Bewitched and Bewildered 12 - My Warrior

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MY WARRIOR Alanea Alder


Minha Guerreira Alanea Alder

Distribuição: Eva Tradução: Shinigami, J.Angel, Atena e Eluni Revisão: White Dog Leitura Final: G. Souza, DeaS

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Alanea Alder

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Dedicatรณria ~Amor Vincit Omnia - O Amor Tudo Conquista~

~Obrigada por esperar~

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Ari Lionhart é o mais jovem guerreiro de Èire Danu, ainda assim, apesar de sua juventude, o consorte da rainha, Brennus confia nele para agir como o líder de cada unidade na cidade Fae. Ele trabalha duro para equilibrar sua vida entre ser um guerreiro de unidade e ser um Lionhart, e secretamente teme estar falhando em ambos. Com um pai que é um gênio da política e dois irmãos mais velhos que são ilustres exemplos do que significa ser um guerreiro e um Ancião, como ele pode tentar fazer as duas coisas com algum grau de sucesso? Quando sua cidade enfrenta inesperadamente tragédia após tragédia, e uma Moção de Censura é apresentada à rainha sobre como essas coisas estão sendo tratadas, Ari se vê diante de seu maior medo: o fracasso.

Brie Wilson tem sido vice-xerife em Monroe há anos. Ela adora a pequena cidade onde nasceu e a atmosfera descontraída que a torna um lugar maravilhoso e seguro para se viver. Mas mesmo cidades pequenas têm suas peculiaridades e problemas. Fora algumas exceções na estação, ela se esforça diariamente para que seus esforços sejam reconhecidos pelos homens na polícia. Ainda magoada com seu último rompimento, onde seu ex a comparou a um homem, ela decide que o caminho mais seguro é ficar sozinha e nunca sofrer com um coração partido novamente. Quando esses dois guerreiros altruístas se encontram, podem aprender a apoiarem-se um no outro antes que a contagem de corpos aumente? Quando é mais fácil enfrentar assassinatos do que os sentimentos cada vez mais profundos que crescem entre eles, o que isso diz deles?

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Prólogo Três semanas antes

A imagem dos olhos castanhos comoventes de sua companheira o olhando com resignação antes de ir embora, o consumia. Eram três horas da manhã e ele estava acordado de novo. Ele nem mesmo precisava olhar para o relógio; esteve acordando no mesmo horário há semanas. Em seu sonho, ela sempre se afastava dele para pegar uma arma e ir embora. Ela estava em perigo e escolhia partir para mantê-lo seguro? Ela sentia que não tinha outras opções? Rosnando, ele rolou para o lado e rezou para não sonhar.

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Capítulo 1 Ari desceu as escadas, esfregando o rosto. Desde a semana anterior, ele vinha treinando com seu comandante e os líderes das Unidades Gama e Beta. Nunca na vida pensou que seus inimigos encontrariam uma maneira não apenas de ficarem invisíveis, mas também de ganharem acesso a Éire Danu. As medidas de proteção criadas pela rainha Fae para se entrar na cidade eram consideradas inexpugnáveis. Quando chegou à sala de jantar, ficou surpreso ao ver que seus pais e o irmão mais velho haviam descido antes dele. Mas, novamente, ele era provavelmente o único que estava sendo atormentado por pesadelos, o que tornava seu sono breve e agitado. Não querendo dizer que ser um Ancião não trouxesse seus próprios problemas, mas Ari se sentia especialmente irritadiço naquela manhã devido ao sono interrompido. Sem dúvida, Jedrek e Rex Lionhart lidariam com esse tipo de coisa sem problemas, mas ele se encontrava irritado com coisas minúsculas. Gostaria de ser mais parecido com a mãe. Catherine Lionhart só perdia a compostura quando algo

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acontecia com um de seus filhos. Ele não chegava nem perto de seus níveis de aprumo. — Bom dia, querido, disse sua mãe, inclinando a cabeça para ele beijar-lhe a bochecha. Sorrindo, a beijou, recusar seria como se recusar a respirar. Ele zelosamente acariciou sua bochecha e inalou seu perfume. Ela cheirava ao bando, e o perfume que usava era um que usa desde antes dele nascer. Sempre o associaria com a mãe, e nunca falhava em acalmá-lo. — Bom dia, mãe. Posso dizer que está excepcionalmente linda esta manhã? Os olhos de sua mãe brilharam enquanto esta levantava a mão para emoldurar seu rosto. — É porque tenho dois dos meus meninos em casa. Rex riu. — Você seria igualmente bonita mesmo se eu não estivesse visitando. —

Bem

observado,

filho,

seu

pai

respondeu

bruscamente, levando a xícara de café aos lábios. Ari sentou-se na cadeira vazia ao lado da mãe. — Alguma atualização? Rex balançou a cabeça. — Meryn disse que me mandaria uma mensagem de texto referente a qualquer notícia da rainha. Mas entre nós dois, acho que ela está no limite. — Meryn ou a rainha? — Meryn. Ela, Darian e Oron tentaram abordar o tema dos ferals muitas vezes e foram completamente interrompidos

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todas as vezes. As pessoas estão ficando inquietas, algo tem que ser feito. Sua mãe assentiu. — Se alguém pode descobrir o que há de errado com a Rainha Aleksandra, é aquele minúsculo furacão. Ari recostou-se na cadeira. — Você consegue acreditar que ela é a segunda na linha de sucessão ao trono? — ele perguntou a ninguém em particular. Rex deu de ombros. — Sim e não. Seu pai olhou para o filho mais velho. — O que você quer dizer com isso? — Eu sei que você acredita que ela é excêntrica e propensa a explosões, e é verdade que ela realmente tende a causar caos ao seu redor naturalmente, mas ela também deve ser uma das mentes mais brilhantes que já testemunhei em ação, exceto pelo Declan, é claro. — É claro, — sua mãe confirmou. Jedrek negou com a cabeça. — Ela não tem nenhum respeito pela tradição ou decoro. Ari observou os olhos do irmão se estreitarem. — Não a julgue tão rapidamente. Ela quase sozinha salvou Noctem Falls de um vírus criado por magia e corajosamente pulou em um túnel de transporte para salvar Kari da morte certa. Sua mente simplesmente funciona melhor sem restrições sociais, e sua bravura a ajuda a falar e fazer mudanças que beneficiam a todos.

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Ari ficou tão chocado quanto o pai parecia estar. Rex, em todos os anos em que o conhecia, nunca contestara o pai. Jedrek se recuperou rapidamente. — Você passou mais tempo com ela do que eu. — Ele esfregou o queixo. — Eu tenho que admitir que até mesmo Magnus não tinha nada além de coisas brilhantes a dizer sobre ela. Eu me guiarei por você nisso, Rex. O sorriso de sua mãe ficou parcialmente escondido pela xícara de chá. — Essa provavelmente é uma boa ideia, querido, — ela murmurou. Seu pai deu a companheira um olhar torto. — Aquela humana se infiltrou no seu coração também? — Meio-humana, — Rex corrigiu. Jedrek

simplesmente

acenou

com

a

cabeça

em

reconhecimento e olhou para a companheira em busca de uma resposta. Ela colocou a xícara de lado. — Fazer algo simplesmente por uma questão de tradição, sem razão ou propósito, é estúpido, fazer essas coisas repetidamente e esperar resultados diferentes é insanidade. Acho revigorante que Meryn consiga ver o cerne das questões e consiga fazer perguntas que permitem àqueles ao seu redor ver além de nossas tradições. O queixo de Jedrek caiu. As palavras de Catherine soaram com verdade e convicção. Era impressionante de se ver. Os olhos de Jedrek mudaram para uma cor marromamarelada.

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— Querida, o que você planejou para depois do café da manhã? Sorrindo, ela olhou para o prato antes de levantar o rosto em forma de coração para sorrir para o companheiro. — Nada que não possa ser adiado. Rex riu. — E as pessoas se perguntam como os dois foram abençoados com tantos filhos. Sua mãe corou, mas riu de suas palavras. — Somos maçantes comparados a Byron e Adelaide McKenzie. Ari estalou os dedos. — Falando nos McKenzies, é verdade que o Aiden desafiou cada um dos níveis de Noctem Falls? O sorriso de Rex ficou maligno. — É a mais pura verdade. As palavras de um escolta de túnel impudente tiveram um efeito devastador na Meryn. Se o Aiden não tivesse desafiado a cidade, tenho certeza que Magnus teria desafiado. — Ele piscou um olho para Ari. — Etain me disse que Aiden começou no Nível Cinco e foi descendo. Eu juro que sua narrativa da história cresce cada vez que ele a conta. Se esta ainda não foi imortalizada em nossos livros de história, é apenas uma questão de tempo. Jedrek deu uma risadinha. — Aquele garoto definitivamente puxou ao pai. Lento para se irritar, mas uma vez que o urso fica enfurecido, cuidado. — Bom dia, Ari, — uma voz familiar falou em saudação.

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Ari ergueu os olhos para ver Leo, o escudeiro de seus pais, entrar na sala carregando uma garrafa de café fumegante. Ele imediatamente foi até o seu lado e serviu-lhe uma xícara. — Bom dia, Leo. Temos ovos hoje? O escudeiro balançou a cabeça. — Não, foi preparado um café da manhã frio. Temos uma seleção de frutas dos fae, pães e queijos disponíveis, além de iogurte e granola. — Ele o olhou de cima a baixo. — Você tem treinado mais do que o normal, não é? Ari fez uma careta. — Sim. Nosso comandante fez com que Lorcan nos passasse exercícios vendados. Leo colocou a garrafa ao lado de sua xícara. — Dê-me alguns minutos e vou preparar alguns ovos. Você precisa da proteína extra. Ari suspirou de alívio. — Obrigado, Leo. Ele simplesmente inclinou a cabeça e voltou para a cozinha. — Sim, você não é nenhum pouco mimado, — Rex zombou com bom humor. Catherine voltou-se para o filho mais velho. — E quem foi que reclamou que não comia frutas fae frescas há anos? Rex corou. — Eu não estava procurando um tratamento especial. Ari estava prestes a provocar o irmão sem piedade quando um toque familiar ecoou pela casa.

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Catherine franziu a testa. —

Quem

diabos

pode

ser?

Não

temos

nenhum

compromisso marcado até esta tarde. Ari balançou a cabeça quando uma voz masculina os alcançou. —

Bebê,

eu

disse

a

você

que

não

deveríamos

simplesmente aparecer. Ari se levantou enquanto seu comandante e Meryn, com Ryuu e Pierce, eram guiados para sua pequena sala de jantar. Seu pai e Rex se levantaram quando Meryn entrou na sala. — Rex! — Meryn correu até seu irmão mais velho. — Faça a coisa do braço, — ela implorou, ignorando todos. Sorrindo de orelha a orelha, Rex ergueu o braço e flexionou o bíceps. Ari observou com espanto quando Meryn saltou e balançou do braço deste. — Tão sexy, — disse ela, rindo. Resmungando baixinho, Aiden se aproximou e arrancou a companheira do braço de Rex. — O que eu te disse sobre usar o Ancião como um trepatrepa? Leo teve que virar a cabeça para esconder a risada. Ele tossiu uma vez contra o punho e os encarou, sua boca se contraindo. — Comandante, você ou sua adorável companheira, gostariam de se juntar a nós para o café da manhã? Meryn se virou para ele, seu interesse despertado. — Café da manhã? Leo assentiu.

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— Temos uma seleção de frutas, pães e queijos disponíveis. Meryn suspirou. — Oh. Fruta. De novo. Aiden cobriu o rosto com a outra mão, suas orelhas ficando rosa. Ele baixou a mão e olhou para a sala. — Meryn ainda está se acostumando com a culinária fae que é rica em frutas e vegetais. Meryn deu de ombros. — Está tudo bem por um ou dois dias, mas não o tempo todo. Eu juro que vou voltar para a vila dos goblins comer mais javali. Jedrek se inclinou para frente. — Javali? Meryn balançou a cabeça lentamente. — Pode crer. Assado no espeto e tudo. Eles cortam pedaços enormes com, tipo, um facão e entregam partes inteiras do corpo a você. Foi incrível. Jedrek se recostou. — Ora, ora. Rex estava lambendo os lábios. — Talvez devêssemos marcar uma visita. Leo colocou a mão sobre o coração e fez uma breve reverência. — Vou ver o que mais posso preparar. Meryn pareceu surpresa, então franziu a testa. — Você não tem que fazer nada especial para mim. Ryuu bagunçou seus cachos.

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— Eu vou ajudá-lo, então não se sinta mal. Leo lhe sorriu. — Não se preocupe nem um pouco com isso. Agora, por favor, sente-se e descanse. Jedrek indicou as cadeiras vazias ao lado de Ari. — Por favor, fique confortável, querida. Meryn olhou para o próprio escudeiro, carrancuda. Ryuu suspirou. — Eu prometo que não lhe será inconveniente cozinhar para você. Meryn deu um breve aceno de cabeça e sentou-se ao lado de Ari, para grande desgosto de seu companheiro. Aiden sentou-se ao lado dela, e Pierce ficou de pé atrás deles, encostado na parede. Ela o olhou e seus olhos ficaram ligeiramente desfocados. — Estrelas, não, não apenas estrelas, frutos e flores. Estrelas? Ou sinos? — Ela inclinou a cabeça. — Então, você é tipo uma cesta de frutas? Aiden esfregou as costas dela. — Bom trabalho, bebê. Você nem mesmo precisou de Kendrick ou Law para ajudá-la dessa vez. Ari piscou. Como ele era uma cesta de frutas? — O que? Meryn apontou para o peito. — Minha coisa de empatia faz imagens, para que possam ser processadas mais rapidamente e não me deem dor de cabeça. Você é estrelas e frutos e flores.

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Rex, do outro lado da mesa, gargalhou e Ari lançou-lhe uma expressão azeda. — E eu suponho que você seja algo viril. Rex deu de ombros. — Ela ainda não fez comigo. Meryn deu de ombros. — Eu não consigo realmente controlar ainda, pelo menos não o tempo todo. Catherine se virou para Meryn. — Por mais que eu esteja agradavelmente surpresa com sua visita, querida, havia um motivo para passar por aqui? Os olhos de Meryn se arregalaram. — Oh sim. Estamos aqui para dar uma atualização sobre a rainha. — Ela se virou na cadeira para encarar Pierce. — Você pode fazer a coisa? Pierce assentiu e enfiou a mão no bolso, pegando um anel de latão e uma chave. Com cuidado, moveu a chave até que estivesse dentro do anel. Ao redor deles, o ar pulsou, então se estabilizou. Jedrek o olhou fixamente. — Um shifter de jaguar acabou de lançar um feitiço de insonorização? Pierce deu uma piscadela. — Um presente de um certo arquivista. Ele se cansou de ficarmos pedindo por esses feitiços o tempo todo. Aiden abriu a boca como se estivesse tentando estalar os ouvidos.

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— Ele copiou um protótipo que Keelan inventou para instalar um feitiço permanente no escritório do meu pai. Acho que custou a Marius apenas três das tortas favoritas de Keelan. — Isso é engenhoso, — disse Jedrek, parecendo muito impressionado. Meryn girou de volta. — Então, a rainha está teimando em ser estupidamente cabeça-dura. — Meryn, — Aiden repreendeu. — O quê? É verdade. Ela é inteligente o suficiente para perceber que o que estamos relatando é acurado. Ela está apenas mergulhando em culpa e pena, e isso a está deixando obstinada. Aiden lhe jogou um olhar sem expressão, em seguida, apontou ao redor da mesa. — Ela ainda é a rainha deles. Meryn cruzou os braços sobre o peito. — Bem, ela é minha tia, então posso dizer o que quero porque sou da família. Catherine se recostou, segurando o chá. — Se fosse por qualquer outro motivo, eu diria que ela mais que merece o tempo para processar isso, mas já estamos recebendo preocupações tanto de shifters de gatos quanto de pássaros. — Ela os olhou com tristeza nos olhos. — Eles querem sair de Éire Danu. As narinas de Meryn dilataram.

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— Ela tem um pequeno probleminha e eles ficam prontos para abandonar o navio? Jedrek balançou a cabeça. — Meryn, se ela nos dissesse para lutar e morrer defendendo Éire Danu, nós o faríamos, até o último homem. É a clara negação que assusta a todos. Eles temem que, quando chegar a hora, a cidade não estará preparada para enfrentar o que pode acontecer. Leo e Ryuu entraram carregando travessas pesadas. — Eu pensei mesmo que estava tudo quieto por aqui. Feitiço de insonorização? — Leo perguntou. Rex assentiu com a cabeça distraidamente antes de se virar para Meryn. — Há como você convencer a rainha a enviar uma mensagem pública? Mesmo algo tão simples como ela estar examinando o assunto pode fazer toda a diferença do mundo. Ari suspirou feliz quando ovos e bacon foram postos em seu prato. Ele tinha acabado de morder um pedaço enorme quando Meryn ofegou, fazendo-o quase se sufocar. Ele bateu no próprio peito enquanto Meryn sorria perversamente para a mesa. — Eu sei o que posso fazer! Em tempos como este, se deve ajudar a família. Sabe, dar-lhes incentivo e adesivos. — Ela franziu o cenho. — Ou algo assim. O Ryuu tem me ajudado a entender a dinâmica familiar. — Ela olhou ao redor da mesa. — Mas mais do que adesivos, eu sei o que posso fazer para ajudar a tia Aleks.

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Ari ficou com medo de descobrir o que aquela bombarelógio estava planejando. Aiden parecia absolutamente enjoado enquanto olhava para a companheira. — O que, bebê? — Eu vou dominar Éire Danu. Boom. — Deuses acima, por favor, me deem forças, — Aiden orou com fervor. Meryn se recostou, parecendo positivamente satisfeita consigo mesma. Ari olhou para Rex, que estava convulsionando de tanto rir. — Ela pode fazer isso? — ele sussurrou. Rex enxugou os olhos e estendeu a mão para a colher da tigela de frutas frescas. — Irmão, você logo descobrirá que não há muito que esta criança incrível não possa fazer. — Ele se virou para o pai. — Estarei no palácio se precisar de mim. Não perderia isso por nada no mundo. Aiden olhou para Ari. — Depois do café da manhã, reúna a Unidade Tau no palácio o mais rápido possível. Vou precisar de apoio. Ari apenas o encarou. — Nós vamos nos opor a rainha? Aiden balançou a cabeça.

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— Não, nós podemos precisar remover fisicamente esse terror diminuto que é a minha companheira do palácio rapidamente. Meryn colocou um pedaço de bacon na boca. — Tá, boa sorte com isso, — disse ela, rindo. Ari enfiou os ovos na boca o mais rápido que pôde. Só os deuses sabiam quando ele almoçaria. ***** Levou-lhes quase uma hora para terminar o café da manhã e reunir o resto da Unidade Tau. Os homens os seguiram, sorrindo. Não conseguia contar a eles o que estava prestes a acontecer. Ele os deixaria permanecer felizmente ignorantes por um pouco mais de tempo. Observou quando Aiden, Rex e Meryn, junto com seu escudeiro e Pierce, entraram nos aposentos da rainha. Ficou para trás, e seus homens pararam ao seu lado. — Não importa o que aconteça lá, siga as ordens do Aiden, — disse ele, no mais leve dos sussurros. Ele se sentiu como se tivesse chutado um cachorrinho quando o sorriso despreocupado saiu do rosto de Kincaid e foi substituído por um olhar de puro terror. Eles entraram na sala e fecharam a porta atrás de si. E silenciosamente se moveram para ficar contra a parede. Em torno da pequena mesa de jantar, todos sorriram para Meryn e Aiden. — Meryn, querida, onde você estava no café da manhã? Sentimos sua falta, — disse a rainha, sorrindo para a sobrinha.

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— Eu estava tomando algumas decisões difíceis, — Meryn respondeu em um tom sério. Deuses! A pequena louca estava indo direto ao ponto! Aiden exalou e os homens ao redor de Ari ficaram tensos. A rainha franziu o cenho. — Há algo no qual eu possa ajudar? Meryn assentiu. — Sim. Você pode renunciar ao cargo de rainha e me deixar assumir. — Ela olhou para Darian. — Você não se importa se eu pular na sua frente na linha para o trono, não é? Darian apenas piscou e balançou a cabeça lentamente, claramente confuso quanto ao que diabos estava acontecendo. A rainha se levantou, gaguejando: — O q... qu... quê? Meryn apenas assentiu. — Eu estive pensando. Você nunca teve herdeiros e coisas assim antes, então nunca foi capaz de fazer uma pausa. Portanto, já que está fazendo birra em relação aos ferals, eu vou intervir e ajudar. — Ela olhou para Cord. — Vamos fazer algumas mudanças importantes, especialmente no menu. A rainha apertou os lábios. — Basta, Meryn, você se divertiu. Está falando de traição. Meryn balançou a cabeça. — Só é traição se eu fosse uma cidadã, mas sou de Lycaonia, então isso é... — Ela fez uma pausa. — Tipo uma sedição amigável sem a parte da rebelião. Cord assentiu.

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— Estive mesmo pensando que poderíamos mudar os pratos servidos. A rainha simplesmente encarou o escudeiro. — O que? Meryn olhou para a tia. — É simples. Você quer evitar a verdade e tapar os ouvidos como uma criança ouvindo um não. Então, vou te colocar de castigo e serei a rainha. A

rainha

respirou

fundo

bruscamente,

parecendo

mortalmente ofendida. Darian se levantou. — Meryn, talvez isso não seja... Meryn ergueu a mão. — Durante meu reinado, você pode me chamar de Suprema Rainha Meryn. Darian lhe jogou um olhar sem expressão e sentou-se novamente, franzindo a testa ferozmente. — Como ousa?! — a rainha gritou, inventando novas oitavas. — Ouso porque te amo. Seu povo quer abandonar a cidade porque estão com medo. Estão esperando que sua rainha faça algo, qualquer coisa! Se você não consegue, eu o farei. Não vou deixar tudo o que você construiu desmoronar. — Eles nunca... — a rainha começou, então se virou para Rex, que assentiu. — A única coisa que os mantém aqui são os esforços visíveis do Comandante da Unidade. O fato dele agora ser parente da família real e estar no palácio dá a impressão de que está agindo sob suas ordens, então o povo está esperando

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pacientemente para saber o que está acontecendo, mas essa paciência está quase no fim, — ele relatou gravemente. O rosto de Meryn se suavizou. — Eles estão com medo. A rainha endireitou os ombros. — Não há nada a temer. — Tem umas porras de ferals aparecendo nas sombras por toda a cidade! — Meryn gritou. — Não tem! — A rainha se levantou, com as costas retas como uma vareta. — Tem sim! Ari não conseguia acreditar que estava vendo Meryn e a Rainha dos Fae gritando uma para a outra como crianças. Ele olhou para a esquerda. Gage e Priest estavam observando com olhos arregalados, completamente fixos na cena diante de si. Olhou para a direita. O pobre Kincaid parecia pálido. Mas mais uma vez, quase todos os sentados à mesa pareciam um pouco abatidos e chocados, então ele estava em boa companhia. Se não soubesse com antecedência o que A Ameaça planejara, provavelmente estaria pirando também. — Não tem! — Tem sim! — Meryn gritou. — E se você não pode ou não vai fazer algo, eu vou. Então, vá enfiar a cabeça em um arbusto de flores e continue a ignorar o problema, deixando todos ansiosos e pisando em ovos ao seu redor, e estarei descobrindo como eles estão entrando para que possamos fritar os bastardos! — As palavras de Meryn ecoaram pela sala enquanto esta respirava pesadamente.

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A rainha a encarou e sentou-se lentamente. — Não pode haver ferals em Éire Danu, — ela sussurrou. E olhou para Meryn. — Porque se isso fosse verdade, então eu falhei em proteger meu povo. — A única maneira de você falhar com eles é se continuar a não fazer nada, meu amor, — disse Brennus, pegando sua mão. — A Meryn está certa. Por milhares de anos, teve que governar sozinha, mas esse não é mais o caso. Você tem a mim, meus irmãos, nossos filhos, suas companheiras e uma sobrinha corajosa que fez a única coisa que ninguém mais poderia, apesar de estar morrendo de medo de irritar uma tia que acabou de descobrir depois de viver uma vida inteira sem família. A rainha olhou para Meryn e viu seus punhos cerrados e lábios trêmulos. — Oh, minha doçura, eu sinto muitíssimo. — Eu estou bem, — Meryn protestou. Ryuu massageou suas costas suavemente. Aiden parecia completamente aflito enquanto levava a mão dela aos lábios para beijar-lhe. Em volta da mesa, todos exalaram de forma explosiva. — Deuses! Você não pode fazer isso comigo, Meryn, — Kendrick reclamou, apertando o peito. A rainha se levantou e correu para onde a sobrinha estava. E abraçou a pequena mulher. — Você está certa. Me desculpe por ter pressionado você a fazer isso. Deveria estar pegando leve. — Ela a conduziu e a sentou entre ela e Brennus. Ryuu se aproximou de trás da cadeira de Meryn para ficar de olho em sua incumbência.

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Brennus parecia absolutamente perdido quanto ao que fazer. Então estendeu a mão pela parte de trás da cadeira para apertar o ombro da rainha e esfregou os nós dos dedos de Meryn com a mão livre. Aiden se sentou na cadeira vazia ao lado de Kendrick e olhou para Cord. — Me mande uma dose do que quer que tenha aberto. Cord simplesmente se inclinou para beijar o topo da cabeça da rainha em forma de desculpa e acenou com a cabeça. — Aiden, são onze horas da manhã, — Micah o lembrou. Aiden recostou-se, fechando os olhos. — Você está certo; a Meryn tem o dia inteiro pela frente. Cord, manda um duplo. Cord riu. — Claro. A rainha beijou a têmpora de Meryn. — Você é a única que poderia me fazer mudar de ideia. Meryn fungou. — Eu sei. — É porque ela é sua sobrinha? — Law perguntou, em seguida, apontou para Darian e Oron. — Com eles não teria funcionado? A rainha balançou a cabeça. — Tinha que ser a Meryn, porque eu tenho certeza que ela nunca, jamais iria querer assumir o trono. O absurdo do cenário todo passou por cima da minha raiva, defesas e culpa.

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— Tia Aleks, temos ferals tentando entrar na cidade, — disse Meryn, inclinando-se para trás para olhar para a rainha. Aleksandra suspirou. — Eu sei. É claro que sei. Sabia desde o início. Só não consigo imaginar como. — É aí que podemos ajudar, — disse Aiden, abrindo os olhos. — Estamos lidando com esse tipo de cenário há meses já. Meryn suspirou. — Há outra coisa que precisamos descobrir além dos portais, — disse ela, inclinando-se para o lado para descansar a cabeça no ombro de Brennus. — Tem mais alguma coisa? — Kincaid perguntou incrédulo. — Isso não é o suficiente? Meryn deu de ombros. — Não sou eu que faço as regras aqui. Brennus beijou sua testa. — O que você descobriu agora? Meryn olhou para a rainha, então olhou ao redor da mesa antes de olhar para as próprias mãos. A rainha colocou os dedos sob seu queixo e ergueu seu rosto. — Não importa o que diga, não vou ficar com raiva, — ela prometeu. — Ferals e ceifadores tentando entrar em uma cidadepilar para causar estragos é meio que normal agora, certo? Primeiro em Lycaonia, depois em Noctem Falls. Thane estremeceu.

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— Eu odeio que isso seja normal para você. — Vá em frente, — Kendrick encorajou. — Bem, eles tentarem entrar em Éire Danu faz sentido. — Ela olhou para Oron. — O que não entendo é: se a família dele assassinou a família do Darian tipo, milhares de anos atrás, como é que eles não viraram ferals insanos e babentos? Os colares não eram uma coisa meio nova? Ari sentiu o coração apertar. Como ninguém percebeu isso? Meryn continuou: — A rainha disse que eles deveriam ter desaparecido com honra, o que significa que não eram um feral típico naquela época, certo? — Ela olhou para a tia. — Eu teria matado cada um deles, mas essa é só a minha opinião. A rainha fez uma careta. — Eles estavam todos acasalados, Meryn. Estaria condenando mulheres inocentes à insanidade ou morte. Os homens foram obrigados por magia a serem dóceis, para que pudessem ser cuidados pelas companheiras. Com o tempo, as luzes das mulheres diminuiriam, o que significa que eles teriam tido tempo para desaparecer com honra, levando as companheiras consigo. — Obviamente isso não aconteceu. Como o pai do Oron recuperou e manteve a mente intacta? A rainha suspirou e desabou contra o encosto da cadeira. — Não tenho ideia; deveria ser impossível. Meryn deu a ela um olhar irônico.

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— Vocês realmente precisam trabalhar para redefinir seu senso

de

impossibilidades,

porque

essa

merda

está

acontecendo em todo o maldito lugar. Essa não é uma maldita verdade? Ari pensou enquanto toda a sala assentia em concordância.

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Capítulo 2 — Eu quero me desculpar com você, Ari, — a rainha disse com uma expressão de dor. — Pelo que, Vossa Majestade? — ele perguntou, confuso. — Você tem feito tanto para proteger a cidade. Não deve ser fácil. Ari apontou para Aiden. — É ao seu sobrinho que deveria agradecer. Ele fez arranjos para trazer guerreiros da unidade de Lycaonia para cá para nos treinar em como lutar contra ferals invisíveis. — Ari decidiu que aproveitaria a oportunidade para arrebatar a rainha, especialmente se ela estivesse com disposição para perdoar. — Kendrick e Thane também têm ensinado nossos bruxos de unidade a como usar varreduras para combater o inimigo em grandes espaços abertos, bem como criar feitiços de alerta por toda a Cidade da Fronteira. A rainha piscou. — Vocês todos têm estado ocupados. Brennus tossiu contra o punho, parecendo um tanto contrito.

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— Tudo por você, meu amor. Meryn olhou para a rainha. — Então, de volta à outra merda das grandes. Os fae nãoferal são uma coisa de ceifadores? Ou temos algum novo charme místico rolando do qual não sabemos? A rainha se virou para Meryn. — Até onde sei, não deveria haver um jeito deles ficarem inteiros. Se não desapareceram com honra, deveriam virar ferals. — Ótimo! Exatamente o que precisamos, novas merdas que não conhecemos. — Meryn recostou-se na cadeira, parecendo descontente. Ari não sabia qual aspecto o horrorizava mais - que havia uma

maneira

daqueles

faes

assassinos

evitarem

a

transformação para um feral depois de matar ou que isso acontecia há milhares de anos e ninguém sabia. Ele olhou para Aiden. O Comandante da Unidade estava beliscando a ponta do nariz. Ari tinha a sensação de que a maioria deles teria dores de cabeça pelo resto do dia. Meryn se sentou para frente, balançando a cabeça. — Até que saibamos mais, não há nada que possamos fazer a respeito. — Ela olhou para a tia. — Acho que deveria fazer um anúncio. Talvez algo diretamente de você. Isso ajudaria muito a fazer com que todos se sentissem melhor. — A rainha se levantou e caminhou até a mesa que continha seu cristal de invocação. Bateu levemente neste e começou a andar pela sala, com os braços em volta do corpo. Ela se virou para olhar seu consorte.

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— Como isso pôde acontecer? Brennus se levantou rapidamente e se aproximou da companheira, tomando-a nos braços. —

Aconteceu

porque

alguém

nas

sombras

está

trabalhando muito para orquestrar esses atos nefastos. — Ele aninhou a cabeça da rainha sob seu queixo. — Nós não somos os únicos afetados, meu amor. Lycaonia e Noctem Falls tiveram ataques semelhantes. Houve uma batida na porta e Kincaid foi abri-la. Portia entrou e franziu a testa quando viu a rainha. — Vossa Majestade, está tudo bem? A rainha esfregou a testa. — Não, nada está bem. Portia, eu gostaria de providenciar um anúncio meu para toda a cidade. Os olhos de Portia se arregalaram. — Acho que isso seria o melhor. Todo mundo precisa desesperadamente ouvir sua voz. A rainha lhe deu um sorriso abatido. — Eu sei, e sinto muito por demorar tanto para cumprir meu dever. Em uma demonstração incomum de emoção, Portia cruzou a sala e colocou a mão no ombro de sua rainha. — Todo mundo entende. O amor deles por você não tem limites. — Ela olhou para a mesa de visitantes. — E com seus novos amigos e familiares, deve facilmente ser capaz de lidar com esses encargos assustadores. — Ela hesitou antes de acrescentar: — Eu sei que você pode sentir que enfrenta essas coisas sozinha, mas não está sozinha há muito tempo. — Ela

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apontou para Darian, Oron, Cord e Brennus. Enfiou a mão na bolsa lateral e tirou um rolo de pergaminho. — Eu mandei fazer alguns desses na semana passada, só para garantir. Contanto que estejam escritos pela sua mão e selados com uma gota do seu sangue, este pergaminho enfeitiçado irá projetar os anúncios em sua voz para todos em Éire Danu. A rainha pareceu um pouco menos atormentada com as palavras de Portia. — Você está certa. Não estou sozinha há muito tempo. — Ela pegou o pergaminho com uma expressão de determinação no rosto. — É hora de começar a lidar com esse problema. — Aleksandra olhou ao redor da sala. Quando seus olhos pousaram sobre a Unidade Tau, Ari se endireitou. Colocou o punho sobre o coração, os homens fizeram o mesmo e se curvaram em uníssono. Quando este se endireitou, sorriu para a rainha. — Você só tem que mandar, minha rainha. — Ele lhe deu um sorriso malicioso. — Nem mesmo vai ter que nos dar um doce dessa vez, — disse, de uma maneira brincalhona. Os olhos da rainha se arregalaram antes de esta soltar uma risada musical. — Oh, Ari, quase esqueci que costumava fazer isso. — Na mesa, Rex começou a rir. Meryn olhou da tia para Rex. — O quê? Esqueceu o quê? A rainha apontou para ele. — O Lionhart mais pequenininho, o bebê. Ele entrava furtivamente no palácio e se oferecia para fazer pequenas

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tarefas em troca de doces. Fazia centenas de anos desde que Darian e Oron foram para Lycaonia. E era bom ter um garotinho no palácio novamente. Ele sempre me fazia sorrir. Houve uma batida na porta e Kincaid, mais uma vez agindo como pajem, a abriu para permitir que Molvan entrasse. Sua expressão fez com que o sorriso no rosto da rainha desaparecesse. — O quê? O que foi? — ela perguntou. Ari instintivamente colocou a mão na arma lateral. Molvan parecia arrasado ao engolir em seco. — Vossa Majestade, temos os relatórios preliminares do número de faes que retornam a Éire Danu. — Ele hesitou antes de continuar. — Até agora, apenas metade dos que sabemos viver fora da cidade entraram em contato conosco. A rainha ofegou, uma mão indo para a garganta. — Quantos estão faltando? A mão de Molvan se apertou ao lado do corpo. — Quase cinco mil, — respondeu ele. Brennus e Portia apoiaram a rainha quando seus joelhos cederam e a ajudaram a sentar no sofá mais próximo. — O que? — ela sussurrou. E olhou entre seu companheiro e Molvan. — Temos certeza de que muitos fae viviam fora da cidade? Molvan abriu o portfólio que estava segurando. — Há cerca de trinta mil faes vivendo no país. Desses trinta mil, quase um terço estabeleceu suas casas entre os humanos nas últimas centenas de anos. A tecnologia moderna

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provou ser uma atração tentadora para nosso povo, mais optaram por viver com os humanos por causa disso. Dos cerca de onze mil que vivem em cidades humanas, só tivemos cinco mil e setecentas respostas. À mesa, Aiden se levantou. E se virou para Kendrick e os irmãos Ashleigh. — Vocês podem trabalhar com a rainha para encontrar uma maneira de rastrear os faes desaparecidos? Kendrick assentiu. — Claro. Não deve ser muito difícil, considerando que estamos trabalhando com a Rainha dos Fae. Seu sangue e magia tornam essa uma tarefa fácil, já que está conectada com todos os seus filhos. Aiden se voltou para a Unidade Tau. — Preparem-se, vamos começar em Monroe. Vamos fazer uma varredura completa da cidade. Qualquer fae que não estiver no registro deve ser contabilizado. Ari já tinha uma mão no walkie-talkie que Meryn lhes havia encomendado. — Apenas a Unidade Tau? — ele perguntou. Aiden fez uma careta. — Sim. Eu quero deixar o resto aqui para manter as varreduras de perímetro. Mas vou chamar a Vanguarda de Monroe para ajudar. — Ari apontou para a porta e a Unidade Tau começou a sair. Ele olhou novamente para Aiden. — Sua primeira ligação deveria ser para Cameron Rathais. Ele é o xerife de Monroe pelos últimos dez anos. Sei

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que está para se aposentar, mas deve conseguir nos dar acesso a todos os registros e relatórios públicos. Aiden olhou para a companheira. —

Meryn,

se

conseguirmos

os

nomes

dos

fae

desaparecidos para você, poderia traçar a última localização conhecida deles em um mapa, como fez para os shifters desaparecidos ao redor de Lycaonia? — ele perguntou. Meryn assentiu distraidamente, parecendo assustada. — Claro que posso. Só preciso dos registros que foram atualizados para o censo da Beth. Posso fazer o país inteiro de uma vez. Aiden se aproximou e a beijou suavemente antes de se endireitar. — Faça o seu tap-tap mágico. Conto com você para nos dizer aonde ir. Meryn sorriu tristemente. — Eu já quase odeio fazer meu tap-tap mágico. Sempre descubro algo horrível. Do outro lado da sala, a rainha respirou fundo. — Quanto mais soubermos, melhor, — disse ela com a voz trêmula. — Nosso povo, todo o nosso povo. Shifters, vampiros, fae e bruxos, todos nós ficamos muito relaxados. A complacência permitiu que um inimigo desconhecido se expandisse sem controle. — A expressão dela endureceu e ela se levantou. — Mas tudo isso acaba agora. — Ao redor deles, as paredes começaram a rachar. Estalos, estouros e o rangido de madeira ecoaram ao redor nas paredes, tetos e pisos, enquanto as próprias árvores pareciam ondular com as ondas

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de raiva da rainha. — Eu quero meus filhos. Quero que meus filhos sejam encontrados. E se algo os tirou de mim, então quero pessoalmente julgar e punir os responsáveis. Meryn sorriu maliciosamente. — Foda, — ela sussurrou. Anne se virou para Molvan. — Não sei muito sobre obras públicas, mas posso ajudar a pegar os registros de que a Meryn precisa. Basta mostrar para onde ir. Kendrick se virou para os irmãos Ashleigh. — Nós também temos trabalho a fazer. — Thane se levantou, estalando os nós dos dedos, e Law e Justice trocaram sorrisos maliciosos. Ari se virou para Gage, Priest e Kincaid. — Vocês ouviram nossa rainha, cavalheiros. Para fora. ***** Enquanto se preparavam, o anúncio da rainha foi proclamado aos cidadãos de Éire Danu. Caminhando até o portal, ele pôde ver o efeito que as palavras dela tiveram nas pessoas. Ao longo da rua, tanto vendedores quanto famílias pareciam aliviados. Ari balançou a cabeça. Parecia impossível imaginar um inimigo tão grande passando despercebido por tanto tempo. Ele pensou no que a mãe disse naquela mesma manhã, como Meryn questionava tudo e, ao fazer isso, descobria tanto. Não demorou muito para atravessarem o portal a fim de esperar com os outros guerreiros nos arredores de Monroe. Ele ficou com o resto de sua unidade, ao lado do voluntário da

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Vanguarda, perto do portal de Éire Danu, esperando a equipe de Aiden se juntar a eles. Liam se aproximou deles. — Vocês precisam de um quinto membro? — ele perguntou, apontando para onde Ilar Ri'Mierlan os observava. Quando seus olhos se encontraram, Ilar deu um aceno curto. Ari balançou a cabeça. — Estamos bem. Temos operado em quatro por tanto tempo que adicionar alguém provavelmente nos atrapalharia mais do que nos ajudaria. — Deve ser difícil dividir seu líder de unidade com os deveres do palácio, — Liam simpatizou. Ari deu de ombros. — Nunca vivenciamos algo diferente, então é difícil dizer. Liam piscou. — Verdade. Vocês não são a unidade mais jovem entre as quatro cidades-pilar? Ari tentou esconder a careta. E não fez um bom trabalho, porque Liam deu um tapinha em seu ombro. — Não quero dizer nada com isso. — Sabemos que as unidades de Éire Danu às vezes são chamadas de unidades de “Treinamento Avançado”. — Ele suspirou. — E até recentemente, eu entendia o porquê. Com a cidade em seu próprio e pequeno plano paralelo, nossa maior preocupação era lutar contra o tédio, não os ferals. Gage ficou ao seu lado. — Quem está rindo por último agora? — este perguntou, levantando uma sobrancelha para ele.

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Ari teve que rir. Tanto ele quanto Gage sabiam, com certeza, que sua colocação com a Unidade Tau era devido aos pedidos de suas famílias, essencialmente para mantê-los seguros. — Nossos pais devem estar ficando ansiosos agora que estamos realmente fazendo missões como unidades normais. Gage esfregou a lateral do nariz. — Priest e eu temos uma aposta em andamento sobre quanto tempo o Jedrek levará para ter uma necessidade repentina de mandá-lo para outro país para verificar os negócios dos “Lionhart”. Ari gemeu. — Não me dê azar. Liam apontou o dedo para Gage. — Você quer dizer, semelhante à carta que a rainha receberá mais tarde hoje pedindo sua transferência? Gage empalideceu. — Como você sabe, se a rainha nem recebeu a carta ainda? Liam sorriu maliciosamente. — Eu tenho amigos em todos os lugares, incluindo na Casa Géroux. Gage simplesmente balançou a cabeça. — Eu ligarei para casa quando voltarmos. — É hora de parar de usar o andador — cantou Liam. — Você quer dizer queimar o maldito andador, — murmurou Gage. Liam colocou a mão sobre o coração.

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— Ahh, os problemas que vêm com serem amados e os bebês de suas famílias. — Liam! Pare de torturar a Unidade Tau e traga seu traseiro para cá! O Comandante da Unidade e sua equipe devem chegar a qualquer minuto, — Cadoc Baines, o líder da Vanguarda, gritou. — Estou indo, mor-zinho, — Liam gritou de volta. Quando Cadoc o olhou bravo e se virou para o portal, Liam lhes piscou um olho. — Ele esconde o quanto me ama. Ari manteve uma expressão séria e assentiu. — Nós conseguimos perceber isso. Liam deu um aceno final e correu até seu líder de unidade. Kincaid se virou para ele. — Nós vamos ficar bem? — ele perguntou baixinho. Ari sabia exatamente o que o bruxo queria dizer. Não que ficariam

bem

problemas

pessoalmente,

para

os

outros

mas

que

guerreiros

não

causariam

devido

à

sua

inexperiência. Ari assentiu. — O próprio Aiden disse em mais de uma ocasião que está satisfeito com todas as unidades de Éire Danu. Ele não é o tipo de comandante que diria algo que não pensa, especialmente com tanto em jogo. Tenha confiança em si mesmo, Kincaid. Estamos fazendo mais na nossa idade do que qualquer um desses velhotes já fez. — Liam, sem olhar, simplesmente ergueu o dedo do meio, fazendo-os rir.

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Gage estava prestes a responder quando o portal se iluminou e seu comandante o atravessou. Acompanhando-o estavam Kendrick, Micah e Ben. Em torno deles, até o último homem, a Vanguarda se endireitou. Aiden notou a mudança e deu um breve aceno de cabeça. — Fiquem à vontade. — Ele lhes acenou. — Reúnam-se aqui, homens. — Eles formaram um círculo solto em torno de Aiden. — De acordo com a pesquisa da minha companheira, há nove famílias fae vivendo em Monroe, a maioria incluindo várias gerações. Estamos procurando por aproximadamente setenta e cinco pessoas. — Aiden apontou para Kendrick. — Kendrick Ashwood, o bruxo atuante da Alfa, vai explicar como vamos rastrear nossas pessoas desaparecidas. Kendrick se aproximou para ficar ao lado de Aiden. Aqueles mais próximos a eles inconscientemente recuaram. Se Kendrick notou, não deu nenhuma indicação de que viu ou que se importava. E ergueu o que parecia ser uma cruz feita de pedras preciosas, pendurada de uma corrente em um chaveiro. — Eu, junto com os irmãos Ashleigh, criamos isso para funcionar como uma bússola. — Ele deu uma batidinha na transparente pedra central. — A Rainha Aleksandra forneceu um pouco de sua luz para rastrear seus filhos, já que está ligada a todos eles, não deve importar em qual cidade humana procuremos. — Ele apontou para as pedras que a rodeavam. — Eu carreguei cada joia com minha própria magia elemental. Esmeralda para o Norte, topázio para o Leste, rubi para o Sul e safira para o Oeste. As joias irão reagir com a luz da rainha

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no diamante central e brilharão de acordo. Haverá piscadas de luz espaçadas se os fae estiverem mais longe, piscadas rápidas conforme nos aproximarmos e uma luz sólida quando estivermos a cem metros de distância. A própria cor da pedra central nos dará uma direção. Por exemplo, verde para Norte, mas amarelo-esverdeado para o Nordeste. — Ele sorriu para o dispositivo. — Meio genial, na verdade, — ele se maravilhou. — Kendrick, — Aiden murmurou baixinho. — Certo. No caso de não conseguirmos nenhuma resposta, temos isso. — Ele ergueu um pequeno frasco. — Isso contém o próprio sangue da rainha. O sangue nos dará um alcance mais amplo, mas pode haver alguma interferência se houver alguém nesta área que é descendente dos faes que estabeleceram seu lar aqui. Então, contaremos principalmente com a luz armazenada na pedra central. — Ele sorriu maldosamente enquanto Ilar gemia. — Este cavalheiro descobriu a única e verdadeira falha dessa abordagem. — Ele apontou para as joias em sua mão. — Todos os fae da Vanguarda devem ser enfeitiçados para não interferirem com a Bússola Divina. Ilar franziu o cenho. — A magia dos bruxos mexe com o meu equilíbrio. — É um pequeno preço a pagar, — Kendrick respondeu, não parecendo nem um pouco contrito. — Guerreiros fae, alinhem-se, — Aiden ordenou. Ilar e Kyran Li'Alriden se moveram para ficar na frente de Micah e Kendrick.

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Ari percebeu que os olhos de Kincaid ainda não haviam deixado a bússola. — O que? — ele perguntou. Kincaid se aproximou. — Olhe em volta, Ari, eu não sou o único encarando. Ari olhou ao redor da clareira. Os olhos de cada guerreiro de unidade bruxo estavam fixos na bússola. — O que? — ele sussurrou. — Você não entende porque o Kendrick explicou a bússola de forma bem casual, mas o que ele está segurando pode ser considerado um tesouro nacional de uma geração. Ele está tratando como um chaveiro legal. — A voz de Kincaid continha espanto e frustração. — Ele também acabou de confirmar que dominou todos os quatro elementos, algo que nenhum outro bruxo já fez. Ele simplesmente disse que carregou a bússola usando todos os quatro elementos como se simplesmente tivesse carregado o celular. — Kincaid ergueu os olhos para ele. — Acho que não há nada que ele não possa fazer. Ari bufou, mas então viu a verdade nos olhos de Kincaid. Ele olhou para o estranho bruxo. — Ele é apenas um arquivista, certo? Kincaid exalou. — Talvez isso seja tudo o que ele nos permite ver. Gage olhou para Kendrick enquanto ele e Micah terminavam de selar os faes. — Que bom que ele está do nosso lado. Priest assentiu.

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— Sem brincadeira. Quando Micah se afastou de Kyran, Aiden olhou para Kendrick. — Sua vez. Kendrick ergueu a bússola. — Invenio. — Ele franziu a testa quando nada aconteceu. Micah sorriu maliciosamente para o amigo. — Você lembrou de carregar certo? Kendrick olhou bravo para o outro bruxo. — Claro que sim. — Ele olhou ao redor. — A que distância estamos da cidade? Liam apontou para o oeste. — Os limites da cidade de Monroe estão a cerca de dezesseis quilômetros por ali. Kendrick franziu o cenho para a bússola. — Isso deveria ser facilmente perto o suficiente. — Ele deu batidinhas na bússola com força, fazendo com que cada bruxo gemesse por seu manuseio bruto. Aiden apontou para o bolso de Kendrick. — Talvez você devesse experimentar o sangue. Kendrick olhou fixamente para o comandante. — Você não acabou de me ouvir explicar que só tentaríamos isso no caso de não conseguirmos nenhuma resposta? Aiden ergueu uma sobrancelha e Kendrick piscou. — Oh. — Ele puxou o frasco e com muito cuidado derramou

uma

única

gota

na

pedra

central.

Esta

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imediatamente começou a piscar rapidamente, em uma luz azul. — Filho da puta, — Kendrick murmurou. Aiden olhou para baixo. — Se está piscando rapidamente, significa que há faes por perto, a oeste de nós, certo? — Kendrick apenas deu um aceno curto. Aiden apontou para o diamante. — Então por que a luz não funcionou? — Não tenho ideia. Mas por outro lado, este tipo de bússola veio a existir esta tarde, pode haver uma curva de aprendizado, — Kendrick respondeu acerbamente. Aiden deu de ombros e apontou para o oeste. — Movam-se. ***** — Tem certeza de que isto está certo? — Aiden perguntou pela quarta vez, apontando para o grande armazém de aparência genérica. Kendrick parecia que estava prestes a estender a mão e estrangular seu comandante. — Sim, tenho certeza! — ele silvou. — A pedra está de uma cor azul sólida agora. Parece mais uma safira do que um diamante. Aiden estendeu a mão para tocar no dispositivo de comunicação em seu ouvido. — Ao meu sinal, — disse ele calmamente. Aiden, Kendrick, Micah e Ben se juntariam à Unidade Tau quando entrassem no prédio. Os outros dez da Vanguarda se dividiram em duas equipes. Um entraria pelos fundos do prédio, enquanto o outro entraria pela lateral.

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Aiden espiou pela esquina do prédio do armazém adjacente. — Eu não gosto disso. Por que faes estariam aqui? Kendrick saiu para o espaço aberto, indo em direção à frente do edifício. — Só há uma maneira de descobrir. — Bastardo arrogante, — Aiden rosnou. Ele levou a mão ao ouvido. — Vai! O coração de Ari estava batendo forte enquanto corria ao lado de Aiden para entrar pela frente do edifício. Eles se espalharam, verificando cada uma das pequenas instalações antes de se moverem para a porta que levava à área de armazenamento principal. Quando a porta se abriu, ele lutou contra o desejo de seu corpo de vomitar. — Deuses! Que fedor é esse?! — Deuses, não, — Aiden sussurrou, enquanto corria para frente. Eles rapidamente se juntaram as outras duas equipes da Vanguarda em frente a uma grande pilha de roupas. — Por que essas roupas cheiram tão mal? — Kincaid perguntou. Kendrick se virou para ele com uma bondade incomum nos olhos. — Olhe mais de perto, Kincaid, são os corpos que fedem, não as roupas. Kincaid empalideceu tão rápido que Ari se moveu para envolver um braço em volta de sua cintura. Em segundos, Gage se juntou do outro lado de Kincaid.

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Seu irmão guerreiro balançou a cabeça. — Sinto muito, — este sussurrou. — Não é só você, — Ari respondeu, quando o som de vômito chegou até eles. Do outro lado da sala, Liam estava dobrado no meio, esvaziando o conteúdo de seu estômago. Cadoc se aproximou de Aiden. — Precisamos do Cam. Seu investigador de cena de crimes é um vampiro e trabalha também como médico-legista. Podemos perder algo se começarmos a mover os corpos. — Ligue para ele, — Aiden respondeu, seus olhos fixos na pilha de faes falecidos. — Kendrick, você estimaria que são cerca de setenta corpos? Kendrick fechou os olhos e assentiu. Aiden cerrou os dentes. —

Acho

que

acabamos

de

encontrar

os

faes

desaparecidos de Monroe. Foi como se suas palavras libertassem os homens do choque. Ilar se virou para a parede mais próxima e começou a esmurrá-la. Pelos estalos que Ari ouviu, estava certo de que a mão do fae estava quebrada. Cadoc foi até ele e lutou para afastá-lo da parede. Apesar de ser um shifter de urso, ele mal conseguiu evitar que o fae se machucasse. — Monty! Ajuda aqui! Montgomery Sandalwood, o bruxo da Vanguarda de Cadoc, se aproximou correndo. — Sopor! — Momentos depois, Cadoc estava abaixando o fae adormecido no chão.

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— Puta merda! — ele exclamou, claramente perturbado com a dor de Ilar. Kyran desabou ao lado de Ilar. — Eu cuido dele. Por favor, ajude meu povo, — ele implorou, incapaz de olhar para os corpos. Seu pedido pareceu dar a Cadoc um caminho para externar sua raiva. — Eu juro que farei tudo o que puder por eles. — Ele caminhou até onde Manon Decker, o vampiro de seu esquadrão, já estava ao telefone com Cameron. Ari sabia que Aiden, e até mesmo Cadoc, estava tratando o local como uma cena de crime, mas sua mente estava pensando a frente. — Aiden, você pode chamar Darian para cá? As sobrancelhas de Aiden se ergueram. — Você gostaria que eu ligasse para ele vir aqui? Com isso? — Ele apontou para os corpos. Ari concordou. — Sim. Precisamos de sua habilidade para abrir um portal diretamente para o palácio. — Ele baixou a voz. — Não podemos carregar setenta sacos de cadáveres pelo portal para desfilarem por Éire Danu. Aiden pareceu enjoado. — Eu não tinha pensando nisso ainda. Graças aos deuses que você está conosco. — Este digitou uma mensagem meticulosamente por alguns instantes, em seguida, jogou-lhe o celular. — Mandei uma mensagem para o Darian com um breve relatório da situação e lhe disse que tínhamos feridos que precisavam voltar. Ligue para quem precisar. Estou

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encarregando você de levá-los para casa sem causar pânico em massa. Ari pegou o telefone. — Pode deixar. Ele correu de volta para onde seus homens o esperavam. Kincaid parecia muito mais estável. — O que podemos fazer? — ele perguntou. — Precisamos providenciar a logística para levá-los para casa. — Ele se virou para Gage. — Você pode ligar para os faes que conhece das Casas Orthames e Liordon? Faça-os se reportarem para... — Ele olhou ao redor. — Micah! Preciso do número de telefone da sua companheira. Micah o olhou carrancudo. — Se você pensar por um segundo sequer em pedir a ela para vir aqui... Ari balançou a cabeça. — Não, eu preciso que ela atue como um ponto de contato com o palácio, junto com Amelia, para arranjar auxilio. — Ele apontou para Ilar e Kyran. — Elas vão tratar casos de choque e lidarão com os efeitos colaterais que o luto irá causar. Micah franziu a testa. — Não tenho certeza se isso é muito melhor. Eu mesmo falo com ela, então não se preocupe em atualizá-la. — Ele se virou para Aiden. — Se a Serenity vai usar magia para tratar um monte de gente, eu preciso voltar. Aiden nem mesmo hesitou antes de acenar para que saísse.

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— O Darian deve chegar a qualquer momento; você pode retornar através de seu portal. Como se as palavras de Aiden o conjurassem à existência, um

portal

brilhante

apareceu,

e

os

príncipes

fae

o

atravessaram, imediatamente seguidos pelos irmãos Ashleigh. Thane olhou ao redor até avistar Ilar e Kyran. Sussurrou algumas palavras, e o fae adormecido levantou e se dirigiu para o portal. — Já que a mensagem de Aiden mencionou feridos, Serenity está pronta para tratá-lo. — Kyran, você deve voltar com Ilar para Éire Danu e ficar com ele até voltarmos, — Aiden ordenou. Kyran quase caiu para frente de alívio. — Senhor, eu... A expressão de Aiden se suavizou. — É para isso que servem os irmãos guerreiros. Eu te apoio quando precisa, e você me ajuda a fazer as coisas que não posso. Tudo se equilibra. Agora, vá. Kyran

estava

muito

emocionado

para

responder;

simplesmente colocou o punho sobre o coração e seguiu Ilar através do portal antes deste fechar. Ari observou os irmãos Ashleigh se aproximarem de Kendrick enquanto Darian e Oron se moviam para ficar ao lado de Aiden, todos pareciam enjoados com a visão diante de si. — Certo. — Ari se voltou para Gage. — Então, avise as Casas Orthames e Liordon que Serenity está de prontidão no palácio e que devem se reportar a ela. — Gage assentiu e se afastou alguns metros para fazer suas ligações.

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Ari olhou para Priest e Kincaid. — Vou ligar para meu irmão para mobilizar os Lionharts para que possamos ajudar aqueles que podem ser afetados por tantas mortes. Vocês dois podem ficar perto de Aiden? De jeito nenhum vou encarar a Meryn se seu companheiro voltar nem que seja com uma farpa. Kincaid, se ele até mesmo se cortar com papel, cure-o. Kincaid deu a ele uma expressão azeda. — Você só está dizendo isso porque sabe que a cura é o único feitiço que não fodo. Ari baixou a voz. — E isso vai mantê-lo perto de Kendrick e dos irmãos Ashleigh. Você pode não ter muito mais chances de vê-los em ação. Kincaid piscou. — Você está certo. — Ele praticamente correu de volta para onde Aiden estava com os bruxos. Ari estremeceu com o entusiasmo de Kincaid. Priest deu um tapinha em seu ombro. — Eu cuido dele. — Obrigado, Priest. Ari observou seu irmão de unidade se afastar e discou o único número a qual sabia que sempre podia ligar, não importava o que acontecesse. — Ei, irmãozinho. Como vai a missão? — Rex perguntou quando atendeu o telefone. — Preciso da sua ajuda. — Onde você está? — seu irmão mais velho exigiu.

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— Eu estou bem, prometo. Na verdade, nem houve alguma luta, bem, pelo menos do nosso lado. — Ele olhou para os corpos. — Do que você precisa? Posso ir até aí. — Preciso de você onde está. — Ele pensou sobre onde exatamente ele poderia estar. — Você está em casa ou no palácio? — Em casa, por quê? Ari engoliu em seco. — Eles estão todos mortos, Rex. Todas as pessoas que fomos enviados para encontrar, — ele sussurrou. — Deuses! — Rex exclamou. Ao fundo, ouviu sua mãe exigindo saber qual era o problema. — O palácio vai precisar de nós, — disse ele, ignorando-a por um momento. — Eu sabia que você entenderia. Há mais de setenta faes mortos aqui, Rex. Só os deuses sabem quantas gerações. Isso vai impactar muitas pessoas. O palácio vai precisar dos Lionharts

para

fornecer

força

constante

durante

esta

provação. — Presumo que Darian está aí. — Correto. — Vou providenciar para que uma de nossas casas de reuniões seja usada para armazenamento e identificação. Vou precisar de um daqueles bruxos assustadoramente poderosos que assumo, de novo, estão a três metros de Aiden McKenzie. Ari balançou a cabeça maravilhado. Seu irmão era incrível. — Novamente, você está certo.

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— Vou precisar deles para enfeitiçar a sala para diminuir a temperatura e possivelmente preservar os corpos. — Ele fez uma pausa. — Quão ruins eles estão? Ari engoliu em seco e se aproximou da pilha. E sibilou com o cheiro, antes de se afastar. — Não sou especialista em como os fae se decompõem, mas há uma boa quantidade de inchaço, mas não estão escurecidos ainda. A maior parte das características faciais deve ser identificável. — Odeio que você esteja aí, — Rex rosnou. — Sou um guerreiro de unidade, Rex. Onde mais eu estaria? — Seguro, em casa, com sua família, — respondeu ele. — Logo estarei em casa. — Ele hesitou, então continuou: — Você pode dizer a Cord para talvez fazer algo leve esta noite? Sem muita carne? — É claro. Não se preocupe com nada. Cuidarei de tudo relacionado ao recebimento dos corpos. Você apenas se concentre em trazê-los até nós. Diga ao Darian que é a casa de reuniões na Maple Street. Ari sentiu alívio com as palavras do irmão. — Obrigado, eu direi. — Venha direto para casa, Ari. — O que foi que disse? Para fazer meu trabalho diligentemente? — Pirralho, — Rex respondeu antes de desligar. Ari ergueu os olhos e Gage o estava esperando. — Como foi?

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— Eles estão indo para o palácio. Ouvi a última parte da sua conversa e os avisei que o Rex está se instalando na Maple Street. Ele é um gênio em pensar em converter uma das salas em um freezer. Ari sorriu. — Esse é o meu irmão. Juntos, ambos caminharam até onde Cadoc e os outros estavam

amontoados

em

torno

de

Aiden.

Quando

se

aproximaram, Aiden o olhou. — Pronto? — Sim, porém, vou precisar que um dos irmãos Ashleigh se encontre com Rex na casa de reuniões dos Lionhart na Maple Street. Ele quer converter uma das salas em um grande freezer para preservar os corpos. — Graças aos deuses pelo seu irmão. — Aiden esfregou o rosto com as mãos. — Cadoc, pode avisar aos homens que começaremos assim que Cam chegar aqui? Cadoc assentiu. — Sim, senhor. — Ele estava prestes a se afastar quando a porta se abriu. Os homens se viraram em uníssono para ver quem os havia perturbado, apenas para ver Cam, com seu uniforme de xerife, caminhando em direção a eles, um homem de cabelos escuros caminhando atrás dele. Cam deu uma olhada nos corpos e fez uma careta. — Não queria acreditar em você, Aiden. Não queria enfrentar a verdade de que isso aconteceu em Monroe, bem debaixo do meu maldito nariz. — Cam cerrou a mandíbula.

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O homem de cabelos escuros foi imediatamente para a pilha, pegando uma câmera. Quando começou a tirar fotos, Cadoc ficou de uma cor vermelha profunda. — O que diabos pensa que está fazendo? — Ele estendeu a mão para a câmera, mas o homem apenas afastou sua mão com um tapinha. — Eu sou River Carlisle. O médico-legista que trabalha com Cam e o outro membro da Vanguarda de Monroe. Humanos tiram fotos de cenas de crimes para que o ato de mover os corpos não destrua completamente as possíveis evidências. Essas fotos podem preservar alguns pequenos detalhes que negligenciamos. Cadoc se acalmou ligeiramente. — Basta nos dizer o que precisa, — disse ele, ligeiramente apaziguado. Ari se aproximou mais de Cam. — Quão bom ele é? Cam deu um sorriso irônico. — Ele é um vampiro, e isso o torna muito bom em seu trabalho. Aposto que ele já percebeu algo que perdemos. — E você está certo, — a voz ligeira falou. — Peça a um dos bruxos que verifique se há algum tipo de barreira. Há inchaço, mas nenhum sinal de que tenham sido devastadas por pragas ou insetos. — Filho da puta, — Cadoc sussurrou baixinho. — Ok, Doutor, você está no comando aqui.

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— Eu aprecio isso. Agora, me ajude a começar a levantar os corpos para que fiquem lado a lado, — ordenou sua voz nítida. — Sim, senhor. Ari virou a cabeça quando estes começaram a retirar os corpos da grande pilha. Ele não conseguia superar o fato de que eram faes. Tendo crescido em Éire Danu, sempre associou os faes a seres de beleza eterna, imutáveis, imortais. Vê-los jogados juntos em uma pilha de lixo de carne podre, descartados e inequivocamente mortos, o perturbava completamente. Um grito angustiante fez com que todos se voltassem para onde Darian estava ajoelhado no chão ao lado de Liam, que estava levantando um pequeno corpo. Ari ofegou. Nem mesmo as crianças foram poupadas. Oron puxou Darian fisicamente para trás até que ambos estivessem sentados no concreto duro e frio. Oron embalou o irmão mais novo enquanto Darian apenas balançava a cabeça. — Eu sinto muito, Darian, — este sussurrou. — Não é sua culpa, nada disso é sua culpa, — Darian respondeu, baixando a cabeça. — Encontrei algo, — Kendrick gritou, tirando a atenção de Ari dos irmãos que sofriam. Ele, Aiden e os outros correram para a parede oposta, onde Kendrick estava passando as mãos na parede. — O River é um gênio. Até eu deixei passar a falta dos insetos. — Ele baixou as mãos. — Há uma barreira. Thane assobiou e ergueu a mão, com a palma voltada para a parede cinza opaca.

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— É tão malditamente sutil. Kendrick acenou com a cabeça, parecendo bravo. — Eu deveria ter notado isso. Aiden simplesmente colocou a mão em seu ombro. — Estávamos todos distraídos pelas mortes trágicas e sem sentido dos fae. Você teria encontrado isso quando as demandas imediatas fossem atendidas e pudesse pensar. Thane grunhiu. — Um de nós deveria ter visto. — O que é isso exatamente? — Ari perguntou. Ele não realmente se importava com quem vira; não sabia o que “isso” era. Kendrick apontou. — Há uma barreira fina que usa as paredes, o teto e o piso como diretrizes. — Explique, — Aiden exigiu. Thane continuou: — A barreira segue as linhas naturais da sala, mas não é imposta por elas. Por exemplo, ela se estende pela soleira da porta, mas não é quebrada pelo abrir e fechar da porta. — Você pode derrubá-la? — Ari perguntou. Kendrick assentiu. — Facilmente, mas devemos? — Ele se virou para Thane. — O que acha? Thane, então Justice suspiraram enquanto franziam a testa, antes de começarem a brilhar com a cor de sua magia. Justice surpreendentemente falou primeiro:

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— Não há vínculos com nenhum outro componente para desencadear qualquer armadilha, — disse ele, o brilho de sua magia desaparecendo. A magia de Thane diminuiu e este olhou para o teto. — Ela não está bloqueando o som ou o cheiro. — Ele apontou para a claraboia. — A luz é capaz de passar. Kendrick deu batidinhas nos próprios lábios. — Então, para que serve? Aiden deu de ombros. — A menos que queira ficar aqui e estudá-la, contanto que não ache que represente uma ameaça, tire-a e descubra. Kendrick olhou para o comandante. — A praticidade brutal de Meryn está passando para você. Aiden apenas sorriu. — Ela é a melhor parte de mim. — Thane, se puder? — Kendrick apontou para a barreira, então recuou para fechar os olhos. Thane estendeu a mão, tocou a parede e se afastou. Todos voltaram sua atenção para Kendrick, que abriu os olhos. — Não sinto nada. Ari soltou o fôlego que nem sabia que estava prendendo. Momentos depois, seu telefone tocou, ele viu que era seu irmão. — Ei, Rex. — Você está seguro?! — Rex exigiu imediatamente. — Sim, por quê?

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— Deuses! Faes estão gemendo nas ruas, deve ter havido mais mortes. — Rex, acalme-se! Aiden e o resto dos homens ficaram em alerta. — O que está acontecendo? O palácio está seguro? — Rex, o palácio está seguro? — Sim, espere. — Ari ouviu vozes abafadas antes de Rex voltar

ao telefone.

Portia está

recebendo

relatórios

preliminares de Molvan, que assumiu o controle desta crise. Ela está dizendo que os recém-assassinados são de famílias de Monroe. Os faes da cidade estão todos dizendo a mesma coisa. Suas árvores de família mudaram todas de uma vez, registrando as mortes de famílias inteiras. Vários ramos petrificaram, alguns dos Espíritos Guardiões entraram em choque. — Merda! — Kendrick exclamou. — A barreira mascarava suas mortes, não dos humanos, mas dos fae. — Por quê? — Thane perguntou. — River! Ande mais rápido. Eu quero a gente fora daqui agora! — Aiden começou a latir ordens. — Rex, estamos saindo agora. Acho que as mortes que estão sendo registradas são dos mortos que descobrimos. Eu explico mais tarde, mas o Aiden quer que saíamos já daqui. — Então saía já daí, irmãozinho, que todos os deuses estejam com você, — Rex disse, antes de desligar. Ari guardou o telefone no bolso e se juntou a seus irmãos de unidade no processo de ensacar os mortos. Eles se moveram rapidamente, sentindo a urgência de Aiden. Na

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verdade, Ari concordava. Se o inimigo se esforçou tanto para que eles descobrissem os mortos ali e possivelmente fossem distraídos por estes, então o último lugar em que precisavam estar era naquele armazém. — Parados! — uma voz feminina gritou. — O que agora? — Thane resmungou. Ari se virou e o tempo pareceu desacelerar. Lá, no meio do armazém, em um uniforme de oficial, com a arma apontada para seu comandante, estava sua bela companheira.

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Capítulo 3 — Brie, baixe a arma, — Xerife Rathais ordenou gentilmente. Brie analisou a cena diante de si. Homens moviam corpo após corpo para grandes sacos pretos de cadáveres. — Senhor? — Ela respirou fundo e firmou a mão que segurava a arma. — É uma ordem, oficial, — seu chefe repetiu com firmeza. — Mas... — Ela observou enquanto River continuava processando a cena. A incrivelmente grande pilha de corpos tornou-se seu foco principal. — Por que você não reportou isso? — Por que você está aqui? — ele perguntou. — Você e River saíram correndo do escritório, é claro que eu iria segui-los. — Ela amava o xerife como um segundo pai. Ele a treinara e ajudara a se tornar a policial que era hoje. Brie sabia em seu coração que ele nunca teria nada a ver com tantas mortes. — Senhor? — ela perguntou novamente, sentindo-se perdida. Rathais se aproximou e colocou a mão em seu ombro.

