Influência da técnica de diferenciação cromática..

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Janayna Velozo

Influência da técnica de diferenciação cromática nos mapas esquemáticos de orientação em sistemas de sinalização interna The Influence of color coding techniques on schematic wayfinding maps of internal sinalization systems

cognição espacial, diferenciação cromática, orientabilidade A cor, como elemento informacional, influencia a visibilidade, legibilidade e a habilidade de reconhecer e compreender elementos visuais de sistemas gráficos, sendo uma importante ferramenta gráfica utilizada pela usabilidade nos sistemas informacionais. O objetivo deste artigo é verificar, através de pesquisa experimental, a influência da codificação cromática na usabilidade de mapas esquemáticos de orientação. Serão analisadas, mais especificamente, três diferentes versões de um mesmo mapa, onde a estrutura básica será mantida, alterando-se apenas seu código cromático. Esta pesquisa irá investigar como essa variação se comporta com os usuários do sistema, para que sejam estudados os benefícios da aplicação da técnica de diferenciação cromática em sistemas de sinalização interna.

spatial cognition, color coding, wayfinding Color, as an informational element and graphic tool applied by the usability of informational systems, influences the visibility, legibility and hability of recognizing and understanding visual elements of graphic systems. The aim of this article is to verify, through experimental research, the influence of color coding on the usability of schematic wayfinding maps. More specifically, three different versions of one map will be analysed, where the basic structure will be maintained, changing only it color coding. This paper will investigate how this variation behaves with the system users, to study the beneficts of the color coding technique on internal signing systems.

1. Introdução Klippel (1999) explana que mapas cartográficos descrevem aspectos do ambiente geográfico numa escala espacial bem menor que 1:1. Para manter uma boa legibilidade das pequenas características geográficas, algumas precisam ser enfatizadas. Como conseqüência, a representação precisa ser simplificada para encaixar todas as informações necessárias numa representação mediana. Segundo o autor, simplificações desse tipo podem ser consideradas “esquematizações”, por certos aspectos estarem reduzidos nestes mapas. Os mapas esquemáticos têm sido usados no contexto da cognição espacial para denotar peças diagramadas no intuito de construir a lacuna existente entre as estruturas físicas e conceituais. No entanto, essas simplificações que permitem o encaixe de várias informações, através do não reconhecimento da representação pelo público, pode levar à desorientação cognitiva, na realização de tarefas de busca de informações de orientação espacial. Cognição espacial, segundo Passini (1994), refere-se à habilidade de imaginar e representar mentalmente um ambiente físico e se situar espacialmente nessa representação, que recebe o nome de mapa cognitivo. Durante o processo de orientação e navegação nos ambientes físicos, algumas etapas são envolvidas, tais como:

tomada de decisão e desenvolvimento de um plano de ação;

execução da decisão, transformando decisões e o plano de ação em ações;

processamento da informação, compreendendo percepção e cognição espacial, alternando os processos de decisão relatados.

Nesses termos, o processo denominado orientabilidade (wayfinding), segundo Passini (1994), incorpora a definição prévia de cognição espacial, mas visualiza a representação espacial (mapa cognitivo) como uma fonte de informação a ser combinada ou parcialmente substituída por outros


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tipos de informação, necessárias para a tomada e execução de decisões. Dentre as ferramentas de diferenciação gráfica - distinção formal gráfica entre componentes informacionais - utilizadas para auxiliar no processo de orientabilidade, a diferenciação cromática tem apresentado os resultados mais significativos. Essa ferramenta tem como objetivo auxiliar os usuários de mapas de navegação em sua orientação. Pesquisas teóricas e experimentais realizadas anteriormente, revelam benefícios no uso da cor na diminuição significativa do tempo de localização da informação desejada (Laar, 2002), a precisão e a velocidade na busca de informações visuais (Ling, 2002), bem como vantagens no uso de códigos cromáticos nas tarefas de monitoramento, onde o usuário tem que fazer a distinção entre diferentes classes de símbolos (Smith, 1995). Esta pesquisa se propõe a estudar a utilização da cor, como elemento informacional e ferramenta de auxílio em mapas esquemáticos de orientação, através da aplicação da técnica de diferenciação cromática, na verificação de sua influência na organização e hierarquização de informações, no destaque de áreas do mapa, no auxílio à busca de informações e realização de tarefas específicas de identificação, localização e navegação por parte do usuário do sistema.

