SÃO PAULO
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Junho 13
001 Jun’ 13 R$35,00 iono.com.br
PAULISTANOS CHEIOS DE ESTILO TROCAM CARRO POR BICICLETA.
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Brasil / S達o Paulo / Junho de 2013
ROTA SÃO PAULO
Publisher: Iukio Ono Colaboradoração: Ivy Sanches Assessora Técnica: Ivy Sanches Revisão: Iukio Ono Secretária: Projeto gráfico: i.Ono Produção: Designer: Iukio Ono Capa: Iukio Ono Foto da Capa: Google
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Junho 2013 A Rota São Paulo é dirigida aos profissionais que ocupam cargos técnicos, de direção, gerência e supervisão em empresas fornecedoras, convertedoras e usuárias de embalagens, bem como prestadores de serviços relacionados à logística, design e todos os processos relacionados a indústrias de embalagem.
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sumário Paulistanos cheios de estilo trocam carro por bicicleta
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Carros elétricos
Leis mais duraserigidas nos transito
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Etanol de segunda geração
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MARCELA RODRIGUES SILVA É segunda-feira. Dia de reuniões de trabalho para o paulistano Daniel Guth, de 27 anos. Antes de sair de casa, na Vila Madalena, por volta das 9h30, o assessor parlamentar checa se o traje está completo: terno, gravata e capacete. É assim, depois de trocar o carro pela bicicleta, há dois anos, que ele faz o agradável trajeto de 6,5 quilômetros até a zona sul, onde trabalha. Sem pressa, tenta seguir por ruas mais tranquilas, caminhos alternativos que encontrou para fugir das avenidas movimentadas. Quando isso não é possível, lá está Daniel no meio do trânsito caótico da capital paulista. O terno fica acomodado na cestinha de sua bicicleta, um modelo dobrável. ImpossíDaniel Guth vai de bicileta para o trabalho (Foto: Elvio Romero) vel não notá-lo, ainda que ele não seja o ro, porque o ciclista não fica parado no Thunderbird também é adepto das ‘bicicleúnico. trânsito; segundo, por causa dos efeitos tadas’, realizadas sempre na última sextaThiago Benicchio, cicloativista e diretor anti-inflamatórios que o exercício físico feira do mês, às 18h. O ponto de partida é da Associação dos Ciclistas Urbanos de promove no corpo”, esclarece. “Ainda a Praça do Ciclista, na Avenida Paulista. O São Paulo (Ciclocidade), acredita que não há pesquisas comparando o impacto movimento reúne, em média, 500 ciclistas, 500 mil paulistanos se desloquem pela de usar a bicicleta na atmosfera. Não há que percorrem em grupo as ruas da cidacidade em cima de uma bicicleta. “Isso população ciclista suficiente. Mas uma de. O grupo é um fenômeno mundial e, em mostra como as pessoas estão entendencoisa é certa: poluição zero.” vários países, o movimento se repete no do que a bicicleta não é um transporte Bike para poucos mesmo dia. A ideia é disseminar o uso da alternativo e, na verdade, mais uma alterSegundo Thiago Benicchio, já começam bicicleta e discutir o espaço da cidade. nativa de transporte”, diz ele. a surgir muitas iniciativas públicas a Nem lycra, nem tênis. Salto! Já um estudo realizado pelo Metrô da favor dos ciclistas, mas Os ciclistas urbanos usam a bike para ir cidade no ano passado falta que elas sejam inteao trabalho, ao happy hour, à balada. Para apontou que 96% do ESTUDO REALIZADO gradas para não acontetanto, devem estar bem alinhados. É de uso de bicicleta em São PELO METRÔ DA CIcer de uma ciclovia sair salto alto, vestido e cabelos ao vento – ou, Paulo é para deslocaalgumas vezes, presos para acomodá-los mentos de casa ao tra- DADE NO ANO PASSA- de um ponto, mas não dentro do capacete – que a paulistana balho ou