PET&VET MAGAZINE EDIÇÃO 07 - PARAÍBA - Maio/2019 by Adriano Danhoni

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EDITORIAL

EXPEDIENTE

HOLLYWOOD ETERNIZOU A VERDADEIRA HISTÓRIA DE UMA AMIZADE ENTRE UM HOMEM E SEU CÃO NO FILME SEMPRE AO SEU LADO, COM RICHARD GERE.

No filme é contada a história do professor Eisaburo Ueno que ministrava aulas de Ciência da Agricultura na Universidade de Tóquio. Por muitos anos, Ueno desejou ter um cãozinho da raça Akita, até que um de seus alunos o incentivou a adotar o belo exemplar da raça Hachiko ou Hachi, que passou a ser seu apelido posteriormente. A partir daí o cachorrio se tornou o melhor amigo de seu dono, que o tratava como se fosse seu próprio filho. Inseparáveis, Hachi sempre acompanhava Eisaburo de manhã até a estação de trem Shibuya, localizada próxima a casa deles no subúrbio de Tóquio. O professor fazia esse trajeto todos os dias para se transportar até seu trabalho e à tarde, quando voltava, novamente Hachiko o esperava no mesmo local para recepcioná-lo. Essa rotina da dupla durou quase dois anos. Até o dia em que o dono de Hachi não retornou do trabalho. Era dia 21 de maio de 1925, data em que, infelizmente, o Doutor Ueno sofreu um AVC durante uma reunião na universidade e acabou falecendo. A partir daí, Hachiko passou a esperá-lo todos os dias na mesma estação de trem, incansavelmente. Essa espera perdurou pelos próximos nove anos e dez meses seguintes. Por todos esses anos o Hachiko ficou esperando seu dono na estação de trem e só ce-

dia quando sentia muita fome. Em1929 um aluno de Eisaburo tomou conhecimento de tudo, o que o levou a publicar vários artigos sobre essa linda amizade por intermédio dos relatos de seus novos donos, que passaram a ser a família do jardineiro de parentes do professor. Aliás, o aluno descobriu que Hachiko fazia parte dos 30 cães da raça Akita de sangue puro em todo país. A história foi publicada por Asahi Shinbun em um dos jornais mais importantes do Japão em 1932 e emocionou toda a população japonesa, inspirando pessoas e levando muitos a visitarem o cão Hachiko em Shibuya. Mesmo com novos donos, Hachi jamais deixou de esperar Ueno. Isso fez com que o cão se tornasse um símbolo de lealdade para o povo japonês, incentivando professores e pais a utilizarem a atitude dele como exemplo para as crianças. Em 21 de abril de 1934 uma estátua de bronze de Hachiko foi erguida próxima à estação de Shibuya. Um ano depois, em 8 de março de 1935, com 11 anos Hachi morreu no mesmo lugar onde aguardou seu dono durante toda a vida. Devido à projeção dessa amizade, a raça Akita passou a ser considerada Patrimônio Nacional do Japão e a estação de Shibuya continua sendo um ponto de encontro para pessoas encantadas com a história de amor entre Hachi e Eisaburo.

Cada vez mais, os animais de estimação passaram a viver dentro das casas e ganharam status de membros da família. Essa mudança de comportamento dos tutores fez o mercado veterinário seguir na contramão da crise econômica dos últimos anos, com aumento do faturamento das clínicas veterinárias. Com mais acesso a informação, os tutores estão mais exigentes em relação à qualidade de produtos, serviços e atendimento. Eles querem que seus pets recebam tratamento com a mesma qualidade que procuram para si mesmos e estão dispostos a pagar por isso. Essa mudança de comportamento impacta também na relação entre

veterinários e tutores, que se tornou mais próxima e direta. O acesso mais fácil a informações faz com que o tutor se torne exigente e, ao mesmo tempo, tome consciência de investir nas tecnologias disponíveis. Ele tem tratado cada vez mais o seu animal de maneira consciente e cuidadosa, gerando demanda para toda a cadeia produtiva, desde a mão de obra do veterinário até equipamentos, remédios, rações e vacinas. Ao mesmo tempo, com a extrema disponibilidade de tecnologia, que facilita muito o diagnóstico, o veterinário passou a exercer uma visão mais humanista, com relação direta e pessoal com o paciente Devido à formação generalista

Produção PetVet Magazine Serviços Eireli Me CNPJ 28.819.658/0001-49 Produção Editorial Ednéia Tenório joaopessoa@petvetmagazine. com.br Fotografia Lucas Bronzeado Studio Fernando Bronzeado Wanderson M. Muniz Renan Zott

e ao amplo campo de atuação dos médicos veterinários, a busca por uma qualificação diferenciada é uma tendência que deve continuar a crescer nos próximos anos, seja através da pós-graduação, residência médica, mestrado ou doutorado. A especialização veterinária, que hoje é vista como um diferencial, num futuro próximo será praticamente uma exigência do mercado. E na Paraíba estamos testemunhando cada vez mais essa diferenciação e segmentação dos profissionais de medicina veterinária. Quem ganha com isso? O médico veterinário, os animais e seus tutores. Apesar da crise, nosso mercado está em crescimento Boa leitura a todos!

Jornalista Elisa Damante Ângelo e Silva Créditos da Capa Locação - Répteis da Caatinga Puxinanã-Paraíba Diagramação Drayson Alyson Amancio Comercialização Adriano Danhoni (83) 98750-7070 Ricardo Colichio (83) 98644-9090 contato@petvetmagazine.com.br

A Pet&Vet Magazine® é uma publicação trimestral voltada ao mercado de pethops e de medicina veterinária. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autories e não necessariamente refletem as opiniões da publicação. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias sem expressa autorização da editora. www.petvetmagazine.com.br R

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V.1, n. 7 - Mai/Jun/Jul-2019

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O Fantástico mundo dos répteis

Alimentação Natural Se você é o que você come, com seu pet não é diferente

Demistificando: Conheça os benefícios de castrar o seu animal

Bem estar animal na internação

Sumário

BEM-ESTAR ANIMAL NA INTERNAÇÃO __________ 16

A IMPORTÂNCIA DA HEMODIÁLISE NA MEDICINA VETERINÁRIA__________ 18

DESMISTIFICANDO: CONHEÇA OS BENEFÍCIOS DE CASTRAR O SEU ANIMAL__________ 20

CÃO OU GATO? EIS A QUESTÃO!__________ 24

SE VOCÊ É O QUE VOCÊ COME, COM O SEU PET NÃO É DIFERENTE!__________ 26

DISPLASIA COXO-FEMORAL__________ 32

O FANTÁSTICO MUNDO DOS RÉPTEIS__________ 34

CUIDADOS COM FILHOTES DE ANIMAIS SILVESTRES__________ 36

OS DENTES DE LEITE NÃO CAÍRAM. E AGORA?__________ 42

VOCÊ JÁ OUVIU FALAR NA SÍNDROME DO GATO NERVOSO?__________ 46 CLIENTE INSATISFEITO NO PET SHOP? E AGORA?_________ 48

PREVENÇÃO DE LESÕES PARA SEUCACHORRO NA COZINHA__________ 50

A LEPTOSPIROSE CANINA – PREVINA O SEU ANIMAL NA ÉPOCA DAS CHUVAS__________ 54

SAMOIEDA - AMIZADE E GENTILEZA EM TODASAS RELAÇÕES__________ 62

ENCONTRO DE HUSKIES SIBERIANOS__________ 63

CÃOFUÇU__________ 64

INTERNAÇÃO

BEM-ESTAR ANIMAL NA INTERNAÇÃO POR DRA. ALINNE EMANUELLE “Deixar nossos animais de estimação internados é sempre uma tarefa difícil, mas em alguns momentos do tratamento, torna-se extremamente necessário”.

