Parque das Aves Cariri - TCC 1

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JAMILLY R. F. TEOTONIO


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Figura 01: Canรกrio-da-terra; Saffron Finch Fonte: petcaramelo.com


FACULDADE PARAÍSO DO CEARÁ CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

JAMILLY REILLANY FERREIRA TEOTONIO

PARQUE DAS AVES CARIRI: CRIAÇÃO DE UM PARQUE DE CONSERVAÇÃO E OBSERVAÇÃO DE AVES DA REGIÃO DO CARIRI DENTRO DA FLONA ARARIPE-APODI.

Juazeiro do Norte Março/2020



JAMILLY REILLANY FERREIRA TEOTONIO

PARQUE DAS AVES CARIRI: CRIAÇÃO DE UM PARQUE DE CONSERVAÇÃO E OBSERVAÇÃO DE AVES DA REGIÃO DO CARIRI DENTRO DA FLONA ARARIPE-APODI. Projeto de Pesquisa apresentado ao Curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade Paraíso do Ceará para obtenção da aprovação na disciplina Trabalho de Conclusão de Curso I Orientador: José Maria Ferreira Pontes Neto

Juazeiro do Norte 2020


RESUMO Na região do cariri existe uma grande diversidade de aves que se encontram em sua maioria na Área de Proteção Ambiental Chapada do Araripe, que desperta interesse do tráfico ilegal e a falta de conhecimento da população local, por essa questão propõem-se a criação de um Parque das Aves Cariri, onde oferecerá uma gama de atividades ecoturísticas, voltadas para conservação, observação e educação ambiental, como também esportes radicais para atrair diversos setores turístico. Essa intervenção acontecerá dentro das normas do Ibama para criação de aves silvestres, levando as pessoas a uma aproximação como a natureza, o entretenimento e o aprendizado em relação a ornitologia, desta forma, este trabalho contribuirá para uma maior conscientização sobre a preservação da avifauna e a diminuição do comercio ilegal de aves silvestres.

Palavras-chave: Avifauna; Conservação de aves; Flona Araripe-Apodi; Ecoturismo.

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Figura 02: Polícia-inglesa; Sturnella Militaris Fonte: Marco Marcos - Wikiaves.com.br


ABSTRACT The Cariri region has a great diversity of birds that are mostly found in the Chapada do Araripe Environmental Protection Area, which attracts the interest of illegal traffic. The little knowledge of the local population about the exploitation that takes place in this area led to the proposal to create a Cariri bird park, a place that will offer a variety of ecotourism activities, focused on conservation, observation, and environmental education, as well as extreme sports to attract tourist sectors. This project will follow the rules established by Ibama for the creation of wild birds, bringing people closer to nature, also providing entertainment and learning about ornithology. In this way, the creation of this park will contribute to an awareness of the preservation of birdlife and the reduction of illegal commercialization of wild birds.

Keywords: Birdlife; Conservation of birds; Flona Araripe-Apodi; Ecotourism.


LISTA DE FIGURAS Figura 01: Canário-da-terra; Saffron Finch. Figura 02: Polícia-inglesa; Sturnella Militaris. Figura 03: Caneleiro-preto; Pachyramphus Polychopteus. Figura 04: Andorinha-do-rio - Tachycineta albiventer. Figura 05: Chapada do Araripe. Figura 06: Corrupião; Lcterus Jamacaii. Figura 07: Enferrujado; Lathrotriccus Euleri. Figura 08: Garça-vaqueira - Bubulcus Ibis. Figura 09: Caneleiro-enxofre; Casiornis Fuscus. Figura 10: Ararinha-azul-pequena. Figura 11: Jacú-verdadeiro. Figura 12: Pinta-silva. Figura 13: Fogo para estabelecimento de pastagens. Figura 14: Caça e o tráfico de aves silvestres. Figura 15: Chapada do Araripe. Figura 16: Mapa do Brasil. Figura 17: Mapa do Nordeste. Figura 18: Mapa de Limite da Chapada do Araripe. Figura 19: Mapa do zoneamento das áreas propícias ao uso e ocupação. Figura 20: Rio da Batateira. Figura 21: Sobrado de Taipa no Geossítio Batateira. Figura 22: Cachoeira de Missão Velha. Figura 23: Entrada do Geossítio. Figura 24: Colina do Horto. Figura 25: Capela do Santo Sepulcro. Figura 26: Muro da Sedição. Figura 27: Floresta Petrificada. Figura 28: Entrada da Floresta Petrificada. Figura 29: Escavação de Paleontológica. Figura 30: Entrada da Trilha. Figura 31: Estudo Local. Figura 32: Cruz do Pontal. Figura 33: Mirante do Pontal. Figura 34: Ponte de Pedra. Figura 35: Mirante da Ponte de Pedra. Figura 36: Nascente Riacho do Meio. Figura 37: Área de observação de aves. Figura 38: Entrada do Geossítio. Figura 39: Pedra Cariri. Figura 40: Localização dos Geossítios. Figura 41: Soldadinho-do-araripe macho


LISTA DE FIGURAS Figura 42: Soldadinho-do-araripe fêmea. Figura 43: Ninho do Soldadinho-do-araripe. Figura 44: Distribuição e Status do Soldadinho-do-araripe. Figura 45: Dinâmica Hidrogeológica da Chapada do Araripe. Figura 46: Teleférico de Barbalha-Ce. Figura 47: Birdwatching. Figura 48: Trilha em Grupo. Figura 49: Voo do Carcará. Figura 50: Caverna Avatar Land Boat Ride. Figura 51: Arvorismo. Figura 52: Bungee Jumping. Figura 53: Boia Cross. Figura 54: Escorregador em Tubo. Figura 55: Tirolesa. Figura 56: Torre com placa de energia solar. Figura 57: Torre que capta água. Figura 58: Sistema de Captação. Figura 59: Transplante de árvore. Figura 60: Torre que detecta fumaça. Figura 61: Mapa do Brasil. Figura 62: Mapa do Ceará. Figura 63: Mapa de localização da Flona Araripe-Apodi. Figura 64: Mapa de recorte da área de intervenção da Flona Araripe-Apodi. Figura 65: Mapa de zoneamento dos usos da Flona Araripe-Apodi. Figura 66: Mapa de unidade do solo da Flona Araripe-Apodi. Figura 67: Arapaço-verde; Sittasomus griseicapillus. Figura 68: Mapa do Parque Busch Gardens. Figura 69: Boia Cross. Figura 70: Aviário de pássaros. Figura 71: Lojinhas de presente. Figura 72: Montanha russa da cobra. Figura 73: Espaço das Araras. Figura 74: Deck Café. Figura 75: Aviário de Pássaros. Figura 76: Mapa do Parque das Aves. Figura 77: Entrada do Parque das Aves em 1994. Figura 78: Visitação das aves em 1994. Figura 79: Passeio no Parque. Figura 80: Masterplan Parque das Aves em Brasília. Figura 81: Coruja-orelhuda; Pseudoscops clamator. Figura 82: Pintassilgo-do-nordeste; Spinus yarrellii. Figura 83: Besourinho-de-bico-vermelho; Chlorostilbon lucidus.


LISTAS DE SIGLAS E ABREVIAÇÕES ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas ARA – Altas de Registro de Aves Brasileiras APA – Área de Preservação Ambiental BR – Brasil CE – Ceará CCD – Convenção de Combate à Desertificação CDB – Convenção da Diversidade Biológica CEMAVE - Centro Nacional de Pesquisa e Conservação das Aves Silvestres DIBIO – Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis IBF – Instituto Brasileiro de Florestas IPHAN – O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade FLONA – Floresta Nacional MMA – Ministério do Meio Ambiente OEMA – Órgãos Estaduais de Meio Ambiente ONG – Organização Não Governamental PAN – Plano de Ação Nacional PPP – Parceria Público Privado SNUC – Sistema Nacional de Unidades de Conservação SBO – Sociedade Brasileira de Ornitologia UC – Unidade de Conservação UNESCO – Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura. URCA – Universidade Regional do Cariri


LISTA DE TABELAS E GRÁFICOS Tabela 01: Diagrama do referencial teórico. Tabela 02: Diagrama metodológico. Tabela 03: Espécie e ocorriam em território nacional e são atualmente consideradas extintas globalmente (EX) ou extintas no Brasil (RE). Tabela 04: Espécies que ocorrem na Chapada do Araripe criticamente em perigo de extinção (CR), ameaçadas de extinção (EN). Tabela 05: Lista de aves da Chapada do Araripe. Tabela 06: Ecoturismo Empreendedor. Tabela 07: Ecoturismo de Base Comunitária. Tabela 08: Correlação do estudo de caso e o projeto de pesquisa. Gráfico 01: Bioma Caatinga. Gráfico 02: Motivação para visita às Áreas Protegidas. Gráfico 03: Diretrizes de projeto para o TCC II.


SUMÁRIO

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INTRODUÇÃO..................................................................16 1.1Objetivos......................................................................18 1.1.1Geral.....................................................................18 1.1.2 Específicos..........................................................19

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ESTADO DA ARTE: UMA ANÁLISE CIENTÍFICA SOBRE CONSERVAÇÃO DE AVES E O ECOTURISMO.................................................................20

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METODOLOGIA...............................................................22

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CONSERVAÇÃO..............................................................24 4.1 Conservação Ambiental no Brasil...............................25 4.2 Aves da Caatinga .......................................................25 4.2.1 Unidades de Conservação..................................26 4.2.2 Ameaças.............................................................28 4.3 Lista de Aves para Proposta do Parque.....................30

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APA CHAPADA DO ARARIPE.........................................46 5.1 Flona Araripe-Apodi....................................................48 5.2. Geoparque Araripe....................................................49 5.2.1 Geosítio Araripe e sua importância turística......49 5.3 Soldadinho-do-araripe................................................54 5.2.1 Crítico risco de extinção.....................................56

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ECOTURISMO.................................................................58 6.1 Ecoturismo e o Desenvolvimento Socioeconômico...60 6.2 Ecoturismo na região do Cariri..................................62 6.3 Temática: Aventura e Sustentabilidade.....................63 6.3.1 O Perfil do Ecoturista e Atividades Praticadas..63 6.3.2 Projeto Sustentável............................................67


ÁREA DE INTERVENÇÃO...............................................70 7.1 Localização................................................................70 7.2 Zonas.........................................................................72 7.3 Clima,Solo e Vegetação.............................................74

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ESTUDO DE CASOS.......................................................76 8.1 Busch Gardens Tramp...............................................77 8.2 Macaw Mountain........................................................79 8.3 Parque Nacional das Aves.........................................81 8.4 Concurso Parque das Aves em Brasília....................83 8.5 Correlação Entre o Estudo de Caso e o Projeto de Pesquisa..........................................................................84

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LEIS E PLANOS..............................................................85

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SÍNTESE CRÍTICA E DIRETRIZES.................................88

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CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................90

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REFERÊNCIAS...........................................................91

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Figura 03: Caneleiro-preto; Pachyramphus Polychopteus. Fonte: Éliton Sloma - Wikiaves.com.br

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1.INTRODUĂ‡ĂƒO

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Figura 04: Andorinha-do-rio - Tachycineta albiventer. Fonte: passarinhando.com.br


INTRODUÇÃO

O parque das aves do Cariri é um projeto que visa a conservação das espécies de aves encontradas na região do Cariri, no nordeste do Brasil, tendo como finalidade a conservação da biodiversidade que se encontra em franco processo de extinção, é o primeiro projeto do gênero nesta parte do País e será desenvolvido dentro da Flona Araripe Apodi, uma Parceria Público Privado (PPP), localizado dentro da APA Chapada do Araripe, mais especificamente na cidade de Barbalha no Estado do Ceará. O parque contará com um estacionamento, bilheteria, trilhas para percurso guiado, uma trilha suspensa, galeria de destaque, aviários para observação, berçário, centro veterinário, centro de quarentena para aves apreendidas, centro de alimentação das aves, um mirante, quiosques e banheiros. O visitante terá uma experiência de conexão com o meio ambiente e as aves em seu habitat natural, serão criados viveiros que reproduzirão os ecossistemas de cada grupo de pássaros, ou seja, as aves da caatinga. Entre os anos de 2010 e 2014 pesquisadores e biólogos vinculados ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), catalogaram no Brasil 1980 espécies de aves, dentre elas 234 aves estão ameaçadas de extinção. Alguns fatores aceleram esse processo de extinção, como as queimadas, o tráfico ilegal, hidrelétricas, turismo desordenado, mineração, extração e incêndios florestais. (MACHADO E ARAUJO, 2018). Existe serviços do Governo que catalogam e planejam a conservação da avifauna no Brasil, como PAN, Plano de Ação Nacional, que no último de seus relatórios em 2019, o “PAN Aves da Caatinga” estabeleceu estratégias prioritárias de conservação para 39 táxons de aves endêmicas e de outros bioma consideradas ameaçadas de extinção, o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação das Aves Silvestres (CEMAVE) também avaliam a cada cinco anos espécies em risco de extinção e a (ARA) Atlas de Registro de Aves Brasileiras que reúne informações referentes à biologia das espécies e ações de conservação. (ICMBio, 2020). Mediante aos serviços citados, está registrado como risco de extinção por perda do habitat provocada pelo desmatamento e degradação de mananciais o soldadinho-do-araripe (antilophia bokermanni), estando entre as 190 aves classificadas como Criticamente em Perigo de desaparecer no mundo, das quais 22 vivem no Brasil, segundo a BirdLife International. (ICMBio, 2020). Restam menos de 800 casais de sua espécie, encontrado somente nos municípios de Barbalha, Crato e Missão Velha, a ave é endêmica do Ceará, um pássaro raro que depende da água das nascentes para sobreviver, e muitos dos habitantes da região não tinham conhecimento da ave, mas hoje fomenta o turismo e impulsiona a economia. Segundo Neiman e Mendonça, (2000, pág.105) “O setor de ecoturismo, definido muito recentemente, se propõe a possibilitar o contato dos indivíduos com os espaços naturais, de modo a garantir a esses últimos sustentabilidade econômica e

