Doenças

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2010

Externato D. Afonso Henriques

Manual de Doenças Sintomas, Possiveis causas, Diagnóstico e Possíveis tratamentos

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António Fonseca Nº4 12ºA Hugo Duarte Nº12 12ºA Daniel Trindade Nº13 12ºA Tomé Veiga Nº27 12ºA


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Índice Acalasia.......................................................................................................................................... 7 Acne............................................................................................................................................... 9 Aftas ............................................................................................................................................ 12 Anorexia nervosa......................................................................................................................... 14 Artrite psoriática ......................................................................................................................... 17 Espondilite ................................................................................................................................... 20 Artrite Reumatóide ..................................................................................................................... 23 Asma ............................................................................................................................................ 27 Aterosclerose .............................................................................................................................. 32 Bronquite..................................................................................................................................... 36 Cirrose hepática .......................................................................................................................... 39 Cólera .......................................................................................................................................... 42 Diarreia ........................................................................................................................................ 45 Disfagia ........................................................................................................................................ 48 Embolia pulmonar ....................................................................................................................... 51 Furúnculo .................................................................................................................................... 56 Gripe ............................................................................................................................................ 59 Hepatite....................................................................................................................................... 64 Hipertiroidismo ........................................................................................................................... 69 Hipoglicemia ................................................................................................................................ 72 Lúpus ........................................................................................................................................... 77 Meningite .................................................................................................................................... 80 Osteoartrite ................................................................................................................................. 83 Pneumonia .................................................................................................................................. 87 Rinite Alérgica ............................................................................................................................. 90 Tuberculose ................................................................................................................................. 92 Otite externa ............................................................................................................................... 96 Sinusite ........................................................................................................................................ 99 Gastrite ...................................................................................................................................... 102 3|Página


Gota ........................................................................................................................................... 107 Amenorreia ............................................................................................................................... 112 Amebiase ................................................................................................................................... 115 Dengue ...................................................................................................................................... 118 AVC (Acidente Vascular Cerebral) ............................................................................................. 121 Esquistossomose ....................................................................................................................... 124 Malária ...................................................................................................................................... 126 Raiva .......................................................................................................................................... 130 Alzheimer .................................................................................................................................. 134 Aneurisma ................................................................................................................................. 137 Cancro ....................................................................................................................................... 140 Diabetes .................................................................................................................................... 145 Escoliose .................................................................................................................................... 152 Fobias ........................................................................................................................................ 156 Gengivite/ Periodontite............................................................................................................. 161 Lepra.......................................................................................................................................... 167 Parkinson ................................................................................................................................... 170 Perturbações do sono ............................................................................................................... 173 Psoríase ..................................................................................................................................... 176 Apendicite ................................................................................................................................. 179 Gonorreia .................................................................................................................................. 183 Otite .......................................................................................................................................... 187 Sífilis .......................................................................................................................................... 190 Depressão.................................................................................................................................. 196

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Acalasia

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Acalasia O que é? Acalasia da cárdia é uma alteração neuromuscular hipertónica do mecanismo esfincteriano da cárdia, causando dificuldade de passagem do alimento do esófago para o estômago e podendo evoluir com dilatação do esófago. Normalmente, a disfagia é de longa evolução, de anos, ao contrário daquela associada ao câncer esofágico, que tem semanas ou, no máximo, alguns meses de evolução. O paciente encontra-se geralmente emagrecido e com uma longa história de vómitos, regurgitação e salivação.

Diagnóstico Devido a similaridade, a acalasia pode ser confundida com outras patologias que atingem o esófago, como a doença do refluxo gastroesofágico, e, menos comummente, o câncer esofágico, que têm mecanismos próprios. O diagnóstico nas fases iniciais pode ser difícil, já que os exames de rotina como endoscopia digestiva alta e o RX contrastado do tubo digestivo alto podem ser normais, apenas evidenciando a doença quando já houver dilatação do esófago. O exame que mais precocemente faz o diagnóstico é a manometria esofágica, cujos achados mais significativos são: 1. Ausência de ondas peristálticas no corpo esofágico, que pode estar atónico ou mostrar apenas ondas simultâneas, não peristálticas, de amplitude variável; 2. Relaxamento apenas parcial e incompleto da cárdia, frequentemente associado a hipertensão esfincteriana, com valores acima de 45 mmHg. A pressão do esfíncter pode, no entanto, estar normal. 3. A pressão intra-esofagiana, normalmente menor que a pressão intra-gástrica, pode estar aumentada pela presença de resíduos alimentares no seu interior.

Tratamento As opções para tratamento incluem mudanças no estilo de vida, medicamentos, cirurgia, entre outros. Os tratamentos disponíveis mais comummente empregados são a dilatação esofágica com balão, bloqueio neuromuscular da cárdia com injecção intra-muscular de toxina botulínica realizada através de endoscopia digestiva alta e a miotomia cirúrgica, este ainda o tratamento mais eficaz.

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Acne

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Acne O que é? A acne é uma doença da pele, caracterizada por inflamação e infecção das glândulas sebáceas. Ocorre principalmente em face, pescoço, peito, costas e ombros. Embora seja mais frequente em adolescentes, pessoas adultas também podem ser afectados. Na maioria das vezes, o quadro de acne desaparece após vários anos, mesmo sem tratamento. No entanto, a acne pode deixar cicatrizes e mesmo desfigurar a pessoa, causando stress e prejuízos psicológicos e sociais.

Causas da acne As causas da acne podem ser agrupadas em 3 factores: 1 - Produção excessiva de oleosidade (sebo) 2 - Espessamento da camada córnea da pele (descamação irregular) 3 - Proliferação de bactérias (inflamação e infecção) A acne ocorre quando o folículo piloso torna-se entupido pelo óleo e células mortas. Como um "plug" de gorduras e células mortas. Quando este "plug" chega até a superfície da pele o ar do ambiente oxida-o, tornando-o escuro, originando os pontos negros. Quando o “plug” de gordura e células mortas faz as paredes do folículo se fecharem, forma-se uma saliência branca ou avermelhada, originando as vulgarmente espinhas. Quando o conteúdo do folículo torna-se inflamado e infectado por bactérias, existe a produção de pus, originando as pústulas. As causas da produção excessiva de sebo e da descamação irregular não estão completamente esclarecidas, mas existem factores associados como hormonas (testosterona e estrogénios), bactérias, alguns medicamentos e factores genéticos. Contrariando o senso comum, alimentos têm pouca participação na causa da acne, sendo que alguns alimentos podem desempenhar alguma piora em casos individuais, esfregar a pele ou utilizar sabonetes fortes podem irritar a pele e piorar a acne.

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Sintomas da acne A acne surge tipicamente na face, pescoço, costas, peito e ombros, que são áreas com maior número de glândulas sebáceas. A acne pode apresentar-se como: Acne Grau I: Presença principalmente de espinhas, podendo apresentar algumas pápulas e raras pústulas. Existem 2 tipos de espinhas: Espinha fechado: Lesão esbranquiçada ou da cor da pele de forma esférica. Espinha aberto: Lesão de ponta escura de forma esférica. Acne Grau II: Presença de espinhas, pápulas eritematosas (avermelhadas) e pústulas. O quadro tem intensidade variável, desde poucas lesões até numerosas, com inflamação bem intensa. Acne Grau III: Presença de espinhas, pápulas e pústulas. Acne Grau IV: Constitui uma forma grave de acne, também chamada de conglobata, onde além dos cistos e pústulas, existem a presença de abcessos. Acne Grau V: É uma forma extremamente rara e potencialmente fatal, por isto também é chamada de fulminante. Apresenta-se na forma de febre, dores articulares e comprometimento do estado geral.

Tratamento da acne O tratamento da acne actua reduzindo a produção excessiva de óleo, acelerando a renovação celular, combatendo a proliferação de bactérias e reduzindo a inflamação. A maioria dos tratamentos para acne inicia seu efeito a partir da quarta semana, sendo que algumas vezes a acne pode até piorar nas primeiras semanas. Tratamentos para acne incluem: Loções para acne podem reduzir a oleosidade, combater bactérias ou promover a esfoliação de células mortas da pele. Estes produtos podem ser efetivos para casos leves de acne. No entanto, para casos moderados o médico poderá prescrever medicamentos típicos como: Tretinoína ou ácido retinóico que age acelerando a renovação celular, aumentando a esfoliação da pele e prevenindo a formação de comedões. Antibióticos típicos que agem combatendo as bactérias presentes na pele. Para casos moderados a graves podem ser prescritos antibióticos orais para reduzir a proliferação bacteriana e a inflamação. Utilizada em casos moderados, graves ou resistentes, a isotretinoina é um medicamento altamente efetivo, mas pessoas em uso dele necessitam de monitoramento cuidadoso devido aos efeitos adversos. A isotretinoina esta associada a graves defeitos de mal formação em fetos, por isto é proibida para gestantes. Medicamentos anticoncepcionais hormonais mostraram-se efetivos no tratamento da acne em mulheres. Terapias com laser ou baseadas em luz agem reduzindo a oleosidade da pele ou mesmo combatendo as bactérias causadoras da acne.

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Aftas

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Aftas O que são? Aftas são as lesões mais frequentes encontradas na boca. Aftas são caracterizadas por úlceras (feridas) arredondadas de coloração branco-amarelada e contorno avermelhado. São geralmente dolorosas, principalmente em contacto com alimentos. Aftas podem surgir em qualquer parte da mucosa oral, incluindo gengivas, palato, amígdalas, parte ventral da língua e interior das bochechas. Aftas duram tipicamente de 7 a 10 dias, resolvendo-se espontaneamente, na maioria dos casos.

Causas da afta: Não existem causas específicas para o desenvolvimento de aftas, mas alguns factores de risco são apontados: 1 - Predisposição genética; 2 - Deficiência de ferro, ácido fólico, vitamina B6 e B12 podem estar associadas; 3 - Sistema imunológico desregulado; 4 - Stress emocional é frequentemente apontado como desencadeante; 5 - Trauma local (machucar) pode iniciar uma afta; 6 - Síndrome de Becet (doença auto-imune); 7 - Doença celíaca (doença inflamatória do intestino ligada ao glúten); 8 - Alguns alimentos desencadeiam aftas em alguns indivíduos, e não em outros.

Tratamento das aftas Algumas medidas ajudam a curar as aftas mais rápido: 1 - Mantenha a boca limpa, escovando os dentes após qualquer refeição. 2 - Evitar esfregar a superfície da afta, pois impede a epitelização. 3 - Bocejar água oxigenada diluída pode ajudar a reduzir as bactérias da boca. Usam-se volumes de baixa concentração (10) diluída em um copo de água. Não se deve engolir. 4 - Prestar atenção em quais alimentos causam aftas e evitá-los. 5 - Para casos persistentes, o médico deve ser consultado, para prescrição de medicamentos. Medicamentos para as aftas utilizados em situações comuns 1 - Alguns remédios para as aftas devem ser usados sob prescrição médica: 2 - Anti-inflamatórios (corticóides); 3 - Enxaguantes bucais que reduzem a população de bactérias na boca (contendo clorexidina, água oxigenada e outros); 12 | P á g i n a


Anorexia Nervosa

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Anorexia nervosa O que é? A anorexia nervosa é uma disfunção alimentar, caracterizada por uma rígida e insuficiente dieta alimentar (caracterizando em baixo peso corporal) e stress físico. A anorexia nervosa é uma doença complexa, envolvendo componentes psicológicos, fisiológicos e sociais. No caso dos jovens adolescentes de ambos os sexos, poderá estar ligada a problemas de auto-imagem, dificuldade em ser aceito pelo grupo, ou em lidar com a sexualidade genital emergente, especialmente se houver um quadro neurótico (particularmente do tipo obsessivo-compulsivo) ou história de abuso sexual ou de bullying. A taxa de mortalidade da anorexia nervosa é de aproximadamente 10%, uma das maiores entre qualquer transtorno psicológico.

Sintomas  

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Peso corporal em 85% ou menos do nível normal. Prática excessiva de actividades físicas, mesmo tendo um peso abaixo do normal. Geralmente, os anoréxicos vêem peso onde não existe, ou seja, o anoréctico pensa que tem um peso acima do normal. Em pessoas do sexo feminino, ausência de ao menos três ou mais menstruações. A anorexia nervosa pode causar sérios danos ao sistema reprodutor feminino. Diminuição ou ausência da libido; nos rapazes poderá ocorrer disfunção eréctil e dificuldade em atingir a maturação sexual completa, tanto a nível físico como emocional. Crescimento retardado ou até paragem do mesmo, com a resultante má formação do esqueleto (pernas e braços curtos em relação ao tronco). Descalcificação dos dentes; cárie dentária. Depressão profunda. Tendências suicidas. Bulimia, que pode desenvolver-se posteriormente em pessoas anoréxicas. Obstipação grave. A anorexia possui um índice de mortalidade entre 15 a 20%, o maior entre os transtornos psicológicos, geralmente matando por ataque cardíaco, devido à falta de potássio ou sódio (que ajudam a controlar o ritmo normal do coração). Pode ser causada por distúrbio da auto-estima.

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Causas e grupos de risco

A anorexia nervosa afecta muito mais pessoas jovens (entre 15 a 25 anos), e do sexo feminino (95% dos casos ocorrem em mulheres). Tem sido enfatizada, em debates populares, a importância dos media para o desenvolvimento de desordens como anorexia e bulimia, por alegadamente promover ela uma identificação da beleza com padrões físicos de magreza acentuada. Qualquer papel a ser exercido pela cultura de massa na promoção dessas desordens, no entanto, está ainda para ser demonstrado. Características sociopsíquicas de anoréxicas: Níveis exageradamente elevados de perfeccionismo (busca por padrões de conquista e realizações notavelmente altos, necessidade de controle, intolerância a "falhas" ou "imperfeições") são comuns, e mesmo centrais, no desenvolvimento da anorexia. A presença dessa busca por padrões de perfeição transcende o desenvolvimento da doença, sendo anterior a ela e permanecendo em pacientes que já foram curadas da doença. Outros traços obsessivos-compulsivos, além do perfeccionismo, são notados na infância de anoréxicas, principalmente inflexibilidade, forte adesão a regras estabelecidas, observação dos padrões mantidos por autoridades, etc. Incidência de abuso físico ou sexual é mais elevada em grupos de anoréxicos; num estudo realizado na América do Norte, a presença de um histórico de abuso sexual na infância apresentou uma forte associação com o desenvolvimento de transtornos alimentares em grupos de homens homossexuais.

Tratamento Deve-se ter duas vertentes, a não farmacológica e a farmacológica. Entretanto deve-se ter em mente a importância de uma relação entre médico e paciente satisfatória, uma vez que a negação pelo paciente é muitas vezes presente. Dependendo do estado geral da paciente pode-se pensar em internamento para restabelecimento da saúde. Correcção de possíveis alterações metabólicas e um plano alimentar bem definido são fundamentais. Além disso, o tratamento também deve abordar o quadro psicológico, podendo ser principalmente a terapia cognitiva comportamental e psicoterapia individual. Em relação a abordagem farmacológica tem-se utilizado principalmente os anti-depressivos, mas que é uma área que carece de muitos resultados satisfatórios tendo em vista a multicausalidade da doença. As recaídas podem acontecer, daí a importância de se ter um acompanhamento profissional por longa data.

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Artrite Psoriรกtica

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Artrite psoriática O que é? Artrite psoriática é um tipo de artrite inflamatória que afecta em torno de 5-7% das pessoas que sofrem de psoríase crónica na pele. O tratamento de artrite psoriática é semelhante ao de artrites reumáticas. Mais que 80% dos pacientes com artrite psoriática terá lesões psoríticas nas unhas, caracterizadas pelo seu descaroçamento, ou mais extremamente, perda da própria unha. Artrites psoriática pode acontecer em qualquer idade, porém em média tende a aparecer aproximadamente 10 anos depois dos primeiros sinais de psoríase. Para a maioria das pessoas isto está entre as idades de 30 e 50, mas também pode afectar as crianças. Os homens e mulheres são igualmente afectados por esta condição. Em aproximadamente um em sete casos, os sintomas de artrite podem acontecer antes de qualquer envolvimento de pele.

Sintomas    

Os principais sintomas incluem: Rigidez matinal nas articulações Fragilidade/Sensibilidade nas articulações Edema, Inchaço, Rubor Anomalias das unhas Há dois padrões básicos, um que afecta a coluna e outro as articulações das extremidades. Na coluna, há dor lombar e nas nádegas. Também há a probabilidade dos movimentos respiratórios serem afectados, quando a doença alcança as articulações das costelas com a coluna torácica. Produz, ainda, dores na nuca ou na coluna cervical.

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Tipos de artrite psoriática Considerando os sintomas consideram-se cinco tipos principais de artrite psoriática:

Simétrica Este tipo corresponde por 50% de casos e afecta juntas e ambos os lados do corpo. Este tipo é muito semelhante a artrite reumatóide.

Assimétrica Este tipo afecta 35% de pacientes e é geralmente moderada. Este tipo não acontece nas mesmas juntas em ambos os lados do corpo e normalmente envolve 2 a 4 juntas.

Artrite mutilante Afecta menos que 5% dos pacientes e é severa, deformadora e destrutiva. Esta condição pode progredir durante meses ou anos que causam danos severos.

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Espondilite

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Espondilite O que é? Este tipo é caracterizado por dureza da espinha ou pescoço, mas também pode afectar as mãos e pés, em uma linha semelhante à artrite simétrica. Este tipo de artrites psoriática é encontrado em aproximadamente 5% de pacientes e é caracterizado por inflamação e dureza nas juntas mais próximo dos dedos das mãos pés. Mudanças nas unhas são frequentemente marcadas.

Diagnóstico

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Durante o exame médico são identificadas e examinadas as lesões na pele e articulações. O médico pode achar conveniente o recurso a Imagiologia, por exemplo: Radiografia das articulações afectadas, Cintilografia auricular ou Tomografia computadorizada. Valores laboratoriais que podem auxiliar o diagnóstico: Factor reumatóide geralmente negativo Velocidade de Sedimentação pode estar aumentada Proteína C reactiva pode estar aumentada Hemograma pode revelar Anemia da Doença Crónica

Tratamento O processo subjacente na artrite psoriática é inflamação, então são dirigidos tratamentos para reduzir e controlar inflamação. Outras opções de tratamento para esta doença incluem a utilização de corticosteróides, incluindo injecções na articulação - isto só é prático se apenas algumas articulações forem afectadas. Se não é alcançado controlo aceitável usando anti-inflamatório não-esteróides então tratamentos com imunossupressores é acrescentado ao regime do tratamento. Uma vantagem de tratamento com imunossupressores é que também trata psoríase e artropatia. Contudo, os efeitos secundários destes medicamentos fazem com que a adesão dos doentes a esta terapêutica seja baixa.

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Tratamento não Farmacológico

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Serve de tratamento complementar aos medicamentos de forma a aliviar a dor, prevenir a incapacidade de movimentos e aumentar a qualidade de vida do doente: Manutenção do peso ideal Dieta saudável Repouso adequado Fisioterapia e exercício individualizado Terapia Quente/Frio Cirurgia (casos mais graves)

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Artrite Reumatoide

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Artrite Reumatóide O que é? A artrite reumatóide é uma doença inflamatória crónica de origem auto-imune que acomete principalmente articulações, causando dores, deformidades progressivas e incapacidade funcional. É uma doença muito frequente, aproximadamente 10% dos problemas em articulações são devido à artrite reumatóide. As mulheres são duas vezes mais afectadas do que os homens e sua incidência aumenta com a idade. Com a progressão da doença, os indivíduos portadores de artrite desenvolvem incapacidade para realização de suas actividades tanto de vida diária como profissional, além da redução da expectativa de vida tanto em homens como em mulheres. Apesar de ser uma doença sem cura, existem tratamentos eficazes para o seu controle, e muitos reumatologistas estão desenvolvendo estratégias terapêuticas mais poderosas e agressivas contra a artrite reumatóide. O diagnóstico precoce é essencial para iniciar o tratamento da artrite antes do surgimento de danos mais severos.

Sintomas: 1 – Mal-estar; 2 - Febre baixa; 3 - Suores; 4 - Perda de apetite; 5 - Perda de peso; 6 - Fraqueza; 7 - Humor deprimido ou irritado; 8 - Dores nas articulações, na maioria das vezes de forma simétrica, ou seja, nos dois lados do corpo; Com o tempo, os sintomas da artrite tornam-se mais acentuados: 1 - Articulações com sinais evidentes de inflamação: dor, inchaço, calor, vermelhidão, rigidez mais intensa após despertar; 2 - A inflamação acomete pelo menos três articulações; 3 - Aumento dos gânglios, 4 - Anemia; 5 - Nódulos subcutâneos. Qualquer articulação pode apresentar a inflamação da artrite reumatóide, as mais comuns são: 1 - Mãos; 2 - Joelhos; 23 | P á g i n a


3 - Pés; 4 - Cotovelos; 5 - Ombros; 6 – Têmpora mandibular; 7 - Coluna cervical. As principais complicações da artrite reumatóide são: 1 - Deformidades progressivas; 2 - Perda de função da região acometida; 3 - Desgaste das articulações (artrose); 4 - Ruptura de tendões; 5 - Instabilidade da coluna cervical. 6 - Quando envolve outros órgãos, a fragilidade e a gravidade da doença são maiores, podendo diminuir a expectativa de vida em cinco a dez anos.

Causas da artrite reumatóide A artrite reumatóide acomete homens e mulheres de todas as idades, porém é duas a três vezes mais frequente em mulheres. A maior incidência da artrite ocorre em pessoas entre 50 e 70 anos. A doença artrite reumatóide é auto-imune, ou seja, é causada quando as células do sistema imunológico passam a atacar as articulações do próprio corpo. Esta reacção auto-imune leva a inflamação progressiva dos tecidos que revestem as articulações causando danos em cartilagens, ossos, tensões e ligamentos próximos às juntas. Gradualmente a articulação perde sua forma e alinhamento, podendo até ser completamente destruída.

Diagnóstico da artrite reumatóide O diagnóstico da artrite reumatóide é feito pelo médico por meio de uma consulta com uma história e exame físico completos, que incluem busca de sintomas de actividade da doença, avaliação do estado funcional actual evidências objectivos de inflamação articular, presença de comprometimento extra-articular e de lesão radiográfica. O médico poderá solicitar exames complementares que incluem: hemograma completo, função renal, enzimas hepáticas, exame qualitativo de urina, factor reumatóide, análise do líquido intra-articular, radiografia das articulações das mãos, dos pés e das demais articulações comprometidas.

Tratamento da artrite reumatóide O diagnóstico precoce e o início imediato do tratamento são extremamente importantes para o controlo adequado da artrite reumatóide, prevenindo a incapacidade funcional e lesão articular irreversível. Em torno de 75% dos pacientes portadores de 24 | P á g i n a


artrite reumatóide apresentam melhora quando são tratados com baixas doses de medicações durante o primeiro ano da doença, no entanto, pelo menos 10% dos pacientes apresentam pouca resposta, sofrendo incapacitação pela doença.

Os objectivos principais do tratamento são: Prevenir ou controlar a lesão articular; Prevenir a perda de função; Diminuir a dor e maximizar a qualidade de vida. Tratamento não medicamentoso para artrite reumatóide O papel do repouso deve ser enfatizado, evitando-se imobilização prolongada que pode piorar o quadro. O repouso total durante um curto período de tempo pode ser benéfico para pacientes com doença grave e dolorosa. Já para pessoas com sintomas leves e moderados, períodos regulares de repouso são recomendados. A estratégia terapêutica deverá contemplar períodos alternados de actividades e repouso. A imobilização ou restrição dos movimentos tem como objectivo aliviar as dores pela estabilização articular, contenção e realinhamento. Sua utilização deve ser feita mediante orientação médica. Exercícios envolvendo actividade aeróbica, exercícios de resistência, alongamento e relaxamento, devem ser estimulados observando-se os limites individuais e a actividade da artrite. Exercícios e fisioterapia oferecem maior sucesso quando iniciados após a inflamação ter sido tratada e controlada. Existem acessórios que auxiliam os pacientes com artrite reumatóide a realizar as tarefas diárias, tais como sapatos ortopédicos mais confortáveis.

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Asma

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Asma O que é? A asma é uma doença inflamatória crónica das vias áereas que resulta na redução ou até mesmo obstrução no fluxo de ar. A sua fisiopatologia está relacionada a interacção entre factores genéticos e ambientais que se manifestam como crises de falta de ar devido ao edema da mucosa brônquica, a hiper-produção de muco nas vias aéreas e a contracção da musculatura lisa das vias aéreas, com consequente diminuição de seu diâmetro. As crises são caracterizadas por vários sintomas como: dispneia, tosse e sibilos, principalmente à noite. O estreitamento das vias aéreas é geralmente reversível porém, em pacientes com asma crónica, a inflamação pode determinar obstrução irreversível ao fluxo aéreo. As características patológicas incluem a presença de células inflamatórias nas vias aéreas, exsudação de plasma, edema e hipertrofia muscular.

Epidemiologia A asma afecta aproximadamente 5% dos adultos nos Estados Unidos. Tanto os internamentos, para tratamento da asma, como os óbitos têm aumentado. As razões para estes aumentos da mortalidade não são bem conhecidas. As mulheres têm taxas de mortalidade do que os homens e as mais elevadas taxas de mortalidade são entre pessoas com 65 anos de idade ou mais. Os óbitos, nos indivíduos com mais de 65 anos, aumentam durante os meses de Dezembro até Fevereiro, sugerindo que uma infecção concomitante (gripe, pneumonia) contribui para o aumento do número de internamentos e óbitos.

Sinais e sintomas Caracteristicamente à doença, os sintomas aparecem de forma cíclica com períodos de piora. Dentre os principais sinais e sintomas estão: a tosse que pode ou não estar acompanhada de alguma expectoração (catarro), dificuldade respiratória, com dor ou ardência no peito, além de um chiado (sibilância). Os sintomas podem aparecer a qualquer momento do dia, mas tendem a predominar pela manhã ou à noite. A asma é a principal causa de tosse crónica em crianças e está entre as principais causas de tosse crónica em adultos

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Diagnóstico O diagnóstico é feito baseado nos sinais e sintomas que surgem de maneira repetida e que são referidos pelo paciente. No exame físico, o médico poderá constatar a sibilância nos pulmões, principalmente nas exacerbações da doença. Contudo, nem toda sibilância é devido à asma, podendo também ser causada por outras doenças. Todavia, nos indivíduos que estão fora de crise, o exame físico poderá ser completamente normal. Existem exames complementares que podem auxiliar o médico, dentre eles estão: a radiografia do tórax, exames de sangue e de pele (para constatar se o paciente é alérgico) e a espectrometria que identifica e quantifica a obstrução ao fluxo de ar. O asmático também poderá ter em casa um aparelho que mede o pico de fluxo de ar, importante para monitorar o curso da doença. Nas exacerbações da asma, o pico de fluxo se reduz.

Tratamento Para se tratar a asma, a pessoa deve ter certos cuidado com o ambiente, principalmente na sua casa e no trabalho, além de usar medicações e manter consultas médicas regulares. Os medicamentos podem ser divididos em duas classes: de alívio e de manutenção.

Broncodilatadores Utilizados principalmente como medicações de alívio para cortar uma crise de asma. O broncodilatador é um medicamento, como o próprio nome diz, que dilata os brônquios (vias aéreas) quando o asmático está com falta de ar, chiado no peito ou crise de tosse. Os de efeito curto costumam ser utilizados conforme a necessidade. Se a pessoa está bem, sem sintomas, não precisará utilizá-los. Já aqueles de efeito prolongado costumam ser utilizados continuamente, a cada 12 horas, e são indicados para casos específicos de asma.

Anti-inflamatório Utilizados principalmente para evitar e prevenir crises (manutenção). Os corticóides inalatórios são, actualmente, a melhor conduta para combater a inflamação, sendo utilizados em quase todos os asmáticos. Só não são usados pelos pacientes com asma leve intermitente (que têm sintomas esporádicos). Tais medicamentos são utilizados com o intuito de prevenir as exacerbações da doença ou, pelo menos, minimizá-las e aumentar o tempo livre da doença entre uma crise e outra. Os anti-inflamatórios devem ser utilizados de maneira contínua, já que combatem a inflamação crónica da mucosa brônquica, que é o substrato para os acontecimentos subsequentes.

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Tanto os broncodilatadores quanto os anti-inflamatório podem ser usados de várias formas: Por nebulização; Nebulímetro; Inaladores de pó seco; Comprimido; Xarope. Os médicos dão preferência ao uso das medicações por nebulização, nebulímetro ou inaladores de pó seco por serem mais eficazes e causarem menos efeitos indesejáveis.

Tratamento Fisioterapeuta O tratamento fitoterapêutico em pacientes com Asma é divido em dois: crianças e adultos. Os procedimentos executados contribuem para melhorar a ventilação, auxiliar no relaxamento da musculatura respiratória, higienizar a via aérea hipersecretiva, além de prevenir a busca por serviços de emergência e hospitalizações, melhorar a condição física e aprimorar a qualidade de vida dos indivíduos acometidos. Nas crianças, o tratamento são trabalhos de exercícios respiratórios reexpansivos passivos, através de manobras de desobstrução brônquica, drenagem postural e inalações, com estímulo de tosse se necessário. Crianças com boa capacidade colaborativa e coordenação desenvolvida podem se beneficiar de técnicas de treino de padrão ventilatório. Em adultos, o tratamento enfatiza os alongamentos globais, exercícios aeróbios, exercícios respiratórios reexpansivos, acompanhamento da evolução do fluxo respiratório e acompanhamento dos exercícios com uso de oxímetro. Em alguns casos é necessário um trabalho de higiene brônquica, associada à aspiração de secreção brônquica (catarro), comum em pacientes infectados. Quando a hiperinsuflação pulmonar está presente, são utilizadas técnicas de desinsuflação pulmonar visando aumentar o volume de ar corrente. Em estágios mais avançados do tratamento, é necessário o uso de incentivadores respiratórios, onde o paciente apresenta certa estabilidade do quadro, visando o condicionamento físico aliado à resistência pulmonar vitais para a diminuição das crises asmáticas. Exercícios posturais para relaxamento, mobilidade, alongamento e fortalecimento também são fundamentais para corrigir deformidades torácicas e posturais, comuns nos casos de doença avançada e com crises frequentes.

Tratamento das crises/exacerbações O doente asmático deve saber distinguir a medicação de manutenção da medicação a usar nas crises graves e situações de emergência. Deve ter-se em atenção que muitas vezes as embalagens podem ser iguais e que nem sempre se trata de seguir

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as cores, isto é, a embalagem vermelha nem sempre é para as crises e a verde nem sempre é para a manutenção; depende da marca comercial. No tratamento dos ataques graves usam-se normalmente: Corticosteróides; Anti-colinérgicos (Brometo de Ipratrópio ou de Tiotrópio)

Prevenção Como prevenção de crises de asma, o asmático poderá usar os corticosteróides, os beta2-agonistas de longa duração e os antileucotrienos, além de ter um bom controlo ambiental, evitando exposição aos catalisadores da crise asmática. Não há como prevenir a existência da doença, mas sim as suas exacerbações e seus sintomas diários.