compras, por DO APONTOU QUE 96% levar a lugar nenhum. Priscila Moreno, de 28 anos, pedala. “Não exemplo. Nos últimos DO USO DE BICICLETA “No caso de Moema, na zona sul, por exemplo, precisamos abrir mão do nosso estilo para tempos, não é só diverEM SÃO PAULO É PARA a ciclovia precisa ser pedalar. são – ou quilos a menos DE integrada a outras regiSe é para usar a bicicleta, que seja como se na balança – que leva os DESLOCAMENTOS ões. Mas já um passo”, fosse andar de metrô”, explica ela, seguidopaulistanos a aposta- CASA AO TRABALHO. avalia ele, referindo-se à ra do conceito ‘cycle chic’, termo cunhado rem no transporte sobre ciclovia inaugurada no pelo fotógrafo dinamarquês Mikael Colvilduas rodas. Daniel Guth mês passado pela Prefeitura e que caule-Andersen, cuja proposta é incentivar a contabiliza os ganhos: “Chego com mais sou polêmica com a reação negativa de adesão à bicicleta e usá-la com o próprio disposição ao trabalho. Não gasto mais alguns moradores. “Nem todo mundo vê estilo, sem precisar recorrer a roupas de com carro e estacionamento, não tenho a bicicleta como um meio de transporte.” ginástica. estresse no trânsito e também controlo Os cicloativistas ponderam ainda que meu tempo de trajeto”, orgulha-se ele, não é necessário abandonar o carro e que começou pedalando duas vezes por usar apenas bicicleta. “A ideia é usar a semana e hoje usa a bicicleta em 99% de bicicleta em um momento oportuno, bem suas locomoções. como o carro”, aconselha Benicchio. O Paulo Saldiva, médico especialista em músico e VJ da MTV Luiz Thunderbird, poluição atmosférica da USP, explica de 50 anos, é um cicloativista que ainda que, quando percebem estes co-benefíusa o carro. “Utilizo a bicicleta na maiocios diretos, as pessoas sentem-se atraíria das vezes, seja para ir a reuniões de das pela bicicleta. “Só falar de melhorias trabalho ou ao dentista. Já o carro é para para o meio ambiente a longo prazo não momentos necessários, como quando adianta”, diz ele, cicloativista há mais de vou ensaiar e preciso levar equipamen30 anos. Saldiva alerta que a exposição tos”, conta ele, que pedala há 4 anos e direta do ciclista à poluição no trânsito O músico Thunderbird possui duas bicicletas. é menor do que a do motorista. “Primeialterna carro com a bicicleta
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Com estilo mais básico, à base de sapatilhas, shortinhos e meias finas, a editora de vídeo Olivia Brenga, de 32 anos, é outra adepta do conceito disseminado na capital dinamarquesa Copenhagen. “A ideia é ser você mesmo e não ter de se adaptar à bike”, diz ela. Mas pedalar à paulistânia exige dicas e estratégias para se seguir o ‘cycle chic’ sem desconforto. “Algumas pessoas levam toalhinhas na bolsa. Eu evito saltos finos e altos, e a saia-lápis, pois aperta demais”, aconselha Priscila Moreno, que, de tanto precisar carregar objetos durante suas pedaladas, uniu o útil ao agradável. Ela criou um alforje de pano (uma espécie de bagageiro), que fica acoplado à estrutura da bicicleta. E a necessidade de estar segura e fashion virou negócio. “Vários amigos viram o meu e compraram. Os pedidos foram tantos que larguei o meu emprego em uma agência de relações públicas para fazer os alforjes, que são personalizados. Criei minha própria marca, a Sim: bicicletas, bolsas e afins.” Um anjo de bicicleta A atriz Luanna Jimenez, de 31 anos, que pode ser vista como a cabeleireira Tifany na série Macho Man, da Globo, era ciclista quando morava em Barão Geraldo, distrito a 12 quilômetros de Campinas (SP), enquanto concluía o curso de Artes Cênicas. Foram quatro anos locomovendo-se apenas de bicicleta. Em 2004, de volta a São Paulo, levou um choque ao se deparar com o trânsito desordenado da cidade grande. A bicicleta foi para a casa dos pais dela, no