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INTRODUÇÃO

ecológica.” Atualmente na região do Cariri temos como referência turísticaambiental o Geoparque Araripe, localizado na APA Chapada do Araripe, contendo 9 geossítios (geológicos e paleológicos) nas de Juazeiro do Norte, Crato, Barbalha, Missão Velha, Nova Olinda e Santana do Cariri. No topo da chapada encontra-se a Flona Araripe-Apodi, a primeira floresta nacional a ser preservada, e será a área de intervenção do devido projeto. De acordo com Macêdo e Pinheiro ( 2014, pág.147),“dentro da proposta do Geoparque Araripe, esse segmento da atividade turística é a promoção do crescimento econômico da comunidade, a entrada de recursos financeiros e o aumento do rendimento das pessoas para que elas usufruam do ambiente natural sem destruí-lo. No entanto, se faz necessário conhecer os recursos para poder explorá-los de forma sustentável.” Mediante a pesquisa feita para os moradores da comunidade Riacho do Meio, Barbalha-CE, 61% dos entrevistados tem sua renda de programas governamentais, quanto a influência do Geoparque no desenvolvimento da comunidade 34% não souberam responder, em relação ao comportamento dos turistas 58% não souberam responder, os impactos econômicos sobre a comunidade parecem inexpressivos à medida que há eficácia do geoturismo e preservação ambiental. (MACÊDO E PINHEIRO, 2014). Conforme o (IBAMA CE, 2020),“O Ibama fiscaliza empreendimentos e atividades que envolvem criação, venda e exposição de espécies da fauna, e também atua no combate à caça, à captura de espécimes na natureza e aos maus tratos de


INTRODUÇÃO

animais” No ano de 2016, o Ibama registrou a maior apreensão de aves na região do cariri, foram cerca de 260 pássaros da espécie canários-da-terra, 257 canários, 1 sabiá e 1 abre feixe, encontrados em um fundo falso de um veículo. (NETO, 2016). Muitas espécies além de sofrer mal-tratos, morrem no processo de transporte ilegal, que ocorrem em tubos de cano pvc, pequenos caixotes de madeira ou caixa de papelão. O projeto prevê a reabilitação e cuidados médicos veterinários, para a introduzir a natureza, junto as demais famílias. Assim como o comercio ilegal de aves, as queimadas na Flona Araripe-Apodi é um fator preocupante, devido ao clima tropical quente semiárido, a possibilidade de se conter o fogo é mínima, em agosto de 2019 o Corpo de Bombeiros e o ICMBio registraram várias ocorrências de incêndio e queimadas no Cariri, em Janeiro de 2020 um incêndio de grande proporção devastou uma área de equivalente a 2mil hectares, onde levará em torno de 30 anos para a área devastada se recuperar, o ocorrido afetou não só a fauna e a flora, como também a renda de famílias extrativistas. (RODRIGUES, 2020). Portanto, na decorrência dos impactos ambientas como queimada e incêndio, a critico risco de espécies ameaçadas, o tráfico ilegal de aves silvestres e a falta de informação turística e empregabilidade, prevê-se a implantação de um Parque em uma Parceria Público Privado (PPP), onde geraria empregabilidade, conhecimento sobre a preservação ambiental, conservação da avifauna local e o crescimento do polo turístico, incentivando assim, o desenvolvimento econômico, social, cultural e turístico para cidade de Barbalha e regiões vizinhas.

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Figura 05: Chapada do Araripe. Fonte: gazetadocariri.com

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INTRODUÇÃO

OBJETIVOS 1.1.1 OBJETIVO GERAL Criação de um parque de aves, das espécies encontradas na região do cariri, dentro das normas do Ibama para criação de aves, com o intuito de conservar e levar as pessoas uma aproximação como a natureza, o desenvolvimento do polo turístico e o aprendizado em relação a ornitologia promovendo assim, a diminuição do comercio ilegal de aves silvestres.

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Figura 06: Corrupião; Lcterus Jamacaii Fonte: espacoecologianoar.com.br


INTRODUÇÃO

1.1.2

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Conceberá um observatório/criatório, com áreas de lazer integrada. Um centro veterinário especializado em receber aves apreendidas, para cuidados especiais de reabilitação e reprodução das mesmas. Um centro de exposição de fotos e estudos de cada espécie. O parque garantirá a conservação das aves nativas e o ecoturismo.

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2. ESTADO DA ARTE: UMA ANÁLISE CIENTÍFICA SOBRE CONSERVAÇÃO DE AVES E O ECOTURISMO

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Figura 07: Enferrujado; Lathrotriccus Euleri Fonte: Octavo Campos Salles - Wikiaves.com.br


ESTADO DA ARTE

Tabela 01: Diagrama do referencial teรณrico. Fonte: Autor (2020).

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3. METODOLOGIA

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Figura 08: Garรงa-vaqueira - Bubulcus Ibis. Fonte: photoaves.com/garca-vaqueira


METODOLOGIA

Este trabalho terá como objetivo traçar problemáticas e soluções para que levem a o criação de um Parque de preservação e observação, visando contribuir com o desenvolvimento cultural e econômico local. A pesquisa é de natureza aplicada, com o intuito de através do conhecimento científico busque a aplicação na prática para os problemas específicos, bibliográfica que por meio de livros, artigos científicos e sites permita a investigação do problema e exploratória levantando estudo de caso e familiaridade com objeto de pesquisa. Na primeira etapa de orientação será feito um levantamento bibliográfico através de livros, artigos científicos, e sites governamentais, levando assim para um posicionamento mediante a pesquisa por intermédio de um embasamento teórico. Já na segunda etapa, farar-se-a um levantamento de dados quanto ao planejamento, estudo e desenvolvimento, seguido da delimitação da área de estudo que será a conservação de aves e o ecoturismo localizado no município de Barbalha-CE, gerando assim um mapeamento dessa região, na terceira etapa de pré-projeto, buscaremos a viabilização por meio de leis e planos, reorganizando assim a proposta de um Parque dentro de uma PPP, e como será a aplicação das estratégias no mesmo, toda essa sistematização de referencial teórico, mapas de base e estratégias levará as diretrizes do projeto.

Tabela 02: Diagrama metodológico. Fonte: Autor (2020).

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4. CONSERVAÇÃO DE AVES

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Figura 09: Caneleiro-enxofre; Casiornis Fuscus. Fonte: Davi Abreu - Wikiaves.com.br


CONSERVAÇÃO DE AVES

4.1 Conservação Ambiental No Brasil O movimento conservacionista brasileiro advindo de tempos coloniais, sob a iniciativa de José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1838), e Hercules Florence (1877) condicionou o desenvolvimento à proteção ao meio ambiente (art. 170, VI). Na decorrência da criação de vários Parque Nacionais surgiram unidades não governamentais de fiscalização e proteção, mas foi em 1989 que ocorreu a primeira entidade governamental responsável pela conservação da natureza e, em particular, dos Parques Nacionais e Unidades de Conservação, como as APA´s, que é o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). (SICK, 2001). De acordo com a Lei nº 11.516, 2007, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, autarquia federal dotada de personalidade jurídica de direito público, autonomia administrativa e financeira, vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, assim como o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidades – ICMBio, tendo o poder de exercer como polícia ambiental para a proteção das Unidades de Conservação federais. (BRASIL, 2007). Portanto a conservação ambiental se dá pelo uso sustentável da natureza, procurando garantir o equilíbrio entre as atividades humanas e a renovação dos recursos naturais, fiscalizada pelos órgãos citados, como intuito de executar e promover, programas recreacionais, de uso público e de ecoturismo nas unidades de conservação, onde estas atividades sejam permitidas. 4.2 Conservação de Aves da Caatinga O Bioma Caatinga é o único restrito ao território brasileiro, ocupa uma área de 835.997km², abrange basicamente a Região Nordeste, com algumas áreas no Estado de Minas Gerais. O nome “Caatinga” é de origem Tupi-Guarani e significa “Floresta Branca”, uma alusão ao aspecto da vegetação durante a estação seca. O clima da região é tropical semiárido, chove menos de 750mm anuais, concentrados e irregularmente distribuídos entre os meses de novembro e junho, a vegetação apresenta o aspecto seco dominadas por cactos e arbustos, sugere uma diversificação da fauna e flora. (LEAL, TABARELII E SILVA, 2003). Segundo a PAN Aves da Caatinga (2019, p. 2) "a caatinga tem sido apontada como uma importante área de endemismo para as aves sul-americanas, porém a distribuição, a evolução e a ecologia da avifauna da região continuam pouco investigadas, refletindo, consequentemente, na política e ações de conservação."O Ceará está inserido no Bioma Caatinga, apesar de tudo ser considerado caatinga, existem uma enorme variedade de solos e relevos, permitindo uma diversificação da paisagem e vegetação, ou seja, todos os animais encontrados dentro deste bioma são considerados da caatinga, mesmo que localizados em serras e chapadas.

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CONSERVAÇÃO DE AVES

A conservação da caatinga está relacionada ao combate da desertificação, processo de degradação ambiental que ocorre em áreas áridas, semi-áridas e subúmidas secas. Atualmente 80% do seu ecossistema original foram alterados na decorrência de queimadas e desmatamento, por outro lado, há uma intervenção de pessoas que usufruem de recursos da sua biodiversidade para sobreviver, e gerando um desenvolvimento econômico local. No contexto internacional, a caatinga está relacionada diretamente a duas convenções de meio ambiente, no âmbito das nações unidas, sendo a Convenção de Diversidade Biológica - CDB e a Convenção de Combate à Desertificação – CCD, onde neste contexto coopera na conservação deste bioma. (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2020). 4.2.1 Unidades de Conservação As Unidades de Conservação são áreas vulneráveis que merecem cuidados especiais devido suas peculiaridades naturais. Sejam elas de esfera federal, estadual, municipal ou privada, abrigam importantes espécies consideradas pelo PAN Aves da Caatinga, com o intuito de proteger e recuperar aves ameaçadas de extinção por meio de diversas medidas. Tem-se como objetivo especifico a redução da perda e alteração dos ambientes naturais, manutenção e recuperação dos habitats das espécies alvo, manutenção e incremento das populações das espécies alvo do Plano e redução das pressões de caça e do tráfico. Serão 70 um número de ações estimado a um custo de 8.655.000 milhões de reais, com vigência prevista até dezembro de 2022. (PAN AVES DA CAATINGA, 2019). São avaliados grupos taxonômicos pelos Centros Nacionais de Pesquisa e Conservação do Instituto Chico Mendes, orientados pela Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade – DIBIO, e contam a participação de pesquisadores de várias Sociedades Cientificas e instituições de ensino e pesquisa, que fornecem informações e avaliam o risco de extinção das espécies.

Tabela 03: Espécies que ocorriam em território nacional e são atualmente consideradas extintas globalmente (EX) ou extintas no Brasil (RE). Fonte: Autor (2020).


CONSERVAÇÃO DE AVES

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Foram avaliados 1.979 taxóns de aves no Brasil (ICMBio 2018), dentre os quais, 193 espécies encontram-se na Chapada do Araripe, 15 ocorrem exclusivamente no Brasil (Sick, 2001), uma endêmica da região (antilophia bokermanni, Coelho e Silva, 1998) sendo criticamente em perigo de extinção (CR), e 11 espécies ameaçadas de extinção (EN). (Plano de Manejo - FLONA/ARARIPE, 2005).

Tabela 04: Espécies que ocorrem na Chapada do Araripe criticamente em perigo de extinção (CR), ameaçadas de extinção (EN). Fonte: Autor (2020).

10 Figura 10: Ararinha-azul-pequena. Fonte: g1.globo.com

11 Figura 11: Jacú-verdadeiro. Fonte: Wikiaves.com.br

12 Figura 12: Pinta-silva. Fonte: Wikiaves.com.br


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CONSERVAÇÃO DE AVES

4.2.2 Ameaças De acordo com o Plano de Ação Aves da Caatinga (2019, p. 5) "são diversas as ameaças à avifauna da Caatinga, sendo que muitas delas podem ser consideradas restritas a uma determinada espécie ou localidade como, por exemplo, o impacto causado por atividades de extração mineral, o turismo desordenado, espécies invasoras e o uso indiscriminado de agrotóxicos." A expansão de atividades agropecuárias representa o principal fator de pressão para as espécies da Caatinga. Caça/captura vem em segundo lugar, afetando espécies capturadas para consumo, como a ave zabelê (Crypturellus noctivagus zabele), a captura para tráfico também é citada para alguns psitacídeos. (MACHADO E ARAUJO, 2018). O desmatamento parcial ou corte seletivo de determinadas espécies vegetais é realizado para o abastecimento de carvoarias ilegais. O desmatamento total tem-se o uso de queimadas e está principalmente ligado à pecuária e às práticas agrícolas, gerando um empobrecimento do solo e afetando a fauna. (PAN AVES DA CAATINGA, 2019).

