminuição dos espaços segregados da área proposta, sendo vitalício para o fortalecimento dos laços da comunidade. 2.2.2 Evolução dos espaços públicos

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REFERENCIAL TEÓRICO pública (FERNANDES, 2012, p. 05). Neste contexto, a requalificação para a área da proposta é um aspecto vital pois a mesma trata-se de uma renovação da identidade local, trazendo valores simbólicos das bordas da linha férrea à tona através de um parque linear, tendo algumas características semelhantes ao Parque linear High Line em Nova Iorque, onde a linha férrea presente no parque permaneceu esquecida e coberta por uma vegetação rasteira e teve uma requalificação por iniciativa da comunidade. 2.3 EQUIPAMENTOS PÚBLICOS E ARQUITETURA SOCIAL O tema abordará as características do papel da arquitetura e do arquiteto em âmbito social, assim segundo Hertzberger (1996), a arquitetura pode-se dizer que é tudo aquilo que se constrói, não podendo deixar de exercer qualquer tipo de papel nas vidas das pessoas, e a principal tarefa do arquiteto, quer ele goste, ou não, é cuidar para que tudo o que se faz seja adequado em todas as situações. Portanto, o fato de compreender sobre o papel social na arquitetura é completamente irrelevante, pelo simples fato de não existirem resoluções socialmente indiferentes, ou seja, qualquer interferência nos locais de convívio das pessoas, independente do propósito do arquiteto, haverá uma implicação social. A arte da arquitetura não consiste apenas em fazer coisas belas-nem em fazer coisas úteis, mas em fazer ambas ao

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mesmo tempo. (HERTZBERGER, 1996, p. 174). Seguindo com a mesma linha do pensamento anterior, segundo Regaya e Muntanola (2017 apud FISCHER, 1996, p. 29), a arquitetura torna-se uma linguagem que comunica uma mensagem aos seus ocupantes e suas funções. O espaço sempre conta uma história pessoal e social, desse modo, tudo o que for projetado deve ser adequado para cada situação que surja, em outras palavras, deve ser confortável e estimulante, tornando-se assim um local que possui mais afinidade com as pessoas. A partir disso será abordado subtema de centros comunitários, para que haja melhor embasamento teórico sobre o tema pertinente. 2.3.1 Centro comunitário De acordo com Bonfim et al. (2000, p. 05), o centro comunitário estabelece ligação direta com famílias e a comunidade, sem deixar de lado a relação particular e específica de cada pessoa, tendo como princípio as necessidades globais da comunidade, considerando a prevenção e minimização dos efeitos de exclusão social e marginalização, sendo também o principal agente de participação das pessoas, famílias e grupos sociais, e fator de desenvolvimento local e social. Entende-se que os centros comunitários têm um

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REFERENCIAL TEÓRICO papel fundamental para a formação de vínculos a nível local, assim reforçando o laço social (BONFIM et al., 2000, p. 05). Assim, segundo Manzzanti (2012), o projeto de arquitetura tem o poder de transformação social das comunidades, pelo fato de que edificações são capazes de proporcionar situações inusitadas, do tipo que transforma o modo em que as pessoas veem a si mesmo e o próprio local em que estão inseridos. Neste caso, como pressuposto, o centro comunitário surge como base para a comunidade, composto por flexibilidade e dinamismo, levando a um modelo adaptável ao contexto sócioeconômico em que está inserido (BONFIM et al., 2000, p. 07).

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c) Participação: existe a necessidade de relacionamento dos indivíduos com a resolução de seus próprios problemas, considerando que em grande parte isso é a melhor solução, ou seja, os serviços prestados devem ser organizados de forma que fiquem cada vez mais próximos das pessoas e de seus problemas. Isso poderá ser colocado em prática através de técnicas de informação e animação atuando como motivadores para a comunidade. Seguido por este cenário, o desenvolvimento desse trabalho terá como base a tríplice de funcionamento citada acima.

Por fim, como mencionado por Bonfim et al. (2000, p. 10), é considerado como requisito fundamental a tríade de funcionamento para um centro comunitário, sendo ela, proximidade, flexibilidade e participação tendo suas características mencionadas a seguir: a) Proximidade: está relacionada a soluções de problemas, agindo de forma preventiva perante a comunidade, tendo também como iniciativa a aplicação de diversos agentes no desenvolvimento local; b) Flexibilidade: um centro comunitário deve ser moldável, assim, às atividades desenvolvidas devem ser adaptáveis as necessidades locais, sabendo que, quanto maior a flexibilidade maior será a comunicação entre serviços e os cidadãos.

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Fig. 3: Parque metropolitano de Manguinhos

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REFERENCIAL PROJETUAL

Neste capítulo serão realizadas análises a partir de projetos nacionais e internacionais para melhor entendimento de suas características e condicionantes com o objetivo de agregar conhecimento e auxiliar no desenvolvimento do trabalho em questão. Fonte: www.jauregui.arq.br com elaboração gráfica da autora


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REFERENCIAL PROJETUAL 3.1 URBANIZAÇÃO COMPLEXO DE MANGUINHOS A localidade de Manguinhos está situada no subúrbio do Rio de Janeiro (Figura 4), é composta por 11 comunidades, e possui uma totalidade de 53 mil habitantes. De acordo com Bianco (2011), a região de Manguinhos caracterizou-se oficialmente como bairro em 1988 e hoje a área ocupa o segundo lugar de extensão mais poluída do Rio de Janeiro que inicialmente correspondia a uma grande zona de manguezal, que foi aterrado ao longo de sua ocupação. Com base no censo de 2010, divulgado pelo IBGE, Manguinhos apresenta o 5º pior IDH do Rio de Janeiro dentre 126 grupos de bairros e fica posicionado em 150º num total de 158 bairros no Índice de Desenvolvimento Social (IDS) (O globo, 2012). Além disso, o complexo de Manguinhos é um dos redutos mais conhecidos do comando vermelho e facção criminosa, fazendo que a comunidade fique refém das próprias leis.

Figura 4: (a) Mapa do Brasil, (b) Mapa do Rio de Janeiro, (c) Área de intervenção. (a)

(b)

(c)

Fonte: (a) www.seeklogo.com, (b) pt.wikipedia.org, (c) www.jauregui.arq.br, adaptado pela autora

3.1.2 Proposta de intervenção Segundo Jauregui, autor do projeto, o parque linear Metropolitano está disposto em um trecho de dois quilômetros, organizado em quatro quadras, que contará com áreas de lazer, comércio e serviços, sendo elas: a) Interligação da rua Uranos com a Av. Leop. Bulhões; b) Ciclovia; c) Anfiteatro; d) Quiosques para comércio popular; e)Espaços de lazer, paisagismo e requalificação urbana;

3.1.1 Ficha técnica População do Complexo: 50.000 habitantes Área do Complexo: 400 ha Área de influência no entorno: 1.400 ha Arquiteto responsável: Jorge Mario Jauregui Início do projeto: 2009 Finalização prevista: início de 2012 (não está finalizado ainda). Fonte: www.jauregui.arq.br

f)Elevação da via férrea com dois quilômetros de

extensão e estrutura com quarenta e cinco pórticos. 3.1.3 Composição geral e traçado urbano A área do parque linear (abaixo da linha férrea) é constituída por traços retilíneos apresentando um ritmo mediante as vigas estruturantes feitas para a elevação da linha férrea das quais foram transformadas em pórticos (Figura 5).

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REFERENCIAL PROJETUAL Sua composição é feita através das novas espécies arbóreas e as que foram preservadas combinadas aos equipamentos urbanos implantados no decorrer do trecho.

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Figura 6: Parque linear abaixo da linha

A escala do desenho do parque se destaca em relação a todo o programa, por estar proposto em uma extensão de 2 km e juntamente com a elevação da linha férrea, trazendo um impacto visual para a região. Figura 5: Parque linear abaixo da linha férrea

Fonte: www.jauregui.arq.br adaptado pela autora

3.1.5 Circulação

Fonte: www.jauregui.arq.br

O parque conta com uma vasta área destinada à circulação (Figura 7), tendo a predominância de circulação linear e horizontalizada, seu amplo espaço possui diferentes espaços dos quais são atribuídos aos pedestres em grande maioria, possui também uma extensa ciclovia e para veículos é destinado um pequeno espaço para estacionamento. Nas vias que conectam uma quadra a outra, contam com sinalizações e acessibilidade. Figura 7: Parque metropolitano

3.1.4 Acessos A proposta do parque linear é constituída em um trecho entre quatro quadras com um total de quase dois quilômetros. Assim são diversos os acessos que conectam ao parque, sendo marcados pelos seus diferentes usos nas quadras (Figura 6). Fonte: www.jauregui.arq.br

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REFERENCIAL PROJETUAL 3.1.6 Inserção urbana O projeto está inserido em uma área da zona norte do Rio de Janeiro (Figura 8) composta por 1400 hectares com um eixo entre dez comunidades, onde os altos níveis de crime e violência resultam no narcotráfico, assim o local é conhecido como faixa de gaza, isso esclarece as dificuldades sociais e físico -territoriais. A delimitação da área é feita através de um cruzamento de uma via expressa, um rio, avenidas de grande importância e uma linha férrea, da qual é considerada como divisor das comunidades, estabelecendo áreas fragmentadas desconectadas. O uso do solo do complexo de Manguinhos é formado por zonas comerciais, instituição de ensino e pesquisa (Universidade Federal e o Instituto de Pesquisa Fiocruz), zona portuária e, na maioria, residências de ocupações informais. Figura 8: Complexo de Manguinhos com ideograma de centralidades

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área já que a mesma possui características de degradação ambiental (Figura 9: a). Além do Plano de Desenvolvimento Urbano e Social, foi desenvolvido um projeto para as zonas de maior conflito entre a Avenida Leopoldo Bulhões e a ferrovia. O projeto é composto por um paisagismo de qualidade ambiental, proposto entre os diferentes espaços de atividades. Assim, o parque linear é colocado de forma que conecte os setores residenciais que anteriormente eram divididos pela linha férrea que hoje está elevada. Acima do parque, junto com a linha férrea, possui uma passarela pública (Figura 9: b) onde possui um terminal intermodal aberto 24 horas. Com isto, a maior problemática da área se tornou o ponto mais valorizado podendo ser considerado de divisor a conector das zonas. Segundo Jaregui (2011), o paisagismo do local teve como referência o Parque do Flamengo, do autor Burle Marx, localizado no Rio de Janeiro, assim foi estruturado de forma que obtivesse um local de relaxamento e atividades ao ar livre tendo como características os valores de um espaço democrático (figura 9: c). Os dados estimados para essa área são: a) Elevação da via férrea: 1,94 km b) Área de lazer: 04 un (quadras)

Fonte: www.jauregui.arq.br

3.1.7 Vegetação e materiais

c) Mobiliário Urbano: 1.277 un d) Paisagismo: 2.660 un (árvores)

3.616 m² (forração) A proposta teve como maior desafio a reestruturação da

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REFERENCIAL PROJETUAL Fig. 9: (a) Tratamento dos espaços, b) Antes e depois dos espaços, (c) Croqui terminal intermodal. (a)

(b)

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local fique adequado, assim foram criadas vias de retorno para veículos, áreas para estacionamento de ônibus e táxis e suas imediações foram contempladas por calçadas, passeio público, redes de drenagem e iluminação adequadas (Figura 10). Fig.10: (a) Elevação do trilho, (b) Terminal intermodal, (c) Parque metropolitano, (d) Centro cívico, (e) Áreas esportivas, (f) Passeio público, (g) Casas realocadas, (h) Área de intervenção.