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— Eu preciso que você volte para o escritório e esqueça que viu isso. — Bem, isso não parece super suspeito, — River murmurou. — É o que ele disse, — apontou Brie. Rathais suspirou. — Há coisas que você não sabe. Coisas que eu ia te contar quando você assumisse o cargo de xerife. — Coisas? Pilha de cadáveres, esse tipo de coisas? — ela exigiu. Rathais pestanejou de surpresa. — Na verdade, não, isso não é normal nem mesmo para nós. Ferals sem cérebro atacando faes, shifters, vampiros e bruxos, é o de praxe. River deu uma risadinha. — Deuses, você é terrível nisso. Brie sentiu o olho começar a tremular. — O que? — Pode ser mais rápido simplesmente mostrar a ela, — um loiro lindo disse, enquanto se aproximava deles tirando as roupas. — Senhor, preciso que pare, — disse ela, tentando manter a voz calma. Um, ela não tinha ideia de por que ele estava se aproximava, e dois, ele era absolutamente deslumbrante, e três, ele estava se despindo! — Deuses acima, Ari, — Rathais exclamou, balançando a cabeça.

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Os olhos de Brie nunca se desviaram do belo homem diante de si. Segundos depois, parecia que toda sua cabeça ficara envolta em algodão. Sua audição estava abafada e ela sabia que estava entrando em choque, mas quem não entraria? O modelo de passarela agora era a porra de um leão! — Senhor?! — ela gritou. — Calma, Brie, podemos explicar, — Rathais começou. Quando ela se virou para encará-lo, seu corpo se moveu junto com a cabeça, e agora estava com a arma apontada para o chefe. — Brie, está tudo bem, querida, apenas abaixe a arma, — Rathais continuou. Um movimento de canto de olho a fez balançar para trás para encarar o enorme leão. — P-p-pare, — ela ordenou. Brie sentiu Rathais se aproximar dela e o leão começou a rosnar ferozmente. Quando seu chefe envolveu um braço reconfortante por sobre seus ombros, o grande felino rugiu alto o suficiente para machucar seus ouvidos. Sem pensar, ela disparou um tiro de advertência, sua pontaria normalmente perfeita distorcida por suas próprias mãos trêmulas. Quando o leão caiu, ela ficou horrorizada. — Eu não queria atirar nele! — ela disse, olhando nos olhos gentis de seu chefe. — Nós sabemos, querida. Ele que teve que agir como um idiota. Ele deveria ter pensado melhor do que abordar alguém assustado segurando uma arma. — Rathais facilmente tirou a

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arma de suas mãos. — Se transforme de volta, Ari, está chateando minha oficial. Não foi até que os homens ao seu redor começaram a parecer preocupados que ela percebeu que algo poderia estar realmente errado. — Ari? — Aiden o chamou, ajoelhando-se ao lado do leão. Ele afastou para trás parte da juba e inalou bruscamente. — Ele não pode se transformar, a bala parece perto da espinha. Se voltar a forma humana, pode causar danos irreversíveis. Brie sentiu os joelhos cederem. — Eu não queria machucá-lo, — ela sussurrou. — Eu sei, querida, você é uma grande amante de gatos, — Rathais facilmente suportou seu peso. Aiden pegou o telefone. — Rheia, preciso de alguns conselhos. — Quem é Rheia? — ela perguntou. — Uma cirurgiã que mora com o Aiden, — Rathais respondeu. Aiden descreveu a série de eventos, explicando que agora tinham um leão de duzentos quilos derrubado com uma bala perto da espinha. — Eu adoraria ajudar, Aiden, mas nunca operei um leão antes. Se ele fosse humano, eu diria para trazê-lo direto para cá, mas estamos falando de uma anatomia completamente diferente. — Merda, — exclamou Aiden. Brie avançou com as pernas bambas.

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— Eu conheço alguém que pode ser capaz de ajudar, — ela ofereceu. Aiden pareceu aliviado. — Quem? — Meu pai. Ele é um veterinário aposentado que costumava trabalhar com grandes felinos em um santuário de resgate. — Excelente ideia, Brie! — Rathais olhou para onde três outros homens olhavam para o gato, parecendo ansiosos. — Gage, Kincaid, Priest, vamos encontrar algo resistente para transportá-lo para o meu SUV. Brie, ligue para seu pai e fale para se preparar para a cirurgia. Brie pegou o telefone, olhando ao redor da sala. Nenhum homem olhava bravo para ela. Estes não deveriam estar chateados porque ela atirou no amigo deles? Ela não deveria estar sendo tirada dali algemada? O que estava acontecendo? Um dos homens deu um passo à frente e colocou a mão em seu ombro. De repente, ela sentiu como se pudesse pensar novamente. — O que foi isso? — ela perguntou. — Algo que aprendi recentemente com um velho amigo. Simplesmente anulei um pouco do choque, só isso. Sei que está enfrentando muito e rapidamente, mas aguente um pouco mais. A menos que eu esteja enganado, o homem em que você atirou será aquele que ficará ao seu lado e explicará tudo. Só precisamos que ele fique bem. — Obrigada… — ela o olhou.

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— Kendrick. Kendrick Ashwood. Enquanto você cura o Ari, estarei ajudando a levar essas pobres almas para casa. — Ele a olhou nos olhos. — Eles foram assassinados, Brie, não se engane sobre isso, mas não morreram nas mãos de ninguém nesta sala. Os homens que vê ao seu redor representam os protetores de nossa espécie. Você não poderia estar mais segura. — Por que eles não estão com raiva de mim? — ela sussurrou. Kendrick apenas sorriu de lado. — Você não é a primeira mulher a atirar no companheiro, — sua cabeça acenou em direção a Aiden. Aiden o olhou bravo. — A Meryn disse que foi um acidente, — ele resmungou. Kendrick se inclinou. — Ele diz isso para se sentir melhor. Todos sabemos que sua companheira, Meryn, é uma atiradora de elite. — O que é uma companheira? — ela perguntou, aquele sentimento de desconforto voltando. — O Cam explicará no caminho, — Kendrick disse, empurrando-a gentilmente em direção à porta. — Ligue para o seu pai no carro. — Muito obrigado! — Rathais gritou de volta. Brie correu atrás do grupo de homens que lutava para carregar o grande leão até o SUV. Enquanto o colocavam na traseira, Aiden bagunçou o cabelo dela. — Não se preocupe; ele é o culpado aqui. Ele nunca deveria ter te assustado.

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Ela sentiu o queixo cair. — Eu atirei nele. Aiden assentiu. — Levar tiros de mulheres humanas é bem comum. — É? — Atrás do grande homem, seu chefe e os três outros homens estavam assentindo. Aiden sorriu largamente. — Minha companheira é humana, — ele franziu a testa. — Mais ou menos. — No carro, Aiden, — Rathais gritou. Todos se amontoaram e Brie ligou para o pai. — Olá, minha linda garotinha. O que está fazendo? — A voz de seu pai parecia tão normal que ela se pegou apertando o telefone. — Eu atirei em alguém! — ela exclamou. — O que fizeram com você? — ele demandou. — Ele me assustou. — Aquele filho da puta! Espere. Só isso? — E ele se transformou em um leão. — Garotinha, onde você está? Estou pegando minhas chaves agora. — Não! Você tem que ficar aí. Estamos indo até você. — Nós quem? Devo pegar minha arma? — Não, seu bisturi. — Brie Victoria Wilson, se você não começar a fazer sentido... Ela estremeceu. Não ouvia seu nome do meio desde o colégio.

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— Eu atirei em um leão, pai. Precisamos que você remova a bala. — Por que diabos você atiraria em algum pobre leão? Ela revirou os olhos. — O que aconteceu com defender a sua garotinha? — Quão longe você está? — seu pai perguntou, ignorando-a. — Um pouco menos de vinte minutos. Estamos vindo do distrito do armazém. — Por favor, me diga que não encontrou algum negociante de animais exóticos escondendo animais. O leão é o único que precisa de atenção médica? — Não, nada disso. É apenas esse único leão, — ela olhou ao redor do carro. — Acho. Aiden lhe sorriu. — Urso. Priest bateu com o ombro nela do assento ao seu lado. — Gavião. Rathais chamou sua atenção pelo espelho retrovisor. — Lobo. — Bastardo, — ela murmurou. — Brie? — Apenas o leão que estamos levando, pai. — Ok, vou deixar a mesa pronta. Vá direto para o fundo. — Te vejo em breve. — Ela desligou o telefone e deu uma joelhada no banco do motorista. Rathais grunhiu. — Sério? — ela exigiu.

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— Sim, sério. Eu te disse, há coisas que você não sabe, a existência de shifters é apenas uma delas. — Você também disse algo sobre fae, bruxos e vampiros. — Vamos focar no Ari primeiro, depois vou explicar tudo para você, — ele prometeu. Ela esfregou o peito. Sentia como se seu coração estivesse se partindo. Tinha dificuldade em engolir o nó na garganta. — O nome dele é Ari? — Ari Lionhart, shifter de leão obviamente. — Aquele que parecia mais jovem entre eles respondeu da parte de trás, onde mantinha Ari deitado. Ele apontou para o próprio peito. — Kincaid Bayberry, bruxo. O homem à direita fez-lhe uma pequena saudação. — Priest Vi'Aerdan, shifter de gavião-real. O homem à sua esquerda acenou com a cabeça. — Gage Fabre, vampiro. — Ele lhe deu uma piscadela, fazendo-a sorrir. — Ok, vamos cuidar dele, então enfrento todo o resto. — Ela ouviu a própria voz falhar. — O que diabos há de errado comigo? — Ela se curvou um pouco, tentando aliviar a dor no peito. Atrás dela, Brie ouviu um rosnado baixo. — Ela está bem, Ari, apenas reagindo ao seu ferimento e à atração. Ela é sua companheira, não é? — Kincaid perguntou. Um ronronar feliz encheu o carro. Ela descobriu que o próprio som aliviava o aperto em seu peito, permitindo-lhe respirar mais facilmente.

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— Eu diria que isso é um sim, — Gage disse, com um sorriso no rosto. — O que é um companheiro? — Ela tinha a sensação de que sabia o que significava, mas precisava ouvir a definição deles. — Em termos humanos, é como uma alma gêmea. Alguém escolhido apenas para você, a única pessoa na terra inteira com quem está destinado a ficar, — explicou Priest. Ela exalou, era isso que pensou que queriam dizer. — Como ele pode se sentir assim por mim sendo que nem mesmo nos conhecemos? Aiden deu de ombros. — Eu não tenho ideia de como funciona, mas quando conheci a Meryn, meu mundo inteiro de repente se centrou em seu sorriso. Seu cheiro me deixava louco, e cada minuto em que eu não estava perto dela era quase doloroso. — Ele se virou mais ou menos no assento para encará-la. — Paranormais podem viver por muito tempo, e a ideia de passar tantos séculos sozinho é aterrorizante. Eu acho que a Destino1 ou os Seres Superiores sabem disso e nos presenteiam uma companheira para tornar os longos anos suportáveis. Elas nos dão uma razão para levantar de manhã e alguém para abraçar à noite. — Todos vocês estão acasalados?

1

Aqui preferiu-se colocar “a Destino”, pois durante várias passagens de vários dos livros

da série os personagens se referem ao destino no feminino.

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Todos, exceto Aiden, balançaram a cabeça. Priest deu um tapinha em sua perna. — Nós nos agarramos a promessa tácita de que se pudermos suportar sem perder nossas almas, eventualmente seremos abençoados com nossas próprias companheiras. — Como vocês perderiam a alma? — ela perguntou, oficialmente sentindo como se estivesse perdendo a cabeça. Essa conversa estava realmente acontecendo? As pessoas podiam realmente perder suas almas? — Um paranormal perde a alma quando ele ou ela nutre uma intenção maligna no coração e age de acordo com ela. A maioria diz que é o ato de matar, mas tem havido muitos, muitos casos de paranormais que cometeram assassinatos e ainda assim estes ainda estão inteiros, — Aiden explicou. — Tipo autodefesa? — ela perguntou. Este era um território um tanto familiar. — Exatamente. Mas por outro lado, eu tive que abater um feral que nunca matou, mas seus crimes acumulados eram igualmente hediondos. Não sabemos exatamente o que pende a balança, só lidamos com o resultado. — Aquele outro homem, Kendrick, disse que vocês eram os protetores de seu povo. Vocês lidam com os criminosos? Cada homem assentiu. — Sim, — Gage disse. — Todos no carro, exceto você e Cam, são o que chamamos de guerreiros de unidade. Há seis unidades atribuídas a cada cidade-pilar, e há quatro cidadespilar. Lycaonia, a cidade shifter nas montanhas da Carolina do Norte. Noctem Falls, a cidade vampira no Novo México, Éire

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Danu é onde servimos, — continuou ele, apontando para si mesmo, Priest, Kincaid e Ari. — Éire Danu é a cidade dos fae. Ela existe em seu próprio pequeno universo separado, mas tem um portal de entrada em Monroe. A última cidade é Storm Keep, a cidade dos bruxos, localizada no Noroeste do Pacífico. — E quando um dos seus cidadãos comete um crime suficientemente sério, ele perde a alma e vocês o colocam na prisão? Priest balançou a cabeça. — Não há volta depois de virar um feral. É nosso trabalho eliminá-los. — Certo, — ela sussurrou. — Brie, querida, chegamos, — disse Rathais, colocando o carro no estacionamento. Brie respirou fundo. Naquele exato momento, ela se concentraria em garantir que o pobre leão não morresse, depois lidaria com todo o resto. Ela saltou para fora do carro e encontrou o pai na parte de trás do mesmo, onde ele já estava esperando com uma grande maca. Ele abriu a boca para dizer algo, então viu os homens saindo do veículo. — Eu estava me perguntando como íamos tirar esse cara do carro, mas acho que eles podem lidar com isso. — Ele olhou para Aiden. — Droga, filho, o que você come? Aiden sorriu enquanto suas bochechas brilhavam. — Praticamente tudo. — Imagino que sim. — A atenção de seu pai foi imediatamente para Ari enquanto os homens o colocavam

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delicadamente na maca com rodas. — Vamos, cavalheiros. Diretamente para os fundos. É onde fica minha clínica particular. Eles rapidamente colocaram Ari na mesa de operação, e seu pai os enxotou. Rathais esfregou a nuca. — Rex Lionhart vai me esfolar vivo. — Quem é Rex? — ela perguntou. — O irmão mais velho e extremamente protetor do Ari, — Priest respondeu, lançando um sorriso satisfeito a Rathais. — Oh Deus. Gage dispensou sua angústia com um aceno de mão. — Ele vai te amar. Você é sua nova irmãzinha. Mas ele vai ficar super puto com o Cam que você atirou no Ari. — Mas, fui eu quem atirou nele. Todos concordaram. — Isso não faz sentido. — Suas ações são um reflexo da minha liderança. Além disso, ele vai te mimar muito. Aos olhos dele, você não consegue errar, — disse Rathais, parecendo resignado. Aiden riu. — Ele provavelmente vai ficar bravo com o Ari também, por te assustar. Rathais animou-se. — Isso mesmo. Isso foi culpa dele também. — Então, todos são culpados, exceto eu, quem realmente disparou a arma. — É, — disse Kincaid.

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Ela se virou para o chefe. — Vou entregar meu distintivo quando voltarmos. — Diabos que vai, — Rathais agitou-se. Aiden pigarreou. — Na verdade, essa pode não ser uma ideia tão ruim. Ari vai querê-la ao seu lado em Éire Danu. Ela observou enquanto um fluxo de emoções passou pelo rosto de Rathais. — Filho da puta! Vou perder minha substituta! — Eu não me importo de pedir demissão por atirar em um inocente, mas raios me partam se eu entregar meu distintivo para manter um homem feliz. — Brie cruzou os braços sobre o peito. Os homens apenas se entreolharam. — Nem pensar, — ela repetiu. Se esses homens pensavam que ela simplesmente se tornaria bela, recatada e do lar, estavam muito enganados. ***** Ari sentiu o doutor cutucar seu ferimento. — Você não é apenas um leão, é? — o pai de Brie perguntou. Ele bufou alto. — Foi o que achei. Eu sou o Dr. Chris Wilson, pai da Brie. Eu ajudei um bom tanto de shifters ao longo dos anos. A Brie vai ter um ataque. Ele apenas ronronou ao som de seu nome. Sua companheira era mais bonita do que qualquer coisa que ele poderia ter imaginado. Sua pele lembrava chocolate ao leite, e

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Ari pretendia lamber cada centímetro dela para descobrir se seu gosto era igualmente doce. — Gosta da minha Brie, hein? Ele apenas continuou a ronronar. — Ela atirou em você. Ele bufou novamente, e seu pai riu. — Ela é sua? Ele tentou mover a cabeça, mas sentiu uma mão gentil em seu focinho. — Não se mova ainda, apenas ronrone se ela for sua companheira. Ele ronronou alto. — Eu pensei que esse poderia ser o caso. Nunca vi minha garotinha se despedaçar assim antes, imaginei que algo mais tinha que estar acontecendo. — Ele deu um passo para trás. — Podemos fazer isso de duas maneiras. Primeiro, eu te sedo, extraio a bala e espero você acordar. Ou a desenterro, entorpecendo o tecido ao redor. Ele bufou duas vezes. — Como quiser. Ari rangeu os dentes enquanto o pai de Brie rapidamente tirava a bala de suas costas. No segundo em que esta foi retirada, ele voltou a forma humana. O pai de Brie assentiu enquanto o olhava de cima a baixo. — Baita corpo bom que você tem aí. O pai de sua companheira estava dando em cima dele? — Tem alguma coisa que eu possa vestir? — ele perguntou.

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O pai de Brie colocou uma pilha de uniformes médicos usados na cama. — Fique à vontade. — Ele lhe deu um sorriso diabólico. — Quer que eu diga a eles que eu te castrei? Ari sorriu de volta. — Até uso um cone da vergonha para ser convincente. — Eu sabia que nos daríamos bem. Agora se transforme de volta. Ari se transformou e fechou os olhos enquanto seu futuro sogro escondia o uniforme. Isso devia ser bom. ***** Brie se levantou quando o pai passou pela porta, limpando as mãos. — Ele se saiu como um campeão. Nenhum dano duradouro da bala e o tecido ao redor não está inchado. Gage caiu para trás contra a cadeira. — Graças aos deuses. — Eu até aproveitei a anestesia para castrá-lo para vocês. Não faz sentido ter que sedá-lo duas vezes para o segundo procedimento. Brie ofegou. — O que?! — ela guinchou. E olhou ao redor da sala, cada homem estava da cor do leite. Seu pai piscou. — O quê? É a lei. A menos que o animal tenha a papelada de um zoológico, eles são castrados para que a agressividade fique mínima.

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— Ari! — Priest gritou, correndo para dentro da sala, Gage e Kincaid em seus calcanhares. — Oh Deuses, não! — Kincaid lamentou. Brie entrou e só conseguiu olhá-lo. Bloqueando a visão de sua juba havia um cone gigante. — Oh oh oh, — ela repetiu. Rathais e Aiden estavam na porta, olhando para o grande leão em estado de choque. — O irmão dele vai me matar, — Rathais sussurrou, caindo de joelhos, parecendo prestes a vomitar. — Ari, — ela sussurrou. O grande leão ergueu a cabeça e uivou lamentavelmente. Ela correu para frente. — Está tudo bem. Você está vivo; isso é tudo o que importa, — disse ela, esfregando as mãos sobre o pelo macio do topo de sua cabeça. Gage se voltou para seu pai. — Como pôde?! — este se enfureceu. — Eu não entendo. — Seu pai parecia tão confuso. Ela fungou e então parou. Não havia nenhuma lei que dizia que animais exóticos deveriam ser castrados. Ela se virou para olhar para o pai. No segundo em que seus olhos se encontraram, um brilho malicioso apareceu nos dele. — Eu te odeio! Priest enxugou os olhos e foi para o lado dela. — Ele ainda é o Ari, — disse ele. — Não fique zangada com seu pai; ele não sabia. A culpa é nossa.

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Quando seu pai começou a rir, ela tentou passar por Priest para bater-lhe na cabeça. — Você é malvado! — Eu não consegui evitar. — Seu pai simplesmente deu de ombros. Ao lado dela, o leão brilhou e lá, em toda sua glória, estava seu suposto companheiro. Este estava rindo enquanto tirava o cone. — Desculpe, mas ele estava certo; era uma oportunidade boa demais para deixar passar. Rathais puxou a própria arma. — Só mais uma bala, — disse ele, rosnando cada palavra enquanto se levantava. Gage, Kincaid e Priest, no entanto, tomaram uma atitude mais direta. Seus dedos estavam torcendo e beliscando na velocidade da luz. Ari gritou, em seguida, pulou da mesa para vestir um uniforme. Ele olhou por cima do ombro e viu que ela ainda o estava encarando. — Você pode inspecioná-los mais tarde para garantir que ainda estão no lugar. — Cara, eu não deixaria ela chegar nem um pouco perto das minhas bolas depois dessa façanha, — disse Kincaid, olhando bravo para Ari. Quando o material cobriu sua bunda firme, ela suspirou. — Bem, não acho que isso vá ser um problema, — Priest disse, parecendo cansado. Ari olhou para Aiden.

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— Alguma notícia sobre a transferência? — Simples assim, a alegria na sala morreu. Ela havia se esquecido da quantidade de corpos que haviam encontrado. — Que transferência? — seu pai perguntou, percebendo a mudança na tensão da sala. — Doutor... — Ari começou. Seu pai ergueu a mão. — Chris. Doutor Chris Wilson. Você pode me chamar de pai, os outros podem me chamar de doutor, Chris ou Doutor Wilson. Ari pareceu surpreso enquanto um sorriso tímido aparecia em seu rosto. — Pai, quando Brie nos encontrou, tínhamos acabado de encontrar os corpos de cerca de setenta e cinco de nosso povo empilhados em um depósito. A transferência refere-se a leválos para casa. — Éire Danu? — seu pai perguntou. Ela simplesmente o encarou. — Eu era a única que não sabia? — Desculpe, minha menina, mas esse tipo de segredo é só para quem precisa saber. Meu nome está registrado como um médico amigo dos paranormais desde que me formei. Meu colega de quarto da faculdade era um shifter de lobo, — explicou ele. — Não pode ser, caralho. — Eu ia te contar, — Rathais disse, apontando para seu distintivo. — Como xerife de Monroe, você teria que saber. Ari lhe sorriu.

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— Você é uma xerife? Ela balançou a cabeça. — Oficial. — Eu a estava treinando para ser minha substituta quando eu envelhecesse, — queixou-se Rathais. — Envelhecesse? Seu chefe piscou. — Oh. É. — Ele colocou a mão sobre o distintivo e sussurrou palavras que ela não entendia. De repente, Brie estava olhando para uma versão muito mais jovem e viril do chefe pelo qual ela sempre teve uma quedinha. — Caramba, — ela exalou lentamente, seus olhos nunca desviando de Rathais. Rathais deu uma piscadela e Ari começou a rosnar baixo na garganta. — Minha! — ele rosnou, puxando-a de forma que suas costas ficassem rentes à sua frente. Através do tecido fino do uniforme dele, ela podia sentir sua carne, quente e dura. — Ok. Certo. Vamos, pai, deixe-me te mostrar o SUV, — disse Gage, manobrando seu pai para fora da sala. — É melhor você não machucar minha garotinha, Ari, ou eu realmente vou castrá-lo, — ameaçou seu pai, embora estivesse rindo o tempo todo em que disse isso. Quando a porta se fechou, ela se virou para encará-lo. — Minha, — ele rosnou novamente. — Sim, toda a coisa de suposta companheira. Isso significa que você é meu também? Ou você espera que eu espere em casa enquanto você perambula?

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Ela

observou

com

fascinação

quando

seus

olhos

mudaram para uma cor viva de mel. — Eu sou seu e você é minha. A Destino a escolheu apenas para mim. Eu nunca vou abandoná-la, nunca vou te trair,

e

sempre

colocarei

seus

caprichos,

desejos

e

necessidades acima dos meus. Não haverá nenhuma outra para mim além de você. — Se eu realmente sou sua, então é melhor você me beijar, porque acho que posso morrer se você não me beijar. — Não podemos permitir isso, — disse ele, antes de se inclinar para tomar posse completa de seus lábios. Ela pensou que o beijo seria quente e forte, como ele. Mas seu toque leve como uma pena e mordiscadas brincalhonas a estavam deixando louca. Quando Ari recuou, tinha um sorriso satisfeito no rosto. — Eu meio que sinto muito por ter atirado em você. — E eu sinto muitíssimo por ter te assustado. Ela lhe tocou a ponta do nariz. — Eu vou revidar aquela pegadinha horrível de castração. Os olhos de Ari brilharam. — Mal posso esperar.

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Capítulo 4 Brie não sabia o que pensar enquanto voltavam para o armazém. Os homens estavam quietos e sombrios. Ela havia discutido por cinco minutos do lado de fora do SUV com o pai sobre este voltar com eles. Finalmente, ele convenceu os homens dizendo que queria conhecer melhor o Ari, já que este estava acasalado com sua filha, e nenhum deles podia discutir com isso. Tanto Aiden quanto Rathais concordaram que, já que seu pai foi um ponto de contato com o mundo deles por anos, sua ida até Éire Danu para ver aonde a filha iria morar parecia completamente razoável. Ela olhou o perfil de Ari. Simples assim, cada pessoa naquele carro, com exceção dela, aceitara que os dois estavam juntos. E se ele esperasse que ela mudasse, desistisse do emprego ou se tornasse mais “feminina”? Deus, e se ele respirasse pela boca? O observou de perto: sua boca estava fechada e ainda respirava. Por enquanto, tudo bem. Ele a olhou e ergueu uma sobrancelha. Ela balançou a cabeça. O que quer que queria dizer, preferia manter entre os

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dois, e não compartilhar com todos no veículo. Isso não era um trabalho em grupo. — Ari, você já ligou para os seus pais para avisar que encontrou sua companheira? — perguntou Gage. Ari balançou a cabeça. — Não, vou avisá-los assim que chegarmos. Imagino que estejam ocupados até o pescoço ajudando o Rex a organizar o procedimento de identificação dos corpos. Aiden enfiou o celular no bolso do colete. — A rainha está requisitando a presença da Unidade Tau para jantar no palácio esta noite, seus pais e irmão, é claro, estarão lá. Ari suspirou e deixou cair a cabeça para trás contra o assento. — Eu estava, realmente, ansioso para ter uma refeição leve e tranquila esta noite. Brie assentiu distraidamente. Isso lhe parecia muito bom também. — Ari, você não é apenas um Lionhart, mas é essencialmente o líder de unidade de maior ranque na cidade. Você não terá um momento de paz até que toda essa bagunça tenha passado. — Aiden se virou no assento para lhe jogar um olhar amargo. — Confie em mim, saio de merda das grandes para merda das grandes com a Meryn a reboque por meses. Sonho com um dia em que não estaremos enfrentando uma catástrofe mundial. Brie olhou para Aiden.

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— Meryn, se soletra M-E-R-Y-N, certo? — Ele assentiu. — O sobrenome dela não seria Evans, seria? Aiden agora parecia assustado. — Por quê? Brie apenas sorriu. Se Meryn era quem ela pensava que era, o jantar seria interessante. — Brie? — Aiden implorou. Ela simplesmente lhe sorriu, então se virou para olhar pela janela. — Maldição, — Aiden murmurou, pegando o celular. Seus dedos grandes se moveram com cuidado. Depois de alguns momentos, este se virou. — Ela diz que não conhece nenhuma Brie Wilson. Brie lhe sorriu largamente. — Ela não me conhece, mas eu a conheço. Aiden empalideceu. — Deuses. Ari pegou o próprio celular. Ela olhou para baixo e viu que enviava uma mensagem de texto para alguém chamado Leo, e o estava aconselhando a ter algo chamado Fruto Proibido disponível para Aiden. Ela lhe deu um olhar questionador. Ele abriu a seção de notas do telefone. “Uísque

paranormal.

Criado

pelos

vampiros,

provavelmente a única coisa que pode nos deixar bêbados.” Ela estendeu a mão e ele lhe passou o celular. “Certifique-se de que ele tenha algumas garrafas.”

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Os olhos de Ari se arregalaram e este digitou outra mensagem. “Por quê?” Ela ignorou sua pergunta e voltou a olhar pela janela. — Deuses, — Ari sussurrou baixinho. ***** Quando

entraram

no

armazém,

seu

bom

humor

evaporou. Eles ainda estavam gentilmente fotografando, carregando e ensacando os corpos. Ela compreendia que o ritmo era brutalmente lento para que as evidências não fossem perdidas ou destruídas. Aiden e Rathais imediatamente caminharam até ficar ao lado de dois homens loiros extremamente altos. Seu pai, junto com Gage, Priest e Kincaid se aproximaram para substituir os guerreiros que estavam colocando os corpos nos sacos pretos. Brie observou com espanto quando seu pai confortou os guerreiros ao seu redor e assumiu o processo. No segundo em que ela o tivesse a sós, iria lhe perguntar como se envolveu no mundo paranormal e especialmente porque não estava pirando com a visão dos corpos. Ele era apenas um veterinário, não? Sentindo como se não soubesse de mais nada, ela vagou até River, Ari colado ao seu lado. — Ei, River. — Ei, Wilson. — Algo que eu possa fazer? — Minha câmera está sobre a mesa. Você sabe o que procurar. Pode começar a tirar fotos de toda a sala, começando

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pelo perímetro e então aproximando-se de onde os corpos estavam empilhados? — Sim, pode deixar. — Ela foi até a mesa e pegou a câmera. Ari colocou a mão em seu braço. — Está tudo bem para você fazer isso? Brie apontou ao próprio uniforme. — É o meu trabalho, Ari. Ele suspirou e deu um único aceno de cabeça. — Eu sei, a razão de perguntar não é porque não ache que seja capaz, mas algo assim não deve ser uma cena comum para você. Inferno, não é nem mesmo uma cena comum para nós. Sua explicação a fez se sentir melhor. Ele não estava preocupado porque ela era mulher, mas porque a cena era muito ruim. — Você está certo; este lugar inteiro é horrível. É muito difícil manter minhas emoções sob controle, mas não é culpa deles. — Ela indicou os mortos. — Eles merecem que estejamos em nosso melhor para que possamos encontrar seus assassinos. Mais tarde, posso até desabar, mas agora farei tudo o que puder para ajudá-los. Ari simplesmente se inclinou e beijou-a na testa. —

Estou

tão

orgulhoso

de

chamá-la

de

minha

companheira. Estarei com Aiden e Cam se precisar de mim. — Ele se afastou, deixando-a ainda mais confusa. Ela esperava que ele fosse causar uma grande confusão por causa de seu trabalho.

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Companheira?

River

perguntou,

olhando-a

surpreso. — Aparentemente. Ele sorriu enquanto balançava a cabeça lentamente. — Sabe, ele pode ser o par perfeito para você, Brie. Ele não vai se sentir emasculado porque você é foda, como o seu ex. Na verdade, ser fodona vai ser favorável para você. — Como assim? — Ele é um leão. — Hã? Ele balançou a cabeça e se voltou aos pequenos sacos plásticos que estava organizando. — Você vai ver. Ela decidiu deixar quieto toda a coisa do acasalamento e se concentrar em seu trabalho. E caminhou lentamente ao redor do lugar, certificando-se de tomar cuidado extra onde River deixou marcadores vermelhos, indicando que algo fora encontrado lá. Enquanto trabalhava, não conseguia deixar de pensar em quem poderia ter feito aquilo e por quê. Por que tantos ao mesmo tempo? Por que deixá-los ali? Se os corpos deveriam ser uma declaração, por que foram deixados em um depósito abandonado, onde a possibilidade de não serem encontrados era alta? Antes que ela percebesse, os homens terminaram a transferência e Ari apareceu mais uma vez ao seu lado. — É hora de irmos. — Por que você parece aflito com a ideia de ir para casa?

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Ele apenas passou os braços ao redor dela, apoiando a bochecha no topo de sua cabeça. Ela esperava sentir uma sensação

de confinamento

a

qualquer

momento,

mas,

surpreendentemente, isso não aconteceu. Não só Brie estava se sentindo reconfortada com seu abraço, mas também sentia alívio por ser capaz de tranquilizá-lo. — Quando atravessarmos o portal, iremos à câmara de armazenamento dos mortos na cidade. Os membros das famílias podem estar no local para identificar seus entes queridos e, muito provavelmente, exigirão respostas de todos nós, respostas que simplesmente não temos, — explicou ele. — Quanto mais cedo lidarmos com isso, mais cedo podemos terminar com aquele jantar, e relaxar, certo? Ele recuou e lhe sorriu. — Eu sabia que você seria perfeita para mim. Sim, esse será o plano a partir de agora. — Vamos voltar à estação de polícia, — disse Rathais, se aproximando com River. — Ele precisa de acesso ao laboratório, e irei verificar os registros públicos para iniciar o processo de perícia das casas. São muitas propriedades e pertences

pessoais

que

precisam

ser

catalogados

e

transportados a Éire Danu. — E quanto a mim? — ela perguntou. Rathais bagunçou seu cabelo, como sempre fizera, mas Brie corou agora que podia ver o quão bonito ele era. Ele lhe beliscou o nariz. — Ainda sou eu, Brie. Entendo que pode ser mais difícil me ver como a figura paterna que costumava ver, mas isso não

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muda o quanto eu me importo. Agora só serei mais como um irmão mais velho. — Minha companheira, — Ari rosnou. Rathais bagunçou o cabelo de Ari para o grande espanto do leão. — E você acabou de ganhar outro irmão mais velho. A boca de Ari se abriu, depois fechou. Ele desviou o olhar, mas não antes que ela percebesse sua expressão satisfeita. — Tanto faz, — ele murmurou. — Dito isso, — Rathais voltou-se para ela. — Sei que agora está focada no trabalho. Você se prontificou a ajudar a processar a cena, em grande parte por reflexo. Mas quem e o que somos, sua ligação com Ari, nada disso te atingiu ainda. Você está prestes a atravessar um portal para um mundo totalmente diferente, então, por favor, pegue leve consigo mesma. Não há problema em se sentir sobrecarregada e chateada. Será completamente compreensível que peça ajuda. — Ele apontou aos homens que estavam escutando. — Brie, estes homens são agora seus irmãos de guerra. Confio neles com a minha vida e com a sua. Ela exalou. — Queria que você viesse, mas entendo por que não pode. Além disso, meu pai estará lá, então assim que eu chutar a bunda dele e descobrir como está tranquilo com tudo isso, ele pode me ajudar a processar tudo. — Ei! — seu pai protestou. Rathais assentiu.

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— A verei em breve. Considere-se de licença remunerada até a poeira baixar. Ela o encarou brava e abriu a boca para protestar. Ele ergueu a mão. — Você está designada para este caso, Brie, só que vai trabalhar do lado de lá. — Ele apontou para o portal. Ela suspirou. — Tudo bem. Ari pegou sua mão. — Venha, querida, vamos embora. Ela o deixou guiá-la, sem ter certeza do que a esperava do outro lado. ***** Caos. Caos os esperava do outro lado do portal. No momento em que os dois atravessaram e as pessoas viram quem havia chegado, perguntas, demandas e acusações começaram a voar num ritmo rápido. Aiden estava tentando responder a tantas perguntas quanto podia, mas ele e todos os outros homens pareciam muito sobrecarregados. Ela olhou em volta e viu uma mesa dobrável padrão. Usando uma cadeira, subiu no topo desta, colocou os dedos nos lábios e soltou um assobio agudo. O silêncio foi quase ensurdecedor depois da cacofonia desesperada. Todos os olhos se viraram de repente para ela. — Posso pedir a todos que tiverem perguntas que deem dois passos para trás, por favor? — ela perguntou. As pessoas se entreolharam e recuaram.

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— Obrigada. Agora, sei que todos têm perguntas sobre as trágicas descobertas de hoje, mas os homens diante de vocês e eu ainda estamos procurando as respostas. Quero garantir a cada um que não iremos parar de procurar até encontrarmos os responsáveis. — Por que uma humana está envolvida? — um dos homens loiros mais alto zombou. — Fomos levados a sair de nossas casas para voltar a Éire Danu, apenas para descobrir que nossos entes queridos foram massacrados. — Seu nome, por favor? — ela pediu calmamente. — Tyrien Ri'Aileanach. — Tyrien, você voltou para a cidade vindo de onde? — De Hamptons. Ela piscou. Claro que ele era de Hamptons. — Por quanto tempo morou lá antes de voltar? — Não vejo como... — Quanto tempo? — ela perguntou novamente com firmeza. — Naquele local, cinquenta anos. Ela apontou para o peito, onde seu distintivo estava completamente exposto. — Então, deve saber o que é este distintivo e o que ele representa. Fui treinada para proteger meu povo da mesma forma que esses bons homens foram treinados para servir. Não tenho certeza de que tipo de formação acompanha o treinamento aqui, mas passei anos estudando para obter diferentes diplomas que me ajudassem a fazer o meu trabalho. — O homem abriu a boca para falar, mas ela continuou: —

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Não só tenho graduação em Psicologia Anomalística, mas também

em

Ciência

Forense.

Isso

significa

que

fui

especialmente treinada para não apenas descobrir por que um criminoso está cometendo essas atrocidades, mas também como. Agora, posso ser nova em seu mundo, mas a meu ver vocês precisam de alguém exatamente como eu, humana ou não. — Deuses acima, ela está certa, — sussurrou uma mulher. Tyrien foi protestar, mas a mulher o encarou brava até que este desviou o olhar. — Meu nome é Kyla Vi'Aileanach, foi minha... — ela engoliu em seco. — ...irmã e seu companheiro que foram encontrados. Brie assentiu. — Sinto muito por sua perda. — Sabemos que os guerreiros não têm todas as respostas, mas — ela fez uma pausa novamente — eles representam o último vínculo que temos com nossos entes queridos. Qualquer

informação

que

tenham

é

desesperadamente

necessária. Brie lhe deu um sorriso triste. — O tipo de informação que eles têm para lhe dar, acredite em mim, Kyla, você não quer. Por favor, sei que é muito difícil agora, mas devem ser pacientes. Quando reunirmos mais fatos e recompomos exatamente o que aconteceu, iremos compartilhar assim que for possível.

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Brie viu o momento exato em que a pobre mulher compreendeu suas palavras. Seu rosto se enrugou enquanto assentia e girava para cair nos prontos braços do homem atrás de si. — Agora, para que todos possam seguir adiante, essas salas estão a partir de agora, fora de limites a todos que não estiverem trabalhando neste caso. Todos os membros das famílias serão direcionados a um local secundário e ainda indeterminado para trabalhar com os guerreiros que irão ajudá-los na identificação, reivindicação e liberação de seus entes queridos para vocês. Imediatamente, a multidão começou a protestar. — Silêncio! — Brie rugiu. Quando as pessoas à sua frente ficaram um pouco mais tranquilas, ela começou de novo: — E se, em sua dor, cometerem um erro? — Ela perguntou, e a multidão se aquietou ainda mais. — E se, por qualquer motivo que pensem, reconhecerem um membro da família, e não for ele? E se ele ainda estiver desaparecido, mas agora ninguém o estiver procurando? Sei o que estão pensando: “isso nunca poderia acontecer”; “quem iria cometer esse tipo de erro”? “Vou ser franca e podem me odiar por isso, mas nesse exato momento, estou servindo aos seus entes queridos. Os mortos abandonados são mais difíceis de identificar quanto mais tempo estiverem desaparecidos. É por isso que cada família irá trabalhar com um único guerreiro, e terão um tempo a sós com o corpo sem a distração de outros, para ajudar na identificação de seus entes queridos, para que não

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se cometam erros e essas pobres almas possam finalmente voltar para casa. — O que fazemos? — uma vozinha perguntou. Brie procurou até encontrar uma mulher pálida segurando forte seu xale dourado sobre os ombros. — Vá para casa. Descanse. Fique ao lado de seus entes queridos e vizinhos. Avisaremos quando estivermos prontos para prosseguir com a próxima etapa. — Eu me recuso a obedecer às ordens de uma humana, — Tyrien protestou. O baixo ressoar começou quase imediatamente. Brie sorriu, não sabia como tinha certeza, mas aquele era definitivamente o Ari. — Se meu companheiro sabe o que é bom para ele, vai me deixar lidar com isso, — ela disse agradavelmente. O ressoar diminuiu, mas não se dissipou. —

Companheiro?

Tyrien

perguntou,

parecendo

nervoso. — Sim, mas se está mais preocupado em ofendê-lo do que a mim, então não é muito inteligente. Ari pode ser um leão, mas posso garantir que sou igualmente perigosa. — Um Lionhart, — ele zombou. — Um bando de animais selvagens que se insinuam para a nossa rainha por um lugar em nossa cidade. Seus irmãos são tão inúteis quanto ele. Cada fae na sala se afastou de Tyrien, incluindo Kyla. — Merda! — Segurem-no!

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Um rugido ensurdecedor a fez cobrir os ouvidos. Seu olhar vagou pela sala, procurando por Ari. Este agora tinha mais de dois metros e quarenta centímetros de altura. Suas feições haviam mudado para assemelhar-se mais com as dos leões. Uma juba insanamente longa pendia sobre seus ombros e descia por seu corpo. — Ari? — ela sussurrou. Ele caminhou para frente, literalmente arrastando Gage, Kincaid e Priest consigo enquanto rosnava para Tyrien. — Alguém tire esse idiota daqui! — Darian ordenou. Quando os faes ao redor estenderam as mãos e começaram a arrastar Tyrien para fora do prédio, Ari rugiu novamente. — Mesmo vivendo entre os humanos, ele deveria ser mais esperto, — disse Oron com desgosto. — O quê? — ela exigiu. Oron apontou para Ari. — Ele é o guerreiro com o maior ranque por uma razão. Olhe sua juba. Seu pai o encarou. — Nunca vi uma juba tão escura ou tão comprida. — Ele se virou para Brie. — Se significar a mesma coisa entre os shifters que na selva, isso indica que ele é extremamente forte. Oron deu um aceno curto. — E nunca foi derrotado. — Droga, Ari! Isso dói! — Priest rosnou, então chutou Ari na parte de trás da perna, fazendo o homem-leão rosnar. — Controle-se, porra!

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— Então ele se mete em muitas brigas? — ela perguntou. Ele era algum tipo de valentão psicopata? Todos balançaram a cabeça e Oron respondeu: — Ari possui um gatilho muito específico. Você nunca, nunca mesmo deve dizer algo ruim sobre seus irmãos. Jamais. Todos aprendemos isso quando ele era um filhote. Todo mundo na cidade sabe disso, parece que o Tyrien se esqueceu. Brie se lembrou de como todos os fae recuaram imediatamente com as palavras de Tyrien. — Isso meio que é sexy, — ela admitiu. O rosnado parou, mergulhando a sala no silêncio. Então se ouviu um ronronar baixo. Gage suspirou. — Graças aos deuses. Brie, diga isso de novo. Brie permaneceu em cima da mesa. — Ari, venha aqui e deixe-me vê-lo nesta forma de homem-gato. Ari se desvencilhou de seus irmãos de unidade e correu até ela. Quando Brie passou as mãos em seu pelo macio, ele começou a ronronar. Sua nova forma significava apenas mais músculos para cobiçar. — Eu gosto. — Ele nunca se acalmou tão rápido assim, — observou um fae na multidão. Ari encolheu lentamente de volta à sua altura normal. — Não é muito estranho? — ele perguntou baixinho, o uniforme que usava agora jazia em farrapos nele.

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Ela balançou a cabeça. — Lembre-se, fui criada em torno de grandes felinos. Honestamente, parece normal para mim. Ari olhou ao redor da sala. — Onde está Tyrien? — ele rosnou. — Provavelmente em casa compilando suas denúncias, — disse Kyla, suspirando. — Ele é o irmão do meu companheiro e, francamente, gosto muito mais dele quando não está em casa. — Ela apontou ao homem ao seu lado. — Este é o meu irmão mais velho, Nylan. O Tyrien está especialmente chateado porque meu companheiro lhe pediu para supervisionar a casa dos Aileanach enquanto ele está fora. Então, por favor, não leve a ira dele para o lado pessoal. Ele não deveria estar fazendo reclamações agora, de todos os momentos. — Se tiverem alguma reclamação sobre como o assunto está sendo tratado, podem encaminhá-la ao palácio, mas saibam que esta jovem tem todo o meu apoio, — uma voz clara soou na multidão. Kincaid entregou uma sacola a Ari. Ele rapidamente tirou as roupas e começou a se vestir. — Vossa Majestade, — as pessoas responderam, e se moveram como uma única entidade enquanto se separavam e se curvavam, abrindo caminho para o ser etéreo que acabara de falar. A linda mulher caminhou até a mesa e lhe deu um sorriso pálido. — Eu estava ouvindo de fora. Obrigada. Muito obrigada por cuidar dos meus filhos.

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A princípio, Brie pensou que a mulher se referia à multidão. Só quando o ser elegante começou a andar entre as fileiras onde jaziam os corpos é que ela percebeu que estava falando dos mortos. Um homem alto uniformizado caminhava atrás da mulher, uma presença firme e uma barreira entre a dor dela e a multidão. Brie se voltou para as pessoas. — Podem ir. Entraremos em contato em breve. Ninguém

discutiu.

Na

verdade,

parecia

que

não

conseguiam sair rápido o suficiente. Brie percebeu que não foi porque ela os tinha dispensado, mas sim para dar àquela mulher privacidade em seu sofrimento. Ari terminou de afivelar as vestes e deu um passo à frente para ajudá-la a descer, seus olhos ainda brilhando em dourado. Ela colocou as duas mãos em seu peito e sentiu seus músculos relaxarem um pouco. Brie ficou chocada por ter tanto efeito sobre ele. — Deixe para lá. Ele estava chateado. Ari simplesmente rosnou e puxou-a perto. Um suspiro e um grito baixo fizeram os dois se virarem para ver a mulher cair no chão e colocar a mão pálida em um dos sacos menores. O homem de uniforme a pegou nos braços. — Chega, Aleks, isso não é culpa sua. — Mãe, vamos voltar ao palácio, — sugeriu um dos amigos altos de Aiden. —

Não

podemos

deixá-los,

disse

a

rainha

dolorosamente.

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O homem uniformizado se virou para Brie. — O que deveríamos fazer? Brie olhou em volta e viu que todos a olhavam em busca de alguma direção. — Mantenha a temperatura baixa e sele a sala. Ninguém entra a menos que seja acompanhado por um oficial... — Guerreiro, — Ari interrompeu. — Guerreiro, — ela continuou. E observou o rosto transtornado da mulher. — Vamos deixar uma vela acesa para eles, para que não fique tão escuro aqui. A mulher exalou e apoiou a cabeça no peito do homem. Este a olhou e murmurou: “obrigado”. Brie assentiu com a cabeça e todos saíram. Aiden se virou para dois homens que ela não reconhecia. — Ben, está encarregado da segurança aqui. Trabalhe com Brie para criar as equipes que ajudarão as pessoas a reivindicarem seus familiares. O homem acenou com a cabeça e se virou para ela. — Encontro com você amanhã de manhã no café. Terei uma lista completa até então. — Ele deu um tapinha no ombro de Aiden, então foi embora. — Aiden, vou voltar ao palácio com Aleks. Avisarei o Cord que o jantar começará um pouco mais tarde esta noite, por volta das oito. — Ele simplesmente olhou a mulher em seus braços e Aiden assentiu. — Entendido, Brennus. Brennus olhou para todos os outros.

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— Cord, Leo e Ryuu reuniram bebidas e aperitivos leves em nossa sala de jantar pessoal. Sintam-se à vontade para se reunirem lá antes do jantar. — Ele, junto com Aiden e um pequeno grupo de homens, subiram a colina em direção a grande construção bem iluminada. Ao lado dela, Gage, Priest, Kincaid e um homem que se parecia muito com Ari ficaram de pé ao redor deles parecendo cansados. Ela cutucou Ari, então apontou à versão de aparência mais velha do homem que supostamente era seu companheiro. Ari sorriu. — Rex Lionhart, tenho a incrível honra de apresentar minha companheira, Brie Wilson. Brie, meu irmão mais velho, Rex. Rex piscou, então um largo sorriso apareceu em seu rosto. Ele a envolveu num forte abraço. E olhou para Ari com carinho brilhando nos olhos. —

Vejo

que

ainda

defende

os

Lionharts

até

as

profundezas de sua alma. Kincaid bufou. — Lionharts? Sim, até certo ponto. Mas sabe que é quando alguém diz algo depreciativo sobre você ou o Declan que ele fica irritado. Rex se empertigou de orgulho. — Eu tenho o irmãozinho mais incrível e agora uma nova irmãzinha. Deuses! Pensei que a Kari tinha passado por momentos difíceis quando descobriu que Declan era seu companheiro. Como você está se sentindo?

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Por alguma razão, sua preocupação genuína fez com que lágrimas formigassem em seus olhos — parecia que a ficha dela estava finalmente caindo. — Bem, considerando todas as coisas, estou bem, acho. — Ela olhou ao redor em busca da familiar cabeça cheia de cachos castanhos claros de seu pai. — Estou bem aqui, bebê. — E de repente, ela simplesmente não conseguia aguentar mais. Deixou seu pai sustentá-la enquanto enterrava o rosto em seu peito e respirava seu cheiro habitual de sabonete da marca Ivory e café. — Ela está bem? — Ari exigiu. — Vai ficar. Só precisa descansar. — Seu pai beijou seu cabelo. — Estou tão orgulhoso de você, menina. Apenas aguente um pouco mais. — Ela ergueu os olhos e assentiu. — Traga-a, — Rex ordenou imperiosamente. — Vamos direto para a propriedade Lionhart. Mamãe e papai vão querer conhecê-la, e podemos garantir que ela tenha o descanso de que precisa. — Ele se afastou sem conferir se estavam seguindo-o. Ari sorriu. — Ele tem boas intenções, mas é o mais velho e está acostumado a que obedeçam suas ordens. — Ari lhe jogou um sorriso irônico. — Melhor se acostumar a ser sufocada com amor. Ela se afastou do pai até se equilibrar sobre os próprios pés. — Isso não parece tão ruim no momento.

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Ari enlaçou o braço no dela à sua esquerda, e seu pai fez o mesmo à direita. Gage bagunçou seu cabelo, e Priest e Kincaid seguiram na retaguarda. Uma coisa de cada vez. ***** — Companheira! — A palavra foi gritada e os alcançou antes que se aproximassem da porta. Ari começou a rir. — Minha mãe, — disse ele, como explicação. Momentos depois, uma mulher alta e loira apareceu correndo em direção a eles. — Ari! O que é isso sobre uma companheira? — exigiu, praticamente puxando-a para longe de seu pai e Ari. — Mãe, esta é minha maravilhosa companheira, Brie Wilson, e o pai de Brie, Chris. Brie, esta é a minha mãe, Catherine Lionhart, e o homem parado ao lado de Rex na porta é meu pai, Jedrek Lionhart. Ela foi subitamente envolvida num abraço suave. Fazia anos desde a morte de sua própria mãe, onde Brie experimentara o tipo de conforto que só uma mãe conseguia dar. Quando cedeu contra a mulher, foi gentilmente conduzida em direção à casa. — Idiotas, cada um deles. Parvos insensíveis! Venha por aqui, querida. Vamos lhe preparar um banho quente, e pode me contar tudo sobre seu dia horrível. — Ela encarou não apenas o próprio filho, mas também o pai de Brie. — Entre vocês dois, ninguém pôde ver o quão cansada ela está?

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— Pedi a Leo que preparasse um banho para ela, mãe, — Rex disse quando entraram na grande propriedade. — Também enviei algumas guloseimas para animá-la, — a versão mais velha de Rex acrescentou rapidamente. Se Ari envelhecesse da mesma forma que esses homens, ela seria uma mulher de sorte. —

Obrigada.

Agora,

estaremos

em

cima

nos

preparando para o jantar. Ari, mande buscar algumas vestes para a sua companheira e seu novo pai. — Ela a conduziu escada acima. Uma vez que estavam acomodadas em um grande banheiro cheio de vapor, a mulher revirou os olhos. — Homens! — Ela se virou para permitir que Brie se despisse. Brie olhou o banheiro com desejo. Sem pensar duas vezes, começou a tirar o uniforme e entrou na banheira cheia de espuma. — Ahhhhhhh. A camada espumosa de bolhas com aroma de baunilha subiu até seu queixo quando se sentou. Ela nunca esteve numa

banheira

profunda

o

suficiente

para

realmente

submergir, isso poderia se tornar um vício. Catherine se sentou na elegante espreguiçadeira contra a parede. — Quão ruim foi? — Tão ruim quanto crimes de guerra. Os corpos estavam empilhados. Nunca vi tantos mortos em um só lugar. — Só ouvimos boatos durante a maior parte da manhã, a única informação concreta veio de Ari através do Rex. Assim que os galhos começaram a petrificar nas árvores genealógicas,

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foi quando as coisas começaram a ficar bem ruins aqui na cidade. — Galhos? — Pobrezinha, você foi literalmente jogada no fundo do poço sem nenhuma dessas adoráveis boias coloridas que os bebês usam hoje enquanto aprendem a nadar. Brie deu de ombros, a água quente movendo-se por sua pele. — Ironicamente, a única coisa que está me deixando confusa é essa coisa toda de acasalamento. — Ela gemeu. — Quão louco é isso? Cadáveres em todos os lugares, multidões furiosas, e estou mais nervosa sobre possivelmente ter encontrado a minha alma gêmea. — Faz todo sentido, querida. Ela se virou para olhar a mãe de Ari. — Como? — Você não conhecia ninguém que morreu, mas Ari está diretamente ligado a você. Claro que isso está te deixando nervosa. — Não pensei dessa forma. —

Agora,

deixe-me

atualizá-la

sobre

o

que

está

acontecendo em nosso mundo. — Pensei que este fosse um momento de relaxamento para mim? — ela rebateu. Catherine riu. — Isso foi para o bem dos homens. Você e eu sabemos que a maioria das pausas para ir ao banheiro que as mulheres

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dão, são procedimentos simples de “recuar e reavaliar a situação”. Brie soltou uma risadinha. Sua própria mãe havia lhe dito algo semelhante na infância. — Certo, me atualize enquanto a água do banho ainda está perfeita. Brie sentou-se e ouviu Catherine não só a apresentar aos diferentes aspectos das raças paranormais, cidades, culturas e história, mas também as ameaças crescentes e alarmantes que enfrentavam atualmente. O número de nomes que estava aprendendo era surpreendente. Se ela não tivesse uma memória quase fotográfica, teria se afogado em informação. Quando Brie ficou oficialmente enrugada como uma ameixa, avisou Catherine que estava pronta para sair. Catherine se levantou e lhe pegou uma grande toalha fofa. E a entregou antes de se virar novamente. — Então, esses ceifadores estão matando mulheres grávidas e roubando a alma de seus bebês ainda não nascidos para usar como um recipiente para a habilidade mágica de seu pai shifter, e são mais organizados do que qualquer um percebeu, — Brie recapitulou enquanto se secava. Embora uma tonelada de coisas pesadas tivessem acabado de ser atiradas em sua direção, o banho em si fez maravilhas para mantê-la relaxada para que sua mente pudesse se concentrar. As guloseimas que Jedrek preparara eram pequenas trufas de chocolate que a mantiveram alerta e capaz de processar tantas informações. Os pais de Ari praticamente fizeram milagres ao conseguirem atualizá-la tão rapidamente,

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e para que ela se sentisse confiante. Em algum momento durante o banho, suas roupas foram levadas e duas taças de vinho entregues em troca. Ela não sabia dizer o que ajudou mais, o chocolate ou o vinho. Brie observou enquanto Catherine assentia e colocava uma trufa na boca. — Exatamente. Meryn McKenzie foi inestimável na compilação das informações para rastrear padrões e tentar determinar a intenção do assassino. — Aposto que sim, — Brie murmurou. Se a Meryn deles fosse a mesma da qual ela ouviu falar, eles poderiam realmente ter uma chance de pegar esses assassinos. Ambas escutaram uma batida na porta antes que essa se abrisse ligeiramente, e uma mão masculina empurrasse um manto verde-esmeralda pela fresta. — Isso é para a Brie, mãe. — Catherine o recolheu e o entregou. Brie prendeu a toalha em volta do corpo e olhou o lindo vestido. — Obrigada, Ari, desceremos em um momento. Pode dizer ao seu pai para arrumar a carruagem? — Ele já cuidou disso. — Perfeito. Desceremos em apenas alguns minutos, querido. A porta se fechou enquanto Brie revirava o material nas mãos. Ela normalmente vivia em seu uniforme, mas não lhe passou despercebido que o traje deve ter custado uma pequena fortuna. Ela olhou para cima balançando a cabeça.

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— Não posso usar isso. Catherine olhou para trás com uma expressão confusa no rosto. — Por que não? — É muito caro! Catherine simplesmente riu. — Ari tem mais dinheiro do que poderia gastar em dez vidas e, mesmo se não tivesse, nós, como seus pais, temos milhares de vezes mais. Como companheira dele, você nunca mais terá que se preocupar com dinheiro. — É, não. Isso não vai funcionar para mim. Gosto do meu trabalho e de ter meu próprio dinheiro. Catherine concordou. — Naturalmente. Só que agora também tem o dinheiro dele. — Não foi isso que eu quis dizer, — ela argumentou. — Vamos deixar essa questão para lá por agora. Depois de alguns dias, verá o que quero dizer. Agora, vamos ver o que ele lhe escolheu. — Catherine juntou as mãos animadamente. — Ele não realmente... Catherine afirmou. — Claro que ele mesmo escolheu. Você irá descobrir que os homens Lionhart, mais do que quase qualquer outro shifter de leão, são extremamente dominantes e possessivos, mas de um jeito bom. Brie não viu nenhum botão ou zíper. — Por cima da cabeça, querida. — Catherine apontou, virando-se.

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Brie levantou o material e o deixou cair sobre seu corpo nu. Segundos depois, o vestido começou a se mover e apertar ao redor dela. Ela gritou, fazendo Catherine rir. Quando Brie se olhou no espelho, ofegou. Seu cabelo, maquiagem e joias complementavam o material verde escuro. — São de verdade? — ela sussurrou, apontando para as esmeraldas. Catherine concordou. — É a versão atualizada das vestes sociais. Ari sempre teve um gosto impecável. — Espere bem aqui, querida, vou trocar meu manto e podemos descer juntas. Ela apenas assentiu com a cabeça distraidamente enquanto Catherine ia se trocar. E se virou de um lado ao outro no espelho. Brie nunca estivera tão bonita. Poucos minutos depois, a cabeça de Catherine apareceu pela porta. — Pronta? Lentamente, as duas desceram as escadas. Quando chegaram ao fim, os homens se levantaram das poltronas onde esperavam. — Catherine, você rouba o meu fôlego toda vez que lhe vejo, — Jedrek disse, beijando a mão da companheira. — Brie, querida, você está incrível. — Seu pai se inclinou e beijou sua bochecha. Ari simplesmente a olhou. Quando ela se aproximou dele, ele silenciosamente estendeu uma pequena caixa de veludo.

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— Mandei fazer quando soube que poderíamos acabar encontrando companheiras. Quando Brie pegou a caixa de suas mãos, percebeu que estas tremiam ligeiramente. E apertou a mão dele antes de abrir a caixa. Ela olhou para o intrincado broche. E inclinou a cabeça. — Isso parece quase uma medalha militar. Ari sorriu. — É uma réplica de platina da minha tatuagem de guerreiro de unidade, exceto que, já que você é minha companheira, mandei acrescentar em seu interior um coração intrincado para representar o nosso acasalamento. A tatuagem mostra a minha unidade, cidade e nome de família. Sei que não é a coisa mais romântica, mas queria que você tivesse algo meu. — Eu amei! — E realmente amei. Era simples, mas representava muito. Brie olhou para baixo, carrancuda. Não queria fazer buracos em seu novo manto. Ari esfregou a nuca. — Bem, pensei nisso no último segundo. — Ele ergueu um longo pedaço de tecido. — Esta faixa é feita do tartã2 Lionhart, pode anexar o broche nela. — Ele apontou para onde um pedaço de metal familiar brilhava. — Adicionei seu distintivo também, já que também é importante. Ele não apenas adicionou o distintivo dela ao dele, mas o considerou tão importante quanto suas próprias realizações. Tartã é um padrão quadriculado de estampas, composto de linhas diferentes e cores variadas. A título de exemplo, podemos mencionar o uso frequente desta estampa em kilts, indumentária típica escocesa. 2

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Sem pensar, Brie atirou os braços em volta do pescoço de Ari e se inclinou para capturar seus lábios. Seus braços se apertaram

ao

redor

dela

enquanto

desfrutavam

completamente do beijo. Alguém pigarreou atrás deles. — Bom trabalho, filho, mas realmente precisamos ir, — Jedrek disse, sorrindo de orelha a orelha. Ari deu um passo para trás e respirou fundo. — Permite-me? Ela assentiu com a cabeça, e ele ajeitou a faixa em seu peito e a amarrou em sua cintura. — Vamos nessa, — disse Ari, pegando sua mão.

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Capítulo 5 Brie atravessou os portões do palácio com Ari do lado. Ela se aproximou um pouco mais dele enquanto passavam pelos guardas que nem pestanejavam. Para onde quer que olhasse, as superfícies brilhavam e cintilavam em tons dourados. Quando chegaram a uma grande porta de madeira, Jedrek bateu duas vezes nesta, e esperaram. Momentos depois, um belo fae com cabelo loiro escuro abriu a porta. —

Bem-vindos.

Todos

encontram-se

reunidos

nas

câmaras externas da rainha antes do jantar. — Ele recuou, permitindo que entrassem antes de fechar a porta atrás deles. Ele olhou primeiro para Catherine, depois a ela. — Miladys, o que podemos lhes trazer para beber? — Ele indicou uma longa mesa lateral com bandejas de bebidas disponíveis. — Temos vinhos tintos, brancos e rosés e, claro, o uísque Fruto Proibido. Catherine sorriu ao homem gentil. —

Vinho

branco

para

mim,

Cord,

com

meus

agradecimentos. Foi um dia muito difícil. Cord acenou com a cabeça, uma densa tristeza em seus olhos.

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— Isso afetou Aleksandra profundamente. Eu levei a ela uma taça de seu vinho branco favorito mais cedo. — Sua atenção se voltou para Brie. — E para você, senhorita? — E quanto os homens? — ela perguntou. Cord piscou, então riu. — Os homens geralmente se servem para que nós, humildes escudeiros, possamos mimá-las mais. Jedrek voltou de onde os outros estavam com dois copos em cada mão. Ele ofereceu um para Rex, um para Ari e um ao pai dela. Gage estava bem atrás dele, entregando os copos à Kincaid e Priest. — Hummm. — Ela não estava acostumada a isso. Nem sequer conhecia alguém que tivesse criados. A expressão de Cord se suavizou. — Ryuu me disse que passou por uma situação semelhante com Meryn quando esta chegou ao nosso mundo. Os humanos hoje em dia não estão acostumados a serem servidos, certo? Ela confirmou com a cabeça e ele continuou: — Eu lhe trazer uma bebida não é, de forma alguma, desrespeitoso para mim. Amo o meu trabalho aqui no palácio. Ainda não parecia certo, e estava prestes a lhe dizer isso quando uma mulher baixa com cabelo pixie, vestindo uma calça de moletom e um agasalho se aproximou. — Eu cuido disso, Cord, — a mulher ofereceu. Cord colocou a mão sobre o coração e fez uma leve reverência. A mulher voltou seus olhos verdes para ela.

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— Não pense neles como servos, pense neles como Super Mães. Tipo, eles sempre se certificam de que você esteja confortável e tenha comida. Brie pensou nisso por um momento e se virou para Cord, o qual estava assentindo. — A pequena Meryn em mais de uma ocasião se referiu aos escudeiros como Super Mães. Essa tem que ser a forma mais elevada de elogio que poderíamos receber. — Nesse caso, realmente parece bem menos estranho. — Ela olhou em volta. — Você tem um escudeiro? — ela perguntou à infame Meryn. — Sim! O maravilhoso japonês é meu. Seu nome é Ryuu. Ele é foda pra caralho. — Cord, poderia me trazer uma taça de vinho rosé? Cord sorriu radiante. — Claro. — Ele imediatamente saiu para pegar suas bebidas. — Meryn, não é? — Sim, Meryn McKenzie. —

Pensei

que

fosse

Evans?

Brie

perguntou

casualmente. Meryn deu de ombros. — Depois que me acasalei com Aiden, peguei o sobrenome dele... — Sua voz sumiu enquanto a olhava. — Como você sabia o meu nome de solteira? — Certa vez, assisti a uma aula de treinamento sobre terrorismo cibernético; seu nome surgiu bastante. Meryn empalideceu e deu um passo para trás.

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— A minha situação com o governo está totalmente quite! Imediatamente, Aiden e seu escudeiro Ryuu apareceram ao seu lado. Aiden a olhou. — Sobre o que é isso? Brie riu. — Meryn, acalme-se. Não vou arrastá-la para fora algemada. Na verdade, você foi mencionada como um bom exemplo, um exemplo irritante e chato, mas um bom exemplo. —

Governo?

Aiden

perguntou

com

os

olhos

arregalados. — Sim, por favor, explique, — uma voz majestosa exigiu. Ari fez uma meia reverência. — Vossa Majestade, tenho o prazer de lhe apresentar a minha companheira, a Oficial Brie Wilson, e seu pai, o Doutor Chris Wilson. Como sabe, Brie foi de grande ajuda esta tarde. Brie, esta é a Rainha Aleksandra Vi'ÉirDan e seu consorte, Brennus Eirlea. — Você tem os meus agradecimentos mais uma vez, Brie, — respondeu a rainha em saudação. Brie fez uma meia reverência imitando Ari. — Tia Aleks, está se sentindo melhor? — Meryn perguntou. — Tão bem quanto poderei estar. Agora, o que é isso sobre você e o governo? Meryn estremeceu. — Bem... — É uma história interessante, — acrescentou Brie. Ela aceitou sua taça de vinho de Cord e tomou um gole.

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Aiden colocou uma mão grande sobre a cabeça de sua companheira, cobrindo-a completamente. Ele a balançou para os lados. — Meryn. — Tudo bem! Lembra quando eu disse que costumava ajudar o Law a matar pessoas? Aiden franziu a testa, mas assentiu, então ela continuou: — Então, depois da faculdade, fiquei um pouco selvagem na Web. Um dia, escutei uma batida na porta, e um monte de engravatados estavam lá para me prender. Eles me levaram a um prédio enorme e me colocaram no meio dessa espécie de escritório para aguardar o processamento. Aparentemente, pulei a prisão normal e fui direto para a federal, o tipo de lugar onde “você entra, mas não sai”. Brie observou enquanto a cor do rosto de Aiden foi drenada. Ela tomou outro gole de vinho. Afinal, já conhecia a história. — Então, eu estava tipo, enlouquecendo e meio brava, porque não pararam para pegar comida a caminho ao escritório, quando ouvi um monte de vozes elevadas no corredor. O gigante que colocaram para me vigiar estava olhando para longe, então, me esgueirei por ele e segui na direção de onde ouvia pessoas gritando e entrando em pânico. — A porta desta sala de alta segurança se abriu e um cara saiu correndo, então segurei a porta e entrei, pensando que poderia me esconder do Pé-Grande que estava me vigiando. Fui até o canto e olhei para cima. Eles tinham todas essas estações de monitoramento montadas em todos os lugares. No começo,

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pensei que estavam assistindo a algum filme de ação incrível, mas depois percebi que era a vida real. O motivo de estarem pirando era porque uma de suas equipes estava presa atrás das linhas inimigas neste enorme arranha-céus corporativo. — Eu não ia fazer nada, quero dizer, esses caras estavam prestes a me mandar para o xadrez, mas então vi a manga de um dos soldados. Tinha uma bandeira dos Estados Unidos toda acabada nela e em seu colete havia um bordado do logotipo de um dos meus personagens de quadrinhos favoritos. Eu não poderia deixá-lo morrer, sabe? — Então, caminhei por trás de um dos engomadinhos inúteis e meio que o empurrei para longe de sua estação de trabalho e assumi o comando. Peguei seu fone de ouvido e liguei o microfone e disse... Um homem alto se aproximou por trás dela. — Ei, Deadpool, aqui é a Rainha Vermelha, siga as minhas instruções e você viverá. Meryn lhe sorriu largamente. — Sim! — Ela apontou com o polegar para o amigo. — Eu hackeei a segurança da empresa e basicamente os guiei para fora. Depois disso, os engravatados quiseram fazer um acordo. Se eu continuasse a ajudar as suas equipes, todas as acusações seriam retiradas e eu poderia viver a minha vida fazendo o que quisesse, enquanto não roubasse, nem cometesse traição. Então, trabalhei com o governo por alguns anos, principalmente com a equipe do Law e depois saí. Brie soltou uma risadinha.

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— Ela não só trabalhou para o governo. A base em que ela operava foi o marco zero de algumas das mais insanas e bem-sucedidas missões que os Estados Unidos, nunca oficialmente, conseguiram realizar. Por insistência dela, ela convenceu o alto escalão de que deveria ser ensinada a carregar e disparar uma arma. Quando eles argumentaram que os únicos autorizados a carregar armas na base eram os Black Ops3, ela apenas deu de ombros e disse: Bem, me torne uma Black Ops. E eles tornaram. Brie sorriu docemente para Aiden. — Sua companheira retém um dos maiores recordes de tiro entre os homens mais perigosos do planeta. Aiden olhou a sua pequena companheira, horrorizado. — Você era dos Black Ops?! — Mais ou menos. — E foi treinada para atirar? — Sim. Seus olhos se estreitaram. — E você acidentalmente atirou em mim? Meryn piscou em branco. — Uhhhh. Law, assim como a maioria dos homens, começou a rir para grande desgosto do comandante. Meryn se virou para ela.

