Revista Zerotreze

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ED. 02 | JUN • JUL •AGO 14|VENDA PROIBIDA

CHARLES DO BRONX

ÚNICO REPRESENTANTE DA BAIXADA NO UFC

ANDRESSA SABOYA GUERREIRA DA CANOA HAVAIANA

Bianca Viegas

a zerotreze girl mostra o lado bom de morar sozinha

GARAGE FUZZ

20 ANOS DE HARDCORE

KELVIN HOEFLER

TRICAMPEÃO MUNDIAL DE SKATE 1


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EDITORIAL

Revista Zerotreze veio para mostrar o que a gente tem de melhor na Baixada Santista. Como explicado no primeiro editorial, não queremos falar de pessoas famosas pelo mundo, nem de coisas inatingíveis pra quem mora aqui. Queremos mostrar o que tem de mais manero aqui mesmo, incluindo gente nossa que faz muito sucesso. A segunda edição está recheada de gente de peso! Conseguimos uma entrevista exclusiva com o lutador de MMA Charles do Bronx, único representante da Baixada no UFC. Sua trajetória de vida, seu jeito de ser e seu projeto social são exemplo de humildade e perseverança. Mostra o quanto vale a pena seguir o bom caminho. A matéria é praticamente sua biografia. Outro grande talento de Itapema City que conversou com a gente foi Kelvin Hoefler, tricampeão mundial de Skate. A remadora de Canoa Havaiana Andressa Saboya também deu o ar da graça. A gata está pronta pra qualquer desafio e mais uma vez vai disputar o mundial. O Zerotreze pelo Mundo desta edição traz o skatista invasor de piscinas na Califórnia, Fábio Boka. Pura adrenalina! Pra quem gosta de pedalar e cansou do modo convencional, vai conhecer um grupo que pedala Pinhão Fixo por aqui. A vez do Graffiti é agora! Conversamos com três referências do assunto em Santos pra entender como a arte saiu da marginalidade das ruas e conseguiu status para entrar nas galerias de arte e projetos diversos como de publicidade, arquitetura e decoração. A Zerotreze Girl da vez é a bela Bianca Viegas. Música boa? É claro que a Baixada tem. Conheça o Rap de conteúdo e gingado do C.R.I.A.S. da Baixada, o Hardcore dos Jerseys e o perfil de dois DJs que quebram tudo por aí. No Hip Hop, Jogado e no House, Cla Pessoa. Além da comemoração dos 20 anos do lançamento de uma das mais conceituadas bandas do underground, o Garage Fuzz. Tudo isso é coisa nossa! Temos orgulho de ser Zerotreze. Noix por Noix!

Evelyn Cheida - Editora

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Expediente

Publicidade: 13-98111.9554 Diretor Executivo e Comercial Fábio Savarid

Jornalista responsável Evelyn Cheida MTB 31.471

Fotografia Tom Leal


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ÍNDICE

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e d a t u l Vida e LES CHAR NX O R B O D do UFC

PERFIL

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TEXTO EVELYN CHEIDA. FOTOS TOM LEAL.

harles Oliveira, o Charles do Bronx, tem uma história de vida incrível. Nascido e criado em uma comunidade no Guarujá, é um exemplo de fé, humildade e simplicidade. O menino que fugia da escola pra treinar Jiu Jitsu chegou ao UFC por puro merecimento e é o único representante da Baixada Santista. Lutador ágil e sagaz, hoje mantém um projeto social que atende quase 100 crianças carentes. Esse nasceu pra brilhar. A Zerotreze teve a honra de saber mais sobre essa trajetória fascinante da favela ao topo mundial dos sonhos de qualquer lutador. Essa matéria é praticamente sua biografia. inFÂnCia Caiçara, nascido e criado no bairro do Pae-Cará em Vicente de Carvalho, ao lado da comunidade do Chaparral. Difícil imaginar, mas na verdade Charles Oliveira é um menino caipira. Sim, o que ele mais ama nessa vida são cavalos e pescaria. Passa quase todo tempo de folga junto aos bichos que tanto ama, na cocheira que fica dentro da favela. As dezenas de viagens feitas ao exte-

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rior e as glamurosas lutas do UFC não mudaram em nada sua essência. “Sou da favela e sempre serei”, garante o lutador de 24 anos. Quem não é do Guarujá pode não entender o porquê do Bronx em seu nome. É o apelido de Vicente de Carvalho. “Sou do Bronx porque sou da favela, da periferia. Minha vida é a favela. Fui criado a duas quadras da comunidade, meus melhores amigos são de lá, crio cavalos na favela, minha vida toda é voltada pra isso. Ontem estava andando a cavalo com meus amigos e um cara chegou gritando, mandando a gente parar. Achei que era alguma confusão, mas o cara queria tirar uma foto comigo. E estávamos justamente comentando aonde eu consegui chegar sem sair da favela”, conta Charles com orgulho. Filhos de pais batalhadores, eles sempre tiveram a preocupação de fazer os filhos praticarem esporte, a salvação contra a vulnerabilidade social de onde vivem. Charles fez natação (pago pelo patrão de sua mãe, que disse que o que seu filho fizesse, os filhos da Dona Ozana também fariam), capoeira, karatê, judô,


Charles do Bronx tem uma trajet贸ria que impressiona. da favela ao topo das artes marciais

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treinando pesado em sua academia no itapema: Centro de treinamento Charles Oliveira

mas sonhava ser jogador de futebol. Ao lado de um amigo, ainda criança começou a lavar caminhões para ganhar dinheiro. Este amigo o chamou para treinar Jiu Jitsu, mas ele pensava que sua mãe, que sempre foi muito rígida na educação dele, não deixaria. O COMEÇO nO JiU JitSU Por incrível que pareça, sua primeira impressão do esporte não foi boa. “Eu olhei aqueles caras lutando no chão e falei pro meu irmão que não queria ficar me agarrando com ele daquele jeito. Fora que na primeira aula tomei o maior coro de uma menina. Jurei que não voltaria nunca mais”, diverte-se. Mas não desistiu. Graças a uma bolsa, começou a treinar no mesmo lugar que treina até hoje, a Academia do Bronx.

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Mas por um tempo não quis treinar no mesmo horário da menina. Treinava com os adultos e preferia apanhar deles. Passou a treinar três vezes por dia de tanto que gostou da arte marcial. uns dois meses depois, já tinha até ganhado campeonato e agora se sentia pronto pra enfrentá-la novamente. Ganhar dela finalmente foi um alívio. Pode-se dizer que aquela garota que bateu nele foi um belo incentivo a sua carreira. Imaginem que hoje ela deve ver ele na TV e dizer: Eu já dei um pau no Charles do Bronx! Muitas risadas na entrevista. Ele começou a treinar tanto que os amigos pararam de vê-lo na rua, até pensavam que ele estava viajando. Quando soube do campeonato paulista, garantiu ao irmão Hermison que ia participar e vencer. O irmão achou absurdo,


pois tinham acabado de começar a treinar. Os dois venceram. Charles começou a vender papelão com um amigo para conseguir dinheiro para ir aos campeonatos. SURGE UM FEnÔMEnO Passou a ir a todas as competições, que eram divertidas, mas não tinham premiação em dinheiro. Charles fazia de tudo para continuar na luta. Vencia tanto, que aos 13 anos já tinha gente que quando ouvia o nome dele, desistia de lutar. Nascia uma estrela. Magrinho, lutava também na categoria absoluto com meninos bem maiores e pesados. Nada o intimidava. Charles pesando 60 kg, lutou no mundial com um cara de 128 kg. Ganhou o mundial, o panamericano, o brasileiro, o sulamericano e diversos paulistas. Ganhou dois títulos mundiais que lutou aqui no Brasil e ficou em segundo lugar logo na primeira vez que competiu. Foi então que a academia do Bronx começou a também ter aulas de MMA. E duas vezes por semana, Charles começou a treinar na academia do famoso Macaco, em São Paulo. Aos 17 anos, passou a treinar com os melhores lutadores da época. Foi quando as fugas da escola começaram, para treinar com os feras em São Paulo, agora além de Jiu Jitsu, MMA. a COnQUiSta dO MMa Teve um campeonato amador de MMA no Rio de Janeiro e o Macaco queria que todos participassem. Charles, totalmente novato na modalidade se jogou, como de costume. Dona Ozana não apoiou

a ideia, tinha medo de ver o filho machucado. Foi a primeira vez que se viu obrigado a mentir pra mãe. Mas na volta, esqueceu a mochila aberta com os equipamentos de MMA. Ela ficou possessa, brigou até com o professor do Charles, Ericson Cardoso. Pois sabendo apenas Jiu Jitsu, Charles ganhou as lutas. Pegou gosto pela coisa e decidiu que era isso que queria. Surgiu o GP do Predador, que diziam que quem ganhasse iria para o UFC. Quem ia lutar era o Flávio Álvaro e o card estava repleto de grandes nomes como Viscardi, hoje no uFC, Jackson Pontes e Diego Braga, todos com muitas vitórias. Mas faltando 15 dias para a luta, Flávio se machucou. Foi quando Macaco convidou Charles para lutar. Ele aceitou de brincadeira, sem levar a sério que lutaria pela primeira vez como profissional de MMA em um GP de 77 kg, sendo que ele pesava menos que 70 kg. “Quando cheguei em casa, meu professor me ligou. Me perguntou, Charles, você está ciente do que topou?”, lembra. “Não sabia nem dar um soco na época, nunca fiz Boxe. Era realmente uma loucura, mas eu tinha acabado de completar 18 anos e resolvi encarar. Pensava que não podia apanhar lá, porque senão apanharia em dobro da minha mãe em casa”, recorda. Mas como tudo na vida de Charles, deu certo. “Comecei a treinar numa academia lá em São Vicente que tinha um octógono, lá me ensinaram como dar jab e direto”, revela. Todos diziam que o campeão desse GP seria o Jackson Pontes. “Cheguei a pensar, onde eu me meti