Factores de Risco e Prognóstico O prognóstico para asmáticos é bom, especialmente para crianças com a doença. Para os asmáticos diagnosticados durante a infância, 54% não irão ter mais o diagnóstico após uma década. A extensão do dano permanente ao pulmão em asmáticos ainda não é clara. Alguns dos factores de risco potencial no prognóstico da asma brônquica são a hiper-reactividade das vias aéreas, alergia atópica, infecções respiratórias, tabagismo, condições climáticas e o início da doença em idade precoce. Já como factores precipitantes e agravantes incluem-se os alergênios (pêlos de animais, fungos, pólenes, insectos, etc.), irritantes (tintas, aerossóis, perfumes, produtos químicos, fumaça de cigarro, etc.), condições climáticas desfavoráveis (poluição, ar frio, etc.), infecções (geralmente as virais), exercícios físicos, factores emocionais, refluxo gastroesofágico, factores endocrinológicos e a hipersensibilidade não alérgica a fármacos e produtos químicos.

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Aterosclerose

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Aterosclerose O que é? Aterosclerose é um termo geral que designa várias doenças nas quais se verifica espessamento e perda de elasticidade da parede arterial. A mais importante e a mais frequente destas doenças é a aterosclerose, na qual a substância gorda se acumula por baixo do revestimento interno da parede arterial. A aterosclerose afecta as artérias do cérebro, do coração, dos rins, de outros órgãos vitais e dos braços e das pernas. Quando a aterosclerose se desenvolve nas artérias que alimentam o cérebro (artérias carótidas), pode produzir-se um icto; quando se desenvolve nas artérias que alimentam o coração (artérias coronárias), pode produzirse um enfarte do miocárdio. Na maioria dos países ocidentais, a aterosclerose é a doença mais frequente e a causa principal de morte, representando o dobro das mortes por cancro e 10 vezes mais do que por acidentes. Apesar dos avanços médicos significativos, a doença das artérias coronárias (que é causada pela aterosclerose e que provoca os enfartes) e o icto aterosclerótico são responsáveis por mais mortes do que todas as outras causas juntas.

Causas A aterosclerose inicia-se quando alguns glóbulos brancos, chamados monócitos, migram da corrente sanguínea para o interior da parede da artéria e transformam-se em células que acumulam substâncias gordas. Com o tempo, estes monócitos carregados de gordura acumulam-se e produzem espessamentos, distribuídos irregularmente pelo revestimento interno da artéria. Cada zona de espessamento (chamada placa aterosclerótica ou de ateroma) enche-se de uma substância mole parecida com o queijo, formada por diversas substâncias gordas, principalmente colesterol, células musculares lisas e células de tecido conjuntivo. As artérias afectadas pela aterosclerose perdem a sua elasticidade e, à medida que os ateromas crescem, tornam-se mais estreitas. Além disso, com o tempo, as artérias acumulam depósitos de cálcio que podem tornar-se frágeis e rebentar. Então, o sangue pode entrar num ateroma rebentado, aumentando o seu tamanho e diminuindo ainda mais o lume arterial. Um ateroma rebentado também pode derramar o seu conteúdo gordo e desencadear a formação de um coágulo sanguíneo. O coágulo estreita ainda mais a artéria e inclusive pode provocar a sua oclusão ou então desprende-se e passa ao sangue até chegar a uma artéria mais pequena, onde causará uma oclusão (embolia).

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Sintomas Geralmente, a aterosclerose não produz sintomas até estreitar gravemente a artéria ou causar uma obstrução súbita. Os sintomas dependem do local onde se desenvolve a aterosclerose: o coração, o cérebro, as pernas ou quase em qualquer parte do organismo. Uma vez que a aterosclerose diminui de modo considerável o lume de uma artéria, as zonas do organismo que esta alimenta podem não receber sangue suficiente e, como consequência, o oxigénio necessário. O primeiro sintoma do estreitamento de uma artéria pode ser uma dor ou uma cãibra nos momentos em que o fluxo de sangue é insuficiente para satisfazer as necessidades de oxigénio. Por exemplo, durante um exercício, uma pessoa pode sentir dor no peito, devido à falta de oxigénio no coração; ou, enquanto caminha, podem aparecer cãibras nas pernas devido à falta de oxigénio nas extremidades. Estes sintomas desenvolvem-se gradualmente à medida que o ateroma aperta a artéria. No entanto, quando se verifica uma obstrução súbita, os sintomas aparecem imediatamente (por exemplo, quando um coágulo sanguíneo se encrava numa artéria).

Factores de risco O risco de desenvolver aterosclerose aumenta com a hipertensão arterial, os altos valores de colesterol, o tabagismo, a diabetes, a obesidade, a falta de exercício e a idade avançada. Ter um familiar próximo que tenha desenvolvido aterosclerose numa idade ainda jovem também aumenta o risco. Os homens têm um maior risco de sofrer desta doença do que as mulheres, embora depois da menopausa o risco aumente nas mulheres e finalmente iguala-se ao dos homens. As pessoas com homocistinúria, uma doença hereditária, desenvolvem ateromas com grande facilidade, sobretudo na idade juvenil. A doença afecta muitas artérias, mas não as artérias coronárias que alimentam o coração. Pelo contrário, na hipercolesterolemia familiar hereditária, os valores extremamente elevados de colesterol no sangue provocam a formação de ateromas nas artérias coronárias muito mais do que nas outras artérias.

Prevenção e tratamento Para prevenir a aterosclerose, devem eliminar-se os factores de risco controláveis, como os valores elevados de colesterol no sangue, a pressão arterial alta, o consumo de tabaco, a obesidade e a falta de exercício. Assim, dependendo dos factores de risco específicos de cada pessoa, a prevenção consistirá em diminuir os valores de 33 | P á g i n a


colesterol, diminuir a pressão arterial, deixar de fumar, perder peso e fazer exercício. Por exemplo, fazer exercício ajuda a perder peso, o que, por sua vez, ajuda a diminuir os valores do colesterol e da pressão arterial, do mesmo modo que deixar de fumar ajuda a baixar os valores do colesterol e da pressão arterial. O hábito de fumar é particularmente perigoso para as pessoas que já têm um risco elevado de sofrer doenças cardíacas. Fumar cigarros diminui a concentração do colesterol bom, e aumenta a concentração do colesterol mau. O colesterol também aumenta o valor do monóxido de carbono no sangue, o que pode aumentar o risco de lesões do revestimento da parede arterial e, além disso, contrai as artérias já estreitadas pela aterosclerose e, portanto, diminui a quantidade de sangue que chega aos tecidos. Por outro lado, fumar aumenta a tendência do sangue a coagular, o que aumenta o risco de doença arterial periférica, doença das artérias coronárias e obstrução de um enxerto arterial depois de uma intervenção cirúrgica. O risco que um fumador corre de desenvolver uma doença das artérias coronárias está directamente relacionado com a quantidade de cigarros que fuma diariamente. As pessoas que deixam de fumar correm metade dos riscos das que continuam a fumar (independentemente de quanto tenham fumado antes de abandonar o hábito). Deixar de fumar também diminui o risco de morte após uma cirurgia de revascularização coronária (bypass) ou de um enfarte.

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Bronquite

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Bronquite O que é? A bronquite é a inflamação dos brônquios. Existem dois tipos, a bronquite aguda, que geralmente é causada por vírus ou bactérias e pode durar diversos dias ou semanas, e a bronquite crónica, não necessariamente causada por uma infecção, e geralmente faz parte de uma síndrome chamada DPOC (doença pulmonar obstrutiva crónica). A bronquite aguda ou crónica é caracterizada por tosse e expectoração (que expulsa, por meio da tosse, secreções provenientes da traqueia, brônquios e pulmões) e sintomas relacionados à obstrução das vias aéreas pela inflamação e pelo expectorado, como dificuldade de respiração e chiados.

Sinais e sintomas de bronquite          

Tosse; Expectoração; Falta de ar; Sibilância; Cianose; Inchaço nas extremidades do corpo graças à piora do trabalho cardíaco; Febre quando a bronquite crónica estiver associada à uma infecção respiratória; Cansaço; Falta de apetite; Catarro mucóide.

Diagnóstico Examinando o doente, o médico pode notar roncos e outras alterações na auscultação do tórax com o estetoscópio. O médico poderá também pedir uma radiografia do tórax para concluir se a doença se agravou para pneumonia. Outros exames como a análise do sangue poderão identificar a presença do vírus no sangue do indivíduo doente.

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Tratamento Para começar o tratamento, é importante eliminar o cigarro, e repousar para evitar respirar em ambientes de gás tóxico e poluição. Para quem já tem a doença há um tempo considerável, deixar o fumo não vai fazer com que a doença regrida, mas desacelerará o seu avanço. Exercícios da terapia de reabilitação fazem com que o paciente seja capaz de utilizar a sua energia melhor ou de uma forma em que haja menor gasto de oxigénio. A oxigeno terapia (uso de oxigénio em casa), quando necessária, também pode melhorar os sintomas, além de aumentar a expectativa de vida. Além disso, antibióticos ajudam muito nos casos de exacerbação da doença, quando resultam de uma infecção bacteriana nos brônquios.

Broncodilatadores Os broncodilatadores melhoram o fluxo de ar nesta doença, aliviando a falta de ar e a sibilância. Podem ser utilizados através de nebulizações, nebulímetros, cápsulas de inalar, comprimidos, xaropes, etc. O meio mais prático é o uso dos nebulímetros pois estes podem ser utilizados tanto em casa quanto fora, além de apresentarem menor frequência de efeitos indesejáveis (como por exemplo o que um comprimido pode causar ao estômago).

Prevenção Na bronquite crónica, é importante a vacinação anual contra o vírus causador da gripe, uma vez que esta pode piorar a doença. Com este mesmo objectivo, é indicado também o uso da vacina contra o pneumococo, que é a principal bactéria causadora de infecções respiratórias, entre elas a pneumonia, e é claro, a própria bronquite crónica. A vacinação deve ser feita uma única vez e, em casos específicos, pode ser repetida depois de cinco anos.

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Cirrose Hepรกtica

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Cirrose hepática O que é? Cirrose é o nome atribuído à patologia que pode afectar um órgão, transformando o tecido formado pelas suas células originais em tecido fibroso, por um processo habitualmente chamado fibrose ou esclerose. Geralmente o termo cirrose é utilizado para designar a cirrose no fígado.

Cirrose hepática e regeneração O tipo mais comum de cirrose, a cirrose hepática, afecta o fígado e surge devido ao processo crónico e progressivo de inflamações (hepatites), fibrose e por fim ocorre a formação de múltiplos nódulos, que caracterizam a cirrose. A cirrose é considerada uma doença terminal do fígado para onde convergem diversas doenças diferentes, levando a complicações decorrentes da destruição de suas células, da alteração da sua estrutura e do processo inflamatório crónico. É possível retirar cirurgicamente mais de dois terços de um fígado normal e a porção restante tende a crescer até praticamente o tamanho normal, com um processo de multiplicação celular que se inicia logo nas primeiras 24 horas, em que o receptor recebe uma porção do fígado do doador e depois ambos crescem). No entanto, a cirrose é o resultado de um processo crónico de destruição e regeneração com formação de fibrose. Nessa fase da hepatopatia, a capacidade regenerativa do fígado é mínima.

Causas

     o o o  o o  o

Apesar da crença popular de que a cirrose hepática é uma doença de alcoólatras, todas as doenças que levam a inflamação crónica do fígado (hepatopatia crónica) podem desenvolver essa patologia: Hepatite auto-imune Lesão hepática induzida por drogas ou toxinas Lesão hepática induzida pelo álcool Hepatites virais B, C e D Doenças metabólicas Deficiência de alfa-1-antitripsina Doença de Wilson Hemocromatose Distúrbios vasculares Insuficiência cardíaca direita crónica Síndrome de Budd-Chiari Cirrose biliar Cirrose biliar primária 39 | P á g i n a


o o   

Cirrose biliar secundária a obstrução crónica Colangite esclerosante primária Atresia biliar Insuficiência congénita de ductos intra-hepáticos (Síndrome de Alagille) Cirrose criptogênica (causa desconhecida)

Sintomas No início não há praticamente nenhum sintoma, o que a torna de difícil diagnóstico precoce, pois a parte ainda saudável do fígado consegue compensar as funções da parte lesada durante muito tempo. Numa fase mais avançada da doença, podem surgir desnutrição, hematomas, sangramentos de mucosas (especialmente gengivas), ascite ("barriga-d'água"), hemorragias digestivas (por diversas causas, entre elas devido a rompimento de varizes no esófago, levando o doente a expelir sangue pela boca e nas fezes) e encefalopatia hepática (processo causado pelo acúmulo de substâncias tóxicas que leva a um quadro neurológico que pode variar entre dificuldade de atenção e coma).

Tratamento O único tratamento totalmente eficaz para portadores de cirrose hepática é o transplante de fígado, mas também pode haver melhoras se for suspenso o agente agressor que originou a cirrose, como o álcool ou o vírus da hepatite. Como o transplante está indicado apenas em situações em que o risco do procedimento é inferior ao risco esperado sem o procedimento, se não houver indicação de transplante deve-se manter acompanhamento médico periódico para a detecção precoce de complicações como desnutrição, ascite, varizes esôfago-gastricas, hepatocarcinoma, procedendo-se intervenção, se necessária.

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C贸lera

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Cólera O que é? A cólera é uma doença causada pelo vibrião colérico (Vibrio cholerae), uma bactéria em forma de vírgula ou bastonete que se multiplica rapidamente no intestino humano produzindo uma potente toxina que provoca diarreia intensa. Ela afecta apenas os seres humanos e a sua transmissão é directamente dos dejectos fecais de doentes por ingestão oral, principalmente em água contaminada.

Transmissão A cólera é transmitida através da ingestão de água ou alimentos contaminados com cistos. São necessários em média 100 milhões de víbrios (e no mínimo um milhão) ingeridos para se estabelecer a infecção, uma vez que não são resistentes à acidez gástrica e morrem em grandes números na passagem pelo estômago.

Sintomas

      

A incubação é de cerca de cinco dias. Após esse período começa abruptamente a diarreia aquosa e serosa, como água de arroz. As perdas de água podem atingir os 20 litros por dia, com desidratação intensa e risco de morte, particularmente em crianças. Como são perdidos na diarreia sais assim como água, beber água doce ajuda mas não é tão eficaz como beber água com um pouco de sal. Todos os sintomas resultam da perda de água e electrólitos: Diarreia volumosa e aquosa, tipo água de arroz, sempre sem sangue ou muco (se contiver estes elementos trata-se de disenteria). Dores abdominais tipo cólica. Náuseas e vómitos. Hipotensão com risco de choque hipovolémico (perda de volume sanguíneo) fatal é a principal causa de morte na cólera. Taquicardia: aceleração do coração para responder às necessidades dos tecidos, com menos volume sanguíneo. Anúria: diminuição da micção, devido à perda de líquido. Hipotermia: a água é um bom isolante térmico e a sua perda leva a maiores flutuações perigosas da temperatura corporal. O risco de morte é de 50% se não tratada, sendo muito mais alto em crianças pequenas. A morte é particularmente impressionante: o doente fica por vezes

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completamente mirrado pela desidratação, enquanto a pele fica cheia de coágulos verdeazulados devido à ruptura dos capilares cutâneos.

Diagnóstico O diagnóstico é por cultura em meio especializado alcalino de amostras fecais. A identificação é por microscopia e bioquímica.

Tratamento O tratamento imediato é o soro fisiológico ou soro caseiro para repor a água e os sais minerais: uma pitada de sal, meia xícara de açúcar e meio litro de água tratada. No hospital, é administrado de emergência por via intravenosa solução salina. A causa é adicionalmente eliminada com doses de antibiótico.

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Diarreia

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Diarreia O que é? A diarreia consiste no aumento do número de evacuações (fezes não necessariamente líquidas) e/ou a presença de fezes amolecidas ou até líquidas nas evacuações.

Classificação A diarreia é classificada em Aguda, quando dura até 14 dias, Persistente, superior a 14 dias ou ainda Crónica, quando ultrapassa de 3 semanas. Essa classificação tem importância porque o tratamento e a investigação de cada um dos tipos são diferentes.

Causas

   

Muitos factores podem provocar a diarreia: Infecções por vírus, bactérias ou parasitas. Porém, para as pessoas que seguem um padrão de higiene mínimo e não se alimentam em lugares públicos, a tendência é adquirir somente a forma viral da doença, que é transmitida em lugares fechados (salas, ônibus, igrejas e cinemas) Beber água contaminada ou alimentos estragados Alergias Alguns medicamentos, incluindo antibióticos, anti-retrovirais Doença inflamatória intestinal

Sintomas

      

Uma diarreia pode conduzir à ocorrência de desidratação, que consiste na perda acentuada de água e sais minerais do corpo. Esta pode ser identificada a partir dos seguintes sintomas: Olhos encovados Pele seca Boca seca Fralda seca por mais de três horas Criança sem urinar por mais de seis horas Fraqueza e choro fraco Irritabilidade e indisposição para brincar 45 | P á g i n a


Tratamento

         

O tratamento da diarreia consiste essencialmente, em ter alguns cuidados com a alimentação. No caso dos bebés, deve-se diminuir a ingestão de leite. Assim, uma boa opção será fazer as papas com água fervida. Em crianças, são permitidos alimentos como: Alimentos sólidos e secos como: o arroz, as batatas, os cereais (sem açúcar) e as bolachas salgadas e torradas. Sopa de arroz e cenoura e canja Banana Frango e peru Iogurte natural Água-de-coco (soro natural) Devem evitar alimentos fritos e gordurosos. Deve-se aumentar a ingestão de água, evitando a ingestão de bebidas muito doces como sucos.

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Disfagia

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Disfagia O que é? A disfagia pode ser definida como dificuldade de deglutição. Caracteriza-se por um sintoma comum de diversas doenças. Pode ser causada por alterações neurológicas como o acidente vascular cerebral (AVC), ou derrame, outras doenças neurológicas e/ou neuromusculares e também alterações locais obstrutivas, como as doenças tumorais do esófago. O propósito fundamental da identificação da causa da disfagia consiste em seleccionar o melhor tratamento que pode variar desde o tratamento de reabilitação fonoaudiológico, a alteração de consistência dos alimentos para evitar a aspiração do conteúdo para o pulmão e pode ter um foco completamente diferente como o cirúrgico no caso de doenças neoplásicas do esófago.

Sintomas Os pacientes podem apresentar uma regurgitação nasal e tosse durante a deglutição, como resultado de uma anormalidade na transferência do bolo alimentar da cavidade oral para o esófago. Frequentemente, existem outros sinais de algum distúrbio neurológico associado, mesmo que subtil. A presença de dor sugere a coexistência de um outro sintoma: a odinofagia. A disfagia pode afectar crianças, adultos e idosos, sendo mais comum nesta última faixa etária devido a maior prevalência das doenças causais.

Causas As causas incluem a obstrução mecânica e os distúrbios na mobilidade dos músculos da cavidade oral, da faringe ou esófago. É útil distinguir a disfagia causada por doenças que afectam a orofaringe daquela que é devida a distúrbios esofágicos. Tipicamente, a obstrução mecânica é caracterizada inicialmente pela disfagia a sólidos e a orofaringea predomina a dificuldade de deglutir líquidos. A causa pode estar associada a doenças neurológicas como paralisia cerebral, afasias e apraxias comuns no AVC mais conhecido como derrame, traumatismo craniano e diversos tipos de distrofias musculares.

Grupos A disfagia pode ser dividida em dois grandes grupos:

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Disfagia Orofaríngea A disfagia orofaríngea geralmente caracteriza-se por alteração das fases oral e faríngea da deglutição, geralmente causadas por doenças neurológicas. A causa mais comum de disfagia é o acidente vascular cerebral. Nestes pacientes a dificuldade de deglutição ocorre predominantemente para líquidos em relação aos sólidos. Realiza-se a avaliação clínica (por exemplo, testes de consistências, de 0 a 5, sendo 0 a água e 5 alimentos sólidos).

Disfagia Esofágica A disfagia esofágica é mais frequentemente devida a uma obstrução mecânica. Em muitos pacientes, é possível distinguir uma causa mecânica de uma anormalidade na mobilidade através da obtenção de um histórico cuidadoso. A idade avançada e o tabagismo são factores de risco frequentes para neoplastias do esófago que caracteristicamente são causas destes tipos de disfagia, entre outros.

Tratamento O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico. A reabilitação fonoaudiológica do paciente disfágico visa a obtenção de uma deglutição eficiente levando à melhora da qualidade de vida do paciente, além da prevenção de complicações.

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Embolia Pulmonar

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Embolia pulmonar O que é? De modo geral, as artérias não obstruídas podem enviar sangue suficiente até à zona afectada do pulmão para impedir a morte do tecido. No entanto, em caso de obstrução dos grandes vasos sanguíneos ou quando se sofre de uma doença pulmonar preexistente, pode ser insuficiente o volume de sangue fornecido para evitar a morte do tecido, o que pode acontecer em 10 % das pessoas com embolia pulmonar; é a situação conhecida como enfarte pulmonar. O dano é reduzido ao mínimo quando o organismo desfaz rapidamente os pequenos coágulos. Os grandes demoram mais tempo a desintegrarem-se e, portanto, a lesão será maior. Daí que os coágulos grandes possam causar morte súbita.

Causas O tipo mais frequente de êmbolo é um trombo que se formou habitualmente numa veia da perna ou da pélvis. Os coágulos tendem a formar-se quando o sangue circula lentamente ou não circula de todo. Isto pode ocorrer nas veias das pernas de alguém que permanece na mesma posição durante muito tempo, podendo desprender-se o coágulo quando a pessoa começa a mover-se novamente. É menos frequente que os coágulos comecem nas veias dos braços ou no lado direito do coração. No entanto, uma vez que o coágulo formado numa veia se liberta e passa para a corrente sanguínea, é habitual que se desloque para os pulmões. Quando se fractura um osso, pode formar-se outro tipo de êmbolos a partir da gordura que sai da medula óssea e passa para o sangue. Também pode formar-se um êmbolo de líquido amniótico durante o parto. No entanto, os êmbolos gordos e os de líquido amniótico são formas raras de embolia e, no caso de se formarem, alojam-se nos pequenos vasos como as arteríolas e os capilares do pulmão. Quando se obstruem muitos destes vasos, pode produzir-se a síndroma de insuficiência respiratória do adulto.

Sintomas É possível que os pequenos êmbolos não causem sintomas, mas a maioria provoca dispneia. Este pode ser o único sintoma, especialmente quando não se produz o enfarte. A respiração é, frequentemente, muito rápida; a ansiedade e a agitação podem ser acentuadas e o afectado pode manifestar sintomas de um ataque de ansiedade. Pode aparecer uma dor torácica aguda, especialmente quando a pessoa respira profundamente; este tipo de dor chama-se dor torácica pleurítica. Os primeiros sintomas em algumas pessoas podem ser naúseas, desfalecimentos ou convulsões. Estes sintomas são, geralmente, o resultado, por um lado, de uma diminuição brusca da capacidade do coração para fornecer sangue oxigenado suficiente 51 | P á g i n a


ao cérebro e a outros órgãos e, por outro lado, de um ritmo cardíaco irregular. As pessoas com oclusão de um ou de mais dos grandes vasos pulmonares podem ter a pele de cor azulada (cianose) e falecer de repente. O enfarte pulmonar produz tosse, expectoração raiada de sangue, dor torácica aguda ao respirar e febre. Geralmente, os sintomas de embolia pulmonar desenvolvemse de forma brusca, enquanto os sintomas de enfarte pulmonar se produzem em horas. Com frequência, os sintomas do enfarte duram vários dias, mas habitualmente diminuem de forma progressiva. Nas pessoas com episódios recorrentes de pequenos êmbolos pulmonares, os sintomas como falta de ar crónica, inchaço dos tornozelos ou das pernas e debilidade, tendem a desenvolver-se de forma progressiva ao longo de semanas, meses ou anos.

Diagnóstico O médico pode suspeitar da existência de embolia pulmonar baseando-se nos sintomas e nos factores de predisposição de uma pessoa. No entanto, há com frequência necessidade de certos procedimentos para poder confirmar o diagnóstico. Uma radiografia do tórax pode revelar alterações ligeiras nas estruturas dos vasos sanguíneos após a embolia e alguns sinais de enfarte pulmonar. No entanto, as radiografias do tórax são, frequentemente, normais e inclusive, quando não o são, é raro confirmarem a embolia pulmonar. Um electrocardiograma pode mostrar alterações, mas com frequência estas são transitórias e apoiam simplesmente a possibilidade de uma embolia pulmonar. Efectua-se, frequentemente, um exame de perfusão. Para isso injecta-se numa veia uma substância radioactivo que passa para os pulmões, onde se observa o fornecimento de sangue pulmonar (perfusão). Na imagem aparecem, a escuro, as áreas que não recebem um fornecimento normal porque não lhes chega nenhuma partícula radioactiva. Os resultados normais do exame indicam que a pessoa não sofre de uma obstrução significativa do vaso sanguíneo, mas os resultados anormais podem dever-se também a causas alheias à embolia pulmonar. A arteriografia pulmonar é o método mais preciso para diagnosticar uma embolia pulmonar, mas envolve algum risco e é mais incómoda que outros exames. Consiste em injectar na artéria uma substância de contraste (visível na radiografia) que flui até às artérias do pulmão. A embolia pulmonar aparece na radiografia como uma obstrução arterial. Podem efectuar-se exames complementares para averiguar a origem do êmbolo.

Prevenção Utilizam-se vários meios para impedir a formação de coágulos nas veias das pessoas com risco de embolia pulmonar. Para os doentes em período pós-operatório,

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especialmente se já são de idade, recomenda-se o uso de meias elásticas, exercícios para as pernas, deixar a cama e recomeçar a actividade o mais cedo possível. Desta maneira, diminui o risco de formação de coágulos. As meias de compressão para as pernas, concebidas para activar a circulação do sangue, reduzem a formação de coágulos na barriga da perna e, por conseguinte, diminuem a frequência de embolia pulmonar. A heparina (um anticoagulante) é o tratamento mais amplamente utilizado, depois da cirurgia, para diminuir as probabilidades de formação de coágulos nas veias da barriga das pernas. Injecta-se em doses baixas, por debaixo da pele, imediatamente antes da intervenção e durante os 7 dias seguintes. A heparina pode causar hemorragias e atrasar a cura, daí que a sua administração seja reservada a doentes com alto risco de desenvolver coágulos e aos que sofrem de insuficiência cardíaca, choque ou uma doença pulmonar crónica. A heparina não se utiliza nas operações relacionadas com a coluna vertebral ou o cérebro, dado que o risco de hemorragias nestas zonas é muito elevado. Podem administrar-se doses baixas de heparina a pessoas hospitalizadas com alto risco de desenvolver embolia pulmonar, mesmo que não se submetam a cirurgia.

Tratamento Inicia-se o tratamento da embolia pulmonar com a administração de oxigénio e, se for necessário, de analgésicos. Os anticoagulantes, como a heparina, administram-se para evitar o aumento de volume dos coágulos sanguíneos existentes e para prevenir a formação de novos coágulos. A heparina administra-se por via endovenosa para obter um efeito rápido, devendo regular-se cuidadosamente a dose. Em seguida administra-se a varfarina, que também inibe a coagulação mas necessita de mais tempo para actuar. Dado que a varfarina se pode tomar por via oral, é o fármaco aconselhável para um uso prolongado. A heparina e a varfarina administram-se conjuntamente durante 5 a 7 dias, até que as análises ao sangue demonstrem que a varfarina já previne os coágulos de modo efectivo. A duração do tratamento anticoagulante depende da situação do doente. Quando a embolia pulmonar é consequência de um factor de predisposição temporário, como a cirurgia, o tratamento mantém-se durante 2 ou 3 meses. Se a causa é um processo de longa duração, o tratamento continua, geralmente, durante 3 ou 6 meses, mas algumas vezes deve prosseguir durante um tempo indefinido. O doente deve fazer análises periódicas ao sangue enquanto durar a terapia com varfarina para determinar se a dose deve ser modificada. Existem duas formas de tratamento que podem ser úteis em pessoas cuja vida corra perigo por causa da embolia pulmonar: a terapia trombolítica e a cirurgia. Os fármacos trombolíticos (substâncias que dissolvem o coágulo) podem ser eficazes. No entanto, estes fármacos não se podem utilizar em pessoas que tenham sido operadas nos dez dias precedentes, em grávidas ou em pessoas que tenham sofrido um 53 | P á g i n a


icto, nem naquelas propensas a hemorragias excessivas. Pode recorrer-se à cirurgia para salvar a vida de uma pessoa com uma embolia grave. A embolectomia pulmonar (extracção do êmbolo da artéria pulmonar) pode evitar um desenlace mortal. Quando os êmbolos se repetem apesar de todos os tratamentos de prevenção ou se os anticoagulantes causam hemorragias significativas, pode colocar-se, através de cirurgia, um filtro ao nível da veia cava que recolhe a circulação da parte inferior do corpo (incluindo as pernas e a pélvis) e que desemboca no lado direito do coração.

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Furúnculo

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Furúnculo O que é? Um furúnculo é uma doença de pele causada pela inflamação dos folículos pilosos, resultando numa acumulação localizada de pus e tecido morto. Furúnculos individuais podem juntar-se e formar uma "rede" interconectada chamada carbúnculo. Em casos severos, os furúnculos podem-se desenvolver para abcessos.

Causas O furúnculo pode ocorrer em qualquer parte da superfície corporal, excepto a palma da mão e a planta do pé. Entretanto, tem preferência por regiões ricas em pêlos e submetidas à fricção e alta transpiração, como a região do pescoço, face, axilas e nádegas. Acontece mais nos homens que nas mulheres, principalmente após a puberdade. O aparecimento pode ser favorecido pelo uso de substâncias gordurosas na pele, pelo fumo do cigarro que após acumulação fecham o folículo e propiciam a infecção, e também pelo uso de roupas justas, que levam à fricção. A bactéria penetra no folículo e causa inicialmente uma infecção superficial na pele. Posteriormente, ela dissemina-se e acaba formando a lesão característica, com uma região amarelada no centro e um contorno avermelhado e endurecido. Há um aumento importante do volume, e a lesão é bastante dolorosa e sensível à compressão. O tamanho do furúnculo vai depender da profundidade da infecção ou do folículo infectado: quanto mais profunda maior é o furúnculo. Com o tempo, ocorre a destruição da pele que recobre a região central, que rompe espontaneamente e leva à eliminação do material amarelado do centro juntamente com pus. Após o rompimento, a dor melhora e a ferida tende a cicatrizar e deixar uma marca escura no local.