2. Referencial Teórico Orientabilidade (Wayfinding) O conceito de orientabilidade, segundo Passini (1984), não se refere apenas ao design de espaços, como também especifica a comunicação incluindo elementos gráficos. Sistemas de suporte gráfico, como mapas de orientação, são parte integrante dessa comunicação. Duas intervenções importantes, que caracterizam esse conceito, são:

a concepção de organizações espaciais e sistemas de circulação que definem os problemas que os usuários terão que solucionar;

a comunicação do ambiente que promove a informação necessária para solucionar os problemas.

Encontrar locais específicos no ambiente é uma das habilidades mais essenciais dos agentes, como seres humanos, animais e robôs autônomos. Encontrar o caminho requer conhecimento do ambiente. (McDermott and Davis, 1984; Passini, 1984)

Este conhecimento se refere a fatos específicos sobre um dado ambiente ou se refere às relações que ocorrem em uma categoria maior de ambientes ou até mesmo em ambientes espaciais. Conhecimento espacial específico é freqüentemente adquirido através da exploração de ambientes e memorização de pontos estratégicos e suas relações. Já o conhecimento espacial geral pode ser desenvolvido tanto pela experiência sobre configurações espaciais adquirida, quanto pelas interferências feitas nos padrões gerais. Lynch, em 1960, explanava que “estruturar e identificar o ambiente é uma capacidade vital entre todos os animais que se locomovem” (LYNCH, 1997). Ele discorria sobre o contratempo da desorientação, sobre a importância da clareza da imagem da cidade para “uma locomoção mais fácil e rápida” e sobre a necessidade (prática e emocional) do indivíduo reconhecer e padronizar o ambiente em que vive. Problemas de orientação podem ser extremamente estressantes dependendo da circunstância na qual o usuário se encontra. Segundo Passini (1998) a desorientação pode trazer sentimentos de ansiedade, insegurança e frustração. Ela é conseqüência da falta de um mapa cognitivo ou da incapacidade de se desenvolver um plano de ação para chegar em algum lugar. O autor afirma ainda que, quando as pessoas não conseguem navegar satisfatoriamente, este descontentamento é revertido à qualidade dos serviços oferecidos naquele ambiente. Uso da Cor Segundo Guimarães (2000) a aplicação intencional da cor, ou do objeto, possibilitará ao objeto que contém a informação cromática receber a denominação de signo. O autor sugere que ao considerarmos uma aplicação intencional da cor, estaremos trabalhando com a informação “latente”, que será percebida e decifrada pelo sentido da visão, interpretada pela nossa cognição e transformada numa informação atualizada. O recurso cor, pode contribuir consideravelmente para facilitar o aprendizado do modelo de


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usabilidade pelo usuário, de maneira que o mesmo, intuitivamente, possa acessar as informações que deseja. Para Amantini et al. (2002) a cor não é somente uma propriedade estética em sua aplicabilidade em sites, como também uma ferramenta de poder cognitivo para identificar os elementos que devem atrair atenção, interagindo com o usuário. Então, podemos observar algumas vantagens do uso adequado da cor em interfaces, no momento em que este recurso auxilia a visualização, melhorando a legibilidade da informação; torna os terminais de vídeo mais bonitos e agradáveis, possibilita gerar imagens realistas e indicar mecanismos de segurança, bem como permite associações entre cores e momentos, lugares e sentimentos em observações da natureza. Outro aspecto importante é o uso padronizado das cores em uma interface, como forma de garantir uma melhor performance e conforto do usuário perante o sistema, e aumentar a eficiência da transmissão de informação — na medida em que este recurso tem a capacidade de chamar e direcionar a atenção do usuário — enfatizar alguns aspectos, diminuir a ocorrência de erros, bem como hierarquizar e transmitir informação. É preciso, no entanto, algumas ressalvas quando se trata da utilização da cor. Um grande número de autores advertem contra o uso excessivo desse elemento em interfaces gráficas, em termos dos efeitos psicológicos que podem ser causados. Por outro lado, como enfatiza Ling, o uso escasso da cor pode levar à diminuição da performance.

