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SIND. RURAL
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PUBLICAÇÃO OFICIAL
Ano VI | Nº 35 | Agosto/Setembro 2013 | R$ 10,00
ANGUS
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NOBREZA ADAPTADA ENTREVISTA JORGE SAMEK
“AGRICULTURA É EXEMPLO MUNDIAL” Agosto / Setembro 2013
Raça europeia mais bem adaptada ao clima brasileiro, o Angus atravessa seu melhor momento. Certificação, precocidade, rusticidade e maciez da carne atraem cada vez mais consumidores e empolga criadores. Leilão em Cascavel oferecerá 45 touros, 15 matrizes e animais cruza Angus.
SEGURO RURAL
ESTRADAS RURAIS
PRODUTOR TERÁ R$ 700 MILHÕES 1
SITUAÇÃO PENALIZA CADEIA PRODUTIVA
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Excesso de velocidade não é legal.
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R. Paraná, 3937 - CEP 85.810-010 Cascavel/PR - Fone (45) 3225-3437 www.sindicatorural.com DIRETORIA Presidente Paulo Roberto Orso Vice-presidente Gelso Paulo Ranghetti 2º Vice-presidente Modesto Felix Daga Tesoureiro Genor Frare 2º Tesoureiro Renato Archille Martini Secretário Paulo Cezar Vallini 2º Secretário Gion Carlos Gobbi Diretor Administrativo Paulo Roberto Orso CONSELHO ADMINISTRATIVO Membros Milton Pedro Lago
Valmir Antônio Oldoni Haroldo Stocker Ângelo Custódio Romero Eugênio César Luiz Dondoni Carlos Alberto Zuquetto Gelson José Zanotto
CONSELHO FISCAL Titulares Isaías Luiz Orsatto
Eudes Edimar Capeletto Denise Adriana Martini de Meda Suplentes José Torres Sobrinho Airton José Gaffuri DELEGADO JUNTO À FAEP Titular Paulo Roberto Orso Suplente Paulo Cézar Valini
Publicação oficial do Sindicato Rural Patronal de Cascavel Circulação bimestral Coordenador editorial: Paulo Cézar Vallini pvallini@uol.com.br
Editor: Jair Reinaldo dos Santos jair@newmidiacomunicacao.com.br
Jornalista Responsável: Michelle M. Mello De Nez MTB/PR 8187 editoria@revistasindirural.com.br
Departamento Comercial: (45) 3037-7829 / 9972-6113 comercial@revistasindirural.com.br
Projeto gráfico arte/diagramação: NewMídia Comunicação R. Rio Grande do Sul, 111 - CEP 85.801-010 Cascavel-PR - Fone (45) 3037-7829
EDITORIAL
A dura vida no campo
Somos um país essencialmente agrícola, o Brasil depende do agronegócio, isso é fato. A inteligência e zelo desenvolvidos pelo produtor rural ao cuidar de sua produção, refletem na qualidade de nossos grãos e pecuária, por isso somos um exemplo para o mundo na questão de eficiência agrícola. Porém, poderíamos ser muito superiores, mas infelizmente nosso país não nos dá infraestrutura para isso, tanto em ausência de armazéns, quanto em deficiência logística. Independente de sol, chuva, geada e seca, o produtor rural está lá, no campo, trabalhando arduamente, vigiando cada evolução de seu trabalho. Transportar sua produção de meses de trabalho é o mínimo que o produtor rural precisa para garantir o sustento do país. Dependemos de uma estrada rural de qualidade, o leite não pode ficar parado na propriedade, os frangos devem ser transportados no momento ideal, chuvas ou qualquer fator climático definitivamente jamais poderia parar um trabalho no campo. Os produtores ficam a mercê do poder público municipal na espera de uma solução para as estradas rurais. Enquanto isso a economia do município sofre as consequências negativas. Quando chove não tem estrada, isso é falta de planejamento de uma administração que tem como base uma geração de emprego e renda na agropecuária. Ao longo de todos esses anos não se teve um planejamento adequado de uma readequação de estradas, de uma parceria com os
produtores seja ele pequeno, médio o grande. Porém nem tudo está perdido, como foi citada na matéria das estradas rurais, temos informações que será feito a partir de agora 1/3 da malha viária do município, mesmo que isso não tenha sido realizado durante toda a história de Cascavel, queremos acreditar que nesse momento haverá mudanças. Ou a vida não teria sentido se não sonhássemos com um futuro promissor. Estradas rurais de qualidade, eficiência em logística, condições que o governo pode dar ao produtor rural na questão de armazenagem e valorização cada dia mais da sociedade para tão importante e imprescindível setor do país. Dentre as diversas matérias dessa edição da Sindirural, destacamos a que aborda a falta de mão de obra no campo. O problema é estimulado pelos programas sociais do governo federal, que deveriam priorizar a formação e a qualificação dos seus beneficiados. Abordamos também o seguro rural, modalidade que começa a ser estimulada pelas instituições financeiras. A FAEP, através de estudos já provou ao Governo Federal a importância do seguro rural e da sua ampliação. Hoje, diversas instituições, como Banco do Brasil, Sicredi e Sicoob oferecem a modalidade. No mais, desejamos a você uma ótima leitura. Trabalhamos intensamente para que essa revista que chega a suas mãos lhe traga informações úteis para o seu dia a dia.
NESTA EDIÇÃO 04......................... Expediente 06 ............... Entrevista Jorge Samek 10 ....................................Registro 12 ......................... Seguro agrícola 16 ............................ Mão de obra 18 ............... Agricultura de Precisão 20 ....................Registro de aviários 22 ...................... Feira do Produtor 24 .................................... Energia 26 ....................................... Índios 28 ........................................ Milho 30 ........................... Armas de fogo 32 .............................. Nova gestão 34 ............................. Leilão Angus 4
36 .................................. Brahman 38 ................................. Consórcio 40 ................ Implementos agrícolas 42 .............................. Mofo branco 44 ................. Agronegócio feminino 47 ................................... É notícia 48............................ Senar na Apae 50 ........................ Plano Safra 52.....................Estradas rurais 56 ....................................... Férias 58 ..................................... Receita 60 ............................. Cursos Senar 61........................... Aniversariantes 62 ................................. Convênios Agosto / Setembro 2013
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ENTREVISTA
JORGE SAMEK Jorge Miguel Samek é natural de Foz do Iguaçu, engenheiro agrônomo e atual diretor geral da Itaipu Binacional. Samek foi vereador por quatro vezes, ocupou a chefia de gabinete da Secretaria de Agricultura no governo José Richa e o cargo de secretário de Abastecimento de Curitiba. Foi presidente da Ceasa na gestão do então prefeito Roberto Requião e presidente estadual do PT e membro do Diretório Nacional do partido. Em 2006 exerceu a coordenação da campanha de reeleição do presidente Lula no Estado do Paraná. No ano de 2002 foi eleito deputado federal do Paraná pelo PT, com 114.663 votos, sendo o mais votado em Curitiba e região metropolitana. A pedido do presidente Lula, renunciou ao mandato para assumir a Direção Geral da ITAIPU Binacional a partir de 21 de janeiro de 2003.
Sindirural – O que representa para o senhor gerir uma das maiores usinas hidrelétricas do mundo? Jorge Samek – Considero uma grande
responsabilidade e um enorme desafio. Afinal, Itaipu tem um papel vital no suprimento de energia elétrica para o Brasil e o Paraguai. Felizmente, o projeto de Itaipu foi bem concebido e bem executado. Hoje colhemos os bons resultados do que foi feito pelos que nos antecederam. Nossa missão é preservar este patrimônio, que custou tantos sacrifícios aos brasileiros e paraguaios, para que as próximas gerações possam continuar usufruindo os seus benefícios. Como filho de Foz do Iguaçu, acompanhei as profundas transformações sociais e econômicas decorrentes da construção de Itaipu. É motivo de grande orgulho ter recebido do presidente Lula e da presidenta Dilma a missão de representar o Brasil na direção desta empresa binacional. Encarei desde o início este cargo como uma missão, que procuro desempenhar da melhor forma possível. Nestes mais de dez anos, aprendi muito e continuo trabalhando
"NOSSA AGRICULTUR EXEMPLO PARA O M “Itaipu se tornou nestas quatro décadas um caso de sucesso”, declara o diretor geral da Itaipu Binacional, Jorge Samek, que recebeu em 2010 o título de cidadão honorário do Oeste Paranaense, em reconhecimento ao trabalho socioambiental que desenvolveu na liderança da hidrelétrica desde 2003. Samek em entrevista que concedeu com exclusividade a Revista Sindirural, comenta sobre as conquistas da Itaipu nesses 39 anos completados no mês de maio, bem como os desafios
a serem superados. No auge da produtividade, a hidrelétrica é modelo de gestão e sustentabilidade e impulsiona cada dia o desenvolvimento econômico e tecnológico. Jorge Samek aborda sobre o papel do produtor rural nas iniciativas da Itaipu que visam o desenvolvimento sustentável e comenta sobre a atuação do Parque Tecnológico Itaipu (PTI), que é um difusor de tecnologias voltadas ao campo. Além de falar sobre o futuro do Brasil na questão energética.
com o mesmo entusiasmo, pois acredito na contribuição que Itaipu vem dando ao Brasil e ao Paraguai, especialmente nos 52 municípios da Região Oeste do Paraná.
maior geradora de energia limpa e renovável do mundo. Mas Itaipu não gera apenas energia. Criamos um parque tecnológico que está contribuindo para promover o desenvolvimento sustentável, por meio de inovações e difusão de tecnologias. E temos inúmeras ações de apoio aos municípios da Região Oeste, nas áreas ambiental, social e de desenvolvimento econômico.
Sindirural – Itaipu Binacional completou 39 anos. Quais foram as principais conquistas ao longo desse período? Jorge Samek – A maior de todas as con-
quistas foi tornar realidade o que parecia uma obra irrealizável, em todos os aspectos, diplomáticos, jurídicos, financeiros e tecnológicos. Gosto de repetir sempre que Itaipu foi e continua sendo um grande feito da diplomacia brasileira. O projeto de um empreendimento binacional para o aproveitamento do potencial hidráulico do Rio Paraná foi gestado como uma solução criativa para resolver em definitivo uma disputa de fronteira com o Paraguai que se arrastava havia mais de um século. O que parecia impossível virou um exemplo de cooperação e integração. Itaipu se tornou nestas quatro décadas um caso de sucesso. Afinal, até 2023 a dívida estará 100% quitada, com recursos obtidos da venda da energia gerada. Hoje, somos a 6
Sindirural – Quais são os desafios a serem superados? Jorge Samek – O nosso principal desafio
é manter o padrão de excelência alcançado em geração de energia, razão pela qual Itaipu vem batendo recorde atrás de recorde. Outro desafio, que vem sendo superado, é promover a gradual renovação dos quadros técnicos e gerenciais, mantendo o mesmo nível de excelência técnica, competência e dedicação profissional. Itaipu chegou ao estágio atual graças, inicialmente à qualificação dos profissionais recrutados quando a empresa foi criada. À época, foram contratados os melhores técnicos do setor elétrico brasileiro. Muitos deles vieram emprestados Agosto / Setembro 2013
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O Brasil está bem posicionado para tornar-se, nas próximas décadas, líder mundial em sustentabilidade. Esta é a palavra-chave para o século 21. E a questão energética está no centro do debate sobre desenvolvimento sustentável por empresas já consolidadas, como Furnas, Cemig, Copel, Eletrobrás e Eletrosul. Devemos muito a estas empresas, que cederam os seus melhores quadros para ajudar a estruturar Itaipu. Na atual gestão, renovamos quase a metade do quadro de empregados. Graças à implantação do concurso público como única via de seleção de novos empregados, temos conseguido repor profissionais experientes por jovens com excelente formação técnica. Por último, temos encarado o desafio de contribuir cada vez mais com os municípios da Região Oeste. Neste sentido, estamos realizando uma ação coordenada pelo PTI, em parceria com a AMOP e a Caciopar, para apoiar o fortalecimento das agroindústrias e suas cadeias produtivas. Também estamos articulando um amplo programa de saneamento e melhoria da gestão pública, em colaboração com as prefeituras e seus municípios. Itaipu tem diversas iniciativas que visam o desenvolvimento sustentável. Quais são os principais? O senhor acha que o Agosto / Setembro 2013
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produtor rural está preparado para absorver essas novas tecnologias alternativas? Jorge Samek – A minha geração teste-
munhou grandes transformações na região Oeste do Paraná. Nossa agricultura é hoje referência nacional em produtividade e em tecnologia de conservação do solo. A maioria das exigências do novo Código Florestal, que gerou tanta polêmica, já vem sendo atendida pelos nossos agricultores, com a recuperação das matas ciliares. A agricultura brasileira é vanguarda mundial. Chegamos a uma produção de 185 milhões de toneladas de grãos. Isso, por si só, comprova que os agricultores brasileiros são criativos e não hesitam em incorporar novas tecnologias. Basta facilitar o acesso a elas. Até 2030, haverá uma transformação radical no meio rural. O desenvolvimento da geração distribuída de energia vai provocar uma revolução no campo, com o aproveitamento de fontes alternativas, como a biomassa, eólica e solar. O campo passará a produzir energia. Isso já está se tornando realidade. Um 7
belo exemplo é o Condomínio de Energias Renováveis da Agricultura Familiar na Bacia do Ajuricaba, no município de Marechal Cândido Rondon, implantado com apoio de Itaipu. Um grupo de pequenos agricultores criou, em condomínio, uma microcentral termoelétrica, movida a biogás gerado em pequenos biodigestores instalados nas suas propriedades. O biogás é transportado até a microcentral por meio de um gasoduto de 25 km, que integra todos os estabelecimentos rurais envolvidos. A energia elétrica gerada retorna às propriedades, suprindo as necessidades dos agricultores. Os dejetos de suínos, aves e bovinos se tornam fonte de energia, gerando como subproduto fertilizante orgânico. Então, nossos agricultores não estão apenas preparados, estão ávidos para incorporar novas tecnologias, que aumentam a produtividade, resolvem passivos ambientais e melhoram a vida no campo. A que se deve o aumento da produção de energia da Itaipu em relação ao ano passado? Quais foram os fatores que contribuíram para isso?
Jorge Samek – De fato, tivemos um primeiro semestre excepcional. Pelo segundo ano consecutivo, fechamos os primeiros seis meses do ano com uma produção acumulada superior a 50 milhões de megawatts/ hora. Em 2012, estabelecemos novo recorde mundial de geração de energia, com uma produção anual de 98,2 milhões de megawatts/hora. Neste momento, é difícil prever se vamos repetir o feito em 2013. O que eu posso afirmar com segurança é que, nos últimos dois anos, as condições operacionais da Usina de Itaipu têm sido as melhores possíveis. Ou seja, a Itaipu vem tendo um excelente desempenho operacional, com uma disponibilidade de 19 unidades geradoras próximo a 100% do tempo. Nosso reservatório está cheio, o que nos permite produzir com a capacidade máxima. Esperamos, portanto, um ótimo segundo semestre em termos de produção. Itaipu vai continuar ajudando a suprir a crescente demanda brasileira e paraguaia de energia, vital para o crescimento sustentável das nossas economias.
Qual é o cenário do Brasil em relação a fontes energéticas sustentáveis? Jorge Samek – O Brasil tem a matriz
energética mais limpa entre todas as grandes economias mundiais. A natureza foi muito generosa com o nosso país, que detém cerca de 12% das reservas de água doce do planeta. Este é um recurso estratégico e, literalmente, vital. Temos a responsabilidade de preservá-lo. O Brasil fez a opção correta de basear a sua matriz energética na hidroeletricidade. Hoje, contamos com o backup das termoelétricas, para suprir o fornecimento de energia quando acontecem estiagens prolongadas. Este ano, por exemplo, as termoelétricas foram acionadas quando os reservatórios atingiram níveis críticos. Neste início do segundo semestre, a situação é um pouco mais confortável. A situação hoje é bem mais segura porque aprendemos a lição da falta de planejamento de longo prazo. Estamos construindo novas hidrelétricas, ampliando o parque gerador nacional. A hidroeletricidade é uma fonte renovável e limpa. Esta deve continuar sendo a principal aposta do Brasil nas próximas décadas. Qual a sua visão em relação às energias eólica e solar? Jorge Samek – Temos que aproveitar to-
das as dádivas da natureza. O Brasil explorou menos de 40% do seu potencial hidráulico. Outros países já esgotaram esta fonte. Talvez isso explique a intensa campanha internacional observada nas últimas décadas, movida por interesses econômicos, para condenar os grandes empreendimentos hi-
drelétricos. O Brasil não pode abrir mão de ampliar o aproveitamento do seu potencial hidráulico. Temos que investir seriamente no desenvolvimento de outras fontes renováveis, paralelamente à hidroeletricidade. Mas uma coisa é certa: com as tecnologias disponíveis hoje, nenhum sistema seguro e confiável pode basear-se na energia eólica ou solar. Ninguém controla o vento, que sopra ao seu “bel-prazer”. Também não dá para estocar raios solares para os dias de céu encoberto. Construímos reservatórios para estocar a matéria-prima para produção de hidroeletricidade, a água. Portanto, as energias eólica e solar são importantes, mas não substituem a hidroeletricidade.