(c)

(d)

(a)

(b) Fonte: www.jauregui.arq.br

(e)

3.1.8 Equipamentos e mobiliário A partir da elevação da via férrea, em uma extensão de dois quilômetros, serão locados mobiliário urbano, equipamentos esportivos, de lazer e convivência, contando também com áreas verdes. Nos extremos do parque serão dispostos quadras de areia, poliesportivas, pista de skate e playground, assegurando que todo o trecho seja ativo. Haverá uma ciclovia que faz conexão com um centro cívico do qual foi elaborado para conservar as estruturas que perduram no local, valorizar os espaços existentes e os novos que estão a construir, além de preservar as vegetações arbóreas presentes no local. O projeto ainda conta com a ampliação das vias no entorno do parque linear para que o fluxo no

(c)

(h)

(f)

Fonte: www.jauregui.arq.br

(g)

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REFERENCIAL PROJETUAL 3.1.9 Considerações para esse trabalho A escolha deste projeto para análise foi feita por se tratar de uma zona periférica no entorno de uma linha férrea da qual teve o programa de urbanização para atender toda a comunidade, tendo como foco principal as atividades a serem desenvolvidas por crianças e adolescentes com o intuito de afastá-los da marginalidade, assim como característica para o trabalho de TCC será utilizada como referência a valorização da linha férrea juntamente com os espaços públicos ao seu redor e a participação da comunidade perante às necessidades do local (Figura 11).

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com o site local (www.rehovotisrael.com), pois recepciona diversos imigrantes da Polônia, Iêmen, Rússia, Etiópia, Marrocos, a exUnião Soviética (FSU), América do Norte e muitos outros países. Conforme o que os autores do projeto descreveram no seu site (www.kimmel.co.il), projeto está localizado no centro de um novo bairro, chamado New Rehovot, que é uma área em desenvolvimento, designado para edifícios públicos; alguns dos quais já foram construídos, como uma escola primária e um centro esportivo (Figura 12). Edifícios residenciais ainda serão construídos na área. 3.2.1 Ficha técnica

Figura 11: Referencias para esse trabalho

Arquitetos: Kimmel Eshkolot Architects Localização: Rehovot, Israel Área: 2.500 m² Ano do projeto: 2016

Linha férrea

Espaços públicos

Participação

Fonte: pt.pngtree.com adaptado pela autora

Figura 12: (a) Localização de Israel, (b) Localização de Rehovot, (c) Localização Centro comunitário Rehovot.

3.2 CENTRO COMUNITÁRIO REHOVOT

Rehovot é uma cidade no Distrito Central de Israel (Figura 12) fundada em março de 1890 por um grupo de judeus de Varsóvia, hoje possui em média uma população de 135.726, a mesma é considerada uma cidade de recém chegados de acordo

Fonte: Google Maps adaptado pela autora

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REFERENCIAL PROJETUAL 3.2.2 Acessos

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Figura 13: Vista aérea Centro comunitário Rehovot.

Os acessos às edificações (Figura 13) se dão pela rua Yousef Kronenberg (seta verde no mapa), sendo essa a sua entrada principal da qual é feita através de um passeio público marcado por sua grande área destinada aos pedestres da região. E o acesso secundário é feito pela rua Moshe Sneh, (seta azul no mapa). O acesso para estacionamento de veículos também é feito pela rua Yousef Kronenberg além do pátio central que pode ser acessado de ambos os lados. Fonte: www.archdaily.com.br, adaptado pela autora .

3.2.3 Circulação

Figura 14: Plantas baixas indicando circulações.

A circulação interna e externa do local é predominantemente horizontal, sendo no bloco do centro comunitário, horizontal linear em todos os pavimentos e, horizontal difusa no bloco onde encontra-se a biblioteca (Figura 14). Para a conexão dos mesmos, o projeto dispõe de uma passarela. Já a circulação vertical é feita por escadas e elevadores em ambas as edificações. O espaço destinado à circulação tem grande relevância em relação a todo o projeto, pois essa grande quantidade de área atribuída foi um dos pontos chaves para que houvesse ligação direta entre as edificações propostas. LEGENDA: Acesso principal Acesso secundário Circ. vertical externo Circ. horizontal difuso externo

Circ. vertical interno Circ. horizontal linear interno Circ. horizontal difuso interno

Fonte: www.archdaily.com.br, adaptado pela autora .

3.2.4 Volume | massa O projeto conta com um volume horizontal e diferentes formas prismáticas. Na edificação do centro cultural (Figura 15), o primeiro pavimento se sobressai em relação ao térreo com o intuito de proporcionar sombras no verão, além de deixar evidentes as salas dos pavimentos superiores a fim de chamar a atenção das

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REFERENCIAL PROJETUAL pessoas e atraí-las para que participem das atividades ofertadas no local. Já o prédio da biblioteca possui aspecto sóbrio em relação ao centro comunitário sendo seu telhado seu ponto principal do qual serve como um terraço com acesso independente além de possuir conexão com o outro bloco através de uma passarela.

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Figura 16: Plantas baixas indicando definição dos espaços

Figuras 15: Centro comunitário Rehovot

LEGENDA: Salas de música/dança/esportes Terraço Sala de artesanato Biblioteca multimidia Auditório multifuncional Fonte: www.archdaily.com.br, adaptado pela autora .

3.2.6 Estrutura e técnicas construtivas

Fonte: www.archdaily.com.br

3.2.5 Definição dos espaços O centro comunitário possui, como ponto de partida principal, estúdios de música, dança e esportes além de uma oficina de artesanato e um auditório multifuncional. O bloco da biblioteca age como um centro multimídia, trazendo diversas atividades para o local e seu principal espaço é o terraço que surge como um espaço para jovens. Os edifícios podem atuar em tanto conjunto quanto separadamente (figura 16).

O sistema construtivo do projeto é em concreto (Figura 17: a) resolvido com pilares e colunas deixando grandes vãos na maior parte das áreas de convivência, suas paredes são independentes em blocos de concreto. Além de possuir, no centro comunitário, um fechamento com brise soleil (Figura 17: b) na maior fachada, se tornando um elemento marcante para a construção. (b) Figura 17: (a) Corte esquemático, (b) Brise soleil (a)

Fonte: www.archdaily.com.br

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REFERENCIAL PROJETUAL

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3.2.7 Zoneamento Funcional

3.2.9 Relação do edifício com o entorno

Umas das diretrizes para o desenvolvimento do projeto era ter variedade nos espaços voltados para as práticas sociais da região (Figura 18), podendo ser configuradas de modo que fiquem separadas por alas onde ocorram atividades esportivas, artesanais, leitura e convívio social. Além de possuir uma praça com escala vantajosa, podendo ser utilizada não só por quem está no local mas também por pedestres como atalho para outros locais do bairro.

O projeto está inserido no miolo de um bairro que está em desenvolvimento chamado de New Rehovot (Figura 19), o mesmo tem como finalidade abrigar principalmente edifícios de uso público. No seu entorno imediato possui uma escola primária, centro esportivo e parque para animais; construções residenciais ainda não foram propostas para esta área. Figura 19: Vista aérea entorno do Centro comunitário Rehovot

Figura 18: Plantas baixas indicando zoneamento funcional LEGENDA:

LEGENDA: Social Serviço Funcional Fonte: www.archdaily.com.br, adaptado pela autora .

3.2.8 Conforto ambiental O conforto e sustentabilidade tem grande relevância no projeto já que maior parte de suas fachadas são compostas pelo brises compostos por polímeros de bambu ideais para área externa, atuando contra a insolação, além de criar também um efeito de luz e sombra no interior do edifício. Por conta de sua volumetria o pátio fica sombreado na maior parte do ano. As vegetações propostas no pátio também têm a função de proteger contra o ruído das ruas.

Centro comunitário Rehovot Parque para animais Escola primária Centro esportivo Fonte: www.archdaily.com.br adaptado pela autora

3.2.10 Relação do interior com o exterior O interior do centro cultural possui tons sóbrios que fazem contraste com a movimentação de luz e sombra criada pelos brises fixados no exterior do edifício (Figura 20: a). Já no bloco da biblioteca as paredes internas brancas contrastam com mobiliário e janelas de tons vibrantes das quais possibilitam a continuidade com o exterior através da iluminação transpassada por elas (Figura 20: b).

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REFERENCIAL PROJETUAL Figura 20: (a) Interior centro comunitário, (b) interior biblioteca

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3.2.12 Simetria | assimetria A assimetria é notável em ambos os blocos tanto externamente quanto no seu interior pois seus extremos possuem larguras e formas diferentes e seus layouts também possuem formatos irregulares. Mesmo com tamanha irregularidade o projeto apresenta uma harmonia por dispor de uma continuidade em sua materialidade (Figura 22). Figura 22: Implantação do Centro comunitário Rehovot

Fonte: www.archdaily.com.br

3.2.11 Hierarquias espaciais Como trata-se de um centro comunitário é evidente que a maior parte do seu uso seja destinado ao uso público, porém com algumas restrições devido ao horário de funcionamento. Os espaços semiprivados são destinados ao trabalho interno do centro e da biblioteca (Figura 21). Figura: Plantas baixas indicando hierarquias espaciais

Fonte: www.archdaily.com.br, adaptado pela autora .

LEGENDA: Público Semi-público Semi-privado

Fonte: www.archdaily.com.br, adaptado pela autora .

3.2.13 Traçados reguladores O projeto teve sua planta irregular, assim não preservou uma simetria a ser seguida em ambas as edificações, apesar de ter um gabarito baixo o mesmo se destaca por suas materialidades e volumetrias trazendo um ritmo e movimento para a região. O pátio amplo preservando espaços de convivência não só para seus usuários mas sim para toda a comunidade foi uma das diretrizes a serem seguidas, tornando esse um diferencial do projeto.

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REFERENCIAL PROJETUAL

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3.2.14 Partido

3.3 SESC OSASCO

O projeto foi pensado para ter uma escala urbana considerável em relação ao bairro que está em desenvolvimento do qual deverá abrigar em sua maioria edifícios públicos de grande escala, assim não só para que os usuários desfrutassem de seu pátio mas que também os pedestres utilizassem o mesmo como atalho. Os traçados marcantes de sua arquitetura contemporânea e sua linha horizontal reta, foram o ponto de partida para a sua divisão interna (Figura 23).

O projeto venceu o concurso do Serviço Social do Comércio (Sesc) para a sua nova unidade localizada em Osasco (SP) que tinha como intuito trazer a convivência social como foco principal através de atividades desenvolvidas em torno de uma praça. Os arquitetos trazem a acessibilidade e mobilidade em todos os locais, enfatizando a importância do pedestre e ciclista em relação ao desenho que está em paralelo com a avenida principal, formado por cinco blocos e sua distribuição pensada de forma propícia para cada finalidade (figura 24).

Figura 23: Centro comunitário Rehovot

Figura 24: (a) Mapa do Brasil, (b) Mapa de Osasco, (c) Sesc Osasco.

Fonte: www.archdaily.com.br

3.2.15 Considerações para esse trabalho A escolha desse referencial foi feita devido a seu gabarito baixo e sua disposição em relação aos usuários internos e externos, também pelas diversas funções e atividades sociais desenvolvidas no local, assim como base serão utilizadas volumetrias horizontalizada no desenvolvimento desse trabalho.

Fonte: (a) seeklogo.com, (b) www.osascoagora.com.br, (c) www.archdaily.com.br, adaptado pela autora

3.3.1 Ficha técnica 1º Lugar no concurso de anteprojetos de arquitetura Arquitetos: Grifo Arquitetura Localização: Osasco, São Paulo – BR Área: 29.996,12 m² Data do início do projeto: Junho de 2016. Data do término do projeto: Novembro de 2019. Fonte: www.arcoweb.com.br

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REFERENCIAL PROJETUAL 3.3.2 Acessos O acesso ao Sesc é feito pela Avenida Sport Club Corinthians Paulista (Figura 25) localizada no bairro Jardim das Flores, Osasco, SP (seta verde no mapa). Seu portão de entrada émarcado por um recuo na via para embarque e desembarque de veículos, destacando-se das demais edificações do seu entorno. A mobilidade é enfatizada neste projeto, já que o desenho dos acessos procura privilegiar os pedestres, seguido dos ciclistas e por último os veículos.