Gráfico 01: Bioma Caatinga. Fonte: Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção

As principais ameaças do presente/futuro é a perda e degradação do habitat, seguida pela captura excessiva, a invasão de espécies exóticas e a poluição, a perturbação antrópica e a morte acidental, alterações na dinâmica das espécies nativas e os desastres naturais. (MARINE E GARCIA, 2005). Há também os efeitos das mudanças climáticas sobre a avifauna, que precisam ser melhor estudados e compreendidos, pois a previsão até 2070 é que haja redução da distribuição climaticamente adequada para algumas espécies dependentes de florestas, agravando o seu risco de extinção. (PAN AVES DA CAATINGA, 2019).


CONSERVAÇÃO DE AVES

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Umas das ameças que afetam diretamente as aves da Caatinga é a caça, que tem como finalidade o comércio ilegal, sendo ele para criação, venda ou consumo. A criação de aves silvestre está elencada a cultura de cidades ou vilarejos de interiores, assim como o consumo de determinadas aves, gerando um lucro ilegal. (PAN AVES DA CAATINGA, 2019). A maioria das espécies capturados ilegalmente são libertadas em locais impróprios, ou seja, fora de sua distribuição geográfica natural, e sem uma avaliação apropriada de seu estado sanitário, sendo os efeitos dessas solturas desconhecidos. (MARINE E GARCIA, 2005). O comércio ilegal de animais silvestre está estimado como terceiro maior do mundo, perdendo apenas para o de armas e drogas, gerando uma rentabilidade de quantias superior a 15 bilhões de dólares. A participação do mercado negro brasileiro leva a uma movimentação de aproximadamente US$ 2 bilhões ao ano, levando a esse comércio um lucro duas vezes maior que o prejuízo causado as espécies. (SOUSA, 2010). São inúmeras atividades cruéis, além das “criação de aves de estimação”, como o caso das aves destinadas ao abate, onde fazem uso das penas para travesseiros ou artesanato, o fígado usado para patê ou a própria carne da ave que são servidas em finos restaurantes e por outros criadores em busca de choque de sangue. (SOUSA, 2010). À vista disso, o desenvolvimento de projetos de conservação da avifauna local, visará um acompanhamento veterinário para reintrodução de aves do tráfico ilegal na natureza, incentivando ao órgãos ambientais confiar na responsabilidade do mesmo, possibilitara a educação ambiental, o lazer e o ecoturismo, com uma intervenção que preveja a reposição/recuperação do desmatamento no decorrer do processo construtivo, assim como, um projeto de combate a incêndio, sendo de causas naturais ou de intervenção humana, sabendo que está área há ocorrência de vários casos de incêndio ao logo do meses de setembro a janeiro.

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Figura 13: Fogo para estabelecimento de pastagens. Fonte: PAN Aves da Caatiga.

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Figura 14: Caça e o tráfico de aves silvestres. Fonte: PAN Aves da Caatiga.


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CONSERVAÇÃO DE AVES

4.3 LISTA DE AVES PARA PROPOSTA DO PARQUE As aves constituem o agrupamento animal melhor estudado Flona Araripe, desde da década de 1970 até 1990, pesquisadores e biólogos como Dante Martins Teixeira, João Luiz Xavier do Nascimento, Inês de Lima Serrano do Nascimento e Severino Mendes de Azevedo Júnior, estudaram as espécies encontradas na Chapada do Araripe. Resultou no inventário por horas de captura dentre a mata úmidas, mata seca, cerrado e carrasco, e horas de observação diagnosticando as vocalizações. Foram comparados 384 indivíduos de 55 espécies e anilhados 372, concluindo-se as 193 espécies de aves, encontrados em sua maioria em ambientes de mata seca e carrasco. (Plano De Manejo – FLONA/ARARIPE, 2005). Na sequencia segue a tabela das aves da chapada do Araripe, segundo Nascimento, Nascimento e Azevedo Júnior(1998), apud Plano de Manejo da Flona Araripe-Apodi (2005), AM= ameaçadas VU= vulnerável, RA= rara EM= endêmica do Brasil NE= endêmica do Nordeste VN= visitantes hemisfério norte I= introduzida. Tabela 05: Lista de aves da Chapada do Araripe Fontes: indicado no rodapé.


CONSERVAÇÃO DE AVES

TINAMIDAE

Zabelê (NE)

lnhambu-chororó Inhambu-chitã

Codorna-comum

ARDEIDAE

Garça-vaqueira

CATHARTIDAE

Urubu-de-cabeçapreta

Urubu-de-cabeçavermelha

Urubu-de-cabeçaamarela

Gavião-tesoura

Ripina

ACCIPITRIDAE

Peneira

Gaviãobombachinhagrande

Família Tinamidae: Zambelê, Fonte: p1.blogspot.com; Inchambu-chororó, Inhambu-chitã Fonte: WikiAves.com.br, Codorna-comum, Fonte: maioresdomundo.com.br. Família Ardeidae: Garça-vaqueira, Fonte: Wikiaves.com.br. Família Cathartidae: Urubu-de-cabeçapreta, Urubu-de-cabeça-vermelha, Urubude-cabeça-amarela, Fonte: Wikiaves.com.br. Família Accipitridae: Peneira, Fonte: avesderapinabrail.com; Gavião-tesoura,Fonte: Wikiaves.com.br; Ripina, Fonte: avesderapinabrail.com; Gavião-bombachinha-grande, Fonte: Wikiaves.com.br.

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CONSERVAÇÃO DE AVES

ACCIPITRIDAE

Gavião-de-rabobranco

Gavião-de-caudacurta

Gavião-carijó

Gavião-caboclo

Acauã

Gavião-relógio

Carrapateiro

Gavião-de-coleira

Quiriquiri

Carcará

FALCONIDAE

CRACIDAE

Jacupemba

Jacucaca

Família Accipitridae: Gavião-de-rabo-branco, Fonte: Wikiaves.com.br; Gavião-de-calda-curta, Fonte: avesderapinabrasil.com; Gavião-carijó; Fonte: casadospassaros.com; Gavião-caboclo Fonte: WikiAves.com.br. Família Falconidae: Acauã, Gavião-relógio, Carrapateiro, Gavião-de-coleira, Quiriquiri, Carcará. Fonte: wikiaves.com.br. Família Cracidae: Jacupemba, Jacucaca, Fonte: Wikiaves.com.br.


CONSERVAÇÃO DE AVES

CARIAMIDAE

CHARADRIIDAE

Siriema

Quero-quero

COLUMBIDAE

Bomba-de-espelho

Asa-Branca

Avoante

Arribaçã

Rolinha-de-asacanela

Rolinha-caldo-defeijão

Rolinha-branca

Juriti

Gemedeira

Fogo-apagou

Família Cariamidae: Siriema, Fonte: Milermachado; Família Chacadriidae: Quero-quero, Fonte: WikiAves.com.br. Família Columbidae: Bomba-de-espelho, Asa-branca, Avoante, Fonte: Wikiaves.com.br; Arribaçã, Fonte: culinaria.culturamix.com; Rolinha-de-asa-canela, Fonte: Wikiaves.com.br; Rolinha-caldode-feijão, Fonte: communs.wikimidia.org; Rolinha-branca, Fonte: flickr.com; Juriti, Fonte: youtube.com; Gemedeira, Fogo-apagou, Fonte: Wikiaves.com.br.

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CONSERVAÇÃO DE AVES

PSITTACIDAE

Tuim

Periquito-dacaatinga

Papagaioverdadeiro

Saci

Anu-preto

CUCULIDAE

Alma-de-gato

Anu-coroca

Anu-branco

TYTONIDAE

Rasga-mortalha

Família Psittacidae: Tuim, Fonte: efecadepatos.com.br; Periquito-da-caatinga; Fonte: portal.zoo.bio.br; Papagaio-verdadeiro, Fonte: WikiAves; Família Cuculidae: alma-de-gato, Fonte: serranewsrj.com.br; Saci, Anu-preto, Anu-coroca, Fonte: Wikiaves.com; Anu-branco, Fonte: ecoregistros.org. Família Tytonidae: Rasga-mortalha, Fonte: noamazonaeassim.com.br.


CONSERVAÇÃO DE AVES

STRIGIDAE

Corujinha-do-mato Caburé

Coruja-orelhuda

NYCTIBIIDAE

Urutau

CAPRIMULGIDAE

Bacurau-de-asafina

Bacurau-norteamericano

Curiango

Bacurau

Bacurau chintã Família Stringidae: Corujinha-do-mato, Fonte: casadospassaros.net; Caburé, Fonte: WikiAves.com.br; Coruja-orelhuda, Fonte: g1.globo.com. Família Nyctibiidae: Uruatu, Fonte: ecovillasdolago.com.br. Família Caprimulgidae: Bacurau-de-asa-fina; Bacural-norte-americano; Curiango; Bacurau; Bacurauchintã, Fonte: Wikiaves.com.br.

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CONSERVAÇÃO DE AVES

APODIDAE

Andorinhão-decoleira

Tesourinha

TROCHILIDAE

Balança-rabo-debico-torto

Rabo-branco-desobre-branco

Rabo-branco-decauda-larga

Besourinho-damata

Tesourão

Beija-florvermelho

Besourinho-debico-vermelho

Beija-flor-decosta-violeta

Beija-florgarganta-verde

Bico-reto-cinzento

Família Apodidae: Andorinha-de-coleira; Tesourinha, Fonte: WikiAves.com.br. Família Trochilidae: Balança-rabo-de-bico-torto; Fonte: Wikiaves.com.br, Rabo-branco-de-sobre-branco; Fonte: casadospassaros.net Rabo-branco-de-cauda-larga; Besourinho-da-mata; Tesourão; Fonte: Wikianes.com.br; Beija-flor-vermelho; Fonte: eco.org.br; Besourinho-do-bico-vermelho; Fonte: eBird.org; Beija-flor-de-costa-violeta; Fonte: Wikiaves.com.br; Beija-flor-garganta-verde; Fonte: g1.globo.com; Bicoreto-cinzento, Fonte: Wikiaves.com.br.


CONSERVAÇÃO DE AVES

FURNARIIDAE

João-de-barro

Casaca-de-couro-dalama

FORMICARIIDAE

COTINGIDAE

MIMIDAE

Pinto-do-mato

Araponga-donordeste

Arribita-rabo

THAMNOPHILIDAE

Choró-boi

Choca-do-nordeste Choca-da-barrada

Choca-bate-cabo

Choca-de-asavermelha

Choquinha-lisa

Chorozinho-dechapéu-preto

Piu-piu

Família Funariidae: João-de-barro, Fonte: Wikiaves.com.br Casca-de-couro-da-lama, Fonte: ismaeljsnature.blogspot.com. Família Formicariidae: Pinto-do-mato, Fonte: Luiz Carlos da Costa Ribenboim. Família Contigidae: Araponga-do-nordeste, Fonte: Ciro Albano. Família Mimidae: Arribitarabo, Fonte: geisertrivelato.webs.com. Família Thamnophilidae: Choró-boi; Choca-do-nordeste; Chocada-barrada; Fonte: Wikiaves.com.br Choca-bate-cabo; Fonte: AnimalbZone; Choca-de-asa-vermelha; Choquinha-lisa; Pui-piu; Fonte: Wikiaves.com.br; Chorozinho-de-chapéu-preto, Fonte: eBird.org.

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CONSERVAÇÃO DE AVES

THAMNOPHILIDAE

Chorozinho-debico-comprido

Papa-formigaspardo

Formigueiro-debarriga-preta

João-chiquechique (NE)

João-graveto

Barraqueiro-olhobranco

Bico-virado-dacaatinga

SYNALLAXINAE

Petrim

PHYLIDORINAE

Casaca-de-couro

Estrelinha-preta

Vira-folhas Família Thamnophilidae: Chorozinho-de-bico-comprido; Papa-formigas-pardo; Formigueiro-de-formigapreta,Fonte: WikiAves.com.br. Família Synallaxinae: Petrim; João-chique-chique, Fonte: Wikiaves.com.br; João-graveto, Fonte: photoaves.com. Família Phylidorinae: Casaca-de-couro, Fonte: eBird.org; Barraqueiro-olho-branco; Bico-virado-da-caatinga; Estrelinha-preta, Fonte: Wikiaves.com.br; Vira-folha, Fonte: virtude-ag.com.


