Bioparque de Brasília

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BIOPARQUE DE BRASÍLIA


BIOPARQUE DE BRASÍLIA

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA ARQUITETURA E URBANISMO PROJETO DE DIPLOMAÇÃO 1 ORIENTADORA: ALINE ZIM

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JANAINA GURGEL SANTANA JUNHO 2021 RECANTO DAS EMAS - DF


AGRADECIMENTOS

Primeiramente gostaria de agradecer a Deus por toda a força, coragem e capacidade de chegar até aqui. Gostaria de agradecer também a minha mãe, meu padrasto, meu irmão e a toda minha família que sempre me ajudaram quando eu precisava. Agradeço a cada um dos meus amigos e colegas de profissão que eu encontrava nos caminhos do Bloco M, especialmente a Hanin, Giovanna, Gabriella, Kaique, Andressa e Paula aos quais sempre estivemos juntos nos altos e baixos no decorrer da faculdade. Agradeço aos meus amigos de longa jornada por nunca terem desistido de mim quando eu precisei faltar aos encontros devido a faculdade, especialmente ao João Pedro que me acompanha todos os dias e noites desde o primeiro dia do curso até hoje, e também as minhas amigas Aline, Rebeka, Jéssica e Naira por estarem sempre me apoiando em todas as minhas escolhas. Não poderia deixar de agradecer a todos os meus professores de faculdade até hoje, por todas as mensagens que passaram para nós e pelas críticas construtivas que passaram ao longo dos anos, em especial minha orientadora Aline Zim.

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SUMÁRIO

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APRESENTAÇÃO...08

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ESTUDO DE CASO...12


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ZOOLÓGICO DE BRASÍLIA...22

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PROPOSTA...26

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ANEXOS E REFERÊNCIAS...50

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Imagem 1 - Hipopótamo | Acesso em 05/06/2021 | Fontehttps://i.pinimg.com/originals/68/6b/3d/686b3dd16b081d44ac4600b1c8a11b45.jpg


OBJETIVO GERAL

O trabalho visa pesquisar e propor soluções para a modificação do zoológico de Brasília, atualmente o espaço vem sendo cada vez mais desvalorizado e gradativamente vem perdendo o seu propósito que é a conscientização da fauna e da flora. Hoje o zoológico é visto pelos moradores mais como um parque de entretenimento do que realmente um local educativo. Outro objetivo deste trabalho é trazer informações de como o enriquecimento ambiental trabalhado juntamente com a arquitetura é capaz de fazer melhorias significativas na vida dos animais, e ainda assim manter uma estética agradável. O estudo visa estabelecer critérios para tornar o Zoológico de Brasília um local mais vivo e atraente para os visitantes,uma proposta é a implementação de uma dinâmica pouco vista no Brasil, influenciando assim o despertar da curiosidade nas pessoas de fora do Distrito Federal.

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INTRODUÇÃO Atualmente, os zoológicos são vistos como uma forma de entretenimento infantil, onde os pais, tios e tias levam crianças nos finais de semana e feriados para verem de perto a vida animal e aprenderem sobre a importância da preservação da fauna mundial. Mas até onde esse entretenimento é feito de forma adequada e segura para o conforto do animal? Será que os formatos não poderiam ser feitos com outra configuração e ainda passar a mesma mensagem? Levando em consideração esses questionamentos, foi iniciado o estudo da intervenção no Zoológico de Brasília, onde o conceito principal seria o bem estar do animal e ambientes projetados para reproduzir o mais fielmente o habitat natural dos animais que já se encontram no local hoje. O fato de já estarem presentes no cativeiro há bastante tempo torna impraticável a devolução destes animais à vida selvagem. O zoológico de Brasília há um tempo vem sendo investigado sobre a morte repentina de alguns animais, a maioria felinos; como por exemplo, o caso dos tigres brancos Dandy e Maya. A espécie em questão era um casal de irmãos que morreram com o intervalo de apenas uma semana, foram constatadas irregularidades no local e negligência no trato e monitoramento dos animais. Além do falecimento dos felinos, uma girafa e um elefante também vieram a óbito no mesmo período, e no caso da girafa, onde a estimativa de vida é de 15 a 20 anos, faleceu com apenas 7 anos de idade por conta de um distúrbio intestinal.

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O motivo das mortes foram por questões de saúde, mas um questionamento que pode ser feito é: Se os animais estivessem dispostos em outro ambiente mais apropriado, essas mortes poderiam ter sido evitadas? O tema de enriquecimento ambiental é um estudo de planejamento e adequação dos recintos dos animais, onde juntamente com a arquitetura, será trabalhado uma inversão e imersão ao mundo animal.

JUSTIFICATIVA Por muito tempo eu tive preconceito com o zoológico, não entendia seu propósito e achava que os animais estavam extremamente abandonados e que era algo egoísta somente para o entretenimento humano. Porém de uns tempos pra cá eu comecei a reparar que os funcionários do jardim zoológico fazem de tudo para que os animais possam ter o máximo de conforto, entretanto não recebem o apoio necessário do governo. Pensando nisso, foi buscado uma alternativa de fazer com que o zoológico tenha uma nova temática visando o bem estar animal e que assim, atraia não somente a população de Brasília mas também turistas do Brasil inteiro.

Imagem 2 - Tigre Branco | Acesso em 05/06/21 | Fonte:https://jornaldoguara.com.br/2019/07/01/zoologic o-de-brasilia-abre-inscricoes-para-colonia-de-ferias/

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Imagem 3 - Fosa Africana |Acesso em 05/06/21 | Fonte: https://ayustar.tumblr.com/


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ESTUDOS DE CASO

“A paisagem, os animais e a vegetação formam um conjunto que permite o visitante a aprender sobre as relações entre os organismos e elementos que formam os ecossistemas, de forma que os ajudam a compreender o funcionamento e incentivam a conservação.” (BIOPARC, 2021)


ESTUDO DE CASO 1 BIOPARQUE DE VALÊNCIA, ESPANHA De acordo com o site oficial do Bioparque, o local possui cerca de 100.000m² e fica localizado na cidade de Valência, no sudoeste da Espanha. O Zoológico espanhol é uma das atrações mais famosas da cidade por possuir o conceito de zoo aberto (também conhecido como zooimersion ) que trabalha o contato do humano com o animal através de barreiras invisíveis e interação de multiespécies, proporcionando ao visitante uma experiência de imersão ao mundo da fauna trazendo o aspecto de um safári, pois conta com áreas amplas que permitem o convívio das espécies de formas variadas. Hoje, encontram-se cerca de 1000 animais de 150 espécies diferentes em espaços pensados e trabalhados de forma a garantir o máximo de bem estar. Sendo assim, de acordo com o site oficial do Bioparque, o zoológico foi dividido em quatro áreas principais e subsetores, que são: SAVANA AFRICANA Savana Seca - Representa as zonas áridas e dependentes de chuvas pontuais; conta com um curso de água que por vezes fica seco e árvores típicas da savana africana. Abriga um grupo reprodutor de rinocerontes brancos, uma manada de zebras e um grupo de avestruzes convivendo no mesmo espaço. Savana Subterrânea - Representa a vida subterrânea da savana, mostrando um papel ecológico importante já que essas áreas servem como abrigos importantes para diversos animais. Nesse espaço é mostrado como é importante a proteção e conservação de todos os seres vivos e seus habitats para manter o equilíbrio do ecossistema. Os grupos de animais que residem nessa região são uma alcateia de hienas, um grupo de javalis e diferentes espécies de roedores. Texto original do site oficial do Bioparque de Valência, tradução livre.

Imagem 4 - Bioparque Valencia | Acesso em 05/06/21 | Fonte:https://www.bioparcvalencia.es/

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Imagem 5 - Bioparque Valencia |Acesso em 06/05/21 Fonte:https://www.dicasbarcelona.com.br/valencia/ valencia-bioparc-em-valencia/


ESTUDO DE CASO 1 BIOPARQUE DE VALÊNCIA, ESPANHA Formigueiro - Reproduz um dos maiores formigueiros africanos e abriga as mangostas enanas (mamífero da família dos suricatos e fuinha). Aviário - Mostra as grandes formações de granito que cercam a savana verde que serve como refúgio em casos de incêndios e inundações e também como local de descanso para as grandes imigrações de herbívoros. Abriga os saltarrocas (animal primo do veado); o Damão-do-cabo (parente da capivara); encontra-se também o Mangusto-listrado; um exemplo de sociedade cooperativa onde todos os indivíduos de um grupo cumprem um importante papel para o bom funcionamento do recinto. Savana Verde - Representa as grandes pastagens e abriga grandes manadas de herbívoros, dentre eles estão as girafas, os impalas e os antílopes aquáticos, vivem juntamente com as aves como o jaburu (conhecida também como a cegonha africana), a grulla coronada cuelligris; em algumas ocasiões é possível encontrar os dromedários nesse ambiente também. Bosque de Baobabs - Um bosque com uma das maiores e curiosas árvores da África, o Baobab é uma espécie que possui uma aparência particular, onde dá a impressão de que cresceu de ponta cabeça com as raízes viradas para o ar. Ali vive uma manada de elefantes africanos e suricatos.

Texto original do site oficial do Bioparque de Valência, tradução livre.