Riscos Geralmente, a evolução é favorável, sem maiores problemas. As complicações ocorrem quando há uma ruptura da barreira de protecção (formada pelo sistema imune) e, consequentemente, uma disseminação das bactérias. A causa mais importante disso é o hábito comum entre as pessoas de espremer os furúnculos. Isso pode fazer com que as bactérias caiam na corrente sanguínea e vão infectar outros locais no corpo. Outra complicação importante tem a ver com a chamada "zona perigosa". Essa região é importante no caso de qualquer infecção de pele, inclusive a acne. Essa região é localizada na face, entre o lábio superior e o nariz. Nesse local, os vasos sanguíneos comunicam-se com os vasos do cérebro. Assim, caso as bactérias atinjam a corrente sanguínea, podem causar trombose dos vasos cerebrais e infecções graves, como a 56 | P á g i n a


meningite. Por isso, nas infecções de face deve-se evitar a drenagem, inclusive o acto de espremer espinhas. Outra complicação é a furunculose. Esse nome refere-se à ocorrência de vários furúnculos, ou de sua recorrência. O que acontece, geralmente, é que ao coçar a lesão o indivíduo fere o furúnculo fazendo com que seja eliminado pus que vai infectar outros folículos próximos. As roupas também podem ser veículos de transmissão. Algumas vezes ocorre uma disseminação da infecção, sob a pele, de forma que o furúnculo adquire enorme tamanho. Nesse caso, passa a ser chamado de carbúnculo. O carbúnculo ocorre mais comumente na região da nuca. Os casos de furunculose e carbúnculo ocorrem em pessoas mais predispostas à infecção, como: desnutridos, diabéticos, portadores do HIV e outras doenças.

Tratamento   

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Limpar a região em volta do furúnculo com uma solução desinfectante, por duas a três vezes ao dia. Aplique no local compressas quentes e húmidas de água com sal. Nunca espremer, nem furar o furúnculo, principalmente se ele for no rosto ou próximo ao ouvido, pois a infecção pode se propagar pela corrente sanguínea podendo causar graves consequências. Evitar mexer no pus eliminado pelo furúnculo. Se por acaso isso acontecer, lave imediatamente as mãos com água e sabão. Caso não perceba a melhora no quadro, procure um médico para que possa ser feito tratamento com antibióticos. Nos casos mais complexos, pode ser feita uma drenagem.

Atenção:  

Quando os furúnculos forem muitos ou bastante doloridos ou estiverem inflamados, procurar orientação de um dermatologista. Quando não tratado os furúnculos podem levar a complicações graves. Há o risco das bactérias atingirem os ossos ou a circulação sanguínea, podendo ser fatal.

Prevenção

     

A prevenção só é indicada para aquelas pessoas que apresentam furúnculos recorrentes. As medidas indicadas são as seguintes: Uso de antibiótico para tratar todos os episódios que ocorram; Limpeza da pele com substâncias anti-sépticas; Lavagem frequente das mãos; Uso de toalhas limpas; Trocas frequentes de fronhas e roupas íntimas; Erradicação do estado de portador assintomático da bactéria Staphylococcus aureus, na flora nasal (algumas pessoas abrigam essa bactéria, na flora nasal, sem apresentar qualquer problema). 57 | P á g i n a


Gripe

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Gripe O que é? A gripe é uma doença infecciosa aguda que afecta aves e mamíferos. É causada pelo Vírus ARN da família Orthomyxoviridae (dos vírus influenza). Em humanos, os sintomas mais comuns da doença são calafrios e febre, dor de garganta, dores musculares, dores de cabeça, tosse, fadiga e mal-estar. Em casos mais graves causa pneumonia, que pode ser fatal, particularmente em crianças pequenas e idosos. Pode causar náusea e vómito, especialmente em crianças mas tais sintomas são mais característicos da não relacionada gastroenterite, que pode ser chamada de "gripe de estômago" ou "gripe de 24 horas". Tipicamente, a gripe é transmitida por mamíferos infectados por meio do ar por tosses ou espirros, criando partículas contendo o vírus, e por aves infectadas por meio de suas fezes. Pode também ser transmitida pela saliva, secreções nasais, fezes e sangue. Infecções também ocorrem por meio de contacto com estes fluidos corporais ou com superfícies contaminadas. Os vírus podem infectar por cerca de uma semana à temperatura do corpo, e por mais de 30 dias a 0 °C, e por períodos mais longos em temperaturas mais baixas.

Ocorrência e Transmissão A gripe ocorre, mais frequentemente, nos meses de Inverno e, habitualmente, o pico surge entre Dezembro e Março no hemisfério norte. Só atinge o hemisfério sul meio ano mais tarde, na época fria local. Admite-se, no entanto, a existência de casos esporádicos de gripe ao longo de todo o ano. Os casos de gripe que aparecem isolados fora do Inverno passam habitualmente sem diagnóstico sendo rotulados de síndromes gripais. Quando a temperatura é baixa e na ausência de radiação ultravioleta o vírus sobrevive o tempo suficiente para poder ser transmitido de um pessoa infectada para uma pessoa saudável. Outro factor facilitador da transmissão do vírus é o agrupamento de pessoas em recintos fechados (escolas, lares, meios colectivos de transporte, discoteca). A gripe apresenta uma elevada taxa de transmissão. Transmite-se por partículas da saliva de uma pessoa infectada, expelidas sobretudo através da respiração, da fala, da tosse e dos espirros.

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Sintomas e diagnóstico Em humanos, os efeitos da gripe são muito mais severos e duram muito mais que os do resfriado. A recuperação leva de uma a duas semanas. Entretanto, a gripe pode matar, especialmente pessoas fracas, idosas ou com doenças crónicas por piorar problemas de saúde crónicos. Pessoas com enfisema, bronquite crónica ou asma pode sofrer dificuldade de respiração enquanto gripados, e além disso, a gripe pode piorar casos de aterosclerose coronárias ou cardíaca. O Tabagismo é um outro factor de risco associado com sérias complicações e aumento de mortalidade por gripe.

Sintomas

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Os sintomas podem começar repentinamente, um ou dois dias após a infecção. Geralmente os primeiros sintomas são calafrios, mas febre também é comum no início da infecção, com temperaturas corporais acima de 39 °C. Muitos ficam tão doentes que são confinados na cama por vários dias, com dores por todo o corpo, que são piores nas costas e pernas. Sintomas de gripe podem incluir: Dores no corpo, especialmente juntas e garganta Tosse e espirros Sensação de frio e febre Fadiga Cefaleia Irritação nos olhos Congestão nasal Olhos, pele (especialmente a face), boca, garganta e nariz avermelhados Dor abdominal

Tratamento A vacinação é o principal método de prevenção e controle da infecção gripal, bem como das suas afecções graves, mas a partir do momento em que um indivíduo fica infectado pelo vírus da gripe e apresenta manifestações clínicas de doença, necessita ser tratada. Porém, como o vírus da gripe sofre mutação, é impossível desenvolver uma vacina eficiente contra todos os tipos de vírus. Na maioria dos casos, o repouso na cama e o alívio sintomático são suficientes. Nos indivíduos de alto risco e com complicações pode ser necessária a hospitalização.

Procedimentos adoptados em caso de gripe

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Procurar isolar-se das outras pessoas, de forma a diminuir o contágio. As pessoas que vivem sozinhas, especialmente se são idosas, devem pedir a alguém que lhes telefone, duas vezes por dia, para saber se estão bem. Descansar, ingerir muitos líquidos (água, sumos) e manter a alimentação, comendo o que apetecer mais. Evitar mudanças de temperatura. Não se agasalhar demasiado. Contactar o médico assistente, se é portador de doença crónica ou prolongada. Tomar medicamento para baixar a febre. Se tiver muitas dores também pode tomar analgésicos. Consulte o seu médico para averiguar possíveis alergias, pois os remédios antigripais não necessitam de prescrições médicas na maioria dos lugares. Aplicar soro fisiológico para desentupir/descongestionar o nariz. Pode não ser aconselhável tomar medicamentos que reduzam a tosse. Não tomar antibióticos sem aconselhamento médico, dado serem recomendados apenas para o tratamento de algumas complicações infecciosas da gripe. Grávidas e mães a amamentar devem receber auxílio de seu médico. Nas crianças, não se deve dar remédios sem conselho médico. Durante o período de doença, o indivíduo não deverá ser vacinado.

Prevenção A melhor maneira de se proteger da gripe é fazer a vacinação anual contra o Influenza antes de iniciar o inverno, época em que ocorrem mais casos. Ela pode ajudar a prevenir os casos de gripe ou, pelo menos, diminuir a gravidade da doença. A sua efectividade entre adultos jovens é de 70-90%. Cai para 30-40% em idosos muito frágeis, isso porque estes têm pouca capacidade de desenvolver anticorpos protectores após a vacinação. Contudo, a vacinação conseguiu proteger contra complicações graves da doença como as hospitalizações e as mortes. Esta prevenção é ainda mais necessária, dado não existir um tratamento específico que se revele totalmente satisfatório.

Vacinação A vacinação é eficaz porque, em até 75% das situações, evita o aparecimento da gripe e, em 98% dos casos, diminui a gravidade da doença. No entanto, não dá protecção em longo prazo porque o vírus muda constantemente – pequenas mutações – com novas estirpes e variantes a emergirem, pelo que as pessoas não conseguem desenvolver imunidade específica às estirpes individuais que vão aparecendo. Sendo assim em regiões temperadas, onde há muitos casos de infecção, a sua acção pode diminuir bastante, devido a variação genética. Em casos de grande variação genética e eficiência da vacina pode diminuir bastante, em todo caso vacinar-se contra à gripe é uma decisão pessoal em que se pesam o risco e o benefício. Pessoas com doenças crónicas, cardíacas e respiratórias não podem abrir mão, contudo indivíduos com

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determinadas alergias aos componentes da vacina, como proteínas do ovo e tiomersal devem ponderar bem.

Cuidados A pessoa doente deve tomar algumas medidas para aumentar as defesas do organismo e evitar a transmissão da doença a outras pessoas e para ter um tratamento mais rápido. Os principais cuidados são: • Descansar bastante e alimentar-se bem; • Beber muitos líquidos como consumos de frutas ou água; • Tomar sucos naturais; • Tomar os remédios na hora certa; • Usar o lenço ao tossir ou espirrar, o que contribui para evitar a contaminação de outras pessoas. Caso os sintomas da doença tenham se apresentado a menos de dois dias, o doente poderá discutir com o seu médico a possibilidade de se usar um tratamento antiviral. O indivíduo enfermo deverá fazer repouso, evitar o uso de álcool ou fumo, alimentar-se bem e tomar bastante líquidos, além de usar medicações para a febre e para a dor aspirina (se tiver 18 anos ou mais). Outros medicamentos podem ser usados para a melhora dos sintomas do nariz, como a coriza (corrimento do nariz) ou congestão nasal. Retorno às actividades normais somente após os sintomas terem ido embora.

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Hepatite

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Hepatite O que é? Hepatite é toda e qualquer inflamação do fígado e que pode resultar desde uma simples alteração laboratorial (portador crónico que descobre por acaso a sorologia positiva), até doença fulminante e fatal (mais frequente nas formas agudas). Existem várias causas de hepatite, sendo as mais conhecidas as causadas por vírus (vírus das hepatite A, B, C, D, E, F, G, citomegalovírus, etc.). A grande maioria das hepatites agudas são assintomáticas ou leva a sintomas incaracterísticos como febre, mal estar, desânimo e dores musculares. Hepatites mais severas podem levar a sintomas mais específicos, e caracteriza-se pela coloração amarelo-dourada da pele e conjuntivas. Hepatites mais graves podem cursar com insuficiência hepática e culminar com a encefalopatia hepática e óbito. Hepatites crónicas (com duração superior a 6 meses), geralmente são assintomáticas e podem progredir para cirrose.

Hepatites Virais

o o o o o o o

 o o o o  o o o o o

Considerada a maior pandemia mundial da actualidade. 60 a 80% cronificam em 15-20 anos, evoluindo para cirrose hepática, e 1-2% para hepatocarcinoma. Quadro clínico (primeiros 3 a 10 dias – pródromo): Febre, Mal-estar, Inapetência, Mialgia, Cefaleia, Náuseas, Afinaria Quanto mais sintomática for a fase aguda da doença, maior a hipótese da doença hepática se manifestar Exame físico: Micropoliadenopatia pequena, Hepatomegalia discreta e dolorosa (devido à distensão da cápsula hepática), Pequena esplenomegalia reaccional, Mais raramente: sinais meníngeos, artralgia, rash cutâneo. Diagnóstico diferencial: Outras etiologias de hepatites, Leptospirose, Malária, Febre amarela, Sepsis, 64 | P á g i n a


o

Obstrução de vias biliares.

Hepatite A É uma hepatite infecciosa aguda causada pelo vírus da hepatite A, que pode cursar de forma subclínica. Altamente contagiosa, a sua transmissão é do tipo fecal oral, ou seja, ocorre contaminação directa de pessoa para pessoa ou através do contacto com alimentos e água contaminados, e os sintomas iniciam em média 30 dias após o contágio. É mais comum onde não há ou é precário o saneamento básico. A falta de higiene ajuda na disseminação do vírus. O uso na alimentação de moluscos e ostras de águas contaminadas com esgotos e fezes humanas contribui para a expansão da doença. Uma vez infectada a pessoa desenvolve imunidade permanente. Existe vacina segura para hepatite A. A transmissão através de agulhas ou sangue é rara. Os sintomas são de início súbito, com febre baixa, fadiga, mal-estar, perda do apetite, sensação de desconforto no abdómen, náuseas e vómitos. Pode ocorrer diarreia. É considerada uma hepatite branda, pois não há relatos de cronificação e a mortalidade é baixa. Não existe tratamento específico. Pode ser prevenida pela higiene e melhorias das condições sanitárias, bem como pela vacinação.

Hepatite B A sua transmissão é através de sangue, agulhas e materiais cortantes contaminados, também com as tintas das tatuagens, bem como através da relação sexual. É considerada também uma doença sexualmente transmissível. Pode ser adquirida através de tatuagens, piercings, no dentista e até em sessões de depilação. Os sintomas são semelhantes aos das outras hepatites virais, mas a hepatite B pode cronificar e provocar a cirrose hepática. A prevenção é feita utilizando preservativos nas relações sexuais e não utilizando materiais cortantes ou agulhas que não estejam devidamente esterilizadas. Recomenda-se o uso de descartáveis de uso único. Quanto mais cedo se adquire o vírus, maiores as hipóteses de ter uma cirrose hepática. Existe vacina para hepatite B, que é dada em três doses intramusculares e deve ser repetida a cada 10 anos.

Hepatite C Hepatite que pode ser adquirida através de transfusão sanguínea, tatuagens, uso de drogas, piercings, e em manicure, ainda não foi comprovada que pode ser contagiosa por relações sexuais. A grande maioria dos pacientes é assintomática no período agudo da doença, mas podem ser semelhantes aos das outras hepatites virais. Estima-se que 3 % da população mundial esteja contaminada, atingindo níveis dez vezes maiores no continente africano. A hepatite C é perigosa porque pode cronificar e provocar a cirrose hepática e o hepatocarcinoma, neoplasia maligna do fígado. A prevenção é feita evitando-se o uso de materiais cortantes ou agulhas que não estejam devidamente esterilizadas. Recomenda-se o uso de descartáveis de uso único, bem como material próprio em manicures. Não existe vacina para a hepatite C e é 65 | P á g i n a


considerada pela Organização Mundial da Saúde como o maior problema de saúde pública, é a maior causa de transplante hepático e transmite-se pelo sangue mais facilmente do que a AIDS. O anti-HCV positivo detecta infecção actual ou pregressa. Pode ser necessária biopsia hepática para descartar malignidade e determinar o grau da doença. A detecção do ácido ribonucleico (RNA) do vírus caracteriza a presença do vírus no hospedeiro. Aproximadamente metade dos pacientes tratados irão se curar. Possuem melhores respostas ao tratamento os pacientes com idade inferior a 40 anos, do sexo feminino, com genótipos 2 ou 3, que não apresentem cirrose e de peso inferior a 85 quilogramas. Hepatite não A não B não C

Hepatite D Causada por RNA-vírus, só tem importância quando associada à hepatite B, pois potencializa-a. Isoladamente parece não causar infecção. Geralmente encontrado em pacientes portadores do vírus HIV e está mais relacionado à cronificação da hepatite e também à hepatocarcinoma.

Hepatite E É uma hepatite infecciosa aguda causada pelo vírus da hepatite E, que se pode curar de forma subclínica. Sua transmissão é do tipo fecal oral, através do contacto com alimentos e água contaminados, e os sintomas iniciam em média 30 dias após o contágio. É mais comum após enchentes Não existe vacina para hepatite E. Os sintomas são de início súbito, com febre baixa, fadiga, mal-estar, perda do apetite, sensação de desconforto no abdómen, náuseas e vómitos. Pode ocorrer diarreia. É considerada uma hepatite branda, apesar de risco aumentado para mulheres grávidas, principalmente no terceiro trimestre gestacional, que podem evoluir com hepatite fulminante. Não existe tratamento específico. O paciente deve receber medicamentos sintomáticos e repousar. Pode ser prevenida através de medidas de higiene, devendo ser evitado comprar alimentos e bebidas de vendedores ambulantes.

Hepatite F DNA-vírus, transmitido a macacos Rhesus sp. Em laboratório experimentalmente, através de extractos de fezes de macacos infectados. Ainda não há relatos de casos em humanos.

Hepatite G A hepatite G foi a hepatite descoberta mais recentemente (em 1995) e é provocada pelo vírus VHG (vírus mutante do vírus da hepatite C) que se estima ser responsável por 0,3% de todas as hepatites víricas. Desconhecem-se, ainda, todas as formas de contágio possíveis, mas sabe-se que a doença é transmitida, sobretudo, pelo contacto sanguíneo (transmissão parenteral). Pode evoluir para infecção persistente com 66 | P á g i n a


prevalência de 2% entre doadores de sangue. Não foi ainda possível determinar com exactidão – dado que a descoberta da doença e do vírus que a provoca foram recentes –, as consequências da infecção com o vírus da hepatite G. A infecção aguda é geralmente «suave» e transitória e existem relatos duvidosos de casos de hepatite fulminante (os especialistas ainda não chegaram a uma conclusão definitiva sobre as causas destas hepatites fulminantes). Noventa a 100 por cento dos infectados tornam-se portadores crónicos mas podem nunca vir a sofrer de uma doença hepática. Até agora não foi possível comprovar que a infecção pelo VHG conduza a casos de cirrose ou de cancro no fígado.

Outras hepatites virais Outros vírus podem causar hepatites, porém sem ser causa comum. São potencialmente causadores de hepatite em pacientes submetidos a transfusões sanguíneas e imunodeprimidos o Epstein-Barr, o citomegalovírus e o herpes zoster. Outros agentes de importância são os vírus da dengue e febre amarela.

Hepatites medicamentosa Existe um grande número de drogas que são hepatotóxicas, ou seja, lesam directamente o hepatócito. Tais drogas podem portanto causar hepatite. A droga antidiabetes troglitazona, por exemplo, foi retirada do mercado em 2000 por causar hepatite. O acetaminofeno, substância analgésica muito utilizada por crianças e adultos, é considerada altamente hepatotóxica, quando em doses elevadas. O progresso clínico de uma hepatite induzida por medicamentos é muito variável, dependendo da droga e da tendência do paciente a reagir à droga. Por exemplo, hepatite induzida por halothane pode ser de média à fatal, assim como a hepatite induzida por INH. Contraceptivos hormonais podem causar mudanças estruturais no fígado. Hepatite por Amiodarone pode ser incurável, uma vez que a longa meia vida da droga (mais de 60 dias) significa que não há maneira eficiente de impedir exposição à droga. Finalmente, a diversidade humana é tão grande que qualquer droga pode vir a causar hepatite.

Hepatite auto-imune São hepatites causadas por uma auto agressão do organismo, que fabrica anticorpos que atacam e matam os hepatócitos. Isto pode acontecer porque uma bactéria, vírus ou um fungo pode conter uma porção muito parecida com a célula hepática, causando confusão do sistema imunológico. O tratamento é feito com corticóides e drogas imunossupressoras.

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Hipertiroidismo

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Hipertiroidismo O que é? Hipertiroidismo é uma doença da glândula tiróide, na qual a glândula produz em excesso as hormonas da tiróide: tetraiodotironina, triiodotironina ou ambos. O excesso destas hormonas em circulação faz com que o organismo encontre-se com oferta excessiva destes. A hormona que a tiróide é importante a nível celular, afectando praticamente todo o tipo de tecido no corpo humano. Em excesso, ele tanto estimula em excesso o metabolismo quanto exacerba os efeitos do sistema nervoso, causando aceleração de vários sistemas corporais e sintomas que se parecem como uma sobredose de epinefrina (adrenalina). Podem ocorrer uma variedade de manifestações clínicas como taquicardia, perda de peso, nervosismo e tremores.

As principais causas do hipertireoidismo são A doença de Graves, a autonomia da tiróide e um aumento de hormonas tiroidianas como consequência de medicamentos. Em casos extremos de uma crise de superfunção ameaçadora da vida fala-se de uma "crise tireotóxica". O contrário do hipertiroidismo, a falta de hormonas tireoidianos, é conhecido como hipotireoidismo.

Sintomas         

Sudorese Intolerância ao calor Diarreia Nervosismo Hiperactividade Irritabilidade aumentada A glândula pode estar aumentada e ser palpável Taquicardia Depressão

Diagnostico É necessária a dosagem dos níveis séricos de TSH e T4. É comum o achado de níveis baixos de TSH associado a níveis normais de T4 (hipertiroidismo subclínico). No 69 | P á g i n a


caso de hipertiroidismo por aumento de secreção de TSH (hipertiroidismo central, ou hipofisário) encontram-se níveis altos de T4 associado a níveis normais ou altos de TSH.

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Hipoglicemia

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Hipoglicemia O que é? Deve-se ao baixo nível de glicose no sangue. Um indivíduo encontra-se em estado de hipoglicemia quando os níveis de glicose, a principal molécula usada para o fornecimento de energia ao organismo, no sangue descem abaixo dos valores normais (60 mg/100 ml ou 5,3 mmol/l).

Sinais e sintomas de hipoglicemia Os sintomas hipoglicémicos podem ser divididos naqueles produzidos pelas hormonas contra-regulatórios (adrenalina e glucagon), accionados pelo declínio da glicose, e naqueles produzidos pela redução de açúcar no cérebro.

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Manifestações adrenérgicas (adrenalina) Tremores, ansiedade, nervosismo Palpitações, taquicardia Sudorese, calor Palidez, frio, languidez Pupilas dilatadas Manifestações do glucagon Fome, borborigma ("ronco" na barriga) Náusea, vómito, desconforto abdominal Manifestações neuroglicopênicas (pouco açúcar no cérebro) Actividade mental anormal, prejuízo do julgamento Indisposição não específica, ansiedade, alteração no humor, depressão, choro, medo de morrer Negativismo, irritabilidade, agressividade, fúria Mudança na personalidade, labilidade emocional Cansaço, fraqueza, apatia, letargia, sono, sonho diurno Confusão, amnésia, tontura, delírio Olhar fixo, visão embaçada, visão dupla Actos automáticos Dificuldade de fala, engolir as palavras Ataxia, descoordenação, às vezes confundido com embriaguez Défice motor, paralisia, hemiparesia Parestesia, dor de cabeça Coma, respiração difícil 72 | P á g i n a


Convulsão focal ou generalizada Nem todas as manifestações anteriores ocorrem em casos de hipoglicemia. Não há ordem certa no aparecimento dos sintomas. Manifestações específicas variam de acordo com a idade e com a severidade da hipoglicemia. Em crianças jovens com hipoglicemia matinal, há vómito frequentemente acompanhado de cetose (doença caracterizada pela eliminação de compostos cetónicos como a urina, sonolência, pertubações mentais e vómitos incoercíveis). Nos idosos, a hipoglicemia pode produzir efeitos parecidos com uma isquemia focal ou mal-estar sem explicação. Em recém-nascidos, a hipoglicemia pode produzir irritabilidade, agitação, ataque mioclônico, cianose, dificuldade respiratória, episódios de apnéia, sudorese, hipotermia, sonolência, hipotonia, recusa a se alimentar e convulsões. Também pode parecer asfixia, hipocalcemia, sepsis ou falha cardíaca. Em ambos, pacientes de longa data ou não, o cérebro pode-se habituar a níveis baixos de glicose. Diabéticos insulinodependentes chamam a neuroglicopenia incondicionalmente de hipoglicemia, e que é um problema clínico importante quando tenta-se melhorar o controlo glicémico desses pacientes. Quase sempre a hipoglicemia severa a ponto de ocasionar convulsões ou inconsciência pode ser revertida sem danos ao cérebro. Os casos de morte ou dano neurológico permanente que ocorreram com um único episódio envolvem ocorrências conjuntas de inconsciência não tratada ou prolongada, ou interferência na respiração, ou doenças concorrentes severas ou outros tipos de vulnerabilidade. De qualquer maneira, hipoglicemias severas podem eventualmente resultar em morte ou dano cerebral.

Causas da hipoglicemia  

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Consumo de álcool: é a causa mais frequente Jejum: alimentação insuficiente ou que não fornece açúcares e carbohidratos em quantidade suficiente; pode se tratar de um problema pontual, mas também nutricional (dieta muito rígida, diagnóstico de anorexia, desnutrição de causas variadas, etc.) Esforço físico: o funcionamento dos músculos pode ter consumido a glicose disponível no sangue e o corpo pode não ter tido tempo de liberar suas reservas; Consumo de medicamento: certos medicamentos podem produzir hipoglicemia; é notavelmente o caso dos medicamentos antidiabéticos, como a insulina e os antidiabéticos orais. Outros medicamentos também podem ser a causa: aspirina e antiinflamatórios não-esteróides. Mais raramente, a hipoglicemia pode revelar: Uma patologia endócrina: hipersecreção de insulina, no caso por exemplo de um insulinoma, tumor secretante do IGF-1; Antecedentes de gastrectomia (ablação do estômago), patologia mais frequente após o câncer gástrico

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Tratamento e prevenção A reversão da hipoglicemia consiste em elevar a glicemia, descobrir o motivo causador da hipoglicemia e tomar as medidas necessárias para que ele não se repita.

Reversão da hipoglicemia aguda

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O açúcar sanguíneo pode subir ao valor normal em minutos da seguinte forma: consumindo (por conta própria) ou recebendo (por outrem) 10-20 g de carbohidrato. Pode ser em forma de alimento ou bebida caso a pessoa esteja consciente e seja capaz de engolir. Essa quantidade de carbohidrato está contida nos seguintes alimentos: 100-200 ML de suco de laranja, maçã ou uva 120-150 ML de refrigerante comum não dietético Uma fatia de pão Quatro biscoitos do tipo cracker Uma porção de qualquer alimento derivado de amido Uma colher (sopa) de mel O amido é rapidamente transformado em glicose, mas a adição de gordura ou proteína retarda a digestão. Os sintomas começam a melhorar em 5 minutos, embora demore 10-20 min até a recuperação completa. O abuso de alimentos não acelera a recuperação e se a pessoa for diabética isto simplesmente causará uma hiperglicemia mais tarde. Se a pessoa está a sofrer de efeitos severos de hipoglicemia de maneira que não possa (devido a combatividade) ou não deva (devido a convulsões ou inconsciência) ser alimentada, pode-se dar a ela uma infusão intravenosa de glicose ou uma injecção de glucagon.

Prevenção de próximos episódios A prevenção depende da causa da hipoglicemia. O risco de novos episódios pode ser frequentemente reduzida pela redução da dose de insulina ou medicamento, ou pela atenção maior à glicemia durante eventos inesperados, diminuição do ritmo de exercícios físicos ou de ingestão de álcool. Muitos tipos de disfunções congéneres do metabolismo requerem evitar ou encurtar os intervalos de jejum, ou evitar carbohidratos extras. Para distúrbios mais severos, pode ser feito pelo consumo de amido de milho de hora em hora ou por infusão gástrica contínua. Vários tratamentos são usados em caso de hipoglicemia hiperinsulinêmica, dependendo da forma exacta e do grau de severidade. A remoção cirúrgica da parte hiperactiva do pâncreas é eficaz com risco mínimo quando o hiperinsulinismo é focal, ou devido a um tumor benigno produtor de insulina. Quando o hiperinsulinismo congénito é difuso ou imune às medicações, a pancreatectomia subtotal pode ser o tratamento de último caso, mas neste caso é menos efectivo e passível de várias complicações. 74 | P á g i n a


A hipoglicemia devida a deficiências hormonais como hipopituitarismo ou insuficiência adrenal geralmente cessa quando se administra a hormona apropriada. A hipoglicemia reactiva com baixa glicose no açúcar é frequentemente um incómodo previsível, que pode ser evitado pelo consumo de gordura e proteína com carbohidratos, pela adição de lanches pela manhã e à tarde e pela redução do consumo de álcool.

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Lúpus

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Lúpus O que é? O Lúpus é uma doença crónica que pode afectar pessoas de todas as idades, raças e sexo. Tendo, no entanto, nas mulheres adultas o maior número de pacientes (90% são mulheres, entre 15 e 40 anos de idade). É considerada uma doença auto imune porque o corpo não tem as defesas necessárias para combater as infecções e ainda se ataca a si próprio (O sistema imunitário é uma rede complexa de órgãos, tecidos, células e substâncias encontradas na circulação sanguínea, que agem em conjunto para nos proteger de agentes estranhos. Nos doentes de Lúpus este deixa de reconhecer constituintes do seu próprio corpo, passando a atacá-los como se fossem estranhos). Não é uma doença contagiosa, infecciosa ou maligna, mas é uma doença crónica, não tem cura, podendo haver uma remissão que permita a paragem do tratamento por grandes períodos de tempo ou até para o resto da vida.

Causas: Genética - alguns cientistas acreditam numa predisposição genética à doença, mas ainda não se conhece os genes causadores, até porque apenas 10% dos pacientes são hereditários e só 5% de crianças de pais que tem Lúpus desenvolvem a doença. Mas como 90% dos pacientes de Lúpus são mulheres em idade fértil, parece haver uma associação com o estrogénio, que se revelou, em experiências feitas com animais, ter um efeito acelerador na doença: fêmeas a que retiraram os ovários antes da puberdade, e que receberam altas doses de hormonas masculinas, tiveram a doença menos intensa ao contrário das que receberam altas doses de estrogénio e tiveram a doença exacerbada. Stress - o stress é comprovadamente um disparador da doença. Os cientistas confirmaram a possibilidade da adrenalina ou cortisona influenciarem o desenvolvimento da doença. Luz Ultravioleta - exposição à luz solar. Cerca de 30 a 40% dos pacientes apresentam sensibilidade ao componente ultravioleta vindo da luz solar ou artificial, em função da alteração no DNA, estimulando a produção anormal de anticorpos contra ele. As células da pele quando expostas à luz ultravioleta actuam nos linfócitos que produzem anticorpos. A luz ultra-violeta dificulta a retirada dos imunocomplexos da circulação, que se podem depositar nalguns tecidos provocando inflamação. Vírus - é possível que linfócitos B sejam infectados por vírus e provoquem a produção de anticorpos em pacientes susceptíveis.