Cicle Chic: Priscila Moreno e Olívia Brenga não abrem mão do estilo (Foto: Filipe Araújo) mão do estilo (Foto: Filipe Araújo)
interior e, em seguida, vendida. A vontade de voltar a pedalar, no entanto, jamais passou. Um dia, a atriz pegou a bicicleta de um amigo e resolveu tentar. “Fui despreparada, tive uma péssima impressão. Desisti”, relata a atriz, que usa o carro, mas, às vezes, acaba recorrendo ao transporte público. A convite da reportagem, Luanna testou o serviço gratuito do Bike Anjo, que nasceu despretensiosamente entre amigos cicloativistas que recebiam pedidos de ajuda de iniciantes. Hoje, o serviço possui voluntários em 28 cidades do Brasil “Um voluntário acompanha o ciclista iniciante em suas
A “bike anjo” Evelyn Araripe e a atriz Luanna Gimenez (Foto: Nilton Fukuda/AE)
Luanna percebeu também que, no trânsito, há motoristas que respeitam e até olham admirados para o ciclista. Por outro lado, existem aqueles que não são tão pacientes assim. “Mas o saldo foi positivo. Vi uma pessoa grosseira e outras quatro muito gentis, que até pararam para a gente passar”, contabiliza, orgulhosa. “Mais do que descobrir que sou capaz, senti que existe uma brecha para o ciclista em São Paulo. Estou muito inspirada e com uma ótima impressão ”, conclui Luanna, que pretende comprar, em breve, uma bicicleta para colocar o antigo sonho em prática.
primeiras pedaladas, dá assistência quanto às melhores rotas e ensina medidas de segurança no trânsito”, explica a voluntária Evelyn Araripe, de 26 anos. “O serviço existe há mais de 3 anos, mas quando criamos o site para facilitar os pedidos, há 1 ano, o volume de solicitações ficou imenso. Até hoje, o Bike Anjo já ajudou mais de 350 paulistanos, de diferentes perfis, que têm vontade de aderir à bicicleta.” Um alento para quem quer começar a adotar um novo estilo de vida. A primeira pedalada…Luanna sugeriu uma rota que sempre sonhou em fazer de bicicleta: ir de sua casa, em Pinheiros, até o Parque do Ibirapuera, trajeto que até então ela fazia somente de carro. Na última quarta-feira, às 10h, a voluntária Evelyn Araripe, do Bike Anjo, começou a dar as primeiras coordenadas à atriz. A primeira delas: checar o estado da bicicleta, emprestada pelo grupo, e colocar o capacete. A rota foi dividida entre ruas mais calmas e avenidas movimentadas. Evelyn seguiu na frente, ‘escoltando’ Luanna, que também contou com um outro voluntário pouco mais atrás. Luanna deixou a má impressão para trás e garante que se realizou em sua primeira pedalada completa pela cidade. “Me senti segura, pois a Evelyn, que é muito experiente, foi me guiando e me dando as dicas durante todo o trajeto”, conta a atriz, que aprendeu, dentre outras regras do ciclista urbano, a de se comportar como um motorista, que precisa sinalizar a qualquer mudança de faixa ou mesmo se vai parar. “Aprendi algumas sinalizações e não necessariamente preciso fazer o mesmo trajeto que faço de carro. Posso pensar novos caminhos, mais tranquilos, de bicicleta.” Brasil / São Paulo / Junho de 2013
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entrevista
Carros Elétricos Rápido lá fora, devagar por aqui. André Trigueiro: Qual a política do governo para carros elétricos no Brasil? Nelson Barbosa: A nossa política é o estímulo à inovação tecnológica em todos os sentidos, incluindo também veículos elétricos. No ano passado, nós reformulamos o regime automotivo, chamado regime Inovar Auto. O foco inicial foi para carros convencionais, dar incentivo para produção desses carros com maior agregação de conteúdo local e geração de tecnologia. Esse regime pode e estará sendo adaptado para incluir também estímulo de produção e desenvolvimento de carros elétricos no Brasil ao longo desse ano.