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importância já que é destinada uma vasta área para a mesma (Figura 26). Figura 26: Planta baixa térreo indicando circulações

Figura 25: Planta baixa térreo

Fonte: www.archdaily.com.br adaptado pela autora

3.3.4 Volume | massa LEGENDA: Aces. pedestres e ciclistas Aces. estacionamento Aces. carga e descarga Fonte: www.archdaily.com.br adaptado pela autora

3.3.3 Circulação A circulação predominante é a horizontal, as verticais são compostas por elevadores, escadas e rampas, localizadas na parte externa para que haja acessibilidade em qualquer ponto que se queira acessar, isso foi uma das diretrizes principais diretrizes que deram início ao projeto . A área de convívio localizada no pátio central das edificações torna os espaços destinados às circulações de grande

LEGENDA: Circ. vertical externo Circ. hor. difuso ext. Circ. vertical interno Circ. hor. linear interno Circ. hor. difuso interno

O projeto é composto por cinco blocos que formam dois volumes (figura 27), o bloco ao leste (início do terreno) possui características verticais por dispor da maior demanda de atividades de toda a unidade, assim é considerado o pórtico de entrada do Sesc. Segundo a comissão julgadora do concurso: Uma solução inovadora, que captou a simplicidade do programa em um desenho delicado e interessante, conseguindo se desvencilhar da arquitetura excessivamente formal e empresarial, apresentando uma boa relação com o entorno.

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REFERENCIAL PROJETUAL As fachadas possuem ritmo seguido de movimento através de seus fechamentos em vidro e madeira, possibilitando uma paisagem harmônica com o seu entorno imediato (figura 28). Figura 28: Volumetria e fachada Sesc Osasco

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atividades odontológicas junto com espaço de turismo além do setor administrativo do Sesc, na cobertura deste bloco é possível acessar e ter circulação entre o bloco esportivo e o sociocultural, promovendo integração entre os dois e; ao sul e à oeste estão localizadas as atividades esportivas (ginásio e piscinas) e ainda possui um espaço destinado a veículos e bicicletas próximo do pátio central. Figura 29: Volumetria Sesc Osasco com definição dos espaços

Fonte: www.archdaily.com.br

3.3.5 Definição dos espaços O complexo possui cinco blocos distintos, sendo que a edificação localizada no início do terreno possui maior relevância entre os demais devido ao fato de estarem situados no local os serviços internos do Sesc e por alojar maior parte das atividades do programa. O pátio central se faz de grande importância em relação ao desenho, já que o mesmo foi um dos pontos de partida para o projeto tendo como referência o encontro, assim tem como intuito promover um local de convivência e diversidade e ao seu entorno as atividades servidas pelos Sesc. A definição dos espaços foi feita de forma que simplificasse os usos tendo uma segmentação através de atividades similares (Figura 29). Assim, no bloco ao leste, ficaram destinado as atividades socioculturais junto com as áreas de convivência (biblioteca e restaurante); ao norte ficaram as

LEGENDA: Fonte: www.archdaily.com.br adaptado pela autora

Espaços socioculturais e restaurante Espaços administrativos e principais serviços prestados aos associados Espaço esportivos Áreas de convivência

3.3.6 Estruturas e técnicas construtivas Os arquitetos responsáveis usaram a topografia do terreno a favor (Figura 30), assim se apropriaram de materiais de fácil acesso para a construção. As estruturas escolhidas para os blocos foram o concreto e o aço, os fechamentos são feitos por alvenaria e a maior parte em vidro, para as coberturas foram escolhidas as estruturas metálicas com proteção termo acústica. Os vãos estão de acordo com as atividades que serão

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REFERENCIAL PROJETUAL desenvolvidas no local.

Figura 31: Implantação Sesc Osasco

Os revestimentos foram escolhidos com o propósito de serem encontrados com maior facilidade no mercado, assim optaram por revestimentos cerâmicos, painéis de madeiras certificados e pintura. Já sua pavimentação em grande parte é composta por concreto nas áreas de maior tráfego e na parte interna foram utilizados pisos cerâmicos e porcelanatos. Figura 30: Cortes do edifício Sesc Osasco

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LEGENDA: Social Serviço Funcional Fonte: www.archdaily.com.br adaptado pela autora

3.3.8 Conforto ambiental

Fonte: www.archdaily.com.br

3.3.7 Zoneamento funcional O projeto foi distribuído de forma condizente às suas atividades, possibilitando melhor organização em seus fluxos . Os blocos no início do terreno ficaram destinados para os serviços socioculturais e administrativos, ao fundo foram propostos espaços destinados às práticas esportivas, a centralidade do terreno ficou atribuída para o espaço de convivência, assim, a partir dele é possível acessar todos os ambientes (Figura 31).

A ventilação natural e insolação fizeram parte das diretrizes para o desenho da implantação referente às áreas externas, onde foi dada preferência para as piscinas descobertas que no verão recebem insolação o dia todo, possibilitando a sua utilização, além da preservação da faixa não edificável do terreno (Figura 32: a). O espaço destinada às práticas esportivas na área externa aos fundos teve como objetivo o melhor aproveitamento do terreno e as edificações servem como barreira físicas excluindo a necessidade de utilização de proteções como gradis e telas. Sua cobertura metálica possui proteção termo acústica com acabamentos na cor branca para minimizar o aquecimento ocasionado pela incidência de raios solares. O fechamento dos blocos em grande parte é feito por vidros para que haja o maior índice de iluminação natural, possuindo também fechamentos de madeira que servem como brise na fachada leste.

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REFERENCIAL PROJETUAL Por fim, o projeto conta com uma taxa de apenas 35% de edificação no terreno possibilitando assim permeabilidade entre os blocos seguindo com partido adotado onde os espaços abertos de convivência possuem privilégios entre os demais (Figura 32: b). Figura 32: (a) Área piscinas, (b) (a)

(b)

Fonte: www.archdaily.com.br

3.3.9 Relação do edifício com o entorno O projeto teve como base a utilização dos níveis do terreno, assim seu volume horizontalizado ficou proporcional, não causando poluição visual no seu entorno que já está bem consolidado (Figuras 33). Sua fachada possui um ritmo que condiz com o local inserido, já que a sua frente, na Av. Visconde de Nova Granada, apresenta edificações com escalas variadas trazendo um movimento harmonioso com o desenho do Sesc. Figura 33: Entorno do Sesc Osasco

Fonte: Google Maps

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3.3.10 Relação do interior com o exterior A relação do interior com o exterior é feita de forma sutil pois o contato visual se dá através das grandes aberturas envidraçadas na fachada leste (Figura 34: a). No interior das edificações, a presença de paredes são constantes nas áreas de serviço, já nos locais de convívio, tanto interno quanto externo, são concedidas grandes áreas que propiciam a integração direta com os blocos tendo sempre como foco o pátio central que faz essa ligação com o todo (Figura 34: b). Figura 34: (a) Fachada leste Sesc Osasco, (b) Pátio interno Sesc

Fonte: www.archdaily.com.br

3.3.11 Hierarquias espaciais O Sesc Osasco funciona da mesma forma que as demais unidades ofertadas pelo Serviço Social do Comércio, através de agendamentos para utilização dos espaços e realização de determinadas atividades. Assim é possível distinguir que o espaço totalmente público é somente o pátio central e estacionamento, as áreas esportivas e socioculturais são consideradas como semi-públicas

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REFERENCIAL PROJETUAL pois é necessário que seja feito agendamento para serem utilizadas e a área de restaurante também é considerada como semi-pública pois apresenta horário de funcionamento que não se aplica a 24 horas e, por último, a área administrativa da unidade é classificada como semi-privada por se tratar de um espaço destinado aos serviços internos da unidade (Figura 35). Figura 35: Plantas baixas Sesc Osasco

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3.3.13 Traçados reguladores O pátio central do projeto foi tido como base para que todos os blocos ficassem integrados de forma que gerasse um fluxo no local (Figura 36), além de possibilitar a integração e diversidade com espaço de descanso e lazer a céu aberto. A partir do miolo da praça foram implantadas as demais edificações. A topografia do terreno foi também um aspecto seguido, fazendo com que o projeto tomasse forma horizontal com características retilíneas, tornando o projeto integrado com o seu entorno. Figura 36: Planta baixa Sesc Osasco

LEGENDA:

Fonte: www.archdaily.com.br adaptado pela autora

Público Semi-público Semi-privado

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3.3.12 Simetria | assimetria 05

O desenho do projeto tem aspectos assimétricos, pois trabalha com formas quadradas e retangulares com disposições retas e inclinadas em relação ao terreno. No interior dos blocos é possível notar que há equilíbrio em relação à disposição dos ambientes pois conta com a presença de paredes repetitivamente, porém é considerado assimétrico em sua maior parte já que o layout não segue um determinado ritmo. Apenas as quadras esportivas e estacionamento podem ser vistas como formas simétricas.

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Fonte: www.archdaily.com.br adaptado pela autora

3.3.14 Partido Os arquitetos desenvolveram o projeto com base na atual da situação que compõem as cidades brasileiras, dispostas da falta ou má conservação de espaços públicos, gerando monotonia e espaços segregados. Com isto tiveram como partido o convívio social, onde fosse possível obter um local de encontro e diversidade.

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REFERENCIAL PROJETUAL

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A partir disto seguiram com diretrizes para a elaboração desse grande projeto que foi vencedor do concurso, sendo elas: aproveitamento dos níveis do terreno; a integração dos setores tendo como ponto de convergência o pátio central; acessibilidade e mobilidade sendo o pedestre o maior destaque e, por último, insolação e iluminação natural. Contudo seguindo com este programa o projeto obteve sucesso por alcançar uma arquitetura contemporânea com elementos simples para a sua construção. 3.3.15 Considerações para esse trabalho A escolha desse referencial foi feita devido a sua base projetual ser a integração e conexão entre as pessoas, desenvolvendo assim todos os blocos a partir de um praça central (Figura 37), levando em consideração também a promoção das atividades esportivas e socioculturais do local. Figura 37: Esquema integração e conexão

INTEGRAÇÃO

Fonte: Elaboração da autora

CONEXÃO

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Fig. 37: Centro Social urbano A dolfo Lineburguer

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E S T U D O D E C A S O

Este capítulo tem o propósito de estabelecer embasamento para esse trabalho através da análise desenvolvida no Centro Social Urbano Adolfo Lineburguer, Criciúma - SC, juntamente com a abordagem do método de pesquisa walkthroug. Fonte: Acervo da autora


ESTUDO DE CASO 4.1 CENTRO SOCIAL URBANO (C.S.U.) ADOLFO LINEBURGUER O C.S.U Adolfo Lineburguer está localizado no bairro Próspera, Criciúma-SC, criado em 1979 e tem como objetivo atender a população do bairro através dos serviços públicos prestados (Figura 39). A estrutura conta com atividades como ballet, clube de mães, idosos, cursos profissionalizantes, reuniões de alcoólatras anônimos e baile para a terceira idade. Essas atividades são mantidas com recursos provenientes da comunidade e o local possui anexos como posto policial, creche e posto de saúde, dos quais são mantidos com verba do governo. O exterior do C.S.U. dispõe de duas quadras poliesportivas, parque infantil destinado à creche, academia ao ar livre e um campo de futebol, além de um amplo espaço arborizado podendo ser utilizado para descanso e piquenique.O terreno possui mais duas estruturas (quiosque e vestiários), que anteriormente fizeram parte do C.S.U., hoje a prefeitura arrendou para particulares que também ficam responsáveis pelo campo de futebol existente no local, tornando o mesmo de uso particular. Em suma, o C.S.U. atende a demanda e apresenta aspectos positivos em relação a toda a comunidade. O mesmo possui a proximidade das pessoas, a flexibilidade dos espaços e a participação da comunidade, sendo esse o principal motivo para a escolha do local como estudo de caso.

4

4.1.1 Ficha técnica Localização: Criciúma, SC Área do terreno: 20.240,00 m² (aproximadamente) Área construída: 415,00 m² (aproximadamente) Ano do projeto: 1979 Fonte: comunidade local C.S.U

Figura 39: (a) Mapa do Brasil, (b) Mapa de Criciúma, (c) Área de intervenção. (a)

(b)

(c)

Fonte: (a) www.seeklogo.com, (b) wiki.openstreetmap.org, (c) Google maps, adaptado pela autora

4.1.2 Acessos O local possui dois acessos, dos quais não possuem fluxo intenso. O acesso principal localiza-se ao norte, através da Rua Acre (Figura 40: a), onde a mesma dá acesso ao C.S.U., creche e posto de saúde. O portões norte ficam abertos até que a última atividade seja finalizada no local, por volta das 21:30 h. Ao sul, na Rua Bocaiúva (Figura 40: b), encontra-se a entrada secundária que primeiramente dá acesso ao bosque e à edificação arrendada. O acesso para veículos também é feito por esse local quando há necessidade para grandes eventos, a mesma

36


ESTUDO DE CASO

4

serve também como atalho para quem quiser cortar o caminho da quadra. O portão sul é coordenado pelo usuário do quiosque, fechando assim às 21:00h.

lineares extensas e amplas em grande parte do projeto, o que acaba tornando difícil a utilização dos ambientes como, cozinha e banheiro, principalmente para quem é funcionário.