O Parque Tecnológico Itaipu é um difusor de tecnologia e pesquisas, sendo que muitas delas são voltadas ao produtor ru-
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Nossos produtores rurais não estão apenas preparados, estão ávidos para incorporar novas tecnologias, que aumentam a produtividade, resolvem passivos ambientais e melhoram a vida no campo
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ral. De que maneira isso tem auxiliado o homem do campo? Jorge Samek – Temos um orgulho dana-
do do que o PTI se transformou neste dez anos. Vou destacar duas iniciativas, abrigadas pelo PTI, que estão ajudando os produtores rurais a incorporar novas tecnologias, aumentar a produtividade e, o que é ainda melhor, desenvolver uma agricultura mais sustentável, que também vem sendo chamada de agricultura de baixo carbono. O primeiro projeto financiado por Itaipu e desenvolvido pelo PTI, em parceria com a Federação Nacional de Plantio Direto na Palha, teve como objetivo desenvolver uma metodologia para avaliar a qualidade do plantio direto, criando um sistema de pontuação numa escala de 0 a 10. Este método vai ajudar os agricultores a aprimorar as técnicas de manejo integrado do solo e aumentar a produtividade. Outra iniciativa que eu gostaria de destacar é o esforço que tem sido feito para difundir a 8
tecnologia do biogás, por meio do aproveitamento da biomassa residual, abundante nesta região de agroindústria intensiva. Em 2009, criamos a Coordenadoria de Energias Renováveis de Itaipu, que tem liderado esta iniciativa. Recentemente, criamos o Centro Internacional de Energias Renováveis, com foco no biogás. Com esta iniciativa, vamos desenvolver e difundir tecnologias que vão ajudar os produtores rurais a se tornarem micro-geradores de energia, suprindo suas próprias necessidades e contribuindo para uma agricultura mais sustentável.
A interligação da energia hidrelétrica do país é de 98%. Qual é a previsão para que ela atinja 100% e qual será o impacto disso no desenvolvimento energético do país? Jorge Samek – A implantação do Sis-
tema Interligado Nacional (SIN) foi um dos principais avanços do setor elétrico brasileiro, conquistado na última década. A interligação do sistema de transmissão de energia permite que, quando os reservatórios do Nordeste estão depreciados, como agora, a energia produzida nas regiões Sul e Sudeste, onde tivemos chuvas abundantes nos últimos dois meses, seja enviada para atender a demanda do Nordeste. O país está investindo em novas linhas de transmissão. Manaus acaba de ser alcançada por uma linha de transmissão, passando a fazer parte do Sistema Interligado Nacional. Aos poucos, portanto, estamos cobrindo 100% do território nacional. Uma conquista da qual devemos nos orgulhar. Qual o futuro do Brasil em relação à questão energética? Jorge Samek – Entre o grupo exclusivís-
simo de países que possuem vasta extensão territorial e população acima de uma centena de milhões de habitantes, o Brasil é o que reúne as melhores condições para conciliar autossuficiência energética com desenvolvimento sustentável. Conforme já mencionei, até agora exploramos pouco mais de um terço do nosso potencial hidráulico. Temos 12% das reservas mundiais de água doce. Somos um país de clima tropical, portanto, com alta incidência de irradiação solar. Temos um imenso potencial eólico a ser explorado. Com a descoberta do pré-sal, o Brasil é hoje um dos países com as maiores reservas de petróleo. Contamos com uma vasta extensão de terras agricultáveis, o que gera imensa quantidade de biomassa residual que pode ser aproveitada para gerar energia. Meu prognóstico, portanto, é muito otimista: o Brasil está bem posicionado para tornar-se, nas próximas décadas, líder mundial em sustentabilidade. Agosto / Setembro 2013
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REGISTRO Fórum da Soja Brasil
“Os desafios de uma safra de incertezas” foi assunto debatido pelo Projeto Soja Brasil. O evento ocorreu no dia 25 de julho na cidade de Toledo e reuniu produtores rurais, parlamentares, consultores de mercado e líderes de entidades do agronegócio. O Projeto Soja Brasil é uma realização do Canal Rural e da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), tem a coordenação técnica da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e, nesta edição, a consultoria de Safras & Mercado. O patrocínio do projeto é das empresas BASF, Mitsubishi Motors e New Holland, com o apoio de Yara Brasil.
Dia de Campo de Inverno
O Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) irá promover o Dia de Campo de Inverno. O evento será no dia 4 de setembro na Estação Experimental de Santa Tereza do Oeste, Rodovia BR 163, Km 188. “Bases Tecnológicas para Integração Lavoura e Pecuária” é o tema do Dia de Campo. A programação será das 13h às 16h30. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no local. Mais informações pelo telefone (45) 3231-1713.
Crambe como alternativa energética
Foi inaugurado na Fag (Faculdade Assis Gurgacz) dia 14 de junho, o laboratório de processamento e refino de óleos vegetais e oleoquímica. O laboratório é uma parceria com a Companhia Paranaense de Energia (Copel) e irá se dedicar a projetos de pesquisa sobre o crambe – oleaginosa com potencial para geração de biodiesel, possível alternativa de energia renovável. A Copel está investindo cerca de R$ 3,5 milhões no projeto, com aval da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O objetivo é conhecer o crambe, desde o cultivo até a extração de óleo da planta que é renovável, não tóxica e não concorrente com a produção alimentícia de outras oleaginosas, como o soja, milho ou o girassol.
Festa junina anima moradores de Juvinópolis
Tem quentão? Tem sim senhor. Tem pipoca? Tem sim senhor. E dança? É claro que tem. Em ritmo animado de festa junina os moradores de Juvinópolis puderam aproveitar o dia 12 de junho tão agradável, proporcionado pelo Sindicato Rural Patronal de Cascavel. Produtores e trabalhadores rurais foram contemplados com o “Dia Saúde e Vida”, onde além da festa junina, os convidados participaram de palestras sobre agrotóxico, questões jurídicas e puderam conhecer melhor todo o trabalho que o Sindicato oferece ao produtor rural.
Qualidade de vida é tema de curso
Assuntos como autoestima, alimentação saudável, meio ambiente e qualidade de vida foram abordados durante o curso “Qualidade de Vida” ministrado para produtoras e trabalhadoras rurais. O evento ocorreu no dia 8 de maio no Salão Comunitário de Cascavel.
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Hospital de Olhos é destaque em Congresso Nacional
O Diretor Administrativo do Hospital de Olhos de Cascavel, médico Marcos Solano Vale, foi um dos conferencistas convidados pela Comissão organizadora do VII Congresso Nacional da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, no final de junho, no Mabu Hotel, em Foz do Iguaçu. Em sua palestra Marcos Solano Vale abordou o tema “Estratégias de Marketing em Oftalmologia: limites e possibilidades”. Ele recebeu dos gestores do Congresso, a incumbência de explicar a receita de sucesso na área de comunicação e marketing, que vem destacando o Hospital de Olhos de Cascavel no cenário da oftalmologia brasileira.
Faep debate caos logístico
Diante de 350 lideranças rurais de todo o Estado, no Encontro das Comissões Técnicas e Lideranças Sindicais do Sistema Faep, realizado no dia 24 de junho, em Curitiba, o presidente da Federação, Ágide Meneguette, resumiu o mais grave problema do agronegócio. “Este país tem se descuidado tanto de nossos portos, rodovias, ferrovias, hidrovias, aeroportos, armazéns, comunicações, que hoje pagamos um preço amargo para comercializar e transportar nossa produção agropecuária, afirmou. Há anos a FAEP vem apontando sistematicamente os gargalos proporcionados pela infraestrutura e logística como impeditivos no escoamento rápido das safras.
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SEGURO RURAL
Gerenciando os riscos Apenas 7% da área agrícola no Brasil é assegurada. No entanto, para a safra 2013/2014 serão disponibilizados 700 milhões para o seguro rural, fato que gera boa expectativa ao campo
Risco. O produtor rural sempre sofreu com isso. Ele se previne com defensivos eficazes, tecnologias modernas, desenvolvimento de inúmeras técnicas de produção, diversidades de culturas e ações que irão garantir uma alta produtividade. Mas quando ocorre uma seca na lavoura, geada ou excesso de chuva, lá se vai o trabalho de meses do produtor. As intempéries climáticas são inevitáveis e muitas vezes irreversíveis. Por isso, contratar o seguro rural pode exi-
mir o produtor desses fatores climáticos que ameaçam sua produção. De acordo com o gerente do Departamento de Agronegócio (Deagro), da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Antonio Carlos Costa, apenas 7% da área agrícola brasileira está assegurada. No entanto, a expectativa nesse sentido para o campo é boa, pois o governo federal ampliou em 75% o valor do subsídio ao seguro rural. Foram disponibilizados 700 milhões para a safra 2013/2014, em relação às safras anteriores o volume foi superior a 40%. Em 2012, o governo federal destinou R$ 318,1 milhões para a subvenção ao prêmio do seguro rural. Deste volume o Paraná utilizou aproximadamente R$ 96,2 milhões para diversas culturas. “Hoje o Seguro agrícola já é um produto bastante procurado em nossa região. Na safra passada tivemos alguns problemas relacionados a não liberação da subvenção federal o que inviabilizou a contratação do produto em relação ao custo elevado, porém, hoje estamos com o produto disponível 12
Governo federal ampliou em 75% o valor do subsídio ao seguro rural
para a contratação com a subvenção federal”, aponta o assessor de Seguro da Sicredi Cataratas do Iguaçu, Rodrigo Vendrame. “O Paraná é líder nacional na contratação de seguro rural. Os produtores paranaenses entenderam que é necessário se proteger contras as adversidades climáticas e outros riscos que impactam na produção e no preço dos produtos, pois evitam dívidas. Os seguros ainda precisam ser aperfeiçoados, o que é normal, pois ainda estamos construindo um mercado de seguro rural no Brasil e trata-se de um segmento muito complexo, em que cada região, cultura ou atividade e o produtor tem uma realidade e históricos diferentes. Essa busca por melhores seguros e adequados às necessidades dos produtores é uma prioridade da FAEP”, aponta o economista da Faep, Pedro Loyola. De acordo com o diretor executivo do Sicoob, Fabio Agnolin, o Sistema Cooperativo, fez uma associação estratégica com a Seguradora Sancor Seguros. “A Sancor Seguros está em fase de implantação e já temos aprovados recursos para subvenção para a safra de verão e poderemos operar, mas estamos aguardando a liberação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)”, observa. “Em nossa região o subsídio do prêmio do seguro pago passou de 50% para 60%, Agosto / Setembro 2013
ou seja, o Governo paga 60% do prêmio do seguro e o produtor paga 40%. Na safra 2012/13 os financiamentos efetuados pelo Banco do Brasil (BB) em nossa região foram 90% com seguro agrícola ou Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro)”, destaca o superintendente regional de Varejo do BB em Cascavel, Dirceu Luiz Tessaro. Para o professor doutor, especialista em Seguro rural, do Departamento de Economia, Administração e Sociologia da Esalq, Vitor Ozaki, o Brasil precisa evoluir em relação ao seguro rural. “Há ainda um baixo orçamento para o programa de subvenção ao prêmio, produtos que precisam de customização, de acordo com as necessidades dos produtores rurais e ausência de informação adequada para utilização pelo mercado”, aponta o doutor Ozaki. Seguro agrícola no Paraná Desde 2005 o aumento de produtores segurados é constante. Naquele ano o governo federal implementou o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural, responsável por alavancar esse mercado no Brasil. “Hoje, um terço de todo seguro rural do Brasil é feito no Paraná. Em 2012 foram quase 23 mil apólices e mais de 1,75 milhão de hectares protegidos. Ainda temos muito para crescer. Vale lembrar que o produtor médio e grande se utilizam do seguro e os agricultores de pequenas propriedades e do Pronaf geralmente utilizam o Proagro. O Programa de seguro do Paraná estará disponível em meados de setembro. O novo programa do governo estadual ampliou os recursos de apoio para R$ 6,4 milhões com limite de R$ 4,8 mil por produtor. Entre as mudanças previstas está a maior agilidade em cadastrar as seguradoras e na liberação dos recursos”, cita o economista da Faep, que explica como irá funcionar o seguro agrícola no Paraná. O programa estará abrangendo, a partir de meados de setembro de 2013, vinte e nove (29) atividades das seguintes modalidades: 1) Grãos: Algodão, Arroz, Café, Feijão, Milho Segunda Safra, Cevada e Trigo; 2) Hortaliças: Alho, Batata, Cebola, Tomate; 3) Frutas: Abacaxi, Ameixa, Caqui, Figo, Goiaba, Kiwi, Maçã, Melancia, Morango, Nectarina, Pera, Pêssego , Tangerina, Uva; 4) Florestas; 5) Pecuária. Para essas atividades o programa estadual arca com metade do custo do seguro daquilo que a subvenção federal não cobre. O produtor que acessar o programa federal também poderá contar com a subvenção estadual, exceto para soja e milho verão. Nesses dois casos, quando a subvenção federal é de 40% ou 60%, o produtor arca com a Agosto / Setembro 2013
Tessaro, superintendente regional do Banco do Brasil: "Qualquer produtor que deseja fazer financiamento no Banco do Brasil tem acesso ao seguro rural"
DGI CONSTRUTORA
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diferença. Para as vinte e nove (29) culturas/atividades contempladas no programa estadual, se a subvenção federal for de 60%, a estadual será de 20% e o produtor quita os 20% restante. Quando a subvenção federal é de 40%, a estadual é de 30% e o produtor quita os 30% restante. Exemplos: Supondo um produtor em município prioritário que tenha taxa-prêmio bruta para aquisição do seguro de 10%. O governo federal paga 6%, o estadual 2% (limitado a R$4.200,00 por produtor) e os outros 2% restantes é quitado pelo produtor. Ou seja, nesse caso a cada R$1.000,00 de custo do seguro, o produtor arca com R$200,00. Para soja ou milho safra de verão no Paraná não há subvenção estadual, mas se o empreendimento do produtor estiver num município prioritário ou for enquadra-
Boletim da USP explica como funciona o seguro agrícola Com o objetivo de explicar detalhes sobre o seguro rural, o Grupo Geser Gestão de Seguros e Riscos da Esalq/ USP – Escola Superior da Agricultura Luiz de Queiroz, produziu um boletim sobre o tema. Assuntos como aplicações do seguro, mercado de seguros, atuação de órgãos governamentais, como e onde fazer o seguro o rural, são explicados nesse
do no Pronamp, supondo taxa-prêmio bruto de 6%, o governo federal paga 3,6% e o produtor 2,4%. Ou seja, nesse caso a cada R$1.000,00 de taxa-prêmio bruto, o produtor arca com R$400,00 para adquirir o seguro. Cobertura agrícola O seguro agrícola do Banco do Brasil oferece duas alternativas de cobertura: cobertura do valor financiado, que cobre contra intempéries do tempo, como seca, geada, excesso de chuva, dentre outros e cobertura do faturamento previsto, que além de cobrir contra as intempéries citadas também cobre sobre uma eventual desvalorização do produto. “Nosso seguro garante o subsídio efetuado pelo Governo Federal, protege contra perdas futuras, agilidade de indenização em caso de sinistro (termo utilizado para definir em qualquer ramo ou carteira de seguro, o acontecimento do evento previsto e coberto no contrato), protege a renda do produtor rural, além de ter o teto para o financiamento ampliado em 15%. Qualquer produtor rural que deseja fazer financiamento no BB tem acesso ao seguro. No caso da agricultura familiar ele tem a proteção do Proagro e no caso da Agricultura Empresarial ele tem a opção do Seguro Agrícola”, ressalta Tessaro. O Seguro Agrícola Sicredi cobre eventos relacionados a incêndio, raio, chuvas excessivas, seca, ventos fortes, granizo, geada, tromba d´água, e não-germinação ou não-emergência. “Contratando o Seguro no Sicredi o associado tem a segurança de comprar um produto de acordo com as normas de legislação vigentes, com preços justos e atendimento diferenciado. Hoje o Sicredi Cataratas tem para oferecer aos associados o Seguro Agrícola da Mapfre e Allianz, sendo que a única exigência para adquirir o produto é que o segurado seja associado do Sicredi”, destaca Vendrame. De acordo com o diretor do Sicoob, a Cooperativa presta serviço de qualidade aos proprietários e distribui as sobras ao final de cada exercício anual. “Toda a receita líquida de seguros também vão para nossas sobras, da mesma forma como qualquer resultado
boletim especializado publicado na internet. “Percebemos uma completa ausência de estudos na área de seguros rurais. Em vários países existem centro de pesquisas sobre o seguro rural e temas correlatos. Há desconhecimento entre os produtores rurais sobre as cláusulas gerais e específicas dos produtos de seguro. Bem como desconhecimento dos detalhes operacionais no
momento da regulação de sinistro e diferença entre seguro privado e Proagro”, diz o doutor Ozaki. O boletim está disponível no site www. esalq.usp.br/geser e deverá ser distribuído por meio de parcerias com órgãos representativos de produtores rurais, disponibilizando gratuitamente o material ao público destes órgãos.
