Centro de Extensão das faculdades de Arquitetura e Urbanismo da Região Metropolitana de RP.

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Centro de Extensão das faculdades de Arquitetura e Urbanismo da Região Metropolitana de Ribeirão Preto

Conectar Conhecimentos

Isadora Lopes Lavagnini. 2018



Conectar Conhecimentos

Centro de Extensão das faculdades de Arquitetura e Urbanismo da Região Metropolitana de Ribeirão Preto Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Centro Universitário Moura Lacerda para o cumprimento das exigências parciais para obtenção do título de Arquiteta e Urbanista. Isadora Lopes Lavagnini Orientador: Onésimo Carvalho de Lima Capa: Colagens dos Projetos de Referências Ribeirão Preto. 2018.


Dedico este trabalho aos meus pais, Ana Andrea Lopes e Luiz Henrique Lavagnini, que sempre acreditaram no meu potencial e me ajudaram a superar cada momento. VocĂŞs sĂŁo meus maiores exemplos de vida.


Resumo

Este Trabalho aborda a criação de um Centro de Extensão das faculdades de Arquitetura e Urbanismo, um local de aprimoramento dos estudos feitos pelos alunos nessas faculdades e por profissionais já formados, exercendo na prática todo o seu conhecimento. A ideia do projeto é interligar todos esses conhecimentos com espaços multifuncionais e espaços com total ligação uns com os outros, pois assim os ingressantes no Centro poderão ter uma noção completa de todos os assuntos abordados no local. O Edíficio se encontra na cidade de Sertãozinho porém possui abrangência por toda Região Metropolitana de Ribeirão Preto.


A flexibilidade na Arquitetura 09

Conceitos sobre flexibilidade e estratégias 11 Flexibilidade na Atualidade 15

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Sistema Construtivo e instalações

Análise da área

Contexto Teórico

Introdução

Apresentação

Sumário

05 08 09 33

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Localização 16

Análises do terreno em relação à cidade 18 Morfologia 23 Legislação 31


Referências Projetuais

Programa de Necessidades

Rice University Moody Center For The Arts 41 Edifício The Communs 48 Biblioteca Northside 56

64 102 Referências Bibliográficas

Projeto

34 40

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Apresentação

O projeto tem como finalidade a criação de um Centro de Extensão das faculdades de arquitetura, um local de aprimoramento dos estudos feitos pelos alunos nessas faculdades e por profissionais já formados. Os participantes irão exercer, na prática, todo o seu conhecimento em forma de protótipos, através de laboratórios, materiais e de realidade virtual, podendo expô-los por todo o centro e até migrar sua exposição para o exterior. O Centro promoverá troca de conhecimentos tanto entre profissionais nacionais quanto internacionais, através de palestras e convenções (de profissionais) podendo propor aos ingressantes do centro uma curta estádia no exterior como aprimoramento desses conhecimentos. O Centro também proporcionará espaços ao qual podem ser alugados por alunos ou graduados para sua própria produção projetual, e locais que funcionam como a ideia de Coworking. A partir disso, o centro oferece um número limitado de estágios para estudantes de graduação e pós-graduação, para que estes exercem na pratica todo o conhecimento adquirido no local e nas faculdades, aprendendo cada vez mais as experiências do ambiente de trabalho. O programa oferece aos alunos a oportunidade de aprender sobre carreiras na arquitetura e sobre muitos aspectos das operações do dia-a-dia A ideia do projeto é interligar todos esses conhecimentos com espaços multifuncionais, espaços com total ligação uns com os outros, pois assim os ingressantes no Centro poderão ter uma noção completa de todos os assuntos abordados no local, todas as práticas oferecidas e ganharão cada vez mais experiência para o mercado de trabalho.

Tema

O tema do trabalho é Espaços Flexíveis e multifuncionais, sendo o objeto um

Objeto

Centro de extensão de arquitetura e urbanismo da Região Metropolitana de Ribeirão Preto.

Problemática

A problemática estabelecida tenta resolver a preocupação sobre a crise do ensino de Arquitetura e Urbanismo que vem desde a antiguidade, quando estudavam a relação entre teoria e prática no ensino, interligando-as para que resultassem em um ótimo profissional.(Souza.L.2012). Quem traz essa discussão é Vitruvius em seu tratado De Architectura; neste tratado Vitruvius defende que o arquiteto deve ter um vasto campo de conhecimento em todas as disciplinas, conciliando sempre tanto a prática quanto a teoria (LAB TRI-FAU USP). Esta discussão percorre ate os dias de hoje, onde grandes profissionais e teóricos tentam trazer recursos para a solução deste problema. Podemos

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perceber que esta discussão se aloja ate aos coordenadores do CAU/BR, onde a partir de um artigo disponível no site, deixam claro sua preocupação com a realidade e formação dos arquitetos dos dias de hoje. Outro bom exemplo é o Arquiteto Ciro Pirondi, juntamente a outros arquitetos, que traz o programa Escola da Cidade, discutindo este assunto. Assim, o intuito deste projeto é trazer um local de aperfeiçoamento do curso gerado pelas faculdades, aproximando cada vez mais o elo entre teoria e prática, tentando diminuir profissionais com pouca experiência, trazendo uma segurança maior aos recém formados, e principalmente assegurando a sociedade com profissionais cada vez mais capacitados. A região em que o projeto esta inserido possuí muitos locais de graduação do curso de Arquitetura e Urbanismo, porém poucos locais onde podem se aprimorar mais ainda no conhecimento e exercer esse este juntamente com a prática profissional. Assim, o projeto trará uma grande oportunidade de experiência para profissionais da região e de outros locais do mundo. Objetivo Geral

O objetivo Geral é elaborar um projeto de arquitetura para um Centro de extensão de arquitetura e urbanismo, e assim, a partir de pesquisas realizadas para melhor inserção das ideias do aluno no projeto, chegou-se a conclusão de alguns objetivos específicos que deverão estar presente no projeto.

Objetivos Específicos

Dentre eles estão: -Criar espaços integrados com elementos divisórios leves ou temporários. - Criar uma relação entre interior e exterior. - Criar uma relação entre interior e interior. - Criar espaços de circulação multifuncionais. - Criar espaços multifuncionais com grande interação entre as atividades. - Criar espaços flexíveis.

Metodologia

A metodologia utilizada para realizar este trabalho primeiramente foi revisar todo o documento realizado na disciplina anterior – Primeiros capítulos desenvolvidos em relação ao objeto a ser estudado. A partir das orientações dadas pelo orientador foram feitas mudanças adequadas para o aperfeiçoamento do trabalho. Assim, foi preciso realizar pesquisas (mais profundas) sobre o tema e o objeto do trabalho, para que enfim estes sejam decididos definitivamente. As pesquisas feitas sobre o tema – Espaços flexíveis e multifuncionais – foram através de Mestrados e Doutorados sobre o assunto, e utilizadas para buscar

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entender o significado deste assunto, e como eram abordados em projetos


para que pudesse analisar interesse de inserção deste no trabalho. Já as pesquisas sobre o objeto – Centro de extensão de Arquitetura e Urbanismoforam feitas leituras projetuais de edifícios com o mesmo objeto, ou objetos parecidos, para conhecer melhor o funcionamento deste,e também pesquisas sobre a existência destes equipamentos nas regiões próximas Com a decisão concretizada destes dois assuntos, foram realizadas pesquisas que motivarão a decidir os objetivos gerais e específicos, através também de referencias projetuais que possuíam alguns aspectos ao qual o aluno queria inserir. Para concretizar a justificativa da realização do objeto e do tema escolhido, explicando a problemática que será tratada, foram realizadas algumas pesquisas de dados da atualidade como, dados para prever os usuários do projeto; quantidade dos profissionais formados na região, quantidade de alunos recém-formados, quantidade de universidades na região, a realidade do profissional arquiteto nos dias de hoje, realidade das faculdades nos dias de hoje, entender a crise ao quais estas estão passando e etc., e pesquisas sobre teóricos e pensadores que discutem o assunto escolhido para entender a inserção deste também nos séculos anteriores. Após estas decisões, foi feita a escolha do local, do terreno ao qual será inserido o projeto; e para isso foi realizado um estudo de área da cidade escolhida, elaborados mapas de uso do solo, mapas de equipamentos, mapas topográficos, mapas viários e etc., para que a partir disso, interligasse as informações e decidir o local ideal para o projeto. Com o terreno escolhido, foi preciso estudar a legislação do local para poder aplica-la ao projeto. A próxima etapa é a formação do programa de necessidades, e para realização deste foi preciso primeiramente pesquisar projetos de referências. Assim, foram obtidos três projetos como referência e feito o estudo sobre eles, para que concluísse o programa de necessidades. Feito isso, uma maquete do terreno foi produzida para um estudo de massas no local, inserindo o programa de necessidades. Juntamente a esta etapa, analises dos projetos de referências foram realizadas para a decisão de algumas diretrizes do projeto em relação a materialidades, volumetrias e fechamentos, circulações e etc. O restante do processo foi destinado ao desenvolvimento do projeto e aperfeiçoamento das diretrizes escolhidas, resultando também em uma maquete final melhor resolvida para a apresentação das ideias.

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Assim, o trabalho está organizado em sete partes, começando com um contexto teórico dividido em três capítulos, depois partindo para a análise da área, dividida em localização, análises do térreo em relação à cidade e morfologia. Posteriormente está o sistema construtivo e instalações utilizadas no projeto seguido do programa de necessidades do edifício, ao qual foi baseado nas

Introdução

referencias projetuais postas logo depois.

Para projetar edifícios com fins institucionais é preciso de estudos relacionados as regras e necessidades em que este uso exige, e também conhecer um pouco o modo como foram feitos os projetos já construídos ao redor do mundo. Assim, foram feitas observações em muitas instituições de ensino no Brasil, tanto faculdades e ensino fundamental como em escolas técnicas. Chegou-se à conclusão de que muitas instituições seguiam o padrão tradicional em que a sociedade brasileira está acostumada – segregação dos usos específicos e fechamentos rígidos, sem nenhuma possibilidade de mudanças ou adaptações. Apenas algumas não se encaixavam nestes aspectos, e isso variava de faculdade a faculdade e de cursos a cursos. O curso de Arquitetura e Urbanismo era o que mais obtinha uma diferenciação na forma como os usos eram colocados nos edifícios, porém outro curso em que está diretamente ligado – Engenharia- já não possuía resquícios de modificação do padrão. Estudos já feitos por alunos em seus TFGs e alguns teóricos, mostram que quanto maior for a possibilidade de mudança, a possibilidade de que o usuário consiga montar seu ambiente, se sentir confortável e se relacionar com múltiplos usos, melhor era o aprendizado. A partir disso, a ideia era propor um local em que houvesse a junção dos dois cursos citados em forma de aprimoramentos e práticas e que estes conseguissem sair do padrão de projetos construídos no Brasil para melhor qualidade do ensino no local. Para chegar a este objetivo o tema flexibilidade é a melhor solução - esta aplicada aos usos, aos ambientes, aos níveis dos pisos e entre outros. Assim, foram estudados diversos mestrados, doutorados e textos de teóricos ao qual abordavam o tema flexibilidade, para que pudesse adquirir conhecimentos sobre o assunto e entendesse melhor a sua aplicabilidade e seus conceitos.