Cada vez mais os tutores estão se preocupando com a saúde e o bem-estar de seus animaizinhos. Muitas vezes os nossos pets atravessam problemas graves de saúde que os levam a necessitar de cuidados especiais que não podem ser dados de forma plena e completa em casa. Deixar nossos animais de estimação em uma clínica ou hospital é sempre uma tarefa difícil, mas em alguns momentos do tratamento é necessária e de extrema importância a internação, a fim de garantir um acompanhamento clínico adequado e de qualidade, aumentando as chances de sucesso no tratamento. Hoje, muitas das instalações clínicas possuem ambientes climatizados e todos os pacientes são monitorados 24 h por dia, o que proporciona segurança aos tutores que desejam os melhores cuidados a seus animais de estimação. É sempre importante ressaltar que, para um animal, o fato de estar longe de casa pode provocar uma ruptura da rede social e falta de sentido de controle e insegurança, podendo, estes, ser importantes fatores responsáveis por causar medo e estresse, e até levar ao retardo do processo de cura das doenças. Então, caso realmente necessário, os animais devem ser mantidos em locais silenciosos, tranquilos, seguros e com pouca manipulação. Tanto cães como, principalmente, gatos, quando

presos mostram sinais de estresse quando a rotina do cuidador é imprevisível ou quando tem pouca ou nenhuma interação social. As horas regulares de alimentação e limpeza são menos estressantes para os pacientes assim como são os momentos regulares de atenção e cuidados. É natural que eles prefiram contato com pessoas que lhes são familiares. Sendo assim, é interessante que os membros da equipe, sempre que possível, sejam os mesmos nos cuidados de um interno, a fim de adquirir confiança e quem sabe até um laço afetivo com o paciente. Da mesma maneira, se torna de extrema importância que o tutor do animal seja estimulado a visitá-lo durante a internação, com o intuito de estreitar os laços e manter a confiança e bem-estar do paciente, trazendo de volta a memória do seu ambiente familiar. Curiosamente, em alguns casos, independentemente do período de tempo que o animalzinho tiver ficado internado em uma clínica veterinária, outros animais na moradia podem não aceitá-lo imediatamente após o seu retorno por causa do cheiro diferente. Portanto, incluir peças de roupa com o cheiro do proprietário e o odor de outros animais da casa na gaiola podem ajudar a reduzir o estresse e a ansiedade dos animais durante a internação, trazendo, mais uma vez, a memória de um ambiente familiar para os animais que estão fora de casa. Sendo assim, uma vez recomendada a internação, a mesma deve ser feita de maneira leve e responsável, e de preferência, por uma equipe de confiança e que esteja disposta a cuidar do seu animal com carinho e atenção em tempo integral.

Dra. Alinne Emanuelle Monteiro Sarmento

Médica Veterinária CRMV/PB 01563 •Formada pela Universidade Federal da Paraíba – UFPB. •Residência em Clínica Médica de Pequenos Animais, Hospital Veterinário - UFPB. •Médica Veterinária no NAV – Núcleo de Atendimento Veterinário Dr. Edson Mauro N. da Cunha. ......................................................................................................................

Av. Rio Grande do Sul, 847, Bairro dos Estados – João Pessoa/PB alinne_emanuelle@yahoo.com.br @alinneemanuelle Alinne Emanuelle 83 3566 1666

HEMODIÁLISE PET

A IMPORTÂNCIA DA HEMODIÁLISE NA MEDICINA VETERINÁRIA POR DRA. IVANA FERNANDES VIDAL A hemodiálise (HD) foi realizada pela primeira vez em cães de forma experimental em 1913 e evoluiu para se tornar a base da gestão da doença renal crônica terminal em humanos por volta de 1924. Na medicina veterinária tem sido descrito por quase esse mesmo período, no entanto, só nos últimos dez anos saiu da obscuridade clínica para integrar gestão da uremia aguda em cães e gatos, tornando-se um padrão avançado de terapia. A HD constitui uma terapia substitutiva renal, baseado na circulação extracorpórea do paciente, na qual a composição do sangue é alterada quando o mesmo é exposto indiretamente a uma solução artificial, solução dialisante, através de uma membrana semi-permeável (rim artificial). A HD permite a filtração, com a finalidade de: remover toxinas urêmicas como uréia; creatinina; fósforo e potássio, estabelecer o equilíbrio ácido-base e hidro-eletrolítico adequado, pois promove oferta de bicarbonato o que melhora o ph sanguíneo, redução de volume em pacientes oligúricos e anúricos hiper-hidratados iatrogenicamente, prevenindo edema pulmonar. Desse modo, mostra-se ser um método efetivo e seguro, tanto do ponto de vista do acesso venoso, quanto

do procedimento em animais acima de 5 quilos de peso corpóreo, contribuindo assim para o tratamento clínico da doença renal e aumentando a esperança de vida dos pacientes que apresentam uremia grave. Sem a disponibilidade de uma terapia de substituição renal, animais que não respondem a terapia clínica estão destinados a morrer de complicações da uremia. As indicações incontestáveis para a hemodiálise são: Insuficiênia renal aguda, pacientes crônicos agudizados e intoxicações. A hemodiálise aumentou a eficiência e reduziu o trabalho médico intensivo quando comparado com outros métodos dialíticos como a dialise peritoneal. Para realização de um tratamento hemodialítico é necessária a presença de um aparelho de hemodiálise, soluções dialisantes adequadas a cada caso, bem como cateteres venosos centrais que permitam um acesso vascular adequado. Associado a esses componentes, é fundamental a presença de pessoal especializado.