Figura 40: (a) Acesso Rua Acre, (b) Acesso Rua Bocaíuva, (c) Área de intervenção.

Figura 41:Topografia do terreno.

(a)

(b)

A

B Fonte: Elaboração da autora C Av.

(c)

4.1.4 Volume | massa o

ári

ten

en

Fonte: (a) (b) Acervo da autora, (c) Google maps, adaptado pela autora

4.1.3 Circulação A circulação predominante é a horizontal pelo fato de que as edificações são todas de um pavimento. Sua entrada principal é constituída por escada e uma rampa que está fora das normas de acessibilidade, além de que na parte exterior da edificação, são dispostas apenas escadarias que dão acesso às quadras e à academia ao ar livre, devido à topografia do terreno ser irregular. Assim nota-se a falta de acessibilidade no local (Figura 41). No interior do edifício suas circulações são horizontais

O projeto no geral dispõe de um volume horizontalizado, porém por possuir um terreno acidentado, isso traz sutilmente aspectos verticalizados para o projeto. Sua fachada ao norte (Figura 42) possui um mesmo ritmo, com traços retilíneos e sem muitas características que o diferencie da vizinhança, apenas sua extensão horizontal faz essa diferenciação podendo assim ser considerada homogênea em relação ao seu entorno. Figura 42:Fachada norte.

Fonte: Acervo da autora

37


ESTUDO DE CASO

4

4.1.6 Estrutura e técnicas construtivas

O projeto possui quatro blocos distintos, sendo que o bloco principal está localizado ao norte, onde fica o C.S.U. do qual possui um grande salão onde são realizados eventos, ballet e baile de terceira idade, diversas salas distribuídas entre áreas administrativas e atividades para a comunidade, tais como clube de mães, idosos, alcoólicos anônimos e curso profissionalizantes (Figura 43). No segundo bloco, também localizado ao norte, encontram-se o posto de saúde e a creche, ambos possuem espaços apertados para a realização de suas tarefas, além de que o principal empecilho é a falta de sanitário no bloco, e um acesso diferenciado para a creche, pois a mesma pode ser acessada por quem utiliza o posto ou o C.S.U. Por fim, os dois últimos blocos localizados ao sul encontram-se arrendados por terceiros, sendo eles um vestiário e um quiosque, que servem para suprir a necessidade de quem aluga o campo de futebol.

Apesar de o terreno ter a topografia acidentada, isso não afeta na construção das edificações, os blocos apresentam formas retilíneas horizontalizadas assentadas apenas na parte plana do terreno. Suas paredes exercem apenas a função de vedação, tendo como estrutura pilares e laje de concreto. A fachada principal é constituída por azulejos nas cores azul e laranja juntamente com fechamentos em vidro e madeira, sendo estes encontrados na maior parte do projeto, porém em alguns ambientes nota-se a presença do alumínio (Figura 44: a, b). A pavimentação do local é composta na área externa por revestimento cerâmico, grama e concreto do qual não possui impermeabilização adequada para exposição de intempéries. Já em sua área interna a pavimentação é feita por revestimento cerâmico e tacos de madeira que em grande maioria estão em bom estado (Figura 44: c).

Figura 43: Croqui implantação.

Figura 44: (a) e (b) Exterrior C.S.U., (c) Interior C.S.U.

A

4.1.5 Definição dos espaços

(a)

(b)

(c)

LEGENDA: B

C.S.U., posto de saúde e creche Esporte Lazer

Fonte: Acervo da autora

A

B

Fonte: Elaboração da autora

38


ESTUDO DE CASO 4.1.7 Zoneamento funcional O projeto possui blocos que setorizam todo o terreno, sendo eles, C.S.U., posto de saúde e creche, onde prestam serviços socioculturais e administrativos para a comunidade. No espaço ao ar livre ficam as áreas destinadas às práticas esportivas e, por último, no ponto mais alto do terreno fica localizada a área de lazer e convivência (Figura 45). Figura 45: Croqui implantação.

LEGENDA: Social Serviço Funcional

4

Ao sul está localizado o bosque e o quiosque, ambos não possuem grande fluxo de pessoas, assim não são necessárias técnicas para conforto térmico do local. 4.1.9 Relação do edifício com o entorno A boa distribuição das construções no terreno acidentado deixa seu volume harmonioso em relação a sua vizinhança, já que o mesmo possui traçados retilíneos horizontalizados, assim não descaracteriza-se em relação ao seu entorno (Figura 46: a). E, sua tipologia possui características similares às edificações de uso misto com gabaritos baixos localizados no seu entorno (Figura 46: b). Figura 46: (a) Fachada, (b) Entorno. (a)

(b)

Fonte: Elaboração da autora

4.1.8 Conforto ambiental Em relação ao terreno, ao leste estão localizados os blocos do C.S.U., posto de saúde e creche que são os que possuem maior permanência de pessoas, e apresentam melhores condições de conforto térmico. Suas aberturas são em grande parte em vidro o que facilita o acesso de iluminação e ventilação natural. O terreno possui grandes massas arbóreas, o que facilita a utilização das áreas esportivas que ficam localizadas a oeste diminuindo a exposição excessiva ao sol.

Fonte: (a) Acervo da autora, (b) Gloogle Maps

4.1.10 Relação do interior com o exterior A relação do interior com o exterior é feita através da fachada norte, onde possui fechamentos em vidro que proporcionam o contato visual com o exterior.

39


ESTUDO DE CASO As áreas ao ar livre destinadas ao lazer e ao esporte trazem harmonia com o entorno, já que pode ser feita a visualização tanto do exterior quanto do interior. 4.1.11 Hierarquias espaciais O local é destinado às atividades públicas, assim pode ser considerado quase todo como semi público (Figura 47). No C.S.U., posto de saúde e creche são necessárias as realizações de matrículas para participar das atividades, tendo horário de funcionamento de segunda a sexta das 07:30 às 21:00, assim é considerado como semi público. A parte administrativa do local é considerada como semi privada, já que tem horário para atendimento externo. O quiosque localizado ao sul não faz parte do C.S.U. sendo este arrendado pela prefeitura para terceiros juntamente com o campo de futebol, assim ambos são considerados como privado. Figura 47: Croqui implantação.

LEGENDA: Semi-público Privado

Fonte: Elaboração da autora

4

4.1.12 Técnica de pesquisa Walkthroug A a n á l i s e Wa l k t h r o u g h t e m c o m o o b j e t i v o a compreensão dos aspectos positivos e negativos do local. O método consiste em uma visita de um ou mais avaliadores, em todos os ambientes do local em estudo, realizando anotações durante o percurso em relação ao estado que o mesmo se encontra, registros fotográficos, entrevista com os funcionários e usuários, além de um checklist com as características gerais do edifício através do olhar técnico do avaliador. Desta forma, é possível identificar questões pertinentes em relação aos ambientes e consequentemente nas atividades desenvolvidas no local.(CASTRO; LACERDA; PENNA, 2004; RHEINGANTZ, 2007a; SANOFF, 1993). 4.1.13 Entrevistas De acordo com entrevistas realizadas com funcionários e usuários do local, obteve-se informações sobre o funcionamento do C.S.U. Para os funcionários entrevistados, o maior problema hoje do C.S.U. é a falta de recurso para manter o local, já o que há de melhor no C.S.U. é seu entorno tranquilo juntamente com a participação da comunidade. Algumas pessoas citaram a possibilidade de modificação do espaço físico, tornando adequado para grande permanência, e todas os entrevistados responderam que estão satisfeitos e seguros no seu local de trabalho.

40


4

ESTUDO DE CASO

Abaixo os resultados dos entrevistados que no geral os aspectos foram considerados bons (Gráficos 1, 2 e 3).

Avaliação funcionarios C.S.U. Adolfo Lineburguer

Muito bom

Bom

Regular

Ruim

Poluição sonora interior

Poluição sonora exterior

Espaços de recreação

Áreas verdes

Iluminação artificial

Iluminação natural

Flexibilidade dos espaços

Temperatura no verão

Temperatura no inverno

0

Manutenção do edifício

1

Circulação interna

2

Circulação externa

3

Aparência externa

4

Acessibilidade

5

Adequação dos ambientes

6

Dimensionamento dos ambientes

7

Segurança do entorno

b) Qual a sensação o C.S.U. passa a você? Todos os entrevistados responderam que sentem uma boa sensação, além de sentirem segurança por estarem no local. Além disso foram realizadas perguntas diretas em relação ao C.S.U. Adolfo Lineburguer, tendo como resposta: muito bom, bom, regular, ruim e muito ruim.

Gráfico 2: Avaliação com os funcionários do C.S.U.

Facilidade de acesso

Para os usuários entrevistados foram feitas as seguintes perguntas: a) O que atrai você ao C.S.U.? A resposta foi dividida parcialmente entre, atividades do C.S.U., creche e posto.

Muito ruim

Fonte: Elaboração da autora

Gráfico 3: Avaliação com os funcionário em ambientes de grande permanência do C.S.U.

Gráfico 1: Avaliação com os usuários do C.S.U.

Av. func. em ambientes de grande permanência C.S.U. Adolfo Lineburguer

Avaliação usuários C.S.U. Adolfo Lineburguer

7

7

6

Muito bom Bom

Fonte: Elaboração da autora

Regular Ruim

Priv. na realização das ativ.

Erg. do mobiliário

Ilum. artificial

Ilum. natural

0

Poluição son. interior

1

Poluição son. exterior

2

Qualidade do ar

Poluição sonora interior

Poluição sonora exterior

Espaços de recreação

Áreas verdes

Iluminação natural

Iluminação artificial

Muito ruim

3

Temp. inverno

Ruim

4

Temp. verão

Regular

Flexibilidade dos espaços

Temperatura no verão

Temperatura no inverno

Bom

5

Dimensionamento

Muito bom

Manutenção do edifício

Circulação interna

Circulação externa

0

Aparência externa

1

Acessibilidade

2

Segurança do entorno

3

Facilidade de acesso

4

Adequação dos ambientes

5

Dimensionamento dos ambientes

6

Muito ruim

Fonte: Elaboração da autora

41


ESTUDO DE CASO Quadro 1: Walkthrough 02

01

Acesso posto de saúde

01 Recepção: recebe bastante iluminação natural, possui textura e cor diferenciada em uma das paredes, o revestimento do

12

13

16

03 05

04

01

02

15 Sala do diretor¹: ambiente claro mas não possui conforto térmico e acústico.

14

16 Salão 1: ambiente grande e sem iluminação e ventilação natural, é flexível para realização de diversas atividades.

06 12 13

16

08

23 22 18

12

19

19

21

17

20

18

20 21 22

¹Locais analisados sem registros fotográficos devido a privacidade exigida.

11

17

17

18

09

10

14 Arquivos¹: pouca iluminação e não possui ventilação natural.

15

24

07

ventilador de parede, não possui odor no local. 13 Depósito: local escuro com pouca iluminação e não possui ventilação. Grande acúmulo de materiais.

