Tfg jacquelinebachim final r06

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PLANO CICLOVIÁRIO PARA A CIDADE DE SERTÃOZINHO-SP

2013

JACQUELINE BACHIM


PLANO CICLOVIÁRIO

PARA A CIDADE DE SERTÃOZINHO-SP JACQUELINE BACHIM Projeto de pesquisa apresentado ao Centro Universitário Moura Lacerda para cumprimento das exigências parciais para obtenção do título de graduação em Arquitetura e Urbanismo. Orientador : Gabriel Vendruscolo de Freitas

RIBEIRÃO PRETO 2013


PARA A CIDADE DE SERTÃOZINHO-SP

Dedico esse trabalho primeiramente a toda minha família que me deu todo suporte necessário para a realização desse sonho, em especial a minha mãe Bete, ao meu pai José, ao meu irmão Stephano, a minha avó Dirce , a minha tia Sônia e ao meu tio Marcelo. Dedico também as minhas amigas e amigos que encontrei durante a graduação, fazendo dessa jornada uma experiência inesquecível.


Agradecimentos

Agradeço a Deus pela oportunidade de formação. Agradeço a minha mãe que esteve ao meu lado me auxiliando e apoiando, desde a escolha do curso e até a escolha do tema do meu TFG. Agradeço ao meu pai que sempre acreditou na minha competência e fez até mesmo o impossível para que esse sonho se concretizasse. Agradeço ao meu irmão, meu exemplo profissional e pessoal, que me ensinou honestidade, responsabilidade, dedicação e excelência ao exercer a profissão escolhida. Agradeço a minha avó que me acolheu como filha, me dando lar, amor e carinho. Agradeço a minha tia Sônia que não mediu esforços para me ajudar a conquistar esse título. Agradeço aos professores, verdadeiros mestres, empenhados a ensinar tudo que preciso para ser uma profissional competente e ética. Agradeço também aos profissionais que me acolheram dentro de seus escritórios e fizeram parte do meu dia-a-dia, em especial aos arquitetos e urbanistas Ana Rita Souza e Silva, Rafael Marcílio e aos engenheiros civis Marcelo Pereira da Silva e Ricardo Pagnano. Minha eterna gratidão à todos !


Resumo PARA A CIDADE DE SERTÃOZINHO-SP O presente trabalho tem por objetivo estudar a viabilidade de implantação de plano cicloviário na cidade de Sertãozinho/SP, considerando: as condições do sistema viário já existente e as necessidades dos usuários de bicicletas. Dessa forma, procurou-se entender as características locais que contribuem ou não para uso diário de bicicletas, sabendo que esse é um meio de transporte que agrega valor a qualidade de vida de seus usuários, além de favorecer a preservação do meio ambiente. O comprometimento dos órgãos públicos em promover soluções efetivas para agilizar o transporte urbano ainda se mostra acanhada, e a sociedade demonstra cada vez mais insatisfação com o quesito mobilidade. É condição primordial para que sujeitos exerçam a cidadania poder usufruir do direito de ir e vir com liberdade e segurança, contudo se percebe que há muito a ser feito quando o assunto é mobilidade urbana e novas alternativas de transporte. A arquitetura é uma ciência que se esmera em projetar espaços eficientes para que as relações humanas aconteçam de maneira equilibrada e harmônica com o meio ambiente e o progresso socioeconômico. O estudo teve como base uma revisão bibliográfica de especialistas no assunto, que estudam características e especificidades para a implantação de um sistema cicloviário promotor de mudanças sociais relevantes para as futuras gerações. O método de pesquisa escolhido foi a abordagem qualitativa, coletando através de questionário semi-estruturado, aplicado em grupo heterogêneo de indivíduos. Esse é um tema complexo, mas necessita de prioridade e ousadia dos governantes para desenvolvimento social e equilibrado. Palavras-chave: mobilidade urbana; bicicleta; ciclovias; ciclofaixa; meio ambiente.


Abstrat PARA A CIDADE DE SERTテグZINHO-SP The present work aims to study the feasibility of implementing bicycle plan in the city of Sertテ」ozinho /SP, considering : the conditions of the existing road system and the needs of bicycle users . Thus , we sought to understand the local characteristics that contribute or not for everyday use of bicycles, knowing that this is a means of transport that adds value to the quality of life of its users , in addition to promoting the preservation of the environment . The commitment of public agencies in promoting effective solutions to streamline urban transport still shows timid , and society shows increasing dissatisfaction with the Question mobility. It is a precondition for exercising citizenship subject of exercising the right to come and go freely and safely , however you realize that there is much to be done when it comes to urban mobility and new transportation alternatives . The architecture is a science that strives to design efficient spaces for human relationships happen in a balanced and harmonious with the environment and socioeconomic progress . The study was based on a literature review of subject matter experts who study characteristics and specifications for the deployment of a system cicloviテ。rio promoter societal changes for future generations . The research method chosen was a qualitative approach , collecting through semi-structured questionnaire , applied to a heterogeneous group of individuals . This is a complex issue , but it needs priority and daring rulers for social development and balanced . Keywords: urban mobility; bike; bike lanes; bike lane; environment.


Lista de Figuras Figura 1 - Imagem da Avenida 23 de Maio, São Paulo..............14 Figura 2 - Imagem comparativa entre o espaço necessário para estacionar um carro versus 42 bicicletas dobráveis .........14 Figura 3 - Mapa com as dimensões de rotas ciclísticas das principais cidades brasileiras..........................................................23 Figura 4 – Estatística de viagens por ano em municípios brasileiros com mais de 60 mil habitantes....................................23 Figura 5 – Imagem do modelo de bicicleta implantado pela Bicicletaria.Net para aluguel em Curitiba/PR..............................26 Figura 6 – Mapa dos pontos de bicicletários que alugam bicicletas em Curitiba/PR................................................................26 Figura 7 – Imagem do modelo de bicicleta do programa Velib de Paris, França................................................................................27 Figura 8 – Deseho técnico de ciclovia..........................................28 Figura 9 – Imagem da ciclovia Avenida Arthur Fonseca, Sorocaba/SP.....................................................................................29 Figura 10 – Desenho técnico de ciclofaixa inserida na via........30 Figura 11 – Desenho técnico de ciclofaixa inserida na calçada.............................................................................................30 Figura 12 – Imagem de ciclofaixa na Avenida Paulista, São Paulo/SP.............................................................................................31 Figura 13 – Imagem de faixa compartilhada em São Paulo.....32 Figura 14 – Modelo de paraciclo implantada em Curitiba/PR.........................................................................................36 Figura 15 – Desenho de divulgação do paraciclo implantado em Curitiba/PR..................................................................................36 Figura 16 – Desenho técnico do modelo de paraciclo fixo projetado por Ana Cristina Gomes................................................37


Figura 17 – Folder com paraciclos comercializados pela empresa Dero...................................................................................38 Figura 18 - Modelo de bicicletário ...............................................39 Figura 19 – Bicicletário na estação de metrô em São Carlos..................................................................................................40 Figura 20 – Mapa do limite territorial de Sertãozinho/SP............42 Figura 21 – Gráfico referente ao crescimento populacional de Sertãozinho/SP..................................................................................43 Figura 22 – Imagem da pirâmide populacional de Sertãozinho/SP..................................................................................43 Figura 23 – Plantas e cortes altimétricos de Sertãozinho/SP......45 Figura 24 – Mapa da Avenida Antonio Paschoal, Sertãozinho/SP..................................................................................46 Figura 25 – Tabela da frota de Sertãozinho/SP............................48 Figura 26 – Imagem do padrão de ciclovia de Sorocaba/SP..56 Figura 27 – Plano cicloviário de Sorocaba/SP..............................56 Figura 28 – Imagem de uma estação do Bike Sampa na Avenida Engenheiro Luís Berrini, São Paulo/SP.............................59 Figura 29 – Mapa com estações da zona oeste da cidade de São Paulo/SP.....................................................................................59 Figura 30 – Imagem da ciclofaixa do município de São Carlos/SP............................................................................................61 Figura 31 –Imagem da ciclofaixa implantada nas ruas de Paris, França................................................................................................63 Figura 32 – Imagem da faixa compartilhada implantada nas ruas de Paris,França.........................................................................63 Figura 33 – Imagem da estação Velib implantada em Paris, França................................................................................................64


Sumário 1.

INTRODUÇÃO......................................................................10 1.1. Problemática..............................................................15 1.2. Objetivos.....................................................................15 1.3. Justificativa.................................................................16 1.4. Procedimentos metodológicos...............................17

2.

ROTAS CICLÍSTICAS.............................................................21 2.1. Bicicletas.....................................................................24 2.2. Ciclovia.......................................................................28 2.3. Ciclofaixa....................................................................29 2.4. Faixa compartilhada.................................................32 2.5. Intersecções entre bicicleta, automóvel, pedestres.............................................................................33 2.6. Estacionamento para bicicletas.............................35 2.6.1. Paraciclos...................................................35 2.6.2. Bicicletários................................................39

3.

SERTÃOZINHO......................................................................42

4.

LEGISLAÇÃO.......................................................................50

5.

CIDADES COM ROTAS CICLÍSTICAS................................55 5.1. Sorocaba-SP................................................................55 5.2. Bike Sampa..................................................................58 5.3. São Carlos-SP...............................................................60 5.4. Paris-França.................................................................62

6.

