URBAN MAGAZINE Arte Urbana e Fotográfia
EDUARDO KOBRA
Conheça mais sobre este Brasileiro que está ganhando o mundo
Arte Urbana Entenda o seu significado
Graffiti no BRASIL Sua chegada, anos 80
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URBAN MAGAZINE EDIÇÃO 1 NOVEMBRO DE 2014
ìndice Arte Urbana
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Graffiti no BRASIL
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EDUARDO KOBRA
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EDITORIAL ISADORA DE OLIVEIRA WANESSA BELINE URBAN MAGAZINE | 3
ARTE URBANA Em suma, a arte urbana é um meio que os autores encontraram para se exprimirem o seu ponto de vista sobre as coisas exprimindo recados ou sentimentos, em forma até de “poemas”, mas na forma de arte, desenho ou em pequenas palavras.
o graffiti, podem mesmo obter um nível de arte colecionável e deixam os muros da cidade rumo às galerias e museus. E, uma vez com esse nível, já deixaram as ruas e conquistaram os espaços das galerias e museus. Como os Museu de Arte Moderna que, nos últimos anos, ao graffiti sempre dedica uma parede ocupada por um artista.
A arte urbana é uma expressão usada para designar movimentos artísticos, relacionados com intervenções visuais, é uma forma de expressão de sentimentos, ideias, emoções e de certa forma a transmissão de pensamentos éticos, morais e culturais, estas são passadas para o receptor na forma de desenho ou apenas simples palavras, em zonas invulgares de uma metrópole, e talvez, por isso, seja considerada muitas vezes vandalismo e punível pela sociedade. Esta forma de expressão inicialmente era chamado de movimento underground, com o tempo foi ganhando forma e se estruturando com grafismos ricos em detalhes, que vão do Graffiti ao Estêncil, passando por stickers e cartazes lambe-lambe, também chamados poster-bombs. Estas intervenções visuais, a partir de um movimento “underground”, foram ganhando a sua forma estrutural, isto é, começaram a ganhar grafismos ricos em detalhes (que vão do graffiti ao Estêncil, passando por stickers e cartazes lambe-lambe, também chamados poster-bombs). Intervenções urbanas, como
Garotos grafitando muro com spray. O graffiti faz grande parte do movimento cultural das ruas e é o que mais se destaca.
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Revista Experimental desenvolvida pelo(a)s aluno(a)s: Isadora e Wanessa, do 2 período do curso de Design da Unibrasil. Disciplina de Informática para o Design. Revista de caráter didático. Sem fins lucrativos. Todo conteúdo possui direitos reservados pe-
Autor: Carla Pereira e Catarina Figueiredo
losWW autores dos mesmos. Novembro de 2014.
Dan Bergeron, o ponto central do trabalho deste artista é questionar a noção do espaço público criando intervenções que envolvem a sociedade e seu relacionamento com os lugares urbanos.
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GRAFFITI NO BRASIL Depois dos anos 80 a linguagem do graffiti, e por consequência das artes urbanas no Brasil, se modificou particularmente. Isso se deve a um fenômeno vindo dos EUA e trazido para o país, primeiramente para São Paulo: o Hip-Hop. Este movimento cultural explora as linguagens da música, comandada pela figura do DJ, da poesia, fala/cantada pelo MC, pela dança, executada pelo break-girl ou break-boy e finalmente pelo visual que é feito pela figura do graffiteiro. O Hip-Hop tem em si uma linguagem bem singular no que se refere aos graffitis. São particularmente coloridos, trabalham muito com a escrita estilizada, que são denominadas de throwm up, também usam muito o 3D como recurso para sofisticar esta escrita. Dentro da temática de seus desenhos as próprias atividades do movimento H_ip-Hop como a dança e a música (Dj e MC) tem espaço privilegiado. No Brasil este movimento começa a acontecer com força na cidade de São Paulo nos anos 80 e 90. No centro, mais propriamente na Estação São Bento do Metrô, jovens da periferia paulistana se reúnem para traçar experiências e fazer sua arte. Lá se encontram artistas das quatro linguagens que se constitui o hip-hop. Do graffiti estão presentes artistas que marcariam a arte urbana dai para frente, como Os Gêmeos, Speto e Binho, Nina Pandolfo entre outros. Assim, a Arte Urbana brasileira, depois da década de 80, se vê fortemente marcada pela expressão do Hip-Hop. Esta cultura urbana se prolifera fortemente no Brasil por suas características principalmente de con6 | URBAN MAGAZINE
testação social e por dar vazão a expressões artísticas para comunidades da periferia. Dá espaço de articulação social e possibilidade de criação artística, que adquire uma linguagem própria, uma linguagem brasileira dentro das vertentes do hip-hop. Hoje o graffiti brasileiro é reconhecido internacionalmente como uma expressão de particular qualidade. Ele tem características próprias, uma delas é o uso intensivo de cores, que demonstra esta raiz do hip-hop, que se adéqua perfeitamente a plasticidade da expressão brasileira. Fica elucidado, portanto, as três vertentes que constituem a base da Arte Urbana: a primeira e mais radical e transgressora delas é a pichação. A segunda são os movimentos de intervenção artística feita nas ruas, com base e influências em movimentos da arte e a última é a raiz do hip-hop e dos movimentos sociais. Com este alicerce eclético, a Arte Urbana brasileira pode se desenvolver plenamente, dentro de suas contradições que são não um empecilho para sua manifestação, mas antes as bases para a melhor expressão da diversidade contemporânea.
