UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
E.M. Es c o la M o n te s s o r ia n a e m Ta g ua t in g a
Trabalho final de graduação (TFG) apresentado à Universidade Católica de Brasília como requisito parcial para aprovação na disciplina de Projeto de Diplomação I e a obtenção do grau de bacharel em Arquitetura e Urbanismo. Orientador: Prof. Wagner Pangoni dos Santos
Brasília - DF 2017
Isadora Queiroz Miranda
AGRADE CIMENTOS Uma vez conhecido o caminho, só há uma coisa a fazer: seguir em frente! No trajeto que cada um escolheu, existirá uma missão a ser cumprida. O importante é não parar e reconhecer o esforço realizado e o quê e o quanto aprendemos. Agradeço: a Deus por minhas conquistas e em especial por permitir essa caminhada; aos meus pais que me deram a oportunidade e o apoio de chegar até aqui com carinho e confiança; ao meu irmão Pedro por me aturar nos momentos de chatices; ao Arthur e à Alice, pela força, confiança, companheirismo e paciência; a todos os meus familiares e amigos; E ao meu orientador Wagner Pangoni que gentilmente me ajudou e me guiou no decorrer deste trabalho.
RESUMO O presente projeto inicial de pesquisa teve como objetivo geral criar um projeto arquitetônico para uma instituição educativa baseado nos pilares teóricos da proposta Montessoriana, que possibilitasse aos alunos ambientes estimulantes que contribuissem com o desenvolvimento da aprendizagem, bem como na compreensão do mundo. A educação montessoriana é composta por princípios com seis pilares teóricos: Autoeducação, educação cósmica, educação como ciência, adulto preparado, ambiente preparado e aluno preparado. Neste trabalho, gerou-se um estudo de repertório conceitual que serviu de base para análises e identificação de pontos positivos e negativos de cada edificação de instituição educativa montessoriana, tendo uma melhor percepção a respeito da funcionalidade, da forma e da estética, utilizando-o como guia para uma proposta do projeto de uma escola montessoriana adequada ao seu uso. Levantou-se a análise e estudo de aspectos gerais e específicos de um terreno na cidade de Taguatinga, no Distrito Federal, a partir de dados coletados apontando potencialidades e fraquezas na elaboração de diretrizes para um projeto institucional na área escolhida. Este projeto tem como referência a proposta de educação montessoriana e, ao mesmo tempo, a preocupação em atenderas necessidades da comunidade da cidade em questão, assim como, daquelas que estão em suas redondezas.
Palavras chaves: Instituição educativa; arquitetura; Educação Montessoriana; Taguatinga- DF.
SUMÁ RIO
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Introdução
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Justificativa
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3
Objetivos
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3.1 Objetivos gerais 3.2 Objetivos específicos
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Aspectos Históricos
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4.1 Abordagem Histórica sobre educação 4.2 Método Montessoriano 4.3 Método Montessoriano no Brasil
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Proposta Montessoriana
29 31
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5.1 Elementos Montessorianos aplicados na Arquitetura
25 26
6
7
8
Análise Sítio
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6.1 Abordagem histórica geral da área 6.2 Localização 6.2.1 Diretrizes projetuais 6.3 Legislação 6.4 Levantamento Fotográfico 6.5 Cheios e vazios 6.6 Estudo bioclimático 6.6.1 Diretrizes projetuais 6.7 Ruídos 6.7.1 Diretrizes projetuais
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6.8 Uso e ocupação do solo
76
6.9 Gabaritos de altura 6.9.1 Diretrizes projetuais 6.10 Sistema viário 6.10.1 Diretrizes projetuais 6.11 Caracterização do público
77 77 78 79 80
Proposta projeto
81
7.1 Conceito 7.2 Partido arquitetônico 7.3 Programa necessidades 7.4 Fluxograma 7.5 Estrutura 7.6 Implantação 7.7 Plantas 7.8 Cortes 7.9 Fachadas 7.10 Imagens
83 84 85 91 93 93 93 93 93 93
Referências Bibliográficas
93
68 68 70 71 73 74 74 75 75
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INTRO DUÇÃO Ao mesmo tempo que as edificações possuem uma função específica, tais como a escola para a educação, o hospital para a saúde, a igreja para a religião, elas dão significado para a população e criam cenários visuais a partir da composição das construções, transmitindo conceitos ou até mesmo sensações. Um ambiente escolar preparado para ensinar, pode propagar mais informações do que um material didático, ou até mesmo um conteúdo.
Segundo Ester Buffa e Gelson de Almeida (2002, p. 13): [...] o processo educativo não se restringe à relação individual entre professor e alunos. Quem realmente educa é um ambiente geral [...]. O espaço físico da escola, sua fachada e estrutura, o jardim, as salas de aula, os corredores, a sala dos professores e do diretor, enfim, toda a organização arquitetônica do espaço é parte importante desse determinado ambiente que educa. A fim de obter conhecimento a partir da percepção da sociedade em relação à escola e ao espaço, foi feito um exercício didático onde a atividade era desenhar um ambiente escolar de acordo com as lembranças de quando estudavam.
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Pedro Henrique Queiroz Miranda, 20 anos. Relato: Refere-se a um espaço externo onde costumava frequentar para descanso e lazer com os amigos após as aulas.
Cláudia Queiroz Miranda, Idade: 44 anos Relato: Sempre esperava a hora da educação física para usufruir da quadra poliesportiva como momento de descontração e maior interação com os colegas.
Priscila Coser Amorim, 20 anos Relato: Retrata um anfiteatro como sendo o local onde assistia a palestras temáticas sobre artes, matéria que ela mais se interessava.
Arthur Lucas Nascimento, 22 anos Relato: É um ambiente de laboratório de sua antiga escola, no qual colocava em prática toda a teoria que aprendia, dentro da sala de aula.
Natália Nascimento, 28 anos Relato: É o corredor de sua escola, local onde ela gostava de ficar antes e após as aulas, pois interagia mais com seus colegas.
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Os desenhos ao lado demonstram que as lembranças, em sua maioria, são das áreas externas e não internas, como a sala de aula, por exemplo, um ambiente que a criança passa a maior parte do tempo. O que mais se aproximou da convivência interna com a escola foi um ambiente de laboratório, que é um espaço que se sente um prazer em ir. Segundo Siqueira(2016) a inserção da metodologia de Montessori tem como objetivo promover a ligação dos ambientes externos e internos, permitindo assim uma iluminação e ventilação natural. Ainda assim, proporcionar visuais agradáveis e interessantes partindo das salas de aula que é um ponto importante para que o estudante consiga descansar a visão e relaxar. Além dos aspectos anteriores, a pedagogia Montessori incentiva o aprendizado dentro e fora da sala de aula, por isso o projeto do espaço escolar deve criar ambientes externos que integram a função pedagógica e recreativa, como jardins, hortas, circuitos de corrida, terraços, entre outros (KOWALTOWSKI, 2011). O método propõe, como objetivos individuais, que a criança encontre um lugar no mundo, desenvolva um trabalho gratificante e nutra paz e densidade interiores, para ter capacidade de amar. Neste contexto, o papel do educador é criar condições para que a criança atinja essas metas e desenvolva sua personalidade integral por intermédio do trabalho, do jogo, de atividades prazerosas e da formação artística e social. No Método Montessori, a escola não é apenas um lugar de instrução, mas de prazer, de lazer, de vida e de educação para a vida. (Boungainville, 2017). Diante dessa análise, esta avaliação teve como propósito compreender e trazer soluções espaciais que seja articulador entre seus usuários e as necessidades das crianças enfatizando espaços lúdicos para aprendizagem infantil havendo interação entre os ambientes internos e externos para ajudar no processo de desenvolvimento do aluno. O trabalho começa, por meio dessas ideias iniciais, fundamentando a escolha do
assunto do presente estudo e apresentando a intenção do projeto com essa elaboração de pesquisa e análises. Os aspectos históricos sobre a educação é apresentado no quarto capítulo, dando destaque aos ambientes da sala de aula e de que forma se deu essa evolução. Faz-se uma retrospectiva histórica, desde a Grécia até o surgimento do método montessoriano, na Itália. Leva-se em conta também a proposta de Maria Montessori e como se deu essa metodologia no Brasil. Os estudos de repertório são descritos no quinto capítulo, onde se levou em conta sete projetos de escolas montessorianas com suas particularidades. São estes: Escola Montessori, projetada pelo grupo de arquitetos Marlon Blackwell, situada nos Estados Unidos. Escola Montessori, por Herman Hertzberguer, na Austrália. Escola Montessoriana Waalsdorp, pelos arquitetos da empresa De Zwarte Hond, localizada na Holanda. Escola Montessori International Bilingual School, em Minas Gerais. Escola Aldeia Montessori, Rio de Janeiro. E escola Maria Montessori, em Brasília. Juntamente com esse estudo e as normas exigidas para a construciar no desenvolvimento das atividades realizadas dentro da escola, e servir de base para o projeto arquitetônico. Esse é o tema tratado no sexto capítulo. Destina-se o sétimo capítulo as análises do terreno, aos parâmetros normativos, indicando diretrizes projetuais que irão auxiliar na proposta de uma instituição escolar montessoriana. O trabalho avança, no capítulo nove, com a exposição da proposta arquitetônica baseada no método de Maria Montessori, a partir do conceito, partido arquitetônico, programa de necessidades, organofluxograma e riscos preliminares.