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Sintomas São vários os sintomas do Lúpus podendo não estar todos presentes ao mesmo tempo, algumas pessoas apresentam apenas alguns deles. No entanto só com um conjunto de quatro, no mínimo, se pode considerar doente de Lúpus: 1 - Erupção na face sobre a zona do nariz e bochechas em forma de borboleta 2 - Erupção lembrando a mordedura de um lobo (Lúpus discóide) 3 - Sensibilidade aos raios solares (lesões após a exposição aos raios ultravioletas) 4 - Erupções bucais e naso-faringeas 5 - Queda de cabelo. 6 - Fadiga 7 - Dores de cabeça 8 - Dores e inchaço nas articulações devido a inflamações articulares 9 - Serosite (inflamação do revestimento do pulmão - pleura, e coração – pericárdio) 10 - Variações no sistema nervoso (psicoses ou depressões que vão de simples alterações de humor a estados convulsivos)

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Meningite

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Meningite O que é? O termo meningite corresponde ao processo inflamatório das meninges e do líquido cefalorraquidiano. Apesar da causa mais comum ser infecciosa (através de bactérias, vírus ou fungos), alguns agentes químicos e mesmo células tumorais podem provocar meningite A meningite bacteriana é uma doença grave, que deve ser tratada como emergência clínica. Pacientes que recebem o diagnóstico e o tratamento adequado têm bom prognóstico (cerca de 90% de cura).

Sintomas

      

Inicialmente os sintomas resultam da infecção e a seguir do aumento na pressão intracraniana, podendo ocorrer com: Dor de cabeça (cefaleia); Febre alta e vómitos; Fotofobia; Irritabilidade, delírio e convulsões; Rigidez da nuca, ombro ou das costas; Aparecimento de petéquias (geralmente nas pernas), podendo evoluir até grandes lesões equimóticas ou purpúricas; Resistência à flexão do pescoço.

Complicações e sequelas A meningite pode causar inúmeras complicações e sequelas neurológicas, como epilepsia, infartos cerebrais e retardo mental em crianças. Por esse motivo o tratamento precisa ser rápido. Fora do sistema nervoso a meningite também pode causar complicações. A doença inflamatória pode levar ao choque séptico e distúrbios da coagulação. As bactérias podem também se difundir para outros locais, causando endocardite e pioartrite. Além disso há registros de perda de parte da audição.

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Diagnóstico Para o diagnóstico é primordial a realização de exames de sangue e recolha de LCR, sendo este de maior importancia. Para o exame do LCR é realizada punção lombar onde é retirado o líqudo. O LCR do paciente com meningite bacteriana tende a estar mais turvo, possivelmente purulento, com taxa de glicose diminuída e contagem celular aumentada (pleocitose) às custas de polimorfonucleares. Com a coloração de Gram as bactérias podem ser visualizadas, o que geralmente é suficiente para o diagnóstico. Algumas vezes é necessário realizar cultura do material para identificação das bactérias.

Tratamento

    

Para uma maior eficiência, o tratamento deve ser específico para o agente etiológico envolvido. No caso de meningites virais não há tratamento específico, mas essas tendem a ser infecções menos graves e auto-limitadas. Para as infecções bacterianas o tratamento deve ser o mais rápido possível, pois a doença pode levar a morte ou as sequelas neurológicas graves. Para bactérias conhecidas, o tratamento mais usado é o seguinte: S. pneumoniae: Penicilina G 24 milhões de unidades ou ampicilina 12g. Nos casos de resistência bacteriana recomenda-se o uso de cefalosporina ou vancomicina. Meningococos: Penicilina G 24 milhões de unidades ou ampicilina 12g. H. influenzae: Ampicilina 12 g Estafilococos: ceftriaxona 4 g ou cloranfenicol L. monocytogenes: Ampicilina 12 g A eficiência do tratamento específico costuma ser muito boa, excepto em pacientes imunossuprimidos.

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Osteoartrite

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Osteoartrite O que é? A osteoartrite ou artrose é uma perturbação crónica das articulações caracterizada pela degeneração da cartilagem e do osso adjacente, que pode causar dor articular e rigidez. A artrose, a perturbação articular mais frequente, afecta em algum grau muitas pessoas por volta dos 70 anos de idade, tanto homens como mulheres. Contudo, a doença tende a desenvolver-se nos homens numa idade mais precoce. A artrose também pode aparecer em quase todos os vertebrados, inclusive peixes, anfíbios e aves. Embora a artrose seja mais frequente em pessoas de idade, a sua causa não é a simples deterioração que implica o envelhecimento. A maioria das pessoas afectadas por esta doença, especialmente os mais jovens, apresenta poucos ou nenhum sintoma; contudo, algumas pessoas adultas desenvolvem incapacidades significativas.

Causas As articulações têm um nível tão pequeno de fricção que não se desgastam, salvo se forem excessivamente utilizadas ou danificadas. É provável que a artrose se inicie com uma anomalia das células que sintetizam os componentes da cartilagem, como o colágenio (uma proteína resistente e fibrosa do tecido conjuntivo) e os proteoglicanos (substâncias que dão elasticidade à cartilagem). A cartilagem pode crescer demasiado, mas torna-se mais fina e surgem gretas na sua superfície. Formam-se cavidades diminutas que enfraquecem a medula do osso, debaixo da cartilagem. Pode haver um crescimento excessivo do osso nas bordas da articulação, formando tumefações osteófitos que podem ver-se e sentir-se ao tacto. Estas tumefacções podem interferir no funcionamento normal da articulação e causar dor. Por fim, a superfície lisa e regular da cartilagem torna-se áspera e esburacada, impedindo que a articulação possa se mover com facilidade. Produz-se uma alteração da articulação pela deterioração de todos os seus componentes, quer dizer, o osso, a cápsula articular (tecidos que envolvem algumas articulações), a membrana sinovial (tecido que reveste a articulação), os tendões e a cartilagem. Existem duas classificações da artrose; primária, quando a causa é desconhecida, e secundária, quando a causa é outra doença, como, uma infecção, uma deformidade, uma ferida ou o uso excessivo da articulação. São especialmente vulneráveis os indivíduos que forçam as suas articulações de forma reiterada, como os operários de uma fundição ou de uma mina de carvão e os condutores de veículos pesados.

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Sintomas Ao chegar aos 40 anos de idade, muitas pessoas manifestam sinais de artrose nas radiografias, especialmente nas articulações que sustentam o peso, mas relativamente poucas apresentam sintomas. Em geral, os sintomas desenvolvem-se gradualmente e afectam inicialmente uma ou várias articulações. A dor é o primeiro sintoma, que aumenta em geral com a prática de exercício. Em alguns casos, a articulação pode estar rígida depois de dormir ou de qualquer outra forma de inactividade; contudo, a rigidez costuma desaparecer 30 minutos depois de se iniciar o movimento da articulação. A articulação pode perder a mobilidade e inclusive ficar completamente rígida numa posição incorrecta à medida que piora a lesão provocada pela artrose. O novo crescimento da cartilagem, do osso e outros tecidos pode aumentar o tamanho das articulações. A cartilagem áspera faz com que as articulações ranjam ou crepitem ao mover-se. As protuberâncias ósseas desenvolvem-se com frequência nas articulações das pontas dos dedos. Em algumas articulações (como o joelho) os ligamentos que rodeiam e sustentam a articulação distendem-se de tal maneira que esta se torna instável. Tocar ou mover a articulação pode ser muito doloroso. Em contraste, o quadril torna-se rígido, perde o seu raio de acção e provoca dor ao mover-se. A artrose afecta com frequência a coluna vertebral. A dor de costas é o sintoma mais frequente. As articulações lesadas da coluna costumam causar apenas dores leves e rigidez. Contudo, se o crescimento ósseo comprime os nervos, a artrose do pescoço ou da zona lombar pode causar entorpecimento, sensações estranhas, dor e fraqueza num braço ou numa perna. Em raras ocasiões, a compressão dos vasos sanguíneos que chegam à parte posterior do cérebro. Origina-se então problemas de visão, sensação de enjoo (vertigem), náuseas e vómitos. Por vezes o crescimento do osso comprime o esófago, dificultando a deglutição. A artrose segue um desenvolvimento lento na maioria dos casos depois do aparecimento dos sintomas. Muitas pessoas apresentam alguma forma de incapacidade, mas, em certas ocasiões, a degeneração articular detém-se.

Tratamento Tanto os exercícios de alongamento como os de fortalecimento e de postura são adequados para manter as cartilagens em bom estado, aumentar a mobilidade de uma articulação e reforçar os músculos circundantes de maneira que possam amortecer melhor os impactos. O exercício deve ser compensado com o repouso das articulações dolorosas; contudo, a imobilização de uma articulação tende mais a agravar a artrose do que a melhorá-la. Os sintomas pioram com o uso de cadeiras, colchões e assentos de automóvel demasiado moles. Recomenda-se o uso de cadeiras com costas rectas, colchões duros ou estrados de madeira por baixo do colchão. Os exercícios específicos 84 | P á g i n a


para a artrose da coluna vertebral podem ser úteis; contudo, são necessários suportes ortopédicos para as costas em caso de problemas graves. É importante manter as actividades diárias habituais, desempenhar um papel activo e independente dentro da família e continuar a trabalhar. Também são úteis a fisioterapia e o tratamento com calor local. Para aliviar a dor dos dedos é recomendável, por exemplo, aquecer cera de parafina misturada com óleo mineral a uma temperatura de 48 °C a 51 °C, para depois molhar os dedos, ou tomar banhos mornos ou quentes. Quando a artrose afecta o pescoço, podem ser úteis as massagens realizadas por terapeutas profissionais, a tracção e a aplicação de calor intenso com diatermia ou ultra-sons. A aplicação intra-articular de ácido hialurônico, mesoterapia, transplante de cartilagem, suplementação de glicosamina-condroitina, aparecem como novas modalidades terapêuticas. A cirurgia pode ser útil quando a dor persiste apesar dos outros tratamentos. Algumas articulações, sobretudo o quadril e o joelho, podem ser substituídas por uma artificial (prótese) que, em geral, dá bons resultados: melhora a mobilidade e o funcionamento na maioria dos casos e diminui a dor de forma notória. Portanto, quando o movimento se vê limitado, pode considerar-se a possibilidade de uma prótese da articulação.

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Pneumonia

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Pneumonia O que é? São infecções que se instalam nos pulmões. Podem acometer a região dos alvéolos pulmonares onde desembocam as ramificações terminais dos brônquios e, às vezes, os interstícios (espaço entre um alvéolo e outro). Basicamente, pneumonias são provocadas pela penetração de um agente infeccioso ou irritante (bactérias, vírus, fungos e por reacções alérgicas) no espaço alveolar, onde ocorre a troca gasosa. Esse local deve estar sempre muito limpo, livre de substâncias que possam impedir o contacto do ar com o sangue. Diferentes do vírus da gripe, que é altamente infectante, os agentes infecciosos da pneumonia não costumam ser transmitidos facilmente.

Tratamento O tratamento das pneumonias requerem o uso de antibióticos em caso de origem bacteriana ou fúngica e a melhora costuma ocorrer em três ou quatro dias. O internamento hospitalar pode fazer-se necessária quando o paciente é idoso, tem febre alta ou apresenta alterações clínicas decorrentes da própria pneumonia, tais como: comprometimento da função dos rins e da pressão arterial, dificuldade respiratória caracterizada pela baixa oxigenação do sangue porque o alvéolo está cheio de secreção e não funciona para a troca de gases. Os principais antibióticos usados são as chamadas Quinolonas Respiratórias, dentre as quais podemos citar como exemplo a moxifloxacina, a gatifloxacina e a levofloxacina.

Recomendações / Prevenção      

Não fume e não beba exageradamente; Observe as instruções do fabricante para a manutenção do ar-condicionado em condições adequadas, limpando-o regularmente; Não se exponha a mudanças bruscas de temperatura; Procure atendimento médico para diagnóstico precoce de pneumonia, para diminuir a probabilidade de complicações. Se tiver mais de 60 anos vacine-se contra a gripe anualmente. Está disponível também a vacina contra o pneumococo, o principal agente causador da pneumonia. Ela está indicada para pessoas com maior risco de adquirir a doença e de ter suas complicações: pessoas com doenças crónicas pulmonares, cardíacas, renais, diabéticas, residentes de asilos e pessoas com 60 anos ou mais; 87 | P á g i n a


Em pessoas acamadas e/ou com mais de 60 anos (que não realizam nenhuma actividade física) recomenda-se que se faça Tratamento Fisioterápico Preventivo (duas ou três sessões por semana), a fim de manter uma boa condição pulmonar destes indivíduos.

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Rinite Alérgica

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Rinite Alérgica O que é? Rinite é um termo médico que descreve a irritação e inflamação crónica ou aguda da mucosa nasal. É uma doença que pode ser causada tanto por vírus como por bactérias, embora seja manifestada com mais frequência em decorrência de alergia, ou por reacções ao pó, fumaça e outros agentes ambientais. A inflamação decorrente da rinite resulta na produção excessiva de muco, gerado pelo acúmulo da histamina, o que ocasiona o escorrimento nasal, sintoma mais típico da rinite.

Sintomas Rinorréia (corrimento de mucosidades do nariz), coriza, congestão nasal, prurido (coceira) e ardor nos olhos, nariz e boca, espirros constantes e algumas vezes vómito. Algumas vezes a doença é acompanhada de febre.

Prevenção Deve-se evitar permanecer por muito tempo em locais pouco ventilados; não fumar; não ficar perto de ambientes onde o cheiro é forte; ficar longe do mofo e, em caso de repetição frequente, procurar algum tratamento preventivo prescrito por um médico otorrinolaringologista. Caso a pessoa seja alérgica, um médico deve ser consultado para que ele indique um tratamento. ...

Tratamento O tratamento da rinite deve ser prescrito por um médico, e inclui medicamentos antialérgicos, descongestionantes, analgésicos, antitérmicos, antiflamatórios e antibióticos. Em alguns casos extremos, é necessária a incisão cirúrgica.

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Tubercolose

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Tuberculose O que é? A tuberculose é uma das doenças infecciosas documentadas desde mais longa data e que continua a afligir a Humanidade nos dias actuais. É causada pelo Mycobacterium tuberculosis. A tuberculose é considerada uma doença socialmente determinada, pois sua ocorrência está directamente associada à forma como se organizam os processos de produção e de reprodução social, assim como à implementação de políticas de controlo da doença. Os processos de produção e reprodução estão directamente relacionados ao modo de viver e trabalhar do indivíduo.

Sintomas mais comuns      

Tosse (por mais de 15 dias) Febre (mais comumente ao entardecer) Suores nocturnos Falta de apetite Emagrecimento Cansaço fácil Dificuldade na respiração, eliminação de sangue e acúmulo de pus na pleura pulmonar são característicos em casos mais graves. Em diversos países houve a ideia de que por volta de 2010 a doença estaria praticamente controlada e inexistente. No entanto, o advento do HIV e da AIDS mudaram drasticamente esta perspectiva. No ano de 1993, em decorrência do número de casos da doença, a Organização Mundial da Saúde decretou estado de emergência global e propôs o DOTS (Tratamento Directamente Supervisionado) como estratégia para o controle da doença.

Diagnóstico Uma avaliação médica completa para a tuberculose inclui um histórico médico, um exame físico, a baciloscopia, o teste subcutâneo de Mantoux, uma radiografia do tórax e culturas microbiológicas.

Baciloscopia A baciloscopia é um exame realizado com o escarro do paciente suspeito de ser vítima de tuberculose, colhido em um potinho estéril. O exame deve ser feito pela manhã, com o paciente ainda em jejum e com boa higienização oral. É importante 92 | P á g i n a


orientar o paciente a não cuspir, mas sim escarrar. Esse exame é feito gratuitamente através do SUS e pode ser solicitado por enfermeiros e médicos.

Exame físico Um exame físico é feito para avaliar a saúde geral do paciente e descobrir outros factores que podem afitar o plano de tratamento da Tuberculose. Não pode ser usado como diagnosticador da Tuberculose.

Radiografia do tórax Uma radiografia postero-anterior do tórax é a tradicionalmente feita; outras vistas (lateral ou lordótico) ou imagens de tomografia computadorizada podem ser necessárias. Em tuberculose pulmonar activa, infiltrações ou consolidações e/ou cavidades são frequentemente vistas na parte superior dos pulmões com ou sem linfadenopatia (doença nos nódulos linfáticos) mediastinal ou hilar. No entanto, lesões podem aparecer em qualquer lugar nos pulmões. Em pessoas com HIV e outras imuno-supressões, qualquer anormalidade pode indicar a TB, ou o raio-X dos pulmões pode até mesmo parecer inteiramente normal. Em geral, a tuberculose anteriormente tratada aparece no raio-X como nódulos pulmonares na área hilar ou nos lóbulos superiores, apresentando ou não marcas fibróticas e perda de volume. Nódulos e cicatrizes fibróticas podem conter bacilos de tuberculose em multiplicação lenta, com potencial para progredirem para uma futura tuberculose activa. Indivíduos com estas características em seus exames, se tiverem um teste positivo de reacção subcutânea à tuberculina, devem ser consideradas candidatos de alta prioridade ao tratamento da infecção latente, independente de sua idade. De modo oposto, lesões granulares calcificadas (granulomas calcificados) apresentam baixíssimo risco de progressão para uma tuberculose activa.

Teste intradérmico de tuberculina O teste subcutâneo de Mantoux é usado no Brasil, nos EUA e no Canadá. O teste de Heaf é usado no Reino Unido. Esses testes não têm nenhuma importância diagnóstica. Um resultado positivo indica que houve contacto com o bacilo, mas não indica doença, já que, após o contágio, o indivíduo apresenta 5% de hipóteses de desenvolver a doença nos primeiros 2 anos. Este teste é utilizado para fins de controlo epidemiológico e profilaxia em contactantes de pacientes com tuberculose. Dentre a gama de testes disponíveis para avaliar a possibilidade de TB, o teste de Mantoux envolve injecção subcutânea de tuberculina e a medição do tamanho de qualquer reacção após três dias. O derivado de proteína purificada (ou PPD), que é um precipitado obtido de culturas filtradas e esterilizadas, é injectado de forma intradérmica (isto é, dentro da 93 | P á g i n a


pele) e a leitura do exame é feita entre 48 e 72 horas após a aplicação do PPD. Um paciente que foi exposto à bactéria deve apresentar uma resposta imunológica na pele.

Teste de Heaf O Teste de Heaf é usado no Reino Unido, e também injecta a proteína purificada (PPD) na pele, observando-se a reacção resultante. Quando alguém é diagnosticado com tuberculose, todos os seus contactos próximos devem ser investigados com um teste de Mantoux e, principalmente, radiografias de tórax, a critério médico.

Tratamento Pessoas com infecção de Tuberculose (classes 2 ou 4), mas que não têm a doença (como nas classes 3 ou 5), não espalham a infecção para outras pessoas. A infecção por Tuberculose numa pessoa que não tem a doença não é considerada um caso de Tuberculose e normalmente é relatada como uma infecção latente de Tuberculose. Esta distinção é importante porque as opções de tratamento são diferentes para quem tem a infecção latente e para quem tem a doença activa.

Transmissão A tuberculose é transmitida por gotículas aerossóis com a doença tuberculose activa nos pulmões quando a pessoa tosse, fala, espirra ou cospe. Tuberculose no mundo Todos os anos 60 milhões de pessoas são infectadas com tuberculose. Embora actualmente esta doença seja tratável, ainda mata anualmente 2.5 milhões de pessoas. Sem um controle muito mais eficaz, cerca de 1.5 bilhão de pessoas serão infectadas e 3.5 milhões morrerão de tuberculose até 2020. Além dos seus custos humanos a doença tem uma pesada incidência económica: por exemplo, a elevada frequência da malária pode baixar o crescimento económico em 6% ou mais por ano.

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Otite Externa

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Otite externa O que é? A otite externa é uma infecção do canal auditivo. A infecção pode afectar todo o canal, como na otite externa generalizada, ou apenas uma zona reduzida, como por exemplo um furúnculo. A otite externa, por vezes chamada mal do nadador, é mais frequente durante o Verão, quando se pratica natação.

Causas Um certo número de bactérias ou, raramente, de fungos pode causar uma otite externa generalizada; a bactéria estafilococo costuma provocar furúnculos. Algumas pessoas, como as que sofrem de alergias, psoríase, eczema ou dermatite do couro cabeludo, são particularmente propensas a contrair uma otite externa. As lesões provocadas no canal auditivo, quer ao limpá-lo, quer por causa da entrada de água ou de substâncias irritantes como a laca ou a tinta do cabelo, costumam conduzir à otite externa. O canal auditivo limpa-se por si só, deslocando as células cutâneas mortas desde o tímpano até ao exterior, como se estivessem numa passadeira rolante. O facto de tentar limpar o canal com pequenas zaragatoas, interrompe este mecanismo de auto limpeza e pode empurrar a matéria residual para o tímpano, onde se acumula. Os resíduos acumulados e a cera tendem a reter a água que entra no canal quando a pessoa se banha ou nada. Como resultado final, a pele molhada e macia do canal auditivo contrai infecções bacterianas ou fúngicas com mais facilidade.

Sintomas Os sintomas da otite externa generalizada são comichão, dor e uma secreção malcheirosa. Se o canal auditivo inchar ou se encher de pus e de resíduos, a audição piora. Em geral, o canal ressente-se e dói se puxar o ouvido externo (orelha) ou se exercer pressão sobre a prega de pele que se encontra em frente ao canal. Quando se observa o interior do canal auditivo através de um otoscópio (um instrumento para visualizar o canal e o tímpano), vê-se que a pele do canal está vermelha, edemaciada e coberta de pus e de resíduos. Os furúnculos provocam muita dor. Quando rebentam, é possível que saia do ouvido uma pequena quantidade de sangue e de pus.

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Tratamento Para tratar a otite externa generalizada, o médico primeiro elimina as substâncias residuais infectadas que se encontram no canal por meio de aspiração ou com pequenos zaragatoas (varetas com ponta de algodão). Uma vez limpo o canal auditivo, a audição costuma voltar à normalidade. Em geral, a pessoa tem de instilar as gotas de antibiótico várias vezes ao dia durante um período máximo de uma semana. Em certos casos prescrevem-se gotas que contêm ácido acético diluído para ajudar a recuperar a acidez do canal auditivo. Os analgésicos, como o paracetamol ou a codeína, podem ajudar a reduzir a dor durante as primeiras 24 a 48 horas, até que a inflamação comece a diminuir de intensidade. Se a infecção se tiver propagado para além do canal auditivo (celulite), pode-se tratar com um antibiótico administrado por via oral. Deixa-se que os furúnculos drenem por si mesmo, porque o facto de os lancetar pode disseminar a infecção. As gotas ópticas com antibiótico não são eficazes. Para aliviar a dor e acelerar a cura pode-se aplicar uma almofada eléctrica sobre a zona durante um curto espaço de tempo e tomar analgésicos.

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Sinusite

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Sinusite O que é? A sinusite é uma inflamação dos seios perinasais provocada por uma alergia ou uma infecção viral, bacteriana ou fúngica. A sinusite pode aparecer em qualquer dos quatro grupos de seios: maxilares, etmoidais, frontais ou esfenoidais.

Causas A sinusite pode ser aguda (de curta duração) ou crónica (duradoura). A sinusite aguda pode ser causada por bactérias e costuma desenvolver-se depois de uma infecção viral dos canais respiratórios superiores, como a constipação comum. Em certos casos, a sinusite crónica dos seios maxilares pode ser consequência de uma infecção dentária. Durante uma constipação, a membrana mucosa inflamada da cavidade nasal tem tendência a bloquear as aberturas dos seios. Quando isto acontece, o ar dos seios é absorvido pela corrente sanguínea e a pressão dentro dos mesmos baixa, produzindo uma pressão negativa que se torna dolorosa (uma doença conhecida como sinusite por vácuo). Se o vácuo persistir, entra líquido nos seios e enche-os, criando um terreno fértil para as bactérias. Então, os glóbulos brancos e mais líquido entram nos seios para combater as bactérias e este fluxo aumenta a pressão e provoca mais dor.

Sintomas e diagnóstico A sinusite aguda e a crónica provocam sintomas semelhantes, como a dor e a inflamação nos seios afectados, mas os sintomas precisos dependem de qual deles tiver sido afectado. Por exemplo, a sinusite maxilar provoca dor nas maçãs do rosto, mesmo por baixo dos olhos, dor de dentes e cefaleia. A sinusite frontal provoca uma dor de cabeça localizada por cima da fronte. A sinusite etmoidal provoca dor por trás e entre os olhos, além de uma dor de cabeça muito intensa que se localiza por cima da testa. A dor que a sinusite esfenoidal provoca não se localiza em áreas definidas e pode sentir-se tanto na parte frontal como na posterior da cabeça. A pessoa também pode sentir um mal-estar geral (indisposição). A febre e os calafrios indicam que a infecção se propagou para além dos seios. A membrana mucosa nasal fica vermelha e inflama-se e pode sair do nariz pus de cor amarela ou esverdeada. Quando uma pessoa tem sinusite, os seios aparecem opacos numa radiografia, pelo que é possível fazer uma tomografia axial computadorizada (TAC) para determinar a verdadeira extensão e gravidade da sinusite. Se um indivíduo tem sinusite maxilar, fazse uma radiografia aos dentes para localizar possíveis abcessos dentários. 99 | P á g i n a


Tratamento O tratamento da sinusite aguda orienta-se para melhorar o esvaziamento (drenagem) dos seios e curar a infecção. A inalação de vapor ajuda a contracção dos vasos sanguíneos da membrana mucosa e favorece a drenagem dos seios. Os fármacos que contraem os vasos sanguíneos (vasoconstritores), como a fenilefrina, podem ser utilizados como vaporizadores nasais, mas apenas por tempo limitado. Certos fármacos similares, como a pseudoefedrina, tomados por via oral, não são eficazes. Tanto para a sinusite crónica como para a aguda, são indicados antibióticos como a amoxicilina, mas no caso da sinusite crónica devem ser tomados antibióticos durante mais tempo. Quando os antibióticos não são eficazes, é possível recorrer à cirurgia para melhorar a drenagem do seio e eliminar o material infectado.

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Gastrite

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Gastrite O que é? A gastrite é a inflamação do revestimento mucoso do estômago. A mucosa do estômago oferece resistência à irritação e normalmente pode suportar um elevado conteúdo ácido. No entanto, pode irritar-se e inflamar-se por diferentes motivos. A gastrite bacteriana segue-se normalmente a uma infecção por organismos como o Helicobacter pylori (bactérias que crescem nas células secretoras de muco do revestimento do estômago). Não se conhecem outras bactérias que se desenvolvam em ambientes normalmente ácidos como o do estômago, embora muitos tipos possam fazêlo no caso de o estômago não produzir ácido. Tal crescimento bacteriano pode provocar gastrite de forma transitória ou persistente. A gastrite aguda por stress, o tipo mais grave de gastrite, é provocada por uma doença ou lesão grave de aparecimento rápido. A lesão pode não afectar o estômago. Por exemplo, são causas frequentes as queimaduras extensas e as lesões que provocam hemorragias maciças. A gastrite erosiva crónica pode ser secundária a substâncias irritantes como os medicamentos, sobretudo a aspirina e outros anti-inflamatórios não esteróides (AINE), à doença de Crohn e a infecções bacterianas e virais. Com este tipo de gastrite, que se desenvolve lentamente em pessoas que, por outro lado, gozam de boa saúde, podem verificar-se hemorragias ou ulcerações. É mais frequente em pessoas que abusam de álcool. A gastrite viral ou por fungos pode desenvolver-se em doentes crónicos ou imunodeprimidos. A gastrite eosinófila pode resultar duma reacção alérgica a uma infestação por certos vermes (nemátodos). Neste tipo de gastrite, os eosinófilos (um tipo de glóbulos brancos no sangue) acumulam-se na parede gástrica. A gastrite atrófica ocorre quando os anticorpos atacam o revestimento mucoso do estômago, provocando o seu adelgaçamento e perda de muitas ou de todas as células produtoras de ácido e de enzimas. Esta perturbação afecta normalmente as pessoas mais velhas. Também tem tendência para ocorrer nas pessoas a quem foi extirpado parte do estômago (procedimento cirúrgico chamado gastrectomia parcial). A gastrite atrófica pode provocar anemia perniciosa porque interfere com a absorção da vitamina B12 presente nos alimentos. A doença de Ménétrier é um tipo de gastrite de causa desconhecida. Nesta, as paredes do estômago desenvolvem pregas grandes e grossas, glândulas volumosas e quistos cheios de líquido. Cerca de 10 % dos afectados desenvolvem cancro do estômago.

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A gastrite de células plasmáticas é outra forma de gastrite de origem desconhecida. Nesta doença, as células plasmáticas (um tipo de glóbulos brancos) acumulam-se nas paredes do estômago e noutros órgãos. A gastrite também pode ser induzida pela ingestão de agentes corrosivos, como os produtos de limpeza, ou pelos elevados níveis de radiação (por exemplo, na radioterapia).

Sintomas Os sintomas variam conforme o tipo de gastrite. No entanto, normalmente uma pessoa com gastrite sofre de indigestão e de queixas ligeiras na parte alta do abdómen. Na gastrite aguda por stress, a doença subjacente, os traumatismos ou as queimaduras em geral camuflam os sintomas gástricos. No entanto, podem sentir-se queixas moderadas na parte alta do abdómen. Pouco depois dum traumatismo, no revestimento do estômago podem surgir pequenos pontos hemorrágicos. Em poucas horas, estas pequenas lesões hemorrágicas podem converter-se em úlceras. As úlceras e a gastrite podem desaparecer se a pessoa recuperar rapidamente do traumatismo. Se assim não for, as úlceras podem tornar-se maiores e começar a sangrar, normalmente entre 2 e 5 dias depois da lesão. A hemorragia pode fazer com que as fezes sejam de cor negro-alcatrão, tingir de vermelho o líquido do estômago ou, se for muito abundante, fazer baixar a tensão arterial. A hemorragia pode ser maciça e mortal. Os sintomas da gastrite erosiva crónica incluem náuseas ligeiras e dor na parte alta do abdómen. No entanto, muitas pessoas (como os consumidores crónicos de aspirinas) não sentem dor. Algumas pessoas podem apresentar sintomas parecidos com os duma úlcera, como dor, quando o estômago está vazio. Se a gastrite se complicar com úlceras sangrantes, as fezes podem adoptar uma cor negro-alcatrão ou então podem verificar-se vómitos de sangue vermelho ou de sangue parcialmente digerido. Na gastrite eosinófila, a dor abdominal e os vómitos podem ser provocados por um estreitamento ou por uma obstrução completa da saída do estômago para o duodeno. Na doença de Ménétrier, o sintoma mais comum é a dor de estômago. São menos habituais a perda de apetite, os vómitos e a perda de peso. A hemorragia é também rara. Pode ser provocada uma retenção de líquidos e uma tumefacção dos tecidos (edema) devido à perda de proteínas pela inflamação do revestimento do estômago. Estas proteínas misturam-se com o conteúdo do estômago e são eliminadas do organismo. Na gastrite de células plasmáticas, podem aparecer dor abdominal, vómitos e diarreia, juntamente com uma erupção cutânea. A gastrite por radioterapia provoca dor, náuseas e ardor devido à inflamação e, por vezes, ao desenvolvimento de úlceras no estômago. Estas podem perfurar a parede do estômago, pelo que o conteúdo deste se espalha pela cavidade abdominal e provoca uma peritonite (inflamação do revestimento abdominal) e uma dor muito intensa. Esta doença grave, caracterizada pela rigidez do abdómen, requer cirurgia imediata. Em alguns casos, depois da radioterapia, formam-se umas cicatrizes que estreitam a saída do 103 | P á g i n a


estômago, provocando dor abdominal e vómitos. A radiação pode danificar o revestimento protector do estômago, de tal forma que as bactérias podem invadir a sua parede e provocar uma forma de gastrite grave e extremamente dolorosa de aparecimento brusco.