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muito inocente”, reflete. No dia seguinte, viu os oponentes chegarem com seus pesos verdadeiros, de 83 a 89 kg e ele do mesmo jeito. “Pensei que ia morrer”, entrega. Finalizou o Jackson logo no primeiro round. Depois lutou com Viscardi, que era bem maior e venceu o primeiro round. Mesmo sem saber socar direito, nocauteou com um direto no segundo round. Na terceira luta venceu Diego Braga, também por nocaute. Foi a primeira vez que Charles ganhou dinheiro pela vitória. Na volta pra casa, o rádio do treinador tocou. Era o convite para mais um GP dali a 15 dias. Os R$ 5 mil foram a festa. “Achei que minha mãe ia ficar feliz, fiz uma grande compra no mercado pra casa. Mas ela ficou seis meses sem falar comigo e com meu pai. Ela realmente tinha medo do MMA”, revela. Ele gastou tudo em um dia. Comprou kimono, equipamentos, levou um monte de amigos pra comer lanche, ajudou “nessa próxima luta eu vou para matar ou morrer”

meu Deus, vou ter que lutar três vezes só com caras de nome e maiores do que eu. Seja o que Deus quiser”, conta. Mas Deus parece mesmo estar ao lado de Charles. Ele venceu as três lutas. Os nomes foram sorteados e ele só rezava para não pegar o Jackson. Pois foi justo ele que ele pegou para a primeira luta. Todos os caras bateram os 77 kg de sunga. Charles - que pesava só 67 kg - se pesou com roupa, dois casacos, carteira cheia dos amigos, tudo para parecer mais pesado e mesmo assim chegou a apenas 72 kg. Enquanto ele tentava ganhar peso, os caras tinham perdido só para a pesagem. “Logo depois eles começaram a comer feito loucos, e eu pensando, nossa, os caras passam fome, meu! E eu normal, no meu peso normal nem tava com fome, não entendi nada, ainda era

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em casa e já era. Mas duas semanas depois chegou o segundo GP. Ganhou as duas primeiras lutas e na terceira adivinha? Jackson Pontes de novo. Charles o nocauteou outra vez. Ganhou mais R$ 3 mil. Dessa vez deu tudo para o pai. Aí lutou mais um mundial de Jiu Jitsu, o primeiro que ganhou dinheiro. Ganhou no absoluto mais R$ 2 mil. Foi chamado pra lutar o Ring of Combat, primeiro campeonato no exterior, mas não havia nenhuma ajuda de custo. Ele já tinha 13 vitórias no Brasil. A então namorada, que hoje é sua esposa, se juntou com a mãe dele pra fazer uma rifa pra conseguir o dinheiro da passagem. Conseguiram apenas o de ida. Ele foi determinado a vencer, pois só assim teria como pagar a passagem de volta. Adivinha? Ganhou o cinturão, finalizando no primeiro round. “Fui duro e voltei duro, o prêmio que ganhei só deu pra comprar a passagem de volta mesmo”. Depois teve outro GP em Santa Catarina, que ganhou novamente. Esse evento ainda seguia as regras do Pride, o verdadeiro Vale-Tudo.


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a paixão pelo Jiu Jitsu o levava a fugir da escola para ir treinar com os feras em São paulo.

a ChEGada aO tOpO nÃO É UM MaR dE ROSaS – tRaJEtÓRia nO UFC Foi aí que surgiu o convite para entrar no uFC, o sonho de qualquer lutador. Na verdade, Charles nunca almejou isso. uma vez assistindo ao UFC em um bar com a galera, disse apenas de brincadeira “um dia vocês vão estar me vendo nessa TV”. Mas que boca santa esse menino tem! Macaco havia se mudado para os Estados Unidos e surgiu uma oportunidade de luta no uFC na categoria de 70 kg. Quando ele ligou para o Charles, mal pôde acreditar. “É lógico que eu quero!”, respondeu na lata. Isso tudo como faixa roxa de Jiu. Charles do Bronx finalizou sua primeira luta no uFC em 43 segundos. Na segunda luta enfrentou Escudero, vencedor do TUF dos EUA e finalizou o mexicano no terceiro round, pulando nas costas dele e dando um mata-leão. Venceu as três lutas do primeiro contrato. A primeira derrota foi no Canadá, por conta de

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uma lesão no joelho. É a primeira vez que ele fala sobre isso com a imprensa. “Não falei nada pra ninguém, mas já estava sentindo meu joelho no Brasil. Além disso, estava com a costela quebrada”, revela à Zerotreze. Vencida a lesão, voltou a lutar e venceu novamente em 43 segundos. No terceiro contrato, foram duas derrotas e uma vitória. Ele não tratou a lesão do joelho. Pra piorar, para perder peso teve que pedalar e foi aí que lesionou mais ainda. “O ligamento do meu joelho desceu. Entrei carregado, tanto que não há filmagem da minha entrada”, revela. Mas mesmo assim insistiu em lutar. Dessa vez errou. Foi nocauteado e levado ao hospital e quando voltou ao Brasil, ficou seis meses parado em recuperação. Fez uma grande luta contra o Frank Edgar, mas perdeu por 2 rounds a 1, sua 4ª derrota no uFC. 2013 foi o ano mais difícil da vida dele. “Estourei o ligamento da coxa e fiquei mais oito meses parado. Quando eu lutava eu perdia e quando eu voltava a lutar tinha alguma lesão,


Charles e a simplicidade em pessoa. Caicara de alma caipira, seus hobbys sao pescar e cavalgar foi realmente um ano terrível pra mim. Acho que senão tivesse a academia aqui com meu projeto social poderia até ter desistido. Mas coloquei na cabeça que 2014 seria um ano diferente”, afirma. Voltou a lutar em Santa Catarina em fevereiro e felizmente conseguiu vencer novamente. Sua próxima luta no UFC está marcada para este mês, dia 28 de junho, na Nova Zelândia. CaRtEl nO UFC Seu cartel no uFC: cinco vitórias, quatro derrotas e um no contest (uma joelhada considerada ilegal, a luta foi anulada). Ele só perdeu no uFC, nunca perdeu no Jiu Jitsu. “Essa próxima luta é importante demais pra mim, preciso vencer de qualquer maneira pra espantar de vez a má fase. Nessa eu vou pra matar ou morrer”, avisa. Só no Brasil foram 16 vitórias consecutivas. Mas quando chegou a faixa preta nessa trajetória toda? “Quando fiz a finalização da noite, que foi uma chave de panturrilha, nunca feita no MMA antes, ganhei a faixa preta”, impressiona. Hoje com 78 kg terá que chegar aos 66 kg. A dieta começa já, mas pretende ganhar esses 12 kg de volta após a pesagem, em um dia. Vida de lutador não é fácil não! pROJEtO SOCial - O hERÓi dO BROnx Abrir a academia em agosto de 2012 foi a realização de um sonho. “Só tive a oportunidade de ser quem eu sou por causa de um projeto social que me deu uma bolsa para treinar. Meu sonho era retribuir isso um dia, ajudando a molecada da comunidade. A primeira

coisa que eu fiz quando inauguramos foi abrir os horários para o projeto. O MMA é o futuro da molecada e graças a Deus hoje posso ajudar”, conta com brilho nos olhos. 94 crianças são atendidas pelo projeto, onde é exigido que todas as crianças e adolescentes estejam na escola e indo bem. “Todo mês os pais tem que vir aqui e apresentar o boletim do aluno, essa é a condição. Palavrão e briga também não são permitidos aqui. Se aprontam, passam no famoso corredor do Jiu Jitsu ou deixamos eles alguns dias afastados do treino. É a forma que encontramos de educar, sem disciplina e respeito não há sucesso”, garante Charles. “Esses meninos da comunidade que treinam aqui são meu orgulho. Criamos um vínculo muito grande com eles. Eles querem passar o dia aqui, dormir na minha casa. Perguntamos qual nome eles queriam dar pro projeto, mas eles querem que se chame mesmo Charles Oliveira”, conta. “Eles querem ser como o Charles, querem levar o nome dele, se espelham demais nele, por isso que ficou mesmo Projeto Charles Oliveira Gold Team”, conta a esposa Talita Roberta, professora do projeto. Vários garotos já foram salvos por essa ação social. “uma vez me avisaram de um menino que trabalhava no tráfico e vivia armado. Hoje ele luta campeonato e saiu desse caminho errado. Nada pode ser mais gratificante pra mim. Sinceramente, o Jiu Jitsu e o MMA realmente salvam, temos vários exemplos aqui”, afirma. SiMpliCidadE, CaSaMEntO, GRatidÃO E FÉ “Passo muitas dificuldades aqui, já chorei muito dentro dessa academia. Mas não fecho por conta do projeto social, eles pra mim vem em primeiro lugar”, diz Charles. Mas não seria melhor pra sua carreira viver nos EuA? “Posso te falar a verdade? Eu sou favelado. Não tem como morar fora. A minha vida é assim. Eu treino de manhã, almoço com a minha esposa, depois vou pra favela. Passo quase o dia todo lá tirando os horários de treino.

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Passo o dia com meus cavalos, lá fora dificilmente eu teria essa vida. Passei um mês no Texas e New Jersey e quase fui à loucura, foi um tédio. Sei que seria melhor, quem sabe um dia. Mas hoje quero manter minha academia aqui, vencer as lutas do UFC, poder ajudar meu projeto, estar perto das pessoas que eu gosto, da minha família. A próxima luta eu tenho que vencer de qualquer maneira e quero lutar mais três vezes neste ano ainda. Quero conseguir o cinturão e lutar no UFC enquanto eu tiver forças pra isso”, avisa. “Quando eu lutava Jiu, eu dizia que um dia ainda ia sair numa revista e que iam me pedir autógrafo. Quando via lutas do UFC em um bar, eu disse brincando que um dia aquelas mesmas pessoas estariam assistindo a mim. Menos de um mês depois fui chamado pro uFC”, relembra. Boquinha santa hein, Charles! Quer contar pra gente os números da mega sena? “Minha paixão era Jiu Jitsu, tudo que eu queria era lutar e vencer no Jiu. Deus foi bom demais comigo, até as coisas que eu falei brincando ele realizou”, agradece. Conseguiu comprar um sítio, uma casa, montar sua academia, comprar seus cavalos, ajudar sua comunidade. “Meu sonho mesmo era estar sentado em uma fazenda com um matinho na boca, só olhando o gado, ouvindo músicas de boiadeiro. Nasci no lugar errado, sou do Guarujá e nunca gostei de praia. No meu tempo livre, quando não estou com os cavalos, estou pescando. Sou pescador que não come peixe, devolvo pro mar”, declara o inusitado lutador. E cadê os passeios com a esposa, seu Charles? “Pra não dizer que a gente não faz nada, vamos todo domingo à missa e depois damos um passeio na praia. Mas logo ele já quer voltar”, conta Talita. Já estão juntos há seis anos e acabaram de se casar. “Eu amo praia, sou praieira, caiçara com orgulho, mas não vou por causa dele”, revela a doce Talita. “Eu casei mesmo com a mulher certa, porque eu gosto de mato e quando eu vou, ela me acompanha, mas quando ela quer ir à praia eu não vou”, responde Charles aos risos. Santa Talita! “Ela não pode reclamar, sou um marido amoroso.