Loyola, economista da FAEP: "Os seguros ainda precisam ser aperfeiçoados, o que é normal, pois ainda estamos construindo um mercado de seguro rural no Brasil"
de operação financeira. As linhas de financiamento estão disponíveis, mas os seguros ainda não, pois estamos em fase de implantação. Mas em breve para safra de verão estarão disponíveis. O investimento que o produtor rural tem que fazer é simplesmente ver qual é a cobertura que precisa, da cultura que necessita e cotar como qualquer seguro em banco para safra do agronegócio”, diz o diretor Agnolin. Atenção produtor “Novas seguradoras estão entrando no mercado com produtos diferentes para demandas distintas. Diante disso, o produtor deve escolher com atenção o produto que melhor lhe convém, para que o seguro funcione de fato como um instrumento de gestão de risco”, alerta o doutor Vitor Ozaki. De acordo com o economista Loyola, no caso do programa do Paraná, o produtor, antes de contratar o seguro, deve verificar com o seu corretor nos agentes financeiros, bancos, cooperativas e corretoras quais as seguradoras que estão 14
operando com o seguro rural no programa estadual, pois o cadastro das seguradoras será realizado apenas em agosto. “A FAEP também irá divulgar no Boletim Informativo em meados de setembro quais seguradoras estarão aptas a operar no programa estadual. A liberação de recursos do seguro não permite que o produtor já tenha cobertura do Proagro ou do Proagro Mais para a mesma lavoura e na mesma área. O produtor deve estar adimplente junto a Secretaria de Fazenda - SEFA/PR e Fomento Paraná - AFPR S/A e adimplente junto ao Cadastro Informativo de créditos não quitados do setor público federal - Cadin. Além disso, o produtor deve observar o Zoneamento Agrícola de Risco Climático. Para fazer jus ao Proagro, ao Proagro Mais e à subvenção federal e estadual ao prêmio do seguro rural, o produtor deve observar as recomendações desse pacote tecnológico. Alguns agentes financeiros já estão condicionando a concessão do crédito rural ao uso do zoneamento”, aconselha. Agosto / Setembro 2013
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MÃO DE OBRA
PROCURAM-SE TRABALHADORES Apesar de salários atrativos, seguro de vida, isenção de aluguel, água e luz, a mão de obra rural está cada vez mais escassa
“O trabalho enobrece e dignifica o homem”. Realmente, quando desenvolvemos um trabalho nos sentimos valorizados, dignos e importantes. No entanto, para os desempregados, a satisfação pessoal que se adquire com o trabalho, está longe da sua realidade. Mesmo diante de tantas oportunidades que o mercado oferece, há ainda um grande número de desempregados que os jornais noticiam diariamente. Alguns alegam que não há oportunidades, outros dizem que as empresas exigem um alto nível de qualificação, uma parte argumenta que os salários não são atrativos. Mas e no campo? Que tipo de segurança financeira o profissional pode adquirir prestando seu serviço na área rural? “Na minha propriedade o funcionário não paga aluguel, nem água ou luz. Recebe cesta básica, seguro de vida e um excelente salário, mas ainda assim, está cada vez mais difícil encontrar gente para trabalhar”, reclama o produtor rural Delfino Simonetti. Produtores rurais têm enfrentado constantemente esse déficit de trabalho no campo. Suprir essa carência no setor agropecuário não é tarefa fácil para o produtor, ainda que o mesmo não economiza quando o assunto é pagar um bom salário ao empregado. Só no Estado do Paraná, de 2001 a 2011, o salário médio pago a um trabalhador do setor agropecuário teve alta de 221%. No mesmo período, por exemplo, a inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), do IBGE, foi de 102,18%. Porém, essa alta não foi suficiente para atrair mais profissionais. A ausência de mão de obra ocorre em muitos setores, principalmente a mão de obra qualificada. “Há pessoas novas que estão entrando no mercado sem a qualificação
Falta mão de obra no campo, mesmo com a alta de 221% no período de 2001 a 2011 no salário médio da categoria
“
Em um ano e meio contratei mais de dez famílias diferentes para trabalhar. Os contratados permanecem durante um ano no emprego e já começam a pensar no acerto, seguro desemprego e se demitem
”
DELFINO SIMONETTI Produtor Rural
ideal, trabalhar no campo envolve conhecimento. Há casos de pessoas que não sabem cuidar de uma horta, parece algo simples, mas tem uma maneira ideal para se realizar esse trabalho”, aponta o gerente de fomento 16
da Globoaves, Álvaro Baccin. Por outro lado, o produtor rural Simonetti, diz que na propriedade dele, não há exigência de qualificação. “Contratei um funcionário analfabeto que ganhava R$1.200,00, Agosto / Setembro 2013
Ausência de qualificação não pode ser pretexto Muito se fala em qualificação de trabalhadores rurais, ou melhor, comentase da ausência de capacitação. Porém, é fundamental enfatizar que o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), juntamente com os Sindicatos Rurais e outros parceiros, oferecem qualificação profissional para produtores e trabalhadores rurais. Detalhe: os cursos são gratuitos. Ou seja, tanto produtor rural, quanto trabalhador rural, podem se qualificar, se
preparar para esse novo mercado de tecnologias voltadas ao campo, aprimorar conhecimentos e desenvolver um trabalho eficiente e de qualidade na propriedade. Qualificação tem, e por sinal muito eficaz. O que não pode acontecer é permanecer no comodismo, alegando que não há profissionais qualificados, usando isso como pretexto, enquanto vários cursos voltados à área rural são oferecidos
durante todo o ano pelo Senar. Como dizia uma produtora rural, “o mercado está aí, quem não se qualificar vai ficar para trás”. Conclui-se essa matéria com a seguinte frase do gerente Baccin. “O produtor rural precisa ter suporte para ser um bom recrutador, ele necessita conhecer o perfil adequado ao trabalho que ele deseja que seja desenvolvido na sua propriedade. Cabe ao produtor se qualificar e treinar seus trabalhadores”.
por mês, livre de qualquer despesa e ele não permaneceu. Em um ano e meio contratei mais de dez famílias diferentes para trabalhar, busquei esses profissionais em vários municípios. Cada cidade que eu passava, realizava uma entrevista. Os contratados permanecem durante um ano no emprego e já começam a pensar no acerto, seguro desemprego e se demitem, é complicada essa situação”, desabafa. Para o diretor da Agro Domus Eduardo Tanabe, o país se encontra em um ambiente favorável ao crescimento, principalmente na construção civil. “Esse setor emprega muitas pessoas, desde os qualificados até os não qualificados. É nessa área, da construção civil que a mão de obra migrou da agricul-
tura. Muitos trabalhadores rurais foram para grandes centros urbanos em busca de outras opções de serviços”, observa Tanabe. Cidade X Campo É fato que a cidade oferece uma vida diferente daquela do campo e nem sempre o salário é fator decisivo para o profissional permanecer na área rural. “Não é só salário que conta. O trabalhador vê outros fatores, como falta de lazer, conforto, ausência de um transporte adequado, falta de segurança e condições não satisfatórias na questão da saúde. Essas dificuldades desmotivam os trabalhadores”, alerta o gerente da Globoaves. “As condições de trabalho na área rural é mais “sofrido” em relação às condições cli-
máticas, onde se enfrenta chuva, frio, sol e poeiras. Como há outros postos de trabalho na cidade, alguns optam por empregos que não se expõem a essas condições climáticas”, acrescenta o diretor da Agro Domus. No entanto, para a supervisora da Agência do Trabalhador de Cascavel, Claudete Ferreira, a situação é um pouco diferente. “Todos os dias temos vaga para trabalhar no campo e as pessoas interessadas são da cidade. Geralmente o perfil desses trabalhadores é que não dispõem de muita experiência e o nível de instrução é baixo. Porém, não acontece o inverso, ou seja, pessoas do campo desejando voltar para a cidade em busca de emprego”, ressalta a supervisora.
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tecnologia
AGRICULTURA DE PRECISÃO É desmistificaDA Encontro com produtores rurais esclareceu dúvidas e mostrou a importância da Agricultura de Precisão no cenário do agronegócio
Com o objetivo de mostrar a evolução que está ocorrendo com a tecnologia de agricultura de precisão a nível de propriedade rural, a Preciza promoveu uma palestra abordando o tema. O evento ocorreu no dia 20 de junho na Churrascaria Panorâmica e reuniu produtores rurais de Cascavel e região. De acordo com o engenheiro agrônomo, diretor da Preciza e palestrante no evento, Cláudio Luis Heinzmann, há produtores rurais que já estão no 4º ciclo (mais de 8 anos) de correções do solo com doses variáveis e avaliação dos parâmetros de fertilidade. “Com isso, podemos mostrar para os que estão ingressando nessa tecnologia, como será o início, o que acontecerá com a fertilidade de seu solo, e onde queremos chegar, garantindo ao produtor uma ótima produtividade, economia em insumos (tanto de corretivos, como adubação de manutenção) e
O agrônomo Cláudio Heinzmann ressaltou os benefícios da Agricultura de Precisão
estabilidade na produção. Para muitos essa tecnologia é nova, mas para nós que estamos há mais de 10 anos trabalhando nessa área, é importante repassar ao produtor a evolução que tivemos”, ressalta o agrônomo. "Um diferencial da Preciza é que não trabalhamos com a venda de insumos, pois as orientações seguem critérios técnicos, levando economia para o produtor e buscando a máxima produtividade", completa. “A palestra foi muito proveitosa, pois
hoje a agricultura precisa estar caminhando, ou você se especializa ou o mercado irá eliminar você. É preciso maximizar os lucros e minimizar os custos e a agricultura de precisão hoje é uma ferramenta que vai auxiliar nessa parte. Trabalhamos há 7 anos com a agricultura de precisão da Preciza, estamos cada vez mais satisfeitos com o trabalho dela. O produtor necessita da ferramenta de agricultura de precisão para se sobressair, é um diferencial competitivo”, avalia o produ-
Produtores rurais interessados em conhecer melhor a técnica prestigiaram o evento
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Marcos Noro: "Agricultura de Precisão é um diferencial competitivo"
Jeomar Trivilin: "Palestrante abordou muito bem o assunto"
tor rural Marcos Noro. No evento o palestrante explicou aos produtores toda metodologia que a Preciza desenvolve nesses 10 anos de trabalho, além da evolução da empresa nesse sentido. “Ainda recentemente introduzimos novas técnicas à nossa metodologia (que devem se adotadas tanto a nível de laboratório na hora da quantificação química do solo analisado, como na geração dos mapas de fertilidade), o que levará um acerto ainda maior nas recomendações tanto de corretivos como de
fórmulas de adubos mais adequadas para as culturas que serão implantadas nos talhões estudados. Isso mostra que a evolução é contínua, e toda nova informação e/ ou tecnologia que chega através dos órgãos de pesquisa ou empresas ligadas à agricultura, é estudada e testada por nós, para que chegue de forma correta ao produtor, sem intervenção ou interesse comercial”, explica o diretor da Preciza. ALTA PRODUTIVIDADE É META Para o produtor rural Jeomar Trivilin,
a palestra foi fundamental. “Explicação transparente e muito bem abordada. Estou iniciando com a agricultura de precisão na minha propriedade, tenho certeza que me trará excelentes resultados. O evento contribuiu para que eu esclarecesse dúvidas a respeito de fertilidade do solo. O trabalho da Preciza é simples, prático e eficiente”, observa o produtor. “Muitos agricultores imaginam que a tecnologia da Agricultura de Precisão é feita por computadores e máquinas, o que não é verdade. É feito sim por pessoas, que devem ter como princípio, aplicar a Agronomia na sua essência, ou seja, estudar e descobrir os fatores que estão limitando a produtividade do Agricultor, e levar soluções tecnicamente aplicáveis e economicamente viáveis para o campo, para que este consiga ter uma maior lucratividade em sua atividade. Agricultura de Precisão não é para qualquer Agricultor, mas para aquele que ama a sua terra e sua profissão, e, além disso, para aquele que quer deixar para seus filhos não só um pedaço de terra, mas uma forma de crescer e permanecer na atividade num futuro, que certamente será mais competitivo do que vivemos hoje”, aconselha Heinzmann.
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AVICULTURA
Aviários devem ser registrados
Em todo o Brasil, aviários de produção devem agora se adequar às novas regras estabelecidas
Em 2007 o Ministério da Agricultura e Pecuária e Abastecimento (Mapa), em resposta a grande preocupação em relação à Influenza Aviária, criou a Instrução Normativa 56, como forma de proteger essa cadeia produtiva. Trata-se de uma legislação que regulamenta as questões de registro da avicultura de produção e reprodução, que normatiza as questões das construções dos aviários, das distâncias, do manejo higiênico sanitário e dos registros. “O Brasil tem uma abertura de comércio muito grande do setor avícola e a preocupação é manter esse setor forte para exportação e produção interna, já que somos o segundo produtor mundial de frango e o primeiro exportador. Nessa legislação o produtor deve cumprir principalmente a questão de biossegurança, onde os aviários têm as construções de telas antipássaro, preocupação de entradas de pessoas que só tenham relação com a produção, não existe visita aleatória e sem registro, toda visita tem que ser registrada. Bem como se deve atentar para a questão da desinfecção dos veículos, onde esses (veículos) entram numa propriedade que tem avicultura, tudo isso fez com que o Mapa publicasse a IN 56”, explica a médica veterinária da Unidade de Sanidade Agropecuária de Cascavel, Luciana Monteiro. Todos os matrizeiros do Paraná estão registrados na Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) e na sua maioria certificados pelo Mapa. Já os aviários de produção estão se adequando e sendo registrados em todo o estado, segundo a médica veterinária. “Em Cascavel já em processo de registro temos mais de 200 de um universo de 500 aviários de frango de corte. A Adapar espera que em curto prazo tenhamos todos os aviários registrados, visto a grande preocupação com a sanidade dos plantéis e a sobrevivência do tão importante setor produtivo do estado”, observa.
A Instrução Normativa 56 regulamenta ações que o produtor deve cumprir principalmente em relação à questão de biossegurança
Luciana Monteiro: “Aviários de produção estão se adequando e sendo registrados em todo o Estado"
Exigências do setor O prazo a ser cumprido pela IN 56 era até dezembro de 2012, mas devido à crise que o setor de avicultura enfrentou ano passado e as grandes diversidades regionais do nosso país, o Mapa publicou a Resolução 36. “Essa resolução libera para que os estados façam suas legislações e exigências em relação ao setor produtivo da avicultura, sem esquecermos a IN 56, que deve ser cumprida, porém com um prazo mais longo”, alerta 20
Luciana. No primeiro semestre de 2013 foi realizada reunião entre o Conselho Estadual de Sanidade Avícola (Coesa), composto por empresas de todo o setor avícola do Paraná e Adapar, onde assuntos que tratam da legislação avícola foram discutidos. “Nessa ocasião, a Adapar publicou as Portarias 111 e 112 de 2013 que permitem a avaliação de risco para construções novas no raio de 2,5km de matrizeiros desde que cumprindo a mesma condição de biossegurança seguida pelos matrizeiros”, diz a médica veterinária. Segundo ela, até 2015 todos os aviários devem ser registrados, exigências para o setor serão colocadas a cada seis meses. “O avicultor precisa cumprir determinados pontos, como fazer exames de salmonella de todos os lotes, por exemplo, a partir disso, daqui a seis meses outro ponto será exigido”, lembra. Independente de qualquer coisa o avicultor precisa estar enquadrado na IN 56. “Pedimos aos avicultores que sigam as orientações das empresas, se sensibilizem e façam suas mudanças, se é construção de tela, alteração de cerca ou arco de desinfecção, que façam. Que eles promovam rapidamente essas alterações para que possamos registrar esses aviários e torná-los dentro da legislação vigente”, finaliza Luciana. Agosto / Setembro 2013
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cascavel
Uma das decisões é de que será retirado o limite máximo de 100 barracas na feira
"FEIRINHA" TEM NOVAS REGRAS Seagri e feirantes chegam a um acordo. Uma das mudanças é o novo horário de montagem das barracas e funcionamento da feira. Projeto segue agora para aprovação na Câmara
“Estávamos num momento que necessitávamos de regras para oferecer um trabalho melhor e de qualidade aos nossos clientes. Essa nova lei só veio nos favorecer”, diz satisfeito o produtor rural e feirante Roque Garlete. No dia 8 de julho foi realizada uma audiência pública a fim de discutir a nova lei que regulamentará a Feira do Produtor de Cascavel. O evento foi realizado no auditório da Prefeitura de Cascavel e reuniu feirantes,
instituições ligadas ao Comder (Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural), as secretarias ligadas à feira e a presença de nove vereadores. A iniciativa da audiência foi da Secretaria de Agricultura (Seagri) do município de Cascavel e Comder. Os assuntos abordados foram em relação ao horário de montagem das barracas e funcionamento da feira, questões que correspondiam à fiscalização, quantidade de barracas, associação dos feirantes, dentre outros. Após discus-
- Organização e formalização dos produtores por meio da inscrição no CAD/ PRO, quando rural e inscrição no Programa Empresa Fácil como microempreendedor individual quando o produtor for urbano; - Instituição do termo de permissão de uso das barracas de modo a formalizar o vínculo do feirante com o poder público, ocasionando maior segurança jurídica ao produtor e evitando especulações;
O que muda
- Estabelecimento claro dos deveres e proibições, estabelecendo o procedimento para aplicação das penalidades; - Retomada da administração da feira, excluindo questões inconstitucionais que constavam na lei anterior, como estabelecimento de pagamento de joia à associação dos produtores para ingressar na feira e declaração de conhecimento do estatuto da associação.
- Instituição da Comissão Organizadora da feira composta por representantes dos produtores rurais e urbanos, a Emater, Comder e Seagri; - Previsão clara dos requisitos para inscrição e participação à feira de modo a evitar favoritismos;
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sões, interessados chegaram a um consenso e o projeto de lei será encaminhado à votação na Câmara. Foi definido que as cancelas para estacionamento do local serão fechadas às 12h30. A partir das 13h os feirantes podem começar a montar as barracas e o horário de funcionamento da feira será das 15 às 21h. Foi acordado também a questão da formalização dos produtores. “Uma das vantagens é que produtor urbano poderá ter seu registro com o Programa Empresa Fácil. Ele vai ter o alvará que irá para a área de vigilância sanitária, então nessa área de alimentos a vigilância sanitária vai poder estar atuando, impondo as regras para essa questão de lanches, bolachas, pães e cucas. No momento o produtor urbano não tem uma inspeção. A Seagri tem uma fiscalização para os produtores rurais de embutidos, salames, queijos e derivados, carnes, ovos e mel. Quem está na feira tem o seu registro com a Seagri, e então realizamos a fiscalização, agora a fiscalização se estende ao urbano”, explica a médica veterinária do Serviço de Inspeção Municipal e uma das responsáveis pela Feira do Produtor, Ana Maria Formighieri. Muitos produtores rurais já têm o CAD/PRO (Cadas-
Meyer, presidente da APPF: "Houve um consenso e esperamos sinceramente que seja para o bem de todos"
tro Resumido de Produtores Rurais Ativos), mas para aqueles que ainda não formalizaram, será exigida a emissão da nota fiscal via CAD/PRO.