Imagem 6 - Bioparque Valencia | Acesso em 05/06/21 | Fonte:https://www.viator.com/pt-BR/tours/Valencia/BioparcValencia-Admission-Ticket/d811-55216P1

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Imagem 7 - Bioparque Valencia Acesso 05/06/21 https://www.canonistas.com/gale rias/showfull.php?photo=257584


ESTUDO DE CASO 1 BIOPARQUE DE VALÊNCIA, ESPANHA BOSQUE EQUATORIAL Bosque de Ribeira - É a entrada do bosque primário já que há um tempo atrás, os rios eram a única via de acesso ao bosque. Comporta um grupo de primatas que surpreende os visitantes com suas interações sociais, encontram-se também os hipopótamos pequenos. Tronco Caído - Um local onde abriga inúmeras espécies de animais onde uma grande árvore está caída no meio do bosque. Os animais convivem criando um pequeno ecossistema em torno do tronco. Bosque da montanha - Representa uma grande extensão vegetal, perfeita para facilitar a camuflagem de grandes predadores. Ali vivem os leopardos, bongo da montanha, cervos e grullas coronadas cuellinegras (que é uma espécie de ave). BAI - Um lago pantanoso no meio do bosque, um verdadeiro “lugar de reunião” para as inúmeras espécies que se refrescam em busca de água fresca, vegetação macia e dos sais minerais presentes no barro. A reunião em BAI também é uma grande oportunidade para socializar-se e descansar. Abriga um grupo de búfalos vermelhos e uma manada de cervos selvagens da selva. Há também um tronco caído que é onde o bando de chimpanzés vivem. ZONA ÚMIDA AFRICANA A caverna de Kitum - Foi projetado para representar uma das maiores cavernas do monte Elgon em Kenya. Abriga os grandes hipopótamos do Nilo, os quais pode-se disfrutar de uma magnífica visão subaquática; os crocodilos do Nilo, que possuem mais de três metros de comprimento, as tartarugas de casca branca e diversos tipos de peixes de diferentes espécies. Dentro da caverna é possível observar como a manada de elefantes desfrutam dos sais minerais que as paredes internas oferecem. ILHA DE MADAGASCAR

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É a parte onde mostra a reserva especial de Ankarana ao sudeste de Madagascar conhecida por sua grande modelagem diferenciada. É possível encontrar várias espécies de lêmures ao decorrer da cascata. Separado da ilha por um rio, está o predador natural dos lêmures, a fosa. No outro extremo estão os flamingos. Texto original do site oficial do Bioparque de Valência, tradução livre.


ESTUDO DE CASO 1 BIOPARQUE DE VALÊNCIA, ESPANHA

Imagem 8 - Bioparque Valencia | Acesso em 05/06/21 | Fonte:https://www.dicasbarcelona.com.br/valencia/valenciabioparc-em-valencia/

Imagem 9 - Bioparque Valencia | Acesso em 05/06/21 | Fonte:https://www.dicasbarcelona.com.br/valencia/valenciabioparc-em-valencia/

Imagem 10- Bioparque Valencia | Acesso em 05/06/21 | Fonte:https://allworldbest.blogspot.com/2015/01/spectacularbioparc-valencia-zoo-in.html

Mesmo com todos os cuidados e preocupações, os animais ainda vivem em cativeiro, o que é diferente de estar na natureza, por isso é de extrema importância conhecer as necessidades básicas de cada espécie e tentar reproduzi-las da melhor forma possível. O desenho do parque foi realizado como forma de garantir o bem estar contando com espaços internos e externos, onde durante o horário de visita os animais aproveitam os espaços livres e com fechamento do parque os abrigos, onde passam a noite e os dias mais frios. Cada abrigo foi devidamente adaptado a partir do animal que ali reside, contam com sistemas de calefação e dispõem também zonas internas ao ar livre com sol incluindo piscina e aquários. Estes espaços permitem manutenções sempre que necessário ou a separação de animais quando necessário. “O objetivo do Bioparc é mostrar a beleza da forma mais real possível desses lugares, dando abertura para conhecer, amá-los e conservá-los. Comover para conservar é nosso lema.”(BIOPARC, 2021) 15 Texto original do site oficial do Bioparque de Valência, tradução livre.


ESTUDO DE CASO 2 BIOPARQUE DO RIO, BRASIL Desde 2019 o zoológico do Rio estava fechado e era o zoológico mais antigo do Brasil. Com seu fechamento, o grupo Cataratas fez a proposta de transformá-lo em um Bioparque com o intuito de ser também um centro de conservação da biodiversidade. Com o foco em bem estar animal, barreiras naturais e integração de espécies, todos os animais eu estão ali hoje fazem parte de um plano de população que é um estudo feito com animais que vivem em cativeiro e que vivem em seu habitat natural em busca de sensibilizar os visitantes para que vejam a importância dos animais no ecossistema, e assim, diminua os casos em extinção. Além do destaque de ser o primeiro Bioparque do Brasil, com o início das obras foi descoberto que um dos maiores paisagistas da história Burle Marx (1909-1994) foi revelado um lugar desconhecido, que após a verificação junto ao IPHAN, e constatouse o Jardim Burle Marx, um local inicialmente projetado para o antigo zoológico de 1947, um local para aves aquáticas mas posteriormente foi substituído para um local de lazer para crianças, ignorando a importância do local. Atualmente o Flamingochileno foi a ave escolhida para viver no jardim. (BIOPARQUE DO RIO, 2021) Por aplicar o enriquecimento ambiental em suas instalações, segundo o site do Bioparque, os ambientes são divididos, visando trazer a experiência de habitat natural e encontros sociais. Segundo o site do Bioparque, o local é dividido em 9 setores que são: IMERSÃO TROPICAL - O local abriga mais de 40 espécies de animais, sendo o recinto o qual o visitante obtém uma maior interação com a biodiversidade. Lá vivem diversas aves e pequenos mamíferos dos mais variados ecossistemas tropicais, destacam-se o Mico-leãodourado, Arara-Azul-Grande e Ararajuba.

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VILA DOS RÉPTEIS - O local onde vivem os animais de pele grossa como tartarugas, serpentes e crocodilos. O recinto é um local aberto sem teto e com janelas de vidro e uma grande piscina para os animais.

Imagem 11- Bioparque do Rio | Acesso em 05/06/21 | Fonte:http://portalgiro.com/zoo-mais-antigo-dobrasil-vai-reabrir-e-virar-bioparque-sem-jaulas/


ESTUDO DE CASO 2 BIOPARQUE DO RIO, BRASIL REIS DA SELVA - O local mais esperado e buscado pelos visitantes, abriga as três maiores espécies de felinos do mundo. O local foi projetado a fim de proporcionar aos animais situações onde consigam manter seus instintos naturais. ASIÁTICOS - Recinto criado para abrigar os mais tipos de animais, hoje vive nele a elefanta Koala.

diferentes

SAVANA AFRICANA - Sendo um dos principais ecossistemas do mundo, a savana é conhecida por seus longos períodos de seca e animais esbeltos como girafas e zebras. FAZENDINHA - Com o intuito de trazer uma aproximação maior da população com os animais, a fazendinha é o local ideal para isso. Como os animais são mais acostumados com a proximidade dos humanos, o visitante e principalmente crianças podem se aproximar e até fazer carinho nos animais típicos da fazenda. CARNÍVOROS - Assim como a imersão tropical, todos os animais fazem parte exclusivamente de projetos de conservação. Nesse projeto o foco está sendo dois programas, sendo eles o de reprodução e o de reintrodução de pequenos felídeos na Mata Atlântica e conservação do Urso de Óculos.

CERRADO - Recriando como é conhecido a savana brasileira, o cerrado está presente nas cinco regiões do país e conta com diversos animais exóticos e ameaçados de extinção, como o lobo guará.

Imagem 12- Bioparque do Rio | Acesso em 05/06/21 | Fonte:https://grupocataratas.com/vem-ai-o-bioparque-do-rioseja-socio-e-tenha-acesso-a-beneficios-exclusivos/

ILHA DOS PRIMATAS - O recinto mais aberto do bioparque certamente é esse. Os primatas ficam livres e soltos e no passeio é possível vê-los pulando de galho em galho e interagindo com todos os visitantes, proporcionando uma experiência única.

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Ambos os zoológicos adotaram o conceito aberto onde os animais convivem em harmonia criando um convívio social maior, simulando assim, como seria a vida em seu habitat natural, com espécies e encontros diferentes. O foco não é somente na parte social mas também na criação de recintos onde os mesmos conseguem simular com eficiência abrigos que suprem as necessidades dos animais que vivem ali; é pensado também na flora que a fauna será possível ser reproduzida, como por exemplo no Bioparque, mais especificamente no setor do Bosque de Baobabs, onde a vegetação busca trazer o cenário natural da ilha de Madagascar. Visando abarcar essas necessidades, foram escolhidos o Bioparque de Valência e o Bioparque do Rio como repertório, pois apresentam o conceito de zoológico aberto, que será a diretriz principal do projeto. Fazendo uma comparação entre os dois bioparques, fica claro como é possível fazer um bom uso do enriquecimento ambiental mesmo que você não tenha uma área tão extensa como por exemplo o bioparque do Rio de Janeiro. Após a análise, foi possível perceber que a divisão de espaços com barreiras do bioparque de Valência foi melhor executada, pois se aproxima muito mais de como é a vida deles no habitat natural enquanto o bioparque do Rio ainda traz aquela sensação de zoológico, principalmente no setor dos répteis. Em contrapartida, o bioparque do Rio mostra que é sim possível transformar o que uma vez foi um local de prisão para os animais, em um ambiente onde eles se transformam em protagonistas e possuem um bem estar muito próximo ao normal. Também é possível observar que animais que fazem parte da cadeia alimentar o ideal é ficarem separados, mas mais por questões de segurança. No Bioparc de Valência pode-se ver que os felinos vivem em harmonia com as girafas, por exemplo. Como os animais não ficam com fome, não é tão necessário assim essa divisão, ainda que seja importante.