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“Deus foi tao bom que realizou ate o que eu falei so de brincadeira. Disse que ia sair em uma revista e que um dia iam me ver no UFC. Mas na verdade nunca imaginei nada disso” Ao invés de trair ela com outras, quando não estou com ela estou com cavalo ou com os peixes”. “Ele me troca pela égua e eu não posso reclamar, vê se pode”, brinca Talita.“Peço que todo mundo torça e reze por mim nessa próxima luta, que vai ser muito dura. Vou estar do outro lado do mundo, mas levando o nome do Brasil. Que Deus me guie no caminho da vitória e que me proteja de qualquer lesão neste período forte de treino que começa agora”, pede Charles. Ele continua treinando na academia do Bronx até hoje. E duas vezes por semana treina na Chute Boxe, em São Paulo. “Ainda não definimos como vai ser meu camp, provavelmente vou treinar uns dias na academia do Macaco no Texas. Essa é a melhor estratégia, pois dessa vez a luta será muito longe e é melhor dividir a viagem. Dos EuA pra lá é bem mais perto e fica bem menos cansativo”, afirma. Normalmente ele já treina seis horas por dia de Boxe, Muay Thai, Kick Boxe, Jiu Jitsu e MMA. O dono de quatro cinturões de MMA no Brasil e um cinturão no exterior quer muito mais. Afinal, ele realmente merece muito mais. Como agora vocês também já sabem, Charles é o que podemos chamar de “bom menino”. Estamos na torcida garoto, traz mais essa pro Brasil! nÃO pERCa!!! uFC > 28 de junho > Nova Zelândia> Charles do Bronx VS. Hatsu Hioki ZT

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Papo de cervejeiro ROCK COMBINA COM CERVEJA

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ada melhor do que ouvir Rock´n´Roll acompanhado de uma bela cerveja, não é mesmo? E foi seguindo esta onda que indicamos nesta edição da revista ZeroTreze alguns rótulos escolhidos pelo Grupo Rock e Cerveja Especial, ao qual faço parte, produzido por bandas brasileiras.

Camila Camila, a cerveja da banda nenhum de nós é feita para beber o dia todo A cervejaria Bamberg em parceria com a banda Nenhum de Nós criaram juntas uma Bohemia Pilsen, a Camila Camila é uma recordista de títulos em todo o mundo, a cerveja leve, com ótima drinkabilidade é cristalina de coloração amarelo escuro com aroma predominante do lúpulo Saaz (Floral). Camila Camila harmoniza com comidas tailandesa e indiana, camarão, ostras, salmão, sardinhas, lula, caviar, presunto cru.

Matanza ipa, um soco na cara de cerveja

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“Pé na porta e soco na cara” é com este jargão do vocalista Jimmy que foi lançado em 2013 à cerveja da banda Matanza, no estilo amargo Indian Pale Ale. Produzida em parceria com a Dortmund, a Matanza IPA é uma cerveja de alta fermentação, com 6,5% de teor alcoólico e notas de maltes especiais e grande presença de lúpulos cítricos americanos. Seu amargor é intenso e pode ser harmonizada com carnes de caça e pratos condimentados.

Malanconi é um santista apaixonado por cerveja artesanal e está produzindo sua própria marca


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velhas virgens e seus 3 rótulos espetaculares A banda brasileira que literalmente coloca a mão na massa é as Velhas Virgens. Com três rótulos já lançados no mercado. O responsável por todas as receitas é o baixista da banda, Tuca Paiva, as queridinhas da banda são produzidas pela cervejaria Invicta de Ribeirão Preto. O primeiro lançamento aconteceu em meados de 2012 e foi a Velhas Virgens Indie Rockin´Beer, a cerveja no estilo Indian Pale Ale tem alta fermentação, é encorpada e de sabor marcante, com intensa cor acobreada. Seu amargor é suavizado pelos traços de caramelo dos maltes especiais, com teor alcoólico é 6,5%, a harmonização recomendada é de mais cerveja e muito rock´n´roll. A breja fez tanto sucesso que eles lançaram a Velhas Virgens Whitie Rockin’Beer, uma cerveja mais leve com 5,2% de teor alcoólico, e conta com malte de trigo, malte de cevada, limão-cravo em sua composição, além de sementes de coentro. Ela harmoniza com peixe, frutos do mar e mais cerveja. O último lançamento para se beber da banda foi a Velhas Virgens Brownie Rockin’ Beer é uma cerveja escura, com graduação alcoólica de 5%, tem em sua composição a fava da baunilha, que lhe rende

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personalidade e aveia, responsável pelo corpo e cremosidade na espuma, aquela sensação aveluadada na boca. Harmonização indicada é com: frutos do mar (em especial ostras), sobremesas em geral.

Wander Wildner autor de “Bebendo vinho” cria cerveja O músico gaúcho Wander Wildner autor de “Bebendo Vinho”, entre outras canções criou junto com a cervejaria Coruja A Labareda .Um cerveja no estilo lager, com 6,7% de graduação alcoólica, que surgiu a partir de uma Keller Bier, tradicional cerveja de porão, acrescida de malte Vienna e pimenta. Ela traz ainda um toque defumado. A bela breja harmoniza com churrasco, pizza de calabresa e hambúrguer. ZT


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Kelvin Hoefler STREET SKATE

Um dos maiores skatistas do mundo, Kelvin é tricampeão mundial

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Kelvin dando um Crooked em Paris

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FOTOS: ANA PAuLA NEGRÃO

Zerotreze bateu um papo com ele para descobrir o que esse guarujaense que vivia quebrando na Palmares tem! Nascido em Itanhaém, cresceu e começou a andar de Skate no Guarujá aos nove anos de idade. Atualmente passa grande parte de seu tempo em Los Angeles na Califórnia, a sede do skate mundial. “Vivo no exterior porque é onde estão as competições, os melhores picos de rua pra filmar e os melhores Skate Parks pra se divertir. Mas vivo no Guarujá também, fico entre Estados unidos, Europa e Brasil”, revela Kelvin. Participou do primeiro circuito mundial em 2011 pela WCS (World Cup Skateboarding) e ficou em primeiro do ranking, fato que se repetiu em 2012 e 2013. “2012 foi um ano bem difícil pra mim, pois estava machucado, mas mesmo assim consegui trazer o título ao Brasil”, revela. Os skatistas daqui dizem que pra se dar bem no skate é preciso morar fora. Será que teria alcançado as mesmas conquistas se tivesse ficado por aqui? “Concordo totalmente, o Brasil ainda deixa muito a desejar referente ao skate. Acredito que o país tem o potencial de tornar os profissionais brasileiros nos melhores, o problema é que os empresários das marcas no Brasil só dão incentivo a outros esportes e deixam de lado o skate. Acredito que muitos skatistas brasileiros param de andar de skate, mesmo que com muito talento porque se sentem desmotivados. Eu conheço muitos. Todos os skatistas brasileiros que estão em alta ou que são grandes nomes do skate nacional já viajaram ou moraram fora”, confirma a tese. Como são os treinos? “Ando de skate todos os dias seja na rua, nas pistas ou em competição. Gosto de descobrir picos novos onde eu estiver. Quando estou em Los Angeles gosto de andar na pista Berrics e na nova pista de Huntington Beach. Sem contar as escolas, mas aí só nos finais de semana que dá pra andar. No Brasil ando no meu Skate Park, a Skate Club, e em Santos tem bastante pico de rua também. Cresci andando na Palmares e no píer, pois no Guarujá nunca teve pista de skate”, afirma. Como foi a ideia de montar um Skate park em Vicente de Carvalho? “Acredito que o sonho

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Smith nas ruas de Los Angeles

de todo skatista é ter uma pista decente pra andar de skate. Eu e o meu sócio Alyson Dorgo encontramos um galpão para alugar perto de casa e foi um sonho que tínhamos desde criança. Estudamos as possibilidades e resolvemos alugar e construir a pista”. pretende fazer algum projeto social no Skate Park? “Estamos com projetos sociais em andamento para as crianças carentes, mas ainda não temos condições, pois precisamos manter a pista, já que a cidade não deu nenhum apoio. Estamos a procura de patrocinadores pra ajudar na pista para podermos focar nestes projetos. Fomos roubados duas vezes, entraram por trás e fizeram um buraco gigante na pista, roubaram nossas ferramentas pessoais com as quais construímos a pista e levaram também todos os skates que usamos nas escolinhas”, lamenta. “Estamos tentando construir um local saudável onde possamos tirar as crianças da rua e ensinarmos um esporte saudável, só precisa-

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mos de mais apoio tanto da população, do município e também dos empresários”, solicita. Existe algum jovem talento que chama a sua atenção aqui na Baixada Santista? “Sim, existem muitos moleques andando muito bem na Baixada e espero que agora com a Skate Club também possamos criar alguns nomes no cenário brasileiro e internacional de skate como o caso da Drop Dead no Sul, que fez vários campeões mundiais e também muitos skatistas de peso do Street que cresceram andando na pista da Drop e hoje são reconhecidos no mundo todo”, idealiza. Quais seus planos para o futuro? “O futuro pertence ao futuro, estou focado no presente e nas coisas que estão acontecendo na minha vida agora. Vou continuar vivendo da mesma forma que eu tenho vivido até hoje, sendo uma pessoa honesta e de bom caráter e andar de skate é o que me importa. Nas ruas, nas pistas, nos bowls, ladeiras onde for!”. Seu


Skate Club Terça a domingo: das 12h às 22h. End.: Av. Santos Dumont, 1690 – Vic. de Carvalho Guarujá - SP telefone: (13) 991529080 ou ID 91*123821 valor da entrada: R$ 5 por hora ou 2 horas por R$ 8. Há também escolinha de skate.

próximo grande desafio será a terceira etapa do circuito mundial em julho no Canadá. Manda um recado pros leitores da Zerotreze, em especial para aqueles que sonham ser skatistas bem sucedidos como você? “Que continuem andando de skate e nunca desistam dos seus sonhos. Sejam honestos e nunca tirem vantagem do próximo, pois o mundo dá muitas voltas”, aconselha. “Cada dia é um desafio novo! O importante é o que o skate sempre ensina: Caiu 30 vezes? Então levante-se 31!”, incentiva. Hoje com apenas 20 anos, pretende andar de skate enquanto suas pernas conseguirem. “Tony Hawk tem mais de 50 anos e ainda anda de skate. Idade não é problema pra skatista”. Ainda bem! Sucesso, Kelvin! ZT

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FABIANNE.ZERBETTO@HOTMAIL.COM

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ais de 20 anos depois, o Grunge retorna a cena ditando as regras do seu closet. Mas que regras? Subgênero do Rock alternativo, nasceu em Seattle nos EuA no final dos anos 80. Influenciado por outros estilos como o Indie Rock e o Heavy Metal, lançou bandas como Pearl Jam e Nirvana. O sucesso dessas bandas popularizou o Rock alternativo e influenciou a moda na época. Símbolo máximo do visual, o roqueiro Kurt Cobain, vocalista do Nirvana, se vestia sempre de forma desleixada e rebelde. Suas marcas registradas eram os jeans destroyed, sobreposições, camisas xadrez, coturnos e All Star. Esse estilo rebelde e “antimoda” marcou a década de 90. O grunge ressurge com uma nova leitura, menos agressivo, mais sofisticado e delicado. Nessa estação, esse estilo vem com muita força, com pegada urbana, destacando o jeans e o xadrez como vedetes da temporada. Vale a pena também investir no mix de estampas florais com o estilo biker (couro), cores fortes, tricôs detonados e sobreposições. Mas tudo de forma mais chic... Por exemplo, vale a pena trocar o coturno por um sapato mais arrumado, contrabalanceando com o ar largado. As peças que não podem faltar no seu closet para aderir a este estilo são: destroyed jeans, camisa xadrez (se quiser, amarre na cintura), jaquetas de couro e sapatos abotinados. Quem quiser ficar ainda mais estiloso, pode aderir aos gorros (ou beanies). É o acessório da vez! Lembrando que esse estilo vale tanto para homens quanto para mulheres. ZT

e a volta dos anos 90

FABIANNE ZERBETTO CHEHDA

O novo grunge

Moda


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dos anos 90


zerotrezegirl Ensaio Bianca Viegas

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Idade: 19 anos Signo: Áries Sonho: ViajarProofimssunão: Modelo do inteiro Hobby: Surf,LiMfesuatyyle: Aventureira Thai e Skate board Personalidade:LoDng ivertida Homem pra mim ter e ser: Amigo além dequtu do!