ANÁLISE DOS QUESTINÁRIOS.............................................66

7.

PROPOSTA DE PLANO CICLIVIÁRIO PARA SERTÃOZINHO......................................................................70

8.

CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................80

REFENRÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................83 ANEXO A – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO.....................................................................86 ANEXO B – QUESTIONÁRIO APLICADO AOS PARTICIPANTES....................................................................87 ANEXO C – TABULAÇÃO DE DADOS.................................................................................88


1. Introdução X


O transporte alternativo é tema atual de debates, projetos e planos que tentam solucionar os diversos problemas que o sistema viário enfrenta. As vias já mostram sinais de mudança, algumas contam com faixas delimitadoras que oferecem apoio e segurança aos que optam em utilizar a bicicleta como meio de transporte. A mídia mostra matérias jornalísticas no qual executivos, advogados e outros profissionais já adotaram, com total aprovação, o uso das ‘bikes’ para se locomover para

o trabalho. Segundo

Pedrini, jornalista da Folha de São Paulo uma das atividades previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da cidade de Ribeirão Preto, próxima a Sertãozinho, é a construção de 30 km de ciclovias. Hoje a cidade conta com menos de 8 km de ciclo faixas utilizadas parcialmente aos domingos. A bicicleta para a classe mais abastada já foi objeto de lazer, usada em locais apropriados, como

parques

trabalhadores

aos

finais

desprovidos

de

semana,

para

de

recursos

mais

sofisticados, como veículos motorizados, era e ainda é utilizada como primeira opção de meio de locomoção.

As

‘bikes’

de

hoje

contam

com

características variadas, preparadas para atender o exigência dos usuários que valorizam cada vez mais esse equipamento. A cultura popular ainda persiste em classificar como desconfortável

o uso da

bicicleta para locomoção diária, o carro ainda tem poder de classificar o status social,

10


com isso o

número de adeptos a esse transporte

cresce lentamente, mas o alto custo em manter um veículo motorizado, as dificuldades enfrentadas no tráfego e a preocupação com meio ambiente tem levado muitos a repensar o modo escolhido de ir e vir. Vale acrescentar a importante questão relacionada com a saúde, o sedentarismo é uma das causas de doenças do mundo moderno, Litman (2000) cita que pedalar trinta minutos por dia contribui na redução de doenças do coração, obesidade, hipertensão, diabetes, ansiedade e sintomas de depressão. Assim se confirma que os benefícios do transporte

por

bicicleta

são

pessoais,

sociais,

econômicos, políticos e ambientais. Percebe-se a sociedade

queixosa,

todavia

mudanças de hábitos, atuação

dos

passiva

frente

a

muito se reclama da

políticos

responsáveis

pelo

planejamento urbano, mas pouco se faz com o que realmente está ao alcance das possibilidades reais do cidadão. O veículo motorizado, mesmo sendo mais oneroso economicamente falando, ainda é “sonho

de

consumo”

de

grande

parte

da

sociedade que faz uso de transporte coletivo ou bicicletas. Esse estudo pode parecer um tanto utópico visto a complexidade que envolve sua implantação, desta forma considera-se necessário traçar um plano com etapas de pequeno, médio e longo prazo. Serão necessárias mudanças radicais para o bem das futuras gerações. 11


Nesse mar de ofertas de lazer, estudo, trabalho e cultura, o homem moderno torna-se mais exigente, uma vez que troca informações com outras realidades na velocidade do pensamento, e busca fazer valer seus direitos na busca contínua por melhores condições de vida. As relações socioeconômicas são fontes geradoras de necessidades, principalmente no que se

refere

a

locomoção

dos

bens

materiais

produzidos e dos cidadãos. Visto por esse ângulo o transporte é um instrumento de maior importância no âmbito da mobilidade urbana, já que é condicionador das interações entre os membros da sociedade e um dos vetores mais intensos da vida urbana.

Não é a casa ou o prédio de apartamentos que realiza a função de morar; a via e o veiculo não realizam a função de circular; da mesma forma, não é a fábrica e o prédio de escritórios que realizam o trabalho. Todas essas funções são realizadas pelos habitantes urbanos. Casas, prédios de apartamentos constituem apenas os instrumentos

materiais

que

permitem

ao

cidadão realizar sua vida em companhia de seus colaboradores (FERRAZ, 1997, p.229).

O impulsionado

crescimento pelo

urbano

capitalismo

e

desenfreado crescimento

industrial fez com que as cidades privilegiassem o transporte motorizado. Para atender essa demanda o sistema viário

atual é predominado por uma

malha viária que atende principalmente veículos motorizados, e muitas vezes de forma insuficiente e ineficaz. 12


O planejamento urbano e o transporte devem realizar-se em estreita colaboração, de forma a resultar

um

conjunto

harmônico.

Isto

extremamente importante, porque, junto a

moradia

e

o

trabalho,

o

é

com

transporte,

necessariamente, faz parte da vida urbana (FERRAZ, 1997, p. 236).

Dados

alarmantes

frequentemente

pela

problemas

o

que

mídia

são em

cidadão

divulgados relação

enfrenta

para

aos se

transportar na sua rotina, mesmo que seja um percurso curto. O sistema viário atual, na maioria das cidades, não atende as necessidades dos usuários do transporte público e individual, que sofrem com lentidão, alto custo e baixa nível de qualidade. Outra questão preocupante refere-se ao meio ambiente, que já mostra diversos sinais de fragilidade. Pesquisas

revelam

que

os

veículos

motorizados causam poluição no ar e poluição sonora, afetando de modo danoso a saúde e bem estar dos cidadãos. A proporção entre o número de veículos motorizados

e

as

vias

de

circulação

existente mostra se incoerente, pois as mesmas não são

reorganizadas

para

atender

a

demanda

crescente da frota veicular. A conscientização por escolhas que revertam o triste quadro atual do meio ambiente, como também as dificuldades do transporte urbano precisa

acontecer

de

maneira

ostensiva,

por

programas públicos, e também pelo setor privado, através de projetos educativos, planos urbanos e legislação eficiente.

13


A cada dia que passa as cidades ficam mais populosas, gerando conflitos, de falta de espaço dentro do meio urbano. É preciso reverter o quadro de congestionamentos e lentidão nos meios de transportes. O número de pessoas aumenta, porém o espaço que a cidade dedica à atender a mobilidade urbana não, por isso é imprescindível o planejamento

das

vias,

de

acordo

com

necessidades locais de cada município. Fig. 1 - Imagem da Avenida 23 de Maio, São Paulo

Fonte: http://fotos.estadao.com.br/sp-inundada-apos-atregua-da-chuva-sao-paulo-acorda-com-um-transitocaotico-na-av-23-de-maio,galeria,3786,127426,,,,0.htm Fig. 2 - Imagem comparativa entre o espaço necessário para estacionar um carro versus 42 bicicletas dobráveis.

Fonte: http://pedalandoeolhando.blogspot.com.br/2010_08_01 _archive.html , 2010

14


1.1 PROBLEMÁTICA

O transporte urbano existente apresenta diversas falhas para o uso do cidadão, pode-se citar:

alto

custo,

inacessibilidade

desperdício

para

congestionamentos,

parte

falta

de

da

do

tempo,

população,

espaço

para

a

demanda de veículos licenciados, baixa qualidade do transporte público e não preserva o meio ambiente. Diante dessa realidade questiona-se a viabilidade técnica para implantação de rotas ciclísticas para mitigar algumas das dificuldades apresentadas acima, propondo assim um meio alternativo de mobilidade urbana sustentável.

1.2. OBJETIVOS

O propósito maior desse projeto é desenvolver um plano cicloviário para o município de Sertãozinho, após estudar as vantagens e/ou desvantagens que as rotas ciclísticas podem trazer para a cidade. Considerando a complexidade do plano cicloviário, a pesquisa também tem como objetivos específicos estudar a viabilidade técnica, a legislação brasileira vigente que regem o sistema viário, plano diretor do município, códigos de trânsito, normas técnicas e características climáticas, topográficas e populacionais da referida cidade. Também faz parte desse estudo coleta de dados através de questionário aplicado a parte diversificada de usuários de transporte urbano na cidade de Sertãozinho.

15


1.3. JUSTIFICATIVA A

arquitetura

e

urbanismo

é

uma

ciência que se empenha em projetar melhores espaços para as relações humanas, que acontecem nos mais variados edificações de uma mesma cidade e também de outras, próximas ou até mesmo distantes. Para uma mobilidade urbana eficiente e sustentável se faz necessário um planejamento coerente às necessidades da população ao se transportar. Para que o cidadão alcance destinos desejados é primordial que ele usufrua vias públicas adequadas, seguras, sinalizadas e acessível. É

notória

a

preocupação

com

a

questão da mobilidade urbana, através da criação de políticas ambientais e urbanas, considerando a complexidade do desenvolvimento das cidades. Mesmo cidades de menor densidade demográfica já sentem dificuldades para locomoção, seja pela distância, pelo tempo utilizado, pelo custo do transporte e principalmente pelo incômodo causado pelos congestionamentos. O número de veículos motorizados comercializados cresce, a qualidade do ar fica cada vez mais comprometida, trazendo a população e aos governantes um desafio para romper com o ciclo “transporte motorizado – trânsito – excesso de tempo nas locomoções – alto custo – baixa qualidade”. Após

estudo

de

experiências

bem

sucedidas de outras cidades, percebe-se inúmeras vantagens que esse meio de transporte traz e também características topográficas, climáticas e viárias

existentes

em

Sertãozinho,

justifica-se

implantação de um plano cicloviário na cidade.

a 16


1.4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Segundo o Grande Dicionário Larousse Cultural da Língua Portuguesa (1999, p.616), o termo metodologia traduz o significado, “Parte de uma ciência que estuda os métodos aos quais ela se liga ou dos quais utiliza”.