IVANA FERNANDES VIDAL CRMV/PB 0847 - Médica veterinária formada pela UFCG - Mestre em ciência veterinária pela UFRPE - Doutora em medicina veterinária pela UFCG .................................................................................................................. R. Dom Pedro I, 556 - São José, Campina Grande - PB. (83) 3322-3556

CASTRAÇÃO

DESMISTIFICANDO: CONHEÇA OS BENEFÍCIOS DE CASTRAR O SEU ANIMAL POR DR. DIEGO BELTRÃO MACIEIRA Ovário salpingo histerectomia (OSH) para fêmeas e orquiectomia para machos são os nomes dados ao procedimento de castração de cães e gatos. Os benefícios dessa prática são maiores do que se imagina. Existem, na sociedade, muitos mitos acerca da castração de animais de estimação. No caso das fêmeas, a ideia é de que é preciso que haja, ao menos, uma ninhada, antes de castrar. Para os machos, têm-se a imagem de que os animais fiquem entristecidos com a retirada dos testículos. O que poucos sabem é que esse procedimento pode ser realizado a partir dos 8 meses de idade, e não causa danos à saúde mental e física do animal. A castração evita doenças graves que podem levar à morte dos bichos. Em cães fêmeas, por exemplo, a inflamação do útero, cientificamente conhecida como piometra, exige uma operação de urgência para a retirada do órgão. A remoção de tumores de mama e de próstata, que acometem caninos e felinos, também trazem riscos a saúde do animal, principalmente os de mais idade. Em alguns casos, a retirada desses órgãos ocorre por cirurgias, muitas vezes, agressivas e arriscadas. Para que seja realizado o procedimento cirúrgico, o animal precisa passar por consultas e realizar exames de avaliação da saúde. Os exames e o tipo de anestesia utilizados durante o processo são iguais tanto para as fêmeas quanto para os machos. O pós-operatório, nesses casos, não apresenta muitas dificuldades, no entanto, é necessá-

rio que o animal utilize roupa cirúrgica ou um colar elisabetano. A utilização destes acessórios é importante para que o animal não costume lamber ou machucar as cicatrizes, evitando assim o risco de contaminação. Alguns dos benefícios do procedimento de castração, são: - Comprovações científicas de um aumento na expectativa de vida de animais castrados - Diminuição da probabilidade de câncer de mama, de colo de útero e ovários, para as fêmeas - Diminuição da probabilidade de câncer de testículo e de próstata, para os machos - Diminuição do comportamento de reprodução das fêmeas no período de cio, diminuindo também as chances de fuga do animal - Diminuição de comportamentos agressivos do animal, evitando brigas com outros animais - Fim de gravidez psicológicas (pseudociese), nas fêmeas - Redução nos níveis de testosterona, diminuindo a demarcação de território dos machos. O processo de castração não afetará a saúde do seu bicho de estimação, pelo contrário, as vantagens e benefícios são voltadas para o bem-estar e uma vida duradoura do seu animal.

Dr. Diego Beltrão Macieira CRMV: 1548 / PB - Formado pela Faculdades Integradas Aparício Carvalho – FIMCA - Médico Veterinário na empresa Hobby Bichos .................................................................................................................. Unidades Hobby Bichos de Atendimento Manaíra: Av Monteiro da Franca, 1149 Altiplano: Pátio Altiplano Shopping - Rua Poeta Targino Teixeira, 251 - Subsolo Contato: (83) 98739-7687

SEU PET

CÃO OU GATO? EIS A QUESTÃO!

O prazer que temos em brincar com um filhote e acaricia-lo, não nos deixa esquecer da importância de sal escolha no momento da compra. Se você resolveu ter um animal de estimação e tem dúvidas em relação a qual deve adquirir, leia com atenção este texto, pois tentaremos esclarecer pontos importantes para que exista uma maior harmonia entre você e seu bicho, evitando arrependimentos futuros. A visita, muitas vezes sem compromisso, a um petshop ou a uma feira de pequenos animais é uma distração, e às vezes, sem perceber o que realmente estamos fazendo ou até mesmo pelo desejo dos filhos, acabamos comprando um animal. Podemos até levar sorte, mas!!!! Alguns passos podem auxiliar nesta escolha. O primeiro deles é a função que este animal deve exercer: companhia, guarda, caça, etc..? Animais de grande e médio porte normalmente são utilizados como cães de guarda de empresas e residências, mas muitas vezes, divido à docilidade, acabam como animais de companhia. O segundo passo é o ambiente. Animais de companhia com comportamento agitado e que exigem espaço para exercícios nunca devem viver em apartamentos pequenos. Nestes casos, devem ser escolhidos animais mais tranquilos como as raças de cão Lhasa-apso e Shitzu, que são extremamente dóceis e sossegados. O terceiro passo é reconhecer as exigências da raça. Proprietários sem muito tempo ou sem orientação acabam não cuidando do animal como deveriam (pelagem, alimentação, vacinas, vermífugos, etc), o que certamente trará transtornos sérios em relação à saúde do bichinho. Em relação à espécie, cão ou gato, é muito maior o número de pessoas que procuram cães como animal de companhia. Porém, os felinos também são uma boa opção, principalmente para aqueles proprietários que tem menos tempo para dar atenção a seus animais. Os gatos de algumas raças, como o Persa, são animais calmos, maleáveis e

adaptáveis aos diversos tipos de ambiente. Quanto ao sexo, macho ou fêmea, é uma escolha muito particular, pois cada um possui inúmeras vantagens e algumas desvantagens. A gata, por exemplo, é mais afetuosa que o macho, que por seu instinto, irá lutar para defender seu território. Em casos onde a libido ou o estro do animal incomode, a castração, tanto do macho quanto da fêmea, pode ser realizada diminuindo ou ausentando estes transtornos. Além destas, muitas outras dicas podem ser dadas para que você escolha seu animal de estimação com sucesso, mas é interessante lembrarmos que todo animal, cão ou gato, também “escolhe” o seu dono, e aquele “amor à primeira vista” do proprietário com o seu filhote acaba sendo o ponto decisivo nesta escolha. Cuidados gerais com os animais Alimentação: dê sempre ração de boa qualidade ao seu animal, procurando nunca mudar bruscamente. A quantidade de ração deve ser indicada de acordo com o peso e com a idade do animal. Deixe sempre água limpa e à vontade Vacinação: A vacina é a maneira mais segura e eficiente de imunização do seu animal. Todo cão ou gato deve receber a vacina e seus reforços quando filhotes ou mesmo na fase adulta, e sempre aplicada por um médico veterinário, que deve avaliar o seu animal para ter certeza de que ele está bem de saúde e apto a receber a vacina. Parasitas: a eliminação de parasitas internos (vermes) e externos (carrapatos e pulgas), deve ser feita periodicamente e também com a orientação do médico veterinário, pois muitos produtos utilizados no dia a dia são tóxicos e podem fazer mal a saúde de seu bicho. Banho e tosa: cuidados com a pele e pelos são necessários principalmente para animais de pelos longos. Banhos quinzenais em locais especializados evitam doenças de pele. Controle da halitose: o mau hálito na maioria das vezes tem origem bucal devido a presença de tártaro dentário. Escovações com produtos específicos para cães e gatos ou nutrição adequada evitam este tipo de problema. Em casos mais graves, a remoção do tártaro de forma cirúrgica se faz necessário. Muitas doenças (renais, cardíacas e hepáticas), tem origem das bactérias acumuladas no tártaro, que são absorvidas e contaminam vários órgãos.