CONSERVAÇÃO DE AVES

DENDROCOLAPTIDAE

Arapaço-verde

Arapaçu-deArapaçu-dogarganta-vermelha Cerrado

Arapaçu-beija-flor

Andorinha-do-rio

Andorinha-docampo

Andorinhapequena-de-casa

Andorinhaserrador

Andorinha-debando

HIRUNDINIDAE

Andorinhadoméstica-grande

CORVIDAE

Cancão Família Dendrocolaptidae: Arapaço-verde; Arapaço-de-garganta-vermelha; Arapaço-do-cerrado, Arapaço-beija-flor, Fonte: WikiAves.com.br. Família Hirundinidae: Adorinha-do-rio, Fonte: passarinhando.com.br; Andorinha-do-campo; Andorinha-doméstica-grande; Andorinha-pequena-de-casa; Fonte: Wikiaves.com.br; Andorinha-serrador, Fonte: Flickr.com.br; Adorinha-de-banho, Fonte: Wikiaves.com.br. Família Corvidae: Wikiaves.com.br.

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CONSERVAÇÃO DE AVES

TROGLODYTIDAE

Garrinchão-paiavô

Garrinchão-debarriga-vermelha

Garrinchão-debico-grande

Corruíra

Sabiá-laranjeira

Sabiá-barranco

Sabiá-poca

MUSCICAPIDAE

Balanço-rabo-dechapéu-preto

Sabiá-coleira

MOTACILIDAE

Caminheirozumbidor Família Troglodytidae: Carrinchão-pai-avô; Garrinchão-de-barriga-vermelha; Garrinchão-de-bico-grande; Corruíra, Fonte: WikiAves.com.br; Família Muscicapidae: Balanço-rabo-de-chapéu-preto, Fonte: Wikiaves.com.br; Sabiá-larangeira; Fonte: verdesp.com.br; Sabiá-barranco; Sabiá-poca; Sabiá-coleira, Fonte: Wikiaves.com.br. Família Motacilidae: Wikiaves.com.br.


CONSERVAÇÃO DE AVES

VIREONIDAE

Pitiguari

Juruviara-norteamericano

Verdinho-coroado

Noivinha

Risadinha

Bagaceiro

Sertanejo

Guaracava-deolheiras

Guaracavacinzenta

Guaracava-debarriga-amarela

Guaracava-detopete-uniforme

Chibum

Barulhento

Cabeçudo

Sabidinho-de-olhode-ouro

TYRANNIDAE

Família Vireonidae: Pintiguari, Fonte: Wikiaves.com; Juruviana-norte-americano, Fonte: Andy Reago & Chrissy McClarren; Verdinho-coroado, Fonte: WikiAves.com.br. Família Tyriannidae: Noivinha; Risadinha; Fonte: Wikiaves.com.br; Bagaceiro, Fonte: eBird.org; Sertanejo, Fonte: flickr.com/photos/dariosanches/; Guaracava-de-orelha, Fonte: mae-de-lua.org; Guaracava-cinzenta; Guaracava-de-barriga-amarela; Guaracava-de-topete-uniforme; Chibum, Fonte: Wikiaves.com.br; Barulhento, Fonte: em.com.br; Cabeçudo, Fonte: Dario Sanches; Sabidinho-de-olho-de-ouro, Fonte: Wikiaves.com.br.

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CONSERVAÇÃO DE AVES

TYRANNIDAE

Ferreirinhorelógio

Bico-chatoamarelo

Guaracava-debico-pequeno

Truque, Maria Tola Filipe

Enferrujado

Guaracavuçu

Lavadeiramascarada

Lavadeira

Maria-cavaleira

Maria-cavaleirade-asa-ferrugem

Irrê

Bem-te-vi

Bem-te-vi-de-bicochato

Patinho

Assadinho-decauda-preta

Família Tyrannidae: Ferreiro-relófio, Fonte: eBird.org; Bico-chato-amarelo; Patinho; Assadinho-de-caldapreta; Guaracava-de-bico-pequeno, Fonte: WikiAves.com.br; Truque, Maria-tola, Fonte: dicionarioinformal.com.br; Felipe; Enferrujado; Guaracavuçu; Lavadeira-mascarada; Lavadeira; Mariacavaleira; Maria-cavaleira-de-asa-ferruge; Fonte: Wikiaves.com.br; Irrê, Fonte: Carlos Henrique L. N. Alemeida; Bem-te-vi, Fonte: g1.globo.com; Bem-te-vi-de-bico-chato, Fonte: Flicker.com.


CONSERVAÇÃO DE AVES

TYRANNIDAE

Bem-te-vi-vizinho- Caneleiro-enxofre penacho-vermelho

Bem-te-vi-rajado

Peitica

Bem-te-vi-pirata

Tesoura

Caneleiro-preto

Suiriri

PIPRIDAE

Soldadinho-doararipe (NE)

Fruxu-do-cerradão

PASSERIDAE

Pardal Família Tyrannidae: Bem-te-vi-vizinho-penacho-vermelho, Fonte: WikiAves; Caneleiro-enxofre, Fonte: WikiAves; Bem-te-vi-rachado, Fonte: WikiAves; Peitica, Fonte: WikiAves; Bem-te-vi-pirata, Fonte: WikiAves; Suiriri, Fonte: WikiAves; Tesoura: Fonte: eBird.com; Caneleiro-preto. Família Pipridae: Soldadinho-do-araripe, Fonte: WikiAves; Fruxu-do-cerradão. Família Passeridae: Pardal, Fonte: WikiAves

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CONSERVAÇÃO DE AVES

EMBERIZIDAE

Pula-pula

Pula-pula-amarelo Cambacica

Bico-de-veludo

Saíra-de-papopreto

Saíra-de-chapéupreto

Pipira-preta

Sanhaço-de-fogo

Sanhaço-cinzento

Sanhaço-docoqueiro

Vivi

Saíra-amarelo

Saíra, Saí-azul

Saí-beija-flor

Tico-tico-doverdadeiro

Tico-tico-docampo

Família Emberizidae: Pula-pula, Fonte: WikiAves; Pula-pula-amarelo, Fonte: WikiAves; Cambacica, Fonte: WikiAves; Bico-de-veludo, Fonte: WikiAves; Saíra-de-papo-preto, Fonte: WikiAves; Saíra-dechapéu-preto, Fonte: WikiAves; Pipira-preta, Fonte: WikiAves; Sanhaço-de-fogo, Fonte: WikiAves; Sanhaço-cinzento, Fonte: WikiAves; Sanhaço-do-coqueiro, Fonte: Casadospássaros.com; Vivi, Fonte: WikiAves; Saíra-amarelo, Fonte: WikiAves; Saíra, Saí-azul, Fonte: Canaldopet.ig; Saí-beija-flor, Fonte: Wike Aves; Tico-tico-do-verdadeiro, Fonte: Clubedocriador; Tico-tico-do-campo, Fonte: eBird.com.


CONSERVAÇÃO DE AVES

EMBERIZIDAE

Canário-da-terra

Tiziu

Bigodinho

Baiano

Brejal

Chorão

Tico-tico-do-mato- Tico-tico-rei-cinza de-bico-preto

Galo-de-campina

Azulão

Inhapim

Corrupião

Garibaldi

Polícia-inglesa

Chopim-gaudério

Pintassilgo-donordeste

Família Emberizidae: Canário-da-terra, Fonte: petcaramelo.com; Tiziu, Fonte: Flickr - Dario Sanches; Bigodinho, Fonte: WikiAves; Baiano, Fonte: WikiAves; Brejal, Fonte: WikiAves; Chorão, Fonte: Avifauna PedroLeopoldo; Tico-tico-do-mato-de-bico-preto, eBird.com; Tico-tico-rei-cinza, Fonte: Casa dos Pássaros; Galo-de-campina, Fonte: Clubedocriador.com; Azulão, Fonte: WikiAves; Inhapim, Fonte: WikiAves; Corrupião, Fonte: Espaçoescologiconoar.com.br; Garibaldi, Fonte: WikiAves; Polícia Inglesa, Fonte: Wike Aves; Chopim-gaudério, Fonte: flickr.com/photos/dariosanches; Pintassilgo-do-nordeste, Fonte: WikiAves

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5. CHAPADA DO ARARIPE

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Figura 15: Chapada do Araripe Fonte: https://www.revistacontinente.com.br/


CHAPADA DO ARARIPE

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A Área de Proteção Ambiental Chapada do Araripe é uma Unidade de Conservação que visa proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais. Tem como bioma predominante a caatinga, com área 972.605,18 hectares, localizada nos estados do Ceara, Piauí e Pernambuco onde abrange os municípios de Abaiara (CE), Araripe (CE), Barbalha (CE), Brejo Santo (CE), Campos Sales (CE), Crato (CE), Jardim (CE), Jati (CE), Missão Velha (CE), Nova Olinda (CE), Penaforte (CE), Porteiras (CE), Potengi (CE), Salitre (CE), Santana do Cariri (CE), Araripina (PE), Bodocó (PE), Cedro (PE), Exu (PE), Ipubi (PE), Serrita (PE), Moreilândia (PE), Trindade (PE), Fronteiras (PI), Padre Marcos (PI), São Julião (PI), Simões (PI), Caldeirão Grande do Piauí (PI), Alegrete do Piauí (PI), Marcolândia (PI), Caridade do Piauí (PI), Curral Novo do Piauí (PI), Francisco Macedo (PI). (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE,2020). Essa área de proteção ambiental, foi criada pelo Decreto Presidencial de agosto de 1994, considerando que a APA Chapada do Araripe dispõe de um plano de manejo, não cabe aqui qualquer intervenção na Flona, visto que, a Chapada do Araripe envolve totalmente a Flona. Em caso de licenciamento de atividade degradadora que ponha em risco o equilíbrio das FLONA, esta UC seja ouvida pela APA ou qualquer outra instância do SISNAMA. (ICMBIO, 2020). Figura 16: Brasil Figura 17: Nordeste Figura 18: Mapa de Limite da Chapada do Araripe Fonte: Adaptada pelo autor (2020)

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CHAPADA DO ARARIPE

5.1 Flona Araripe-Apodi A Floresta Nacional Araripe-Apodi foi a primeira unidade de conservação de sua categoria no Brasil, aprovado pelo decreto-lei nº 9.226, de 2 de maio de 1946, e ficaram sujeitas ao regime estabelecido pelo Código Florestal aprovado pelo Decreto nº 23.793, de 23 de janeiro de 1934. (PRESIDENTE DA REPÚBLICA, 1946). Com intuito de conservar os recursos florestais e manter as nascentes de água que irrigavam os vales, tem sua gestão e administração pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade- ICMBio, com sede no município de Crato/CE. (Plano De Manejo – FLONA/ARARIPE, 2005). Os biomas predominante são o cerrado, cerradão, carrasco e flores úmidas, as vias de acesso a esta unidade são a BR-122 Exu-PE, CE-060 Jardim ou Barbalha, CE-292 Crato ou Nova Olinda, CE-494 Crato, e as rodovias não pavimentadas interestaduais e intermunicipais que cortam essa unidade de conservação, interliga as vias de Crato-Moreilândia, Crato-Santana do Cariri, CratoJardim, Arajará-Moreilândia. A distância até os centros do urbanos do Crato é de 10 km, Barbalha 12 km, Jardim 8 km e Santana do Cariri 12 km. (Plano De Manejo – FLONA/ARARIPE, 2005). 5.1.1Geoparque Araripe O Geoparque Araripe localizado no sul do Estado do Ceará, abrangendo seis municípios: Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha, Missão Velha, Nova Olinda e Santana do Cariri, como é possível observar na (Figura 19). No Brasil o primeiro Geoparque foi criado a partir da iniciativa do Governo do Estado Ceará, que em dezembro de 2005, solicitou ao Departamento de Ciências da Terra da UNESCO a inclusão do Geoparque Araripe na Rede Global de Geoparques Nacionais. (MACÊDO E PINHEIRO, 2014).

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Figura 19: Mapa do zoneamento das áreas propícias ao uso e ocupação. Fonte: Macêdo e Pinheiro


CHAPADA DO ARARIPE

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"Elaborou-se um relatório técnico, produzido a partir de levantamentos geológicos e paleontológicos e feita a avaliação em campo por peritos da UNESCO. O Geoparque Araripe foi oficialmente reconhecido na Segunda Conferência Internacional de Geopaques da UNESCO em Belfast, Irlanda do Norte, em 2006." (HERZOG, 2008, apud MACÊDO E PINHEIRO, 2014, p.148). 5.2 Geossítio e Sua Importância Turística Segundo Brilha (2005, pág. 190), um geossítio é a “ocorrência de um ou mais elementos da geodiversidade (aflorantes quer por resultado da ação de processos naturais, quer devido à intervenção do homem), bem delimitado geograficamente e que apresenta valor singular do ponto de vista científico, educativo, cultural, turístico ou outro”. Dentre o Geoparque Araripe encontram-se 9 geossítios, cada um com suas particularidades e entretenimento diferenciados. O Geossítio Batateiras está localizado na área do Parque Estadual Sítio Fundão, onde passa o rio Batateira e próximo a famosa cascata do Lameiro, no município do Carto-CE. Sua nascente guarda histórias e lendas indígenas de um lago encantado, segurado pela Pedra da Batateira, assim que este lugar fosse profanado, a água iria inundar todo o Vale do Cariri. O lugar possui trilhas ecológicas, pode encontra casas feita de taipa, edicação de barro batido e madeira, registrada no Brasil como única neste modelo de construção. Apresenta também ruínas de um engenho de cana-de-açúcar construído por volta de 1880. (GEOPARK ARARIPE, 2020).