Nina PanWdolfo Suas figuras de cabeça e olhos grandes estão em muros de São Paulo. Nina, faz parte da geração de artistas brasileiros que cresceu grafitando nos anos 90 e levou o grafite das ruas para os museus e galerias de arte.
Os Gêmeos A carreira de Os Gêmeos (Otávio e Gustavo Pandolfo) começou no fim dos anos 80, mais precisamente em 1987, quando grafitavam no Cambuci. Nessa época, a dupla assumia a identidade do hip hop, o movimento guiou suas obras por um bom tempo, porém, com a aquisição de mais bagagem, os rumos mudaram e o hip hop praticamente deixou de ser presente em suas obras. URBAN MAGAZINE | 7
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KOBRA O ARTISTA BRASILEIRO QUE GANHOU O MUNDO O paulistano Eduardo Kobra, 32 anos, começou os seus primeiros traços em 1987, junto com a segunda geração do grafite, sob a influência do hip hop, Inquieto e de personalidade, logo foi aprimorando os seus traços, desenvolvendo a sua exclusiva forma de expressão. Suas criações são ricas em detalhes, extremamente realistas, com uma estética perfeita, pois são frutos de pesquisas detalhadas e contam com a parceria da visão técnica do arquiteto, urbanista epecialista em projeto e execução de trabalhos bi e tridimensionais para espaço público Márcio Rodrigues Luiz. Fundou em 95, o Studio Kobra, onde comanda uma equipe especializada em pintura de painéis artísticos. Embora nunca tenha tido contato pessoal, um de seus principais mestres atuais é o norte-americano Eric Grohe, um artista plástico que faz da sua arte um meio de transformação. A dimensão, a perfeição e o realismo de seus murais confundem os olhos de quem observa, reduzindo a nada a diferença entre escultura e pintura. Os trabalhos de Kobra, muitos executados antes mesmo do contato com a arte de Grohe, trazem características semelhantes. Fonte: Airton Gontow – Gontof Comunicação
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muro das mEmÓriAS O artista plástico Eduardo Kobra é autor do belo projeto “Muro das Memórias”, que tem como principal objetivo transformar a paisagem urbana através da arte e resgatar a memória da cidade. É uma mistura de nostalgia e modernidade, por meio de imagens do inicio do século passado, em muros e espaços da cidade. Desde 2006 já foram entregues 18 murais e a idéia é fazer mais três até o final de 2008. Kobra desenvolve obras que misturam o traço do grafite -rico em sombra, luz e brilho – com traços da aerografia. O resultado são murais tridimensionais que permitem ao público interagir com a obra. Em setembro, Kobra terá seus trabalhos publicados no livro sobre Muralismo editado na Grécia pela editora Carpediem, que contará com 169 artistas de todo o mundo. Entre os trabalhos feitos por Kobra em São Paulo, a primeira via presenteada foi justamente a mais importante da cidade: a Ave-
nida Paulista, que ganhou no dia do aniversário da cidade (25 de janeiro) um mural com a imagem da própria paulista em 1920, do livro “Avenida Paulista – A síntese da Metrópole”, de Antonio Soukef Júnior e Eduardo Albarello. Segundo Kobra, “a idéia do mural, que reproduz um bonde na Paulista, é estabelecer uma comparação entre o ar romântico e o clima de nostalgia da avenida naquela época com a constante agitação, característica de grandes centros, como é a Paulista atual”. A Avenida Sumaré também recebeu um mural: uma imagem inspirada na foto de Guilherme Gaensly, do Arquivo Público do Estado de São Paulo, que retrata o Porto de Santos em 1.920. Outro belo trabalho está instalado em um muro na Avenida Helio Pelegrino, 1.200, inspirado em uma na foto da rua Direita em 1905, do livro “Lembranças de São Paulo”, de João Gerodetti e Carlos Cornejo. A obra foi concluída em 2007. Fonte: Airton Gontow – Gontof Comunicação
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