São agentes que realizam operações secretas ou clandestinas para uma agência governamental, uma unidade militar ou uma organização paramilitar. A principal característica de uma operação dos Black Ops é ser secreta, sem poder ser atribuída à organização que a executa. 3

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— E você? Minhas façanhas não teriam sido mencionadas numa aula de treinamento comum. Seu pai se virou para Meryn. — Você está certa. Está olhando para um dos poucos indivíduos que atingiu uma pontuação perfeita em todos os testes para entrar no Quantico4. — Você era dos federais? Brie balançou a cabeça. — Tive que sair do programa antes de conseguir terminar. Mas, como você, eu ajudava quando podia, não oficialmente, é claro. — Computadores? — Meryn perguntou. — Não, criação de perfis. Minha primeira graduação foi em Psicologia Anomalística, então lia caso atrás de caso para estudar tendências e padrões. — Fodona, — Meryn sussurrou. — Por que saiu? — Ari perguntou. — Minha mãe foi diagnosticada com câncer, então saí para voltar para casa e cuidar dela. Ari passou o braço em volta dos ombros dela enquanto seu pai sorria. — Sua mãe ficou tão furiosa por ter saído, mas também muito grata por você estar lá. Meryn inclinou a cabeça para ela. Brie respondeu à pergunta não formulada.

Quantico é uma cidade conhecida por sediar a principal base e centro de treinamento do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos (US Marine Corps) no país. Além da sede dos marines, Quantico também abriga as academias de treinamento do FBI e do DEA. 4

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— Minha mãe e a mãe da minha mãe, até onde lembramos, foram todas policiais. Minha mãe era do FBI, uma das primeiras mulheres negras a ingressar, e é por isso que ela queria que eu ficasse no programa. — Por que não voltou? — Meryn perguntou. Brie deu de ombros. — Depois que a minha mãe morreu, perdi a paixão. O Rathais me abordou no campus depois que terminei a minha segunda graduação e perguntou se eu estaria interessada em me tornar uma de seus oficiais. Não era tão prestigioso quanto o FBI, mas parecia certo. Gage sorriu. — E ele está tão chateado porque você, provavelmente, irá se mudar para cá. Ele vai precisar encontrar outra pessoa para substituí-lo agora. Brie franziu a testa. — Eu estava ansiosa para me tornar xerife. Ari deu-lhe um aperto suave. — Nada precisa ser decidido agora. Já temos o suficiente com o que lidar. Meryn piscou. — Oh sim, as pessoas mortas. Brie teve que conter um sorriso diante da declaração dela. Era terrivelmente insensível e brusco, mas de alguma forma a pequena mulher conseguia não ser maldosa. Cord simplesmente beijou o topo da cabeça de Meryn.

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— Que tal todos seguirem até a sala de jantar. Continuaremos servindo as bebidas, mas pelo menos todos estarão sentados. Brie sentou-se entre Ari e Rex. E reconheceu alguns dos rostos daquela tarde, mas não todos. Rex a pegou olhando de pessoa para pessoa e inclinou-se mais perto. Um por um, ele começou

a

colocar

nomes

nos

rostos

com

pequenas

informações sobre cada pessoa. Meryn ouviu o que ele estava fazendo e puxou um tablet. — Qual o seu e-mail? Brie deu a ela e observou enquanto os pequenos dedos de Meryn teclavam rapidamente. — Por quê? — Vou encaminhar o pacote de informações que a Kari criou, onde compilamos todos os problemas que estivemos enfrentando. Assim, você pode ler mais tarde e fazer perguntas no seu próprio ritmo. Brie exalou de alívio. — Obrigada. — Agradeça a Kari. Foi ela que organizou esta coisa com cores. Ela disse que as minhas anotações eram como se um aluno do jardim de infância, com excesso de açúcar no sangue, estivesse divagando sobre eventos com a mãe depois da escola. A mulher que Rex apresentou como Amelia estremeceu, mas assentiu. — Todo mundo tem seus pontos fortes, — disse ela suavemente. A rainha se voltou para Brie.

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— Brie, sei que a coloquei sob os holofotes no centro de processamento, mas realmente gostaria que você assumisse o comando de todo esse desastre. Suas sugestões lúcidas deram início à procedimentos que irão traumatizar menos o meu povo. — Vossa Majestade... — Pode me chamar de Aleksandra, se desejar. Seu companheiro, Ari, é um dos meus guerreiros mais dedicados, e tenho a sensação de que você e eu nos comunicaremos bastante nas próximas semanas, e “Vossa Majestade” é muito pomposo. Brie inclinou a cabeça. — Obrigada. Aleksandra, sei que não é isso que você quer ouvir, mas a menos que River descubra algo substancial que foi esquecido pelo assassino, não havia nada no local que nos desse uma direção a seguir. O rosto da rainha anuviou. — Mas você disse... Brie assentiu. — Eu sei. Estava diante de mais de uma centena de familiares em luto; aquele não era exatamente a hora ou o lugar para admitir que temos muito pouco com o que continuar. — Haverá mais, — Meryn sussurrou. Todas as cabeças se viraram para encará-la enquanto a rainha ofegava. — Uma premonição? Meryn balançou a cabeça.

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— Não, fatos. Estão desaparecidos mais do que os setenta e oito corpos encontrados no armazém em Monroe. Estou disposta a apostar os scones de amanhã que existem vários armazéns de processamento em todo o país, provavelmente centrados em locais onde os fae se reuniam enquanto viviam fora de Éire Danu. — O que podemos fazer? — a rainha perguntou, buscando a mão do companheiro. Meryn deu batidinhas leves com a faca da manteiga contra o lado de seu prato distraidamente. — Procurar por grandes edifícios que podem estar abrigando faes sequestrados, eu acho, mas... — A faca parou. — Algo não está certo. Tipo o momento em que isso aconteceu. Vi algumas das fotos que foram tiradas do local; eles não estavam mortos há tanto tempo assim. Então, por que esperar? Qual foi o fator determinante para matá-los? Mataram todos de uma só vez? — Meryn! — Amelia sussurrou. Meryn ignorou a prima. — Sim, essa é a primeira coisa que precisamos determinar. Como e quando eles morreram. Brie estendeu a mão e Meryn passou seu tablet pela mesa. Brie começou a folhear as notas que foram lindamente organizadas por aquela tal de Kari. Se Meryn estava se concentrando na causa da morte, deveria ter uma razão. Brennus, o consorte da rainha, mudou de assunto quando o primeiro prato foi trazido. O escudeiro, apresentado como Leo, deu uma olhada no tablet em sua mão e mudou a

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escolha de alimento de Brie. Em vez da sopa, ela recebeu alguns aperitivos mais fáceis de comer. — Obrigada, — Brie sussurrou. Ele lhe deu uma piscadela e também encheu sua taça de vinho. O homem era simplesmente incrível. Enquanto todos conversavam sobre assuntos triviais, ela continuou a ler. De vez em quando, olhava para cima para encontrar Meryn encarando-a atentamente. Era quase como se ela esperasse que Brie conseguisse seguir sua linha de raciocínio. Quando estavam prestes a fazer a transição ao prato principal, ela leu algo que a fez congelar. E deve ter ofegado, porque as conversas ao redor da mesa cessaram. Meryn se inclinou para frente. — Encontrou alguma coisa? — Espere aí. — Ela pegou o celular e discou para River. — Ei, Wilson. — Ei, pode me encaminhar as fotos da cena do crime que eu tirei? — Claro. — Ele fez uma pausa. — Achou alguma coisa? — Não tenho certeza ainda, preciso ver as fotos. Além disso, mude seu foco para o método e a hora da morte. — Pode deixar. As fotos estão a caminho. Ligue-me de volta se encontrar algo concreto, — respondeu ele antes de desligar. — Que fotos? — Meryn perguntou. — Assim que voltamos, depois do Ari ser remendado, eu precisava de uma distração, então ajudei a fotografar a cena.

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Meryn fez uma careta. — Eu não vi essas. — River provavelmente está retirando elas do cartão de memória agora. Tínhamos muita coisa acontecendo. — Remendado? — Rex perguntou. Ela acenou com a cabeça enquanto mexia no celular. — Sim, atirei nele quando ele se transformou num leão e rugiu para mim, então meu pai o castrou acidentalmente. Ofegos foram ouvidos ao redor da mesa. — O quê?! — Rex e Jedrek rugiram em uníssono. — Meu bebê! — Catherine apertou o próprio peito. Ari simplesmente rosnou ao lado dela. Gage, Priest e Kincaid estavam rindo enlouquecidamente, e seu pai estava se afundando na cadeira. Ela olhou para Ari. — Ainda acha engraçado? — Brie, você não precisa do Ari, torne-se a minha companheira, — Gage ofereceu. Ari silvou ao amigo. — Alguém pode me dizer o que diabos está acontecendo? — Jedrek exigiu. Ari, parecendo envergonhado, contou a todos sobre a sua travessura anterior. Ao redor da mesa, todos começaram a rir, incluindo a rainha. Ela enxugou o canto dos olhos com um guardanapo. Embora sorrisse, Brie percebeu que metade de suas lágrimas eram de alegria, a outra parte de tristeza.

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— Depois do horror de hoje, pensei que nunca mais voltaria a rir, mas aqui estou, poucas horas depois, me divertindo enquanto meus filhos jazem frios e sem vida. — Se todos parassem de rir por causa da perda de um ente querido, este mundo não seria um lugar para os vivos, — disse seu pai suavemente. — Depois que perdi minha Brianna, ficava com raiva cada vez que via alguém sorrindo, até que percebi que, por causa de como estava reagindo aos outros, a minha

própria

garotinha

havia

parado

de

sorrir

completamente. Eu sabia que Brianna nunca iria desejar que vivêssemos assim. Na verdade, aposto que tenho uma surra me esperando na vida após a morte, por conta de como me comportei após a morte dela. Brie assentiu. — Provavelmente, — ela concordou enquanto examinava as fotos enviadas a ela. Ele se virou para a rainha. — Se desistir de sua alegria, aqueles que lhe tiraram seu povo terão outra vitória. A rainha lhe deu um sorriso tímido. — Não podemos permitir isso. — Agora, o que encontrou? — Meryn perguntou. Brie ergueu um dedo e continuou a percorrer as fotos. Ali. Era isso que procurava. Ela passou o celular para Meryn e se recostou. Meryn rapidamente virou o telefone nas mãos e olhou a imagem.

Avançou

algumas

fotos

e

voltou.

Brie

sabia

exatamente o que ela estava procurando.

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A rainha olhou dela para Meryn e depois vice-versa. — Por favor, me diga que encontrou algo. — Acho que encontramos algo. Meryn recostou-se. — Eu tinha razão. — Você tinha razão. — Razão sobre o quê? — Aiden perguntou de forma explosiva. — Catherine me informou agora mesmo sobre o que estava acontecendo em seu mundo, então, quando Meryn disse o que fez, pareceu semelhante a algo que Catherine havia me contado. — Ela olhou para Amelia. — Quando Amelia foi sequestrada, ela também foi levada a uma espécie de centro de processamento. No relatório, dizia que se Keelan Ashwood não tivesse bloqueado o feitiço que visava os guerreiros da unidade, suas almas teriam sido arrancadas. — Ela acenou com a cabeça a Meryn, que levantou o próprio celular. — Há orifícios para correntes nas vigas de suporte do armazém e arranhões no chão. Amelia cobriu a boca com a mão trêmula. — Aquela máquina do cristal. Meryn assentiu. — Brie e eu estamos apenas supondo neste ponto, mas acho que o legista terá como resultado a mesma hora da morte para todos os faes. — Saímos de não saber nada para termos uma pista sólida, simples assim? — Justice perguntou. Aiden sorriu à companheira.

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— Minha bebê é genial. Ari apoiou o braço na parte de trás da cadeira de Brie e acariciou suas costas. — Assim como a minha. Meryn sorriu, mas seus olhos se voltaram para as fotos. — É só que... — Meryn, você deveria estar no ramo da aplicação da lei, — disse Brie, recostando-se na mão quente de Ari. Meryn franziu o nariz. — Cai fora. — Ela então olhou para Brie. — Você já sabe o que vou dizer? — Tenho uma ideia, porque é a única coisa que me incomoda também na nossa teoria. — No três, — Meryn a desafiou. — Um... dois... três... — A pilha, — disse Brie. — Os corpos, — Meryn respondeu ao mesmo tempo. — Bem, maldição. — O que tem os corpos? — Law perguntou. Kendrick exalou e recostou-se. — Brilhante. Simplesmente brilhante. Meryn fez joinha com o polegar para o homem. — Bom pra você. Ele a olhou sem expressão. — Estou tão feliz de conseguir acompanhar. Ari apertou seu ombro e ela olhou para seu rosto questionador. Brie respirou fundo.

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— Se os assassinos usaram uma máquina para matar todos de uma só vez, os corpos deveriam estar mais espalhados; teriam sido encontrados onde caíram, mas não. Os assassinos gastaram muito tempo e esforço extra para desumanizar os mortos. Eles foram empilhados de forma a enviar uma declaração, o que é mais aterrorizante do que o próprio ato. — Acha que isso é mais assustador do que matarem pessoas? — Amelia perguntou incrédula. Ela e Meryn assentiram. Brie olhou para Amelia. — Pessoas morrem todos os dias. Não são frequentes, mas assassinatos em massa acontecem, e ultimamente na forma de fuzilamentos em massa. Nesses casos, pense no que acontece com as pessoas. Elas são baleadas e o assassino segue adiante. O assassino geralmente age por raiva ou por algum sentimento de injustiça. Eles atiram e depois continuam em frente. É trágico, mas os mortos de certa forma mantêm a dignidade. Esses assassinos não pararam o horror mesmo depois de suas vítimas morrerem. O tormento acompanhou essas pessoas até a morte. Elas foram empilhadas como coisas, não como pessoas. — Ela fez uma pausa. — Veja, quando os assassinos param de ver pessoas e começam a enxergar objetos, começa o verdadeiro horror. — Acho que meio que sinto falta de lidar com os ferals, — disse Meryn suavemente. Aiden a puxou para o colo, assim como a maioria dos homens que tinham companheiras. Ela olhou para Ari, então ao punho cerrado deste.

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— Eu não queria presumir nada, — ele admitiu. Seu coração se derreteu um pouco. — Está tudo bem presumir desta vez. — Brie sabia que ele precisava disso quase tanto quanto ela. No momento em que Ari envolveu os dois braços ao seu redor, ela suspirou e relaxou contra ele. — Você é como meu próprio cobertorzinho aconchegante, — ela sussurrou. Ari riu e beijou o topo de sua cabeça. — Estou sempre disponível. — Quais são os nossos próximos passos? — Anne perguntou do colo de Kendrick. — É a minha vez, — disse Meryn, estendendo a mão para pegar um rolinho. Ryuu avançou e entregou-lhe um. — Vou verificar a localização dos desaparecidos em meu banco de dados e, depois procurar num raio de 30 quilômetros por possíveis edifícios em uso. Brie se virou apenas o suficiente para ficar de frente para a mesa, mas permaneceu relaxada contra Ari. — Vou trabalhar com River para determinar a causa e a hora da morte, e partiremos daí. — Vou chefiar a segurança de Éire Danu e Ben ficará encarregado de designar a Velha Guarda e os guerreiros para ajudar a liberarem os corpos e os colocarem para descansar, — disse Aiden antes de se inclinar para frente e dar uma mordida enorme no rolinho de Meryn. A expressão chocada de Meryn fez Brie rir. — Cara! — Meryn protestou. Aiden apenas sorriu enquanto mastigava.

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— Graças aos deuses por você, Meryn, — Brennus disse baixinho, enquanto sorria. Ryuu simplesmente entregou à sua incumbência outro rolinho e suspirou pesadamente quando ela o enfiou inteiro na boca para que Aiden não pudesse roubar nada. — Meryn, — Aiden a repreendeu suavemente. Ela sorriu amplamente, mostrando uma bola de massa branca enquanto sorria. Brie a olhou fixamente, mas sua atenção logo foi desviada para a rainha, que começou a rir tanto que pareceu como se estivesse tendo dificuldades para recuperar o fôlego. — Deuses, eu te amo, Meryn. — Amuuu tamêm, — Meryn murmurou. Brennus sorriu amplamente diante da risada de sua companheira. O peso da noite pareceu diminuir um pouco. Brie mal podia acreditar que a ruína da existência de seu diretor era uma louquinha pateta. — Meryn, você tem algum lugar onde eu possa trabalhar amanhã? Meryn engoliu e acenou com a cabeça. — Sim, a primeira coisa que fiz foi trabalhar com o Cord para montar a minha Batcaverna. — Você tem equipamentos extras ou devo voltar e pegar o meu notebook? — Pode ser mais fácil pegar o seu próprio notebook. Quer dizer, posso invadir de boa qualquer sistema que você tenha acesso, mas seria mais rápido fazê-lo de forma “legal”. Ela olhou para Ari.

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— Alguém pode me levar até a delegacia em Monroe amanhã? Enquanto eu estiver lá, posso me encontrar com o River para ver se ele encontrou alguma coisa. Darian levantou a mão com um anel de prata. — Eu posso levá-la. Vou trabalhar com Cam em ajeitar as propriedades dos falecidos. Amelia bateu palmas. — Certo, chega de conversa deprimente. Pelo resto do nosso jantar, apenas tópicos felizes. Eu começo. — Ela se virou para Darian, que estava bebendo o vinho. — Estou grávida, a propósito. Darian cuspiu vinho em toda a mesa. — O quê?! Como?! Amelia inclinou a cabeça, uma expressão confusa no rosto. — Você estava presente. Ele fez uma careta. — Eu sei disso. — Então as palavras pareceram realmente penetrá-lo. — Um bebê? A rainha saiu do colo de Brennus e praticamente colidiu com Cord e Oron enquanto corriam até a cadeira de Darian. A rainha abraçou o filho com força e Oron acariciou o topo da cabeça de Amelia. — Você deveria ter nos contado antes! — a rainha gritou, ao passar de Darian para Amelia. Amelia corou.

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— Foi recente. Eu planejava contar a vocês amanhã, mas outras coisas fizeram com que fosse mais importante anunciar esta noite. — Cord! Mais vinho! — Brennus gritou, enquanto levantava as taças vazias. Thane, Justice e Law começaram a conjurar bexigas do nada, rindo o tempo todo. Cord estava enxugando lágrimas quando começou a servir o vinho. — Um bebê! Finalmente, um bebê! — ele fungou. Kendrick se levantou e foi até a afilhada. Colocou a mão no topo da cabeça desta e sorriu. — Perfeitamente saudável, — ele anunciou. — Bom trabalho, bebê chorona, — disse ele, com um brilho nos olhos. Amelia enxugou os próprios olhos. — Mamãe, papai e meus irmãos já sabem. Liguei para eles esta tarde. — Ela olhou para Meryn. — Eles estão a caminho. Mamãe quer assistir aquele orbe da tia Violet. Meryn estava sorrindo de orelha a orelha. — A minha família quase toda estará reunida. — Traremos os meninos aqui em breve, — prometeu Aiden. — Quando o Pip estiver pronto, — acrescentou Meryn. — Que notícia empolgante! E exatamente o que todos precisávamos, — disse Catherine, recostando-se na cadeira, segurando sua taça de vinho. — Parece que foi ontem que Brie estava fingindo dar uma entrevista coletiva usando a escova de cabelo como microfone

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na frente do espelho, — disse seu pai, piscando um olho para ela. Jedrek assentiu. — Sei o que quer dizer. Eu juro que agora mesmo o Ari usava fraldas, então me virei e ele é um guerreiro da nossa cidade. — Pai! — Ari silvou. Rex riu. — Você foi, sem dúvida, o bebê mais adorável que eu já vi. — Então ele fez uma pausa. — Mas temos o Bebê Lionhart a caminho em Noctem Falls que pode acabar sendo mais fofinho. Ari sorriu. — Aposto que sim! Quero que seja uma sobrinha. — O que é toda essa comoção? — Um homem alto que se parecia com Brennus e Celyn perguntou enquanto passava pela porta. A rainha se virou para ele, radiante. — Você vai ser tio! — ela gritou. Ele olhou para Meryn e franziu a testa. — De novo? Brennus riu. — Não, Doran. A Amelia está grávida! Os olhos de Doran brilharam. — Essa notícia era extremamente necessária esta noite! — Ele caminhou até onde Amelia estava sendo regada com carinho, e deu um beijo no topo de sua cabeça. — Mil bênçãos

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ao futuro Rei ou Rainha de Éire Danu, — disse ele, com a voz vibrando. Amelia piscou. — Oh, deuses, eu nem tinha pensado nisso. Darian segurou o rosto dela. — Eu não vou assumir o posto de minha mãe por milhares de anos ainda, e nosso filho pode ser idoso antes de assumir no meu lugar. Não se preocupe; você tem o nosso pequeno príncipe ou princesa em quem pensar. A rainha se virou para encarar o filho. — Milhares de anos? Darian e Oron assentiram. — Sim, você é nossa rainha. Aleksandra sentou-se na cadeira ao lado do filho. — Agora entendo como Magnus se sentiu. Um cruzeiro ao redor do mundo parece celestial nesse momento. Doran riu com a careta que seu irmão fez com a menção do príncipe vampiro, no entanto, sua risada foi interrompida quando olhou ao outro lado da mesa. — Meu, — ele rosnou. Mais rápido do que ela conseguia acompanhar, ele contornou a mesa e puxou o pai dela nos braços. Quando os dois se beijaram, ela sentiu o queixo cair. — O que?! — A palavra ecoou pela mesa. Brennus começou a pular ao redor da sala em uma dança repleta de alegria. — Finalmente! — ele cantou. Meryn os olhou fixamente. — Então, mais sexo de bunda, hein?

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A mão de Aiden subiu para cobrir a boca dela. Ari girou Brie para encará-lo. — Brie? Você está bem? Ela sentiu lágrimas encherem seus olhos ao ver a felicidade do pai. — Estarei assim que meu pai parar de me envergonhar sendo molestado na maldita mesa de jantar. Doran se afastou de seu pai, respirando com dificuldade. Os dois homens pareciam atordoados. Doran se recuperou primeiro e acomodou o pai dela de volta na cadeira antes de se sentar ao lado deste. Ele a olhou. — Pai? — Sim. Você teve a honra de beijar meu pai, Chris Wilson, o pai mais maravilhoso do mundo, — ela anunciou com orgulho. — Oh, minha menina. — Seu pai estava sorrindo, mas mostrava certa hesitação nos olhos. Ela sabia que precisava cortar a sua preocupação pela raiz antes que ele explodisse numa bomba de ansiedade. — Não pense, nem sequer por um momento, que está traindo a mãe. Você sabe, com certeza, que ela só iria querer que você fosse feliz. O rosto de seu pai desanuviou. — Você está certa. Ela provavelmente tentaria convencer a levar nós dois para o quarto. — La la la la la, — ela gritou, cobrindo os ouvidos. Todos riram de suas travessuras. Ela sabia que seus pais eram de

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espíritos livres quando se conheceram; tê-la não mudou esse fato. Doran a olhou, e ao pai dela, então ao irmão, depois de volta para ela. Ele apertou o próprio peito. — Eu sou pai, — ele sussurrou. E lhe sorriu. — Juro que farei tudo ao meu alcance para garantir a sua felicidade. Seu pai inspirou abruptamente, seu lábio inferior tremendo com a declaração de Doran. E então se levantou. — O jantar foi incrível, obrigado por me convidar. — Ele olhou para Doran. — Nós vamos sair. Ela gemeu com a óbvia intenção de seu pai. Doran saltou da cadeira como um coelho pulando de uma cartola. — Nós vamos, é claro, vê-los de manhã. — Talvez, — seu pai murmurou. — Deuses acima, — Doran sussurrou, antes que ambos os homens praticamente saíssem correndo da sala. — Nunca. Nunca em todos os meus anos eu o vi tão atrapalhado. — Brennus soltou uma gargalhada. A expressão de Meryn tornou-se pensativa. — Então, se o Ari está acasalado com a Brie, e o pai da Brie está acasalado com o tio Doran, o que isso faz de mim e Ari? Ari olhou ao irmão. — Primos? Rex sorriu largamente para a sala. — A adorável Ameaça é minha priminha!

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— Eu ainda posso te chamar de gostoso, certo? — Meryn perguntou. Rex assentiu enquanto Aiden rosnava a palavra: “Não”. — Bem melhor, — Amelia murmurou enquanto se recostava. Brie percebeu que ela estava certa. Isso era muito melhor do que chafurdar em desespero. Ela se levantou e estendeu a mão para Ari. — Tal pai, tal filha. — E ergueu uma sobrancelha para ele. Ari, assim como Doran, saltou da cadeira. — Boa noite, — disse simplesmente. Ele a levantou nos braços e saiu correndo da sala, deixando gritos e assobios em seu rastro.

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Capítulo 6 Assim que saíram, Ari a colocou no chão. — Nós temos algumas opções. — Para o que? — Porque só havia uma coisa na qual ela estava pensando, e se era isso a que ele estava se referindo, opções sempre eram boas. — Nós podemos voltar aos meus quartos na propriedade Lionhart ou ir para a vila dos Guerreiros de Unidade. Oh, era isso a que ele se referia. — Já que já vi a propriedade Lionhart, podemos ir para a vila dos Guerreiros. Só preciso pegar minhas roupas da casa dos seus pais. — Isso não será problema, — Ari sorriu, então estendeu a mão e pegou a dela. — Porque a mudança de atitude? Eu não era seu “suposto” companheiro? — Não tenho certeza. Mais cedo, quando estava sentindo que minha cabeça estava prestes a explodir, apenas estar em seus braços fez tudo parecer mais seguro. Esse tipo de conforto pode ser um afrodisíaco, e me encontrei te desejando mais. Se a Destino, ou sei lá o quê, sente que seríamos um par perfeito,

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vou jogar a cautela ao vento e dar uma chance a isso. Quero dizer, a Destino não pode escolher alguém pior do que tenho escolhido para mim ao longo dos anos. Ari franziu o cenho. — Estou em êxtase por ter aceitado nosso acasalamento, mas não tenho certeza de como me sinto em relação à mentalidade de “não pode ficar pior”. — Eu sou uma policial, Ari, somos pessimistas por natureza. — Guerreiros não são muito melhores. — Ele gentilmente puxou a mão dela e caminharam lentamente pela cidade dourada até estarem de volta na casa de seus pais. Ele abriu a porta e entraram no saguão. — Corra até o banheiro e pegue suas coisas. Vou para o meu quarto pegar meu uniforme de serviço, mochila e sua arma do cofre. — Uniforme de serviço? — Sim, amanhã a Unidade Tau vai treinar, então nossos uniformes servem como nosso equipamento de treino. — Hummm. Ele lhe deu um sorriso infantil. — Vou ser modelo neles para você amanhã. Ela sorriu e começou a subir as escadas correndo. — Pode apostar que vai. Já no grande banheiro, ela descobriu que alguém havia lavado e entregue suas roupas. Estas estavam dobradas ordenadamente em uma pilha no balcão. O pacote de higiene pessoal de viagem colocado em cima delas à fez sorrir. Ela

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pegou tudo e foi para o quarto de Ari. Ele a estava esperando perto do armário. — Venha aqui, — ele pediu. Ela o seguiu até o armário e ele a conduziu para um lado onde a parede estava coberta por diferentes espelhos. Ele a fez colocar a mão no espelho central. — Agora, você também tem acesso. — Ela olhou fixamente quando o espelho deslizou para o lado para revelar um enorme cofre de armas. — Isso é tão malditamente sexy. Ari sorriu e pegou a arma dela. Mostrou que estava carregada e entregou. Ela a guardou com suas coisas e ele fechou o cofre. — Seu escudeiro é um milagre, — ela disse, mostrando o pacote de higiene pessoal. Ele lhe entregou uma pequena bolsa de viagem e Brie colocou suas coisas dentro. O rosto de Ari se iluminou. — Leo tem cuidado de nós desde antes de eu nascer. Ele é tão pai para mim quanto minha mãe e meu pai. — Então, o que a Meryn disse sobre eles serem como Super Mães é verdade? — Muito, na verdade, é provavelmente uma das melhores descrições que já ouvi em relação a um escudeiro. É claro que nem todos os escudeiros são iguais. A maioria se esforça para ser ao menos uma fração de bons quanto Sei Ryuu, Cord Danuthal e Sebastian Hearthstone. — Então, nós apenas demos sorte? — Basicamente.

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Desta vez ela não o esperou. Estendeu a mão e pegou a dele, ganhando um sorriso brilhante. — Eu não estava brincando quando disse que estava apostando tudo nisso, — ela o lembrou. E desceram as escadas para o ar quente da noite. — Depois de se decidir, é isso, hein? Ela deu de ombros. — Eu sempre fui assim. Juntos, ambos caminharam pelas ruas, passando pelo esplendor da Cidade Alta, até chegarem a um prédio bem iluminado entre algumas das casas mais antigas da rua. As janelas estavam abertas e risadas masculinas podiam ser ouvidas da passarela. Erguendo-se do centro do grande edifício, uma árvore alta de azevinho criava uma cobertura verde-escura no alto. Ela apontou para esta. — Por que um azevinho? Ari abriu um portão de ferro simples. — Nem sempre tivemos um. Mas quando Darian se tornou um guerreiro de unidade, ele doou uma muda da árvore de sua família para que nós, pobres guerreiros, tivéssemos alguém cuidando de nós. Em troca, tentamos manter as coisas o mais animadas possíveis para o guardião Alina. Brie se lembrou do que aprendeu sobre como toda a família de Darian fora assassinada. — Eu acho que qualquer guardião gostaria daqui. — Ela apontou para onde o brilho âmbar das luzes internas parecia chama-los a se aproximar.

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— Nós fazemos nosso melhor. — Ele abriu a porta e as vozes masculinas ficaram ainda mais altas. — Ari! Bem-vindo ao lar! Terminou de ser importante na propriedade Lionhart? — um guerreiro brincou enquanto descia as escadas em direção a eles. — O Ari voltou? — outra voz gritou. Logo, o saguão ficou cheio de guerreiros. Mais de um estendeu a mão para bagunçar o cabelo de Ari de maneira fraterna. Ari sorriu para todos. — Gente, tenho alguém importante que quero que conheçam. Esta é a minha companheira, Brie Wilson. Brie, esses homens são meus companheiros de unidade. — Ele estufou o peito. — Ela não é maravilhosa? — Boa demais para um garotinho como você! — Eu cuido das suas coisas, — outro ofereceu. Ela lhe entregou sua pequena bolsa, assim como Ari. — Mil bênçãos para seu acasalamento! — Bem-vinda! — Ao redor deles, os homens gritaram suas saudações. — Eu pensei que estavam no jantar no palácio? — o guerreiro de cabelos escuros perguntou. Ari lhe jogou um sorriso presunçoso. — Estávamos, mas então minha companheira decidiu que deveríamos nos retirar mais cedo. Os homens gemeram e um conjunto de mãos puxou-a suavemente para longe de Ari. — Sabe o que isso significa?

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Ela sentiu um momento de pânico antes de perceber que estava sendo conduzida à cozinha. — Festa do lanche tarde da noite! — Não! Nós vamos dormir cedo! — Ari argumentou. Os homens o ignoraram e a sentaram na longa ilha no meio da ampla cozinha. Os homens trabalharam juntos como uma máquina bem lubrificada, pegando salgadinhos e ingredientes para fazer petiscos. Ela sorriu com o pesar de Ari, mas sabia que ele não estava muito chateado pela maneira como continuava roubando batatas fritas e molho. — Ali está ele! — uma voz familiar disse acusadoramente. Ari estremeceu. — Desculpe, pessoal, mas minha companheira queria sair. O que eu deveria fazer? Kincaid entrou e colocou as mãos no quadril. — Nos levar com você, pelo amor dos deuses! Meus nervos delicados não aguentam toda a realeza! — Sim, porque todos nós saímos não teria parecido estranho depois que minha companheira me deu um olhar de “venha cá”. Kincaid o olhou bravo. — Não me importo. — Além disso, você sabe que ela gosta mais de nós, — Gage disse, passando por Kincaid para beijar a bochecha de Brie. Ele olhou para os balcões. — Festa do lanche! Kincaid parecia um pouco apaziguado. — Festa do lanche? Priest se sentou ao lado dela.

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— O idiota ao menos já fez as apresentações? Ela balançou a cabeça. — Posso acabar pedindo que todos usem crachás nos próximos dias. Entre os guerreiros e o palácio, meu cérebro dói. Ari se sentou no banquinho do outro lado dela. — Tenho certeza que os caras não se importarão em fazer isso por você. — Oh! Na verdade eu tenho crachás, espere! — Um guerreiro loiro saiu correndo da cozinha. — É bem a cara do Balder ter crachás, — Ari sorriu enquanto balançava a cabeça. O guerreiro de cabelos escuros colocou uma tigela de batatas fritas na frente dela. — Nesse ínterim, vou começar. Sou Bastien Géroux. Meu tio é Simon Géroux, chefe de Família Fundadora em Noctem Falls. Eu sirvo na Unidade Phi junto com Nerius Li'Meiner, fae. Kael Lyon, shifter de leão. Jace Frazier, shifter de lobo, e Ian Angelica, bruxo. Priest a cutucou. — Nós o chamamos de Anjo. Bastien lançou um olhar agudo para Priest. — Você realmente quer falar disso, Meredith? Priest fez uma careta. — Odeio que vocês saibam meu nome. Bastien e a maioria dos homens gargalharam. — Sabe? Estávamos na sua cerimônia de nomeação, aguiazinha.

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Priest suspirou. — Sim, sim, nós sabemos. Somos as crianças por aqui. O loiro que saiu correndo da sala voltou correndo segurando um pequeno pacote de plástico. —

Eu

tenho

isso

de

quando

trabalhamos

como

voluntários no hospital infantil. — Ele começou a passar pilhas de etiquetas adesivas e canetas para os guerreiros, que suspiraram e escreveram seus nomes antes de coloca-los no peito. Quando Brie viu o primeiro, riu, agora sabia porque eles estavam suspirando. Todos os crachás tinham adoráveis bebês de animais. — Não! Dê-me o com o leão! — um dos guerreiros protestou. Rindo, seu amigo entregou-lhe o crachá com o filhote de leão. Ele escreveu o próprio nome e sorriu para ela. — Ei, prima! Meu nome é Broden Lionhart. Eu sirvo na Unidade Upsilon com Balder Ri'Ilindra. — Ele apontou para o guerreiro que havia distribuído os crachás. — Tiergan Faulkner, shifter de tigre. — Ele acenou com a cabeça para o guerreiro que estava desenhando listras no gatinho ruivo em seu próprio crachá. — Caleb LaVoie, vampiro. E Heath Clover, bruxo. Ele bateu na palma de outro guerreiro, que poderia ser seu irmão gêmeo, com a dele. — Este é meu irmão mais velho, Ramsey Lionhart, ele serve na Unidade Chi. Ramsey piscou um olho para ela.

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— Primeiro Kari e agora Brie, os Lionharts são realmente abençoados por terem mulheres tão bonitas se juntando ao nosso bando. — Ramsey, — Ari rosnou. — Tão mal-humorado quanto seu irmão, — Ramsey provocou. Ari sorriu. — Eu vou aceitar isso como um elogio. Broden riu. — Típico de você. Ramsey ficou na ponta dos pés para olhar ao redor da sala, então apontou para o guerreiro servindo diferentes bebidas. — O Aeson Vi'Liordon lidera minha unidade. Um fae com cabelo loiro avermelhado acenou para ela. — Ele está, atualmente, planejando vingança contra Zach por trancá-lo em seu quarto no dia em que ele deveria escoltar A Ameaça para o palácio. — Pode apostar, — Aeson murmurou. Ramsey continuou: — Matthieu Lucien, vampiro. Leon March, shifter de raposa. E Carson Elderberry, bruxo. — Seu dedo foi para os homens fazendo nachos. As Unidades Psi e Ômega estão atualmente patrulhando, então vamos deixar os crachás para eles para amanhã. — Eu realmente aprecio isso, caras, — ela disse, mergulhando sua batata no que parecia ser vinagrete. Deu uma mordida e suspirou feliz. — Isso é tão bom.

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Ari bateu suavemente em seu ombro. — É uma fraqueza minha. Pedi ao Leo para me mostrar como fazer. — Você que fez? — ela perguntou. — Sim. — Faço todos os tipos de favores pelo vinagrete se você adicionar uma margarita com gelo ao combo, — ela ofereceu. Ari se levantou e foi imediatamente para o aparador que continha garrafas de bebidas conhecidas. — Bastardo de sorte, — disse Ramsey. Ari voltou com um copo com a borda cheia de sal. — Para você, minha dama. — Você faz minha boca feliz, minha boca te faz feliz. Ari praticamente choramingou ao se sentar ao lado dela. — Bastardo de sorte do caralho, — repetiu Broden. Ari se virou para eles, sorrindo largamente. — Não me faça dizer ao meu pai que você me chamou de bastardo. Broden e Ramsey reviraram os olhos. — Seu pai não nos assusta; é sua mãe que eu nunca gostaria de irritar. Ari pensou nisso por um momento. — Verdade. — Catherine? Sua mãe, aquele docinho de coco? Ari assentiu. — Você quer dizer minha mãe leoa que é a Alfa das caçadoras do bando dos Lionhart? Pode crer. Broden apontou dele para o irmão.

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— Ela é a irmã mais velha da nossa mãe. Ela os olhou. — Mas vocês são Lionharts, isso não significa que são parentes por parte de pai? Ramsey acenou com a cabeça. — Nossas mães são irmãs e nossos pais são irmãos. Basicamente, as famílias se fundiram completamente depois desses dois acasalamentos. Ari roubou uma batata frita da tigela dela. — O nome de solteira da nossa mãe era Eliana, que significa “filha do sol”. Uma linha matriarcal tão velha e reverenciada quanto a dos Lionhart. As Filhas de Eliana são conhecidas

por

serem

as

melhores

caçadoras,

então

naturalmente, quando emparelhadas com os tão poderosos Lionharts se tem uma geração de filhotes que só fazem coisas boas. Broden assentiu. — Somos terrivelmente mimados, dos dois lados da família. O Ari ainda mais sendo o bebê. — Se vocês dois acabarem tendo uma menina, nossas tias provavelmente vão enlouquecer. Até agora, apenas homens nasceram de nossos pais, — Ramsey acrescentou. — A Kari está grávida. Aposto qualquer coisa que ela vai ter uma menina. — Ari recostou-se. — Deuses, uma menina com a nossa força e a inteligência da mãe seria imparável. Ramsey franziu a testa de repente. — Ela vai precisar de todos os seus tios para manter os meninos longe.

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De repente, ele, Broden e Ari estavam rosnando baixo. Brie revirou os olhos. — Ou vocês poderiam ensiná-la a se defender. Ari apontou para seu distintivo. — A tia Brie poderia ensiná-la a atirar. Ela tomou um gole da margarita. Droga, o homem tinha feito ela perfeitamente. — Claro, mas eu estava pensando mais no judô. Ari piscou. — Você sabe judô? — Sim. Fiz meu pai me inscrever quando eu tinha quatro anos. O valentão típico do pátio da escola ficava me empurrando no chão para olhar por baixo da minha saia. Pedi à minha mãe para me mostrar como lutar com meninos grandes e ela sugeriu judô. — Seus pais não fizeram nada com o pequeno bastardo? — Ari perguntou. Ela balançou a cabeça. — Eu disse a eles para não fazerem nada. Eu queria lidar com aquilo sozinha. Então tive aulas, e não demorou muito para eu ficar realmente boa em jogar o traseiro dele no chão. Ele me deixou em paz depois disso. Eu tive um surto de crescimento no ensino médio e a maioria dos valentões me deixou em paz depois disso. — Por quê? — Ari perguntou. Ela arrastou a mão para cima e para baixo na frente do próprio corpo.

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— Minha mãe tinha um metro e oitenta e cinco e eu tenho um metro e oitenta. Eu era mais alta que maioria dos caras durante o ensino médio. Ari piscou. — Isso é alto para humanos? Brie estava prestes a responder, então olhou ao redor da sala. Ela, na verdade, era muito mais baixa do que a maioria deles. Meryn de repente apareceu em sua cabeça; a mulher era facilmente pelo menos 20 a 23 centímetros mais baixa do que ela. — Para responder às suas perguntas, sim, entre os humanos eu sou alta. Pobre Meryn, seu pescoço deve absolutamente matá-la por ter que olhar para cima o tempo todo. Balder abriu a boca, depois fechou. — Sabe, eu nunca pensei sobre o quanto ela não consegue ver. — Ele caiu de joelhos. — Ela tem essa altura aqui, certo? Brie assentiu. — Cerca disso. — Isso é horrível! Eu não consigo nem alcançar o balcão! — Ele parece que foi construído para vocês, guerreiros, então faz sentido, — Brie observou. Mais de um guerreiro ficou de joelhos para ver do que Balder estava falando. — Isso é palhaçada! — Jace exclamou. — Ela ao menos alcança a privada? — Ian perguntou.

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Brie segurou as laterais do corpo, rindo enquanto observava um grupo de homens adultos andarem de joelhos na cozinha, descobrindo o que não conseguir alcançar. — Quer dizer, isso afeta a vida diária, certo? — Jace perguntou, tentando alcançar uma tigela de batatas fritas. Os homens balançaram a cabeça. — Não é de admirar que nosso comandante a carregue tanto. Eu pensei que eles estavam apenas em uma fase de lua de mel, mas talvez seja um mecanismo de sobrevivência que ele subconscientemente adotou, — Balder sugeriu. — E ela está grávida, — Ramsey acrescentou. Bastien coçou o queixo. — Sabe, homens, acredito que é nosso dever ajudar nosso comandante. Enquanto ele e sua pequena companheira estão em Éire Danu, devemos fazer todo o possível para garantir que a estadia de Meryn não seja apenas segura, mas agradável. Priest deu um tapinha nas costas do amigo. — Você é um bom exemplo do que significa ser um guerreiro. Tenho orgulho de chamá-lo de meu irmão. — E a Leana o ameaçou por telefone quando ele fez a visita semanal ao tio. Ela disse que Meryn tinha o amor e o apoio de Noctem Falls e Éire Danu faria bem em seguir seu exemplo, — Kael disse, saindo do caminho quando Bastien deu um passo em sua direção. Bastien deixou Kael se afastar. — Magnus deu a ela um cartão Regalis. Você sabe como é raro que um seja dado. Só isso já deveria fazer dela a prioridade de todos.

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— Acho que ela está bem onde está. No palácio, ela não tem apenas o companheiro e escudeiro, mas também a rainha e os tios para todos os lados, — Ari disse. Bastien pensou nisso por um momento e então assentiu. — Concordo, entretanto, se ela tiver que sair do palácio algum dia, eu gostaria de me voluntariar para o serviço de guarda. Ari estendeu a mão sobre o balcão para pegar um nacho. — Eu falo isso para o Aiden. Eu sei que aquele homem não vai recusar guardas para sua companheira. Brie recostou-se e ficou surpresa ao perceber que estava realmente se divertindo. Por estar em uma profissão dominada por homens, estava acostumada a ser a única mulher na sala. Os

homens

brincavam,

pregavam

peças,

provocavam

impiedosamente e zanzavam pela cozinha, criando uma atmosfera descontraída. Por volta da meia-noite, ela foi apresentada às Unidades Psi e Ômega conforme estas voltavam do serviço de patrulha. Balder, liderando Upsilon, e Nerius, liderando Phi saíram pela porta para assumir as patrulhas. Ari pegou a mão dela e começou a dizer boa noite aos homens. — Mil bênçãos ao seu acasalamento, Ari, — Ramsey disse enquanto saíam da cozinha. — Durmam bem! — Duvido que vão dormir, — Aeson disse, fazendo os homens rirem. Quando chegaram ao topo da escada, Brie percebeu que Ari havia ficado quieto. Ela olhou para cima e, para sua alegria,

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as bochechas dele estavam rosadas. Ele a pegou olhando, e com a outra mão, esfregou a nuca. — Desculpe pelos caras. — Não se desculpe. Eu os acho maravilhosos. Sim, eles são um pouco turbulentos, mas em nenhum momento disseram nada que me incomodasse. Eu me senti como se estivesse em uma sala cheia de irmãos. O sorriso de Ari para sua declaração foi brilhante. — Eles são. Como irmãos, quero dizer. Ela esfregou o braço dele enquanto voltavam a andar. — Eu sei. Eles te observaram como falcões enquanto estávamos lá embaixo. Cada vez que sua bebida acabava, alguém passava e a enchia. Você mencionou que amava tangerinas e de repente havia uma tigela no balcão. É claro como você, Priest, Gage e Kincaid são amados. Ari parou com tudo no meio do caminho e a olhou. — O que? — Você não percebeu? — Não. Espere. Sério? — Brie percebeu que ele estava mentalmente revisando a noite inteira. Ela puxou seu braço para fazê-los andar novamente. Sua terceira margarita a fez querer se despir e cair de cara na cama. Distraidamente, ele caminhou mais alguns metros, em seguida, colocou a mão no centro da porta à sua frente. Ela ouviu um clique fraco e Aria a abriu para eles. Ela entrou e olhou em volta. O quarto estava limpo e arrumado. Ele o havia decorado em tons de azul e, embora tudo parecesse legal, a sensação era de vazio.

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— Onde estão suas coisas? — ela perguntou, descobrindo o que faltava. Não havia objetos pessoais ali. — Em casa, — ele respondeu e puxou a camisa pela cabeça. — Casa? — Brie o olhou confusa. Ari se virou para Brie e esta deleitou os próprios olhos com a vista. Seu peito largo não era nada além de músculos compactos e definidos. Quando ela viu a maneira como seu quadril mergulhava nas calças em um “v”, quase gemeu. Já existiu um homem mais bonito? — Eu mantenho alojamentos aqui e divido meu tempo entre a vila dos Guerreiros e a propriedade Lionhart. É um tanto incomum, dada a forma como as outras unidades são administradas,

mas

considerando

que

minha

família

desempenha um papel importante na política da cidade, funciona melhor para todos. Recebo atualizações do meu pai e as passo para as unidades para que Brennus não precise fazer isso. — Então, você vem aqui quando quer ser mimado, — ela provocou. Ari balançou a cabeça. — Até você dizer algo, nunca nem percebi que eles faziam isso. — Ele franziu a testa. — Pergunto-me se Gage, Priest ou Kincaid sabem. — Ele suspirou. — Às vezes é difícil ser o mais jovem em uma cidade de paranormais que podem viver por milhares e milhares de anos. — Pode não ser uma coisa paranormal. Em Monroe, o corpo de bombeiros fica do outro lado da rua da nossa

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delegacia. Já vi os bombeiros mais velhos mimarem seus novatos. Não me entenda mal, eles os torturam para caramba também, mas sim, os novatos são tratados como irmãozinhos. — Novatos? — Bombeiros estagiários, alguém cujo desempenho é avaliado antes da aceitação. — Nós não temos isso. Assim que se é promovido para servir como um guerreiro de unidade, pronto. — Você não tem nenhum tipo de treinamento? — Costumávamos ter uma academia, mas a Meryn fez uma sugestão no ano passado para mover todos os recrutas para ficar e treinar com as unidades para permitir que mais cadetes progridam. Em teoria, era para aumentar o número de homens treinados que poderiam ajudar. No entanto, muitas Famílias Fundadoras e Nobres apontaram que, se os recrutas fossem promovidos, uma academia só seria necessária. Portanto, Adair McKenzie está encarregado de todos os cadetes agora na academia de Lycaonia. — Eu aposto que a Meryn ficou puta. — Você não tem ideia. Ela tirou a túnica e fez uma pausa. — Nós vamos transar esta noite? Ari, que estava tirando a calça, se virou para encará-la e tropeçou, batendo contra o colchão antes de cair no chão. — Você está bem? — Não se preocupe comigo. Vou dormir com meu orgulho em farrapos aqui no chão, — Ari disse, parecendo enojado consigo mesmo.

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— Não seja bobo. Agora, sexo, sim ou não? Porque, para ser honesta, estou cansada e não tenho certeza se consigo me entusiasmar apesar de quão incrivelmente gostoso você é. Ele sorriu. — Você acha que eu sou gostoso? Ela deixou a túnica cair no chão e começou a caminhar em direção a ele completamente nua. Ela colocou um pouco de balanço nos passos, fazendo seus seios balançarem. E observou fascinada quando os olhos de Ari ficaram da cor do mel. — Acho você tão incrivelmente gostoso que precisamos investir em controle de natalidade, porque pretendo te pegar sempre que puder. — Ela bocejou, então lhe deu uma piscadela. A expressão de Ari se suavizou e seus olhos voltaram ao tom dourado normal. Este se levantou e estendeu a mão. — Você pode me pegar amanhã, depois que nós dois tivermos uma boa noite de descanso. Ela pegou sua mão e os dois se arrastaram para a cama. Ele imediatamente curvou o corpo ao redor do dela, colocando sua cabeça sob seu queixo. O corpo de Brie relaxou quase instantaneamente em resposta ao seu toque. — Boa noite, minha “suposta” alma gêmea, — ela disse, bocejando novamente. Seu bocejo foi interrompido quando ele a mordiscou na nuca. — Boa noite, minha companheira, — ele rebateu.

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E pela primeira vez na vida, ela adormeceu momentos depois de sua cabeรงa tocar o travesseiro.

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Capítulo 7 Na manhã seguinte, Brie foi se espreguiçar e percebeu que ainda estava completamente envolta em seu próprio casulo de Ari. Enquanto estavam deitados sobre o lado direito do corpo, o braço dele debaixo do travesseiro para aninhar a cabeça dela, e sua mão esquerda agarrando seu seio. Ela conseguia sentir sopros de ar no pescoço e descobriu que não se importava. Brie saiu devagar da cama, colocando um travesseiro nos braços de Ari para que este continuasse dormindo. A mão dela voou aos lábios para conter a risada enquanto ele apertava o travesseiro e sorria lascivamente. Balançando a cabeça, ela silenciosamente pegou suas verdadeiras roupas e foi ao banheiro para se refrescar. Arrumou rapidamente o cabelo e a maquiagem, então, não pela primeira vez, mandou uma oração de agradecimento a Rathais, que exigia que seus oficiais usassem apenas a camisa do uniforme. Em vez de calças quentes de poliéster, ela vestiu sua calça jeans favorita. Colocou o cinto com o coldre e em vez de prender o distintivo

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na camisa, colocou a faixa na qual estava prendido seu novo broche. Brie saiu pela porta na ponta dos pés e desceu as escadas. E encontrou um punhado de homens na cozinha preparando o café da manhã. Do lado de fora da janela, o mundo clareava lentamente. — Bom dia, rapazes, — ela disse, em saudação. Aeson e Matthieu acenaram e Aeson apontou para a frigideira. — Os madrugadores podem escolher como querem o ovo. — Mexido para mim e obrigada. Tem café? — ela perguntou, olhando ao redor. Matthieu apontou para a pequena alcova onde várias urnas industriais de café borbulhavam. — Acabei de terminar. Ela se aproximou, se serviu uma xícara da ambrosia preta, acrescentou adoçante e tomou um gole. E suspirou, encostando um quadril na parede. — Isso é incrível. — Agradeça a Izzy. Ela está montando uma pequena cafeteria no bar do Dav's e se ofereceu para pedir um café com sua

conta

de

atacadista.

De

outra

forma,

nunca

conseguiríamos grãos tão bons, — Aeson explicou. Ramsey deu a volta na ilha, segurando uma pequena jarra. — Você deveria tentar com meio-a-meio. Pedi ao Leo para me mostrar como acertar a proporção de leite com o creme.

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Normalmente, ela não tomava creme no café, apenas um pouco de adoçante, mas ele parecia tão animado que ela se viu estendendo a xícara. Ele a serviu e parou, olhou para a bebida em movimento e acrescentou um pouco mais. Foi até a estação de café, pegou uma colher e mexeu para ela. — Experimente agora. Ela tomou um gole, esperando completamente odiar o café, mas descobriu, pela primeira vez, que o creme não superava o gosto do café, apenas adicionava suavidade à experiência. — Isso é incrível pra caramba! Ramsey sorriu largamente. — Né?! Ela olhou para os caras na sala. — Ok, qual é a pegadinha? Eles trocaram expressões confusas. — O que quer dizer? — perguntou Ramsey. Ela apontou primeiro para Aeson e depois para Ramsey. — Vocês são perfeitos demais. Na noite passada, vocês fizeram tudo o que podiam para me receber, pelo bem do Ari. — Ela ergueu uma sobrancelha. — E não pensem que não percebi como mimam ele e a Unidade Tau. — Ramsey estremeceu e ela continuou: — Criar crachás foi incrivelmente adorável e vocês são tão domésticos que meus ovários estão espiralando de vergonha, então qual é a pegadinha? Aeson riu de sua última declaração e voltou para sua frigideira.

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— Ao contrário das outras cidades-pilar, até muito recentemente, as unidades de Éire Danu não tinham muito o que fazer de verdade. As patrulhas eram inúteis numa cidade que não tinha fronteiras. É verdade que ainda treinávamos e fazíamos exercícios, mas não havia urgência por trás disso. Ramsey colocou a jarra de creme ao lado do café. — Éire Danu é conhecida entre os guerreiros como a cidade de transição. Somos uma divisão bastante equilibrada entre os guerreiros mais velhos, prestes a ficarem inativos ou entrarem para a Vanguarda, e guerreiros recentemente promovidos. Isso cria um ambiente muito estimulante onde nós, os guerreiros mais jovens, somos tratados como irmãos caçulas e nossa propriedade tem um clima menos militar. Matthieu sorriu. — Quanto ao Ari, bem, ele é o bebê. Ele é o mais novo daqui por quase cem anos. Ele nasceu e foi criado aqui em Éire Danu, então todos nós o vimos crescer. É difícil não mimá-lo, e por extensão, a Unidade Tau, que é quase tão igualmente jovem. — Eu nunca percebi, — Ari disse, entrando na sala. Ele foi até ela, inclinando a cabeça desta para beijar-lhe. — Acordei molestando um travesseiro. Foi coisa sua? Ela deu uma risadinha. — Você parecia um gato amassando o cobertor. Ele a olhou sedutoramente. — Eu vou amassar algo mais tarde, — ele prometeu. — Mais tarde?

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— Mais tarde. Eu tinha algumas mensagens de texto me esperando no meu telefone esta manhã. Tau e Chi foram chamados ao palácio. Tyrien Ri'Aileanach declarou um caso de Moção de Censura por causa da forma como os assassinatos estão sendo tratados. Aeson assobiou baixo. — Pelo que ouvi, isso vai diretamente contra o decreto da rainha de permitir que Brie cuide das coisas. Ari concordou. — É a primeira vez na história de Éire Danu que um caso foi aberto diretamente contra o rei ou rainha atuante. — Ele foi até a mesa de café, então abriu o armário acima das urnas para pegar seis canecas de viagem. — Graças aos deuses que Rex está em casa. Ele estava no palácio ao amanhecer, amansando o Brennus. O Brennus queria desafiar o mijão diretamente. Leon entrou e foi direto para a geladeira. Pegou um pequeno recipiente de iogurte e uma maçã. — Eu pagaria uma boa quantia para ver isso. Aeson se virou para Ramsey. — Vá virar o colchão do Carson. Se começarmos agora, ele pode estar completamente acordado quando chegar ao palácio. Ramsey assentiu e saiu correndo da sala. Alguns momentos depois, se ouviu um baque forte seguido de gritos. Ela se virou para Ari, que ergueu um dedo. — Espere.

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Segundos depois, um estrondo retumbante sacudiu as paredes da vila. — Que raios? — ela perguntou, enquanto as vibrações no chão passavam. — Carson é um bruxo do fogo. Pergunto-me se o Ramsey evitou a bola de fogo desta vez. — Ari serviu café em uma das canecas de viagem e começou a mexê-lo. Ela ouviu passos na escada antes que Ramsey voasse para dentro da sala. — Eu sempre esqueço que ele consegue fazer aquilo! — O cabelo de um lado da cabeça parecia um pouco chamuscado. Aeson sorriu e colocou os ovos de Brie em um prato. — E é exatamente por isso que eu continuo pedindo que você o acorde. Gage e Priest foram os próximos a entrar, Kincaid atrás deles. Gage ergueu seu telefone. — Você viu isso? — ele perguntou a Ari. Ari acenou com a cabeça e apontou para as canecas de viagem. — Peguem seus cafés. Brie pegou o garfo e começou a comer os ovos. Ela amava tomar café de manhã, mas precisava de combustível para enfrentar o dia. Ari olhou seu prato com desejo e ela ergueu o garfo. Ele se abaixou e deu uma mordida. — Obrigado. — Ele pegou a xícara dela e despejou o líquido em uma das canecas. Depois acrescentou café quente e apontou para baixo. — Como você toma o seu?

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— Um adoçante extra e um pouco de creme. Ramsey me tornou uma fã. — Ele assentiu, em seguida, lhe preparou uma caneca para viagem antes de devolvê-la. Kincaid choramingou, olhando para o prato de Brie, e Ari piscou um olho. — Tenho certeza que se parecermos lamentáveis o suficiente, Cord vai nos alimentar. Kincaid se iluminou. — Vale a pena ter que comparecer à reunião para isso. Todos ouviram passos altos antes de um guerreiro de cabelo escuro entrar na cozinha, olhando bravo para Ramsey. Antes que ele pudesse brigar com o shifter de leão, Ari estendeu uma caneca de viagem. — Tau e Chi foram chamados ao palácio; pegue seu café. — O guerreiro parou no meio de um rosnado, em seguida, marchou até a mesa de café. Agora as seis canecas faziam sentido. Aeson removeu o avental e entregou a espátula para o guerreiro que estava mexendo com a torradeira. — Saxon, você pode assumir? — Com certeza. Saxon tomou o lugar de Aeson no fogão e os homens se dirigiram para a porta. Brie colocou o último pedaço dos ovos na boca e os engoliu com um pouco de café. Pegou a mão de Ari e ambos seguiram os rapazes até o palácio. *****

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A diferença entre a descontraída e divertida cozinha dos guerreiros e os aposentos da rainha cheios de tensão era drástica. Não admira que Kincaid se sentisse nervoso de ir ali. — Eu quero arrancar meus olhos com aquela colher de açúcar prateada, — Meryn reclamou, brincando com as frutas em seu prato. — Normalmente, eu diria que você pode estar se sentindo um pouco antissocial, mas está quase opressivo aqui, — Amélia concordou, fechando os olhos e recostando-se na cadeira. Darian passou um braço em volta dela e puxou-a contra seu corpo. — Você precisa se deitar? Ela abriu os olhos por tempo suficiente para encará-lo brava antes de fechá-los novamente. — Só porque estou grávida não significa que devo ser tratada de forma diferente. Quase todos os homens na mesa bufaram. Aiden,

na

verdade,

acenou

com

a

cabeça

em

concordância com Amelia. — Mulheres grávidas são incrivelmente fortes e muito ferozes. Meryn sorriu largamente para aqueles sentados ao redor da mesa. — Grrrrrr. Do outro lado dela, Kincaid soltou o fôlego que estivera prendendo. Lentamente, este começou a relaxar. Do outro lado da mesa, Kendrick inclinou a cabeça e se levantou. Ele rodeou

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a mesa até estar atrás de Kincaid, que agora parecia petrificado. — Senhor? — este perguntou. Kendrick o ignorou e simplesmente colocou a mão na cabeça de Kincaid. Quando a ergueu, estava sorrindo. — Acho que estar perto de Meryn me tornou um especialista em empatas mais ou menos. — O que? — Ari perguntou, sentando-se mais reto. Kendrick sorriu para Kincaid antes de retornar ao próprio assento. — Você odeia reuniões políticas, nunca vai para a Cidade Alta e evita o palácio como a praga. Você parecia estar a dois segundos de vomitar na última reunião aqui, e agora mesmo, quando a tensão quebrou, parecia que conseguia finalmente respirar. Kincaid, você é um empata. — É por isso que minha magia nunca funciona direito? — ele perguntou com os olhos arregalados. Kendrick franziu a testa. — Isso não deveria afetar sua magia. Meryn se virou para Kincaid. — Você é dos meus. Se algum dia precisar escapar, pode usar minha Batcaverna. Kincaid se virou para Meryn. — Obrigado. Isso ajuda mais do que imagina. Brie apontou para Carson. — Ele é um empata também? É por isso que mal está funcionando? Ari e Aeson riram.

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— Não, ele é um animal noturno e detesta manhãs. Ele nem mesmo está totalmente acordado agora. Meryn fingiu que estava enxugando uma lágrima. — Outro maninho para mim. — Ela se virou para Izzy. — Você pode fazer aquele coiso do olho preto pra ele? Izzy entrou na conversa. — Com certeza, isso o torna um dos meus também. — Enquanto minha companheira está preparando um pouco de cafeína, Portia, você pode recapitular os eventos que aconteceram bem de manhãzinha? — Oron perguntou, acenando com a cabeça para a mulher bem vestida segurando uma pena. Portia assentiu. — Esta manhã, bem ao amanhecer, Tyrien Ri'Aileanach junto com vários membros das Famílias Fundadoras chegaram ao palácio para registrar um caso de Monção de Censura em relação ao tratamento da investigação sobre os assassinatos de nosso povo. — Seus olhos foram para a rainha antes de continuar. — Embora um caso não foi apresentado, muitos falaram sobre a questão do momento desta atrocidade. Brie não conseguia imaginar por que isso seria uma grande preocupação. — O que estou deixando passar? — Filhos da puta — Meryn rosnou. A rainha, parecendo pálida e abatida, virou-se para ela. — Eles estão sugerindo que minha falta de ação nos últimos sete dias poderia ter causado a morte de meu povo, e

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que se eu tivesse agido mais rápido, seus entes queridos ainda poderiam estar vivos. Brie apenas riu. Todos — exceto Meryn — a estavam olhando como se ela tivesse perdido a cabeça. — Vossa Majestade, sem ofensa para com você, mas você não é um deus. Pelos relatórios e cronogramas que li você agiu muito rapidamente ao se deparar com uma possível ameaça à cidade. — Mas eu… Brie continuou: — Você pode não ter participado diretamente de nada nos primeiros sete dias, mas Aiden, como Comandante da Unidade, organizou um treinamento aprimorado das unidades e patrulhas atualizadas minutos após o primeiro flagrante confirmado de um feral na cidade. — Mas… Brie suavizou o tom. — Aleksandra, não sou especialista em decomposição paranormal, mas pelo relatório que li ontem à noite no jantar, em relação às descobertas da Dra. Rheia Bradley sobre degradação celular e como esta é mais lenta devido às habilidades de regeneração de cada raça, acho que é seguro dizer que seu povo foi morto mais ou menos na hora em que as sombras começaram a aparecer. Não havia nada que você pudesse ter feito. A rainha praticamente desabou na cadeira. — Deuses, você está certa.

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Izzy passou pela porta com uma caneca grande, Cord ao seu lado, carregando uma bandeja de bacon. Ela foi imediatamente até Carson. — Experimente isso. — Ela colocou a caneca na frente dele. Carson piscou e levou a caneca aos lábios. Tomou um gole, estremeceu e começou a tomar todo o líquido da caneca. Quando terminou, olhou para Izzy. — Eu te amo. Oron se levantou, rosnando para o bruxo. Izzy, no entanto, apenas assentiu. — Eu sei. — A Deusa do Café tem um novo acólito. O império de Merytopia cresce! — Meryn cantou de seu assento. Amelia se virou para Meryn. — Império? Pensei que você fosse sua própria religião agora. Meryn deu de ombros. — A Izzy é uma religião melhor. Em vez disso, serei uma Imperatriz. Izzy bateu na mão de Meryn enquanto passava, então puxou o companheiro de volta para a cadeira. — Eu criei um novo local de culto no bar do Dav. Aeson apenas olhou boquiaberto para as mulheres. —

Como

fomos

de

assassinato

em

massa,

para

decadência celular, para Merytopia? Aiden deu de ombros. — Bem-vindo ao meu mundo.

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Anne apontou para a mesa. — Refeições são meio que sempre assim. A rainha ficou com um pouco mais de cor nas bochechas. — E graças aos deuses que são. Vocês, meninas, me deram tanta força, — ela se virou para Brie. — E sua cabeça fria me salvou de muitos tumultos. Meryn estalou os dedos. —

Se

tivermos

Kari

e

Beth

aqui,

provavelmente

poderemos dominar o mundo. Aiden apenas assentiu e pegou mais bacon. Até Portia parecia um pouco mais estável. — Se pudéssemos conseguir evidências de que a hora da morte ocorreu semanas atrás, a maioria das preocupações em torno do caso de Monção de Censura desapareceriam. — Vou ligar para o River. Ele é um vampiro que tem trabalhado como Vanguarda em Monroe. Ele está atualmente liderando o lado forense deste caso. Vou ver se ele tem uma atualização, — Brie ofereceu. Portia estremeceu. — Você poderia fazer isso nos próximos trinta minutos? É quando vamos para a Corte. Brie pegou o telefone. — Eu ligo agora. — Ela enviou uma mensagem de texto primeiro, para deixar River ciente de que ela ligaria dos aposentos da rainha e que ele ficaria no viva-voz. Ele enviou de volta o emoji de demônio e atendeu ao telefone. — Olá, Wilson. — Conseguiu alguma coisa?

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— Não muito, mas tenho algumas informações que posso passar. — Manda ver. — Depois que você solicitou o método e a hora da morte, despertou minha curiosidade. Passei a noite toda examinando placas de petri. — Por favor, me diga que dormiu um pouco. — Eu vou ficar bem. De qualquer forma, você está no caminho certo. Agora, meu equipamento não é sensível o suficiente para rastrear a taxa de degradação por hora, mas posso te dizer que, com certeza, todos morreram no mesmo dia. — Alguma ideia de quando? — Essa era a grande questão. — Isso é um pouco mais complicado. — Por quê? — Os faes mortos parecem estranhos sob o microscópio. — Esse é o termo técnico? Ele exalou. — Olha, a ciência e o mundo paranormal não são os melhores parceiros. Se eu tivesse que determinar quando um humano morreu, poderia facilmente dar-lhe uma hora, até quase

o

minuto,

porque

os

humanos

se

decompõem

igualmente por todo o corpo. Circunstâncias e o ambiente podem mudar os números, mas na maior parte, são idênticos. Paranormais, por outro lado, são como um daqueles sacos para cozinhar, cheios de ervas e temperos diferentes. — Eu gosto dele, — Meryn sussurrou. River riu e continuou:

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— Se fosse um grupo de vampiros, eu simplesmente lhe diria que é uma causa perdida. O período de decomposição de vampiros é totalmente diferente devido aos vários níveis de transição. Estamos com sorte, pois o grupo era de uma só raça e faes. Agora, é aqui que fica estranho, como te disse. Eles estão se decompondo bem mais devagar do que um humano, mas mais rápido do que qualquer fae que já vi sob um microscópio. — Como assim? — ela perguntou. — Quem me dera saber, — ele respondeu. Ela olhou em volta e viu vários graus de confusão e consternação. — Merda. Você pode me dar uma estimativa da hora da morte? — Mais de uma semana, com certeza. Mais detalhado do que isso, não poderei ajudá-la sem um equipamento novinho. Meryn se inclinou para frente. — Que tipo de equipamento? — Oh, puxa, não sei, que tal o XB540? — Aquele com imagem em nanoescala e 3D? — Meryn perguntou. — Como diabos você sabe disso? — River exigiu. — Muwahahaha! Eu acabei de providenciar para que alguns fossem entregues em Noctem Falls para o centro de cura do Magnus. Quão rápido você consegue fazer as malas? — Foda-se as roupas! Leve-me para essa estação de trabalho, — River implorou.

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— Só se você prometer envolver a Dra. Rheia BradleyAlbright em suas descobertas. Ela tem trabalhado em um projeto que documenta diferentes taxas de decomposição em relação a ferals e ceifadores. — Sério? Há um projeto existente que trabalha nisso? — Brennus perguntou, parecendo impressionado. Meryn se virou para o tio. — As companheiras dos guerreiros de unidade não relaxam. —

Por

favor,

leve-me

para

Noctem

Falls!

Estou

empacotando espécimes agora, — a voz de River assumiu um tom desesperado. — Eu irei ligar pessoalmente para Magnus e solicitar que você receba todo e qualquer material de que precise para obter o máximo possível de informações sobre esses assassinatos, — prometeu a rainha. — Vossa Majestade, você poderia me curvar e bater na minha bunda, contanto que eu tivesse uma chance de pegar naquele microscópio, — disse River, depois ficou quieto. — Vamos todos esquecer que eu disse isso; estou sozinho no meu laboratório por tempo demais. Meryn estava rindo histericamente da expressão da tia. — Isso foi incrível! Darian estava rindo enquanto usava seu anel para abrir um portal. — Mantenha as calças no lugar, River, estou à caminho, — ele provocou.

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— Deuses acima, atirem em mim agora, — River sussurrou. — Atualize-me no segundo que conseguir algo, — Brie disse, pondo um fim na dor do homem. — Claro, Wilson. Tenho que ir. — River desligou antes que ela pudesse dizer qualquer coisa. Brie se virou para a rainha. — Ele não quis dizer nada com aquilo. A rainha simplesmente descartou suas preocupações. — Estando perto da Meryn, aprendi a valorizar a individualidade que leva a genialidade, ao invés de boas maneiras que não levam a lugar nenhum. Meryn pensou sobre isso. — Isso é bom, certo? A rainha sorriu para a sobrinha. — É uma coisa muito boa, especialmente na minha idade. Quanto mais velhos paranormais ficam, mais tendemos a nos acomodar em nossos costumes. Eu juro que só ficar perto de você por mais ou menos uma semana me ajudou muito. — Ele poderá apresentar um relatório oficial para que possamos apresentá-lo à Corte? — perguntou Portia. Brie assentiu. — Conhecendo ele, River já enviou ao xerife suas descobertas. Pedirei ao Rathais para encaminhá-las a mim. — Ela enviou uma mensagem de texto ao chefe solicitando o relatório preliminar oficial. Portia exalou ligeiramente. — Só isso deve acalmar a maioria das preocupações.