André Trigueiro: Qual a importância disso para o país? Nelson Barbosa: Essa é uma tecnologia muito importante de vários pontos de vista. Além do ponto de vista ambiental, que por óbvio, ela reduz as emissões, ela também é importante pelo ponto de vista tecnológico em si, sempre com desenvolvimento de novos produtos, no10
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vos processos que levam a inovações, descoberta de novos produtos, inovações acessórias, tanto em transporte urbano quanto em outros materiais. No caso do Brasil, também tem um outro particular importante devido a realização de eventos esportivos e da intenção do governo de investir mais e mais em transporte urbano. Então, há a possibilidade de se utilizar mais e mais veículos de transporte urbano híbridos. São ônibus que rodam ou a diesel ou eletricidade, e esse diesel pode ser tanto convencional quanto diesel de etanol. Essa é uma linha que o Brasil pode e, com certeza, vamos trabalhar para que se invista mais nos próximos anos.
André Trigueiro: Há uma intenção do governo de criar um plano novo ainda esse ano? Nelson Barbosa: Já começamos. Na discussão do regime Inovar Auto do ano passado já nos foi apresentado por alguns montadores, a intenção de se pensar também no regime de incentivos para veículos híbridos e elétricos. Nós começamos essa discussão no ano passado e vamos retomar agora no primeiro trimestre para apresentar uma proposta para o governo e para o setor de incentivo a esse tipo de veículo.
André Trigueiro: O Senhor poderia explicar por que há tantos impostos incididos carros elétricos a bateria importados? Nelson Barbosa: No caso dos importados, o maior imposto é o de importação, imposto que incide com a mesma intensidade sendo o veículo elétrico ou não elétrico. É o imposto de 35% que faz parte da nossa política comercial de incentivar a produção no Brasil. Lembrando, o Brasil tem um dos maiores mercados automotivos do mundo. Então, é
parte da estratégia de governo trazer a produção para o Brasil. Não se trata de um beneficio ou incentivo contra ou a favor o carro elétrico. Qualquer veículo paga o imposto de 35%. O caso dos carros elétricos, o IPI ainda é de 25%, isso reflete uma realidade do passado, em que esses carros eram vistos como bens supérfluos. Na verdade, eram carros utilizados para veículos de brinquedos, com utilização muito especifica. Reflete uma realidade de que o carro elétrico não era uma alternativa de transporte urbano, como ele está se constituindo hoje. Essa discussão que estamos tendo agora para adaptar ao novo regime inclui sim adaptação dessa alíquota de 25% a nova realidade. Os veículos elétricos e híbridos são muito importantes para o Brasil. Primeiro pelo motivo ambiental, porque eles reduzem emissão. Segundo, pelo motivo tecnológico. Essa é uma oportunidade do Brasil avançar no desenvolvimento de novas tecnologias, de novos materiais, novos processos… Em terceiro lugar, a importância pelo investimento que vamos ter nos próximos anos. Lembrando que vamos ter grandes eventos esportivos e independente dos investimentos esportivos, faz parte das prioridades do governo investir em massa no transporte urbano e o transporte urbano cada vez mais tem que reduzir suas emissões e ser mais eficiente. E aí entra um caso muito importante que é o caso dos ônibus. O Brasil tem uma indústria de ônibus bem desenvolvida. O Brasil tem montadora de ônibus e podemos nos tornar um líder na produção de ônibus híbridos, ônibus que rodam tanto com eletricidade quanto com o motor de combustão. Então, essa é uma janela de oportunidade que nós não podemos perder e nós vamos aproveitar.
Viva a vida que quer levar.