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JUSTIFI CATIVA Explorando os princípios do método Montessoriano e analisando de que forma se dá o espaço escolar, percebe-se que as escolas em sua maioria são adaptadas para esse tipo de educação, o que faz com que surge a necessidade de se trabalhar uma arquitetura voltada para esse método enfatizando um ambiente lúdico e com base no trabalho desenvolvido por Maria Montessori, podendo trazer soluções arquitetônicas que considerem as necessidades das crianças inseridas nesse meio. Conforme a publicação de um livreto feito pela escola Meimei, no Rio de Janeiro, podemos citar como vantagem desse método a constante interação, resolução de problemas e a socialização entre os alunos, podendo ser agrupados nas salas de aula estudantes com diferença de idades de até 3 anos, com a intenção de desafiar as habilidades de cada com por meio dessa heterogeneidade e jamais ficarem desmotivados. Essas classes são organizadas por espaços com temas onde o aluno tem a sua livre movimentação pelo ambiente em busca de suas atividades. “Essa liberdade de escolha vai lhe sendo oferecida à medida que amadurece e aprende a conviver tranquilamente, em grupo, respeitando o outro, respeitando as regras de convivência. Biblioteca de sala, para pesquisas em diferentes fontes, Internet com acompanhamento e orientação. Não há limites do quanto o aluno possa trabalhar com um material. Todas as novas mídias de trabalho podem ser usadas, evidenciando-se a ética.” (Meimei, ênfase em ética na educação)
Por mais que não se use esse método na sua totalidade nas escolas tradicionais de hoje, alguns de seus conceitos são importantes na metodologia educacional atual. Diante disso, esse trabalho tem como propósito desenvolver um projeto de uma instituição pública, baseado na pedagogia de Maria Montessori, que contenha espaços e elementos que contribuam para o aprendizado de seus alunos e estimulem os inter-relacionamentos, podendo gerar maior emoção, promover o conhecimento na sua forma mais simples e trazer uma interação maior entre os ambientes de dentro e fora da sala de aula. O conhecimento pode ser adquirido por diversas maneiras e em variados locais, como por exemplo, em casa, na rua, com a família, não sendo somente em recintos escolares. Porém, os espaços da instituição escolar, pensados e criados para isso, são uma grande influência nas experiências educativas dos alunos, pois permitem que a própria estrutura física do local seja um mecanismo de aprendizagem. A escolha do terreno se deu com o intuito de inserir uma arquitetura para uma diferente metodologia de educação aos moradores da região de Taguatinga e das RA’S, sabendo que só existem duas escolas montessorianas no Distrito Federal, localizadas na Asa Sul, em Brasília. A partir disso, podemos reestruturar o local com a implantação desse espaço institucional, pois as regiões próximas são formadas, em sua grande maioria, por indústrias e unidades habitacionais coletivas com edificações verticais de uso misto.
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OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL Criar um projeto arquitetônico para uma instituição educativa baseado nos pilares teóricos da proposta Montessoriana, para proporcionar aos alunos ambientes estimulantes que contribuam no desenvolvimento da aprendizagem e na melhor compreensão do mundo.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Identificar na proposta montessoriana de educação elementos característicos que possam ser utilizados em uma proposta arquitetônica escolar. Identificar, em uma instituição educativa, soluções arquitetônicas que favoreçam a aplicação dos pilares teóricos da proposta montessoriana. Identificar a necessidade de espaços que proporcionem a interação entre a escola com uma proposta montessoriana e a comunidade. Diferenciar espaços escolares do ponto de vista da evolução histórica até a origem da proposta montessoriana.
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ASPECTOS HISTÓRICOS
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Grécia
Princípio da educação. Surge a palavra pedagogia.
Era Sócrates 400 a.c.
Séc. XV
Reuniam-se alunos de diferentes idades nesse período. Escola de sala única. No começo do século XVI surge as escolas jesuítas.
Sistema que colaborava com a concepção individualista do cidadão, competições nos jogos e educação física
Séc. XVI
Roda dos Expostos
1737 Durante o tempo que os pais saiam a trabalho nas indústrias têxteis, século XVIII, o Padre Oberlin abrigava as crianças pequenas na Paróquia rural francesa
Escola do Tricô
1767
Escola Infantil
1816
Froebel cria o termo Jardim de Infância com o intuito de trazer as crianças para espaços singulares inserindo um tipo especial de educação.
Robert Owen cria uma escola infantil, para os filhos dos trabalhadores da sua indústria têxtil, inspirado na escola do tricô, do Padre Oberlin.
Jardim de Infância
1873 Educação passa do privado para o público
Início Séc. XX
4.1 Abordagem histórica sobre educação 21
Primeiro programa de assistencialismo a criança.
Figura 1 - Linha do tempo Fonte: Autoria própria
O estado começa a se preocupar com a criança. Nessa época foi fundada na Itália a Casa dei Bambini, por Maria Montessori. Tinha como objetivo o desenvolvimento infantil com a aplicação universal.
O ensino é visto como a propagação de princípios e valores da agregação do conhecimento de uma comunidade e em conjunto a isso temos a influência da história da sociedade e seu progresso cultural, econômico e político. De acordo com Kowaltowski:
“Na história da humanidade, o processo de transmitir os conhecimentos e as atitudes necessários para que o indivíduo tenha condições de integrar-se à sociedade tiveram formas variadas e objetivos específicos. Em muitas culturas primitivas, a educação acontece sem estrutura formal, mas o ambiente onde se vive pode ser chamado de escola. Todos os membros dessas sociedades exercem o papel de educador com influência maior da família.”
Foi na Grécia que se difundiu os princípios da educação e surgiu a palavra pedagogia com base nos paidós e agogôs, criança e condutor respectivamente. Diante disso, a função do educador era a de “condutor de crianças”, ou seja, aquele que transmite os seus próprios ensinamentos para os alunos. Mais tarde, no período da era de Sócrates estabeleceu-se uma referência de instrutor em um sistema que colaborava com a concepção individualista do cidadão, as competições nos jogos e a educação física. Entre o século XV ao XVI, as salas de aulas reuniam alunos de diferentes idades que variavam entre 6 e 20 anos. Não havia essa importância de separação de idades por ambientes, o que acabava ignorando os menores, pois eles tinham uma consciência particular infantil, ao contrário dos adultos. Esses espaços denominados como escola de sala única, conforme as figuras 2 e 3, eram espaços adaptados que atendiam alunos de idades desiguais e tinham a residência do professor anexada a eles.