Na ocasião, ficou definido também que será retirado o limite máximo de 100 barracas. “Temos aproximadamente 3.500 propriedades em Cascavel. A feira é para auxiliar o pequeno produtor e temos produtores com diversos produtos de qualidade que não tem espaço para chegar à feira. Livre concorrência a partir de agora”, observa a médica veterinária. De acordo com ela, um dos assuntos conflitantes foi a questão da associação dos feirantes. “Na lei anterior o produtor era obrigado a pagar joias à associação dos produtores para ingressar na feira. Isso foi discutido que na lei atual o produtor não será obrigado a se associar para atuar na feira. Porém, se o produtor quiser se associar para adquirir os benefícios da organização, a decisão é dele”, alerta Formighieri. O presidente da Associação do Pequeno Produtor e Feirantes de Cascavel (APPF), Luiz Meyer, se diz otimista com as decisões. “Fomos tratados de forma democrática, sempre se dá um passo à frente quando há uma negociação, espero que agora esse projeto seja aprovado pelos vereadores. Houve um consenso e esperamos sinceramente que seja para o bem de todos”, deseja o presidente.
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ARTIGO
A ENERGIA QUE VEM DO SOL Engenheiro Henderson Martins O sol que nasce todos os dias é fonte de vida para o planeta. Nele, encontramos diversas fontes de energia. Elas podem ser renováveis ou esgotáveis; mas a energia solar faz parte das inesgotáveis. A conversão fotovoltaica da energia solar por meio de sistemas conectados à rede promove diversos benefícios ao sistema elétrico e ao meio ambiente", frisa o engenheiro Henderson Martins, que trabalha com a implantação dos painéis solares. "A principal vantagem técnica é a possibilidade de se produzir eletricidade nos próprios pontos de consumo, de preferência integrados diretamente nos telhados, fachadas e coberturas das edificações. Esse sistema fotovoltaico pode ser aplicado em propriedades rurais, como por exemplo, nos aviários. Nesse caso, o sistema solar fotovoltaico tem diversos benefícios, como muita área de telhado disponível para instalação dos painéis solar fotovoltaico, com a insta-
lação dos painéis sobre o telhado melhora a temperatura ambiente dentro do aviário, além do aviário ter uma posição ideal para instalação dos painéis, pois uma das laterais está voltada para o norte. O produtor rural pode chegar a reduzir o valor de sua conta de energia em até 100%, ficando somente com o valor da tarifa mínima. A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou no ano passado as regras destinadas a reduzir barreiras para instalação de geração distribuída de pequeno porte, que incluem
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a microgeração, com até 100kw de potência e a minigeração, de 100kw a 1mw. A norma cria o sistema de compensação de energia, que permite ao consumidor instalar pequenos geradores em sua unidade consumidora e trocar energia com a distribuidora local. A regra é valida para geradores que utilizem fontes incentivadas de energia (solar, eólica, hídrica, biomassa). Pelo sistema, a unidade geradora instalada em sua propriedade, por exemplo, produzirá energia e o que não for consumido será injetado no sistema da distribuidora, que utilizará o crédito para abater o consumo dos meses subsequentes. Os créditos poderão ser utilizados em um prazo de 36 meses e as informações estarão na fatura do consumidor, a fim de que ele saiba o saldo de energia e tenha o controle sobre a sua fatura. O saldo pode ser utilizado em outra propriedade que esteja no mesmo CPF ou CNPJ do cliente e dentro da mesma área da concessionária de energia elétrica.
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ÍNDIOS
casa de passagem gera polêmica Doação de área para construção leva comunidade a organizar um abaixo-assinado para solicitar audiência pública
De um lado, a prefeitura de Cascavel que deseja instalar uma Casa de Passagem Indígena na estrada Rio da Paz. Do outro, a comunidade, que não quer a presença dos índios no local e organiza um abaixo-assinado onde será solicitado audiência pública para discutir o assunto. A prefeitura do município, através da Secretaria de Assistência Social, disponibilizou uma chácara de 5 mil metros quadrados, localizada no Loteamento Verdes Campos, na Estrada do Rio da Paz, próximo à Unioeste para a instalação de uma Casa de Passagem Indígena. No entanto, presidentes de associações, comunidades e entidades de Cascavel não aceitam que esse projeto seja de fato concretizado. Para discutir o assunto, foi realizada uma reunião entre lideranças e população do bairro no dia 17 de julho, no salão comunitário do Jardim União. “Em nome do conselho comunitário, como liderança, nós somos totalmente contra essa Casa de Passagem. Nessa reunião montamos uma comissão que organizará um abaixo-assinado com 10 mil assinaturas solicitando aos vereadores a realização de uma audiência pública para discutirmos essa construção”, explica o presidente do Conselho Comunitário, Clóvis Petrocelli. Para o presidente do Jardim União, Izair Fávero, a responsabilidade de acolher e auxiliar o índio não pode ser da prefeitura. “Quem deveria fazer esse serviço é a Funai e não o município. Há tantos problemas que acometem nossa cidade, a prefeitura deveria se preocupar com isso e não com Casa de Passagem. Em nenhum momento fomos consultados a respeito, a comunidade precisa ser ouvida, por isso queremos uma audiência pública”, reclama o presidente. O vereador e indigenista Paulo Porto (PCdoB) defende que o melhor lugar para
O presidente do Conselho Comunitário, Clóvis Petrocelli, mostra a área de 5 mil metros quadrados no Jardim União que será o local da Casa de Passagem
Orso, presidente do Sindicato Rural: "Poder público municipal não devia assumir responsabilidade que é da Funai"
Torres, presidente da Acic: "O mais adequado e sensato é criar estruturas melhores nas aldeias"
a instalação seria ao lado da rodoviária, sobretudo pela proximidade. Ele ressalta que as lideranças kaigang aprovaram a área escolhida e esse é o trunfo da Secretaria
de Assistência Social. Para ele, o ideal seria a casa de passagem funcionar como uma espécie de Cras (Centro de Referência em Assistência Social) indígena, dando todo su-
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Objetivo da Secretaria de Ação Social é dar suporte aos indígenas que vêm para a cidade
porte necessário. Entidades se posicionam O Sindicato Rural Patronal de Cascavel se manifesta a respeito do assunto. Para o presidente da entidade, Paulo Orso, o poder público municipal não deveria assumir uma responsabilidade que não é dele. “Nós como entidade somos totalmente contra essa Casa de Passagem. Isso é responsabilidade da Funai, e nós como comunidade e poder público municipal deveríamos cobrar da Funai para que ela cumpra sua função, que é dar assistência aos índios, dar suporte e qualidade de vida, dar educação e saúde, que é o principal. E também assessorá-los na venda dos seus produtos que é uma forma de melhorar a renda e a permanência deles nas aldeias. Nós não temos nada contra os índios, pelo contrário, somos favoráveis que eles recebam pelo menos esse mínimo que eles têm direito, através da Funai, mas na aldeia”, ressalta o presidente. A Acic (Associação Comercial e Industrial de Cascavel) também se posicionou contra a construção. Segundo a entidade, em vez de construir Casa de Passagem para os in-
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Omissão municipal
A equipe da Revista Sindirural entrou em contato por três dias com a Secretaria de Assistência Social de Cascavel, questionando a respeito da construção da Casa de Passagem. Dentre as questões, perguntávamos o porquê a prefeitura não ouviu a comunidade e por que a mesma está assumindo um problema que seria para a Funai resolver. Porém, a Secretaria não respondeu aos questionamentos da Sindirural e enviou apenas o projeto da Casa de Passagem, ou seja, algo que não nos interessa no momento.
dígenas na cidade, e essa é uma tendência que poderá se multiplicar pelo Brasil, o que a Acic apoia e defende é de que o dinheiro público seja aplicado de outra forma em favor dessas comunidades. O mais adequado e sensato nessa discussão é incentivar a criação de estruturas melhores para os ín-
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dios em suas próprias aldeias. A construção de Casas de Passagem, a exemplo do que alguns pregam, somente traria ainda mais dificuldades aos indígenas, porque, nas aldeias, continuariam com as deficiências que os forçam a sair de lá, aponta o posicionamento emitido pela Acic. “O índio não foi feito para ficar na cidade, em momento algum se ouve falar de algum índio que deseja vir para a cidade. O desejo deles é que se invista nas aldeias, é nas aldeias que tem a cultura deles, que os mesmos se sentem confortáveis. Temos que tentar impedir que esse projeto se concretize. Uma hora o índio briga por terra, em outro momento irão construir uma casa de passagem para eles, então por que brigar por terras se será construído uma casa de passagem? Há uma contradição nisso”, observa o presidente da Acic, José Torres Sobrinho. De acordo com o presidente do Sindicato, a prefeitura deveria zelar pela cidade. “O poder público municipal não está cumprindo sequer com a obrigatoriedade dele em relação ao fornecimento para a população, como saúde pública, valorização da educação, ou seja, os princípios básicos do município que ele teria responsabilidade, ele não está conseguindo cumprir, por que assumir mais um? A sociedade vai estar de uma maneira indireta patrocinando a subsistência desses índios, que não terão a atenção que merecem e continuarão a usar as crianças nas ruas para vender produtos. Não se deve transferir o problema da aldeia para o município”, alerta Paulo Orso. “A sociedade precisa se manifestar, assim como nós da Acic nos posicionamos a respeito. Qual é o real interesse dessa Casa de Passagem? Até agora só se ouve falar de apenas um vereador que apoia, sendo que a sociedade está calada diante disso. A sociedade precisa tomar conhecimento do que está acontecendo e se posicionar”, sugere o presidente da Acic.
SAFRA 2011/12
PARANÁ é campeão nacional de milho O estado participou com 23% do total do cereal produzido no Brasil na safra 2011/12
O milho é o cereal mais produzido no mundo. De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a produção média do cereal nos últimos cinco anos foi de 833,56 milhões de toneladas. Atualmente, a área semeada com milho no mundo está estimada em 175,2 milhões de hectares, refletindo um aumento de cerca de 4% em relação ao ano anterior. Contudo, espera-se uma produção de 839,0 milhões de toneladas do cereal, redução maior que 4% em relação à safra passada. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção total do cereal no Brasil na safra 2011/12 foi de 72,73 milhões de toneladas, com destaque para 2ª Safra, em que houve acréscimo em torno de 23% na área semeada no país. A safra 2011/12 do cereal chega ao fim com valores recordes de produção, superando os 58,6 milhões de toneladas obtidos na safra 2007/08. No cultivo de verão os estados que mais se destacam são: Bahia, Goiás, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina, juntos, eles responderam na média dos últimos cinco anos por mais de 60% da produção brasileira. Liderança Paranaense O Paraná é o líder na produção brasileira de milho, participando por 23% do total produzido em 2011/12. O Mato Grosso vem se firmando como o segundo maior produtor nacional, tendo sua produção concentrada quase que exclusivamente na segunda safra, respondendo por 21% da produção total. A cultura do milho sempre teve um papel importante para a economia paranaense, a considerar pelo número de empregos e renda gerados pela cadeia produtiva. Essa importância pode ser verificada por meio dos dados do Valor Bruto da Produção da Agropecuária Paranaense (VBP), o qual representa toda a receita bruta gerada pelo setor agropecuário. Entre 2006 e 2011, o
Cultura do milho sempre teve um papel importante na economia paranaense
VBP do milho situou-se, em média, em R$ 4,09 bilhões anuais, o que representou, cerca de 10% da renda bruta da agropecuária do Paraná. Em comparação com outros grãos, o milho tem se mantido na 2ª colocação, ficando atrás apenas da soja, que lidera o ranking. Na 1ª safra de milho, o núcleo regional de Ponta Grossa é responsável, na média dos últimos cinco anos, por 18% da produção paranaense de milho. Em seguida, destaca-se o núcleo de Curitiba com 13% de participação, Guarapuava com 10%, Francisco Beltrão com 9% e Pato Branco com 7% do total produzido. De maneira geral, a produção do milho verão está concentrada na região sul do estado, com cerca de 50% do total produzido do cereal. A produção média dos últimos cincos anos é de 6,63 milhões de toneladas. Na 2ªsafra de milho as regiões que mais se destacam são aquelas que tradicionalmente produzem soja no verão e, mesmo com algumas adversidades climá28
ticas, cultivam o milho no inverno, respeitando o zoneamento agrícola. O núcleo de Toledo responde pela maior produção da 2ª safra de milho, com 22% do total obtido nas últimas cinco safras. O núcleo regional de Campo Mourão respondeu, em média, por 17%, Cascavel com 14%, Maringá com 12%, Londrina com 10% e Cornélio Procópio com 8% do total produzido no estado do Paraná. A produção média entre a safra 2007/2008 e 2011/12 é de 6,67 milhões de toneladas do cereal. Em relação à produção total de grãos, o milho respondeu, na média das últimas cinco safras, por 46% da produção paranaense e 9% da safra brasileira de grãos. O Paraná destaca-se como o maior produtor de milho do país, com uma produção na safra 2011/12 de 16,59 milhões de toneladas, superando o recorde obtido na safra 2007/08, quando produziu 15,37 milhões de toneladas. A maior parte do milho produzido no Paraná é consumida no próprio Estado. A Agosto / Setembro 2013
Aumento da exportação do cereal deve-se ao bom momento da cultura
Conab estima um consumo em torno de 10 milhões de toneladas anuais. Deste total, a maior parte é destinada às atividades pecuárias, mais especificamente para a avicultura e suinocultura.
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Exportação O Brasil já exportou, no ano de 2012, aproximadamente 9,4 milhões de toneladas de milho, sendo que 33% do total foram escoados no mês de setembro.
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No mesmo período de janeiro a setembro de 2011, o Brasil exportou cerca de 6,2 milhões de toneladas, 34% a menos em relação ao ano atual. Nos últimos anos, tanto o Brasil, como o Paraná, conquistaram um importante papel no mercado internacional como exportador de milho. No período de janeiro a setembro de 2012, o Paraná exportou aproximadamente 2,1 milhões de toneladas, com variação de 190% a mais em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse valor representa 23% do volume total exportado pelo Brasil no ano de 2012. O aumento da exportação do cereal, muito usado para alimentação animal, deve-se ao bom momento dessa cultura, que foi favorecida pelos bons preços no mercado internacional, motivado principalmente pela quebra da safra norte -americana. Nos últimos cinco anos, os preços recebidos pela saca de milho no Paraná situaram-se, em média a R$ 18,21 por saca de 60 kg. De janeiro a outubro de 2012, a média dos preços recebidos pela saca de milho foi de R$ 22,90, sendo o maior valor obtido no mês de agosto (R$ 26,66), com variação positiva de 12% em relação ao maior preço do ano de 2011. Vale ressaltar que o preço da saca de milho no ano de 2011 também foi considerado bom, tendo um valor médio no ano de R$22,41. Fonte: Seab/Deral
SEGURANÇA
Muitos produtores rurais veem na posse de uma arma de fogo uma solução para obter segurança em sua propriedade
Armas de fogo na propriedade A legislação impõe uma série de requisitos a serem cumpridos para aquisição, renovação e transferência de armas de fogo
O sistema é burocrático quando se deseja adquirir uma arma de fogo, possuir o porte legal de arma de fogo é mais trabalhoso ainda, custa caro e o interessado deve passar por testes que comprovem sua capacidade de manusear aquela arma. Mas para aqueles produtores rurais que acreditam ser essa a segurança para suas propriedades, o delegado chefe Fábio Simões da Polícia Federal de Cascavel, esclarece pontos a respeito desse assunto. A arma de fogo mais barata custa R$ 3.000,00, um 38 ou uma pistola vai
de R$ 5.000,00 a R$ 6.000,00. O interessado na arma deve ter uma série de certidões, apresentar declaração de comprovação de origem lícita, fazer teste psicológico e possuir um comprovante de capacidade técnica para ter essa arma. “Para produtores rurais interessados na aquisição, renovação e transferência de armas de fogo o processo é o mesmo. Preencher um formulário encontrado no site da Polícia Federal www.dpf.gov. br, trazer uma foto recente 3x4, cópia autenticada da carteira de identidade e CPF e uma declaração de próprio punho da efetiva necessidade de arma de fogo, no momento da entrega a pessoa será entrevistada sobre essa necessidade da arma. Trazer certidões de antecedentes criminais da Justiça Federal, Estadual e de outros órgãos, declaração que ela não responde a inquérito policial ou a processo criminal. Apresentação de documento comprobatório de ocupação lícita, 30
comprovante de residência e de capacidade psicológica, além de comprovante de capacidade técnica”, explica o delegado Simões. De acordo com ele, o comprovante de capacidade técnica é emitido a partir de um curso de arma feito por uma das escolas credenciadas, em Cascavel há duas escolas. Após o curso o instrutor de tiro credenciado pela Polícia Federal emite um laudo que aquela pessoa está apta a manusear uma arma de fogo. “Preenchendo esses requisitos o interessado dará entrada na Polícia Federal, pagará uma guia no valor de R$ 60,00 e será encaminhado para análise, se vai ser definido ou não o processo dele. Após a conferência que está tudo certo nesses documentos é emitido o registro de arma de fogo com validade de três anos”, observa o delegado. É importante ressaltar que essa arma deve ser mantida no trabalho ou em casa, Agosto / Setembro 2013
não podendo transitar com ela. Caso isso aconteça, a pessoa deve acessar o site da Polícia Federal e imprimir uma guia de trânsito dessa arma. No caso de porte de arma de fogo, a pessoa se submete a uma prova de tiro feita pelo instrutor da Polícia Federal onde ela só terá o porte se for aprovada. “Para adquirir o porte de arma de fogo são os mesmos requisitos, porém há uma cobrança um pouco maior da efetiva necessidade do porte e é feito apenas em Curitiba pela superintendência”, diz o delegado Fábio. Fique atento “Há casos de produtores rurais que compram armas e deixam com o caseiro na propriedade, a responsabilidade não pode ser transferida para outra pessoa. Caso aconteça algo, tanto caseiro quanto produtor serão penalizados”, alerta a escrivã da Polícia Federal, Flavia Torres. É essencial lembrarmos que há muitas
Delegado Simões, da PF: "Bandidos assaltam propriedades rurais visando o roubo de armas de fogo”
situações de armas de herança encontradas nas propriedades rurais. O produtor deve ficar atento, pois poderá ser penalizado em relação a isso. “Essas armas de herança precisam ser regularizadas, caso isso não aconteça, o proprietário será preso, mesmo alegando que a arma foi de herança do pai ou do avô, por exemplo”, enfatiza a escrivã. “A arma de fogo não traz segurança. Há dados que hoje os bandidos assaltam propriedades rurais visando exclusivamente o roubo de arma de fogo”, alerta o delegado da Polícia Federal de Cascavel, Fábio Simões. Por outro lado, de acordo com a Associação de Fabricantes de Armas, em campanha contra novo referendo, diz que 81% dos criminosos ouvidos procuraram saber se vítima está armada; 74% afirmam evitar entrar em casas de pessoas armadas; 57% afirmaram ter mais medo do cidadão armado do que da polícia; e 56% disseram evitar este tipo de abordagem.