19

23 24

20

Climatização feita através de ventiladores de parede. Teto e paredes com tons claros e piso em taco que está em bom estado de conservação. Salão 2: local com boa iluminação artificial, não possui ventilação natural e isolamento acústico, possui palco para eventos. Creche Corredor: pouca iluminação, sem ventilação natural, falta de segurança para as crianças, pois é só um gradil que separa da saída. Salas de aula¹: boa iluminação artificial, os pisos são em taco, não possuem conforto térmico e acústico. BWC infantil: azulejos velhos, sanitários desgastados e possui iluminação e ventilação insuficiente. Refeitório: ambiente sem iluminação e ventilação natural o que dificulta a saída do cheiro de comida. Direção¹: não possui iluminação e ventilação natural, ambiente pequeno e sem conforto acústico. Cozinha¹: iluminação ruim, ventilação regular, parede, teto e piso com tons claros. O ambiente compromete a qualidade do ar do corredor e de alguns ambientes da creche por conta do cheiro da comida. Posto de saúde¹: salas de atendimento não possuem flexibilidade, ambientes climatizados com ar condicionado. Boa iluminação, divisórias em PVC e piso com revestimento cerâmico. 24

Área de lazer

Fonte: elaboração da autora

10

09

12 BWC feminino / masculino¹: ambiente com infiltração nas paredes, pouca iluminação e ventilação natural com ajuda de

4.1.14 Análise Walkthroug

piso é cerâmico e possui rampa de acessibilidade, porém fora da NBR 9050. Sua ventilação está adequada. 02 Secretaria: layout destinado a uma pessoa, possui janela de vidro, fazendo com que tenha uma boa ventilação e iluminação natural, o local não possui acústica adequada. Suas paredes, teto e piso possuem tonalidades claras, ajudando na distribuição da iluminação artificial. A sala é a única que possui ar condicionado. 03 Guarita: ambiente pequeno, possui aberturas adequadas para que haja ventilação e iluminação natural, boa relação entre parede x piso x teto. O tamanho da TV é desproporcional para a dimensão do ambiente. 04 Informática: sala pequena para o que era ofertado, ambiente claro porém sem circulação de ar e iluminação natural (sala não está em uso). Climatização feita apenas por um ventilador. 05 Policia militar (PM): pouca iluminação artificial e natural, layout inadequado (adaptação de mobiliário para o trabalho dos PM), paredes e teto com tom bege o que dificulta a reflexão da luz e conforto térmico inadequado, instalação elétrica aparente e pouca privacidade no local. 06 Reunião: ambiente com boa iluminação e ventilação, com tons claros e instalações elétricas aparentes e climatização feita por ventilador de parede. 07 BWC funcionários: ambiente com funcionalidade ruim já que é utilizado por homens e mulheres, azulejos antigos (alguns quebrados), boa iluminação artificial, sem odor e possui ventilação natural. 08 Almoxarifado: Sem iluminação natural, paredes escuras e sujas de cola, pois anteriormente era sala de som. Piso com diferentes revestimentos. 09 Cozinha: boa iluminação e ventilação natural, ambiente claro e arejado, mobiliário antigo e instalação elétrica aparente. 10 Bar: pouca iluminação, ventilação através de exaustores, paredes e piso com revestimento cerâmico de cor clara. 11 Sala de curso: boa iluminação artificial, possui aberturas consideráveis para que haja boa ventilação, ambiente claro com layout adaptado para os cursos que forem ofertados e não possui conforto térmico e acústico. 11

08

Acesso C.S.U. e creche

Croqui implantação

Acesso principal (norte)

07

06

05

04

03

4

Área de quadras

Acesso secundário (sul)

42


ESTUDO DE CASO

4

4.1.15 Considerações para esse trabalho O C.S.U. foi escolhido para a análise do estudo de caso devido a grande participação da comunidade nas atividades desenvolvidas no local. Os serviços oferecidos do posto de saúde e creche são cruciais para a movimentação do local. Vale ressaltar que apenas esses dois serviços são mantidos pela prefeitura, as demais atividades são tratadas pela gestão da comunidade. O projeto foi executado há quase quarenta anos, mas mesmo tendo sido realizadas algumas reformas, é possível notar a escassez de acessibilidades no local. Por fim, com a análise aprofundada dos ambientes através do método Walkthroug e entrevitas realizadas com os usuários, foi possivel diagnosticar os pontos negativos e positivos do local dos quais serão levados em consideração no desenvolvimento desse trabalho.

43


Fig: Antiga ponte bairro Passagem

5

DIAGNÓSTICO D A Á R E A

Este capítulo tem a finalidade de compreender o contexto urbano da área em proposta, através de diferentes análises e levantamentos, com o objetivo de facilitar a compreensão para a elaboração da proposta projetual. Fonte: Arquivo histórico com elaboração gráfica da autora


DIAGNÓSTICO DA ÁREA 5.1 ASPECTOS HISTÓRICOS E DE EVOLUÇÃO URBANA

5

5.1.1 Localização (c)

Neste aspecto serão abordados os dados históricos do bairro e município, concluindo sobre desenvolvimento da área (Figura 49). Figura 49: (a) Mapa do Brasil, (b) Mapa de Tubarão, (c) Mapa do terreno. (a)

(b)

Fonte: (a) www.seeklogo.com, (b) www.tubarao.sc.gov.br, (c) Mapa cadastral, com elaboração gráfica da autora

LEGENDA: Linha férrea Área da proposta Delim. área em análise

5.1.1 Dados gerais do município

5.1.2 Dados históricos do bairro

Tubarão é um município brasileiro localizado no sul do estado de Santa Catarina, seu nome da deve-se ao rio Tubarão, que em tupi-guarani era chamado Tubá-Nharô, pai feroz. Área territorial: 301,755 km² População: 103.674 hab. (IBGE, 2016) Localização: localizado na região sul de Santa Catarina, é sede da Amurel, formada por 17 municípios, a 66km de Criciúma e 133km de Florianópolis. Clima: subtropical, com temperatura média máxima de 23,6°C e média mínima de 15,5°C. Ventos: a predominância dos ventos na região, 37,5 % ocorrência dos ventos Nordeste, 15,6 % ocorrência dos ventos Sul, 13,2 % ocorrência dos ventos Sudoeste

O terreno proposto para esse trabalho está situado no bairro Passagem com acesso pela rua Guilherme Wileman e Av. Visconde de Barbacena. A área da proposta encontra-se em total abandono nos aspectos urbanos. Segundo relatos dos moradores mais antigos, o bairro foi o primeiro a ser atingido pela enchente de 1974, fazendo com que a ponte que dava acesso ao bairro Capivari de Baixo fosse levada pelas águas, após esse período foi construído o conjunto habitacional Vila Presidente Medici (Cohab),dando início ao desenvolvimento da área. O bairro possui como área de valor simbólico a Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus, o Centro Social Urbano e o colégio Martinho Ghizzo. A escolha do local visa amenizar a segregação da área bem como acentuar a integração da comunidade.

Fonte: prefeitura de Tubarão

45


DIAGNÓSTICO DA ÁREA 5.1.3 Linha do tempo - evolução urbana A evolução do município de Tubarão pode ser dividida em quatro períodos, com base no que escreveu Vettoretti (1992), no primeiro período (1774 a 1869) o desenvolvimento territorial do município se deu em 1774, através da abertura do caminho dos tropeiros entre a região de Lages e Laguna. No ano de 1833, Tubarão é denominado como distrito de Poço Grande do Rio Tubarão, dando origem ao primeiro povoado do município que se instalou às margens do Rio Tubarão. O segundo período (1870 a 1938) é caracterizado pela emancipação do município, deixando de ser distrito de Laguna. O terceiro período é marcado pela construção da Estrada de Ferro Dona Tereza Cristina, inauguração do Hospital HNSC, e devido à intensa produção de carvão no Brasil, houve um desenvolvimento na região concluindo assim a construção do trecho entre Tubarão 2º período 3º período 2º período - criação e Criciúma.

1774

1º período - doação das primeiras sesmarias situadas na sede do Município de Tubarão

1870

1880

2º período - início da construção da Estrada de Ferro Dona Tereza Cristina

1906

O terceiro período (1939 a 1988) foi marcado pela conclusão da Rodovia Federal BR-101, tendo um papel importante para o desenvolvimento da cidade através de sua ligação direta com outros estados, impulsionando assim a economia da região pelo transporte rodoviário. Em 1969 foram retirados os trilhos do eixo urbano dando lugar à Av. Marcolino Martins Cabral, tendo novo trajeto a partir da Av. Visconde de Barbacena. Em 1974, ocorreu a devastadora enchente, ocasionando extensos danos em todo o município. Este fato impediu durante alguns anos o desenvolvimento que ocorria na cidade. O marco do quarto período (1989 até hoje) foi a inauguração da Universidade do Sul de Santa Catarina, além da duplicação da BR-101, transformando assim as características socioeconômicas e proporcionando o fortalecimento econômico da região, assim o crescimento urbano e demográfico da região é mantido de forma continua.

inauguração da ponte Nereu Ramos, a primeira da cidade.

inauguração do Hospital Nossa Senhora da Conceição

do município, a freguesia de Tubarão se desmembra do município de Laguna.

1919

2º período construção do trecho Tubarão Criciúma

1939

5

3º período construção da rodovia federal, BR 101 e retirada dos trilhos da área urbana

1951

3º período inauguração do aeroporto.

1969

4º período - criação da Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL.

1974

1989

3º período - grande enchente em Tubarão.

2000

4º período desenvolvimento de grandes polos comerciais.

46


DIAGNÓSTICO DA ÁREA

5

5.2 ASPECTOS FUNCIONAIS Neste aspecto será tratado sobre as características gerais de uso, localização de equipamentos urbanos e culturais, hierarquias viárias, intensidades de fluxos, transporte público e legislação urbana.

Figura 50: Mapa do sistema viário - hierarquia viária

5.2.1 Sistema viário Analisando o sistema viário da área, nota-se a predominância de vias locais, seguido de vias coletoras e arteriais, isso devido ao fato de o bairro ter características residenciais, sendo todas de sentido duplo. De acordo com a análise (Figura 50), as duas vias arteriais (Av. Marcolino Martins Cabral e rua Lauro Muller que após a rotatória passa a ser rua João Adolfo Correa) são de grande importância para a região, pois concentram os comércios e edificações do tipo misto e são as que possuem maior trafego principalmente a avenida que tem seu fluxo constante durante todo o dia, já as coletoras recebem e distribuem o fluxo e as locais concentram as entradas de residências.

Escala gráfica 0

50 100 150 200m

LEGENDA: Via arterial Via coletora Via local

Linha férrea Área da proposta Delimitação da área em análise

Fonte: mapa cadastral com elaboração gráfica da autora

47


DIAGNÓSTICO DA ÁREA 5.2.2 Sistema viário - intensidades Para melhor entendimento das intensidades de fluxo das vias da área analisada, foi observado pela autora em horário de pico (18:30h) durante 20 minutos, uma via arterial, uma coletora e uma local. Assim foi constatado que a Av. Marcolino Martins Cabral recebe o maior fluxo juntamente com a rua Canadá da qual coleta os veículos da via arterial, as vias locais possuem fluxo baixo. Foram observados também os maiores pontos de conflitos entre veículos e pedestres, onde a maior deficiência encontra-se no trecho analisado da Av. Marcolino Martins Cabral onde foi identificado apenas uma faixa de pedestre, seguida pela área de travessia da linha férrea que não possui sinalizações adequadas (Figura 51).

5

Figura 51: Mapa do sistema viário - intensidade dos fluxos

x

x

x x x x x

x

x

Escala gráfica 0 50 100 150 200m

Fonte: mapa cadastral com elaboração gráfica da autora

5.2.3 Mobilidade urbana

LEGENDA:

x

Fluxo alto Fluxo médio Fluxo baixo Conflito veículos x pedestres Linha férrea Área da proposta Delimitação da área em análise

O bairro Passagem conta com duas linhas de ônibus, ambas atendidas pela empresa Transgeraldo. A linha via Andrino (azul no mapa) possui horários a cada 30 minutos de segunda a sábado sendo que aos domingos e feriados atende as duas linhas e tem como ponto final a antiga rodoviária. Já a linha via Fórum apresenta horários a cada uma hora de segunda a sábado, tendo como ponto final a rodoviária nova. A área analisada não possui nenhum tipo de mobilidade para ciclistas, além de que o trecho na avenida destinado a pedestres não possui acessibilidade (Figura 52).