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A flexibilidade na Arquitetura

Contexto Teórico

Os modos de construir o edifício, os mobiliários os fechamentos e outros componentes do ramo da arquitetura, ganham cada vez mais novas tecnologias que possibilitam o arranjo do espaço. O mercado no ramo das construções disponibiliza produtos e equipamentos para que essas possibilidades possam acontecer, e isso se dá graças à industrialização e ao ramo da tecnologia avançada. Atualmente, segundo pesquisas realizadas pelo aluno através da observação de projetos de referencia, os conceitos de flexibilidade, funcionalismo e multifuncional ganharam muita força no ramo arquitetônico, porém não é de agora que estes aspectos começaram a ser estudados, ou tiveram tentativas de serem inseridos em nossos cotidianos. A inserção destes aspectos na arquitetura começou com estudos no ramo residencial no início do século XX com a arquitetura moderna; os arquitetos como Le Corbusier, Frank Lloyd Wight e entre outros, segundo FINKELSTEIN, C.W, construíam de um modo em que a estrutura se tornasse livre, uma estrutura independente, e que a partir disso a planta ficaria livre, permitindo assim uma maior liberdade na organização espacial interna. A arquitetura moderna é sem dúvida o movimento arquitetônico que mais possibilidades criou para a questão da flexibilidade. Ao romper com tradição clássica da mimese, deixando para trás a atitude de imitar e conceber projetos através de modelos, tipos pré-concebidos, a arquitetura moderna inaugura um modo de gerar a forma no qual não há um sistema pré-estabelecido. (FINKELSTEIN, C.W. 2009.p31.)

Juntamente a essa liberdade na planta se associa a utilização de divisórias móveis, que podem ser dos mais variados materiais, ou ate mesmo o ambiente pode ser deixado livre, sem nenhum artefato de divisão ou barreira. Um grande exemplo para entendermos estes aspectos é a Casa do arquiteto Rietveld Schroeder, “Essa obra de fundamental importância para o legado da arquitetura moderna funciona como um símbolo, até hoje, como exemplo de arquitetura projetada tendo em vista a flexibilidade.” (JORGE, L.O. Estratégias de flexibilidade na arquitetura residencial unifamiliar.2012. Doutorado – São Paulo: FAUUSP,2012).

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Fig. 1, Fig. 2 e Fig. 3 - Casa Rietveld Schroeder, 1924.

Fonte: [Fig.1]: Disponível em :< https:// centraalmuseum.nl/en/ visit/locations/rietveld-schroder-house/>. Acesso em 17 de Março 2018. [Fig.2]: Disponível em:<http://levedesespero2012hh810.blogspot. com.br/2012/10/gerrit-rietveld.html>.Acesso em 17 de Março 2018. [Fig.3]:Disponível em:< https://www.arketipomagazine.it/universo-rietveld-al-maxxi/>. Acesso em 17 de Março 2018.

O conceito de flexibilidade já era encontrado também na arquitetura tradicional japonesa, não como ocorria com os arquitetos citados anteriormente, mas sim ligada ao costume da população japonesa, ao qual produziam ambientes altamente flexíveis com painéis de correr que integravam ou isolavam o ambiente.

Fig. 4 e Fig.5– Casa Tradicional Japonesa,1659. Fonte: (FINKELSTEIN, C.W. Flexibilidade na arquitetura residencial – um estudo sobre o conceito e aplicação. 2009. Mestrado – Porto Alegre: UFRGS, Faculdade de Arquitetura, 2009.

Segundo Hertzberguer, uma arquitetura com este conceito de flexibilidade procura determinar apenas o que precisa ser determinado, como suas estruturas, suas proteções externas e instalações hidráulicas, permitindo deixar mais livre possível seus outros ambientes, e que estes se segregam apenas quando necessário com a utilização de equipamentos flexíveis.

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Portanto, o conceito flexibilidade acaba com o pré-conceito obtido anteriormente em que cada ambiente obtinha sua função específica, com características específicas exigidas para que aquele ambiente funcionasse, e estes iam se tornando cada vez mais segregados.(HERTZBERGUER, 1999).¹ “São as pessoas que fazem exigências específicas, porque elas querem interpretar a mesma e única função à sua própria maneira, de acordo com seus gostos específicos.” (HERTZBERGUER, 1999, p.147). Assim, a arquitetura moderna com sua flexibilidade e seu funcionalismo vêm para

Conceitos sobre Flexibilidade e Estratégias

modificar esse pensamento dos usuários.

Porém o que é flexibilidade? Segundo o dicionário Aurélio, flexibilidade esta relacionada a movimento, mudança, adaptabilidade, algo maleável; é algo que possa ser sempre modificado, trazendo a cada modificação um novo sentimento, uma nova sensação ou função ao usuário. A flexibilidade dos espaços pode estar ligada a muitos aspectos, e cada estudo revela uma ligação diferente desta com a arquitetura ou o mobiliário. Citarei alguns conceitos de flexibilidade na arquitetura ao qual terão compatibilidade com o projeto. Para o holandês, John Habraken, a flexibilidade está diretamente relacionada à adaptabilidade, onde o usuário poderia exercer um grande papel na construção do seu edifício, deixando apenas as partes técnicas para o arquiteto responsável. O autor defende a opinião de que cabe ao arquiteto decidir sobre questões como a estrutura, e outras a nível técnico propiciando ao usuário um conjunto de espaços com possibilidades de mudanças e não de espaços vazios (...) cada um quer dar o seu “toque pessoal” (FINKELSTEIN, C.W.2009 apund HABRAKEN,1979, p40).

Segundo Hertzberger - 1996, a flexibilidade traz ao usuário uma relação maior com o arquiteto produtor da obra, ao qual o primeiro se sente também como um criador do ambiente a cada momento em que o transforma. O arquiteto ao produzir um ambiente flexível dá certa liberdade ao usuário, ¹HERTZBERGER, Herman. Lições de arquitetura. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

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fazendo com que este adapte o ambiente conforme se sinta mais confortável, deixando assim sua marca pessoal. Essa adaptação do espaço pelo usuário pode ser através tanto da forma de planta livre, em que o local seria projetado pelo próprio usuário com apenas alguns pontos já determinados pelo responsável-Teoria defendida por Habraken– ou como na forma de mobiliários e fechamentos móveis em que os ambientes são adaptados e muitas vezes mudam sua função. Este último conceito esta ligado diretamente com o aspecto do funcionalismo. Flexibilidade e funcionalismo são conceitos inter-relacionados, e

polêmicos.

O

amplamente funcionalismo,

discutidos cujo

princípio

tradicionalmente nos remete a Vitrúvio, estabelece uma

“indiscutível

relação

entre

as

funções

e

formas na arquitetura”(COLQUHOUN, 2004, P.83), ideia fundamental para o movimento moderno. A flexibilidade, condição espacial que confere ao espaço o desenvolvimento de diferentes atividades, tolera ironicamente funções diversificadas. O embate entre os conceitos de flexibilidade e funcionalismo é incansavelmente abordado por teóricos da arquitetura e do urbanismo. (JORGE, L.O.2012. p52). Um grande defensor da flexibilidade pelo funcionalismo é o arquiteto Mies Van der Rohe. Ele possuía como base a planta livre, porém dispunha dos ambientes através de painéis leves, destacando-se pela liberdade de distribuição interior. Como exemplo, podemos citar o Pavilhão de Barcelona, de 1929:

Fig. 6, Fig. 7 e Fig 8. – Pavilhão Barcelona, 1929.

Fonte: Disponível em: <https:// belezanaotemfim. wordpress. com/2011/01/16/ isabela/>. Acesso em:1 de Maio 2018.

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Em primeiro lugar, a estrutura permite layouts diferentes que podem mudar ao longo do prazo; em segundo, exceto pela cozinha e pelo banheiro, não há uso designado para os outros espaços, assim, os usuários podem decidir como ocupar os diferentes cômodos; e em terceiro lugar, a utilização de paredes móveis dá aos usuários a possibilidade de alterar fisicamente os espaços. (FRENCH, 2009, apund JORGE, L.O, p.49).4

Um grande exemplo a essa adaptabilidade e funcionalismo do ambiente é o projeto já citado anteriormente, Casa Rietveld Schroeder, ao qual podemos ver o quanto este conceito deixa a critério do usuário a forma como será disposto o interior de sua residência e a funcionalidade que a arquitetura e o mobiliário exerce oferecendo ao mesmo local varias funções.

Fig. 9 - Casa Rietveld Schroeder, 1924

Fonte: Disponível em: <http:// casa-abierta. com/atributo. php?t=17>. Acesso em 01 de Maio 2018.

Já o arquiteto Hertzberger critica o funcionalismo, dando como solução à flexibilidade o conceito denominado por ele como polivalência. Ele propunha que um único elemento arquitetônico fosse ajustado a vários usos, tendo sua base no estruturalismo; ele também propunha estruturas em que o usuário poderia manusear para deixar sua marca pessoal. “Soluções que estimulem a interação, a coesão social e a permutabilidade de usos” (JORGE, L.O. 2012. p.5). Um bom exemplo para podermos evidenciar o pensamento de Herman Hertzberger está em seu livro “Lições de Arquitetura” na Escola Montessori, Delf.

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Fig.10, Fg.11, Fig.12 e Fig.13 – Escola Montessori, Delf.1999.

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Fonte: Disponível em:< http:// tarsas2010.blog. hu/2012/02/17/ herman_ hertzberger_1>. Acesso em 21 de Março 2018.

Além desses aspectos de flexibilidade citados anteriormente, podemos falar ainda sobre o conceito de Raumplan de Adolf Loss; a diferenciação dos espaços, a flexibilidade dos espaços, se dá pelos diferentes níveis na planta livre de acordo com as necessidades. Influenciado por Wright, Loss se encanta com a planta livre, porém utiliza-a de forma diferente; ele realiza uma composição de espaços com diferentes pés-direitos em diferentes níveis. Em sua obra Villa Müller, além de distribuir os espaços em níveis diferentes, a circulação é diferenciada das circulações tradicionais. Existe uma escada tradicional, porém outro caminho consegue levar do porão ao topo; uma circulação não contínua que fornece acesso a diferentes plataformas e nestas estão arranjados diferentes usos. Sendo um ótimo exemplo do que seria a flexibilidade para Adolf Loss e seu conceito

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Raumplan.