Acrescenta-se que também

pode significar uma repetição de conceitos e procedimentos, que já foram experimentados e aprovados em outras circunstâncias. A metodologia escolhida para realizar esse estudo teve como base revisão bibliográfica de estudos de arquitetos, engenheiros e especialistas em

mobilidade

ambiente.

Os

urbana, programas,

transportes projetos

e de

meio leis

e

campanhas publicitárias também serviram de fonte para pesquisa e análise. O interesse pela abordagem qualitativa surge diante da oportunidade de sair da mesa de estudo e coletar dados, com os envolvidos no tema, ou seja, usuários de transporte da cidade de Sertãozinho, buscando assim material original a respeito da opinião pública sobre uso de bicicletas. Uwe Flick (2009, p. 37), afirma,

“A pesquisa qualitativa dirige-se à análise de dados concretos em suas peculiaridades locais e temporais, partindo das expressões e atividades das pessoas em seus contextos locais”.

Abordagem

qualitativa

de

pesquisa

permite uma visão aprofundada do tema levantado no estudo, possibilitando assim, uma ampliação do conhecimento quanto as reais necessidades dos usuários de transporte urbano. 17


A diversificação enriquece o estudo, além de pontuar opiniões comuns e/ou diferentes. Sobre

os

aspectos

essenciais

da

pesquisa qualitativa, Flick (2009, p. 23) pontua : [...]

consistem

métodos

e

na

escolha

teorias

adequada

convenientes;

de no

reconhecimento e na analise de diferentes perspectivas; nas reflexões dos pesquisadores a respeito de suas pesquisas como parte do processo de produção de conhecimento; e na variedade de abordagens e métodos.

Como

instrumento

um

questionário

elaborado composto

por

10

perguntas,

de

coleta

foi

semi-estruturado, as

quais

foram

elaboradas para que favorecessem a compreensão frente às circunstâncias que envolvem a situação do indivíduo e a sua escolha pelo transporte utilizado. Os questionários tiveram sua aplicação de natureza impessoal, garantindo a legitimidade das respostas. Seguindo os conceitos de Cervo e Bervian (1996), o questionário não se limita a conjunto de respostas de questões, mas uma das maneiras mais utilizadas na coleta de dados por possibilitar no conjunto das questões, respostas efetuadas pelo informante, ou seja, acesso direto ao pensamento

dos

que

vivenciam

as

questões

estudadas. Colaboraram nessa pesquisa um total de 13 pessoas, levando em consideração no grupo entrevistado, itens como; pertencer às várias classes sociais (A, B, C, D), a diversidade das atuações profissionais, considerando

a

distinção

entre

suas

idades, 18


a importância de participar de gerações diferentes. Com

isso,

buscou-se

participantes

com

obter

um

características

conjunto

de

heterogêneas,

mas sujeito as mesmas imposições e estímulos na rotina diária oferecida pelo tráfego na cidade de Sertãozinho, além das

influências do contexto

cultural local.

Os códigos de ética exigem que a pesquisa deva

estar

informado,

baseada

ou

participantes

seja, do

no

estudo

no

consentimento

fato

de

que

concordam

os em

participar com base na informação fornecida pelos pesquisadores (FLICK, 2009, p.51).

Todos

os

participantes

foram

esclarecidos sobre a liberdade de participar ou não, além

de

contar

com

anonimato

de

suas

declarações. Todos que optaram em participar leram e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (ANEXO A), a fim de que pudessem entender os objetivos da pesquisa e responder ao questionário (ANEXO B) primando pela seriedade de um trabalho de pesquisa. A aplicação dos questionários ocorreu no ambiente do participante juntamente com a pesquisadora.

Todos

os

participantes

foram

esclarecidos quanto à relevância na qualidade das informações prestadas, visto que o material será usado para estudos acadêmicos visando à melhoria na qualidade de vida da população. Como reforça Severino (2002, p.13), no trecho a seguir:

19


2. Rotas CiclĂ­sticas X


No dicionário Larousse Cultural da Língua Portuguesa (1999, p.227), o termo ciclovia tem o significado: “via especial, dimensionada para tráfego de biciclos leves, principalmente bicicletas”. Uma condição para implantar rotas ciclísticas é sua adequação ao sistema viário já existente, pois trata-se de uma via que busca atender às necessidades do mundo moderno, para tanto é preciso estudar o meio e a comunidade envolvida, pois só assim as rotas ciclísticas se tornarão eficazes por complementar o sistema de transporte

urbano.

desenho das

vias

Segundo

Gondim

(2010)

o

contribui

para estimular ou

desestimular o uso do automóvel, em consequência o mesmo se dá para o uso da bicicleta.

Os caminhos exclusivos para bicicletas devem obedecer

a

uma

hierarquia,

com

rotas

principais, secundárias e locais. No projeto da rede, os cuidados devem ser estendidos à geometria e à sinalização que colaboram para determinar o nível de segurança e conforto oferecido

para

os

ciclistas,

atraindo

ou

desestimulando novos usuários de bicicletas e o uso cotidiano desta modalidade de transporte (GONDIM, 2010, p.55).

Existem diferenças entre ciclovias e ciclofaixas conforme evidenciado nas figuras 8 e 10.

21


As características que as difere são: a primeira é segregada das pistas de rolamento por obstáculos físicos e é utilizada como sistema viário da cidade, enquanto a ciclofaixa é delimitada por sinalização horizontal (pintura ou diferenciação de piso),

funcionando

apenas

em

determinados

horários e dias específicos e usada principalmente para lazer. As vias ciclísticas seguem a seguinte hierarquia: rotas principais, secundárias e locais. Deve -se

considerar principalmente o

tipo de via, o uso do solo e as características do tráfego para escolher qual infra estrutura atende melhor à necessidade local: ciclovia, ciclofaixa ou faixa compartilhada. O Brasil ainda engatinha quando o assunto é quilometragem da malha cicloviária, apesar de que pesquisas anunciam que mais de 40% das viagens feitas em municípios brasileiros são realizadas a pé ou por bicicleta.

Segundo Bastos

(s/d) enquanto a Dinamarca, pais de território menor que o brasileiro, possui aproximadamente 10.000 km de ciclovias, o Brasil apenas concretizou 600 km de vias para os ciclistas, conforme ilustra figura seguinte.

22


Fig. 3 – Mapa com as dimensões de rotas ciclísticas das principais cidades brasileiras

Fonte: http://www.rpu.org.br/Diretrizes%20para%20a%20constru%C 3%A7%C3%A3o%20de%20ciclovias%20%20Cristiane%20Bastos.pdf

Fig. 4 – Estatística de viagens por ano em municípios brasileiros com mais de 60 mil habitantes *TC = Transporte público

Fonte: http://www.mobilize.org.br/estatisticas/5/viagens-porano-por-modo-principal-bilhoes-de-viagens.html

23


A bicicleta é tida como instrumento de transporte já há muito tempo. A primeira rota ciclística foi implantada em Paris no ano de 1862, através de caminhos especiais nos parques para não se misturarem com as charretes e carroças, pois eram comuns alguns acidentes. Os primeiros indícios de projetos de uma bicicleta foram feitos por volta de 1490 por Leonardo da Vinci. Já na China a invenção desse modal é atribuída a anos

Lu Ban inventou, a pelo menos 2500

atrás.

Hoje

com

diversas

tecnologias

e

descobertas a favor do homem, as bicicletas possuem vários modelos, tamanhos, materiais, pesos e outros características que facilitam seu manuseio.

2.1. BICICLETA

A bicicleta é o meio de mobilidade mais econômico em vista do investimento inicial e custo de manutenção, perdendo apenas para o modo à pé. Além disso é um instrumento que não utiliza combustível fóssil, não polui e não interfere nas condições do meio ambiente e também usa o menor espaço público em comparação aos outros veículos. Segundo dados da Coleção Bicicleta Brasil - Programa Brasileiro de Mobilidade por Bicicleta, esta apresenta quatro imagens distintas, sendo a primeira delas: objeto de lazer que atende a praticamente todas as classes sociais;

24


depois como brinquedo para crianças entre 6 a 12 anos; na sequência como equipamento esportivo principalmente da classe média; e finalizando a bicicleta usada como veículo preferencial da classe operária.

Apesar da importância da locomoção a pé ou de bicicleta, são meios de transporte ainda pouco considerados em muitas cidades. Por este motivo, os pedestres se deparam com calçadas estreitas, com muitos obstáculos e sem conservação. Quanto aos ciclistas, não têm local

próprio para circular, precisando

disputar com os veículos um espaço na via, em meio ao barulho, à

tensão e

à

fumaça

(GONDIM, 2010, p.16).