ALIMENTAÇÃO NATURAL

SE VOCÊ É O QUE VOCÊ COME, COM O SEU PET NÃO É DIFERENTE!

oje sabemos que a alimentação exerce um papel fundamental em nossa qualidade de vida, ela é quem dita as regras quando falamos de saúde e longevidade. Os alimentos são os nossos verdadeiros aliados e para os nossos amigos, Cães, não é diferente. Os cães são parte da nossa família, então, precisamos repensar os seus hábitos alimentares. Como Médico Veterinário, sempre converso com os tutores sobre Alimentação Natural (AN). Apresentar essa opção e os seus benefícios é algo que faz parte da minha rotina. Seja o seu Pet filhote ou adulto, a dieta com Alimentação Natural não tem restrições e só traz benefícios para o seu melhor amigo, como:

Hidratação: diferente da ração seca, a alimenta- ção natural contém grande volume de água, o que contribui com a hidratação e bom funciona- mento dos rins de seu Pet;

Fibras: a alimentação passa a trazer fibras na dose certa, e isso se reflete nas fezes do seu Pet, que passam a ter menos volume e ficar mais secas e com odor suave;

Peso: através da alimentação balanceada, é possí vel manter o seu melhor amigo no peso ideal. A obesidade ainda é uma doença que traz sérios ris cos de vida;

Saúde bucal: ao contrário do que alguns tutores pensam - que a ração evita o surgimento de placas bacterianas - a alimentação natural contribui de forma eficaz com a saúde bucal do seu Pet, diminuindo o surgimento de tártaro;

Dieta personalizada: apesar de a ração ser um alimento de fácil fornecimento, a alimentação natural faz com que você se livre de ingredientes de baixa qualidade. Além disso, com o auxílio do Médico Veterinário, é possível desenvolver uma dieta personalizada com níveis nutricionais na dose certa e alimentos que você possa encon trar facilmente no mercado, levando em conside ração a adaptação da dieta para auxiliar nos pro blemas de pele, alergias e outras patologias.

É extremamente prazeroso desfrutar do sabor das frutas, legumes, proteínas, não é mesmo?! Então por que privar o seu melhor amigo de sentir e explorar o universo de sabores que existe a nossa volta? Vale ressaltar, que fornecer alimentação natural para o seu bichinho não é pegar os restos de comida caseira e alimentá-lo, isso pode trazer sérios riscos à saúde, também não é recomendável iniciar a alimentação sem orientações do Médico Veterinário, existem vários alimentos que são tóxicos, inclusive alguns temperos que utilizamos no dia-a-dia. As recomendações variam de acordo com a idade, peso, porte e estilo de vida do seu Pet. Fornecer alimentação natural de qualquer forma gera nutrição desequilibrada e pode conduzir a problemas de saúde graves, por deficiência, e até por excesso de alguns nutrientes. O objetivo da alimentação natural é atender as necessidades nutricionais do seu Pet de forma saudável, eliminando a utilização de aditivos químicos como corantes, aromatizantes e conservantes, que muitas vezes geram alergias, queda de pelos e podem comprometer a saúde

www.ragb.com.br 26

GAIA AMA TANTO O QUE COME, QUE PELO RECIPIENTE DÁ PRA VER, ZERO DESPERDÍCIO

LUNA DEGUSTANDO SUA DIETA PREPARADA COM MUITO CARINHO PELA SUA TUTORA

PARA MAGGIE E JOJO, ALIMENTAÇÃO É MOMENTO DE DIVERSÃO E NOVAS EXPERIÊNCIAS

de seu cão. Você agora pode se pegar pensando: - “Nossa, quero fornecer AN para o meu Cão, mas não tenho tempo para preparar a comida”. Hoje, em João Pessoa é possível comprar a dieta pronta e personalizada de acordo com as orientações fornecidas pelo Médico Veterinário. Em nossa clínica, Jampa Vet, trabalhamos em parceria com a empresa Natural Pet, sendo essa uma excelente opção para quem deseja começar essa transformação. Além de priorizar alimentos de alta qualidade, a empresa fornece dietas balanceadas com valor nutricional igual ou superior a rações industrializadas super premium disponíveis no mercado. Uma das nossas clientes, Lila Medeiros, nos contou que gosta de cozinhar e tem tempo disponível para se dedicar ao cardápio da nossa amiguinha Luna, que tem apenas 5 meses, e já é adepta da alimentação natural. A sua dieta é personalizada para contribuir com o seu crescimento saudável. Na casa delas, a alimentação dos humanos já é balanceada. Devido à problemas de saúde, eles tiveram que passar pelo procedimento de reeducação alimentar e Luna foi uma das beneficiadas com a prática.

A Alimentação Natural só traz benefícios, seja no dia-a-dia, seja na preparação física. Gaia é uma Border Collie, cheia de energia que vem participando de competições de Agility pelo país, eventos que servem para demonstrar a velocidade e a agilidade natural dos cães. Patrocinada pela Natural Pet, Gaia teve sua dieta personalizada por nossa equipe, o seu tutor, Miguel Cavalcanti, nos contou que no início não era a favor da AN, pois não acreditava que seria o balanceamento mais adequado, ele que vem há três meses fornecendo a dieta, observa que as maiores mudanças após iniciar a dieta estão na pelagem, energia, musculatura e apetite, o que torna Gaia uma atleta de alto rendimento. O momento de alimentação pode ser prazeroso e rico em experiências, para você e para o seu melhor amigo. Converse conosco e saiba como proporcionar saúde e qualidade de vida através da Alimentação Natural. Estamos sempre à disposição para proporcionar saúde a quem a vida lhe deu de presente.

Entre os maiores elogios, Luna sempre é enaltecida por seus pelos brilhantes e macios. Lila nos contou que a escolha pela nossa clínica, Jampa Vet, foi principalmente, pelo fato do nosso trabalho priorizar a qualidade de vida de forma integrada, desde o protocolo consciente de vacinação até os tratamentos. Nossas amiguinhas, Maggie e Jojo, também são adeptas, e a tutora Catarina Melo, segue à risca nossas orientações. Maggie, é da raça Pug e sofria muito com problemas de pele, ela nos procurou após inúmeros tratamentos sem sucesso e uma recorrente infecção urinária. Catarina ficou surpresa quando a AN ajudou a solucionar o problema urinário, sem medicação e além disso ela conta que a AN colaborou com a resposta em relação aos problemas de pele de Maggie. Catarina sentiu que Maggie precisava de companhia e logo Jojo chegou para fazer parte da família, por ser da raça Cão de Crista Chinês, ela tem deficiência de esmalte dentário e o corante da ração poderia fazer muito mal para ela, então Jojo chegou já sendo introduzida aos novos hábitos alimentares da família. “Como tutora, pude sentir que o alimento natural proporciona uma transformação positiva de 360 graus na vida do animal”, relatou.