3. Metodologia da Pesquisa Design Experimental Esta pesquisa utilizou uma abordagem experimental em que foi manipulado um único aspecto: a diferenciação cromática (variável independente), com três níveis de variação: mapa original (codificação cromática inicial), mapa com diferenciação cromática (versão gerada com base em pesquisa inicial) e mapa em escala de cinza. As variáveis dependentes consistiram na performance de percepção e compreensão do mapa, eficiência na realização de tarefas (processos de identificação e localização) e análise qualitativa do mapa. Cada variável dependente é composta medidas abaixo descritas (tab.1). Tabela 1: Variáveis dependentes e medidas correspondentes Variável dependente Percepção e compreensão do mapa

Eficácia na realização da tarefa

Análise qualitativa do mapa

Medidas Áreas em destaque no mapa

Forma de medição questionário

Visualização das cores

questionário

Compreensão da representação das cores

questionário

Localização de pontos específicos

questionário

Compreensão e representação dos cinzas Se localizar no mapa

questionário registro da navegação

Localizar um ponto de destino

registro da navegação

Traçar a rota para alcançar o destino Legibilidade

registro da navegação questionário comparativo

Estética

questionário comparativo

Usabilidade

questionário comparativo

Preferência geral

questionário comparativo

A variável de controle utilizada foi a estrutura básica do mapa original (conteúdo visual e textual, pictogramas, diagramação, posicionamento e esquemas/representações). O método de pesquisa selecionado foi o design de medidas únicas (between-subject-design), onde cada participante só entrou em contato com uma versão do mapa, para evitar o efeito da aprendizagem do mesmo. Apenas na análise qualitativa do mapa (questionário comparativo), os usuários entraram em contato com as outras versões do mapa.


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Versões geradas O mapa utilizado na pesquisa experimental é um mapa esquemático que representa as áreas internas do Shopping Center Recife, encontrando-se disposto em totens localizados nas entradas do ambiente. O mapa está dividido em áreas, é colorido, possuindo legenda para pictogramas e demais símbolos. No totem está disposto logo acima da relação de lojas, divididas por tipo de serviço, em ordem alfabética dentro dos grupos e seguida do código numérico da localização da mesma no mapa. Figura 1: exemplo de mapa na versão original (piso superior)

Figura 2: exemplo de mapa na versão com diferenciação cromática (piso superior)


Revista Brasileira de Design da Informação | Brazilian Journal of Information Design Figura 3: exemplo de mapa na versão em tons de cinza (piso superior)

Participantes 30 usuários do shopping, de ambos os sexos e faixas etárias, provenientes dos mais diversos locais do Recife, e demais cidades, que participaram voluntariamente da pesquisa. Cada participante respondeu ao questionário e realizou a tarefa proposta individualmente, utilizando apenas uma versão do mapa (10 participantes – versão original, 10 participantes – versão com diferenciação cromática, 10 participantes – versão em escala de cinza).

Procedimento Os participantes foram abordados no ambiente interno do Shopping Center Recife, onde receberam por via oral as propostas do experimento. Após o entrevistador escolher o participante, pediu-se ao mesmo para responder as perguntas do questionário (versão original, com diferenciação cromática e em escala de cinza) e realizar as tarefas descritas na entrevista. As tarefas solicitadas envolviam a localização no mapa do ponto onde o usuário se encontrava no momento em que foi abordado, a localização de pontos específicos (solicitados pelo entrevistado), e o registro físico (em uma fotocópia do mapa em questão) da rota de execução entre os pontos mencionados acima. As tarefas foram escolhidas por representarem as atividades realizadas por usuários de mapas de orientação. Após a realização das tarefas, foi solicitado aos usuários que respondessem a um questionário comparativo das três versões do mapa. Este procedimento visou coletar informações qualitativas a respeito do mapa. Para realizar a pesquisa experimental, foram elaborados questionários a fim de coletar informações a respeito do perfil dos participantes, bem como registrar suas opiniões sobre o mapa. O material para registro será composto de três versões diferentes de questionário, fotocópias do mapa para registro da rota traçada, um questionário comparativo e as versões dos mapas em tamanho A3.