Figura 2 - Ambiente de sala única Fonte: Autoria própria
Figura 3 - Ambiente de sala única Fonte: Autoria própria
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A criação das religiões predominantes em cada época estava ligada ao desenvolvimento da educação, pois era nesses espaços que ocorria a propagação do conhecimento, ou seja, também era a escola. Como parte disso, podemos mencionar as escolas jesuítas que seguia a mesma ideia defendida por Comenius, que tinha como princípio a separação das idades por salas de aulas Havia um programa de assistência para crianças abandonadas de mães solteiras por medo da opressão social ou pelo preconceito chamada de roda dos expostos. A roda era composta por um cilindro de madeira posta em Casas de Misericórdias e Conventos para receber essas crianças rejeitadas. Conforme Maria Luiza Marcilio no texto: A roda dos expostos e a criança abandonada no Brasil colonial: 1726-1950, a roda funcionava da seguinte forma:
“Rodava se a roda e as crianças eram deixadas ali onde se acionava uma campainha para que a rodeira viesse busca-la. [...]muitas vezes estas crianças chegavam desnutridas portadoras de doenças degenerativas e recebiam cuidados médicos para tentarem sobreviver. As crianças que não eram batizadas recebiam o batismo[...]. Após receber os devidos cuidados, a criança era enviada aos cuidados de uma ama seca ou encaminhada a famílias estéreis, porém sem direitos assegurados pela lei[...]. Aquelas que permaneceriam com as Amas, a partir dos 7 anos em média, rodavam em busca de lugares que as aceitassem como aprendizes.”
Após um tempo, as Santas Casas de Misericórdia passam por uma fase de dificuldades na qual sofrem de carência de recursos para se manterem e começam a surgir novas ideologias na época. .
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Figura 4 - Separação de salas por idades Fonte: Autoria própria
A creche, palavra criada pelo Padre Oberlin em uma paróquia rural francesa, surge com o intuito de acolher as crianças pequenas no período em que os pais destas trabalhavam nas indústrias têxteis do século XVIII, pois muitas ficavam sozinhas ou trabalhavam nas indústrias tambm. Nesse local, as crianças tinham o primeiro contato com as letras minúsculas, aprendiam a soletrar, pronunciar palavras e sílabas difíceis, perder os maus hábitos, entre outros, conforme diz José Hélio da Silva (2011). Baseado na ideia do ambiente escolar da paróquia rural francesa, Robert Owen funda uma escola infantil, na Escócia, para os filhos dos funcionários da sua própria empresa onde se tem a separação nos usos do edifício escolar entre meninos e meninas. O instituto era estruturado em três partes: O primeiro atendia crianças entre 3 a 6 anos de idade. O segundo, crianças de 6 a 10 anos. E no terceiro período recebia alunos de 10 a 20 anos de idade, no horário noturno. A partir disso, em Londres, se estabelece uma nova proposta educacional para crianças entre 2 e 11 anos, onde se tinha um ensino mútuo, o método de Lancaster. .
“[...]. Havia salas para um grande número de alunos, onde o professor passava os exercícios aos alunos monitores, que os reproduziam em pequenos grupos com alunos menos adiantados.” Como disse José Hélio da Silva (2011).
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Em contraponto com o pensamento de Lancaster, Froebel cria o Jardim de Infância, com uma linha de construção teórica, do ponto de vista da pedagogia, diferente dos demais. Nesses ambientes escolares tinham-se jogos produzidos pela sua própria fábrica de brinquedos, chamados de dons froebelianos. “Froebel denominou de jogos às ocupações dos jardins de infância e de dons ou dádivas ao material empregado nessas ocupações. ” Como disse José Hélio. No início do século XX a educação infantil torna-se de domínio público, surgindo assim uma grande instituição fundada nessa época por Maria Montessori, A Casa de Bambini onde se trabalhou com crianças pobres de um bairro operário e que tinha como objetivo o desenvolvimento infantil aliado a aplicação universal.
Os três pilares teóricos são caracterizados por: Auto educação, que é a capacidade da criança em aprender, uma educação autônoma, um ambiente organizado e deixando as crianças movimentar-se livremente na sala de aula, usufruindo dos recursos didáticos existentes no local e em um ambiente favorável. A educação como ciência, que compreende a criança e o fenômeno educativo, ou seja, o ensino tem que ser objetivo com pouca interferência, uma observação científica. E a educação cósmica que ocorre no processo de auxilio a criança na compreensão do mundo Auto educação
Educação como ciência
4.2 Método Montessoriano
Oriundo da Itália, no século XX, Maria Montessori foi a primeira mulher médica a se preocupar com a sociedade ligada ao pensamento educativo, à observação de crianças para colaborar com as técnicas e princípios didáticos de consideração fundamental. A metodologia montessoriana consiste em recursos pedagógicos específicos com o objetivo de provocar curiosidade natural nas crianças, buscando a concentração espontânea para não desanimar ou desagradá-las nas tarefas diárias. De início, o método surgiu para crianças portadoras de deficiências e em seguida aplicado em crianças não excepcionais provindo da ideia de que é fundamental o desenvolvimento da inteligência. A partir disso, a educação montessoriana é composta por princípios da prática montessoriana, onde se tem seis pilares teóricos. Três deles embasam todo o desenvolvimento da aplicação Montessori e os outros três pilares são necessários para se ter uma boa aplicação do sistema.
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Educação cósmica
Ambiente preparado
Adulto preparado
Criança equilibrada
Já os outros três pilares teóricos necessários para se ter boa aplicação são: O ambiente preparado, onde a criança desenvolve sua autonomia e compreende a liberdade na escola, a partir da organização do ambiente, que é feito para ela se virar sozinha e compreender de fato as atividades propostas. O adulto preparado, é o profissional que auxilia a criança, interfere muito pouco no aprendizado da criança, ele apenas ensina a fazer a atividade ou a pegar o objeto, permitindo que criança aprenda sozinha. E a criança equilibrada, ela nasce preparada para se adaptar ao meio ambiente, ou seja, capacidade de adaptação e readaptação estimulada no ambiente de aprendizado. O preparo dos materiais utilizados para os estímulos sensoriais, como os blocos de madeira, cubos, fitas e todo o tipo de material que instigue um dos cinco sentidos (tato, audição, visão, olfato e paladar), é um elemento principal para o conhecimento nas áreas da matemática, ciências, linguagem e costumes da vida, não sendo somente uma tática de alfabetização, mas sim um conjunto do próprio método da educação. Por meio do sistema sensorial pode-se relacionar a criança equilibrada, sendo um ponto da didática denominada como aquela que é capaz de conhecer a si mesma e o espaço que a rodeia.
A definição da educação é relacionada com o conceito da criança, sendo que o indivíduo infantil é um ser com suas próprias necessidades, capacitado a desenvolver-se por si mesmo, divergente da definição de um adulto, que necessita de assistência apropriada e capaz de compreender de forma autêntica, de acordo com Maria Montessori. Segundo ela: “Para desenvolver o seu método didático na aula, criou cinco tipos diferentes de recursos didáticos: material sensorial, com o objeto de educar todos os sentidos do ser humano; material para realizar exercícios da vida cotidiana; material para desenvolver a linguagem; material para desenvolver o cálculo, os números e a matemática e material para trabalhar as Ciências em geral.” A proposta deste método tem como finalidade fazer com que as crianças descubram seu lugar na humanidade, desenvolvam seu trabalho na ideia dos pontos da didática e em conjunto com isso tenham a paz, o equilíbrio, para terem a aptidão de amar. Montessori dizia: “Eu estudo minhas crianças e elas me ensinaram a ensiná-las”. O papel que Maria exercia era o de mestre, que tinha como dever esclarecer o modo da utilização dos recursos didáticos e materiais, propiciando situações para que as crianças cumpram metas e desenvolvam sua personalidade por absoluto por meio das atividades, dos jogos e dos trabalhos oferecidos na instituição.