Dr. Luiz Trevisan - CRMV/PB 1722 - Médico Veterinário, Jampa Vet Centro de Saúde Animal - Doutorado pela Universidade Federal de Lavras (UFLA) - Mestrado pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) - Professor Universitário: Bioquímica e Histologia (Faculdade Maurício de Nassau) • Avenida Marechal Deodoro da Fonseca, 292, Torre – João Pessoa/PB • Telefones: (83) 3034-1212 WhatsApp: (83) 98825-0324 • Instagram: @drluizveterinario @jampavet

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ORTOPEDIA

DISPLASIA COXO-FEMORAL

A articulação coxofemoral é formada pelo acetábulo e a cabeça do fêmur. Quando ocorre uma má coaptação entre elas, ou seja, um desgaste articular, temos então a displasia coxofemoral. Vários fatores levam a a uma má formação desta articulação, sendo o fator genético o principal causador desta patologia. A displasia pode ser herdada dos pais, avós e até mesmo dos bisavós. Portanto, não é algo facilmente erradicado. Esta doença é mais comum em cães de grande porte, podendo acometer cães de pequeno porte. Além do fator genético, o excesso de peso, desequilíbrios nutricionais, piso liso e o desgaste natural da articulação, também levam a displasia coxofemoral. Com o passar do tempo, os sintomas se apresentam cada vez com mais frequência e intensidade, a região fica comprometida devido a dor e o cão passa a evitar diversas atividades rotineiras como subir em escadas, levantar-se, correr, pular e desenvolver desproporcionalmente a musculatura de sua parte dianteira em função disso. O médico veterinário diagnostica a displasia baseando-se em sinais clínicos, idade, raça, histórico, achados físicos e radiográficos. O tratamento dessa patologia varia de acordo com o grau de displasia e sinais clínicos apresentados pelo animal. Inicialmente, opta-se pelo tratamento medicamentoso, como regeneradores ostearticulares, que possuem aminoácidos responsáveis pela formação de fibras colágenas, elásticas e proteoglicanos. Com o regenerador pode-se obter excelência no tratamento em sua grande maioria por favorecer a formação de ossos, cartilagens, tendões, ligamentos e músculos. 32

Tudo isso associado, é claro, à fisioterapia, hidroterapia e dieta alimentar específica, se necessário. Em casos graves onde os sintomas persistem, é necessário associar ao uso de medicamento a um tratamento cirúrgico. Atualmente, a melhor técnica cirúrgica empregada é a Artroplastia total de quadril, onde o acetábulo e a cabeça do fêmur danificados são substituídos por próteses. A artroplastia garante ao cão o retorno de todos os movimentos: andar, correr, fazer esportes, enfim, tornando-se uma articulação normal. A técnica tem aproximadamente 95% de taxa de sucesso. O procedimento é amplamente reconhecido como a melhor forma de fornecer uma articulação do quadril biomecanicamente livre de patologias. Com o intuito de reduzir a ocorrência da doença é indicado: o cruzamento de cães com articulações coxofemorais radiograficamente normais, manter os animais em pisos com aderência, evitando pisos lisos escorregadios e/ou ambientes que os levam a um andar dificultoso. Outro fator decisivo que reduz o aparecimento da displasia é o controle do peso do animal, mantendo uma dieta adequada e equilibrada, evitando a obesidade. Os exercícios regulares, os passeios, as brincadeiras também influenciam de forma positiva as articulações. O acompanhamento do médico veterinário é essencial para que os cães estejam equilibrados, nutridos, saudáveis e sem sobrepeso. As consultas prévias garantem um tratamento inicial rápido, evitando a complicação patológica exigindo métodos cirúrgicos, permitindo maiores chances de cura aos cães e o alívio de desconfortos.

Atente se seu cão apresenta algum destes sintomas • Dificuldade em caminhar; • Estalos audíveis na articulação; • Sinais de dor ao realizar movimentos comuns; • Dificuldades para subir escadas

CAPA - RÉPTEIS

O FANTÁSTICO MUNDO DOS RÉPTEIS Os répteis são animais que causam sentimentos diferentes nas pessoas, uns admiram, outros os temem. Eles costumam ser chamados de animais de sangue frio, pois necessitam da temperatura externa para realizar a termorregulação. A classe dos reptilianos é encontrada em quase todo o mundo, chegando a habitar até o clima inóspito dos desertos, com exceção do extremo sul e do extremo norte. Entre as espécies mais criadas como pet, estão inclusos os Quelônios (jabutis, cágados e tartarugas), lagartos, serpentes e até crocodilianos, embora menos comuns. A variedade de cores e de tamanhos entre as espécies é surpreendente. Uma Píton Reticulada, uma espécie de serpente, por exemplo, pode alcançar até 10 metros e pesar 160kg, enquanto a Lagartixa Leopardo (Gecko), possui em média 25cm, pesando 55g. Essas características tem sido cada vez mais atraentes aos olhos de pessoas que procuram por pets não convencionais, no entanto, cada uma delas requer cuidados especiais. São muitas espécies existentes, cada uma com sua necessidade específica, incluindo temperatura, umidade, alimentação, dentre outros fatores. O conhecimento sobre a espécime vai evitar que o animal adoeça, principalmente por alterações de origem nutricional e ambiental. Alguns fatores cruciais a tomar conhecimento antes da aquisição de um desses pets são: - Aceitabilidade da família ao animal. Como dito, os repteis são animais que causam sentimentos diversos, por isso é importante que todos da casa sejam capazes de conviver com o bicho. - Espaço. Mesmo as espécies menores crescem bastante e necessitam de um ambiente espaçoso. Um exemplo é o Tigre D’água Brasileiro, uma “tartaruguinha” que, quando filhote, cabe na palma da mão, mas que ao atingir a idade adulta, pode alcançar os 30 cm. Além disso, elas podem viver por até 30 anos.

- Alimentação. No caso das serpentes, os alimentos destinados são muito peculiares, por isso é importante checar a disponibilidade deles em sua região. - Equipamentos específicos. Algumas espécies necessitam de aparelhos específicos como lâmpadas aquecedores e UV, termômetros, higrômetros, entre outros. - Médico veterinário especialista. É importante poder ter acesso a um especialista para orientações de manejo e possíveis consultas quando o bichinho adoecer. Lembrando que já existem criadores que vendem animais legalizados, não sendo necessário retirar nenhum da natureza e/ou comprar de forma irregular, pois esse ato é caracterizado como Crime Ambiental.