O que é porte de arma de fogo e quais seus requisitos O porte de arma de fogo é o documento, com validade de até 5 anos, que autoriza o cidadão a portar, transportar e trazer consigo uma arma de fogo, de forma discreta, fora das dependências de sua residência ou local de trabalho.
PESSOA FÍSICA
Para obter o porte de arma de fogo o cidadão deve dirigir-se a uma unidade da Polícia Federal munido de requerimento preenchido, além de apresentar os seguintes documentos e condições: (a) ter idade mínima de 25 anos; (b) cópias autenticadas ou original e cópia do RG, CPF e comprovante de residência; (c) declaração escrita da efetiva necessidade, expondo fatos e circunstâncias que justifiquem o pedido, principalmente no tocante ao exercício de atividade profissional de risco ou de ameaça à sua integridade física; (d) comprovação de idoneidade, com a apresentação de certidões negativas de antecedentes criminais fornecidas pela Justiça Federal, Estadual (incluindo Juizados Especiais Criminais), Militar e Eleitoral e de não estar respondendo a inquérito policial ou a processo criminal, que poderão ser fornecidas por meios eletrônicos; (e) apresentação de documento comprobatório de ocupação lícita e de residência certa; (f) comprovação de capacidade técnica e de aptidão psicológica para o maAgosto / Setembro 2013
nuseio de arma de fogo, realizado em prazo não superior a 01 ano, que deverá ser atestado por instrutor de armamento e tiro e psicólogo credenciado pela Polícia Federal; (g) cópia do certificado de registro de arma de fogo; (h) 1 (uma) foto 3x4 recente.
IMPORTANTE
O art. 6o. da Lei 10.826/03 dispõe que o porte de arma de fogo é proibido em todo o território nacional, salvo em casos excepcionais. Portanto, excepcionalmente a Polícia Federal poderá conceder porte de arma de fogo desde que o requerente demonstre a sua efetiva necessidade por exercício de atividade profissional de risco ou de ameaça à sua integridade física, além de atender as demais exigências do art. 10 da Lei 10.826/03. O porte de arma de fogo tem natureza jurídica de autorização, sendo unilateral,
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precário e discricionário. Assim, não basta a apresentação dos documentos previstos em lei se o requerente não demonstrar sua necessidade por exercício de atividade profissional de risco ou de ameaça à sua integridade física. O comprovante de capacidade técnica (Instrutores de Armamento e Tiro) e de aptidão psicológica (Psicólogos) para o manuseio de arma de fogo deve ser fornecido por profissional credenciado pela Policia Federal. A taxa de expedição de Porte Federal de Arma de Fogo somente deverá ser paga após o deferimento da autorização pela Polícia Federal. A autorização de porte de arma de fogo perderá automaticamente sua eficácia caso o portador dela seja detido ou abordado em estado de embriaguez ou sob efeito de substâncias químicas ou alucinógenas. O titular de porte de arma de fogo para defesa pessoal não poderá conduzi-la ostensivamente ou com ela adentrar ou permanecer em locais públicos, tais como igrejas, escolas, estádios desportivos, clubes, agências bancárias ou outros locais onde haja aglomeração de pessoas em virtude de eventos de qualquer natureza. O Porte de Arma de Fogo é pessoal, intransferível e revogável a qualquer tempo, sendo válido apenas com relação à arma nele especificada e com a apresentação do documento de identificação do portador.
ADMINISTRAÇÃO
nova gestão na Seagri e Fundetec Georreferenciamento das estradas rurais e aquisição de novos maquinários são novidades da Secretaria da Agricultura
A Secretaria de Agricultura (Seagri) do município de Cascavel tem por objetivo promover o desenvolvimento rural e o fortalecimento do agronegócio. Há diversos programas desenvolvidos pela Seagri, como: Serviços de Inspeção de Produtos de Origem Animal; Programa de Inseminação Artificial; Programa Compra Direta a Agricultura Familiar – PAA; Programa de Saneamento Rural; Programa de Assistência Técnica e Apoio ao Produtor Rural e Emissão Nota de Produtor Rural. Faz parte também desses projetos a Unidade de Cadastro do Certificação do INCRA, Programa Patrulha Mecanizada, “Programa da Porteira Para Dentro”, Programa Cascavel e Mais Nascentes; Programa de Práticas Conservacionistas de Água e Solo, Feira do Pequeno Produtor Rural e Urbano e Programa de Captação de Recursos e Projetos. “Queremos dar continuidade a todos os projetos, colocar um enfoque em alguns, como a questão da inseminação artificial, o PAA, que é o programa de alimentos e saneamento rural tomar como bandeira. Estou indo para Curitiba para ver algumas coisas nesse sentido com a Sanepar”, diz o engenheiro agrônomo e secretário da Agricultura do município, Luiz Carlos Marcon, que iniciou sua gestão há alguns meses. Quem é novo também no cargo de presidente da Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Fundetec), é o produtor rural João Cunha Junior. “Como cidadão, produtor rural e empresário temos o dever de fazermos o melhor para Cascavel como trazer inovações tecnológicas a nível da Escola Tecnológica Agropecuária (Agrotec), trazendo pesquisas de novas tecnologias e divulgando-as para que nossos produtores tenham informação disponível. Na Fundetec, queremos incentivar
“
O produtor rural pode esperar da Seagri apoio, dedicação, respeito e diálogo constante com todos os produtores rurais LUIS CARLOS MARCON Secretário de Agricultura
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ainda mais o empreendedorismo na criação de novos produtos e novas tecnologias que venham a agregar valores em toda cadeia produtiva de fabricação”, ressalta o presidente da Fundetec. De acordo com o secretário Marcon, o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural de Cascavel (Comder), em parceria com a Seagri irão contratar uma empresa de georreferenciamento, para que a mesma faça um trabalho em todas as estradas rurais da região. “Precisamos conhecer rigorosamente quantos quilômetros temos de estrada. Quanto há de principais e secundárias, depois dessas estradas secundárias o que chega na porteira do produtor. O mais importante é mostrar quantos quilômetros tem em cada linha e em cada segmento. Eu como agricultor que fui na década de 80 32
e 90, nas propriedades que plantei, sempre tinham pontos críticos para chegar ao asfalto. E esses pontos críticos continuam sendo os mesmos, porém não estão referenciados. Quando se tem na mão um mapa específico das estradas, caso aconteça de ter chuva em excesso, já se sabe onde ir, você vai lá e resolve o problema”, explica. Segundo o secretário, as empresas já estão sendo contactadas e a previsão para iniciar o processo é no mês de setembro. Uma das preocupações da Seagri é com a falta de maquinários, segundo Marcon, providências serão tomadas a respeito. Na questão do saneamento rural não significa que vamos passar rede de esgoto, mas é questão de linhas de águas. A ideia é fazer um convênio com a Sanepar”, observa. “O produtor rural pode esperar da Seagri apoio, dedicação, respeito e diálogo constante com todos os produtores rurais do município”, enfatiza o secretário Marcon. Para o presidente da Fundetec, a ideia é dar continuidade aos trabalhos já desenvolvidos, sendo que a parceria entre o setor privado e público torna-se importante, pois muitas vezes o setor público não pode atender algumas demandas. “A prioridade neste momento como gestor da pasta juntamente com todos os funcionários da Fundetec -Agrotec é trabalharmos com as reformas de estruturas físicas que temos a fazer para bem auxiliar a todas as empresas que estão incubadas. Bem como na parte de administração e capacitação, para que ao final de sua incubação ela possa graduar e alçar voo para o mercado de consumo”, destaca. A Fundetec também disponibiliza diferentes cursos que capacitam e qualificam participantes. "Temos uma grande parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e Sindicato Rural na capacitação de nossos produtores, através de seus cursos, também com a secretaria de Agricultura municipal através de seus veterinários e agrônomos. Bem como na orientação e na criação de agroindústrias. Vale salientar que a Fundetec tem toda a estrutura de logística para receber todas as pessoas que desejam ser incubadas nas instalações da mesma”, finaliza o presidente João Cunha. Agosto / Setembro 2013
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CAPA
Animais oferecidos passaram por avaliação genética e ultrassom e atingiram índices elevados para a raça
5º LEILÃO ANGUS EM CASCAVEL Evento coloca à diposição dos criadores animais selecionados pelas fazendas Rio da Paz e Ponche Verde
As Cabanhas Rio da Paz e Ponche Verde promovem o 5º Leilão Produção. Serão ofer além de 150 animais com cruza Angus. O evento será realizado no dia 14 de setembro, no Parque de Exposições de Cascavel a partir das 12h. “São touros selecionados pelas fazendas Rio da Paz e Ponche Verde, animais de qualidade que passaram por avaliação genética e ultrassom e atingiram índices elevados. As duas propriedades pertencentes a Zancanaro e Filippon tem como critérios que animais inferiores são descartados. Por isso prezamos muito pela seleção, dispomos de animais funcionais com carga genética elevada. Esses animais darão um resultado excelente na propriedade”, garante o criador da Fazenda Rio da Paz, Renato Luiz Zancanaro.
Zancanaro: "Angus é um produto com liquidez num mercado que só cresce"
características excepcionais A raça europeia mais utilizada no Brasil é Angus, 82% do sêmen vendido no Brasil em termos de raça europeia é Angus. O Angus se destaca entre as raças taurinas, pois possui um grande número de características positivas, como precocidade, fertilidade e longevidade, rusticidade, qualidade da carne e facilidade de parto. 34
De acordo com o criador Zancanaro, a raça Angus é muito procurada no Brasil e a tendência é só crescer. “Indiscutivelmente o Angus é que dá a maior precocidade em termos de abate, a própria fêmea Angus, a F1, é um animal extremamente precoce também, muito jovem terá o bezerro ao pé com ótimos resultados e excelente ganho de peso. O bezerro cruzado Angus é muito disputado, há diversos compradores, pois ele é muito precoce, tem um ganho de peso excelente e possui carne de qualidade. Os frigoríficos buscam isso”, aponta. A camada de gordura contida nas carnes de Angus é considerada perfeita, nem fina nem grossa e ainda é marmorizada, ou seja, ela é entremeada na musculatura do animal o que acaba deixando a carne mais magra com o mesmo sabor da carne mais gorda, sem necessariamente consumir tanta gordura. “Investir no Angus é uma oportunidade de mercado que só cresce, é um produto que tem liquidez e os animais são totalmente adaptados regionalmente. O criador vai ter o comprador do bezerro dele, em termos de pecuária, o resultado mais eficiente é a cruza Angus”, aconselha o criador. Agosto / Setembro 2013
O TOURO É MAIS QUE UM BOVINO COM TESTÍCULOS Os rebanhos registrados devem ser núcleos de animais com produção controlada e com qualidades superiores aos rebanhos comerciais. Em um grupo de animais que se faz uma boa seleção multiplicando os superiores descartando os inferiores estaremos avançando a cada geração para animais mais produtivos e eficientes. O produto deste processo de seleção são os TOUROS, e estes devem ser muito mais do que bovinos com testículos. Eles devem ser o veículo de bons genes! Não pense que dois touros “bonitos” com 2 anos e 600 Kg são iguais. Eles podem ser muito diferentes. Tudo depende de quanto sério e técnico o selecionador foi com seu rebanho produtor de “genética”. Existe uma diferença muito grande entre “rebanho registrado” e “rebanho selecionado”. O registro genealógico diz quem é quem e, quem é filho de quem, mais não é por si só garantia de genética superior. Porém, ter um rebanho selecionado é rotineiramente controlar o desempenho dos animais e com esta informação multiplicar o superior e abater o inferior. O próprio nome dado aquele que se dedica a isto é “selecionador” e a palavra já diz tudo. Parece simples, mais afirmo que é menos feito do que deveria. O bom selecionador usa
Existe grande diferença entre “rebanho registrado” e “rebanho selecionado'
dados de produção do rebanho, descarta as fêmeas com problema de reprodutivos e com baixa produção de leite, identifica as mães superiores, e as famílias mais produtiva. Com este trabalho, os bons plantéis oferecem reprodutores que emprenham vacas e levam genética produtiva ao cliente.
O reprodutor deve produzir
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de apronte (precoces). Animais eficientes para o frigorífico animais de carcaças pesadas, de boa conformação, de alta padronização e de boa cobertura de gordura (terminação). Animais que sirvam ao consumidor – o bife que chegará a sua mesa deverá ser macio, suculento e saboroso. A qualidade do produto final é que nos manterá como produtores de gado. Muitas características podem ser até correlacionadas negativamente (ex: vacas de baixa manutenção e carcaça pesada, indivíduos com grande ganho de peso e facilidade de terminação, etc) e o trabalho do selecionador é cuidar disto para nós. Não esqueça que metade da genética de todo o seu rebanho vem dos touros! Eles são os verdadeiros provedores de genes e de um único animal podemos esperar mais de 100 filhos em sua vida produtiva. A boa notícia é que as Cabanhas Rio da Paz e Ponche Verde estão alinhados com estes conceitos e pensam na produção de touros como um negócio de longo prazo. Assim, o sucesso somente virá com o seu sucesso no campo. Fernando Furtado Velloso - Médico Veterinário, Inspetor Técnico – Associação Brasileira de Angus
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brahman: destaque entre zebuínos Brasil possui um dos maiores rebanhos zebuínos do mundo. Dos 190 milhões de cabeças do plantel nacional, cerca de 80% têm sangue de zebu. As raças zebuínas se adaptam muito bem ao clima brasileiro
Não poderia ter lugar mais apropriado que o Brasil para que a raça zebuína se difundisse, afinal sua adaptação ao clima tropical é excelente. O zebu tem como característica principal uma saliência muscular no dorso, chamada de cupim ou giba. O zebu é um conjunto de raças. Na Índia, onde há o maior rebanho de zebuínos do mundo, com mais de 300 milhões de cabeças em seu plantel nacional, existem mais de 50 raças zebuínas. No Brasil, são mais de 150 milhões de animais com sangue de zebu, reunidos em 10 tipos de raças. O zebu é um animal rústico e com grande capacidade de adaptação, criado exclusivamente à pasto, impulsionou por muitos anos a pecuária nacional com baixo custo de produção, fato que tem atraído o mercado internacional. Assim como o Nelore, Tabapuã, Gir e outros, o Brahman também é uma raça Zebuína. Juntando diversas características positivas da raças zebuínas, o Brahman conferiu à raça, melhoria em diversos quesitos como precocidade e qualidade de carne. De acordo com o médico veterinário e criador da raça, Jairo Frare, o Brahmam foi criado e selecionado para ser uma raça precoce, dócil e fértil a fim de atender às necessidades dos produtores norte americanos que careciam de mão de obra. Então, através de cruzamentos entre raças zebuínas (nelore, gir, guzerá, crishna valley) chegou-se a raça Brahman. “O Brahman é muito precoce, com qualidade de carne superior, muito dócil e com excelente fertilidade. As fêmeas são ótimas doadoras de embrião e excelentes mães. A docilidade dos animais
Docilidade é uma das características do Brahman que se destacam
Conheça as raças do Zebu Além do Brahman, outras nove raças compõem a família zebuína: O Nelore, que tem o maior rebanho nacional entre os zebuínos; Cangaiam é uma raça zebuína que caracteriza-se pelo tamanho médio, perfil convexo, chifres longos e pontiagudos, que nascem muito próximos à cabeça; A raça Gir se distingue pela pelagem vermelha ou amarela em combinações típicas da raça, utilizada inclusive para a produção leiteira; O Guzerá se destaca pela rusticidade; Indubrasil, que nasceu do cruzamento de gir, nelore e guzerá; Já a raça Sindi caracteriza-se pelo porte pequeno, pelagem vermelha e
favorece muito o manejo e automaticamente a fertilidade e a produtividade aumenta por este aspecto”, ressalta o médico veterinário Frare. Para o criador da raça, Rogério Stein, uma propriedade que deseja engordar bezerros e vender bois com um abate em torno de 20 meses, a raça Brahman contribui de forma positiva, porque ela já traz essa precocidade de crescimento, tamanho e ganho de peso como algo natural da raça. “O Brahman tem dorso e lombo bem avantajados, bem desenvolvidos. Tem precocidade sexual, as fêmeas 36
pele bem pigmentada; E por fim a raça Tabapuã. O Brahman é também uma excelente opção para cruzamentos com outras raças zebuínas, inclusive o Nelore. Juntas, as raças conferem grande ganho ao plantel, tanto em rusticidade, habilidade materna, como também em ganho de peso e melhoria da qualidade da carcaça. O grande número de fêmeas Nelore do plantel nacional tem uma ótima oportunidade de se desenvolverem ainda mais, mantendo as características que já fizeram do gado zebuíno um sucesso no hemisfério sul.
entram no cio muito cedo e em geral produzem duas crias antes dos 3 anos de idade. Os machos são aptos a cobrir em torno dos dois anos e tem uma libido muito aguçada. Isso faz com que na vida útil de uma fêmea ela produza um número maior de bezerros do que outras raças que eventualmente são mais tardias. Ele é também muito precoce no sentido de desenvolvimento de engorda, nasce com um tamanho avantajado e alcança peso significativo rapidamente”, enfatiza o criador Stein. Agosto / Setembro 2013
Leilão de touros Brahman em Cascavel
Dois dos maiores criadores da raça Brahman no Paraná, os agropecuaristas Rogério Stein e Reno Paulo Kunz realizam em Cascavel, no próximo dia 31 de agosto, o seu primeiro grande leilão de touros da raça Brahman. Serão ofertados aproximadamente 70 animais P.O. selecionados para monta natural a campo, visando a produção de animais de cruzamento industrial. No início do leilão, para demonstrar de forma inequívoca o resultado positivo do uso da raça na produção de animais de corte, serão leiloados lotes de bezerros de cruzamento industrial Brahman, oportunidade em que os produtores presentes visualizaram toda a força desta genética.