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— Eu quero uma lista de nomes daqueles que estão “preocupados”, — Meryn pediu, semicerrando os olhos. Em torno da mesa, um coro de “Não, Meryn” foi dito por quase todos. Brie captou o movimento, só porque ainda estava olhando para Portia, mas a formal fae inclinou a cabeça ligeiramente para Meryn, antes de se virar para a rainha. — Vou falar com todos. E isto fica resolvido antes do almoço. O telefone de Brie apitou. — Portia, posso encaminhar isso para você? Portia assentiu. — Eu apreciaria isso. Posso imprimir e aprontar esses documentos em vinte minutos. — Brie entregou a fae seu telefone para que esta pudesse inserir seu e-mail e, em seguida, encaminhar os relatórios para ela. Portia abriu o documento no telefone, rolou a página e assentiu. — Vejo todos na Corte. —

Nós nem

deveríamos ter

que

ir,

— Brennus

resmungou, com o braço em volta da companheira. Brie deu de ombros. — Eles estão com medo e feridos. Eu teria ficado surpresa se não recebêssemos algum tipo de resistência. — Eles estão nos impedindo de realizar qualquer trabalho, — Ari rebateu. — É verdade, mas não se pode mudar as emoções. Na verdade, esse é um mal que vem para o bem, eles terem agido tão rapidamente ao apresentar suas preocupações. Podemos lidar com cada item, reiterar o que estamos fazendo e mandá-

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los embora. Daí em diante, sempre se pode dizer: “como discutimos anteriormente” e esmagar os incidentes antes que estes deem problema. Meryn deu batidinhas nos lábios com o dedo. — Então, basicamente, nós estamos pré-mandando eles se foderem? Brie piscou um olho. — Algo do tipo. — Mim gostar. Eu me pergunto se a Beth sabe sobre os foda-se preventivos. A rainha riu. — Aquela criança foi criada em Noctem Falls; ela pode fazer isso em vários idiomas, minha querida. — Então por que ela ainda não me contou sobre esse método? — Provavelmente porque você ainda está aprendendo sutileza e elegância, — Law sugeriu. Meryn suspirou. — Seria muito mais fácil se pudéssemos simplesmente atirar nas pessoas. —

Você

vai

chegar

lá,

bebê,

Aiden

disse

encorajadoramente. Ari se virou para Cord. — Odiamos incomodá-lo, mas saímos da vila dos Guerreiros antes do café da manhã. Há algo pré-pronto que poderíamos comer? Cord olhou para Ari com horror.

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— Pré-pronto? Você quer dizer aquelas pequenas refeições embrulhadas em plástico? — Ele estremeceu. — Dême cinco minutos. — Ele correu em direção à cozinha. Meryn olhou para o próprio prato e suspirou. — Aposto que ele traz frutas para você. Ari sorriu. — Os shifters recebem mais ovos e bacon, — ele apontou para o prato de Aiden. Meryn olhou o prato, parecendo chocada. — É tão simples. Por que não pensei nisso? — Ela estendeu a mão e puxou o prato de Aiden para frente de si, fazendo seu queixo cair. — Comida de verdade. — Meryn pegou dois pedaços de bacon e os enfiou na boca. Quando Aiden tentou pegar um pedaço de bacon, ela pegou um mirtilo e o jogou nele, acertando sua testa. — Você que coma isso e fique “saudável para o bebê”. — Meryn, — ele disse, tentando pegar o bacon novamente. Meryn curvou-se sobre o prato e rosnou para o companheiro. — Meu bacon! Cord entrou na sala, rindo enquanto empurrava um carrinho de serviço atrás de Ari. — Pequena Meryn, se não queria mais frutas, tudo o que precisava fazer era me dizer, — ele repreendeu. Meryn deu de ombros. — Eu não queria parecer não-fae porque não fui criada aqui.

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Cord derreteu de imediato. — Peça o que estiver desejando para você e seu bebê, e eu farei, e se alguém tiver a audácia de dizer alguma coisa por causa de suas escolhas alimentares, eu cuidarei deles pessoalmente. Meryn sorriu timidamente. — Então, posso comer um grande hambúrguer para o almoço? Cord assentiu. — Claro. Terei um te esperando para quando você voltar. — Massa! Aiden se virou para Ryuu. — Por que você não serviu carne para ela? Não me diga que não sabia que ela estava cansada de frutas. Ryuu

olhou

para

Aiden,

um

olhar

ligeiramente

descontente no rosto. — Não seja ridículo, é claro que eu sabia. O motivo pelo qual não servi nada diferente a ela foi porque ela não pediu. Naquele momento, Brie entendeu os escudeiros um pouco mais. Se Ryuu simplesmente tivesse dado a Meryn o que ela queria, este teria anulado e ignorado o desejo de Meryn de se encaixar. Ele a respeitava o suficiente para dar-lhe espaço para descobrir as coisas por conta própria. Aiden suspirou. — Não importa o quão importante alguém se torne ou quão alto suba em nosso mundo, sempre haverá um escudeiro bem atrás de nós que é mais inteligente, mais capaz e que fica sarcasticamente nos cutucando como crianças no recreio.

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A rainha riu. — Não sou muito arrogante para dizer que nunca poderia ter chegado tão longe assim sem o Cord. Aiden sorriu. — O Marius praticamente criou a mim e aos meus irmãos. A expressão de Ryuu não tinha preço e este percebeu que Aiden basicamente admitira para todos que via o escudeiro como mais inteligente e capaz do que ele próprio. — É nosso dever, e principalmente nosso prazer, servir aqueles que fazem a diferença. — Ele olhou para sua incumbência, sorrindo suavemente. — Mesmo que precisem ser cutucados aqui e ali como uma criança no recreio. Meryn deu de ombros. —

Cutuque

quanto

queira,

apenas

continue

me

alimentando. Ryuu inclinou a cabeça. — Sim, denka. Brie se virou ao ver Kincaid se inclinar na direção de Ari. — Nós realmente temos que comparecer a Corte? Ari suspirou e acenou com a cabeça. — Infelizmente. Como a Tau tem laços estreitos com o palácio, testemunhamos todos os aspectos da investigação em andamento. — Ele olhou seu irmão de unidade com simpatia. — Eu falarei por nós tanto quanto possa. Kincaid desabou na cadeira. — Eu odeio isso. Kendrick tomou um gole de água.

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— Com o relatório do River, o caso deve ser rápido. Será principalmente Aleksandra junto com Darian e Meryn, tranquilizando os membros das Famílias Fundadoras. Meryn piscou. — Espere, eu tenho que ir também? Todos assentiram enquanto a rainha se virava para ela. — Sim, minha querida. Você é uma princesa agora. Brie observou o rosto de Meryn perder completamente a cor. Meryn olhou para Ryuu. — Eu não posso fazer isso, — ela sussurrou, enquanto começava a tremer. Ryuu piscou, então suas sobrancelhas se ergueram. — Meryn, acalme-se. — Ele rapidamente agarrou o pulso dela enquanto Thane e Kendrick se levantavam de um pulo. Kendrick contornou a mesa. — Ryuu? Qual o problema? — Seu coração está disparado fora de controle. Kendrick puxou a cadeira de Meryn para longe da mesa e Ryuu recuou, ainda mantendo uma mão no pulso de Meryn. Do outro lado de Meryn, Aiden segurou sua mão livre e a esfregou suavemente. — Meryn, você precisa respirar fundo e soltar o ar lentamente. Na minha contagem, — Thane disse, ajoelhandose na frente dela. Os olhos de Meryn estavam arregalados enquanto ela balançava a cabeça. — Eu não consigo. — Você consegue, — ele repetiu suavemente.

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— O que tem de errado com ela? — Brie ouviu Gage perguntar a Ari. Ela se virou para eles. — Um sério ataque de pânico. Brennus

e

a

rainha

olhavam,

ambos

parecendo

perturbados. A rainha olhou para o companheiro. — Eu não queria aborrecê-la. Brennus beijou o topo de sua cabeça. — Não acredito que foi você, meu coração. Acho que ela só percebeu agora que é uma princesa. — Mas temos dito que ela é a segunda na linha de sucessão do trono. Inferno, ela até ameaçou assumir o trono. Como poderia não saber? — Justice perguntou, parecendo perturbado com a angústia de Meryn. — Porque para Meryn, se tornar a segunda na linha de sucessão ao trono apenas significava que ela tinha família agora, — Amelia sussurrou. — Isso é tudo com o que ela se preocupa. Brie voltou sua atenção para Meryn quando a luz azul começou a ficar mais brilhante. Ryuu se abaixou. — Ouça-me, denka, eu juro pela minha vida, que você nunca será forçada a fazer nada que não deseja fazer. Se realmente decidir assumir um papel ativo como princesa, eu estarei ao seu lado a cada passo do caminho. Eu não vou deixa-la falhar, — ele prometeu. Meryn

finalmente

respirou

fundo

e

recostou-se

pesadamente na cadeira. Era como se seu corpo estivesse esperando as garantias de Ryuu para finalmente relaxar.

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Meryn girou ambas as mãos e agarrou seu companheiro e escudeiro. — Por favor, não me deixem envergonhar ninguém, — ela implorou em voz baixa. Kendrick se levantou, seu rosto cheio de raiva. —

Envergonhe

qualquer

um,

Meryn,

seja

intencionalmente ou não. Tenho feitiços que ninguém viu em milhares de anos para lidar com qualquer fantoche arrogante e presunçoso que tente te machucar por causa disso. — As coisas que farei com ele mais tarde, — Anne murmurou. E corou furiosamente quando percebeu que todos se viraram para olhar em sua direção, pois tinham ouviram o que disse. Surgiu um fantasma de sorriso no rosto de Meryn. — Isso foi muito legal mesmo, — ela concordou. E soltou a manga de Ryuu, então praticamente subiu no colo de Aiden. O grande shifter passou os braços ao redor dela, até que apenas seu rosto e pernas estivessem um pouco visíveis. — O Kendrick só será capaz de brincar com os restos dos restos depois que eu lidar com qualquer um que machuque minha companheira. — Isso se o Aiden chegar neles antes de mim, — Thane ameaçou. Meryn

agora

estava

sorrindo

com

o

absurdo

da

testosterona na sala. — Eu amo vocês, rapazes, — ela disse, olhando de Kendrick para Thane. Ambos os bruxos pareciam pegos de surpresa.

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Thane pigarreou. — Eu também te amo, — ele disse com voz rouca. — Afinal, você é minha afilhada. — Ela me amou primeiro como seu Irmãozão-primo, — Kendrick apontou. Thane se virou até que ficassem peito a peito. — Não vá ficar com cãibra, velhote. Kendrick começou a balbuciar indignado. — Velhote?! Atrás deles, Anne estava rindo com Justice e Law. Ele girou na direção da companheira. — Não o encoraje. — Ladrão de berço, — ela brincou. Kendrick tentou manter a fachada ofendida, mas as risadas de Meryn fizeram sua boca se contorcer. — Abusam demais de mim. — Você gosta, manequim, — disse Meryn, fazendo com que os irmãos Ashleigh abandonassem qualquer pretensão de decoro e rissem alto. — Anne, pare de contar a Meryn os segredos do que fazemos no quarto, — Kendrick exclamou, fazendo sua companheira engasgar com a bebida. A porta se abriu e Portia entrou. Olhou para a cena diante de si e simplesmente suspirou. — Eles estão prontos para vocês. Meryn pulou do colo de Aiden. — Pode deixar, — disse ela, antes de olhar para seu escudeiro.

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Ele assentiu. — Sim, pode deixar.

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Capítulo 8 Enquanto caminhavam em direção ao grande salão de reunião, Brie observou enquanto a calça de moletom e o agasalho com capuz de Meryn se transformavam em um lindo conjunto de vestes douradas. Seus cachos normalmente loucos estavam penteados para trás, e uma coroa de prata e ouro envolvia sua cabeça. Meryn realmente estava preocupada em causar problemas para a família. O grupo todo esperou de frente ao grande conjunto de portas

de

marfim

até

que

trombetas

ecoassem

pelos

corredores, anunciando a chegada da rainha. Dois a dois, o grupo entrou na sala e sentou-se em um dos lados de um estrado elevado ao qual os tronos da rainha e Brennus ficavam na parte frontal e central. Flanqueando-os de cada lado, havia dois tronos menores. Darian aceitou a mão de Meryn oferecida por Aiden e acompanhou-a até um dos tronos, antes de retornar ao próprio. À esquerda de Brennus, sentava-se um grupo de quatro homens, incluindo Jedrek. Brie só podia presumir que fosse o conselho da cidade. Todos se sentaram quando a rainha o fez.

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Portia deu um passo à frente. — Vossa Majestade, a Rainha Aleksandra Vi'ÉirDan agora ouvirá as preocupações apresentadas por Tyrien Ri'Aileanach

e

Seluden

Li'Loudain

de

nossas

Famílias

Fundadoras. — Ela acenou com a cabeça para Tyrien. — Você pode se aproximar do trono. Não havia nada em sua voz que fosse rude. Na verdade, ela parecia extremamente neutra, mas do jeito que Tyrien estremeceu, se pensaria que ela estava expondo um acidente embaraçoso dele na frente da classe. Ele avançou. — Vossa Majestade, obrigado por nos receber hoje. Tendo acabado de retornar à nossa bela cidade, eu e outros estamos extremamente preocupados com as mudanças recentes em relação ao seu decreto sobre a sucessão. Sentimos como se tais mudanças

fossem

indicativas

de

problemas

mais

profundamente enraizados que podem ter levado a muitos de nosso povo a serem assassinados. Brennus ergueu uma sobrancelha. — Você está dizendo que ao decretar que nosso filho é o próximo herdeiro legítimo, minha companheira causou a morte de seus amados filhos? — Claro que não. Nossas preocupações não são com o decreto em si, apenas com o momento. Talvez ela tenha se distraído com os acontecimentos em torno de seu filho e deixou passar evidências de uma crescente facção hostil. — Seus olhos dispararam para onde Meryn estava sentada. — Afinal, descobrir que se tem uma sobrinha humana pode desorientar qualquer um.

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Meryn sorriu. — Tyrien, você já conheceu Portia Kilardin ou Cord Danual? Tyrien zombou: — Eu não tive o prazer. Meryn deu uma risadinha, surpreendendo Brie, Meryn não era dada a risadinhas. — Que bobo da minha parte, além desta Corte, por que você teria motivos para entrar no Palácio Real? — Ela acenou com a mão na frente de si. — Se você tivesse a chance de conhecer qualquer um desses incríveis indivíduos, você saberia o quão insanas são suas preocupações. Nem Portia, nem Cord jamais permitiriam que minha tia se distraísse ao ponto da negligência. — Ela ofegou enquanto suas pequenas mãos iam para a boca. — É porque você não tem um escudeiro que não percebeu como eles realmente são maravilhosos? — Ela se virou para a rainha e, em um sussurro que podia ser claramente ouvido por todos, ela perguntou: — As Famílias Fundadoras não têm escudeiros aqui? O rosto da rainha era uma máscara de polidez, mas depois de passar um tempo com ela, Brie sabia que esta devia estar rindo por dentro. Ela se virou para a sobrinha. — Muitas Famílias Fundadoras empregam escudeiros aqui em Éire Danu, Meryn. O rosto de Meryn se contorceu de confusão. — Então não vejo por que ele estava tão preocupado.

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Apesar da gravidade da situação, pequenos risos foram ouvidos ao redor da sala enquanto o rosto de Tyrien escurecia para um tom nada saudável de vermelho. — Se minha casa emprega ou não um escudeiro é irrelevante. Meryn inclinou a cabeça. — Você não entendeu o ponto, não é? Brennus riu. — Ele não entendeu, doce Meryn, mas os outros sim. — Oh. Ótimo. — Ela se recostou, sorrindo. As bochechas de Portia ainda estavam brilhando com o elogio de Meryn quando esta se virou para a sala. — Para acelerar as coisas, pedirei a Oficial Brie Wilson, companheira de Ari Lionhart da Casa Lionhart, que dê um passo à frente e apresente o que atualmente sabemos serem fatos a respeito da morte de membros de nosso povo. Brie congelou. Se ela soubesse que iria fazer uma apresentação, teria vestido sua própria túnica. Se levantando, esta caminhou até onde Portia estava; a mulher entregou-lhe um portfólio e recuou. Dentro estava a maioria das anotações que haviam revisado na noite anterior. — Senhoras e senhores, como disse Portia, meu nome é Brie Wilson. Até muito recentemente, eu trabalhava sob o comando de Cameron Rathais, um guerreiro da Vanguarda, que serve como xerife em Monroe. — Brie sabia que Rathais, sendo um paranormal, teria peso ali. — Ontem à tarde, o Xerife Rathais recebeu uma ligação do Comandante da Unidade para ir imediatamente a um depósito para proteger e processar a

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cena de um horrível assassinato em massa. Como há membros da família presentes, lhes pouparei dos detalhes mais terríveis, mas tendo ouvido por cima várias conversas dos guerreiros no local, aquela foi uma das piores coisas que eles já viram, e considerando que sua missão é caçar e matar ferals, suas declarações mostram o quão terrível a cena era. Ela rezou para que estivesse usando todos esses novos termos corretamente. Então abriu o portfólio como se estivesse revisando as notas. Na verdade, estava tentando organizar seus pensamentos. — Vou apenas apresentar o que sabemos de fato. Setenta e dois corpos de várias idades foram recuperados. Os corpos foram todos colocados juntos no armazém que foi enfeitiçado para que as mortes dos indivíduos não fossem registradas nas árvores genealógicas em Éire Danu. O médico legista, River Carlisle, um vampiro e também membro da Vanguarda, foi quem trabalhou meticulosamente para reunir todas as evidências possíveis. Ele determinou que a hora da morte dessas pobres almas foi bem mais de uma semana atrás e antes do surgimento do portal das sombras que apareceu nos arredores da Cidade da Fronteira. — Ela ergueu os olhos das notas para observar a multidão. — Não estou em seu mundo há muito tempo, mas posso dizer-lhes inequivocamente que a Rainha Aleksandra nunca ficaria tão absorta em algo a ponto de perder de vista os filhos. Tyrien apontou para ela. — Outra observação feita por você mesma, senhora. Não está em Éire Danu há nem vinte e quatro horas. Como poderia

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saber o que é melhor para nós? — Ele olhou para onde o companheiro de Brie estava sentado com as Unidades Tau e Chi. — Seu próprio companheiro é o guerreiro mais jovem a servir em Éire Danu. Estava tudo bem quando os guerreiros brincavam de soldadinho, mas agora que temos uma ameaça de verdade pairando sobre nós, precisamos de guerreiros de verdade para defender nosso povo. Brie moveu a mão para o punho da arma e sentiu uma pequena onda de satisfação quando ele recuou. — Eu sou a menos qualificada para responder a essa baboseira. — Ela se virou para Aiden. — Comandante da Unidade, gostaria de falar com essas excelentíssimas pessoas? Aiden se levantou, seu rosto uma grande carranca. Então se aproximou dela e enfrentou a multidão. — Como todos sabem, sou o Comandante da Unidade há centenas de anos. Levo meu dever a sério, então se alguém acreditar que não tenho ideia do que estou fazendo e que os homens que treino são inúteis, por favor, me procure depois da Corte, — disse ele, em tons curtos. — Cada guerreiro que serve tem minha total confiança, independentemente da idade. — Ele olhou para Tyrien. — Algumas coisas como lealdade, sacrifício e habilidade não podem ser compradas. Ai! Aquela devia ter doído, ela pensou alegremente. Brie olhou para a multidão, que estava visivelmente se encolhendo diante do comandante irritado e sorriu. — O que se resume é o seguinte: ou acreditam que sua rainha é uma desmiolada que deixa os filhos morrerem e que seu Comandante da Unidade é um idiota incompetente que

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não tem ideia do que está fazendo, ou podem acreditar que esses dois líderes com histórico impecável estão fazendo o melhor que podem, nas primeiras vinte e quatro horas de uma tragédia. Um caso de Moção de Censura é completamente ridículo quando as pessoas em quem estão afirmando não confiarem não tiveram nem a chance de fazer qualquer coisa ainda. — Quando Aiden se sentou, Brie teve certeza de que ela poderia ouvir um alfinete cair por causa do silêncio, então murmúrios baixos encheram a sala. Portia levantou a mão e todos se aquietaram. — Como de costume, todos aqui têm voz e serão ouvidos. Se realmente sentem que suas preocupações não foram abordadas, por favor, levantem-se. É para isso que estamos todos aqui hoje. Ninguém se levantou, o que fez com que Tyrien fosse o único em pé, já que este estava se dirigindo a Corte. — Bem, Tyrien Ri'Aileanach, tem mais alguma coisa a apresentar? — Portia perguntou docemente. — Não agora, — respondeu ele, com os dentes cerrados. — Muito bem. — Ela se virou para Jedrek. — Se puder? Seu sogro se levantou. — Declaro que este caso de Moção de Censura foi resolvido e a sessão da Corte está encerrada. — Como um, a rainha e Brennus se levantaram, seguidos por Meryn e Darian e todos começaram a sair. Aiden estendeu o braço e acompanhou-a de volta para o lado de Ari. Ari colocou a mão dela em seu cotovelo, e ambos seguiram o grupo de volta aos aposentos pessoais da rainha.

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***** Ao entrar, Brie não esperava encontrar Amelia segurando Meryn em uma chave de braço, raspando os nós dos dedos pelo escalpo desta. — Você estava tentando nos matar?! Tem ideia de quão difícil foi não rir? — Saí de cima de mim, Amelia. Só estava fazendo política, — Meryn reclamou, empurrando a prima. A rainha desabou em uma cadeira. — Eu tinha certeza de que não conseguiria. — Ela olhou para a sobrinha. — E ela simplesmente continuou. Brennus apenas se recostou, um sorriso enorme no rosto. — Deuses, ela me lembra o Eamon. Celyn assentiu. — Ele vivia para ver babacas se contorcendo. Meryn empurrou Amelia uma última vez. — Viu?! Está no meu DNA. Brie olhou em volta. — Falando em pais, cadê o meu? Brennus e Celyn ficaram com as bochechas um pouco rosadas. Finalmente, Brennus falou: — Doran tem esperado milhares de anos para conhecer o companheiro. Podemos não vê-los por um tempo. Cord pigarreou. — Doran fez vários pedidos permanentes de comida para os próximos dias. — Dias! — Brie exclamou.

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— Eu aprendi sobre o sexo de bunda em Noctem Falls; é melhor

mandar

lubrificante

também,

Cord,

Meryn

acrescentou. Cord deu um breve aceno de cabeça. — Esse é um ponto válido, Meryn. Vou garantir que tenham tudo o que precisam. — Eca! Blalalalalalalala! — Brie gritou, tombando para o lado na espreguiçadeira, puxando uma almofada sobre a cabeça. Ao lado dela, podia sentir Ari rindo de sua angústia. Ela afastou a almofada. — Não é engraçado. — Suas almas se tornaram uma e nenhum dos dois está mais sozinho. Não acho que haja nada de errado com isso. — Eu amo o fato de que não estão mais sozinhos, mas não preciso ouvir sobre a coisa de se tornarem um só. Meryn se virou na cadeira para encarar a rainha. — Aquilo pareceu fácil demais? A rainha pensou por um momento. — Sim e não. Você acabou com a pompa de Tyrien sobre a “falta de confiança” em mim. A prova de que aquelas pobres pessoas morreram antes que as coisas começassem a acontecer aqui na cidade foi apenas a cereja do bolo depois do seu showzinho. — Ela olhou para Meryn. — Eu nunca teria pensado em usar Portia e Cord como um tipo de defesa. Foi verdadeiramente incrível, Meryn. Meryn deu de ombros.

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— Eu tinha acabado de ter um mini colapso, e o Ryuu me ajudou. Imaginei que se você realmente estivesse na merda, Portia e Cord poderiam facilmente cuidar das coisas para você, mesmo se não estivéssemos aqui. — Ela pegou o notebook e o ligou. — Tão eloquente e tão verdadeiro, — disse Portia secamente. — A Brie foi igualmente incrível, — Jedrek se gabou. — Minha filha, de uma vez, eliminou todas as dúvidas que as pessoas poderiam ter tido sobre meu filho e os outros guerreiros. — O olhar de orgulho em seu rosto a aqueceu. — Aquela foi uma jogada de mestre, minha querida, e muito eficaz. — Foi parcialmente calculado. Honestamente, eu estava tentando não atirar no bastardo, e queria dar ao Aiden a vantagem no caso de ele ter que levantar a mão e dar um pescotapa em alguém, — admitiu Brie. — Eu sou uma especialista em genialidade acidental também, — disse Meryn, fazendo-lhe um joinha com o polegar. Aiden apenas lhe sorriu. — Eu realmente estava tentando descobrir o quão perto tinha que estar para alcançar aquele bajulador linguarudo. — Podemos sempre convocá-lo de volta, — ofereceu Brennus. — Então você e o Ari poderiam mostrar a ele pessoalmente como os guerreiros de Éire Danu são bem treinados. — Não me tente, — disse Aiden amargamente.

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Ei,

bebê,

disse

Meryn,

virando-se

para

o

companheiro resmungão. O rosto dele se iluminou. — Sim? Ela apontou para o notebook. — Acho que posso ter um segundo local. A sala ficou em silêncio. Aiden se levantou para olhar por cima do ombro da companheira. — Onde? — Georgetown. Fica a cerca de seiscentos e cinquenta quilômetros ao sul daqui, perto de Dover, Delaware. Aiden olhou para Ari, depois para Brie. — Preparem-se. Ari se virou e a olhou. A princípio, ela pensou que ele iria argumentar para que ela ficasse, mas sua expressão estava pensativa. — Kincaid, veja se algum dos seus coletes a prova de bala cabe nela. — Pode deixar, — disse Kincaid, levantando-se da cadeira para ficar ao lado dos outros guerreiros. Kendrick se virou para Thane. — Eu vou. Você fica e cuida do portal e o transporte. Thane negou com a cabeça. — Não posso. Você fica e cuida do portal enquanto Justice e eu vamos junto. — Kendrick franziu o cenho e abriu a boca para discutir quando Thane olhou para Anne. — Diga a ele para se sentar e ficar. Anne estava sorrindo.

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— Querido, deixe os meninos cuidarem disso. Kendrick olhou para a companheira, incrédulo. — O que? Ela apenas sorriu docemente. — Você sabe porque não deve ir, agora sente-se e deixeos fazer o trabalho deles. O queixo de Kendrick apenas caiu enquanto este olhava ao redor da sala buscando um pouco de apoio. Finalmente, a rainha apontou para a cadeira em frente a ela. — Bem-vindo ao meu inferno. Talvez, se ficar frustrado o suficiente por não saber o que está acontecendo, crie uma maneira de monitorarmos nossos entes queridos daqui. Brie sentiu como se estivesse deixando algo enorme passar. De todos, Kendrick parecia a escolha óbvia para ir. Ela observou o grande bruxo enquanto este basicamente se jogava na cadeira. — Se vou ficar para trás, preciso de guloseimas e petiscos. Anne suspirou. — Quantos anos você tem, cinco? Meryn olhou para o escudeiro. — Na verdade, petiscos são uma boa ideia. Vou abrir o caminho para eles, então preciso de alimentos. Ryuu encontrou os olhos de Cord, e ambos assentiram. Ryuu olhou para sua incumbência. — Precisa de algo em particular, denka? — Espetinhos de carne, — foi a resposta imediata. — Petos!! — Uma vozinha gritou com entusiasmo. O coração de Brie derretia toda vez que via o minúsculo duende.

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Quando ela foi apresentada a Creelee e aos elfos de Meryn, decidiu de imediato que, não importava o mal que enfrentasse no mundo paranormal, conhecer aqueles seres adoráveis fazia valer a pena o perigo. Izzy esfregou os cachos dele com o dedo. — Tenho certeza que a Meryn vai dividir, Creelee. Meryn piscou um olho. — Claro, ele é meu camarada de refeição. Ryuu colocou a mão enluvada sobre o peito. — Vou entrar em contato com Sebastian imediatamente. Darian olhou de Aiden para Ryuu, parecendo dividido. — Sou totalmente capaz de abrir um portal para Noctem Falls, filho, vá com seu comandante e ajude nosso povo, — disse a rainha a Darian. Ele se levantou e foi até a cadeira dela. Abaixou e deu um beijo em sua testa. — Obrigado, mãe. —

Aiden,

Ari falou,

chamando

a

atenção

do

comandante. Quando Aiden se virou, este continuou: — Nós vamos para a vila dos Guerreiros pegar nosso equipamento. Você queria ir com a Tau e Chi? — Parece bom. Vocês todos foram escalados para comparecer a Corte durante esta tarde, então as outras unidades já estão cobrindo sua ausência. — Podemos trocar com a Upsilon, se preferir uma unidade mais velha, — Kincaid ofereceu baixinho. Aiden franziu a testa.

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— Mais velho não significa necessariamente melhor. Minha companheira é a mais jovem entre nós, mas por ser tão jovem vê as coisas de uma nova perspectiva, sem a qual, provavelmente teríamos perdido Lycaonia e Noctem Falls. Para ser honesto, estou pensando seriamente em encontrar maneiras de incorporar recrutas mais jovens às unidades para que tenhamos um choque de curiosidade e questionamento que os guerreiros mais velhos perderam. Com cada palavra que Aiden falava, Brie conseguia ver a mudança na Unidade Tau, incluindo Ari. Cada homem ficou um pouco mais reto e ergueu um pouco mais a cabeça. — Juventude é praticamente tudo o que tenho a meu favor com meus feitiços dando xabú o tempo todo. Mas farei o que for necessário para ajudar meus irmãos, — Kincaid ofereceu. Aiden acenou com a cabeça. — Bom homem! Ari voltou-se para as Unidades Tau e Chi antes de pegar a mão de Brie. — Vamos pegar nosso equipamento. — Ele olhou por cima do ombro para Thane e Aiden. — Nos juntamos a vocês no portal oficial. Sentindo-se animada e um pouco nervosa, Brie saiu com os outros guerreiros. ***** Ari não conseguia acreditar no que Aiden havia dito. Ele via a idade deles como uma vantagem? — Uau, — Kincaid suspirou.

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— Eu sei, — respondeu Ari. — O que? — Brie perguntou, olhando-o com seus calorosos olhos castanhos. — No mundo paranormal, especialmente em Éire Danu, idade significa muito. O Aiden ter essa mentalidade é uma mudança drástica do nosso normal, — explicou ele. — Não se esqueça, o próprio Aiden é considerado jovem com apenas setecentos e poucos anos. Muitos esquecem desse fato, já que ele lidera as unidades desde que era praticamente uma criança, — Aeson os lembrou. — Criança? — Brie perguntou. — Ele tinha cem anos quando assumiu a direção das unidades, nessa idade é quando um paranormal é considerado adulto. — Caramba! Entendo o que você quer dizer sobre as idades desempenharem um papel em sua sociedade. — Acho que suas próprias experiências e o acasalamento com a Meryn, que fez mudanças a torto e a direito, remodelaram

sua

maneira

de

pensar.

Ari

sentiu

entusiasmo, e um pouco de esperança começou a brilhar em seu peito. As coisas estavam mudando e mudando para melhor. Ele tinha tantas ideias para melhorar as unidades. Antes de Aiden visitar Éire Danu, nunca teria sonhado que poderia se aproximar de Aiden e expressá-las. Agora, especialmente depois do que acabara de ser dito, sentia que seria ouvido e levado a sério, apesar de sua idade. Brie chutou Aeson levemente na bunda. — Criança é um termo depreciativo aqui em Éire Danu?

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Aeson olhou para trás, surpreso. — Claro que não, mas jovem é jovem. Podemos cuidar do Ari e da Unidade Tau, mas também os respeitamos. Eles são a unidade de mais alto ranque na cidade por causa de quão bons são. Seguimos o exemplo de Ari porque ele provou que pode pensar fora da caixa e nos fazer progredir. Ramsey deu uma risadinha. — Ser um Lionhart também ajuda. Aeson deu de ombros. — Isso dá a ele uma ligeira vantagem por entender a política da cidade, mas antes mesmo das sombras aparecerem, Ari estava criando novos exercícios e métodos de treinamento, que nada têm a ver com a política de sua família. Ari estava pasmo. Todos aqueles anos presumiu que os homens o estavam agradando, ouvir que eles realmente respeitavam seu trabalho era uma lição de humildade. — Só quero que sejamos o melhor que pudermos. Ramsey estendeu a mão e bagunçou seu cabelo. — E é por isso que te seguimos. Ari trocou olhares com Gage, Priest e Kincaid. Ele já conseguia ver as mudanças visíveis neles em resposta às palavras de Aeson. Não havia hesitação em seus passos agora. Estes haviam recebido uma grande dose de confiança, e era aparente. — Vamos pegar nosso equipamento e sair, cavalheiros. Nosso Comandante da Unidade está esperando. — Sim, senhor, — seus irmãos responderam, e correram pela Cidade da Fronteira até a vila dos Guerreiros.

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Capítulo 9 Parado ao lado do veículo deles, no reino humano, Ari tinha que admitir que a companheira ficava gostosa. Seu jeans emoldurava

seu

traseiro

perfeitamente,

e

quando

se

adicionava o colete a prova de balas e o equipamento tático, ela se transformava em uma deusa guerreira. — Pare com isso, — esta reclamou, as bochechas vermelhas. — O que? — ele perguntou. — Ari, você fica encarando ela como se estivesse prestes a fazer dela sua próxima refeição e não para de rosnar, — Priest o informou com diversão na voz. Ari parou. — Fico? — Sim, — os homens ao seu redor responderam. — Eu não consigo evitar; olhe para ela. — Ele apontou para Brie. Quando os homens se viraram para olhar para sua companheira, seu leão rugiu. Ele grunhiu alto. Os homens apenas o olharam e reviraram os olhos. — Desculpa, — ele disse, suspirando.

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Brie, por outro lado, estava rindo contra a mão. — Você acha minha rotina de homem das cavernas engraçada? — Eu gosto que você me ache atraente enfeitada com equipamento da SWAT, que seja orgulhoso o suficiente para me exibir, possessivo o suficiente para alertá-los a se afastarem, mas seguro o suficiente da própria masculinidade para se desculpar por tal exibição. Ari semicerrou os olhos. — Então, uma coisa boa, certo? Ela se aproximou e colocou os braços em volta de seu pescoço. — Uma coisa muito boa. Ari ouviu muitos dos homens murmurarem: “porra de sorte” e “bastardo”, e não pôde deixar de sorrir. — A Destino realmente me abençoou com uma mulher muito bonita e feroz. Brie puxou sua cabeça para beijá-lo, o qual obedeceu alegremente. Uma das coisas que ele notara sobre a companheira no dia anterior fora que seus lábios carnudos eram suaves cada vez que a beijava. Ele não conseguia se fartar. Alguém pigarreou. — Brie, quando você terminar de mexer com o cérebro do Ari, pode entrar em formação para receber ordens? — Aiden perguntou, se aproximando de onde as unidades esperavam perto do portal. Ari percebeu que Micah, Darian, Oron, Thane e Justice estavam com ele.

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Sua companheira se afastou e lhe jogou uma piscadela. — Sim, senhor, — ela disse e se aproximou para receber ordens. Ari se sentiu confuso. Por que iam sair mesmo? Ele sentiu mãos em suas costas enquanto Gage o conduzia para a reunião. Aiden olhou para o grupo. — Faremos um ataque por três lados novamente. Tau, vão pela parte de trás. Chi, a saída do lado oeste, e meu grupo irá na frente. — Ele deu tapinha no fone de ouvido. — Você já conseguiu hackear o circuito de câmeras de vigilância? — este perguntou. A voz de Meryn respondeu em seus ouvidos. — Sim, tenho boas e más notícias. Aiden revirou os olhos. — Boas notícias primeiro, Ameaça. — A boa notícia é que não vejo ninguém no prédio. Aiden exalou. — Isso é ótimo. Quais são as más notícias? — A má notícia é que a câmera no depósito principal está preta. Não com estática. Preta. Com um brilho fraco nas bordas. Aposto que foi pintada. Cada pessoa em seu grupo começou a xingar, incluindo sua companheira. — Filho da puta, — ela murmurou. — Vamos entrar, bebê. Avise-me se a nossa situação mudar.

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— Aviso. A propósito, cancelei o sistema de segurança deles, então todas as portas devem estar destrancadas e nenhum alarme vai soar, — acrescentou ela. — Você cuida tão bem de mim, — disse Aiden. — É porque você é muito bom com o seu pau, — respondeu ela, fazendo com que mais de um homem engasgasse com a própria saliva ao inalarem de riso. Aiden fechou os olhos enquanto um rubor subia por sua nuca. — Obrigado, bebê. — Ameaça, câmbio e desligo, — respondeu Meryn. Aiden abriu os olhos. — Movam-se. Ari conduziu seus homens até a parte de trás do prédio. Saber que Meryn estava monitorando seu avanço e suprimindo todos os alarmes era importantíssimo. Estendeu a mão e puxou a porta; que abriu com facilidade. Ele olhou para sua unidade, e estes lhe sorriram de volta. Realmente poderia se acostumar com aquilo. Silenciosamente, caminharam pelos corredores que cheiravam a desinfetante de limão. Ari ouviu um movimento à direita deles quando Aeson, conduzindo a Chi, apareceu no corredor, vindo do oeste. Eles quase chegavam ao depósito principal quando ouviram um rugido ensurdecedor. Ele e Aeson apontaram e correram para a porta que dava para a frente do prédio. Apesar de querer atravessá-la correndo, ele ergueu o punho. Apontou para Aeson, que espiou pela rachadura da porta. Quando o fae

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mais velho se virou e deslizou pela parede do corredor, Ari sabia o que encontrariam. — Gage, fique com Aeson, o resto de vocês comigo, — ele ordenou. Abriu a porta e os conduziu para a grande sala quase vazia. Ao longo de uma parede, a equipe de Aiden formava um semicírculo em torno de uma pilha de corpos. Eles se aproximaram. — Senhor, precisa que eu chame o Rathais? — Brie perguntou. Aiden assentiu. — Ele e River precisarão passar pelo portal, e então para o palácio... — Eu busco eles, — disse Darian baixinho, afastando-se da pilha. — Se eu for, posso trazê-los diretamente de volta para cá, e eles podem começar a processar a cena mais cedo. Ari nunca vira Darian parecer tão quebrantado. Oron se aproximou do irmão por trás. — Eu vou com eles. O Darian pode me deixar no palácio para que possa atualizar a rainha pessoalmente, então ele pode me buscar para me trazer de volta para cá. Darian balançou a cabeça. — Não. Eu te deixo lá, mas você precisa ficar com a rainha. Isso vai matá-la. Oron parecia dividido. Todo guerreiro sabia que não havia duas pessoas que Oron amava mais do que a mãe e o irmão mais novo. — Tem certeza, Dari?

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Darian respirou fundo. — Sim. É hora de começarmos a protegê-la para variar. Oron olhou ao redor da sala. — Onde está o Aeson? — Aqui, — disse o guerreiro, entrando com Gage. Oron olhou para Darian, em seguida, de volta para o outro. — Vou deixa-lo sob seus cuidados. — Eu te dou minha palavra de que nada acontecerá com nosso príncipe, — Aeson prometeu. Aiden franziu o cenho para Oron, mas não disse nada. Ari sabia que o comandante queria acrescentar que ele não deixaria nada acontecer com seu irmão de unidade, mas por não dizer nada, reconhecia que o pedido era tanto para ajudar Aeson quanto para proteger Darian. Brie se aproximou, colocando o telefone de volta no colete. — Ele disse que estarão prontos quando você chegar. Aiden acenou para Thane. — Presumo que haja uma barreira. Thane assentiu. — É idêntico ao que vimos em Monroe. Aiden olhou para a pilha. — Considerando a reação que tivemos em Éire Danu da última vez, vamos esperar até que tenhamos processado a cena e transportado os corpos antes de retirá-la. Thane olhou para as paredes. — Tudo bem. Quero estudar isso um pouco mais também.

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Ari e Brie olharam para os mortos. Ele imediatamente percebeu uma diferença. — Eles não estão mortos há muito tempo, — ele observou. Brie apontou para um braço. — Quase não há inchaço. — Quanto antes River chegar aqui e começar a documentação, melhor, — disse Aiden, parecendo cansado. Assim que River chegou, começou a gritar ordens, organizando os homens. Ele, junto com o resto dos guerreiros com as mãos enluvadas, começou a desempilhar os mortos. Foi necessário horas para fotografar os corpos e colocá-los nos sacos pretos. De vez em quando, seu companheiro passava empunhando uma câmera impressionante. Ela tirou fotos de tudo, prestando atenção especial ao teto e às marcas no chão. Quando terminaram, todos, exceto o grupo de Aiden e a Unidade Tau, haviam passado pelo portal de volta a Éire Danu. Ari ficou para trás porque queria que Kincaid observasse Thane e Justice em ação. Ele podia não ser um bruxo, mas sabia que as oportunidades de trabalhar com aquelas lendas não aconteciam com tanta frequência. Poucos segundos depois que a barreira foi retirada, o telefone de Aiden tocou. — Aconteceu de novo, — Meryn relatou em voz baixa. Ari não conseguia nem imaginar a confusão e a dor que se espalharia desenfreadamente pela cidade aquela noite. Ele enviou sua oração de agradecimento por sua família estar viva e segura. Aiden se virou para Darian.

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— Vamos voltar. Darian já estava usando seu anel de sinete para abrir um portal. Eles o atravessaram e Ari sentiu uma onda de alívio por este tê-los levado diretamente para o palácio. Ele não queria andar pelas ruas aquela noite. — Onde está a mãe? — Darian perguntou, olhando ao redor da sala no momento em que chegaram. Brennus os olhou de onde estava sentado em uma cadeira enorme segurando uma taça de líquido dourado. — Anne, Amelia, Meryn e Izzy tomaram o controle do quarto. Enrolaram a Aleks em cobertores, com chocolate e algum tipo de desenho animado para ajudá-la a se sentir melhor. Aiden aceitou uma taça semelhante vinda de Cord. — Esse método provou ser muito eficaz para ajudar as mulheres a se recuperarem de situações traumáticas. Ari se sentou ao lado do irmão. E puxou Brie para se sentar do outro lado. — Como foi na cidade? — ele perguntou. — A rainha fez um anúncio geral antes da queda da barreira, para que as pessoas não fossem completamente pegas de surpresa novamente. Embora isso não tenha ajudado em nada a diminuir a dor dos membros das famílias dos recém-descobertos. — Rex se inclinou para trás para apertar o ombro de Brie. — Como você está? Brie colocou a mão sobre a dele e sorriu.

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— Na verdade, estou muito melhor hoje do que ontem... foi ontem? Deus, parece que estamos lidando com isso há semanas. Rex deu um aperto final e então se sentou. — Eu sei o que quer dizer. As últimas quarenta e oito horas envelheceram todos nós. Ari olhou para a companheira. — Não que eu não esteja em êxtase por você estar bem, mas como? Brie deu de ombros. — Principalmente parte do trabalho. Ontem me deixou confusa porque eu não esperava entrar em uma cena de assassinato em massa. Hoje, eu meio que esperava por isso. — Ela acenou com a cabeça para Darian, Brennus e Oron. — Além disso, estou um pouco distante da situação. Eu nem sabia que existiam faes ontem de manhã, e não tenho nenhum ente querido entre os mortos. Isso me ajuda a processar. Brennus se virou para a companheira. — Todos vocês deveriam ir para casa e descansar um pouco. Começaremos a designar guerreiros amanhã para ajudar a cuidar dos mortos. Vocês não perderão nada jantando em casa. — Ele sorriu tristemente. — Além disso, Leo praticamente ameaçou vir aqui e arrastar vocês dois pela orelha se não aparecerem. Ari trocou olhares rápidos com o irmão, e ambos se levantaram. — Essa é a nossa deixa, — disse Rex, inclinando a cabeça. Uma vez de pé, Ari passou um braço em volta de Brie.

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— Vamos passar pela vila guerreira para pegar suas vestes. Leo vai garantir que suas roupas sejam lavadas esta noite. Brie encostou a cabeça em seu ombro. — Outro banho me viria bem, — disse ela, esfregando o rosto em seu braço. Deuses, ela era adorável! — Claro, querida. — Nenhum deles tinha realmente lidado com os mortos, e sim as outras unidades, mas estar na mesma sala com aquelas pobres almas o fazia querer lavar a nuvem de tristeza que os seguiu do armazém. Caminhando de volta para a propriedade, Ari se perguntou quantos confrontos evitaram por ter seu irmão consigo. Como um guerreiro de unidade, os cidadãos estavam acostumados a se aproximar dele e dos outros guerreiros para iniciar conversas, mas um Ancião não era tão acessível assim. Na vila guerreira, os homens deram a eles um pouco de espaço enquanto Brie subia as escadas para pegar as coisas dos dois. — Obrigado por nos esperar, — disse ele ao irmão. Rex bateu em seu ombro com o próprio. — Achei que era o mínimo que eu podia fazer para ajudar. Você e Brie tem feito muito para organizar e investigar esses horrores. Verdade seja dita, estou me sentindo meio inútil. Ari olhou para o irmão mais velho. Para ele, Rex era um santo. — Rex, simplesmente ter você em casa e ajudando é mais do que imagina. Nosso povo e os faes te adoram.

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Rex sorriu calorosamente. — Estou feliz por poder estar aqui por você. Ari abaixou a cabeça. — Obrigado. — Não era segredo para ninguém que Rex era seu herói. Enquanto Brie descia as escadas, Balder se aproximou vindo dos fundos da vila, onde ficava a cozinha. Ele entregoulhe um prato plano. — Broden fez isso para você esta manhã, quando saímos do turno e ouvimos o que estava acontecendo. Você pode deixar seu equipamento no saguão, eu o guardo, — ele ofereceu. Ari cheirou o prato e sua boca começou a salivar. Em toda a família, apenas Broden conseguira dominar a receita de sua bisavó de Brownies do Sol — uma mistura entre uma barra de limão e um brownie de chocolate branco; o melhor dos dois em um prato. — Pelo amor de Deus, meu primo. Rex choramingou e Ari sorriu. — É claro que vou dividir com você. Seu irmão lhe sorriu. — Eu tenho os melhores irmãozinhos do mundo inteiro. — Que cheiro incrível é esse? — Brie estava com o nariz delicado praticamente encostado no papel alumínio. — Brownies do Sol, especialidade da família. Vamos comê-los depois do jantar. Brie lambeu os lábios. — Talvez um pequeno pedaço...

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Ari abraçou o prato contra o peito. — Não. Depois do jantar. Rex suspirou. — É melhor desistir, Brie, ele é um defensor absoluto quando se trata de comida. Para ele, sobremesa é depois de uma refeição. Brie lançou um olhar para ele. — Ele pode fazer o que quiser, mas se eu fizer ou comprar sobremesa e quiser comer antes do jantar ou mesmo como jantar, é isso que vai acontecer. Ari olhou para a companheira. — Mas isso não é certo. — Vou até comer pipoca no jantar, — continuou Brie. Ele olhou para a companheira com horror. — Não, você precisa de uma refeição balanceada. Rex riu. — Vamos ver que refeição balanceada o Leo preparou. Ari assentiu. Seu irmão era um gênio. Assim que Brie visse a refeição incrível que Leo havia feito, entenderia como é importante comer uma refeição nutritiva. — Excelente ideia. Ele carregou cuidadosamente seu prato de preciosos brownies do outro lado do corpo ao qual Brie segurava sua mão. Ele estava tão preocupado com a sobremesa que a caminhada até a propriedade Lionhart terminou antes que ele percebesse. Leo os cumprimentou na porta.

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— Graças aos deuses que vocês, meninos, e a pequena Brie chegaram em casa. — Ele estendeu as mãos para sua companheira. Esta o olhou e ele acenou com a cabeça para sua sacola de roupas. Ela a entregou. — Vou lavar isso para você rapidinho. — Ele lançou um olhar na direção de Ari. — No entanto, pode ser melhor se ela conseguir pegar algumas coisas próprias e uma muda de roupa da própria casa para que não fique resumida a usar a mesma coisa por dias a fio. Ela sorriu. — Estou acostumada a usar uniforme todos os dias, então isso não me incomoda muito. Ari estremeceu. — Vamos voltar para Monroe pela manhã, — ele prometeu. — Excelente. Agora, meninos, sua mãe e seu pai estão esperando na antecâmara. Senhorita Brie, tomei a liberdade de preparar-lhe outro banho. Espero não ter sido presunçoso, mas Lady Catherine disse que você gostou muito daquele da noite passada. — Sim. Isso parece tão maravilhoso. Obrigada por pensar em mim. Espero que não tenha atrapalhado, — disse ela, mordendo o lábio inferior. Ari apenas olhou fixamente para onde seus dentes mordiscavam. Rex deu uma cotovelada nele, e este percebeu que estivera rosnando novamente. Rindo, ela ficou na ponta dos pés para beijar Leo na bochecha antes de subir as escadas para tomar seu banho.

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Ari suspirou feliz enquanto observava a bunda dela subindo as escadas. — Do jeito que você continua olhando, pode querer investir em um amuleto anticoncepcional ou em roupas de bebê, — disse Leo, sorrindo de lado. — Pessoalmente, espero roupas de bebê. Faz muito tempo que você deixou de ser bebê, Ari, — disse ele, antes de se virar para voltar à cozinha. O cérebro de Ari ainda estava processando as palavras “roupas de bebê”. Ele olhou para Rex, incapaz de formular palavras para expressar como seu cérebro estava implodindo. — Vamos buscar uma bebida para você. Acalme-se, Ari, você nem a reivindicou ainda. Você tem muito tempo para discutir essas coisas, — Rex disse suavemente, conduzindo-o em direção à antecâmara de seus pais. — Certo. Tempo. Certo, — ele repetiu. — Pai, o Leo estava se sentindo travesso e deu um curtocircuito no cérebro do Ari falando em roupas de bebê. Você pode servir uma pequena taça do Fruto Proibido para ele? — Rex disse, sentando-o em uma das poltronas. — Bebê! — sua mãe exclamou. — É muito cedo. Não é? Ari corou. — Nós nem... — ele parou. Eles tinham acabado de passar pela marca de vinte e quatro horas como conhecidos. Muito cedo para pensar em roupas de bebê. — Não que eu seja contra, veja bem, — sua mãe acrescentou maliciosamente. Seu pai simplesmente se aproximou e entregou-lhe uma taça.

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— Isso deve ajudar. Sem pensar, Ari bebeu o líquido de uma vez. Sua garganta travou e começou a tossir. Seu pai bateu em suas costas. — Isso não foi feito para ser tomado assim. — Deixe o pobre menino em paz, Jedrek. Apesar da conversa sobre bebês, ele e Brie tiveram um longo dia. Não se esqueça que o dia começou com uma Corte no palácio e terminou com outra cena de crime. — Ela estremeceu. — No que nosso mundo está se transformando? Seu pai parecia contrito enquanto lhe servia uma segunda taça. — Beba este de gole em gole, — disse ao entregá-la. Ele acenou com a cabeça e tomou um gole. Como a primeira taça queimou sua boca, garganta e esôfago, esta taça foi, na verdade, agradável. Ari se recostou enquanto Rex e seu pai falavam sobre os corpos recém-descobertos. O licor fez seu trabalho em relaxar a tensão que ele não sabia que estava carregando, e antes que percebesse, podia sentir o cheiro de sua companheira indo em sua direção. Ele se levantou quando seu irmão e pai o fizeram. Quando sua companheira apareceu, ele sentiu o queixo cair. Em vez da túnica verde esmeralda que ele lhe comprara, Brie agora usava um vestido de baile rosa claro e um manto. Sua pele brilhava, e seus cachos castanhos normalmente grossos estavam trançados e de lado. Corando, ela apontou para seu traje.

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— Espero que seja apropriado. Leo deixou isso para mim. Ari se aproximou dela e simplesmente a puxou para seus braços e se abaixou para devorar aqueles lábios carnudos dela. Quando esta cedeu contra ele, Ari ouviu o pai tossir. Então se afastou e olhou para o rosto corado da companheira. — Deuses, você é linda, — ele sussurrou. Ela se inclinou para frente e acariciou o queixo dele com o nariz. E Ari quase perdeu o controle. Como poderia um ato tão inocente virá-lo do avesso? — Só você acha que sou bonita, — respondeu ela, olhando. — Ótimo. Ninguém mais precisa pensar que você é linda, exceto eu. — Ari de repente não queria que mais ninguém visse sua companheira. — Tal pai, tal filho, — disse sua mãe, se aproximando deles por trás com seu pai. — Venham, crianças, é hora do jantar. Ele estendeu o cotovelo e sua companheira colocou a mão em seu braço. E foram até a pequena sala de jantar que usavam para as refeições familiares. Puxou a cadeira dela e a ajeitou quando se sentou. Ele se sentou do lado, e Rex se sentou entre Brie e sua mãe. Leo veio da cozinha, empurrando um carrinho de servir cheio de comida. — Achei que algo leve seria melhor esta noite, então preparei uma sopa de frango com limão e arroz italiano para começar. Depois da sopa, temos peixe branco grelhado e

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salada e, como sobremesa, servirei alguns dos brownies que Broden preparou para Ari. Ari estava prestes a protestar, mas viu como seus pais se animaram. Não havia como ele negar. — Não podemos simplesmente comer os brownies como jantar? — Brie perguntou. Sua mãe assentiu, mas Leo franziu a testa para as duas. — Não. Precisam comer uma refeição saudável para poder apreciar a decadência da sobremesa. Rex ergueu a taça de vinho para Brie. — Eu te disse. Brie suspirou e deu de ombros. — Oh, bem, eu tinha que tentar. — Ela cheirou o ar. — Essa sopa tem um cheiro incrível. Leo estufou o peito. — É uma receita nova para mim, então espero que goste. — Ele começou com a mãe de Ari, antes de servir Brie e contornar a mesa. Ari

ergueu

a

colher

e

olhou

para

a

sopa.

Ele

particularmente gostava mais de carne e batatas. Mas ergueu uma colher e ficou surpreso com a explosão de sabor. — Deuses, Leo! Isso é mais que incrível, — Ari exclamou. E parecia não conseguir comer rápido o suficiente com a colher, mas finalmente terminou a tigela. — Leo, posso comer mais, por favor? — Eu também! — sua companheira acrescentou, estendendo a própria tigela vazia. — Claro! — Leo rapidamente os serviu novamente.

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Depois da segunda tigela, ele ainda sentia desejo pela incrível sopa. — Só mais um pouco, — pediu Brie. — Idem. Leo olhou para os dois. — Está tão bom assim mesmo? Ele trocou olhares com a companheira, e ambos concordaram. — Eu não sei o que é, mas acerta em cheio. Rex e seus pais estavam olhando-os de forma estranha. Sua mãe olhou para a tigela meio comida. — Está bom, mas não é um dos favoritos. — Seu irmão e pai concordaram com a cabeça. — Aposto que é o coentro, — disse Brie, observando Leo com cuidado, enquanto este lhes servia a terceira tigela. Todo mundo a olhou. — Por que acha isso, meu bem? — Ari perguntou. — É uma erva controversa no mundo humano. Os cientistas descobriram que uma parte da população sente gosto de sabonete ao comer coentro, todas as outras sentem o gosto saboroso. Catherine estalou os dedos. — É exatamente isso. Achei que poderia haver resíduos de sabão na tigela. Ari sorriu para a companheira. — Então, nossa casa será do Time Coentro? — Com certeza. Leo simplesmente os olhou fixamente.

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— Existe ciência agora que liga o DNA ao gosto que se sente? Brie tomou o resto da sopa. — Algumas. Mas, novamente, a maior parte da culinária é uma mistura de química, alquimia e bruxaria para mim. — Somos tão perfeitos um para o outro, — disse Ari, pegando a sopa. — Se nenhum dos dois souber cozinhar, como vão comer? — Rex perguntou. Ari olhou para Brie, e os dois deram de ombros antes de olharem para Leo. — Leo, — disseram em uníssono. — Claro que vou alimentar vocês dois! São os bebês da família até Kari ter seu pequeno. Além disso, estão lidando com aqueles assassinatos horríveis, por que deveriam se preocupar em cozinhar? Brie se virou para Ari. — Podemos casar com ele? — Como ele praticamente me criou, não, isso seria estranho. Mas concordo com o sentimento mil por cento. — Vocês terão seu próprio escudeiro como Kari e Declan quando estabelecerem sua casa? — Rex perguntou. Brie abaixou a colher. — Ari, onde nós moramos? Seu leão ronronou com sua pergunta. Ela já estava se referindo a eles como uma unidade, o que significava que estavam um passo mais perto de ser um verdadeiro par acasalado. Então ele realmente compreendeu sua pergunta.

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— Merda. Não tenho ideia. — Brie, querida, você não quer seu próprio espaço fora da propriedade da unidade? Quando me acasalei com Jedrek, mal podia esperar para sair da propriedade dos meus pais para que pudesse finalmente arrumar minha cozinha do jeito que eu queria, — sua mãe perguntou. Brie deu de ombro. — Eu não sou realmente doméstica. Moro com meu pai, então ele é quem cozinha e lava roupa. — Ela sorriu. — Eu meio que gostei de acordar na vila dos guerreiros. Os caras são ótimos. Leo parecia desanimado. — Eu estava ansioso para cozinhar para você. Brie se virou para Ari. — E se fizéssemos de seus aposentos na vila dos guerreiros nosso espaço de trabalho? Onde guardaremos nossas armas, equipamentos e notas de investigação. Mas nos fins de semana deixamos tudo isso para trás e ficamos aqui. Você poderia manter sua conexão com a Casa Lionhart, e podemos comer a comida do Leo todo fim de semana. Suas palavras pareceram ressoar dentro dele. Ari sabia que ela acabara de definir exatamente o que funcionaria melhor para eles. — Se mamãe e papai não se importarem que invadamos todo fim de semana, — ele olhou para os pais. — Claro que não nos importamos! — Sua mãe praticamente gritou antes de fungar um pouco. — Eu pensei que íamos perder você com certeza quando se acasalasse. —

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Ela enxugou os olhos com o guardanapo. — Nós não apenas vamos continuar te vendo, mas foi sua companheira que sugeriu isso. Brie lhe sorriu. — Você é da família agora. — Ela fez uma pausa. — Também precisamos encontrar um tempinho para ficar com meu pai e meu novo pai. O queixo de Rex caiu. — Esqueci completamente que você é filha do Doran agora, fazendo de você a sobrinha da rainha. — Eu não ressinto que meu pai tenha encontrado um companheiro, mas não quero estar presente para a fase de lua de mel deles. Acredite em mim. Meu pai tem pouco ou nenhum filtro; quanto menos eu ouvir, melhor, — ela estremeceu ao pensar em muita informação. — Minha pobre companheira, — Ari riu. Ele se lembrou de como o pai dela inventou a brincadeira de dizer a todos que Ari fora castrado. — Talvez seja melhor dar-lhes um pouco de espaço, — ele concordou. — Mamãe era a mais séria dos dois, — disse ela, terminando a sopa. — Faz quanto tempo? — sua mãe perguntou gentilmente. — Quase quinze anos, mas alguns dias, pego meu telefone animada para contar algo a ela, apenas para perceber mais uma vez que ela se foi. — Brie olhou para o colo. — Você disse que ela ficou doente, — disse Ari, estendendo a mão para pegar uma das dela. Esta assentiu.

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— Sim. Câncer. Se espalhou como um incêndio florestal com ventos fortes. Parecia que um dia ela estava bem e no outro não. — Tenho certeza de que ela está cuidando de você até mesmo agora. Quer dizer, quais são as chances de tanto você quanto seu pai encontrarem a felicidade aqui em Éire Danu? — sua mãe apontou. Brie pareceu se animar com as palavras de sua mãe. — Acha mesmo? — Com certeza. Aqueles que se vão na nossa frente nunca se vão realmente. Só estão um pouco fora de alcance por um tempo, — disse seu pai gentilmente. — Pense em todas as coisas que vai poder dizer a ela na próxima vez que a vir, — Leo acrescentou, trazendo o prato principal. — Levaria anos para falar de tudo, — disse Brie sorrindo. — Nesse ponto, querida, você terá todo o tempo do mundo, — disse sua mãe. Leo colocou um prato de peixe perfeitamente grelhado na frente deles. A essa altura, seu leão queria um pouco mais do que sopa. Ele cortou o filé ao meio e enfiou a outra metade na boca. Então suspirou feliz com o sabor. — Ari! Isso foi metade do maldito peixe! — Brie exclamou. — Hmm umm, — ele concordou. Leo colocou a mão no ombro de Brie. — Eu sempre cozinho pelo menos o triplo da quantidade para o Ari.

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— Ele é um menino em crescimento, — acrescentou sua mãe. Brie olhou em sua direção, e seus olhos o percorreram de cima a baixo. — Delícia. Ari piscou um olho para ela e continuou a comer o peixe. — Talvez devêssemos esperar outro neto mais cedo em vez de mais tarde, — disse sua mãe, parecendo animada. Brie balançou a cabeça. — Não tão cedo. Ari não pôde deixar de concordar. — Por mais que eu ame crianças, quero aproveitar para conhecer mais minha companheira. Talvez depois que o calor inicial do acasalamento diminuir em um ou dois séculos, possamos tentar um. Catherine arqueou uma sobrancelha. — O que te faz pensar que ele diminui? — Ela olhou para Jedrek, que piscou um olho de volta para ela. Ari os encarou. — Eu sabia que sempre haveria uma atração, mas você está me dizendo que essa necessidade persistente nunca vai embora? Que não é um período de “lua de mel”? Rex, Jedrek, Leo e Catherine balançaram a cabeça. Brie se virou para ele. — Precisamos de algum tipo de controle de natalidade. Se esse calor ou o que quer que seja não diminuir, ficarei grávida até o próximo século. — Ela olhou seu corpo de cima a baixo.

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— Porque provavelmente vou te atacar sempre que puder, — ela admitiu. Rex e Jedrek derrubaram os garfos, e Catherine ergueu o guardanapo para esconder o sorriso. Ari

simplesmente

olhou

em

seus

olhos

castanho

chocolate. Ela o queria tanto assim? — Eu sou seu, Brie, mente, corpo e alma. Apenas me diga quando e onde, e estarei lá, — ele prometeu. Leo veio por trás deles e serviu porções extragrandes de macarrão nos pratos de ambos. — Para ter energia, — disse ele, piscando um olho. Ela apontou com o garfo para ele. — Vê o que quero dizer?! Precisamos de algum tipo de contraceptivo; tenho uma quantidade limitada de óvulos. Catherine sorriu abertamente. — Vou providenciar para que um amuleto seja entregue amanhã. Isso vai parar sua ovulação para que possa ter filhos daqui a séculos. Brie exalou. — Ótimo. — Ela se animou. — Isso significa que não haverá ciclos enquanto eu o estiver usando? Sua mãe assentiu. Brie sorriu largamente. — Isso é incrível. — Ela se remexeu feliz na cadeira. — Você tem que continuar usando-o para funcionar, — ele a lembrou. Ela lhe jogou um olhar sem expressão. — Se esse amuleto evitar as cólicas, eu o soldarei no meu braço.

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Ari a encarou. — Os ciclos femininos humanos são tão ruins assim? Ela assentiu enfaticamente. — A ciência médica ainda não mediu com precisão o quão dolorosas as cólicas femininas podem ser. Algumas mulheres dizem que as cólicas mensais eram piores do que o parto. Sua mãe estremeceu. — Não consigo imaginar isso. Jedrek coçou o queixo. — Não admira que a pequena Meryn seja capaz de acompanhar o companheiro. Ela deve ser extraordinariamente forte. — Ela é meio fae, — Rex o lembrou. Jedrek lhe acenou com a cabeça. — Sim, mas acho que o lado reprodutivo das coisas deve ser humano, já que ela engravidou fora de estação. Catherine se virou para o companheiro. — Ela não é uma espécie de robô feito de partes específicas, Jedrek, pelo amor. Seu pai teve a graça de corar. — Tivemos três filhos, minha querida. Tenho sorte de saber o pouco que sei em relação aos ciclos. Catherine bebeu um gole de vinho. — Você pode querer comprar um ou dois livros. Temos filhas agora e uma possível neta a caminho. Você não gostaria de ser ignorante quanto a qualquer dor que elas possam sentir, não é? Jedrek franziu o cenho.

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— Eu não vou permitir que elas sintam dor. Brie deu uma risadinha. — A natureza não nos dá escolha. Jedrek bufou. — Isso não é aceitável. Brie olhou de Jedrek para Rex. — Estou vendo de onde ele puxou isso. Ari concordou. — Apenas o Rex pareceu herdar a força de vontade indomável do pai. Declan e eu somos muito relaxados para realmente conseguir isso. — De onde você conseguiu o seu super leão? — ela perguntou. Ari estremeceu. Ele estivera com esperanças de que esse assunto não surgiria. Sua mãe e seu pai se inclinaram para frente. — O que é isso? — seu pai perguntou. Rex recostou-se com sua taça de vinho, sorrindo. — O Ari se transformou na terceira forma quando Tyrien insultou a Casa Lionhart. Sua mãe ofegou e cobriu a boca com as duas mãos — seu pai simplesmente o olhou. E balançou a cabeça, maravilhado. — Desde que era um filhote, você atacava qualquer um que insultasse sua família, mas nunca se transformou para a terceira forma antes. Leo zanzava em volta da mesa, enchendo alegremente as taças de vinho.

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— A linhagem Lionhart é verdadeiramente abençoada! Assim que isso se espalhar, ninguém será capaz de questionar sua força ou capacidade novamente. — Família? Não foi um insulto aos Lionharts que o deixou com raiva. — Brie esclareceu. — Ele perdeu a cabeça quando Tyrien insultou seus irmãos. Foi sexy pra caramba também. Catherine se voltou para ele. — O que mudou? Ari olhou para Brie e sua mãe assentiu. — Claro. Qualquer insulto à sua família seria visto como uma ameaça ao seu lar e companheira. Como você sempre foi sensível com essas coisas, ter uma companheira ao seu lado agravaria o cenário. — Ela enxugou os olhos. — Que descoberta maravilhosa. Brie se virou para o companheiro. — Por que ninguém te questionaria agora? Como que o Tyrien ainda mencionou sua idade na Corte? Ari deu de ombros mais ou menos. — Ele é fae, não um shifter, então pode não estar ciente das implicações em torno de tal coisa. — Ele deu uma risadinha. — Eu imagino que ele ignorou toda a cena em que me transformei, já que resultou nele correndo para salvar a própria vida. Quanto a Corte... — Ele olhou do pai para o irmão em busca de ajuda. Rex pigarreou. — Em nosso mundo, especialmente entre os shifters, se transformar para a terceira forma é visto como um evento abençoado. Para o shifter ter a força e a força de vontade de

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abrigar

suas

emoções

humanas e animais

com

igual

intensidade a ponto de ambos serem capazes de se fundir como um só, bem, é dito ser uma bênção dos deuses e um sinal de que sua casa está destinada a grandes coisas. Ari se transformar na terceira forma mais do que provavelmente garantirá a ele um assento de Ancião mais tarde na vida, se assim escolher. — Ele sorriu para Ari. — Possivelmente em uma idade mais jovem do que a minha. Ari gemeu. — Não, obrigado. Dois Anciões na família é demais. — Ele ergueu o garfo. — Agora, se essa “bênção” pudesse garantirme minha atual posição de líder de unidade para os próximos séculos, seria outra história. — Oh, então essa terceira forma não aparece o tempo todo? — Brie perguntou, parecendo desapontada. Ari se virou para ela. — Eu não te apavorei? Um arrepio percorreu o corpo de Brie enquanto o olhava fixamente. Sua língua apareceu e lambeu o lábio inferior. — Eu sabia que você não me machucaria. — Ela engoliu em seco. — Você estava irradiando puro poder. Foi... Suas bochechas ficaram rosadas e ela olhou de volta para o prato. Nenhum homem vivo seria capaz de resistir àquilo. Sua companheira o estava olhando como se ele fosse algum tipo de deus na terra. Ele se levantou. — Mãe, pai, Rex, Leo. Boa noite. — Ele estendeu a mão e pegou a dela.