48


DIAGNÓSTICO DA ÁREA Figura 52: Mapa do mobilidade urbana

5

paralelepípedo, lajota e terra batida. As vias de maiores fluxos possuem pavimentação em asfalto porém seus passeios não são padronizados e não possuem acessibilidade, fazendo com que portadores de necessidades especiais tenham que dividir a via com veículos (Figura 53). A rua Guilherme Wileman que faz o acesso principal ao terreno da proposta possui pavimentação asfáltica em bom estado mas os passeios públicos não possuem acessibilidade e muitos espaços estão esburacados e não apresentam largura suficiente. Já a Av. Visconde de Barbacena, que faz o acesso secundário ao terreno, dispõe de pavimentação em asfalto e terra batida e está em mau estado de conservação, apresentando diversos buracos, suas calçadas não são acessíveis e em alguns trechos não contêm o passeio. Fig. 53: (a) Av. Marc. M. Cabral, (b) R. Francisco Luiz Zaneta, (c) R. Luis Delfino, (d) R. Canadá, (e) R. Guilherme Wileman, (f) Av. Visc. de Barbacena. Escala gráfica 0

LEGENDA: Via Andrino Via Fórum Ponto de ônibus

50 100 150 200m

Linha férrea Área da proposta Delimitação da área em análise

(a)

Asfalto - passeio público precário

(b)

(c)

(d)

Lajota - passeio público precário (e)

Asfalto | chão batido passeio público precário (f)

Chão batido - sem passeio público

Asfalto - passeio público precário

Paralelepípedo - passeio público moderado

Fonte: mapa cadastral com elaboração gráfica da autora

5.2.4 Pavimentação e passeio público Na observação das pavimentações das vias foi possível identificar quatro tipos diferentes, sendo eles, asfalto,

Fonte: (a), (b), (c), (d), (e), Acervo da autora, (f) Google Maps.

49


5

DIAGNÓSTICO DA ÁREA 5.2.5 Uso do solo

a implantação de um novo centro social junto com uma requalificação da linha férrea.

Analisando a área é possível notar a predominância de uso residencial, caracterizando-se como unifamiliar (Figura 54). A presença de uso misto, comércio | serviço é concentrada em maior parte nas ruas de maiores fluxos (Av. Marcolino Martins Cabral e Rua Canadá).Os espaços institucionais são divididos em igrejas, católica e evangélicas, creches, escola e um centro social que hoje está inadequado para realização das atividades anteriormente oferecidas, além de que o local não possui espaços propícios para lazer. Os fatores analisados são de grande importância para

5.2.6 Gabaritos O local em análise apresenta a predominância de edificações térreas do tipo cohab, dispondo também de uma média concentração de edificações de até três pavimentos. O bairro ainda está em desenvolvimento em relação a construções com gabaritos maiores, podendo ser modificada sua característica de bairro residencial para misto pelo fato de estar próximo de equipamentos âncoras como Hospital Socimed e Farol Shopping (Figura 55).

Residencial Misto Comércio | Serviço Institucional Linha férrea Área da proposta Delim. área em análise

Escala gráfica

0 50 100150 200m

Fonte: Mapa cadastral com elaboração gráfica da autora

01 pavimento 02 a 03 pavimentos 04 a 05 pavimentos 06 ou mais pavimentos Linha férrea Área da proposta Delim. área em análise

Escala gráfica

0 50 100150 200m

Fonte: Mapa cadastral com elaboração gráfica da autora

Figura 55: Mapa de gabaritos

Figura 54: Mapa de uso do solo

LEGENDA:

50


DIAGNÓSTICO DA ÁREA

5

5.2.7 Legislação

5.3 ASPECTOS AMBIENTAIS E PAISAGÍSTICOS

De acordo com o Plano Diretor do município de Tubarão atualizado em 2017, o terreno da proposta encontra -se na Zr3 (Zona residencial 3) (Figura 56). O bairro é constituído também pela Zc1, Zc2 (Zona comercial 1 e 2) e Zona de interesse social. A análise sobre a legislação do município de Tubarão tem o intuito de tornar adepto o projeto proposto para a área de intervenção (Figura 57). Figura 56: (a) Mapa de zoneamento, (b) (a)

Neste aspecto será tratado sobre as características geográficas, topográficas, ambientais e vegetação existente no terreno e seu entorno.

(b)

LEGENDA: Z. residencial 3 Z. comercial 1B Z. comercial 2

Z. de interesse social Delim. área em análise

Fonte: mapa cadastral com elaboração gráfica da autora

Fazendo a observação do terreno e seu entorno percebe-se que os mesmos possuem topografia plana. Quanto à insolação o terreno conta com arborização no lado oeste o que ajuda no sombreamento. O terreno possui muros em todo o seu perímetro por conter escola e creche junto com o centro social, além de estar situado em uma quadra residencial assim faz-se necessária a existência dos muros. Devido ao fato de estar locada próxima à linha férrea, a área em análise possui uma intensa poluição sonora, chegando a afetar a estrutura das casas ao seu redor por consequência de suas vibrações, ocasionando patologias do tipo rachaduras (Figura 58).

(a)

LEGENDA:

(b) Fonte: leismunicipais.com.br adaptado pela autora

Arborização existente Insolação Ventos predominantes Poluição sonora Linha férrea Área da proposta Delim. área em análise

Fig. 58: Mapa de características bioclimáticas

Figura 57: (a) Quadro de parâmetros urbanísticos, (b) Quadro uso do solo.

Vento sul predominante

Vento nordeste

0

Escala 100

200

Fonte: Mapa cadastral com elab. gráfica da autora

Croqui parâmetros urbanísticos

5.3.1 Características bioclimáticas

51


DIAGNÓSTICO DA ÁREA

5

Neste aspecto será tratado sobre os elementos construtivos, mobiliário urbano e densidade construtiva do terreno e seu entorno. 5.4.1 Equipamentos públicos e mobiliário urbano Para a realização desta análise foram utilizados os raios de abrangência com base na metodologia do livro Configuração Urbana do autor Pedro Paulino Guimarães (2004). Em relação aos equipamentos urbanos é possível notar um contraste entre os dois lados da linha férrea, onde a margem esquerda possui maior distribuição de equipamentos devido ao fato de ser mais adensada no geral, é possível notar a existência de uma grande quantidade de comércios vicinais e igrejas, possui três creches e dois colégios de ensino fundamental e um posto de saúde, além de possuir um hospital dentro do raio de 800 metros, porém em ambos os lados existe a falta de escolas de ensino médio, áreas recreativas e praças. Sobre os mobiliários, nota-se o déficit de bancos e lixeiras em toda a área analisada tendo existência apenas nas proximidades do shopping, nas duas praças dentro do raio e alguns pontos da beira rio (Figura 59). Equipamentos urbanos Escola 2º grau - R1600m LEGENDA: Raio de 1600 metros Raio de 800 metros Raio de 500 metros Linha férrea Área da proposta

Comércio vicinal - R500m Creche - R800m Escola 1º grau - R800m Posto de saúde - R800m Hospital - R800m Praça - R800m Área de recreação - R800m

Igrejas - R1600m Centro comercial - 1600m Mobiliário urbano Telefone público Lixeira Banco

Figura 59: Mapa de equipamentos públicos e mobiliário urbano

5.4 ASPECTOS ARQUITETÔNICOS E URBANÍSTICOS

0

Escala gráfica 200 400 600 800

Fonte: mapa cadastral com elaboração gráfica da autora

5.4.2 Infraestrutura Urbana O local analisado possui energia elétrica que é fornecida pela CELESC, o abastecimento de água é feito pela empresa Tubarão Saneamento, a área não possui tratamento de esgoto. Em relação à coleta de lixo, a mesma é feita pela empresa RETRANS, sendo realizada no bairro dois dias na semana (terça e quinta - feira) coleta de lixo normal e um dia na semana (sexta - feira) coleta seletiva.

52


DIAGNÓSTICO DA ÁREA

5

5.4.3 Cheios e vazios

5.4.4 Público x privado

Com base no estudo feito sobre os cheios e vazios, nota-se que o bairro em que o terreno está inserido está grande parte adensado principalmente na margem esquerda da linha férrea isso devido ao bairro possuir características residenciais do tipo cohab, podendo ser identificados lotes irregulares próximos a zona de interesse social (área verde) o que dificulta a circulação de ventilação e iluminação natural (Figura 60).

Observando o mapa de relação público x privado é possível identificar que o local está em total abandono na questão urbana, pois não possui áreas públicas suficientes para suprir as necessidades de lazer do bairro dificultando assim o convívio entre os moradores da comunidade, a área possui apenas duas praças que estão em mau estado de conservação, um centro social urbano que está degradado e sendo utilizado por usuários de droga (terreno da proposta) dois espaços semi públicos sendo eles a creche Joana de Ângelis e APAE de Tubarão (Figura61).

Figura 60: Mapa de cheios e vazios

Figura 61: Mapa de público x privado

LEGENDA: Cheios Vazios Linha férrea Área da proposta Delim. área em análise

Escala gráfica 0 50 100 150 200m

Fonte: mapa cadastral com elaboração gráfica da autora

Público Privado Semi - público Linha férrea Área da proposta Delim. área em análise

Escala gráfica 0 50 100 150 200m

Fonte: mapa cadastral com elaboração gráfica da autora

53


DIAGNÓSTICO DA ÁREA

5

5.4.6 Tipologias do terreno

5.4.5 Elementos construtivos do terreno Figura 62: Mapa de elementos construtivos do terreno

Rua

Em observação às tipologias do entorno do terreno em proposta, verifica-se a predominância de edificações térreas em alvenaria, apresentando mau estado de conservação (Figura 63). Figura 63: R. Guilherme Wileman

erme

ac

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77 M de

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on Av .V isc

149 M

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9

1 201

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6

4 2 3

30

12

1M

M

5

Escala gráfica 0

DADOS DO TERRENO: Área do lote: 21.837,02 m² Topografia: plano Pedologia: Firme Patrimônio: Publico Minicipal

50

100

150

200m

LEGENDA: Ângulo de visão Arborização existente Linha férrea Área da proposta Delimitação da área em análise

Fonte: mapa cadastral com elaboração gráfica da autora

Fonte: Acervo da autora

5.4.7 Skyline do edifício com entorno O entorno do terreno proposto possui gabarito baixo, além de que dispõe da linha férrea bem próxima ao local, sendo este um incômodo para as edificações lindeiras (Figura 64). Figura 64: skyline do entono imediato

Analisando as características do terreno, é possível notar a presença de vegetações em sua face oeste, sendo esta o único acesso ao terreno. O terreno possui muros em todo o seu perímetro, o que não torna seu acesso convidativo (Figura 62).

(Continua)

(Conclusão)

Fonte: Elaborado da autora

54


DIAGNÓSTICO DA ÁREA 5.5 ASPECTOS DO USUÁRIO Neste aspecto serão tratado sobre a relação afetiva dos usuários com o local e suas necessidades. 5.5.1 Participação da comunidade Para melhor entendimento das necessidades dos usuários, foram propostas duas dinâmicas com a comunidade para o desenvolvimento do projeto proposto: poema dos desejos e questionário.

5

em alguns dos desenhos foi possível notar a falta de perspectiva sobre seus futuros. Como resultado foram desenhados pedidos do tipo: escola próxima a suas casas, lixeiras, asfalto, sinalização, retirada de cachorros das ruas, áreas de recreação, além de que alguns mais carentes sentiram a necessidade de pedir para que fosse reformada alguma parte de suas casas (Figura 66). As demais análises estão no apêndice A. Figura 65: (a) alunos realizando atividade, (b) E.E.F. Martinho Ghizzo.

5.5.1.1 Poema dos desejos A atividade do Poema dos Desejos foi criada por Henry Sanoff (2001), resume-se em uma dinâmica aplicada a um grupo onde o autor solicita aos mesmos que representem através de escrita ou desenho seus sentimentos e desejos em relação ao local analisado. A dinâmica foi aplicada no dia 19 de setembro de 2018, na Escola de Ensino Fundamental Martinho Ghizzo (situada no terreno em proposta mantendo valor afetivo com a autora pois a mesma estudou no local), no período vespertino, com vinte e dois alunos do terceiro ano. Foi solicitado que desenhassem como era a rua em que eles moravam e depois como queriam que fosse (Figura 65).

Fonte: (a) Acervo da autora, (b) eefmartinhoghizzotb.blogspot.com

Figura 66: Poema dos desejos

Nos desenhos feitos de como são suas realidades pode-se notar a carência das coisas mais simples como uma casa apta para morar, locais de lazer, infraestrutura e mobiliário urbano, Fonte: acervo da autora

55


5

DIAGNÓSTICO DA ÁREA

Fonte: acervo da autora

Muito bom

Fonte: acervo da autora

Bom

Regular

Ruim

Equipamentos Públicos

Circulações

Acessos

Mobiliário

Localização

Segurança

Transporte público para chegar ao local

Paisagismo

Atividades oferecidas no C.S.U.