Fig.14, Fig.15, Fig. 16 e Fig. 17 – Casa Villa Müller.

Flexibilidade na Atualidade

Fonte: Disponível em: <http:// socks-studio. com/2014/03/03/ i-do-notdraw-plansfacades-orsections-adolfloos-and-thevilla-muller/>. Acesso em 21 de Março 2018.

Porém nos dias de hoje, através da observação de edifícios já existentes, ainda encontramos certa inflexibilidade em muitos. Apesar dos múltiplos avanços tecnológicos, sociais e culturais, ainda há uma dificuldade na aceitação deste conceito em algumas diretrizes de projeto por conta de valores tradicionais implantados na sociedade. Em relação aos edifícios destinados a pesquisas e aprendizado – institucionais – há uma necessidade de criar ambientes aglutinantes, interativos e humanizados, para favorecer as relações entre o aluno e o espaço, a fim de que este realize suas atividades com um ótimo rendimento. O espaço deve trocar experiências com seu usuário para estimular a criatividade, o desenvolvimento do conhecimento a ser passado no local, e tornar a atividade de aprendizado algo prazeroso e convidativo. Porém não são todos os edifícios que promovem essa maior interatividade e flexibilidade com os usuários, cabendo ao arquiteto do ambiente promover elementos para a produção de um espaço atrativo e convidativo.

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pertencente à Região Metropolitana de Ribeirão Preto, no bairro chamado Cidade Jardim que faz divisa com os bairros – Parque das Aroeiras e Jardim Boa Sorte. O terreno se situa em uma das extremidades da cidade, no sentido da cidade de Ribeirão Preto a qual está a 21 km de distância. A localidade do projeto dentro da região Metropolitana se privilegia por se situar próximo à cidade de ribeirão preto, cidade com a maior economia da região, e portanto, a maior concentração de empregos, serviços e equipamentos. A economia da cidade em que está localizado- assim como as cidades da região- é baseada no comércio, prestação de serviços e indústrias, e possui bastante influencia com a cidade de Ribeirão Preto, mas também serve de influencia para outras cidades da região metropolitana como Barrinha, Pontal, Dumont, o seu distrito Cruz das Poses e entre outras. Segundo as estatísticas do IBGE de 2017, o município de sertãozinho, possui uma população estimada de 122.643 habitantes.

Legenda: Região Metropolitana de Ribeirão Preto Cidade do Projeto

Localidade na Região Metropolitana

Localização

Análise da área

O terreno se localiza na cidade de Sertãozinho, interior do Estado de São Paulo

Sertãozinho e regiões vizinhas

Sem Escala. Fonte: https://igeo. caubr.gov.br/igeo/. Modificado pelo aluno.

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Fonte: Google Earth. Modificado pelo aluno. Sem Escala.


Mapa com acesso a cidades vizinhas Fonte: https:// igeo.caubr. gov.br/igeo/. Modificado pelo Aluno. Acesso em 26/03/2018.

Fonte: Google Maps. Acesso em 26/03/2018.

Sertãozinho está localizado próximo a uma rodovia muito importante para a região – Rodovia Atílio Balbo – portanto, é uma cidade de fácil acesso para suas cidades vizinhas, possuindo eixos rodoviários em ótima qualidade para esta locomoção. No mapa acima está indicado às rotas rodoviárias aos quais as cidades vizinhas acessariam o Município.

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O terreno loalizado na cidade

Análise em relação a cidade 18

Fonte: https://igeo.caubr. gov.br/igeo/. Acesso em 26/03/2018. Sem Escala.

Legenda: Terreno Centro

A escolha do terreno se deu por conta de sua localidade – situado no limite do município e, portanto sendo um local de fácil acesso a outras regiões. Sua localização está logo após o portal principal da cidade, assim, os usuários do projeto não precisam transpor por toda a cidade para chegar ao seu destino Embora seja um terreno no limite da cidade o acesso ao centro é muito facilitado.


Acessos ao terreno e ao centro

Sentido Bebedouro/ Pontal

Entrada princial- Sentido Ribeirão Preto Sentido Jaboicabal

Fonte: Mapa em DWG da cidade fornecido pela Prefeitura e modificado pelo aluno.

Nesta análise podemos observar a localização do projeto próximo à entrada principal da cidade – no Sentido de Ribeirão Preto. No caso de regiões contrarias a Ribeirão Preto o mapa monstra que outras vias conseguem chegar a Rodovia Atílio Balbo e acessar o Projeto. Em relação ao interior da cidade, o mapa representa as principais avenidas utilizadas para acessar o projeto, o centro e também a uma área de concentração de serviços; estes últimos seriam acessos para abastecer a falta equipamentos do local onde o projeto está inserido – segundo análises mostradas no restante do levantamento.

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Uso do solo da cidade Fonte: Mapa em DWG da cidade fornecido pela Prefeitura e modificado pelos grupo de alunos, Isadora Lopes, Julia Horta e Vanessa Pagoto na matéria de Projeto de Urbanismo V.

Legenda: Habitação Serviço Comércio Área Verde

Institucional Industrial Vazio Projeto

A partir da análise do uso do solo da cidade juntamente com a análise do mapa anterior, observa-se que o Centro e a Avenida Antônio Paschoal são os locais com mais fácil aceso aos equipamentos faltantes e que serão necessários aos usuários do projeto.

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O estudo foi realizado nas cidades vizinhas, pois como o projeto se situa no limite do município de Sertãozinho, alguns usuários talvez se interessem em procurar equipamentos nestas cidades vizinhas. De acordo com o mapa apresentado, Ribeirão Preto é a cidade mais próxima bem abastecida, e logo depois está Sertãozinho, portanto, a cidade do projeto tem capacidade

Fonte: Dados Google Maps. Sem Escala.

Aesso a Equipamentos - Hóteis e Restaurantes.

para atender as necessidades dos usuários do projeto.

Legenda: Hóteis Restaurantes Projeto Via de acesso Octávio Verri Av. Beppe Olivare Av. Antõnio Pascoal Fonte: Mapa em DWG da cidade fornecido pela Prefeitura e modificado pelo aluno.

Neste mapa foram indicados os equipamentos que irão atender as necessidades dos usuários do projeto, como por exemplo: Hotéis e Restaurantes, e assim selecionados os com maior facilidade de acesso e consideravelmente os mais próximos ao local.

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Planialtimetria Legenda: Água Terreno Escoamento

Fonte: https://igeo. caubr.gov.br/igeo/. Modificado pelo aluno. Sem Escala.

O terreno se encontra próximo a um fundo de vale e o início de um relevo, portanto o local possui uma grande declividade, porém consegue manter uma

Legenda:

Mapa com os Limites dos Bairros

inclinação acessível pelos pedestres.

Limite dos bairros Fonte: Mapa Geral da cidade de Sertãozinho oferecido pela Prefeitura em PDF Sem Escala.

O bairro onde o terreno se situa faz divisa com outros dois bairros – Jardim Boa Sorte e Parque das Aroeiras – sendo o primeiro pertencente a mesma zona que o projeto e o segundo a uma zona de expansão do município (não possui restrições vigentes na tabela). O terreno também é cercado por outra zona muito importante, a ZPA – Zona de Proteção Ambiental – esta não sofrerá nenhum impacto em relação ao projeto implantado, pois se encontra bem protegida por aspectos urbanísticos já existentes.

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Uso do Solo no

re Ter

Legenda: Habitação Serviço Comércio Área Verde Institucional Industrial Vazio Projeto

Fonte: Mapa em DWG da cidade fornecido pela Prefeitura e modificado pelo aluno.

Como previsto no Zoneamento, o local é uma área mista, porém observa-se um agrupamento maior de residências e apenas alguns serviços de bairros espalhados; por ser um bairro com surgimento recente ainda encontramos muitos vazios em suas quadras. O fator do grande número de residências se apoia na localização no extremo da cidade, sendo um local com menor concentração de serviços e comércios, destinados a expansão e inserção de condomínios ou conjuntos residenciais. A concetração de serviços e comércios se dá no centro da cidade e nas duas avenidas principais – Av. Antônio Paschoal e Av. Nossa Senhora Aparecida. O local do projeto possuí fácil acesso a estas avenidas e ao centro da cidade, podendo assim suprir as necessidades dos usuários do projeto. O local do projeto ainda é próximo de um grande atrativo turista da cidade que atrai tanto os moradores dela quanto visitantes das regiões vizinhas – Parque do Cristo Salvador; este juntamente com o novo objeto a ser implantado, traz uma grande atração para esta área.

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18

19

(18)Foto da entrada do Parque Cristo Salvador. Fig 18 Fonte:https://www. acidadeon.com/ NOT,2,2,1280942, Confira+7+opcoes +de+passeio+para +o+feriado+na+ regiao.aspx

Fig.19. Fonte:http://prx. ifsp.edu.br/registros/2013/Formatura%20Pronatec%20 em%20Sert%C3%A3ozinho%20 09.12.13/index.html

Ao analisar o mapa geral do uso do solo, percebe-se uma falta de equipamentos de grande escala ao redor do terreno, constatando como o mais próximo a faculdade IFSP. Ocupação do Solo - Figura e Fundo.

(19)Faculdade IFSP – equipamento de grande escala próximo ao local

Fonte: Mapa em DWG da cidade fornecido pela Prefeitura e modificado pelo aluno.

A área selecionada para o projeto está inserida em um bairro recentemente construído – 2010 - portanto, observamos uma grande quantidade de vazios em suas quadras, com uma baixa densidade populacional. Dentro da área estudada observamos ainda que a concentração de edifícios se encontra no sentido do bairro Jardim Boa Sorte – loteado no ano de 2009 – sendo o mais antigo entre os lotes vizinhos e portanto o mais adensado. Já o sentido para o outro bairro vizinho, Parque das aroeiras – loteado em 2013 – é o mais recente sendo portanto o menos adensado.

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Ocupação do Solo - Gabarito. Legenda: 1 Pavimento 2 Pavimento 3 Pavimento

Fonte: Mapa em DWG da cidade fornecido pela Prefeitura e modificado pelo aluno.

O local possui uma predominância em edifícios com 1 ou 2 pavimentos (sendo estes residências unifamiliares). Porém a legislação das zonas permite que este gabarito avance até no máximo 8 pavimentos; em relação a este aspecto, o local já apresenta alguns edifícios multifamiliares com 3 pavimentos e este número tende a aumentar devido a especulação imobiliária do local.

Fig.20.Exemplo de Edifício multifamiliar de 3 andares(1) Fonte: Tirada pelo aluno. Fig. 21.Exemplo de edifício de 2 pavimentos (2) Fonte: Tirada pelo Aluno.

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Hierarquia Viária Física

Sistema Viário Legenda: Via Principal Octávio Verri Via Coletora Via Local

Sentido das Vias.