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“O BioParque do Rio é uma história de transformação incrível, deixamos de ter um caráter expositivo para integrar o tripé educação, pesquisa e conservação “ (BIOPARQUE DO RIO, 2020)

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Imagem 13- Girafa| Acesso em 06/06/21 | Fonte:https://www.diyphotography.net/comedy-wildlife-photography-awardsis-open-for-entries-here-are-some-hilarious-animal-photos-to-inspire-you/


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ZOOLÓGICO DE BRASÍLIA


VIAS DE ACESSO O

zoológico de Brasília fica entre duas estradas parques principais que é a EPIA e a EPRA. Enquanto a EPIA faz conexão com o Núcleo Bandeirante, a EPAR faz ligação direta ao aeroporto. Através do viaduto, as duas vias se conectam a EPGU, a qual da acesso direto ao Zoológico de Brasília.

Imagem 14 - EPIA Fonte: Google Maps Acesso em 06/06/21 Imagem 15 - EPGU Fonte: Google Maps Acesso em 06/06/21

Imagem 16 - EPAR Fonte: Google Maps Acesso em 06/06/21

Imagem 17 - Mapa Viário Fonte: Elaborado pela autora.

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HISTÓRIA DO ZOOLÓGICO Brasília é uma cidade consideravelmente nova, de apenas 61 anos, mas que atinge uma população de quase 3 milhões de habitantes (IBGE). Mas isso não fez com que a cidade fosse passada para trás das grandes cidades e proporciona para a população de todas as idades atividades importantes e interessantes em questão de lazer, saúde, turismo e educação ambiental. De acordo com o Jornal Folha de São Paulo, há uma estimativa de que no Brasil existam cerca de 120 zoológicos e 31.906 animais em cativeiro, porém, apenas 45 seguem os padrões impostos pela Instrução Normativa 04 (ANEXO III)e são regularizados pelo IBAMA. Segundo a lei nº 7.173 (ANEXO I) Jardim zoológico é toda e qualquer coleção de animais silvestres que são mantidos em cativeiro ou semiliberdade que são exibidos.

Imagem 18- Primeiro elefante do Zoológico de Brasília | Acesso em 07/06/21 | Fonte:https://www.agenciabrasilia.df.gov.br/2019/12/05/zoologico-de-brasilia-faz62-anos/

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HISTORIA DO ZOOLÓGICO

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O zoológico de Brasília foi inaugurado no ano de 1957 antes mesmo da inauguração da nova capital, quando a embaixada Indiana deu de presente uma elefanta ao até então presidente Juscelino Kubitscheck, sendo assim, a primeira instituição ecológica de Brasília. A área do zoológico é de aproximadamente 140 hectares, onde 3 deles estão destinados à produção de alimentos e os demais estão distribuídos entre recintos, borboletários, áreas livres, museus e etc. A área de preservação que contorna o zoológico até o aeroporto de Brasília conhecido como ARIE (Área de Relevante Interesse Ecológico), também pertence ao Zoo, somando assim, mais 440 hectares. Seu foco principal é no desenvolvimento de educação ambiental, conservação e preservação da fauna brasileira e é um órgão com a administração vinculada à Secretaria de Estado e Meio Ambiente. De acordo com a Instrução N°57, (ANEXO IV) o jardim zoológico tem metas e finalidades a serem cumpridas, onde algumas delas são: Art. 7° III. promover a conscientização ecológica dos visitantes por meio da manutenção de programas interativos de educação ambiental que permitam o envolvimento e a participação do usuário nas atividades, programas e projetos da entidade; Art. 8° III. Criar condições objetivas para a sustentabilidade das áreas sob sua gestão, mediante a implementação de política de gestão ambiental moderna, compartilhada e participativa, ancorada no respeito aos princípios éticos e morais que regem a convivência harmoniosa entre o ser humano e a natureza; VI. Assegurar o bem-estar dos animais mantidos em cativeiro, bem como da fauna visitante, proporcionando-lhes conforto e cuidado Imagem 19 - Área de Relevante Interesse Ecológico adequado; Fonte: Elaborado pela autora.


ACESSOS As alternativas de acesso ao Zoológico por meios de transporte público é possível a partir de linhas de ônibus que passam diretamente em frente ao zoológico e descendo na passarela que fica logo na entrada. Seu acesso é facilitado também por estar próximo a estação de metrô Shopping, onde o visitante por sua vez, terá ainda assim que pegar outro ônibus.

Imagem 20 - Mapa de Paradas de Ônibus e Metrô Fonte: Elaborado pela autora.

EQUIPAMENTOS DO ZOOLÓGICO Atualmente no Zoológico existem alguns equipamentos além dos recintos dos animais que são: Zoo Berçário Museu Eletro posto Restaurante

Imagem 21 - Mapa Edificações Internas do Zoo Fonte: Elaborado pela autora.

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BIOCLIMATISMO O clima do Distrito Federal é classificado como clima tropical, sendo conhecido popularmente como "clima de savana". Essa condicionante auxiliará na aplicação do enriquecimento ambiental já que muitos dos animais que residem no zoológico hoje são originários de locais que possuem um clima semelhante.

Imagem 22 - Bioclimatismo do Zoo Fonte: Elaborado pela autora.

VIAS INTERNAS Destacado em rosa é possível observar as vias de passagem com carro internas do Zoológico. No novo projeto grande parte das vias já existentes serão mantidas, uma vez que os animais tornarão os protagonistas do espaço e o visitante apenas um obsefr

Imagem 23 - Mapa de vias internas do Zoo Fonte: Elaborado pela autora.

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TOPOGRAFIA A topografia do Zoológico é pouco acentuada em seu comprimento como é possível observar no corte AA. Já no corte BB, é mostrado que conforme o zoo se aproxima a reserva (ARIE), sua topografia vai descendo. Com isso, será possível apresentar tanto ao visitante quanto aos passageiros que passam pela EPGU diariamente, uma vista privilegiada do zoológico, usando sua topografia a favor do projeto.

Imagem 24 - Mapa Topográfico Fonte: Elaborado pela autora.

Imagem 25 - Corte Topográfico AA Fonte: Elaborado pela autora.

Imagem 26 - Corte Topográfico BB Fonte: Elaborado pela autora.

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Imagem 27- Naja | Acesso em 06/06/21 | Fonte:https://www.flickr.com/photos/95464926@N06/10412951893/in/faves48355451@N07/


SOBRE O ZOOLÓGICO De acordo com o site oficial do zoológico de Brasília, atualmente é possível encontrar cerca de 1000 animais, de 202 espécies diferentes, como por exemplo, elefantes, répteis, girafas, felinos, antílopes e aves. Atualmente os animais são separados por galerias onde o visitante pode ter um aprendizado maior sobre eles como por exemplo o local de origem, alimentação e particularidades. Na galeria África, é possível observar as girafas convivendo em harmonia com as zebras, ao lado estão o elefante, o hipopótamo, o avestruz,o tamanduá, o cervo e algumas aves típicas do continente. Há também a galeria dos grandes felinos, onde antigamente estavam situados os tigres, leões, pumas, onças e hoje estão os macacos babuínos e a ursa de óculos. A Galeria América é onde se encontra o rinoceronte,o lobo guará e pequenos felinos como o gato selvagem; é onde também está localizado o micário, borboletário e serpentário; Em seguida é possível visitar o aviário e as ariranhas. Ainda há também a ilha dos macacos, o Museu de Ciências Naturais e o Zoo Berçário. Imagem 28- Mapa do Zoológico| Acesso em 06/06/21 | Fonte:http://www.zoo.df.gov.br/mapa/

Mamíferos - São animais que destacam-se pela presença de pelos em seu corpo e pela capacidade de produzir leite. Répteis - O termo réptil vem do latim reptilis e significa “que se arrasta”.(Biologianet, 2021) São animais que possuem a pele grossa, botam ovos com cascas resistentes e não possuem a capacidade de manter a temperatura do corpo constante. Aves - São caracterizados principalmente pela presença de penas, voos e cantos. A espécie, assim como os répteis, são capazes de botar ovos com cascas resistentes. 29 Antílopes - Grupo variado de mamíferos como por exemplo, cabras, veados, gazela, etc.


ENTREVISTA COM EX-FUNCIONÁRIA ANA CLARA Com a intenção de aprofundar mais nos conhecimentos sobre como o Zoológico de Brasília se encontra hoje, foi realizado uma pesquisa com uma ex funcionária do local sobre o porquê dos recintos estarem da forma que estão hoje e sobre o comportamento dos animais: —O que você animais?—

acha

dos

recinto

dos

—Eu gosto bastante no geral, acho que o que deveria mudar de fato seria a dos grandes felinos e da ursa de óculos; que são aqueles recintos redondos e fundos sabe? Para o bem estar dos animais ele não é tão bom… Como esses são animais dominantes na natureza, o ideal para eles seria estar no mesmo nível que os visitantes e não abaixo, porque isso dá a eles uma sensação de inferioridade, sem contar que tem pouco espaço para eles fazerem caminhadas ou as corridas que precisam diariamente para gastar energia. Eu trabalhei muito no gatil, onde ficam os pequenos felinos, eu gosto de lá apesar de achar que poderia ser maior, mas como são recintos com árvores e troncos, o espaço acaba ampliando pois tem várias rotas que eles podem seguir e os galhos são mudados de posição de tempos em tempos para dar mais dinâmicas. Sei que uma ideia futura do zoológico é fazer uma setorização por alas com recintos maiores onde os animais que vivem em harmonia na natureza possam viver juntos no Zoo também, como por exemplo, elefantes, girafas, cervídeos e zebra.— —Ah, que legal, não sabia dessa mudança de galhos para trazer mais dinâmica na vida dos animais.—