Segundo Miranda (2001a) a frota de veículos

motorizados

aproximadamente

30

no

Brasil

milhões

de

é

de

automóveis,

enquanto a frota de bicicletas é de 45 milhões. Apesar de muitas vantagens, a bicicleta ainda é vista como

instrumento de lazer e

recreação. Segundo Pezzuto (2002) existem alguns fatores que influenciam na decisão de escolha do meio de transporte a ser utilizado nas viagens diárias, entre eles: distância do percurso, clima, topografia, segurança, custo, tempo de viagem, condições físicas do usuário. Em Curitiba a empresa Bicicletaria.Net ganhou a licitação para implantar um programa que disponibiliza bicicletas a população através de estações distribuídas pela cidade.

25


O modelo da “bike” tem quadro de alumínio rebaixado, assento regulável e 3 marchas e contam com rastreador via satélite. Estão em funcionamento apenas em 2 pontos de bicicletários, mas existe no plano a criação de novas estações. Fig. 5 – Imagem do modelo de bicicleta implantado pela Bicicletaria.Net para aluguel em Curitiba/PR

Fonte: http://bicicletaria.net/

Fig. 6– Mapa dos pontos de bicicletários que alugam bicicletas em Curitiba/PR

Fonte: http://bicicletaria.net/

26


A prefeitura de Paris, cidade francesa, disponibiliza a população e aos turistas bicicletas do programa Velib, que foi implantado pelo prefeito Bertrand Belanoe. O equipamento contém assento que permite regulagem de acordo com a altura do usuário e 3 marchas. Estão disponíveis a população do

município

23

mil

exemplares

em

diversas

estações. Com o sucesso e melhorias que o programa conquistou, Velib serviu de modelo para mais 34 cidades francesas. Fig. 7– Imagem do modelo de bicicleta do programa Velib de Paris – França

Fonte: http://estiloparisien.wordpress.com/category/estilode-vivre/entender-parisien/

27


2.2. CICLOVIA

Por ser uma via totalmente segregada da circulação de veículos automotores, as ciclovias oferecem maior segurança durante o trajeto por contar com calçada separadora ou elementos de concreto que bloqueiam a invasão de veículos, mas tem

a

desvantagem

de

ter

maior

custo

de

implantação e manutenção. Outro item importante é a necessidade de utilizar aproximadamente 2,10m de

largura

da

via,

o

que

torna

difícil

sua

implantação em vias já existentes. Fig. 8– Desenho técnico de ciclovia

Fonte: Gondim, M. F. Caderno de Desenhos: Ciclovia, 2010

A calçada separadora entre a ciclovia e

a

via

de

automóveis

deve

respeitar

o

espaçamento mínimo de 0,60 metros.

Ciclovias podem designar toda a infra-estrutura projetada para a circulação de bicicletas. Também são designados como ciclovias os espaços para circulação exclusiva de bicicletas, segregados

de

automóveis

e

pedestres,

mediante a utilização de obstáculos físicos como

calçadas,

muretas

ou

meios-fios

(GONDIM, 2010, p. 55).

28


Fig. 9– Imagem da Ciclovia - Avenida Arthur Fonseca, Sorocaba/SP

Fonte: http://www.sorocaba.sp.gov.br/pagina/326/

2.3. CICLOFAIXA

A ciclofaixa é uma via de tráfego para bicicletas delimitada por sinalização horizontais, ou seja, pintura, cones, sinalizadores, diferenciação de piso entre outros materiais. Esse tipo de rota ciclística pode ser inserida na via existente ou na calçada. A

largura

recomendada

para

a

ciclofaixa inserida em vias deve alcançar 1,50 a 2,10 metros, dependendo do nível de tráfego previsto para essa via. Para atender as normas técnicas, as ciclo faixas situadas na calçada a largura mínima deve ser de 2,40 metros prevendo delimitadores de 30 cm laterais, totalizando uma dimensão de 3,00 metros.

29


Fig. 10– Desenho técnico de ciclofaixa inserida na via

Fonte: Gondim, M. F. Caderno de Desenhos: Ciclovia, 2010.

Fig. 11– Desenho técnico de ciclofaixa inserida na calçada

Fonte: Gondim, M. F. Caderno de Desenhos: Ciclovia, 2010.

Por estar situada na calçada, e não no mesmo nível do veiculo motorizado,

a segunda

opção de ciclofaixa apresentada é considerada mais segura, principalmente para crianças, que também são possíveis usuários, que se locomovem dentro da cidade para suas atividades escolares e esportivas.

30


Segundo Gondim (2010) a ciclofaixa funciona bem em canteiros centrais,

calçadões

litorâneos ou parques lineares, onde não existem intersecções. Neste caso o ciclistas se deslocam em mão

dupla,

com

segurança

e

sem

muitas

interrupções. A maior vantagem dessa via é sua fácil introdução e seu baixo custo de implantação e manutenção. Fig. 12– Imagem de ciclofaixa implanta na Avenida Paulista, São Paulo

Fonte: http://www.euvoudebike.com/tag/sao-paulo/

31


2.4. FAIXA COMPARTILHADA

Faixa compartilhada é a via que pode ser utilizada por vários tipos de veículos, entre eles, automóveis em geral, motociclos, bicicletas, ônibus e outros. A largura mínima deve respeitar o espaçamento de 4,20 metros, pois permite um espaço

seguro

ultrapassagem.

para A

o

velocidade

ciclista

efetuar

permitida

para

automóveis nesse tipo de via é de 50 km/h, e é solicitado sinalizações horizontais e no pavimento. Com

menor

investimento

compartilhada demanda apenas

a

faixa

sinalizações nas

vias, porém não traz a segurança da ciclofaixa e da ciclovia. Fig. 13– Imagem de faixa compartilhada em São Paulo

Fonte: http://www.espn.com.br/post/258985_bicicletascompartilhadas-de-sao-paulo-catapultam-sinalizacao-daciclorrota?timestamp=1346544336949

32


2.5. INTERSECÇÕES ENTRE BICICLETAS, AUTOMÓVEIS E PEDESTRES

A educação no trânsito bem como treinamento de motoristas e fiscalização eficiente de órgãos capacitados são primordiais para diminuir os conflitos entre veículos motorizados e bicicletas. Além disso, o desenho da circulação de bicicletas deve ser estruturado e planejado de modo que se diminuam os riscos de acidentes entre os modos de transporte. Esse planejamento precisa contemplar a necessidade do ciclista tanto na saída quanto na chegada da sua rota, uma vez que ele confronta com pedestres ao adentrar na calçada. O desenho da rotas e os estacionamentos para as bicicletas são itens de fundamental importância para minimizar conflitos entre esses usuários. A Lei 12.587/2012 da Política Nacional de

Mobilidade

Urbana

traz

como

escala

de

prioridades a integração harmônica entre os modos e serviços de transporte, definindo a preferência do transporte

público

coletivo

sobre

o

transporte

individual motorizado, o mesmo em relação a não motorizados sobre os motorizados, estabelecendo assim um contendo sobre normas para a boa convivência no fluxo nas cidades. Essa lei também prevê que todos os municípios com mais de 500.000 habitantes devem ter um Plano de Mobilidade Urbana.

33


Assim como veículos motorizados estão sujeitos a cumprir regras de trânsito através de sinalizações, vias preferenciais e semáforos, as bicicletas também devem seguir o mesmo padrão, visando assim menor risco de acidentes e conflitos em cruzamentos e intersecções entre esses modais. O Código de Trânsito Brasileiro orienta em

seus

artigos,

determinadas

condutas

aos

usuários, motoristas e/ou ciclistas: Art.29 “Os veículos motorizados seguranças

serão dos

sempre

responsáveis

não motorizados”;

Art.

pela 58 “a

circulação de bicicletas deverá acontecer nos bordos da pista, com preferência no mesmo sentido de circulação da via”: Art.201”Deixar de guardar a distância lateral de um metro e meio ao passar ou ultrapassar bicicleta é considerado infração média com penalidade de multa”. Antes de ser um motorista ou um ciclista, o indivíduo necessariamente tem que ter sido um pedestre que também faz parte ao conjunto de trânsito e que necessariamente precisa respeitar o espaço destinado para o fluxo de automóveis, bicicletas, motos, ônibus e outros.

34


2.6. ESTACIONAMENTO PARA BICICLETAS

A criação de rotas ciclística ficará incompleta e comprometida caso o usuário atinja o seu destino e não encontre com facilidade e segurança

um

local

para

estacionar

o

seu

equipamento. É

muito

comum

ver

bicicletas

encostadas em paredes laterais e muros ou presas com

o

pedal

ao

meio-fio

da

rua.

Bicicletas

estacionadas ocupam pouco espaço, é necessário apenas

1,30

x

1,90

m.

A

implantação

de

estacionamento para bicicleta deve sempre levar em

conta

a

circulação

e

a

visibilidade

dos

pedestres. Há dois tipos de estacionamento para bicicletas, os paraciclos e os bicicletários.

2.6.1. PARACICLOS

Paraciclos têm capacidade máxima de 25 vagas, ocupando o espaço de duas vagas de automóveis. Ideal para estacionamento de curta ou média duração e funciona sem zeladoria e custo para o ciclista. Em Curitiba/PR a arquiteta e urbanista Ana Cristina Gomes projetou um paraciclo em formato de arco, levando em conta sugestões de ciclistas. O conjunto da proposta tem 5 arcos de ferro galvanizado, tendo capacidade para 10 bicicletas.

35


Cada arco possui 1,60 metros de largura e 0,75 metros de altura. A cor forte (vermelha) foi escolhida para chamar atenção no ambiente urbano e não passar despercebido. O projeto conta com duas formas de fixação: móvel e fixo.