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Figura 20: Rio da Batateira Fonte: panoramacultural.com.br

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Figura 21: Sobrado de taipa no Geossítio Batateiras Fonte: viajenachapada.wordpress.com


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CHAPADA DO ARARIPE

O Geossítio Cachoeira de Missão velha, está situado no município de Missão Velha-CE, sua cachoeira é caracterizadas por quedas d’água, com mais ou menos 12 metros de altura, formadas pelo Rio Salgado. Tem sua história marca pela presença dos Índios Kariris, e encontros de cangaceiros no século XX. Atualmente o local é de grande interesse cientifico pela presença de icnofósseis preservados, e por trilhas que dão de encontro a cachoeira. (GEOPARK ARARIPE, 2020).

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Figura 22: Cachoeira de Missão Velha. Fonte: viajenachapada.wordpress.com

Figura 23: Entrada do Geossítio Fonte: viajenachapada.wordpress.com

Geossítio Colina do Horto é o acidente geográco mais importante do município de Juazeiro do Norte, pois oferece uma visão panorâmica, podendo-se avistar todo o Vale do Cariri e a Chapada do Araripe. A Colina do Horto atrai milhões de romeiros todos os anos em virtude da presença do Padre Cícero Romão Batista, maior gura política e religiosa no nal do século XIX e início do século XX. Compreende-se pela estátua do Padre Cícero, o Museu Vivo do Padre Cícero, a Igreja do Senhor Bom Jesus do Horto e a trilha de acesso ao Santo Sepulcro que está a Capela do Santo Sepulcro e Muro da Sedição de 1914. (GEOPARK ARARIPE, 2020).

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Figura 24: Colina do Horto. Fonte: diáriodonordes.verdesmares.com

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Figura 25: Capela do Santo Sepulcro. Fonte: melhorespontosturisticos.com.br

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Figura 26: Muro de Sedição. Fonte: pousadasombradojua.com.br


CHAPADA DO ARARIPE

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O Geossítio Floresta Petricada do Cariri está localizado no Sítio Olho D’água Comprido, a sudeste de Missão Velha, na localidade conhecida como Grota Funda. Antigamente a terra é usada para plantio e pastagem de gado, com uma grande escassez de água. Em tempos pré-históricos, no entanto, já era cenário de uma densa oresta, com árvores abundantes e água. O geossítio é bastante visitado por conta do paredão rochoso e pelos troncos fósseis petrificados que estima um grande valor paleontológico. (GEOPARK ARARIPE, 2020).

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Figura 27: Floresta Petricada. Fonte: geoparkararipe.urca.br

Figura 28: Entrada da Floresta Petricada Fonte: viajenachapada.wordpress.com

O Geossítio Parque dos Pterossauros está localizado próximo do município Santana do Cariri-CE, no Sítio Canabrava, sendo da propriedade da Universidade Regional do Cariri (URCA), situado a beira da Chapada de Araripe, oferecendo uma visão panorâmica paisagística. A área do Parque dos Pterossauros é bastante visitada pois é dos um dos principais sítios de achados de fósseis do Nordeste. O Museu de Paleontologia da URCA é um outro atrativo geoturistíco, que se situa em Santana do Cariri. (GEOPARK ARARIPE, 2020).

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Figura 29: Escavação Paleontológica. Fonte: youtube.com

Figura 30: Entrada da trilha. Fonte: viajenachapada.wordpress.com

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Figura 31: Estudo Local. Fonte: chapadaexplorer.com.br


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CHAPADA DO ARARIPE

O Geossítio Pontal da Santa Cruz está localizado em Santana do Cariri-CE, na estrada que dá acesso ao topo da Chapada do Araripe. E muito forte a sua visitação turística, onde se depara com a trilha do pontal, a capela São Bom Jesus das Oliveiras, o Restaurante Pontal e a Grande Cruz, que, segundo a crença popular, serve para proteger de assombrações que habitava aquele local. Dispõe de uma visão panorâmica da Chapada. (GEOPARK ARARIPE, 2020).

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Figura 32: Cruz do Pontal. Fonte: geoparkararipe.urca.br

Figura 33: Mirante do Pontal. Fonte: turismonocariri.com

O Geossítio Ponte de Pedra está localizado no Sítio Olho D’água de Santa Bárbara, município de Nova Olinda-CE, na descida da Chapada do Araripe. Marcada pela paisagem panorâmica, o sítio é representado por uma formação rochosa natural que lembra uma ponte, pois cobre o vão de um riacho que só apresenta água em épocas de chuva. Servia como trilha para antigos povoados de índios e vaqueiros. (GEOPARK ARARIPE, 2020).

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Figura 34: Ponte de Pedra. Fonte: viajenachapada.wordpress.com

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Figura 35: Mirante da Ponte de Pedra. Fonte: tyba.com.br


CHAPADA DO ARARIPE

O Geossítio Riacho do Meio estar situado na cidade de Barbalha-CE, inserido em duas Unidades de Conservação, nas esferas municipal e estadual. O Parque Ecológico Luís Roberto Correia Sampaio (Decreto Municipal nº 007/98; Lei Municipal 1.425/00), mais conhecido como Parque Municipal Riacho do Meio, e Monumento Natural Sítio Riacho do Meio (Decreto nº 28.506/06). Visitado por suas trilhas ecológicas, três nascentes de água cristalina conhecidas por Coruja, Meio e Olho D’água Branco, pela Pedra do Morcego e pelas áreas de bservação de pássaros no Riacho do Meio. (GEOPARK ARARIPE, 2020).

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Figura 36: Nascente Riacho do Meio. Fonte:geoparkararipe.urca.br

Figura 37: Área de observação de aves. Fonte:viajenachapada.wordpress.com

O Geossítio Pedra Cariri, situado a 3km do centro de Nova Olinda-CE, compreende-se uma antiga área de mineração de calcário conhecida pela extração da chamada “Pedra Cariri”, que é utilizada na construção civil desde o século XIX até os dias atuais. O Geossítio Pedra Cariri apresenta elevado valor cientíco devido à ocorrência de diversos fósseis, a visitação turística ocorre por conta a exploração da pedra. (GEOPARK ARARIPE, 2020).

38 Figura 38: Entrada do Geossítio Fonte:viajenachapada.wordpress. com

39 Figura 39: Pedra Cariri Fonte:viajenachapada.wordpress.com

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Existem guias de turismo e Agência de turismo em parceria ao Geopark Araripe voltadas para passeios turísticos dento dos geossítios. o geoturismo e o ecoturismo são vertentes que vem ganhando um novo seguimento a cada ano, alguns impactos positivos do setor estão relacionados à conservação do Patrimônio. Natural, geração de empregos diretos e indiretos, a compreensão do ambiente através de uma educação ambiental dos visitantes e o aumento da conscientização da população local.

Figura 40: Localização dos Geossítios. Fonte: Macêdo e Pinheiro

5.3 Soldadinho-do-araripe O soldadinho-do-araripe (Antilophia bokermanni) situado no vale do Cariri cearense no setor da Chapada do Araripe. O gênero deste pássaro era monotípico até sua descoberta, contando com uma única outra espécie também endêmica da vegetação que acompanha os rios, pois encontra-se em uma área repleta de recursos hídricos. (Silva & Vielliard 2000, apud Silva & Linhares, 2011). Não existe outra ave naturalmente restrita ao Estado do Ceará além do soldadinho-do-araripe, o pássaro mede 15 cm de comprimento e 20 g de massa,

41 Figura 39: Soldadinho-do-araripe macho. Fonte: Ciro Albano - Wikiaves.com.br

42 Figura 40: Soldadinho-do-araripe fêmea. Fonte: Ciro Albano - Wikiaves.com.br


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apresenta dimorfismo sexual acentuado, pois a fêmea é de cor verde-oliva e o macho tem plumagem branca no corpo, com negro na cauda e nas penas de voo das asas, além de um imponente topete vermelho no meio do dorso que se estende até o bico. As vozes emitidas consistem em chamados e cantos, sendo que o canto é restrito aos machos, dura menos de um segundo, sendo constituído por sete notas curtas. (SILVA E LINHARES, 2011). Pertencente à família de pássaros conhecidos como tangarás, dançarinos e uirapurus (Passeriformes: Pipridae), representados no Brasil por pelo menos 35 espécies de origem monofilética, sendo os pássaros do gênero Antilophia. Ornitólogos avistaram sua ocorrência em 15 de dezembro de 1996, por Artur Galileu de Miranda Coelho e Weber Andrade de Girão e Silva, na Nascente do Farias, Distrito de Arajara, município de Barbalha, Ceará. Diante da necessidade de um nome em português e devido à similaridade com Antilophia galeata, conhecido por soldadinho, o pássaro foi denominado soldadinho-do-araripe (Coelho & Silva, 1998). Diante da descoberta, apareceram nomes populares como língua-de-tamanduá (onomatopéia do canto), galo-da-mata, lavadeira-da-mata, cabeça-vermelha-damata e uirapurumatreiro, que indicam ao mesmo pássaro. (SILVA E LINHARES, 2011). Os ninhos do soldadinho-do-araripe são encontrados preferencialmente em alturas que não excedem 2 metros acima dos cursos d’água (Linhares et al., 2010). Segundo Aquasis (2020) “o sistema de acasalamento onde o macho permanece com uma única parceira por estação reprodutiva, permitindo que ela construa o ninho em seu território. Uma área que ele defende intensamente, garantindo recursos para a fêmea e seu filhote.”

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Figura 43: Ninho do Soldadinho-do-araripe. Fonte: Aquasis.org

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5.3.1 Crítico Risco de Extinção e Ameaças De acordo com Silva e Linhares (2011, pág.17), "a inclusão do soldadinho-doararipe na lista de aves ameaçadas da BirdLife International (2000) considerou seu status como Criticamente em Perigo (CR) de extinção, e desde então, permanece em tal condição em todas as listas subsequentes, incluindo a Lista Nacional das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção (MMA, 2003) e listas vermelhas internacionais de 2000, 2004, 2008 e 2009 (IUCN, 2010). A Chapada do Araripe é considerada um Sítio da Aliança para a Extinção Zero (AZE) devido à ocorrência do soldadinho-do-araripe, existindo apenas outras dez áreas igualmente classificadas no nordeste brasileiro. Esta aliança global é apoiada pela Convenção sobre Diversidade Biológica, da qual o Brasil é signatário. A classificação do soldadinho-do-araripe como uma espécie Criticamente em Perigo de extinção, segundo a BirdLife International. A distribuição geográfica com extensão de ocorrência estimada em menos de 100 km², sendo severamente fragmentada e conhecida de uma única localidade, além do declínio contínuo de sua extensão de ocorrência e área de ocupação, qualidade do hábitat e número de indivíduos maduros."

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Figura 44: Distribuição e status do soldadinho-do-araripe. Fonte: Plano de Ação Nacional para Conservação.


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A ave acompanha os cursos d'água é específica da vegetação onde ocorre quase todo seu ciclo vital. A proteção da vegetação amortece o efeito de enchentes e, ao mesmo tempo diminui a evaporação em tempos secos, trazendo benefícios para a conservação e qualidade de vida do soldadinho-do-araripe. A distribuição da espécie é restrita ao limite da Mata Úmida, compreender-se sua situação pela dinâmica hidrogeológica da Chapada do Araripe, uma formação diferente da paisagem semi-árida, localizada em altitudes elevadas, onde possuí valumosas chuvas e uma certa quantidade de nascentes. (SILVA E LINHARES, 2011). De acordo com Silva e Linhares (2011, pág. 23) "a Flona do Araripe desempenha papel fundamental na proteção da vegetação mais seca ao longo da borda do platô da Chapada do Araripe, que funciona como zona de amortecimento para a conservação da Mata Úmida de encosta e garante a infiltração das águas pluviais que abastecem o aquífero responsável pela vazão das nascentes." (Figura 45).

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Figura 45: Dinâmica hidrogeológica da Chapada do Araripe. Fonte: Adaptado de Cogerh (2010).

Prevê-se que mudanças climáticas extinguirão um quinto das espécies da família do soldadinho-do-araripe, assim como precisa-se de um plano de conservação da água e da vegetação, porém, um fator favorável é que a espécie não desperta interesse dos traficantes, pois a espécie não tem potencial cinegético. (SILVA E LINHARES, 2011). A Prefeitura de Barbalha, declarou o soldadinho-do-araripe como ave-símbolo do município e reconheceu expressamente sua importância ambiental (Decreto n° 024/2009). Tornando-se necessário um programa de políticas públicas e legislação, unidades de conservação, recuperação do hábitat, pesquisas, mobilização e envolvimento da sociedade. O Plano de Ação Nacional para Conservação contou com uma oficina e a participação de diferentes integrantes de institucionais, tais como universidades, IBAMA, órgãos estaduais de meio ambiente (OEMAs), organizações não governamentais (ONGs) e diversos setores do ICMBio. (SILVA E LINHARES, 2011).

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6. ECOTURISMO

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Figura 46: Teleférico de Barbalha-Ce. Fonte: Governo do Estado do Ceará.