Gráfico 4: Resultados sobre imediações do C.S.U. da Passagem

Manutenção do Centro Social

O questionário, de acordo com Rheingantz et al (2009), é caracterizado como um instrumento de estudo do qual possui diversas perguntas relacionadas ao assunto ou tema analisado, podendo ser respondida na presença ou não do pesquisador. O questionário foi aplicado com moradores do bairro Passagem (Figura 67, gráfico 4), especificamente com pessoas que já fizeram uso do C.S.U. juntamente com duas perguntas relacionadas diretamente ao C.S.U. existente, sendo elas: a) Na sua opinião, você acha que o Centro Social Urbano está adequado para ser utilizado? Se não, o que poderia melhorar? Grande parte das respostas foram negativas, as sugestões para melhoria foram realizações de atividades que envolvessem a comunidade assim valorizando novamente a área que o C.S.U. está inserido, tais como: ofertas de cursos profissionalizantes, oficinas de ensino para famílias de baixa renda, biblioteca e posto policial para que haja segurança na parte externa e interna (relacionado a utilização do local por usuários de drogas, inibindo a presença dos demais moradores da região). b) Qual a sensação que o Centro Social Urbano passa para você? Novamente as respostas foram negativas, tais como: sensação de abandono, descaso do governo em relação à comunidade, insegurança e tristeza, ficando apenas as lembranças de quando o C.S.U. tinha uma direção que tornava devidamente ativo, através de atividades para todas as faixas etárias e discoteca aos domingos à tarde.

Figura 67: Questionário sobre imediações do C.S.U.da Passagem

Áreas arborizadas

5.5.1.2 Questionário sobre as imediações do C.S.U. da Passagem

Muito ruim

56


6

P A R T I D O

Neste capítulo serão apresentadas as intenções para o projeto, programa de necessidades, fluxogramas e o partido inicial que será desenvolvido no TCC - Projeto. Fonte: Elaboração da autora


PARTIDO

6

6.1 MEMORIAL DE INTENÇÕES A proposta de requalificação juntamente com um centro comunitário situado no bairro Passagem, surge a partir das problemáticas encontradas na área. Onde o trecho que será realizada a intervenção é uma zona de segregação a nível local e municipal devido aos seus altos índices de marginalidade e tráfico de drogas, em parte ocasionado pelo descaso do poder público em relação aos espaços livres . Como consequência, os moradores do bairro se tornam carentes de espaços de convivência e áreas de lazeres dificultando assim a integração entre a comunidade. A partir disso este trabalho tem o objetivo de minimizar as características nocivas do bairro, com a proposta de um parque linear com áreas de convivência e lazer servindo como ponto nodal diante da comunidade. Além de trabalhar com questões simbólicas junto à construção do centro comunitário, a idéia é ter um espaço novo interligado ao passado através das memórias afetivas dos moradores relacionadas às atividades desenvolvidas no antigo Centro Social Urbano. O projeto então servirá como ponto estratégico no bairro, pois está inserido em uma área de grande potencial para o desenvolvimento de atividades sociais, estando também diretamente ligada aos valores históricos dos moradores. Contudo, a ideia a partir da elaboração desse projeto é que ocorra a redução de espaços segregados e que a área atue como um grande ponto de integração social.

58


PARTIDO

6

6.2 DESAPROPRIAÇÃO DA ÁREA

6.3 FRAGILIDADES E POTENCIALIDADES DA ÁREA

Com base no diagnóstico da área o terreno em que será inserida a proposta de um centro comunitário hoje possui uma escola de ensino fundamental, uma creche e um centro social urbano (Figuras 68, 69 e 70) a partir do estudo feito através do raio de abrangência de 500 metros foi possível notar a existência de três creches e duas escolas de ensino fundamental, além das escolas citadas existe uma terceira fora do raio de abrangência sendo essa a mais utilizada pela comunidade pois uma linha de ônibus escolar passa pelo bairro fazendo o transporte dos alunos até a escola, assim optou-se pela retirada das três edificações do terreno que será implantado o centro comunitário.

Neste item serão abordadas as fragilidades e potencialidades encontradas na área após o diagnóstico feito no local com a intenção de facilitar as escolhas das diretrizes projetuais.

Fig. 68: C.E.I Estrelinha Brilhante Fig. 69: C.S.U Walquiria Búrigo de Carvalho

FRAGILIDADES Ÿ Áreas degradadas; Ÿ Espaços segregados; Ÿ Marginalidade infanto-juvenil; Ÿ Iluminação precária; Ÿ Descaso do poder público; Ÿ Carência de espaços públicos destinados ao

lazer da comunidade; Ÿ Despejo de entulhos na beira do trilho feito pelos próprios moradores;

POTENCIALIDADES Fonte: acervo da autora

Fig. 70: E.E.F. Martinho

Fonte: acervo da autora

Ÿ Fácil acesso; Ÿ Topografia plana; Ÿ Área residencial; Ÿ Existência de vegetação no terreno da

proposta do centro comunitário; Fonte: acervo da autora

59


6

PARTIDO 6.4 PROGRAMA DE NECESSIDADES E PRÉ DIMENSIONAMENTO GERAL

6.4.1 Organograma geral (continuação) Social

Tabela 1: programa de necessidades e quadro de áreas (continua)

Social Social

SETOR AMBIENTE Hall Hall Hall Hall Hall Esporte Esporte Esporte Esporte Esporte Social Social

Social Social

FUNÇÃO

Recepcionar e direcionar todos os usuários Reunir os usuários para Área de descanso convivência Local para refeições dentro do Café espaço de convivência Sanitário / Local destinado à higiene dos vestiário usuários Local destinado à segurança e Segurança controle do centro comunitário Espaço Espaço flexível com parede de multiuso escala e brinquedoteca Sala de Local destinado ao ensino de dança diversos ritmos de dança Local destinado à treinamento Sala de funcional ginástica Sala de artes Local destinado ao ensino de marciais lutas Local de armazenamento dos Depósito suprimentos do setor de esporte Destinado ao acompanhamento Psicológo psicológico dos usuários Dest. à associação moradores, Sala multiuso alcoólatras anôn., clube de mães e idosos, tendo diferenciação de uso pelos dias da semana Destinado ao desenvolvimento Sala de artístico manual artesanato Sala de Destinado ao estímulo e pintura desenvolvimento da criatividade Recepção

QUANT.

ÁREA

Cultural

01

123 m²

Cultural

01

200 m²

Cultural

01

145 m²

Cultura

02

45 m²

Cultural

01

12 m²

Cultural

01

205 m²

Cultural

01

80 m²

01

80 m²

01

80 m²

01

20 m²

01

20 m²

Serviço Serviço Serviço Serviço Serviço Serviço

01

50 m²

Serviço Serviço

01

45 m²

01

50 m²

Serviço Serviço

Sala de teatro Destinado ao ensino das artes cênicas Sala de Local destinado ao ensino de fotografia técnicas da fotografia Local de armazenamento dos Depósito suprimentos do setor social Recepcionar e direcionar os Recepção usuários biblioteca Local de armazenamento dos Guardaobjetos dos usuários volume Local para exposição de livros Acervo da biblioteca Local destinado ao estudo e Área de leitura leitura Local destinado ao estudo e Á. de leitura leitura individual individual Á. de estudo Local destinado ao estudo em grupo em grupo Local destinado à eventos e Auditório reuniões da comunidade Recepcionar e direcionar os Recepção usuários e funcionários Sala Local de reunião e descanso dos funcionários funcionários Recurso Responsável pela contratação humanos de func. do centro comunitário Resp. pelo financeiro Adm. manutenção do local Responsável geral do centro Direção comunitário Almoxarifado Local de armazenamento dos suprimentos do setor de serv. Local de apoio para refeições Copa dos funcionários Sanitário / Local destinado à higiene dos Vestiário funcionários Acervo de documentação do Arquivo centro comunitário Integração e descanso dos Descanso funcionários

01

45 m²

01

45 m²

01

20 m²

01

35 m²

01

15 m²

01

60 m²

01

135 m²

01

35 m²

02

18 m²

01

165 m²

01

25 m²

01

45 m²

01

12 m²

01

12 m²

01

15 m²

01

07 m²

01

10 m²

02

10 m²

01

04 m²

01

40 m²

(conclusão) Circ. vert. e Circulação e descanso na área Circ. horizontal interna do centro comunitário Espaços Local destinado à Anfiteatro livres C.C. apresentações Espaços Posto policial Esp. dest. à segurança do centro livres C.C. comunitário e parque linear Espaços Academia ao Local para academia e prática livres C.C. de outras atividades físicas ar livre Espaços Área de jogos Espaço para jogos de mesa e livres C.C. de mesa descanso para os usuários Espaços Playgroud Local destinado à recreação do público infantil livres C.C. Espaços Bocha e área Local destinado à pratica de livres C.C. bocha de conv. Espaços Local destinado ao skate e Pista de livres C.C. patins skate Espaços Espaço para higiene dos Vestiário livres C.C. usuários Espaços Quadra e Espaço para quadra livres C.C. campo poliesportiva e campo society Espaços Quiosque de Espaço para utilização da livres C.C. churrasqueira comunidade para churrasco Espaços Horta Espaço para plantio de frutas e livres C.C. comunitária verduras para a comunidade Espaços Piquenique Espaço destinado à realização livres C.C. de piquenique ao ar livre Estaciona Espaços Vagas de automóveis mento livres C.C. Espaços Bicicletário Vagas para bicicletas livres C.C. Ciclovia e Espaço destinado ao lazer e Parque ciclofaixa valorização da área linear Parque Descanso e Integração e descanso dos bicicletário linear usuários Área de Parque Espaço para jogos de mesa e jogos e lazer linear lazer dos usuários Parque Playground e Local destinado à recreação do público infantil biciclatário linear Parque Descanso Local destinado ao descanso no decorrer do trecho linear Fonte: elaborado pela autora

-

445 m²

01

670 m²

01

110 m²

01

270 m²

01

200 m²

01

270 m²

01

120 m²

01

400 m²

01

90 m²

01

4500 m²

05

20 m²

01

450 m²

01

700 m²

01

1000 m²

01

80 m²

01

01 km

03

150 m²

01

300 m²

01

100 m²

01

50 m²

Fig. 71: Organograma geral

Centro comunitário

Parque linear

Espaços livres Área de convivência

Serviços Segurança

Cultural

Esporte Social

Fonte: Elaborado pela autora

60


PARTIDO

6

6.4.2 Fluxograma Centro Comunitário Fig. 72: fluxograma pavimento térreo do Centro comunitário Sanitários / vestiários Área de convivência Café

Sala de artes marciais

Espaço multiuso escalada / brinquedoteca

Circulação vertical

Sala de dança

Recepção Circulação vertical

Segurança

Hall

Depósito

Sala de ginástica

Fonte: elaborado pela autora

Fig. 73: fluxograma primeiro pavimento do Centro comunitário. Recursos humanos Sala funcionários

Adm.

Recepção serviço

Direção

Descanso

Almox.

Copa

Depósito

Sanitários / vestiários

Sanitários / vestiários

Auditório

Psicólogo Sala multiuso Sala de Sala de artesanato pintura Fonte: elaborado pela autora

Apoio

Circulação vertical

Área de convivência Biblioteca

Sala de teatro

Sala de fotografia

Depósito

Circulação vertical

Guarda-volume

Recepção

Estudo individual

Acervo

Área de leitura

Legenda: Acesso principal Acesso secundário Público Semi público Privado

61


PARTIDO

6

6.5 CONCEITO A proposta de (re) qualificação juntamente com um centro social urbano surge a partir da necessidade de renovação da área, tendo como base as memórias dos adultos e o desejo das crianças entrevistadas de um bairro melhor. A partir disso é necessário que haja mudança na cultura local, tendo mais integração social e menos segregação de espaços. Assim, a essência para esse projeto foi feita a partir das fundamentações de um centro comunitário, baseado em dois itens principais: proximidade e flexibilidade, apresentados entre as referências teóricas presentes no capítulo 2, além de junto trabalhar com o princípio de legibilidade de Lynch.