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a sessão de fotos da Zerotreze foi bem parecida com dia-a-dia de Bianca. “Sou bem independente, já morei um tempo fora e foi uma experiência e um aprendizado incrível. amo me aventurar, aprender culturas e línguas diferentes. pratico três esportes, Muay thai, Surf e ando de long. São esportes bem de liberdade, o que não vivo sem!”, afirma. Ela quer ser atriz e está indo passar um tempo em los angeles para estudar atuação.


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Fotos: Tom Leal Produção: Be Amarante Bianca Viegas veste: Be Rock, Chilli Beans, Rê Acessórios, Água Marinha e Cotton Republic Agradecimentos: Felipe Torelli e Pri Vivo 41


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Bike de Pin

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Pinh達o Fixo

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Dominic Reuben, Julio Domingues, Alles Godoy e Isaac Nishimoto

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á ouviu falar em bike de catraca fixa? Na verdade o termo correto é pinhão fixo. São bikes que migraram do velódromo, aquela competição de ciclismo que se dá em circuitos ovais. Essas bikes são diferentes das comuns pelo fato de você não poder parar de pedalar. Existe um grupo de Santos no Facebook com 125 pessoas, sendo que destas, 20 se juntam semanalmente para pedalar. “O grupo é o Fixa Santos. Todas as quartas saímos às 21h da Praça das Bandeiras e ali mesmo definimos o percurso, geralmente por volta de 30km”, revela Julio Domingues, coordenador pedagógico e praticante da modalidade. “O pinhão é fixado ao cubo e não tem como parar de pedalar como em uma bike comum, caso queira descansar a única maneira é pedalar mais devagar”, explica. “Pra frear tem algumas maneiras, mas a mais

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Todas as quartas tem encontro às 21h na Praça das Bandeiras e ali mesmo é definido o percurso, geralmente por volta de 30km comum e mais estilosa é o que chamamos de Skid”, comenta. “A pessoa que está pedalando deve forçar a perna no sentido contrário a pedalada, mas com muita força, pois a bike está com toda força e velocidade pra frente. Temos o rolê fixo de quarta, mas às vezes nos reunimos até cinco vezes por semana. Nos outros dias, gostamos de fazer brincadeiras com Skid”, diz Julio. Essas bikes tem um preço salgado,


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São bikes de competição que foram levadas pra rua. Dizem que pelos imigrantes caribenhos que mudaram pra Nova Iorque e sem grana e sem trabalho, montavam essas bikes devido ao baixo custo de manutenção. podendo custar de mil a dez mil reais. “Aqui no Brasil é um pouco difícil, em poucos lugares se encontra peças, mas o bom é que muitas são peças comuns. As mais específicas compramos em São Paulo ou pela net em lojas do Rio de Janeiro e do Sul também. Muitas vezes do exterior”, afirma Julio. Mas o que o levou a se interessar por isso? “Sempre andei de bike. Fiz BMX, Downhill, sempre pedalei. Aí descobri essa bici-

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cleta de baixa manutenção e alta velocidade”, relata. Que tipo de campeonatos essa modalidade tem? “Existem vários tipos, os criterium, que são circuitos fechados (cercados) em ruas, com regulamento. Tem os alleycats, que são corridas sem traçado determinado e se corre no meio do trânsito. Tem os sprints, que são corridas de arrancada. No Brasil temos competição de skid e de trackstanding”, esclarece. Qual a origem destas bikes? “São bikes de competição que foram levadas pra rua. Dizem que pelos imigrantes caribenhos que mudaram pra Nova Iorque e sem grana e sem trabalho, montavam essas bikes devido ao baixo custo de manutenção. Com elas começaram a entregar encomendas”, revela. “Pelo número reduzido de peças, não tem freios, marchas nem cabo algum, a bike de pinhão fixo é de baixo custo de manutenção. Só o que pode dar errado seria furar um pneu”, avalia Julio. Ficou curioso? Se liga nesses vídeos do Youtube: Line Of Sight - Lucas Brunelle Purefix bicycles State Bicycle Co. ZT


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CAnoA HAVAIAnA

Guerreira dos mares 52

Andressa Saboya, campeã de Canoa Havaiana, é também faixa preta de muay thai. Linda e determinada, ela levou um papo com a Zerotreze. É bom respirar antes de começar, pois vai cansar só de ler a rotina da atleta

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raticante de muay thai desde os 14 anos, Andressa machucou o joelho e achou que era hora de praticar outro esporte menos agressivo. Sem largar o Thai – hoje ela é faixa preta e dá aulas particulares da luta – começou a remar OC6, canoa havaiana tradicional, com seis remadores. “Algo já me fascinava no olhar dos atletas, a dedicação deles em viver para um esporte eu sempre admirei. Queria ser atleta, mas não queria ser lutadora. Foi na canoa que eu me encontrei”, revela.


Começou a remar quando entrou na faculdade de Biologia. “Me apaixonei pela canoa, pois nela se vive a sonhada liberdade com a natureza. Eu subo nela e não tenho limites. Vou aonde quiser e por quanto tempo eu quiser”, comenta. Mas ela nem imaginava que hoje na parede do seu quarto haveria 125 medalhas e 53 troféus. O quarto está lotado e já não há mais espaço. Ela compete de canoa havaiana OC6, individual OC1 e canoa taitiana, a V1. Começou a competir de OC1, depois em equipe mista em OC6, até formar uma equipe feminina com competidoras de Cabo Frio-RJ, a Mana Brasil Va’a. A rotina de Andressa exige fôlego. Acorda às 6 horas e passa a manhã inteira no mar. Começa coordenando um treino de equipe e depois parte para seu treino de duas horas de remada. Volta pra casa, almoça e à tarde faz treinamento funcional e muay thai, em dias alternados. E à noite ainda sobra energia pra aula de spinning. Ela só descansa um dia na semana, isso quando o faz. Sua alimentação também é regrada. Vegetariana há anos, abriu uma exceção para o peixe ao perceber que o alimento a ajudou em uma longa e desgastante remada. Não bebe, não sai à noite. “Eu já era assim antes de ser atleta”, afirma. Essa nasceu mesmo para isso. “Ou eu estou comendo, ou estou dormindo ou estou treinando”, diverte-se. “Não é fácil, quando chega no meio da semana eu já estou bem cansada. Muitas vezes com dor. Entro no mar querendo dar ré e voltar. Mas tenho que ir. Só a superação, o perrengue mesmo, nos leva mais além”. Andressa é mesmo muito determinada. Até demais para uma pisciana. “Acho que

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aprendi a ter compromisso e dedicação com meu pai, que era militar”, avalia. Só assim para aguentar esse ritmo mesmo. São mais de 12 competições por ano. Bióloga, pós-graduada em Gestão Ambiental, Andressa já fez vários resgates de animais marinhos. “Eu me realizei trabalhando com Biologia também. Mas hoje tenho mais retorno e sou mais feliz como atleta”, revela. Ela vive com o auxílio do Ministério do Esporte, o Bolsa-Atleta, desde 2010. Não pense que é fácil, para isso é preciso estar entre os três primeiros do país ou da América do Sul. No seu primeiro Bolsa-Atleta investiu em um intercâmbio no Havaí. Treinou e competiu durante quatro meses. Pretende voltar a morar lá um dia. “A qualidade de vida no Havaí é tão boa que tenho muita vontade de voltar pra ficar. Tenho até família lá, pois quando fiz intercâmbio me acolheram como se fossemos mesmo parentes”, conta. Fora isso, pretende competir até seu corpo suportar. “Vejo mulheres fortes aos 40, 45

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anos, também quero isso pra mim. Isso me ajuda a pensar, se elas conseguem porque eu não conseguiria? É um estímulo para não me deixar vencer pelas dores”, afirma. Andressa tem uma protuberância na coluna, quase uma hérnia devido à remada.

“Me apaixonei pela canoa, pois nela se vive a sonhada liberdade com a natureza. Subo nela e não tenho limites. Vou aonde quiser e por quanto tempo eu quiser”


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s “ Vejo mulhere 4 , 0 4 s fortes ao m q5uero anos, també . Se elas isso pra mim orque eu conseguem piria? É um não consegu a não me estímulo par r pelas deixar vence dores” Só nesse ano, Andressa já ficou em 2º lugar na primeira etapa do Aloha Spirit, venceu a segunda etapa do mesmo torneio e também ficou em 1º lugar da primeira etapa do Circuito Brasil Va’a. Os títulos dela incluem no individual: campeã brasileira em 2010, tetra campeã paulista, campeã sulamericana em 2009, Bi-campeã W2 em 2012 e 2013. Fora os títulos por equipe. Participou de todas as provas femininas no Havaí em 2011, conquistando boas colocações entre centenas de canoas, até mesmo vencendo o campeonato Napalli Coast, evento tradicional do país. No fechamento desta matéria, Andressa se preparava para a seletiva do mundial, que esse ano será em agosto no Rio de Janeiro. Somente as três melhores do Brasil tem essa chance. Depois de ler sobre ela, alguém duvida que ela consiga? ZT

andressa na Canoa polinésia, v1

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Empreendedorismo

Diego André Martins - Sócio do Grupo i (I/DEA – I/SOCIAL – GoSocial) - diego@isocial.cc