Diagnóstico O médico suspeita duma gastrite quando o paciente tem dores na parte alta do abdómen, bem como náuseas ou ardor. Se os sintomas persistirem, muitas vezes não são necessárias análises e começa-se o tratamento em função da causa mais provável. Se o médico tiver dúvidas, pode ser necessário um exame ao estômago com um endoscópio. Se for preciso, pode ser feita uma biopsia (obtenção duma amostra do revestimento do estômago para ser examinada). Se a gastrite se mantiver ou reaparecer, o médico procura a causa, por exemplo uma infecção, e analisa os hábitos dietéticos, o consumo de medicamentos e a ingestão de álcool. A gastrite bacteriana pode ser diagnosticada com uma biopsia. Muitas pessoas com gastrite bacteriana têm anticorpos contra a bactéria causadora do problema; estes podem ser detectados com uma análise ao sangue.

Tratamento Muitos especialistas tratam uma infecção por Helicobacter pylori se provocar sintomas. A infecção pode ser controlada ou eliminada com bismuto e antibióticos, como a amoxicilina e o metronidazol. Por vezes, pode ser difícil eliminar o Helicobacter pylori do estômago. A maioria das pessoas com gastrite aguda por stress cura-se por completo quando se consegue controlar a doença subjacente, a lesão ou a hemorragia. No entanto, 2% das pessoas nas unidades de cuidados intensivos têm hemorragias abundantes por este tipo de gastrite, o que muitas vezes é mortal. Portanto, quando existe uma doença grave, uma lesão importante ou queimaduras extensas, os médicos procuram prevenir a gastrite aguda por stress. Para a prevenir e tratar, na maioria das unidades de cuidados intensivos, e depois duma intervenção cirúrgica, costumam ser administrados antiácidos (que neutralizam a acidez do estômago) e potentes fármacos antiulcerosos (que reduzem ou anulam a produção de ácido do estômago). Nos doentes com fortes hemorragias devidas a uma gastrite por stress, foi utilizada uma ampla variedade de tratamentos. No entanto, só algumas pessoas têm um bom prognóstico: tais hemorragias podem ser mortais. De facto, as transfusões de sangue podem piorar a hemorragia. Os pontos de hemorragia podem ser temporariamente fechados mediante a aplicação de calor durante a endoscopia, mas a hemorragia reaparecerá se o problema subjacente não for resolvido. Se a hemorragia persistir, deve ser induzida a coagulação do vaso sanguíneo lesionado ou pode ser necessário extirpar todo o estômago, com o fim de salvar a vida da pessoa.

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A gastrite crónica erosiva pode ser tratada com antiácidos. O enfermo deve evitar certos fármacos (por exemplo, a aspirina e outros anti-inflamatórios não esteróides) e comidas irritantes. Os comprimidos de aspirina com um revestimento protector provocam menos úlceras do que os que o não têm. O misoprostol provavelmente reduz o risco de úlceras provocadas pelos medicamentos antiinflamatórios não esteróides. Para uma pessoa com gastrite eosinófila, pode ser necessária a cirurgia ou a administração de corticosteróides para diminuir a obstrução da saída do estômago. A gastrite atrófica não se cura. Normalmente, os que sofrem deste problema devem receber injecções de suplementos de vitamina B12. A doença de Ménétrier pode ser curada retirando parte ou a totalidade do estômago, mas o tratamento farmacológico não é eficaz. A gastrite de células plasmáticas pode ser tratada com medicamentos antiulcerosos que bloqueiam a secreção ácida do estômago.

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Gota

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Gota O que é? A Gota é uma doença caracterizada pela elevação de ácido úrico no sangue e surtos de artrite aguda secundários ao depósito de cristais de monourato de sódio. A concentração normal de ácido úrico no sangue é até 7,0 mg/100ml. Dependendo do país estudado, pode chegar a 18% a população com ácido úrico acima de 7mg%. Entretanto, somente 20% dos hiperuricêmicos terão gota. Ou seja, ter ácido úrico alto não é igual a gota. É importante detectar quem tem ácido úrico elevado pois muitas vezes esses indivíduos têm pressão alta, são diabéticos e têm aumento de gordura no sangue com aterosclerose e a descoberta da hiperuricemia faz com que indirectamente sejam diagnosticados os problemas sérios que já existiam. Outro risco para hiperuricemia é desenvolver cálculos renais de ácido úrico ou, raramente, doença renal. É uma doença de homens adultos. As mulheres passarão a ter crise de gota após a menopausa. Pode haver diagnóstico de gota em homem e mulher jovem mas certamente são situações raras.

Como se desenvolve? O mecanismo produtor da doença mais frequente é a ausência congénita de um mecanismo enzimático que excreta ácido úrico pelos rins. Não havendo eliminação adequada, aumenta a concentração no sangue Outro defeito enzimático, bem menos comum, produz excesso de ácido úrico. Os rins, mesmo normais, não conseguem eliminar a carga exagerada de ácido úrico e este acumula-se no sangue Quando há hiperprodução há hiperexcreção renal de ácido úrico. Pode ser detectada medindo-se o ácido úrico em urina de 24 horas. Confirmando-se hiperexcreção, deve-se procurar outras causas menos comuns de hiperexcreção como policitemia vera (excesso de glóbulos vermelhos) e psoríase. Cabe ao médico orientar exames nesse sentido Alguns medicamentos diminuem a excreção renal do ácido úrico. Exemplos frequentes são diuréticos e ácido acetil salicílico em dose baixa. Se esses não devem ser retirados é preferível mantê-los e tratar a gota. Quando a causa da hiperuricemia não é enzimática fala-se em gota secundária.

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Clínica Pacientes gotosos podem permanecer 20 a 30 anos com ácido úrico elevado antes da primeira crise. Em alguns casos, já houve crise de cálculo urinário. A crise de artrite é bastante típica: o indivíduo vai dormir bem e acorda de madrugada com uma dor insuportável que em mais de 50% das vezes compromete o dedo grande do pé. Há situações de dor tão forte que os pacientes não toleram lençol sobre a região afectada. Pode haver febre baixa e calafrios. A crise inicial dura 3 a 10 dias e desaparece completamente. O paciente volta a levar vida normal. Fica sem tratamento porque não foi orientado ou porque não optou pelo que foi prescrito. Nova crise pode voltar em meses ou anos. A mesma articulação ou outra pode ser afectada. Qualquer articulação pode ser atingida. As dos membros inferiores são preferidas mas encontram-se gotosos com graves deformidades nas mãos. Não havendo tratamento, os espaços entre as crises diminuem e sua intensidade aumenta. Os surtos ficam mais prolongados e, mais tarde, com tendência a envolver mais de uma articulação. Há casos em que algumas articulações não ficam mais livres de sintomas. Gotosos que tiveram seu diagnóstico tardiamente e os que não se tratam têm cristais de monourato de sódio depositados nas articulações, tendões, bursas e cartilagens (tofos). Podem assumir volumes enormes e deformarem gravemente as articulações. São muito característicos os tofos volumosos localizados nos cotovelos. Apesar de não ser comum, quando aparecem na cartilagem do ouvido são úteis para diagnóstico de gota.

Diagnóstico Na primeira crise, o diagnóstico definitivo de gota só é feito se forem encontrados cristais de ácido úrico no líquido aspirado da articulação. Na ausência de líquido articular, mesmo sendo no dedo grande do pé, a primeira crise não deve ser rotulada antes de um período de acompanhamento pois há outras causas de inflamação neste local. Lembrar que somente 20% dos hiperuricêmicos terão gota. Se exames e a evolução não definirem outra doença o paciente deve ser seguido como portador de gota. Pode ser muito fácil quando houver uma história clássica de monoartrite aguda muito dolorosa de repetição e ácido úrico elevado. Esse pode estar normal na crise. Quando a suspeita for grande, repetir a dosagem 2 semanas após. Alterações radiológicas podem ser típicas.

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Nos pacientes com doença crónica já com deformidades e RX alterado não há dificuldades diagnósticas mas provavelmente haverá no tratamento. Pacientes nesse estado têm gota de difícil controlo ou não se tratam.

Tratamento Gota não cura! Mas há tratamento garantido! Já vimos que o ácido úrico aumenta devido a defeitos na eliminação renal ou na sua produção. Em ambas situações os defeitos são genéticos, isto é, são definitivos. Se não forem seguidos permanentemente dieta e, na grande maioria das vezes, tratamento medicamentoso, o ácido úrico volta a subir e mais cedo ou mais tarde nova crise de gota virá. Curiosamente, grande número de gotosos não entende ou assume o abandono do tratamento. A consequência não é somente nova crise de artrite aguda muito dolorosa mas o risco de desenvolver deformidades articulares que poderão ser bastante incómodas. Não se justifica, actualmente, gotoso ter novas crises e, muito menos, deformidades estabelecidas.

Crise aguda Nunca iniciar alopurinol na crise! Se já está usando, manter na mesma dose. Colchicina 0,5 ou 1mg de hora em hora até a crise aliviar era o tratamento ideal até que surgissem novos anti-inflamatório não-esteróides (AINES) potentes e com menos paraefeitos, principalmente quando usados por prazo curto. O esquema da colchicina foi abandonado devido à intensa diarreia que provoca, devendo ser usado somente nos raríssimos pacientes que têm contra-indicação absoluta a qualquer AINE, mesmo os recentes que são muito seguros. A melhor combinação de medicamentos é colchicina via oral 3 a 4 vezes ao dia e um AINE intramuscular ou endovenoso. Quando a dor diminuir, passar para via oral. A associação de analgésicos potentes é útil, se ainda persiste dor. O esvaziamento de uma articulação repleta de líquido inflamatório por punção com agulha produz grande alívio. Injecção intra-articular de corticóide está indicada quando há contra-indicação aos esquemas clássicos. Colchicina inibe a chegada de leucócitos aonde estão os cristais. Não diminui o ácido úrico. Isto se consegue com dieta e alopurinol (Zyloric). Somente iniciar alopurinol após desaparecimento da inflamação. O modo de introdução deve ser lento. Usar 100 mg por dia 10 a 20 dias e depois 200 mg por dia. Em 4 a 6 semanas, dosar novamente o ácido úrico. Se estiver acima de 6mg% é melhor passar para 300 mg de alopurinol.

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Controlo Dieta Deve-se prescrever dieta pobre em purinas, recomendar uso restrito de bebidas alcoólicas e evitar jejum prolongado. Cada gotoso sabe "onde aperta o sapato". O controlo ideal da dieta deve ser feito com nutricionista. Alguns pacientes conseguem controlar o ácido úrico somente com dieta. Certamente, o defeito enzimático é menor. O grande segredo da dieta é abandonar os alimentos proibidos e não fazer ingestão excessiva em curto espaço de tempo de alimentos controlados e bebidas alcoólicas.

Medicamentos A maioria vai necessitar doses variadas de alopurinol, podendo chegar-se a 600mg/dia. O uso diário de 1 comprimido de colchicina pode evitar crises. Assim, a associação dos dois medicamentos tem sido sugerida. Os pacientes que estão com ácido úrico abaixo de 5mg% provavelmente não precisarão de colchicina se continuarem dieta e alopurinol que tem sido seguro e cómodo e também ajuda a evitar cálculos renais.

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Amenorreia

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Amenorreia Amenorreia Primária É a ausência da menstruação numa rapariga de 14 anos que não apresenta as características sexuais desenvolvidas ou a ausência de menstruação numa rapariga de 16 anos que já tenha as características sexuais desenvolvidas.

As causas da amenorreia primária podem ser: - Fisiológica, familiar, quando outras meninas da família tiveram menarca mais tarde – menarca significa menstruação; - Relacionada com o peso (pacientes com peso muito acima ou muito abaixo); - Malformações do trato genital (hímen imperfurado, septos vaginais, agenesia uterina); - Disgenesia gonadal (alterações genéticas associadas a amenorreia primária); - Tumores do sistema nervoso central.

Como é o diagnóstico? Através de investigação, de exame clínico e de exames específicos - Avaliação de peso e altura; - Exame ginecológico; - Pesquisa de sinais clínicos de alterações genéticas; - Observar o estágio do desenvolvimento de pêlos, mamas, etc. - Exame do abdómen para avaliação de massas e da região inguinal.

Como se faz o tratamento? O tratamento da amenorreia primária é variável de acordo com a causa da amenorreia.

Amenorreia Secundária É ausência de menstruação por um período superior a 3 meses numa mulher que anteriormente apresenta ciclo menstrual. Em pacientes que já apresentam menstruação muitas vezes não é necessário esperar 3 meses, para que se realize o tratamento da amenorreia. Em mulheres com vida sexual activa e em idade reprodutiva a causa mais comum da amenorreia é a gravidez.

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Como se desenvolve e quais as causas?      

Gravidez Utilização de medicamentos; Falência ovariana; Doenças clínicas associadas; Tumores do sistema nervoso central; Alterações importantes do peso (anorexia nervosa, obesidade)

Como se trata? O tratamento da anorexia secundária varia de acordo com a causa. Nas causas mais frequentes e menos graves, o tratamento geralmente vai ao encontro do desejo do paciente, se esta deseja engravidar ou anticoncepção.

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Amebiase

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Amebiase Causa da doença A causa da amebíase dá-se pela infecção de protozoário (Entamoeba histolytica), sistema circulatório que pode se beneficiar de seu hospedeiro sem causar benefício ou prejuízo, ou ainda, agir de forma invasora. Neste caso, a doença pode se manifestar dentro do intestino ou fora dele.

Sintomas Os principais sintomas são desconforto abdominal, que pode variar de leve a moderado, sangue nas fezes, forte diarréia acompanhada de sangue ou mucóide, além de febre e calafrios. Nos casos mais graves, a forma trofozoítica do protozoário pode se espalhar pelo e, com isso, afetar o fígado, pulmões ou cérebro. O diagnóstico breve nestes casos é muitíssimo importante, uma vez que, este quadro clínico, pode levar o paciente a morte.

Transmissão A amebíase é transmitida ao homem através do consumo de alimentos ou água contaminados por fezes com cistos amebianos, falta de higiene domiciliar e, também, através da manipulação de alimentos por portadores desse protozoário. Uma vez dentro do organismo de seu hospedeiro, neste caso, o homem, o seu período de incubação pode variar de dias a anos, contudo, de forma geral, pode-se atribuir um período comum de duas a quatro semanas.

Diagnóstico O diagnóstico mais comum dá-se pela presença de trozoítos ou cistos do parasita nas fezes, mas também pode ocorrer através de endoscopia ou proctoscopia, através da análise de abcessos ou cortes de tecido, etc. Quando não tratada, esta doença pode durar anos.

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Prevenção Como na maioria das doenças, a melhor medida ainda é a prevenção, neste caso, a prevenção se dá através de medidas higiênicas mais rigorosas junto às pessoas que manipulam alimentos, saneamento básico, não consumir água de fonte duvidosa, higienizar bem verduras, frutas e legumes antes de consumi-los, lavar bem as mãos antes de manipular qualquer tipo de alimento, e, principalmente após utilizar o banheiro.

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Dengue

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Dengue Dengue Clássica Os sintomas são mais leves. O doente tem febre alta, dores de cabeça, nas costas e na região atrás dos olhos. A febre começa a baixar a partir do quinto dia e os sintomas, a partir do décimo dia. Na forma clássica, dificilmente ocorrem complicações, porém alguns doentes podem apresentar quadros de hemorragias leves na boca e também no nariz.

Dengue hemorrágica Ocorre quando a pessoa é contaminada pela segunda vez. Neste caso a enfermidade apresenta-se de forma mais grave. Nos cinco dias iniciais, os sintomas são semelhantes ao do tipo clássico. Contudo, a partir do quinto dia, alguns doentes podem apresentar hemorragias (sangramentos) em vários órgãos do corpo e choque circulatório. Podem ocorrer também vómitos, tontura, dificuldades de respiração, dores abdominais fortes e contínuas e presença de sangue nas fezes. Não acontecendo um acompanhamento médico e tratamento adequado, a pessoa doente pode falecer. É no verão que esta doença faz um número maior de vítimas, pois o mosquito transmissor encontra excelentes condições de reprodução. Nesta época do ano, as temperaturas altas e o alto índice pluviométrico (grande quantidade de chuvas), aumentam e melhoram o habitat ideal para a reprodução do Aedes Aegypti: a água parada. Lata, pneus velhos, vasos de plantas, caixas d’água e outros locais deste tipo são usados para fêmea deste insecto depositar seus ovos. Outro factor que torna os grandes centros urbanos locais preferidos deste tipo de insecto é a grande quantidade de seu principal alimento: o sangue humano. Como não existem formas de acabar totalmente com o mosquito, a única maneira de combater a doença é por fim aos locais onde a fêmea se reproduz.

Tratamento: No caso da dengue clássica, não há um tratamento específico. Os sintomas são tratados e recomenda-se descanso e alimentação baseada em frutas, legumes e líquidos. Os doentes não podem tomar analgésicos ou anti-térmicos com base de ácido acetilsalicílico (Aspirina, AAS, Melhoral, Doril, etc.), pois estes favorecem o surgimento e desenvolvimento de hemorragias no organismo.

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No caso mais grave, a hemorrágica, deve haver um rigoroso acompanhamento médico em função dos possíveis casos de agravamento, com perdas de sangue e até mesmo choque circulatório.

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AVC

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AVC (Acidente Vascular Cerebral) O que é? Doença caracterizada pelo início agudo de um deficit neurológico que persiste pelo menos por 24 horas. Começa abruptamente, sendo o deficit neurológico máximo no início. Pode-se dividir o acidente vascular cerebral em duas categorias: - O acidente vascular isquémico consiste na oclusão de um vaso sanguíneo que interrompe o fluxo de sangue a uma região específica do cérebro, interferindo com as funções neurológicas dependentes da região afectada; - No acidente vascular hemorrágico, existe hemorragia local, com outros factores complicados, como o aumento da pressão intra-craniana, edema cerebral, entre outros.

Como se desenvolve ? Existem várias doenças que podem estar na origem de um AVC: - Hipertensão arterial; - Diabetes; - Hiperlipidemia; - Tabagismo Existem ainda outros factores: - Álcool; - Pílulas anticoncepcionais; - Doenças que provocam o aumento da coagulação sanguínea;

O que se sente?

Normalmente depende do tipo de AVC que a pessoa está a sofrer: isquémico ou hemorrágico? Existe cinco sintomas: Fraqueza – O início agudo de uma fraqueza num dos membros ou face é o sintoma mais comum dos AVC. Pode significar a isquemia de todo um hemisfério cerebral ou apenas de uma pequena e específica área. Podem ocorrer de diferentes formas dependendo da localização da isquemia, da extensão e da circulação cerebral acometida; Distúrbios visuais: A perda da visão num dos olhos, principalmente aguda, alarma os pacientes e leva-os a procurar avaliação médica, uma vez que o paciente pode ter a sensação de “sombra” ou “cortina” ou ainda pode apresentar cegueira transitória; 121 | P á g i n a


Perda sensitiva: A dormência ocorre com a diminuição da força, confundindo o

paciente; 

Afasia (linguagem e fala): É comum os pacientes apresentarem alterações de linguagem

e fala; alguns pacientes apresentam fala curta e com esforço, levando á frustração; outros apresentam uma alteração da linguagem, dizendo frases longas, fluentes, fazendo pouco sentido, com grande dificuldade para compreensão da linguagem; Convulsões: Nos casos da hemorragia intracerebral, do AVC hemorrágico, os sintomas podem manifestar-se como os acima descritos, geralmente mais graves e de rápida evolução. Pode acontecer uma hemiparesia (diminuição da forçado lado oposto ao sangramento), além do desvio de olhar. O hematomapode crescer, causar edema, atingindo outras estruturas adjacentes, levando a pessoa ao coma. Tudo isto pode ocorrer em questão de minutos.

Como se faz o diagnóstico? A história e o exame físico fornecem indícios para uma possibilidade de ocorrer um AVC. Entretanto, o início agudo de sintomas neurológicos focais deve sugerir um AVC em qualquer idade. A avaliação laboratorial inclui análises sanguíneas e estudos de imagem.

Como se trata e como se previne? Inicialmente, deve diferenciar-se entre acidente vascular isquémico ou hemorrágico. O tratamento inclui a identificação e o controlo dos factores de risco, o uso de terapia antitrombótica (contra a coagulação do sangue) e endarterectomia (cirurgia de remoção de coágulos de uma artéria). O uso da terapia antitrombótica é importante para evitar recorrências. Além disso, devem-se controlar outras complicações, principalmente em doentes acamados (pneumonias, tromboembolismo, etc.). Em alguns casos, a cirurgia é necessário de forma a retirar o coágulo e fazer o controlda pressão intracraniana.

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Esquispossomose

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Esquistossomose O que é A esquistossomose, também conhecida como bilharzíase, é uma doença provocada por parasitas humanos.

Sintomas Os sintomas mais comuns da esquistossomose são: diarréia, febres, cólicas, dores de cabeça, náuseas, tonturas, sonolência, emagrecimento, endurecimento e o aumento de volume do fígado e hemorragias que causam vómitos e fezes escurecidos. Ao surgir estes sintomas, o indivíduo precisa procurar imediatamente um atendimento médico para que todos os procedimentos necessários sejam tomados. Assim como em qualquer outro problema de saúde, a auto-medicação não deve ser adotada pelo doente. As crianças são as mais atingidas por este parasita, pois elas são mais vulneráveis por brincarem em locais húmidos sem saber que lá podem estar estes parasitas a espera de um hospedeiro. Já os adultos comummente se protegem com o uso de botas de borracha.

Combate O combate a esta doença passa necessariamente por medidas de saneamento básico. Águas e sistemas de esgoto devem ter sempre as águas tratadas. Os caramujos, hospedeiros intermediários do parasita, devem ser eliminados. Ao entrar em águas paradas ou sujas, deve haver uma proteção nos pés com botas de borracha.

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Malรกrio

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Malária O que é malária? A malária, também chamada maleita, febre palustre, impaludismo ou sezão, é uma doença infecciosa causada por protozoários do gênero Plasmodium, do qual há cerca de 50 espécies. O Plasmodium é um parasita, ou seja, um ser que vive às custas de um outro, neste caso o homem, causando-lhe prejuízo – expresso pela malária. Sua ação resume-se em atacar o fígado e, em seguida, o sangue, destruindo os glóbulos vermelhos responsáveis pelo transporte dos nutrientes; dessa forma, as pessoas tornamse anêmicas e apresentam outros problemas de saúde.

O agente infeccioso Em nosso país, os principais agentes infecciosos são o Plasmodium falciparum, o Plasmodium vivax e o Plasmodium malariae – desses, a forma mais grave de malária é a causada pelo Plasmodium falciparum, que pode causar muitas complicações e, inclusive, levar à morte.

O agente transmissor É o mosquito anofelino, cuja principal característica é manter-se pousado como se fosse um prego espetado – motivo pelo qual em algumas regiões é chamado de mosquito "prego", ou "suvela". Suas fêmeas depositam os ovos em águas paradas ou com pequena correnteza, relativamente limpas e geralmente sombreadas (igarapés, córregos, açudes, lagoas, remansos dos rios, valetas e escavações). Na água, os ovos dão origem a larvas, que viram pupas e, posteriormente, mosquitos adultos – os quais saem em busca de alimentos. Os machos alimentam-se da seiva de plantas e flores; as fêmeas, porém, procuram sangue, elemento necessário para o amadurecimento dos ovos. Assim, no período entre o anoitecer e o amanhecer, picam as pessoas dentro das casas, banheiros, acampamentos, estábulos ou em quaisquer outros locais abrigados, bem como as que estão ao relento.

A fonte de infecção ou o agente hospedeiro Ao sugar o sangue de uma pessoa com malária e picar outra, a fêmea do mosquito anofelino transmite a doença. Nas infecções pelo Plasmodium vivax e malariae, uma parte dos parasitas fica no fígado, como que dormindo. Quando ativados, 126 | P á g i n a


passam para a corrente sangüínea e causam novos focos da doença -. nas infecções pelo Plasmodium falciparum não há parasitas "em estoque" no fígado.

Sintomas da malária Os sintomas da malária não aparecem de imediato. O intervalo entre a picada do mosquito e o aparecimento dos sintomas, chamado de período de incubação, varia de cerca de 12 a 30 dias. Assim, alguém que tenha viajado para uma região infestada pela malária pode manifestá-la quando do retorno à sua localidade, o que traz grande problema porque - por falta de hábito de lidar com a malária - o médico pode confundila com outra doença, atrasando o diagnóstico, o tratamento e o alívio. Passado o período de incubação, a malária manifesta-se sob a forma de um malestar que inclui dores de cabeça, dor no corpo, tremores e calafrios; em seguida, vêm os calafrios e tremores intensos, seguidos por febre de 40º ou mais. A pele fica bastante corada (vermelha) e a pessoa às vezes delira. A febre perdura por várias horas; finalmente, o doente começa a suar e a temperatura diminui. Após o ataque, sente fraqueza, mas certa melhora. Inicialmente, a febre pode surgir diariamente; depois, os ataques repetem-se em dias alternados. À medida que persistem, a pessoa vai ficando anêmica - pela ação destrutiva do Plasmodium nos glóbulos vermelhos - e ao longo do tempo há aumento do baço e fígado. Vários sintomas e sinais indicam que a forma mais grave de malária, causada pelo Plasmodium falciparum: vômitos repetidos; fraqueza aguda; pouca urina, com cor escura; desidratação grave; pressão muito baixa – o que pode acarretar diversos e sérios problemas de saúde, tais como icterícia, insuficiência dos rins, convulsões, coma e morte, daí a importância do tratamento imediato.

O tratamento Apesar de grave, a malária tem cura. Seu tratamento consiste na eliminação dos plasmódios da corrente sangüínea – que deve ser feita de forma correta e completa; caso contrário, podem restar parasitas no sangue, que produzirão novos surtos da doença. Além disso, a pessoa ainda permanecerá sendo uma fonte de infecção para outras.

Controle e prevenção da malária 1. Evitar a formação de criadouros de mosquitos abrindo valas para que a água possa correr livremente e aterrar ou drenar todos os locais onde a água possa vir a acumularse; 2. Dependendo das circunstâncias, desmatar uma área de 100 metros ao redor da casa, para afastar o mosquito; 3. Colocar telas nas janelas e portas e usar mosquiteiros ou cortinas nas camas, redes e berços; 4. Cobrir, ao máximo, o corpo e aplicar repelentes à pele descoberta, ao pescar, caçar ou trabalhar na selva ou mato; 127 | P á g i n a


5. Não banhar-se em rios, lagos e igarapés entre o fim da tarde e começo da noite, e também não pescar nem caçar nestes horários; 6. Solicitar que os guardas da Fundação Nacional de Saúde ou do sistema municipal de saúde borrifem as casas da região; 7. Antes de viajar para região onde haja muita malária, procurar os serviços de saúde para saber que medicamentos tomar. A atuação conjunta do poder público – governos federal, estaduais e municipais – e da comunidade (associações de moradores, sindicatos, clubes, igrejas) é fundamental para o sucesso de afastar ou eliminar o mosquito, já que o esforço individual não é suficiente para tal: de pouco adianta alguém aterrar as poças d’água em torno de sua casa se o vizinho não fizer o mesmo procedimento. Assim sendo, várias medidas preventivas podem e devem ser tomadas pelo poder público: 1. Cuidar para que toda a população seja bem informada sobre a malária e seu modo de transmissão; 2. Facilitar o acesso da população aos serviços de saúde; 3. Aterrar e drenar lugares passíveis de acumular água em torno dos domicílios; 4. Limpar as valas, igarapés e outras coleções de água; 5. Fazer obras de saneamento (esgoto, água canalizada); 6. Realizar borrifações nas casas localizadas em regiões de malária; 7. Controlar os meios de transporte público e caminhões, para que os mesmos não transportem mosquitos infectados para outras regiões.

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Raiva

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Raiva O que é? Zoonose: Zoonoses são doenças comuns aos animais e ao homem, e doenças dos animais transmissíveis ao homem. As mais comuns são: trichinose, brucelose, raiva, salmonelose, listeriose, tuberculose, toxoplasmose, leptospirose, sarna, hidatidose, larva migrans cutânea (bicho geográfico), febre amarela, dengue, tifo, malária, doença de Chagas, etc. É importante ter cuidado com animais doentes e com os produtos de origem animal.

Raiva humana A raiva é uma zoonose transmitida pela inoculação do vírus rábico, principalmente por meio de mordedura, arranhadura ou lambedura de animais infectados. Apesar de sua letalidade ser de 100%, é uma doença imunoprevenível com um esquema de profilaxia eficaz, quando utilizada de maneira oportuna e correta, com aplicação de imunobiológicos (vacina, soro e imunoglobulina anti-rábica) adquiridos pelo Ministério da Saúde e oferecidos ao público pelo Sistema Único de Saúde. Nos países desenvolvidos, a vacinação eliminou, em grande medida, a raiva nos cães. Contudo, continua a ser bastante freqüente na maioria dos países da América Latina, África e Ásia, onde os animais de estimação nem sempre estão vacinados contra a referida doença.

Causas da Raiva Diferentes animais podem transmitir a doença raiva aos humanos. Embora a fonte habitual de infecção dos humanos sejam os cães, também os gatos, os morcegos, os texugos, as doninhas, as raposas e outros animais podem ser responsáveis pelo contágio. Ratos, ratazanas e outros mamíferos pequenos não são transmissores freqüentes da raiva, em parte porque a mordedura de outro animal lhes é habitualmente mortal. O vírus da raiva está presente na saliva dos animais infectados. Um animal com raiva transmite a infecção a outros animais ou aos humanos ao morder-lhes ou, por vezes, ao lambê-los. A partir do ponto de inoculação inicial o vírus desloca-se através dos nervos até a medula espinhal e cérebro, onde se multiplica. Em seguida, desce pelos nervos para as glândulas salivares, onde se instala. Os animais infectados podem ter uma raiva furiosa ou muda. Na raiva furiosa, o animal está agitado e apresenta um comportamento anormal; posteriormente fica

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paralisado e morre. Na raiva muda, é a paralisia localizada ou generalizada que predomina desde o início. Apesar de ser extremamente rara, a raiva pode ser contraída respirando ar infectado. Foi descrito o desenvolvimento de dois casos entre exploradores que respiraram o ar de uma caverna infestada de morcegos.

Sintomas da raiva Os sintomas da doença raiva costumam apresentar-se entre 30 e 50 dias depois do contágio, mas o período de incubação varia desde 10 dias a mais de um ano. Este período costuma ser mais curto nas vítimas de dentadas na cabeça e nas extremidades ou naqueles que sofrem muitas mordeduras.