4.3 Método Montessoriano no Brasil
Segundo a organização Montessori do Brasil, foi criada a AMI (associação montessori internacional) com o propósito de salvar as concepções do método a fim de propaga-lo pelo mundo e criar o credenciamento para a organização de grupos para professores.
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O ingresso do método no Brasil foi feito por Joana Falce Scalco, na instituição de ensino Emília Erichsen, no Paraná. Após um período foi feito um pedido de Miguel Calmon Du Pin e Almeida, que na época era um médico e foi concedido para a divulgação da pedagogia científica. Passou-se algum tempo e a tentativa de inserir esse método tanto nas escolas de rede pública quanto nas particulares não foi bem sucedida. Na década de 50, Pipper Lacerda cria a associação Montessori do Brasil, com sede em São Paulo. Ainda assim, o diretor da corporação de pedagogia da cidade de Paris tem sua chegada ao Brasil em companhia de duas irmãs, Maria Ana e Celma Pinho, sendo que ele deixa no seu cargo de diretor do instituto montessoriano em Chicago Anna Perry, filha de Celma Pinho. Diante disso, no ano de 1956 Celma elabora um programa para a formação de pedagogos baseado na didática de Maria Montessori. Dessa primeira turma fizeram parte alguns profissionais que implantarem esse método em algumas escola, como por exemplo, Edith Dias que introduziu esse método na escola Irmã Catarina, Madre Valentina criou o instituto Montessori – Iubienska e Marina Palhares que implantou esse método no Colégio teresiano no Rio de Janeiro. Em São Paulo, a primeira escola a ter turmas experimentais com base nas instruções do Padre Pierre foi o Colégio Sion. Com a ajuda da professora Vera Lagoa foi possível criar uma turma de alunos temporários, como forma de experimento, na faculdade PUC de Sorocaba. Esse grupo auxiliou no desenvolvimento da experiência dela sobre o assunto do sistema Montessori, que escreveu um livro fundamentado na análise experimental do comportamento. Por meio disso, começou aparecer escolas montessorianas implantadas em diversos locais do Brasil e realizadas conferências oferecidas pela Associação brasileira de educação Montessori (Rio de Janeiro) e a Associação Montessori do Brasil (São Paulo).
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Ao passar dos anos é gerado a organização Montessori (OMB), a fim de produzir eventos que deram nova visão ao sistema montessoriano, às escolas que aplicavam esse método e se constituiu como um marco de conjunção entre as instituições que adotavam essa metodologia no Brasil. A partir disso, se instaura possibilidades de aprofundamento para os montessorianos e surge a primeira conferência latino americana, com a presença de expoentes do moviemento Montessori no Brasil. (OMB- Organização Montessori do Brasil,2017). Com isso a formação de educadores montessorianos no Brasil começa a ser mais reconhecido, e em 2005 abre-se curso para as classes entre 3 e 6 anos de idade, oferecido pela OMB em conjunto com a instituição montessoriana e presença de professoras brasileiras. Por meio desse curso são criados centros de formação para professores montessorianos com certificados emitidos pela OMB (Organização Montessori do Brasil), como o Centro de estudos menino Jesus em Florianópolis, Centro de estudos de São Paulo e o centro de estudos Montessori do Rio de Janeiro.
Hoje no Brasil, o movimento Montessori vai se tornando cada vez mais sólido e ganhando adeptos no público em geral e nas redes sociais. Novos grupos como nação Montessori, Montessori e família, agregam muitas pessoas que se interessam pela educação Montessori. O lar Montessori, o Brasil Montessori, entre outros difundem e popularizam as práticas montessorianas pelo imenso território nacional derrubando fronteiras. (OMB – Organização Montessori do Brasil, 2017) 28
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A PROPOSTA MONTESSORIANA
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5 Proposta Montessoriana 5.1 Elementos Montessorianos aplicados a arquitetura O projeto de uma instituição escolar baseado no método montessoriano deve usar aspectos como: a visão, necessidades dos usuários e as circunstâncias do local, tornando a elaboração da proposta única. Além disso, deve-se levar em conta elementos e características de uma arquitetura mon-
tessoriana, conforme se vê no quadro abaixo De acordo com Aline Alves, 2016, para a criação do projeto arquitetônico baseado na metodologia de Montessori, alguns conceitos devem ser utilizados, para assim compreender a abordagem Montessori. O espaço preparado para realizar as atividades propostas deve seguir as diretrizes conforme Maria Montessori elaborou no seu Livro Pedagogia Científica (1965), representadas no quadro abaixo.
Elementos
Características
Estética
O espaço deve ser enxuto, tendo somente aquilo que é necessário, envolvendo equilíbrio e simplicidade para que desperte o interesse da criança e seja agradável no seu período de permanência. A questão estética não está relacionada a coisas luxuosas, mas sim aos aspectos da cor, da simplicidade e harmonia dos mobiliários existentes na escola.
Espacialidade
Educação autônoma no ambiente montessoriano, ou seja, liberdade de locomoção dentro da sala de aula, com uma separação das atividades desenvolvidas pelos alunos.
Mobiliário
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Os materiais necessários para o desenvolvimento da criança devem ficar na altura dela, sendo acessível e permitindo que ela utilize os objetos e tenha a sua autonomia no ambiente. As cadeiras devem ser baixas, as mesas com o tamanho infantil e até mesmo os quadros devem ficar no campo visual da criança. Além disso, vários tipos de mobiliário devem conter para que ocorram diversas atividades ao mesmo tempo, permitindo uma interação entre os alunos.
Qualidade do Ar
É necessário que se tenha uma ventilação natural e um bom fluxo de ar advindo das janelas e portas.
Iluminação
É um fator significativo para o desenvolvimento das atividades exercidas pelos alunos. As salas de aula deve conter janelas com incidência de luz favorável para o aprendizado e com aberturas permitindo que o ar transcorra no espaço. As salas de aula para ciranças com idade entre 0 a 3 anos deve ter janelas que cheguem até quase o piso, para permitir que as crianças visualizem o espaço externo sem esforço, pois o ambiente fora da sala de aula é importante, assim como observar crianças de outras turmas.
Acústica
Devem ser analisados os níveis de ruídos próximos as salas montessorianas, pois ambientes barulhentos resultam em um rendimento acadêmico baixo. Além disso, os materiais dentro da sala precisam absorver o som, aumentando assim o conhecimento na prática das atividades dos alunos.
Ambiente externo
Cada turma deve ter pelo menos uma porta que tenha acesso ao ambiente externo, para que as crianças passem livremente de dentro para fora. Além disso, é ideal que as janelas estejam voltadas para cenários naturais, como por exemplo jardins.
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ANÁLISE SÍTIO
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6. Análise Sítio
O levantamento a seguir tem como objetivo fazer uma análise e um estudo de aspectos gerais e específicos de Taguatinga, a partir dos dados coletados, levantando as potencialidades e fraquezas para elaborar diretrizes para o projeto institucional da área escolhida. Esse levantamento surge a partir da necessidade do conhecimento detalhado de um setor específico de Taguatinga para a criação de uma proposta institucional que atenda a comunidade das Regiões administrativas do DF que estão no entorno da de Taguatinga. Descrevem-se inicialmente questões importantes obtidas no diagnóstico e logo após estrutura-se resumidamente as diretrizes a partir de ações objetivas para que se alcance os resultados esperados.
6.1 Abordagem histórica geral da área A cidade de Taguatinga passa a existir a partir da intensificação acelerada dos indivíduos na Cidade Livre, hoje chamada de Núcleo Bandeirante. O vilarejo, formado para abrigar e dar assistência aos trabalhadores que chegaram à Brasília para sua construção no final da década de 50, já não era o suficiente para acomodar os imigrantes que surgiam todos os dias. Desse modo as ocupações ampliaram-se em proporções geométricas, tendo que ter a imposição da Guarda real para impedir o acesso dos caminhões que transportavam imigrantes. Foi exatamente nas proximidades desse local, no ponto onde hoje existe a via de ligação entre Taguatinga e o Núcleo bandeirante, que se formou um núcleo habitacional com aproximadamente mil pessoas (Administração Regional de Taguatinga, 2014). Taguatinga é uma área urbana dividida em três subáreas, Taguatinga Norte, Taguatinga Centro e Taguatinga Sul. É formada por setores de quadras residenciais, comerciais e industriais.