Fonte: Mapa em DWG da cidade fornecido pela Prefeitura e modificado pelo aluno.

eno

r Ter

Fonte: Mapa em DWG da cidade fornecido pela Prefeitura e modificado pelo aluno. Sem Escala.

A área estudada se encontra próxima a uma das entradas da cidade, sendo assim ela possui a presença de uma grade via – Via de Acesso Otávio Verri – ao qual passa bem a frente do terreno escolhido. Portanto, é fácil o acesso ao local e também ao interior da cidade, e por ser uma das ligações para o interior da cidade, possui grande fluxo. Segundo cortes abaixo obtidos no Mapa viário da

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Prefeitura, esta via é determinada como via arterial marginal, obtendo portanto


o fluxo ao qual foi destinada. Duas outras vias que formam o perímetro do terreno – Rua Rodrigo Henrique Montenegro e Rua Carlos Alberto da Silva – são determinadas como vias locais, mas possuem o papel de coletoras da Via Otávio Verri se conectando também a outra Avenida – Av. Ivo Martignon - esta avenida ainda não está concluída e tem o objetivo de ligar os bairros futuros no sentido do bairro Parque das Aroeiras, assim ela ainda não possui o fluxo ao qual foi destinada. O restante das vias são determinadas vias locais, possuindo um fluxo exato para o qual foram destinadas.

Hierarquia Viária Funcional

Fonte: Mapa Viário do Município de Sertãozinho disponível em PDF na prefeitura.

Legenda: Alto FluxoOctávio Verri Médio Fluxo Baixo Fluxo Fonte: Mapa em DWG da cidade fornecido pela Prefeitura e modificado pelo aluno.

A partir dos cortes obtidos pelo Mapa viário da Pefeitura e por medidas das vias no local, percebe-se que há uma diferença entre a hierarquia física e funcional das vias – as vias que funcionam como coletoras, que possuem o fluxo de coletores, na verdade apresentam medidas de vias locais, assim como as demais que funcionam mesmo como locais.

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Vista Superior do Terreno Mobiliário

Análise do Terreno (Superior)Fonte: https://igeo.caubr.gov. br/igeo/. Acesso em 26/03/2018. Sem Escala.

eno

r Ter

Legenda: Postes Placas Árvores Área Verde Fonte: Mapa em DWG da cidade fornecido pela Prefeitura e modificado pelo aluno.

O terreno é cercado pelas ruas Carlos Alberto da Silva, Rodrigo Henrique Montenegro, Alfredo Louzada e pela Via Otávio Verri (logo acima encontramos

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uma área verde destinada a uma praça pública, porém ainda não executada). Ele possui uma área de 13.958,34 m² com destino a uso


institucional ao qual foi determinado em seu loteamento designado na Prefeitura de Sertãozinho. O terreno não possui calçada em toda sua extensão por não ser uma área destinada a moradias, assim o calçamento se localiza apenas a frente da Via Otávio Verri onde possui um fluxo maior de pessoas em relação às outras extremidades do terreno. 23

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Fig.22. Foto da área verde próxima ao terreno. Fig.23.Foto mostrando término da calçada Fig.24.Foto mostrando o calçamento apenas a frente do Terreno – Vista de quem chega ao local

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Fig.25 e Fig.26.Fotos das placas a frente do terreno. Fig.27.Vista Frontal do Terreno. Fig. 28.Vista do superior do terreno. Fonte Fotos: Autoria do Aluno.

O entorno é bem sinalizado com placas e bem abastecido com postes e iluminação; este último se mantém em apenas um lado da rua, porém no terreno escolhido é cercado por toda sua extensão. Nota-se também que as vegetações em calçadas são escassas.

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Topografia Legenda: Sentido do caimento da água Fonte: Mapa em DWG da cidade fornecido pela Prefeitura e modificado pelo aluno.

O terreno apresenta um grande desnível entre o ponto mais alto e o mais baixo. Como podemos observar na foto retirada do site do IGEO acima, o terreno já possui barreiras morfológicas construídas para barragem de água da chuva por conta deste desnível, o que deverá sofrer interferências futuramente com

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o projeto.


em zonas e para cada uma delas existem algumas restrições, assim para construção de qualquer edifício na cidade é preciso ser consultado e obedecido todas as restrições estabelecidas. O terreno aparece demarcado em azul por própria denominação do mapa de macrozoneamento, sendo um terreno destinado a fins institucionais do loteamento da o bairro Cidade Jardim. Com observação no mapa, percebese que tanto este bairro quanto os dois que os cercam estão localizados na ZM2 – Zona Mista 2. A legislação do Município, segundo o zoneamento atual em vigor, estabelece uma tabela ao qual dispõem algumas restrições as Zonas da cidade. Assim ao analisá-la podemos avaliar o comportamento que deve ser mantido na Zona do projeto.

Macrozonemaneto

Legislação

O mapa de macrozoneamento do Município de sertãozinho divide a cidade

Fonte: Mapa de Macrozona Urbana em PDF disponível no site da Prefeitura. Sem Escala.

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Diretriz Projetual 32

A partir do estudo do levantamento realizado, algumas diretrizes foram estabelecidas. Com a inserção do objeto proposto pelo trabalho, o local ganhará um novo equipamento de grande escala, podendo assim mudar a padronização dos usos em que o local possui, trazendo para seu entorno mais usos como comércio e serviço, ao qual a partir da análise do solo vemos que possui um número reduzido. Pretendendo manter a não densidade das quadras existente no local, o projeto propõe uma ocupação bem distribuída pelo terreno, com grandes áreas livres espalhadas. Aproveitando também da topografia existente, os blocos de usos se distribuem ao longo do terreno de forma a subirem conforme sua topografia, tornando assim um edifício com um gabarito baixo, parecido com o restante do entorno, não excedendo os gabaritos já existentes para não causar grande impacto.


Sistema Construtivo e Instalações

O sistema construtivo a ser empregado consiste em um sistema racional, com economia de materiais e de tempo de obra, tentando gerar menos impacto possível ao meio ambiente, valorizando sempre a mão de obra. A intenção é utilizar de um sistema construtivo racionalizado para aumentar a produtividade, além de reduzir os custos e melhorar a qualidade da obra. Serão empregados sistemas e tecnologias construtivas que reduzem o tempo de execução da obra, e que facilitam a aplicação ou montagem dos elementos no local. Além disso, serão usados materiais com tecnologias que proporcionam bons acabamentos para que estes possam reduzir custos da obra; e assim evitar também desperdícios e volume de resíduo no local. O projeto será composto de altas tecnologias para o uso da flexibilidade nos ambientes, propondo tanto sistemas flexíveis quanto materiais que proporcionam este aspecto.

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Programa de Necessidades

A tabela a seguir reuniu as identificações dos espaços e suas quantidades com os mobiliários ao qual preencheram os ambientes, estabelecendo um prédimensionamento para estes locais. Ela foi dividida em zonas de usos, e a partir disso, foi estabelecida uma porcentagem em que cada zona ocupará no programa. O objeto é composto por usos que complementarão as atividades profissionais, aumentando o grau de conhecimento e colocando este em prática. O plano de necessidades é composto por espaços didáticos, espaços de exposição, espaços de lazer e convívio, espaços de apoio, espaços administrativos e espaços de circulação.

Espaço Didático

No espaço didático primeiramente foi pensado as salas de aula e salas de computação, aonde nelas ocorreram os cursos técnicos – ao total serão 3 salas de aula e 2 salas de aula com computadores de última geração. A metragem proposta para elas vem a partir do estudo do tamanho usual de uma mesa escolar que comporta um notebook em relação ao número de alunos ao qual cada sala abrigará. Existem salas de aula para 12 ou 24 alunos, estas apresentando uma flexibilidade para expansão ou diminuição – e salas de computação para 18 alunos.

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O estúdio compartilhado é um grande espaço aberto com mesas e pranchetas para que os usuários trabalhem em grupo compartilhando suas experiências. Já os estúdios privados são salas fechadas ao qual o usuário que reservar por um período de tempo poderá trabalhar no local. A metragem quadrada deixada inicialmente para os estúdios seriam de 9 m². O laboratório foi baseado em exemplos já implantados em algumas faculdades – a plataforma Fab Lab- e também na referência bibliográfica do Center Moody. FAB LAB é um componente de divulgação educacional do Centro para Bits e Átomos do MIT, uma extensão de sua pesquisa em fabricação digital e computação. Um Fab Lab é uma plataforma técnica de prototipação para inovação e invenção, provendo estímulo para empreendedores locais. Um Fab Lab é também uma plataforma para aprender e inovar: um lugar para brincar, para criar, para aprender, para orientar, para inventar (Rede Fab Lab Brasil). Assim, o objeto se associará a rede atendendo aos requisitos necessários como: possuir uma cortadora a laser que faz estruturas 2D e 3D, uma cortadora de vinil, uma fresadora CNC de alta precisão, uma fresadora CNC de grande formato para construir móveis, e um conjunto de componentes eletrônicos e ferramentas de programação de baixo custo para construção rápida e local de protótipos de circuitos. A ideia é que todos os laboratórios da plataforma Fab Lab possam compartilhar conhecimentos, projetos e colaborar através de fronteiras internacionais. (Rede Fab Lab Brasil). Juntamente com esta plataforma o laboratório contará com salas de materiais específicos oferecidos pelo lugar para que os usuários o desfrutem na produção de seus protótipos - baseados na referência do Center Moody. Portanto o espaço destinado a este laboratório possuí medidas necessárias para ocupar todos os equipamentos necessários e, além disso, constam com mesas, armários para armazenagem de produtos e uma sala anexa aonde serão armazenados os materiais como madeira, metal, vidro e entre outros. Além deste laboratório, existe mais dois ambientes flexíveis ao qual podem ser usados como espaços de produção e experimentação. O espaço do Coworking é definido por ser uma nova forma de pensar o ambiente de trabalho segundo o site da Coworking Brasil - profissionais independentes que procuram um espaço democrático em que possam desenvolver seus projetos sem o isolamento do home office ou as distrações de espaços públicos (Coworking Brasil, 2017). A partir disso foi deixada uma ampla área, aonde se localiza todo o espaço de trabalho e de convívio. Este espaço é composto por mesas, por armários, todo equipamento necessário para escritórios, por salas de reunião compartilhadas e por um espaço de

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convívio e espera para os clientes, além disso, foram instaladas divisórias móveis entre algumas mesas para que o usuário consiga ter a flexibilidade de obter locais mais privados quando necessário e também separações feitas por mobiliários. Para a biblioteca, as dimensões também foram tomadas a partir de medidas de estantes de livros “usuais” em bibliotecas em relação quantidade destas requeridas no projeto – ao total seriam 22 estantes com um repertório em torno de 1600 livros. Além das estantes outros mobiliários ajudariam a compor a biblioteca – mesas para leitura, sofás para leitura e computadores de consulta. Os dois Anfiteatros posuem a capacidade total de 144 lugares - com 72 lugares cada – sendo usados para palestras e workshops. Suas dimensões se basearam na metragem quadrada por pessoa, sendo 1m² para cada pessoa.