Os sintomas da raiva progridem da seguinte forma: Costuma começar com um curto período de depressão mental, inquietação, sensação de mal-estar e febre. inquietação converte-se numa agitação descontrolada e o doente produz grande quantidade de saliva. Em 20 % dos casos, a raiva inicia-se com a paralisia das pernas, que se vai estendendo ao resto do corpo. Os espasmos musculares da garganta e da área vocal costumam ser terrivelmente dolorosos. Estes espasmos são causados pela irritabilidade da área cerebral responsável pelas ações de engolir e respirar. Uma brisa ligeira ou a simples tentativa de beber água podem induzir estas contrações involuntárias. Em conseqüência, uma pessoa que sofre de raiva não pode beber e, por esse motivo, a doença costuma receber o nome de hidrofobia (medo da água). Morte dentro de 10 dias devido à obstrução nas vias respiratórias (asfixia), convulsões, esgotamento ou paralisia generalizada.

Diagnóstico da raiva Quando alguém é mordido por um animal doente ou selvagem, a maior preocupação é a possibilidade de o animal ser portador do vírus da raiva. Se um cão ou um gato sem sintomas morder uma pessoa, pode ser confinado e examinado por um veterinário durante 10 dias. Se, ao fim deste tempo, o animal continuar saudável, pode chegar-se à conclusão de que não tinha raiva no momento da mordedura. Entretanto, se um indivíduo que foi mordido por um animal desenvolver sintomas de inflamação cerebral progressiva (encefalite), é provável que a causa seja a doença raiva. Não serve de nada fazer um exame para detectar o vírus antes de aparecerem sintomas.

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Prevenção e vacinação contra raiva Para prevenir a raiva devem tomar-se certas medidas antes da exposição ao vírus ou então imediatamente após a mesma.

Antes da exposição ao vírus da raiva, evite: Tocar em animais estranhos, feridos e doentes. Perturbar animais quando estiverem comendo, bebendo ou dormindo. Separar animais que estejam brigando. Entrar em grutas ou furnas e tocar em qualquer tipo de morcego (vivo ou morto). Criar animais silvestres ou tirá-los de seu "habitat" natural. Para pessoas com elevado risco de ser exposto ao vírus, existe a vacina profilática contra a raiva. Entre esses indivíduos encontram-se os veterinários, os técnicos de laboratório que manipulam animais potencialmente infectados, os que vivem ou permanecem mais de 30 dias em países em vias de desenvolvimento em que a raiva canina seja muito freqüente e os que se dedicam a explorar cavernas com morcegos. A vacinação oferece certo grau de proteção a quase toda a vida. Contudo, os indivíduos com um risco elevado de continuar expostos deverão receber uma dose de reforço a cada dois anos. Pessoas que tenham sido mordidas por um animal raivoso raramente desenvolvem a doença se forem tomadas medidas preventivas de imediato. Os mordidos por coelhos e roedores não precisam de tratamento ulterior, a menos que exista uma forte suspeita de raiva; estes animais raramente estão infectados. Já aqueles que tenham sido mordidos por animais selvagens como as doninhas, os texugos, as raposas e os morcegos necessitam de tratamento, a não ser que o animal possa ser capturado e se demonstre que não tem raiva. A melhor medida de prevenção é tratar de imediato a ferida causada pela mordedura de um animal. A zona contaminada é cuidadosamente desinfetada. As feridas profundas são lavadas com água e sabão. Uma vez limpas as feridas, as pessoas que não tenham sido previamente imunizadas com a vacina contra a raiva recebem uma injeção de imunoglobulina, que atuam como anticorpos contra o vírus da raiva. Também são vacinados contra a raiva no mesmo dia da exposição ao vírus e após 3, 7, 14 e 28 dias. Em alguém mordido que já tenha sido anteriormente vacinado, o risco de contrair a raiva é baixo, mas mesmo assim é fundamental limpar a ferida de imediato e aplicar duas doses da vacina (nos dias 0 e 2).

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Alzheimer

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Alzheimer O que é? A doença de Alzheimer é uma doença cerebral (morte das células cerebrais e consequente atrofia do cérebro), progressiva, irreversível e com causas e tratamento ainda desconhecidos. Começa por atingir a memória e, progressivamente, as outras funções mentais, acabando por determinar a completa ausência de autonomia dos doentes. Os doentes de Alzheimer tornam-se incapazes de realizar a mais pequena tarefa, deixam de reconhecer os rostos familiares, ficam incontinentes e acabam, quase sempre, acamados. É uma doença muito relacionada com a idade, afectando as pessoas com mais de 50 anos. A estimativa de vida para os pacientes situa-se entre os 2 e os 15 anos.

Qual é a causa da doença de Alzheimer? A causa da doença de Alzheimer ainda não está determinada. No entanto, é aceite pela comunidade científica que se trata de uma doença geneticamente determinada, embora não seja necessariamente hereditária. Isto é, não implica que se transmita entre familiares, nomeadamente de pais para filhos.

Como se faz o diagnóstico? Não há nenhum exame que permita diagnosticar, de modo inquestionável, a doença. A única forma de o fazer é examinando o tecido cerebral obtido por uma biopsia ou necrópsia. Assim, o diagnóstico da doença de Alzheimer faz-se pela exclusão de outras causas de demência, pela análise do historial do paciente, por análises ao sangue, tomografia ou ressonância, entre outros exames. Existem também alguns marcadores, identificados a partir de exame ao sangue, cujos resultados podem indicar probabilidades de o paciente vir a ter a doença de Alzheimer.

Quais são os sintomas da doença de Alzheimer? Ao princípio observam-se pequenos esquecimentos, perdas de memória, normalmente aceites pelos familiares como parte do processo normal de envelhecimento, que se vão agravando gradualmente. Os pacientes tornam-se confusos 134 | P á g i n a


e, por vezes, agressivos, passando a apresentar alterações da personalidade, com distúrbios de conduta. Acabam por não reconhecer os próprios familiares e até a si mesmos quando colocados frente a um espelho. À medida que a doença evolui, tornam-se cada vez mais dependentes de terceiros, iniciam-se as dificuldades de locomoção, a comunicação inviabiliza-se e passam a necessitar de cuidados e supervisão integral, até mesmo para as actividades elementares do quotidiano, como alimentação, higiene, vestuário, etc.

Qual é o tratamento adequado?

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A doença de Alzheimer não tem cura e, no seu tratamento, há que atender a duas variáveis: Ao tratamento dos aspectos comportamentais. Nesta vertente, além da medicação, convém também contar com orientação de diferentes profissionais de saúde; Ao tratamento dos desequilíbrios químicos que ocorrem no cérebro. Há medicação que ajuda a corrigir esses desequilíbrios e que é mais eficaz na fase inicial da doença, mas, infelizmente, tem efeito temporário. Por enquanto, não há ainda medicação que impeça a doença de continuar a progredir.

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Aneurisma

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Aneurisma O Que é? Aneurisma é a dilatação anormal geralmente de uma artéria, devido ao enfraquecimento da parede nesse local. São lesões perigosas e de elevado risco, que em caso de ruptura a pessoa pode morrer ou ficar com sequelas graves. O aneurisma tem o nome do local onde surge. Por exemplo, se for na cabeça chama-se aneurisma cerebral, se for na artéria aorta é aneurisma da aorta. Os aneurismas podem ter alguns milímetros até alguns centímetros. Acima dos dois centímetros de diâmetro são chamados de aneurismas gigantes.

Aneurisma cerebral Os aneurismas do encéfalo mais frequentes são os cerebrais congénitos (nascem com a pessoa).

Como se forma? As artérias são formadas por 3 camadas. Na formação do feto, a camada do meio em determinada zona não se forma, o que vai enfraquecer as outras duas. Ao longo dos anos esta zona vai dilatando até poder formar o aneurisma. Por esta razão o aneurisma manifesta-se normalmente em pessoas a partir do 40 anos. Há pessoas cujo aneurisma nunca se manifestou, ou seja, não rebentou.

Factores de risco que podem levar à ruptura - Hipertensão arterial - Dislipidémia (gordura no sangue) - Diabetes (açúcar no sangue) - Consumo de álcool e drogas - Stress - Pílula - Esforços físicos - Fumar. A ruptura de alguns aneurismas pode ocorrer durante o sono.

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Sinais e sintomas O sintoma principal é a cefaleia (dor de cabeça) de grande intensidade, vómitos, convulsões e perda da consciência. A cefaleia pode passar para a parte de trás da cabeça (nuca), com rigidez nesta zona. Também pode evoluir para dor nas costas e pernas.

Diagnóstico Os aneurismas cerebrais que não romperam são de difícil diagnóstico médico porque não dão dor de cabeça. Uma isquémia (o sangue não passa na artéria por ter um coágulo a obstruir) cerebral ou queda da pálpebra do olho pode ser sugestivo deste diagnóstico. O exame menos falível é a angiografia (exame que permite ver a delineação das artérias). Se houver ruptura, o diagnóstico pode ser feito através das informações dadas pelo paciente. Se chegar ao hospital em coma (não se mexe nem fala) a TAC é suficiente para o diagnóstico. Neste caso o doente sofre um acidente vascular cerebral hemorrágico (trombose). Se a TAC ainda não mostrar alterações e o paciente apresentar rigidez da nuca, o médico pode fazer uma punção lombar (colher líquido na parte inferior interna da coluna). Em situações normais este líquido que percorre a coluna internamente desde o cérebro, é transparente. Se houver hemorragia (sangue fora das artérias) o líquido é avermelhado.

Tratamento Se o aneurisma ainda não se rompeu o paciente pode escolher a altura para se tratar, tendo em conta que quanto mais tempo passar maior a probabilidade de este se romper. Os que rebentaram têm que ser tratados com a máxima brevidade. O tratamento pode ser feito através de cirurgia, embolização por cateter e onyx, conforme o estado de saúde e localização do aneurisma. Na cirurgia abrem a cabeça e estancam a hemorragia com clipes metálicos. A embolização por cateter consiste na introdução de um cateter na virilha até ao local do aneurisma e através deste introduz-se micro molas de platina até bloquear a hemorragia. O tratamento pelo material chamado onyx é recente. É um líquido que no interior do aneurisma fica sólido, parando a hemorragia.

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Cancro

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Cancro O Que é? A palavra cancro é utilizada genericamente para identificar um vasto conjunto de doenças que são os tumores malignos. Os tumores malignos são muito diversos, havendo causas, formas de evolução e tratamentos diferentes para cada tipo. Há, porém, uma característica comum a todos eles: a divisão e o crescimento descontrolado das células.

Todos os tumores são cancros?

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Não. Existem dois tipos de tumores: os benignos e os malignos. Neoplasia é também uma designação frequente para tumor. Os tumores malignos, ao contrário dos tumores benignos, possuem duas características potenciais, que podem ou não estar expressas na altura em que a doença é diagnosticada: Podem-se espalhar por metástases, isto é, aparecer tecido tumoral noutros órgãos diferentes daquele de onde se origina (por exemplo: fígado, pulmão, osso, etc.); Podem infiltrar outros tecidos circunvizinhos, incluindo órgãos que estão próximos. Os tumores malignos são aqueles a que normalmente chamamos cancro. As doenças cancerosas são também designadas por oncológicas.

Como surge o cancro? O cancro surge quando as células normais se transformam em células cancerosas ou malignas. Isto é, adquirem a capacidade de se multiplicarem e invadirem os tecidos e outros órgãos. A carcinogénese, o processo de transformação de uma célula normal em célula cancerosa, passa por diferentes fases. As substâncias responsáveis por esta transformação designam-se agentes carcinogéneos. São exemplos de carcinogéneas as radiações ultravioletas do sol, os agentes químicos do tabaco, etc. Para que se desenvolva um cancro é necessário que, de forma cumulativa e continuada, se produzam alterações celulares durante um largo período de tempo, geralmente durante anos. Como resultado, cresce o número de células que apresentam alterações de forma, tamanho e função e que possuem a capacidade de invadir outras partes do organismo.

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Como é que se diagnostica um cancro? Um cancro pode ser suspeitado a partir de várias pistas: as queixas que o doente refere, a observação médica, diversos exames médicos (análises, TAC - tomografias axiais computorizadas e muitos outros – a definir consoante a circunstância) ou as achadas numa cirurgia. Mas para confirmar o diagnóstico de um cancro é geralmente necessária uma amostra do tumor (biopsia). A análise dessa amostra permite determinar se a lesão é um cancro ou não. Este estudo dos tecidos (análise histológica) permite classificar e saber, na maioria dos casos, quais são os tecidos e as células das quais provém o tumor e quais são as características das mesmas. Por vezes é possível diagnosticar ou suspeitar de um cancro através da análise de células colhidas em locais de acesso superficial (citologia exfoliativa de, por exemplo, o colo do útero) ou por punção com aspiração das células (citologia aspirativa) Estes factores são fundamentais para determinar o tratamento mais adequado em cada caso.

Quais são os tipos de cancro?

Os cancros classificam-se de acordo com o tipo de células avaliado pela anatomia patológica, em: Carcinoma - Tumor maligno que se origina em tecidos que são compostos por células epiteliais, ou seja, que estão em contacto umas com as outras, formando estruturas contínuas, como, por exemplo, a pele, as glândulas, as mucosas. Aproximadamente 80 por cento dos tumores malignos são carcinomas. Sarcoma - Tumor maligno que tem origem em células que estão em tecidos de ligação, por exemplo ossos, ligamentos, músculos, etc. Nestes, as células estão unidas por substância intercelular e não são epitélios, são tecidos conjuntivos. Leucemia - Vulgarmente conhecida como o cancro no sangue. As pessoas com leucemia apresentam um aumento considerável dos níveis de glóbulos brancos (leucócitos). Neste caso, as células cancerosas circulam no sangue e não há normalmente um tumor propriamente dito. Linfoma - Cancro no sistema linfático. O sistema linfático é uma rede de gânglios e pequenos vasos que existem em todo o nosso corpo e cuja função é a de combater as infecções. O linfoma afecta um grupo de células chamadas linfócitos. Os dois tipos de linfomas principais são o linfoma de Hodgkin e o linfoma não Hodgkin.

É possível detectar o cancro precocemente? Alguns tipos de cancro podem ser detectados precocemente. A detecção precoce e o tratamento adequado imediato levam ao prolongamento do tempo de vida. Quanto mais cedo for detectado, maior a probabilidade de cura do cancro. 141 | P á g i n a


Quais são os métodos de detecção precoce? Consoante o tipo de tumor existem exames que podem permitir uma detecção precoce de alguns cancros. Para alguns tumores justifica-se a realização de exames de rotina a toda a população em risco para a detecção precoce de neoplasia. O tipo de exame varia consoante o tumor que se procura. Por exemplo, mamografia (radiografia das mamas) para o cancro da mama feminina ou citologia (exame das células) do colo do útero ou, ainda, pesquisa de sangue nas fezes para o cancro do intestino grosso (cólon). Nem todos os tumores justificam exames de rotina para a sua detecção em população sem sintomas ou sinais de suspeição. O seu médico saberá quais os exames indicados e os momentos adequados para os fazer.

Quais são os sintomas a que se deve estar atento?

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Os sintomas que acompanham com maior frequência os diferentes tipos de cancro e para os quais deve estar atento são: Nódulo (caroço) ou dureza anormal no corpo. A maioria dos nódulos ou úlceras pode dever-se a manifestações benignas, mas não deve descurar a hipótese de se tratar de uma lesão maligna. Dor persistente no tempo (que não desaparece com analgésicos) e da qual deve informar o seu médico. Sinal ou verruga que se modifica. Perda anormal de sangue ou outros líquidos. Uma hemorragia vaginal, urinária, pelas fezes, na expectoração, etc., pode ser um sintoma de uma doença benigna, mas também pode ser sintoma de um tumor maligno que se origina no útero, vagina, cólon ou pulmão. Tosse ou rouquidão persistente. Tosse ou rouquidão que persiste mais de duas semanas e que não desaparece com tratamento sintomático deve ser analisada por um otorrinolaringologista. Deve ter especial atenção se é fumador. Alteração nos hábitos digestivos, urinários ou intestinais. Na maioria das ocasiões pode tratar-se de uma lesão benigna. A modificação dos hábitos intestinais, a alternância dos mesmos e a alteração da cor das fezes podem indicar a necessidade de um estudo para descartar a existência de um cancro colorectal. Perda de peso não justificada. A perda de peso sem fazer dieta, mantendo os mesmos hábitos alimentares e sem aumentar a actividade física deve ser valorizada.

Que testes de rastreio devem ser feitos?  

De acordo com uma Recomendação do Conselho da União Europeia à Comissão e aos Estados Membros, devem ser feitos os seguintes testes de rastreio: Rastreio do cancro do colo do útero: realização do Teste de Papanicolau - a iniciar entre os 20 e os 30 anos; 142 | P á g i n a


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Rastreio do cancro da mama: realização de mamografia nas mulheres com idades compreendidas entre os 50 e os 69 anos; Rastreio do cancro colorectal: pesquisa de sangue oculto nas fezes em homens e mulheres com idades compreendidas entre os 50 e os 74 anos. A ocorrência de determinadas doenças prévias no indivíduo e, especialmente, a ocorrência de determinadas doenças oncológicas em familiares próximos podem justificar um plano de rastreio diferente, a definir pelo médico

Factores de risco e formas de prevenção            

De acordo com o código europeu contra o cancro (CECC). Fumar. Não fume. Se é fumador, deixe de o ser o mais rapidamente possível. Não fume na presença de não fumadores. Obesidade. Evite a obesidade. Pratique, diariamente, exercício físico. Aumente a ingestão diária de vegetais e frutos e limite a ingestão de alimentos contendo gorduras animais. Modere o consumo de bebidas alcoólicas, tais como cerveja, vinho e bebidas espirituosas. Evite a exposição demorada ou excessiva ao sol. É importante proteger as crianças, os adolescentes e os adultos com tendência para queimaduras solares. Cumpra as instruções de segurança relativas a substâncias ou ambientes que possam causar cancro. As mulheres devem participar no rastreio do cancro do colo do útero (Papanicolau). As mulheres devem participar no rastreio do cancro da mama. As mulheres e os homens devem participar no rastreio do cancro do cólon e do recto. Participe em programas de vacinação contra a Hepatite B de acordo com as normas da Direcção-Geral da Saúde.

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Diabetes

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Diabetes O que é? A diabetes é uma doença crónica que se caracteriza pelo aumento dos níveis de açúcar (glicose) no sangue e pela incapacidade do organismo em transformar toda a glicose proveniente dos alimentos. À quantidade de glicose no sangue chama-se glicemia e quando esta aumenta diz-se que o doente está com hiperglicemia.

Quem está em risco de ser diabético?

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A diabetes é uma doença em crescimento, que atinge cada vez mais pessoas em todo o mundo e em idades mais jovens. No entanto, há grupos de risco com fortes probabilidades de se tornarem diabéticos: Pessoas com familiares directos com diabetes; Homens e mulheres obesos; Homens e mulheres com tensão arterial alta ou níveis elevados de colesterol no sangue; Mulheres que contraíram a diabetes gestacional na gravidez; Crianças com peso igual ou superior a quatro quilogramas à nascença; Doentes com problemas no pâncreas ou com doenças endócrinas.

Quais são os sintomas típicos da diabetes?

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Nos adultos - A diabetes é, geralmente, do tipo 2 e manifesta-se através dos seguintes sintomas: Urinar em grande quantidade e muitas mais vezes, especialmente durante a noite (poluiria); Sede constante e intensa (polidipsia); Fome constante e difícil de saciar (polifagia); Fadiga; Comichão (prurido) no corpo, designadamente nos órgãos genitais; Visão turva. Nas crianças e jovens - A diabetes é quase sempre do tipo 1 e aparece de maneira súbita, sendo os sintomas muito nítidos. Entre eles encontram-se: Urinar muito, podendo voltar a urinar na cama; Ter muita sede; Emagrecer rapidamente; Grande fadiga, associada a dores musculares intensas; Comer muito sem nada aproveitar; 145 | P á g i n a


Dores de cabeça, náuseas e vómitos. É importante ter presente que os sintomas da diabetes nas crianças e nos jovens são muito nítidos. Nos adultos, a diabetes não se manifesta tão claramente, sobretudo no início, motivo pelo qual pode passar despercebida durante alguns anos. Os sintomas surgem com maior intensidade quando a glicemia está muito elevada. E, nestes casos, podem já existir complicações (na visão, por exemplo) quando se detecta a doença.

Como se diagnostica a diabetes?

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Se sentir alguns ou vários dos sintomas deve consultar o médico do centro de saúde da sua área de residência, o qual lhe pedirá para realizar análises ao sangue e à urina. Pode ser diabético... Se tiver uma glicemia ocasional de 200 miligramas por decilitro ou superior com sintomas; Se tiver uma glicemia em jejum (oito horas) de 126 miligramas por decilitro ou superior em duas ocasiões separadas de curto espaço de tempo.

Que tipos de diabetes existem? 

Diabetes Tipo 2 (Diabetes Não Insulino-Dependente) - É a mais frequente (90 por cento dos casos). O pâncreas produz insulina, mas as células do organismo oferecem resistência à acção da insulina. O pâncreas vê-se, assim, obrigado a trabalhar cada vez mais, até que a insulina produzida se torna insuficiente e o organismo tem cada vez mais dificuldade em absorver o açúcar proveniente dos alimentos. Este tipo de diabetes aparece normalmente na idade adulta e o seu tratamento, na maioria dos casos, consiste na adopção duma dieta alimentar, de forma a normalizar os níveis de açúcar no sangue. Recomenda-se também a actividade física regular. Caso não consiga controlar a diabetes através de dieta e actividade física regular, o doente deve recorrer a medicação específica e, em certos casos, ao uso da insulina. Neste caso deve consultar sempre o seu médico. Diabetes Tipo 1 (Diabetes Insulino-Dependente) É mais rara. O pâncreas produz insulina em quantidade insuficiente ou em qualidade deficiente ou ambas as situações. Como resultado, as células do organismo não conseguem absorver, do sangue, o açúcar necessário, ainda que o seu nível se mantenha elevado e seja expelido para a urina. Contrariamente à diabetes tipo 2, a diabetes tipo 1 aparece com maior frequência nas crianças e nos jovens, podendo também aparecer em adultos e até em idosos. Não está directamente relacionada, como no caso da diabetes tipo 2, com hábitos de vida ou de alimentação errados, mas sim com a manifesta falta de insulina. Os doentes 146 | P á g i n a


necessitam de uma terapêutica com insulina para toda a vida, porque o pâncreas deixa de a produzir, devendo ser acompanhados em permanência pelo médico e outros profissionais de saúde. Diabetes Gestacional - Surge durante a gravidez e desaparece, habitualmente, quando concluído o período de gestação. No entanto, é fundamental que as grávidas diabéticas tomem medidas de precaução para evitar que a diabetes do tipo 2 se instale mais tarde no seu organismo. A diabetes gestacional requer muita atenção, sendo fundamental que, depois de detectada a hiperglicemia, seja corrigida com a adopção duma dieta apropriada. Quando esta não é suficiente, há que recorrer, com a ajuda do médico, ao uso da insulina, para que a gravidez decorra sem problemas para a mãe e para o bebé. Uma em cada 20 grávidas pode sofrer desta forma de diabetes.

Outras complicações associadas à diabetes             

Retinopatia - lesão da retina; Nefropatia - lesão renal; Neuropatia - lesão nos nervos do organismo; Macroangiopatia - doença coronária, cerebral e dos membros inferiores; Hipertensão arterial; Hipoglicemia - baixa do açúcar no sangue; Hiperglicemia - nível elevado de açúcar no sangue; Lípidos no sangue - gorduras no sangue; Pé diabético - arteriopatia, neuropatia; Doenças cardiovasculares - angina de peito, ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais; Obstrução arterial periférica - perturbação da circulação, por exemplo nas pernas e nos pés; Disfunção e impotência sexual - a primeira manifesta-se de diferentes formas em ambos os sexos; Infecções diversas e persistentes - boca e gengivas, infecções urinárias, infecções das cicatrizes depois das cirurgias.

Como se trata a diabetes? 

Diabetes tipo 1 – Os doentes podem ter uma vida saudável, plena e sem grandes limitações, bastando que façam o tratamento prescrito pelo médico correctamente. O objectivo do tratamento é manter o açúcar (glicose) no sangue o mais próximo possível dos valores considerados normais (bom controlo da diabetes) para que se sintam bem e sem nenhum sintoma da doença. Serve ainda para prevenir o desenvolvimento das manifestações tardias da doença e ainda para diminuir o risco das

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descompensações agudas, nomeadamente da hiperglicemia e da cetoacidose (acidez do sangue). Este tratamento, que deve ser acompanhado obrigatoriamente pelo médico de família, engloba três vertentes fundamentais: adopção de uma dieta alimentar adequada, prática regular de exercício físico e o uso da insulina. Diabetes tipo 2 - O tratamento é semelhante mas, devido à menor perigosidade da doença, a maioria das vezes basta que a alimentação seja adequada e que o exercício físico passe a fazer parte da rotina diária para que, com a ajuda de outros medicamentos específicos (que não a insulina), a diabetes consiga ser perfeitamente controlada pelo doente e pelo médico. Os medicamentos usados no tratamento deste tipo de diabetes são geralmente fármacos (comprimidos) que actuam no pâncreas, estimulando a produção de insulina. Seguindo uma alimentação correcta e adequada, praticando exercício físico diário e respeitando a toma dos comprimidos indicada pelo médico, um doente com diabetes tipo 2 garante a diminuição do risco de tromboses e ataques cardíacos; a prevenção de doenças nos olhos e nos rins e da má circulação nas pernas e nos pés, factor que diminui significativamente o risco de amputações futuras.

O que é a insulina? A insulina é uma hormonal hipoglicemiante segregada pelas células beta dos ilhéus de Langerhans do pâncreas, que é usada no tratamento dos doentes diabéticos. Pode ser obtida a partir do pâncreas do porco ou feita quimicamente e de forma idêntica à insulina humana através do uso de tecnologia do DNA recombinante ou da modificação química da insulina do porco. Em Portugal só é comercializada insulina igual à insulina humana, produzida com recurso a técnicas de engenharia genética, sendo as reacções alérgicas muito raras em virtude da sua grande pureza. No mercado estão disponíveis diversas concentrações de insulina. No nosso país, só se encontra disponível a concentração U-100 (1ml=100 unidades).

Por que é que a insulina é necessária para o tratamento da diabetes tipo 1? Porque, nos doentes com a diabetes tipo 1, as células do pâncreas que produzem insulina foram destruídas, motivo pelo qual este produz muito pouca ou nenhuma insulina. Como sem insulina não se pode viver, a administração de insulina produzida laboratorialmente é um tratamento imprescindível de substituição.

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Como se usa a insulina?

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O tratamento com insulina é feito através de injecção na gordura por baixo da pele (subcutânea). Até à data o desenvolvimento científico ainda não conseguiu produzir nenhuma forma de insulina que possa ser tomada por via oral, uma vez que o estômago a destrói automaticamente. Por ser injectável, é necessário que o doente tenha atenção ao modo como a manuseia. Deve ter os seguintes cuidados: Colocar a cápsula de protecção sem tocar na agulha após a utilização da seringa/caneta; Guardar a seringa/caneta à temperatura ambiente; Não utilizar a seringa ou a agulha da caneta se estas estiverem rombas; Não limpar a agulha com álcool; Manter a cápsula quando inutilizar a seringa/caneta e ter muito cuidado na sua eliminação.

Onde se injecta a insulina? A insulina pode ser injectada na região abdominal, nas coxas, nos braços e nas nádegas. A parede abdominal é o local de eleição para uma mais breve absorção da insulina de acção rápida. Deve ser usada para as injecções realizadas durante o dia. A coxa utiliza-se preferencialmente para as injecções de insulina de acção intermédia, sendo a região das nádegas uma boa alternativa. Deve proceder-se à rotação dos locais onde se administra a injecção, de forma a evitar a formação de nódulos, porque estes podem interferir na absorção da insulina.

Como conservar a insulina? Os frascos de insulina, as cargas instaladas nas canetas e as seringas pré-cheias descartáveis em uso devem ser conservadas à temperatura ambiente, mas afastadas da luz solar directa e de locais como a televisão e o porta-luvas do carro.

Que problemas podem surgir no decurso do tratamento de um doente diabético?  

Hipoglicemia: baixo valor de açúcar no sangue; Hiperglicemia: elevado valor de açúcar no sangue, que significa que a diabetes não está bem controlada;

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Cetoacidose: situação provocada pelo excesso de corpos cetónicos no organismo. Os corpos cetónicos são substâncias que acidificam o sangue e que podem conduzir ao coma cetoacidótico, pondo a vida do doente em risco.

Como prevenir a diabetes?      

Controlo rigoroso da glicemia, da tensão arterial e dos lípidos; Vigilância dos órgãos mais sensíveis, como a retina, rim, coração, nervos periféricos, entre outros; Bons hábitos alimentares; Prática de exercício físico; Não fumar; Cuidar da higiene e vigilância dos pés.

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Escoliose

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Escoliose O Que é? A escoliose é um desvio tridimensional (nas três dimensões) da coluna o que significa que a coluna para além de desviar para um dos lados também faz rotação e inclinação. Mas, o que salta à vista é o desvio ou desvios laterais da coluna pois é frequente existir mais do que um desvio da coluna. Por norma um dos desvios é o problema sendo o outro a compensação mas nem sempre é assim.

Causas? Inúmeras vezes não se conhecem as causas ou razões da escoliose e nesse caso diz-se que a escoliose é idiopática ou seja não tem causas conhecidas. No entanto podem existir muitas causas como veremos mais abaixo em causas e tratamento.

Em que idade aparece?

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A escoliose pode "aparecer" em qualquer idade mas ela acentua-se com o crescimento ou seja desenvolve-se ou aumenta com o crescimento e com as más posturas, sendo muitas das vezes as más posturas uma boa indicação de que algo não está bem com o corpo. As escolioses podem aparecer: No bebé, Na infância, Na adolescência, No adulto No idoso. Cada uma delas tem as suas próprias causas ou origens pelo que em todas estas fases da vida da pessoa se deve ter atenção para o estado da sua coluna.

Como verificar se tudo está bem? Com a pessoa ou criança em pé e olhando por detrás pode-se perceber se existe ou não rectidão da coluna. Se a coluna fizer um desvio, é possível que exista uma escoliose ou outro problema que precise de ser corrigido. 152 | P á g i n a


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Da mesma forma, olhando por detrás e pedindo à pessoa ou criança para se inclinar (dobrar) para a frente: Ver se as costas estão de nível ou se um dos lados está mais elevado do que o outro ou Um ombro ou área do ombro (ou área toraxica) está mais elevado do que o outro Ou mesmo se a bacia ou zona lombar fica mais elevada de um lado do que do outro. Outros sinais que podem mostrar que algo não está bem são: Um ombro mais alto do que o outro quando em pé. Uma perna mais curta ou que dá essa ideia. Frequentemente vê-se no comprimento das pernas das calças onde uma precisa de mais baínha do que a outra ou em que as calças junto aos pés não ficam ao mesmo nível. As posturas quer em pé quer sentado podem ser sempre erradas e para o mesmo lado.