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6. ECOTURISMO Conforme Ceballos-Lascurain (1991) apud, Pires (1998 p. 79), "o ecoturismo é uma forma de ecodesenvolvimento que representa um meio prático e efetivo de atrair melhorias sociais e econômicas para todos os países, e é um poderoso instrumento para a conservação das heranças naturais e culturais pelo mundo." A justificativa de Layrargues (2004) quanto a importância do ecoturismo, ressaltam três fatores relevantes, que são: o desempenho na proteção ambiental, as trocas culturais e a geração de emprego e renda. Levando em conta que tem sido uma área de estudos científicos, tenta-se compreender as relações positivas ou negativas e estabelecer limites e possibilidades em relação a conservação ambiental. O ecoturismo está definido por setores em função dos seus interesses mediatos e imediatos, que tende a conceber sua própria ideia quanto a origem, definição ou terminologia a respeito do ecoturismo: O trade turístico, ou seja, operadores, agências, promotores, empresas de viagens, hotelaria, guias, etc. Define como uma promoção de atividades ecológica. A área governamental e os organismos oficiais ligados ao turismo. Procurar planejar estratégias nacionais para o desenvolvimento de uma determinada região. As organizações não governamentais da área ambiental e conservacionista. Veem o ecoturismo como meio útil para o desenvolvimento conservacionistas das regiões. As populações residentes nos destinos potenciais. Conceituam como um aspecto de valorização dos recursos naturais e culturais, gerador de renda. O público turista e suas diferentes motivações de viagem; conceito particular, condicionado pelas motivações e expectativas pessoais. O meio acadêmico estuda sobre a pesquisa e a reflexão do tema. (PIRES, 1998).

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6.1 Ecoturismo e o Desenvolvimento Socioeconômico O desenvolvimento socioeconômico é considerado um processo que requer reflexão teórica, entre as relações do ecoturismo e a reprodução das condições sociais. Essas relações levantam uma discussão a respeito das oportunidades oriundas do mercado ecoturístico, que pode movimentar altas quantias de recurso financeiros, considerando que esse segmento é o que mais cresce no mundo. O mercado de ecoturístico no Brasil movimenta em torno de meio milhão de turistas, com cerca de 500 milhões de reais ao ano, gerando uma empregabilidade direta, mas não se sabe ao certo onde estão distribuídos os benefícios dessa riqueza gerada. No entanto, o ecoturismo apresenta uma vaga expressão em promover o bem-estar e a melhoria da qualidade de vida da população local, diante da concentração de renda no setor promovedor, e mesmo assim, o ecoturismo sobressair como uma importante função social na geração de emprego e renda, benefícios

indiretos

e

melhoria

da

qualidade

de

vida

dos

envolvidos.

(LAYRARGUES, 2004). Layrargues (2004), também afirma que o mercado capitalista construiu valor destruindo a natureza, e agora protege a natureza para se ter valor. A questão é saber como será repartida a riqueza gerada pela exploração econômica da natureza protegida. Surge a preocupação em definir ecoturismo, se é para promover o bem estar dessas populações, compreende como integração ao processo de desenvolvimento econômico sem corromper suas características culturais, afinal, a população local são os únicos a conhecer as formas de sustentabilidade de um determinado ambiente. (NEIMAN E MEDONÇA, 2000). Devido a procura por espaço natural, que remeta a pureza, a ordem, o ritmo e a estética natural, urge a

necessidade de criar políticas públicas voltadas ao

ecoturismo, onde possibilite a formação profissional, aplicada em duas vertentes, uma que prepara para geração de empregos, outra que prepara para ascensão social, ou seja,

que vise as questões ambientais e culturais, mas também a

socioeconômica da sustentabilidade. (LAYRARGUES, 2004). A definição de Layrargues (2004, pág. 5) é que “políticas públicas liberais e conservadoras podem ter como meta a “geração de emprego e renda”, investindo por conseguinte, em modelos de ecoturismo empreendedor; já as políticas públicas progressistas e emancipatórias podem ter como meta a “ascensão social e a distribuição de renda”, investindo portanto, em modelos de ecoturismo de base comunitária.” Sob essa perspectiva, os modelos de ecoturismo estão relacionados como:


ECOTURISMO

ECOTURISMO EMPREENDEDOR

Tabela 06: Ecoturismo Empreendedor. Fonte: Autor (2020).

ECOTURISMO DE BASE COMUNITÁRIA

Tabela 07: Ecoturismo de Base Comunitária. Fonte: Autor (2020).

A proposta do parque destaca para aplicação desses modelos, onde a percepção dos visitantes não seja somente de exuberância e aventura, mas também, se conheça o local e as pessoas que ajudam na conservação e educação ambiental. Neiman e Mendonça (2000) explicam que sustentabilidade são argumentos estritamente técnicos, embasados no conhecimento científico, que a criação de uma unidade de conservação não garantirá que existirão ecossistemas viáveis. Esse estudo, pode prever a quantidade de árvores que se pode cortar para fazer um manejo florestal ou quantos animais pode-se abater para garantir a estabilidade de uma população. Devemos refletir dentro de uma nova lógica, que possibilite desenvolver uma relação harmoniosa entre o ser humano e o seu contato com o ambiente natural, ou seja, a fauna e flora. Para isso, é necessário que os ambientalistas, os empresários interessados nas atividades em parques e os administradores discutam sobre os destinos dessas áreas, perante ótica de conservação coletiva, que não se restrinja somente a ação do poder público. Observa-se ainda que as populações residentes possuem um forte vínculo com a natureza, desenvolvendo uma característica cultural local. (NEIMAN E MEDONÇA, 2000).

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ECOTURISMO

Acredita-se que o contato com a natureza, já é suficiente para garantir mudanças excepcionais no comportamento do indivíduo. Com isso as instituições brasileiras voltadas para as atividades ecoturísticas veem ganhado prêmios, principalmente as ONGs, por incentivar o setor e o trabalho educativo elaborado a partir de pressupostos inovadores. Diferentemente de algumas empresas que ainda priorizam a prestação de serviços e ao retorno econômico, tendo em vista, o prejuízo causado pelas ações conservacionistas. (NEIMAN E MEDONÇA, 2000). 7.2 Ecoturismo na Região do Cariri O município de Barbalha é reconhecido pela arquitetura colonial e suas tradicionais festas juninas, embasados na tradição religiosa, a vida cotidiana dos moradores ainda é a agricultura e o comércio que cobre toda a extensão de bares, restaurantes e boutiques, assim como o setor industrial que segue em avanço contínuo. A cidade ostenda de suas belezas naturais, nascentes de águas, balneários, cachoeiras e trilhas compondo o cenário de um lugar atraente e charmoso para visitar ou morar. (LIMA, 2016). Na pesquisa obtida por Macêdo e Oliveira (2013, pág.12), quanto a percepção dos gestores no incentivo do turismo sustentável, mostrou que, “na cidade de Barbalha, verificou-se que apesar da cidade apresentar uma significativa área verde, com fontes naturais, fauna e flora de grandes riquezas, não existe nenhuma ação para aproveitar e incentivar o Turismo Sustentável. As ações que foram desenvolvidas com o GeoPark foram de palestras, casos relacionados a preservação do meio ambiente. O turismólogo ressalta a importância da existência de planejamentos para o desenvolvimento do Ecoturismo na região, apesar de não existirem esse tipo de projeto para a cidade.” Levando em consideração, a falta de planejamento e incentivo das instruções públicas voltados para o setor ecoturístico, e desconhecimento de sustentabilidade e turismo pelos moradores ao redor do Geossíto Riacho do Meio, busca-se, promover a educação ambiental, fazer um treinamento com a comunidade envolvida, de como lidar de maneira adequada com turistas e solicitar o apoio de instituições públicas e privadas, na garantia da valorização local, o crescimento socioeconômico e a conservação e preservação da natureza. (MACÊDO E OLIVEIRA, 2013).


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6.3 Temática: Aventura e Sustentabilidade. 6.3.1 O Perfil do Ecoturista e Atividades Praticadas Entender o que os turistas buscam é essencial para o desenvolvimento de um turismo de aventura, de acordo com o Ministério do Turismo, são feitas pesquisas de quais atividades demandam mais procura, qual o perfil do turista e quais a necessidades de se ter atividades nesse segmento. O publico maior é o masculino, de 18 a 29 anos, hábitos de viajar em grupos, que buscam atividades com caminhadas, trilhas, observação da vida selvagem, mergulhos e novas experiencias, a pesquisa mostra que a necessidade de lugares naturais são de fugir do cotidiano, a busca por atividades físicas fora do meio urbano e o resgate a vida, as origens e o autoconhecimento. (BRASIL MINISTÉRIO DO TURISMO, 2010). De acordo com o gráfico podemos perceber quais as motivações de visitar Áreas Protegidas:

Gráfico 02: Motivação para visita às Áreas Protegidas. Fonte: EMBRATUR & FIPE. Estudo sobre o Turismo praticado em Ambientes Naturais Conservados.

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O acompanhamento de um guia de turismo ou condutores especializados, é a maneira mais viável para contribuir na experiência do visitante, obtendo -se uma interação com o ambiente em que visita, a vivência de sua aproximação com o meio natural. (BRASIL - MINISTÉRIO DO TURISMO, 2010). A seguir, será apresentadas algumas atividades realizadas no âmbito do segmento de Ecoturismo, ou Turismo de Aventura. Algumas exigem equipamentos e vestuário adequados, serão dividas em duas categorias:

Aventuras no Habitat das Aves Birdwatching: Observação das aves, demanda equipamentos específicos para melhor aproveitamento da atividade, mas não é imprescindível, como exemplo, câmeras fotográficas. Essa pratica será introduzida na “floresta selvagem”, por meio de uma trilha suspensa de madeira. Trilha interpretativa: Percursos determinados com função vivencial, e apresentar conhecimentos ecológicos e socioambientais sobre as aves da região. Podem ser guiadas por de profissionais, como Guias de Turismo e Condutores Ambientais Locais.

47 Figura 47: Birdwatching. Fonte: http://www.ecobrasil.eco.br/atividades

48 Figura 48: Trilha em Grupo. Fonte: http://www.ecobrasil.eco.br/atividades


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Safári dos Gaviões: Percurso executado por meio de um veiculo ao ar livre, onde além da observação das aves, pode-se apreciar e fotografar a paisagem bem da copa das árvores. Espeleoturismo: Comum mente a atividade se dá pela exploração de caverna, no entanto, para contar a histórias local e a relação com as aves cariri, será recriado uma caverna, onde a exploração acontecerá por meio de um veículo semelhante aos carrinhos de mineração.

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Figura 49: Voo do Carcará Fonte: Aprenda.bio.com

Figura 50: Caverna Avatar Land Boat Ride Fonte: Print YouTube - SoCal Attractions 360

Aventuras de Atividades Ecoturísticas Arvorismo: um esporte radical, que permite travessias em plataformas no alto das árvores, ultrapassando diferentes obstáculos, como pontes suspensas e escadas. Bungee Jumping: é um esporte radical, onde o aventureiro consiste em saltar de altura considerável, amarrados pelos tornozelos e cintura por uma corda elástica, acontecera uma subida por um elevador sustentável, cinco vezes maior que as árvores, possibilitando a pratica das atividades aos cadeirantes. Boia Cross: uma atividade que permite descer na corredeira de córrego, por meio de uma boia inflável, demanda equipamentos específicos como, joelheira, caneleira, colete salva vidas e capacete.


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Figura 51: Arvorismo Figura 53: Boia Cross

Figura 52: Bungee Jumping Fonte: http://www.ecobrasil.eco.br/atividades

Escorregadores gigantes: são brinquedos levemente inclinados, com superfícies deslizantes, pode ser em tubos ou não. Tirolesa: consiste em um cabo aéreo ligado a dois pontos, que pode se sobrevoar sob a floresta livremente sem esforços físicos.

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Figura 54: Escorregador em tubo. Fonte: https://vejasp.abril.com.br/culturalazer/escorregador-gigante-campos-do-jordao/

Figura 55: Tirolesa. Fonte:http://www.ecobrasil.eco.br/atividades


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O Turismo de Aventura no Brasil vem ganhando o mundo, com base no Plano Aquarela – Marketing Turístico Internacional do Brasil 2020 (2009), o Ecoturismo aparece como segundo seguimento mais ofertados entre os operadores internacionais, foram mais de 5 milhões de visitantes, rendendo um entrada anual de 5,8 bilhões de dólares de divisas (2008). A maioria dos turistas (96,4 %) afirma que pretende voltar outras vezes. “Atividades oferecidas comercialmente, usualmente adaptadas das atividades de Turismo de Aventura, que tenham ao mesmo tempo o caráter recreativo e envolvam riscos avaliados, controlados e assumidos.” Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.

6.3.2 Projeto Sustentável Com a idealização do projeto, prevê-se alguns aspectos que são apontados como problemática no Plano de Manejo da Flona Araripe-Apodi. O saneamento básico dispõe de fossas tipo sumidouro, mas o a distribuição da água por meio de cisternas, não são suficientes para demanda da UC, tem sido o problema que busca solução a mais de 50 anos. Em vista disso, com a implantação de um córrego e as demais necessidades do parque, uma madeira de conseguir água potável, é uma torre que capta o vapor da atmosfera. O arquiteto Arturo Vittori, pensando em ajudar as comunidades isoladas no nordeste da Etiópia, projetou a Warka Tower, que tem sua tradução significativa a uma árvore de água, inspirados em abrigos de casa vernaculares. A torre também pode se integrar a um modulo de energia solar, para distribuir energia elétrica. (WARKAWATER, 2020).