Fig. 14– Modelo de paraciclo implantada em Curitiba

Fonte: http://bicicletadacuritiba.org/2012/03/os-novosparaciclos-de-curitiba Fig. 15– Desenho de divulgação do paraciclo implantado em Curitiba/PR

Fonte: http://www.piniweb.com.br/construcao/arquitetura/curitiba -e-sao-paulo-criam-projetos-para-bicicletas-245835-1.asp

36


Fig. 16– Desenho técnico do modelo paraciclo fixo projetado por Ana Cristina Gomes

Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/blog/irevirdebike/?id=11 97568&tit=centro-tera-80-vagas-para-bicicletas.-confira-oslocais-que-receberao-os-novos-paraciclos

Já existem empresas que comercializam alguns tipos de paraciclos, desde modelos mais básicos quanto personalizados. Alguns são feitos para serem fixos em calçadas com pouco espaço, assim não atrapalha os pedestres e atende a necessidade do ciclista. Há também os modelos feitos com material reciclável e também os produtos móveis, destinados a eventos temporários com fácil montagem e armazenamento.

37


Fig. 17– Folder com paraciclos comercializados pela empresa Dero

Fonte: http://www.dero.com/

38


2.6.2. BICICLETÁRIOS

Estacionamentos

preparados

para

longa duração e em grande número de bicicletas, os bicicletários podem vir a ter controle de acesso e custo para o usuário, e sua implantação pode ser em ambiente público ou privado. Aconselha-se que esse tipo de parada seja coberto sempre que possível, vigiado e dotado de bombas de ar comprimido e borracheiro, oferecendo assim maior segurança e facilidades para os ciclistas. Fig. 18– Modelo de bicicletário

Fonte: http://vivoverde.com.br/salas-de-cinema-ganham15-bicicletarios-durante-a-34%C2%B0-mostra-de-cinema-desp/

A cidade de São Paulo disponibiliza bicicletários em estações do Metrô, CPTM e terminais de ônibus da EMTU/SP. Há 6.100 vagas, divididas em 38 bicicletários. As unidades começaram a ser implantadas em maio de 2007, e até o ano de 2012 foram contados 643 mil acessos. A administração desse programa é feito pela Secretaria do Verde e do Meio Ambiente. 39


Fig. 19– Bicicletário na estação de metrô em São Paulo

Fonte: http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/lenoticia.php?id= 209807

40


3. Sert達ozinho X


Classificada como a 7ª melhor cidade do país pelo Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal, e com IDH de 0,83, Sertãozinho localiza-se na região nordeste do Estado de São Paulo. Apesar de

possuir

550

estabelecimentos

industriais,

Sertãozinho é também muito conhecida no país por sua grande produção de açúcar e álcool. Seu municípios,

território

Jardinópolis,

faz

divisa

Pontal,

com

seis

Pitangueiras,

Barrinha, Dumont e Ribeirão Preto e possui 418 km².

Fig. 20 – Mapa do limite territorial de Sertãozinho/SP.

Fonte: www.maps.google.com.br

Segundo o último censo do IBGE 2010 o município conta com aproximadamente 111.000 habitantes. É notável o crescimento da cidade nas últimas décadas, em apenas 19 anos (1991-2010) a cidade teve um crescimento populacional de 31.298 habitantes.

42


Fig. 21– Gráfico referente ao crescimento populacional de Sertãozinho/SP

Fonte: IBGE, 2010

Analisando

a

pirâmide

etária

populacional de Sertãozinho verifica-se que grande parte da população concentra-se entre 15 a 54 anos, aproximadamente 63% da população, idade considerada produtiva e capacitada para fazer da bicicleta seu principal meio de transporte. Fig. 22– Imagem da pirâmide populacional de Sertãozinho/SP

Fonte: IBGE, 2010

43


Considera- se ideal para o ciclismo temperaturas entre 18º C a 28ºC. O município em questão possui clima tropical. Segundo o boletim do Centro

Integrado

Agrometeorológicas

de -

Informações

CIIAGRO,

Sertãozinho

apresentou no período de 2009 até o mês de abril de 2013 média de temperaturas máximas de 33,5ºC, média

de

temperaturas

baixas

de

17ºC,

e

temperatura média de 27ºC. Nota-se que o clima pode ser um fator desestimulante, mas não um impedimento. As pesquisas afirmam que este fator apenas restringe o número de dias no ano em que as bicicletas serão utilizadas. A topografia de Sertãozinho é pouco acidentada, o que é um favorecedor do uso das “bikes”,

além

normalmente

disso grandes

seus

desníveis

extensões,

possuem

facilitando

o

percurso. Conforme mostra o mapa de hipsometria elaborado pela Prefeitura de Sertãozinho no ano de 2009, podemos identificar poucas variações no que se refere a altitude do território.

44


Fig. 23– Planta e cortes altimétrico de Sertãozinho/SP

Fonte: Adaptado pela autora da Prefeitura de Sertãozinho

São vários os fatores que influenciam a escolha do tipo de locomoção diária do cidadão. Restringindo esse estudo aos limites da cidade de Sertãozinho, um dos fatores a ser considerado são as distâncias do percurso do usuário.

45


É indicado o uso da bicicleta como meio de transporte para deslocamentos relativamente curtos, entre 5 a 10 km. Apesar da cidade ter 418 km² de área, Sertãozinho possui deslocamentos que poderiam ser utilizados como rotas para ciclistas. A avenida Antônio Paschoal, tem uma extensão de 2,1 km possui o Terminal Rodoviário Intermunicipal, Sede da Multinacional Smar, rede de franquias

Mc

Donalds,

sede

da

Faculdade

Anhanguera, Teatro Municipal, Ambulatório Central, Batalhão do Corpo de Bombeiros, entre outros pontos

comerciais

significativos

da

cidade,

conforme ilustrado na próxima figura. Fig. 24– Mapa da Avenida Antonio Paschoal de Sertãozinho/SP

Fonte: Adaptado pela autora da Prefeitura de Sertãozinho

Vale acrescentar que a avenida de maior extensão do município é Av. Nossa Senhora Aparecida que possui 5,6 km, logo a grande parte das viagens terão distância de percurso adequada ao ciclismo, uma vez que o tempo de viagem seria relativamente curto.

46


Sertãozinho ainda não possui nenhum tipo de ciclovia, ou ciclofaixa, apesar de muitas pessoas utilizarem a bicicleta diariamente. A cidade estudada possui dois terminais rodoviários, um inter-municipal e outro que atende o transporte

público

coletivo

da

cidade.

São

disponibilizados diariamente 180 ônibus. Verifica-se a existência de malha viária predominantemente ortogonal, porém nenhuma via faz alusão ao trânsito de bicicletas, ainda que sejam muito usadas cotidianamente. O sistema

viário

Plano em

Viário

Municipal

rodovias,

vias

estrutura

arteriais,

vias

coletoras, vias locais, vicinais e estradas locais, privilegiando até então o tráfego de automóveis motorizados, não atendendo as necessidades dos ciclistas existentes, do meio ambiente atual e não atrai novos usuários desse meio de transporte sustentável. A frota do município de Sertãozinho, segundo dados apresentados no último censo do IBGE, conta com 65.290 unidades de veículos, sendo que mais da metade são automóveis motorizados conforme mostra tabela a seguir.

47


Fig. 25– Tabela da frota de Sertãozinho/SP

Fonte: IBGE 2010.

48


4. Legislação X


Em

busca

de

tornar

as

cidades

sustentáveis, o Ministério das Cidades criou uma Política de Mobilidade Urbana. A SeMob – Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana em suas pesquisas confirma que o uso da bicicleta tem crescido

tanto para atividades de lazer quanto

para deslocamento até o trabalho e locais de estudo,

considerando

importante

o

apoio

de

políticas públicas. O

Programa Brasileiro de Mobilidade

por Bicicleta –”Bicicleta Brasil”, 2004,

traz uma

política específica para o transporte cicloviário no Brasil. Tem como objetivos implantar

o

sistema

estimular governos a

cicloviário,

ampliar

o

deslocamentos urbanos por bicicletas, integrar o transporte coletivo a bicicletas, reduzir o custo do transporte

e

difundir

a

mobilidade

urbana

sustentável.

A lei federal nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012, no art. 5º fundamenta dentre outros, o principio do desenvolvimento sustentável das cidades, nas dimensões socioeconômicas e ambientais. Art. 3º O Sistema Nacional de Mobilidade Urbana é o conjunto organizado e coordenado dos modos de transporte, de serviços e de infra estruturas que garante os deslocamentos de pessoas e cargas no território do Município (BRASIL, 2012).