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—Sim, os pequenos felinos no geral, não só no Zoo de Brasília costumam ser bem estressados, e por isso, a área de bem estar sempre está mudando as coisas e fazendo atividades para trazer mais dinâmica e tentar deixar eles mais tranquilos e confortáveis. Ah, e o recinto dos hipopótamos também precisa de bastante atenção, isso é uma reforma que eles pretendem fazer em breve, porque a área com água é até boa, mas a área seca é pequena.— —Eu fiz uma visita recentemente ao Zoo e fiquei bem triste com o que vi, como os grandes felinos morreram eles acabaram transferindo os babuínos para um dos recintos deles né, o que não é muito apropriado e parecia estar super abandonado.— —Então, muitas pessoas têm essa mesma sensação que você, mas o que o Zoológico busca é aproximar o recinto com o que os animais viveriam na natureza, por isso sempre vai ter esse mato alto, porém os troncos são ótimos para os babuínos, eles brincam bastante. E para os felinos, o mato alto é ótimo, eles tem necessidade de se esconder e camuflar, é o que eles fazem na natureza quando estão esperando para caçar.—


ENTREVISTA COM EX-FUNCIONÁRIA ANA CLARA —Muitos animais ficam estressados por conta do confinamento? Ou os felinos são os que mais sofrem pela falta de espaço e como você disse anteriormente, a sensação de inferioridade?— —Não, a maioria é bem tranquila, todos os animais são de cativeiro mesmo, nenhum foi retirado da natureza, então eles já nasceram nessa condição. Alguns vieram de apreensão de tráfico, de antigos circos itinerantes como o elefante; o rinoceronte e o antigo leão vieram de outros zoológicos para poder reproduzir e ter variabilidade genética, são diversas as histórias. Os felinos já são estressados fisiologicamente, tem o estresse bom que eles usam para atividades como a caça mas acabam sendo mais sensíveis como os gatos domésticos mesmo. Mas todos os animais recebem tratamento do núcleo de bem estar.— —E quais atividades você sugere que possa diminuir esse estresse?—

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—Então, eu trabalhei justamente no núcleo de bem estar, o que a gente fazia era coisas que estimulam a caça, eles recebiam a dieta deles que é necessário e parte dessa dieta a gente oferecia de forma mais dinâmica, às vezes escondia ou então deixava pendurado para ele poder caçar, quando estava muito quente a gente oferecia uma parte congelada para dar uma refrescada, ou então às vezes para os pequenos felinos, oferecemos pequenos ratos inteiros para dar essas diferenciadas e também atividades pra fazer eles correrem ou pular, colocava serragem que os ratinhos do biotério usavam e espalhava pelo recinto pra ele ficar procurando e no final dava uma comidinha para que ele não ficasse frustrado.

Com isso, a falta de espaço acaba não sendo um grande problema porque sempre tem uma renovação, como por exemplo, a área do jaguarundi, é um recinto relativamente pequeno em metragem quadrada, mas com o aéreo, conta com duas ou três árvores e muitos galhos que formam rampas para que eles possam deitar e ter essa dinâmica, onde são mudados uma vez por mês ou duas, depende muito do tratador que está lá. E quando leva em conta os espaços aéreos a metragem que o animal consegue correr para dar a volta em todas as áreas do recinto, acaba se tornando uma metragem boa; precisamos levar em conta também que os animais, como por exemplo as cobras e maioria dos predadores, eles andam muito na natureza porque estão atrás de comida, então se eles tem a comida próxima sem precisar andar muito, não tem necessidade deles fazerem essas grandes caminhadas, são apenas para exercícios físicos mesmo para manutenção da saúde, mas quando ele não tem a necessidade de correr atrás desse alimento, como os felinos, não precisa de um recinto muito grande pois ele não vai usar.— —Ah que legal essa sua experiência, muito obrigada pela ajuda!—

Imagem 29 - Recinto do Zoológico atualmente Fonte: Fotografado pela autora.


PROBLEMÁTICAS O principal propósito que motivou o início desse estudo foi a ânsia de trazer algo diferente e inovador para Brasília, ao mesmo tempo não focando somente na parte de lazer dos brasilienses mas com uma visão mais sensível sobre como os animais se sentem e como a vida deles poderia ser vista e ensinada da mesma forma, utilizando de uma dinâmica onde os animais não precisam necessariamente estar presos em um ambiente desconfortável para que isso aconteça. Ao chegar ao zoológico de Brasília já é possível observar logo no início que um dos problemas é a falta de estacionamento, já que as áreas reservadas ficam mais afastadas dos recintos animais, as pessoas preferem estacionar no meio da via principal próximo ao Zoo Berçário.Entretanto a passagem de carros e a de pedestres fica comprometida já que a área não foi pensada para isso devido ao dimensionamento dos afastamentos. Outro problema facilmente perceptível são os recintos que não são apropriados para a espécie e acabam tornando-se um incômodo tanto para o visitante quanto para o animal que ali vive. Espaços pequenos e que não foram pensados para abrigar seja no tamanho ou na quantidade. A visão do visitante é de algo sujo e sem cuidado algum, onde algumas espécies foram colocadas naquele espaço, porém, sem estudo de bem estar feito previamente. Ainda nos recintos, viveiros pequenos para animais que vivem encarcerados, gera desconforto e estresse nos animais, o que pode ocasionar doenças de diversos tipos. Uma das atrações mais esperadas e que gera mais curiosidade no visitante é o borboletário, um espaço separado e fechado para mostrar os diferentes tipos de borboletas existentes e educar também todo o processo de evolução da lagarta até a metamorfose de se tornar uma bela borboleta. Porém hoje, provavelmente como consequência da pandemia, o local encontra-se totalmente fechado e abandonado.

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De acordo com o IBAMA, o zoológico precisa estar atrelado ao programa de educação ambiental e repassar essas informações para os visitantes, porém um problema -não somente do zoológico de Brasília- é que tais informações não são transmitidas de formas coesas. Sim, há informativos sobre os animais onde mostram local de origem e alimentação, porém isso não é o suficiente já que a imagem passada é apenas que os animais estão presos para exibição e entretenimento.


PROBLEMÁTICAS

Imagem 30 - Recinto do jacaré atualmente Fonte: Fotografado pela autora. Imagem 31 - Recinto dos Babuínos atualmente Fonte: Fotografado pela autora.

Imagem 32 - Recinto do filhote de Veado atualmente Fonte: Fotografado pela autora.

Imagem 33 - Mapa de Problemáticas Fonte: Fotografado pela autora.

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Imagem 34 - Macaco e seu filhote | Acesso em 06/06/21 | Fonte:https://www.diyphotography.net/comedy-wildlife-photography-awardsis-open-for-entries-here-are-some-hilarious-animal-photos-to-inspire-you/


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PROPOSTA


ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL

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O termo “enriquecimento ambiental” é derivado dos termos em inglês: “environmental enrichment” – enriquecimento ambiental, e “behavioural enrichment” que significa enriquecimento comportamental. Ele trata da modificação do ambiente em que o animal vive no cativeiro, buscando seu bem-estar (Mendoza, apostila não publicada). O estudo de enriquecimento ambiental nos zoológicos é uma forma encontrada de melhorar o ambiente e a vida dos animais que vivem fora de seu habitat natural; com a junção de técnicas variadas é possível prevenir comportamentos agressivos, problemas neurológicos e auxiliar a manter a integridade física dos animais. (PORTELLA, 2000) A falta de estímulos ocasionada pelas condições de cativeiro tem consequências negativas tanto no âmbito físico – desde obesidade até auto mutilação, quanto psicológico (Goodall, 1991; Fouts e Mills 1998). No campo psicológico, podemos observar comportamentos neuróticos, agressivos e estereotipados, tais como: excesso de cuidado com a pelagem - pentear, limpar, lamber, etc (Copenhagen Zoo, 1990) O enriquecimento ambiental também oferece aos animais que vivem em cativeiro, uma sensação de controle resultante da possibilidade de decidir o que fazer por si próprio. Eles podem escolher entre ficar ao ar livre, à vista do público, ou esconder-se; experimentar várias temperaturas, ou condições climáticas; e ainda, quando e como adquirir comida (AAZK, 2000). As principais atividades consistem em um planejamento e ambientação adequada dos recintos, com equipamentos e acessórios adaptados à necessidade dos animais, podendo também utilizar qualquer outro fator necessário que influencia a percepção do ambiente. Outra atividade é o agrupamento de espécies das quais possam conviver em grupos sociais distintos, além da programação de uma alimentação balanceada que seja o mais próximo do real. Os recintos são áreas cercadas onde os animais passam toda a sua vida, devem ter o tamanho ideal para que possa suprir todas as necessidades físicas e sociais de cada animal, sendo estudado individualmente o que cada espécie necessita; logo, devem possuir variações de formas, tamanhos, quantidade de luz e água. A melhor forma é baseando-se na história natural dos animais que irão habitá-los. Deve possuir barreira visual e estruturas que repliquem o natural, como por exemplo, locais para que possam galgar e locomover-se sem grande perigo. (Mendoza, apostila não publicada).


ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL Um dos maiores desafios dos zoológicos atualmente é evitar a depressão dos animais e com isso, doenças decorrentes dessas condições pois, na natureza, os animais estão expostos a diversos estímulos constantes propostos pelo próprio meio ambiente. Zoológicos do mundo inteiro, como por exemplo o Bioparc em Valência e o Bioparc do Rio de Janeiro, já adotaram o enriquecimento ambiental em suas instalações e em sua rotina, onde procuram estimular o comportamento natural dos animais, diminuindo assim o tédio e promovendo seu bem estar físico e mental.