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CONSÓRCIO
Assembleia do Consórcio Nacional Massey Ferguson do Grupo 348 contemplou 100 cotas
camagril E MF ENTREGAM cotas Mega assembleia do Consórcio Nacional Massey Fergunson gerou mais de 12 milhões em vendas
Planejar com antecedência a aquisição de produtos agrícolas com pequenos investimentos mensais pode ser um bom negócio para o produtor rural. O consórcio agrícola consiste na compra pelo preço a vista do produto, o pagamento a longo prazo e sem taxa de juros, ou seja, um sistema que facilita e ao mesmo tempo garante ao produtor rural a aquisição de produtos que seja de seu interesse sendo pagos de maneira mais “tranquila”. No dia 11 de junho a Camagril, concessionária Massey Ferguson de Cascavel - PR, realizou a Mega Assembleia do Consórcio Nacional Massey Ferguson (CNMF) do Grupo 348. No evento foram contemplados 100 cotas de grupo, o que gerou mais de 12 milhões em vendas. O CNMF permite que o produtor rural adquira máquinas Massey Ferguson de maneira fácil, segura e econômica. Além de programar a melhor forma de pagamento, o produtor pode ser contemplado através de sorteio ou ofertando lances e com vantagens exclusivas como: garantia de entrega, flexibilidade de pagamento, planos em até 120 meses para pagar sem juros, entre ou-
Diretores da Camagril e da Massey Fergunson participaram do evento
tros. “Com um pequeno esforço financeiro e disciplina o produtor rural pode adquirir produtos que aumentam o seu patrimônio. Durante o plano, o produtor concorre mensalmente nas assembleias ao sorteio podendo adquirir de imediato o bem dos seus sonhos. Também pode oferecer lance todos os meses nas assembleias para distribuição de bens, integralizando o lance somente quando for contemplado”, explica o representante do Consórcio Nacional Massey Ferguson, 38
Leandro Amaral. Ainda segundo o representante, o valor do lance pago amortiza na ordem inversa as parcelas (da última para a primeira), liquidando primeiro as parcelas que poderiam sofrer os maiores reajustes no futuro, além de reduzir o prazo de participação do consorciado no seu grupo de consórcio. Consórcio Massey O Consórcio Nacional Massey Ferguson oferece a garantia da Massey Ferguson com a tradição de mais de 30 anos de atividades Agosto / Setembro 2013
no território nacional. Os grupos lançados no mercado pelo Consórcio Nacional Massey Ferguson têm características inéditas, contemplando, em assembleias especiais, até 150 consorciados de uma só vez. “O serviço de administração está compatível com o mercado e é diluído no prazo do grupo, tornando essa forma de aquisição dos produtos Massey Ferguson atraente e inteligente. O grupo recentemente lançado para a venda de cotas contemplará 536 consorciados nas 36 primeiras assembleias. Adotamos também, a contemplação por lances fixos de 30% e 40%, sugerindo ao consorciado a possibilidade de contemplação com menor investimento, podendo, ainda, ser utilizado para amortização do lance, com até 20% do valor do crédito”, ressalta o representante da Massey.
Consórcio é uma maneira fácil, segura e econômica de adquirir um Massey Fergunson
O evento teve show da dupla sertaneja César e Paulinho e foi prestigiado por grande número de convidados
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IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS
mercado TEVE alta de 20% Só no primeiro quadrimestre o segmento teve um faturamento de 20% em relação ao ano anterior. A expectativa é encerrar o ano com alta de 15%
Tecnologias a favor do campo não faltam para o produtor rural. A crescente diversidade de máquinas e implementos agrícolas atrai cada vez mais o setor rural. Com o objetivo de reduzir custo, garantir uma excelente produtividade, eficiência no plantio e facilidade no trabalho surge no mercado os mais diferentes tipos de implementos agrícolas. “Eles são ideais para qualquer propriedade agrícola, pois existem necessidades em adubação, pulverização, preparo de solo e demais tratos culturais”, enfatiza o gerente de vendas da Baldan, Raul Fernando Capparelli. A indústria de implementos está em ascensão. No primeiro quadrimestre, o faturamento do setor foi 20% superior a 2012 e a expectativa é fechar o ano com alta de 15%. “O mercado de máquinas agrícolas encontra-se aquecido devido a uma combinação de vários fatores: boa colheita, preços das commodities agrícolas em patamares elevados, mediante a média histórica e uma política de crédito para investimentos com taxas atrativas. Isto está levando o produtor rural a investir em novas tecnologias que o ajudem a ser mais eficiente e competitivo. Também houve a retomada em alguns mercados de exportação como países do continente africano e alguns países da América Latina”, ressalta o diretor comercial da Jacto, Robson Zófoli. De acordo com o presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Gilberto Zancopé, a expectativa é boa para o setor. “Esperase que o cenário permaneça estável para o segundo semestre de 2013 e também para o ano de 2014, diante da necessidade de recuperação dos estoques mundiais de di-
Zancopé, presidente da Abimaq: " Espera-se que o cenário permaneça estável para o segundo semestre de 2013 e também para o ano de 2014"
versas commodities, mantendo seus preços em um nível satisfatório para a agricultura brasileira”, observa. Para o gerente de marketing da Montana, Giancarlo Fasolin, o cenário de implementos e de toda agricultura para o ano de 2013, apontava para uma performance espetacular. “Com o final do primeiro semestre, isto só veio a se confirmar, mostrar que as previsões estavam corretas e que temos um ano de ouro nas mãos. Para um cenário futuro, não há nada no horizonte que aponte para alguma crise ou algo que venha a reduzir os volumes para um momento próximo, o que faz com que afirmemos que temos as condições de manter as boas performances para o restante do ano e 2014 por consequência”. Importância do implemento “Com uma ferramenta nova, o produtor substitui uma plantadeira usada de 10 ou até mais anos e assim melhora a tecnologia no momento de plantar a semente. A semente será espalhada com mais precisão, o espaçamento entre as sementes será o adequado, porque as plantadeiras mais no40
vas são extremamente precisas, assim esse equipamento irá jogar o volume correto de adubo. Com essa tecnologia aplicada ao plantio, consequentemente a produtividade aumentará e os custos operacionais da lavoura serão diminuídos”, destaca o gerente comercial da Valtra, Luiz Cambuhy. Para o gerente regional de vendas da Massey Ferguson, Ernani Leonel Oliveira, a aquisição de implementos controla o custo da produção. “o produtor tem que otimizar ao máximo as máquinas que ele tem. Ele precisa ter um implemento específico para o que ele vai fazer, é importante que ele compre exatamente o implemento que ele vai precisar para a atividade”, aconselha. “Quando um produtor rural adquire, por exemplo, uma plantadeira, que tem um valor agregado maior, seria ideal ter um barracão, para que este equipamento seja abrigado. Após o uso, que seja feita uma lavagem, e posteriormente um banho de óleo”, alerta o gerente da Baldan. Diferencial Adquirir o equipamento ideal e ser orientado de maneira eficaz em relação à manutenção do implemento, são fatores primordiais para que o produtor rural tenha segurança ao trabalhar com o equipamento e que o mesmo (o implemento) garanta sua eficiência. “A Montana traz ao mercado a mais alta tecnologia para os implementos, além da robustez de sua linha de autopropelidos. Com produtos de qualidade e alto desempenho, a Montana busca sempre oferecer produtos inovadores que garante maiores ganhos aos nossos produtores rurais”, aponta o gerente da Montana. Segundo o gerente da Valtra, a empresa possui uma linha completa de plantadeiras e semeadoras. “Temos também distribuidora de fertilizantes e de plantio, atendemos desde o pequeno até o grande produtor rural. Nos últimos dois anos começamos a trabalhar com uma linha de enfardadoras, tanto para a geração de bioenergia, como de silagem animal. Dispomos de equipe qualificada para orientarmos nosso produtor quanto ao uso dos implementos, cuidados com manutenção, esse fator é fundamental e nos preoAgosto / Setembro 2013
cupamos muito com isso”, destaca. “A Jacto desenvolve e fabrica pulverizadores, colhedoras de café, adubadoras e produtos voltados à agricultura de precisão, que aliam segurança, qualidade e produtividade. Introduzimos novas especificações na nossa adubadora Uniport 3000 NPK adequando-a a culturas como milho, soja e algodão, além de um importante lançamento na nossa linha de colhedoras de café: a KTR 3500”, cita o diretor da Jacto. De acordo com gerente da Baldan, a empresa é tradicional na fabricação de implementos agrícolas. “Temos considerável participação no mercado destes produtos, principalmente no preparo de solo, onde apresenta uma linha completa de grades aradoras e niveladoras. E com a tendência de tratores de maior potência, a Baldan está inserida neste contexto, por isso lançou durante a Agrishow 2013 as grades aradoras: cri de até 44 discos, para tratores com potência de 278 hp, a grade gtcr de até 30 discos, para tratores de 320 hp e a grade
Cambuhy, da Valtra: "Tecnologia aumenta produtividade e diminui custos"
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Zófoli, da Jacto: "Produtor rural deseja investir em novas tecnologias
gspcr de até 24 discos para tratores de 230 hp”, destaca. Para o diretor de marketing da Planticenter, Vinicius Dalla Rosa, o mercado de máquinas agrícolas está numa fase muito aquecida, abrangendo desde os pequenos produtores da agricultura familiar até os grandes produtores do Brasil e do exterior. "Além disso, o cenário atual também contribuiu muito para que os produtores invistam no parque de maquinários, principalmente pela taxa de juros de 3,5% a.a. nos financiamentos", afirma. Em relação ao aumento da demanda, a empresa está preparada. "A Planti Center está se preparando oferecendo a melhor qualidade de plantio das plantadeiras de 3 a 45 linhas da nova Linha G-4, equipadas com o inovador e exclusivo Sistema Titanium na distribuição de sementes, garantindo maior precisão e uniformidade de plantio". ressalta.
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Para o gerente da Massey Fergunson, o carro-chefe da empresa também é sua linha de plantadeiras. “Temos uma linha completa que vai de 2 a 34 linhas, atende o pequeno, médio e grande produtor. São plantadeiras para a soja, milho, trigo, arroz, ou seja, nós entramos em quase todo o segmento da agricultura. Estrutura reforçada, altamente confiável, ou seja, a manutenção é pequena, e ela é uma máquina mais leve, exige uma menor potência do trator e o produtor tem economia com gasto de combustível”, destaca. “A mecanização da propriedade e qualificação da mão de obra no campo é uma necessidade competitiva para o produtor, que busca constantemente a melhoria da produção, maior produtividade, qualidade dos produtos e agilização do processo. A indústria é parte importante da cadeia agrícola e deve contribuir para a melhoria constante da produção na propriedade rural, por meio da inovação tecnológica das máquinas, equipamentos e implementos agrícolas ofertados”, conclui o presidente da Abimaq.
Dalla Rosa, da Planticenter: "Cenário atual incentiva agricultores a investir
PRAGA
Mofo branco: o Grande vilão Além da soja, o fungo infecta uma vasta gama de plantas cultivadas e daninhas, são relatadas mais de 400 espécies
Mais uma doença na lavoura que tem tirado a paz dos produtores rurais, o mofo branco. Causado pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum, é uma das doenças mais destrutivas do feijoeiro. Porém, há relatos de que cada vez mais esse problema tem afetado a soja. Este fungo é considerado um dos patógenos fúngicos mais importantes no mundo e está distribuído na maioria das regiões produtoras de soja do Brasil. Além da soja, o fungo infecta uma vasta gama de plantas cultivadas e daninhas, são relatadas mais de 400 espécies dentro das quais incluem feijão, soja, algodão, girassol, canola, nabo forrageiro, alfafa, trevos, ervilha, batata, fumo, hortelã e tomate. O mofo branco possui alta agressividade e sua sobrevivência no solo é por muito tempo. Em condições climáticas favoráveis (alta umidade e temperaturas noturnas amenas) as perdas em soja podem ser superiores a 40%. “Na ausência de hospedeiros suscetíveis, o fungo pode persistir por um longo período no solo, por meio de suas estruturas de resistência, denominadas escleródios. Os escleródios variam de tamanho de poucos milímetros a alguns centímetros e são formados tanto no interior como na superfície da haste e das vagens infectadas. Os escleródios caídos no solo, sob condições climáticas favoráveis (alta umidade e temperaturas noturnas amenas), germinam e produzem na superfície do solo, as estruturas chamadas apotécios, os quais produzem os ascósporos que são liberados no ar e são responsáveis pela infecção das plantas”, explica a engenheira agrônoma e pesquisadora da Coodetec, Tatiane Dalla Nora Montecelli. O produtor rural Zigomar Salvati, enfrentou esse problema na sua plantação de canola. “Não conhecia o mofo branco, plantei a
Salvati: "Mesmo utilizando fungicida, tive uma perda de 30% na minha lavoura"
"O mofo branco possui alta agressividade e mesmo com ausência de hospedeiros, o fungo permance no solo por um longo tempo" TATIANE DALLA NORA MONTECELLI Engenheira agrônoma e pesquisadora da Coodetec
canola ano passado no inverno, quando percebi, o fungo já tinha se espalhado na plantação. Utilizei fungicida para controlar, mas já era tarde. Tive uma perda de 30%”, reclama o produtor. Após essa situação, o produtor Salvati preveniu sua plantação de soja. Fui orientado a usar na soja um sistema biológico somado a outro produto, assim, não apareceu o fungo nessa área. Temos que estar atentos e nos precaver, se não cuidar 42
acontece até 70% de perda na soja”, alerta o produtor. Segundo a engenheira agrônoma, a fase mais vulnerável da soja é nos estádios da floração plena (R2) ao início da formação das vagens (R3/R4). “O fungo é capaz de infectar qualquer parte da planta, porém as infecções iniciam-se com mais frequência a partir das inflorescências e das axilas das folhas e dos ramos laterais com a haste principal. Agosto / Setembro 2013
Além da soja, o fungo infecta uma vasta gama de plantas cultivadas e daninhas, sendo relatadas em mais de 400 espécies
Os primeiros sintomas são manchas de anasarca que evoluem para coloração castanhoclara e desenvolvem abundante formação de micélio branco e denso, em poucos dias o micélio transforma-se em uma massa negra, rígida, constituindo o esclerócio”, observa. Prevenção A disseminação da doença se dá principalmente pela utilização de sementes contaminadas (presença de escleródios). Para a agrônoma Tatiane, uma das recomendações mais importantes é evitar a introdução da doença na área. “O uso de sementes (soja, feijão, nabo, canola, girassol, etc..) contaminadas com a presença escleródios foi em parte grande responsável pela disseminação e introdução em novas áreas desta doença. A utilização de sementes certificadas livres do patógeno é fundamental para evitar a introdução da doença em novas áreas, e o tratamento de sementes com fungicidas reduz a possibilidade de transmissão do fungo por meio de micélio dormente”, aconselha. Controle De acordo com um artigo elaborado por Murillo Junior da Embrapa e Priscila Santos da Universidade Federal de Goiás, trabalhos recentes têm demonstrado que é possível reduzir drasticamente a incidência do mofo branco em lavouras de soja nos prazo de três anos adotando-se o Sistema Plantio Direto (SPD) na palha e o uso de sementes sadias e tratadas juntos a outras práticas de manejo. O artigo diz também que no SPD a paAgosto / Setembro 2013
lhada tem função básica servir como barreira física que evita a formação de apotécios, além de evitar que os ascósporos sejam lançados à parte aérea das plantas dando início às infecções. Os efeitos de uma boa camada de palha são notáveis. As gramíneas adotadas como plantas de cobertura podem ter ação descompactante do solo e gerar mais de dez toneladas de matéria orgânica e serve como alimento para muitos fungos e bactérias nativos do solo e que acabam atuando como parasitas de escleródios de S. sclerotiorum. Além da palha também ser considerada importante para o uso de agentes de controle biológico, como os do gênero Trichoderma. Segundo Tatiane, o manejo adequado da população e densidade das plantas permite uma correta aeração e diminui as chances do contato de plantas doentes com as plantas sadias. “Deve-se evitar que ocorra o acamamento de plantas. Em lavouras irri-
gadas sob pivô central, deve-se diminuir ao máximo o número de irrigações durante a floração, que é a fase de maior suscetibilidade da planta a infecção. A rotação de culturas com espécies resistentes como milho, aveia branca e trigo, é imprescindível para o manejo da doença. O produtor rural deve dar preferência para as gramíneas que formam maior quantidade de palha, dificultando assim a formação e liberação dos apotécios e esporos do fungo. É necessário evitar o cultivo de espécies suscetíveis em sucessão à soja nas áreas onde ocorreram epidemias recentes”, diz a pesquisadora da Coodetec. E acrescenta: “A integração lavoura-pecuária também é uma alternativa importante para áreas altamente infestadas, principalmente pelo uso de gramíneas. O maior período sem plantas hospedeiras, proporcionado pela integração lavoura-pecuária, pode auxiliar na redução da fonte de inóculo”.