Distrito Federal - DF / BRASIL
N
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Mapa 01- Localização terreno Fonte: Autoria própria
Mapa Taguatinga Delimitação área Mapa 01- Localização terreno Fonte: Google earth. Autoria própria
Universidade Católica de Brasília - UCB Localização terreno N
68 0m
100m
300m
400m
6.2 Localização A partir das análises das diretrizes, o projeto institucional resultante tem como objetivo reestruturar o terreno e adequá-lo a todas as normas e à legislação vigente. O projeto terá desta forma resolvido as questões analisadas no diagnóstico de maneira prática e apropriada à realidade do contexto em que o terreno está inserido, tornando-o um fator de crescimento para a região. O terreno está localizado próximo a uma importante via da cidade de Taguatinga, denominado Pistão Sul. Ela é uma via de transição onde se tem de um lado uma área voltada para indústrias e paralelo a isso uma área residencial mais verticalizada. A escolha do terreno foi feita para trazer a interação entre esses dois meios, em um local de fácil acesso, tanto por veículos de passeio como por transporte público, já que existem paradas de ônibus localizadas na frente do sítio e do outro lado da pista, com faixas de pedestres disponíveis para a travessia, ideal para a propagação do método montessoriano à população dessa região, visto que só existem duas escolas com esse método em todo o Distrito Federal, ambas localizadas no bairro da Asa Sul. O terreno, situado em Taguatinga sul, CSG 20, possui uma área de 28.456m² aproximadamente, que será utilizada para atender crianças da educação infantil conforme o método pedagógico determinado. A área possui vegetação de cerrado degradado. Não existe uma quantidade significativa de árvores, o que torna o local desprotegido da ação dos raios solares, diminuindo o conforto térmico. As regiões próximas são formadas, em grande maioria, por unidades industriais e habitacionais coletivas com edificações verticais de uso misto. Além disso, a área não conta com equipamentos públicos e de lazer para a população, criando a sensação de insegurança aos que circulam pelo local. 69
6.2 .1 Diretrizes Projetuais O projeto tem como finalidade proporcionar não apenas uma nova área institucional, mas também trazer para a população das regiões circunvizinhas, áreas de lazer para convivência familiar dentro e fora da escola. Além disso, há relação com a questão ambiental e de conforto térmico com a criação de espaços verdes e calçadas para uma melhor infraestrutura do local, respeitando o caminho natural de deslocamento dentro da área, mas com a preocupação de comportar o fluxo previsto para o sítio, protegendo as vias locais do movimento intenso e criando subáreas com diferentes ocupações. A seleção dos tipos de materiais utilizados na edificação deve-se levar em conta essas condicionantes analisadas.
6.3 Legislação De acordo com o PDL de TaguatingaPlano Diretor local de Taguatinga e a Lei complementar nº 90, de 11 de março de 1998, deve-se levar em conta os seguintes aspectos para a construção da edificação: Taxa de Permeabilidade: Segundo o PDL de Taguatinga, a taxa de permeabilidade do solo é estabelecida proporcionalmente à área do lote. O espaço conta com uma área acima de 2000 m², com isso a taxa será de 30% de todo o terreno.
Quantidade de vagas para estacionamento: O número total das vagas será calculado de acordo com a quantidade de metros construídos. A cada 45m² equivale a uma vaga.
Dados Técnicos terreno: Área: 28.456,05 m² Perímetro: 762,53 m
Gabarito de altura: De acordo com o arquivo de Uso de normas de edificação e gabarito, é permitida uma altura máxima de 9,50 metros. Elementos como a casa de máquinas ou a caixa d’água poderão ultrapassar a altura máxima permitida. Uso do solo: O lote é classificado como L3, tendo restrição somente para uso residencial. Para se ter acesso de veículos ao lote é necessário que a entrada esteja voltada para a via de menor fluxo, evitando assim interferência nas vias de maior tráfego. Afastamento: Conforme o PDL, o afastamento é dado a partir de uma fórmula que define a quantidade mínima que deve se ter a partir da área total da edificação estabelecida. Como o conjunto da área construída é de 5652,50m² (dado obtido a partir da criação do programa de necessidades), utiliza-se essa informação para lançar na fórmula e obter como valor mínimo de afastamento 3 metros de distância do meio fio. O afastamento das divisas voltadas para lotes vizinhos deve ser de no mínimo 1.5 metros, que corresponde ao que é estabelecido pelo Código Civil.
70
7.4 Levantamento Fotográfico
Mapa 02- Mapa chave Fonte: Autoria própria
4
7.5 Mapa Relação Área Edificada e Espaços Vazios
Mapa 03 - Relação área edificada e espaços vazios Fonte: Autoria própria
Percebe-se que a área possui uma massa concentrada de espaços mais densos do lado direito do terreno, onde se tem a parte mais verticalizada desse perímetro de estudo. Já do lado esquerdo há espaços menos aproveitados e de pouco uso noturno, já que se nota um menor adensamento, porém com uma escala maior de edificação.
4
N
7.6 Mapa Estudo Bioclimático O terreno possui características de topografia pouco acidentado que não influenciará muito na tomada de decisões no projeto, contendo quatro curvas de nível com caimento de um metro entre elas. O Distrito Federal situa-se geograficamente em uma zona de alta incidência de raios solares, porém a decisão de como será implantada a edificação no lote e a forma que serão tratadas as fachadas de maneira a ser amenizada a exposição das pessoas a esses raios no período da tarde terá que ser analisada com muito cuidado devido à posição e trajetória do sol. Os ventos predominantes vêm do leste. Assim, por ser uma área bem aberta deve-se tomar o cuidado com a penetração dos raios solares no ambiente da edificação proposta. As vias de acesso estão bem próximas da área destinada à escola, o que a tornará sujeita a níveis de poluição sonora que poderão interferir no bom andamento das atividades, passando, assim, a ser interessante construir o edifício escolar o mais afastado possível da rua, a fim de reduzir tal interferência.
7.6.1 Diretrizes Projetuais
Oeste
ar a Sol N i r ó t Traje
Leste
ntes mina N o d e s pr Vento
Pist ão s ul
B EPN
Com a análise bioclimática realizada, o edifício será implantado de forma que a circulação dos ventos seja favorecida tornando o ambiente interno agradável e a insolação seja amenizada por soluções arquitetônicas nas fachadas com elementos como os brises ou de avanços na laje de forma que ainda entre a luz natural necessária para obter a claridade e permita a valorização dos cenários visuais em todo o terreno. A edificação deve se levar nte no local.
so aces N e d Vias
a grafi Topo N
Mapa 04 - Estudo bioclimático Fonte: Autoria própria
7.7 Mapa Ruídos
Mapa 05 - Ruídos Fonte: Autoria própria
N
7.7.1 Diretrizes Projetuais
Intensidade alta Intensidade moderada Intensidade baixa Vias Vegetação Terreno
4
De forma a amenizar a poluição sonora no terreno, a edificação será recuada, ou seja, sua construção acontecerá mais no centro do terreno e afastada das vias que rondam a área. Além disso, um projeto paisagístico será necessário pois além desse afastamento, o uso de vegetação irá ajudar a reduzir os ruídos externos.
