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A Anunciação do Senhor
No dia 25 de março, exatamente nove meses antes do Natal do Senhor, a Igreja celebra a Anunciação feita a Maria de que ela será a Mãe de Jesus, a mãe de um menino que é, na verdade, “o Filho de Deus”. É uma palavra de Deus dirigida a Maria.
O anunciador, o portador da mensagem é Gabriel, um dos grandes anjos (arcanjo), cujo nome significa “Deus é forte”, “fortaleza de Deus”. E é interessante notar a correspondência que há entre o nome do Arcanjo com a resposta que ele dá a Maria quando ela, perplexa, indaga: “Mas, como se fará isso, pois não conheço homem”? Gabriel responde afirmando que será um evento realizado pelo poder divino: “o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra...” (Lc 1,25). Este acontecimento extraordinário, excepcional, será uma intervenção divina especial, um ato de poder divino. Deus, em seu atributo de Criador, pode ultrapassar as leis gerais da Criação, pode dispensá-las em alguma ocasião especial desejada por Ele, sem dever explicações para ninguém. “Nada é impossível para Deus”, explica o anjo.
O que irá acontecer é algo único, irrepetível. É o próprio Senhor, o Filho eternamente existente com o Pai e com o Espírito, que se tornará um ser humano, se tornará um homem no ventre de Maria. O Espírito, isto é, o Espírito de Deus que tudo pode, é que realizará essa obra maravilhosa em Maria. “O Espírito virá sobre ti...” (Lucas 1, 35). Basta Maria dar sua resposta, o seu “Sim”, e a grande graça se realizará. A resposta de Maria foi imediata, pronta e generosa (e não podia ser diferente): “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se conforme a tua palavra”, respondeu ao Anjo.
Este acontecimento, a vinda do Senhor até nós, sua “Encarnação”, já estava no “pensamento” de Deus desde sempre; esse grande dia foi cuidadosamente preparado. Deus preparou, mesmo, todo um povo, o Povo de Israel, para que ele acolhesse a anunciasse a grande salvação. Em sua Providência que tudo sabe e tudo ordena, Deus escolheu o lugar, o tempo, a época, a ocasião mais propícias, e com os critérios dele, que não são os nossos. “Quando chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher”, escreveu São Paulo. E o mesmo Paulo fala também desse mistério em ter- mos de “rebaixamento”, “esvaziamento”. Deus humilhou-se, rebaixou-se, esvaziou-se ao vir até nós. E mais ainda ao aceitar, livremente, um destino de sofrimento e morte.
Aquele que é o Filho, a Palavra ou o Verbo de Deus, “se fez carne e habitou entre nós” (João 1). Este é o evento maravilhoso, surpreendente em todos os aspectos. É o grande presente de Deus, o Pai. “Deus tanto amou o mundo que lhe deu o seu Filho único”, Jesus disse a Nicodemos (João 3). Ninguém jamais viu a Deus, e nem pode vê-lo com os olhos humanos; mas pode agora, em Jesus, conhecê-lo e, de certo modo, vê-lo. Assim nos fala o evangelista João no início do seu Evangelho.
Neste dia da Anunciação, que é a festa da Encarnação do Senhor através do “sim” de Maria, somos convidados, assim, a contemplar temas grandiosos, próprios da fé cristã, como estes:
O amor divino, inesgotável e sem medidas. É o amor divino que “explica” o fato da vinda do Senhor até nós, da “encarnação do Filho de Deus”. É o amor que toma a iniciativa, que age “loucamente” em favor da pessoa amada. Assim o amor divino se revela a nós em Jesus.
Uma mulher tem uma vocação e uma graça mais elevadas possíveis: a de ser a Mãe de uma pessoa divina. Deus que se torna homem e, portanto, como todos os humanos, passa a ter uma mãe. O lugar, a missão, as graças que Maria recebe são incomparáveis e ela está, evidentemente, unida profundamente a seu filho.
Maria como modelo, exemplo perfeito de como ouvir, confiar, aderir sem medo nem reservas à Palavra divina. “Feliz és tu, que creste...” (Lucas 1,45).
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