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COMPORTAMENTO
As produtoras rurais Romilda, Dejane, Kassiele e Ivonete mostram que as mulheres têm seu espaço garantido na administração rural
As poderosas do agronegócio
Cuidar da casa já não é mais suficiente para elas. Dia a dia elas enfrentam os desafios de um ambiente dominado por homens e pouco a pouco vão mostrando as diferenças do poder feminino na administração rural
A determinação feminina invade o campo. Guerreiras, batalhadoras e de uma coragem admirável, as mulheres estão cada vez mais assumindo papéis nas propriedades
rurais, até então nunca imagináveis. Sexo frágil? Para elas essa denominação não existe. Plantam, colhem, dirigem caminhões e tratores e até mesmo comercializam sua produção. Além de cuidar da casa, do marido e filhos. Tempo para isso? Essas poderosas do agronegócio administram muito bem seus horários e ainda conseguem trocar ideias com companheiras de trabalho e cuidarem muito bem do visual. “Nosso trabalho é muito limpinho, sempre estou maquiada, cabelo arrumado, podemos sim estarmos belas no campo”, conta sorrindo a produtora rural Ivonete Aparecida Mendes Krezeinsky, de 46 anos. A produtora rural Romilda Mujol de 40 anos, mãe de duas filhas, ajuda o marido na propriedade há 23 anos e garante estar satisfeita com a atividade. “Dirijo trator 44
e caminhão, até mesmo a manutenção dos equipamentos ajudo a cuidar, engraxar a máquina ou soldar. Fico muito feliz com esse trabalho, é algo que me distrai, cuido da minha casa, mas também coloco a “mão na massa”. Lavo, passo, cozinho e ajudo na roça, até um dia minha sobrinha falou: “Essa tia é multiuso, faz tudo”, me sinto orgulhosa, pois vejo que tenho capacidade de fazer”, comemora a produtora. Para a produtora rural Dejane Michels, de 36 anos, que sempre conviveu com o trabalho no campo, é um orgulho continuar o trabalho do pai, que já é falecido. “Desde meus 11 anos meu pai me ensinava a dirigir trator e caminhão, nunca tive medo. Quando as pessoas me veem dirigindo um trator levam um choque: “Meu Deus! Uma mulher está plantando ou colhendo”. Estou fazendo Agosto / Setembro 2013
algo para minha sobrevivência, é a profissão que escolhi. Vi a luta do meu pai para nos sustentar, por isso continuo a fazer o trabalho dele, me sinto realizada, pois faço o que gosto”, emociona-se. Mas não é só a produtora Dejane que desejou seguir os passos do pai não. A bela Kassiane Bazzotti, de apenas 6 anos, filha da produtora rural Kassiele Bazzotti, acompanha o trabalho da mãe na propriedade e diz gostar muito do que vê. “Quero ajudar meus pais na roça, fazer o serviço igual minha mãe”, conta Kassiane. Ao lado, sua mãe Kassiele, diz toda orgulhosa: “Minha filha até me incentiva no trabalho, torce por mim, diz assim: vai mãe, que a senhora consegue”. Há três anos, a jovem Kassiele, de 22 anos colabora com seu marido nos serviços da propriedade, segundo a produtora, começou no trabalho de curiosa e aos poucos foi gostando e permaneceu. “Eu ajudo a gradear e a plantar. Meu marido num trator e eu no outro. Dividimos as tarefas, eu o ajudo na roça e ele me ajuda em casa. É muito importante a mulher conhecer esse trabalho, pois caso aconteça alguma coisa saberemos como nos defender”, aconselha. Ter coragem e enfrentar os desafios diários no campo, definitivamente não é para todos. É importante enfatizarmos o quanto
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A mulher pode e tem potencial para ela fazer tudo o que quiser, basta vencer o medo. Ela tem que se preparar psicologicamente e fisicamente e encarar tudo com coragem e dizer: eu posso e eu vou fazer
Ivonete Krezeinsky Produtora rural
”
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Mais mulheres deveriam experimentar o trabalho na roça, pois depois que passarem por essa experiência garanto que não irão querer fazer outra coisa. É algo que nos faz muito bem e nos distraímos com isso KASSIELE BAZZOTTI Produtora rural
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esses maquinários são perigosos e pesados, para conseguir guiá-los deve ter muita disciplina, perseverança e força de vontade. Foi o que aconteceu com a produtora rural Ivonete. “No início eu tinha muito medo, não conseguia operar as máquinas direito e chorava muito. Os conselhos da minha amiga Dejane foram essenciais para eu superar minhas inseguranças. Ela dizia: “Você não pode se entregar ao medo, você tem potencial, enfrente”. Então me reanimei e na terceira vez já saí colhendo e não parei mais. Me senti vitoriosa e valorizada. Assim podemos somar com nosso marido no trabalho da propriedade e não competir com ele. O serviço é pesado, deve ter um bom preparo físico para isso. Sentia dores no corpo e cansaço no começo, mas não desisti. Passei a valorizar ainda mais o trabalho dos homens. A mulher tem que se preparar psicologicamente e fisicamente e encarar tudo com coragem e dizer: eu posso e eu vou fazer”, orgulha-se. Realização profissional Cada conquista alcançada por meio do trabalho e esforço dessas produtoras tem um sabor especial. Desafios superados diariamente, etapas vencidas e sonhos a serem realizados ali mesmo, na propriedade, afinal, todos nós desejamos nos sentir realizados profissionalmente e isso é algo experimentado por essas mulheres. “Quando eu consegui colher o primeiro ano, nem acreditei e pensava, nossa estou fazendo o que meu pai fazia, achei que nunca conseguiria fazer. Preciso aprender muito ainda, mas estou chegando lá”, diz sorrindo a produtora Dejane. Para a produtora Romilda, seu papel na propriedade é muito importante. “Eu faço o trabalho de outra pessoa, assim nosso negócio cresce, pois o dinheiro que iria para outro, sobra para nós. O dia que eu dirigi o caminhão pela primeira vez e o trouxe para casa foi emocionante, pensava, eu sou capaz e eu vou fazer”, emo-
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Se você não tentar não vai conseguir, se insistir em tentar, aprende
Aconselho que elas comecem logo a trabalhar no campo, que se interessem pela atividade, pois assim nos sentimos mais valorizadas
DEJANE MICHELS
ROMILDA MUJOL
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ciona-se. No caso da produtora Kassiele, um momento marcante foi quando conseguiu gradear sozinha. “Meu marido me explicou, me colocou o desafio e consegui. Eu não acreditava que tinha conseguido, quando eu desci do trator eu nem caminhava, parecia que voava. Meu próximo passo é aprender a mexer na colheitadeira”, planeja. E depois de vencer o medo a produtora Ivonete conclui: “Isso é uma experiência única, hoje eu sinto que sou capaz de fazer qualquer coisa, até tirolesa eu já desci. Enfrento as coisas com mais naturalidade. A mulher também consegue ter sua independência financeira ao lado do marido,
Produtora rural
”
trabalhando na propriedade. A mulher deve buscar conhecimento e saber como funciona o equipamento. Quando ela se interessa e busca saber a área que ela vai atuar, ela entra de cabeça erguida e com propriedade no assunto”, observa. “O futuro da mulher na agricultura é chegar à igualdade masculina, ela vai tomar as mesmas decisões dos homens. Além de proporcionar toda a segurança para o homem trabalhar, cuidando da casa e filhos, a mulher prova que ela tem capacidade na propriedade também, plantar, colher e produzir tanto quanto o marido. Precisamos de mais igualdade e reconhecimento”, lembra a produtora Dejane.
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É NOTÍCIA
VBP da Agropecuária deve crescer 7,3%
O Valor Bruto da Produção (VBP) deve crescer 7,3% em 2013, chegando a R$ 419,4 bilhões, segundo estimativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A alta do faturamento da atividade “dentro da porteira” foi impulsionada pelos preços das principais commodities agrícolas, que apesar da leve queda sofrida neste ano, estão acima das cotações observadas em 2012. Para o setor agrícola, a estimativa do VBP é de R$ 251,7 bilhões, elevação de 6,2% na comparação com 2012. A cultura que lidera este crescimento é a soja, cujo faturamento deve somar R$ 80,6 bilhões, 16,8% a mais do que no ano passado. Já a previsão para o VBP do milho é de R$ 37 bilhões, expansão de 5,6%, diante do aumento de 8,4% na produção do cereal. Fonte: CNA
Produtores rurais têm até 30 de setembro para a entrega do ADA
Os proprietários rurais têm até o próximo dia 30 de setembro para entregar o Ato Declaratório Ambiental (ADA) 2013. Este instrumento possibilita a redução em até 100%, do valor do Imposto Territorial sobre a Propriedade Rural (ITR) incidente sobre as áreas de interesse ambiental dentro do imóvel rural, incluídas na declaração do ITR.
Forteleite reforça importância da Prevenção A empresa ForteLeite, representante da GEA Farm Technologies, continua seu programa de Assistência Técnica Preventiva junto a seus clientes. "Prevenir é melhor do que remediar", afirma o empresário Milton Burille, diretor da empresa. "Temos hoje o programa ATP (Assistência Técnica Preventiva), onde fazemos visitas às propriedades rurais através de roteiros pré-definidos. "Com isso, podemos dar a nossos clientes suporte e orientaçãoe
São consideradas áreas de interesse ambiental Áreas de Preservação Permanente (APP), Reservas Legais (RLs), Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN), Interesse Ecológico, Servidão Ambiental, Cobertas por Floresta Nativa e Alagadas para constituição de reservatório de usinas hidrelétricas. Fonte: Canal do Produtor
vou em conta “as manifestações recebidas de entidades representativas do setor agrícola”. Já existe projeto aprovado pela Câmara dos Deputados desobrigando as máquinas agrícolas do registro de licenciamento anual. Nos próximos dias, este PLC 33/2012, de autoria do deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), será votado também no Senado. Fonte: Agrolink
Suspenso emplacamento de tratores até dezembro/2014
Zoneamento agrícola
Está suspensa até 31 de dezembro de 2014 a obrigatoriedade de emplacamento de tratores. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) publicou a decisão no Diário Oficial da União (DOU) dessa sexta-feira (26.07). A nova resolução justifica que le-
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identificar a real necessidade de cada um", afirma Burille. Além dos equipamentos para a ordenha, desinfecção do ambiente de ordenha e a higienização dos ubres dos animais antes e após a retirada do leite, a empresa também trabalha com detergentes e sanitizantes para manter os equipamentos livres de contaminação e bactericidas, como o pré e o pós-dip, que hoje são o que há de melhor e mais moderno no segmento a nível mundial", ressalta.
Conheça as Portarias do Zoneamento Agrícola para milho e soja da safra 2013/2014 no Paraná. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento -MAPA divulgou as portarias do zoneamento agrícola de risco climático no Diário Oficial da União, em 11 de julho de 2013, que podem ser acessadas pelo endereço eletrônico: http://www.agricultura.gov.br/ politica-agricola/zoneamento-agricola/ portarias segmentadas-por-uf
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Atividade despertou ainda mais a criatividade dos alunos da Apae, cumprindo com o objetivo de Promoção Social do Senar
senar promove Curso na apae Curso de Cestaria e Trançados ensina alunos a confeccionar bonecos feitos a partir da palha de milho, que pode ser uma alternativa de renda
Olhos atentos e mãos habilidosas. Não poderiam perder nenhum detalhe das instruções dadas pelo professor. Assim, os alunos da Apae de Cascavel se concentravam no curso de Cestaria e Trançados – artesanato com palha de milho, que participaram nos dias 17, 18 e 19 de junho. A iniciativa foi conjunta do Sindicato Rural Patronal de Cascavel e Senar-PR, em parceria com a Apae, através do programa Apoena, criado pelo Senar-PR para atender principalmente filhos de agricultores com necessidades especiais. Bonecos criativos e de uma beleza singular foram confeccionados pelos alunos da Apae, a matéria-prima para essa criação, foi a palha se milho. Material simples que nas mãos desses participantes se tornou como uma obra de arte. A tinta dava cor ao ros-
O curso foi ministrado pelo instrutor Geimar Nava
to do boneco, cabelos artificiais deixavam o visual das bonecas ainda mais moderno, até bolsa para as bonecas foram elaboradas da palha do milho. Não poderia faltar o chapéu, afinal, o sol estava muito quente naquele dia e os bonecos deveriam se proteger. 48
Era perceptível o brilho nos olhos daqueles alunos ao realizar esse curso, tanta dedicação e esforço só poderia dar um resultado: perceberam o quanto são capazes e o sorriso que davam ao ver seu trabalho concluído, emocionava qualquer pessoa. Agosto / Setembro 2013
Os alunos exibem com orgulho o resultado do curso, que teve carga horária de 24 horas
“Cursos como esse incentivam ainda mais o aprendizado dos alunos, eles sentem-se mais valorizados e descobrem o quanto de potencial cada um tem. As mães também participaram e esse envolvimento fez com que elas percebessem que o produto desenvolvido no curso poderá ser uma ajuda no sustento da família”, ressalta a diretora pedagógica da Apae, Wagna Sutana. O curso teve carga horária de 24 horas/ aula, tendo como instrutor Geimar Nava, do Senar-PR. Foi realizada a seleção de palha, desenvolvida a técnica de tingimento, confecção de bonecos e bonecas, guarda-chuva, bolsa e também vassouras. “Os alunos ficaram encantados, por ser
uma atividade diferente, tanto para eles, quanto para a entidade. Os mesmos saem da rotina, percebemos a criatividade de cada aluno nos bonecos, há um interesse muito grande de aprendizado, eles ficaram muitos felizes”, orgulha-se o instrutor Nava. Programa Apoena Criado pelo Senar, este programa destina-se a realizar ações de Formação Profissional Rural e atividades de Promoção Social para pessoas com deficiências, sejam estas: mental, física, auditiva, visual e múltipla. No âmbito do programa os agentes envolvidos de formação profissional e na promoção social (mobilizadores, instrutores, interpretes de Libras, coordenadores e supervisores)
participam de treinamento metodológico, com conteúdo apropriado para desenvolver atitudes inclusivas, de maneira a propiciar a celebração das diferenças, o direito de pertencer, a valorização da diversidade humana, a solidariedade humanitária; a igual importância das minorias e a cidadania com qualidade de vida. Anualmente o Senar treina em torno de 300 instrutores no programa, isso reflete que quanto mais educadores estiverem preparados, melhor assistidas serão as pessoas com deficiência nas suas especificidades. No Brasil o SENAR recebe por ano cerca de 24.000 pessoas com Deficiência tanto nas ofertas de Formação Profissional Rural quanto de Promoção Social.