Espaço Expositivo

Os espaços de exposição são compostos por uma galeria tradicional, por espaços entre os locais de convívio, por um espaço flexível que poderá servir de galeria e por exposições pequenas juntamente a recepção. A intenção de colocar as exposições em espaços de circulação e de convívio é trazer uma maior interatividade entre os usuários do local e os objetos expostos, sendo estes dos mais variados assuntos – obras de arte, protótipos dos alunos, pesquisas e etc. Porém ciente de que algumas obras de arte precisam ter cuidados ao expor foi criada uma galeria própria para objetos mais sensíveis ou que precisam de uma maior privacidade.

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Espaço de Apoio

Os espaços de apoio compõem a recepção, DML, banheiros, salas para armazenamento de protótipos, banheiro para funcionários, sala para funcionários, estacionamento e etc. Estes foram dimensionados e numerados conforme a evolução do projeto em relação à necessidade do objeto como um todo. Em relação ao estacionamento, foram deixadas 55 vagas, número baseado na lei do Parcelamento e uso do solo de Ribeirão Preto.

Espaço de Convívio e Lazer

Para os espaços de convívio e lazer englobamos os cafés, que estarão inseridos ao meio da circulação e espaços de estar, propondo um lugar agradável de permanência e apreciação; e espaços ao ar livre com bancos e árvores para um lazer e descanso dos usuários.

EspaçoAdministrativo

O espaço de administração compõe a sala da diretoria, sala dos professores, banheiro dos professores, secretária e o departamento financeiro. Foram dimensionados conforme a necessidade de mesas e armários para armazenagem de documentos.

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O programa foi estabelecido a partir da análise de algumas normas como a Lei de Uso e Ocupação do Solo do Município de Sertãozinho – nº 279 de 23 de Agosto de 2012, a Lei Complementar nº 206 de 2008 que determina as regras e responsabilidades para as obras e edificações do Município de Sertãozinho e também as instruções Técnicas do Corpo de Bombeiros e a ABNT NBR 9050 de 2015. E também a partir da observação de referências projetuais em relação aos usos e metragens aos quais seria composto o objeto. Para pensar o pano de necessidade foi feito um estudo prévio através de mapas das Instituições de ensino superior da região metropolitana de Ribeirão Preto em relação aos cursos de Arquitetura e Urbanismo e Engenharia para prever a quantidade de pessoas que o projeto receberá; também através de dados do

Legenda: 0 1 2-3 6-7 Fonte:https://creanet1.creasp.org. br/ServicosOnline/ InstituicaoEnsino/ PesquisaPublicaIES.aspx Sem Escala.

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Instituição de Ensino/Cursos de Engenharia, Cadastrados no CREA-SP

CAU/BR foram retirados dados da quantidade de profissionais na região.


Instituição de Ensino/ Curso de arquitetura e urbanismo, cadastrados na ABEA

Legenda: 0 1 2-3 6-7 Fonte:https:// www.abea. org.com. br/?page_ id=11

Quantidade de profissionais Arquitetos e Urbanistas

Sem Escala.

Fonte: https:// igeo.caubr. gov.br/igeo/. Sem Escala.

A partir da análise dos mapas chegou à conclusão de que o projeto receberá uma quantidade total de 450 pessoas, sendo esta uma população variável e dividida entre o turno da manhã, tarde e noite.

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Referências Projetuais

A análise de referências projetuais é muito importante pois a partir delas construímos um acervo em nosso conhecimento sobre o tema escolhido – flexibilidade - sobre o objeto, sobre as dimensões usuais, sobre técnicas construtivas, sobre materiais e entre outros. Como diz Simon Unwin - O objetivo da análise de arquitetura, como de qualquer outra disciplina criativa, é entender seus componentes e funcionamentos fundamentais a fim de assimilar e adquirir seus poderes. A partir disso, os projetos selecionados para a análise tiveram alguns critérios de escolha como: a permeabilidade visual entre os ambientes e com seu o exterior, o critério da flexibilidade nas suas soluções arquitetônicas, o programa composto, suas circulações e acesos e alguns aspectos arquitetônicos ao qual gostaria de inserir no projeto. As leituras realizadas foram:

Rice University Moody Center For The Arts, do Arquiteto Michael Maltzan, no ano de 2017.

Edifício The Communs, dos arquitetos do Department of Architecture, no ano de 2016.

Fig.29.Fonte:https://arcspace.com/feature/moody-centre-forthe-arts-rice-university/

Fig.30.Fonte:https://www.archdaily.com.br/br/802931/thecommons-department-of-architecture

Biblioteca Northside, do grupo de Arquitetos NBBJ, no ano de 2017. Fig.31. Fonte: https://www.archdaily.com.br/ br/890717/biblioteca-northside-nbbj

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O Moody Center for the Arts (MCA), projeto do arquiteto Michael Maltzan de 2017, é uma instalação situada em Houston dedicada ao avanço da colaboração interdisciplinar entre artes, ciências e humanidades. Localizada dentro da Rice University, o local abriga uma diversificação de usos – espaços de instrução, produção e exposição de artes – e tem a intenção de

Implantação

ampliar e aprimorar os recursos existentes no campus Rice University.

Rice University Moody Center For The Arts.

Fig.32. Fonte:https:// www.archdaily. com/793264/ michael-maltzandesignsexperimental-artscenter-at-riceuniversity. Acesso em: 20/03/2018.

Localização na Faculdade Rice University

Fig. 33.Fonte: Google Earth. Acesso em 27/03/2018.

Fig.34.Fonte: Google Earth. Acesso em 27/03/2018.

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O projeto possui uma grande permeabilidade visual; as internas que permitem visualizar as inúmeras atividades existentes no seu programa, e as visões para o campus gerado principalmente pelo pavimento térreo com o uso de fechamentos em vidro do chão ao teto em quase toda sua extensão.

Permeabilidade visual do pavimento Térreo

Fig.35.Fonte:https:// www.archdaily. com/793264/michael-maltzan-designs-experimental-arts-center-at-rice-university. Acesso em: 20/03/2018.

Permeabilidade visual nos interiores

Fig. 36, Fig.37, Fig. 38 e Fig.39. Fonte:https://www.archdaily.com/793264/ michael-maltzan-designs-experimental-arts-center-at-rice-university. Acesso em: 20/03/2018.

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O edifício traz também a discussão de flexibilidade, com a intenção de criar espaços em que os alunos da universidade pudessem colaborar em grupo aumentando o seu desempenho nas atividades oferecidas e que estes locais ainda pudessem servir como exposição das produções dos alunos e Espaço de Exposição

Estúdio Coletivo

também de artistas externos.

Fig.40 e Fig.41. Fonte:https://www. archdaily. com/793264/ michael-maltzan-designs-experimental-arts-center-at-rice-university. Acesso em: 20/03/2018.

Entre os espaços flexíveis podemos citar a circulação vertical, ao qual a própria escada possui vários usos - os ocupantes podem desfrutar de assentos de teatro, para encontros casuais ou para observar performances em um espaço de exposição próximo (Arcspace, 2017).

Fig.42 e Fig.43. Escala de uso Flexível Fig. 44 e Fig.45. Fonte:https://www. archdaily. com/793264/ michael-maltzan-designs-experimental-arts-center-at-rice-universit – Colorido pelo aluno. Acesso em: 20/03/2018.

As galerias ainda contam com um fechamento flexível em cortina de aço dando uma maior privacidade nas galerias quando necessário, como montagens de grandes exposições.

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Fig.52. Fig.53. Fonte: https:// moody.rice.edu/. Acesso em: 20/02/2018.

44 área de prototipagm rápida

Um estúdio de teatro flexível com capacidade para 150 pessoas

Fig,50,Fig.51. Fonte: https://moody. rice.edu/. Acesso em: 20/02/2018.

Salas que servem desde palestras até atividades práticas

Fig.48. Fig.49. Fonte: https://moody. rice.edu/. Acesso em: 20/02/2018.

Uma galeria multimídia para vídeo e arte de instalação

Uma galeria de arte experimental, com piso de madeira para dança

Uma galeria de arte com qualidade

Fig.46. Fig.47. Fonte: https://moody. rice.edu/. Acesso em: 20/02/2018.

Salas de aula projetadas para Um espaço fabricante, incluindo uma hospedar uma variedade de atividades. loja de madeira, loja de metal e etc.

O programa abriga:


Escritórios para artistas e estudiosos visitantes Um café Estúdios Coletivos

Cabines de edição audiovisual Estúdios privados

Fig.56. Fig.57. Fonte: https://moody. rice.edu/. Acesso em: 20/02/2018.

Estúdios Coletivos

Fig.54. Fig.55. Fonte: https://moody. rice.edu/. Acesso em: 20/02/2018.

Fig.58 e Fig.59. Fonte: https://moody. rice.edu/. Acesso em: 20/02/2018.

o

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Pavimento Térreo 1º Pavimento.

Legenda: Entrada/ Circulação Público Entrada/ Circulação Funcionários Circulação Vertical Circulação Horizontal e Convívio

Exposição Teatro e Componentes Armazenagem Espaço Criativo público Espaço Criativo privado Sala de Aula Produção Apoio Café

Fonte:https://www.archdaily.com/793264/ michael-maltzan-designs-experimental-arts-center-at-rice-universit – Colorido pelo aluno. Acesso em: 20/03/2018.

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O programa do Moody ainda comporta com parcerias criativas com artistas nacionais e internacionais, e oferece um número limitado de estágio para alunos de graduação e pós-graduação. O programa oferece aos alunos a oportunidade de aprender sobre carreiras nas artes e sobre muitos aspectos das operações do dia-a-dia.(Moody Rice,2017). Alguns aspectos arquitetônicos como suas paredes brancas servem como uma tela para seus ocupantes, sendo preenchida assim por mobiliários de cores neons para animar o espaço e também pelas obras de arte e protótipos produzidos pelos ocupantes e artistas externos, fazendo com que esta se

Paredes com apresentações de artes

Mobiliários neon

destaque no ambiente.

Fig.60. Fig.61. Fig.62 e Fig.63. Fonte:https://www. archdaily. com/793264/ michael-maltzan-designs-experimental-arts-center-at-rice-universit – Colorido pelo aluno. Acesso em: 20/03/2018.