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A boca de Brie formou um pequeno “o” antes que se levantasse, sorrindo. — Boa noite a todos. Ele a pegou nos braços, fazendo-a rir. Atrás deles, ouviu o pai e o irmão rindo ruidosamente. Ignorando-os, sua mãe gritou: — Vou tentar conseguir aquele amuleto amanhã bem cedo! ***** Ari subiu as escadas com ela no colo. Cada passou parecia demorar uma eternidade. — Não consigo acreditar que você fez isso. Ele parou no topo das escadas. — Fui longe demais? Ela balançou a cabeça. — Não, é só que... — Ela apontou para a maneira como ele a carregava. — Nenhum outro cara com quem namorei me tratou como você. Você respeita meu trabalho e confia nas minhas habilidades, e ainda sabe quando me tratar como uma mulher. Ari caminhou até a porta dele e de alguma forma conseguiu abri-la. — Acho que entendo o que está dizendo, Brie, mas sinto que tenho que corrigir algo. — Ele chutou a porta para fechála e a colocou na cama. Ela parecia tão vulnerável olhando-o. — Acho que em seu mundo as mulheres são tratadas como homens quando fazem um trabalho “masculino”, o que de alguma forma se traduz em tratá-las como homens como o

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padrão. Você não é um homem, Brie; é uma linda mulher. Uma mulher forte. Por que eu iria tratá-la como um homem? — Ele não conseguia imaginar tratá-la de qualquer outra forma. Ele quis se estripar quando viu lágrimas começarem a escorrer pelo rosto da companheira. — Eu sou uma mulher, — ela repetiu suavemente. Ele piscou, sem saber o que fazer. — Sim, você é. — Ela estava repetindo o óbvio. Ela enxugou as lágrimas e lhe sorriu. — Se os homens da minha vida não sabiam como aceitar isso, então é culpa deles. — Pode apostar, — ele concordou. Ela pegou sua mão. — Eu sou uma mulher, — disse ela novamente. Ele apertou sua mão. — Uma mulher incrível. — Eu sou a sua mulher, — ela repetiu suavemente. — Pode apostar que é! — Ele a colocou de pé e estendeu a mão para a bainha de seu robe. Em um movimento fluido, puxou-o por sua cabeça. — O que minha mulher quer? — ele perguntou enquanto ela estava parada com as roupas de baixo de seda diante dele. — Eu confio em você, Ari. — Ela exalou e tirou o resto das roupas. — Confio em você com meu corpo. — Ela hesitou antes de expressar seus desejos. — Não quero mais estar no comando. Não quero que assume que só porque sou capaz que não preciso da sua força. — Ela torceu as mãos diante de si.

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Ari sabia exatamente do que ela precisava e era o homem perfeito para lhe dar isso. Ela era sua companheira, e iria satisfazê-la de maneiras que ela apenas sonhara. — Vá para a cama, gatinha. De quatro, — ele ordenou. Brie parecia tão aliviada que Ari pensou que esta desmaiaria. Ela rapidamente subiu na cama e rastejou até o centro de gatinhas. — Tipo assim? — ela perguntou. Ele olhou para a bela imagem que havia criado. Sua bunda em forma de coração se curvava perfeitamente, e no centro, uma pequena fenda escura lhe acenava. Ele tirou a camisa, depois os sapatos. — Apenas fique assim, gatinha. Você gosta de estar em exibição para mim? — Ari, — ela choramingou. — Gosta? — Sim. — Boa garota. Ele se aquietou de forma que o som do cinto passando pelas alças ecoou pela sala. Ele ficou chocado ao ver o efeito em sua doce companheira. Um líquido claro começou a escorrer por uma das coxas. Ele rapidamente tirou o resto das roupas, mas manteve o cinto na mão. Quando subiu na cama, a frequência cardíaca de Brie aumentou. Lentamente, se ajoelhou atrás dela. Colocou a mão na parte inferior de suas costas antes de traçar um dedo por sua bunda lindamente arredondada para provocar sua abertura.

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— Ari! — ela gritou. — Shhh, meu bem, nós mal começamos. Ela abaixou o peito contra o colchão, se exibindo mais ainda. — Boa garota. Usando o cinto na mão direita, ele o brandiu, atingindo com o couro suas nádegas e roçando sua fenda. Ele fez uma pausa, avaliando sua reação. — Deus! Ele o brandiu mais duas vezes, deixando uma linda faixa rosa em seu traseiro. — Boas garotas ganham guloseimas. Ele recuou e se abaixou. Usando os polegares, a abriu como uma flor, separando suas pétalas. Sem aviso, enfiou a língua o mais fundo que pôde dentro dela. E alternou entre fodê-la com a língua e enfiar dois dedos profundamente dentro dela. Ela gritou em êxtase enquanto Ari lambia sua doçura. — Por favor! — ela gritou. Ele se recostou de joelhos. — Por favor, o que? Ele estava curioso. Ela diria “senhor”, “mestre”? O que ela escolheria para a próxima parte do seu jogo? — Por favor, meu companheiro! — ela choramingou. Ari sentiu algo dentro de si estalar com seu implorar. Ela o chamou como seu companheiro! Estendeu a mão e alinhou o pau com sua abertura e a penetrou profundamente.

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— Sim! — Minha, minha companheira! — Ari rosnou. Ninguém a tiraria dele. Sua beleza e força pertenciam apenas a ele. Repetidamente, ele a penetrou e o fez profundamente. Não deixaria nenhum centímetro dela intocado. Por dentro, Ari sentiu seu leão andando de um lado ao outro inquieto. Já passara da hora de torná-la sua. Inclinandose, cobriu o corpo dela com o próprio e puxou-a para que suas costas ficassem rentes com seu peito. E olhou seu pescoço antes de afundar os caninos em sua tenra carne. — Ari! — Brie gritou seu nome enquanto estremecia sob ele. Seu lábio foi cortado pelo canino enquanto Ari jogava a cabeça para trás. Ele e seu leão rugiram em uníssono. A força inabalável dela envolveu seu coração. Ele podia senti-la cercando seu leão e sua alma, acalmando os dois. Ari penetrou uma última vez antes de enchê-la com sua semente. Nenhum dos dois queria filhos ainda, mas seu leão exigia que a reivindicassem dessa forma, e ele concordava. Ele queria estar dentro dela de todas as maneiras possíveis. Respirando pesadamente, ele se abaixou e gentilmente inclinou a cabeça dela para trás para que o olhasse. Seus olhos estavam desfocados e Brie sorriu suavemente. Ele a beijou. Os sabores de sua doçura e seu sangue misturado ao dele criavam uma combinação inebriante. Quando se afastou, percebeu que ela estava quase dormindo.

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— Eu te amo, Brie. E sempre amarei, — prometeu. Sua longa exalação foi a resposta, como se ela finalmente pudesse relaxar depois de anos de luta. Ele cuidadosamente se retirou de seu corpo e estremeceu com o prazer doloroso que isto causava depois de uma experiência tão intensa. Com as pernas bambas, Ari foi ao banheiro e voltou com uma toalha quente. Gentilmente limpou a companheira e, em seguida, tateou a cama. Eles tiveram sorte. O fato dela estar de quatro manteve a bagunça no mínimo. Ele mirou e jogou o pano na porta do banheiro. O pegaria de manhã. Naquele exato momento, tudo o que queria era dormir com a companheira.

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Capítulo 10 Na manhã seguinte, Brie se espreguiçou e sentiu pequenas dores que a lembraram da noite anterior. Ela vagamente se lembrava de Ari a beijando na testa e dizendo algo sobre se reunir com os homens mais cedo naquela manhã. Ela havia grunhido, então voltara a dormir. Ele a havia desgastado completamente. Piscando sonolenta, fez um inventário do próprio corpo. Nunca antes o sexo fora tão sensual e realizador. No momento, fora libertador entregar o controle, mas agora Brie estava nervosa de que ele pensaria menos dela. Parecia que ele estava mudando tudo, e seu mundo estava de pernas para o ar. Ela rolou até ficar deitada de costas, olhando para o teto. Ari era uma parte dela agora; podia senti-lo na alma. E estava igualmente feliz por ter encontrado alguém tão perfeito para si e apavorada com o quanto este lhe significava. A profissão de ambos era perigosa e Brie sabia que havia uma possibilidade real de perdê-lo. Jogou as pernas para o lado e saiu da cama. Rapidamente se refrescou e olhou ao redor em busca de suas roupas. Colocou o vestido rosa e macio

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que Leo lhe deixara na noite anterior e abriu a porta dos aposentos de Ari. Pendurado do lado de fora da porta em um cabideiro de roupas estava seu uniforme. Este havia sido lavado e passado à perfeição. — Eu adoro pra caramba ter um escudeiro, — ela sussurrou para si e pegou as roupas. Uma vez dentro do quarto, se vestiu, tirou a arma do cofre ao qual Ari lhe havia mostrado e desceu as escadas. Seguindo o nariz, encontrou os pais de Ari sentados à pequena mesa em uma sala ensolarada. — Bom dia, — disse ela em saudação. Jedrek se levantou e apontou para a cadeira vazia. Catherine sorriu maliciosamente. — Não quer dizer boa tarde? Brie pegou o telefone. Como dito, já passava das onze. — Por que ninguém me acordou? Leo se aproximou por trás dela e a fez se sentar, empurrando sua cadeira. — Você prefere um café da manhã tardio ou um almoço mais cedo? — este perguntou. — Uma xícara de café para começar, então talvez um omelete e uma Coca Diet para o café da manhã? Leo assentiu. — Você gostaria de torrada com seu café da manhã? — Não, apenas a omelete deve servir. Ele virou a xícara na frente dela e serviu o café. — Volto em alguns minutos com o seu café da manhã. — Eu tenho café, leve o seu tempo.

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Leo acenou com a cabeça e se dirigiu para a cozinha. Ela adoçou o café e olhou para o creme. Ramsey não disse que aprendeu as proporções de creme com Leo? Ela acrescentou um pouco e tomou um gole. — Ahhhh, perfeito. — Ela se recostou, segurando a xícara contra o peito. — Eu realmente deveria ter me levantado quando o Ari levantou. — Bobagem. Você passou por muita coisa nos últimos dois dias, e acabou de ser reivindicada. Se alguém merece um pouco de descanso, é você, querida, — explicou Catherine. O que ela lhe disse ficou em sua cabeça. Se passara apenas dois dias e tudo estava diferente. Seu mundo inteiro tinha virado de cabeça para baixo e sacudido como um globo de neve. Talvez ela tivesse ganhado algumas horas extras para dormir. Brie se virou para Jedrek. — Temos alguma ideia do que os caras fizeram esta manhã? — Ela afastou para longe um crescente sentimento de culpa. A rainha confiou nela para liderar as investigações e, ela deixará uma travessura muito, muito boa na cama lhe tirar o foco. Jedrek tomou um gole do próprio café. — A primeira coisa que Ari fez esta manhã foi ir à Vila dos Guerreiros pedir voluntários para trabalhar com você na identificação

dos

mortos.

Aparentemente,

houve

muita

discussão, então uma briga começou enquanto competiam para ver quem iria ajudar. Finalmente, Ari simplesmente pediu que tirassem na sorte. E mandou os cinco sortudos para se encontrarem com Rex e Ben no depósito. Eles dividiram os

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mortos entre si, e sua primeira tarefa foi fotografar cada pessoa e criar um arquivo para eles. É nisso que estiveram trabalhando a manhã toda, — explicou ele. — Isso é exatamente o que eu teria feito. — Brie sorriu. — Eles devem ter realmente querido se livrar das patrulhas, — acrescentou ela. Catherine e Jedrek riram antes de Catherine negar com a cabeça. — Eles queriam ser aqueles a te ajudar, querida, — respondeu ela. Brie a encarou. — Sério? Jedrek deu um único aceno de cabeça. — Sério. Ela ergueu a xícara para esconder o sorriso. — Você sabe quais cinco foram aprovados? Jedrek revirou os olhos. — Os dois filhotes bobos do meu irmão, Bastien Géroux da Phi, Saxon Wright da Psi e Colin Althea da Unidade Ômega. Os homens decidiram que um de cada unidade seria justo. A Tau se apresenta diariamente com apenas quatro guerreiros, então os homens argumentaram que as outras unidades em Éire Danu não eram menos capazes. E foi assim que você acabou com cinco voluntários em vez dos três solicitados inicialmente. Ela não poderia ter pedido por mais. Os homens com quem trabalharia eram os que mais conhecia até aquele momento.

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— Vou para lá logo depois do café da manhã. Quero estar no local quando começarmos a trabalhar com as famílias. Assim que os homens forem designados e eu me encontrar com todos os entes queridos dos falecidos, então vou me concentrar na investigação. River teve o dia todo para se instalar em Noctem Falls; quero saber se ele descobriu mais alguma coisa com seus microscópios bacanas. Jedrek deu um gole em seu suco de laranja e colocou o copo na mesa. — Não hesite em se apoiar no Rex. Nós o emprestamos permanentemente de Noctem Falls para ajudar aqui na cidade. Se não tiver certeza do que fazer ou com quem entrar em contato, vá até ele. Brie se sentiu muito mais confiante sabendo que Rex estaria ao seu lado nas entrevistas iniciais. — Isso faz eu me sentir muito melhor. Rex exala confiança e confiabilidade que acho que nunca ficaria nervosa com ele ao meu lado, — ela admitiu. Os pais de Ari sorriram um para o outro com os elogios ao primogênito. — Rex nasceu para liderar, — disse Leo, vindo por trás dela. E colocou um prato com uma omelete enorme na mesa. — Mesmo quando era um filhote, os outros o seguiam. Ela olhou para a omelete monstra, então olhou para Leo, então olhou de volta para seu café da manhã. Catherine tossiu delicadamente. — Leo, acho que você fez uma porção do tamanho do Ari para ela. Brie olhou para Leo, cujos olhos se arregalaram.

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— Sinto muitíssimo! Ari é o único outro na família que pede omeletes, então eu estava um pouco no piloto automático enquanto cozinhava. — Está tudo bem! Eu só não queria que você ficasse bravo se eu não conseguir terminar, — disse ela, pegando o garfo. — Eu nunca ficaria bravo com você, minha querida. Você deixou o Ari mais feliz do que nunca. Uma pequena porção não comida não vai mudar isso, — disse Leo apontando para o prato dela. —

Não

será

uma

porção

pequena,

Leo.

Você

provavelmente receberá metade disso de volta. Catherine se voltou para o escudeiro. — Você poderia embrulhar para o Ari? Sabe que ele vai estar com fome quando se encontrarem. Leo estalou os dedos. — Tenho a solução. Brie, me avise quando estiver cheia, e vou colocar a omelete entre duas fatias de torrada com manteiga para o lanche do Ari. Vou preparar um recipiente agora. — Ele se virou e voltou para a cozinha. Brie deu uma mordida em sua fofa omelete e suspirou. O homem era um verdadeiro gênio na cozinha. — Talvez fins de semana de três dias aqui, — ela murmurou para si mesma. Catherine e Jedrek riram. Jedrek lhe piscou um olho. — Parece um plano perfeito para nós. Enquanto tentava comer uma boa porção de seu delicioso café da manhã, Brie se perguntou se seria uma gafe grave trazer sua roupa suja quando visitasse.

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***** Assim que terminou, Leo retirou sua porção não comida e voltou com o que parecia ser um refrigerador de tamanho médio. — Aqui está o lanche do Ari. — Lanche? — Quanto seu companheiro comia? — Leo, você realmente me preocupa sobre como vou alimentá-lo quando não estivermos visitando. Nenhum de nós sabe cozinhar. Catherine ficou ao lado do próprio companheiro na porta. — Não se preocupe; os meninos na vila guerreira têm cozinhado para o Ari há mais de um século.

Estão

acostumados com seu estômago sem fundo. — Ótimo, porque eu realmente não quero que morramos de fome. Leo lhe entregou a bolsa térmica com uma expressão pensativa. — Tenho certeza de que conseguiria fazer lanches no meio da semana para vocês dois. Ela aceitou a bolsa e puxou-o para baixo para que pudesse lhe beijar a bochecha. — Eu me casaria com você em um piscar de olhos, — ela brincou. — Vá logo você, — disse ele, parecendo afobado. Jedrek riu e a puxou de lado para beijar-lhe a bochecha. — Falo sério, mocinha. Se precisar de alguma coisa, vá até o Rex. Ela lhe fez uma careta, fazendo-o rir.

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— Sim, pai. Ele piscou. — Pai? Ela congelou. Não deveria chamá-lo assim? — Jedrek, pare com isso! A está assustando de morte. — Catherine se voltou para ela. — É perfeitamente bom nos chamar de mãe e pai. Você surpreendeu meu querido companheiro porque os meninos sempre nos chamam de “mamãe” e “papai”, — explicou ela. — Ótimo, porque usar “mamãe” e “papai” parece muito complicado pra mim. — Pai é perfeito, — Jedrek sorriu. — Mal posso esperar para ligar para o Byron e dizer a ele que Brie me chama de pai. — Por que isso é importante? — Brie perguntou a Catherine, que estava revirando os olhos. — Porque Byron McKenzie ficou um pouco insuportável depois que o Aiden encontrou a Meryn. Ele se gabou para os outros membros do conselho que ela o chama de “pai”. Brie sorriu. Ela imaginava que os homens da geração de Jedrek provavelmente eram tão bobos quanto os guerreiros que andavam de joelhos para simular a altura de Meryn. Ela duvidava que tivessem realmente crescido. Se o pai dela fosse algum indicador, o mesmo poderia ser dito dos homens humanos também. — Tente não se extenuar, querida, — Catherine gritou enquanto Brie se afastava. — Não vou, — ela gritou de volta, rindo. E não ia mentir. Sabia que os próximos dias seriam bem difíceis.

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Ela carregou a bolsa térmica pela Maple Street até ver o prédio familiar perto de onde havia chegado na cidade. Havia guerreiros do lado de fora, formando uma barreira entre o portão e os cidadãos preocupados que circulavam na frente. Quando a viram se aproximando, dois guerreiros avançaram para flanqueá-la e escoltá-la para dentro. O da esquerda pegou a bolsa dela e Brie flexionou a mão. A maldita coisa era pesada. — O que está acontecendo, pessoal? — Tyrien estava lá fora esta manhã, agitando a multidão. Um de seus companheiros jogou um tijolo e atingiu o Bastien na cabeça. Ari teve que segurar o Gage, já que ele e Bastien são próximos já que suas famílias estão relacionadas. Molvan e Malcom, do palácio, escoltaram Tyrien e o amigo atirador de tijolos ao palácio para encarar o Brennus, — explicou o guerreiro que segurava sua bolsa térmica. Ela olhou para o peito dele e sorriu. Os homens ainda estavam usando crachás — foi Corrin Li'Loudain, da Psi, quem falou. Balder deu uma risadinha maldosa. — Ari liberou os guerreiros fae da unidade, além daqueles que estão auxiliando aqui nas instalações, das patrulhas. Devemos agir como guardas para dissuadir outros de ficarem violentos. Ela o olhou. — Isso deixa homens o suficiente para as patrulhas? Balder deu um breve aceno de cabeça.

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— Aiden chamou o resto da Unidade Gama para ajudar nas patrulhas, — ele sorriu largamente. — Aiden disse algo sobre separar Sascha e Colton para mantê-los respirando. — Meryn me contou sobre as travessuras deles. Eles parecem divertidos. — Não sei como eles conseguem fazer tantas travessuras e ainda conseguem permanecer no ranque mais alto de classificação das unidades entre as quatro cidades-pilar, — Corrin balançou cabeça. Balder segurou a porta para ela. — Acho que isso só prova o quão bons eles realmente são. Ela assentiu e entrou. Estava assustadoramente quieto ali. — Olá? — ela disse. Ramsey enfiou a cabeça para fora do corredor dos fundos que levava ao maior escritório. — Ei, você chegou. Ari tem estado como um filhote de leão com um espinho na patinha a manhã toda esperando por você. — Eu evidentemente precisava recuperar o sono. Onde está o meu leão? — ela perguntou. E se virou e pegou a bolsa térmica de Corrin. — No escritório. Tínhamos acabado de nos sentar para nos reagrupar, então você chegou na hora certa, — ele explicou enquanto a conduzia por um corredor mal iluminado. Quando entraram no escritório, os homens se levantaram e ela foi direto até o companheiro. Ignorando os homens ao seu redor, Brie puxou sua cabeça para beijar-lhe. Como de costume, ele assumiu

completamente

o

controle,

deixando-a

se

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perguntando em que planeta estava. Suspirando, Brie se afastou. — Bom dia, — ela disse um pouco sem fôlego. Ele acariciou seu pescoço com o nariz e se endireitou. — Senti sua falta. — Eu percebi. — Ela colocou a bolsa térmica na mesa com um baque. — Trouxe lanches do Leo para você. Os homens estavam praticamente fazendo beicinho. Balder franziu o cenho para Ari. — Eu te odeio. Ari apenas sorriu. — Eu tenho a companheira perfeita que me traz comida, também me odiaria. — Ele jogou beijos no ar para os homens que apenas gemeram e jogaram bolas de papel amassadas nele. Ari abriu a bolsa e se virou para ela. — A minha mãe disse a ele que eu poderia estar com fome? — Sim. Metade da minha omelete está aí em algum lugar com torradas. Encontra para mim? Andar até aqui me deixou com fome. Ari vasculhou a bolsa e ergueu um quadrado de papel vegetal. — Eu acho que é isso aqui. Ele lhe entregou, e ela se sentou na cadeira vazia ao lado dele. Ari olhou ao redor da sala. — Aproveitem, pessoal, Leo embalou comida para um pequeno exército.

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Os caras ficaram todo sorrisos enquanto pegavam a comida, o que fazia sentido, já que se aproximava da hora do almoço. Depois que todos pegaram algo, ela se virou para Ari. — Ouvi sobre o ataque ao Bastien, ele está bem? Todos os homens rosnaram enquanto os olhos de Ari escureciam. — Sim, mas aquele incidente nos fez mudar a forma como vamos iniciar esse processo. — Não vamos mais permitir que eles façam linha e o primeiro que chegar é atendido, hein? — ela adivinhou. — Exatamente. Estamos esperando um anúncio da Portia que pede a cada família que perdeu alguém para enviar um único representante ao palácio primeiro para criar um arquivo sobre seu ente querido. — Ele fez uma careta. — Uma das coisas que notamos de imediato é que a maioria dos mortos tem a mesma aparência. Brie lambeu um pouco de manteiga dos dedos. — Tipo, fazer uma ficha deles? Gage balançou a cabeça. — Não, literalmente. Eles são todos fae. São todos altos e loiros. Faes tendem a não fazer tatuagens e não precisam de tratamento dentário. Dando uma olhada genérica e com a distorção do inchaço, agora se tem mais de uma centena de cadáveres que serão quase impossíveis de identificar. Brie recostou-se na cadeira com um baque. — Merda. Nem pensei nisso. Ari esfregou seus ombros.

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— Nem nós. Então solicitamos assistência adicional de Noctem Falls. — Os microscópios? — ela perguntou. Ari balançou a cabeça. —

Não,

a

hematologista

deles.

Vivian

Vi'Aerlin,

companheira de Etain Vi'Aerlin, é uma cientista renomada. Esperamos que ela seja capaz de nos ajudar a encontrar a correspondência entre um corpo e os membros da família usando DNA. — Acho que não precisamos designar os caras para isso, não? Ari balançou a cabeça. — Absolutamente precisamos. Foram atribuídos cerca de quinze corpos a cada homem. Eles trabalharão com Anne Ashwood na organização e etiquetagem de amostras para envio. Conforme recebermos informações sobre cada pessoa, o guerreiro confirmará com as famílias e fará os arranjos para liberar os corpos para os arranjos finais. — Então, ficamos em espera por agora? Ari e os homens concordaram. Seu companheiro apertou seu ombro. — Assim que Portia fizer o anúncio, a multidão se dispersará. Anne deve chegar logo aqui para coletar amostras. Manteremos a guarda do prédio para evitar que alguém perturbe os mortos. Depois disso, esperaremos o resultado do DNA da Vivian em Noctem Falls.

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Brie

amassou

o

papel

vegetal

agora

vazio

e,

surpreendentemente, ainda estava com um pouco de fome. Ela ia ganhar peso se continuasse comendo por estresse. — Vou encaminhar a Portia o formulário que usamos para registrar uma pessoa desaparecida. Ela pode ajustá-lo conforme necessário, mas deve dar a ela um ponto de partida. Ari se levantou e olhou para a mesa cheia de recipientes vazios. — Ben, você fica aqui como ponto de contato da instalação. Gage, verifique o Bastien. Priest, trabalhe com o Sascha Baberiov para acomodar o resto da Gama. Kincaid, pode agir como escolta da Anne? — Sua unidade toda se levantou e assentiu. Ari se virou para o resto dos guerreiros. — Adicione um rodízio para proteger esta instalação e depois voltem para a vila. Descansem para a próxima patrulha. O resto dos homens se levantou. — Sim, senhor. Priest olhou para o líder de sua unidade. — E o que você vai fazer? — Vou para o palácio ver se o Cord está servindo o almoço, — Ari respondeu, não parecendo nem um pouco envergonhado. Kincaid riu. — Eu vou junto para pegar a Anne. — Inacreditável, — Gage murmurou enquanto todos se moviam para a porta. Ari estendeu a mão para ela. — Está tudo bem para você ir para o palácio?

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Ela lhe sorriu. — Sim, porque ainda estou com fome também. Rindo, ele passou um braço ao redor dela e subiram a colina em direção ao palácio.

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Capítulo 11 Quando chegaram no palácio, Brie ficou surpresa de ver que a atmosfera estava surpreendentemente leve. E olhou para Ari, que acenou com a cabeça na direção onde Meryn sentavase, quicando na cadeira. — Ari, Brie, Kincaid, bem-vindos. Bem a tempo do almoço. Por favor, juntem-se a nós, — disse a rainha, apontando à mesa. Eles se sentaram em três cadeiras vazias enquanto Brie continuava a olhar Meryn. — Alguém supercafeinou ela? — ela perguntou. Aiden colocou a grande mão na cabeça da companheira e a moveu para cima e para baixo, fazendo-a rir. — Darian recebeu um telefonema de Noctem Falls hoje. Ele foi pegar os frascos de coleta de sangue da Vi3PO, e o Sebastian disse que está enviando os meus espetinhos de carne! — Petinhos de carne! Petinhos de carne! — Creelee cantou sob o ombro de Izzy.

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— Enquanto isso, posso lhe servir uma salada? — Cord perguntou. Meryn balançou a cabeça enfaticamente. — Não, obrigada, Cord. Cada milímetro quadrado do meu estômago está reservado para espetinhos de carne e pudim hoje. Cord olhou o prato vazio na frente de Meryn como se fosse um inimigo. — Que tal um pedaço de fruta? Ela terá sido digerida antes que Darian volte. — O pobre escudeiro simplesmente não suportava que alguém à mesa que estava servindo não estivesse comendo. Meryn viu seu rosto e cedeu. — Ok, mas talvez algo pequeno. Oh! Essas laranjas bebês seriam ótimas. Amelia suspirou. — O nome é tangerina, Meryn. — Tanto faz, ele entendeu o que eu quis dizer. — Sim, e volto já com um pouco para você. — Cord os olhou. — O que posso pegar para vocês dois? — perguntou. — Tecnicamente, já tomei dois cafés da manhã, mas ainda estou com um pouco de fome. Mas não acho que preciso de uma refeição completa, — explicou ela. Kincaid sorriu. — Qualquer tipo de sopa seria perfeito para mim. Ari deu de ombros. — O dobro do que quer que seja mais fácil, — disse ele simplesmente.

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Rex sorriu. — É melhor tomar cuidado, Cord, Ari é como um gato de rua. Se ele souber que você vai alimentá-lo, continuará aparecendo. Cord deu de ombros. — Isso para mim é perfeito. Eu volto já com seus almoços, — disse ele, indo em direção à cozinha. Aleksandra se virou para Brie. — Obrigada por enviar à Portia aquele formulário. Ela disse que era exatamente o que precisava e economizou horas de trabalho. Brie se sentiu melhor sabendo que ajudou. —

Eu não

tinha

certeza

do quanto

poderia

ser

aproveitado, mas achei que seria melhor do que começar do zero. Ao lado dela, Brie sentiu Ari se virar até que estivesse de frente para Brennus. — Como foi a audiência deles? Brennus sorriu. — Ambos ajudarão a Casa Liordon no fornecimento de apoio aos guerreiros, na forma de tarefas de limpeza e lavanderia. Tyrien tentou fugir, protestando que não havia jogado nada, mas citei o testemunho dos guerreiros que estavam lá, dizendo que ele estava incitando violência. Nenhum dos dois ficou muito feliz comigo, para dizer o mínimo. — O Tio Bren foi foda. Quando Tyrien tentou discutir, ele apenas fez uma cara assassina, e o babaca se calou de pronto.

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— Cara assassina? — Brennus questionou gentilmente. — Sim. Cara. Assassina. Foi incrível. Quero ser capaz de fazer isso algum dia. — Meryn fez uma careta para a prima. — Que tal? Amelia sorriu, mas Kendrick balançou a cabeça. — Você parece estar com prisão de ventre. Meryn mostrou a língua para ele. — É assim que você sempre parece, — ela retrucou. Anne riu e comeu outra porção da salada. Kendrick suspirou. — É como criar a Serenity de novo. Irmãs são mais maldosas do que irmãos. Keelan nunca disse que eu tinha um complexo de deus ou que parecia constipado, — ele reclamou. — Complexo de Deus? — Brie perguntou, olhando Serenity, que riu. — Ele fica muito insuportável quando está dando broncas. Muitas vezes desejei jogar um ou dois livros nele. — Você, de fato, jogou um livro ou cinquenta em mim, — Kendrick ressaltou. — E você sempre mereceu, — respondeu ela. — Eu não atirei em você ainda, — acrescentou Meryn, sorrindo. — Graças aos deuses pelos pequenos milagres, — murmurou o bruxo. — Está se sentindo melhor, Aleksandra? Quando viemos no dia anterior, ouvimos que você foi para a cama com a Meryn, Amelia e Anne, para assistir desenhos animados e

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comer chocolate. Isso ajudou? — Brie perguntou, observando a tez pálida da rainha. Aleksandra sorriu suavemente. — As garotas fizeram tudo no que podiam pensar para fazer eu me sentir melhor. E eu não necessariamente diria que são desenhos animados; pareciam muito mais que isso. Especialmente aquele delicioso romance entre Yuri e Tezuka, eu não conseguia me fartar de ver. Anne deu um soco no ar. — Outra convertida! Brie não tinha ideia do que haviam assistido, mas se fez Aleksandra sorrir, valeu a pena. Cord entrou vindo da cozinha com um sorriso misterioso no rosto. E colocou pratos na frente dela, Ari e Kincaid. — Todos vocês precisam manter as forças. Meryn franziu a testa. — Onde estão as minhas laranjas bebê... — Ela cheirou o ar. — Meus espetinhos de carne estão aqui! Cord a olhou espantado. — Como raios você sentiu o cheiro deles daqui? Você é meio fae, não meio shifter. — Nunca subestime meu vínculo espiritual com meus espetinhos de carne e Pudim Mágico, — ela o informou. Cord balançou a cabeça. — Darian abriu um portal para a cozinha para surpreendê-la. — Ele riu. — Darian, ela sabe que os espetinhos de carne chegaram, pode trazê-los, — ele gritou alto.

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Meryn imediatamente se virou e sentou-se ereta na cadeira. Pegou o guardanapo e colocou-o no colo. — Espetinhos de carne, só para mim... — ela fez uma pausa. — E Creelee, — continuou sua pequena canção. Brie observou quando três jovens emergiram da cozinha. Dois carregavam travessas e o terceiro uma tigela enorme. O pessoal da cozinha se aproximou da cadeira de Meryn e colocou a comida na frente dela antes de recuar para ficar atrás desta. Brie não sabia o que pensar enquanto estes continuavam a observar Meryn olhar a própria comida. — Espero que compartilhe, Meryn. Tivemos que sentir o cheiro do pudim que o Sebastian estava fazendo a manhã toda, — disse um dos homens. Meryn congelou, se virou para a direita e olhou para cima antes de irromper a chorar muito. — Vocês estão aqui! — ela soluçou. Os homens puxaram sua cadeira para trás e a abraçaram por todos os lados. — Claro que estamos aqui! Você está numa cidade estranha, descobre sobre seus pais, pessoas começam a morrer... de novo. Onde mais estaríamos? — o outro homem disse. — Já era hora dos três chegarem, — disse Aiden rispidamente. Ao redor da mesa, Anne, Amelia e Serenity enxugaram os olhos. — Quem são eles? — Brie sussurrou para Ari.

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Seu companheiro deu de ombros. — Acho que os gêmeos são Nigel e Neil Morninglory. Micah apenas sorriu enquanto esfregava as costas da companheira. — Você está correto. Os ruivos encrenqueiros são Nigel Morninglory da Teta e Neil Morninglory da Kapa. O adorável de cabelos escuros é Pip Maverick. Todos os três foram adotados por Meryn como seus irmãos. A rainha ofegou enquanto Brennus sorria largamente. — Nós temos sobrinhos! — ela exclamou. Aquele de nome Pip olhou para cima de onde estava esfregando a bochecha contra os cachos de Meryn. — Hã? Nigel e Neil trocaram olhares confusos. — O que foi agora? Kendrick ergueu a mão e sussurrou. De repente, o ar ao redor deles pulsou e Brie abriu e fechou a boca tentando fazer seus ouvidos desentupirem. — Que diabos foi isso? Kendrick abaixou a mão. — Um feitiço de insonorização. Temos algumas coisas para revisar. — Ele olhou para ela, Ari e Kincaid. — Coisas serão reveladas que podem mudar o nosso mundo. Se ficarem, será solicitado que façam um juramento de silêncio. Os olhos de Ari dispararam até Aiden, depois ao irmão. Ambos os homens assentiram. Ele se voltou para Kendrick. — Assim juro, — Kincaid ecoou o juramento de Ari. Brie não tinha a mínima ideia do que estava acontecendo.

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— Eu juro para sei lá o quê. Kendrick se levantou e foi até os gêmeos. Thane e Justice já haviam puxado as cadeiras para os dois se sentarem ao lado de Meryn. Oron tinha buscado uma cadeira para Pip, que se sentou do outro lado de Meryn. Nigel e Neil olharam de Kendrick para Meryn e vice-versa. — O quê? Kendrick se ajoelhou na frente dos dois ruivos e começou a contar uma história. Quando se levantou e deu um passo para trás, confessando ser seu rei, os jovens deslizaram de suas cadeiras para ficarem de joelhos no chão na frente de Kendrick, ambos soluçando silenciosamente. Brie se virou para Ari, buscando uma confirmação de que estavam ouvindo corretamente e viu que Kincaid tinha lágrimas escorrendo pelo rosto. — Isso é grande, certo? Meryn esfregou as costas de Neil enquanto Pip esfregava as de Nigel. Esta assentiu. — Eles estiveram sem um rei por cerca de cinco mil anos. Kendrick se ajoelhou de novo e levantou os gêmeos para que ficassem em pé. — Vocês não se ajoelham a mim. Como meus primos, só precisam inclinar suas cabeças. Neil fungou. — Somos seus primos por causa da Meryn, isso conta? — este perguntou enquanto ele e o irmão se levantavam. Kendrick colocou uma mão em cada cabeça ruiva.

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— Não, meninos. De onde acham que veio esse cabelo ruivo? Nigel simplesmente começou a ofegar. Neil deu um passo para trás e caiu na cadeira. Kendrick ajudou Nigel a se sentar. Meryn o encarou secamente. — Você poderia ter contado a eles de outra maneira. — Eles são os meus priminhos; se eu não os torturar amorosamente,

quem

o

fará?

Kendrick

perguntou

levianamente, embora seus olhos estivessem brilhando com lágrimas. Neil ergueu os olhos. — Como? Kendrick deu de ombros. — Quando um menino gosta de uma menina... — Sua explicação parou quando sua companheira deu um tapa na cabeça dele e continuou andando até que pudesse abraçar os gêmeos com Meryn. — Começou há muito tempo, quando alguém teve uma amante, — explicou ela, antes de se virar para Nigel ajudandoo a controlar a respiração. Ao lado de Ari, Kincaid se levantou e caminhou até onde Kendrick e os gêmeos estavam. E se ajoelhou sobre um joelho. — Vossa Majestade, juro fidelidade aqui e agora. Eu, Kincaid Bayberry, juro solenemente defender e manter a linha reinante de Stormhart, enquanto houver fôlego em meu corpo. Comande-me como quiser. — Que droga. Ele foi mais rápido que eu, — Micah reclamou.

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Serenity sorriu maliciosamente com o desgosto de seu companheiro. — Você teve muito tempo para jurar a sua lealdade. Kincaid é o único inteligente o suficiente para torná-la oficial. Kendrick parecia surpreso. — Por favor, levante-se, Kincaid. Como o primeiro a jurar fidelidade a mim, ofereço esta bênção. — Ele colocou a mão no ombro de Kincaid e deu um passo para trás, franzindo a testa. — Isso deveria ter funcionado. Thane se aproximou. — O que você estava tentando fazer? — Dar a ele um novo elemento. O queixo de Thane caiu. — Você pode fazer isso? Kendrick assentiu distraidamente enquanto esfregava o queixo. — Apenas em raras ocasiões. — Ele olhou para Kincaid. — Qual é a sua magia mesmo? Kincaid exalou enquanto seus ombros cediam. — Defeituosa. Ari se levantou e caminhou até seu irmão de unidade. — Não é defeituosa. Até agora vimos Terra e Fogo. As sobrancelhas de Kendrick dispararam até a linha do cabelo. — Esses são elementos não complementares. Ari concordou. — Achamos que é por isso que ele está passando por tantos problemas.

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— Novata no recinto se sentindo super perdida aqui. O que ele quer dizer com não complementares? — Brie perguntou, tentando acompanhar a conversa. Nigel inalou e exalou. — Existem quatro elementos. Terra, Ar, Fogo e Água. O Ar fortalece o Fogo, a Água libera a Terra. Esses elementos funcionam bem juntos. Ter Fogo e Terra, — ele estremeceu. — Deve ser frustrante. Neil também estava começando a mostrar de novo uma cor nas bochechas. — Mas é incrível que tenha dois elementos numa idade jovem. Nós só temos Terra. Kendrick olhou os primos. — E vocês mal tem cem anos de idade. — Ele olhou para Kincaid. — Não que ele seja muito mais velho. Duzentos e vinte e cinco? — este tentou adivinhar. Kincaid balançou a cabeça. — Cento e cinquenta e três. Kendrick, Thane, Justice e Law o encararam. Kendrick começou a andar de um lado ao outro. — Sei que o conselho envia bruxos jovens para cumprir obrigações de guerreiro, mas isso está ficando ridículo. A única razão pela qual deixei Keelan ir foi porque eu tinha seguido a carreira de Aiden por séculos e sabia que ele cuidaria do meu irmão. Simplesmente mandar esses bebês sem nenhum suporte... — Kendrick continuou andando de um lado para outro, murmurando sobre Fantoches presunçosos. Meryn sorriu.

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— Adoro quando ele os chama de Fantoches. Ari franziu o cenho para Kendrick. — Ele tem suporte. Tem seus irmãos guerreiros. Kendrick se virou para ele. — Entendo isso, mas você pode ensiná-lo a canalizar sua magia nas raízes para se aterrar? Pode criar uma parede de terra ou de ar para protegê-lo contra si mesmo quando sua magia de fogo der errado? Ari balançou a cabeça. — Não, não posso. Mas Heath Clover e Riley Redwood podem. Heath serviu como o bruxo da Beta por séculos antes de vir para cá. Ele conseguiu estar um passo à frente do Conselho dos Bruxos, e confio nele com o treinamento de Kincaid. Entramos em contato com Storm Keep para obter mais materiais de treinamento, mas não obtive nenhuma resposta da Academia. Thane se virou para Ari. — Por favor, me diga que não revelou que ele tem dois elementos. Ari apenas olhou para o bruxo. — Posso ser um guerreiro de unidade, mas também sou um Lionhart. Sei como o Conselho dos Bruxos de Storm Keep dirige a Academia. Mantivemos o pedido muito genérico e não mencionamos Kincaid de forma alguma. Kendrick parou seu andar maníaco. — Tenho livros que posso dar a ele. Se a Academia oferecer ajuda, diga a eles que deixem pra lá.

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— Vossa Majestade, eu não sou realmente um bebê, — protestou Kincaid. Kendrick moveu a mão para apontar ao grupo deles, incluindo a própria companheira. — Vocês todos são bebês. Aiden sorriu. — Seu velho sujo, — ele provocou. Kendrick parou no meio do caminho, em seguida, olhou para Aiden antes de cair na gargalhada. E foi acompanhado pela maioria dos que vieram recentemente de Noctem Falls. Kendrick enxugou os olhos. — Você esteve esperando para dizer isso a outra pessoa, não é? — ele perguntou a Aiden. Aiden lhe deu um sorriso malicioso. — Óbvio. Brennus olhou para Aiden. — Alguém disse isso a você? — ele perguntou. Aiden exalou. — O jovem Stefan, em muitas ocasiões. A rainha deu batidinhas nos lábios com os dedos. — Kendrick, pode retirar o feitiço de insonorização? A menos que tenha quaisquer outros segredos a divulgar. Kendrick retirou o feitiço. — Eu estou livre de segredos. — Ele brincou com uma bolsa em seu cinto e começou a remexer nela. Quando inseriu os dois braços, até o cotovelo, Brie percebeu que havia mais em sua bolsa do que esta aparentava. Ele puxou dois livros pesados e os entregou a Kincaid. — Comece com esses.

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Kincaid olhou para baixo. — Sim, Vossa...vossa ideia é incrível, — este corrigiu-se rapidamente. Neil se virou para Meryn. — Então, no que estamos trabalhando? —

Tentando

encontrar

armazéns

que

podem

ter

pessoinhas mortas neles, — disse ela sem rodeios. — Noah e Jaxon? — Nigel perguntou. — Buscando e digitalizando mapas no banco de dados. Tenho

uma

Batcaverna

pronta. Vocês trouxeram seus

notebooks? — Meryn perguntou. Neil sorriu. — Claro, e Red Bull sem açúcar. — Não, — foi a resposta imediata de Kendrick. Nigel simplesmente lhe sorriu enquanto deitava a cabeça descaradamente no ombro de Anne. — Você não nos machucaria, não é? — ele perguntou inocentemente. — Você está tão fodido, — Serenity sussurrou, baixinho, fazendo com que Micah a olhasse. — Você xingou de novo. Serenity apontou aos gêmeos. — Eles podem, literalmente, escapar impunes de qualquer coisa agora. Meryn se sentou com um sorriso diabólico tomando conta de seu rosto. — Nós podemos fazer qualquer coisa.

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Nigel sorriu, em seguida, olhou para o ombro de Meryn, onde Finley estava encarando de volta extasiado. — Meryn, quem são eles? Meryn bateu a mão na testa. — Esqueci completamente de apresentar vocês. Estes são Feris e Finley, os irmãozinhos do Felix. Nigel estendeu a mão com a palma para cima e Finley flutuou até ele. — Vocês dois, — disse o elfo, apontando. — Nós dois? — Neil perguntou. Meryn balançou a cabeça. — Acho que ele quer dizer que há dois de vocês também. Feris voou até Neil e pousou na mesa à sua frente. Meryn se iluminou. — Vocês podem carregá-los! Estive preocupada porque o Felix ocupa todo o espaço no bolso do meu peito. Eles precisam ficar quentes e não tenho muito espaço. Mas se os dois estiverem com vocês, será perfeito. — Nós... — Juntos, — os pequenos elfos disseram em uníssono. Nigel e Neil ergueram os elfos para os ombros. — Deuses, eles ainda são idênticos, — Amelia suspirou. Brie assentiu. — Dois conjuntos. — Somos duplas dinâmicas, — anunciou Nigel. — Duplas! — Os elfos menores entoaram. A rainha tomou um gole de chá com uma expressão satisfeita enquanto o rosto de Kendrick empalidecia ainda

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mais. Esta se inclinou e bateu em um cristal. Um momento depois, Portia entrou. — Vossa Majestade? — Você poderia providenciar com a Baba que sejam entregues mantos em vários tons de verde para os gêmeos? Ao meu entendimento, ela é uma das melhores mercadoras que temos. Além disso, — ela olhou para Pip. — Robes em tons de azul para o jovem Mestre Pip. — Algo mais? — Certifique-se de que os mantos tenham pelo menos o emblema da Família Fundadora; eles devem ser tratados como tal. Portia apenas assentiu. — Já passei do ponto de me surpreender. Farei isso. Os jovens mestres devem ter túnicas e vestes de gala ainda esta noite. Vou garantir que sejam auto-ajustáveis e autolimpantes. — Você é simplesmente uma maravilha, — disse a rainha. — Eu tento, — Portia respondeu prontamente, então saiu. Pip praticamente colou-se ao lado de Meryn. — A linda rainha disse que eu deveria ser tratado como um membro da Família Fundadora, mas sou um ninguém, — ele sussurrou. — O que eu faço? Meryn passou um braço em volta dele. — Você é meu irmão, — disse ela com firmeza. — E ela é minha tia. E é a Rainha de todos os Fae e tem tipo, dez mil anos, Pip. Se esta mulher inteligente e incrível que viu tanto

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diz que você deve ser tratado no mínimo como um membro da Família Fundadora, então não acha que você é, na verdade, algo muito especial? Pip olhou para Meryn. — Apenas ser seu irmão é especial. — Eu te amo loucamente, Pip, — Meryn explodiu. Pip se endireitou. — E eu também te amo loucamente. E sou especial porque a linda rainha acha que sou. Aiden bagunçou o cabelo de Pip. — Todos nós achamos que você é especial, garoto. Neil pegou um espetinho de carne e o entregou a Meryn. — No que você quer que trabalhemos? — Execuções de hipoteca e impostos vencidos de propriedades usando uma grade matriz de quatrocentos, — Meryn respondeu imediatamente. Brie balançou a cabeça. — Pequeno gênio. Meryn piscou um olho para ela. Pip bateu no ombro de Meryn com o próprio. — E eu? — Pip, você está encarregado dos abraços, — respondeu ela, mordendo o espetinho de carne. Pip fez uma saudação. — Afirmativo! — Creelee, você tem que experimentar isso. — Meryn acenou com o espeto inteiro ao pequeno duende. Creelee voou para perto com os olhos arregalados.

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— Tanto petinhos. Izzy observou com preocupação estampada no rosto. — Creelee, quer que eu tire do espeto para você? Oron dispensou a preocupação dela. — Ele vai ficar bem. Creelee se sentou e alinhou o espetinho de carne. Meryn se virou aos irmãos. — Olhem isto. Creelee puxou um pedaço de carne após o outro, praticamente inalando-os. — Mais petinhos! — ele gorjeou. — Uau, — os gêmeos disseram com admiração. Pip entregou-lhe outro espeto. — Aqui está. Mais uma vez, o minúsculo duende dizimou os pequenos pedaços de carne. Meryn continuou a comer o dela enquanto Brie observava a enorme pilha de espetinhos reduzir-se a palitos. Meryn se recostou esfregando o estômago. — Agora é hora do Pudim Mágico. — Pud-dim, — repetiu Creelee, com o estômago estufado. Cord colocou uma pilha de tigelas na frente de Meryn e entregou alguns a ela, então a Creelee, então aos pequenos elfos. Creelee olhou o pudim e subiu na borda da tigela. — Não! — Izzy contornou a mesa e o pegou antes que este mergulhasse. Creelee fez beicinho para Izzy.

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— Pud-dim! Pu favô! Izzy esfregou a bochecha contra ele. — Claro, pode comer um pouco, mas não pode pular nele como fez com a sua torta. Meryn estendeu o que parecia ser um pequeno biscoito. — Aqui está um biscoito de maizena do lado da tigela. Talvez ele possa quebrar em migalhas e usar para pegar o pudim. Izzy entregou o biscoito a Creelee, que fez exatamente o que Meryn sugeriu. Ele quebrou um pequeno pedaço, então o empurrou até o antebraço no pudim. Engoliu tudo e lambeu, antes de repetir. Apesar de seu tamanho, ele terminou quase ao mesmo tempo que Meryn. Ambos agora estavam gemendo e esfregando a barriga. — Vamos lá, mamãezinha. Mostre-nos a sua Batcaverna, e pode tirar uma soneca enquanto fazemos as finanças, — disse Neil, ajudando Meryn a se levantar. Meryn puxou a mão dele. — Vocês todos estão bem? — ela perguntou, seus olhos cortando para Kendrick. Neil trocou olhares com Nigel e os dois assentiram. Nigel beijou Meryn na testa. — Nossas vidas mudaram tanto quando você nos adotou. De repente, sabíamos o que era ser amado e cuidado. Ter uma família. — Ele olhou para Kendrick. — Isso é apenas a cereja do bolo, mas você é o bolo, Meryn. — Ele franziu a testa. — Isso fez sentido? Meryn acenou com os olhos brilhando.

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— Cord, pode levar o meu Pudim Mágico para a Batcaverna para os meninos? — Claro que sim, minha querida. — Você quer começar agora? — Neil perguntou a Meryn. — Sim, posso conectá-los à rede, e então podemos mergulhar nos bancos de dados. Jaxon carregou mais mapas da costa, então devemos ser capazes de começar a olhar mais ao sul. Pip apareceu e foi até a rainha. Se abaixou ligeiramente e a abraçou com força. — Meryn disse que sou o responsável pelos abraços, e você parecia que precisava de um. — Brie achava que ele era a coisa mais fofa do mundo. Os olhos da rainha se arregalaram antes dela puxá-lo de volta num abraço e beijar sua bochecha. — Obrigada, Pip. Você pode me dar abraços quando quiser. Já faz muito tempo que não temos um menininho no palácio. — Afirmativo! — Pip disse, fazendo outra saudação, então correu de volta até Meryn. Aleksandra se virou para Brennus. — Esse menino deve ser mimado sem qualquer pudor. Brennus apenas assentiu. — Estava pensando a mesma coisa, minha querida. Sua aura se iluminou tanto com um gesto tão pequeno; ele é um tesouro que vale a pena proteger. — Como uma pessoa pode ser tão adorável? — a rainha meditou.

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— Vamos, rapazes, vamos começar a festa. — Meryn, junto com os meninos, se dirigiu à porta. Enquanto estes se afastavam, Brie ouviu Neil perguntar quem era Pierce e por que ele os estava seguindo. — Ele está atrás da bunda do Ryuu, então temos que protegê-lo. — Certo! — Os gêmeos disseram, encarando Pierce. — Nada de sexo de bunda para você! — Pip declarou, sua voz soando pelas câmaras enquanto sacudia um dedo para o enorme shifter. Pierce não conseguiu conter a risada. — Fica cada dia melhor, — ele riu. Quando o jovem quarteto saiu da sala, Kendrick, Brennus e, surpreendentemente, a própria rainha caíram na gargalhada. Law estava tossindo enquanto tentava respirar. Brennus apenas sorriu para a companheira, com um pouco de alívio nos olhos. Rir para a rainha era uma coisa boa agora. — Que os deuses abençoem aqueles quatro, — ele sussurrou. Kendrick exalou e olhou para Anne. — Pare de mimá-los. Como posso ser o Grande e Malvado se eles se escondem atrás de você? Anne se levantou e deu um tapinha em sua bochecha. — Você é tão inteligente; tenho certeza de que descobrirá. Kendrick olhou para o céu. — Deuses acima, deem-me força. Aiden deu um gole em seu vinho.

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— Sem ofensa, Kendrick, mas provavelmente eles estão rindo de você também. Justice se voltou para o seu irmão. — Você e Law reivindicaram Meryn, então reivindico os meninos. Eles serão como meus irmão-filhados. Thane o encarou. — Você não pode inventar palavras assim. Aiden deu de ombros. — A Meryn faz isso o tempo todo. Justice sorriu maliciosamente para o irmão mais velho. — Ela já aprovou outro termo que eu inventei. Brothair. Significa irmão do meu athair. Dessa forma, posso mimá-la também. Thane literalmente rosnou. — Ela é minha afilhada! Law coçou o queixo. — Justice, você é um gênio. Sou o Brothair dela também. — Não, não é, — Thane argumentou. — Não seja ganancioso, — Justice refutou. — Vocês não podem ser nada de ninguém se eu enterrar os dois, seus idiotas, — Thane ameaçou. — A mãe não vai deixá-lo nos matar, — Law apontou. — Ela ficará bem comigo como filho único, vocês dois são apenas os planos B, — Thane disse, apontando aos irmãos. Justice e Law se entreolharam, então pularam no irmão mais velho. Kendrick sussurrou algumas palavras, e o trio briguento foi levado até a área aberta por um conjunto de portas duplas.

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— Pronto, agora não vão bater na mesa. Ari e Kincaid avançaram em direção à luta, observandoa em transe. — Vinte no Thane, — disse Ari. — Combinado, — concordou Kincaid. — Oh, eu preciso entrar nisso. — Micah se levantou e correu para onde Ari e Kincaid estavam. — Cinquenta no Justice. Ele vai usar o Law para ganhar vantagem sobre o Thane, então trucidar seu irmão mais novo. Brie se aproximou do próprio companheiro. — Vinte no Thane para mim. Ele não vai deixar seus irmãos mais novos se aparecerem. — Eles observaram enquanto a luta continuava. Um forte estrondo fez com que todos na sala olhassem os irmãos Ashleigh. Thane estava pairando sobre os dois irmãos mais novos, que estavam balançando a cabeça. — Minha afilhada, — ele repetiu. Tanto Justice quanto Law ficaram em silêncio, mas estava claro que essa discussão não havia acabado. Micah e Kincaid entregaram o dinheiro. Brie mostrou seus ganhos. — Onde podemos gastar toda essa grana? Ari sorriu. — Conheço exatamente o lugar. — Ele sorriu para a companheira. — Nós poderíamos usar um pouco de tempo livre enquanto as amostras de sangue estão sendo compiladas. Eu gostaria de lhe mostrar que este mundo não é só morte e horrores. — O Dav’s? — Izzy perguntou.

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— O que é Dav’s? — Brie perguntou. — Apenas o melhor bar de todos. Ele está servindo café agora, e estou ajudando ele a se ajeitar, — respondeu Izzy. — Oba. Vocês dois vem? Izzy assentiu e Oron balançou a cabeça. Brie riu. — Parece que vão conosco. Oron suspirou. — Tudo bem, mas só um pouco. Izzy correu em direção à cozinha e, momentos depois, voltou carregando três garrafas de vidro. — Ok, pronta para ir. Brie acenou para Kincaid, que ficou para trás para acompanhar Anne depois até o depósito. Junto com Izzy e Oron, eles se dirigiram ao, supostamente, melhor bar de todos os tempos.

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Capítulo 12 Quando entraram no bar, um coro de boas-vindas surgiu de todos os lados. Ari ergueu uma sobrancelha para Priest. O shifter estava sentado à mesa com quatro outros homens. Quando viram Oron, os homens se levantaram e bateram em suas costas. — Vou apenas correr até Éire Danu para ajudar a Ameaça a se estabelecer, estarei de volta antes que percebam, —disse o homem de cabelos escuros com uma voz zombeteiramente aguda. Oron deu um soco em seu ombro. — Eu não falo assim, Christoff. Não sei por que o Aiden pensou que vocês seriam úteis. — Seu sorriso se tornou gentil enquanto olhava para Izzy. — Izzy, esses idiotas são os homens da minha unidade. Sascha Baberiov, shifter de tigre e líder da Unidade Gama. Christoff Du'Prince, vampiro. Ben McKenzie, o irmãozinho do Aiden, você já o conheceu. E Quinn Foxglove, bruxo. Ben acenou para eles.

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— Corrin ficou no armazém para que eu pudesse me atualizar com esses palhaços. Izzy sorriu largamente para os homens. — Ouvi tantas coisas maravilhosas sobre vocês. O Oron está sempre dizendo como se sentiria muito melhor se tivesse sua unidade consigo. Todos os homens tentaram esconder o quanto ficaram tocados, falhando miseravelmente. Um por um, fizeram uma meia reverência a Izzy. Oron esfregou a nuca. — Que jeito de me expor, Iz. Estar longe desses idiotas não foi nada além de um alívio. Umas férias. — Vou te dizer o que são férias. Estar longe de Colton Albright e desfrutar desta boa cerveja gelada, — o guerreiro de cabelos brancos e peito largo disse, bebendo de sua caneca. Brie cutucou o companheiro, então olhou aos homens. Ari passou o braço em volta dos ombros dela. — Cavalheiros, tenho a honra de apresentar a minha companheira, Brie Wilson. Ela é uma Oficial em Monroe e tem sido fundamental para levar a nossa investigação adiante. — Ele fez uma pausa. — Além disso, ela provavelmente pode dar uma surra em todos vocês. Brie

beliscou

exasperação,

mas

a

pele

entre

secretamente

as ficou

sobrancelhas satisfeita

com

com

a

introdução de seu companheiro. Os homens, por sua vez, a surpreenderam ainda mais. Sascha estendeu a mão. A princípio, pensou que ele queria um aperto de mão, mas a mão deste agarrou seu antebraço. Ela olhou para Ari, que sorriu largamente.

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— Essa é uma saudação entre guerreiros, Brie. Ela sentiu lágrimas começarem a arder em seus olhos, mas lutou contra estas. Esses homens a aceitaram como uma igual desde o início. De forma alguma ela iria desfazer isso com uma demonstração boba de emoção. Os outros homens a cumprimentaram da mesma forma. E acabaram puxando mais duas mesas para que todos pudessem se sentar juntos. — Agora, quem é essa criatura deslumbrante? — uma voz profunda perguntou atrás deles. Ari simplesmente colocou um braço em volta dos ombros da companheira. — Ela é a minha companheira, Dav. Brie Wilson, Dav Li'Filrien, ele é o dono do bar. Dav pegou a mão dela e a beijou. —

Todos

vocês,

desgraçados

feiosos,

continuam

ganhando companheiras lindas; não parece justo, — este brincou. — Ei, gente, — um guerreiro gritou antes que ele e seu parceiro se sentassem à mesa. Sascha apontou para o homem. — Brie, este é Lorcan, shifter de leão. Ele é o líder da Unidade Beta. O desgrenhado é Graham Armstrong, shifter de urso e líder da Unidade Delta. Ari franziu a testa. — Se estamos todos aqui, quem está fazendo patrulhas? Lorcan sorriu e apontou para o walkie-talkie em sua cintura.

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— Aiden disse que a Velha Guarda daqui se ofereceu para fazer patrulhas no perímetro e na cidade por um tempo, para que pudéssemos nos concentrar nos assassinatos e na defesa do depósito. Aiden quase perdeu a cabeça quando soube que o Bastien havia sido atacado por um cidadão. Ele chegou pertinho de desafiar o idiota. Oron recostou-se, sorrindo. — Quer dizer da mesma forma que ele desafiou todos em Noctem Falls? — Espera? Isso era verdade? — Mais guerreiros se aglomeraram. O que falara olhou Brie de cima a baixo, e apontou para o próprio peito e depois ao do amigo. — Meu nome é Bryok Vi'Erdolin, este é Casek Li'Velen. — Ele se virou para Oron. — Verdade, você acabou de voltar de Noctem Falls. Por favor, me diga que o boato é verdadeiro. Oron olhou em volta e viu que tinha uma audiência. Bem quando estava prestes a começar sua história, Brie ergueu a mão. — Antes de começar, posso tomar uma cerveja? Tenho a sensação de que essa história ficaria melhor com álcool e petiscos. Dav soltou uma risada estrondosa. — Dê-me um instante e pego os pedidos de todos, porque, honestamente, também quero ouvir isso. — Ele correu até a parte dos fundos para pegar suas bebidas. — Petiscos? Deuses, os guerreiros de Éire Danu já a corromperam, — Lorcan brincou. — Espere, isso é sério? — ela perguntou.

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Todos os homens concordaram. — Eles são conhecidos por seu vício em petiscos. Na verdade, têm contatos em todo o mundo para comprar petiscos importados, — explicou Oron. — Festa dos Petiscos, — ela sussurrou. Ari apenas deu uma piscadela e acenou com a cabeça. — Existem coisas piores que as unidades poderiam estar fazendo. Como colar um dos líderes das unidades numa torre do sino com supercola, — Sascha reclamou. Todos os homens riram enquanto Dav voltava com bandejas de cervejas. Assim que todos se acomodaram, Oron começou a contar a história sobre como um escolta de túnel machucou Meryn e como Aiden respondeu. O shifter de urso fora de nível em nível, desafiando milhares de pessoas para garantir

que

ninguém

machucasse

sua

companheira

novamente. — Etain disse que o Aiden encarou um dos filhos da Família Nobre como se estivesse medindo seu peso. Então se abaixou e agarrou o merdinha barulhento pelos tornozelos, fazendo-o bater a cabeça no chão. Então o girou para a esquerda e o usou para jogar seu irmão mais velho, igualmente ofensivo, na parede. Etain tinha lágrimas nos olhos enquanto contava essa história. — Oron suspirou. — Deuses, estou tão feliz por servir sob o comando dele. Os homens ao redor do lugar ecoaram seu sentimento. Ben ergueu sua caneca. — Ao Aiden McKenzie, o líder surpreendentemente incrível que é completamente governado pela terrorista

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minúscula que é sua companheira, aquela que diverte a todos nós. — Ao Aiden McKenzie! — Os homens saudaram e riram do brinde de Ben. Brie se voltou para Lorcan. — Se a Velha Guarda está fazendo patrulhas, dois terços das unidades foram liberadas, presumindo que o outro terço ainda esteja mantendo os exercícios e o treinamento. Dois homens foram deixados para trás no armazém para o serviço de guarda e cinco foram convocados para ajudar as famílias na identificação dos mortos. Se incluirmos Oron, sete guerreiros de unidade foram trazidos para ajudar aqui em Éire Danu, além dos quatro que já estão aqui, incluindo Aiden, Micah, Darian e Kendrick. Isso eleva o grande total de guerreiros liberados para receber ordens à vinte e nove. Não estou contando Nigel e Neil porque acabaram de chegar, nem os irmãos Ashleigh, já que me explicaram que não são guerreiros de unidade. — Ela fixou os olhos em Lorcan. — Então, o que Aiden está planejando fazer com as quase seis unidades à sua disposição? Em torno dela, os homens se aquietaram num silêncio atordoado. Oron assobiou e acenou com a cabeça para Ari. — Ela percebeu isso antes de qualquer outro guerreiro. Você deveria estar orgulhoso. Ari piscou. — O quê? Lorcan e os outros guerreiros de Lycaonia apenas sorriram e bebericaram suas cervejas.

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Dav se recostou, segurando a própria caneca. — Aquele bastardo sorrateiro. — Minha mãe e meu pai estavam acasalados quando tiveram Aiden, muito obrigado, — disse Ben, fungando dramaticamente. Ari desabou na cadeira, esfregando a boca com a mão. — Nem mesmo o conselho percebeu. — Ele olhou ao redor. Quinn acenou com a mão. — Lancei um feitiço de insonorização neste lugar no momento em que chegamos aqui. Dav balançou a cabeça. — Podemos ter que pensar em instalar um permanente se continuarmos realizando reuniões aqui. Bryok olhou dela para Ari e vice-versa. — O que estamos deixando passar? Ari meio que se virou para encará-lo. — Aiden conseguiu trazer e liberar seis unidades de guerreiros sem ninguém perceber. Casek franziu a testa. — Por que ele faria isso? Brie recostou-se. — Ele definitivamente tem uma mentalidade mais moderna do que eu esperava. — O quê? — Bryok repetiu. Brie deu de ombros. — Não posso afirmar com certeza, mas Aiden está organizando os homens da mesma forma que o comandante da

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SWAT onde eu moro organiza seus homens antes de uma operação. Se reúne todos, analisa as informações e depois se ataca. Se ele for rápido o suficiente e enviar metade dos homens antes que todos percebam quantos guerreiros estão se movendo livremente, pode ser que ninguém note por um tempo. Quinn apontou para Ari enquanto olhava para Brie. — Você diz seis unidades, mas a Tau é uma equipe de apenas quatro homens. — Eu vou com eles, — disse ela, deliberadamente sem olhar o companheiro. Quinn se virou para Sascha. — Ela pode fazer isso? Sascha exalou. — Sabe, graças a Ameaça me eletrocutar em várias ocasiões, percebo que muito pouco me surpreende mais. Simplesmente sigo o fluxo agora. — Ela disse mesmo que sentia sua falta, — Izzy acrescentou, então franziu a testa. — Embora tenha dito isso depois do Ryuu aumentar a carga daquela coisa que é uma chave de fenda. Sascha choramingou e começou a esvaziar sua caneca enquanto sua própria unidade ria de sua situação. Brie olhou furtivamente para o companheiro. Ele a olhou e deu de ombros. — Você continua esperando que eu fique bravo por você estar tomando um papel ativo na investigação. Isso não vai acontecer. Na selva, são as leoas que caçam para alimentar o

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clã. Venho de um lar com fêmeas fortes, então você trabalhar na aplicação da lei não me incomoda nem um pouco. Oron se virou para Ari. — Você deveria apresentá-la às suas tias. — Tias? — ela perguntou. Ari estalou as costas. — Sim, do lado da minha mãe, as Filhas de Eliana. Minha mãe tem seis irmãs e todas são incrivelmente fortes. Lembra, falamos sobre elas na vila dos Guerreiros. — Ela assentiu e este continuou: — Elas são todas guerreiras por seus próprios méritos, mas não servem nas unidades. Elas atualmente vivem para proteger outros shifters de leão. Isso não é tão necessário agora que a maioria dos paranormais vivem nas cidades-pilar em torno delas, mas antes das cidades serem criadas, as leoas eram conhecidas como Protetoras dos Fracos. — Como os policiais patrulheiros da velha escola que conheciam seus bairros por dentro e por fora. As leoas patrulhavam e impediam os shifters mais fortes de dominar os espaços comuns, — acrescentou Oron. Brie se virou e agarrou o braço de Ari. — Eu tenho que conhecê-las. — Tem mesmo? — ele perguntou, numa voz tensa. — Por quê? Você tem vergonha de mim? —ela exigiu. — Claro que não. É só que...elas são...elas... — Ari se atrapalhou. — Elas o mimam como ninguém, e provavelmente a desafiarão na mesma hora, — concluiu Oron. Ela entrelaçou os dedos e estalou os nós deles.

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— Parece divertido. — Não, parece uma maneira rápida de acabar com seu corpo engessado, — Ari refutou. — Se elas são tão boas assim, Ari, serão capazes de ajustar a força usada. — Ela sentiu um tremor de excitação. Brie raramente conseguia enfrentar outras mulheres. — Deuses, olhem o rosto dela, — disse Lorcan, apontando. Ari apenas bateu a testa na mesa, antes de simplesmente deixá-la descansar lá. — Curandeiros. Quero todos os curandeiros bruxos que temos de prontidão, — disse ele em tom abafado. Ela empurrou a cadeira para trás. — Ari, vamos para a vila dos guerreiros, te devo pelo menos dois boquetes por me apoiar e acreditar em mim. Ari endireitou-se na cadeira, olhou para ela, esvaziou a caneca e levantou-se. — Tenham um bom dia, cavalheiros. — Eu te odeio! — Sascha gritou por trás deles quando saíram do bar. — Não me importo! — Ari gritou de volta. Brie teve que praticamente correr para acompanhar os passos largos de Ari. E não pôde evitar soltar uma risada borbulhante com o entusiasmo dele. Quase haviam chegado à vila quando Aiden, juntamente com Kendrick, Micah e os irmãos Ashleigh os alcançaram. Atrás dos homens, Meryn e os meninos seguiam num ritmo vagaroso, seu escudeiro e Pierce os acompanhando.

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— Ótimo. Que bom que os encontramos, — disse Aiden. Ele ergueu o braço e apontou para o Dav’s, a direção de onde tinham acabado de sair. — Precisamos de vocês em uma reunião para discutir nossa próxima missão. — Nããão, — Ari choramingou. Brie mal conseguiu manter o rosto sério. A expressão de Ari era trágica. — Não podemos alcançá-los depois? Aiden deu a ele um sorriso espertalhão. — Todos nós precisamos fazer sacrifícios como guerreiros de unidade. — Ele deu um tapinha nas costas de seu companheiro, depois passou um braço ao redor de seus ombros para conduzi-lo para longe da vila. Brie os seguiu. E de vez em quando soltava uns ruídos com a boca que faziam Ari se virar e olhá-la bravo. Meryn ficou ao seu lado. — Você é meio malvada. Gosto disso. Brie, sem nem mesmo pensar, ergueu o punho, no qual Meryn prontamente bateu. — Onde está a sua prima? — Ela foi com Anne e Kincaid até a instalação para colher amostras. Darian também está atuando como escolta para que possa mandar as ampolas ou os saquinhos ou o que quer que seja para a Vi3PO em Noctem Falls. — Você é simplesmente uma pequena nerd pateta, não é? — Brie perguntou, surpresa que esta pequena mulher fizesse que muitos dos homens que ela conhecera em Quântico amaldiçoar e se benzer.