7.8 Mapa Uso e Ocupação Solo
Mapa 06 - Uso e Ocupação Solo Fonte: Autoria própria
Parque Boca da Mata Residencial Industrial Edificação pública Comercial Hospital Uso misto Insitucional Vias Vegetação Terreno
N
7.9 Mapa Gabarito de Altura
Mapa 07 - Gabarito de altura Fonte: Autoria própria
N
7.9.1 Diretrizes Projetuais
01 pavimento (3,75 metros) 02 pavimentos (7,5 metros) 03 pavimentos (11,25 metros) 11 pavimentos (41,25 metros) Vias Vegetação Terreno
4
A altura da instituição não ultrapassará o limite das edificações ao redor, mantendo uma altura de 6 metros, no máximo, de pé direito. O edifício será facilmente notado, sem contrastar com o contexto ao qual ele está inserido, porém irá ser realçado das demais construções em alguns aspectos, como por exemplo, a volumetria com formas geométricas.
7.10 Mapa Elementos sistema viário / Hierarquia
Mapa 08 - Elementos sistema viário/ Hierarquia Fonte: Autoria própria
A divisão das quadras, o traçado das ruas e a organização dos espaços não seguem um padrão lógico, principalmente na região que compreende a parte próxima do terreno. Existem vias de diversas características, lotes de várias formas e tamanhos, grande quantidade de indústrias e comércio. A via principal, Pistão Sul, conecta as diferentes áreas, tornando-se bastante movimentada e, como consequência, alavancou o comércio local em suas margens. Além disso, o terreno possui calçadas com espaços mínimos ou até mesmo inexistentes dificultando a circulação de pessoas. No mapa de vias acima é possível ver a via principal em laranja que faz a conexão entre as regiões próximas à área de estudo. As vias em rosa são as secundárias e dão acesso ao terreno em questão. As de cor azul são vias locais.
N
7.9.1 Diretrizes Projetuais
Via Principal Via Secundária Via Local Parque Boca da Mata Vias Vegetação Terreno
7.10 Mapa Transporte Público
Mapa 09 - Transporte público Fonte: Autoria própria
N
7.10.1 DIRETRIZES PROJETUAIS
Pontos de ônibus Parque Boca da Mata Vias Vegetação Terreno
4
A fim de se evitar interferências no fluxo de veículos na área industrial e comercial ao redor do terreno, é necessária a implantação de um estacionamento que liga tanto a via secundária, em amarelo, quanto a via local , em cinza, sem prejudicar o acesso a instituição. Em relação à acessibilidade, a idéia é incentivar a circulação dos pedestres nessa região, ter maior segurança e estimular o deslocamento de veículos não motorizados. Conforme as análises acima, a proposta para a melhoria da circulação é um fator primordial para integrar a edificação com a comunidade local.
7.11 Caracterização Público Alvo
O projeto tem como finalidade proporcionar não apenas uma nova área institucional, mas também trazer para a população das regiões circunvizinhas, áreas de lazer para convivência familiar dentro e fora da escola. Além disso, há relação com a questão ambiental e de conforto térmico com a criação de espaços verdes, ciclovias e calçadas para uma melhor infraestrutura do local, respeitando o caminho natural de deslocamento dentro da área, mas com a preocupação de comportar o fluxo previsto para o sítio, protegendo as vias locais do movimento intenso e criando subáreas com diferentes ocupações. A seleção dos tipos de materiais utilizados na edificação deve-se levar em conta essas condicionantes analisadas.
25
Projeto Arquitetônico 25
8 Proposta Projeto 8.1
Conceito
A ideia do projeto é a de possuir uma identidade própria que o diferencie das propostas das edificações que constituem a comunidade local. Além disso, sua estrutura foi idealizada de modo a deixar fluir o trânsito local de pedestres proporcionando espaços amplos de transição até a chegada na instituição, bem como no seu entorno. Os espaços em destaque foram pensados com o intuito de se constituirem pontos de convivência e de lazer de modo a proporcionar a integração entre as pessoas que vivem na comunidade local com a presente proposta de projeto arquitetônico. A premissa é baseada em uma linguagem moderna de arquitetura que atenda às necessidades do desenvolvimento infantil de crianças da pré-escola ao 5 º ano do Ensino Fundamental de modo funcional e confortável. Além disto, uma edificação que seja instrumento de aprendizado. Sendo assim, a instituição projetada visa que seus visitantes transitem pela estrutura deparando-se com: elementos lúdicos; espaços integrados; a estimulação dos sentidos humanos. Teremos isso materializados nas diferentes cores e formas, na permeabilidade visual dos espaços, nas pequenas aberturas das treliças e nos micro espaços criados para a diversão, convivência e estimulação da criatividade e da curiosidade infantil. Isso dentro e fora da estrutura da sala de aula. Para tanto, o projeto será composto por unidades caracterizadas por formatos de blocos circulares que acolherão os ambientes internos da instituição educativa e também por limites externos dos espaços cobertos constituídos pelas treliças citadas anteriormente.
Imagem 04 - Processo criativo Fonte: Autoria própria
Imagem 05 - Processo criativo Fonte: Autoria própria
O projeto foi idealizado a partir de três eixos que partem de um ponto central. O primeiro eixo direcionado para o lado norte segue a vinte e oito metros até o centro do bloco administrativo e de serviços gerais. O segundo eixo direcionado a 25 metros a sudeste localizará o centro do primeiro bloco pedagógico constituído por salas de aula. Já o terceiro eixo, também a 25 metros, neste caso a sudoeste, localizará o centro do terceiro bloco pedagógico. Possibilitaremos deste modo, que os diferentes blocos sejam vistos livremente a partir do centro de cada edificação. O centro de onde partem todos os eixos será um pátio interno coberto que viabilizará a visão tanto dos blocos quanto dos lados externos aos blocos principais. A escolha dos eixos nos traduz simplicidade tornando a organização harmoniosa e unificada, favorecendo a percepção dos espaços e do entorno natural característica da permeabilidade visual. Um projeto paisagístico será implantado na área externa atendendo as necessidades dos estudantes, estimulando o desenvolvimento dos cinco sentidos humanos: olfato, tato, visão, audição e paladar. Ainda sobre os espaços servirem como pontos de referência e localização dos estudantes optamos por elevar os blocos pedagógicos de modo que haja um declive feito por escadas que terão dupla função, tanto dar acesso as demais áreas da escola como servir de banco ou arquibancadas e pontos de convivência e de visuais a partir do terreno. Além disso, erguendo esse local permite-se que a escola fique situada em um nível, sendo acessada por meio de rampas e escadas.
Imagem 06 - Processo criativo Fonte: Autoria própria
N
8.2
Partido Arquitetônico
O processo de projetação incluiu a harmonia entre as três grandes áreas da instituição, sendo elas: os blocos cobertos, as áreas de convivência e as áreas externas a escola que servem de transição e convivência da comunidade local. A harmonia em destaque encontra-se na composição das janelas, nos espaços de entrada de luz, nos trajetos que proporcionam a circulação das pessoas entre objetos de cores, tamanhos e texturas diferenciadas. Nas áreas externas contamos com a construção de praças, espaços verdes e de lazer possuidores ora de mobiliários e ora de brinquedos diferentes e versáteis. A praça terá formato linear com mesas para piqueniques, vegetação, mesas de ping e pong, parques infantis de areia e de grama. O acesso aos estacionamentos será livre e que possivelmente poderão abrigar eventos, como por exemplo os de food trucks. Tudo isso circundará os muros da escola. Na área interna mantém-se a ideia da estimulação de convivência por meio dos pontos de encontro infantis. Teremos então a quadra poliesportiva, parque de areia, mini floresta (composta de horta e arborização) e mini quadra de basquete. A localização de cada um desses espaços teve sua orientação a partir do ponto central da área coberta citado no item anterior deste trabalho e se dará da seguinte forma: A quadra poliesportiva estará situada a oeste; O parque de areia estará a leste; A mini floresta estará a sudeste; A mini quadra de basquete estará ao sul. Cada uma das localizações dos espaços citados foram pensados de forma a se tornarem pontos de referência para a localização dos sujeitos que circundarão dentro da instituição.