50


O plano viário municipal de Sertãozinho já existente, defende a ideia de que a estrutura que norteia o transporte seja capaz de atender as funções da vida urbana (habitar, trabalhar, recrear, entre outros), visando a melhoria da qualidade de vida da população. A

lei

complementar

205/2008

dispõem:

“Art. 1º Fica instituído o Plano Viário Urbano e Rural do Município de Sertãozinho, instrumento de

planejamento,

de

caráter

dinâmico,

vinculado às realidades urbana e rural e a serviço do desenvolvimento da comunidade, do bem estar da sua população e da ação governamental nos seus múltiplos aspectos, organicamente integrado e harmônico nos seus elementos componentes (SERTÃOZINHO, 2008, p.1),

Art. 7º O Plano Viário tem como objetivos: I. Assegurar o desenvolvimento harmônico da estrutura urbana e sua integração rural do município e vias de ligação regional; II. Propiciar uma estruturação urbana capaz de atender as funções de habitar, trabalhar, recrear e outras, destinadas

à

realização

humana,

em

sua

plenitude e; III. Melhorar a qualidade de vida, especialmente pelo acesso aos serviços básicos, à infra-estrutura urbana e aos equipamentos sociais, preservando e ou melhorar a qualidade do meio ambiente (SERTÃOZINHO, 2008, p.2).

51


Por mais que existam leis e programas públicos

que

apoiem

o

uso

de

transportes

alternativos, classificados como viáveis na sua forma econômica,

social

e

ambiental,

nota-se

uma

resistência que pode advir da falta de ousadia dos políticos e também dos setores privados em investir nesse

tipo

de

mudança,

como

também

da

sociedade tão acomodada com o transporte motorizado. A primeira lei municipal brasileira que reconheceu a bicicleta como modal de transporte e deslocamento urbano foi a lei nº 14266 de fevereiro de 2007, de São Paulo. Após essa lei houve conquistas significativas, entre elas: Definição de infraestrutura mínima para acomodação de uma bicicleta; ciclofaixa,

definição paraciclos

de e

bicicletário, faixa

ciclovia,

compartilhada;

inserção da “bike” no planejamento do sistema viário;

referência

para

planejamento

urbano,

licenças ambientais e orçamento da cidade. Há diversas leis que tendem a apoiar o uso de “bikes” no cotidiano brasileiro, entre elas estão: Lei nº 14178 que instituiu o ”Dia Municipal Sem Carro”, Projeto de lei 561/2010 acrescenta parágrafo único, onde 10% dos recursos das multas de trânsito serão destinadas para o Sistema Cicloviário. Países da União Europeia instituíram o programa “Dia sem Meu Carro”, em 2000,

seu

objetivo principal é promover o debate sobre a mobilidade urbana, sabendo que esse assunto precisa da conscientização social para aumentar o uso de meios de locomoção mais sustentáveis e eficientes. 52


No Brasil o movimento começou em 2001 com a adesão

de

atividades

11

municípios

diversas

sob

que o

realizaram tema

da

sustentabilidade nos transportes. Em 2003, com o apoio do Ministério das Cidades, Ministério do Meio Ambiente e Ministério da Cultura, o número de municípios subiu para 23 e todos eles foram certificados cidades

pelo

Governo

Federal

como

que desenvolveram ações em prol da

mobilidade vida. Também participação

sustentável e da qualidade de nessa data foi oficializada a continuada do Ministério das

Cidades no “Dia sem Meu Carro” e foi lançado o

Programa

Bicicleta

Brasil.

(COLEÇÃO

BICICLETA BRASIL, 2007)

53


5. Cidades com Rotas CiclĂ­sticas X


5.1. SOROCABA / SP

A cidade de Sorocaba situa-se na região Sudoeste do Estado de São Paulo. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010), conta com 586.625 habitantes. É a 5ª cidade em desenvolvimento econômico do Estado de São Paulo e sua produção industrial chega a mais de 120 países, atingindo um PIB de R$ 9,5 bilhões. As principais bases de sua economia são os setores de indústria, comércio e serviços, com mais 22 mil empresas instaladas. A Prefeitura de Sorocaba apresentou um

novo conceito de

mobilidade

urbana.

A

qualidade ciclovia

de

vida e

implantada

foi

elaborada por técnicos da Urbes - Transito e Transporte e da Secretaria de Obras e Infra estrutura Urbana. A meta da cidade é viabilizar 100 km de ciclovias

com

disponibilidade

bicicletários ao longo da

de

paraciclos

e

via. O objetivo dessa

adequação é oferecer uma opção econômica e não poluente, além de estimular o lazer e as atividades físicas. As ciclovias foram padronizadas com pintura vermelha, sinalizações viárias, sistema de iluminação e paisagismo.

55


Fig. 26– Imagem do padrão de ciclovia de Sorocaba/SP

Fonte: http://www.sorocaba.sp.gov.br/pagina/326/

Fig. 27 - Plano Cicloviário de Sorocaba/SP

Fonte: http://www.urbes.com.br/transito-ciclovias

Segundo

Renato

Gianolla,

diretor-

presidente da Urbes, os órgãos responsáveis pelo desenvolvimento planejamento,

urbano execução

e

coordenam

o

fiscalização

das

atividades que englobam o transporte urbano, pra tanto são realizadas atividades de engenharia de tráfego e controle, análises estatísticas,

56


implantação de sinalizações viárias, equipamentos de fiscalização eletrônica e conjuntos semafóricos, além de campanhas educativas. O “Pedala Sorocaba” atrai centenas de ciclistas,

promovendo

passeios,

sorteios,

ações

recreativas e culturais, sempre tendo como foco principal a importância do uso da bicicleta. O

conceito

de

“Cidade

Saudável”

proposto pela Organização Mundial de Saúde (OMS) visa implementar nas cidades um espaço urbano que promova qualidade de vida, e tem como referência a cidade de Montreal, no Canadá.

57


5.2. SÃO PAULO – “BIKE SAMPA”

Bike Sampa é um projeto fundado em 25 de maio de 2012, de parceria entre a Prefeitura de São Paulo com o Banco Itaú (setor privado). Oferecendo a população, em pontos estratégicos da cidade, o aluguel de bicicletas, a devolução do equipamento pode ser feita na estação preferencial do cidadão, não necessariamente na estação de retirada. Essa iniciativa visa introduzir a bicicleta como modal no transporte público, combater o sedentarismo

da

comunidade,

reduzir

engarrafamentos, poluição ambiental e promover a responsabilidade social. Segundo dados do Banco Itaú (2013), em um ano de funcionamento o Bike Sampa contabilizou 250 mil viagens e cerca de 155 mil usuários cadastrados, 58% dos usuários usam a bicicleta três ou mais dias por semana e cerca de metade deles não usam transporte público para se locomover. Outra estatística importante é que 50% das viagens são realizadas em horários de pico. Está previsto ampliação do programa com instalação de mais 100 estações de aluguel de “bikes”.

58


Fig. 28– Imagem de uma estação do Bike Sampa na Avenida Engenheiro Luís Berrini, São Paulo

Fonte: http://www.mobilize.org.br/noticias/3105/em-saopaulo-aluguel-de-bicicleta-em-pontos-do-metro-aumentaquase-20-em-um-ano.html Fig. 29 – Mapa com estações da zona oeste da cidade de São Paulo

http://www.mobilicidade.com.br/bikesampa.asp

59


5.3. SÃO CARLOS / SP

São

Carlos

localiza-se

no

centro

geográfico do Estado de São Paulo. Conta com grande

concentração de universidades e centros

de pesquisas:

um pesquisador doutor (PhD) para

cada 180 habitantes. No Brasil a relação é de um doutor para cada 5.423 habitantes. A cidade abriga ainda 39 cursos de graduação e 200 empresas são consideradas de alta tecnologia, em setores como ótica, novos materiais e instrumentação. A atividade industrial é marcada pela presença de grandes indústrias: Volkswagen, Tecumseh, Faber Castell, Electrolux,

além

embalagens,

de

de

empresas

máquinas,

têxteis,

tintas,

de

lavadoras,

equipamentos ópticos e uma grande quantidade de indústrias de médios e pequenos porte, dos mais diversos setores de produção. Em 2012, o município de São Carlos, que segundo o IBGE possui aproximadamente 220 mil habitantes, ganhou um plano para instalação de Rede Cicloviária. A prefeitura da cidade anuncia que pesquisas garantem que 3% da população já utilizava a bicicleta como meio de transporte, estatística que deve aumentar com a implantação da

rede

cicloviária

pois

oferecerá

condições

adequadas para os ciclistas. Foram implantados 24 quilômetros de percurso na primeira etapa, e 17 na segunda. Também foram instalados 60 paraciclos distribuídos em praças e locais públicos.

60


Fig. 30– Imagem da ciclofaixa do município de São Carlos

Fonte: http://www.saocarlosagora.com.br/cidade/noticia/2012/05 /23/29928/implantacao-de-ciclovia-na-av-cdor-alfredomaffei-gera-reclamacoes/?page=27

61


5.4. PARIS - FRANÇA

Na Europa é comum ver cidades com sistema de transporte alternativo implantado. Ao contrário do que acontece em cidades brasileiras, Paris

incorporou

a

cultura

da

mobilidade

sustentável. A cidade conta com 371 quilômetros de rotas ciclísticas. Em 2007, a prefeitura de Paris implantou o programa “Velib”, onde há uma estação para aluguel de bicicletas a cada 300 metros. O objetivo maior desse programa é ajudar os parisienses a reconquistarem a sua independência e liberdade no trânsito, e ao mesmo tempo diminuir a poluição do ar. Após cinco anos de funcionamento, Paris comemora grande êxito: 138 milhões de viagens feitas nas 23 mil bicicletas de aluguel, divididas em 1400 estações que funcionam 24 horas por dia, 225 mil assinantes em um população de 2,3 milhões de pessoas. Desde a implantação desse programa, o aumento do transporte por bicicletas em Paris cresceu 41%, enquanto o de automóveis apresentou queda de 25%.