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Meryn ergueu os dedos fazendo um “V”. — Meu kung fu é poderoso. — O meu também, — disse Brie, e então parou de andar. Se inclinou para trás e deu um chute por sobre a cabeça de Meryn antes de relaxar para voltar a ficar sobre ambos os pés. — Isso foi tão incrível, caralho, — Meryn sussurrou. E foi se inclinar para trás, mas Ryuu colocou a mão em seu ombro. — Eu não tentaria, denka, você está em desvantagem porque o bebê atrapalha seu equilíbrio. Meryn suspirou. — Nada de chute ninja para mim. — Está tudo bem, Meryn, você é foda de outras maneiras, — disse Neil, apontando para a bolsa dela. — Verdade verdadeira, baixinha. Você fez homens adultos chorarem com essa coisa. Meryn se iluminou. — Sério? — Sim, sua merdinha sádica. Meryn apenas riu abertamente. — Isso completamente faz do Aiden o meu manequim. — Hein? — Brie perguntou. — Ela sempre quer dizer masoquista quando fala manequim, — Nigel a informou. — Bom saber. Brie viu que estavam, mais uma vez, de volta ao Dav's. Quando Aiden abriu a porta do bar, houve um silêncio então gargalhadas estrondosas dos homens. Brie não pôde

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deixar de rir também. A expressão de Ari com certeza não tinha preço. Eles voltaram para onde haviam acabado de sair enquanto mais mesas e cadeiras eram arrastadas. Sem dizer nada, mas com um sorriso malicioso, Dav entregou a Ari uma cerveja nova e uma pequena dose em um copo. — Obrigado, Dav, — disse Ari, engolindo a dose e tomando um gole generoso da caneca. Aiden terminara de apertar os antebraços dos guerreiros de Lycaonia quando olhou ao redor e estremeceu. — Dav, vamos precisar tomar conta do seu bar por uns instantes. — Estou um passo à sua frente, Comandante, — disse Dav, enquanto voltava de onde havia virado a placa para sinalizar “fechado”. Poucos minutos depois, os guerreiros da unidade de Éire Danu entraram e se sentaram. Os únicos que faltavam eram Corrin e Balder, que permaneceram de guarda no armazém e Darian e Kincaid, que escoltavam Anne e Amelia. Os homens da Gama continuavam fazendo piadinhas com Ari e zombando de seu infortúnio. Brie observou Bryok se inclinar e explicar o que estava acontecendo ao recém-chegado Bastien, que ainda usava uma bandagem branca ao redor da cabeça. Bastien se inclinou e sussurrou para Ian, que se virou para encarar a Unidade Gama, seus olhos se estreitando. Um momento depois, cada guerreiro que esteve provocando Ari saltou

das

cadeiras,

xingando

enquanto

faíscas

azuis

pipocavam ao redor de cada homem.

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Ian apenas sorriu. — Ainda querem brincar? Sascha se sentou novamente. — Ameaça, você ensinou isso a eles? — ele perguntou à pequena mulher, que ainda estava tendo ataques de riso. — Não, mas isso foi muito incrível. O Keelan ficaria orgulhoso, — disse ela, erguendo a mão a Ian para um “toca aqui” à distância. Ele a cumprimentou e se virou a Ari. — Do jeito que vocês Lionharts são, você precisaria de mais tempo de qualquer maneira, — ele disse, batendo em seu ombro. Ari se endireitou. — Pode ter certeza, — disse ele, parecendo um pouco menos deprimido. — Eu vou recompensa-lo, bebê, — Brie prometeu. Ari se animou com isso, então deu a cada homem ao redor deles um sorriso cheio de satisfação. — Eu ganhei, — disse ele. Aiden pigarreou. — Tudo bem, homens, vamos começar. Kendrick? Kendrick balançou a cabeça. — Já tem um feitiço protegendo o lugar. Quinn ergueu a mão. — Lancei ele mais cedo, senhor. Aiden deu um breve aceno de cabeça. — Como devem ter notado, alguns guerreiros de repente se viram sem ordens imediatas. — Todos os homens concordaram. Lorcan apontou para Brie.

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— Brie soletrou isso para alguns de nós, os lentos, mais cedo. Aiden deu a ela um olhar de apreciação. — Muito bom. — Ele se virou aos homens. — Minha companheira

identificou

mais

dois

locais

de

possíveis

depósitos aqui na Costa Leste. Eu gostaria de usar todos os guerreiros em Éire Danu para invadir os dois de uma só vez. Bastien, junto com os outros guerreiros fae, colocaram os punhos sobre seus corações em uma demonstração silenciosa de gratidão e respeito. Brie olhou Meryn. Ela sabia que a mulher era um gênio, então sua informação não estava errada, mas poderiam todos eles estar deixando algo passar? Ela levantou a mão antes que Aiden começasse a falar sobre os detalhes da missão. Aiden pareceu surpreso. — Sim, Brie? Ela se voltou para Meryn. — Por que a Costa? Meryn piscou. — É o que está mais perto. Brie apontou para os faes. — Mas temos portais, não poderíamos ir a qualquer lugar? — Suponho que sim. — Meryn, não sei se teve a chance de olhar os relatórios do segundo local, mas no meu, mencionei que parecia encenado. As pessoas não estavam mortas há tanto tempo,

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inferno, ainda podíamos sentir o cheiro do desinfetante de limão nos corredores. — Vá em frente, — disse Meryn, parecendo intrigada. — E se você executar os mesmos parâmetros de pesquisa, mas mais longe, digamos, em torno de Noctem Falls. Se este for um jogo de gato e rato, prefiro pegar o gato desprevenido. Seria bom salvar as pessoas para variar, em vez de recuperar corpos. — Ela franziu o cenho. — A única desvantagem é que, se atrapalharmos seus planos, podemos mudar qualquer que seja o jogo que estejam jogando, e eles podem ficar mais agressivos. Isso pode fazer com que outros sejam mortos mais rápidos. Meryn já estava pegando o notebook, o que fez os gêmeos pegarem os deles. — Acho que o risco se justifica. Se pegarmos os vilões no armazém, isso daria ao meu companheiro alguém para torturar e obter mais informações, o que poderia realmente levar à salvação de todos. Dê-nos alguns minutos, verei o que conseguimos encontrar. Aiden apenas a olhou. — Temos sido tão abençoados com nossas companheiras. Todos os homens levantaram suas canecas e beberam longamente. Sorrindo, Ari entregou-lhe a cerveja. E mordiscou seu pescoço enquanto ela bebia. — Você fica tão sexy quando fica toda policial. — Quer ser preso mais tarde? — ela sussurrou.

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— Vou até deixar você tirar minha roupa para me revistar, — ele brincou. Aiden olhou os papéis que trouxeram. — Eu ainda gostaria de ir a um desses locais, — disse ele, colocando um mapa sobre a mesa. Ele apontou para um círculo ao redor de uma cidade no sul da Virgínia. — Este fica um pouco perto demais de casa para nós. — O plano é relativamente simples. Vamos nos dividir em dois grupos. — Ele ergueu a mão, que agora exibia um anel de prata. — Este é um empréstimo da rainha. Funciona de forma semelhante ao que Darian tem e me permitirá abrir um portal em qualquer lugar, contanto que eu trabalhe em conjunto com um fae. Vou liderar o grupo em direção ao local na Virgínia. — Ele olhou ao redor da sala. — Brie, gostaria que liderasse o grupo que vai para o segundo local. Brie sentiu o queixo cair. Os homens ao seu redor tinham literalmente milhares de anos a mais de experiência. — Senhor, eu ficaria honrada, mas, tem certeza? — Pedi a Meryn que hackeasse seu arquivo e olhei suas pontuações nos testes. Você é a mais preparada para liderar uma missão mais moderna no estilo SWAT. Enquanto falamos, um equipamento atualizado está sendo reunido por Marius, Sebastian e Cord. Será um equipamento ao qual você estará familiarizada. O braço de Ari pousou nas costas da cadeira dela. — Não consigo pensar em ninguém melhor, — este admitiu. Ela olhou para Aiden.

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— Quem irá abrir o nosso portal? — Darian, então Oron também irá com você. Tem alguma preferência para a sua equipe? — ele perguntou. Havia uma expressão curiosa em seu rosto. Sua pergunta não era um teste, era mais um indicador. — Gostaria da Tau, é claro, Gama, Phi e qualquer Superbruxo que quiser nos acompanhar. Aiden apontou para Bastien. — Por que Phi e Gama? — Sinto que conheço bem Bastien e sua unidade pelo tempo limitado que passei aqui. Gama porque se Darian e Oron estão atribuídos ao segundo local, faz sentido Oron ter sua unidade consigo. — Tem uma preferência de Superbruxo? — Aiden perguntou, sua boca se contraindo. — Thane. — Por quê? — Aumenta a probabilidade de um de seus irmãos vir junto, me garantindo dois Superbruxos, — explicou ela. — Que trabalho malditamente bom, — disse Aiden. Ari apontou ao próprio peito. — Você não perguntou por que ela queria a Tau junto. Brie apenas o olhou. — Você não presumiu que eu o queria lá porque é meu companheiro? Ari bufou. — Na verdade, isso seria um empecilho a você. Sabe muito bem que a nossa atenção poderia ficar dividida.

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— Eu amo como você me entende. Aiden apontou para Ari. — Espera, ele está certo? — Meryn o escolheria porque é companheiro dela? — ela perguntou. Aiden balançou a cabeça. — Não. Ela, na verdade, é uma pensadora rápida em campo e uma excelente atiradora. Eu seria inútil no posto de vigia. — Escolhi a Tau por causa de todos os homens, eu os conheço melhor, mas mais do que isso, sinto que eles me conhecem melhor. Não hesitarão quando eu der uma ordem, e isso pode fazer a diferença mais tarde. — Brie, senti como se soubesse quão boa você é, então seu companheiro prova que eu estava te subestimando. Isso não vai acontecer de novo, — Aiden prometeu. — Sem problema, senhor. — Certo, posso ter algo, — Meryn falou, olhando por cima do notebook. — Aonde, bebê? — Aiden perguntou. — Isso vai te custar. Aiden franziu a testa. — Você sabe que eu nunca te negaria nada. O que gostaria? Meryn apontou para Brie. — Posso ter um broche igual aquele? Com todas as suas coisas e seu tartan em uma faixa? Aiden pegou a companheira no colo.

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— Ficarei feliz em conseguir uma representação da minha posição de guerreiro para você usar. Dessa forma, o mundo inteiro saberá que é minha. Meryn salpicou o rosto do companheiro com beijos antes de se remexer para este colocá-la de volta no chão. — Você não me deixa fazer uma tatuagem, então achei que essa seria a próxima melhor coisa. Aiden se virou para Ari. — O joalheiro é local? — Sim, senhor. Ele é dono de uma pequena loja aqui na Cidade da Fronteira, — respondeu Ari. —

Perfeito.

Bebê,

prometo

encomendar

um

imediatamente. Pode nos dizer o segundo local agora? Meryn franziu o rosto. — É um tiro no escuro. Apenas algumas casas atrasaram os pagamentos, mas acho que é porque os atrasos nos pagamentos ainda não entraram no sistema. Balder se inclinou para frente. — Isso pode significar que eles ainda estão vivos. Meryn deu de ombros. — É possível. — Ela virou o notebook. — Fica a cerca de oitenta quilômetros ao norte de Noctem Falls. Já mandei uma mensagem para Eva; ela disse que a Unidade Eta está pegando as coisas deles e irão se reunir aqui. — Ela apontou para um grande estacionamento. — Este shopping foi fechado no ano passado, então não terá ninguém para incomodá-los. Brie olhou para Aiden.

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— Senhor, com sua permissão, gostaria de invadir o local de tardezinha. O pôr do sol será por volta das seis da tarde aqui na Costa Leste para a sua equipe, o que significa que chegaremos ao nosso local por volta das quatro. A escuridão nos ajudará a permanecer escondidos, mas o fato de ainda estar claro pode nos dar a vantagem da surpresa, ninguém espera que esse tipo de coisa aconteça no meio do dia. — De acordo. — Ele olhou ao redor. — Tau, Phi, Gama, com a Brie. Thane, tudo bem para você ir ao Novo México? — Aiden perguntou. Thane assentiu. — É um antigo reduto para mim. Cristo gostava de ficar perto de casa, então sempre que tínhamos um tempo livre, migrávamos ao sudoeste. — Ele olhou a Justice. — Você vem comigo. Law, fica de babá do Comandante. Aiden fez uma expressão aborrecida. — Eu estou bem aqui. Brie se levantou, e as unidades atribuídas a ela também. — Você pode atualizar o Darian e enviá-lo à vila dos guerreiros? Aiden acenou com a cabeça. — Boa sorte. Se os Deuses quiserem, isso pode acabar esta noite. Brie não disse nem uma palavra. Situações como aquela nunca eram facilmente resolvidas. — Meryn, você tem alguém que pode nos guiar? Meryn apontou com o polegar para os gêmeos.

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— É compre um, leve um de graça. Eu os tenho treinado junto com o Noah e o Jaxon para serem os olhos no céu. Brie olhou os gêmeos. — Estaremos contando com vocês. Neil engoliu em seco. — Faremos o nosso melhor. — Vamos, pessoal, tenho telefonemas a fazer, — disse Brie, já se encaminhando para a porta. — Depois, certo? — Ari gritou atrás dela. Ela apenas riu e continuou andando.

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Capítulo 13 —

Você

está

bravo?

ela

perguntou

enquanto

começavam a arrumar seus equipamentos. Ari a olhou, surpreso. — O que, porque meus boquetes foram adiados? Não. Eu sei que sua cabeça precisa estar focada para isso dar certo. Ela se aproximou e o abraçou por trás. — Como você é tão perfeito? Ari esfregou suas mãos onde descansavam em sua cintura. — Não sou, mas acho que sou perfeito para você. Na verdade, Ari queria gritar. Ele a queria a mil quilômetros de distância de toda aquela confusão, mas ela fora escolhida e reconhecida por seu comandante. Não havia como ele tirar isso dela. Ele apenas teria que ignorar suas ordens e protege-la a cada passo. Ari suspirou. — Obrigada, — ela sussurrou. — Eu sei que isso deve ser difícil para você. Ari se virou em seus braços e a puxou para perto.

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— É mesmo. É muito difícil. Quero envolvê-la em algodão e mantê-la segura, mas não é isso que você é aqui. — Ele deu batidinhas em seu peito. — Vou atribuir a você minha retaguarda. Ele grunhiu. — Você ia ficar na minha retaguarda de qualquer jeito, não é? — Brie perguntou com diversão dançando nos olhos. — Com certeza. — Ele não via razão para mentir. — Eu sabia. — Ela riu. — Suponho que te ter atuando como meu apoio é um pequeno preço a pagar. — Ela inclinou a cabeça para trás e ele praticamente cedeu de alívio. Qualquer ação onde ele a tocava parecia o paraíso. Ele manteve as coisas leves e simplesmente mordiscou e puxou seu lábio inferior. Quando o telefone dela tocou, eles se separaram. Ela atendeu. — Wilson aqui. — Ei, Brie, pedi aos nossos meninos o que você queria e eles ficaram mais do que felizes em doar. Estou no portal agora, onde devo deixar suas coisas? — Ari se perguntou o que Brie pedira a Cam. — Estou na vila dos guerreiros, estamos nos mobilizando para esta noite. — Já? Precisa de ajuda? — Acha que consegue acompanhar, velho? — ela brincou. — Velho? Espere até eu te ver, mocinha, — ele reclamou antes de desligar. — O que você pediu?

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— Alguns equipamentos táticos da SWAT. Eu ajudei quase todos os membros da equipe a estudar para seus testes de promoção, eles me devem muito. — Nós temos equipamento, — Ari protestou. Era o equipamento da unidade; era o melhor. Certo? — E é um equipamento sólido, mas o que eu pedi é parte do motivo pelo qual Aiden me escolheu para esta missão. É um novo equipamento de tecnologia ao qual você e seus irmãos de unidade podem não ter sido expostos ainda. — Suponho que não, se é tão importante assim. — Você está fazendo beicinho agora? — Não. Talvez. — Deus, eu te amo, — ela disse, então congelou. O coração de Ari praticamente parou. Eles se viraram um para o outro. E Brie cobriu a boca com a mão. — Deus, eu amo mesmo. Eu te amo. Isso é ruim. — Espere. O quê? Isso não é nada ruim! — ele protestou, puxando-a para perto. Sua companheira o amava! Ele queria gritar isso de dentro das paredes do palácio. — Sim, é, porque não posso te perder e viver, — ela lutou em seus braços. — Querida, eu sou um shifter de leão. Sou amigo próximo de bruxos que podem fazer coisas como fazer nevar e criar tornados. Não vou a lugar nenhum. Ela se acalmou, mas ainda se agarrava a ele. — Não posso te perder, Ari. Simplesmente não posso. — E não vai, — ele reiterou. Brie olhou para a cama deles e suspirou.

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— Nós não temos tempo. — Normalmente, eu veria isso como um desafio, mas como acabamos de admitir nosso amor um pelo outro, da próxima vez que estivermos naquela cama, vamos passar a noite toda fazendo amor, e vou te reivindicar de novo. Não quero me apressar. Brie lançou-lhe um olhar zangado. — Não ouvi você admitir merda nenhuma. Sou a única aqui na terra da vulnerabilidade. Ari a encarou. Ela estava certa. Ele emoldurou seu rosto. — Brie Wilson, eu te amei desde o momento em que te vi pela primeira vez. Te amei ainda mais quando atirou em mim. A cada dia esse amor cresce. De agora até o dia em que passarmos deste mundo, serei seu e você será minha. Ela esfregou a bochecha contra a mão dele. — É bem sua cara dizer algo sobre eu atirar em você em sua confissão de amor. Ele beijou o nariz dela e baixou as mãos. — Claro. Eles ouviram uma campainha. — Provavelmente é o Cam com as suas coisas. — Ele pegou o resto de seu próprio equipamento e desceram as escadas, onde Bastien estava cumprimentando Cam. Cam olhou para sua companheira. — Ouvi dizer que vocês estão dando uma festa. Querem deixar esse pobre e entediado Vanguarda participar? — Ele estendeu uma bolsa impressionantemente grande para Brie. Esta deu um passo à frente e a pegou, então se dirigiu para a

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lateral do saguão para vasculha-la como uma criança com uma tigela de doces. Bastien apontou para o traje de Cam. O homem fora completamente vestido com equipamento preto e uma arma automática pendurada nas costas. — E se dissermos não? Cam deu de ombros. — Eu já subornei a Meryn com um relógio da Apple para conseguir as localizações de ambos os lugares. Eu poderia simplesmente te encontrar lá. — Droga, — Bastien murmurou. No chão, Brie apenas riu. — Oh, eles se lembraram. Incrível. — Ela começou a prender, amarrar, atar e até mesmo colar itens com velcro no corpo. Quando se levantou, parecia seu próprio sonho erótico. — Droga, meu bem, — ele suspirou, se deleitando com ela. — Ari, você está fazendo aquela coisa de rosnar de novo, — Priest disse, cutucando-o. — Eu nem me importo mais, — Ari disse. Sua atrevida companheira piscou um olho para ele e olhou para o relógio. — Está quase na hora de ir. Todos estão prontos? Os homens que lotaram o saguão por causa da campainha da porta responderam em coro: — Sim. — O Darian está aqui?

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— Estou aqui. Mas acabei de chegar. Tenho discutido com meu irmão para que ele fique no palácio com nossa mãe, mas ele está sendo teimoso, — Darian reclamou. — Não seja assim, Dari. Faz séculos que não tenho uma missão com a Gama; deixa eu me divertir um pouco, — Oron apontou. Brie bateu no relógio e olhou para Darian. — Você sabe para onde vamos? Ele assentiu. — Eu fui lá um pouco mais cedo para me orientar para o portal e para examinar o lugar. Ameaça fez um bom trabalho escolhendo um ponto de encontro. — Por que você a chama de Ameaça? Quero dizer, combina com ela, mas não é meio maldoso? — Foi ela que começou com esses codinomes, agora pegou, — Sascha rosnou. — Qual é o seu? — Brie perguntou. Sascha ficou rosa. — Gama Kitten One, — ele murmurou baixinho. — Eu sou Raposinha, — acrescentou Quinn. — Eu sou Adônis, — Ben disse sorrindo para o líder de sua unidade. Ari se virou para Christoff e Oron. — E vocês dois? — Ele estava morrendo de vontade de ver o que o resto da unidade tinha conseguido. Os guerreiros das Unidades Tau e Phi estavam rindo loucamente. Christoff deu de ombros modestamente. — Príncipe.

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Oron sorriu largamente. — Oreo. Sascha fez uma careta para os guerreiros. — Podem rir. Vocês provavelmente serão batizados esta noite. E pelo que ouvi do Aiden, a Meryn está com fome e estressada, então não acho que se darão tão bem quanto a gente. Ari riu para si mesmo quando seus irmãos pararam de rir quase imediatamente. Nerius se virou para Sascha. — Eles não são realmente codinomes, certo? Sascha deu a ele um olhar sem expressão. — Estamos prestes a entrar em uma missão de duas frentes sancionada pelo conselho com a coordenação de três das quatro cidades-pilar. — Ele apontou para o walkie-talkie. — Posso garantir a você que em algum momento esta noite, a voz alegre da Meryn chamará Gamma Kitten One. Real? Talvez. Permanente? Com certeza. Bastien se virou para Oron. — Por que você está tão feliz com Oreo? — Porque é uma das bolachas favoritas dela, o que significa que ela me ama e porque aquelas bolachas são incrivelmente gostosas, — Oron explicou. — Recheio duplo? — Kincaid perguntou. Oron assentiu. — Aparentemente, de acordo com a Meryn, recheios duplos são Oreos normais. Oreos normais são Oreos diet e aqueles fininhos são abominações.

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A cabeça de Kael balançou quando este concordou. — Exatamente. Precisamos convidar a Meryn para uma Festa do Petisco. Parece que ela sabe das coisas. Brie deu batidinhas no comunicador em sua orelha. — Ameaça, pronta? — Pronta pra botar pra quebrar, NinjaGaiden 5. Brie sorriu para os caras ao ouvir seu codinome. — Com quem iremos trabalhar? — Te coloquei com os Gemini. Eles assumirão a comunicação quando você se encontrar com o Professor. — Entendido, Ameaça. Câmbio. — Fim. Câmbio. Brie acenou para Darian. — Quando estiver pronto. — Como quiser, NinjaGaiden. — Darian balançou a cabeça e abriu um portal no saguão. Ari se certificou de que estava bem atrás da companheira enquanto o atravessavam. Do outro lado, viram outro grupo de homens em pé ao lado de um SUV preto. Um guerreiro alto de cabelos escuros deu um passo à frente, com o braço estendido. Brie agarrou o antebraço do homem e os outros acenaram saudações. — Bem-vinda ao Novo México, — o guerreiro disse. — Sou Adriel Aristaios. Este é Declan Lionhart, meu segundo. Grant

5

Ninja Gaiden é uma série de jogos eletrônicos de ninjas.

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Douglas, shifter de lobo, Etain Vi'Aerlin e é claro, você já conheceu Micah. Darian o deixou conosco quando verificou o armazém para a colocação do portal, — Adriel disse, como apresentação. Ari nem se apercebeu. Em um momento estava de pé com a companheira, no próximo estava envolto nos braços do irmão mais velho, rodando — Ari! — Declan riu, seus olhos brilhantes. — Ponha-me no chão, Dec! — Ari protestou. Sua companheira estava vendo pelo amor dos deuses. Declan o colocou no chão e ele foi puxado imediatamente para um abraço. — Deuses! É bom te ver. Mas gostaria que fossem em melhores circunstâncias. Ari deu a seu irmão um olhar azedo. — Essa é as boas-vindas do irmão que nunca visita, acasala e faz um bebê Lionhart sem ligar. — Ele cruzou os braços sobre o peito. — Ahh, Ari, não seja assim. — Os olhos de Declan se estreitaram. — Espere, você não acasalou recentemente também sem ligar? Ari sorriu. — Sim. — Você tem uma foto dela no seu telefone? — Declan perguntou, pegando o dele. — Tenho uma tonelada de fotos da Kari. Ari apontou para onde Brie estava de olhos arregalados, vendo tudo.

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— Brie Wilson, líder do esquadrão para esta missão. Declan congelou, então se virou para olhar para Brie. — Essa é a minha irmãzinha? — Sim. — Oh, nem a pau! — Declan jogou os braços no ar. O rosto de Brie se contraiu e Ari deu um passo à frente, prestes a colocar juízo no irmão no tapa. — Ela é linda demais para um pirralho igual você. — Ele olhou para o equipamento dela. — Então, suponho que vou te proteger, hein? A expressão de Brie mudou de mágoa, para satisfação, para resignação. Ela cobriu o rosto com a mão. — Bem, considerando que estou acasalada com seu irmão, conheci seu pai, seu outro irmão mais velho e primos, sei que seria uma absoluta perda de tempo discutir contigo. —

Verdade

verdadeira,

Declan

admitiu

descaradamente. Ari deu um suspiro secreto de alívio. Com seu irmão mais velho ao seu lado, nada aconteceria com sua companheira. Adriel colocou a mão no ombro de Brie. — Não fica mais fácil. Acredite em mim, tenho tentado colocar bom senso no Declan faz séculos. É uma causa perdida. Brie apenas balançou a cabeça e olhou para o relógio. — Ok, homens, ouçam. Os homens se amontoaram ao redor de Brie para receber ordens.

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— Vamos conduzir isso de maneira um pouco diferente da missão de Aiden na Virgínia. Esperamos pegar criminosos reais no local e reféns vivos. O que significa que teremos que ser muito precisos no que diz respeito ao tempo. — Ela olhou para o relógio novamente. — Em quatro minutos, vamos nos conectar com os Gemini, os gêmeos. Eles hackearam a segurança e as câmeras do prédio e nos guiarão ao interior. Nosso objetivo é dolorosamente simples. Se os reféns estiverem vivos, terão prioridade. — Ela nivelou os olhos com os dos homens. — Éire Danu precisa dessa vitória. A rainha precisa dessa vitória, então vamos fazer o nosso melhor para lhe dar isso. A segunda prioridade será prender qualquer inimigo vivo. Deixe-me repetir, cavalheiros: quanto mais levarmos vivos, mais chances temos de obter a localização de mais depósitos a tempo de salvar pessoas. — Sim, senhor, — os homens disseram seguido por uma pausa estranha. Brie sorriu e relevou a gafe com um aceno. — Senhor serve. Agora, de acordo com o que a Meryn nos mostrou mais cedo, este edifício tem uma entrada na frente. São portas duplas, sem janelas. A parte de trás tem uma única porta, mais uma janela lateral. Alguém tem alguma ideia de como podemos obscurecê-la? Quinn ergueu a mão. — Sou um bruxo da Terra. Posso jogar lama nos painéis inferiores. Brie acenou com a cabeça e continuou:

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— A partir do momento em que atingirmos a porta, temos menos de trinta segundos para limpar o prédio. Se lhes dermos mais tempo, podemos perder os reféns ou enfrentar inimigos e seus reforços. Teremos que ir e com tudo. — Ela ergueu um pequeno tablet com um esquema. — Gama, Phi, têm vinte segundos, podem assegurar a parte traseira? — Considere feito, — Sascha prometeu, e Nerius bateu no antebraço do shifter de tigre com o próprio. — Ótimo. Isso significa que Tau, Eta, ficam comigo. De acordo com o mapa, as portas duplas levam a um escritório muito pequeno com uma porta interna que leva ao andar de armazenamento. Adriel, Gage, assim que as portas duplas estiveram abertas, gostaria que qualquer um de vocês flanqueasse a entrada e vigiasse nossas costas. — Adriel e Gage assentiram. — Thane, não tenho certeza do que você é capaz, então, por favor, não fique bravo se eu fizer uma pergunta que o pinte com uma luz infantil ou pobre. Não estou acostumada a trabalhar com pessoas que podem usar os elementos. Thane sorriu. — Pergunte à vontade, não vai me aborrecer. — Você pode abrir portas trancadas? Thane piscou. — Facilmente. — Ótimo. Você e Justice têm as três ordens a seguir. Abram a porta da frente e a interior. Localize e defenda os reféns e, se possível, evitem que os criminosos escapem.

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— Os criminosos são meus, — Justice disse rapidamente com uma expressão predadora. Thane apenas assentiu. — Se eu não te deixar trabalhar de verdade de vez em quando, você ficará inútil igual o Kendrick. — Vou dizer a ele que você disse isso, — Justice ameaçou. — Vou bordar isso em uma almofada para ele, — Thane respondeu. Brie balançou a cabeça com as briguinhas dele. — Isso significa que o resto da Tau e Eta vão dividir seus esforços entre os reféns e os criminosos. Todos vocês têm estado em missões a mais anos do que posso imaginar; têm experiência o suficiente para agir de acordo. — Os homens concordaram. Seu relógio apitou e ela tocou seu comunicador. — Gemini, os homens estão informados e estamos prontos para entrar. — Nós a ouvimos em alto e bom som. Saia quando estiver pronta. Câmbio. — Darian? Darian avançou e abriu um portal. Ao contrário da maioria que Ari viu, este não brilhava com uma luz dourada. Na verdade, ele mal conseguia ver o brilho do ar no centro do portal. Ele os olhou. Darian olhou ao redor. — Sério, pessoal? Vocês acharam que eu abriria um farol brilhante bem na porta deles? — Novo? — Thane perguntou.

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Darian lhe sorriu. — O mago inútil me ajudou a construí-lo. —

Vamos

silenciosamente.

Mantenham

os

comunicadores ativos apenas se mudarem de posição ou para pedir ajuda. Os homens concordaram. — Deuses acima, nos guiem e protejam. Por favor, que haja alguém para salvar, — Kincaid sussurrou. Como sempre, seu irmão bruxo sabia exatamente o que dizer. Ao redor deles, os homens sussurraram: — Assim seja. — E cruzaram o portal. Uma vez do outro lado, Brie deu uma batidinha na orelha. — Gemini, boa noite. — Câmeras e segurança desligadas, — respondeu um dos gêmeos. Gama e Phi se afastaram para dar a volta na parte de trás. Brie iniciou uma contagem regressiva no relógio. Eles se posicionaram perto da entrada principal e esperaram. Ari olhou para seu irmão e encontrou seus olhos. Declan olhou para Brie, então acenou com a cabeça. Os homens podiam ter suas prioridades atribuídas, mas ele tinha apenas uma. Manter sua companheira segura. Brie ergueu a mão e começou a contagem regressiva de cinco segundos. Quando chegou a um, Thane lançou um feitiço e arrebentou as portas da frente. Imediatamente, todos começaram a se mover. Adriel e Gage assumiram posições de cada lado da porta e entraram. Um momento depois, houve um segundo estrondo

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e Thane praticamente dissolveu a porta interna. Os homens se espalharam, analisando a situação. De um lado, um grande grupo de faes estava amontoado em um canto. E estavam vivos! — Thane, Justice! — Brie gritou, apontando. Os bruxos se moveram mais rápido do que Ari conseguia acompanhar e um momento depois, uma barreira de prata cintilante apareceu entre a batalha em andamento e os reféns assustados. —

Eles ficaram

invisíveis!

Sascha

gritou pelo

comunicador. — Peguei dois! Ari se virou para ver quem havia gritado. Para sua surpresa, Kincaid estava de pé, respirando com dificuldade, ao lado de uma grande caixa de argila. Na frente deles, tiros soaram primeiro quando Kael, então Quinn caiu. — Homem caído! — Ari gritou pelos comunicadores. — O palácio está preparado para receber feridos, — retransmitiu um dos gêmeos. — Me encarem, seus covardes! — Sascha rosnou, pairando sobre os corpos de seus irmãos de unidade, defendendo-os com a própria vida. Ari e Declan moveram-se com Brie, agindo como escudos. — Rathais, está em posição? — sua companheira gritou. — Prontinho, — respondeu ele. Brie tocou no comunicador auricular. — Todo mundo para o chão! — ela ordenou.

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Cada guerreiro da unidade foi para o chão. Ele e seu irmão ficaram ao lado de Brie. Ela puxou um par de óculos e os ajustou enquanto tiros continuavam a ecoar por toda a sala. Ari observou com espanto como poças de sangue surgiram no chão ao redor deles. Brie levantou sua arma de fogo e começou a atirar rapidamente. Ela mal apontava, então outra poça de sangue aparecia. Esta estava se movendo quase tão rapidamente quanto os guerreiros. Depois do que pareceu uma eternidade, o tiroteio parou. Ela deu um tapinha no comunicador auricular. — Limpo! Retomar operação. Os guerreiros ficaram de pé de um pulo e se espalharam. Assim que os defensores invisíveis caíram, ferals emergiram de trás de cada monte de caixas. Sascha mostrou os caninos para estes. — Venham pegar isso! A mão de Brie foi para a orelha. — Darian, precisamos levar Quinn e Kael para serem cuidados. — Estou trabalhando nisso, — este respondeu. E gesticulou para Bastien ir ao pequeno escritório da frente pelo qual haviam entrado. Cada um pegou um guerreiro e recuou para levar os feridos de volta ao palácio. Ari ouviu um rosnado momento antes de um peso colidir com eles vindo da direita. Um feral montou nele, rosnando e cuspindo em seu rosto. Ambas suas mãos agarraram o colete do monstro para manter os dentes longe de seu pescoço.

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Um rugido ensurdecedor reverberou por ele. Segundos depois, o feral foi levantado e jogado ao outro lado da sala contra uma parede de concreto. — Você ousa machucar meu irmão?! — Declan silvou, então transformou ambas as mãos em garras enquanto procedia a triturar o feral que o havia emboscado. Brie se curvou, estendendo a mão. Ari a pegou e ela o ajudou a se levantar. — Você está bem? — ela perguntou. — Maravilhoso. — Relatório! — ela gritou para os homens. — Nada de novo na térmica, — Cam respondeu. — A traseira está segura, — Ben acrescentou. — Quinn e Kael foram transferidos para Éire Danu. O Darian está voltando. O Brennus manterá o portal aqui no escritório como um ponto de retorno, — Adriel relatou. — Os ferals estão abatidos, — Christoff relatou. — Pelo amor dos deuses, Sascha, ele está morto, — todos o ouviram murmurar. Ele e Brie se viraram para ver Sascha pulando para cima e para baixo no que parecia ser um corpo. Brie apenas balançou a cabeça. — Está tudo limpo? — Limpo! — os homens gritaram. — Justice, Thane, relatório, — ela exigiu. — Vivo, — Thane respondeu. — Graças a todos os deuses, temos mais de cem pessoas aqui e todas estão vivas.

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Uma ovação surgiu e Ari pegou a companheira nos braços. — Você conseguiu! Ela passou os braços em volta do pescoço dele. — Todos nós conseguimos. — Não, bebê. Você conseguiu. Vir até aqui foi ideia sua. Você e o Cam abateram cada um dos ceifadores, nos deixando livres para matar os ferals. — Ele a colocou no chão. — Como você fez isso? Ela apontou para os óculos. — Não tinha certeza se funcionariam. Não vi nada no relatório sobre o uso de óculos térmicos para rastrear aqueles invisíveis. Fiquei morrendo de medo de que algo nos colares bloqueasse isso. — O Aiden vai ter um ataque, — Ben sussurrou alegremente. — Por favor, deixa ser eu a contar a ele. Sascha tirou seus óculos de proteção. — Só temos visão noturna. Quando começaram a fazer óculos de imagens térmicas? Brie deu um tapinha no dela. — Eles não são uma tecnologia nova, mas é muito mais fácil obtê-los na forma de equipamento tático agora. Sascha sorriu maldosamente. — Eles não podem mais se esconder de nós. Nerius apontou para Brie. — Teremos que empregar uma nova metodologia. Ela nos mandou abaixar para evitar nos confundir com os inimigos.

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— Tão brilhante, minha companheira, — Ari sussurrou contra seu cabelo. Brie olhou em volta. — Onde estão os reféns? — Bem aqui, — respondeu uma voz feminina. Eles se viraram para ver muitos rostos sorridentes os olhando. — Meu nome é Elissa Elian. Não podemos agradecer o suficiente. — Ela enxugou os olhos. — Eles tocavam os gritos dos outros para nós e disseram que logo seríamos os próximos. Se não tivessem vindo, teríamos morrido com certeza. Jace e Ian avançaram. — Se nos seguirem, temos um portal que os levará diretamente para Éire Danu. Há uma rainha muito ansiosa esperando para ver os filhos, — disse Ian, apontando para a frente. Sua declaração trouxe mais lágrimas enquanto o povo imediatamente começou a se mover em direção ao lugar onde sua rainha esperava seu retorno. Darian passou por muitos deles enquanto entrava novamente no armazém. Um deles viu seu anel e ofegou. — Vossa Alteza, — o homem suspirou em um sussurro tímido. A multidão parou e, como um só, se ajoelharam. Darian rapidamente foi para o lado do homem que reconheceu o anel de sinete. — Por favor, levantem-se, todos vocês. Não se preocupem com a conduta nesse momento. Vamos levá-los para casa e cuidar de vocês.

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Eles ficaram de pé, alguns com pernas bambas. O homem olhou para Darian. — Você veio por nós? Darian apertou a mandíbula. — Eu sempre virei para o meu povo quando precisarem de mim, isso eu juro. Sua promessa silenciosa fez o resto da multidão se dissolver em soluços silenciosos. Darian olhou em volta e Oron foi para o seu lado. — Nós iremos com vocês. A rainha insiste em se certificar de que estão todos bem e seu escudeiro está cozinhando de montão, — ele disse, sorrindo. Uma das mulheres o olhou com medo. — Um Eirson, — esta sussurrou, recuando. Darian colocou o braço em volta dos ombros do irmão. — Você está errada. Muito tem sido celebrado em Éire Danu ultimamente. Por exemplo, o consorte da rainha, Brennus, passou a chefia da família para Oron, ele agora é Oron Vi'Eirlea. As pessoas ofegaram e olharam para Oron maravilhadas. Oron esfregou a nuca. — Meu tio Eamon também teve uma filha, Meryn. Ela está acasalada com o Comandante da Unidade. Ela é a coisinha mais adorável. — Gamma Kitten One, se você não me atualizar, vou dar um choque em você até suas bolas caírem! — uma voz feminina irada gritou. Sua ameaça ecoou do walkie-talkie pelo armazém vazio.

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Oron sorriu. — Falando na minha irmãzinha, — ele disse, piscando um olho para a multidão. As pessoas começaram a rir enquanto Sascha tentava freneticamente destravar o walkie-talkie. — Droga, alguém diga aquela ameaça nanica que estou tentando! Ben ergueu o próprio walkie-talkie. — Ameaça, Gamma Kitten One diz que não tem como a sua chave de fenda fazer isso e pra você cuidar do que fala ou ele dirá ao Catatau sobre você. Sascha congelou, a boca aberta. Abandonando todo o pudor, ele tirou as calças e levou o walkie-talkie ao rosto. — Ameaça, eu não disse nada disso. Meu walkie-talkie estava preso na alça do meu cinto! —

Te

vejo

quando

você

voltar,

ela

disse

ameaçadoramente. — Câmbio. Sascha baixou as calças e tentou pegar o Ben, que estava rindo loucamente enquanto corria de seu líder de unidade. Darian apontou o polegar para suas travessuras. — Como podem ver, eles têm um trabalho sério e importante a fazer. Se todos puderem atravessar o portal e se encontrar com Portia e a rainha, nós estaríamos ajudando enormemente. — As pessoas antes sombrias agora estavam rindo e se movendo novamente. Assim que o armazém ficou vazio e eles tiraram as mãos de Sascha do pescoço de Ben, se aproximaram da caixa estranha que Kincaid havia criado.

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Thane e Justice a examinavam com entusiasmo. Thane olhou para Kincaid. — Você sabe o que fez? Kincaid parecia confuso. — Fiz uma caixa. — Você fez mais do que uma caixa. Kincaid, isso é porcelana, — Thane explicou, passando a mão pela parede. — E? — ele perguntou. Justice balançou a cabeça. — Ele não entende. — A porcelana é criada quando a argila é aquecida em um forno a mais de mil e quatrocentos graus Celsius. — Thane balançou a cabeça. — Eu nunca vi nada assim antes. — Thane! Há vestígios de aço e diamante na argila! — Justice exclamou, puxando as mãos da lateral da caixa. — Kincaid, como você fez isso? — Não tenho ideia! Simplesmente aconteceu, — Kincaid explodiu. Ari se aproximou e ficou ao lado de seu irmão de unidade. — Este é um trabalho realmente bom, Kaid. Trabalho muito bom. Thane assentiu. — Eu concordo. Agora, vamos abri-lo e “cumprimentar” nossos novos amigos. Kincaid empalideceu. — Não sei como abrir. Eu meio que esperava que vocês abrissem. Thane e Justice piscaram.

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— O que? — estes perguntaram em uníssono. Kincaid apontou para o cubo. — Eu sabia que tinha que impedi-los, então meio que aconteceu. Thane fechou os olhos. — Você não usou nenhuma forma de feitiço, não é? — Umm. Não. — Justice, abra você, — Thane exalou e foi embora. —

Estraguei

tudo

de

novo,

disse

Kincaid

melancolicamente. — Você é o único que conseguiu prender prisioneiros, Kincaid. Chamo isso de uma grande vitória, — Brie observou. — Sério? —

Sim.

Quem

sabe,

talvez

ficar

em

uma

caixa

completamente escura por alguns dias sem comida vai soltar a língua deles, — acrescentou ela lhe dando uma piscadela. — Sim. Vamos nessa onda, — ele concordou. Justice pegou o celular. — Ei, Kendrick, meu irmão não consegue descobrir uma coisa e está implorando pela sua ajuda. — Mentira! — Thane gritou do outro lado da sala. — Estou a caminho, — Kendrick respondeu. Ari puxou Brie de forma que suas costas estivessem contra seu peito. E soube que tinha feito a coisa certa quando ela se apoiou nele. Depois de alguns minutos, Kendrick, parecendo cansado, entrou vindo do escritório da frente. — O outro local? — Ari perguntou.

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Kendrick balançou a cabeça. — Não, e havia mais corpos desta vez. Quase trezentos. — Ele balançou a cabeça. — Havia livor mortis6, mas nenhum sinal de inchaço. Não os salvamos por menos de vinte e quatro horas. — Deuses, — os homens sussurraram ao redor. Kendrick puxou Brie de seus braços para dar um abraço nesta. — Graças aos deuses por você. As pessoas que salvou esta noite ajudarão muito, muito mesmo para evitar que a cidade caia no desespero total. Você provou que podemos ser mais espertos que eles e revidar. Não tem ideia de como isso é vital. — Ele a soltou e gentilmente a empurrou de volta para os braços de Ari. — A rainha? — ela perguntou. Kendrick fez uma careta. — Está se concentrando nos vivos. — Ele sorriu suavemente. — Havia crianças e um recém-nascido entre os sobreviventes. Brie ofegou. — Eu não os vi. Kendrick tirou sua touca preta para que pudesse despentear seus cachos castanhos escuros. — Imagino que você estava ocupada. — Ele estalou os nós dos dedos. — Agora, que coisa simples e fácil de descobrir o Thane me implorou para vir aqui resolver? Livor mortis (ou manchas de hipóstase) representa a mudança de coloração que surge na pele dos cadáveres, decorrente do depósito do sangue estagnado pela ação da gravidade, nas partes mais baixas do corpo, e que indicam sua posição original. 6

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— Babaca, — Thane rosnou e apontou para o cubo de Kincaid. — Tenta aí. Kendrick piscou. — É uma caixa da terra, Thane. Thane lhe deu um sorriso maligno. — Abra, então. Kendrick colocou a mão na parede. Ari sentiu uma pulsação, depois nada. Kendrick franziu a testa. — Isso deveria ter funcionado. — Você tem dito muito isso ultimamente, — Thane brincou. — Só quando se trata de mim, — Kincaid interrompeu. Kendrick se virou para encarar Kincaid. — Você fez isso? Kincaid assentiu miseravelmente. — E não sei como desfazer. Kendrick colocou a mão na parede da caixa. — Isto é porcelana, — este anunciou com entusiasmo. Thane revirou os olhos. — Nós já examinamos isso. Kendrick olhou para Thane. — Não acho que você entendeu. — Oh, não. Nós entendemos. Ele usou ambos os seus elementos, — Thane respondeu. Kendrick beliscou a ponta do nariz. — Ele usou seus dois poderes elementais ao mesmo tempo com a mesma quantidade de intensidade. Se tivesse

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mais magia da terra, não teria endurecido; se tivesse mais magia do fogo, teria se desintegrado ao primeiro toque. Thane e Justice empalideceram, mas o pobre Kincaid ainda parecia confuso. — O que eu fiz? — ele perguntou. Kendrick abaixou a mão. — Kincaid, você fez o impossível. Kincaid agora parecia em pânico. — Nós podemos abrir, certo? Finalmente fui capaz de ajudar com a minha magia, mas não vai significar nada se não conseguirmos tirar esses caras daí. Kendrick olhou para o cubo, um olhar absolutamente assustador nos olhos. — Os responsáveis estão aí dentro? — Sim, — respondeu Kincaid. Kendrick esfregou o queixo. — Precisamos proteger este armazém de qualquer intervenção humana, comprar o maldito prédio se for necessário. Ari pegou o telefone. — Eu cuido disso, — ele se ofereceu. Isso era algo que sua família podia fazer. Kendrick olhou para Thane e Justice. — Mais tarde, quando passarmos pelos sobreviventes e os novos corpos forem processados e adicionados à nossa depressiva lista crescente de mortos, nós, junto com Law e os gêmeos, tentaremos decifrar esse enigma.

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As sobrancelhas de Justice se juntaram em uma carranca. — Aqueles dois? — Primeiro, eles são meus primos, então cuidado com o que diz. Em segundo lugar, sim, aqueles dois. Eles me rivalizam

em

magia

da

Terra,

Kendrick

explicou

agradavelmente. A cabeça de Thane caiu para trás. — Aqueles dois realmente têm tanta magia assim? Kendrick sorriu. — É de família, — este gabou-se. Brie olhou para o cubo de terra. — Vamos deixá-lo? Kendrick assentiu. — Infelizmente. Ari deu um beijo na nuca da companheira e sorriu quando esta estremeceu. — Eu estarei bem ali, amor, — disse ele, apontando para o outro lado da sala. — Já sinto sua falta, — respondeu ela, enquanto ajustava o colete. Ari correu até onde Declan estava conversando com Etain. — Ei, Irmãozão. Tem um minuto? — Para você, é claro, — disse Declan. — O Kendrick não consegue descobrir como decifrar aquele enigma, então temos que comprar o prédio, — ele explicou.

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Declan assobiou baixo. — Se o Kendrick não consegue descobrir, deve ser magia das brabas. — Kincaid a jogou em torno dos nossos amigos ferals sem nenhuma ideia de como a desfazer. — Ele olhou por cima do ombro para seu irmão de unidade. — Com Kendrick e os irmãos Ashleigh vendo sua magia em primeira mão, espero que ele finalmente consiga a ajuda de que precisa. Declan entrelaçou os dedos atrás da cabeça. — Se ele fez algo que o Kendrick não consegue descobrir, oficialmente tem a atenção deles, — disse Declan, rindo. — Vou ligar para o Rex e fazer com que ele comece a compra. Você ou sua unidade seriam capazes de manter vigília vinte e quatro horas? Declan assentiu. — Facilmente. Também podemos perguntar aos lobos de Noctem Fall se gostariam de ajudar. Agora que o vírus acabou, alguns estão se sentindo um pouco nervosos por estarem sem fazer nada. Proteger uma prisão onde o inimigo está sepultado pode realmente ajudar um pouco. Ari estava prestes a ligar para Rex quando olhou para o irmão. — Sabe, com o portal sendo aberto aqui para Éire Danu e com Noctem Falls se oferecendo como voluntário para o serviço de guarda, você poderia nos visitar todos os dias se quisesse, — Ari ressaltou. O rosto de Declan tornou-se ilegível e Ari continuou:

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— Venha para casa esta noite, Dec, vamos surpreender a mãe por ter todos nós em casa. Declan acenou com a cabeça lentamente no início, em seguida, sorriu. — Depois de tudo o que vimos ultimamente, eu diria que isso não é apenas um desejo, mas uma necessidade. Precisamos comemorar e valorizar nossa família agora mais do que nunca. Ari sentiu os olhos começarem a lacrimejar, então se virou para encarar a companheira. — Vou avisar o Leo. Você deseja alguma coisa? — Deuses, sim! Eu faria qualquer coisa pelo London Broil7 do Leo, tipo trocar por cinco vacas, — Declan disse em uma voz ofegante. — E purê de batatas e sua mistura de vegetais que ele faz com qualquer tempero de bruxaria que acrescenta. Oh! Oh! E sua torta de frutas! Ari se virou e não pôde deixar de rir; seu irmão tinha uma expressão de puro êxtase no rosto. — Considere feito, irmãozão. Ele ligou para Rex e não ficou nem um pouco surpreso quando este atendeu no primeiro toque. — Ari, você está bem? — Sim, mal recebi um arranhão. Declan praticamente eviscerou o feral que tentou rasgar minha garganta.

London Broil é um prato de carne feito com carne marinada, cortando-a em tiras finas. 7

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— O quê?! Onde está o maldito portal?! — Rex! Estou bem! Preciso de você aí de qualquer maneira. — Por quê? O que está acontecendo? — Resumindo, prendemos os vilões em uma caixa que não conseguimos abrir. Portanto, agora precisamos comprar o depósito para que Kendrick e os Superbruxos possam brincar com ela, — ele explicou. Do outro lado da sala, Justice gritou: — Eu vivi pelo termo Superbruxo! Ari o ignorou. — Além disso, você pode secretamente avisar o Leo que Declan e Kari estão voltando para casa para uma visita? Vamos precisar de um jantar noturno de London Broil, purê de batatas, mistura de vegetais e uma torta de frutas. — Dec está voltando para casa, — Rex sussurrou. — Sim, ele está, — Ari sentiu o coração cheio. Já fazia muito tempo que não se reuniam todos na mesma sala. — Considere a compra feita. E os guardas? — Noctem Falls tem tudo sob controle. Apenas diga à rainha que precisaremos de dois portais temporários daqui do armazém para Noctem Falls para os guardas irem e voltarem. E, claro, vamos precisar de um daqui para Éire Danu. — Se os Lionharts comprarem o armazém e eu persuadir a rainha a tornar os portais permanentes, Declan pode nos visitar sempre que quiser, — Rex disse com entusiasmo. — Exatamente.

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— Desligando agora. Vou trabalhar com o Leo para deixar tudo perfeito, — ele prometeu. — Tudo o que você faz é perfeito, Rex. — Não, nem tudo. Mas estou trabalhando nisso. Te vejo em breve. — Rex desligou e Ari só podia imaginá-lo emitindo decretos na velocidade da luz. Declan raspou o pé no concreto duro. — Ele realmente se importa, não é? Ari franziu a testa e deu um soco em Declan o mais forte que pôde no braço. E sorriu de satisfação quando seu irmão mais velho uivou. — Nós dois nos importamos, seu grande idiota. Declan estava preparado para atacá-lo quando ouviram Brie dizer: — Ari! É hora de ir! Temos relatórios para dar no palácio! Declan estreitou os olhos. — Salvo por sua companheira. Ari olhou em volta para se certificar de que ninguém estava olhando e mostrou a língua para o irmão. A risada estrondosa de Declan encheu o armazém. — Te vejo em breve, — disse este. Ari acenou. — Vejo você em breve, Irmãozão. Ele correu de volta até Brie e olhou para a reunião de bruxos perplexos. — Os Lionharts irão comprar o armazém imediatamente. Declan e os lobos de Noctem Falls fornecerão guardas o tempo

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todo e Rex está organizando portais para que o transporte para o armazém seja mais fácil. Thane colocou a mão em suas costas. — Excelente trabalho. Ari deu de ombros. Não era como se ele estivesse fazendo o trabalho real, apenas colocando as coisas em movimento. — Não seremos capazes de ficar no palácio por muito tempo. Declan e Kari vão aproveitar o portal e virão jantar. — Ele lambeu os lábios. — Leo está fazendo seu famoso London Broil para o Declan, mal posso esperar. Brie o olhou. — Para a visita do seu irmão ou para comer? Ari deu de ombros. — Ambos. — London Broil? — ela perguntou, engolindo em seco. — Oh sim. — Pelo que estamos esperando? — ela perguntou, marchando em direção ao escritório da frente, onde o portal brilhava quase fora de vista. Ari observou sua bunda enquanto ela se afastava. — Verdade, pelo que estamos esperando?

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Capítulo 14 Quando atravessaram o portal, a primeira coisa que Brie notou foi o barulho. Parecia que havia mais pessoas na sala de reuniões externa da rainha do que a mesma poderia acomodar. Para onde quer que se virasse, havia faes chorando e abraçando forte seus entes queridos. — Lá está ela! — uma voz gritou. De repente, ela e Ari ficaram cercados. — Graças aos deuses por você! — Bênçãos dos deuses para ambos! — As vozes estavam cheias de gratidão e ternura. A multidão logo se separou quando a rainha caminhou até eles. Ela primeiro foi até Ari, puxando-o para um abraço apertado. Momentos depois, a rainha fez o mesmo com ela. Antes que a rainha se afastasse, esta sussurrou em seu ouvido: — Obrigada! Obrigada a todos os deuses por você. — A rainha recuou e assentiu. — Há algo que eu possa fazer por você? Um favor que poderia conceder? Ari balançou a cabeça.

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— Nunca se tem que recompensar um guerreiro por fazer seu trabalho, — respondeu ele. A rainha se voltou para Brie. — Você é nova em nosso mundo e não é uma guerreira de unidade. O que posso fazer por você, como uma demonstração de agradecimento, pela vida de meu povo? Brie pensou na oferta. Se recusasse, poderia parecer que não valorizava as vidas dos fae. Ela olhou ao redor da sala onde os guerreiros sorriam largamente em sua direção. — Esta noite, uma das peças de equipamento mais valiosas foi um conjunto de óculos de imagens térmicas que eu peguei emprestado da equipe da SWAT de Monroe. Há alguma maneira de você conseguir esses óculos para cada guerreiro de unidade e a Vanguarda que possa chegar a enfrentar esses criminosos invisíveis? A rainha piscou. — Você quer me dizer que há uma maneira de nossos guerreiros verem esses miseráveis invisíveis, e eles não têm o equipamento de que precisam? Aiden deu um passo à frente. — Vossa Majestade, como sabe, a riqueza pessoal não pode ser usada para fornecer itens de uso público. Foi um grande ponto de discórdia que meu irmão enfrentou para modernizar nossa clínica. O mesmo vale para os guerreiros. Não podemos comprar itens com nossos próprios fundos para adicionar ao nosso arsenal. — Ele esfregou a nuca. — Embora, para ser honesto, não sabíamos da existência desses óculos. Temos óculos de visão noturna, mas não tínhamos ideia de que

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a tecnologia de imagem térmica estava agora disponível na forma de equipamento tático. A culpa é minha e só minha. — Ele baixou a cabeça. A rainha realmente bufou. — E quando exatamente, Aiden McKenzie, você teve tempo de reavaliar o equipamento dos homens? Faz menos de seis meses desde que o primeiro ceifador apareceu e, nesses meses,

seus

guerreiros

conseguiram

salvar

e

proteger

Lycaonia, descobrir um dispositivo que pode arrancar a magia de um bruxo, descobrir o que seus malditos colares fazem e o que são, revelou traição no nível do comitê, defendeu Noctem Falls de um ataque interno e curou um vírus feito por magia. Você conseguiu fazer tudo isso apesar de não ter esses óculos especiais, então o que isso realmente diz sobre suas habilidades de liderança? — ela perguntou. — Diz que ele é uma bênção dos deuses e que temos sorte de tê-lo, — anunciou Bastien em voz alta. — Que os deuses abençoem o McKenzie! — uma aclamação surgiu. Aiden

parecia

chocado

enquanto

as

várias

vozes

reverberavam pela sala. — E ele é um companheiro incrível! — Meryn gritou, de pé em uma das mesas, Ryuu e Pierce ao seu lado, garantindo que esta não caísse. Os olhos de Aiden lacrimejaram. — Só porque você é muito fácil de amar, — ele disse enquanto se aproximava dela e a puxava de cima da mesa.

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— E nós temos o Comandante da próxima geração a caminho, — gritou um dos fae. — E ele será parte fae e ligado à nossa rainha! Meryn fez uma careta. — Minha pequena pepita vai ser uma hacker. A rainha mandou um beijo no ar para a sobrinha. — Considerando que você usou suas habilidades de hacker para encontrar meu povo, eu diria que isso também seria incrível. — A pequena nos encontrou? — O que você quer dizer com ligado à rainha? — Ela é filha do Eamon? Os faes começaram a fazer perguntas na velocidade da luz. Meryn se remexeu até que Aiden a colocou no chão, e esta imediatamente recuou para trás de Ryuu e Pierce. Aiden estava prestes a dizer algo quando o portal brilhou novamente, e Declan, junto com uma linda mulher, o atravessou. — Kari! Simba! — Meryn correu para onde Declan estava parado, sorrindo. Ele abriu os braços e ela saltou direto nestes. Apesar de estar grávida, ele facilmente a levantou e a girou no lugar, fazendo-a rir. Kari apenas balançou a cabeça. — Não se passaram nem duas semanas, Meryn. Declan colocou Meryn no chão e a pequena mulher agarrou a mão de Kari e a arrastou até Portia. — Kari, Portia precisa de seus superpoderes para organizar essa bagunça.

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Meryn se virou para Portia. — Você vai adorar a Kari. Ela é toda linhas e caixas organizadas como você. Kari acenou com a cabeça para a fae. — Prazer em conhecê-la. Portia apenas olhou fixamente para a exuberância de Meryn. —

Podemos

precisar

adicionar

conduta

à

sua

programação diária. — Ela olhou para Kari. — Qualquer ajuda seria muito apreciada. Eu, de fato, me sinto um pouco perdida ultimamente e todos aqui têm elogiado muito você. Kari corou e bagunçou os cachos de Meryn. — O que a monstrinha tem dito? — Ela disse que você vive e respira formas, Power Point e marcadores de texto, — a rainha respondeu, se aproximando delas. Brie e Ari seguiram Declan enquanto este caminhava até a companheira. — Minha Kari é um trunfo inestimável para o Príncipe Magnus. Ele a considera nada menos que seu braço direito e confia implicitamente nela na gerência do dia a dia de Noctem Falls, — Declan anunciou, mantendo o tom neutro. Brie não tinha muita experiência quando se tratava do lado político da força, mas conhecia um jogo de poder quando via um. Em uma única declaração, Declan deixou claro que sua companheira era altamente valorizada pelo Príncipe Magnus, e impertinência com ela seria tratada rapidamente.

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— E enquanto ela estiver aqui, será tratada como uma amiga próxima do trono, — confirmou a rainha. Kari olhou para a pena e o pergaminho de Portia, e seus olhos começaram a contorcer. — Somos esperados para jantar na propriedade Lionhart, mas talvez amanhã, você possa me mostrar o que tem até agora? Portia assentiu. — Muito obrigada. — Jantar? — Meryn perguntou, entrando na conversa. — O que vai ter? — O London Broil do Leo, — Rex respondeu, sorrindo enquanto se aproximava por trás deles. — Isso aí! — Meryn dançou ao redor animadamente. — Meryn, não, — Aiden repreendeu. — Vocês dois seriam mais do que bem-vindos. Na verdade, eu insisto, — Rex disse enquanto colocava uma mão fraternal em cada um dos ombros de seu irmão. Brie observou como Declan e Ari ficaram um pouco tensos, então relaxaram com a mesma rapidez. — O Leo adoraria alimentá-la novamente, Meryn, — acrescentou Ari. Rex se virou para Kendrick. — Na verdade, eu gostaria de estender esse convite a você e a sua companheira também. Kendrick simplesmente assentiu. — Ficaríamos honrados. Meryn puxou a mão do companheiro.

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— Vamos! Eles vão comer London Broil! Aiden franziu a testa para a companheira. — Quando você se tornou uma carnívorazinha tão voraz? Ela parou de puxá-lo e apontou para a barriga. — Culpe seu filho. Os olhos de Aiden se suavizaram. — É claro, — ele admitiu. Meryn se virou para Rex. — Se eu vou, os meninos vão. Rex acenou com a cabeça. — Eu já levei isso em consideração quando mandei uma mensagem de texto para o Leo com nossos números atualizados. Na verdade, estamos esperando mais dois. Eles nos encontrarão lá. — Eba! — os gêmeos ergueram os punhos no ar. Pip engoliu em seco. — Eu consigo. Eu consigo. Tenho meu guarda-chuva especial. — Ele correu para a outra sala. Meryn olhou para os gêmeos. — O que? Neil deu de ombros. — Funcionou. — O que funcionou? — Bem, Nigel e eu percebemos que enquanto Pip não visse o céu, ele ficaria bem. Meryn colocou as mãos nos quadris e apontou para cima. — Como se pode evitar o maldito céu?

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— Com isso! — Pip disse animadamente, ao retornar num instante. — Eles me fizeram meu próprio guarda-chuva especial. Esta é a versão noturna. — Ele abriu o que parecia ser uma sombrinha e apontou para o lado de baixo. — Nigel e Neil pintaram para mim. Brie viu um vislumbre e ficou maravilhada com a obra de arte. Constelações em movimento e estrelas cadentes foram meticulosamente pintadas no tecido da sombrinha. Ele mostrou a Meryn, que olhou dos gêmeos para o guarda-sol e vice-versa. — Vocês poderiam ter deixado ele se acostumar mais com o céu, então ele não precisaria disso. Pip balançou a cabeça com firmeza. — Não. Precisávamos vir até você. Provavelmente levará meses, até anos para eu ficar totalmente confortável com o céu. Você precisava de nós agora. Meryn engoliu em seco. — É um guarda-chuva lindo, Pip. Este se endireitou. — Neil acrescentou as estrelas, e Avery encontrou um pouco de tinta prateada. — Ele abraçou a sombrinha contra o peito. — É o meu primeiro presente, bem, além de ter você como irmã. Aiden passou um braço em torno de cada gêmeo. — Bom trabalho, meninos. — Sim, senhor, — ambos responderam juntos. Pip abriu totalmente a sombrinha e segurou-a sobre a cabeça.

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— Estou pronto para sair agora. Brie tinha que admitir que a sombrinha adicionava um certo brilho ao vampiro delicado. Meryn passou o braço pelo de Pip. — Vamos comer comida de escudeiro-leão. Brie estalou as costas. — Estou morrendo de fome e minhas costas estão me matando. Meryn riu. — E deveria; você está usando uns vinte quilos de equipamento. Brie deu de ombros. — Ossos do ofício. Meryn se abaixou e colocou uma bolsa de notebook no ombro, a qual Aiden imediatamente se adiantou para pegar. — Eu só preciso me preocupar com meu notebook. Ari esfregou os ombros dela. — Vamos, minha guerreira, vamos para casa e coloca-la debaixo do chuveiro e em roupas confortáveis. Ela choramingou. — Isso parece incrível nesse momento. — Espero ver todos vocês no café da manhã, — disse a rainha. — Sim, titia! — Meryn respondeu enquanto ela e Pip saíam pela porta. Brie percebeu a expressão da rainha. — Titia? — a rainha questionou enquanto piscava. Brennus beijou a nuca da companheira.

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— Combina com você. A rainha apenas balançou a cabeça. — Suponho que sim. — Ela então se virou para ir em direção à multidão de sobreviventes. Brie sentiu pena da rainha fae; sua noite estava apenas começando. Sua expressão deve ter mostrado sua preocupação, porque um momento depois Ari beijou sua nuca também. — Vamos para casa. ***** Quanto mais perto chegavam da propriedade Lionhart, mais os três irmãos Lionhart pareciam vibrar com antecipação. Brie conseguia sentir a animação que emanava de seu companheiro. Meryn estava deixando Aiden em uma pilha de nervos enquanto ela e Pip caminhavam de costas para que ela pudesse falar com Rex. — Então, quando você diz London Broil lendário, realmente quer dizer lendário? Rex esfregou a lateral do nariz. — Meryn, a maioria dos escudeiros fica conhecida por um ou dois pratos. Por exemplo, Sebastian tem seu Vanilla Parfait... — Pudim Mágico, — Meryn interrompeu. Rex inclinou a cabeça com a correção dela. — Minhas desculpas, Pudim Mágico. Cord tem duas especialidades. Seus Scones de Canela e sua Mistura de Vegetais, que consiste em vegetais grelhados e tempura de vegetais. Leo, por outro lado, é conhecido por seus pratos à

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base de carne. Ser um leão e servir uma família de leões, faz muito sentido ser assim. Um é seu London Broil, o outro é seu Ensopado de Veado. Meryn lambeu os lábios e tropeçou um pouco, fazendo com que Ryuu e Aiden avançassem para firmá-la. — Droga, os dois parecem bons. — Ela olhou para seu escudeiro. — O que você faz? Os olhos de Ryuu se arregalaram, suas bochechas ficaram rosadas e este tossiu contra o punho. — Eu faço tudo, denka. Meryn parou completamente. — Como? Ryuu suspirou. — Meryn, eu sei cozinhar qualquer coisa. Ela assentiu. — Sim, eu sabia disso, mas qual é a sua especialidade? Rex a encarou. — Meryn, acho que o que ele está dizendo é que tudo o que ele cozinha, está no nível que a maioria dos escudeiros aspiram a dominar quando usam o termo especialidade. — Então, eu dei uma sorte do caramba quando escolhi você como meu escudeiro, hein? — Ela esfregou as mãos maldosamente. — Eu posso comer todas as comidas. Os olhos de Ryuu se suavizaram. — Eu tenho o poder de submergir este mundo no caos e na ruína e ela só se importa com a comida. Kendrick deu um tapinha nas costas do amigo. — Essa é a nossa Meryn.

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— Minha Meryn, — Aiden rosnou. Ryuu olhou para o comandante. — Ela é a minha incumbência. — E minha irmãzinha-prima, — Kendrick apontou. — E nossa irmã! — Nigel e Neil acrescentaram. Meryn corou e retomou sua marcha ré. — Eu tenho muita família agora. Ari cutucou a lateral de Brie. — Cinco dólares que o Aiden não conseguirá comer quando chegarmos lá; seu estômago estará em nós de vê-la andar de costas. Brie balançou a cabeça. Ela entendia do assunto. Tinha visto homens como Aiden comerem seu peso em comida quando estavam nervosos. — Aposto dez que ele causa um baita prejuízo comendo qualquer prato de carne que o Leo coloque na mesa. Ari sorriu. — Combinado. Declan passou o braço pelo dela. Do outro lado dele, Kari caminhava com o telefone na mão enquanto rolava a tela com o polegar. — Vocês dois falam um com o outro como irmãos de unidade, — Declan observou. Brie trocou olhares com Ari, que deu de ombros antes de se virar para Declan. — Ari é meu companheiro, ambos são laços estreitos, é claro que soaria semelhante. Ari apertou a mão dela.

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— A Destino me deu alguém que andaria ao meu lado e eu não poderia estar mais grato, — ele disse, acariciando sua têmpora. Brie engoliu em seco. — Eu tenho alguém que me aceita de qualquer jeito. Para mim, isso não tem preço. Declan apontou para a companheira. — Ela me diz o que fazer e nos mantém seguindo em frente. Sem ela, eu não vivia de verdade. Kari ergueu os olhos do telefone. — Ele se tornou a casa que eu sempre desejei, um lugar para onde voltar. Aiden, com o rosto um pouco contraído, sorriu. — Meryn deu um propósito à minha vida e me ajudou a ver as coisas de forma diferente, expandindo meu mundo. Meryn olhou para a sombrinha de Pip. — O Aiden é o meu mundo. Eu não tinha nada antes dele e não teria nada sem ele. Brie ouviu uma maldição e depois uma exclamação abafada. Todos se viraram para ver que com a declaração de Meryn, Aiden tinha tropeçado, levando Ryuu e Pierce quando caiu. Meryn sorriu para o companheiro. — Lembre-se de como você se sente agora, porque sempre que fica com essa expressão, meu mundo fica completamente abalado de noite na cama. Rindo, Kendrick, Rex e Ari ajudaram os outros homens a se levantarem. Aiden imediatamente pegou Meryn nos braços.

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No segundo em que ele se virou como se fosse voltar para o palácio, os pequenos punhos dela bateram em seu peito. — Nem a pau! Comida primeiro, depois sexo. Eu preciso daquele London Broil na minha vida! Aiden fez beicinho. — Mas, bebê… Por um momento, Meryn parecia estar prestes a ceder. — Não é apenas London Broil, — Ari disse, olhando para a pequena mulher. — Ele também serve com as cebolas caramelizadas mais delicadamente preparadas do mundo, — Ari acrescentou, com um olhar malicioso. — As batatas têm a quantidade certa de alho e acho que ele mesmo faz a manteiga, — continuou ele. Meryn lambeu os lábios. — Definitivamente comida primeiro. Aiden atirou um olhar mortal para Ari e seu companheiro apenas riu. — Bem feito para você. Aiden piscou, em seguida, olhou para Brie antes de mostrar uma expressão envergonhada. — Suponho que sim. Brie não pôde deixar de rir. Ari havia empatado a foda de seu comandante por este ter atrapalhado seus boquetes mais cedo. Meryn saiu dos braços de Aiden e alcançou os meninos. — Eu preciso de alimentos para ter energia! — ela anunciou para o mundo. Aiden se iluminou.

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— Parece uma ótima ideia, bebê, — ele disse andando atrás dela. Ryuu balançou a cabeça. — É melhor eu falar com Leo para ter certeza de que tenho os temperos em casa para esta refeição. Tenho a sensação de que ambos vão pedir. Rex caminhou ao lado de Kari. — Como as unidades fazem qualquer coisa é um milagre para mim. Ela ergueu o telefone. — A Contraoferta no armazém, — ela disse entregando o aparelho a ele. Rex pegou o telefone e rolou a tela rapidamente. — Ofereça dois por cento a mais se deixarem o prédio como está e se pudermos ter acesso a ele imediatamente. Diga a eles que temos mercadorias que precisamos armazenar e que o tempo é essencial. — Foi o que eu imaginei, — Kari pegou o telefone de volta e apertou alguns botões. — Eu tinha uma contraoferta preparada. Nós oferecemos três por cento, no entanto. Rex acenou com a cabeça. — Isso é aceitável. Brie se inclinou sobre Rex para olhar o telefone. — Você fez tudo isso desde que ele ligou? Kari sorriu. — É o que eu faço. — Eu atiro nas coisas, — disse Brie, apontando para seu cinto tático.