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The Communs

Fig.64.Fonte:https:// www.thecommonsbkk. com/. Acesso em: 27/03/2018

Para Bangkok, ou para quaisquer outras cidades cosmopolitas modernas, as condições de vida e a forma espacial continuam a evoluir. A partir de 2016, com o projeto The comuns do arquitetos do Department of Architecture, Bangkok receberá novas possibilidades de espaço ao ar livre que pode efetivamente responder ao calor tropical e sua condição de vida densa, onde não há muito espaço para o exterior. “The Commons”, um pequeno empreendimento de varejo no centro da cidade, é uma tentativa de criar um novo espaço ao ar livre ativo, onde as pessoas possam desfrutar confortavelmente a qualquer hora do ano.(Archdaily,2017). A intenção era criar um quintal vertical para os moradores da cidade, algo

Fig.65.Fonte: Google Earth. Acesso em: 27/03/2018

Fig.66.Fonte:https:// www.thecommonsbkk. com/. Acesso em: 27/03/2018

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Localização / Implantação

diferente em relação aos milhares shoppings centers existentes.


Logo na entrada do edifício encontramos uma grande área de convívio com uma permeabilidade visual por todo o edifício, ela se escalona em rampas e escadas, sendo uma área bem atrativa e que chama atenção das pessoas para explorar seu interior. Este espaço flui tanto verticalmente quanto horizontalmente por todo o edifício, permitindo também uma ventilação e iluminação natural por toda aparte.

Visão Convidativa da Entrada

Permeabilidade visual vertical e horizontal em varias partes do edifício

Fig.67. Fig.68. Fig.69. Fig.70. Fig.71 e Fig.72. Fonte:https://wisont. wordpress. com/2016/06/14/ the-commons-by-department-of-architecture/ dept-thecommons-10/

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A permeabilidade visual também se aplica nos fechamentos dos ambientes, em que muitos são compostos por vidros, promovendo uma interação da área externa de convívio com o ambiente interno das lojas e restaurantes.

Fechamento em vidro

Fig.73 e Fig.74. Fonte:https://wisont.wordpress. com/2016/06/14/the-commons-by-department-of-architecture/ dept-thecommons-10/

Nesta grande área de convívio as pessoas possuem flexibilidade na forma ao qual vão utiliza-las, a partir dos degraus e rampas propostos de maneiras diferenciadas elas podem se sentar para interagir com pessoas, para realizar suas refeições, trabalhos, exposições e entre outros- escadas podem ser

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Utilização flexível do espaço Circulação como exposição

Fig.75. Fig.76. Fig.77 e Fig.78. Fonte:https:// wisont.wordpress. com/2016/06/14/ the-commons-by-department-of-architecture/ dept-thecommons-10/

Escadas com espaço de convívio

Circulação flexível

assentos e uma pequena mesa de bancada.


Zonas com Lojas

Zonas de Mercado/ Restaurantes

O programa ĂŠ composto por:

Fig.79. Fig.80. Fig.81. Fig82. Fig.83. Fig.84.Fig.85 e Fig.86. Fonte:https:// sethlui.com/ the-commons-bangkok-eating-guide/.

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Escadas com atividades para crianças Zonas de saúde com aulas de pilates, worksop,yoga, artes, aula de culinária.

Fig.87. Fig.88. Fig.89 e Fig.90.Fonte:https:// www.wom-bangkok. com/shop/the-littile-pea/

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Pavimento Térreo

Espaço para aulas de culinária

Fig.91. Fig.92. Fig.93.Fonte:https:// www.appearhere. co.uk/inspire/blog/ global-ideas-consumerism-meets-community-in-bangkok

Pavimento Térreo


Subsolo

Legenda: Entrada Público Circulação Vertical Restaurante / Mercado Apoio Espaço Convívio Estacionamento Circulação horizontal Lojas Espaço Saúde yoga, piates, etc. Espaço para atividades.

Pavimento Térreo

Circulação: Entrada Vículos Entrada Serviço Entrada Público

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Primeiro Pavimento Segundo Pavimento

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Terceiro Pavimento

Legenda: Entrada Serviço Entrada Veículo Entrada Público Circulação Vertical Restaurante / Mercado Apoio Espaço Convívio Estacionamento Circulação horizontal Lojas Espaço Saúde yoga, piates, etc. Espaço para atividades.


Quarto Pavimento Fonte:https:// www.archdaily. com/800497/ the-commons-department-of-architecture

Um aspecto arquitetônico interessante neste projeto é como eles solucionam a cobertura em relação às aberturas zenitais para ajudar a iluminar e ventilar o grande átrio interno, Esta cobertura é um pouco elevada em relação ao termino do ultimo pavimento, ajudando na ventilação cruzada. Elevação da cobertura

Parte inferior – brises, planos, ventiladores.

Fig.94.Fonte:https://www. herenow.city/ en/bangkok/ venue/thecommons/ Fig.95.Fonte: http://www.placesandfoods. com/2016/06/ the-commons-thong-lor.html

Ela é composta por duas partes, uma parte superior de vidro, que impede o caimento da chuva e de impurezas, e uma parte inferior composta por brise, planos e ventiladores industriais; esta última parte ajuda a impedir a entrada do sol direta e também ajuda na ventilação através dos ventiladores industriais.

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Biblioteca Notrhside Fig.96.Fonte:https:// www.archdaily.com. br/br/890717/biblioteca-northside-nbbj

O edifício do grupo de arquitetos NBBJ de 2017 foi destinado à biblioteca Metropolitana de Columbus, nos EUA,com a intuição de mostrar a evolução que as bibliotecas ganharam ao longo dos anos - mostrar a tendência de um novo desenvolvimento por trás das bibliotecas atuais. Uma vez que é um ponto de divulgação do conhecimento e uma introspecção silenciosa, elas estão se tornando lugares para se encontrar, socializar, estudar, sair e se conectar Implantação

(Archidaily,2017).

Legenda: 1- Biblioteca 2- Entradas 3- Lugares ao ar livre 4- Estrutura escultural 5- Área permeável 6- Rampas Fig.97.Fonte:https://www. archdaily.com. br/br/890717/ biblioteca-northside-nbbj

Fig.98 e Fig.99. Fonte:https://www. archdaily.com.br/ br/890717/biblioteca-northside-nbbj

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7- Entrada Estacionamento 8- Estacionamento 9- Estacionamento na rua 10- Vaga deficiente


Os conceitos das novas bibliotecas implantadas pelo mundo nos últimos anos apresentam grande permeabilidade visual, diferentemente do estilo antigo de projetar as bibliotecas como um espaço estritamente fechado e com poucas aberturas. Neste exemplo podemos observar a permeabilidade visual que existe tanto internamente entre um ambiente e outro como

Permeabilidade visual de quase todos os ambientes.

Fechamentos em vidro fazendo a conexão do exterior com interior

externamente, relacionando o objeto com seu exterior.

Os fechamentos em vidro ocorrem na extensão de sua fachada no pavimento térreo e no pavimento superior em um local destinado a leitura.

Permeabilidade visual dos ambientes – representando o olhar do usuário.

Fig.100. Fig.101. Fig.102. Fig.103. Fonte:https:// www.archdaily.com.br/ br/890717/ biblioteca-northside-nbbj

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A flexibilidade de usos dos ambientes se torna interessante neste projeto; a circulação principal de um pavimento a outro se dá por grandes rampas aos quais nelas estão locadas áreas de estar próximas as janelas, estas podem ser Circulação mais áreas de estar /convívio.

utilizadas para estudo, leitura, trabalho e entre outros.

Fig.104. Fig.105. Fig.106. Fig.1047 E Fig.108.Fonte:http:// mvsuriano.com/newpage/

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Outro aspecto interessante nesta obra é a flexibilidade que os níveis dos pavimentos se encontram, para criar uma permeabilidade visual maior dentre os ambientes os arquitetos utilizar esse jogo de alturas entre os diferentes níveis. As próprias rampas proporcionam essas diferentes visões ao longo Corte mostrando os diferentes níveis de piso.

do seu percurso.

Fonte:http:// mvsuriano. com/new-page/

Biblioteca Central

O programa é composto por:

Fig.109. Fig.110. Fig.111 e Fig.112.:https:// www.archdaily.com.br/ br/890717/ biblioteca-northside-nbbj

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Zonas para leitura e estudo individual e compartilhado

Locais para estudo compartilhado com computadores

Compartilhado

Um CafĂŠ

Zonas infantis e para adolescentes

Privado

Fig.113. Fig.114. Fig.115. Fig.116. Fig.117. Fig.118. e Fig.119.:https://www. archdaily.com.br/ br/890717/biblioteca-northside-nbbj

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Pavimento térreo. Primeiro Pavimento. Legenda: Entrada Serviço Entrada Público Apoio Circulação Vertical Biblioteca Central

Espaço para Leitura Área para crianças Espaço para renião e palestra Circulação Horizontal Café

Espaço de estudo e encontros Espaço Informática Área para Adolescentes

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Um aspecto arquitetônico relevante nesta referencia é a forma como o arquiteto estrutura uma parte superior em balanço logo na entrada. Com uma estrutura não convencional metálica, o arquiteto consegue estruturar e ao mesmo tempo trazer beleza e arte para o local.

Fig.120. Fig.121 e Fig.122.Fonte: http:// www.chuckchoi.com/ portfolio/columbus-library-ramps-up

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Diretriz Projetual

A partir do estudo dessas três referências alguns aspectos compatíveis a elas foram analisados e pensados para a inserção destes no projeto a ser construído. Todos os projetos estudados possuem bastante flexibilidade em seus ambientes, tanto permeabilidade visual quanto em relação aos usos inseridos no ambiente; e este aspecto é o que mais interessa para o futuro projeto – a partir desses exemplos algumas diretrizes projetuais foram decididas. A primeira referência (Moody Center) serviu como base para construir o plano de necessidades, conhecendo alguns usos interessantes pra o projeto e analisando as dimensões dos usos compatíveis ao programa do trabalho. As outras referências – The Communs e Biblioteca Northside – como também o Moody Center, ajudaram no conceito de permeabilidade visual, as duas possuem uma grande interação entre os ambientes e o exterior. A referência The Communs, também ajudou a solucionar o grande desnível existente no terreno. Portanto, a partir da observação das referências, o projeto terá ambientes convencionais institucionais, como salas de aula, bibliotecas e anfiteatro, mas também possuirá ambientes não convencionais como um laboratório de protótipos, galeria 3D, estúdios de estudo e trabalho privativos e compartilhados, um espaço para coworking e entre outros. Estes ambientes terão fechamentos flexíveis e com materiais com grande permeabilidade visual para garantir uma maior interação entre eles, tanto um com outro, quanto com o exterior. Para melhorar também a interação a circulação será destinada a espaços de convívios e exposições de protótipos dos alunos, obtendo entre corredores, escadas e rampas, espaços destinados a estas funções. Estes espaços de convívio serão adaptados ao terreno, conforme visualizado em uma das referências, aproveitando o desnível existente para a criação destas rampas, escadas e espaços de convívio.