APLICANDO O ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL DE ACORDO COM AS ESPÉCIES Como foi apresentado anteriormente, o enriquecimento ambiental tem como objetivo melhorar a qualidade de vida do animal que vive em cativeiro, fazendo a junção de técnicas variadas para auxiliar a manter a integridade física dos animais. Atualmente o zoológico conta com uma variedade de animais, onde cada animal, com sua particularidade, receberá um tratamento de acordo com a sua necessidade. Como apresentado na monografia de Alexandre de Souza Portella (2000), serão adotadas algumas técnicas de acordo com cada espécie:

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Imagem 35 - Tabela sobre como aplicar o Enriquecimento Ambiental Fonte: Elaborado pela Autora

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Mamíferos - São animais que destacam-se pela presença de pelos em seu corpo e pela capacidade de produzir leite. Répteis - O termo réptil vem do latim reptilis e significa “que se arrasta”.(Biologianet, 2021) São animais que possuem a pele grossa, botam ovos com cascas resistentes e não possuem a capacidade de manter a temperatura do corpo constante. Aves - São caracterizados principalmente pela presença de penas, voos e cantos. A espécie, assim como os répteis, são capazes de botar ovos com cascas resistentes. Antílopes - Grupo variado de mamíferos como por exemplo, cabras, veados, gazela, etc.


RECINTOS COMPARTILHADOS De acordo com o enriquecimento ambiental, fica claro que o convívio social entre as espécies é de extrema importância para o bem estar e integridade mental. Os encontros casuais que ocorrem na floresta fazem parte do cotidiano deles, assim como os diversos estímulos olfativos e ruídos que fazem parte do dia a dia na vida natural. Contudo, como os animais que se encontram no zoológico hoje já nasceram em cativeiro, essa mudança terá de ser feita de forma mais sucinta e gradativamente, de forma não tão extrema, afinal, a grande maioria deles possui um recinto pequeno onde convivem apenas com a mesma espécie e acostumar com outros seria um processo longo; em poucos casos, como por exemplo a girafa, compartilha o mesmo espaço com as zebras. Animais como, cervos, emas, girafas, zebras, elefantes, hipopótamos, antas, capivaras e alguns tipos de aves conseguem viver soltos e juntos em um mesmo recinto. Já tigres, leões, pumas e onças precisam estar em um local mais reservado e protegido por questão de segurança, tanto para eles, mas principalmente para os visitantes. Os primatas por serem bem sociáveis podem conviver juntos e possuem mais liberdade do que os outros de diferentes espécies podendo até ter contato com os visitantes ocasionalmente.

Imagem 36 - Macaco e seu amigo filhote de tigre | Acesso em 08/06/21 | Fonte:Foto: Reuters

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DIRETRIZES Para a realização do trabalho, foram pensadas inicialmente diretrizes que irão guiar o processo de criação que são:

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Imagem 37 - Diretrizes principais escolhidas Fonte: Elaborado pela autora


DIRETRIZES Conforme as diretrizes, o projeto será voltado ao bem estar dos animais, apoiado a abertura dos recintos, onde espécies serão agrupadas a fim de causar encontros sociais entre diferentes espécies, proporcionando assim uma experiência educativa para os visitantes já que será possível observar com uma nova perspectiva o comportamento dos animais quando vivem em sociedade. A vida dos animais hoje é bastante limitada pelo pouco espaço,por mais que o Zoológico de Brasília dedique-se a criar uma dinâmica de movimento para os animais a fim de tentar reduzir o estresse ainda assim não é o suficiente, é necessário uma mobilização e um aprofundamento maior para que o cativeiro torne-se o mais confortável possível, já que os animais que ali residem não tem condições de serem inseridos na natureza novamente.

“O nível mais básico de enriquecimento ambiental, está presente no projeto e ambientação dos recintos (Mason, 1995).”

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PARTIDO O bem-estar animal está ligado aos estados subjetivos, sistemas cerebrais e emoções básicas; não estimulando a raiva, o medo e o pânico, e sim a busca, o impulso de investigar, de procurar e de brincar. Propiciar um ambiente que mantenha o animal ocupado e prevenir o desenvolvimento de estereotipias, essas são técnicas praticadas pelo enriquecimento ambiental e importante componente de estudo para contribuir no sucesso de programas de reprodução animal (GRANDIN, 2010). Em busca de trazer uma melhoria na qualidade de vida dos animais que vivem no zoológico de Brasília hoje, a proposta é partir para uma nova tipologia e conceito que muitos zoos do mundo inteiro vem adotando, transformá-lo em um Bioparque, um local onde os animais ficam mais livres e as pessoas ficam mais limitadas, o contrário do que é visto hoje na configuração padrão. Como foi mostrado, esse conceito traz inúmeros benefícios para os animais, pois por mais que continuem vivendo em cativeiro, possuem mais liberdade e espaço.

A diferença entre Bioparque e Zoológico é que no caso do Bioparque os animais estão em um estilo de vida livre enquanto no Zoológico mantem-se os animais presos em recintos muitas vezes pequenos e apertados onde não foram devidamente pensado em abrigar determinada espécie. Em geral, esses recintos estão disponiveis para abrigar animais de todos os tipos, desde macacos a felinos, porém o que deve ser observado é que cada animal possui uma necessidade única e seus recintos deve supri-las. Imagem 38 - Girafas Fonte: Elaborado pela autora

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PARTIDO No processo de adaptação os animais passarão por um condicionamento diferenciado para que assim possam ficar aptos a interagirem mais com os humanos, estarão protegidos com barreiras criadas a partir de troncos, muros de arrimo e valas com água. Partindo deste conceito os projetos dos novos ambientes serão feitos de acordo com a necessidade de cada animal de forma que os novos grandes recintos supram uma boa parte dessas condicionantes. A aplicação do enriquecimento ambiental em cada setor buscando trazer um espaço onde as necessidades humanas não se sobreponham aos dos animais mas que ambos possam ter uma experiência agradável de forma harmônica é o pressuposto para a elaboração desse projeto. O novo Bioparque de Brasília irá abrigar os animais vindos de outros zoológicos e/ou nascidos em cativeiros em um ambiente que seja o mais próximo ao que eles viveriam no seu habitat natural. com um ambiente aberto e que contenha bastante espaço várias espécies poderão vivenciar uma experiência que simula sua vida na selva. Este novo conceito irá trazer também para o visitante uma nova perspectiva de como os animais vivem e convivem entre eles, e com isso, é esperado que a população entenda que conservar a fauna e a flora do mundo é uma preocupação de todos, trazendo a reflexão que a biodiversidade é muito maior do que é ensinado hoje. Partindo para o projeto, a proposta inicial é de manter a setorização base existente no zoológico hoje, pois os animais já estão ambientados em relação ao sol e ruídos vindo das vias que cercam a região, principalmente a EPGU e a EPRA.

Imagem 39 - Diagrama Conceitual Acesso em 10/05/21 Fonte: https://big.dk/#projects-zoo

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PROGRAMA DE NECESSIDADES De acordo com instruções normativas (ANEXOS) disponibilizadas pelo IBAMA, foi definido o programa de necessidades para o estudo que vem a seguir separado em área restrita e área pública.

Imagem 40 - Tabela de Programa de Necessidades e Pré-Dimensionamento Acesso em 10/05/21 Fonte: https://big.dk/#projects-zoo

Os demais ambientes, foram divididos por setores onde conforme o avanço do estudo, suas metragens quadradas serão melhor definidas.

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PROGRAMA DE NECESSIDADES SETOR DOS RÉPTEIS Tanque grande o suficiente para uma boa movimentação dos animais, com paredes internas não ásperas. Área seca para banho de sol voltada para os animais aquáticos e subaquáticos. Ainda na área seca, cercar com vegetação arbórea e arbustiva para os animais terrestres que compartilharem do mesmo recinto. Deverá ter um recinto com área especial para quando for necessário fazer a divisão entre machos e fêmeas aplicando o enriquecimento ambiental, neste recinto, deverá ser feito de forma que possa acontecer a desova de novos filhotes. SETOR FELINOS Local grande e espaçoso para que possam fazer suas corridas diárias, ficar na mesma altura ou mais alto que o visitante para promover a sensação de superioridade, instinto natural dos felinos. Uma pedra grande e alta espalhada no centro, vegetação arbórea que contém galhos retorcidos de médio porte, a vegetação de forração deve ser parte em grama alta, pois são animais que gostam de se esconder. Laguinho com água fresca para beber e banho. SETOR ÁFRICA Neste setor fica como propósito abrigar animais originários da África e algumas aves. Troncos altos porém sem muitos galhos, elefantes e girafas precisam se coçar para manter um cuidado natural com a pele. Troncos grandes e pesados espalhados pelo recinto criarão obstáculos para os animais que precisam de atividade de corrida e entretenimento para os elefantes. A instalação de uma rede de malha fina em um ponto alto, irá fazer com que as girafas busquem alimento. AVIÁRIO Local grande e espaçoso com passagem por dentro causando uma imersão total para o visitante. Cercado por árvores e uma proteção de folha de vidro e aço. Simulação de nascente que percorre todo o trajeto. PRIMATAS Os primatas irão voltar para o recinto de antigamente, com diferentes espécies vivendo juntas. Algumas alterações serão feitas como a criação de abrigos, instalação de mais árvores para que possam ter um entretenimento maior e passeios para o visitante que corta todo o recinto. 45


SETORIZAÇÃO

Imagem 41 - Setorização Fonte: Elaborado pela Autora

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SETORIZAÇÃO Para ter uma melhor visualização da setorização e o inicio de proposta para o Bioparque, fica nítido as divisões dos setores e caminhos propostos. Todos os setores dos animais serão ampliados e receberão também a implantação de lagos artificiais que atenderá todos os animais que ali viverão e seguindo as instruções do enriquecimento ambiental. O acesso ao zoológico permanecerá o mesmo, sofrendo apenas alterações de fachada onde terá uma harmonia melhor com o novo estilo proposto para o novo Bioparque.