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Kari olhou para suas armas. — Eu adoraria ser capaz de atirar. Você poderia me ensinar? Declan e Rex empalideceram. Declan envolveu um braço em volta dos ombros da companheira. — Meu bem, você não precisa se preocupar com isso. Você tem a mim. Kari apenas encontrou os olhos de Brie e Brie entendeu. Ela não conseguia se imaginar vivendo neste mundo, com um guerreiro como companheiro e sem saber atirar. O desejo de ajudar Ari às vezes era insuportável. Além disso, com um bebê a caminho, Kari teria a necessidade de proteger seu bebê. — Quando quiser, venha me ver. Vou começar com uma pistola Glock. É um pouco mais pesada, mas ajuda com o retrocesso. O alívio de Kari era visível. — Obrigada. Declan parecia magoado. — Por que você não me pediu? Kari se virou para o companheiro. — Porque quando você realmente me deixar tocar em uma arma, nosso filho ou filha estará crescido. — Ela estremeceu. — Deuses, não consigo nem imaginar você e eu em um estande de tiro. Ari sorriu. — Não se preocupe, irmãzinha, temos um campo de tiro na propriedade Lionhart, Brie pode mostrar a você já amanhã. — Eu quero atirar nas coisas! — Meryn acrescentou.

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— Meryn, não. — Qual é, você agora sabe que eu fui Black Ops. Eu sei atirar, — Meryn protestou. Os olhos de Aiden se estreitaram. — Verdade, ainda não falamos sobre isso. Alguém me distraiu. — Ele deu a ela um olhar sem expressão. — Merda, — ela exalou. Os gêmeos e Pip a olharam. Neil falou primeiro: — Black Ops? Meryn se iluminou. — Sim! De quando eu trabalhava com o Law. — Foda, — Nigel sussurrou. — Foda, — Pip repetiu. — Você vai ter que guardar essa conversa para mais tarde, — Rex disse sorrindo. E apontou para cima. — Bemvindos à propriedade Lionhart. Eles entraram e Brie podia ver pelas expressões tímidas que Meryn estava atirando no companheiro que a pequena merdinha

estava

tentando

evitar

aquela

discussão

de

operações secretas na malandragem. No momento em que Brie estava prestes a dar um passo em direção à escada, um grito de júbilo ricocheteou nas paredes ao redor deles. — Declan! — Catherine se lançou em seu segundo filho, que a agarrou facilmente e a segurou com força. — Boa noite, mãe. Catherine olhou de Declan, para Ari, então para Rex antes de simplesmente irromper em lágrimas.

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— Oh! Oh! — ela disse uma e outra vez. Jedrek apareceu tempestuoso ao som das lágrimas da companheira, apenas para parar em cheio ao ver seus três filhos de pé ombro a ombro no saguão. — Declan, — seu pai sussurrou. — Espero que não se importe com a minha visita, — Declan disse com voz rouca. — Pode ser que tenhamos um jantar preparado para você, garoto, — seu pai respondeu em um tom igualmente áspero. Catherine tinha um braço em volta do pescoço de Declan e estava estendendo o outro para Ari. Ambos Ari e Rex se aproximaram o suficiente para abraçar a mãe entre os três. — Eles realmente amam seus meninos, — observou uma voz, vindo por trás dela. — Papai! — ela correu para o pai e enterrou o rosto em seu ombro. — Senti sua falta. — Eu sei, minha menina, eu sei. Você teve alguns dias difíceis, não foi? — este perguntou. Ela olhou para cima e fungou. — Sim. Um braço forte puxou os dois para perto. Ela olhou para o rosto de Doran. — Nós deveríamos ter estado lá para te apoiar, — disse ele, contrito. Ela balançou a cabeça. — Não, os dois precisavam de um tempo para si. — Ela enxugou o nariz na manga. — Eu sou uma mulher adulta, afinal.

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Seu pai olhou para sua manga. — Uma mulher adulta que não aprendeu a usar um lenço de papel? — Não houve tempo, pai. O rosto dele entristeceu e ele a puxou para perto novamente. — Eu daria qualquer coisa para salvá-la dos horrores que você viu nos últimos dias. Ela cedeu contra o pai, sabendo que Doran estava apoiando ambos. — Eu não mudaria nada, — ela murmurou. — Sim, vi algumas coisas realmente horríveis, mas encontrei Ari e ele é perfeito para mim. Tem essa luz em volta de si que me ajuda a enfrentar a escuridão. Eu não trocaria encontrar seu amor por nada. Doran esfregou suas costas suavemente. — Você nos tem agora. Meu irmão nos contou tudo o que perdemos. Estou tão orgulhoso de você, menina. Sei que sua mãe também estaria. Brie se afastou surpresa. — Ele te contou sobre a mamãe? Doran parecia confuso. — Claro que sim. Ela desempenhou um papel importante em ambas às vidas de vocês; devo muito a ela. — Eu corri para casa já que Doran podia abrir um portal para nós. Empacotei algumas coisas para nós dois e trouxe sua bolsa com o notebook e mochila de trabalho. — Seu pai

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apontou para o segundo andar. — Leo colocou tudo no quarto do Ari. — Leo! Temos que fazer o favorito do Declan! — Catherine gritou. — Este está pronto para ser servido, minha querida, — respondeu o escudeiro. Ela olhou o escudeiro. — Você sabia? Ele simplesmente colocou o punho sobre o peito. — O jantar será servido dentro de uma hora. Rapazes, seus quartos foram preparados para vocês. — Ele sorriu para Aiden. — Também organizamos quartos de hóspedes e banheiros para os membros da Alfa, — disse ele, indicando Aiden e Kendrick. Então suspirou e olhou para Catherine. — Posso sugerir que pare de sufoca-los e deixe os pobres meninos se refrescarem? Eles participaram de uma missão importante hoje. Catherine bufou. — Eu finalmente tenho todos os meus meninos em casa; não quero soltá-los. Jedrek a separou de Declan. — Vão em frente, meninos, estaremos lhes esperando na sala de visitas da sua mãe. — Jedrek! Honestamente! — Catherine protestou. Jedrek estremeceu. — Mas sejam rápidos, — ele acrescentou. Ryuu olhou para Meryn.

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— Vou ajudar na cozinha. Há mais alguma coisa que você deseje? —

Aquelas

folhas

verdes

pastosas,

fedorentas

e

encharcadas que o Cord serviu na outra noite. Quando se coloca vinagre, ficam incríveis. Ele assentiu e se virou para Leo. — Você tem alguma couve que eu poderia preparar? Leo ergueu o braço, apontando para o caminho até a cozinha. — Por sorte, tenho um pouco limpa e cozida. Tudo o que precisa fazer é temperá-las ao gosto dela. Ryuu fez uma reverência. — Meus agradecimentos. — Sim! — Meryn disse animadamente. Catherine olhou além de Jedrek e notou os gêmeos e Pip parados na parte de trás. — Quem são esses adoráveis garotos? Meryn os puxou para frente. — Estes são meus irmãos! Nigel e Neil Morninglory são guerreiros de Noctem Falls. E Pip Maverick, ele é super importante porque me ajuda a sorrir. Catherine estalou a língua e puxou os meninos em direção à sala. — Leo, acho que esses meninos parecem com fome. Há algo que possamos servir para eles antes do jantar? Obviamente, ter seus próprios filhos em casa havia despertado todos os instintos maternais da leoa.

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Nigel fez um joinha a Meryn enquanto eram levados para longe. — Não sei vocês, mas estou pronta para um tomar um banho. — Brie se afastou dos pais e beijou cada um na bochecha, fazendo seu pai sorrir e Doran corar. — Nos vemos em breve, — ela prometeu antes de pegar a mão de Ari para conduzi-lo escada acima. Os outros casais os seguiram com Rex na retaguarda. — Carne e folhas encharcadas! — Meryn olhou para o companheiro. — Se conseguíssemos fazer sexo no banho sem quebrar minha perna, esta poderia ser uma noite perfeita. Os olhos de Aiden escureceram. — Tenho certeza de que ficaremos bem. — Primeira porta à direita, — Rex aconselhou. E se virou para Kendrick. — Terceira porta à direita. Dando risadinhas, Meryn fugiu do companheiro, fazendoo persegui-la. Kendrick olhou para sua companheira, que balançou a cabeça. — Se eu correr, não terei energia para o sexo. Kendrick franziu a testa e a pegou no colo para que ela não precisasse andar. —

Não

podemos

permitir

isso.

Eles

também

desapareceram no corredor. — Essa é a nossa deixa para sairmos, — disse Ari apontando para a porta. — Vejo vocês no jantar. Declan riu de seu companheiro, então piscou para o mesmo.

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— Vejo vocês no jantar. Eles entraram no quarto e Brie começou a tirar o equipamento. Ela queria deixá-lo cair no chão, mas sabia que as armas precisavam ser guardadas. Quando confrontada com tudo o que tinha que fazer, sentiu lágrimas brotando nos olhos, ela estava ficando sobrecarregada e rapidamente. — Comece de cima e me entregue suas coisas, — Ari disse, empurrando-a em direção ao armário. O cansaço e as emoções fortes que sentiu ao ver o pai fizeram com que as lágrimas escorressem por seu rosto. — Sinto muito, — ela sussurrou. Ari mordiscou seus lábios. — Pelo quê? Ela apenas acenou com a mão, indicando o que ele estava fazendo. — Amor, se eu não fizesse isso por você, quem faria? — Ninguém, — ela respondeu. Não houvera ninguém ao lado, exceto seu pai por muito tempo. Mas nem mesmo seu pai a via assim; isso o preocuparia. — Agora você tem a mim. — Ari a puxou para o closet e a sentou em um longo banco de couro branco. Ele foi até uma parede e colocou a mão no espelho lateral. A parede deslizou para o lado, revelando o enorme cofre de armas. Ele voltou para ela. — Você terá seu próprio lado, é claro. — Ele apontou para as prateleiras de madeira de cerejeira escura e os detalhes em prata reluzente. Lentamente, peça por peça, ela tirou o equipamento. Com cada item que lhe entregava, Ari a beijava

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suavemente e dizia o quanto a amava e o quão orgulhoso estava de ser seu companheiro. Assim que os dois ficaram nus e a roupa do uniforme estava no cesto para que Leo cuidasse, Ari fechou o cofre. Ele a tinha desfeito com sua aceitação absoluta de quem e o que ela era. Eram menos as palavras de amor e mais as ações dele que quebraram os pequenos pedaços da parede ao redor de seu coração. Ele guardou seu equipamento, esvaziou sua arma, deu-lhe espaço em seu cofre de armas, como se todo homem na terra fizesse o mesmo pela mulher em sua vida. — Ari, eu te amo tanto que dói de verdade, — ela sussurrou, segurando o peito. Ari a pegou no colo, da mesma forma que Aiden pegara Meryn, mas ela não era Meryn. Ela provavelmente tinha o dobro do tamanho da mulher, mas seu companheiro a segurou sem nenhum problema. — No momento em que te vi, você ficou marcada em minha alma, Brie. Todos os dias, te olhar, respirar seu perfume,

isso

simplesmente

grava

essa

marca

mais

profundamente em meu ser. É uma dor que é bem-vinda porque me liga a você. Brie deitou a cabeça em seu ombro. — Você acha que poderíamos fazer sexo no banho sem quebrar minha perna? Ari riu e beijou o topo de sua cabeça. — Tão atléticos como somos, tenho certeza de que não será um problema. Ela se inclinou para trás para olhá-lo.

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— Troco contigo aqueles dois boquetes por um sexo selvagem debaixo do chuveiro. — Combinado! — ele aceitou animadamente. Ele praticamente correu para o banheiro e a colocou suavemente no balcão. Ela gritou um pouco quando sua bunda tocou no mármore frio, mas observar seu companheiro nu caminhar ao redor do banheiro a distraiu logo. Ao contrário de seus dois irmãos, ele usava o cabelo curto. Ela o encarou, extasiada com os músculos de seu pescoço e como se seguia seus ombros largos. Tudo, desde seu queixo quadrado até sua bunda perfeitamente durinha, gritava força e poder e era tudo dela. Ela pulou do balcão e caminhou por trás dele enquanto ele segurava a mão sob o fluxo de água, testando o calor. Sem dizer nada, ela se aproximou e pressionou os seios em suas costas e colocou os braços ao redor de seu torso. Este inalou bruscamente, mas deixou as mãos dela vagarem. Sorrindo, ela roçou um dedo de cada lado de seus quadris e foi recompensada com um gemido gutural. E espiou ao redor de seu corpo para ver que seu pau estava duro contra o estômago, o claro líquido cintilante já escorrendo da cabeça. — Meu pobre bebê tem desejado isso o dia todo, não é? — ela sussurrou, movendo a mão direita para a água. Lhe parecia quente o suficiente. — Deuses, sim, — ele sussurrou. Ela o contornou e deixou a água escorrer por seu corpo. Alcançando-o

ela

colocou

a

mão

sobre

seu

coração,

maravilhada com seus diferentes tons de pele. O dela brilhava

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como bronze escurecido e o dele brilhava como ouro. Lado a lado, eram lindos. — Junte-se a mim. Ele deu um passo e se curvou ligeiramente na frente dela. Brie não tinha ideia do que ele estava fazendo até que ambas suas mãos levantaram para segurar sua bunda. Momentos depois, ele a ergueu e a envolveu em seu corpo. Com todo o seu peso sustentando por Ari, suas mãos ficaram livres. Ela as roçou sobre os tendões tensos de seu pescoço e ombros antes de se inclinar e capturar seus lábios com os dela. Eles

demoraram.

memorizando

o

outro.

Cada Ari

um

deles

explorando

se

recostou,

e

respirando

pesadamente. — Deuses, odeio admitir isso, mas se continuarmos, o show vai acabar antes de começar, — ele alertou. — Você poderia gozar só de me beijar? — perguntou ela, sentindo-se uma deusa. — Brie, meu bem, eu poderia gozar apenas te olhando, — este admitiu. — Então isso será ainda melhor, — disse ela, usando as coxas para apoiar um pouco de seu peso enquanto se levantava. Estendendo a mão, procurou por ele e não ficou desapontada ao descobrir que este estava quente e duro por ela. Muito lentamente, esta se abaixou até que o tivesse bem dentro de si. Ambos exalaram de alívio físico por estarem conectados novamente. E isso era o que lhe parecia. Nas longas horas desde a última vez que ele estivera dentro de si,

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ela sentiu como se estivesse morrendo de sede. Só agora, estando unida com ele, ela podia beber profundamente. Brie colocou as mãos em seus ombros e se levantou, sentindo-o deslizar dela, antes de relaxar as pernas e se abaixar sobre ele novamente. Enquanto o montava, percebeu que suas pernas não estavam nem mesmo fazendo esforço. Ela sentiu como se pudesse facilmente fazer aquilo por horas. Gemendo ao pensar nisso, balançou os quadris, apreciando a sensação dele bem dentro de si. Ela gostava de pensar que sua resistência se devia às longas horas na academia, mas sabia que nunca teria sido capaz de fazer isso antes de ser reivindicada por Ari. Ele não só acalmou seu coração ferido, mas também fortaleceu seu corpo. Ela estabeleceu um ritmo lento. Ao contrário de antes, foi capaz de ver seu rosto e o efeito que claramente estava tendo sobre o companheiro. Sua cabeça estava jogada para trás e seus olhos estavam fechados. Quando Ari lambeu os lábios, ela se inclinou e os reivindicou. Ari abaixou a cabeça e abriu os olhos ao primeiro toque de seus lábios. Sem nunca quebrar o contato visual, eles brincaram e atormentaram um ao outro. Ele se afastou, sorrindo. — Não há nenhuma parte de você que não me excite, bebê, — ele admitiu. — Eu poderia passar o resto da eternidade te beijando. Ela colocou os braços em volta do pescoço dele e o puxou para perto.

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— Você é o único que já tocou meu coração, — ela confessou. — Você me assusta de morte, Ari. Seu rosnado baixo foi seu único aviso enquanto suas mãos envolveram sua cintura. Ele deu um passo à frente e usou a parede para prendê-la no lugar, o que permitiu o movimento de seus quadris aumentar o ritmo. — Minha! — ele rosnou e enterrou os dentes no ombro dela. No momento em que seu corpo registrou a dor, tudo se apertou em seu corpo, fazendo com que Ari mergulhasse repetidamente naquele lugar evasivo que ela nunca conseguia alcançar direito sozinha. Brie

gritou

com

êxtase

quando

o

corpo

de

seu

companheiro fez o dela perder o controle. Ele se afastou de seu ombro e a penetrou uma última vez. Respirando pesadamente, ele descansou a testa em seu ombro. — Pelos deuses, eu te amo, — ele sussurrou com a respiração entrecortada. — E eu a você, — disse ela, abraçando-o tão apertado quanto podia. Ela teria que fazer Rathais lhe pedir mais armas, porque de jeito nenhum ela perderia esse homem.

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Capítulo 15 Para vergonha de Brie eles foram os últimos a chegar no jantar. Leo simplesmente lhe deu uma piscadela e puxou sua cadeira para ela. Ela lhe beijou a bochecha. — Eu amo esse vestido também. Você tem um gosto impecável. Leo parecia agradado enquanto corava com seu elogio. — Foi uma coisa bem simples na verdade. — Isso é confortável? — Meryn perguntou. — Parece uma camisola, só que mais chique. Meryn fechou os olhos e, um momento depois, seu moletom e camiseta mudaram para um vestido semelhante ao dela, mas em tons de ouro. Ela abriu os olhos. — Eu poderia me acostumar com isso. É ainda melhor do que as vestes sociais, e eu achava elas boas para algo formal. — Leo? — Rex disse. Leo acenou com a cabeça. — Ryuu e eu trouxemos toda a comida para o aparador, o que eliminará ter que ir e voltar da cozinha. Fiquem à vontade para proteger a sala.

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Rex olhou para Kendrick. Um momento depois houve uma pulsação familiar e Brie sabia que a sala estava à prova de sons. Meryn estava moldando seu purê de batatas no prato para agir como uma barreira entre sua couve e sua carne. — Então, pra que você precisa de nós? Aiden olhou a companheira, surpreso. — Como você sabia disso? Ela apontou para Rex com o garfo. — Ele me pediu para eu me convidar. Eu ia negar, mas então ele disse que iriam comer London Broil, então seria uma idiota se não viesse. Brie ergueu a taça de vinho e Leo chegou ao seu lado em um segundo. — Tinto, branco ou rosé? — Tinto, por favor. — Ela se virou para Rex. — E vi você silenciar Declan e Ari nos aposentos da rainha quando colocou a mão em seus ombros. Rex exalou. — Talvez tenhamos um pequeno problema. Jedrek bufou, então rosnou baixo. Meryn apontou para ele com o garfo. — Conheço esse rosnado. Conselho ou Comitê? Jedrek deu um aceno curto. — Ambos, de certa forma. Meryn pegou um pãozinho e puxou o miolo deste antes de enchê-lo com couve e purê de batata.

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— A maior parte do conselho é gente boa. Portanto, tem que ser o Comitê. Jedrek parecia exausto. — Você está absolutamente certa, Meryn. A maioria dos que servem como Anciões são bons homens, no entanto, respondemos ao nosso povo, principalmente às Famílias Fundadoras e Nobres. Podemos ter opiniões pessoais sobre as coisas, mas ainda temos que representar o consenso geral daqueles que defendemos. Meryn piscou. — Babacas por associação? Rex cobriu o rosto com a mão, rindo enquanto Jedrek se virava para a companheira. — Não sei como responder a isso. Catherine revirou os olhos. — Na verdade, Meryn, esse é um termo perfeito. Aiden ergueu a taça de vinho. — Por exemplo, após o último ataque a Lycaonia, quase todos os membros do conselho estavam sendo pressionados a assegurar o corpo de Keelan para observação, para determinar que ele não era uma ameaça. — Ele cerrou os dentes. — Meu pai teve dificuldades em ir contra o Conselho dos Bruxos que queria que ele fosse enviado de volta à Storm Keep. Se Kendrick não tivesse aparecido, ele poderia ter que se submeter. Rex olhou para Meryn. — Vamos dar um passo adiante. Famílias Fundadoras e Nobres falam pelas pessoas que recorrem a elas. Portanto, se

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a grande maioria das pessoas está pressionando seus Chefes de Famílias Fundadoras e Nobres, eles, por sua vez, pressionam os Anciãos, que levam as questões ao conselho. Para problemas que afetam as quatro cidades-pilar, todos os quatro conselhos participam e assim por diante. Meryn estremeceu. — Parece muito complicado para mim. Kari tomou um gole de água e então se virou para Jedrek. — O que exatamente está sendo dito, pai? Jedrek se endireitou um pouco e de repente ficou todo sorrisos ao ser chamado de “pai” por Kari. — Os Deuses devem ter sabido que precisaríamos de você aqui, pequena. — Ele olhou para Declan. — Você também é bem-vindo. Catherine bateu no ombro do companheiro enquanto este sorria para o filho. Declan sorriu de volta. — Pai, senti falta do seu seco senso de humor. Kari enfiou a mão embaixo da mesa e tirou um tablet da bolsa. Vendo isso, Meryn também se abaixou sob seu assento e pegou seu notebook, colocando-o no colo. Kari ergueu sua caneta digital. — Comece com o problema mais urgente e partiremos daí. Jedrek assentiu. — O conselho ouviu sobre a Monção de Censura, e estão pedindo uma revisão das ações que levaram aos assassinatos. — Ele olhou para Aiden. — Os guerreiros da unidade também estão sob revisão. O Comitê se adiantou e trouxe à tona o fato

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de que eles próprios tinham dúvidas sobre como as coisas estavam sendo feitas quando Lycaonia foi atacada. Aiden começou a rosnar baixinho profundamente. Jedrek sorriu e balançou a cabeça. — Tal pai, tal filho. Acredito que seu pai esteja oferecendo um jantar semelhante agora com os membros do conselho de Lycaonia tentando alinhar argumentos para o que aconteceu dentro da cidade. Meryn piscou. — É por isso que o tio Celyn não estava no palácio? Rex assentiu. — Ele era necessário para evitar que seu pai explodisse. Aiden rosnou. — Estou preso aqui e não posso estar lá para responder por minhas próprias ações. Rex ergueu um dedo. — É aí que entramos. — Ele olhou para Kari. — Magnus e eu sentimos que é melhor que eu fique aqui. Dagda e Alastair garantiram a Magnus que depois do que aconteceu em Noctem Falls, Aiden e Meryn não conseguiriam fazer nada que parecesse errado aos olhos de seu povo, então posso permanecer aqui para ajudar. Kari cobriu a boca enquanto sorria. — Sinto pena de qualquer um que diga algo, mesmo que ligeiramente, de ruim sobre a Meryn em Noctem Falls. Meryn corou furiosamente enquanto começava a esculpir formas em suas batatas. Kari digitou em seu tablet.

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— Com isso resta Lycaonia, Èire Danu e Storm Keep. Vamos começar com Èire Danu. Além da Monção de Censura, o que mais está sendo dito? Rex recostou-se. — Até esta noite, a maioria dos cidadãos não queria que Brie se envolvesse na busca por seu povo. — Ele inclinou a cabeça. — Embora isso possa mudar drasticamente após esta noite. Eles não estavam antecipando que seus esforços heroicos salvariam mais de cem vidas fae, todos estão cantando seus louvores, os de Meryn também. A rainha não revelou os esforços de Meryn sem motivo; nós precisaremos do apoio dos sobreviventes nos próximos dias. — Quem são os membros do conselho aqui? — Meryn perguntou. Jedrek apontou para o próprio peito. — Eu, Godwyn Vi'Aileanach, Frederic Géroux e Lucius Hollyhock. Kendrick rosnou com o nome do bruxo. — Hollyhock é um puxa-saco nato. Ele não tem duas células cerebrais que estejam funcionando. Se ele diz alguma coisa é porque foi programado para dizer isso pelo Conselho dos Bruxos. Rex acenou com a cabeça. — Nós sabemos. Brie olhou para o companheiro. — Aileanach e Géroux soam familiar. Ari deu um meio aceno de cabeça.

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— Géroux deve soar familiar porque essa é a família do Bastien. Gage vem da Família Nobre que serve a Géroux. Aileanach é o sobrenome do Tyrien. Meryn estremeceu. — Eles estão bravos por minha causa? Jedrek negou com a cabeça. — Muito pelo contrário, Godwyn é um grande fã seu, Meryn. Ele sente que o irmão mais novo precisa crescer, e suas ações que levaram ao ataque de Bastien foram a gota d'água, no que diz respeito a ele. — Jedrek olhou para Brie. — Ele ficou muito grato pela forma como você falou com sua companheira. Disse que as suas declarações honestas sobre o que estava sendo feito possibilitaram que ela passasse por seu luto. Ele estava preso em Lycaonia quando as árvores clamaram de dor e não pôde estar ao lado dela. Ele apoia todos os seus esforços. — Essa é uma surpresa bem-vinda, — ela admitiu. — Seríamos negligentes em assumir que temos o apoio de Frederic? — Aiden perguntou. — Não. Mesmo se não fosse pelas ordens diretas de seu príncipe, os Géroux sempre apoiaram os guerreiros. Eles, mais do que qualquer outra linhagem vampírica, tiveram a maioria dos filhos como guerreiros. Você selou o apoio deles quando trouxe Jean-Marc para casa, — Jedrek disse, com admiração na voz. Aiden olhou o próprio vinho. — Isso foi há tanto tempo. Não consigo acreditar que uma única ação tenha tanto peso.

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Jedrek junto com Catherine, Rex, Kendrick e até mesmo Leo simplesmente ficaram olhando-o. Rex começou a dizer algo, mas Jedrek levantou a mão. — Aiden, filho. Sinto que tenho que abordar isso, já que seu pai não está aqui para explicar. Sei que sente que a maioria o respeita por causa de seu pai, e isso é compreensível, seu pai é alguém admirável. — Ele acenou aos próprios filhos. — É algo que estou ciente como pai. Mas o que você não entende é que foram as suas próprias ações que levaram à alta estima que os guerreiros sentem por você. Ele fez uma pausa. — O que você se lembra dos ataques dos ferals antes de assumir como Comandante da Unidade? Aiden balançou a cabeça. — Não muito. Só que eles eram como animais selvagens, que não deveríamos deixá-los nos encurralar, e que alguns ficavam mais fortes depois de se transformarem. Jedrek negou com a cabeça. — Isso deveria ser explicado, mas posso ver porque não foi. Você era muito jovem quando assumiu. — Ele tomou um longo gole de vinho e suspirou. Ele olhou para Leo. Instantaneamente, o escudeiro puxou uma pequena garrafa do armário no aparador e correu até o lado do Ancião. O primeiro respingo do líquido dourado encheu a sala com o leve cheiro de maçãs. Ele continuou: — Antes de você assumir como Comandante da Unidade. Antes daquele dia fatídico em que perdemos uma unidade inteira, as coisas eram diferentes para os guerreiros. Sim, eles faziam patrulhas e sim, treinavam,

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mas ao contrário de agora, suas mortes eram muito diferentes. Antes de você, Aiden, qualquer guerreiro que era abatido por um feral tinha seus corpos mutilados, empalados e colocados em exibição. Recuperá-los era impossível, já que cada corpo era essencialmente uma emboscada ou armadilha mortal. Brie sentiu bile subindo pela garganta. Ari entregou-lhe um pouco de água. Ela bebeu um pouco com gratidão. Cada jovem na mesa parecia chocado. Aiden parecia furioso. — Eles não fazem isso agora! Por que isso era aceito antes?! — este demandou. Jedrek levantou um único dedo. — Eles não fazem isso agora por sua causa, meu garoto. A boca de Aiden abriu e fechou repetidamente. — Aiden, você voltou para buscar os mortos. Se lembra da noite em que matou mais de vinte ferals sozinho? Pela primeira vez, foram eles a serem dilacerados enquanto seu urso defendia os irmãos. — Jedrek sorriu tristemente. — Darren foi um dos guerreiros que foi designado para fazer a limpeza dos ferals. Eles encontraram a sua espada quebrada apunhalada num feral e enterrada tão profundamente numa árvore que foi necessário ele e mais outro guerreiro para removerem-na.

Quando

a

sua

espada

quebrou,

você

aparentemente começou a usar partes dos corpos dos ferals para matar os outros. Você, inadvertidamente, fez com eles o que eles vinham fazendo aos guerreiros por séculos, e os assustou como o diabo. Aqueles que sobreviveram espalharam o seu terror para a próxima criatura animalesca até que os

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ferals interrompessem suas práticas bárbaras por puro temor a você. — Oh meu Deus, — Meryn sussurrou. Aiden se virou para ela, em pânico ao pensar que a sua violência sanguinária pudesse tê-la perturbado. — Bebê… Ela o olhou com olhos brilhantes. — Você é tão gostoso. — Hã? — Tãããão gostoso, — ela suspirou enquanto o olhava de cima a baixo. — Bebê, seu jeito de flertar depois de ouvir sobre derramamento de sangue é em partes perturbador e excitante, — admitiu Aiden. Jedrek deu uma risadinha. — Ela é a combinação perfeita para o Comandante da Unidade que assustou de morte cada feral nesse mundo. — Entende agora, Aiden? Não foi apenas porque você lutou. Você trouxe de volta seus irmãos abatidos em segurança. Eles foram os primeiros a receber o funeral de um guerreiro desde a Grande Guerra. Antes da sua fúria, um guerreiro morto receberia uma pequena cerimônia, mas ninguém era enterrado. Para alguém da sua idade, você provavelmente nunca questionou os caixões fechados. — Hoje, os guerreiros, e por extensão os Géroux, te seguem sem questionar porque se tiverem que morrer, irão morrer ao seu lado, onde sabem que estarão seguros, mesmo na morte.

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Aiden abaixou a cabeça e descansou a testa nos dedos curvados na frente de si. — Eu nunca soube, — ele sussurrou. — Nem nós, — admitiu Ari, com os olhos brilhando. Rex olhou para o irmão mais novo. — Nós sabíamos. A geração mais velha, nós nos certificamos de que vocês seguissem nossa orientação nesse assunto. Aiden McKenzie deveria ser apoiado em todos os momentos. Isso praticamente se tornou um juramente implícito entre os guerreiros. — Como você sabe disso? — Ari perguntou. — Eu disse a ele, — Declan admitiu suavemente. — Adriel me contou uma história semelhante quando me tornei um membro da Eta. Aparentemente, essa história tem sido passada a todos os guerreiros depois que Aiden se tornou Comandante da Unidade. Meryn se levantou e se abaixou para que pudesse colocar a cabeça sob o braço de Aiden e subir em seu colo. Aiden pressionou os dedos nos olhos para, de forma viril, enxugar as lágrimas e beijou a cabeça de Meryn. — Eu não mereço meus irmãos. — Você merece cada grama de apoio que obteve e muito mais, — Jedrek refutou. — Sua pura força de caráter e vontade irradiava

daquele

horrível

incidente.

Você

não

apenas

cimentou a sua própria posição, mas também a de seu pai. Ao se tornar Comandante da Unidade, Byron pôde concentrar seus esforços no nível do conselho e seus dois irmãos mais velhos puderam finalmente iniciar os programas com os quais

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sempre sonharam para dar mais suporte às unidades. Tudo volta a você. — Jedrek olhou os próprios filhos. — Seria bom ver um Lionhart se destacar de maneira semelhante. Rex, Declan e Ari reviraram os olhos em uníssono. Brie sorriu, ela tinha visto Catherine fazer exatamente a mesma coisa várias vezes até agora, e sabia exatamente de onde eles haviam puxado isso. — Você apenas terá que se contentar com um de nós se tornando o Ancião mais jovem desde o início das cidades-pilar, — Rex falou lentamente. — Ou um filho que é o braço direito tanto do líder da unidade de mais alta classificação de Noctem Falls quanto do próprio Príncipe, — continuou Declan. Ari permaneceu em silêncio ao lado dela. — E também tem Ari que consegue fazer tudo isso e muito mais em Èire Danu, — acrescentou Brie. Ari se virou para ela. — Eu não consigo não. Brie fez uma careta ao próprio companheiro e começou a enumerar tudo pelo o que ele era responsável. — Até Brennus admite que você é o líder da unidade aqui e os homens concordam. Você gerencia a sua unidade com quatro homens em vez de cinco, permitindo que Brennus atue como o Consorte da Rainha. Os homens me disseram que você é como o Aiden na questão de atualizar e melhorar os treinamentos. Sempre que alguém precisa que algo seja feito, em relação aos Lionharts, eles vão até você, e você organiza tudo. — Ela cruzou os braços na frente de si. — Você é como

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uma combinação de Aiden, Rex e Declan e é hora de você e os outros perceberem isso. Ari esfregou o topo da cabeça. — Eu sou apenas… — Incrível, — ela terminou. — Claro que é. Digo isso a ele o tempo todo, — Rex interrompeu. — Sim, Ari pode ser o caçula, mas a única coisa que isso demonstra é exatamente o quão incrível ele é. Eu não tinha conseguido fazer a metade disso na idade dele, — admitiu Declan. Ari olhou de um irmão para o outro. Aiden abraçou a própria companheira. — Não é fácil de ouvir isso, não é? — ele perguntou. Ari balançou a cabeça. — Sempre senti que esses eram esforços isolados e me sentia constantemente inferior. Jedrek tossiu para esconder o constrangimento. — Sei que implico com vocês, meninos, mas é porque sei que são capazes de grandes coisas. — Ele sorriu e passou o braço ao redor da companheira. — Quero dizer, olha quem vocês têm como mãe. Ari e seus irmãos acenaram com a cabeça, concordando. — Verdade, — eles ecoaram. — Oh, parem! — Catherine balançou a cabeça. — Já chega de melancolia e tristeza à mesa. Vamos continuar com o assunto para que possamos comer esta refeição maravilhosa em paz. — Ela sorriu para a mesa, então franziu a testa

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enquanto seus olhos iam de um lugar ao outro. Declan, Ari e Meryn tinham pratos vazios sujos de comida. Nigel e Neil olharam para cima, as bochechas estufadas como esquilos, seus garfos cheios de carne congelados na frente de seus rostos e Ryuu e Leo estavam no processo de adicionar fatias de carne aos pratos de Meryn e Declan. — Oh, céus. Jedrek simplesmente jogou a cabeça para trás e riu. — Deixe as crianças comerem, Catherine. Kari se virou para a matriarca Lionhart. — Por favor, continue, mãe. — Humph! — Ela socou a perna de Jedrek enquanto este continuava a rir. — No nível do conselho, os Anciãos são obrigados a revisar as preocupações enviadas por seus cidadãos. Com tantos preocupados com a violação em Éire Danu, o Comitê se envolveu oficialmente. Kendrick se virou para Catherine. — Eles são os mesmos membros que visitaram Lycaonia? Ela assentiu. — Sim, claro que sem o traiçoeiro Adalwin. Ele foi substituído por Grier Larkspur. — Oh, sim, esqueci que ele literalmente murchou e morreu, — Meryn bufou rindo. — Meryn, — Aiden a repreendeu suavemente. — Do que acha que o Comitê está atrás? — Kari perguntou. Catherine deu batidinhas nos lábios. — De poder, pura e simplesmente. Se desmoronassem a base que sustenta os guerreiros da unidade, poderiam então

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mover seus próprios guardas pessoais que se reportariam apenas a eles. Nós retornaríamos ao modo de vida que tínhamos antes da Grande Guerra. Pessoas teriam que andar na linha ou enfrentariam os ferals, porque os guardas que servem para mantê-los seguros reportam-se àqueles que controlam as coisas. A criação dos guerreiros da unidade foi a melhor e única coisa que surgiu de uma guerra tão horrível. Seja quem foi que surgiu com a ideia de unidades com raças mistas para alcançar a verdadeira neutralidade foi um gênio. — Eu direi a ele que você pensa isso, — Kendrick disse distraidamente, enquanto girava o vinho na taça. Catherine se voltou para ele. — O que? Kendrick piscou. — O que? — Ele agiu como se ela o tivesse surpreendido para que prestasse atenção. — Você sabe quem projetou as unidades? — Jedrek perguntou. — Oh. Isso. Sim, foi o Príncipe das Sombras de Noctem Falls. No final da guerra, ouvi que acabou sua paciência e ele queria lavar as mãos de tudo. Suas sugestões tinham peso, e o resto é história. Com os guerreiros das unidades protegendo as cidades-pilar, eles não precisavam mais de um único Príncipe das Sombras, — ele explicou. — Ele fez isso pra ficar de bobeira? — Meryn perguntou. — Minha aspiração é ficar de bobeira assim. Kendrick deu de ombros.

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— Acho que ele merecia uma pausa quando chegou naquele ponto. Rex olhou para os pais. — Para manter a paz na cidade quando Magnus ficou de cama, Gavriel Ambrosios reivindicou sua herança. Jedrek assentiu. — Soubemos que ele foi confirmado como um verdadeiro Ambrosios. Rex acenou com a cabeça lentamente. — Sim, no entanto, ele não é apenas um membro da linhagem, ele é o Gavriel Ambrosios da lenda. Ele é o Príncipe das Sombras. Ambos Jedrek e Catherine tentaram pegar a taça de Jedrek

ao

mesmo

tempo.

Jedrek

permitiu

que

sua

companheira bebesse do líquido primeiro. Ela o passou para ele. — O Príncipe das Sombras? — Catherine perguntou roucamente. Declan estremeceu. — Sim, mãe. Jedrek olhou para os filhos. — Vocês dois sabiam? — Sim, pai, — eles responderam juntos. — Eles juraram segredo, — disse Aiden, então suspirou. — Temos muita coisa acontecendo para lidar com esse maldito Comitê agora. — O Príncipe das Sombras é um guerreiro de unidade? — Catherine perguntou.

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Aiden se iluminou. — Ele é meu segundo em comando. Entre Catherine, Amelia, Anne e Meryn, Brie tinha praticamente se atualizado sobre o que estava acontecendo. Mas ao ver as reações dos pais de Ari, ela se perguntou o quanto disso era de conhecimento geral. — Devo presumir que tudo o que ouvi nos últimos dias são segredos? Kendrick acenou com a cabeça. — Provavelmente é uma boa ideia, — disse ele, nivelando o olhar com ela. — Sem problemas, — ela lhe deu uma saudação zombeteira. — Tem mais? — Jedrek exigiu. — Sim, muito mais. Mas à luz de certos eventos, provavelmente não seria sábio divulgar essas coisas ao conselho, — respondeu Kendrick. — Então, precisamos de uma maneira de sabotar ou matar o Comitê? — Meryn perguntou, abrindo o notebook. — Meryn, vamos dar ao Jedrek a possibilidade de dizer que não tem ideia do que estava acontecendo, certo? — Kendrick aconselhou. — Oh, verdade. — Meryn fechou o notebook e o guardou. Jedrek olhou a pequena mulher com horror. — Você não pode fazer isso. — Ele olhou de Aiden para Kendrick. — Ela não pode fazer isso. — Fazer o que? — Meryn perguntou brilhantemente, seu rosto cheio de inocência.

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Leo voltou a encher a taça de Jedrek. Sorrindo maliciosamente, Kari também guardou seu tablet. — Nós vamos dar um jeito, pai. Não se preocupe. — Elas são cruéis. Amei isso, — disse uma voz feminina da porta. Brie se virou e a encarou. Enquanto crescia, sua mãe tinha lido inúmeras histórias de ninar para ela, todas girando em torno de guerreiras, mas a sua favorita era a das Valquírias. E era isso o que o grupo de mulheres atrás de Declan personificava, com suas longas tranças loiras caindo sobre diferentes raspados de cabeça e tatuagens visíveis nos braços. — Deus, — ela sussurrou. Seu pai riu. — Menina, você deveria ver seu rosto. Me lembrou muito a sua mãe agora. — Tia Elysa, o que estão fazendo aqui? — Declan perguntou, enquanto ele e os homens se levantavam para cumprimentar as mulheres. — Nós sabíamos que Ari tinha acasalado, mas não sabíamos que Declan e sua companheira estavam visitando. — Ela girou o dedo, apontando para a sala. — Ouvimos um silêncio ao fazer nossas rondas e ficamos preocupadas. — Elas franziram a testa para Catherine. — Todos os nossos menininhos estão em casa, e você não nos contou? As mulheres loiras, altas e fortes convergiram aos filhos Lionhart. Estes foram passados adiante até que cada filho recebesse seu próprio abraço de cada tia.

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Depois que as mulheres abraçaram os sobrinhos, olharam ao redor da mesa. — Quais dessas são as nossas menininhas agora? — Elysa perguntou. Ela e Kari trocaram olhares preocupados e lentamente levantaram as mãos. As mulheres puxaram as cadeiras e as cercaram. — Ouvimos muito sobre a Kari do Rex. Ele diz que ela praticamente comanda Noctem Falls. Eu diria que isso é bom o suficiente para estar acasalada com Declan, — a mulher com tranças em cada têmpora disse, apontando para Kari. Kari recostou-se. — Perdão? — Seus olhos começaram a ficar vermelhos. As mulheres riram. — Ela é tão educada. — Olha, cadeloucas, não vão chatear a Kari no meu turno, — disse Meryn, pulando da cadeira. — Oh, deuses, olhe como ela é minúscula, — disse uma delas. — Ela está ficando tão ranzinza; não é adorável?! — Ela está realmente de pé? O rosto de Meryn ficou vermelho. — Eu tenho uma arma, sabia?! — ela ameaçou. — Você pode não insultar e ameaçar o grupo mais forte de guerreiras que existe? — Aiden implorou, agarrando a companheira. E congelou. — Quando você pegou a sua arma de volta?!

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— Ela é feroz. Gosto dela, — disse Elysa. Era como se essa declaração cimentasse a opinião de todo o grupo. Ela então se virou para Brie. — E você? É boa o suficiente para o nosso bebê Ari? Forte o suficiente? Brie simplesmente riu e se levantou. — Vamos lá. — Ela vinha pensando nisso desde que Ari descrevera as tias. — Ela está falando sério? — uma delas sussurrou. Brie desamarrou o vestido e o deixou cair. Se virou, encarando o cômodo com sua camisa de seda e leggings. — Quando estiver pronta, Loirinha, — disse ela, puxando o braço para trás para se alongar. — É isso aí, garotas! — As mulheres saíram em direção à frente da casa, deixando Elysa parada ao lado de Brie. — Deuses, — Rex, Declan e Jedrek sussurraram. Catherine deu de ombros. — Eu previ isso. Ari já estava ao telefone. — Kincaid, preciso de você e do Ian na propriedade Lionhart. Brie acabou de desafiar as minhas tias. O quê?! Não! Não vamos esperar eles fazerem lanches! Tragam os seus traseiros aqui! — Ele desligou o telefone. — Ryuu, preciso de petiscos-de-luta-livre! — Meryn implorou, seus olhos brilhando de animação. Ryuu fez uma meia reverência. — Eu encontrei alguns salgadinhos e M&M na despensa, serão o suficiente?

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— Pode crer! — Meryn saltou em direção ao saguão, disparando socos no ar e cantarolando a música tema do filme Rocky. Brie sorriu. — Amo esse terrorzinho. — Tia Elysa, — Ari começou. Ela ergueu a mão. — Você respeitará a sua companheira e não dirá mais nada. Ela confia em nós para fazermos a coisa certa, como você deveria confiar. — Ela é a minha companheira, tia El, — ele sussurrou. — E é por isso que vamos gostar disso, Ari. Agora vá pegar um assento para que possa ver sua companheira. Tenho a sensação de que seus irmãos de unidade chegarão em breve. — Filho da puta! Ari se virou como se estivesse indo para a porta, então se virou para beijar Brie. — Não fique permanentemente mutilada, ok? — Farei o meu melhor, — ela se comprometeu. Seu pai e Doran beijaram a bochecha dela. — Apostei cem em você, menina, — seu pai gritou para trás enquanto se afastava. Assim que a sala ficou vazia, Elysa se virou para ela. — Parâmetros? Brie se curvou na cintura para esticar as pernas. — Sei que vocês são shifters, então a nossa força e velocidade serão totalmente diferentes. — Ela se endireitou. —

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Como você ajustaria suas habilidades ao lutar contra um novo guerreiro entre si? Elysa estava com os braços cruzados sobre o peito. E começou a bater com o dedo no antebraço. — Com os filhotes, quer dizer? Brie fez uma careta com o termo. — Você compararia a força e velocidade de um humano com a de um filhote? Elysa assentiu. — Absolutamente. — Até os homens? A guerreira alta começou a rir estrondosamente. — Especialmente os homens. Minhas meninas podem superar os guerreiros da unidade a qualquer hora, e sabem disso. — Por que não são guerreiras da unidade, então? — ela perguntou curiosamente. — Por que deveríamos nos prender a essa dor de cabeça política? Não respondemos a ninguém. — Isto é tão legal. Elysa descruzou os braços e colocou a mão em seu ombro. — Vou me segurar, mas vou me ajustar às suas capacidades. — Estou contando com isso, — disse ela, suas entranhas tremendo de excitação. — Olhe para você. Pobre menina, nunca teve uma boa sessão de luta, — Elysa murmurou com simpatia.

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— Você não tem ideia! Os caras em casa ou vêm para cima de mim como se eu precisasse ser derrotada ou se seguram. Não consigo uma luta de verdade com nenhum deles. — Vamos ver o que você pode fazer, — Elysa ergueu o braço, convidando-a a sair. Depois de passar pela porta da frente, seu queixo caiu. Os escudeiros haviam montado assentos e parecia uma mini arena. — Acaba com ela, NinjaGaiden! — Meryn gritou. Elysa soltou uma risadinha. — Os homens provavelmente pensam que ela é fofa. — Ela fez uma pausa e inclinou a cabeça. — Mas é a mais perigosa aqui, e com as Filhas de Eliana presentes, isso quer dizer muito. Eles entraram no ringue que alguém havia marcado com fogo no gramado. — Regras? — ela perguntou. — Nada que possa causar danos permanentes. Sem violência desnecessária. Se você cair, não vou continuar. Bom? — Perfeito. Elas se separaram para os dois lados do círculo. Ao redor delas, as mulheres rugiram em uníssono, sinalizando o início da luta. Mais rápido do que ela conseguia ver, Elysa pulou nela. Brie agarrou o pulso dela e saltou para frente, mudando o próprio peso. A leoa caiu, mas não ficou no chão. Elas circularam uma a outra uma vez, e Elysa irrompeu para frente novamente. Brie tensionou os músculos do abdômen e levou

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vários golpes. Com os braços protegendo a cabeça, ela girou a metade do corpo para dar um mortal de costas e colocar distância entre ela e a leoa. Os olhos de Elysa se arregalaram e ela deu um sorriso malicioso. — A gatinha tem surpresas. — Venha descobrir se tenho mais, — respondeu ela. Brie perdeu a noção da troca de golpes depois disso. Ela nunca tinha se movido tão rápido na vida. Assim que o pensamento de bloquear entrava em sua mente, seu braço ou perna já estava agindo. Depois de alguns minutos, as duas estavam respirando com dificuldade. Brie riu com a pura emoção de tudo aquilo. — Vamos lá! — ela rugiu, e Elysa respondeu. A leoa acertou um golpe sólido em seu estômago, fazendoa ofegar por ar. Fechando os olhos, ela girou sobre a perna de trás e levantou o pé. E acertou a mandíbula de Elysa, fazendoa recuar, balançando a cabeça. Brie soltou uma rajada de golpes para desorientar ainda mais sua oponente. Mal conseguindo respirar, Brie sabia que se hesitasse, perderia a chance de ganhar vantagem. Ela disparou para frente, e como imaginou, Elysa a previu e lançou seu corpo inteiro em um soco direcionado ao seu estômago. Brie agarrou o braço dela e literalmente a jogou sobre a cabeça e no ar. Ela ouviu e sentiu as vibrações de Elysa batendo no chão antes de se virar para encará-la. Brie imediatamente assumiu uma postura defensiva. Elysa ergueu a mão.

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— Me rendo, — ela resmungou. Ao seu redor, as leoas rugiram alto — a ponto de Brie querer tapar os ouvidos. Elas inundaram o ringue, algumas passando por cima de Elysa para parabenizá-la. — Bem-vinda ao bando! — as mesmas aplaudiram. — Hã? — ela perguntou, ainda tentando recuperar o fôlego daquele soco no estômago. — Você derrotou a nossa Alfa Interina, isso faz de você a mais nova membra do nosso bando. Bem-vinda às Filhas de Eliana, — explicou uma delas, enxugando os olhos. — Desculpe, — disse ela, completamente confusa. A mulher pareceu chocada. — Não se desculpe; essas são lágrimas de felicidade! Lágrimas de jubilação! Faz séculos desde que uma mulher de fora se juntou ao nosso seio. — Mas, ela estava ajustando a força e velocidade, isso não deveria contar, — Brie protestou. Duas mulheres ajudaram Elysa a se levantar. A leoa caminhou até elas e lhe estendeu o braço. Brie sabia o que fazer agora e o agarrou em uma saudação de guerreiras. — Brie, parei de ter que fazer ajustes depois que você me desafiou.

Enfrentei

você

com

toda

minha

força.

Seu

treinamento, além de todo o estimulo que recebeu com o acasalamento com Ari, a deixou quase igual a uma de nós. Brie só conseguiu sorrir. Jogando a cabeça para trás, ela gritou com sua vitória. Respondendo ao seu grito gutural e bruto, um rugido profundo e masculino de leão quebrou a noite vindo das arquibancadas. Os homens sentados ao redor

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de seu companheiro lançaram seus próprios gritos de vitória. Os guerreiros da unidade de Èire Danu haviam testemunhado seu triunfo. Elysa deu um tapinha em seu ombro. — Você é mais do que digna do nosso Ari, — disse ela, apontando para onde o cabelo curto de seu companheiro agora fluía sobre sua cabeça como uma juba. Na frente dele, Declan e Rex vibravam com a mesma energia. — Te disse que eles estufavam como gatos domésticos, — disse Meryn para Aiden, apontando a Ari. Ari se levantou e caminhou na direção da companheira. Seus olhos dourados brilhavam. — Minha, — ele rosnou. Ela sorriu timidamente antes de atirar a perna e derrubálo no chão e montá-lo. — E você é meu. Os homens assobiaram na multidão e as guerreiras riram da expressão atordoada de Ari. — Eu poderia me dar bem com isso, — ele concordou. Um assobio agudo fez todos olharem para Catherine. — Elysa, vocês, meninas, voltem para a mansão e deixem a arma preparada para Brie para amanhã. — Ela olhou aos guerreiros da unidade. — Vocês, rapazes, voltem para a vila. — Ela sorriu a Brie. — Vamos voltar para dentro e permitir a Brie algum tempo para se refrescar antes de continuarmos o nosso jantar. Elysa balançou a cabeça.

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— Melhor ouvi-la, ela é a mais velha. — Ela se inclinou para Brie. — E a mais forte de nós. Brie olhou para Catherine. — Bem, ela teve três filhos, então faz sentido. Seu pai e Doran passaram por ela, ambos sorrindo. Seu pai mostrou um maço de dinheiro. — Isso vai para o seu presente de aniversário.

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Capítulo 16 Brie riu e se levantou. Estendeu a mão e puxou seu companheiro para ficar de pé. A multidão se dispersou, e eles, mais uma vez, subiram as escadas para que ela pudesse se refrescar. Quando entraram no quarto, Brie notou que Leo havia colocado seu vestido na cama com roupas de baixo novas. Isso a lembrou de procurar as coisas que seu pai lhe trouxera. Brie foi até a cômoda e começou a abrir as gavetas. Suas coisas estavam perfeitamente dobradas e guardadas na terceira gaveta. Ela balançou a cabeça. Os escudeiros eram incríveis. Então tirou a seda suada e foi até o banheiro. E se virou com os rosnados baixos de Ari. — Não temos tempo. Sua mãe vai segurar o jantar para nós, e você sabe disso. Os olhos de Ari suavizaram um pouco, mas seu cabelo permaneceu comprido. Ela apontou para a cabeça dele. — Eu adoro isso. Por que não cresceu quando você se tornou o seu homem-leão?

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Ele ergueu a mão e passou-a pelos cabelos. — A terceira forma foi uma reação instintiva de raiva. — Ele apontou para a própria cabeça. — Esta foi uma resposta primordial ao nível da alma do meu leão. — Ele suspirou. — Vou ter que cortar. — Tem mesmo que cortar? — Não, mas sempre usei curto. Por quê? — É mais cabelo para eu agarrar mais tarde, — explicou ela, dando um passo para que apenas seu corpo ficasse molhado sob o chuveiro. Ela rapidamente se ensaboou e enxaguou, mantendo cuidadosamente os cachos secos. — Estou me acostumando com o cabelo comprido, — Ari meditou em voz alta. Brie riu e se secou. Seu companheiro lhe entregou suas roupas e ambos desceram as escadas. Como ela previra, os escudeiros pegaram pequenos aperitivos para servir junto com bebidas comemorativas. Quando ela entrou, gritos emergiram e taças foram levantadas. Os homens ficaram de pé até que ela se sentasse. — Se divertiu, minha menina? — seu pai perguntou. Ela sorriu largamente. — Foi muito divertido! Nunca fui capaz de enfrentar alguém que me permitisse usar toda minha força antes. — Ganhei oitenta dólares apostando em você! — Meryn exclamou. — Isso é um monte de frango frito. Brie se virou para Ari. — Quem apostou contra mim? Ari riu maliciosamente.

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— Quase todos os caras. Eles te respeitam pra caralho, mas nenhum pensou que você iria ter forças contra a tia Elysa. — Por quê? — Porque essa mulher tem derrotado todos nós por décadas. Ela é uma das mudanças que fiz como líder da unidade. Pedi a ela para ajudar com os exercícios. Cada guerreiro provavelmente tem uma pequena forma de estresse pós-traumático quando se trata daquela mulher, — ele explicou. — Cara, ela é gostosa, — disse Brie, então notou que Leo havia enchido novamente sua taça de vinho. Ela a ergueu e tomou um bom gole. — Brie! — Ari estremeceu. — Ela é minha tia! — Bem, não é a minha, pelo menos não de sangue. A maioria dessas mulheres me fizeram questionar minha sexualidade. Elas eram tão poderosamente sexy. — Idem, — Meryn concordou. Aiden olhou para a companheira chocado. — Sério? Meryn olhou para cima. — Você viu os braços delas? Aposto que é de onde o Rex tirou os dele. — Como eu disse: igualzinha a mãe. — Seu pai lhe jogou uma piscadela. — O que você quer dizer? — Ari perguntou. — Quando conheci Brianna, ela estava namorando uma mulher e eu namorando um homem. Nós nos vimos de cada lado da sala e praticamente abandonamos nossos encontros.

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A primeira coisa que ela me disse foi: “Vou ter um bebê seu”, e ela teve. — Mamãe e papai eram melhores amigos em primeiro lugar, — acrescentou ela. Seu pai sorriu melancolicamente, e Doran passou o braço em volta dele. — Ela era como uma alma gêmea, mas não como uma companheira predestinada. Acho que fomos feitos um para o outro. Meryn bufou. — Sim, para então poderem fazer a Brie, — disse ela petulantemente. Todos ao redor deles pararam com suas palavras. Ari puxou a companheira para perto. — Eu não me importo como ou porquê, ela está aqui e é minha. — Ryuu, posso comer mais carne, por favor? — Meryn perguntou. Ryuu moveu-se para adicionar mais fatias da bandeja ao seu prato. — Graças aos deuses que o Leo cozinhou tanto. Meryn, acho que você comeu uma vaca inteira. Meryn fez beicinho, então olhou para Leo. — Estou comendo demais? Leo praticamente tropeçou em si mesmo para pegar a bandeja de Ryuu. E generosamente encheu seu prato. — Claro que não. Aqui, pegue um pouco mais. Ah, e algumas cebolas.

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Ryuu olhou para sua incumbência, que estava sorrindo para o outro escudeiro descaradamente. Ele balançou a cabeça, sorrindo. — Simplesmente adorável. Brie teve a sensação de que ele estava se referindo à manipulação dela e não ao sorriso. — Ela está te manipulando completamente, Leo, — Declan apontou, tentando arrancar pedaços de carne da bandeja. Leo piscou um olho. — Claro que está. — Ele apontou para baixo. — Olhe aquele sorrisinho tortuoso. Como eu poderia dizer não a isso? Jedrek olhou de Meryn para Leo e então para a companheira. — Obrigado por ter meninos. Eles são muito mais simples. Catherine levantou uma sobrancelha. — Você tem duas filhas agora, lembre-se. Brie fez um sinal de paz para ele e Kari sorriu docemente. Jedrek agarrou a própria bebida novamente. — Então, se seguirmos o caminho de preocupações com besteiras, então realmente precisamos começar com as pessoas, não com o conselho, certo? — Meryn perguntou. Agora segurando um garfo em cada mão, com carne em cada garfo. Kendrick estalou os dedos. — Exatamente. Meryn, como de costume, você é um gênio.

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— Eu seeeei, — disse ela com a boca cheia de comida. — Se fizermos algo semelhante ao que fizemos em Lycaonia, pode funcionar, — Kendrick continuou. — Eu conheço um jornalista que escreve para a Crônica. Jedrek se recostou. — Isso é impressionante. Eles gostam de manter seus nomes em segredo para evitar pressão externa. Isso confere credibilidade à neutralidade deles. Você entrar em contato com eles é exatamente o que tentam evitar. Kendrick deu de ombros. — Não vou dizer a eles o que escrever. Vou apenas darlhes todos os fatos como conheço e deixá-los decidir o que fazer. O Crônica é o único jornal que é distribuído para todas as quatro cidades-pilar. Seria a maneira mais rápida de influenciar o sentimento público. — O tiro pode sair pela culatra. Eles podem revelar que você tentou colorir o que seria escrito, — Rex apontou. — Pode ser um risco que teremos que aceitar, — disse Kendrick. Ele bateu nos lábios com o dedo. — Storm Keep será a mais difícil. Meryn e Aiden quase não têm laços com a cidade. — Seu tio é um Ancião lá, — Anne apontou. Kendrick balançou a cabeça. — Isso não tem muito peso em Storm Keep. O Conselho dos Bruxos governa a cidade. — Sim, e eu posso ser responsável por um assassinato lá em breve, — admitiu Meryn casualmente. Quase todo mundo engasgou. Aiden e Kendrick viraram bruscamente para ela.

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— O que?! Os olhos de Meryn dispararam para os gêmeos, em seguida, para baixo para seu prato. — O cara que administra o orfanato pode acabar morrendo devido a circunstâncias imprevistas. — Ela agarrou a testa. — Deve ser uma premonição. Kendrick

cuspiu,

riu,

cuspiu

novamente,

então

finalmente balançou a cabeça e se recostou. — Tem como essa premonição ser de um futuro muito mais distante? Tipo um futuro muito, muito mais distante? Meryn deu de ombro. — Talvez. — Meryn, — Aiden rosnou. — Taaaaa! — ela pegou o telefone e enviou uma mensagem. — Pronto. Feliz agora? Rex fechou a boca. — Quer saber? Eu realmente não preciso saber. — Ele olhou para Leo. — Uma refeição maravilhosa como sempre. Leo ergueu uma tigela. — Mais batatas? — Sim, por favor. — Rex recostou-se para lhe dar mais espaço para servir. Brie olhou para Ari. — Nós vamos ignorar isso? Ari apontou para o irmão. — Tenho seguido a liderança dele desde que usava fraldas. Ele não me orientou mal ainda. — Ele ergueu o prato. — Mais batatas para mim também, Leo.

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— Tudo bem então, — Brie pegou seu garfo e comeu sua refeição. Depois da luta, ela estava com fome de proteína, e o London Broil realmente estava cozido à perfeição. Do outro lado da mesa, os gêmeos estavam fungando e apertando Meryn entre si enquanto Pip beijava as três cabeças repetidamente. Aiden ergueu a taça, e desta vez foi Ryuu que pegou a pequena garrafa de líquido âmbar com aroma de maçã. Ele encheu a taça uma vez, a qual Aiden esvaziou prontamente, e depois a encheu novamente. — Apenas uma premonição, — ele murmurou. Kendrick se virou para Aiden. — Você precisa do Micah de volta aqui? Aiden piscou e então balançou a cabeça. — O que? — Micah? Ele se juntou novamente a Eta para a missão; você precisa dele de volta aqui? Aiden coçou o queixo. — Não. Prefiro que ele trabalhe com sua unidade na guarda do armazém. Declan suspirou de alívio. — Não diga a ele que eu disse isso, mas todos nós sentimos sua falta em casa. Ele meio que fazia o dia passar mais rápido. — Quando você vai voltar? — sua mãe perguntou. — Amanhã. Vamos passar a noite aqui e depois voltar, — disse Declan. — Oh, — Catherine suspirou.

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— Mãe, enquanto o portal estiver aberto, posso voltar para casa todos os dias para o almoço. — Os olhos de Declan se arregalaram quando percebeu o que disse. — Caramba! Posso voltar para casa para almoçar. Catherine se voltou para seu escudeiro. — Leo, a partir de amanhã vamos fazer do almoço nossa maior refeição do dia. Se essa é a refeição onde todos os meus meninos poderão estar juntos ao mesmo tempo, vamos fazer uma boa refeição. Eles precisam da energia. Leo já estava assentindo. — Posso ajustar facilmente nossos menus. — Ele olhou primeiro a Ari, então a Declan. — Mas precisaremos pedir quantidades maiores. Declan e Ari pareciam satisfeitos com sua avaliação em vez de ofendidos. — Então o Kendrick chama esse Clark Kent, e aí uma história vai se espalhar sobre o quão incrível eu sou, com sorte influenciando o público. Se isso não funcionar, fazemos do Comitê nosso alvo? — Meryn perguntou. — Meryn, não, — repetiu Aiden, parecendo exasperado. — O quê? Não é como se tivéssemos muitas opções. Eles estão criando novas regras. Como o Comitê conseguiu tanto poder afinal? Um dia, algumas pessoinhas simplesmente disseram: “ei, vocês têm que fazer o que dizemos”, e todo mundo apenas concordou? Isso é besteira, — Meryn reclamou. Kendrick inalou o vinho e começou a engasgar. Anne imediatamente começou a esfregar suas costas.

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— Deuses! — ele engasgou. — Todos esses longos séculos, eu culpei o povo. Simplesmente não conseguia entender como um dia nós tínhamos um rei e uma rainha e no dia seguinte um conselho. — Ele ficou mortalmente pálido. — Mas está acontecendo de novo, não é? Kendrick se levantou, fazendo a cadeira tombar. — Aiden, precisamos ir para o palácio. — Ele olhou ao redor da sala. — Rex, Ari, Declan, todos vocês serão necessários. Rex, você pode filtrar o que sabe para o conselho; saberá o que deixar de fora. Declan, você precisará ser incluído para ajudar Magnus e também o Ari para ajudar o Aiden e o Brennus. — Ele jogou o guardanapo no prato. — Leo, Catherine, obrigado por uma refeição maravilhosa, mas realmente temos que ir. Catherine, parecendo nervosa, levantou-se. — Claro. Jedrek não parecia nada satisfeito em ser excluído. Rex colocou a mão em seu ombro. — Confie em nós, — foi tudo o que disse. — Vocês, meninos, ajudem uns aos outros e não se esqueçam de que estou aqui se precisarem de mim, — disse Jedrek, acenando com a cabeça para o mais velho. Brie olhou para o pai. Ele ergueu a mão que estava enroscada na de Doran. — Nós vamos ficar aqui. Brennus vai nos atualizar mais tarde. Doran parecia preocupado.

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— Diga ao meu irmão para me ligar se precisarem de mim. Brie apertou seu braço. — Nós diremos, — ela prometeu. Todos estavam quase no saguão quando Kendrick olhou ao redor. Quando seus olhos pousaram em algo na mesa, seus olhos se suavizaram. — Meryn, vamos. Meryn não tinha parado de comer quando todos estavam se preparando para sair. Ela ainda estava à mesa, comendo um pouco de carne. Leo colocou a mão nas costas desta. — Vou mandar um lanche à meia-noite para você, ok? Meryn suspirou e então se levantou. Pegou dois pãezinhos e enfiou fatias de carne em cada um. — Obrigada, Leo, você é demais. Ari se voltou para Brie. — Você pode ficar se quiser. Deve estar cansada depois daquela luta. Ela balançou a cabeça. De jeito nenhum ela perderia o que quer que aquele bruxo tinha a dizer. — Vou ficar com você. — Ela mordeu o lábio inferior. — Leo, sobre aquele lanche à meia-noite? Ela fez beicinho, dando a ele a melhor cara de “dó” que conseguia fazer. — Por favor, Leo? — Tanto Ari quanto Declan tinham rostos semelhantes, fazendo beicinho, o que arruinou seus esforços porque Brie agora estava rindo. Leo sorriu largamente.

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— É tão bom cozinhar refeições grandes novamente. — Vamos, vocês três, — Rex gritou. Juntos, saíram e voltaram pela rua dourada em direção ao palácio. ***** Quando chegaram, estava assustadoramente quieto em comparação com o caos do qual haviam saído. Os corredores de mármore tinham uma sensação sinistra após a observação assustadora de Kendrick. — Sinto como se um assassino mascarado estivesse prestes a sair com uma faca de açougueiro na mão, — disse Meryn, ficando perto de Aiden. — Parece vazio mesmo, não? — Anne concordou, avançando para mais perto de Kendrick. — E mais escuro, — acrescentou Brie, e realmente lhe parecia mais escuro. Quando se aproximaram dos aposentos pessoais da rainha, a porta se abriu e Darian os cumprimentou. — O que é isso sobre uma reunião de emergência? — ele perguntou, mostrando o telefone. — Você conseguiu entrar em contato com o Magnus? — Kendrick perguntou, passando pelo príncipe. — É bom te ver também, Kendrick, — Darian falou lentamente. — E sim, ele chegou há poucos minutos através do portal do armazém. — O Magnus está aqui? — Meryn exigiu, em seguida, passou correndo por Darian também. — Sebastian! — gritou.

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— Pensei que ela tivesse perguntado sobre o Magnus, — Brie observou em voz alta. Ari apontou para Ryuu, que correu atrás de sua incumbência. — Normalmente escudeiros seguem suas incumbências. Sebastian, é claro, estaria com o Magnus. Os gêmeos e Pip correram atrás de Meryn. — Sebastian! — estes gritaram. Declan sorriu. — Sebastian tornou-se uma pseudo-mãe para eles, — explicou este. — Devem ter sentido falta dele. Quando entraram, Brie viu que Meryn, os gêmeos e Pip estavam reunidos em torno de um homem alto que parecia tão feliz em ver os mais jovens pulando em torno dele, quanto estes estavam em vê-lo. — O Nível Um tem estado tão vazio sem vocês! — Sebastian puxou Meryn para um abraço, em seguida, afastoua estendendo os braços. — Olhe para você, Princesa Meryn. Meryn acenou com as mãos na frente de si. — Sem essa. Apenas Meryn para você, Sebastian. — Ela surpreendeu o escudeiro quando envolveu seus braços minúsculos ao redor da cintura deste. — Senti sua falta, — ela murmurou. — E eu também senti sua falta, — o escudeiro admitiu. — Princesa Meryn, trago saudações da Cidade da Noite, — declarou uma voz profunda.

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— Magnus! — Meryn se virou de Sebastian e correu para o lindo homem de cabelos escuros. — Eu consegui meu lançachamas! Magnus riu. — Vai ter que me mostrar ele mais tarde. — Diabos que vai. Quando você conseguiu isso? — Aiden exigiu. Meryn olhou para o teto. — Não sei. A rainha balançou a cabeça com a angústia de Aiden e se virou para Kendrick. — O que é tão importante que você convocou uma reunião hoje à noite, de todas as noites? — Brie teve que admitir que a rainha parecia absolutamente exausta. Kendrick foi até a rainha e puxou-a para um abraço. Quando a beijou na testa, Brennus se aproximou em um instante. — Mantenha seus lábios longe da minha companheira. A rainha suspirou. — É tão ruim assim? Kendrick simplesmente se abaixou e descansou a testa no ombro de Brennus, para o choque de todos. — Deuses, estou cansado, — este admitiu. Anne foi até o companheiro e envolveu um braço em volta de sua cintura. Ela o puxou de volta para que pudesse abraçálo

forte.

E

então

lançou

um

olhar

para

Thane.

Instantaneamente, os irmãos Ashleigh estavam lá. Cada um

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colocou a mão nas costas de Kendrick, que logo começou a brilhar em cores diferentes. Kendrick exalou e ficou um pouco mais reto. — Obrigado, meus amigos. Brie percebeu que ele não só ajudou Aiden em sua missão esta noite, mas também foi chamado para ajudá-los também. Ele provavelmente estava no limite tanto quanto a rainha. Sebastian se virou para Cord. —

Vamos

acomodar

todos.

A

rainha

tem

uma

antecâmara? Cord balançou a cabeça. — Temos usado as salas externas de seus aposentos pessoais. Temos muitos assentos lá. Sebastian assentiu, então se virou para onde todos estavam parados — parecendo assustados tanto com a declaração da rainha quanto a admissão de Kendrick. — É tarde, e todo mundo teve um dia muito longo pelo que ouvi. Vamos prosseguir para essas salas externas e ficar confortáveis para a noite. Ryuu, Cord e eu serviremos coquetéis noturnos e sobremesas. — Pudim Mágico? — Meryn perguntou imediatamente. — Certamente, querida. Lentamente, todos começaram a reivindicar poltronas ou sofás. Oron, Darian, junto com suas companheiras, sentaramse perto da mãe e Brennus. Brie sentou-se com Ari e os Lionharts à direita destes. Magnus se sentou com Meryn e Aiden à esquerda da rainha junto com os gêmeos e Pip. O que

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deixou Kendrick e Anne com os Ashleighs sentados em frente à rainha. Kendrick olhou para Thane. — Você pode lançar um feitiço de insonorização, o mais forte que puder? Thane não discutiu pela primeira vez, e ele e seus irmãos lançaram o feitiço que fez estalar os ouvidos de todo mundo. Kendrick olhou para Meryn. — Meryn, pode repetir o que disse sobre o Comitê, para que a rainha e Magnus saibam a que estou me referindo? O rosto de Meryn enrugou. — O do babaca por associação? — Não. — O plano de matar primeiro, perguntar depois? A essa altura, Kendrick estava sorrindo. — Não. Meryn coçou a cabeça. — Como todos nós fomos levados a aceitar seus jogos forjados de poder? — Sim. — Kendrick se virou para a rainha e Magnus. — Vocês dois são os líderes soberanos de seu povo; por que estão ouvindo os ditames do Comitê? — Porque são o Comitê, — Magnus e a rainha disseram ao mesmo tempo, em uníssono. Kendrick apontou. — Essa é uma resposta condicionada. A rainha levou a mão trêmula à boca. — Quando?