Negócios que mudam vidas

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a década de 90 foi quando realmente percebemos o ‘boom’ no terceiro setor. Empresas começaram a olhar com carinho para este segmento, tanto como estratégia de endomarketing, como também pelos incentivos fiscais envolvidos. Ao mesmo tempo, profissionais gabaritados encontraram neste segmento uma via alternativa para ajudar pessoas a se realizarem pessoalmente. A evolução do modelo de negócio é transformar vidas, mesmo que essa não seja a finalidade principal, claro, todo negócio tem como fim, o lucro. O empresário visionário sabe que sua principal função é gerar, administrar e incentivar talentos, deve-se escolher bem sua equipe e explorar a habilidade existente em cada um. Respeitar tempo e individualidade de cada colaborador e transmitir diuturnamente os objetivos da empresa. A bem da verdade, você tem dois tipos de clientes, os externos, que compram seus produtos e serviços e os internos, que acreditam nos seus produtos e serviços e por isso o executam com comprometimento e alegria. Por incrível que pareça, dinheiro não é prioridade quando se fala em felicidade no local de trabalho, todos querem fazer parte de uma história vencedora e devem-se sentir parte

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integrante e importante do processo, caso contrário não dá liga. O link do assunto com o terceiro setor é o fato de não ser necessário ter uma ONG para transformar vidas. Use a riqueza gerada em sua empresa para melhorar a vida de quem está a sua volta! Dê acesso aos seus funcionários, ajude-os não só com dinheiro, mas com informação e afeto! O seu maior patrimônio será o capital social transformador que sua empresa foi capaz de fazer na vida das pessoas. Mas lembre-se, não estamos falando de bens materiais. Dedico esse texto ao meu sócio André Calafiori, ele mais do que ninguém defende esse modelo e abriu meus olhos para essa verdade! ZT


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A onda do hamburguer

LARICA

Gourmet Tá com fome? Não quer se estragar no fast food? O lance agora é hamburguer gourmet, feito artesanalmente. Santos já conta com alguns lugares pra você se deliciar na hora daquela larica! Confira algumas opções!

HAMBURGUERIA SANTISTA

Rua Azevedo Sodré, nº 83 - Boqueirão - Santos Delivery: 3025-3636 / 3025-6464 (Taxa de entrega R$5) www.hamburgueriasantista.com.br

Hamburguer Canal 6

Hamburguer Canal 7

Hamburguer + Cheddar + Cebola no molho Shoyo • Preços: R$ 24,50 Picanha ou R$ 19,90 Convencional

Hamburguer + Queijo + Bacon + molho Barbecue • Preços: R$ 28,50 Picanha ou R$ 23,90 Convencinal

*São duas opções de hamburguer, o de picanha com 150 g e o de carne de hamburguer convencional de 130 g.

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AUSTRALIANO BAR

Av. Dr. Epitácio Pessoa, nº 117 - Canal 4 - Santos Telefone: 3345-6318 www.australianobar.com.br

Mackers Burguer ♫2 Hamburgueres + Alface + Queijo + Molho Especial + Cebola + Picles no pão com gergelim ♫ Preço: R$ 20,90

Burguer de Siri Hamburguer de Siri + Alface + Cebola + Tomate + Picles Preço: R$ 17,90

RANGARIA

(Previsão de inauguração para final de junho). Rua Waldomiro Silveira, esquina com a Rua Minas Gerais (em frente ao Tennis Clube). Boqueirão - Santos

Maverick

Pipeline

Hamburguer de 170 g + Cogumelos grelhados + Queijo + Cebola caramelizada Preço: R$ 23,90

Hamburguer de Salmão + Queijo + Maionese de ervas Preço: R$ 28,00

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FOtO: ÁlvaRO SUZUKi

Os santistas precursores do Hardcore no Brasil comemoram 20 anos do álbum que deu início a cena desse estilo no país

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omemorando 20 anos do lançamento do primeiro álbum, relax in your Favorite Chair, Garage Fuzz é uma das bandas de Hardcore mais respeitadas do underground. Juntos desde 1991, estão fazendo shows comemorativos a este álbum. “Foi o começo de um estilo musical no Brasil, o Hardcore melódico. ali começava toda uma cena no país, que influenciou até bandas que chegaram ao mainstream, como NX Zero e CPM 22. Fomos os precursores, esse foi o primeiro álbum do estilo no Brasil”, afirma o baixista Fabrício de Souza. “É importante comemorar também porque não tem muitas bandas dessa época que além da gente resistiram sem perder o estilo”, afirma o baterista Daniel Siqueira. “também tiveram outras que chegaram ao mainstream, mas pararam também”, conta o guitarrista Wagner Reis. Mas como se manter tan-

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“É importante comemorar porque nÃo tem muitas bandas dessa Época que alÉm da gente resistiram sem perder o estilo” to tempo no underground? Eles contam que apesar do reconhecimento, até hoje não conseguem viver disso. Alexandre Sesper, vocal, é artista plástico, Fabrício trabalha com produção de shows, Nando Bassetto, guitarrista, tem um estúdio e toca na noite santista, Wagner é corretor de café e Daniel é funcionário público. “Um complementa o outro, a renda dos shows também é importante. Ficar sem tocar para nós é inviável, tanto financeiramente, como pro nosso bem estar, não conseguimos viver sem isso”, diz Daniel. “É mais tempo tocando do que não tocando nas nossas vidas. realmente impossível viver sem”, completa Wagner. Segundo eles, a cena Hardcore no Brasil melhorou mesmo de uns sete anos pra cá. “aquela história de que uma andorinha não faz verão é verdade. Você tem que ter um circuito, que seja alimentado por diversas bandas. Hoje existem outras bandas que também tem um público fiel. Posso afirmar que hoje em dia ganhamos bem mais do que há 10 ou 20 anos atrás”, revela Fabrício. Mas eles acreditam que falta renovação na cena. “tem pouca gente nova produzindo coisa boa e uma renovação é preciso para manter o Hardcore brasileiro vivo”, afirma Daniel. Eles se conhecem desde garotos e tiveram outras bandas. Montaram uma sala de ensaio dividida por tapumes para que duas bandas pudessem ensaiar ao mesmo tempo. Vindos do estilo Punk de protesto, queriam fazer algo diferente. “Na verdade acho que sonhávamos com uma Guitar Band”, revela Wagner. As maiores influências musicais do Garage vão de Heavy Metal, Punk, Hardcore até o Grunge. “ouvimos muitos estilos musicais diferentes e isso ajuda uma banda a não cair na mesmice

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FOtO: FÁBiO BitÃO

“ouvimos muitos estilos musicais diferentes e isso ajuda uma banda a nÃo cair na mesmice e a poder variar mesmo conseguindo construir uma identidade, como nÓs conseguimos fazer”.

e a poder variar mesmo conseguindo construir uma identidade, como nós conseguimos fazer”, afirmam Wagner e Daniel. Em 23 anos de carreira foram oito lançamentos, entre EP, disco cheio, disco ao vivo e DVDs. O último CD foi lançado pela revista 100% Skate, com 10 mil cópias distribuídas. Até hoje eles só cantam em inglês. “Todas as nossas influências pro som do Garage foram de bandas gringas, não teve como fugir disso”, avalia Fabrício. “E também pra gente a sonoridade em inglês fica melhor”, completa. As letras são compostas pelo vocalista Alexandre Sesper, o Farofa. Pra se manter fiel ao próprio estilo pagaram o preço. O primeiro álbum foi lançado em 15 países pela Road Runner, grande gravadora americana que tinha filial no Brasil e lançou

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nomes como Sepultura. Mas quando estavam gravando o segundo álbum, as divergências com a gravadora começaram. Eles queriam que o Garage seguisse o estilo dos Raimundos, banda que estava no auge misturando Rock com elementos tradicionais nordestinos. Mostraram as quatro músicas que já tinham feito e avisaram, se quer, vamos gravar, senão recindimos o contrato. “Eles ficaram de queixo caído, não esperavam essa reação. Começamos a ser procurados por gravadoras independentes, porque se pra eles a nossa vendagem não era o suficiente, para uma gravadora independente nós éramos o carro chefe”, conta Fabrício. Foi quando o Rafael Crespo, então guitarrista do Planet Hemp, dono da gravadora Spicy Records os convidou e lançou um CD do Garage


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com as quatro músicas. “Ele deu sorte pra gente, foi mixar um CD do Planet nos EUA e distribuiu um monte de fitas nossas em gravadoras da Califórnia”, recorda Fabrício. Lançaram o terceiro CD pela californiana One Foot Records, que também distribuiu o trabalho deles em vários países. Críticos dos jornais O Estado de S. Paulo e Folha falavam muito do Garage Fuzz. Promoviam eventos e os chamavam pra cantar. Em uma ocasião, o Jello Biafra da banda punk Dead Kennedys estava presente e adorou o som do Garage, declarou a imprensa que foi a melhor banda que ele ouviu no Brasil. O fato de eles não terem se vendido para alcançar o sucesso mainstream é o que garante o respeito que o público tem pelo Garage Fuzz. Seus fãs nunca foram “ofendidos” pelo fato de terem mudado de som ou de postura. O Garage é o que é e isso que os torna diferentes e super respeitados por quem ouve Hardcore. “o respeito é realmente o mais importante pra gente, é a maior conquista da banda”, declara Daniel. “a gente coloca a música em primeiro lugar, tudo que a gente quer na vida é tocar”, confirma

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“o respeito É realmente o mais importante pra gente, É a maior conquista da banda” Wagner. “Nós nem queríamos ser músicos, nós éramos acima de tudo, fãs de rock. Esse amor que nos levou a querer tocar e escrever nossa história”, revela Fabrício. Quando perguntei se eles nunca sonharam com a fama, foram categóricos. “Claro que sim, queremos ser famosos e ricos como todo mundo, mas só se for tocando o nosso som. Mudar nossa proposta e nosso estilo musical pra atingir o sucesso, é isso que não aceitamos”, concluem. O CD novo está praticamente pronto, em fase de pré-produção. “Pretendemos gravá-lo no segundo semestre para lançamento no final do ano”, informa Daniel. O próximo show será na Tribal no dia 4 de julho. Imperdível. ZT


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zERoTREzE PELo MUnDo

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O sa moranntista Fábio B 15 anosa Califórniaoka prazer e seu maio há piscinaé invadir r pra ands abandona Criou a ar de Skate das específité uma mar . Lifesty ca para iss ca a Zerot le radical é o. reze! com FOTOS: EDuARDO BRAZ