Quem detecta a escoliose? Por norma cabe sempre aos pais, aos professores (sobretudo os de educação física) a observação da coluna e das posturas da criança ou pessoa em causa e encaminhar para alguém que possa avaliar a situação, muitas das vezes o ortopedista. Após a avaliação pelo médico e sempre que exista escoliose (mesmo que pequena e "sem importância") há que recorrer a alguém que possa corrigir eficazmente o problema.

Como corrigir? A nível médico: A nível médico as soluções passam pelo uso de coletes ou mesmo pelo uso da cirurgia nos casos mais avançados ou que não reagem ao uso do colete. Escusado será dizer que a cirurgia é sempre um método invasivo e que deveria ser evitado sempre que possível. Quanto ao colete, para além do desconforto que ele provoca, pode ser causa de problemas emocionais sobretudo em crianças e adolescentes que se podem sentir inferiores devido ao seu uso. A nível de fisioterapia podem-se usar várias abordagens para ajudar a corrigir a escoliose mas a maior parte delas requerem muito tempo e os resultados não costumam ser muito significativos. A natação é também um bom método uma vez que proporciona relaxamento, alongamento e fortalecimento musculares o que pode ser uma mais valia. Outras abordagens podem incluir massagem, osteopatia, quiroprática, e muitas outras abordagens ou terapias. Escusado será dizer que há que saber quais as causas da escoliose e corrigir essas causas. Para isso, há que saber que soluções usar para as causas que existentes. Uma vez que as causas podem ser muitas, também as soluções podem ser muitas. 153 | P á g i n a


As soluções acima são as correntes mas que pelos fracos resultados ou resultados lentos têm sido muito neglicenciadas pela comunidade médica e pelas pessoas que se cansam de verem poucos resultados ou se cansam do tempo que levam para os obter.

Outras abordagens: Uma vez que as causas da escoliose podem ser muitas, há que as saber detectar e corrigir. Infelizmente os meios de diagnóstico passam quase sempre pelo uso do raio X e pela visualização da coluna. Escusado será dizer que o raio X apenas vê a coluna e como ela está. As causas não aparecem no raio X. O que se vê no raio X é apenas como está a coluna. As causas da escoliose não são detectáveis nos exames médicos actualmente disponíveis. Todos os exames, vêm apenas as consequências. E ver apenas as consequências não permite ver nem tratar as causas. Infelizmente só pessoas treinadas e com boa sensibilidade conseguem detectar e corrigir muitas das causas da escoliose tal como as causas de muitos outros problemas.

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Fobias

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Fobias O que é? Todas as fobias têm origem em medos que residem no nosso inconsciente e que em determinadas alturas entram em funcionamento, bloqueando-nos por completo ou levando a reacções que saem fora do controlo. As fobias são medos irracionais, desproporcionados, em relação a situações, objectos ou pessoas. Na maior parte dos casos não causará nenhum malefício. A fobia é o mais como não só de todos os distúrbios de ansiedade mas também de todos os distúrbios psíquicos. A fobia pode aparecer em qualquer momento da vida do indivíduo. Um sintoma que não tinha antes e, de repente, pode aparecer. O mais comum, desse tipo de aparecimento, é a famosa síndrome de pânico, que também é um quadro que apresenta uma serie de fobias, podendo aparecer a qualquer hora. De repente a pessoa começa a ter pânicos e medos. Andar de avião, aproximação da água, consultas no dentista – tudo isto pode provocar fobias. As mulheres são duas vezes mais susceptíveis do que os homens de sofrer destas fobias específicas ou de outras tão simples. Os homens e as mulheres são afectados de igual modo. Assim se a pessoa experimenta grande ansiedade ao lidar com determinada situação e essa ansiedade diminui quando foge dela, o indivíduo tenderá a evitar a circunstância desencadeados da ansiedade ou circunstâncias semelhantes, gerando comportamentos fóbicos. As fobias são doenças limitantes para a vida do doente e quando não tratadas, têm tendência à cronicidade. Com alguma frequência podem complicar-se com comportamentos depressivos, alcoolismo ou mesmo consumo de drogas.

Causas Normalmente não há uma causa visível ou uma explicação para tais medos. Isto é, na vida da pessoa não aconteceu nada que esta se lembre que possa estar na origem da situação. Outras vezes, a pessoa em causa poderá lembrar-se de algo que possa ser a causa da fobia, no entanto não consegue a ultrapassar. Tudo isto leva-a supor que não é essa causa da sua fobia, que existe algo mais. Aparentemente podem não existir razões para tais comportamentos e atitudes, mas se eles existem é porque subsiste uma razão para tal, ou seja, há uma causa. Enquanto essa não for descoberta e “eliminada” a situação vai permanecer. Algumas vezes, as fobias, têm origem em acontecimentos traumáticos quer físicos quer psicológicos. As fobias e o stress pós traumáticos por vezes aparecem juntos e impedem a pessoa de ser ela mesma ou de ser uma pessoa normal. Nem sempre andam juntos mas quando andam, os problemas de que a pessoa sofre agravam-se. 156 | P á g i n a


As causas podem ter acontecido ao longo da vida da pessoa ou podem estar mais para trás, quando se era bebe ou ainda mais para trás, tal como o traumatismo do nascimento ou mesmo situações traumáticas ou stressantes sofridas pela mulher durante a gravidez e que se transmitiram ao feto. Uma fobia dos pais pode ser passada às crianças durante a aprendizagem comportamental. Por vezes uma má experiencia, como a mordedura de um cão, pode conduzir a uma fobia. As fobias aparecem frequentemente durante a infância e adolescência. A superprotecção por parte dos pais, ou existirem poucas oportunidades para interacções sociais podem contribuir para o desenvolvimento da fobia social. Embora parte desses sintomas possam ser adquiridos por aprendizagem, já que as crianças observam e imitam comportamentos dos pais, há estudos genéticos que apontam para uma maior importância da hereditariedade em relação à aprendizagem.

Logo:   

De pais com determinadas fobias, adoptadas por pais sem doença, têm maior probabilidade de a desenvolver, do que aquelas cujos pais biológicos são saudáveis. De pais sem fobias, adoptadas por pais sem doença, não têm tendência para vir a desenvolvê-la. Irmãos gémeos têm maior probabilidade de ter a doença do que irmãos não gémeos. Em resumo parece haver uma interacção entre factores genéticos, bioquímicos e psicológicos no desenvolvimento da doença e de pânico e dos comportamentos.

Tipos Existe 3 tipos de fobias: Simples – na qual um determinado estimulo provoca ao doente um medo excessivo e a tendência para o evitar (medo de cobras, de cães, de andar de avião, etc.). Fobia Social – na qual o individuo receia situações em que tem de se expor face aos outros (ex. medo de falar ou comer em publico). Este medo é desproporcionado em relação à realidade e leva o doente a fugir dessas situações. O distúrbio de ansiedade social resulta de uma ansiedade esmagadora e de uma exagerada consciência de si em situações sociais, tais como falar em público, conhecer pessoas pela primeira vez ou mais utilizar casas de banho públicas. Agorafobia – na qual o doente evita locais e espaços nos quais a ajuda ou a fuga possa ser difícil. Em geral estes doentes começam por evitar grandes espaços (estádios, hipermercados, etc.), para gradualmente fugirem de outras circunstancias, como os transportes públicos ou filas, e acabando muitas vezes por se fecharem em casa.

Prevenção A prática de técnicas de relaxamento, como respirar fundo, relaxar os músculos e o ioga, pode ajudar a prevenir a escalada dos sintomas. Não se deve confiar no álcool 157 | P á g i n a


ou em drogas ilegais para alívio. Deve reduzir-se a ingestão de cafeína e de estimulantes usados em preparados de venda livre.

Diagnóstico O diagnóstico baseia-se nos sintomas, na sua frequência e naquilo que os provoca. As fobias causam muitas vezes sintomas físicos como dispneia, hipertensão, ritmo cardíaco elevado e hipersudorese das palmas das mãos. Os doentes fóbicos experimentam crises de pânico em confronto com situações fóbicas, embora possam existir raramente, fobias sem crises de pânico. Um exame físico pode eliminar as causas físicas. As fobias podem acompanhar a depressão, os distúrbios alimentares, o abuso de substâncias ou outros distúrbios de ansiedade.

Quem está em risco? Quem está em risco são pessoas que tenham antecedentes familiares ou que tenham tido acontecimentos traumáticos.

Tratamentos Os tratamentos são necessários apenas quando as fobias são incapacitantes e destroem a actividade profissional e as relações. Medicação – embora a medicação não trate as fobias, pode diminuir os sintomas enquanto for usada. Os beta-bloqueadores, que são utilizados para doenças cardíacas, bloqueiam os efeitos da epinefrina, ou adrenalina, reduzindo os sintomas físicos. Os anti-depressivos podem reduzir a ansiedade; mais vulgarmente receitados são os inibidores selectivos da recaptação da serotonina. As benzodiazepinas reduzem também a ansiedade, mas podem conduzir à dependência e devem ser substituídas quando interrompidas. Devem ser evitadas em doentes com história de abuso de álcool ou de outras drogas. Psicoterapia – terapia cognitiva modifica os padrões do pensamento, que, por sua vez, mudam as reacções emocionais e situações temidas. A terapia comportamental procura mudar comportamentos específicos com técnicas como o treino de relaxamento ou a exposição. A terapia de exposição utiliza cuidadosamente visualizações repetidas da fobia num ambiente seguro para ajudar o doente a ganhar domínio sobre o medo. A terapia consiste geralmente nos seguintes passos. 1. Ajudar o doente a identificar e mudar o tipo de pensamentos e mitos que o levam a interpretar erradamente e de modo ameaçador, situações comuns do dia-a-dia ou sintomas corporais (ex: “sinto o meu coração a bater fortemente, logo é porque ele está a funcionar mal, logo posso morrer de uma destas crises”; “é melhor não sair de casa, 158 | P á g i n a


porque se me der uma destas crises posso não conseguir ajuda e alguma coisa grave pode acontecer”.) 2. Ensinar e exercitar o doente a respirar lenta e profundamente, evitando a respiração rápida e superficial típica dos quadros agudas de ansiedade e perpetuadora dos mesmos. Estes exercicios ajudam o doente a perceber que não vai morrer nem enlouquecer, mas que é capaz de lidar com a situação e retornar o controlo. 3. Ajudar o doente a confontar-se, gradualmente com as situações que evita. Aprendendo a lidar com os sintomas, o doente vai progressivamente ser capaz de se expor às situações fóbicas, sem entrar em pânico, deixando estas de ter o carácter ameaçador que tinham antes. Estudos preliminares de novas abordagens à terapia de exposição, incluindo experiencias com realidade virtual gerada por computador mostram-se promissores. A dessensibilização utiliza uma abordagem gradual para se enfrentar a fobia. Terapia de grupo – o doente discute as suas fobias partilhadas e, por vezes, representa para ajudar a reduzir a fobia. Técnica de dessensibilização e reprocessamento através de movimentos oculares – esta técnica reduz a ansiedade ao medo das consultas ao dentista devido a uma experiência traumática anterior. Hipnoterapia – a hipnose pode reduzir a ansiedade, especialmente a sofrida antes de uma consulta médica ou um dentista. Não existem investigações fiáveis que tenham comparado a hipnose com outras intervenções.

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Gengivite e Periodontite

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Gengivite/ Periodontite O Que é? A gengivite é a inflamação das gengivas. As gengivas inflamadas doem, incham e sangram facilmente. A gengivite é uma inflamação muito frequente e pode aparecer em qualquer momento após a dentição. A causa directa da doença é a placa – uma plícula, grudenta e sem cor de bactérias que se forma, de maneira constante, nos dentes e na gengiva. Se a placa não for removida pela escovação e uso de fio dental diários, ela produz toxinas (venenos) que irritam a mucosa da gengiva causando gengivite. Neste estado inicial da doença da gengiva, os danos podem ser revertidos, uma vez que o osso e o tecido conjuntivo que segura os dentes no lugar ainda não foram atingidos. Entretanto, se a gengivite não for tratada, ela pode evoluir para a periodontite e causar danos permanentes aos doentes e mandibula maxilar. Na gengivite simples, o aspecto das gengivas é mais vermelho que rosado. Incham e movem-se em vez de estarem firmemente adaptadas aos doentes. As gengivas, muitas vezes, sangram quando se escovam os dentes ou ao comer. Se agengivite for grave, a almofada pode aparecer manchada de sangue pela manhã, particularmente quando a pessoa respira pela boca.

Causas A causa principal, tanto da gengivite como da periodontite, é a aclumação de placa bacteriana (uma substância viscosa constituída de bactérias, saliva e partículas de alimentos) nos dentes. A placa bacteriana que não é retirada com a escova ou com o fio dental transforma-se num material duro chamado tártaro, que fica depositado entre as gengivas e os dentes, formando bolsas periodontais. As bactérias do tártaro e da placa bacteriana, bem como as toxinas que as bactérias produzem, inflamam e infectam as gengivas e são a causa da gengivite. Se o tártaro e a placa bacteriana não forem retirados criam bolsas periodontais mais profundas por baixo das gengivas, fazendo com que estas se alarguem e infectem os ligamentos e o osso em redor dos dentes – a isto chama-se periodontite. Uma deficiente higiene dental aumenta sobremaneira o risco da gengivite. Contudo, escovar os dentes com demasiada força ou usar exageradamente o fio dental podem causar gengivite ao danificar as gengivas, aumentando a sua vulnerabilidade em relação às agressões da placa bacteriana. As outras causas da irritação das gengivas são os dentes mal alinhados e pontes, coroas e outros aparelhos de ortodontia mal colocados. As alterações hormonais durante a puberdade e a gravidez aumentam o risco da gengivite, causando uma maior sensibilidade das gengivas. Outros factores de risco 161 | P á g i n a


incluem a diabetes não controlada, uma alimentação demasiada rica em açúcar e amidos, determinados medicamentos (tais como contraceptivos orais e corticosteroídes) e fumar ou mascar tabaco.

Tipos Gengivite simples O aspecto das gengivas é mais vermelho que rosado. Incham e movem-se em vez de estarem firmemente adaptadas aos dentes. As gengivas , muitas vezes, sangram quando se escovam os dentes ou ao comer. Se a gengiva for grave, a almofada pode aparecer manchada de sangue pela manhã, particularmente quando a pessoa respira pela boca.

Estomatite herpética aguda É uma inflamação viral dolorosa das gengivas e de outras partes da boca. As gengivas infectadas apresentam uma cor avermelhada brilhante e a infecção provoca o aparecimento de numerosas fridas pequenas, brancas ou amarelas, dentro da boca.

Gengivite da gravidez Deve-se principalmente a alterações hormonais que se produzem durante a gravidez, é um agravamento de uma gengivite ligeira. Pode contribuir para o problema o descuido com a higiene bucal da grávida, que é frequente por causa das náuseas que a afectam de manhã. Durante a gravidez, uma irritação menor, frequentemente uma concentração de tártaro, pode produzir uma tumefacção como consequência do crescimento do tecido gengival, o chamado tumor de graidez. O tecido inchado sangra facilmente se existir uma ferida e pode interferir na ingestão de alimentos.

Gengite descamativa É um processo pouco conhecido e doloroso que afecta, com frequência, as mulheres na pós-menopausa. Nesta doença, as camadas externas das gengivas separamse do tecido subjacente, deixando a descoberto as reminações nervosas. As gengivas tornam-se tão frágeis que essas camadas se podem desprender ao esfregá-las com um algudão ou com um estimulo de ar de uma seringa odontológica.

Gengivite da leucemia É a primeira manifestação da doença em quase 25% das crianças afectadas de leucemia. Uma infiltração de células de leucemia dentro das gengivas causa a gengivite, que piora por causa da incapacidade do sistema imunológico para combater a infecção. As gengivas tornam-se vermelhas e samgram com facilidade. Muitas vezes, a 162 | P á g i n a


hemorragia persiste durante vários minutos, dado que o sangue não coagula com normalidade nos afectados por leucemia.

Pericoronite A gengiva inflama-se e cavalga sobre um dente que não saiu ainda completamente, em geral um queixal do siso. A porção da gengiva que cobre o queixal que só emergiu parcialmente pode reter líquidos, restos de comida e bactérias. Se um molar do siso superior irromper antes do inferior, pode morder essa porção sobreposta, aumentando a irritação. Podem desemvolver-se infecções e propagar-se à garganta ou à bochecha.

Prevenção A gengivite simples pode ser evitada com uma boa higiene oral, com a escovagem diária e com o fio dental. Pode utilizar-se um dentifrico que contenha pirofosfato para os casos em que se forme muito sarro. Devem tratar-se ou controlar-se os processos de algumas doenças que possam causar ou piorar a gengivite. Se uma pessoa necessitar de tomar um medicamento que provoque um sobrecrescimento do tecido gengival, este excesso de tecido pode ter de ser extirpado cirurgicamente. No entanto, com a higiene oral meticulosa efectuada em casa e uma profilaxia frequente pode diminuir-se o desenvolvimento da excrescência e evitar a cirurgia. Portanto uma boa higiene oral é a maneira mais eficaz de evitar a gengivite e a periodontite. Escove os dentes pelo menos duas vezes por dia com uma escova macia. Passe o fio dental pelo menos uma vez por dia para retirar a placa bacteriana de entre os dentes. Siga também uma dieta equilibrada e não fume nem masque tabaco. Os chek-ups regulares para fazer uma limpeza dentária ajudam a evitar as doenças das gengivas ou a tratá-las antes que se tornem irreversíveis. Os chek-ups médicos podem detectar problemas de saúde como a diabetes que pode aumentar o riso das doenças das gengivas. Um doente com diabetes deve assegurar-se de que tem o problema controlado. Para prevenir hemorragias no cas da gengivite produzida pela leucemia, em vez de se escovarem, os dentes e as gengivas devem ser limpos suavemente com gase ou esponja. O estomatologista pode prescrever um bochecho com cloro-hexidina para controlar a placa bacteriana e prevenir as infecções da boca. Quando a leucemia está sob controlo, um bom cuidado dentário contribui para tratar as gengivas.

Diagnóstico Um dentista pode deagnosticar uma gengivite e uma periodontite baseando-se no aspecto das gengivas. Talvez haja necessidade de radiografias dentárias para avaliar a extensão dos danos causados pela periodontite ao maxilar. O dentista poderá ainda usar 163 | P á g i n a


uma sonda periodontal para medir a profundidade das bolsas periodontais e do tártaro abaixo da linha das gengivas. Esta medição indica a extenção da doença e determina se será ou não necessária uma cirurgia ás gengivas.

Quem está em risco? Qualquer pessoa pode estar em risco de ter gengivite ou periodontite. Estando mais suscéptiveis aquelas pessoas que tenham uma higiene oral deficiente, fumem ou masquem tabaco, escovem ou usem fio dental com excessidade energia que os dentes fiquem danificados, tenham uma alimentação deficiente, tenham os dentes mal alinhados, tenham coroas , pontes ou aparelhos de ortodontia mal colocados ou que tenham diabetes. No entanto jovens , na puberdade também estão mais suscéptiveis, tais como as grávidas ou alguém que tome medicamentos tais como contraceptivos orais e corticosteroídes.

Riscos Uma periodontite que não seja tratada pode resultar numa doença cardíaca. Um estudo feito em 2003 por investigadores da universidade de Aarhus, na Dinamarca, descobriu uma relação entre a gravidade dos problemas da periodontite e a incidência das doenças cardíacas em doentes com patologia cardíaca hospitalizados no Chile. E um outro estudo está actualmente a ser feito na Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, para investigar a possível ligação entre a gengivite e as doenças cardíacas. As bactérias que surgem na doença da periodontal podem desempenhar um papel nas doenças cardíacas e no AVC.

Tratamento Gengivite A doença pode regredir em poucas semanas com o escovar regular e a passagem do fio dental para retirar a placa bacteriana. Um processo chamado limpeza em profundidade, por meio do qual o tártaro é retirado dos dentes e das gengivas, pode ajudar a controlar a gengivite. Recomenda-se consultas ao dentista duas vezes por ano para este tipo de limpeza e para um exame das gengivas e dos dentes. Elixires com antibiótico e gel: sempre que usados juntamente com o escovar e a limpeza com o fio dental, controlam melhor a gengivite do que se apenas foram usados estes dois últimos processos de higiene. Os preparados contendo vários óleos essenciais também parecem ser eficazes. Por exemplo, um gel contendo óleo da planta do chá , aplicado às gengivas doentes, pode reduzir a hemorregia e outros sintomas da gengivite.

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Ortodontia: pode recomendar-se um tratamento de ortodontia para endireitar os dentes desalinhados se estes estiverem a provocar a engivite. A substituição de coroas mal adaptadas ou de outras próteses dentárias pode também ajudar a prevenir a recorrência do problema.

Periodontite Este problema pode ser evitado com a combinação de uma higiene oral e um tratamento dentário. Podem ser necessárias limpezas em profundidade e outras mais simples, realizadas por profissionais, mais de duas vezes por ano para evitar que a periodontite avance. Medicação: os dentistas receitam antibióticos orais ou de aplicação tópica para tratar abcessos (infecções com colecções de pus em redor dos dentes que ocorrem com frequência nos casos de periodontite). Cirurgia: é possível a realização de uma pequena cirurgia para retirar a placa bacteriana com bactérias e o tártaro na porção inferior às gengivas. A gengivectomia envolve a excisão de tecido mole da gengiva de rodeia a bolsa periodontal da placa ou de tártaro. Se o osso estiver infectado, um processo cirúrgico para reconstruir a raíz do dente danificado pela doença da gengiva. A raiz doente é substituída por um material sintético que é ligado ao dente. Podem realizar-se outros tipos de cirurgia para estabilizar o dente. Extracção dentária: os dentes que ficarem drasticamente sem apoio devido à periodontite poderão ter de ser extraídos. Medicina Tradicional Chinesa: há centenas de anos que as ervas chinesas são usadas para tratar a periodontite e inibir eficazmente o desenvolvimento das báctérias. Extracto de propólis: a irrigação das gengivas com extracto de propólis, uma substância viscosa, castanha e resinosa, extraída de várias plantas pelas abelhas, é uma ajuda ao tratamento periodontal. Tratamento com oxigénio hiperbárico: para a periodontite grave, o tratamento com oxigénio hiperbárico que usa uma câmara de alta pressão para aumentar o fornecimento do oxigénio hiperbárico, que usa uma câmara de alta pressão para aumentar o fornecimento de oxigénio aos tecidos adjacentes aos dentes, pode aumentar a eficácia da terapêutica convencional, como, por exemplo, a limpeza em profundidade e a ciruria à raiz.

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Lepra

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Lepra O que é? A lepra é uma doença transmissivel causada por uma bactéria. Afecta maioritáriamente a pele e os nervos. Ela progride lentamente com uma média de período de incubação de 3 anos. A lepra pode afectar todas as idades e ambos os sexos. A lepra pode ser curada. A MDT mata a bactéria e pára a transmissão da doença. O doente de lepra pode levar uma vida completamente normal. Quando detectado cedo e tratado com MDT, a lepra não deixará deformidades.

Sintomas Um doente de lepra é alguém que: tem uma mancha ou manchas na pele com clara perda de sensibilidade; e que não fez um tratamento completo com multidrogaterapia.

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Manchas da lepra: Podem ser hipopigmentadas, avermelhadas ou da cor do cobre; Podem ser planas ou elevadas; Não dão comichão; Normalmente não doem; Apresentam falta de sensibilidade ao calor, tacto ou dor; Podem aparecer em qualquer parte do corpo.

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Outros sinais de lepra incluem: Nódulos avermelhados ou da cor da pele. Infiltração diffusa e brilhante da pele, sem perda de sensibilidade.

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Manchas na pele. . . Aquelas que apresentam sensibilidade normal; As que existem no corpo desde o nascimento; As pruriginosas; As que são brancas, escuras, avermelhadas ou cor de prata; Com escamas na pele; As que aparecem ou desaparecem de repente e se espalham rapidamente.

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Como examinar Examinar a pele à luz do dia ou numa sala bem iluminada. Examinar todo o corpo, não descurando a privacidade do doente. Perguntar ao doente se as manchas dão comichão. Se disser que sim, não é lepra. Testar a perda de sensibilidade em apenas uma ou duas manchas da pele. Se existir uma clara perda de sensibilidade, é lepra. Perguntar sobre tratamentos recebidos no passsado. Uma pessoa que completou o tratamento com MDT não precisa de tratamento adicional. Procurar qualquer deformidade visível nos olhos, face, maõs e pés. Quando existirem dúvidas acerca do diagnóstico, encaminhar sempre o doente para o centro de referência mais próximo. Se suspeitar de lepra sem perda de sensibilidade ou se tiver dúvidas, por favor transfira para o centro de referência.

Como Testar a Perda de Sensibilidade Pegue num objecto pontiagudo, por exemplo, uma esferográfica. Mostrar ao doente o que vai fazer. Tocar ligeiramente a pele com a esferográfica. Pedir ao paciente que aponte o local onde sentiu o toque da esferográfica. Depois pedir ao paciente que feche os olhos, de modo a não observar o que se vai fazer. Agora tocar ligeiramente o centro da mancha da pele mais elevado, e pedir-lhe que indique o local onde sentiu a esferográfica. Repetir o procedimento na pele normal, e depois na mesma mancha anterior. Se a pessoa não tem sensibilidade na lesão da pele, trata-se de lepra. Inicie o tratamento imediatamente.

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Parkinson

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Parkinson O que é? A doença de Parkinson é um disorder que afete pilhas do nervo (neurônios) na parte do movimento controlando do músculo do cérebro. A doença de Parkinson (paládio) foi descrita primeiramente em 1817 pelo Dr. James Parkinson, um médico britânico, para quem a doença foi nomeada.

Causa da doença de Parkinson Há muitas causas do tremor à excepção da doença de Parkinson, e requer geralmente a examinação por um neurologist distinguir entre eles.

Sintomas e sinais da doença de Parkinson Os sintomas variam do paciente ao paciente e não cada é afetado por todo. Alguns povos, a doença progride rapidamente; em outro não. Os seguintes são os sintomas preliminares os mais comuns da doença de Parkinson.

Diagnóstico da doença de Parkinson Desde que não há nenhum teste ou marcador específico para o paládio, o diagnóstico é por um médico e depende da presença pelo menos de dois dos três sinais principais: tremor em repouso, rigidez, e bradicinesia, as well as a ausência de uma causa secundária, tal como medications antipsychotic ou cursos pequenos múltiplos nas regiões do movimento controlando do cérebro. Os pacientes tendem a estar os mais cientes do tremor e da bradicinesia, e de menos assim da rigidez.

Tratamento e Medication da doença de Parkinsons Porque os indivíduos com paládio têm uma escala dos sintomas, a escolha do medication (e a decisão se tratar com o medication) variam consideravelmente entre indivíduos. Além disso, sobre o tempo, o dose dos medications pode necessitar ser aumentado ou medications novos ser adicionado.

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Prognosis da doença de Parkinsons O paládio é ambo o crônico, significando o persiste sobre um período de tempo longo, e o progressista, significando seus sintomas cresce um tempo excedente mais mau. Embora alguns povos se tornem severamente disabled, outros experimentam somente rompimentos menores do motor.

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Perturbações do sono

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Perturbações do sono O que é O sono é algo necessário para que o homem possa sobreviver e gozar de uma boa saúde, pois é nesse momento que o corpo e a mentem descansam. Dependentemente dos indivíduos, o sono varia entre várias horas, como por exemplo um adulto saudável apenas necessita 4 a 9 horas de sono. Contudo, existem perturbações durante o sono que são alterações que ocorrem durante este, podendo ser alterações que ocorrem na conciliação do sono, relativas á duração do sono ou a comportamentos anormais associados ao sono, como por exemplo o terror nocturno ou o sonambulismo.

Causas Estas são provocadas por vários factores, como o stress emocional ou a excitação, que podem determinar as horas de sono de uma pessoa e a forma como esta se sente ao despertar. Certos alimentos, como a cafeína, as especiarias fortes e ainda alguns medicamentos podem provocar a falta de sono. Para além destes, o desporto, embora faça bem à saúde, também a pode prejudicar se for feito ao final do dia, pois provoca perturbações no sono, que consequentemente, poderá conduzir a uma maior probabilidade de hipertensão, problemas cardiovascular, ansiedade, instabilidade, fadiga, alucinações, falta de concentração, obesidade ou mesmo a diabetes.

Prevenção Deve-se respeitar as horas de sono, principalmente as crianças para que em adultas não sofram desta doença. Deve-se ainda ter uma alimentação saudável e fazer desporto dentro das horas aconselháveis para que este não prejudique o sono.

Diagnóstico Esta doença só é diagnosticada se interferir no desempenho pessoal, tanto a nível profissional, familiar e tarefas quotidianas. Começa por haver uma certa dificuldade da concentração e perda de memória, resultam as dores de cabeça frequentes, a vista cansada, enublada e as tonturas, aumentam o nervosismo, a ansiedade pode ser constante, o que pode levar a uma depressão.

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Existe um entorpecimento dos músculos, tendões e ligamentos, assim como dores contínuas que mudam de intensidade ou de local, e as sensações de queimaduras. As dores no peito aumentam, e existe uma sensação geral de fraqueza e cansaço, gerando por vezes a sensação de que existem impulsos nervosos que estão a atravessar o corpo. Estas são muitas das manifestações que existem perante as perturbações do sono, porém ainda existe o disfuncionamento do sistema nervoso.

Quem está em risco e quais os riscos? Qualquer pessoa que apresente estes sintomas.

Tratamentos O tratamento das perturbações do sono depende dessas mesmas e em função de cada doente, da situação clínica e da envolvência familiar e professional, após uma avaliação do médico. Normalmente, é necessário a perda de peso excessivo e a modificação de diferentes hábitos alimentares e de sono, seguindo-se de medidas terapêuticas específicas. Estas podem incluir medicamentos, ventilação não invasiva e abordagens cirúrgicas.

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Psoriase

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Psoríase O que é? É uma dermatose eritemato-descamativa, ou seja:  Dermatose: doença da pele;  Eritema: coloração avermelhada da pele que desaparece quando se faz pressão sobre ela;  Descamação: as camadas mais superficiais da pele destacam-se da superfície originando partículas semelhantes a “escamas”;

Como é que é? A lesão característica da psoríase é uma mancha circular, com um bordo bem delimitado com fundo avermelhado (eritema) e escamas espessas à superfície. Estas lesões podem aparecer só em alguns locais do corpo, mais frequentemente nos cotovelos, joelhos, couro cabeludo e região lombar ou ser disseminadas por todo o corpo. Também surgem alterações ao nível das unhas com vários aspectos possíveis:  Picadas de alfinete;  Rugosidades, sulcos ou pregas superficiais;  Hipopigmentação ou manchas amarelas ou acastanhadas;  Descolamento da unha;  Espessamento da unha;  Destruição da unha;

Porque é que a psoríase aparece? A psoríase aparece porque as células da pele, que estão constantemente a ser destruídas à superfície e a multiplicar-se nas camadas mais inferiores, aumentam a sua velocidade de multiplicação, por isso, descamam mais rapidamente do que na pele normal. Além disso também há inflamação. A psoríase evolui por surtos ocasionais separados por períodos de remissão. É impossível prever a duração dessas remissões mas existem factores que podem desencadear novos surtos:  Infecção;  Intervenções cirúrgicas;  Stress;  Medicamentos; o Bloqueadores dos receptores b-adrenérgicos (Simpaticolíticos) 176 | P á g i n a


o Lítio o IECAs (Inibidores do enzima de conversão da angiotensina) o Anti-maláricos  Traumatismos;

Como é que se trata?