• PROXIMIDADE:

entre a comunidade agindo de forma preventiva nas resoluções dos problemas e estimulando o desenvolvimento local. FLEXIBILIDADE: nos espaços, principalmente em um centro comunitário, para que as atividades desenvolvidas se tornem adaptáveis às necessidades dos cidadãos locais.

• LEGIBILIDADE: onde um objeto físico se torna um marco na

identidade local, capaz de evocar memórias a qualquer observador. PARTICIPAÇÃO: da comunidade sobre o diagnóstico da área, trazendo alguns pontos fundamentais para as diretrizes projetuais.

62


PARTIDO 6.6 DIRETRIZES PROJETUAIS Neste item serão tratados sobre as diretrizes norteadoras para a elaboração de um centro comunitário e a requalificação de um trecho da linha férrea (parque linear). 6.6.1 Diretrizes - Centro comunitário a Trabalhar através da implantação de um centro comunitário, modificando uma área degradada, em um local de desenvolvimento de atividades sociais, culturais, esportivas e de lazer; b Valorizar as memórias afetivas da comunidade através da inserção de atividades anteriormente realizadas além de objetos fisícos que valorizem os valores simbólicos do local; c Prever um planejamento de atividades para que diferentes públicos sejam atraídos a fim de tornar o local um ponto de conexão e integração entre as pessoas; d Criar espaços para desenvolvimentos de programas sociais e culturais com o propósito de atingir os públicos jovens que são vulneráveis à marginalidade; e Valorizar o pedestre, criando caminhos entre a edificação que sirva de atalho ao mesmo tempo sejam convidativos para que a pessoa sinta-se confortável de explorar e permanecer no local; f Manter a vegetação existente no local e propor o uso de vegetações nativas, com a intenção de minimizar a poluição sonora vinda da linha férrea próxima ao terreno; g Implantar de uma horta comunitária sob responsabilidade de um grupo de moradores da comunidade;

6

h Trabalhar a segurança no local, através de iluminação adequada além da implantação de um posto policial para que o local possa ser utilizado no período diurno e noturno sem riscos aos usuários; i Implantar um café para que o centro seja movimentando em diversos horários do dia, pelo público interno e externo do centro comunitário; j Utilizar estratégias de conforto ambiental, através da orientação da edificação e valorização da iluminação e ventilação natural, possuindo também o uso adequado de meios de proteção para esses condicionantes naturais. 6.6.2 Diretrizes - Requalificação do recorte trecho da linha férrea a Recuperar a área degradada através da implantação de um parque linear proporcionando espaços livres de qualidade; b Recompor a vegetação através da utilização de espécies nativas, trazendo vitalidade ao local e estimulando a sensação de bem estar entre os usuários ; c Valorizar o trecho através da criação de mobiliário diferenciados, tornando o espaço atrativo e confortável para a permanência dos usuários; d Propor espaços de recreação para todas as faixas etárias através de pequenos espaços fragmentados no decorrer da área; e Incentivar a segurança no local, através de iluminação e sinalização apropriada e identificando o afastamento adequado da linha férrea.

63


PARTIDO

6

6.7 ZONEAMENTO FUNCIONAL O zoneamento funcional da proposta foi dividido em duas etapas: na primeira tem-se a requalificação do entorno da linha férrea com a proposta do parque linear com uma extensão de 1 quilômetro, fazendo conexão com o centro comunitário através de seu traçado que integra os mobiliários do parque até o centro e; na segunda etapa, o zoneamento é feito apenas na edificação do centro comunitário, onde o bloco foi dividido em dois pavimentos: o pavimento térreo foi setorizado entre o hall central e a área esportiva, assim o hall foi fragmentado entre uma recepção para o direcionamento dos usuários, segurança, espaços de convivência, além de um café podendo ser utilizado pelo público interno e externo do centro comunitário e; no primeiro pavimento foram dispostos os setores de serviços administrativos, social e cultural. As duas etapas de setorização podem ser melhor observadas na figura 74. Fig. 74: Zoneamento funcional.

Setor de serviços Setor cultural Setor social Setor esportivo Hall central

Fonte: elaborado pela autora

Parque linear Centro comunitário Estacionamento Vegetação existente horta comunitária Área de churrasqueiras Anfiteatro Espaço pique-nique Área esportiva Jogos de mesa e lazer Espaço infantil Academia ao ar livre

64


6

PARTIDO Fig. 75: Implantação geral.

O trecho proposto para a requalificação é protegido pela lei nº 6766/79 que determina como faixa não-edificável a largura de 15 metros posteriores à linha férrea, com isso o projeto foi pensado de modo que respeitasse as limitações da área, assim para a recuperação do trecho degradado foi utilizado arbustos e vegetações rasteiras para a diferenciação de seu traçado e alguns locais de encontro com mobiliários dispostos tornando á área confortável para seus usuários e por fim o parque linear conta com uma ciclovia e ciclofaixa com a intenção de incentivar o uso de bicicletas consequentemente à pratica de exercícios físicos (Figura 75).

1 2

an

3 4

m

Churrasqueiras

ille

Bicicletário

5 6 7 8 9

1

R

ua

G

ui

lh

er

m

e

W

6.8 IMPLANTAÇÃO GERAL

Av. Visconde de Barbacena

Academia ao ar livre

8

7 5

9

2

Playground 4

Centro comunitário Posto policial Linha férrea Ciclovia e ciclofaixa Descanso e bicicletário Área de jogos e lazer Playground e bicicletário Descanso APAE de Tubarão Acesso principal Centro comunitário Acesso secundário Centro comunitário Início parque linear Final parque linear

8

3 6

0 10

30

50

70

Escala gráfica Fonte: elaborado pela autora

65


PARTIDO Fig. 76: Implantação centro comunitário

6.9 IMPLANTAÇÃO CENTRO COMUNITÁRIO Estacionamento com 65 Acesso principal v agas, sendo 05 Acesso secundário Acesso estacionamento destinadas à idosos e portadores de deficiência

14 15

Vegetação existente.

13

Espaço destinado à legibilidade, evocando memórias afetivas do local.

W

ille

m an

11

lh

er

m

e

10

G

ui

12

ua

10 11 12 13

Anfiteatro Posto policial Academia ao ar livre Área de jogos de mesa Playground Bocha Pista de skate Vestiário Área esportiva Churrasqueiras Horta comunitária Piquenique Estacionamento Bicicletário Centro comunitário

R

1 2 3 4 5 6 7 8 9

1 14 7 4

2

Fonte: elaborado pela autora

8

5

3

A pavimentações dos espaços livres são compostas por concreto permeável de cores variadas, paver, grama.

6

9 6

0

Av. Visconde de Barbacena Balizadores para a redução de velocidade de veículos.

O centro comunitário possui 02 pavimentos e sua área total é de 2.800 m².

10

30

50

70

Escala gráfica

66


6

PARTIDO 6.10 PLANTAS BAIXAS Jardim de inverno

Fig. 77: Planta baixa térreo e primeiro pavimento

3 9 5

2

8 6

1

7

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

4

10

15 16 17 18 19

A rampa é a circulação principal do centro e possui visibilidade para Espaço de um café destinado t o d a s a s á r e a s ao público interno e externo enquanto é percorrida do centro comunitário pelo usuário. Fonte: elaborado pela autora

O espaço multiuso é um ambiente flexível que possui paredes de escalada servindo também como barreira para as salas de esporte e sanitários, o local pode instalar atividades temporárias como, brinquedoteca e exposições.

Hall / recepção Café Área de convivência Segurança Sanitários / vestiários Espaço multiuso Sala de dança Sala de ginástica Sala de artes marciais Depósito Psicólogo Sala multiuso Sala de artesanato Sala de pintura Sala de teatro Sala de fotografia Depósito Recepção biblioteca Guarda-volumes

20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37

Acervo Área de leitura Leitura individual Estudo em grupo Auditório Apoio Sanitários / vestiários Recepção serviços Sala de funcionários Recursos humanos Administração Direção Almoxarifado Copa Sanitário / vestiários Sala de fotografia Arquivos Descanso

As salas de esportes possuem divisórias articuladas com isolamento acústico, podendo em outra ocasião se tornar uma grande sala para maiores eventos esportivos.

Sala multiuso destinada às atividades da associação de moradores, alcoólatras anônimos, clube de mães e idosos.

29 30

31 32

33

26

35

36

27

25

34

24

28

11

23 19 37

22 23

18

12

17 13

14

15

As salas de aula no setor social possuem divisórias articuladas com isolamento acústico, podendo se tornar uma única sala para a realização de outras atividades que demandam uma maior capacidade.

20

21

16

A sala de estudo individual possui sua ventilação através de rasgos na parede divisória. 0 2,5 5

10

Escala gráfica

67


PARTIDO 6.11 VOLUMETRIA E MATERIALIDADE

Fig. 79: Estudo de volume e materialidade centro comunitário

Parede de escalada

Divisória articulada

3,5 5

Escada em alvenaria

Fonte: elaborado pela autora

Brise vertical geométrico

(b)

(c)

(d)

(e)

Pedra Fonte: (a) (d) (e) br.depositphotos.com, (b) www.decorpedras.com.br, (c) www.mfrural.com.br.

Rampa em concreto Paredes em alvenaria

(a)

Fig. 80: (a) Madeira, (b) Pedra, (c) Aço, (d) Vidro, (e) Concreto branco

5

3,5

5,5

O projeto conta com um gabarito baixo com a intenção de respeitar o entorno que possui características de residências baixas. Seu volume é composto por traços retilíneos ocasionando um ritmo em suas fachadas (Figuras 78 e 79. Para as fachadas norte e oeste foi necessária a utilização de brises devido a sua orientação solar, o desenho dos brises acompanha as linhas da edificação tornando essa composição harmoniosa e imponente. Sua materialidade remete ao uso dos materiais empregados na linha férrea sendo: a madeira remetendo aos dormentes , a pedra referente à composição do lastro e o aço utilizado no trilho, em consequencia para compor as fachadas também foram dispostos o concreto branco e o vidro (Figura 80). Telhado borboleta Guarda-corpo em alvenaria Fig. 78: Cortes esquemáticos centro comunitário

Guarda-corpo em alvenaria

6

Concreto branco

Vidro

Acesso secundário através de portas articuladas Brise geométrico vertical em madeira

Fonte: elaborado pela autora

68


PARTIDO

6

6.12 CONSIDERAÇÕES FINAIS Este trabalho de fundamentação e projeto buscou através de seu desenvolvimento, maior embasamento teórico sobre questões relacionadas à requalificação urbana, espaços livres e centro comunitário atrelada às referencias projetuais que ajudaram a qualificar o desenvolvimento arquitetônico e valorização dos espaços livres. Com base nas análises e entrevistas realizadas com os moradores da área foi possível diagnosticar as potencialidades e fragilidades do local, a partir disso foram elaboradas as diretrizes projetuais. A proposta do partido é a resposta à todos os temas apresentados anteriormente, tendo seu foco principal na integração da comunidade através da elaboração do anteprojeto de um centro comunitário para que haja diversidade de atividades para o bairro, juntamente com proposta de um parque linear a fim de valorizar a região consequentemente tornando o local seguro para permanência. A intenções de partido apresentadas nesse trabalho serão desenvolvidas detalhadamente na proposta do TCCProjeto.

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APÊNDICES APENDICE A - ENTREVISTA USUÁRIOS C.S.U. ADOLFO LINEBUERGUER

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APÊNDICES APÊNDICE A - ENTREVISTA FUNCIONÁRIOS C.S.U. ADOLFO LINEBUERGUER

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APÊNDICES APÊNDICE B - ENTREVISTA USUÁRIOS C.S.U. ADOLFO LINEBUERGUER

APÊNDICE C - QUESTIONÁRIO IMEDIAÇÕES C.S.U. DA PASSAGEM

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APÊNDICES APÊNDICE D - POEMA DOS DESEJOS

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(RE)CONECTAR uma proposta de requalificação urbana e um centro comunitário no bairro Passagem

Acadêmica: Isadora Cristina Cachoeira Israel Universidade so Sul de Santa Catarina - Unisul Trabalho de conclusão de curso I em Arquitetura e Urbanismo 2018|B Orientador (a): Michelle Souza Benedet Msc.


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