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riado no bairro do Campo Grande em Santos, Fábio Boka começou a andar de Skate aos 11 anos. Sonhava em viver como os skatistas californianos, que andavam dentro de piscinas. Há 15 anos foi atrás de seu sonho e foi morar em Los Angeles. “A ideia de vir andar de Skate na Califórnia começou depois de assistir um vídeo da Santa Cruz, chamado Wheels of Fire. Era um sonho as ruas pavimentadas pra molecada da minha área, onde o chão era de paralelepípedo”, diverte-se. Hoje ele tem uma marca de skate específica pra andar em piscinas, a Pool Fiend Skateboard Supplies. O nome já diz tudo: viciado em piscinas. “Me mudei pra L. A. pra andar de Skate, sem nenhuma pretensão de ser profissional. Só queria viver o lifestyle do skate californiano mesmo. E aqui o legal é que tem espaço pra todos. A galera que eu ando é underground do Skate. ‘Os piscineiros’ é tipo quase que uma sociedade secreta”, revela Boka. “Pra mim, andar em uma pool era um sonho, pois no Brasil as piscinas não tem transição, são quadradas. Acho que o mais legal do Pool Skating são os fatores envolvidos, primeiro você tem que achar a pool. O lance é meio secreto e a galera não divulga muito onde elas se encontram. Depois elas geralmente estão abandonadas com água podre, entulho... Aí entra a parte da limpeza e drenagem”, conta. “A gente usa baldes e bombas pra drenar a água.” Fábio, como todo brasileiro que se aventura no exterior, já trabalhou de quase tudo por lá. Construção, manobrista, loja de Skate. “O mais da hora foi construir rampas de skate pra

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demonstrações e campeonatos. Uma vez construímos um half pipe pra inauguração de uma galeria de arte em Hollywood, com fotos do pioneiro em fotos de Skate, Glen E. Freedman, dos Z-Boys (equipe pioneira de Skate dos anos 70)”, diz. Hoje, além de se dedicar a marca, também faz entrega para restaurantes e é fotógrafo freelancer. Mas como é esse lance de invadir as piscinas? “A gente dirige pelas ruas procurando casas abandonadas ou em construção. Geralmente aqui existem os alleys (becos, na Califónia geralmente as casas tem duas entradas, pela rua da frente e pelo beco - pequena rua - de trás). Quando encontramos alguma entramos pelo alley pra não chamar a atenção dos vizinhos. De vez em quando eles acabam vendo e perguntam o que estamos fazendo ali, aí dizemos que estávamos limpando a piscina pra evitar mosquitos transmissores de doenças”, revela Boka. Mas qual a sensação de invadir uma casa pra usar a piscina? “A maior adrenalina. Geralmente a gente tenta fazer tudo em menos de 30 minutos. Ou fazemos em duas sessions, pois se alguém chamar a polícia, eles chegam em 15 minutos, então tem que ser rápido”. Já foi preso por causa disso? “Não, graças a Deus. As primeiras sessions são de 15 minutos, é uma regra que não falha”, garante. “São cinco minutos pros vizinhos notarem o que estamos fazendo, cinco minutos pra eles chamarem a polícia e cinco minutos pra polícia chegar”, explica. “Já aconteceu de eu estar saindo pelo alley e os policiais chegarem pela frente da casa”, afirma.

Modelo: Amanda Maziero/ Fotografia: Max Arguello

“Às vezes os donos deixam a gente andar em troca de algum favor, tipo cerveja ou cigarro. Um pack de 12 brejas geralmente compra uma boa session de duas horas”

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Modelo: Amanda Maziero/ Fotografia: Max Arguello

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Realização:

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Mas nem tudo é clandestino. Existem também as permission pools. “Os donos deixam a gente andar em troca de algum favor, tipo cerveja ou cigarro. um pack de 12 brejas geralmente compra uma boa session de duas horas”, revela. “O legal das piscinas é que nunca rola uma igual a outra, o shape delas sempre são diferentes”, conta. Mas você prefere invadir ou ter permissão? “Não faço discriminação (risos), ando em todas. O mais legal mesmo é o prazer de achá-las. Eu passo horas no Google Maps pra depois sair dirigindo”, revela. O logo de sua marca é baseada em empresas de limpeza de piscinas. “É para ficarmos parecidos com os funcionários dessas empresas, assim os vizinhos pensam que estamos trabalhando. O próximo logo vai ser parecido com a vigilância sanitária ou o controle de mosquito”. Boa estratégia! Será que com tudo isso ainda sente saudade de Santos? “Sinto muita falta da minha família e dos meus amigos. Adorava as caminhadas matinais na praia que fazia com meu pai, chutando a água do mar. A comida da minha mãe... coisas básicas que só quem está longe sabe o quanto faz falta”, revela. Mas não pretende voltar a morar aqui. “Acabei de tirar minha cidadania americana e tem a empresa também”. Mais um Zerotreze pelo mundo. Sucesso! ZT

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SonzERA

TEXTO EVELYN CHEIDA. FOTOS TOM LEAL

Grupo se destaca na cena por suas letras inteligentes e politizadas e bases cheias de musicalidade. Eles fundaram um clã de Rap, o território-13, que promove e une a cultura hip hop da Baixada Santista

Rap do bom com C.R.I.A.S. da BAIXADA Rap de conteúdo e musicalidade? Tem aqui, sim senhor! Temos Rap underground do bom na região Zerotreze e a nossa revista tem o papel de mostrar esses talentos. O C.R.I.A.S. da Baixada teve início há dois anos com Guilherme Saldaña, o G6 e Vinícius Capra, o Bili. Depois da passagem de outros integrantes, hoje a formação conta com Allan Martins, o Talibã e Matheus Freire. Bases variadas de Funksoul, Raggamuffin, R&B, MPB, de estilo West Coast, Gangsta Rap, dão o toque perfeito as letras sagazes dos quatro rappers. A sigla significa “Comunidade Revolucionária Internacional Anti-Sistema”. Só pelo nome já dá pra sacar que esses caras tem muito a dizer. Eles já tem 12 músicas gravadas, que irão virar uma Mix Tape, o Efeito na Estrada, que dará origem ao primeiro CD. “A intenção é continuar de forma independente, mas se aparecer um patrocínio que chegue para somar sem interferir no conteúdo, respeitando nossa liberdade lírica, seria muito bom. Só não podemos permitir que mudem a nossa mensagem”, avisam G6 e Talibã. Mas quais são os ideais do grupo? “Propagar a verdade, informar a população sobre os seus direitos, passando mensagens pertinentes de forma musical e distinta. Entreter e informar ao mesmo tempo é a nossa missão”, afirma G6. “É um som diferenciado que estamos fazendo”, completa Capra. “Queremos sair do

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Rap industrial, comercial, manter um padrão de musicalidade, sem perder a raíz do Rap de protesto, de expressão da realidade, contando fatos presenciados por nós mesmos”, complementa G6. Já contaram com o apoio de gente de peso do cenário do Rap Nacional, como Lauren e Eduardo do Consciência Humana, Cascão do Trilha Sonora do Gueto, KL Jay dos Racionais MC´s, Moisés do Facção Central, Do Corre, Conexão Baixada, Sublevação. Gravam também participações com outras bandas, como uma música com a Audio Local, banda santista que mistura Hip Hop e Rock. O reconhecimento pelo bom trabalho e pela postura totalmente condizente com as ideias que pregam já está dando bons frutos. Durante a produção desta reportagem, o C.R.I.A.S. se apresentou no Sarau Itinerante, projeto do qual são parceiros, no festival multicultural Free Session e abriram o show do Rael da Rima na Stereo Club. Eles criaram um clã de Rap, o Território-13, que une os grupos de Rap da Baixada e promove a cultura Hip Hop, sempre fazendo ações sociais em conjunto. Você vai conferir tudo sobre o T-13 na próxima edição da Zerotreze, que sai em setembro. Tanto o C.R.I.A.S. quanto o T-13 tem nos símbolos uma caveira. O que ela representa?


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“Igualdade e Eternidade. Somos todos iguais, todos crânios”, comenta Capra. “E a máscara no símbolo do T-13 simboliza a infecção nuclear radioativa que o mundo vai passar depois do vazamento de Fukushima, simboliza também a resistência perante o sistema e sua condução industrial, ou seja, a máscara é como se fosse um meio de não ser contaminado pelo Rap industrial e, ao mesmo tempo, simboliza o atual

quadro geopolítico submisso à corrida nuclear armamentista”, explica G6. Pedi uma mensagem final ao C.R.I.A.S.: “Procure seus direitos. Seja atuante na sociedade, ao invés de jovens omissos e alienados. E em primeiro lugar, procure agir de forma correta e verdadeira com o próximo”, finaliza G6. Não pare por aqui, curta mais Rap do bom em: CdbCriasDaBaixada criasdabaixada

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Conheça o Punk Rock dos Jerseys e viva o underground! Formada por Phernandu Nunes no vocal, Tim na batera, Imakawa no baixo e Marcos na guitarra, os Jerseys lançaram o primeiro CD há um ano e já estão ensaiando pra gravar o segundo. Vindos de outras bandas, os amigos resolveram se unir pra fazer um som. Phernandu tem banda desde 1993. Tocou na Positive System, que durou 15 anos, entre outras, como a Antifashion, inspirada na música do Social Distortion. A banda de Punk Rock traz referências diversas como Jazz (Chet Baker e Miles Davis) além do Punk Rock (Bad Religion, Pennywise, Pixies, Joy Division) e Rock (The Smiths). Segundo eles, o novo CD está menos Punk e mais Rock, bem embalado pelo Jazz. Também vão participar do CD em Tributo ao Lobotomia, banda dos anos 80. A banda vai tentar fechar com uma gravadora para o próximo álbum. Caso não consigam, vão lançar apenas online. A banda canta em inglês e estão tentando gravadoras até no Japão. A maioria dos CDs foram dados pra galera. Até venderam no esquema “pague o quanto quiser” e receberam de R$ 1 a R$ 50 por CD. Já fizeram alguns shows em Santos e abriram pra bandas como Dead Fish e Voodoo Glow Skulls, da Califórnia. Todas as semanas eles ensaiam no estúdio Mono, do Marcos. Tim é técnico de informática e cuida da mídias sociais da banda, Imakawa é

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diretor de vídeo e fez os quatro clipes dos Jerseys, Pher é tatuador e faz a arte dos CDs e camisetas. O Punk Rock dos Jerseys é totalmente despretensioso. Não querem levantar bandeiras nem lutar por causa nenhuma. Quando perguntei a eles se tinham alguma mensagem, a resposta foi “fique bêbado ou morra tentando”, seguida por muitas gargalhadas. Pher explica que já teve essa preocupação em suas outras bandas. “Eu fui Punk, mas agora estou velho e não acredito mais que posso mudar o mundo. Nossa parada é proporcionar diversão e só. A única saída é explodir tudo. Até lá vamos beber whiskey!”, ironiza. Mas peraí, porque a banda tem esse nome? “Na segunda guerra mundial havia um barco que capturava e prendia os soldados que fugiam da guerra, desesperados, pelo mar. O barco era chamado Jersey. E os soldados que fugiam eram chamados de Jerseys. É isso, nós não queremos lutar pela pátria, nós somos os Jerseys”. Autenticidade eles tem. Descubra se o som é bom em: jerseysband jerseysband

R. F


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FREE SESSION EVEnTo

Skatista Ruimar Guiel passaroto, vencedor do campeonato do Ollie em dist창ncia

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Em sua terceira edição, o festival trouxe tudo que a gente gosta. Graffiti, tattoo, arte, esportes radicais e música

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daniks araújo no Slackline

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Fe 01

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nclusão social, esportes radicais, exposições de fotos e arte, graffiti, tatuagem, música boa, tudo isso rolou em três dias de festival Free Session, na Casa de Frontaria Azulejada, no centro histórico de Santos. Foram arrecadados 380 kg de leite em pó, destinados ao Fundo de Solidariedade de Santos.