Roberto Citelli CRMV/PB 1199 Médico Veterinário especializado em animais não convencionais R. Empresário João Rodrigues Alves, 570 - Bancários, João Pessoa - PB Telefone: (83) 3255-0600 Instagran: espacopetbancarios

FILHOTES DE ANIMAIS SILVESTRES

CUIDADOS COM FILHOTES DE ANIMAIS SILVESTRES Atualmente, uma área que vem crescendo bastante é o manejo de filhotes de animais silvestres. Assim como na Pediatria Humana, os filhotes necessitam de cuidados especiais devido a sua sensibilidade. O conhecimento sobre a espécie é de extrema importância para a sobrevivência do neonato. Saber sobre o hábito alimentar é a base para o sucesso na criação. Não podemos alimentar um filhote de uma espécie frugívora (que se alimenta de frutas) com alimentos a base de proteína animal, base alimentar de espécies carnívoras. Outros fatores primordiais são: - Temperatura: como não conseguem termorregular, controlar sua temperatura sozinhos, uma fonte de calor deve sempre estar disponível, à medida que vão desenvolvendo, penas ou pelos aparecem, essa necessidade de calor externo vai diminuindo, até que consigam estabilizar sua temperatura corporal. - Higienização: a higiene do local, utensílios, e até mesmo do animal, evita a proliferação de fungos e bactérias que podem acarretar no óbito do filhote. Deve-se atentar a alguns produtos de limpeza, pois podem ser tóxicos para os neonatos. - Peso – deve ser acompanhado diariamente. Filhotes aumentam o peso rapidamente, uma estagnação ou até mesmo uma perda, é sinal que algo está errado. Caso não esteja se desenvolvendo, o mesmo deve ser levado ao médico veterinário especializado em animais silvestres para avaliação, podendo ser alguma doença ou até uma formulação de um

novo protocolo de manejo alimentar. - Alimentação - Cada filhote tem seu reloginho biológico. Como citado antes, conhecer a biologia do animal é essencial para sua sobrevivência. A quantidade e o intervalo das alimentações variam muito de espécie para espécie e também de indivíduo para indivíduo. Então, cabe ao cuidador observar com muita atenção esses intervalos de tempo e a quantidade. Atentar-se a temperatura do alimento para não causar queimaduras. - Comportamento – alguns comportamentos são inatos, ou seja, já nascem com ele ou o comportamento adquirido, sendo esse, aprendido pelas experiências de vida do animal. Cada animal é único. Muitas vezes, filhotes da mesma ninhada tem comportamentos diferentes. O cuidado é individual, compreendendo e observando cada um. - Soltura ou Cativeiro – esse ponto é de extrema importância, pois o manejo será diferente de acordo com o destino do mesmo, os filhotes que serão reintroduzidos na natureza, devem ter o mínimo de contato possível com seu cuidador. Caso decide cuidar de um filhote, lembre-se que ele depende exclusivamente de você para tudo. Passará a ser mãe/pai desse animalzinho. Alguns deles necessitam de cuidados 24h por dia. Então, esteja preparado, disposto e sabendo da responsabilidade que tem, pois essa vida está em suas mãos. Lembrando, ao encontrar um filhote de animal silvestre, encaminhe para os órgãos competentes.

Fabiana Corrêa Zermiani Consultora do Pet Shop Espaço Pet Especialista em Ciências Ambientais

ODONTOLOGIA

OS DENTES DE LEITE NÃO CAÍRAM. E AGORA? POR GUILHERME SOUZA

Talvez você ainda não saiba, mas os cuidados com a saúde oral do seu pet ainda novinho são muito importantes, tanto para prevenir doenças orais que podem interferir na saúde geral deles, como para proporcionar um convívio agradável entre vocês, afinal, ninguém gosta do mau hálito. Cães e gatos se assemelham a nós no tocante à dentição, pois nascem sem dentes (edentados) e a partir da terceira ou quarta semana de vida surge os primeiros dentes que sofrem uma muda no curso da vida (chamamos isto de dentição diofiodonte). Os Dentes Decíduos, popularmente conhecidos como “Dentes de Leite” são dentes menores e mais afilados que os permanentes. No cão são em número de 28 e no gato 26, posteriormente com a chegada dos dentes permanentes o cão passa a ter 42 dentes definitivos e o gato 30. Os primeiros a serem trocados são os incisivos, seguidos dos pré-molares e por fim, os caninos (ver Tabela 1). Os molares não trocam e são os últimos elementos dentários a surgirem. Um dos principais problemas encontrados nesta fase da muda é a persistência dos dentes de leite, que por vezes, nas raças pequenas, podem originar a famosa “boca de tubarão” (figura 1.), em virtude da não reabsorção da porção superior da cripta óssea e das raízes dos dentes

Tabela 1. Período de erupção dos dentes decíduos e permanentes em caninos e felinos

Fonte: SERRANO 2002.

decíduos, o que leva ao não desprendimento dos mesmos, e como consequência, haverá problemas na oclusão dentária e facilidade para o desenvolvimento da doença periodontal (principal afecção oral dos animais domésticos). O tratamento consiste na exodontia, que é retirada cirúrgica dos dentes de leite (figura 2.) e (figura 3.), realizada dentro dos padrões de excelência que a odontologia veterinária prescreve. Estes e outras orientações de manejo oral como não fornecer ossos, educar seu Pet para a escovação diária, uma dieta adequada, cuidado no uso de brinquedos se fazem necessárias e serão de vital importância na qualidade de vida de seu amigo peludo, por isso, sempre procure um profissional habilitado e tenha uma relação harmoniosa e feliz com seu melhor amigo. Médico Veterinário: Guilherme Souza CRMV: 0521/PB

•Graduado em Medicina Veterinária desde 1993 pela UFPB – Campus VII - Patos •Especialização em Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais - EQUALIS •Cursos de Aperfeiçoamento em Odontologia •Veterinária – EQUALIS e CETOV •Associado da ABOV (Associação Brasileira de Odontologia Veterinária) ...................................................................................................................... Contato: (83) 98868-4762 Instagram: @dentistaanimal Endereço: Av. Monteiro da Franca, 1053, Manaíra, João Pessoa/PB

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COMPORTAMENTO ANIMAL

da. Além disso, peles muito secas, podem causar ou piorar a hiperestesia felina. Outros autores defendem a hipótese de que esta síndrome é resultado da epilepsia, já que consideram que a doença é causada por um problema da atividade elétrica de determinadas áreas do cérebro (em especial das áreas que controlam as emoções, o comportamento predador e o asseio). Sinais da hiperestesia felina O principal sinal seria a reação do animal a um ataque imaginário, mas pode apresentar também: – nervosismo em excesso – perseguição à própria cauda – emagrecimento – mudanças de comportamento

Curioso, não é mesmo? Síndrome do gato nervoso, o que seria isso? Será um gato que não aceita carinhos, ou que necessita de muita atenção, ou será que é nervoso por situações que o incomodam? Então, a síndrome do gato nervoso é uma enfermidade rara e é popularmente conhecida como Hiperestesia Felina. De origem desconhecida, a doença é um desafio para a medicina veterinária. Porém, alguns acreditam que se trata de algo relacionado a distúrbios neurológicos ou mesmo psicológico. O gato encontra-se tranquilo e salta de repente, olha e morde o lombo como se algo o estivesse a atacar. Em alguns casos podem ver-se ondulações da pele do lombo. Causas da hiperestesia felina Alguns autores dizem que a doença afeta mais os gatos que são nervosos ou hiperativos, mas não é consenso entre os estudiosos da hiperestesia. O veterinário poderá descartar outros tipos de problemas que podem desencadear a doença como, por exemplo, a presença de pulgas, que pode fazer com que o nosso amigo se coce compulsivamente, principalmente a cau-