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Figura 56: Torre com placas de energia solar Fonte: warkawater.org

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Figura 57: Torre que capta água Fonte: warkawater.org

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Funciona apenas por fenômenos naturais, como gravidade, condensação e evaporação, ou seja, captação da água da chuva, colhe nevoeiro e orvalho, e não requer energia elétrica. Independente da temperatura local e das condições de umidade, o ar sempre contém uma quantidade de vapor de água. (WARKAWATER, 2020). Foram desenvolvidos 12 protótipos com diferentes designes e tamanhos, a torre é construída a base de bambu, com amarrações em corda de sisal, para captação usa-se polyester, onde ao escorrer a água fica armazenada em uma bacia na parte inferior da torre, podendo ser produzido até 100 litros de água por dia. Os matérias são biodegradáveis e 100% recicláveis. (WARKAWATER, 2020).

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Figura 58: Sistema de Captação Fonte: warkawater.org


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Para introduzir alguns elementos construtivos no parque, algumas áreas precisaram ser desmatadas, prevendo isso, e o acontecimento de incêndio e queimadas na chapada do Araripe que desmatou consideráveis hectares de terras, prepara a extração das árvores para um replantio nos locais mais afetados pelo fogo, esse transplante é feito através equipamentos e mão de obra especializada, o Instituto Brasileiro de Florestas – IBF faz esse transporte até o local do plantio, dando suporte, orientação e monitora o desenvolvimento da mesma.

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Figura 58: Transplante de árvore Fonte: der.df.gov.br

Em previsão as acontecidos de incêndio, busca-se a o aconselhamento da primeira startup brasileira especializada no caso, a Sintecsys – Detecção de Incêndios Florestais, que como solução usam torres de monitoramento por câmeras e sensores de fumaça, que giram 24 horas por dia, identificando o local da fumaça, dando todas as condições de topografia e coordenadas até o foco do incêndio, para uma atuação rápida, de até três minuto para detecção, evitando assim a propagação do fogo. (SINTECSYS, 2020).

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Figura 59: Torre que detecta fumaça Fonte: sintecsys.com

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ÁREA DE INTERVENÇÃO

7. ÁREA DE INTERVENÇÃO 7.1 Localização O presente projeto estará localizado dentro da Floresta Nacional do AraripeApodi, no sul do Estado do Ceará, há 1,6km do Caldas, distrito do município de Barbalha. A intervenção corresponderá a uma área de 104,29 Hectares, representado na (figura 63), por onde passa a CE-060, e está próxima a uma via interestadual não pavimentada, Arajará-Moreilândia. Em um raio de 2km, encontram-se pontos importantes, como o Balneário do Caldas, o Hotel da Fontes, o Balneário Caminho das Águas, o Cruzeiro Bom Jesus do Caldas, um ponto visitado pelas pessoas que fazem trilha, um posto da Polícia Militar Ambiental e alguns comércios local, como mostra na (figura 64).

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Figura 61: Mapa do Brasil Figura 62: Mapa do Ceará Fonte: Autor 2020.

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Figura 62: Mapa de Localização da Flona Araripe-Apodi. Fonte: Adaptada pelo autor 2020.


ÁREA DE INTERVEÇÃO

64 Figura 64: Mapa de recorte da área de intervenção da Flona Araripe-Apodi. Fonte: Adaptada pelo autor 2020.

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7.2 Zonas O Plano de Manejo da Floresta Nacional do Araripe, desde de 2005 – Portaria nº 81. (ICMBio), propôs o zoneamento de sua área, constituindo a base de ordenamento e gestão dessa Unidade de Conservação. As principais zonas estabelecidas são: Zona Inatingível (ZI), onde tudo na natureza permanece intacto, não é permitido quaisquer alterações do seu meio representando mais alto grau de preservação. Zona de Conservação (ZCo), ocorre uma pequena intervenção humana para fins científicos. Zona de Uso Público (ZUP), são áreas naturais alterada onde o ambiente deve ser mantido o mais próximo do natural. Zona Histórico Cultural (ZHC), são encontradas amostras históricas, culturais e arqueológica que são conservadas interpretada para o público.

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Figura 65: Mapa de zoneamento dos usos na Flona Araripe-Apodi. Fonte: Adaptada pelo autor 2020.


ÁREA DE INTERVEÇÃO

Zona recuperação (ZRe), é uma zona provisória que contém áreas alteradas. Zona de Uso Especial (ZUE), contém áreas necessárias à administração, manutenção a serviço da Flona. Zona de Manejo Florestal (ZMFl), compreendo a várias florestas nativas ou plantada, com potencial econômico para o manejo sustentável dos recursos florestais. Zona de Manejo de Fauna (ZMFa), são ambientes aturais ou artificiais onde vive as espécies da fauna silvestre com potencial econômico. Zona de Uso Conflitante (ZUC), são espaço localizado dentro de uma Unidade de Conservação. (Plano de Manejo – FLONA/ARARIPE, 2005). Entre o espaço demarcado para o uso do Parque das Aves Cariri, encontramse dentro das Zonas de Uso Público (ZUP) e Zona de Uso Conflitante (ZUC 4), onde atividades da (ZUC 4) serão incorporadas pela Zona de Manejo Florestal (ZMFl), discorrido no capítulo de Leis e Planos.

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ÁREA DE INTERVENÇÃO

7.3 Clima, Solo e Vegetação Segundo a classificação de Kõppen, denomina o clima como tropical chuvoso, em que a temperatura média no mês mais de frio é maior ou igual a 18ºC, e a precipitação do mês mais seco é menor que 30 mm. Já para Thornthwaite a classificação é: clima tropical chuvoso, clima muito seco, seco sub-úmido, úmido e sub-úmido e semi-árido. Há uma grande perda registrada no sistema hídrico, por conta da evaporação e evapotranspiração, de acordo com a estação meteorológica de Barbalha, atinge 2.288,6 mm/ano. A evapotranspiração é um potencial para região, e será aproveitado, pela coleta da umidade do ar de maneira sustentável. A insolação supera 2.800 horas/anos mostrando-se como um excelente fator na produção de um ecossistema. (Plano de Manejo – Flona Araripe, 2005). O solo é constituído por uma considerável quantidade de Latossol Amarelo e Latossol Vermelho-Amarelo, como mostra suas divisões na (figura 66), possuindo um relevo plano, boas condições físicas e bem drenado. O relevo da bacia sedimentar do Araripe está dividido em três zonas distintas: Zona de Chapada, Zona de Talude, Zona Pediplano, como curvas de níveis variando de 760 até 290 m. (Plano de Manejo – Flona Araripe, 2005).

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Figura 66: Mapa de unidade do solo da Flona Araripe-Apodi. Fonte: Adaptada pelo autor 2020


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A vegetação da Flona Araripe está classificada segundo Lima et al.(1983), apud Plano de Manejo – FLONA ARARIPE (2005, pág. 73 e 74) como: Floresta úmida Semi-perenifólia: constituída por uma vegetação de médio porte alcançando altura de 11 a 15 metros. Transição floresta úmida/serrado: possui uma vegetação mais espaçosa de médio porte com altura máxima de 11 metros. Carrasco: formado por uma vegetação arbóreo/arbustiva de pequeno porte, densa, apresentando um xeromorfíssimo acentuado alcançando uma altura máxima de 5 metros. Floresta úmida: coincidência de incêndios está situada em áreas sujeitas a frequentes incêndios florestais danificando sensivelmente o sub/bosque. Cerradão: apresenta uma vegetação formada por maciços intercalados por grandes clareiras com solo descoberto ou sob uma cobertura rala de gramíneas, apresentam arvores tortuosas de médio e pequeno porte.

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8. CORRELATOS

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Figura 67: Arapaรงo-verde; Sittasomus griseicapillus. Fonte: Hudson Martins - Wikiaves.com.br


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8.1 Busch Gardens Tramp História do Parque Busch Gardens Tampa Bay , zoológico e parque de diversões de propriedade privada, inaugurado em 1959 pela Anheuser-Busch, Inc., em Tampa , Flórida , EUA. O tema do parque é o continente africano, cerca de 2.700 animais são exibidos no parque de 135 hectares. O Busch Gardens começou como um centro de hospitalidade na cervejaria em Tampa, oferecendo jardins tropicais com pássaros e animais exóticos. Em 1965, a exposição Serengeti Plain foi inaugurada, apresentando centenas de animais africanos perambulando livremente em um habitat replicado. (ENCYCLOPAEDIA BRITANNICA, 2020).

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Figura 68: Mapa do parque Busch Gardens Fonte: https://buschgardens.com/tampa/


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Ambientes, Circulação e Plástica O parque oferece entretenimento como diferentes tipos de montanhas russas com nomes de países africanos e espetáculos em família, uma excursão ao safari em um veículo ao ar livre seguido de um guia, há vários restaurantes em diversos pontos do parque, um shopping com lojas de roupa, brinquedos, variedades de lembrancinhas e decoração, um estacionamento pré-pago com alugueis de cadeira de rodas para cadeirantes ou crianças de colo e cadeira de rodas motorizada para

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Figura 69: Boia Cross. Fonte: https://buschgardens.com/tampa/

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Figura 70: Aviário de pássaros. Fonte: https://buschgardens.com/tampa/

facilitar o passei durante o dia no parque. O bushe gardens tem uma política de garantia de chuva, ou seja, se o visitante tiver seu dia afetado pela chuva, ele terá um ingresso de segunda visita. No Bird Garden, a uma interatividade entre as aves e os visitantes, replicado a um ambiente natural. É nítido a temática do parque e seus elementos construtivos, a forma dinâmica e plástica das lojinhas que lembram o comercio na África. (BUSCH GARDENS, 2020).

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Figura 71: Lojinhas de presentes. Fonte: https://buschgardens.com/tampa/

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Figura 72: Montanha russa da cobra. Fonte: https://buschgardens.com/tampa/


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8.2 Macaw Mountain História do Parque Parque de Aves de Macaw Mountain e a Reserva Natural foram oficialmente abertos ao público em dezembro de 2001, opera como um parque zoológico educacional sob licença do Departamento Florestal de Honduras, é financiado de forma privada e suportado apenas por taxas de admissão, compras feitas por visitantes no parque e doações de apoiadores. Tem-se grandes aviários que abrigam as aves e oferecem uma maneira quase selvagem de ver pássaros. Localizados em dez acres de terreno arborizado em um vale alimentado por riachos, o projeto de ecoturismo multifacetado fica apenas 10 minutos de carro da praça central de Copán Ruinas, Honduras. (MACAW MOUNTAIN, 2020).

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Figura 73: Espaço das araras. Fonte: http://www.macawmountain.org/en/home/

Ambientes, Circulação e Plástica O parque inclui um centro de informações ao ar livre, onde você pode interagir com alguns dos pássaros, tirar fotos com eles e observá-los mais de perto. Existe uma histórica torrefação de café que tem um deck de observação elevado no dossel das árvores, onde se pode desfrutar de uma xícara de café e uma deslumbrante paisagem. Como parte da propriedade era uma plantação de café, mantiveram várias áreas da produção de café para mostrar aos visitantes este processo, há também uma loja de presentes com itens exclusivos para os amantes da natureza, assim como pássaros de madeira esculpidos à mão, criações únicas de artistas locais, camisetas, bonés, fotografias, livros, brinquedos e sacolas do café premium, um outro serviço oferecido é o banho na famosa piscina natural. (MACAW MOUNTAIN, 2020).

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Figura 74: Deck Café. Fonte: https://hondurastraveling.hn/paquetes/macaw-mountain-bird-park/

Esse parque dispõe de uma forma orgânica em seu percurso, tem elementos construtivos simples assim como a madeira, tela de ferro, telha cerâmica, paredes de alvenaria e pedras, toda construção arquitetônica tem uma forma retangular com uma estrutura simples e com aberturas ocorrendo uma ventilação cruzada e iluminação natural. (MACAW MOUNTAIN, 2020).

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Figura 75: Aviário de pássaros. Fonte: https://hondurastraveling.hn/paquetes/macaw-mountain-bird-park/


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8.3 Parque Nacional das Aves História do Parque O parque nasceu de um sonho do casal Anna-Sophie Helene e Dennis Croukamp que trabalhavam juntos na África, ganharam um filhote de papagaio-docongo, Pumuckl, que se tornou um membro da família, logo vieram outras aves, em 1990 Dennis e sua família se mudam para o Brasil com a ideia de criar um parque de aves, eles compraram 16 hectares ao lado do Parque Nacional do Iguaçu e começaram a construir o Parque das Aves em novembro de 1993, 11 meses depois inauguraram, onde algumas das aves que se encontram no estabelecimento vieram de doações. (PARQUE DAS AVES, 2020).

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Figura 76: Mapa do Parque das Aves. Fonte: https://www.parquedasaves.com.br/

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Ambientes, Circulação e Plástica O Parque das Aves é a única instituição do mundo focada na conservação das aves da Mata Atlântica, oferecendo uma experiência de contato próximo e imersivo com elas. São mais de 1.300 aves, de cerca de 130 espécies, sendo mais de 50% proveniente de apreensões. O Parque também participa de diversos programas de conservação. O visitante tem opções de passeio, a exemplo a tradicional trilha em um percurso guiado, ou o backstage, que é uma área onde o visitante conhece os bastidores do parque, alimentam os pássaros, vêm o centro de treinamento das aves, o berçário e a ala de recuperação das aves vinda de apreensão. O parque também dispõe de restaurantes e estacionamento privado. (PARQUE DAS AVES, 2020).