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O festival começou com inclusão social. 60 crianças especiais interagiram com o público nas oficinas de BMX, Slack Line, Skate, Escalada, Capoeira e Jiu Jitsu. Rolou competição de BMX, organizada por Marcelo Lima, presidente da federação paulista da modalidade de bike radical. Teve roda de capoeira do Grupo Arte de Gingar, com o mestre Bandeira e o


Serviço À La Carte e Festival

Promoção Festival 01 homem + 01 mulher R$105,90 com sobremesa! (seg. e ter. a partir das 19h)

R. Euclides da Cunha, 262, Pompeia, Santos

Delivery: 13 3041 4430 www.seumiyagisushi.com.br Horário de funcion.: De seg. a Sáb. Almoço: 11h30 as 15h00 - Jantar: a partir das 19:00hrs.83


contra-mestre Felipe. A oficina de Slack Line foi comandada por Daniks Araújo. Teve apresentação de Moto Wheeling com o Piloto Kbça Stunt Rider, que impressionou a galera. Também rolaram competições de Skate organizadas pela

marca Dirty Joy. As exposições de arte ficaram por conta dos artistas Bomfim e Marcelo Lazareff e as fotos eram do nosso fotógrafo Tom Leal. No último dia, Tom trocou suas fotos por mais doações de alimentos

Biker alcides Beaves

não perecíveis. Boa música não faltou. Se apresentaram no Free Session trazendo Reggae, a banda Viberoots, e misturando Hip Hop com Rock, a banda Audio Local. Teve muito Rap do bom com C.R.I.A.S. da Baixada, que você confere no Sonzeira desta edição da Zerotreze, além de Mendez, Imagreen,

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Criminal D Rap, banda Art Radical e até Rap gospel com Aliança Divina. E mais Hip Hop com os DJs Niggazz, Danilo Campbell e Jogado, que também aparece nesta edição da Zerotreze. Várias pessoas receberam homenagens. As categorias eram: Legends (lendas), Incentivo ao Esporte, Incentivo a Cultura,


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Projetos Sociais e Projetos Ambientais. Alguns homenageados foram Romeu Andreatta, da revista Alma Surf, e Jojó de Olivença, ambos lendas do mundo do Surf, além da equipe da H Prol, pioneiros do Skate na Baixada, destaque da primeira edição da Revista Zerotreze, na categoria Legends. Jorge Limoeiro, shaper mais antigo em atividade em Santos e Roberto Maçaneiro, presidente da Federação Paulista de Skate, na categoria incentivo ao esporte. O Instituto Ecofaxina recebeu a homenagem pelo projeto ambiental, que promove limpeza no mar e nas praias da região. Algumas atrações marcadas faltaram, mas isso não tirou o brilho do evento. É de acontecimentos desse nível que precisamos na Baixada Santista, que promovam a cultura de rua, esporte, arte, boa música e inclusão social, tudo isso arrecadando alimentos para quem mais precisa. O organizador do Free Session, Leonardo Branco, está de parabéns. Além desse evento, ele também realiza um festival de Skate Longboard na Ilha Porchat, o circuito paulista de Carveboard, com etapas em três cidades, tem um projeto ambiental em andamento há quatro anos e é presidente da primeira associação de Carveboard do Brasil. “Também sou capoeirista, skatista e surfista”, diz. “Mas o que faço de mais legal e diferente é a minha profissão, restauro os imóveis tombados pelo patrimônio histórico do centro de Santos”, informa. Seu projeto ambiental “Meu quintal Ilha Porchat” recolhe lixo diariamente das encostas da ilha. Não dá pra acreditar em tamanha falta de educação e consciência ambiental dos nossos vizinhos. Nosso sonho é que projetos assim não sejam mais necessários, porque os locais da Baixada não sujam nossas ruas e nossas praias. Até lá, continuamos na luta. ZT

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Nathaly mandando no Tarp Surfing


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Vida de DJ

Duas tribos, dois estilos musicais, dois estilos de vida e dois rolês diferentes com um mesmo fim. Cla Pessoa, DJ de House Music e Jogado, DJ de Hip Hop vivem em mundos diferentes, mas ambos tem a mesma missão. Divertir a galera e não deixar ninguém parado na pista.

C

la Pessoa é DJ há cinco anos e sua carreira começou de forma totalmente inesperada. Formada em Moda, resolveu criar uma marca de camiseta e para o lançamento promoveu uma festa. Contratou DJs, mas faltava alguém que abrisse a noite. Uma amiga a convenceu que seria legal se elas mesmo tocassem. Ela achou a ideia absurda, pois não sabia tocar. Alugaram um estúdio para aprender e para a surpresa geral, quando elas tocaram foi a verdadeira animação da festa, enquanto que as DJs conceituadas pagas para tocar na noite deixaram a desejar. Nesse dia alguns empresários da noite em Santos assistiram ao set da Cla e ela

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começou a receber convites. Foi chamada pra tocar na saudosa casa de música eletrônica Euro e foi então que ela decidiu estudar para valer e fazer um curso de DJ. Os amigos começaram a chamar e carreira começou a decolar. “Não tem muita DJ mulher em Santos, acho que por isso não parei de tocar desde o começo. Sempre tive bom relacionamento com as pessoas e isso é esperado de um DJ hoje em dia, não basta só tocar bem, tem que ter carisma e ser promoter também, tem que trazer gente pra balada. Não é vantagem a casa contratar um DJ que não traz público”, revela. Ela gosta de Deep House, MPB e Indie Rock, mas admite que toca um som comercial na balada. “Eu toco o que as pessoas querem ouvir. Se as pessoas que vão nas baladas daqui querem ouvir na pista o que escutam na rádio, eu quero mais é fazer elas felizes. Esse é meu papel como DJ”, afirma. “Eu escuto vários produtores, fico antenada nos blogs de música eletrônica, sites de venda de tracks e com base em toda essa pesquisa sigo meu feeling do que pode ou não funcionar

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na pista”, explica. Mas quando ela está de folga e quer sair para se divertir, prefere ouvir um eletrônico mais underground, como rola na D-Edge em São Paulo. “O DJ tem uma grande responsabilidade, você não pode achar que vai acertar e sim ter certeza. As pessoas tem que se divertir, o bar tem que consumir, a casa tem que bombar, você precisa receber o cachê e contribuir pra tudo isso”, avalia. Ela também faz parte de um grupo de DJs, o Female Angels, que toca mais House de raíz, menos comercial. São três DJs e uma vocalista. O grupo viaja bastante pelo Brasil. Mas não pense que essa vida é só festa. “Não sei o que é ter um fim de semana pra mim há anos. Para marcar uma viagem é muito difícil, preciso reservar um período sem datas agendadas para conseguir tirar umas férias”, conta. E não se iluda com o glamour da profissão e com os lugares de alto nível que ela toca. Cla é uma pessoa totalmente pé no chão.

“A noite pra mim é totalmente ilusória, uma ilusão que dura algumas horas. Você se veste com a melhor roupa, sai linda, maquiada, mas daqui a pouco você vai acordar sozinha na sua cama, toda borrada. É um mundo de imagem e eu não me iludo com nada disso”. Cla faz questão de cumprimentar da mesma forma todos os funcionários da balada, do faxineiro ao dono. “Não sou estrela, sou funcionária igualzinho a eles e o que me


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reira e os outros morreram. Foi nesse filme que eu vi que eu tinha uma saída, uma alternativa, uma chance de sair dali”, revela Jogado. Tudo foi na raça e no improviso. Fã de Hip Hop desde moleque, Jogado começou a tocar em equipamentos emprestados dos amigos. “Nos encontrávamos no bairro Costa e Silva, os DJs da época se juntavam e ficavam tocando, tipo um baile de rua. Poucos toca-

alegra é ver eles se divertindo com meu som também. São trabalhadores que estão na noite loucos para ir embora e voltar para a família, trabalhar a noite é muito sacrificante, então se eu conseguir levar a eles um pouco de alegria é muito gratificante”, afirma Cla. “Sou comum, eu gosto de andar de camiseta e chinelo de segunda a sexta”. Humildade em pessoa, merecedora de todo o sucesso. Do outro lado da noite temos o Jogado, DJ de Hip Hop há 20 anos. Criado na periferia de Cubatão, não é exagero dizer que o amor ao Rap salvou sua vida. Ele também começou por acaso, ao ver o filme Juice, lançado em 1992 com o lendário rapper e ator Tupac Shakur, que contava uma história que parecia com o que ele vivia na época. “Sempre morei na periferia e andava com um pessoal da pesada. No filme, um dos meninos se interessa pela discotecagem e vira DJ, enquanto os outros acabam entrando pro crime. Ele se deu bem e seguiu car-

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vam Hip Hop, o hit do momento era Miami”. Essa foi uma grande referência musical para Jogado, além dos ídolos Tupac, Public Enemy, NWA, Run DMC, MC Rain. Mas o que o encantava era tocar discos e grandes DJs o inspiraram como DJ Primo e os americanos Crazy e Vajera. Ele ficou impressionado ao ver o Grandmixer DXT tocando no Grammy. Foi a primeira vez que um DJ tocou ao vivo com uma banda em um Grammy Awards. “Passou até no Fantástico, chamou atenção de todo mundo. Foi aí que pensei que podia me envolver com banda, aprender a fazer scratch. Fui estudando sozinho, sou totalmente autodidata”, recorda. Ele participou de um campeonato de DJs em 1995 e ganhou. “Enchia o saco dos amigos, ia treinar na casa deles e consegui vencer. Foi aí que ganhei meu primeiro equipamento de DJ, imagina minha felicidade”, conta. As dificuldades quase o desviaram do caminho, mas a paixão pela discotecagem Hip Hop foi maior que tudo. “Encontrei vários obstáculos, desanimei e fui estudar e trabalhar. Mas não desisti do meu sonho e hoje já toco profissionalmente há uns nove anos”. Há cinco anos está no comando da casa mais Hip Hop da Baixada, o Clube 49, conhecido como Clubinho. Resolveu alugar para


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fazer festas no pico com um amigo. Trouxe grandes nomes do Rap atual para cantar na casa, como Emicida e Criolo. Na época eram apostas. “Ouvi a primeira Mix Tape do Emicida e decidi apostar nele, assim como com vários artistas que hoje estouraram”, revela.