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Em 1987 F40 da Ferrari quebrou a barreira de 200 mph, para sempre alterando o mundo supercarro. 12
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Alterações nas leis de trânsito 2013
O ano de 2013 terá alterações drásticas no que se refere as leis de trânsito, uma delas já está em vigor e a outra se iniciará logo mais. Você sabe quais são elas? O blog da RentCars conta para você quais são quais as implicações na vida diária dos motoristas. 1 – Lei Seca A Lei Seca foi criada em 2008 com o intuito de diminuir os acidentes de carro envolvendo motoristas embriagados. Na época de seu surgimento, para punir esta infração, era necessário comprovar a embriaguez do motorista exclusivamente através do bafômetro ou exame de sangue, nenhum dos dois obrigatórios. Assim a aplicação da punição se dava em casos escassos e as limitações da lei, pouco ajudaram a diminuir os casos de infração. A regra que aos poucos foi sendo alterada, assumiu um caráter bem mais rigoroso na última semana de 2012, confira as principais alterações: - Novas provas utilizadas para comprovar a embriaguez Atualmente mesmo que o acusado se negue a fazer o teste do bafômetro ou a passar por exames clínicos, ele pode ser acusado com base em fotos, vídeos, testemunho e até mesmo percepção de sinais de embriaguez. Caso ele não concorde com as acusações baseadas nestas novas provas, pode, por exemplo, submeter-se ao bafômetro com a intenção, neste caso, de gerar provas a favor de si. - Valor da Multa: R$ 1.915,00
Anteriormente o valor da multa era de R$957,70, outra novidade em relação a multa é que se a pessoa for pega dirigindo novamente em estado de embriaguez em período inferior a 360 dias, uma nova multa será aplicada, desta vez no valor de R$ 3.830,60. - Punições Além da multa, assim como no passado, o condutor pode ter a carteira de habilitação suspensa e ficar até 12 meses sem dirigir ou pode ser proibido de obter uma nova CNH. A pena de prisão, de 6 meses a 3 anos e a quantidade de pontos na certeira (7), também são os mesmos. O carro e a habilitação são recolhidos de imediato. - Quanto a apreensão do veículo O veículo continuará a ser retido e permanecerá no pátio do órgão responsável, sendo necessário pagar a “diária do veículo” para poder retirá-lo. - Quantidade de álcool por litro de sangue A quantidade de álcool cabível de punição também continua a mesma: concentração igual ou superior a 6 dg/L de álcool no sangue ou de 0,3 mg/L no ar alveolar (este valor é constatado pelo sopro do bafômetro). Dica: Para não ter que se preocupar com a Lei Seca, escolha o motorista da rodada! Algo muito simples para quem alugar um carro: na hora de contratar o aluguel, escolha a opção de condutor adicional, assim vocês podem revezar a direção nas saídas! 2 – Multas podem virar advertência Caberá ao emissor da multa considerar se ela pode ser apenas uma advertência. Foto: eddie.welker/BA/Flickr
Multas leves e médias, ou seja aquelas cujo valor médio é de respectivamente R$ 53,20 e R$ 85,13 reais, poderão ser substituídas por advertências escritas, nos casos em que: - o condutor não estiver cometendo a mesma infração num período menor ou igual a 12 meses; - o agente de trânsito decida aplicá-la como medida educativa; Aqueles que forem multados por infrações leves ou médias também poderão realizar o pedido de advertência no prazo concebido para recorrer de uma multa. A aceitação ou não deste pedido, será baseada nos critérios descritos acima. Se a multa for de fato aplicada, a perda de pontos mantem-se, 3 pontos para infração leve e 4 para as infrações medianas.
Caberá ao emissor da multa considerar se ela pode ser apenas uma advertência. Brasil / São Paulo / Junho de 2013
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O futuro na segunda geração de etanol Investimentos para desenvolver tecnologia ultrapassam R$ 2 bilhões. Etanol pode ser fabricado pela celulose de qualquer parte da planta. CANAVIAL
MOAGEM DA CANA
PRÉ-TRATAMENTO DO BAGAÇO
Saída do bagaço Entrada da cana
O bagaço é composto de celulose, lignina e hemicelulose. onde existem mais açúcares para produzir etanol
Etanol de segunda geração se prepara para entrar no mercado
Em uma disputada corrida tecnológica, o Brasil aparece no seleto grupo de países com chances de descobrir o jeito certo de fabricar, a um custo competitivo, o etanol de segunda geração, também chamado de etanol celulósico. “O Brasil, em termos de pesquisa, está no mesmo nível que outro país europeu ou americano, ou o Japão. Em muitos casos, a gente, inclusive, está à frente, porque nós temos a melhor planta, que é a cana”, afirma Marcos Buckeridge, pesquisador do Instituto de Biociências da USP. 14
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Enzimas específicas quebram as moléculas da celulose e da hermicelulose que possuem tipos de açúcares diferentes. A lignina é descartada porque não contém açúcares
Hoje, as usinas de cana produzem etanol a partir da fermentação da sacarose, presente no caldo da cana. É esse açúcar da cana que vira álcool combustível. A diferença para a segunda geração de etanol é que este pode ser fabricado a partir da celulose presente em qualquer parte da planta, como a folha, a palha ou até mesmo o bagaço, ou na matéria orgânica de qualquer outro vegetal. Os investimentos públicos e privados para o desenvolvimento dessa nova tecnologia ultrapassam os R$ 2 bilhões. O grande desafio hoje é produzir um etanol de segunda geração, que seja viável economicamente. “A gente melhora a nossa indústria, e a gente ganha muito do ponto de vista ambiental, na diminuição da produção de gás carbônico na atmosfera”, afirma Buckeridge.