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Figura 77: Entrada do Parque das Aves em 1994. Fonte: https://www.parquedasaves.com.br/

Figura 78: Visitação das Aves em 1994. Fonte: https://www.parquedasaves.com.br/

O projeto do parque planejado pelos donos era que não derrubasse as árvores nativas, e para que ganhasse uma forma no papel contrataram a artista plástica Robyn Abrey, para desenhar o mapa do parque, contendo um percurso orgânico e demarcando a setorização por espécies. (PARQUE DAS AVES, 2020).

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Figura 79: Passeio no Parque. Fonte: https://www.parquedasaves.com.br/


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8.4 Concurso Parque das Aves em Brasília Partido Arquitetônico “A criação do Parque das Aves em Brasília – Distrito Federal. Idealizado por diversos órgãos do Governo do Distrito Federal, em especial o IPHAN, em parceria com a Companhia do Metropolitano do Distrito Federal, seria implantado no final da Asa Sul do Plano Piloto de Brasília, às margens da via Estrada Parque Guará – EPGU, defronte ao Jardim Zoológico de Brasília.” (ARAÚJO, 2006, pág 3). “A proposta de criação do Parque das Aves tem como objetivo oferecer condições necessárias e eficientes à atração e permanência de aves e borboletas no local. Além de promover educação ambiental associada às atividades de lazer, recreação e contemplação, com impacto controlado. Essas atividades permitem visualizar a importância de parques urbanos na cultura da saúde do corpo e da alma.” (ARAÚJO, 2006, pág 3). “O parque deve demonstrar que é possível a compatibilidade entre homem e meio ambiente. E que devemos tentar visualizar e implementar formas em que a nossa ocupação e uso do planeta sejam positivas. A intervenção do homem é definitiva, mas não necessariamente deformadora.” (ARAÚJO, 2006, pág 3).

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Figura 80: Masterplan Parque das Aves em Brasília. Fonte: Vitruvius.com.br

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8.5 Correlação Entre o Estudo de Caso e o Projeto de Pesquisa

Tabela 08: Correlação do estudo de caso e o projeto de pesquisa. Fonte: Autor (2020).

81 Figura 81: Coruja-orelhuda; Pseudoscops clamator. Fonte: g1.globo.com


LEIS E PLANOS

9. LEIS E PLANOS De acordo com site do Ministério do Meio Ambiente (2020), “é o conjunto de unidades de conservação (UC) federais, estaduais e municipais. É composto por 12 categorias de UC, cujos objetivos específicos se diferenciam quanto à forma de proteção e usos permitidos: aquelas que precisam de maiores cuidados, pela sua fragilidade e particularidades, e aquelas que podem ser utilizadas de forma sustentável e conservadas ao mesmo tempo. Além disso, a visão estratégica que o SNUC oferece aos tomadores de decisão possibilita que as UC, além de conservar os ecossistemas e a biodiversidade, gerem renda, emprego, desenvolvimento e propiciem uma efetiva melhora na qualidade de vida das populações locais e do Brasil como um todo.” O SENUC, conta com a participação das três esferas do poder público, ou seja, federal, estadual e municipal, sendo que o órgão executor é “representado na esfera federal, pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e IBAMA, em caráter supletivo, e nas esferas estadual e municipal, pelos órgãos estaduais e municipais de meio ambiente. Os órgãos executores do SNUC têm a função de implementá-lo, subsidiar as propostas de criação e administrar as unidades de conservação federais, estaduais e municipais, mas nas respectivas esferas de atuação.” Com isso, a atuação para intervenção está prevista pela Plano de Manejo da Flona Araripe-Apodi, referente as Zonas (ZUP), (ZUC 4) e (ZMFl). Conforme o Plano de Manejo da Flona Araripe-Apodi (2005, pág 38 a 50), dispõem o parcelando do solo por Zonas: a) Objetivos da Zona de Uso Público Concentração das atividades de visitação recebidas pela FLONA e, consequentemente das ações de ecoturismo, interpretação e educação ambiental, de forma a minimizar os impactos sobre as zonas mais vulneráveis e/ou restritas; Recepção e informação adequada aos visitantes de forma que estes compreendam a importância do SNUC, o objetivo das florestas nacionais e a importância da FLONA-ARARIPE para região, o Brasil e a Terra; Oportunizarão aos visitantes de momentos inesquecíveis de contato com a natureza, recreação, lazer, educação ambiental, pratica desportiva e paz interior; Contribuição para a geração de conhecimento (pesquisa) e para a difusão (educação); Geração de receitas através de produtos e serviços ecologicamente corretos. Zonas de Uso Conflitante (ZUC) Espaços localizados dentro de uma Unidade de Conservação, cujo usos e finalidades, estabelecidas antes da criação da Unidade, conflitante com os objetivos de conservação da área protegida. São áreas ocupadas por empreendimentos de

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LEIS E PLANOS

utilidade pública, como gasodutos, oleodutos, linha de transmissão antenas, captação de água, barragens, estradas, cabos óticos e outros. Seu objetivo é contemporizar a situação existente, estabelecendo procedimentos que minimizem os impactos sobre a Unidade de Conservação. ZUC 4: Compreende uma área de aproximadamente 3.553,60 da delimitada pelas CE-060 (Barbalha-Jardim) e pela estrada carroçável Caldas-Moreilândia. Desde o século XIX há registros de incêndios florestais provocados por criadores de gado para degradar as formações florestais (mata úmida e cerradão) e favorecer a formação de pastagem (capim agreste). A prática ainda persiste, causando degradação ambiental, comprometendo a biodiversidade e a regeneração natural. É absolutamente necessário a remoção de gado bovino dessa área e das zonas conflitantes 6, 7 e 8 em razão da incompatibilidade entre as atividades de manejo florestais e pecuária extensiva. a) Normas específicas de Zona de Uso Conflitante As Zonas de Uso Conflitante 4, 6 e 8, após a eliminação dos empreendimentos e atividades conflitantes de interesse privado, serão incorporadas na Zona de Manejo Florestal. Zona de Manejo Florestal (ZMFl) b) objetivo da ZMFl: Utilização sustentável dos recursos florestais, com ênfase nos recursos nãomadeireiros; Combate à biopirataria; Combate ao saque biológico decorrente de atividades humano-coletoras e extrativista predatórias; Promoção de sistema de produção ecologicamente sustentáveis, economicamente viáveis e socialmente justos com base em recursos florestais; Geração de recursos financeiros pela coleta, extração, produção, beneficiamento e Comercialização de produtos e subprodutos da floresta; Acompanhamento e monitoramento dos processos das espécies economicamente importante; Monitoramento e controle das populações das espécies economicamente importante; Desenvolvimento das atividades de pesquisa, educação ambiental e extensão rural; Produção de sementes de essências florestais nativas; Geração, adaptação e difusão de tecnologia através da implantação de projetos-pilotos; Aprimoramento de cadeias produtivas dos produtos da floresta buscando a


LEIS E PLANOS

sustentabilidade nas relações da UC com as coletividades do entorno e com o mercado; Normas específicas da ZMFl: A pesquisa científica é permitida e desejada, devendo submeter-se as normas legais vigentes; Deverão ser priorizados os projetos de pesquisa nos campos da botânica econômica, da ecologia aplicada, da economia florestal, do manejo florestal sustentável e da gestão ambiental; Todas as atividades de coleta, extração e produção florestais devem constar de um plano de negócio, documento técnico que deve assegurar a sustentabilidade ecológica, econômica e social de produtos ou serviços; São permitidas todas as práticas a agrossiviculturais que visam a maximização da eficiência produtiva da comunidade vegetal da FNFL, desde que não coloquem em risco o equilíbrio ambiental; É proibido a deposição de qualquer material estranho beleza a essa zona; A visitação pública será permitida nessa ZMFl, respeitando-se a integridade de seus ecossistemas e a observância das normas específicas para a zona; As atividades de educação ambiental junto as coletividades do em torno da ZMFl, deve visar o ordenamento e sustentabilidade do manejo florestal de modo a diminuir a pressão antrópica exercida sobre ela; As atividades de prevenção de incêndios florestais devem ser priorizar nada nessas áreas da sua vulnerabilidade e ao histórico de sinistros em anos anteriores; É proibido o acesso de animais domésticos, especialmente suínos, bovinos, ovinos, caprinos, asininos, muares e cães; A coleta de sementes deverá ser feita unicamente de árvores matrizes saudáveis previamente identificadas e com reconhecido potencial silvicultural; Serão permitidas obras, edificações e instalações de equipamentos quando absolutamente necessários ao cumprimento dos objetivos dessa ZMFl, caso em que devem apresentar a melhor relação custo/benefício para UC; Turismo de Aventura Para a execução de equipamentos técnicos do turismo de aventura, faz-se o uso da ABNT NBR 15508-1:2011 e ABNT NBR 15508-2:2011. Contando com o Manual do Sistema de Gestão da Segurança do Turismo de Aventura, ABNT NBR ISO 21101:2014.

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SÍNTESE CRITICA E DIRETRIZES

10. SÍNTESE CRITICA E DIRETRIZES Na introdução podemos ver a contextualização, a problemática, justificativa e os objetivos para se trabalhar com o tema em tela, seguido do estado da arte que levou a todo o embasamento para o referencial teórico, descrito da metodologia, que mostra o passo a passo, do desenvolvimento do TCC I, e o que será previsto para o TCC II. O referencial teórico está dividido em 3 capítulos importantes, no capítulo 4º que trata da Conservação de Aves é tratado sobre o movimento conservacionista no Brasil, a relevância de se preservar as aves da caatinga, mesmo que a área de atuação seja dentro de uma Flona inserida em uma UC, aborda também sobre, os riscos e ameaças, dando importância para preservação das aves que segundo Nascimento, Nascimento e Azevedo Junior (1998) dataram como espécies encontradas na Flona Araripe-Apodi, e que as mesmas contarão com preservação no Parque das Aves Cariri. O 5º capitulo, se posiciona do macro para o micro, em escala, mostrando onde se situa a APA Chapada do Araripe e suas condicionantes, uma breve introdu-

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Figura 82: Pintassilgo-do-nordeste; Spinus yarrellii. Fonte: Paulo Selke.


SÍNTESE CRITICA E DIRETRIZES

ção da Flona Araripe-Apodi que será a área de intervenção, os geossítios que estão localizados dentro da Chapada e sua importância para o desenvolvimento turístico e a apresentação da ave endêmica da região do Cariri, o soldadinho-do-araripe. No 6ª capitulo, explicou o que é ecoturismo, visto de diferentes perspectivas e como tem se dado o desenvolvimento socioeconômico, discorrendo os pontos positivos e negativos e apontando uma solução para esse mercado. No tópico 6.3, exponho a temática do Parque das Aves Cariri, que tem duas vertentes importantes, a primeira é a conservação da avifauna trazendo atividade relacionadas a observação e conhecimento das aves, e a segunda é as atividades do turismo de aventura e importância de vivenciar a natureza de por meios de entretenimento, mostrando assim que é possível a construção de um projeto de grande porte de forma sustentável. Visando que a área de intervenção, precisaria de toda a contextualização do referencial teórico, mostro no capítulo 7º, o perímetro, as zonas e a distribuição do solo. Enfatizo que terá uma análise aprofundada no local, prevista como diretrizes para o TCC II. No próximo capítulo aponto e faço uma correlação dos projetos de Parques, que terei como base para construção dos croquis de projeto Parque das Aves Cariri. Já no capítulo 9º, exibo leis e planos para a criação de um parque em parceria público privado. Por fim trago está síntese crítica junto com as diretrizes do TCC II, como mostra o (gráfico 03) para a conclusão deste projeto.

JULHO AGOSTO REVISÃO TCC I ANÁLISE NO LOCAL CROQUI

SETEMBRO OUTUBRO

NOVEMBRO DEZEMBRO

DESENVOLVIMENTO DO PROJETO ARQUITETÔNICO

Gráfico 03: Diretrizes de projeto para o TCC II. Fonte: Autor (2020).

REVISÃO GERAL AJUSTES APRESENTAÇÃO

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

11. CONSIDERAÇÕES FINAIS A Natureza com suas cores, texturas, movimento e formas é o elemento essencial para o exercício da arquitetura. Traz consigo, o bem estar espiritual e emocional, a sensação de lar, de não só fazer parte da natureza, mas viver a natureza em diferentes perspectivas, sejam elas de lazer, aventura ou serenidade interior. O projeto Parque das Aves Cariri, tem como finalidade união de todas estas características emocionais, inseridas no meio de suma relevância para a população caririense, ou seja, a Floresta Nacional do Araripe, levando ao mundo as riquezas da avifauna encontradas na região e promovendo as pessoas local uma maior entendimento cientifico e contribuído para o desenvolvimento socioeconômico.

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Figura 83: Besourinho-de-bico-vermelho; Chlorostilbon lucidus. Fonte: ebird.org


REFERÊNCIAS

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