Imagem 42- Setorização/Risco Preliminar Fonte: Elaborado pela Autora

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Na imagem é possível visualizar como funcionaria a proposta do setor aviário, se transformaria em uma grande gaiola com espaço o suficiente para que as aves possam voar porém com segurança de não sair do ambiente disposto a elas. Um local bem arborizado que conta com passarelas onde o visitante terá a oportunidade de ver os animais com mais proximidade.

Imagem 43 - Simulação de como seria o setor Aviário com espaços abertos e passeios para o visitante. Fonte: Elaborado pela autora.


Imagem 42 - Onça | Acesso em 06/06/21 | Fonte:https://weheartit.com/entry/73072582/dashboard


REFERÊNCIAS

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PORTELLA, Alexandre. O ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL NA CRIAÇÃO DE ANIMAIS EM JARDINS ZOOLÓGICOS. Disponível em : <https://repositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/123456789/2385/2/9 508876.pdf> | Acessado em: 19 de abril de 2021. PLANALTO. Lei N°7.173,DE 14 DE DEZEMBRO DE 1983. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1980-1988/l7173.htm> Acessado em: 24 de Fevereiro de 2021 G1, Globo. MP Investiga mortes dos tigres Dandy e Maya no Zoo. Disponível em: https://g1.globo.com/df/distritofederal/noticia/2019/10/16/mp-investiga-mortes-dos-tigres-dandy-emaya-no-zoologico-de-brasilia.ghtml | Acessado em 13 de março de 2021. SÃO PAULO, SP. Zôo Safári permite proximidade com animais selvagens em plena cidade. Disponível em: <https://www.saopaulo.sp.gov.br/ultimas-noticias/zoo-safaripermite-proximidade-com-animais-selvagens-em-plena-cidade1/#:~:text=S%C3%A3o%20cervos%2C%20pav%C3%B5es%2C%20emas%2C,tigres% 20siberianos%20e%20tigre%20branco.> | Acessado em: 29 de abril de 2021. BIG, zoo. ZOO | Disponível em: <https://big.dk/#projects-zoo | Acessado em: 10 de maio de 2021.> BIOPARC, Valencia. BIOPARC DE VALÊNCIA. Disponível em: <https://www.bioparcvalencia.es/> Acessado em: 25 de fevereiro de 2021. FOLHA, Uol. 62,5% dos zôos funcionam sem licença. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0403200420.htm> Acessado em: 26 de abril de 2021. NORCIA, Daniela. Bioparc, Valencia: mais que um zoológico. Disponível em: <https://ultrapassandofronteirasexperienciasnoexterioreviagens.com /bioparc-valencia-mais-que-um-zoologico/> Acessado em: 26 de abril de 2021. WIKIPEDIA. Valencia Bioparque. Disponível em: <https://en.wikipedia.org/wiki/Valencia_Bioparc> | Acessado em: 26 de abril de 2021. VISIT, Valencia. Bioparc València Information. Disponível em: <https://www.visitvalencia.com/en/what-to-see-valencia/bioparccabecera-park-and-congress-park/what-is-bioparc> Acessado em: 26 de abril de 2021. RAVAZZI, Lorena. Zoológico. Disponível em: <https://issuu.com/lorenaravazzi/docs/caderno_tcc_lorena> | Acessado em: 07 de maio de 2021.


REFERÊNCIAS

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REFERÊNCIAS BIOPARQUE, RIO. Burle Marx: o gênio brasileiro no BioParque do Rio Disponível em: <https://blog.bioparquedorio.com.br/2021/04/06/roberto-burle-marxo-genio-brasileiro/> Acessado em: 05 de junho de 2021

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ANEXO I LEGISLAÇÃO LEI Nº 7.173, DE 14 DE DEZEMBRO DE 1983. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , faço saber que o CONGRESSO NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art 1º - Para os efeitos desta lei, considera-se jardim zoológico qualquer coleção de animais silvestres mantidos vivos em cativeiro ou em semi-liberdade e expostos à visitação pública. Art 2º - Para atender a finalidades sócio-culturais e objetivos científicos, o Poder Público Federal poderá manter ou autorizar a instalação e o funcionamento de jardins zoológicos. § 1º - Os Governos dos Estados, Municípios, Distrito Federal e Territórios poderão instalar e manter jardins zoológicos, desde que seja cumprido o que nesta lei se dispõe. § 2º - Excepcionalmente, e uma vez cumpridas as exigências estabelecidas nesta lei e em regulamentações complementares, poderão funcionar jardins zoológicos pertencentes a pessoas jurídicas ou físicas. Art 3º - O reconhecimento oficial do jardim zoológico não significa, quanto aos exemplares da fauna indígena, nenhuma transferência de propriedade por parte do Estado em razão do que dispõe o art. 1º da Lei nº 5.197, de 3 de janeiro de 1967. Art 4º - Será estabelecida em ato do órgão federal competente classificação hierárquica para jardins zoológicos de acordo com gabaritos de dimensões, instalações, organização, recursos médicoveterinários, capacitação financeira, disponibilidade de pessoal científico, técnico e administrativo e outras características. Art 5º - Os estabelecimentos enquadrados no art. 1º da presente lei são obrigados a se registrarem no Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal - IBDF, mediante requerimento instruído com todas as características de situação e funcionamento que possuam. Parágrafo único - O registro, com classificação hierárquica, representa uma licença de funcionamento para jardim zoológico e poderá ser cassado temporária ou permanentemente, a critério do IBDF, no caso de infração ao disposto na presente lei e à proteção à fauna em geral. Art 6º - O enquadramento, na classificação mencionada no art. 4º da presente lei, poderá ser revisto para atualização, mediante requerimento do interessado ou por iniciativa do IBDF. 53


ANEXO I Art 7º - As dimensões dos jardins zoológicos e as respectivas instalações deverão atender aos requisitos mínimos de habitabilidade, sanidade e segurança de cada espécie, atendendo às necessidades ecológicas, ao mesmo tempo garantindo a continuidade do manejo e do tratamento indispensáveis à proteção e conforto do público visitante. Art 8º - O funcionamento de cada alojamento está condicionado ao respectivo certificado de "habite-se" que será fornecido após a devida inspeção, pelo IBDF. Art 9º - Cada alojamento não poderá comportar número maior de exemplares do que aquele estabelecido e aprovado pela autoridade que concedeu o registro. Art 10 - Os jardins zoológicos terão obrigatoriamente a assistência profissional permanente de, no mínimo, médico-veterinário e um biologista. Art 11 - A aquisição ou coleta de animais da fauna indígena para os jardins zoológicos dependerá sempre de licença prévia do IBDF, respeitada a legislação vigente. Art 12 - A importação de animais da fauna alienígena para os Jardins zoológicos dependerá: a) do cumprimento do artigo 4º da Lei nº 5.197, de 3 de janeiro de 1967; b) da comprovação de atestado de sanidade fornecido por órgão credenciado do país de origem; c) do atendimento às exigências da quarentena estabelecidas pelo IBDF; d) da obediência à legislação em vigor e aos compromissos internacionais existentes. Art 13 - Os locais credenciados pelo IBDF para atender às exigências da quarentena poderão cobrar os serviços profissionais prestados a terceiros, comprometendo-se a prestar assistência médico-veterinária diária. Art 14 - Os jardins zoológicos terão um livro de registro para seu acervo faunístico, integralmente rubricado pelo IBDF, no qual constarão todas as aquisições, nascimentos, transferências e óbitos dos animais, com anotação da procedência e do destino e que ficará à disposição do poder público para fiscalização. Art 15 - Os jardins zoológicos poderão cobrar ingressos dos visitantes, bem como auferir renda da venda de objetos, respeitadas as disposições da legislação vigente.

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ANEXO I Art 16 - É permitida aos jardins zoológicos a venda de seus exemplares da fauna alienígena, vedadas quaisquer transações com espécies da fauna indígena. § 1º - A título excepcional e sempre dependendo de autorização prévia do IBDF poderá ser colocado à venda o excedente de animais pertencentes à fauna indígena que tiver comprovadamente nascido em cativeiro nas instalações do jardim zoológico. § 2º - Nos mesmos termos do parágrafo primeiro deste artigo poderá o excedente ser permutado com indivíduos de instituições afins do país e do exterior. Art 17 - Fica permitida aos jardins zoológicos a cobrança de multas administrativas de até um salário mínimo mensal local, por danos causados pelo visitante aos animais. Art 18 - O Poder Executivo Federal baixará os atos necessários à execução desta lei. Art 19 - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Art 20 - Revogam-se as disposições em contrário. Brasília, em 14 de dezembro de 1983; 162º da Independência e 95º da República.