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Projeto O projeto foi destinado à criação de um Centro de Extensão dasW faculdades de Arquitetura e Urbanismo, um local de aprimoramento dos estudos feitos

O terreno possui uma área de 13.958,34 m², porém, após a análise do programa de necessidades, observou-se que o programa não ocuparia a totalidade do terreno, e assim este foi dividido pelo prolongamento de uma via já existente no local que cruzava ao meio do terreno. Terreno Modificado

Implantação

pelos alunos nessas faculdades e por profissionais já formados.

Fonte: Mapa em DWG da cidade fornecido pela Prefeitura e modificado. Sem Escala

Assim, sua área passou a ser 8.096,72 m²; deixando o restante do terreno para implantação futura de uma área verde

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Sentido das Vias Fonte: Mapa em DWG da cidade fornecido pela Prefeitura e modificado. Sem Escala

O mapa mostra a situação do local antes da criação da nova rua, e foram selecionados em vermelho o caminho ao qual os veículos dos usuários fariam para circular por volta do terreno. Observa-se que para contornar o terreno a única forma é pela rotatória perto do local, pois o sentido da via que o limita, e que usariam para circular por volta do lote, possui um sentido

Sentido das Vias

contrário.

Fonte: Mapa em DWG da cidade fornecido pela Prefeitura e modificado. Sem Escala

Com a criação da via ao meio do terreno ganha-se uma possibilidade de implantação de um caminho melhor para poder circular pelo terreno, porém como essa nova via é um prolongamento de uma já existente, ela já possui um sentido, e este também não colabora para circular pelo lote.

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Terreno e Sentido Modificado Fonte: Mapa em DWG da cidade fornecido pela Prefeitura e modificado. Sem Escala

Assim, o projeto propõe a mudança do sentido apenas deste trecho de via que

Organização Espacial

foi criada, para melhor circulação dos veículos no local.

A volumetria do edifício foi pensada de forma a deixar um grande espaço de convívio entre os blocos, e que estes volumes aproveitassem a topografia, conforme as curvas de níveis forem crescendo os pés direitos iam diminuindo.

Topografia sobe pé-direito abaixa, formando uma linha horizontal por cima dos blocos.

A distância de um bloco a outro nas partes superiores seriam resolvidas por passarelas suspensas. O restante do terreno seria destinado também a área de convívio com áreas verdes e

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espaços de lazer.


Maquete Volumétrica Inicial Espaço de convívio entre os blocos.

Pavimento superior. Evolução do Volume

Pavimento térreo

Volumes icinial com pouca área de convívio entre eles

Houve um distanciamento de um dos blocos para criar um espaço maior de convívio

Com um distanciamento maior entre eles, o programa de necessidades inserido sofreu modificações, e inserção de alguns usos. Houve também a criação de uma permeabilidade maior entre s blocos.

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Além de criar um grande espaço de convívio entre os blocos promovendo a integração dos usos com o publico, alguns volumes receberam fechamentos em vidro para que pudessem se integrar mais ainda ao ambiente social. Para estes espaços foi observado aonde a incidência do sol seria maior durante todo o dia, e assim delimitados os locais aos quais poderiam receber os fechamentos Pavimento Térreo

em vidro.

Fechamentos em vidro protegidos pela cobertura superior. Em usos como cafeteria, biblioteca, recepção e galeria.

No pavimento superior também foram deixados alguns fechamentos em vidro para interação do ambiente com a circulação do próprio pavimento e para interação com o Pavimento Térreo – pode-se observar a biblioteca da parte Pavimento Superior

superior.

Fechamentos em vidro protegidos pela cobertura superior.

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Em usos como os estúdios particulares e a biblioteca do pavimento térreo.


Com uma área total construída de 5.422,30 m², o edifício receberá em torno de 450 pessoas ao total, sendo esta uma população variável e dividida entre o turno da manha, tarde e noite. Correa

Implantação

Bacchin

Os estacionamentos, com um total de 55 vagas, foram distribuídos pelo terreno para fácil acesso a todos os blocos e circulações, não se restringindo a apenas um ambiente.

a

o da Silv

os Albert

Rua Carl

Rua Rodrigo Henrique Montenegro

theus Rua Ma

Neste estacionamento existem vagas para funcionários, localizadas próximas à área administrativa.

al

n Vici Via

erri oV

ávi Oct

Legenda: Entrada Veículos

O número de estacionamentos estabelecidos é baseado na Lei do Parcelamento do solo de Ribeirão Preto, aonde foi encontrada a exigência no anexo IV. Como os estacionamentos estão divididos por todo o projeto, os espaços de carga e descarga necessários a alguns usos serão feitos pelo próprio estacionamento, pois como não há grandes demandas para esta função, não foi deixada um espaço específico.

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a

o da Silv

os Albert

Rua Carl

Rua Rodrigo Henrique Montenegro

Implantação

ea

hin Corr

us Bacc

the Rua Ma

A calçada contorna o estacionamento para melhor circulação dos pedestres.

Legenda: Entrada Principal

ávio

ct al O

n Vici Via

ri Ver

Entrada Pedestre

O projeto possui várias maneiras de penetrar pelo edifício, criando assim uma flexibilidade de acessos e circulações, facilitando

também a chegada em

qualquer ambiente do edifício. Porém, existe uma entrada principal do edifício – indicada na implantação acima - onde se localiza a recepção ao qual os visitantes receberão todas as informações e dúvidas necessárias.

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Foram plantas algumas árvores por todo o terreno a fim de sombrear os estacionamentos e os passeios dos pedestres por fora do edifício. A espécie escolhida foi Lonchocarpus Muehlbergianus, mais conhecida como ambirade-sapo, cuja copa é densa para absorver o calor e seus troncos começam

Detalhe árvores

a 2,30m do solo para que haja uma livre passagem ao redor.

Para o abastecimento de água fria do edifício foi consultada a Norma NBR 5626 para saber a quantidade de litros exigida – segundo a norma, para edifícios de ensino 50 litros por pessoa. Assim, chegou-se ao total de 22.500 litros, que foram distribuído em três caixas d´àguas de 7.500 litros. A localização dos reservatórios foi decidida por sua proximidade aos shafts existentes, que levarão toda a tubulação ate os ambientes molhados. A água pluvial será recolhida por calhas e condutores que descem juntamente ao pilar e são escondidos por um fechamento externo, sendo esses conectados a uma rede subterrânea que coletara todo o montante. Pilar e condutor

Condutor

Pilar Metálico

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Pavimento Térreo

Os usos foram divididos entre os blocos pensando em quais possuíam uma relação maior entre eles e também quais precisavam de maior privacidade. No primeiro pavimento se localiza metade do programa do espaço didático, o espaço expositivo, a maior parte do espaço de lazer e convívio, o epaço administrativo e alguns espaços de apoio. O restante do pavimento esta destinado a uma grande área pavimentada compostas por áreas jardinadas por todo o terreno, assim a circulação no pavimento térreo é feita por este grande espaço de convívio através de escadas e rampas, aproveitando a declividade existente no terreno ao qual possuia a inclinação adequada. Neste este espaço também foram criados patamares de permanência com brancos para que os Patamares de Permanência

usuários podessem aproveitar o ambiente e interagir uns com os outros.

As circulações verticais foram distribuídas pelos blocos, sendo três circulações principais, uma na entrada principal do edifício - se localiza na recepção e também possui acesso ao mezanino do café - uma na área de convívio mais ao fundo do edifício e próxima o outro café, e outra próxima a biblioteca e o espaço de coworking. Além destas, ainda existe outra circulação vertical, porém seu acesso é restrito ao

Legenda: 1- Café 2- Recepção 3- WC 4- Secretária 5- Departamento Financeiro 6- Sala da Diretoria 7- DML

8- Armário Limpeza 9 - Biblioteca 10- Laboratório/ Oficina/ Galeria 11- LAB 12- Coworking 13- Armazenamento LAB 14- Galeria

Circulação Vertical entrada Principal/ Mezanino

espaço administrativo.

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Os banheiros também foram distribuídos por todo o edifício de forma para atender todos os usuários seguindo a base de edifício de ensino do código de obras de Ribeirão Preto, resultando em 12 bacias sanitárias para o sexo feminino, e 12 para o sexo masculino. Além do número de sanitário mínimo proposto no código de obras, foram inseridos alguns outros sanitários dentro da área administrativa para atender

Sanitário para administrativo

Sanitário para administrativo

Segundo Pavimento

Sanitário para professores

Primeiro Pavimento

Pavimento Térreo

os funcionários.

Legenda: Sanitário Público Sanitário Funcionário

Com um total de 11 sanitários para funcionários sendo 5 masculinos, 5 femininos e 1 PNE. Contendo duas bacias sanitárias masculinas e duas femininas em cada conjunto.

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No pavimento térreo voltado para fachada principal do edifício se localizam zonas de apoio e

Juntamente a este conjunto, existirá um café para atender estes ambientes e uma

administrativa. Usos aos quais fazem funcionar todo o edifício, e que precisam ter fácil acesso aos

parte da área de convívio. Este possuíra um grande patamar ao seu lado para que

usuários e se localizar próximos a entrada principal.

além das mesas de dentro do bloco, o café possa se expandir para a área livre,

Os ambientes como Secretaria e Departamento financeiro possuem um aceso maior ao público por

interagindo cada vez mais os usuários do ambiente e de todo o edifício.

serem usos aos quais os usuários poderiam precisar de informações. Já o restante do administrativo

O fechamento em vidro utilizado neste bloco foi esquadria com as dimensões de

se encontra mais reservado, como por exemplo a Sala da diretoria que se encontra neste pavimento

2,20 x 3,60 m, com a intenção de criar uma maior integração do ambiente externo

por também ser um uso requisitado pelos usuários mas com menor frequencia.

com o ambiente interno.

Neste bloco, um dos ambientes de apoio - recepção - também receberá outra função, onde poderá

1

ocorrer exposições mais maleáveis e assim para isto foi deixado um grande espaço livre.

Legenda: 1- Café 2- Recepção 3- WC 4- Secretária 5- Departamento Financeiro 6- Sala da Diretoria 7- DML 8- Armário Limpeza

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Neste bloco se concentra outra área de café existente, uma área de exposição e área de apoio para este ambientes. Os cafés são compostos por cozinha em ilha para que houvesse uma maior interação do café com os espaços de convívio e uma maior permeabilidade visual do ambiente. Café Entrada principal

2

A circulação vertical deste bloco foi construída integrada ao café e em uma escala maior que as outras para chamar a atenção dos usuários, pois a intenção é tornar este um espaço multifuncional - um espaço de convívio e que também possa

Circulação Principal integrada ao café

ocorrer algumas exposições externas.