Diagnóstico Ao não ter uma causa física definida, atualmente, não há exames diagnósticos definitivos para esta doença. O diagnóstico faz-se em função da clínica do animal e após a exclusão dos problemas anteriormente mencionados. Estão indicados análises sanguíneas completas, exame neurológico completo, tricogramas e raspagens cutâneas. Exames por imagens, como a tomografia ou a ressonância magnética, podem ser-nos de muita ajuda na hora de descartar processos neurológicos. Tratamento da hiperestesia felina O tratamento normalmente é feito por medicamentos para diminuir o estresse e ansiedade do seu bichinho, além disso, tentar criar um ambiente tranquilo para ele é essencial. É importante que o animal de estimação se alimente corretamente, que seus objetos (caixa de areia, brinquedos, vasilhas de comida e água) estejam sempre limpos. Brincar e acariciar o animal diminui o stress, mas deixa-lo descansar também. O ideal é não criar situações de estresse para ele. Acima de tudo, siga todas as recomendações de seu veterinário, que irá te ensinar como você deve lidar com a hiperestesia felina.

CONSUMIDOR

CLIENTE INSATISFEITO NO PET SHOP? E AGORA? SABER IDENTIFICAR PROBLEMAS E ANALISAR TODO O PROCESSO DO SEU PET É ESSENCIAL PARA MANTÊ-LO FIEL AO SEU ESTABELECIMENTO.

Um cliente insatisfeito, além de reclamar, discutir, não voltar mais à sua loja, vai falar sobre o caso para, no mínimo, mais 10 pessoas, que vão contar para outras 10 e assim por diante. A repercussão negativa pode causar grande problema para o seu pet. Enquanto um cliente satisfeito é aquele que volta a fazer negócios, um cliente insatisfeito, pode ser um detrator — ou seja, pode vir a ser o comprador ou consumidor que não só não volta a fazer negócio, como também prejudica a reputação da sua empresa. O cliente que acredita que não fez um bom negócio é um cliente frustrado. Isso pode gerar uma série de efeitos para um negócio. Entre eles: • Críticas que podem viralizar em redes sociais; • Solicitação para devolução de valores investidos; • Propagandas negativas no boca a boca; • Reclamações em órgãos de proteção ao consumidor. Seja como for, isso não precisa ser algo a assombrar a sua empresa. Vamos mostrar agora que, com um bom treinamento de equipe, é possível reverter o cenário de um cliente que está contrariado com as suas entregas. 5 passos para reverter um cliente insatisfeito? 1. Escute o cliente descontente e pergunte sobre a insatisfação Antes mesmo de responder ou contra-atacar um cliente insatisfeito, é primordial ter uma escuta ativa e prestar atenção ao que ele tem para dizer. Tenha uma conversa franca, aberta e honesta. 2. Avalie a situação e demonstre vontade para ajudar

Após escutar o cliente que está insatisfeito, o próximo passo é analisar a situação. Busque pelo histórico de atendimentos ou pela entrega relacionada à pessoa em questão e avalie o que pode ter fugido do padrão esperado. Também esteja aberto para aceitar que problemas nunca enfrentados antes podem surgir a qualquer momento. 3. Reconheça falhas e peça desculpas pelo transtorno Isso é uma regra para a construção de um bom relacionamento com os clientes. Peça desculpas por qualquer eventual falha — e, antes mesmo de entregar a solução, reconheça seu deslize e mostre que sua empresa está disposta a melhorar. A partir dai, você está pronto para reverter o problema do seu cliente insatisfeito. 4. Mostre-se disposto a resolver o problema com agilidade Mantenha um canal de contato aberto com o seu cliente para solucionar a insatisfação 5. Seja paciente e tenha empatia em relação às críticas e reclamações Um serviço ou produto que não atende às expectativas pode causar efeitos diversos. Por isso, evite minimizar o que está causando o desgosto de outra pessoa. Ter uma escuta ativa, reconhecer falhas, ser empático e buscar soluções ágeis são alguns dos pontos que ajudam a converter esse cenário que pode ser crítico. Esse é um cuidado que evita que os danos financeiros de um cliente desgostoso venham a impactar profundamente a sua companhia. Além disso, contribui para a redução de custos e o aumento da produtividade na prestação de serviços. O atendimento ao cliente é prioritário para o sucesso de uma empresa de serviços.

PREVENÇÃO

PREVENÇÃO DE LESÕES PARA SEU CACHORRO NA COZINHA Para atender pedido de internautas que seguem nossa página, saindo de nossa linha editorial da prevenção para pessoas, para falarmos do mesmo tema, mas voltado para animais de estimação, o nosso melhor amigo: o cachorro. Todo cuidado se faz necessário para que possamos evitar acidentes domésticos com os animais, os cachorros se enquadram nessa situação. Em nossas casas inúmeras situações perigosas podem se tornarem como sendo facilitadoras para ocorrências de lesões com os cachorros. Temos que ter uma percepção capaz de identificar onde estão essas situações, com possibilidades de ocasionar acidentes, com nosso melhor amigo. Sem dúvida é na cozinha onde se concentra mais situações perigosas para os cães. Nesse espaço, podem-se encontrar facas, outros objetos cortantes, o próprio fogo em fogões, superfícies ou substâncias quentes, dentre outros. Cheia de facas, fogo e superfícies um pouco altas que deixam os animais loucos de curiosidade, a cozinha oferece diversos riscos de acidente. Pesquisa do grupo inglês Just Eat, com mais de 2 mil entrevistados, revelou que respingos de água fervente nos animais são os de maior ocorrência, motivo de preocupação para mais de 70% dos entrevistados.

A possibilidade de queimaduras devido à exposição do pet próximo ao forno quente é outro item preocupante, 55% responderam esse tipo de acidente. Após isso, aparece a exposição do animal a facas que possam cair de mesas, como outro fator que favorece lesão. Aparelho fogão que contam bocais de cerâmica que demoram esfriar devem ter cuidados redobrados. Geralmente esse tipo de objeto é motivo de atração tanto para gatos, quanto para cachorros, eles podem sofrer queimaduras sérias. Diversos objetos no ambiente de cozinha, como pratos ou tábuas de madeira, que podem cair de mesas em cima dos animais, também integram a lista de preocupações dos proprietários. A eletricidade não fica de fora da lista de cuidados que se deve com os cachorros no ambiente da cozinha. Tomadas desprotegidas e fiação elétrica com defeitos, ao alcance dos bichos, podem ser responsáveis também por graves choques. Portas que fecham cadeiras com chances de cair, espaços pequenos entre os móveis, onde o o animal possa ficar preso, são fatores contribuintes para provocar acidentes. Portanto, redobre seus cuidados, tenha mais atenção com o seu animal de estimação, na cozinha. Identifique situações de perigos capazes de machucar, crie meios de prevenção contra lesões, que possam ocasionar danos em seu cachorro.