62


Fig. 31– Imagem da ciclofaixa implantada nas ruas de Paris – França

Fonte: http://oparisien.blogs.sapo.pt/64695.html Fig. 32– Imagem da faixa compartilhada nas ruas de Paris – França

Fonte: http://oparisien.blogs.sapo.pt/64695.html Fig. 32– Imagem da faixa compartilhada nas ruas de Paris – França

63


Fig. 33– Imagem da estação Velib implantada em Paris – França

Fonte: http://oparisien.blogs.sapo.pt/64695.html

64


6. Anรกlise dos Questionรกrios X


O

questionário

foi

aplicado

individualmente, priorizando o melhor horário para o participante, liberdade composto

o

esclarecendo

quanto

a

total

em expor suas idéias. O grupo foi por

caracterizado

13

(treze)

pela

participantes,

participação

de

sendo

4(quatro)

homens e 9 (nove) mulheres. A faixa etária do conjunto compreende pessoas entre os 20 (vinte) anos, participante mais jovem e 56 (cinquenta e seis) participante mais velho. Dessa forma temos um grupo heterogêneo com média de idade de aproximadamente 41 (quarenta e um) anos. Entre os entrevistados 10 (dez) afirmaram serem trabalhadores empregados, neste grupo 3 (três) conciliam trabalho e estudo, 2 (dois) são autônomos

e

apenas

um

deles

citou

outra

modalidade de exercício profissional. Sendo assim, percebe-se no conjunto o perfil de pessoas atuantes no mercado de trabalho, em fase de produção. Um dos envolvidos citou não ter nenhuma renda, 4 (quatro) deles afirmaram contar com renda mensal de até R$1.000,00, 3 (três) pessoas anotaram ter salário entre R$1.000,00 e R$2.000,00, e 5 (cinco) colaboradores apontaram ganho mensal superior a R$3.000,00. Diante de tais informações constata-se que a grande maioria conta com renda relativamente baixa para manter os altos custos de um veículo próprio, tais como; licenciamento

anual,

IPVA,

seguro

obrigatório,

combustível,

66


manutenção, e tantos outros gastos que já se ouve falar que “ter um carro é como ter uma família, referindo-se ao alto custo dispensado”. Na questão n.4, cuja a pergunta se referia a seu meio de transporte, um participante afirmou andar a pé para se locomover para o trabalho, outro citou a bicicleta como seu meio de locomoção, 3 (três) utilizam apenas motos, oito entrevistados citaram fazer uso de carro e moto, conforme as condições referentes a distância e clima, mas nenhum deles apontou ser usuário de transporte público coletivo. Nessa fase do estudo questiona-se quais seriam os impedimentos que desmotivam o uso do transporte coletivo e também da bicicleta. Os 2 (dois)

usuários

de moto e o de

bicicleta afirmam estar insatisfeitos com essa opção de mobilidade. Os motoristas de moto dizem ter como fator desmotivador a falta de segurança e o ciclista cita o cansaço como motivo para sua insatisfação. Foi

notável

que

muitos

resistem

a

experimentar esse modal, afirmam ter usado na infância e não saber mais usar o equipamento de forma

a

oferecer

segurança

suficiente

para

percursos que não sejam de passeios, mas também foram citadas com ênfase questões relativas a segurança, clima (calor intenso em determinadas épocas do ano) e também foi pontuado que o comodismo oferecido pelos carros e o sedentarismo

67


são

razoes

que

dificultam

aos

transeuntes

experimentar e inovar com um transporte tão simples, uma vez que a maioria o utilizou na infância e adolescência. Nas questões finais, a maioria afirma apoiar o uso de “bikes" no entanto esse mesmo grupo sugere que para se apoiar alternativo,

dono

de

esse modal

inúmeras

vantagens,

necessitam de contar com itens relevantes e fundamentais para usuários, pedestres e veículos motorizados que vão formar o conjunto de trânsito da cidade, tais trânsito,

que

como: educação e respeito no

pode

ser

efetuada

através

de

campanhas educativas nas escolas e nas empresas; fiscalização

para

as

regras

de

trânsito

serem

cumpridas tanto para pedestres, como para veículos motorizados ou não , além disso a segurança para circular e estacionar

são pontos importantes de

apoio a esses usuários. Pode-se similar que essa modalidade é um projeto a ser desenvolvido passo a passo, informando e educando toda a população para que em um futuro próximo esses impedimentos já estejam solucionados.

68


7. Proposta de Plano Cicloviรกrio X


Este plano teve como base estudo de rotas cicloviários implantadas em outras cidades que guardam alguma semelhança com a cidade de Sertãozinho, tais como: extensão, clima, contexto socioeconômico

e

necessidades

de

melhorias

ambientais através da mobilidade.

Trajeto O traçado do percurso tem como fundamento principais

principal da

a

cidade

integração visando

das

vias

proporcionar

intersecção viável e adequada facilitando o acesso a pontos importantes da cidade, como: escolas, creches, empresas, centros de lazer, órgãos de atendimento público, entidades privadas e públicas conforme está localizado no mapa. O referido plano propõe implantação de ciclovias e ciclofaixas,

considerando

o

fluxo

de

veículos,

características e dimensões das vias já existentes, buscando principalmente atender os anseios da população. O trajeto também considera pontos de apoio para estacionar e alugar bicicletas.

Ciclovias Considerando

as

especificidades

na

implantação da ciclovia, as mesmas devem ser implantadas em vias de fluxo maior e rápido, de forma padronizada conforme o dimensionamento e cor da via. Por ser localizadas em vias de maior fluxo, pode-se prever que a via conta com algumas intercorrências relativas a segurança, portanto serão delimitadas por áreas verdes, que além de proteção dará ao usuário maior conforto térmico. 70


O plano propõe 30 quilômetros de ciclovias que estarão disponibilizadas nas avenidas - Marginal Manoel Pavan - Marginal Adamo Meloni - César Mingossi - Adelino Furtunato - Alessio Mazzer - Egisto Sichieri - Marginal Amancio Lopes -STZ – 020

Ciclofaixas

O plano conta com 40 quilômetros de ciclofaixas implantadas em vias de menor fluxo e/ou com menor largura.

Faixas Compartilhada

Todas

as

vias

existentes

que

é

permitida a velocidade máxima de 50km/hora será sinalizada permitindo o compartilhamento entre os meios de transportes (automóveis e bicicletas).

Pontos de Apoio

Está

locado

15

pontos

de

apoio

espalhados em lugares de maior fluxo como zona industrial, instituições de educação e saúde e praças.

71


O presente estudo teve com objetivo elaborar proposta

viável

e

eficaz

para

a

atender

a

mobilidade urbana, considerando as características das vias locais, as particularidades da cidade, as distâncias, a topografia e o sistema viário já existente, e os trajetos realizados pelos pedestres (trabalhadores, operários, estudantes, adultos e jovens) conforme suas necessidades profissionais, educacionais e de lazer. O

meio

ambiente

aponta

com

severidade a urgência de mudanças práticas no quesito trânsito de veículos, o ar e o clima precisam ser renovados e o uso de bicicletas confirma seus benefícios para o meio ambiente e para a saúde. O traçado apresentado na proposta pretende integrar locais de grande movimentação na região central com

as regiões periféricas,

também foi fonte de estudo as necessidades de transporte dos operários do Distrito Industrial. A segurança para os transeuntes e usuários

de

bicicletas

foi

analisada

para

proporcionar apoio, conforto e segurança aos que optarem por esse meio de transporte que conta com

inúmeras

manutenção,

qualidades:

baixo

sustentabilidade

e

custo,

promoção

fácil da

saúde física. Para tanto foi planejado pontos referencias de apoio para estacionamento e aluguel de equipamentos.

72


PROPOSTA DE PLANO CICLOVIÁRIO PARA SERTÃOZINHO 

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DETALHE 1

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DETALHE 2

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Praças e Áreas Verdes

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Instituições de Ensino e Cultura

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Instituições da Saúde

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Distrito Industrial

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Terminários Rodoviários

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11

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1,6

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Paraciclo Ciclovia

Passeio

Passeio

Passeio

Corte AA Escala 1/200 1,6

5,7

4

5,4

1,6

6,2

2

1,7

8

2,5

Ciclo faixa

Ciclovia C贸rrego

Corte BB Escala 1/200

Corte CC Escala 1/200

4

Ciclovia

Corte DD Escala 1/200

1,7

1,6

3

Passeio

1,2 1,4

8,2

6,2


DETALHE PARACICLO

Planta Paraciclo Escala 1/50

2

2

2

2

1

0,8

1

Elevação A Escala 1/50

Tubo de ferro Espessura 50 mm

1,7

Elevação B Escala 1/50

0,8

0,8

0,8

0,8

0,8

0,8


8. Considerações Finais X


Por que a bicicleta ainda não é nossa primeira opção como mobilidade urbana? Visto que é um meio de transporte que oferece liberdade, é rápido dependendo do tamanho do percurso a percorrer, barato, sustentável e além de tudo melhora a saúde mental e física. A política desenvolvidas pelas cidades brasileiras associada com a cultura comodista da sociedade insiste em investir e priorizar vias para veículos motorizados e individuais. O resultado dessa associação são núcleos urbanos congestionados, meio

de

transporte

caro,

poluição

ambiental,

poluição sonora, redução da qualidade de vida da população. Segundo Furlan (2012), “Brasil: quase 3 milhões de carros vendidos em 10 meses. Até outubro, crescimento registrado foi de 7,3%”. Ainda citando Furlan (2013), “Governo mantém IPI reduzido para carros. Alíquotas não serão alteradas até o fim de 2013”. As cidades que implantaram programas que incentivam o uso desse modal como meio de locomoção

estão

colhendo

bons

resultados.