Legenda: 1- Café 3- WC 14- Galeria

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Este bloco, que se localiza mais ao meio do programa, se concentram grande parte do espaço didático e do espaço de exposição, que juntamente com a grande área de convívio e os fechamentos em vidro escolhidos a alguns ambientes, promove um grande vínculo entre eles. As esquadrias de vidro deste bloco possuem as Fechamentos em vidro

dimensões 2,40 x 2,70 m.

3

O espaço de Coworking foi situado de frente para uma das ruas para que possui-se um fácil acesso aos usuários externos, ao qual alugariam suas salas. O interior deste ambiente possui grande flexibilidade na sua organização pois possuem todos os seus fechamentos internos móveis, e também para uma maior integração, fechamentos Perpectiva da enrada do Coworking

em vidro.

Os espaços didáticos e de exposição ficam interligados neste bloco por fechamentos móveis, criando ambientes multifuncionais ao qual podem mudar seu uso conforme a necessidade. Apenas o ambiente do Fab Lab que possui um uso mais restrito por conta das máquinas e equipamentos existentes para que esta plataforma funcione.

Legenda: 3- WC 9 - Biblioteca 10- Laboratório/ Oficina/ Galeria 11- LAB 12- Coworking 13- Armazenamento LAB 14- Galeria

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da topografia, este bloco permitiu a existência de três pavimentos, o que o restante permite apenas dois. Nele se encontra uma parte do administrativo e um mezanino C

C

do café existente no pavimento térreo. Seu acesso é feito por duas maneiras, por uma circulação vertical pública - ao qual acessa o mezanino e o segundo pavimento - e por uma circulação vertical restrita apenas ao administrativo.

Corte CC

Primeiro Pavimento

O primeiro pavimento se localiza apenas em um bloco, pois com o grande desnível

Acesso Restrito Administrativo

Escada Mezanino

Para os fechamentos externos de todo o edifício, foi escolhido o material Steel Frame por ser sistema construtivo de rápida montagem, que resulta em poucos resíduos em obra e também pela flexibilidade da estrutura ser fabricada com as dimensões definidas pelo projeto. O restante dos fechamentos internos de todo o edifício também possuem grande Legenda: 3- WC 15- Mezanino Café 16- Sala de Reuniões 17- Sala dos Funcionários

flexibilidade, são feitos do Sistema Drywall que permite a montagem rápida e desmontagem. Além disso, é um material com peso leve e seus componentes são recicláveis, não gerando descartes tóxicos.

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Fachada 3

Fachada 2

Para iluminação e ventilação interna dos blocos serão utilizadas janelas em fita que percorrem por mais de um ambiente, tornando-as independentes do interior do edifício. Compostas por equadrias metálicas, estas são fracionadas permitindo que cada ambiente receba a ventilação necessária. Em alguns ambientes do segundo pavimento foram necesários ventilação e iluminação zenital, onde estas também possuem esquadria metálica e são elevadas da cobertura recebendo uma leve inclinação em sua laje para que penetre mais luz direta no ambiente.

Legenda: 3- WC 15- Mezanino Café 16- Sala de Reuniões 17- Sala dos Funcionários

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A ventilação e iluminação fora dos blocos será natural, pois entre os blocos há grandes espaços aos

Para fins estruturais será utilizado estruturas metálicas pré-fabricadas gerando grandes

quais acontece a entrada de ventilação e iluminação, e para completar, a cobertura recebe alguns

vãos livres aliados a uma estética “leve”. Assim, pilares - perfil H - e vigas - perfil I - pré-

locais em vidro - espaços de convívio e circulação - que são elevados da cobertura metálica para que

fabricadas serão deslocados ate a obra aonde acontecerá o termino da montagem da

haja ventilação cruzada, sendo protegidos por brises da incidência solar direta.

estrutura. Os pilares possuem as dimensões de 0,40x 0,40 m, e as vigas possuem a

A C

C

altura de 0,80 m, medidas adotadas conforme a porcentagem do vão deixado entre os As lajes serão de concreto pré-moldado, e os forros serão preenchidos com gesso.

A

O acesso ao telhado para manutenção e limpeza da cobertura metálica, cobertura de vidro e também das ventilações e iluminaçoes zenitais, é feito por uma circulação restrita aos funcinários que se encontra no Primeiro Pavimento logo ao lado das salas de aulas. Sua dimensão permite que os funcionários levem todos os tipos de materiais necessários.

Detalhe 1

Corte AA

Corte CC

pilares exigida pelo material usado.

No detalhe podemos observar como será feita a colocação das calhas, aos quais capitarão a água pluvial que descerá pelos condutores embutidos nos pilares, como dito anteriormente.

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Segundp pavimento

O pavimento superior ficou destinado aos espaços didáticos que necessitariam de privacidade, como as salas de aula, anfiteatro, estúdios privados e etc; sendo complementado pelas zonas de apoio necessárias. A ligação entre os blocos neste pavimento é feito por passarelas que são sustentadas por tirantes presos nas vigas superiores. A escolha das passarelas se deu por elas permitirem uma visão do pavimento térreo em seu percurso, assim interliga os usuários dos dois pavimentos e também seus usos. Para manter essa visibilidade entre os pavimentos, além dos espaços entre os blocos foi deixado um vazio localizado em cima da biblioteca com uma visão deste ambiente todo.

Fachada 4

Perspectiva da visibilidade do Pavimento superior para a biblioteca

Este local recebe o fechamento em vidro para não prejudicar todo o acervo existente.

Legenda: 3- WC 18- Estúdio Privados 19- Salas de Aula 20- Auditório 21-Estúdio Compartilado 22- Sala de Computação 23- Sala dos Professores

Fechamento em vidro da biblioteca até o segundo pavimento

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Os estúdios privados também possuem esta flexibilidade, sendo

para poderem se agrupar quando a demanda de alunos necessitar. Possui mobiliários multifuncionais,

dividimos por fechamentos de madeira móveis e agrupados conforme

com varias mesas e cadeiras para uma aula expositiva, mas também uma mesa comunitária para aulas

a necessidade do usuário.

com discussão ou em grupo.

Para maior interação do ambiente aos estúdios, a parede voltada

Logo próximo as salas de aula existe um conjunto de banheiros para atender aos usuários, com 2 bacias

para o corredor é composta por esquadrias de vidro de 0,9 x 2,10 m.

1

2

Perspectiva das Salas de Aula

femininas, 2 masculinas e 1 PNE. E juntamente a este bloco se encontra a escada de acesso ao telhado.

Estúdios Particulares

As salas de aula existentes são flexíveis, ou seja, possuem fechamentos móveis de madeira entre elas

Legenda: 3- WC 18- Estúdio Privados 19- Salas de Aula

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Os anfiteatros existentes foram inspirados no projeto do anfiteatro do SESC Pompeia, porém com a diferença de que estes possuem separações móveis de madeira entre eles, para que possam ser usados juntos ou separados, dependendo

4

da necessidade. Para facilitar a circulação entre eles existe um corredor ao lado, que esta no mesmo nível das duas entradas opostas, melhorando a circulação horizontal. O auditório é sustentado por um sistema metálico e coberto por placas de madeira compensada. Logo mais ao fundo encontrados a sala dos professores que se situa neste pavimento

3

por sua proximidade com as salas de aulas e os estúdios, tanto o privado quanto o

Detalhe 2

compartilhado, tornando mais fácil o acesso entre os ambientes.

Legenda: 3- WC 20- Auditório 23- Sala dos Professores

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Neste bloco encontramos em sua maioria o estúdio compartilhado, ambiente que não possui fechamentos, torando-se parte da circulação. Este aspecto arquitetônico faz com que os alunos trabalhem juntos e interagem também com os usuários que passam ao local, fazendo uma troca de informaçôes. Além disso, o estúdio consegue visualizar o pavimento térreo através dos espaços vazios entre os blocos, que são

5

protegidos por guarda-corpo, e também pelo

fechamento em vidro que protege a biblioteca. Outro fechamento em vidro é utilizado, mas agora voltado para a rua, permitindo uma permeabilidade visual do ambiente externo. Há também a presença de mais duas salas ao qual serão utilizadas para aulas com

Perspectiva da visibilidade do estúdio compartilhado para exterior do edifício

este bloco.

Estúdio Compartilhado

informática, por isso são mais restritas, e um conjunto de sanitários que atende a

Legenda: 3- WC 21-Estúdio Compartilado 22- Sala de Computação

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D

No corte DD podemos observar as passarelas do primeiro pavimento sendo sustentadas pelos tirantes

Corte DD

e apoiadas em vigas superiores que apoiam nos pilares existentes.

Alguns ambientes do pavimento térreo recebem ainda o sistema de ventilação de ventoquite devido

Para os revestimentos foram escolhidos materiais com tons de branco, preto, cinza e

a sua localização ao meio do bloco e longe das fachadas aos quais recebem as janelas em fita.

madeira, além diso foi utilizado um revestimento diferente trazendo cores vivas para

1

alguns cantos do projeto. Nas paredes externas foi utilizado o material estuque branco; para a platibanda e pilares a cor preta; nas paredes internas uma tinta branca; para o piso foi escolhido um material parecido com cimento queimado; para os fechamentos móveis foi utilizado a madeira; o forro de gesso recebeu uma tinta cinza; e por último o revestimento Piso Cimento

Cerâmica

diferente usado foi uma cerâmica da ceusa. Estuque branco

Fachada 1

Ventoquite

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D


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de 5% e outra parte de vidro com inclinação também de 5%. A cobertura metálica recebe uma estrutura metálica que apoia nos pilares C

C

estruturando-se, já a parte de vidro recebe uma outra estrutura metálica, ao qual também se apoia no pilares, e aonde encontramos também os brises de madeira de proteção contra a luz direta. Todo esse sistema se esconde por trás de uma platibanda.

Corte CC

Cobertura Apoiando em Pilar

Detalhe 3- Corte AA

Planta de Cobertura

O sistema de cobertura consiste em metade de cobertura metálca com inclinação

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Conclusão

A partir deste projeto, concluo percebendo a importância da implantação de equipamentos como este em diversas regiões que possuem uma concentração de universidades, trazendo sempre melhorias para os estudantes e profissionais, gerando assim, uma sociedade mais capacitada a trabalhar e ajudando sempre no desenvolvimento da população. Por ser um objeto flexível e multifuncional, suas ideias poderiam ser aplicadas a todos as extensões dos cursos de graduação e pós-graduação, sendo assim, fácil de aplicar a outras regiões ao qual necessitam de melhorias no estudo de ensino superior e no âmbito profissional.

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Artigos

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Teses

Bibliografias

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Livros

2018.

UNWIN, Simon. A análise da arquitetura. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013. HERTZBERGER, Herman. Lições de arquitetura. São Paulo: Martins

Leis

Fontes, 1996.

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