HIDRÓLISE A ação de enzimas no bagaço resulta em um líquido que é levado para a fermentação
Enzimas transformam açúcares da celulose e da hemicelulose e a fermentação ocorre em tanques diferentes
O maior centro de pesquisa de cana de açúcar do mundo também corre contra o tempo para descobrir o etanol de segunda geração. É o CTC, Centro de Tecnologia Canavieira, que fica em Piracicaba, no interior de São Paulo. A expectativa é, já para o ano que vem, aumentar em 30% a produção de etanol sem ampliar a área de plantio. “O etanol de segunda geração que a gente está desenvolvendo deverá ter um custo abaixo do custo atual da primeira geração, e isso vai tornar o álcool mais competitivo ainda em relação à gasolina”, afirma Oswaldo Godoy, gerente de projetos do CTC. Quem também está na corrida para lançar comercialmente o etanol de segunda geração é a Granbio, uma empresa privada de biotecnologia que está investindo R$ 350 milhões em uma unidade industrial em São
FERMENTAÇÃO DO CALDO
TANQUE DE ETANOL DESTILAÇÃO DE ETANOL
Miguel dos Campos, a 60 quilômetros de Maceió. O projeto prevê o desenvolvimento de uma “super-cana”, com quatro vezes mais celulose que a convencional, que já estaria no mercado a partir do ano que vem. O setor público também não ficou de fora. O laboratório a céu aberto da Embrapa Agroenergia nos arredores de Brasília, na cidade de Planaltina, fica em uma área equivalente a 20 campos de futebol, reservada para as plantas energéticas, aquelas com maiores chances de virar etanol de segunda geração. A espécie mais pesquisada é a cana de açúcar. A colheita de cana de açúcar gera muitos resíduos. Um dos principais é esse a palha, que não costuma ter utilidade ou serventia nas usinas. Outro resíduo é o bagaço, a cana triturada, que gera etanol ou açúcar.
“A biomassa do bagaço e da palha já estão praticamente disponíveis na usina, então fica mais fácil o transporte e utilizar um resíduo ou um subproduto que já está lá”, diz Marcelo Aires, chefe de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa. A cana de açúcar é apenas uma das opções energéticas. Uma das linhas de pesquisa mais avançadas da Embrapa no desenvolvimento do etanol de segunda geração é a que transforma capim em energia. Onde parece que há uma pastagem comum, os pesquisadores percebem um combustível de excelente qualidade. Chama-se braquiária. É a espécie de pasto mais comum do Brasil. Outra espécie vegetal que poderá ser usada como combustível é o capim elefante, que costuma ser a principal refeição das vacas
leiteiras no país. No laboratório da Embrapa, o desafio dos cientistas é descobrir a forma mais rápida e eficiente e de baixo custo para transformar a celulose da cana e de outros vegetais em etanol de segunda geração. “Falta entender cada uma das etapas do processo melhor. Achar a melhor biomassa, os melhores microorganismos que vão fazer o trabalho, e as melhores enzimas que vão quebrar a biomassa em açúcar, para depois ser produzido o etanol”, diz Cristina Machado, pesquisadora da Embrapa Agro Energia. No passado, houve quem duvidasse da capacidade do Brasil desenvolver o etanol da cana. Hoje, estamos próximos de dar um novo salto. A energia do futuro é cada vez mais verde. Brasil / São Paulo / Junho de 2013
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