no Terre N Imagem 03- Processo criativo Fonte: Autoria própria
Na área interna coberta estarão localizados os três blocos. Todos terão o formato circular. Estarão conectados em uma distribuição triangular do espaço sendo que cada bloco terá o seu centro situado em um dos vértices do triangulo. Este triângulo imaginário nasce dos três eixos em que foi idealizado o presente projeto. Cada bloco terá suas janelas com molduras coloridas que segue um padrão de largura e profundidade iguais, mas de tamanhos e disposição variados. A ideia é a de que as janelas possam permitir aos estudantes a visualização do lado externo, bem como garantir ao interior dos blocos iluminação natural. Nos blocos serão disponibilizados mobiliários da altura da criança que deem acesso fácil aos diferentes materiais disponibilizados para o desenvolvimento do trabalho pedagógico. Em cada sala de aula foram idealizados duas saídas de dentro do mesmo ambiente que estarão localizadas em lados opostos possibilitando o contato livre entre as áreas cobertas e descobertas. Os sentidos do ser humano, como o olfato, tato, visão, paladar e audição, irão ser despertados pelo projeto paisagístico no local. O olfato é detectado pelo odor que os tipos de plantas emitem, pela fase e época de cada uma delas nos períodos do ano. O tato é demonstrado pela textura das várias vegetações existentes no local, pela impressão do material utilizado para compor o edifício e os mobiliários. A visão é a mais favorecida, entre os outros sentidos, pois é para ser agradável os cenários visuais criados na percepção do ser humano adulto e infantil, trazendo transmissão de sentimentos e de conhecimento através da própria arquitetura proposta. O paladar pode ser apreciado pelos temperos e plantas colhidas na horta para o preparo dos alimentos. Já a audição serve apenas para auxiliar na percepção dos sonos recordando de que ainda se encontra na instituição.
7.3 Programa Necessidades
UNIDADE FUNCIONAL
ESPAÇO
Almoxarifado
ATIVIDADES Atendimento ao público e alunos. Atividades administrativas. Atendimento ao público e alunos. Atendimento ao público. Atividades administrativas. Permanência dos professores no intervalo. Guardar documentos da escola.
Hall de entrada
Atendimento ao público
Diretoria Coordenação
Secretaria / Financeiro
Sala dos professores
ADMINISTRATIVO
Sala de Reuniões
Copiadora
Arquivo Morto Sanitário Sanitário deficiente Copa Banheiro (Sala funcionário)
Para reuniões com professores ou funcionários da escola. Reprodução de trabalhos e documentos. Material de expediente e arquivamento de documentos.
EQUIPAMENTOS
Mesas, cadeiras, armár equipamentos de informática. Mesas, cadeiras, armár equipamentos de informática. Mesas, cadeiras, armár equipamentos de informática.
Mesa grande, cadeiras, sofá e armários.
Armários. Mesa, cadeira,armários equipamentos de informática.
Mesa de reuniões, cadeiras, sofá, pequena cópia e sanitário. Mesa, cadeira, equipamento para cóp balcão.
Estantes, armarios, me cadeira. Lavatório e 4 conjuntos vaso Lavatório e vaso sanitá Local para consumir as Bancada, pia, armários refeições cadeiras. Bancada, pia, vaso sani Espaço com chuveiro e ducha.
Sala Pedagogo
Local de descanso para funcionários. Local para manter material didático guardado. Serviço de orientação pedagógica.
Pátio Coberto
Circulação de pessoas. Assentos
Sala Estar Funcionários
Depósito material didático
Armários e sofá
Armários e prateleiras Mesa, cadeiras, armári prateleiras.
USUÁRIOS
QUANTIDADE
ÁREA (m²)
ÁREA TOTAL (m²)
rios,
Diretor da escola, alunos e rios, visitantes. Coordenador da escola, alunos e visitantes rios, Secratário da escola, alunos, visitantes e funcionários da escola
,
1
21,5
21,5
1
21,5
21,5
1
15,5
15,5
Professores e funcionários da escola
1
36,6
36,6
Funcionários da escola
1
15
15
Todos
1
50
50
Professores, funcionários da escola e convidados para a reunião
1
27,5
27,5
Funcionários da escola, professores
1
12,5
12,5
Funcionários da escola
1
16,7
16,7
Todos Todos
2 1
16,5 4,5
33 4,5
Professores
1
9
9
Funcionários Escola
2
3,6
7,2
Funcionários da escola
1
153,8
153,8
Professores e funcionários da escola
1
15,8
15,8
Professor
1
7,5
7,5
Todos
1
473,75
473,75
se
a
pia,
esa e
s de
ário se
itário
ios e
Sub. Total 25% (circulação e pa TOTAL
76,75 76,75
7.3 Programa Necessidades
UNIDADE FUNCIONAL
ESPAÇO Sala de aula
ATIVIDADES Sala de atividades
Sanitário Sanitário Deficiente Laboratório Informática Sala de atividades PEDAGÓGICO
Laboratório Ciências
Sala de atividades
Sala Artes
Sala de atividades
Biblioteca
Exposição e leitura.
Cozinha
Preparo de alimentos pela própria criança
EQUIPAMENTOS Armários na altura da criança, mesas, cadeiras Conjuntos sanitários e lavatório Conjuntos sanitários e lavatório Mesas, cadeiras, materias de informática, computador Bancadas, cadeiras, estantes Cadeiras, telas de pintura, armários, prateleiras, bancada e pia. Estantes, mesas, cadeiras poltronas e almofadas Armários, prateleiras, geladeira, pia, fogão, coifa
USUÁRIOS Alunos e professores Alunos, funcionários e visitantes Alunos, funcionários e visitantes
QUANTIDADE
ÁREA (m²)
ÁREA TOTAL (m²)
6
60
360
2
16
32
11
6,15
6,15
Alunos e professores
1
75
75
Alunos e professores
1
55
55
Alunos e professores
1
55
55
Alunos e professores
1
135
135
Alunos, professores e funcionários
1
21,5
21,5 739,65 184,91 924,56
Sub. Total 25% (circulação e paredes ) TOTAL
7.3 Programa Necessidades
UNIDADE FUNCIONAL
ESPAÇO
ATIVIDADES Ambiente para 190 pessoas. Desetinado a lanches e refeições
EQUIPAMENTOS Sala de projeção, cadeiras, palco.
Espaço para atividades externas coberto.
Bancos, bebedores, palco.
Pátio descoberto Depósito material esportivo
Espaço para atividades externas Guardar materiais para atividades esportivas
Bancos, bebedores, possibilidade de palco Armários e prateleiras
Todos
Escada Emergência
Saída de emergência
Escada
Todos
Auditório Refeitório Coletivo Playground
VIVÊNCIA
UNIDADE FUNCIONAL
SERVIÇOS GERAIS
Pátio Coberto Horta Mini floresta
ESPAÇO Depósito material limpeza
Mesas, cadeiras.
USUÁRIOS
QUANTIDADE
Todos Todos Alunos Todos Alunos e Professores Todos
Professores
Funcionários da escola
1
Depósito lixo
ATIVIDADES EQUIPAMENTOS Armazenar material de limpeza Armários e prateleiras Depósito de lixo até o recolhimento
Funcionários da escola
1
Lanchonete
Fogão, geladeira, pia, Preparo alimentação armários.