ANEXO II LEI Nº 1.813, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1997 DODF DE 31.12.1997 (VIDE - Lei nº 1.996, de 02 de julho de 1998)

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Dispõe sobre a instituição da Fundação Pólo Ecológico de Brasília. A VICE-GOVERNADORA DO DISTRITO FEDERAL, NO EXERCÍCIO DO CARGO DE GOVERNADORA, FAÇO SABER QUE A CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL DECRETA E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI: Art. 1º Fica instituída a Fundação Pólo Ecológico de Brasília, entidade de direito público, vinculada à Secretaria de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia do Distrito Federal - SEMATEC, com sede e foro na cidade de Brasília. Art. 2º O Pólo Ecológico de Brasília é composto pelas seguintes áreas e unidades de conservação, conforme memoriais e plantas inscritas no Cartório do 1º Ofício de Registro de Imóveis desta Capital, sob as matrículas nº 27.611 e 99.037: I - a área anteriormente ocupada pelo Jardim Zoológico de Brasília JZB, inclusive a área objeto de concessão de direito real de uso para a instalação do Parque Temático de Brasília; II - a Área de Relevante Interesse Ecológico - ARIE - do Santuário de Vida Silvestre do Riacho Fundo;


ANEXO II

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III - a área do Parque das Aves. Parágrafo único. A responsabilidade pela gestão do complexo do Pólo Ecológico de Brasília é da Fundação Pólo Ecológico de Brasília. Art. 3º A Fundação Pólo Ecológico de Brasília tem como metas: I - contribuir para a conservação do patrimônio de biodiversidade do Distrito Federal, por meio da manutenção de programas de conservação e pesquisa in situ e ex situ, em especial nas áreas de cerrado do Distrito Federal e entorno; II - produzir, sistematizar e disseminar informações, pesquisas, análises, estudos e projetos de preservação do meio ambiente, em particular sobre a fauna e a flora, para a melhoria do complexo ecológico sob sua guarda; III - promover a conscientização ecológica dos visitantes por meio da manutenção de programas interativos de educação ambiental que permitam o envolvimento e a participação do usuário nas atividades, programas e projetos do Pólo Ecológico de Brasília; IV - investir na criação e na manutenção de calendário de atividades de lazer destinadas à valorização da cultura e à preservação da natureza, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e para a geração de emprego e renda no Distrito Federal. Art. 4º A Fundação Pólo Ecológico de Brasília tem por finalidades: I - contribuir, pela excelência de seus programas e projetos de conservação, pesquisa, educação e lazer, para o credenciamento de Brasília como um dos maiores e mais promissores centros de desenvolvimento sustentado do País; II alcançar a auto-suficiência econômica pela eficiente administração dos recursos materiais do seu patrimônio e pela captação e arrecadação de recursos financeiros a serem utilizados no cumprimento de suas finalidades e objetivos; III - criar condições objetivas para a sustentabilidade do Pólo Ecológico de Brasília, mediante a implementação de política de gestão ambiental moderna, compartilhada e participativa, ancorada no respeito aos princípios éticos e morais que regem a convivência harmoniosa entre o ser humano e a natureza; IV - contribuir e participar de programas de conservação e pesquisa nacionais e internacionais, estabelecendo convênios e parcerias com prestigiosas instituições científicas e ambientais do Brasil e do exterior; V - manter intercâmbio com órgãos governamentais incumbidos institucionalmente das questões ambientais, promovendo, sempre que necessário, atos de mútua cooperação; VI - assegurar o bem-estar dos animais mantidos em cativeiro, bem como da fauna visitante, proporcionando-lhes conforto e cuidado adequado;


ANEXO II VII - incentivar a visitação pública com a oferta de atrações e espaços de qualidade a preços acessíveis a todos os segmentos sociais; VIII - pesquisar, desenvolver e difundir novas tecnologias e metodologias de manejo e reprodução de animais silvestres em cativeiro e de proteção de seus habitats. Art. 5º Constitui patrimônio da Fundação Pólo Ecológico de Brasília: I - os bens móveis e semoventes do patrimônio do Jardim Zoológico de Brasília e aqueles localizados na ARIE do Santuário de Vida Silvestre do Riacho Fundo; II - os bens móveis, imóveis e semoventes, bem como os direitos a ela transferidos, a qualquer título, por pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado, nacionais ou internacionais. Art. 6º Constituem recursos da Fundação Pólo Ecológico de Brasília: I - doações e contribuições de pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado; II - recursos provenientes de ajustes, convênios ou acordos de cooperação técnico-financeira celebrados com entidades nacionais e internacionais; III - rendas resultantes da exploração de seus bens; IV - dotações orçamentárias e créditos adicionais consignados no orçamento do Distrito Federal; V - receitas de qualquer natureza provenientes do exercício de suas atividades; VI - transferência de outros órgãos da administração pública; VII - resultados de aplicações financeiras, na forma da legislação vigente. Parágrafo único. As dotações e os recursos destinados à Fundação Pólo Ecológico de Brasília serão geridos privativamente por ela. Art. 7º A Fundação Pólo Ecológico de Brasília é constituída pelos seguintes órgãos: I - Conselho Diretor; II - Conselho Deliberativo; III - Conselho Consultivo; IV - Conselho Fiscal. Art. 8º O Conselho Diretor será composto por: I - um Diretor-presidente; II - três diretores técnicos: a) um Diretor Administrativo-financeiro; b) um Diretor de Conservação e Pesquisa; c) um Diretor de Educação e Lazer; III - um representante da Associação dos Servidores do Pólo Ecológico 57 de Brasília.


ANEXO II Parágrafo único. O Conselho Diretor será nomeado pelo Governador do Distrito Federal. Art. 9º O Conselho Deliberativo da Fundação Pólo Ecológico de Brasília será composto pelo Secretário de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia, na qualidade de Presidente, pelo Conselho Diretor e por sete conselheiros, com os respectivos suplentes, indicados de acordo com os seguintes critérios: I - um membro da comunidade escolhido pelo Governador do Distrito Federal por seu notório conhecimento e comprometimento com a missão da Fundação Pólo Ecológico de Brasília; II - um representante da Sociedade de Amigos do Jardim Zoológico de Brasília - AMEZOO - ou sua sucedânea; III - um representante da Associação dos Servidores do Pólo Ecológico de Brasília; IV - um representante da Secretaria de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia; V - um representante do Conselho de Meio Ambiente do Distrito Federal - CONAM; VI - um representante do Parque Temático de Brasília; VII - um representante das instituições de pesquisa ou universidades públicas e particulares do Distrito Federal com atuação na área ambiental, segundo indicação do Governador do Distrito Federal. § 1º Os membros indicados nos incisos II a VI, bem como os respectivos suplentes, serão nomeados pelo Governador do Distrito Federal, mediante indicação da entidade que representam. § 2º O mandato dos conselheiros indicados nos incisos I a VII será de quatro anos. § 3º Em caso de substituição dos conselheiros referidos nos incisos I a VII, o novo conselheiro terá mandato apenas para completar o do conselheiro substituído. § 4º Para os fins desta Lei, nos casos de impedimento do Secretário de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia, o Diretor-presidente do Conselho Diretor o substituirá. § 5º O Presidente do Conselho Deliberativo terá direito ao voto ordinário e, em caso de empate, ao voto de qualidade. § 6º Os membros indicados do Conselho Deliberativo e respectivos suplentes serão nomeados pelo Governador do Distrito Federal. Art. 10. O Conselho Consultivo será constituído por até vinte e um membros, nomeados pelo Governador do Distrito Federal por seu notório conhecimento e comprometimento com as finalidades da Fundação Pólo Ecológico de Brasília, da seguinte forma: I - onze membros escolhidos pelo Conselho Deliberativo; 58 II - dez membros escolhidos pelo Governador do Distrito Federal.


ANEXO II Parágrafo único. É vedado o pagamento de qualquer retribuição aos membros do Conselho Consultivo da Fundação Pólo Ecológico de Brasília. Art. 11. O Conselho Fiscal da Fundação Pólo Ecológico de Brasília compõe-se de três membros efetivos e dois suplentes, nomeados pelo Governador do Distrito Federal para mandato de um ano, permitida uma recondução, com as seguintes atribuições: I - emitir parecer sobre as contas trimestrais e anuais; II - acompanhar, fiscalizar e orientar a administração econômica, financeira, contábil, patrimonial e orçamentária; III - apreciar os assuntos de sua competência que lhe forem submetidos. Parágrafo único. O Conselho Fiscal reunir-se-á ordinariamente, no mínimo, uma vez por mês. Art. 12. Compete ao Conselho Diretor: I - elaborar o estatuto da Fundação Pólo Ecológico de Brasília; II - coordenar a elaboração do plano diretor da fundação; III - coordenar a elaboração e implementação do plano de trabalho da fundação; IV - coordenar a elaboração da proposta orçamentária anual e implementação do orçamento da fundação; V - acompanhar e fiscalizar o andamento dos programas e projetos sob responsabilidade da fundação; VI - elaborar relatório de atividade anual da fundação e promover a sua divulgação, após a aprovação do Conselho Deliberativo; VII - exercer as atribuições conferidas pelo estatuto da fundação. Art. 13. Compete ao Conselho Deliberativo: I - aprovar o estatuto da fundação, submetendo-o à homologação do Governador do Distrito Federal; II - orientar a política financeira e patrimonial da fundação; III - aprovar os programas de trabalho, o orçamento e a prestação de contas; IV - definir e aprovar critérios, diretrizes e áreas prioritárias de atuação da fundação; V - resolver os casos omissos do estatuto e do regimento interno. Parágrafo único. O Conselho Deliberativo reunir-se-á ordinariamente, no mínimo, uma vez por mês. Art. 14. As competências dos órgãos da Fundação Pólo Ecológico de Brasília serão definidas no estatuto e no regimento interno. Art. 15. Os cargos e funções do Jardim Zoológico de Brasília passam a compor a estrutura da Fundação Pólo Ecológico de Brasília, sem redução de número nem modificação de função, com a consequente de todas as obrigações, direitos e vantagens dos 59 manutenção servidores daquela instituição.