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Magnus cerrou os dentes. — Como? Os escudeiros começaram a circular com bandejas com diversos coquetéis e guloseimas. Brie analisou a bandeja até que viu algo rosa. — Cosmo? Sebastian concordou. — Um pouquinho forte também. — Perfeito, — ela sussurrou e pegou-o da bandeja. Brie olhou ao redor da sala e balançou a cabeça. Aiden, abençoado fosse, tinha uma bebida em cada mão, e Meryn tinha uma tigela de servir no colo com duas colheres. Aiden deu um gole em uma de suas bebidas. — Deve ter começado na época em que o perímetro foi criado. Foi quando eles apareceram pela primeira vez em Lycaonia. — Deixe-me mandar uma mensagem para René Evreux. Ele é o membro do Comitê de Lycaonia, — disse Magnus, pegando o telefone. Meryn rosnou. — Não. Ele é um grande idiota. Magnus deu um meio aceno de cabeça. — Ele não é o melhor quando lida com os outros, e é por isso que fiz dele o Ancião de Lycaonia, a mais diversa das quatro cidades-pilar. De todas as pessoas, Meryn, pensei que você veria isso nele. Os lábios de Meryn ficaram pressionados em uma linha reta.

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— Ele disse que meu bebê e Penny o deixavam doente. Magnus esfregou as mãos no rosto. — É o dom dele, Meryn. Ele pode ver a verdadeira natureza de uma pessoa. Nós agora sabemos que você estava sem sua luz. Era normal para você, mas como acha que ele registrou isso? Além disso, você está carregando uma criança mestiça, semelhante a Penny. Ele admitiu para mim em mais de uma ocasião que vê ambas as essências e isso lhe dá tontura. Ele é rude, grosseiro e tende a desprezar qualquer pessoa que não seja um vampiro, mas está aprendendo. O queixo de Meryn caiu. — Ele não é um babaca? Magnus piscou um olho. — Ele é absolutamente um babaca, mas não é mau. — Meryn, eu acredito que foi René que me passou escondido os colares para teste. Também foi aquele que viu o engano de Rowan e me libertou para salvar a Unidade Alfa, — admitiu Kendrick. Meryn levantou a mão. — Vou precisar de tempo para realinhá-lo em meu cérebro. — É compreensível, — Magnus disse, olhando para o telefone. — Ele disse que foi um dos últimos a ser abordado. Jourdain Régis apresentou seu nome como candidato em agosto do ano passado e ele foi oficialmente convidado a ingressar em setembro. Meryn franziu a testa. — Isso foi meses antes até mesmo de eu me mudar.

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Aiden recostou-se. — Você está certa, bebê, isso foi antes de você. — Ele olhou ao redor. — Mas se alinha perfeitamente com quando o feitiço

foi

lançado

para

trazer

aos

guerreiros

suas

companheiras. — O alcance desse feitiço ainda não foi determinado, — disse Thane. — E se essa não for a única coisa que o feitiço faz? — Meryn formulou a hipótese. Kendrick se inclinou para frente. — Vá em frente, Meryn, é aqui que você costuma brilhar. Meryn pegou outra colher de pudim. — Bem, é como quando você envia uma atualização massiva para vários computadores. Você tem que ter certeza de que todos ligaram seus sistemas, e eles têm que deixá-los ligados durante a noite toda, se tem que enviar os pacotes. Um. Saco. Então, geralmente, superiores e supervisores de tecnologia são tipo: se vamos dedicar tanta mão de obra para esta atualização, vamos eliminar um monte de outras coisas ao mesmo tempo, como atualizações do sistema operacional, remover certos jogos instalados, adicionar VPNs, a coisa toda, de modo que, quando terminar, fiquem de boas por um tempo. — Ela olhou em volta. — E se esse feitiço tivesse algum componente enorme que precisava ser obtido e eles apenas se certificaram de que seu dinheiro valeria a pena. — Filho da puta, — Justice sussurrou, caindo de volta na cadeira.

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Law balançou a cabeça com a descrença de seu irmão e apontou para Meryn. — Eu disse que ela é um gênio. Kendrick ergueu um dedo. — Então, qual era o feitiço que pretendiam lançar e o que foi adicionado? O objetivo principal do feitiço era adicionar perfeitamente

o

questionamentos

Comitê ou

era

à

nossa

trazer

aos

sociedade

sem

guerreiros

suas

companheiras para o abate? Anne bateu no companheiro. — Você tinha que falar assim? Ele deu de ombros. — De qualquer maneira, é assustador. — Eu me pergunto se não é nenhum dos dois, — disse Meryn, comendo outra colherada de pudim. Até Kendrick pareceu mal com sua declaração. — O que quer dizer? Ela ergueu a colher. — Lembra do cara demônio? — Ela sorriu. — O cara era seriamente gostoso, por falar nisso. Ai! — Meryn esfregou o ombro onde Aiden a beliscou. — De qualquer forma. Ele disse que os colares eram apenas um meio para um fim. E se tudo estiver nos movendo em direção a um fim de jogo que nem conhecemos? — Meryn, por favor, não leve a mal, mas eu te odeio agora, — Kendrick rosnou. Ela deu de ombros.

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— Não temos todas as peças, então tentar acertar tudo e dar sentido a tudo é inútil. Tudo o que podemos fazer é abordar o que está bem na nossa frente e fazer o que pudermos para mitigar os danos. — O dano é o nosso povo sendo assassinado, Meryn, — a rainha a lembrou suavemente. Meryn acenou com a cabeça. — E em novembro, eram shifters grávidas assassinadas. Em fevereiro, eram os cidadãos de Noctem Falls. Cada vez, nós os frustramos de algum jeito ou forma. Eles não pegaram Lycaonia, Keelan cuidou disso. Eles não destruíram Noctem Falls, Vivi, Ellie e os curandeiros os bloquearam lá. Sim, eles mataram faes, mas nós os surpreendemos esta noite. Estamos um passo mais perto de descobrir qual é o grande esquema. — Ela sorriu. — Estaremos ainda mais próximos quando descobrirmos como abrir a caixa de terra do Kincaid. — Porcelana, — Kendrick e Thane corrigiram em uníssono. Meryn deu de ombros. — Então, eles usaram algumas coisas malucas de manipulação mental para instalar este Comitê. A paranoia é uma coisa poderosa. Apenas comece com boatos de que o Comitê está tentando garantir uma propriedade em cada cidade-pilar para um bairro de elite ou algo assim. A demanda por moradias nas cidades-pilar está mais alta que nunca devido a todos os assassinatos. Se as pessoas suspeitarem, mesmo que por um segundo, que o Comitê está agindo por ganância, não ouvirão uma palavra do que disserem.

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Magnus olhou para Meryn como se a estivesse vendo pela primeira vez. — Isso é brilhante. — Seus olhos se estreitaram. — Você, na verdade, é uma líder nata, não é? — Sim, foda-se isso. Eu nasci para comer pudim e assistir Netflix. — Meryn caiu de boca em sua guloseima novamente. Brie refletiu sobre o que ela disse. — É a básica natureza humana. Meryn lambeu a colher. — Sim. Seu Comitê estúpido se torna inútil se ninguém os escuta. Mesmo se for o “acréscimo” do feitiço das companheiras, não importa. Não perdemos uma companheira de

algum

guerreiro

ainda;

somos

todas

muito

fodas.

Especialmente a Brie. Então, tipo, se contavam que isso seria um grande jogo de poder, nós meio que temos isso no papo. Kendrick rosnou. — Eu não gosto disso. Anne beijou seu braço. — Isso é porque você não gosta que ninguém lhe diga o que fazer, muito menos o que pensar. — É exatamente isso. Isso me faz duvidar da minha própria mente, porque antes da declaração cavalheiresca de Meryn, eu nem mesmo percebi que estava sendo influenciado, — Kendrick falou. Magnus olhou para Meryn. — Pergunto-me por que isso não a afetou. Ryuu sorriu maliciosamente. — Meryn, levante-se, — ele ordenou.

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Meryn fez uma careta para ele. — Por quê? Ryuu apontou para sua incumbência. — Meryn me ama e confia em mim para lhe fornecer até mesmo as necessidades mais básicas. Mas a essência de quem ela é questiona tudo. Se alguém lhe dissesse para fazer algo, sua reação automática é fazer o oposto. Meryn acenou com a cabeça enfaticamente. — Sim. O que ele disse. Brie olhou para Ryuu e entendeu o que este estava dizendo. — Nós não somos daqui. Ele acenou com a cabeça uma vez sabiamente. — Exatamente. Desde o primeiro dia, Meryn questionou por que nós, como paranormais, fazemos certas coisas, porque tudo lhe era estranho. Eu imagino que o mesmo se estenda a você, mas em um grau menor. — Por que em menor grau? — ela perguntou. — Por causa de sua profissão. Você está acostumada a um sistema que tem uma hierarquia que emite ordens. É treinada para seguir ordens e, a menos que algo cruze uma linha tênue para você, você obedece. — Ele olhou para Meryn, que estava tentando garantir que houvesse a mesma quantidade

de

pudim

em

cada

colher.

Ela

ficou

praticamente sozinha enquanto crescia, então não sabe ou se importa com nem mesmo as normas sociais mais básicas que agem como os blocos de construção de regras e decoro do

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mundo

humano.

Seu

cérebro

está

constantemente

perguntando: “por que?” Ryuu apontou para os outros na sala. — Paranormais são criados seguindo muitas regras e tradições. Algumas tão antigas que até mesmo a rainha teria dificuldade em responder à pergunta: “por que?” sobre muitas de nossas formas de etiqueta. A rainha concordou. — É verdade. Posso ter conhecido os “porquês” em algum momento,

mas

como

não

precisava

pensar

nisso,

rotineiramente, esqueci. — Acredito que Meryn disse isso antes, mas o feitiço para trazer aos guerreiros suas companheiras pode ser o que lhes derrotará no final. — Ele se virou para Kendrick. — Heika, sei que isso perturba especialmente alguém como você, que dependeu da própria mente e habilidades por tanto tempo, mas deve se lembrar que basta uma pessoa apontar a verdade para uma ilusão falhar. — Ele acenou com a cabeça para baixo, para sua incumbência. Kendrick caiu para trás. — Eu não gosto disso, mas você está certo. Não há muito que possamos fazer sobre isso agora, exceto atrapalhar seus esforços. Neil se inclinou para mais perto de Meryn. — Não poderíamos colocar algo sorrateiramente nos painéis de mensagens sob uma conta falsa? Não acho que o Comitê seja experiente em tecnologia o suficiente para descobrir isso.

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Meryn balançou a cabeça lentamente antes de entregar a Neil suas colheres e Nigel sua tigela. Ela estendeu a mão para sua lateral, para sua bolsa sempre presente, e pegou seu notebook. — Posso criar uma pessoa em dois segundos, espera um pouco. Ari franziu a testa. — Ela já não está fazendo isso? — Ele apontou para sua barriga distendida. Brie sorriu. — Não, ela está criando uma pessoa online. Quando ela terminar, aposto que serão reais o suficiente para dever impostos. Meryn lhe sorriu. — Pode crer. — Ela teclou sem parar. — Vejamos. A pessoa não pode ser de Éire Danu, muito perto de nós no momento. Vou fazê-los daquela outra matilha de lobos de onde a Eva é. Eles ainda não foram aceitos em uma cidade-pilar. Vamos fazer ela trabalhar no mercado imobiliário, e contará que um pacote está em sua mesa para garantir um terreno muito perto de Lycaonia. Eu diria Noctem Falls, mas eles têm aquela reserva nacional. — Ela lambeu os lábios. — O nome será algo próximo a Adalwin Dulse; o cara está morto, então será a conta fictícia perfeita para esse tipo de coisa. Na verdade, deixe-me criar uma conta fictícia para ele bem rápido. — Eu tenho as finanças dele, Meryn, — disse Neil de seu notebook. — Ninguém mexeu nas contas dele desde o ano passado. Parece que tudo ainda está aberto.

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— Perfeito, — Meryn cantou alegremente. — Agora, nossa pobre menina assustada do Texas verá alguém chamado Alwin Dalse tentando comprar um terreno perto de Lycaonia. O que faz ainda mais sentido se você levar em consideração que eles estiveram lá no ano passado investigando as coisas. Agora, considerando que este é o Comitê sobre o qual ela está postando, precisa de uma conta falsa. Aiden piscou. — Meryn, ela é uma conta falsa. — Sim, mas minha pessoa falsa não é estúpida o suficiente para postar com seu próprio nome. Então, ela criou um nome de usuário falso para os painéis de mensagens que criei no ano passado e faz um upload de um scan dos interesses de Alwin. Ela vai até criar uma conta falsa no Facebook para dar credibilidade ao seu nome de usuário, dessa forma, mesmo que alguém do Comitê investigue isso e descubra que a conta do Facebook é falsa, provavelmente vão parar por aí, pensando que são gênios. — Ela deu uma risadinha. — Que monte de titica de galinha na cabeça. — Ela digitou apenas por mais alguns instantes. — Pronto, a cereja do bolo. Ela tem uma multa de estacionamento pendente fora da imobiliária onde trabalha e uma reclamação ativa arquivada com o gerente do edifício que alguém fica estacionando na sua vaga. — Ela fechou o notebook e estalou as costas. Quando olhou em volta, todos a estavam encarando. — O que? Magnus se inclinou para frente. — Você fez tudo o que disse enquanto digitava?

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— Sim. — Ela estendeu as mãos e os meninos lhe devolveram o pudim. Brie olhou em volta e, com a mão, fechou a boca do companheiro. — Você se lembra de eu ter contado a todos que ela fazia homens adultos, em altos escalões de segurança, chorarem, certo? Não estava brincando. Ryuu praticamente brilhava em azul. — O mundo em que vivemos atualmente é ditado pelo que as pessoas veem, ouvem e leem online. — Ele colocou a mão nos cachos de Meryn. — E ela dita o que eles veem, ouvem e leem. —

Deuses

acima,

Rex

ofegou

com

uma

voz

estrangulada. Brie deu uma risadinha. — Parece que você está se juntando só agora ao programa. Bem-vindo à era digital.

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Capítulo 17 — É impossível. Ela não pode criar algo do nada, — Ari argumentou pela quinta vez. — Não importa o que você diga, aquela mulher não existe. — Ela existe se você não tiver que tocá-la, — Brie refutou. — Isso é mais difícil de entender do que magia, — ele admitiu, balançando a cabeça. Ela apertou a mão dele enquanto passavam pelas lojas e restaurantes da Cidade Alta, agora fechados porque era basicamente o meio da noite. Não demorou muito para que os prédios ao redor deles se tornassem familiares, enquanto viraram na rua que levava à propriedade Lionhart. — Só quero ir para a cama e esquecer que esta noite aconteceu, — disse Kari, apoiando-se em Declan enquanto caminhavam. Brie piscou, depois piscou novamente. E percebeu que os segundos entre as piscadas estavam ficando mais longos. Depois de mais alguns passos, ela foi repentinamente pega nos braços de Ari e ele a aconchegou contra si.

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— Você está caindo de sono. Da próxima vez que houver uma reunião depois de uma missão tão importante, vamos pulá-la. Ela descansou os olhos. — Não acho que teremos essa opção. — Vocês dois, levem as minhas irmãzinhas para a cama; eu atualizarei o pai adequadamente, — Rex comandou. Ela e Kari riram de sua ordem imperiosa que colocava mais importância no fato de elas serem suas irmãzinhas, do que as companheiras de seus irmãos. Rex abriu a porta e permitiu a entrada deles no saguão. — Boa noite, bebê Lionhart, seu tio Rex ama muito você, — disse Rex. Brie abriu um olho para vê-lo se abaixando para falar com a barriga de Kari. — Elas estão bem? — sua mãe perguntou. — Sim, mas cansadas. O pai ainda está acordado? — Rex perguntou. — Você já deve saber mesmo antes de perguntar; ele está andando de um lado ao outro no escritório, esperando seu retorno. Pedi ao Leo para fazer aquele bolo de Frutas Proibidas que vocês dois amam tanto. Tentem dormir um pouco esta noite, — ela repreendeu. — Boa noite, — Ari falou e se dirigiu para as escadas. Um coro de boa-noite foi dito e Ari carregou-a ao quarto. Ele a colocou no corredor e abriu a porta. Entraram no quarto iluminado apenas pela luz âmbar suave da pedra brilhante na mesa de cabeceira. Ele fechou a porta atrás de si. Sem dizer nada, ela rapidamente tirou suas vestes e subiu na cama.

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Ari apagou a luz antes de se juntar a ela. Ele mal havia deslizado nos lençóis antes de puxá-la para perto. Quando mãos começaram a esfregar seus ombros, ela bufou. — Você não vai se dar bem essa noite, Lionhart, eu nem sei em que planeta estou. Ele lhe beijou o ombro. — Vá dormir. Só queria esfregar algumas dessas marcas. Seu equipamento deixou marcas em sua pele; a sensação disso não pode ser boa. Brie estendeu a mão ao local onde seu companheiro estava esfregando. E, como dito, ela podia sentir os sulcos em sua pele onde seu coldre havia pressionado. — Você é incrível, Ari. — Eu sei. — Brie pensou que seria capaz de aguentar um pouco mais para desfrutar de sua massagem, mas no segundo que ele começou a ronronar, ela apagou. ***** Brie olhou em volta, carrancuda. — Não acabamos de sair daqui? Ari deu um tapinha em sua perna. Ambos haviam se levantado cedo e voltado direto para o palácio. — Não tente me apaziguar. Estamos perdendo o café da manhã do Leo, e ele estava fazendo panquecas! — ela protestou. Ela fungou um pouco. Havia acordado com o cheiro das panquecas cozinhando. Os dois nem tiveram tempo de pegar um café.

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— Pobrezinha. Não estou fazendo panquecas, mas Sebastian preparou um pouco de massa de waffle para a pequena Meryn no café da manhã antes que ele e Magnus voltassem para Noctem Falls. Ouvi dizer que são maravilhosos, — disse Cord, enchendo sua xícara de café. Um pouco apaziguada, ela deixou o café do jeito que gostava e se recostou. — Onde está o Demônio da Tasmânia? Aiden sorriu. — Ainda dormindo, graças aos deuses. Ela tem tido padrões de sono muito estranhos desde Noctem Falls, então eu a deixo dormir sempre que posso. Brie olhou ao redor e viu que Ryuu estava ajudando Cord com o café da manhã, e os meninos estavam pairando sobre seus notebooks. — Fica silencioso sem ela, — observou Brie. Ao redor da mesa, todos concordaram. Brennus sorriu. — Já percebi isso várias vezes, desde que ela veio nos visitar. Sempre sinto sua falta quando ela não está por perto. Ao lado de Brennus, Rex estava revisando papelada com a rainha. — Fomos capazes de adquirir o armazém sem problemas. Declan supervisionará a rotação de guardas no Novo México, mas ainda precisará ser capaz de se encontrar conosco regularmente. A rainha ergueu a mão e lhe sorriu.

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Eu

tinha

planejado

estabelecer

um

portal

permanente lá, então não há necessidade de tentar me convencer, Rex. — Ela arqueou uma sobrancelha. — Todo mundo sabe que você liderou o projeto para garantir uma forma mais fácil de seu irmão vir visitar. Rex corou quando confrontado com a provocação da rainha. — E, é claro, para ajudar a levar aqueles ferals nojentos à justiça, — ele rebateu. Ela apontou para o pacote dele. — Molvan instalou o portal para o armazém esta manhã. Eu o fiz colocá-lo na instalação de armazenamento refrigerado para manter o tráfego no palácio ao mínimo. — Ela olhou para Declan. — Não que você não possa visitar quando quiser. Declan acenou com a cabeça. — Obrigado, Vossa Majestade. A rainha se virou para Kari. — Com base nos números atualizados que você recebeu da Beth, qual nossa situação? Kari hesitou, em seguida, pegou seu tablet. — Não parece bom, Aleksandra. De acordo com a atualização de Beth, deveria haver trinta e cinco mil setecentos e seis faes. Isso é quase três mil a mais do que o projetado. Desse número, nove mil quatrocentos e dois viviam fora de Éire Danu, o que é bom, é menos do que pensávamos. Destes quase nove mil, cinco mil oitocentos e três responderam à sua convocação. A rainha ergueu a mão.

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— Eu pensei que fosse mais para cinco mil e setecentos. Kari acenou com a cabeça. — Era, até que os assassinatos começaram. Isso pareceu criar um senso de urgência na resposta. — Ela ergueu os olhos do tablet. — Vai entender, — disse ela em uma voz inexpressiva antes de continuar: — Quando subtraímos o número conhecido de mortos e recuperados, temos exatamente três mil faes ainda desaparecidos. Kendrick recostou-se. — Exatamente três mil? Kari assentiu solenemente. — Sim, — ela confirmou. — O que eu não notei? — Amelia perguntou. Brie se virou para ela. — Não é nada concreto, mas é mais difícil imaginar que eles estejam em alguma ilha remota, aproveitando o sol e surfando quando se tem um número exato como esse, — explicou ela. — Oh, — Amelia respondeu em voz baixa. Brie não suportou o olhar abatido em seu rosto. — Olhe pelo lado bom; assim que torturarmos os ferals na caixa do Kincaid, seremos capazes de salvar todos de uma vez. Ari esfregou as costas da companheira. — Sei que você pretendia fazê-la se sentir melhor, mas provavelmente não é uma boa ideia usar a palavra “tortura” com a empata. — Merda. — Brie lançou a Amelia um olhar de desculpas.

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Amelia balançou a cabeça, sorrindo fracamente. — Com Meryn por perto, já estou acostumada com esse tipo de conversa bombástica agora. A rainha se voltou para Brie. — Eu ainda gostaria muito que você ficasse no comando desta investigação. Provou várias vezes que a sua contribuição é inestimável. Eu realmente acredito que só serei capaz de salvar meus filhos com você no comando. Brie se endireitou mais na cadeira. — Farei tudo o que puder para ajudar. No entanto, parece que estamos em um beco sem saída no momento, até que eu obtenha mais informações do River confirmando o que suspeitamos, ou ao menos que Meryn encontre outro armazém. A rainha sorriu. — Eu sei que fará. Ainda mais depois que seu braço estiver melhor. Brie piscou. — Meu braço? Brennus riu. — Elysa veio logo pela manhã requisitar tinta encantada fae para a sua tatuagem. — Eu vou fazer uma tatuagem? — Brie olhou o companheiro. Ari lhe sorriu. — Uma das mais raras em nosso mundo. A tatuagem das Filhas de Eliana não é oferecida facilmente. É um símbolo, muito parecido com nossas tatuagens de guerreiro, de que você

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conseguiu provar seu valor. — Ele acariciou o pescoço dela e sussurrou: — Estou tão orgulhoso de você. Brie não poderia dizer não depois de seu companheiro dizer algo assim. Na verdade, ela nunca quis uma tatuagem antes. Ficavam ótimas nos outros, mas ela odiava agulhas. — Vou exigir mimos depois, — ela o informou. Ele franziu a testa. — Por quê? Do outro lado da mesa, seu pai riu. — Porque ela odeia, e quero dizer realmente odeia, agulhas. Desmaiou quando teve que fazer o exame de tuberculose para a faculdade. — Papai! — ela protestou. — Eles vão pensar que sou uma bebêzona. Brennus colocou outro scone no prato dela. — Depois da sua luta com a Elysa, duvido que alguém pensaria isso. — Você ouviu sobre isso? Brennus acenou com a cabeça. — Minha sobrinha esmagou a Alfa interina das Filhas de Eliana e recebeu uma oferta para se juntar ao seu seio? Claro que ouvi sobre isso. — Ele acenou com a cabeça para Ari. — Você descobrirá que os guerreiros são terríveis fofoqueiros. Balder e Bastien estavam esperando por mim nas câmaras externas da rainha esta manhã para serem os primeiros a me contar. — Por que Alfa interina? — ela perguntou a Ari. Ari baixou a xícara de café.

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— Minha mãe é a Fêmea Alfa, ela é a mais velha e a mais forte, mas seu acasalamento com meu pai mudou um pouco o foco de seus deveres com as Filhas de Eliana. Minhas tias recusaram qualquer outra como a Alfa, então fizeram da Elysa uma Fêmea Alfa interina. Isso deixa a mãe infinitamente frustrada por Elysa não ser realmente a Alfa, mas não havia nada que ela pudesse fazer a respeito. Suas irmãs são tão teimosas quanto ela. Brie mergulhou seu scone no creme e deu uma mordida. Ela não achava que estes deviam ser comidos dessa maneira, mas se todos, da rainha a Aiden, mergulhavam os deles, então ela também o faria. Não demorou muito para Ryuu e Cord prepararem os waffles e logo todos estavam apreciando o saboroso café da manhã. Amelia se virou para Aiden. — Não deveríamos acordá-la? Se ela ouvir que a deixamos dormir, perdendo os waffles, vai ficar brava. Aiden balançou a cabeça. — Vamos deixá-la dormir até cansar. Se ela conseguir descansar bem agora, vai ficar bem por um tempo. ***** Era o início da tarde quando ela terminou seu café da manhã e recebeu as atualizações de Ben nas instalações. Gemendo, Brie se recostou, dando tapinhas na barriga. — Esses devem ser os melhores waffles que já comi. — Pronta para a sua tatuagem? — Ari perguntou animadamente, se levantando.

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— Acho que sim. Mas lembre-se, carinhos e mimos serão necessários mais tarde. — Mimar você não é uma penúria. — Ari, se você nos ver na hora do jantar, Neil e eu devemos ter mais alguns armazéns e edifícios selecionados para a Meryn revisar. Podemos dar a você os dois lugares, para que possa começar a planejar, — Nigel ofereceu. Ari o olhou. — Por que na hora do jantar? Nigel e Neil trocaram olhares, então se voltaram para ele e deram de ombros. — É quando sempre revisamos as coisas. Amelia sorriu. — Meryn nos fez adquirir o hábito de fazer todas as nossas reuniões e atualizações durante uma refeição. O raciocínio era que tínhamos que parar e comer de qualquer maneira, honestamente, acho que ela só queria comer durante as nossas sessões de atualização. Ari pegou a mão da companheira. — Nós passaremos por lá, mas imagino que a mamãe vai nos querer em casa no jantar enquanto o Declan estiver em Éire Danu. A rainha olhou de Oron para Darian. — Isso é compreensível. Tudo tem um gosto melhor quando meus dois filhos estão em casa. Eles acenaram e saíram pela porta, aos corredores do palácio. Ela caminhou de forma tão lenta quanto poderia sem dar bandeira. Se Ari percebeu o passo de tartaruga, não

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mencionou. Muito mais rápido do que ela gostaria, os dois chegaram na propriedade Lionhart. Ele abriu a porta e a conduziu até a parte de trás. No meio de um amplo pátio, um caminho de paralelepípedos se ramificava em diferentes direções. — Minha mãe montou um campo de tiro para mim e Declan depois que nos tornamos guerreiros; minhas tias usam o tempo todo, — disse ele, apontando para o lado esquerdo posterior. Ao passar por um grande prédio à direita, ele sorriu. — Dojo. Ela se animou. — Talvez eu possa treinar mais tarde. — Vamos ver como o seu braço vai ficar primeiro. No canto direito traseiro havia outro edifício de pedra. Sem bater, ele abriu a porta e a conduziu para dentro. — Titias! Chegamos. A sala parecia ser uma espécie de sala de treinamento e academia. No meio do piso, um banco reclinável a esperava. Elysa pegou uma pistola de tatuagem de uma pequena mesa ao lado do banco. — Já era hora de vocês dois chegarem. Vai sentando, mocinha. Brie se aproximou do assento e, finalmente enfrentando o inevitável, sentou-se. Elysa a olhou com cuidado. — Você não gosta de agulhas, não é? Ela balançou a cabeça.

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— Nem um pouquinho. Elysa deu um breve aceno de cabeça, então se virou para Ari. — Vá malhar, ela não precisa de você rondando por aqui. Malhe com cordas e o supino até terminar aqui. Ari gemeu antes de dar um beijo na testa dela. — Boa sorte, bebê. Brie fez uma careta para Elysa. — Eu poderia ter apertado a mão dele até quebrar, sabe. Elysa apenas sorriu. — Confie em mim, menina. — Ela lhe entregou um sutiã esportivo. — Coloque isso bem rápido. Sem nem mesmo pensar, ela tirou a camisa e trocou de roupa ali mesmo. Assim que estava vestida, olhou em volta. Felizmente, Brie estava cercada pelas tias de Ari, e estas eram as únicas no prédio, com a exceção de Ari. — Agora, recoste-se e vá para seu lugar feliz, — provocou Elysa. — Lugar feliz, uma ova, — ela resmungou. Ao primeiro toque da pistola de tatuagem, ela quase perdeu o controle. Doeu e ardeu, tudo ao mesmo tempo. Brie cerrou os dentes e olhou para as mulheres que a observavam de perto. De jeito nenhum ela iria desmoronar na frente dessas guerreiras incrivelmente fortes. É apenas uma agulha minúscula. Apenas uma pequena agulhinha. Ela repetiu. Depois dos primeiros minutos, ela estava pronta para dizer “foda-se” e ir embora. Lugar feliz, hein? Ela virou a cabeça

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e viu Ari se aproximando das cordas. Ele puxou a camisa por cima da cabeça e a jogou no tapete antes de se abaixar para pegar as grossas cordas. Ajustando sua postura para que seus pés estivessem na largura dos ombros, ele começou a trabalhar com as cordas. Com os joelhos ligeiramente dobrados, sua bunda normalmente perfeita e firme ascendia a posição divina. Ela suspirou e observou enquanto os braços dele subiam e desciam enquanto ele facilmente fazia as cordas incrivelmente pesadas dançarem de acordo com seu ritmo. O baque das cordas nas esteiras forneceu um staccato rítmico que fez sua mente vagar enquanto observava seu divino companheiro flexionar e se mover. — Lugar feliz, — ela sussurrou. Elysa apenas riu e Brie se virou bruscamente para olhála. A leoa mais velha havia planejado isso! — Posso ser você quando eu crescer? — ela sussurrou. Elysa apenas piscou um olho. — Fique por perto, garota, há muito que podemos lhe ensinar. Isso... — ela apontou para a tatuagem — ...é literalmente apenas o começo. Brie apenas deu um breve aceno de cabeça e voltou sua atenção para Ari, porque enquanto falava com Elysa, a queimação em seu braço havia aumentado. Todo o processo demorou seis horas, das quais ela só teve que fazer Elysa parar uma vez para lhe dar um minuto para recuperar o fôlego. Quando a tatuagem ficou pronta, ela e Ari estavam acabados. A tatuagem em si era uma intrincada faixa de nós

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com leões em torno de seu braço. Cada pedaço continha uma cena diferente que contava uma história. Elysa disse que a ensinaria mais tarde sobre isso. A tatuagem não era muito grande, mas usar tinta mágica significava que Elysa precisara ir mais devagar do que o normal. Aparentemente, a tinta fora enfeitiçada para ajudá-la a se curar e conectá-la ao bando. Se a vida dela algum dia estivesse em perigo, a tatuagem alertaria suas novas irmãs. — Ouvi dizer que poderia te encontrar aqui, — chamou uma voz familiar. Ela desviou o olhar de ver seu braço sendo envolto em plástico para ver seu chefe caminhando em sua direção. — Olá, senhor. Ele estremeceu. — Você não pode me chamar de Cam? Senhor, embora fosse apropriado no trabalho, realmente não se encaixa mais, não é? A menos que esteja planejando ficar como a minha oficial e assumir o meu lugar, — ele perguntou esperançoso. — Desculpe, Cam, a rainha me colocou no comando da força-tarefa que lidera a busca nacional por seu povo. — Ela olhou para as tias de Ari, depois à sua tatuagem. — Mesmo depois de fazer isso, tenho a sensação de que há muito que essas mulheres podem me ensinar. Prefiro me concentrar no que posso aprender, não ficar batendo ponto. — Parabéns por se tornar uma Filha de Eliana. Quando ficou claro que você era a companheira de Ari, tive a sensação de que acabaria aqui. — Ele apontou para a sala de treinamento.

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— O que te traz aqui, Cam? — Ari perguntou, enxugando o rosto com a camisa. Cam apontou para ela. — Só precisava obter a resposta oficial da Brie antes de processar a sua papelada. Parecia algo que eu deveria fazer pessoalmente, em vez de por telefone. Brie sentiria falta de trabalhar com Cam e River, mas não o suficiente para dividir grande parte de seu tempo longe de seu companheiro, especialmente com o quão delicioso ele parecia. — Vou sentir saudades de vocês, — disse ela, olhando o homem que lhe ensinara tudo o que sabia sobre investigação e trabalho com o público. — Vamos sentir a sua falta também, — Cam soltou um grande suspiro. — Agora, preciso encontrar um substituto para você. — Ele lhe franziu a testa. — Sabe como me senti sortudo quando te encontrei? Uma mente brilhante que eu não queria estrangular três vezes por dia? — Emerson, — disse ela e cuidadosamente vestiu a própria camisa. Suas sobrancelhas se ergueram. — Emerson? Sério? Ele pelo menos sabe falar? Ela atirou uma toalha de papel amassada nele. — Claro que ele sabe falar. Só é quieto. — Ela sorriu. — Mas também é muito meticuloso e consciencioso. Se for estimulado, acho que será um xerife perfeito. Cam esfregou o queixo. — Emerson, humm.

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— Confie em mim. Ele será maravilhoso. — Vou testá-lo e ver o que acontece. — Ele olhou para o relógio. — Se eu me apressar, posso alcançá-lo antes que ele vá embora. — Ele lhe abraçou com um braço só e saiu correndo porta afora. Ari a puxou para ficar de pé. — Temos apenas tempo suficiente para um banho e talvez um cochilo rápido antes de termos de ir para o palácio. Ela balançou a cabeça. — Vamos para lá agora. Se eu tomar um banho e me deitar, não vou me levantar para nada menos do que a comida do Leo. Ari pensou por um momento e então assentiu. — Bom ponto. — Ele se inclinou e beijou Elysa na bochecha. — Obrigado, titia. Elysa se levantou e bagunçou o cabelo do sobrinho. — Vão logo. Quanto mais cedo puderem resolver todos esses assassinatos, mais cedo poderei começar a treinar a Brie. Brie fez uma saudação de brincadeira. — Às suas ordens. De mãos dadas, os dois voltaram para o palácio. Quando estavam a caminho da propriedade Lionhart para fazer sua tatuagem, ela se arrastou porque não estava ansiosa pela pistola de tatuagem, agora os dois voltavam caminhando devagar porque estavam exaustos. Quando Cord os guiou à área de jantar, onde parecia que um almoço tardio ou jantar cedo se passava, canapés estavam

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sendo servidos. Imediatamente, Brie percebeu a atmosfera pesada. — Agora o que é? — ela perguntou, enquanto se sentavam. Amelia se virou para ela. — Na verdade nada, bem, ainda. — Hã? Amelia apontou para onde Aiden olhava carrancudo seu prato de batatas fritas. — A Meryn ainda está dormindo, — explicou ela. — Então, acorde-a, — sugeriu Brie. Aiden espetou a batata frita no ketchup. — Mas ela precisa descansar. — Não goto, — uma vozinha sussurrou. Era o elfo, Felix, que cuidava de Meryn. Brie tinha que suprimir o desejo de abraça-lo toda vez que ele aparecia. Ryuu estendeu a mão e Felix voou até o escudeiro. — Por quê? — ele perguntou. Felix estava de pé na grande palma de Ryuu. — Ela muito longe. Ryuu olhou para Aiden. — Eu vou acordá-la. — Com esse decreto, ele girou e se dirigiu para os quartos. Aiden, Brennus, Kendrick, Amelia e Thane partiram logo atrás de ambos. Os meninos se levantaram, parecendo divididos. Eles olharam na direção dos quartos de Meryn e Aiden para seus notebooks e vice-versa.

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— Meninos, vejam o que está acontecendo com a Meryn. Ela ainda precisa revisar os locais e para ser honesta, a única coisa para a qual Ari e eu estamos prontos neste momento é um banho e jantar, — sugeriu Brie. — Certo. Boa ideia. Vamos, Pip, Neil, — disse Nigel, e todos os três meninos rapidamente seguiram em direção ao quarto de Meryn. Ari pegou um croissant e se levantou. — Vamos passar aqui amanhã para nos atualizarmos, — ele prometeu. A rainha assentiu distraidamente, absorta em sua preocupação com a sobrinha. — Claro. Brie odiou cada passo que deram, caminhando com dificuldade de volta à propriedade Lionhart pelo que parecia ser a bilionésima vez. — Agora eu odeio essa caminhada, — ela rosnou. — Que tal isso? — Ele começou a falar quando chegaram ao portão da frente da propriedade Lionhart. — Você segue direto ao seu banho, e vou pedir ao Leo para providenciar que o jantar seja entregue no nosso quarto. Vamos comer e dormir logo, — ele sugeriu. — Se eu já não estivesse perdidamente apaixonada por você antes... — disse Brie, inclinando a cabeça para trás. — Eu sei, eu sei, — disse ele, sorrindo antes de beijá-la suavemente. Uma vez lá dentro, Brie subiu as escadas e ele se dirigiu para a cozinha. Ela estava quase terminando quando ele foi

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para o quarto. Depois do banho, seu companheiro ligou a televisão no Discovery Channel para assistir O Segredo das Coisas e os dois esperaram pelo jantar. Para a alegria dela, Leo os surpreendeu com uma enorme seleção de petiscos e aperitivos. Quando este lhe ofereceu uma escolha entre três tipos de cerveja, Brie achou que iria chorar. Brie se aninhou perto de Ari enquanto dividiam um prato de nachos, palitos de mussarela, asas de frango e mini hamburguês. A comida era saborosa, a cerveja estava gelada e Ari a estava mimando sem parar. Quando se deitaram para dormir e Ari mais uma vez puxou-a contra a curva de seu corpo, ela não conseguia imaginar uma noite mais perfeita do que aquela que acabaram de desfrutar. Nenhum dos esplendores mágicos de Éire Danu poderia chegar perto de comer besteira com Ari no chão de seu quarto assistindo televisão. Seu lindo companheiro fazia até as coisas mais simples virarem tesouros a serem desfrutados, e Brie não podia mais viver sem ele.

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Capítulo 18 Meryn piscou e olhou ao redor. A sala era familiar com seu mármore completamente branco e vidro. — Olá de novo, — uma voz profunda a cumprimentou. Meryn se virou e rosnou. — É melhor eu não estar morta de novo. Aquela merda doeu. — Caramba, ele era tão bonito quanto ela se lembrava. Ele balançou a cabeça. — Não há necessidade desse método desta vez. Quando você chamou antes, afirmando que queria me conhecer, o caminho foi criado. Você, em essência, me convidou para entrar. Agora, posso falar com você assim sempre que eu desejar, especialmente nas noites em que você pensa em mim. — Posso desconvidar você? Ele assentiu. — Você poderia, mas, então, não seríamos capazes de conversar, — ele sorriu maliciosamente. — E algo me diz que está curiosa demais para fazer isso. Ela suspirou e então olhou ao redor da sala. — Você tem alguma cadeira?

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O homem acenou com a mão, e de repente o quarto ficou completamente mobiliado. — Por favor, fique à vontade. Meryn hesitou. — Essa é outra coisa do tipo: “ah, a propósito, tem merda rolando, mas por todos os meios estacione sua bunda no meu sofá de couro insanamente caro”? — Não, como eu disse antes, não acredito que vou te matar. Meryn se aproximou e subiu no sofá de couro creme. No começo este estava frio, mas logo o calor de seu corpo o deixou bastante confortável. — Então, a que devo o prazer desta visita? Ele se sentou em frente a ela. — Para ser totalmente honesto, estava curioso a seu respeito. O que a torna tão perigosa para mim que vários bruxos me alertaram sobre você? — Rowan disse algo sobre você ser honesto, que nunca mentiu para ele, mas aí reside sua perfídia. — Meryn percebeu a ligeira mudança em sua expressão, antes desta voltar para sua máscara cuidadosamente elaborada. — Eu nunca minto. A maioria das pessoas com quem trabalho mentem para si mesmas; eu não preciso. Meryn teve um momento de clareza. — Você não pode mentir, pode? Ele estremeceu. — Estou começando a ver ao que os bruxos estavam se referindo. Você vê coisas que outros não veem.

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— Mas você pode fugir da pergunta. — Ela o olhou fixamente. — Deus, isso deve ser uma droga total. Ele piscou surpreso. — Você é a primeira a expressar essa opinião. — Eu, pessoalmente, não gosto de mentir, já que tenho a tendência de deixar escapar tudo o que estou pensando, o que torna impossível lembrar de editar o que digo, então meio que posso me simpatizar. Porque, acredite em mim, houve momentos em que gostaria de ter mentido e não podia. Meryn encontrou seu olhar. — Como posso te matar? — Você realmente achou que eu iria responder isso? Além disso, por que me matar? Não fui nada além de cordial com você. Ela cerrou os dentes. — Porque você matou meus pais, então vou te matar. Ele inclinou a cabeça. — Eu não fiz tal coisa. Meryn ficou de pé de um salto. — Eu vi o momento em que eles morreram. Seus ferals guerreiros com tatuagens vermelhas estavam lá. Minha mãe teve uma premonição de que ela e meu pai morreriam horrivelmente em suas mãos e beberam um veneno para escapar da captura. Mas não teriam que fazer isso se você não tivesse incitado seus ceifadores pra cima deles, — ela gritou. Cada momento em que viveu sem seus pais alimentou sua raiva, que queimava ainda mais forte agora que ela tivera um

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vislumbre de como eles eram maravilhosos e o quanto realmente a amaram. Ele se levantou e gentilmente pegou suas mãos nas dele. — Meryn, você descobriu minha única verdadeira fraqueza. Olhe para mim, — ele ordenou. Ela engoliu as lágrimas e o olhou desafiadoramente. — Eu não tive nada a ver com a morte deles. Só pedi que seu pai fosse trazido para uma conversa simples. Ao contrário de você, ele nunca havia aberto um canal para conversarmos, então tinha que ser pessoalmente, por assim dizer. Meryn sentiu sua luta amuar. Ela sabia, sem sombra de dúvida, que ele estava dizendo a simples verdade, sem nenhum truque. — Por que você precisava dele? — ela sussurrou. Ele a conduziu de volta ao sofá e a fez sentar-se antes de se sentar na mesa de café à sua frente. — Até para um fae, ele era um homem à frente de seu tempo. Seu uso da magia fae era extraordinário. Em troca das informações que ele buscava, eu queria que me fizesse algo. Isso é tudo, Meryn, eu lhe prometo. Seus olhos começaram a brilhar em vermelho escarlate. — Você revelou uma traição que eu nem sabia que existia. Aquele em quem confiei para trazer seu pai me relatou que encontraram a casa de seus pais enquanto estava pegando fogo e que havia ferals mortos no quintal indicativo de um ataque aleatório. — Seus olhos escureceram para um carmesim profundo. — É verdade que seus pais não morreram

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nas mãos dos meus homens, mas de acordo com sua mãe, eles teriam morrido. Aos meus olhos, isso é a mesma coisa. — Quem foi? — ela perguntou. Ele encontrou seus olhos, e ela não conseguia desviar o olhar. — Vou lhe fazer um acordo, — ele começou. — De jeito nenhum. Vi toneladas de filmes, e sempre acho que a pessoa que faz o acordo é um idiota por confiar no vilão, — Meryn balançou a cabeça. — Eu te juro que não há truque na minha oferta. É uma troca, pura e simples. Se aceitar, você me deixa livre para fazer o que eu quiser. Ela apontou para ele. — Bem aí, essa é a parte assustadora a propósito. Seus olhos voltaram a ficar escarlates. — Deixe-me explicar. Quase todas as minhas ações são ditadas por contratos. Não posso sair e empalar o bastardo mentiroso que matou seu pai, porque não fui contratado para isso. Se fizermos um acordo, então fico livre para fazer mais. Meryn hesitou, se Ryuu estivesse ali, ele já a teria pego no colo e marchado para fora da sala há tempo. — O que quer em troca? — Ela tentou ignorar a bola de gelo se formando em seu estômago. Ele ergueu um dedo. — Uma única memória. Uma que posso manter como minha e repetir como quiser. — Hã? Ele apontou para a sala.

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— Mármore branco e vidro. Você acha que escolhi essa estética? Meryn olhou em volta. — Você quer dizer que eu fiz isso? Ele assentiu. — Eu te disse da última vez que conversamos que meu ambiente é quente e seco. — Ele sorriu ao tocar a mesa de centro. — É um alívio estar frio para variar. — Ele a olhou. — Por que mármore branco e vidro? — ele perguntou. Meryn deu de ombros. — Acho que é porque você parece um anjo para mim, — ela admitiu. Ele simplesmente a encarou e caiu na gargalhada. — Nunca, em todos os meus longos, longos milênios, alguém pensou em mim como um anjo. Ela inclinou a cabeça. — Por quê? Acho que você é a epítome de como um anjo se parece, soa e age. — Todas as religiões modernas me chamariam de demônio ou diabo. — Sim, mas o diabo não era um anjo antes? Sua risada morreu. — Você está falando sério. — Acho que você está fazendo coisas horríveis. Eu acho que você causou sofrimento para dezenas de milhares, — ela fez uma pausa. Não conseguia definir o que era. — Mas por alguma razão — apontou para o peito — aqui, você não parece mau. Não de verdade.

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— Bem, eu sou. Ofereço aos homens escolhas que estes não podem recusar e selo seus destinos. Como te disse antes, eu mato pessoas, você deveria se lembrar disso. Ela estalou os dedos. — Era isso que eu estava deixando passar. Eles têm escolha, não é? Sempre podem escolher dizer não. — Ela apontou para a sala. — Você não está me forçando a dizer sim. — É realmente uma escolha quando eu deliberadamente ofereço a eles tudo o que desejam? Ela piscou. — Sim. Ele suspirou. — Você é tão, tão jovem. Meryn percebeu sua exasperação e se decidiu. — Eu aceito. Porque confio em você para cumprir sua parte do trato, — disse ela, recostando-se no sofá. E passou a mão pelo couro. Se isso vinha de sua mente, ela tinha um bom gosto do caralho. — Não acabamos de examinar porque você não deveria confiar em mim? — Sim. — Você percebe que ainda posso te matar? — Sim. — Eu não te entendo. — Junte-se ao clube; o Aiden é o presidente. Ele se endireitou. — Aqui estão os termos. Vou providenciar a morte de cada criatura envolvida com o assassinato de seus pais e lhe

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presentearei com a memória de suas mortes. Em troca, quero uma única memória sua. Assim que escolher a memória e oferecê-la para mim, esta desaparecerá para sempre. Você concorda? — Posso escolher? — Sim. — Combinado, — ela fez uma pausa. — Não tenho que assinar nada com sangue, certo? — Não, sem sangue. Seu acordo verbal é vinculativo. Ela olhou em volta. — O que acontece agora? — Agora, pense na memória que deseja oferecer. — Posso te fazer uma pergunta? — Sim. — Por que uma memória? — Porque através da memória posso vivenciar tudo o que você viu, cheirou, sentiu, ouviu ou provou. — Porque está naquela caixa quente e seca, certo? — Sim. Meryn passou os braços em volta de si mesma. Ela havia vivenciado algo semelhante na infância e não desejaria isso nem para seu maior inimigo. Ela olhou para o outro lado da sala. Literalmente. Por mais que seu cérebro quisesse evitar a memória de estar no sótão de sua avó, essa memória estava ligada a qual ela queria dar. Os dias naquele sótão foram um inferno na terra, mas os dias que se seguiram foram algumas das poucas memórias felizes de infância que ela teve.

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— Acho que tenho a que quero trocar. — Tem certeza? — Sim. — Ela não sabia por que havia escolhido aquela memória em particular, mas parecia certo. Não importava o quão mau, ninguém merecia esse tipo de dor. — Vou colocar minha mão em sua cabeça, você vai precisar pensar em um ponto de partida e um ponto final. Depois de me mostrar a memória em sua totalidade, ela irá embora. — Estou pronta. Quando ele colocou a mão em sua cabeça e ela sentiu o calor emanando dele, soube que fez a escolha certa. Meryn fechou os olhos e pensou no passado. Ela tinha cinco ou seis anos. Ainda jovem o suficiente para querer o amor da avó. E estava confusa do porquê foi arrastada para o sótão. Estava quente, muito, muito quente. Era difícil respirar por causa do calor. “Fique aqui até que eu venha buscá-la. Se perturbar meu fim de semana, terá problemas”, ordenou a avó. “Sim, vovó.” “O que eu disse sobre me chamar assim?! Me chame de Estelle.” “Sim, Estelle”, respondeu ela, mansamente. Quando a porta se fechou, ela sentiu pânico começar a se apoderar de seu ser. E olhou ao redor do quarto. Tinha um cobertor no chão de madeira e um balde no canto. Ela foi até a janela e tentou abri-la. Estava fechada com pregos. Sentindo-se fraca, ela foi até o cobertor e se deitou.

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“Só alguns dias”, ela sussurrou. Sua mente avançou rapidamente. — Comece aqui, — disse Meryn em voz alta. Ela ouviu o chiado da porta se abrindo e um pouco de ar fresco flutuou em sua direção. “Desça aqui.” Lentamente, Meryn se forçou a se levantar. Ela faria qualquer coisa para sair daquele sótão. Desceu as escadas o mais rápido que pôde. O ar no seu rosto era tão bom. “Vá para fora, fique fora do meu caminho.” Meryn assentiu e foi para a porta dos fundos. Ela só queria ar fresco; faria qualquer coisa para inalar ar fresco que não fosse aquecido pela madeira seca e que tivesse cheiro de caixas envelhecidas. Ela chegou na porta dos fundos correndo e continuou correndo até chegar ao quintal do vizinho. Às vezes, quando achava que eles não estavam em casa, se escondia em seu gazebo de madeira. Era como seu próprio oásis particular. Hoje, não se importava se a vissem, ela precisava sentir o chão úmido sob os pés descalços e sentir o cheiro das maravilhosas flores. Ela se sentou no banco macio e respirou fundo. “Finalmente peguei nosso coelhinho”, comentou uma áspera voz masculina. Assustada, ela olhou para cima. Era seu vizinho, o Sr. Vesling. “Sinto muito.” Ela ficou de pé de um salto. Ele levou a mão nodosa ao ouvido. “O que foi isso que eu ouvi?”

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Ela franziu o cenho. “Eu disse que sentia muito”, ela repetiu um pouco mais alto. Ele riu e balançou a cabeça antes de colocar a mão no bolso. “Eu ouço o caminhão de sorvete. Você acha que é rápida o suficiente para pegar alguns para nós?” Ele lhe entregou alguns dólares. “Por sorvete, eu posso ser!” Ela pegou o dinheiro e disparou pela entrada da garagem. Tinha que alcançar aquele caminhão! Ela avistou a van branca e esperou até que todas as outras crianças pegassem suas guloseimas antes de se aproximar da janela. “O que vai querer?” Ela piscou. Não sabia. O Sr. Vesling não lhe disse o que queria. Ela fungou. “Não sei, ele não disse.” O rosto do homem se suavizou. “Que tal sorvete de baunilha em casquinha de canela? Minha esposa que faz, mas não são tão populares com as outras crianças quanto os de desenho animado”, ele sugeriu. “Dois, por favor”, ela lhe entregou o dinheiro. Ele acenou com a cabeça, contou o troco e tirou duas casquinhas para ela. Lentamente, ela voltou para o gazebo de madeira do vizinho. O Sr. Vesling lhe esperava na sombra. “Obrigado, Meryn. Esses velhos ossos não conseguem mais acompanhar aquele caminhão, e a Sra. Vesling diz que sorvete não é bom para mim.”

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“Você deveria tomar sorvete?” ela perguntou, preocupada com ele. “Bah! Uma casquinha aqui e ali não tem problema”, disse ele, olhando para baixo, depois sorriu. “Meu favorito. Como sabia?” “Não sabia, mas o homem legal sugeriu, então eu peguei.” Ela pulou no banco e lambeu o sorvete de casquinha. O sorvete de baunilha estava frio e cremoso. Do lado de fora do gazebo, uma brisa girava ao redor deles, lhe levando o cheiro de grama recém-cortada. Ontem, ela implorara a Deus para levá-la para sua mamãe e papai, mas hoje estava lá fora aproveitando a brisa fresca e sorvete. Era o melhor dia de sua vida. — Ok, pare aí. Meryn exalou, então balançou a cabeça. O que ela estava fazendo? Ela olhou para cima para ver o demônio bonito a olhando fixamente. — Quando sua memória começou, pensei que estava me punindo, mas depois... — Já que você tem a memória agora, não tenho ideia ao que está se referindo, — ela o lembrou. — O dia depois que você saiu do sótão. Seu sorvete com o... — O Sr. Vesling! Eu me lembro dele, — Meryn sorriu. — Como? Eu peguei essa memória. — É meio confuso, mas se você tem o dia em que fui liberada do sótão, acho que estou me lembrando do dia

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seguinte. O Sr. Vesling me comprou sorvete naquele dia também, — ela suspirou. — Lembro-me claramente daquele dia porque ele morreu no dia seguinte. Fiquei sozinha de novo por um tempo até descobrir a biblioteca. — Por quê? De qualquer memória que poderia ter me dado, por que essa? Meryn deu de ombros. — Porque pensei que se eu tivesse que usar uma memória como forma de pagamento, deveria ser uma boa memória, certo? O demônio parecia perdido em pensamentos. — Eu nunca soube que sorvete era tão bom. Meryn se aconchegou contra o braço do sofá. — Não se esqueça do nosso acordo, — disse ela, depois bocejou. O demônio se endireitou. — Claro. Por uma memória como essa, você ficará mais do que satisfeita. — Isso não vai atrapalhar seus planos? — Não. Os responsáveis perderam sua utilidade faz tempo. Estão agindo de forma imprudente ao seguir seus próprios planos. Já passou da hora de deixarem este mundo. Meryn percebeu que mal conseguia manter os olhos abertos. — Estranho. — Ela fechou os olhos e sentiu-se começar a divagar.

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— Peço desculpas. Não pretendia ocupa-la por tanto tempo. Você pode estar um pouco cansada quando acordar, — ele aconselhou, sua voz soando mais distante. — É por isso que Deus fez o café, — respondeu ela. Por um momento, ela relaxou antes de ouvir uma voz frenética. — Meryn! Deuses, bebê, por favor, acorde! Meryn abriu os olhos para ver Aiden e Ryuu a encarando. — Cara, estou cansada. — Graças a todos os deuses, — Ryuu sussurrou, agarrando o próprio peito. E se sentou na beira da cama. — O que? — ela lutou para se sentar. Quando olhou ao redor da sala, viu os meninos, Kendrick, Thane, Brennus e Amelia a olhando com preocupação estampada em seus rostos. — Uma garota não pode dormir por aqui? — Meryn, você está dormindo há quase vinte e quatro horas! — Aiden praticamente gritou. Ela lhe jogou um olhar sem expressão. — Grite de novo e eu te corto. Ele engoliu em seco e simplesmente a pegou e a colocou entre as pernas enquanto se encostava na cabeceira da cama. Ela se aconchegou contra seu peito e fechou os olhos. — Meryn! — Aiden a sacudiu para lhe acordar. — Você quer morrer? — ela perguntou. — Você tem que ficar acordada, — ele implorou. — Foda-se minha vida nesse momento, — ela gemeu. — Onde está a Izzy? Onde está a minha Deusa do Café? — Felix

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permaneceu em seu colo, segurando com força seu dedo, como se Meryn fosse desaparecer. Amelia pegou o telefone e enviou uma mensagem. — Ela chegará em um minuto. — Ela fungou. — Estávamos tão preocupados. — O que aconteceu, Meryn? — Kendrick perguntou, olhando-a atentamente. Meryn

fechou

os

olhos

e

bocejou,

atrasando

deliberadamente sua resposta. Ela sabia que se mencionasse o demônio, todos perderiam a cabeça, e ela não estava realmente com vontade de confessar que fez um acordo com o diabo. — Eu não consegui dormir até tarde; havia muita coisa na minha cabeça. Além disso, o demônio estava na minha mente desde que o mencionei no jantar. Acho que só estava cansada. — Não era exatamente uma mentira. Ryuu pegou o pulso dela na mão. — Ela está exausta. — Temos exigido muito dela ultimamente, — disse Brennus, parecendo sombrio. — Só preciso de café, — rosnou Meryn. — Estou aqui! — Izzy falou, entrando pela porta com um copo alto e um canudo prateado. — Fiz para você uma dose quádrupla, de mocha agridoce com aroma de caramelo. — Dê. Dê! — Meryn estendeu as mãos, fazendo com que Felix tomasse sua posição usual em seu ombro. Izzy sorriu e entregou o copo. Meryn tomou um gole e suspirou.

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— Tããão bom. Aiden apenas continuava acariciando o topo de sua cabeça. — Você não pode mais dormir. — Tipo, nunca? Você sabe o quão perigoso isso é para você? — Meryn olhou para seu pobre companheiro. Ele havia atingido novos níveis de estresse recentemente. — Você não quer dizer que seria perigoso para você, Meryn? — Amelia perguntou. — Não, eu definitivamente quero dizer que seria perigoso para o Aiden. Amo meu companheiro e não quero ter que matálo porque ele me irritou quando eu estava sem dormir, — Meryn bocejou, então tomou um gole de café. — Deus, eu te amo, Izzy! —

Nós

estávamos

pirando

por

sua

causa.

Você

simplesmente continuou dormindo. No começo todo mundo estava tipo: “apenas deixe ela dormir”, mas logo antes do jantar percebemos há quanto tempo você estava apagada, — Izzy fez uma pausa em sua divagação. — Você não tem que fazer xixi? Meryn sorriu, então ofegou quando ficou ciente do crescente senso de urgência que sua bexiga estava lhe apresentando. — Sim! Merda, sim, tenho que fazer xixi! Aiden, me solta, — Meryn se remexeu até deslizar para fora dos braços de Aiden. Ryuu a ajudou a sair da cama e ela foi direto ao banheiro. Da próxima vez que ela conversasse com o demônio gostosão, eles precisariam usar um maldito cronômetro!

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Capítulo 19 Brie observou enquanto Aiden e Ryuu pairavam em torno de uma Meryn sonolenta, que continuava rosnando para eles enquanto tomava seu café. Os olhos de Meryn se voltaram para ela. — O que eu perdi? Brie estremeceu e flexionou o braço. — Não tanto em relação à investigação. Os guerreiros ainda continuam trabalhando com as famílias para identificar os corpos. — O que aconteceu com o seu braço? — Meryn perguntou, apontando para a película plástica saindo de sua manga. — Fiz uma tatuagem para simbolizar que agora sou uma Filha de Eliana. — Ela puxou a manga para revelar o lindo nó tribal em volta de seu braço. — A parte de baixo do meu braço é a que dói mais, mas estou feliz por ter a tatuagem. Ari beijou seu braço logo acima das marcas. — É muito gostosa.

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Ela se sentiu corar. Ainda não estava acostumada a ser vista como uma mulher desejável, mas todos os dias Ari lhe mostrava que ela apenas precisava de um homem forte o suficiente ao seu lado. — Fodona, — Meryn sussurrou. Ela olhou ao próprio companheiro. — Quero uma tatuagem. — Você tem uma. Aquele dragão esquisito que fica sempre mudando, — Aiden apontou. — Não, quero uma tatuagem de guerreiro. — Você não é... — Aiden deixou sua voz desvanecer. Os olhos de Meryn se estreitaram. — Não sou o quê? — Talvez você devesse criar uma tatuagem para um sexto companheiro de equipe? — ele sugeriu rapidamente. — Leve todo o tempo que precisar para esboçá-la do jeito certo. Quero dizer, demorou anos para terminarem a tatuagem dos guerreiros de unidade. Os olhos de Meryn se arregalaram. — Por que não pensei nisso?! Uma tatuagem de guerreiro nerd! — Ela pegou o notebook e começou a digitar. — Vai ser incrível. Quero uma mágica, como a sua e o meu dragão. Aiden passou de ter uma expressão aliviada para parecer preocupado novamente. — Tivemos mais pessoas no fórum reclamando sobre elitismo, — disse Nigel, erguendo os olhos de seu tablet. — Mas ainda não temos muitas visualizações. Meryn deu de ombros, seus olhos ainda colados no notebook.

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— Essas coisas precisam crescer naturalmente. Se isso se tornasse uma preocupação repentinamente, então pareceria algo plantado. — Foi plantado, — observou Neil. — Sim, mas eles não sabem disso. Brie sentiu uma mão em seu ombro, ela se virou e sorriu para o pai enquanto este e Doran se sentavam no sofá do outro lado dela. — Como o Cam recebeu a notícia de que você ia sair oficialmente? — ele perguntou. Brie sorriu. — Acho que ele ainda está xingando. Realmente queria que eu assumisse o cargo de xerife. Agora, ele precisa escolher e treinar um substituto antes de se aposentar. Ari franziu o cenho. — O que o homem achou que aconteceria? Que você ficaria indo e voltando todos os dias? Além disso, precisamos de você aqui. — Sim, de jeito nenhum eu perderia a comida do Leo, — ela concordou. Ari acenou com a cabeça então a olhou. — Essa é a única razão? Brie se inclinou e depositou beijos na mandíbula dele. E ouviu sua inspiração brusca antes de se sentar. — E eu sentiria a sua falta, — ela sussurrou. — Talvez devêssemos almoçar em casa? — ele sugeriu, seu polegar esfregando preguiçosamente círculos no topo da mão dela.

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— Nem pense, Ari, — Aiden interrompeu. — Vamos receber aqueles óculos de visão térmica da rainha hoje. Você precisa estar na reunião, e sua companheira precisa comandar tal reunião. Os olhos de Ari mudaram para uma cor mel escurecida enquanto começou a rosnar para o comandante. As sobrancelhas de Aiden se ergueram. — O que eu fiz? Brie estava rindo tanto que desabou contra o pai. — Essa é, tipo, a terceira vez, — ela gritou. — Nada, senhor, — resmungou Ari. — Mas se você não tiver uma futura geração de guerreiros para liderar, a culpa será sua, maldição! — Sem pequenos bebês cestas de frutas e NinjaGaidens, — Meryn gargalhou. Todo mundo a encarou. Por fim, Thane fez a pergunta que provavelmente todos queriam saber. — Meryn, o que quer dizer com cesta de frutas? Ela apontou para Ari. — É o que vi nele. Kendrick inclinou a cabeça. — Meryn, você se lembra exatamente do que viu quando olhou o Ari? Meryn acenou com a cabeça. — Sim, estrelas, sinos, flores e bagas. Isso me lembrou de uma cesta de frutas comemorativa. Kincaid abaixou a caneca franzindo a testa. — Por que isso soa familiar?

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Kendrick se levantou e caminhou até Meryn. — Você acha que pode tentar algo diferente? Gostaria de ver se você consegue se lembrar das imagens. Meryn franziu o rosto. — Posso tentar, mas não prometo nada. Os dois fecharam os olhos. — Viu, flores e uns trecos, — disse Meryn, apontando para a própria cabeça. Um momento depois, Kendrick deu um passo para trás, fazendo com que ambos abrissem os olhos. Ele olhou dela para Ari e vice-versa, antes de finalmente se virar para encará-lo. — O que ela está vendo é na verdade Beladona, — ele os informou. Kincaid estalou os dedos. — Beladona, é por isso que me pareceu familiar. — Este então olhou para Ari. — Oh. Ao lado dela, Ari se encolheu. — Isso é uma coisa boa? Kendrick olhou para Meryn. — Bem? Ela deu de ombros. — Acho bonito. Kendrick voltou à sua cadeira e se sentou. — Sabe, acho que isso se encaixa excepcionalmente bem com o Ari. — Meu irmão não é um veneno, — protestou Rex. A expressão de Kendrick tornou-se matreira.

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— Para você ele não seria. Beladona tem muitas aplicações, incluindo usos medicinais, e até cosméticos. Acho que o que se recebe do Ari depende de como se aproxima dele. Uma flor enganosamente bela que é a essência da morte. Simplesmente fascinante. Meryn digitou por um momento. — Certo, você vai estar no sistema como Beladona agora. Ari piscou. — Beladona? Meryn apontou para a própria cabeça. — Criei a sua imagem para mim, o seu codinome. Acho que soa como o nome de um herói dos quadrinhos. Muito legal. Ari refletiu sobre isso. — Ok, gostei. Muito melhor do que cesta de frutas. Brie recuperou a compostura. — Muito legal, — ela concordou. E olhou de volta para o pai. — Você vai morar aqui? Ari e eu conversamos sobre onde morar, mas deixei bem claro que, não importa o que for preciso, vamos garantir que o veremos com frequência. — Você e Doran são tudo o que necessito, e o lugar dos dois é aqui. A casa em Monroe é apenas uma construção de quatro paredes, no fim das contas. Vamos trazer as memórias que fizemos lá conosco quando começarmos as nossas novas vidas aqui. — E quanto ao seu trabalho? Seu pai riu. — Vou ensinar os bruxos aqui tudo sobre leões. Dessa forma, serão capazes de curá-los de forma muito melhor. Isso

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será especialmente útil em Éire Danu, já que tem uma grande quantidade de shifters de leão. De certa forma, posso ter o melhor dos dois mundos. Brie observou o rosto dele para ver se estava mentindo. Ambos tinham muitas memórias ligadas àquela casa, mas ela entendia como seu pai se sentia. Em tão pouco tempo, não parecia mais sua “casa”. — Contanto que você esteja feliz, fico feliz. — Digo o mesmo a você, garotinha. Aiden se levantou. — Vamos lá, vocês dois. Tenho a sensação de que as reuniões e os treinos vão durar até tarde da noite, — disse ele, alheio ao rosnado baixo de Ari. Ela balançou a cabeça e ficou de pé, puxando o companheiro para levantá-lo. —

Quanto

mais

cedo

começarmos,

mais

cedo

terminamos. Ao lado deles, Kincaid, Gage e Priest também se levantaram. — Vamos lá, “ó ser mortal”, — Priest brincou. — Não se preocupe, Priest, tenho um nome legal para você também com base na minha imagem, — Meryn lhe sorriu. — Não pode ser pior do que Gamma Kitten One. Manda ver, baixinha, — disse ele, abrindo os braços em convite. — Pandora. Ele piscou. — Sério? Ela estremeceu.

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— Vi uma caixa com uma fechadura que eu sabia que não deveria ser aberta. Tudo que consegui pensar com isso foi Pandora. Brie e Ari riram enquanto conduziam um Priest amuado para fora da sala. — Venha, “Dora”, — provocou Ari em retaliação. Priest gemeu. — Você não pode contar aos caras. Ari empurrou seu irmão de unidade para fora da sala para que este acompanhasse Gage e Kincaid. Balançando a cabeça, Ari pegou a mão dela enquanto o grupo caminhava pelo palácio em direção à vila dos Guerreiros. Brie tremeu um pouco. Todas as suas jaquetas estavam na casa que dividia com o pai em Monroe. Talvez tivesse algo aqui na cidade que ela pudesse comprar. — Ari, podemos parar em alguma loja? Gostaria de comprar uma jaqueta ou um suéter. — Acho que ainda é primavera em Monroe. — Ele lhe sorriu. — Você pode ter mais sorte em encontrar algo assim lá, não temos muita necessidade de jaquetas aqui em Éire Danu. — Ele acenou com a mão aos edifícios. — Terra do Sol Eterno e tudo mais. Brie franziu a testa e olhou ao redor. Estava mais escuro ali do que quando ela chegou. Ela olhou para cima; não havia nuvem alguma cobrindo o sol. Ela semicerrou os olhos. Onde estava o sol, afinal? Quando chegaram à Cidade da Fronteira, percebeu que alguns dos postes de luz estavam piscando. E olhou o relógio; mal era meio-dia.

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— Ari, se esta é a Terra do Sol Eterno, as lâmpadas da rua deveriam estar acesas ao meio-dia? — Brie perguntou, apontando às lâmpadas. Ari parou, virando-se lentamente para olhar as lâmpadas. Quando a encarou, estava branco como leite e puro medo enchia seus olhos. — Não, não deveriam.

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Epílogo Gage acompanhou Ari enquanto descaradamente corriam de volta para o palácio. Entre os assassinatos e as luzes da cidade, ele não queria saber o que o futuro reservava. Um lampejo vermelho enquanto passavam por uma loja de roupas o fez estremecer. Em seus pesadelos, sua companheira se virava e entrava em um inferno ardente. Ele só podia rezar para que ela estivesse segura e que, apesar do caos em seu mundo, ele pudesse mantê-la assim.

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