Funcionários da escola
1
40 vagas
Funcionários da escola
1
60 vagas Reservatório para 35.000 Litros
Visitantes
1
Funcionários da escola
1
Local para estacionar carros, motos de funcionários da Estacionamento privado escola Local para estacionar carros, motos de Estacionamento público visitantes Armazenamento de água Reservatório
USUÁRIOS
QUANTIDADE
ÁREA (m²)
ÁREA TOTAL (m²)
1
300
300
1 1
90 70
90 70
1 1 1
545 30 200
545 30 200
1
180
1
1
Estudo das Áreas ADMINISTRATIVO
=
1151,68 m²
SERVIÇOS GERAIS
=
924,56 m²
180
PEDAGÓGICO
=
1867,37 m²
16
16
VIVÊNCIA
=
1621,25 m²
62,9
62,9 1493,9 373,47 1867,37
Sub. Total 25% (circulação e paredes ) TOTAL
ÁREA (m²)
ÁREA TOTAL: 5564,86 m²
ÁREA TOTAL (m²)
1
17
17
1
15
15
1
30
30
Gráfico de Áreas: Serviços Gerais Vivência Administra�vo Pedagógico
1
480
1
1 Sub. Total 25% (circulação e paredes ) TOTAL
480
720
720
35
35 1297 324,25 1621,25
7%
43%
30%
20%
Vivência Administrativo Serviços Gerais Pedagógico Possíveis rotas dentro da edificação
8.4 Organofluxograma
Entrad
a Prin cipal
Planta Layout Fonte: Autoria própria
6. Pré-dimensionamento Estrutural
A estrutura da edificação é composta por pilares de aço,treliça e laje protendida moldada in loco. A escolha se deu devido ao formato orgânico da edificação com o intuito de vencer os grandes vãos existentes no local, gerar menos resíduos e ser uma estrutura mais leve. A partir disso, foi necessário formar a grade e eixos da infraestrutura. De acordo com o livro Yopanan C.P. Rebello, em seu livro “A Concepção Estrutural e a Arquitetura”, página 107 e 114, foi possível estabelecer as dimensões do tipo do pilar e da altura das treliças. Foi empregado para o projeto, pilares metálicos em perfil H, com dimensões de 150 x 250mm. A laje é protendida, com vigas invertidas para a sustentação da cobertura de treliça com vidros, permitindo assim entrada de luz natural e um espaço coberto dentro do edifício. As vedações dos espaços são feitas pelo steel frame, possuindo os seguintes componentes: A estrutura que é composta pelos perfis de aço galvanizado; Placa Osb que é um painel constituído por tiras de madeira prensadas; A membrana, que é uma estrutura externa onde é embalada de modo que não entre umidade, pois permite a transpiração da edificação. Dessa forma, os problemas com o mofo e infiltrações são amenizados. E por fim, para se ter o acabamento final é colocado placas de gesso resistentes ao fogo.
41
Figura 46- Tabela de pré-dimensionamento de pilares. Fonte: Rebello, Yopanan C.P. A Conceopção Estrutural e a Arquitetura. Pág. 150
Figura 46- Tabela de pré-dimensionamento de pilares. Fonte: Rebello, Yopanan C.P. A Conceopção Estrutural e a Arquitetura. Pág. 150
1
2
4
5
3
Legenda: 1 Viga invertida de concreto protendido
Detalhe 01: Vista Superior.08Sapata
Chumbador (bengala)
.10
.25
3 Pilar de aço (Verificar detalhe 01)
Sapata
.10
2 Laje de concreto protendido moldado in loco
Fundação
4 Treliça espacial .25
5 Viga de concreto protendido
Corte para detalhe do encaixe da fundação
42
6.1 Planta estrutural
Encontro de quinas Dupla: dois perfis “C”
Encontro em T
53
N
As janelas que compõe a edificação são constituídas basicamente por um caixote de aço soldado nas laterais e encaixados na própria estrutura com vidros pivotantes.
54
33
7.6
Implantação
Parque linear
Horta e Mini floresta
Mini quadra de basquete
Edificação
Estacionamento para funcionários privado
Estacionamento público
34
A E
C
ES
CE DES
DES
CE
0.00
0 m² A: 21.5
ERTA DESCOB ÁREA
D
C ES
E
D
D
ES C
E
B
SC
E DESC
SOBE
DES
CE
E
SC E DE
D
ES C
E
E
C
ES
D
B DE
SC
E
DESCE
A
DESCE
Planta Layout Fonte: Autoria própria
Vista sala de artes Fonte: Autoria própria
Vista Biblioteca Fonte: Autoria própria
DE
DESCE
8.4 Planta Layout A escolha dos materias utilizados na instituição visou seguir parâmetros definidos que atendam as questões do meio ambiente e também as exigências propostas na pedagogia de Maria Montessori. Visando o meio ambiente: Materiais de qualidade, com baixa emissão de CO2, método que proporcione menos resíduos, o material e a obra fiquem próximos, uso consciente para não haver desperdícios, qualidade tpermica para proporcionar o conforto de quem está na escola, materiais com certificação de origem da comercialização. Para as exigências pedagógicas: Textura do material tem que ser agradável e resistente ao toque, fácil entedimento construtivo para as crianças entenderem como a escola foi construída a partir da observação, deve incitar a curiosidade das crianças através de formas, cores e textura A partir desses parâmetros, os materiais a serem utilizados foram: Estrutura: pilar de aço, treliça e laje protendida moldada in loco.
Teto: Teto com preparação com massa corrida e pintura com tinta acrílica cor branco. A cobertura do pátio interno central possui uma estrutura metálica com fechamentos de vidro. O vidro utilizado foi o LOW-E ( É um tipo de vidro que recebe uma camada extrafina de metal de baixa emessividade em um de seus lados. Este vidro reflete o calor de volta para a fonte. Deixa passar a luz natural, mas barra as radiações UV e UF, fazendo isso, o vidro low-e reduz a perca de calor através entre os ambientes. Parede: Vedações com Steeç Frame. Piso geral: Tintura epóxi. Ela é um tipo de tinta de aplicação simples e prática, seu tempo de cura é muito rápido e sua utilização no piso proporciona alta resistência suportando um tráfico intenso e variações de temperatura. Além disso, ela é impermeável e tem um acabamento liso com facilidade de limpeza e manutenção na superfície. Sistema Hidráulico: Todos os canos hidráulicos irão passar entre as vedações de steel frame, pelos perfis guias, facilitanto assim as manutenções. Sistema elétrico: Foi escolhido um sistema elétrico aparente, com conduítes de metal. Piso externo: Blocos de concretos permeáveis e encaixados um nos outros.
Vista Laboratório de Ciências Fonte: Autoria própria
Vista Lanchonete Fonte: Autoria própria
Planta Cobertura
Calha águas pluviais conforme caimento do terreno
A
B B
Telhas termoacústicas sanduíche (Todas as inclinações com 5%)
A
Caixa d’água
N
37
0m
100m
300m
400m
38
Topografia
Mapa topográfico antes da movimentação de terra
Legenda:
Linhas topografia
35
N
Terreno
Mapa topográfico movimentação de terra
N
Legenda:
Movimentação de terra Linhas topografia
Mapa topográfico após movimentação de terra
N
Legenda:
Terreno Linhas topografia
0m
100m
300m
400m
36
25
7.10 Cortes
Circulação 0.00
Corre
Corre
Corre
Corre
Hall de entrada
Pátio Central Coberto
0.00
0.00
Corredor acesso área de serviços gerais 0.00
Banheiro Masculino 0.00
Pátio Central Coberto 0.00
WC. Masculino 0.00
WC. Deficiente 0.00
Pátio Coberto 0.00
Sala de aula
Sala de aula
0.00
0.00
Circulação 0.00
Circulação 0.00
01
02
03
04
05 06
Figura 37- Corte BB Fonte: Autoria própria
PPV1 PPM1
Pátio Coberto
JAP1
05
04
03
02
0.00
Corredor lateral (circulação) 0.00
Pátio Coberto
Pátio Coberto 0.00
Corre
Corre
0.00
01
06
B
Figura 37- Corte AA Fonte: Autoria própria
A A
B
26
7.10 Fachadas
Figura 37- Fachada Oeste Fonte: Autoria própria
Figura 37- Fachada Leste Fonte: Autoria própria
Figura 37- Fachada Sul Fonte: Autoria própria
25
te
a Oes
ste
Le
Facha d
da
ha
c Fa
ul
Fa
aS ad h c
26
31
32
55
56
59
60
Brasília, 913 sul
57
58