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CRÉDITO
Superintendente regional do BB, Dirceu Tessaro, reuniu produtores e autoridades para lançamento do plano 2013/14
PLANO SAFRA DO BB OFERTA R$ 11,2 BI R$ 1,9 bilhão irá financiar a agricultura familiar e R$ 9,2 bilhões atenderão aos agricultores empresariais e cooperativas rurais. Novidade é nova linha para armazenagem de grãos
Investir não é mais problema para o produtor rural. Linhas de crédito cada vez mais atrativas, taxa de juros menores e prazos longos à disposição do campo. Todas essas
vantagens foram apresentadas pelo Banco do Brasil no lançamento do Plano Safra 2013/2014. O evento ocorreu no dia 3 de julho, no auditório do Sindicato Rural Patronal de Cascavel e reuniu produtores rurais, o presidente do Sindicato Rural de Cascavel, Paulo Orso, o secretário da Agricultura do município, Luiz Carlos Marcon, e o presidente da Sociedade Rural do Oeste, Ervin Soliwa, entre outras lideranças. O Banco disponibilizou R$ 11,2 bilhões para a safra 2013/2014 no Paraná. Volume é 17,3% superior à safra passada. Desse total, R$ 1,9 bilhão irá financiar a agricultura familiar e R$ 9,2 bilhões atenderão aos agricultores empresariais e cooperativas rurais. 50
“Iremos atender todas as linhas de crédito, o Pronaf, Pronamp e os demais programas na totalidade dos recursos que eles demandarem. Não terá falta de recursos para esta safra. Temos o compromisso com a sociedade junto ao Governo Federal de aumentar o volume de recursos em 17%, sendo que já na safra anterior o volume foi muito significativo. Desejamos que todo produtor rural que demanda de recursos para investimento ou de custeio, procure nossas agências que estaremos aptos a atendê -los”, ressalta o superintendente regional de Varejo do banco, Dirceu Luiz Tessaro. Para o produtor e diretor do Sindicato Rural, Milton Pedro Lago, o crédito para o Agosto / Setembro 2013
campo está muito mais fácil. “Chega a ser tentador essas linhas de financiamento. Os juros estão abaixo da taxa da inflação e o prazo bem longo, algo muito positivo para nós produtores”, observa. Desde o dia 1º de julho as agências do Banco do Brasil estão preparadas para receber as propostas e estão contratando operações com mudanças e inovações implementadas pelo Governo Federal. “Nossa expectativa é de que mais produtores acessem ao crédito, pois oferecemos juros até de 1% ao ano, esse é nosso maior incentivo para que nossos produtores procurem uma de nossas agências”, destaca o superintendente Tessaro. Armazenagem se destaca Uma nova linha que o Banco do Brasil irá trabalhar é com a construção e ampliação de armazéns. Tendo em vista o altíssimo déficit que o Brasil tem na questão de estocagem de grãos, principalmente nas propriedades agrícolas. A produtividade aumenta, porém a capacidade de armazenagem não evolui. A linha de crédito para os armazéns financia até 100% do valor do projeto, conta com encargos financeiros de 3,5% ao ano e prazo de pagamento até 15 anos, com até 3 anos de carência. “É muito viável o financiamento para armazenagem, a maioria dos produtores rurais têm essa necessidade. É um investimento que por si se paga. Estou estudando a possibilidade de fazer uma ampliação de armazenagem na minha propriedade”, planeja o produtor Milton. Além da armazenagem o BB atenderá programas como o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), Agricultura de Baixo Carbono (ABC), Agricultura Familiar, Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro) e Programa de Incentivo à Irrigação. Vantagens O Banco do Brasil participa hoje com 70% de tudo o que é emprestado ao agronegócio. As linhas de recursos são inúmeras, tanto para investimento quanto para custeio. “Fazendo um financiamento do Banco do Brasil, a taxa de juro é muito menor do que se o produtor rural fosse negociar insumos nas revendas e cooperativas à base de troca, pois o juro nessas empresas são bem mais altos. A burocracia hoje está muito menor, o acesso ao crédito está muito mais fácil, especialmente na linha de investimentos, para renovar o parque de máquinas, comprar novos produtos, reforma de galpões e de aviários. Além do produtor também poder contar com a proteção do seguro agrícola”, enfatiza Dirceu. Agosto / Setembro 2013
Milton Lago: "Linhas de crédito incentivam ampliação de armazenagem na propriedade”
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LOGÍSTICA
Enquanto na cidade vizinha estradas rurais são exemplo, produtores rurais de Cascavel convivem com estrutura precária e deficiente
estradas rurais penalizam campo Prefeitura de Cascavel assume compromisso de readequar 1000 quilômetros de estradas rurais nos próximos quatro anos. Enquanto isso não acontece, produtor sofre com a situação precária
Como se não bastasse todos os problemas relacionados à estocagem de grãos e a falta de logística que o produtor rural enfrenta durante toda a safra, as péssimas condições das estradas rurais é outro agravante para o escoamento da produção. O excesso de chuva e a ausência de reparos impedem que os caminhões circulem pela estrada, assim, a produção é prejudicada e até pode ser perdida e isso tudo é refletido no bolso do produtor rural, que trabalha incansavelmente para que todos os dias o alimento esteja na mesa do brasileiro. “Há anos enfrentamos esses problemas com as
Vice-prefeito e secretário de Obras, Maurício Theodoro: "Excesso de chuvas agravou problemas nas estradas rurais"
estradas, no trecho de São Luís que vai para minha propriedade quando chove não circulam máquinas e nem carro. Tenho muito prejuízo, pois como não há meio de transporte para buscar o leite, ele azeda, é um absurdo”, lamenta o produtor rural Valcir Zanini. Mas a insatisfação não é só do produtor 52
Zanini. No dia 27 de junho, produtores rurais e estudantes invadiram a prefeitura de Cascavel em protesto contra as más condições das estradas. No dia seguinte, moradores do distrito de São João do Oeste fecharam a PR181 com pneus e troncos de árvores em manifesto e pediam por melhorias nas estradas rurais da região. Após essas manifestações a prefeitura do município iniciou os trabalhos de recuperação das estradas. “Nós já estávamos com dificuldades nessa questão de estradas, porém, se agravou muito em decorrência do volume de chuvas que tivemos no primeiro semestre. Nós temos 3,4 mil quilômetros de estradas rurais e com a chuva tivemos uma grande dificuldade. Nos quatro últimos anos da administração do prefeito Edgar Bueno recuperamos e compramos equipamentos, fizemos os serviços essenciais e críticos nas estradas e agora nessa administração nós estamos fazendo um trabalho diferenciado”, explica o secretário de Serviços e Obras Públicas e vice-prefeito, Maurício Theodoro. A equipe da Sindirural esteve na estrada de São João num dia para fotografar o estado precário da estrada, porém, no outro dia, a prefeitura começou a tapar os buracos da mesma. Questionamos o secretário, até Agosto / Setembro 2013
quando só serão tapados os buracos e não oferecido uma estrada de qualidade para o produtor? Theodoro responde: “Ali é uma estrada municipal feita há mais de 15 anos, é um material que já está sofrendo principalmente pelo excesso de transporte de cargas de grande capacidade e nós precisamos fazer um recape nela completo. Nós fizemos ali a operação de tapa buracos e a operação de reperfilamento, porém, nós temos até que agradecer porque aquela comunidade ainda está sendo atendida por asfalto e algumas comunidades nem asfalto têm. Precisamos atender a cidade como um todo”. Para o produtor rural Zanini, uma das soluções para esse problema seria a parceria da prefeitura com o produtor rural. “A prefeitura poderia ceder as máquinas e os operadores nos finais de semana. Assim os produtores que tivessem interesse pagariam a hora extra dos operadores e o diesel, isso agilizaria a recuperação das estradas. Outro dia solicitei à prefeitura uma patrola e outro equipamento e eles alegaram não ter condições de prestar o serviço no momento, já que havia mais de 400 pessoas na fila de espera tendo essa mesma necessidade”, reclama o produtor. Ações realizadas Em 2013, segundo a prefeitura de Cascavel, foram feitos 80 quilômetros de estradas totalmente readequadas. Até o final do
Estrada rural para o distrito de São João antes do tapa buraco: basta chuva acima da média para estradas se tornarem intransitáveis
ano a previsão é que mais 150 quilômetros sejam readequados. De acordo com o secretário, serão patrolados 290 quilômetros, até final de 2013 a expectativa é que sejam patrolados mais 300 quilômetros. “Em Jangada Taborda foram feitos 18,5 quilômetros, São Martin 13 quilômetros de estrada, Chaparral foram feitos 6 quilômetros, São João nós fizemos 6,5 quilômetros, Colônia Espe-
rança foram feitos 13 quilômetros de estradas. Reassentamento São Francisco estamos fazendo mais 7 quilômetros de readequação . É uma sequência de trabalhos que estamos fazendo e a tendência daqui para frente é nós termos condições de ter a trafegabilidade necessária principalmente para o setor produtivo rural. Mesmo com a quantidade que já fizemos, sabemos que temos muito a
Sequência de chuvas agravou os problemas das estradas rurais e trouxe transtornos à cadeia produtiva Agosto / Setembro 2013
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fazer ainda”, ressalta o secretário Theodoro. Prioridade da prefeitura A prefeitura de Cascavel irá atender principalmente aquelas estradas que precisam de manutenção para que possam ter a trafegabilidade do ônibus escolar, aquelas que ligam as comunidades e certos setores que há grande quantidade de transporte de grãos. “Dentro desses quatro anos de administração do prefeito Edgar Bueno nós queremos readequar 1000 quilômetros, assim estaremos atendendo a grande demanda do setor produtivo rural. Essas estradas serão recuperadas com readequação, levantando essas estradas com 30, 40 centímetros de cascalho, fazendo os desaguadores, ampliando a estrada e principalmente tirando o mato que está em cima das estradas. São 3,4 mil quilômetros de estradas rurais mais 1,1 mil de estradas urbanas, ou seja, temos 4,5 mil quilômetros de estradas para dar manutenção, é um trabalho que não tem fim. Onde estamos fazendo um trabalho, ele é muito bem feito. São estradas que durarão mais de dez anos. O produtor rural pode esperar muito trabalho e tudo depende de tempo, precisamos disso para readequar”, destaca o secretário de Obras. A prefeitura também firmou parceria com a Itaipu Binacional, no projeto “Cultivando Água Boa”. Mais de 70 quilômetros de estradas rurais em Sede Alvorada serão readequados a partir dessa parceria.
Paulo Orso: "Falta vontade política para investir em ações definitivas" De acordo com o presidente do Sindicato Rural Patronal de Cascavel, Paulo Orso, fazendo uma comparação com o outro município, é visível a valorização dada a ele referente ao setor rural, o que não nota-se em Cascavel. “Isto só mudará quando o poder público tiver vontade política para planejar e realmente executar os trabalhos não só no tapa buraco, mas sim no investimento permanente e necessário à execução de readequação e correção definitiva com durabilidade de muitos anos, e não só em períodos de safra. A maior parte de nossas estradas rurais tem utilização permanente, como transporte escolar, transporte de frangos, suínos, leite, rações e insumos para o desenvolvimento do nosso município. É necessário ressaltar que estas melhorias propiciam aos nossos
Investimento Os recursos para a readequação das estradas são todos do município. “A cada quilômetro recuperado totalmente o custo é de 13 a 15 mil reais por quilômetro. O município
produtores um pouquinho de reconhecimento da sua importância bem como oportunizaria a permanência do homem do campo com dignidade e segurança que ele merece”, enfatiza o presidente.
tem uma verba anualmente de 2,8 milhões para a manutenção das estradas rurais. Isso inclui equipamentos e óleo diesel e compras de equipamentos quando necessário, sem contar a mão de obra”, explica Theodoro.
Toledo: município vizinho é exemplo de iniciativa Trabalhos que estão dando certo e com resultados positivos devem ser divulgados e admirados. Nesse caso estamos falando da cidade de Toledo. A prefeitura do município no ano de 1997 realizou uma análise de logística e concentração. Trata-se de um estudo sobre os distritos, interdistritos e áreas de concentração. “Começamos pelo distrito. Depois fizemos anéis de integração, as ligações interdistritais. Os distritos se comunicando entre eles e fizemos praticamente um anel em volta do município com a ligação interdistrital. Após esse diagnóstico fizemos uma análise de concentração, onde estavam as unidades produtoras, principalmente de aves, suínos e leite. Então elaboramos um planejamento e as estradas rurais começaram a ser revestidas”, explica o engenheiro agrônomo e secretário da Agricultura do município de Toledo, José Augusto de Souza. O município tem acima de 800 quilômetros de estradas com um revestimento primário definitivo, com 90% de pedra britada. Depois da chuva, segundo
o secretário, essas estradas estavam em perfeitas condições de serem trafegadas. No ano de 2005 para 2006 a prefeitura de Toledo começou a fazer algumas inversões mais fortes na questão de revestimento asfáltico. São 250 quilômetros de estradas asfaltadas.
Parceria que deu certo
Desde 2006 a prefeitura de Toledo desenvolve o “Programa de Rodovias Rurais Caminhos da Produção”. Esse programa consiste numa parceria entre a administração municipal e comunidade. “As obras são realizadas pela Empresa de Desenvolvimento Urbano e Rural de Toledo (Endur), que é pública, o que possibilita diminuição nos custos das obras. O custo atual por quilômetro gira em torno de R$ 220.000,00, sendo que o município investe R$ 160.000,00 de recursos próprios do orçamento e a comunidade investe R$ 60.000,00. “Os produtores se organizam e montam um grupo, um contrato é assinado entre prefeitura e produtor. A parcela do produtor como é paga, de que
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maneira, é definida no próprio grupo. No término da obra está tudo pago. A meta da prefeitura até o final da gestão atual é ter uma faixa de 25 quilômetros/ano de estradas asfaltadas, ou seja, onde houver interesse e organização dos produtores em asfaltar essas estradas que estão readequadas, eles serão atendidos”, diz o secretário José. Para ele, as estradas asfaltadas além de valorizar a propriedade rural, trazem tranquilidade às famílias. “O acesso se torna muito mais fácil, o veículo não estraga mais, é algo que mantém o filho na propriedade. Ele pode fazer faculdade na cidade e voltar de maneira segura para sua casa. Essa segurança de se ter o asfalto abriu a oportunidade para que os produtores buscassem alternativas dentro da propriedade, diversificasse seu trabalho, como por exemplo, fazer um aviário ou trabalhar com peixes. Se tem asfalto, até a casa o produtor resolve mudar, ele deseja investir numa moradia melhor”comemora o engenheiro. Agosto / Setembro 2013
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RECEITA
EMPANADO DE FRANGO
A produtora rural Maria Carvat aprendeu o prato em um dos cursos do Senar e contou seus segredos culinários especialmente para a Sindirural
Fogão à lenha, friozinho gostoso, paisagem agradável e um cheirinho irresistível que vinha da cozinha. Lá estava ela, a produtora rural Maria Carvat, esperando a equipe da Sindirural para preparar uma receita saborosa de frango. “Fiz o curso de Culinária Básica do Senar só para aprender essa receita de empanado de frango,
os que provam adoram o prato, é uma receita fácil, prática, rápida e gostosa”, garante Maria. Da sua cozinha, podíamos avistar a linda paisagem de inverno, um vento gostoso, sol para aquecer o dia, um silêncio que transmitia paz e tranquilidade. Diante de um cenário como esse, tão atraente, a irmã da produtora Maria, a senhora Delires decidiu passar uns dias de férias na casa da irmã, afinal, férias é descanso e o local é ideal para isso. Durante o preparo da receita dona Maria nos contava o quanto a culinária lhe dá prazer. “Amo cozinhar, assisto programas de receitas e sempre preparo o que aprendo. Fico muito feliz quando alguém elogia uma receita preparada por mim, me sinto recompensada. Temos que fazer tudo com
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amor e capricho, esse é o segredo na cozinha”, conta Maria. Ela nos disse também que comercializa cucas recheadas preparadas por ela, no distrito de São João. É claro que experimentamos essa delícia também, fazer propaganda do produto e não nos oferecer, não dá, certo? A Sindirural garante, uma delícia de cuca, muito macia por sinal. Ingredientes na mesa, tudo pronto para começar a receita. Enquanto dona Maria e sua irmã terminavam de fritar os empanados, fomos conhecer os aviários do marido da dona Maria, o produtor Alvino Carvat. No nosso retorno estava uma mesa linda, toda organizada e de um capricho que dava gosto de ver. Salada, arroz e claro, o prato principal – Empanado de frango, e não poderia faltar a cuca para sobremesa, dá para resistir?
Empanado de frango Ingredientes 1kg de peito de frango/2 dentes de alho/1 cebola média/1 xícara de leite/sal a gosto/2ovos/farinha de rosca Modo de preparo Pique bem o alho e a cebola e tempero os filés de frango, acrescente sal a gosto. Adicione o leite e misture tudo. Deixe por 12 horas na geladeira esse frango com os temperos. Após esse período acrescente os ovos junto ao frango e mexa bem. Passe os filés na farinha de rosca e frite em óleo quente. Acompanhamento: arroz e salada verde Rendimento: 10 porções
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CURSOS SENAR Nos meses de agosto e setembro o Sindicato Rural Patronal de Cascavel, Senar-PR e parceiros oferecem diversos cursos de capacitação ao produtor e trabalhador rural. A inscrição deve ser realizada no Sindicato. Para mais informações sobre cursos acesse nossa página na internet www.sindicatorural. com ou entre em contato pelo telefone 3225-3437.
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12 e 13/08 Produção Artesanal de Alimentos – Culinária Básica Local: Fundetec
12/08 a 15/08 Programa Apoena – Cestaria e Trançados Local: Escola de Educação Especial Valéria Meneghel
13/08 a 16/08 Trabalhador na Bovinocultura de Leite Local: Fundetec
13/08 a 17/08 Armazenista Local: Unidade Agro Vieira
02/09 a 04/09 Trabalhador em Turismo Rural Local: Fundetec
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1/9/1946 1/9/1964 1/9/1970 2/9/1975 2/9/1953 2/9/1926 3/9/1947 4/9/1962 4/9/1949 4/9/1927 5/9/1952 5/9/1941 5/9/1935 6/9/1946 6/9/1952 6/9/1931 7/9/1979 7/9/1968 7/9/1932 8/9/1946 8/9/1961
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8/9/1975 8/9/1967 9/9/1958 9/9/1958 9/9/1848 10/9/1951 10/9/1974 11/9/1969 12/9/1957 12/9/1974 13/9/1954 13/9/1953 15/9/1947 15/9/1948 17/9/1962 18/9/1983 20/9/1936 20/9/1964 20/9/1945 21/9/1947 22/9/1937 22/9/1938 22/9/1977 23/9/1959 24/9/1948 24/9/1960 24/9/1966 25/9/1927 25/9/1971 26/9/1950 26/9/1938 27/9/1938 27/9/1972 27/9/1958 28/9/1931 29/9/1987 30/9/1956 30/9/1978
CRESTINE REBELLATO BARREIROS GUSTAVO GARNIER BIAGI ALCEBIADES PEREIRA DA SILVA ALVARO BROCHADO FORTES EMILIO SELVINO MACULAN BASILIO ZDEBSKI EDUARDO GUSTAVO LANGE MAURO JOSE PAETZOLD MARTIN ZIMMERMANN VANIA NADIA DOERTZBACHER AMADO MACULAN IRACEMA COPATTI AMADEU GAFFURI GERALDO DORIGAO PERES SERGIO ANTONIO BROGIO RITA SCHERER WEBBER JOSE MIRANDA PAES LUIZ HENRIQUE ZANDAVALLI VALDIR KUCINSKI EUDOCIO DALLA CORTE CLAIRE TEREZINHA DAL OGLIO ERNI RENATA ASSMANN JEFFERSON FABIANO GOTARDO ADEMAR CAPELETTO CARLOS ALBERTO ZUQUETTO GILMAR CHIODI LUIZ CARLOS CAMPAGNOLO MARIA ZORZI CAMPAGNOLO ORLEY JUNIOR ZANATTA ARNALDO JOÃO RIGOTTE SIDONIA ANNA KATH BEIERSDORF CLAUDINO OLIVIO GOBBI JOAO HENRIQUE SILVA CAETANO REGINA ALVES BELINO ALCIDES MICHELON ADRIANO CARVAT JURACY DE OLIVEIRA GAIO SANDRA APARECIDA DOS SANTOS
Um novo sabor em sua vida!
C O M U N I C A Ç Ã O
1/8/1937 1/8/1939 3/8/1944 3/8/1964 5/8/1930 5/8/1948 5/8/1974 6/8/1952 6/8/1938 8/8/1943 8/8/1960 9/8/1935 9/8/1968 9/8/1967 11/8/1969 11/8/1963 12/8/1954 14/8/1943 15/8/1967 15/8/1972 16/8/1962 18/8/1932 18/8/1937 18/8/1948 19/8/1943 19/8/1938 19/8/1937 19/8/1985 19/8/1958 19/8/1932 20/8/1981 20/8/1969 21/8/1963 21/8/1967 21/8/1978 22/8/1955 22/8/1947 23/8/1957
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