Exemplo disso é a cidade de Paris com o programa Velib. Apesar de ser um meio de transporte com inúmeras vantagens, há alguns fatores que pesam na recusa da bicicleta, um deles é a falta de segurança.

Visto

que

as

cidades

não

foram

planejadas para a população se locomover através de “bikes”, a conquista do espaço para elas é ainda lento.

80


Por que a bicicleta ainda não é nossa primeira opção como mobilidade urbana? Visto que é um meio de transporte que oferece liberdade, é rápido dependendo do tamanho do percurso a percorrer, barato, sustentável e além de tudo melhora a saúde mental e física. A política desenvolvidas pelas cidades brasileiras associada com a cultura comodista da sociedade insiste em investir e priorizar vias para veículos motorizados e individuais. O resultado dessa associação são núcleos urbanos congestionados, meio

de

transporte

caro,

poluição

ambiental,

poluição sonora, redução da qualidade de vida da população. Segundo Furlan (2012), “Brasil: quase 3 milhões de carros vendidos em 10 meses. Até outubro, crescimento registrado foi de 7,3%”. Ainda citando Furlan (2013), “Governo mantém IPI reduzido para carros. Alíquotas não serão alteradas até o fim de 2013”. As cidades que implantaram programas que incentivam o uso desse modal como meio de locomoção

estão

colhendo

bons

resultados.

Exemplo disso é a cidade de Paris com o programa Velib. Apesar de ser um meio de transporte com inúmeras vantagens, há alguns fatores que pesam na recusa da bicicleta, um deles é a falta de segurança.

Visto

que

as

cidades

não

foram

planejadas para a população se locomover através de “bikes”, a conquista do espaço para elas é ainda lento.

81


A implantação de rotas ciclísticas em cidades ainda soa como um plano utópico, porém é visto que as melhorias são grandes para toda a população. Sertãozinho é uma cidade que muito se utiliza da bicicleta, principalmente pela classe operária numerosa e atuante em industrias. Essas empresas se localizam na periferia do município, próximo

a

região

de

moraria

dessa

classe

trabalhadora. Conclui-se que é viável a criação de um plano cicloviário para o município de Sertãozinho, visto que

o território possui clima,

topografia,

distancia de percurso apropriados à utilização de bicicleta, além de que parte da população já é adepta a esse meio de transporte.

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Referências Bibliográficas BANCO ITAÚ. Disponível em <http://www.itau.com.br/imprensa/releases/bike-sampacompleta-um-ano-em-sao-paulo.html> Acesso em mai 2013. BASTOS, C. Diretrizes para construção de ciclovias. Disponível em <http://www.rpu.org.br/Diretrizes%20para%20a%20constru% C3%A7%C3%A3o%20de%20ciclovias%20%20Cristiane%20Bastos.pdf> Acesso abr 2013. BRASIL, Casa Civil. LEI Nº 12.587, DE 3 DE JANEIRO DE 2012. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato20112014/2012/lei/l12587.htm>Acesso mar 2013. CERVO, A.L. & BERVIAN, P.A. Metodologia Científica. 4ª ed. São Paulo: Makron Books, 1996. CIIAGRO. Disponível em < http://www.ciiagro.sp.gov.br/ > Acesso em mar 2013 COLEÇÃO BICICLETA BRASIL - PROGRAMA BRASILEIRO DE MOBILIDADE POR BICICLETA. Caderno de referencia para elaboração de Plano de Mobilidade por Bicicleta nas cidades. Brasília: Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana, 2007. FERRAZ, H. Filosofia Urbana Tomo I. São Paulo: Editora João Scortecci, 1997. FLICK, U. Introdução à Pesquisa Qualitativa. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.

FURLAN. R. Revista Quatro Rodas. Brasil: quase 3 milhões de carros vendidos em 10 meses. Disponível em <http://quatrorodas.abril.com.br/noticias/mercado/brasilquase-3-milhoes-carros-vendidos-10-meses-729257.shtml> Acesso em abr 2013

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Referências Bibliográficas ______. Revista Quatro Rodas. Governo mantém IPI reduzido para carros Disponível em <http://quatrorodas.abril.com.br/noticias/mercado/govern o-mantem-ipi-reduzido-carros-737477.shtml> Acesso abr 2013. GONDIM, M. F. Caderno de Desenhos: Ciclovias. ISBN: 978-85-906631-1-9

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Referências Bibliográficas PEZZUTO, C.C. Fatores que Influenciam o Uso da Bicicleta, 2002. 161f. Dissertação (Engenharia Urbana)-Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2002. SERTÃOZINHO. Plano Diretor do Município de Sertãozinho. Lei Complementar Nº 205/ 2.008. Disponível em <http://www.sertaozinho.sp.gov.br/2010/index.php/conteud o/visualizar/leis-do-plano-diretor> Acesso mar 2013. SEVERINO, A.J. Metodologia do trabalho científico. 22 ed.São Paulo: Cortez, 2002.

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Anexo A TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Você é convidado (a) a participar, como voluntário (a), da pesquisa para trabalho de projeto de pesquisa para o curso de arquitetura e urbanismo apresentado ao centro Universitário Moura Lacerda e, caso concorde em participar, favor assinar ao final do documento. Sua participação não é obrigatória e, a qualquer momento, você poderá desistir de participar e retirar seu consentimento. Sua recusa não trará nenhum prejuízo em sua relação com a pesquisadora ou com a instituição. Você receberá uma cópia deste termo onde consta o telefone e o endereço da pesquisadora principal, podendo tirar dúvidas do projeto e de sua participação. NOME DA PESQUISA: Plano Cicloviário para o município de Sertãozinho- SP PESQUISADOR A RESPONSÁVEL: Jacqueline Bachim ENDEREÇO:R.Terêncio Ricciardi, 1409-Jd.5 de Dezembro-CEP 14.160150- Sertãozinho/SP . E-MAIL arq.jacbachim@hotmail.com OBJETIVOS DA PESQUISA: O objetivo da pesquisa é estudar a viabildiade técnica para implantação de rotas ciclísticas na cidade de sertãozinho. PROCEDIMENTOS DO ESTUDO: Se concordar em participar da pesquisa, você terá que responder a um questionário aberto com roteiro prédeterminado, no qual você não será identificado e poderá se manifestar livremente. RISCOS E DESCONFORTOS: Se houver algum desconforto psicossocial, o pesquisado poderá interromper o depoimento a qualquer momento sem nenhuma censura por parte do pesquisador. BENEFÍCIOS DA PESQUISA: A participação na pesquisa fornecerá dados relevantes sobre a importância dos referidos temas a melhoria da mobilidade urbana e qualidade de vida a população de Sertãozinho. CUSTO/REEMBOLSO PARA O PARTICIPANTE: Não haverá nenhum gasto com sua participação. Você também não receberá nenhum pagamento com a sua participação. CONFIDENCIALIDADE DA PESQUISA: Os dados da pesquisa serão divulgados sem identificação do sujeito (informante). Assinatura do Pesquisador Responsável: _______________________________ CONSENTIMENTO DE PARTICIPAÇÃO DA PESSOA COMO SUJEITO Eu, ____________________________RG/CPF,____________________ declaro que li as informações contidas nesse documento, fui devidamente informado(a) pela pesquisadora Jacqueline Bachim dos procedimentos que serão utilizados, riscos e desconfortos, benefícios, custo/reembolso dos participantes, confidencialidade da pesquisa, concordando ainda em participar da pesquisa. Foime garantido que posso retirar o consentimento a qualquer momento, sem que isso leve a qualquer penalidade. Declaro ainda que recebi uma cópia desse termo de consentimento. Sertãozinho / / 2013 Assinatura_____________________________

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Anexo B 1. Perfil Idade ____ Sexo: Masc. ( ) Fem. ( ) 2. Condição funcional: ( ) empregado ( ) desempregado ( ) estudante ( ) aposentado ( ) autônomo ( ) outro 3.Renda: ( ) nenhuma ( )até R$1.000,00 ( ) entre R$1.000,00 e R$2.000,00 ( ) maior de R$3.000,00 4.Qual seu meio de locomoção? ( ) a pé ( )bicicleta ( ) transporte público ( ) moto ( ) carros ( ) outros 5.Está satisfeito com seu meio de transporte? ( ) sim ( ) não 6.Se respondeu não na pergunta anterior, explique o motivo _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 7.Se for usuário de bicicleta, responda: Quantas pessoas fazem uso da bicicleta na sua família:________ Está satisfeito com essa opção de transporte: ( ) sim ( ) não Explique sua resposta: _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 8.Por qual motivo você não é um usuário de bicicleta? _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ ________________________________________________________________ 9.Você apoia o uso de bicicletas em prol de um transito e meio ambiente mais saudável ? ( ) sim ( ) não 10.Na sua opinião quais são as mudanças necessárias para que pedestres, bicicletas, carros, motos, ônibus e outros consigam conviver no transito de forma harmônica? _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________

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Anexo C

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