“Hoje a cena do Rap em Santos está bombando. Todo fim de semana tem vários shows, fica até difícil acompanhar. Às vezes tem três boas opções na mesma noite. Muito desse crescimento da cena se deve ao Clubinho, que realmente fomentou a cultura Hip Hop na cidade”

Após alguns meses fechado pra reforma, a casa voltou com tudo no último feriado, na festa chamada de O Retorno de Jedi . Estouro! Casa cheia e vibe lá em cima, a cara do Clubinho. B-Boys dançando, galera fervendo até o amanhecer. A intenção é que voltem à tradição das festas quinzenais. Tocou cinco anos com o Koala Joe, igualzinho ele viu no Fantástico. Rodou o Brasil com a banda. E hoje sua carreira está muito bem, obrigada. Na semana de nossa entrevista ele tocou pela primeira vez no Galeão em Camburi, além de Torto, Moby Dick, Dom Room e Clubinho. Sim, cinco baladas em uma semana! Mas ele não quer

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ser rotulado como DJ do Rap. “Sou fã de Black Music, toco várias vertentes. E graças a isso eu acabei levando o Rap a lugares que nunca se imaginaria”. Ele abre quase todos os grandes shows de Hip Hop na cidade. Antenado nas tendências, ele começou a tocar o Trap e o Twerk, estilos americanos que misturam o Hip Hop com Eletrônico. Ligado no que rola mas, com orgulho, fincado nas suas raízes.

“Já recebi várias propostas pra tocar Funk e eu não toco de jeito nenhum. Sem essa que DJ é obrigado a dançar conforme a música. Posso até tocar várias vertentes, mas todas dentro do universo do Hip Hop e da Black Music, não vou me vender.

Agências já me procuraram pra tocar de tudo e eu recusei. Prefiro voltar a bater marreta em qualquer lugar do que me render a este tipo de coisa”, afirma Jogado. A Revista Zerotreze apoia essa postura! “Continuo na luta para quebrar barreiras. Tem gente que ainda enxerga o Rap com maus olhos. Minha perspectiva é tocar em cada vez mais lugares levando o Rap para lugares que não são da cena e assim conseguir ir agregando cada vez mais pessoas e classes sociais no Hip Hop”. Essa é a missão. Sucesso, guerreiro! ZT


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A Hora e a Vez do Graffiti

Da marginalidade e ilegalidade das ruas pra galerias de arte, projetos de decoração, publicidade e arquitetura, não há limites para a Street Art 98


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rimeiro era pichação, depois virou arte e já faz um tempo que o graffiti se popularizou. Mas quem diria, que além das ruas, ele ganharia respeito e admiração e chegaria até mesmo as galerias de arte, obras de arquitetura, peças publicitárias e projetos de decoração. Santos tem vários artistas conceituados no assunto. Aonde você for, encontrará alguma arte do Edgar Pesado, dono da marca de skate A Fase. “A cena do graffiti na Baixada Santista está crescendo bastante, os artistas daqui tem um nível altíssimo e não perdem para ninguém nem a nível nacional, nem internacional”, avalia Pesado. “Não só graffiti, como Street Art, sticker, lambe-lambe, stencil, é

Arte: Colante bem legal esse celeiro cultural que está rolando na cidade”, completa. Ele considera a chegada do graffiti as galerias de arte, um movimento natural. “Hoje em dia a gente vê o graffiti em várias linguagens, várias mídias, vê sua tipografia em produtos, comerciais, mercados. Ele está inserido em todo lugar”, afirma Pesado. “Acho normal a transição, considero o graffiti hoje uma escola de arte, assim como foi o cubismo, o impressionismo, o surrealismo, entre outras e outros gênios”, afirma o publicitário e grafiteiro Erico Bomfim. “Admiro os dois lados, tanto o graffiti raíz das ruas, quanto o que está atingindo museus e galerias, assim todos nós podemos

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Arte: Kid mostrar nossa arte. O ponto positivo desse movimento é a quebra do preconceito, pois antes era algo marginalizado e hoje a arte urbana está sendo respeitada. Foi um grande avanço”, comenta Pesado. Erico Bomfim ao atuar como diretor de arte, tentava naturalmente envolver o graffiti em seus trabalhos. “Era bem difícil conseguir que a ideia fosse aprovada. Os produtos daqui não compravam as ideias, achavam que era um lance meio marginal”, lembra. “Hoje já consigo juntar as duas coisas em um trabalho publicitário”, declara. “Acho que o graffiti só não tem maior entrada na publicidade porque o custo fica mais caro do que fazer uma arte no computador”, avalia Bomfim. “No graffiti o custo pesa por conta dos materiais necessários, sprays, tintas e a mão de obra do artista, que deve mesmo ser valorizada”, acrescenta. Recentemente houve uma exposição de graffiti no Teatro Municipal de Santos, chamada “A Galeria é Nossa”, com diversos artistas

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Acho normal a ~ transicao, considero , o graffiti hoje uma escola de arte, assim como foi o cubismo, o impressionismo, o surrealismo, entre^ outras e outros gênios da região, como Bomfim, Colante, Fixxa, Kid, Pesado, Ñ e Shesko. “Essa exposição foi um marco na minha vida, depois dela, comecei a receber várias propostas de trabalho com o graffiti, hoje estou trabalhando mais com isso do que com a publicidade. Valorizou a classe. E era o que eu queria, me abriu portas, estou muito feliz”, afirma Bomfim. Se engana quem acha que essa arte é recente. “O Graffiti surgiu no Brasil na década de 60 como arte de contestação em forma


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Arte: Shesko, Pesado, Hugo, Kid, Bonfim, Fixxa e Colante de pichações que retratavam o momento político”, afirma o arquiteto Felipe Torelli. Ele conta que a relação do graffiti com a arquitetura vem crescendo e se torna a cada ano mais popular. “Os artistas ganharam status de astros e percorrem o planeta pintando os mais famosos e diferentes pontos do mundo”, comenta Torelli. “O movimento cresceu muito e tomou conta das galerias, comércios e por fim foi para dentro das residências. Na decoração, ele surge para dar um ar descolado para grandes paredes, cozinhas, pequenos lavabos e espaços temáticos. Podem ser aplicados também em grandes telas e técnicas de fotografia”, revela. “Na aplicação, é sempre importante que a superfície esteja perfeita e com texturas uniformes. Combinações com materiais como o concreto e tijolo podem dar um ar mais urbano, remetendo a cenários de cidades grandes como Nova Iorque ou Londres”, explica o arquiteto.

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Fala-se também em Street Art, qual a diferença? “Street Art é uma intervenção pra fazer com que aquele vazio se torne atrativo. Não tem compromisso de pintar uma parede, pode pintar uma lata de lixo, por exemplo. Parte do princípio do graffiti, mas muda o conceito, muda a plataforma, não está preso somente a rua e sim aos objetos, um poste, um canteiro, qualquer coisa”, analisa Bomfim. “Uma vez no BNH, peguei um lixo acumulado e com umas madeiras fiz uma intervenção visual no ambiente, tipo uma escultura, pintei uns rostos”, revela Bomfim. “Em São Paulo tem um grupo muito bacana, o Seis e Meia, que pinta bueiros”, conta. “Vejo o grafiteiro como um muralista, alguém ligado ao muro. O graffiti é essencialmente urbano, traz muito da cultura hip hop e referências de periferia”, conclui. Seja qual for a técnica ou conceito, é sempre bom ver nossas ruas repletas de arte. ZT


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Por Vanessa Pimentel, estudante de Jornalismo

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urante os meses de dezembro a fevereiro, a Baixada Santista recebe a Operação Verão. As cidades passam a contar com um número maior de policiais, bombeiros e guarda-vidas, que ajudam a manter a ordem e a segurança durante a temporada. Mas, depois que o verão acaba, o policiamento volta a sua rotina normal e a sensação de insegurança aumenta para os moradores das cidades litorâneas. Durante a Operação Verão, o total de policiais é de 1063 - o efetivo normal da Polícia Militar de Santos conta com 796 homens. O problema é que as viaturas se concentram apenas nos locais de maior circulação de pessoas e comércios, como Gonzaga, Boqueirão e orla da praia, mas pelos arredores dos bairros deixam a desejar. Quem acompanha as redes sociais e jornais regionais percebe a quantidade de assaltos ocorridos no entorno das universidades e nos bairros da cidade. Hamude Yassin, dentista, 23 anos, estava no Cook’s, bar conhecido e muito frequentado pelos estudantes da Universidade Santa Cecília e jovens da região. Por volta da meia-noite, pegou o carro e foi em direção à praia pelo Canal 5. Ao parar no semáforo da Epitácio Pessoa com Almirante Cochrane, um homem armado pediu para que abrisse o vidro do automóvel. “Passou um milhão de coisas pela minha cabeça. Engatar, sair fora, mas olhando para a arma decidi não arriscar. Ele pediu meu celular, corrente, relógio e carteira. Pegou os R$ 900 que estavam dentro e a devolveu. Depois jogou a chave do carro longe para que eu não fosse atrás dele e saiu correndo”, relata. Hamude ficou durante 15 minutos parado

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na avenida, procurando a chave. Durante este tempo, nenhuma viatura passou por ali. “Estavam todas concentradas no Cook’s, cuidando do barulho que incomoda a vizinhança”, explica. O boletim de ocorrência foi feito na delegacia de São Vicente, mas ele não conseguiu recuperar seus pertences e o ladrão não foi encontrado. Já Barbara Pereira, assistente administrativa, 28 anos, teve seu celular roubado em plena tarde de domingo, perto do canal 4. “Eu estava saindo da praia e mexendo no celular. Quando cheguei na Epitácio Pessoa, um cara de bicicleta passou e o pegou da minha mão. Ainda tentei negociar de volta, porque eu sei que, às vezes, eles devolvem o aparelho em troca de dinheiro, mas não consegui. Ele foi embora e meu telefone foi junto”, afirma. Durante toda a orla da praia é possível ver viaturas da Polícia Militar. Mas, é só andar pelas ruas dos bairros para presenciar cenas de violência. A sociedade santista não vive apenas de frente para o mar. Os cidadãos pedem que a segurança se estenda não somente durante a temporada, quando a Baixada fica cheia de turistas, mas também nos dias que percorrem a rotina normal de quem mora aqui. Câmeras de segurança e rondas diárias da P.M. em um curto período de tempo, são soluções propostas pela população como forma de coibir a ação dos ladrões. Praia Grande é uma das pioneiras a aderir aos “olhos eletrônicos”. Com mais de 1.530 equipamentos espalhados pela cidade, o município conseguiu diminuir consideravelmente o número de assaltos nas áreas controladas, além das imagens ajudarem na captura dos infratores. A Revista Zerotreze está de olho! ZT


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