ELI ALMEIDA Graduado em comunicação social Técnico de segurança do trabalho Pós-graduado em gestão ambiental na indústria

LEPTOSPIROSE CANINA

A LEPTOSPIROSE CANINA – PREVINA O SEU ANIMAL NA ÉPOCA DAS CHUVAS. DR. EDGAR NOGUEIRA DE OLIVEIRA

A leptospirose é muito conhecida, nos períodos de chuva a população que mora em áreas propícias a alagamento entram em alerta exatamente pelo risco de contraí-la. Isso porque a doença infecciosa é transmitida por uma bactéria presente na urina de alguns ratos contaminados e por isso pode estar presente nas águas das enchentes. Mas, essa não é a única forma de transmissão, qualquer contato com um rato ou com a urina dele pode ser perigoso. Por isso é importante ficar de olho, principalmente, nos cachorros que vivem em quintal para evitar que eles contraiam a leptospirose canina. Sintomas da leptospirose canina: • Febre. •

Perda de apetite.

•

Vômitos e diarreia (por vezes com presença de sangue)

•

Urina escura.

•

Sintomas de dor ao urinar.

•

Hálito com cheiro a urina.

•

Ulcerações na mucosa bucal.

•

Deterioração geral do animal.

Leptospirose canina pode ser transmitida para os humanos? Sim, pode. O animal doente elimina a bactéria pela urina. Assim o contato com a mucosa íntegra ou pele com ferimento à essa urina, água contaminada, utensílios contaminados ou

através do sangue do animal doente, pode transmitir a doença aos humanos e também para outros cães. Diagnóstico e tratamento para a leptospirose em cães Há três maneiras de diagnóstico da leptospirose em cães. A primeira é por uma amostra de sangue do animal para identificar se há a presença de anticorpos específicos que combatem a doença. Também é possível realizar em exame PCR, em que se busca detectar o DNA da bactéria causadora da leptospirose no sangue do cachorro. E, por fim, pode-se analisar amostras da urina com auxílio do microscópio. Prevenção da leptospirose canina Para prevenir a leptospirose canina recomenda-se que o cachorro seja vacinado para esse fim, no entanto, as vacinas disponíveis atualmente apresentam uma limitação nos sorotipos, ou seja, não cobrem todas as bactérias do gênero leptospira. A vacinação é uma prática altamente recomendável, embora as doses devem ser reforçadas a cada 6 meses, e não de forma anual. Para prevenir esta doença também é importante uma desinfeção periódica do ambiente do animal. Portanto como a época das chuvas estão chegando, leve o seu animal para um veterinário capacitado para fazer a prevenção do seu melhor amigo.

Dr. Edgar Nogueira de Oliveira

Médico Veterinário CRM/PB 1309 ................................................................................................................ Endereço: Rua Mariângela Lucena Peixoto, 1270 - Valentina de Figueiredo - João Pessoa - PB Fone (83) 3507-0129 | 98889-7274

v. 1, n. 1 - Maio/Jun/Jul 2017

RAÇA

PATINHAS NEWS

SAMOIEDA - AMIZADE E GENTILEZA EM TODAS AS RELAÇÕES DÓCIL, AMIGÁVEL E SEMPRE SORRINDO; ESSAS SÃO AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DE UM CÃO DESSA RAÇA. VAMOS CONHECER UM POUCO MAIS SOBRE ELE?

SYRYUS GLADIATOR OF NEW EVEREST (CANIL NEW EVEREST)

Origem do Samoieda Esse cão teve origem na Rússia, mais precisamente na Sibéria, e por isso a semelhança com os Huskys Siberanos, há mais de cinco mil anos. Devido ao porte grande, eles foram grandes aliados como puxadores de trenós e carroças e como protetores de renas. Eles levam esse nome como homenagem às tribos nômades que acompanharam nessa época – os Samoiedas. Esses cães também tinham a função de caçar alimentos para a tribo e de aquecer as crianças. A pelagem vasta e macia de um Samoieda é, com certeza, um dos pontos que mais chamam atenção na raça. Esse cão possui uma camada dupla de pelo e, por isso, é tão resistente ao frio. Além disso, esses pelos são bem grossos e deixam o porte desse pet muito mais nobre. Os Samoiedas geralmente são encontrados nas cores mais claras, como o branco e o creme; no entanto, é possível encontrar algum animal desses com as cores mescladas, mais conhecida como pelagem polar. Considerado um cão elegante e de grande porte, um Samoieda adulto macho pode pesar de 20 a 30 quilos e chegar aos 60 centímetros de altura na cernelha e a fêmea, pesar de 15 a 22 quilos, podendo chegar a 53 centímetros de altura na cernelha.

ENCONTRO DE HUSKIES SIBERIANOS

Como a maioria dos cachorros, sempre que nota que algo diferente está acontecendo, a sua cauda sofre alterações. No caso dos Samoiedas, ela se curva para cima do dorso; mas em instantes, volta ao normal. Temperamento do Samoieda Gentil e brincalhão, o Samoieda é um bom companheiro para uma criança ou pessoa de qualquer idade. É uma raça de cães intimamente ligados a família. Além disso, é amável com estranhos, outros animais de estimação e geralmente com outros cães. Costuma ser calmo dentro de casa, mas para isso essa raça inteligente precisa de exercícios diários físicos e mentais. Caso fiquem aborrecido poderão cavar e latir. É uma raça independente e muitas vezes teimosa, mas está disposto a agradar e é sensível aos desejos de sua família além de atender os pedidos de crianças Como cuidar de um Samoieda O Samoieda é ativo e precisa de um bom treino todos os dias o que pode ser feito ´na forma de uma longa caminhada ou corrida ou uma sessão de brincadeiras cansativas como pegar a bolinha. Eles preferem viver dentro de casa com sua família humana. Sua pelagem espessa necessita de ser escovada e penteada de duas a três vezes por semana e, diariamente, quando estiver em fase de troca de pelos.

No último mês de março aconteceu o encontro de tutores de cães da raça Husky Siberiano. Os objetivos do evento são o de estimular a socialização interna da Genealogia Husky Premium Brasil, fomentando a interação entre os huskies da linhagem, bem como estreitar laços entre seus tutores, compartilhando experiências e promovendo os interesses do Padrão da Raça. O evento teve como organizadores Diogo Mendonça e Luciana Mendonça, além da Andrezza Bitu na coordenação do evento e de Alcieli Oliveira, no marketing

ORYON (CANIL NEW EVEREST)

PATINHAS NEWS

CÃOFUÇU Fundado em 2012, o bloco CãoFuçu surgiu a partir da necessidade de se criar um evento carnavalesco para os cães e seus tutores. Com o objetivo de interagir com as pessoas e seus animais, acompanhados de muito frevo e diversão, visando sempre o bem estar dos animais e o entretenimento da comunidade. Na sua 8° edição o CãoFuçu tornou - se um dos maiores eventos pet da capital, com a presença de aproximadamente de mais de mil pessoas.