ANEXO II Art. 16. A estrutura organizacional da Fundação Pólo Ecológico de Brasília, com a quantidade de cargos em comissão, sua denominação e o valor da retribuição, será encaminhada à aprovação da Câmara Legislativa no prazo de noventa dias. Parágrafo único. Os cargos em comissão da Fundação Pólo Ecológico de Brasília serão preenchidos, no percentual mínimo de 50% (cinqüenta por cento), por servidores efetivos do Governo do Distrito Federal, dos quais 50% (cinqüenta por cento) serão servidores efetivos do Jardim Zoológico de Brasília. Art. 17. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 18. Revogam-se as disposições em contrário.

ANEXO III Instrução Normativa IBAMA nº 4 de 04/03/2002 https://www.normasbrasil.com.br/norma/instrucao-normativa-42002_74695.html

ANEXO IV Instrução Normativa IBAMA nº 57 de 13/09/2016 http://www.zoo.df.gov.br/wpcontent/uploads/2017/08/Instru%C3%A7%C3%A3o-n%C2%BA-57-de-13-desetembro-de-2016-Estatuto-da-Funda%C3%A7%C3%A3o-JardimZool%C3%B3gico-de-Bras%C3%ADlia.pdf

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ANEXO V Lista de animais existentes no Zoológico Lista de Aves Arara-canindé (Ara ararauna) Arara-vermelha (Ara chloropterus) Arara-piranga (Ara macao) Arara-azul-grande (Anodorhynchus hyacinthinus) Ararajuba (Guaruba guarouba) Maitaca-de-cabeça-azul (Pionus menstruus) Papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva) Papagaio-do-mangue (Amazona amazonica) Papagaio-chauá (Amazona rhodocorytha) Papagaio-moleiro (Amazona farinosa) Príncipe-negro (Aratinga nenday) Papagaio-campeiro (Amazona ochrocephala) Maitaca-verde (Pionus maximiliani) Periquito-rei (Eupsittula aurea) Maracanã-de-colar (Primolius auricollis) Periquito-de-cabeça-suja (Aratinga weddellii) Ararinha-de-testa-vermelha (Ara rubrogenys) Jandaia-verdadeira (Aratinga jandaya) Cuiú-cuiú (Pionopsitta pileata) Tiriba-de-barriga-vermelha (Pyrrhura perlata) Aratinga-mitrata (Psittacara mitrata) Periquito-de-Barnard (Barnardius barnardi) Periquitão (Psittacara leucophtalmus) Periquito-do-encontro-amarelo (Brotogeris chiriri) Papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea) Maracanã-guaçu (Ara severus) Papagaio-papa-cacau (Amazona festiva) Tiriba-pfrimer (Pyrrhura pfrimeri) Arara-de-garganta-azul (Ara glaucogularis) Maracanã-de-cara-amarela (Orthopsittaca manilatus) Papagaio-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis) Maracanã-nobre (Diopsittaca nobilis) Tucano-toco (Ramphastos toco) Seriema (Cariama cristata) Guará (Eudocimus ruber) Arapapá (Cochlearius cochlearius) Socó-boi (Tigrisoma lineatum) Quero-quero (Vanellus chilensis) João-grande (Ciconia maguari) Flamingo-chileno (Phoenicopterus chilensis) Flamingo (Phoenicopterus ruber) 61 Maçarico-real (Theristicus caerulescens) Íbis-sagrado (Threskiornis aethiopicus)


ANEXO V Lista de animais existentes no Zoológico Irerê (Dendrocygna viduata) Marreca-cabocla (Dendrocygna autumnalis) Ganso-doméstico (Anser domesticus) Ganso-do-Havaí (Branta sandvicensis) Pato-do-mato (Cairina moschata) Ganso-Australiano (Cereopsis novaehollandiae) Cisne-negro (Cygnus atratus) Perdiz (Rhynchotus rufescens) Mutum-cavalo (Pauxi tuberosa) Jacupemba (Penelope superciliaris) Jacutinga (Aburria jacutinga) Mutum-de-penacho (Crax fasciolata) Jacu-de-barriga-castanha (Penelope ochrogaster) Faisão-prateado (Lophura nycthemera) Pavão-azul (Pavo cristatus) Urubu-rei (Sarcoramphus papa) Harpia (Harpia harpyja) Águia-chilena (Geranoaetus melanoleucus) Gavião-carijó (Rupornis magnirostris) Gavião-de-cauda-branca (Geranoaetus albicaudatus) Gavião-carrapateiro (Milvago chimachima) Gavião-de-coleira (Falco femoralis) Coruja-negra (Sthularix hu) Coruja-do-banhado (Asio flammeus) Coruja-suindara (Tyto furcata) Caburé (Glaucidium brasilianum) Corujinha-do-mato (Megascops choliba) Canário-da-terra (Sicalis flaveola) Trinca-ferro (Saltator similis) Sabiá-poca (Turdus amaurochalinus) Corrupião (Icterus jamacaii) Sabiá-da-mata (Turdus fumigatus) Asa-de-telha (Agelaioides badius) Bico-de-lacre (Estrilda astrild) Japú (Psarocolius decumanus) Sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris) Bicudo (Sporophila maximiliani) Turaco (Tauraco leucotis) Coleirinho (Sporophila caerulescens) Cardeal-do-nordeste (Paroaria dominicana) Cardeal (Paroaria coronata) Papa-capim (Sporophila nigricollis) 62 Curió (Sporophila angolensis)


ANEXO V Lista de animais existentes no Zoológico Pássaro-preto (Gnorimopsar chopi) Emu (Dromaius novaehollandiae) Avestruz (Struthio camelus) Casuar (Casuarius casuarius) Ema (Rhea americana) Lista de Mamíferos Mico-estrela (Callithrix penicillata) Sagui-de-cara-branca (Callithrix geoffroyi) Zogue-zogue (Callicebus cupreus) Macaco-aranha-de-cara-vermelha (Ateles paniscus) Macaco-aranha-de-testa-branca (Ateles marginatus) Macaco-aranha-de-cara-preta (Ateles chamek) Macaco-da-noite (Aotus nigriceps) Bugio-ruivo (Alouatta seniculus) Macaco-caiarara (Cebus albifrons) Cachorro-do-mato (Cerdocyon thous) Cervo-nobre (Cervus elaphus) Elefante-africano (Loxodonta africana) Adax (Addax nasomaculatus) Anta (Tapirus terrestris) Ariranha (Pteronura brasiliensis) Babuíno-sagrado (Papio hamadryas) Bugio-preto (Alouatta caraya) Bugio-de-mãos-ruivas (Alouatta belzebul) Cervo-dama (Dama dama) Cuxiú-marrom (Chiropotes sagulatus) Cuxiú-preto (Chiropotes satanas) Furão (Galictis vittata) Gato-palheiro (Leopardus colocolo) Gato-do-mato-pequeno (Leopardus tigrinus) Girafa (Giraffa camelopardalis) Guaxinim (Procyon cancrivorus) Hipopótamo (Hippopotamus amphibius) Gato-mourisco (Herpailurus yagouaroundi) Jaguatirica (Leopardus pardalis) Lhama (Lama glama) Macaco-barrigudo (Lagothrix cana) Macaco-japonês (Macaca fuscata) Mangusto-tigrado (Mungos mungo) Macaco-prego (Sapajus libidinosus) 63 Lobo-guará (Chrysocyon brachyurus)


ANEXO V Lista de animais existentes no Zoológico Ouriço-cacheiro (Coendou prehensilis) Zebra-das-planícies (Equus quagga) Mico-leão-de-cara-dourada (Leontopithecus chrysomelas) Lontra (Lontra longicaudis) Veado-catingueiro (Mazama gouazoubira) Raposa-do-campo (Lycalopex vetulus) Mico-branco (Mico chrysoleucus) Tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) Quati (Nasua nasua) Onça-pintada (Panthera onca) Tatu-canastra (Priodontes maximus) Suçuarana (Puma concolor) Sagui-una (Saguinus niger) Mico-de-cheiro (Saimiri boliviensis) Tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla) Tatu-bola (Tolypeutes tricinctus) Waterbuck (Kobus ellipsiprymnus) Sagui-imperador (Saguinus imperator) Urso-de-óculos (Tremarctos ornatus) Rinoceronte-branco-do-sul (Ceratotherium simum) Cateto (Pecari tajacu) Cachorro-do-mato-vinagre (Speothos venaticus) Sauim-de-coleira (Saguinus bicolor) Lista de Répteis

Aperema (Rhinoclemmys punctularia) Cascavel (Crotalus durissus) Cobra-cipó-verde (Philodryas olfersii) Cobra-do-milho (Pantherophis guttatus) Cotiarinha (Bothrops itapetiningae) Dragão-barbudo (Pogona vitticeps) Iguana (Iguana iguana) Jabuti-piranga (Chelonoidis carbonaria) Jabuti-tinga (Chelonoidis denticulata) Jacaré-do-Pantanal (Caiman yacare) Jacaré-do-papo-amarelo (Caiman latirostris) Jacaré-tinga (Caiman crocodilus) Jararaca-caiçaca (Bothrops moojeni) Jararaca-pintada (Bothrops neuwiedi) Jiboia (Boa constrictor) 64 Jiboia-arco-íris (Epicrates cenchria) Muçuã (Kinosternon scorpioides)


ANEXO V Lista de animais existentes no Zoológico íton-indiana (Python molurus) Suaçuboia (Corallus hortulanus) Sucuri-verde (Eunectes murinus) Tartaruga-da-Amazônia (Podocnemis expansa) Tartaruga-mordedora (Chelydra serpentina) Teiú-vermelho (Tupinambis rufescens) Tigre-d’água-norte-americano (Trachemys scripta) Tigre-d’água-sul-americano (Trachemys dorbigni) Tracajá (Podocnemis unifilis)

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