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Existem diferentes medicamentos usados com funções distintas: Pomada de ácido salicílico a 5% em vaselina; Alcatrões; Crisarobina, cignolina (usam-se só no Hospital porque mancham a roupa e é preciso controlar bem o tempo de aplicação); Calcipotriol (derivado da vitamina D); Psoralenos associados a irradiação com UVA; Citostáticos (para casos graves de difícil resolução); O doente psorítico deve expor-se ao Sol porque as radiações ultravioletas são benéficas para o tratamento mas deve respeitar as regras gerais de protecção com protectores solares porque, tal como em qualquer outra pessoa, existe o risco de desenvolver cancro da pele.

A psoríase é contagiosa? Não. A psoríase resulta de uma alteração na pele do indivíduo causada por factores do mesmo e não por qualquer agente infeccioso transmissível a outros indivíduos. Por isso, o indivíduo psorítico não deve ser excluído mas ajudado.

Inflamação É uma resposta do sistema imunitário com aumento do fluxo sanguíneo nesse local (dá origem à cor avermelhada e ao calor), aumento da permeabilidade dos vasos (dá origem à tumefacção dessa zona) e saída de glóbulos brancos (células imunitárias) dos vasos para os tecidos. Geralmente surge para reagir a agressões externas como infecções mas aqui é auto-imune, ou seja, não se sabe bem porquê, o sistema imunitário reage contra elementos do próprio organismo.

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Apendicite

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Apendicite O Que é? A Apendicite é uma inflamação do apêndice, um pequeno, dedo como um tubo que pende na parte inferior direita do intestino grosso. Não se sabe qual a finalidade da apêndice. Normalmente fica inflamada por causa de uma infecção ou obstrução do aparelho digestivo. Se não tratado, o apêndice infectado pode estourar e espalhar a infecção em toda a cavidade abdominal para a corrente sanguínea (o sangue). A apendicite é a principal causa da cirurgia abdominal em crianças, e quatro em cada 1.000 crianças exigem remover o apêndice antes dos 14 anos de idade.

Sintomas

      

Os sintomas de apendicite incluem: Dor abdominal que normalmente começa acima do umbigo e então se espalha para o abdómen inferior direito; Náuseas; Vómitos; Distensão (inchaço), dor abdominal dor quando se toca no lado direito do abdómen; Febre ligeira; Incapacidade de eliminar gases; Mudança anormal do hábito de ir ao banheiro, fezes (movimentos intestinais); Se tiver sintomas de apendicite não tome laxantes ou edemas para aliviar a constipação. Essas drogas aumentam a probabilidade de ruptura do apêndice. Evitar também tomar analgésicos antes de consultar o seu médico, pois estes medicamentos podem mascarar (esconder) os sintomas de apendicite e tornar o diagnóstico mais difícil.

Diagnóstico O médico irá verificar o seu historial médico, especialmente se existem doenças digestivas. Irá ser perguntado também sobre os seus actuais sintomas digestivos, incluindo detalhes das suas últimas evacuações: tempo, frequência, consistência (líquido ou duro), e se as fezes vêm cobertas com sangue e muco. O seu médico irá rever e avaliar se há dor no abdómen inferior direito. Em crianças, o médico irá verificar onde esta sente a dor. Em lactentes (bebés), nos quadris e abdominais (saber se estes doem quando você os pressiona), podem ser pistas importantes para o diagnóstico. Após a realização do exame físico, o médico solicitará exames de sangue para encontrar sinais de infecção e urina, para afastar possíveis problemas do trato urinário. 179 | P á g i n a


O médico pode solicitar fazer-se uma ultra-sonografia ou uma tomografia computadorizada (TC) para ajudar a confirmar o diagnóstico. Em crianças muito jovens, talvez seja necessário fazer uma radiografia de tórax para descartar uma possível pneumonia. Foto 4Duração da dor abdominal a maioria das pessoas procuram ajuda médica dentro de 12 a 48 horas desde o início por causa da dor abdominal. Em alguns casos, há um baixo nível de inflamação durante várias semanas antes do diagnóstico. Prevenção, como prevenir não há nenhuma maneira de evitar a apendicite.

Tratamento O tratamento padrão consiste em remover o apêndice. A cirurgia, chamada de apendicectomia, deve ser feita o mais rapidamente possível para reduzir o risco do apêndice se romper. Se a suspeita de apendicite é alta, muitas vezes o cirurgião recomenda a remoção do apêndice, mesmo que o ultra-som ou a tomografia computadorizada não consiga confirmar o diagnóstico. A recomendação do cirurgião reflecte o perigo de um possível apêndice rompido, o que pode pôr em perigo a vida, enquanto uma apendicectomia dispõe de um risco relativamente baixo. Muitas vezes, os cirurgiões optam por fazer uma cirurgia laparoscópica para remover o apêndice, porque a duração média de internação é menor e a recuperação é mais rápida, quando comparada com o acesso à cirurgia convencional.

Cicatriz Geralmente, as pessoas recebem antibióticos por via intravenosa (na veia) durante a cirurgia. Se o apêndice se romper, a pessoa deve tomar os antibióticos durante uma semana ou mais. Para permitir que o sistema digestivo descanse após a cirurgia, você não deve comer ou beber nada durante as 24 horas após a apendicectomia. Depois, gradualmente, você poderá beber pequenas quantidades de água , líquidos claros, e alimentos sólidos até que você possa continuar a fazer uma dieta normal.

Quando contactar um profissional de saúde Para evitar o risco de ruptura do apêndice, contacte imediatamente o seu médico se você ou um membro da família tem sintomas de apendicite. A apendicite é uma emergência e requer atenção imediata.

Prognóstico As Pessoas que se submetem à cirurgia, muitas vezes ficam no hospital dois ou três dias (se houver uma ruptura do apêndice). Aqueles que passarem apenas por uma apendicectomia, normalmente recuperam-se completamente rápido. 180 | P á g i n a


A apendicite pode Matar Embora seja raro, mas uma pessoa pode morrer de apendicite se o apêndice se romper e a infecção se espalhar por todo o abdómen e sangue.

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Gonorreia

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Gonorreia O que é? Gonorreia é uma doença sexualmente transmissível (DST) causada pela Neisseria gonorrhoeae, uma bactéria que cresce e multiplica-se facilmente em áreas quentes e húmidas do trato reprodutivo como cérvix, útero e tubos de falópio na mulher; e uretra em homens e mulheres. A bactéria também pode crescer na boca, garganta, olhos e ânus.

Como se transmite? A gonorreia é transmitida pelo contacto com o pénis, vagina, boca ou ânus. Não é necessário haver ejaculação para a gonorreia ser transmitida. Gonorreia também pode ser transmitida da mãe para o bebé durante o parto. Pessoas que tiveram gonorreia e receberam tratamento podem ser infectadas de novo se tiverem contacto sexual com indivíduos infectados.

Quem está sob risco de contrair gonorreia? Qualquer pessoa sexualmente activa pode ser infectada com gonorreia.

Quais são os sinais e sintomas da gonorreia? Nos homens os sintomas, que podem levar até 30 dias depois da infecção para aparecer, incluem sensação de queimação ao urinar; ou uma descamação amarela ou verde no pénis. Algumas vezes homens com gonorreia ficam com testículos doloridos. Nas mulheres os sintomas da gonorreia são geralmente moderados, porém a maioria das infectadas não apresenta sintomas. Os sinais e sintomas iniciais incluem sensação de queimação ao urinar e aumento do escoamento vaginal ou sangramento vaginal entre os períodos menstruais. Mulheres com gonorreia sofrem o risco de desenvolver complicações sérias independentemente da presença ou severidade dos sintomas. Sintomas da infecção rectal, tanto em homens como mulheres, podem incluir escoamento, coceira no ânus, dor, sangramento ou evacuação dolorida. A infecção rectal também pode não apresentar sintomas. Infecção na garganta pode causar dor, mas geralmente não apresenta sintomas.

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Quais são as complicações da gonorreia? A gonorreia não tratada pode causar sérios e permanentes problemas de saúde, tanto em homens quanto em mulheres. Nas mulheres a gonorreia é uma causa comum de doença inflamatória pélvica, a qual não necessariamente apresenta sintomas. Quando os sintomas estão presentes eles podem ser bem severos e incluir dor abdominal e febre. Doença inflamatória pélvica também pode ocasionar abcessos internos e dor crónica na pélvis. A doença inflamatória pélvica também pode danificar os tubos de falópio o suficiente para causar infertilidade ou aumentar o risco de gravidez ectópica na qual o ovo fertilizado cresce fora do útero. Em homens a gonorreia pode causar epididimite, uma condição dolorosa dos testículos que pode ocasionar infertilidade se não for tratada. Gonorreia pode se espalhar para o sangue ou articulações. Essa condição pode requerer tratamento por toda a vida. Adicionalmente, pessoas com gonorreia podem contrair mais facilmente o HIV e têm mais probabilidade de transmiti-lo também.

Como a gonorreia afecta a mulher grávida e seu bebé? Se uma mulher grávida tiver gonorreia ela pode passar a infecção ao bebé durante o parto. Isso pode causar cegueira, infecção nas articulações e no sangue que pode ameaçar a vida. O tratamento da gonorreia tão logo seja detectada em mulheres grávidas reduzirá o risco dessas complicações. Mulheres grávidas devem consultar um médico para exame apropriado, testes e tratamento se necessário.

Como é o tratamento da gonorreia? Vários antibióticos podem curar com sucesso a gonorreia em adolescentes e adultos. Porém, variedades resistente de gonorreia estão aumentando em várias partes do mundo e o tratamento está ficando mais difícil. Uma vez que muitas pessoas com gonorreia também têm clamídia, outra doença sexualmente transmissível, antibióticos para ambas são geralmente dados juntos. Pessoas com gonorreia devem fazer testes para outras doenças sexualmente transmissíveis. É importante tomar todo medicamento prescrevido para curar a gonorreia. Embora a medicação interrompa a infecção, não irá reparar qualquer dano permanente ocasionado pela doença. Pessoas que tiveram gonorreia e foram tratadas podem ter a doença de novo se tiverem contacto com pessoas infectadas. Se os sintomas persistirem mesmo depois de receber tratamento, deve-se voltar ao médico para reavaliação.

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Como é a prevenção da gonorreia? A forma mais segura de prevenir doenças sexualmente transmissíveis é abster-se de intercursos sexuais, ou ter uma relação monogâmica de longo prazo com um parceiro testado e que você sabe não estar infectado. Preservativos de látex, quando usados consistentemente e correctamente, podem reduzir o risco de transmissão da gonorreia. Ao aparecimento de qualquer sintoma que possa indicar gonorreia, deve-se parar de ter relações sexuais e procurar um médico imediatamente. Caso a pessoa seja diagnosticada com gonorreia, ela deve informar seus parceiros sexuais recentes para que eles procurem um médico e possam ser tratados. A pessoa com gonorreia e seu parceiro sexual devem evitar sexo até que o tratamento da gonorreia tenha sido completado.

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Otite

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Otite O que é? A otite média aguda é uma infecção no ouvido médio causada por um germe (bactéria). É muito comum nas crianças. O ouvido é dividido em 3 partes: externo, médio e interno. O ouvido médio é uma cavidade com ar localizada entre o tímpano e o ouvido interno. A tuba auditiva (trompa de Eustáquio), um canal de comunicação entre ouvido médio e nariz, tem a função de ventilação e limpeza.

Como se adquire? A infecção no ouvido médio se faz através da tuba auditiva quando está com sua função prejudicada por inflamações ou obstruções, como acontece, por exemplo, nas alergias do nariz ou nas infecções da faringe (garganta). O germe (bactéria) presente na garganta migra pela tuba auditiva até o ouvido médio onde se multiplica nas secreções aí acumuladas, resultando uma otite média aguda. Também o vírus pode causar otite média. O risco de ocorrer uma infecção é maior se a tuba auditiva é pequena ou se não funciona de maneira eficiente, como acontece nas crianças pequenas. Também a criança que mama no peito ou toma mamadeira na posição deitada é mais propensa às otites porque a posição facilita a entrada de alimentos, sucos digestivos e germes na tuba auditiva. A infecção do ouvido médio ocorre, na maioria das vezes, após gripe. É freqüente, também, através do contato com outras crianças. Surge também muitas vezes, durante as doenças infecciosas da infância, tais como sarampo.

Quais são os sintomas? Os principais sintomas são dor e diminuição da audição. A dor costuma ser severa. Outros sintomas podem estar presentes: febre, inquietude, perda de apetite e secreção no ouvido se houver ruptura timpânica (perfuração do ouvido); vômitos e diarréia podem ocorrer nas crianças pequenas.

Como o médico faz o diagnóstico? O diagnóstico é feito através da história e do exame otológico com otoscópio (aparelho específico para visualizar o ouvido) e/ou microscópio. Na otoscopia ou microscopia o médico verifica a coloração e situação da membrana timpânica, que costuma estar vermelha e abaulada na otite média aguda. 187 | P á g i n a


Como se trata? O tratamento é feito com o uso adequado de antibióticos e analgésicos. Terminado o tratamento o médico verifica se o líquido da infecção que se acumulou atrás do tímpano está sendo reabsorvido e se a audição está voltando ao normal. A presença de líquido no ouvido médio interfere no mecanismo de condução do som, causando surdez. Caso o líquido e perda auditiva persistam por mais de três meses, pode ser necessário um tratamento cirúrgico que consiste em uma pequena abertura no tímpano e retirada do líquido acumulado no ouvido médio.

Como se previne? Algumas medidas podem ser tomadas para diminuir a incidência de otites nas crianças:    

A alimentação deve ser feita, preferencialmente, com leite materno por causa da protecção que este confere contra a otite; As mães não devem amamentar com a criança deitada e sim inclinada; Vacinar a criança contra a gripe anualmente a partir dos seis meses de idade; Não fumar em casa, pois a fumaça do cigarro aumenta o risco de infecção no ouvido, pelo prejuízo que causa à função da tuba auditiva e pelas alterações provocadas na mucosa de protecção do nariz e garganta.

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Sifilis

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Sífilis O que é? A sífilis é doença infecciosa crónica, que desafia há séculos a humanidade. Acomete praticamente todos os órgãos e sistemas, e, apesar de ter tratamento eficaz e de baixo custo, vem-se mantendo como problema de saúde pública até os dias actuais. A OMS estima em 340 milhões o número de casos novos de DST curáveis (sífilis, gonorreia, clamídia, tricomoníase). Os dados da prevalência nos trópicos mostram que a sífilis, conforme a região, é a segunda ou terceira causa de úlcera genital (outras são o cancro mole e herpes genital).2 Houve recrudescimento da sífilis na Irlanda,3 Alemanha4 e cidades americanas, como San Francisco e Los Angeles, em grupos com comportamento de risco, como homens que fazem sexo com homens (HSH) e profissionais do sexo.

O agente etiológico A sífilis é causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum, género Treponema, da família dos Treponemataceae, que inclui ainda dois outros géneros: Leptospira e Borrelia. O género possui quatro espécies patogénicas e pelo menos seis não patogénicas. As patogénicas são o Treponema pallidum subsp pallidum, causador da sífilis, o Treponema carateum, responsável pela pinta, e o Treponema pertenue, agente da bouba ou framboesia. O bejel ou sífilis endémica é atribuído à variante T. pallidum subsp endemicum. O T. pallidum tem forma de espiral (10 a 20 voltas), com cerca de 5-20mm de comprimento e apenas 0,1 a 0,2mm de espessura. Não possui membrana celular e é protegido por um envelope externo com três camadas ricas em moléculas de ácido Nacetil murâmico e N-acetil glucosamina. Apresenta flagelos que se iniciam na extremidade distal da bactéria e encontram-se junto à camada externa ao longo do eixo longitudinal. Move-se por rotação do corpo em volta desses filamentos18-21.

Etiopatogenia A penetração do treponema é realizada por pequenas abrasões decorrentes da relação sexual. Logo após, o treponema atinge o sistema linfático regional e, por disseminação hematogênica, outras partes do corpo. A resposta da defesa local resulta em erosão e exulceração no ponto de inoculação, enquanto a disseminação sistémica resulta na produção de complexos imunes circulantes que podem depositar-se em qualquer órgão.

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Entretanto, a imunidade humoral não tem capacidade de protecção. A imunidade celular é mais tardia, permitindo ao T. pallidum multiplicar e sobreviver por longos períodos.

Transmissão A sífilis é doença transmitida pela via sexual (sífilis adquirida) e verticalmente (sífilis congénita) pela placenta da mãe para o feto. O contacto com as lesões contagiantes (cancro duro e lesões secundárias) pelos órgãos genitais é responsável por 95% dos casos de sífilis. Outras formas de transmissão mais raras e com menor interesse epidemiológico são por via indirecta (objectos contaminados, tatuagem) e por transfusão sanguínea.

Clínica A história natural da doença mostra evolução que alterna períodos de actividade com características clínicas, imunológicas e histopatológicas distintas (sífilis primária, secundária e terciária) e períodos de latência (sífilis latente). A sífilis divide-se ainda em sífilis recente, nos casos em que o diagnóstico é feito em até um ano depois da infecção, e sífilis tardia, quando o diagnóstico é realizado após um ano.

Sífilis primária A lesão específica é o cancro duro ou protossifiloma, que surge no local da inoculação em média três semanas após a infecção. É inicialmente uma pápula de cor rósea, que evolui para um vermelho mais intenso e exulceração. Em geral o cancro é único, indolor, praticamente sem manifestações inflamatórias perilesionais, bordas induradas, que descem suavemente até um fundo liso e limpo, recoberto por material seroso. Após uma ou duas semanas aparece uma reacção ganglionar regional múltipla e bilateral, não supurativa, de nódulos duros e indolores. Localiza-se na região genital em 90% a 95% dos casos. No homem é mais comum no sulco balanoprepucial, prepúcio, meato uretral ou mais raramente intrauretral. Na mulher é mais frequente nos pequenos lábios, parede vaginal e colo uterino. Assintomático, muitas vezes não é referido. As localizações extra genitais mais comuns são a região anal, boca, língua, região mamária e quirodáctilos. O cancro regride espontaneamente em período que varia de quatro a cinco semanas sem deixar cicatriz.

Sífilis secundária Na pele, as lesões (sifílides) ocorrem por surtos e de forma simétrica. Podem apresentar-se sob a forma de máculas de cor eritematosa (roséola sifilítica) de duração 191 | P á g i n a


efémera. Novos surtos ocorrem com lesões papulosas eritêmato-acobreadas, arredondadas, de superfície plana, recobertas por discretas escamas mais intensas na periferia (colarete de Biett). O acometimento das regiões palmares e plantares é bem característico. Algumas vezes a descamação é intensa, atribuindo aspecto psorisiforme às lesões. Na face, as pápulas tendem a agrupar-se em volta do nariz e da boca, simulando dermatite seborréica. Nos negros, as lesões faciais fazem configurações anulares e circinações (sifílides elegantes). Na região inguinocrural, as pápulas sujeitas ao atrito e à humidade podem tornar-se vegetantes e maceradas, sendo ricas em treponemas e altamente contagiosas(condiloma plano). Na mucosa oral, lesões vegetantes de cor esbranquiçada sobre base erosada constituem as placas mucosas, também contagiosas.

Sífilis terciária Os pacientes nessa fase desenvolvem lesões localizadas envolvendo pele e mucosas, sistema cardiovascular e nervoso. Em geral a característica das lesões terciárias é a formação de granulomas destrutivos (gomas) e ausência quase total de treponemas. Podem estar acometidos ainda ossos, músculos e fígado.

Sífilis cardiovascular Os sintomas geralmente se desenvolvem entre 10 a 30 anos após a infecção inicial. O acometimento cardiovascular mais comum é a aortite (70%), principalmente aorta ascendente, e na maioria dos casos é assintomática. As principais complicações da aortite são o aneurisma, a insuficiência da válvula aórtica e a estenose do óstio da coronária. O diagnóstico pode ser suspeitado pela radiografia de tórax evidenciando calcificações lineares na parede da aorta ascendente e dilatação da aorta.

Neurossífilis A invasão das meninges pelo treponema é precoce, de 12 a 18 meses após a infecção, mas desaparece em 70% dos casos sem tratamento. Quando a infecção persiste, estabele-se o quadro de neurossífilis, que pode ser assintomática ou sintomática. A neurossifilis assintomática é definida como a presença de anormalidades do LCR na ausência de sinais ou sintomas neurológicos. Poderá nunca se manifestar ou evoluir para uma das complicações neurológicas mais tardias do período terciário. As complicações mais precoces são as meningéias agudas, que podem acontecer no período secundário, principalmente em pacientes infectados pelo HIV, com a sintomatologia meningéia clássica. Nos quadros meningovasculares, a neurossífilis se apresenta como encefalite difusa com sinais focais, parecendo acidente vascular cerebral. 192 | P á g i n a


Sífilis congénita A sífilis congénita é o resultado da disseminação hematogênica T. pallidum da gestante infectada não tratada ou inadequadamente tratada para o concepto por via transplacentária (transmissão vertical). As lesões cutâneo-mucosas da sífilis congénita precoce podem estar presentes desde o nascimento, e as mais comuns são exantema maculoso na face e extremidades, lesões bolhosas, condiloma latum, fissuras periorais e anais. A mucosa nasal apresenta rinite mucossangüinolenta. Nos outros órgãos observa-se hepatoesplenomegalia, linfadenopatia, osteocondrite, periostite ou osteíte, anemia, hidropsia fetal. Na sífilis congénita tardia as lesões são irreversíveis, e as que mais se destacam são fronte olímpica, palato em ogiva, rágades periorais, tíbia em sabre, dentes de Hutchinson e molares em formato de amora. E ainda ceratite, surdez e retardo mental. Em todos os recém-nascidos que se enquadrem na definição de caso recomenda-se realizar exame do líquor.

Sífilis e HIV As interacções entre a sífilis e o vírus HIV iniciam-se pelo fato de que ambas as doenças são transmitidas principalmente pela via sexual e aumentam sua importância porque lesões genitais ulceradas aumentam o risco de contrair e transmitir o vírus HIV.

Diagnóstico laboratorial O diagnóstico laboratorial da sífilis e a escolha dos exames laboratoriais mais adequados deverão considerar a fase evolutiva da doença. Na sífilis primária e em algumas lesões da fase secundária, o diagnóstico poderá ser directo, isto é, feito pela demonstração do treponema. A utilização da sorologia poderá ser feita a partir da segunda ou terceira semana após o aparecimento do cancro, quando os anticorpos começam a ser detectados.

Tratamento Mercúrio, arsênico, bismuto e iodetos foram inicialmente usados na tentativa de tratar a sífilis, mas mostraram baixa eficácia, toxidade e dificuldades operacionais. Também mostraram pouca eficácia tratamentos que, inspirados na pouca resistência do T. pallidum ao calor, preconizavam o aumento da temperatura corporal por meios físicos como banhos quentes de vapor ou com a inoculação de plasmódios na circulação (malarioterapia).

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Em 1928, a descoberta do poder bactericida do fungo Penicilium notatus, por Fleming, iria modificar a história da sífilis e de outras doenças infecciosas. A penicilina age interferindo na síntese do peptidoglicano, componente da parede celular do T. pallidum. O resultado é entrada de água no treponema, o que acaba por destruí-lo(Quadro2). No tratamento da neurossífilis a droga escolhida é a penicilina cristalina pela capacidade de atravessar a barreira hemato-encefálica. A dose recomendada varia de 3 a 4.000.000UI, por via endovenosa, de quatro em quatro horas, no total de 18 a 24.000.000UI/dia por 10 a 14 dias.

Prevenção e controle O objectivo do controle da sífilis é a interrupção da cadeia de transmissão e a prevenção de novos casos. Evitar a transmissão da doença consiste na detecção e no tratamento precoce e adequado do paciente e do parceiro, ou parceiros. Na detecção de casos, a introdução do teste rápido em parceiros de pacientes ou de gestantes poderá ser muito importante. O tratamento adequado consiste no emprego da penicilina como primeira escolha e nas doses adequadas. Em situações especiais, como aumento localizado do número de casos, o tratamento profilático poderá ser avaliado.

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Depressรฃo

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Depressão O que é? A depressão é uma doença mental que se caracteriza por tristeza mais marcada ou prolongada, perda de interesse por actividades habitualmente sentidas como agradáveis e perda de energia ou cansaço fácil. Ter sentimentos depressivos é comum, sobretudo após experiências ou situações que nos afectam de forma negativa. No entanto, se os sintomas se agravam e perduram por mais de duas semanas consecutivas, convém começar a pensar em procurar ajuda. A depressão pode afectar pessoas de todas as idades, desde a infância à terceira idade, e se não for tratada, pode conduzir ao suicídio, uma consequência frequente da depressão. Estima-se que esta doença esteja associada à perda de 850 mil vidas por ano, mais de 1200 mortes em Portugal. A depressão pode ser episódica, recorrente ou crónica, e conduz à diminuição substancial da capacidade do indivíduo em assegurar as suas responsabilidades do dia-adia. A depressão pode durar de alguns meses a alguns anos. Contudo, em cerca de 20 por cento dos casos torna-se uma doença crónica sem remissão. Estes casos devem-se, fundamentalmente, à falta de tratamento adequado. A depressão é mais comum nas mulheres do que nos homens: um estudo realizado pela Organização Mundial de Saúde, em 2000, mostrou que a prevalência de episódios de depressão unipolar é de 1,9 por cento nos homens e de 3,2 por cento nas mulheres.

Quais são os factores de risco?   

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Pessoas com episódios de depressão no passado; Pessoas com história familiar de depressão; Pessoas do género feminino – a depressão é mais frequente nas mulheres, ao longo de toda a vida, mas em especial durante a adolescência, no primeiro ano após o parto, menopausa e pós-menopausa; Pessoas que sofrem um qualquer tipo de perda significativa, mais habitualmente a perda de alguém próximo; Pessoas com doenças crónicas - sofrendo do coração, com hipertensão, com asma, com diabetes, com história de tromboses, com artroses e outras doenças reumáticas, SIDA, fibromialgia, cancro e outras doenças; Pessoas que coabitam com um familiar portador de doença grave e crónica (por exemplo, pessoas que cuidam de doentes com Alzheimer); Pessoas com tendência para ansiedade e pânico;

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Pessoas com profissões geradoras de stress ou em circunstâncias de vida que causem stress; Pessoas com dependência de substâncias químicas (drogas) e álcool; Pessoas idosas.

É possível prevenir a depressão? Como em todas as doenças, a prevenção é sempre a melhor abordagem, designadamente para as pessoas em situação de risco, pois permite a intervenção precoce de profissionais de saúde e impede o agravamento dos sintomas. Se sofre de ansiedade e/ou ataques de pânico, não hesite em procurar ajuda médica especializada, pois muitas vezes são os primeiros sintomas de uma depressão. Se apresenta queixas físicas sem que os exames de diagnóstico encontrem uma explicação então aborde o assunto com o seu médico assistente.

Quais são os sintomas da depressão?

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A depressão diferencia-se das normais mudanças de humor pela gravidade e permanência dos sintomas. Está associada, muitas vezes, a ansiedade e/ou pânico. Os sintomas mais comuns são: Modificação do apetite (falta ou excesso de apetite); Perturbações do sono (sonolência ou insónia); Fadiga, cansaço e perda de energia; Sentimentos de inutilidade, de falta de confiança e de auto-estima, sentimentos de culpa e sentimento de incapacidade; Falta ou alterações da concentração; Preocupação com o sentido da vida e com a morte; Desinteresse, apatia e tristeza; Alterações do desejo sexual; Irritabilidade; Manifestação de sintomas físicos, como dor muscular, dor abdominal, enjoo.

Quais são as causas da depressão? As causas diferem muito de pessoa para pessoa. Porém, é possível afirmar-se que há factores que influenciam o aparecimento e a permanência de episódios depressivos. Por exemplo, condições de vida adversas, o divórcio, a perda de um ente querido, o desemprego, a incapacidade em lidar com determinadas situações ou em ultrapassar obstáculos, etc.

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Determinar qual o factor ou os factores que desencadearam a crise depressiva pode ser importante, pois para o doente poderá ser vantajoso aprender a evitar ou a lidar com esse factor durante o tratamento. Algumas doenças podem provocar ou facilitar a ocorrência de episódios depressivos ou a evolução para depressão crónica. São exemplo as doenças infecciosas, a doença de Parkinson, o cancro, outras doenças mentais, doenças hormonais, a dependência de substâncias como o álcool, entre outras. O mesmo pode suceder com certos medicamentos, como os corticóides, alguns anti-hipertensivos, alguns imunossupressores, alguns citostáticos, medicamentos de terapêutica hormonal de substituição, e neurolépticos clássicos, entre outros.

Como se diagnostica a depressão? Pela avaliação clínica do doente, designadamente pela identificação, enumeração e curso dos sintomas bem como pela presença de doenças de que padeça e de medicação que possa estar a tomar. Não existem meios complementares de diagnóstico específicos para a depressão, e a bem da verdade, tão pouco são necessários: o diagnóstico clínico é fácil e bastante preciso. Dirija-se sempre ao seu médico de família ou clínico geral: estes médicos podem reconhecer a presença da doença, e caso considerem necessário, podem contactar com um médico psiquiatra para esclarecimento do diagnóstico e para orientação terapêutica (o medicamento a usar, a dose, a duração, a resposta esperável face ao tipo de pessoa, a indicação para um tipo específico de psicoterapia, a necessidade de outros tipos de intervenção, etc.).

Como se trata a depressão? Normalmente, através do uso de medicamentos, de intervenções psicoterapêuticas, ou da conjugação de ambas. As intervenções psicoterapêuticas são particularmente úteis nas situações ligeiras e reactivas às adversidades da vida bem como em associação com medicamentos nas situações moderadas e graves. A decisão de iniciar uma psicoterapia deve ser sempre debatida com o seu médico: a oferta de serviços é grande, não é autoregulada, e é difícil a pessoa deprimida conseguir escolher o que mais lhe convém sem ajuda médica. Os medicamentos usados no tratamento das depressões são designados por antidepressivos. Estes medicamentos são a pedra basilar do tratamento das depressões moderadas e graves e das depressões crónicas, podendo ser úteis nas depressões ligeiras e não criam habituação nem alteram a personalidade da pessoa. Com a evolução da ciência e da farmacologia, estes medicamentos são cada vez mais eficazes no controlo e tratamento da depressão, nomeadamente por interferência com a acção de 198 | P á g i n a


neurotransmissores, como a serotonina e a noradrenalina, no hipotálamo, a zona do cérebro responsável pelo humor (emoções). Se o médico lhe prescrever medicamentos antidepressivos, siga as suas indicações e nunca pare o tratamento sem lhe comunicar as razões. Estes medicamentos não têm efeito imediato: pode demorar algumas semanas, 4 a 6, até começar a sentir-se melhor. O tratamento dura no mínimo quatro a seis meses. Obtenha toda a informação e esclareça todas as dúvidas com o seu médico.

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