4 Resultados da pesquisa Apresentamos aqui os resultados do questionário, da análise do questionário e do registro de navegação dos usuários pelo mapa de orientação, bem como a verificação dos resultados de questionário comparativo entre as três versões do mapa. A maior parte dos entrevistados freqüentam o shopping duas vezes por mês.


Revista Brasileira de Design da Informação | Brazilian Journal of Information Design Tabela 2: perfil dos usuários que responderam a entrevista e realizaram as tarefas, relativo à consulta de mapas Costuma consultar Respostas: Sim Não

Mapas de Orientação ORIG DIF CROMA 00 03 10 07

Mapa do Shopping Center recife ORIG DIF CROMA ESC CNZ 09 03 05 01 06 05

ESC CNZ 02 08

Apesar de boa parte dos usuários não ter o costume de consultar mapas de orientação, todos os entrevistados (das três versões) sabiam em que piso se encontravam no momento da entrevista (vide tab.2). Percepção e Compreensão do Mapa O resultado da análise das áreas do mapa que o usuário percebia como estando em evidência, demonstra que a versão original enfatizava excessivamente as lojas âncora em detrimento de outros locais, e que a versão em escala de cinza tornou o mapa confuso, sem evidenciar nenhum ponto específico. O mapa com diferenciação cromática apresentou os resultados mais significativos, onde as lojas âncora foram destacadas, bem como outras áreas do mapa (vide tab.3). Tabela 3: variáveis dependentes de percepção de áreas do mapa em evidência

Respostas: As Lojas âncoras As 4 cores (igualmente/mapa como um todo) Área Verde Área Laranja Hiper Bompreço Cinemas Game Station Praça de Alimentação

Áreas que chamam a atenção ORIG DIF CROMA ESC CNZ 04 03 03 --02 02

Áreas de destaque ORIG DIF CROMA 09 02 -----

ESC CNZ 01 02

------04 01 ---

----01 ----01

----03 -------

----02 -------

----02 -------

02 02 01 -------

Entre as cores utilizadas no mapa, o laranja foi a cor que mais chamou a atenção dos usuários na versão original. Tabela 4: variáveis dependentes de percepção e compreensão das cores no mapa Versão Original (ORIG) Respostas: Vermelho Praça de 04 Alimentação Lojas âncora --Alameda de --Serviços Lojas --Não sei 03

Laranja 01

Amarelo 01

Versão com diferenciação cromática (DIF CROMA) Respostas: Azul Laranja Amarelo Verde Lojas 07 06 08 09

08 ---

--07

Elevadores Corredores

01 ---

-----

--01

-----

01 ---

--02

Cobertura Não sei

--01

01 01

--01

--01

Os resultados demonstraram, no mapa original, que a relação da cor com a área representada foi bem entendida pelos usuários. Já na versão com diferenciação cromática, os resultados foram mais significativos, tendo os usuários compreendido que as cores representavam áreas de lojas (vide tab.4). O verde foi a cor que mais chamou a atenção. Todos os entrevistados, quando perguntados sobre a representação da área branca no mapa, responderam que eram os corredores (100% de acerto). Tabela 5: variáveis dependentes de percepção e compreensão das tonalidades de cinza no mapa Versão em escala de cinza (ESC CNZ) Respostas: Cinza Muito Escuro Lojas 04 Lojas âncora 02 Setor (grupo de lojas) 01 Não sei 02

Cinza Escuro

Cinza Médio

Cinza Claro

03 02 01 02

03 --01 02

04 --01 02


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O mapa em escala de cinza não teve resultados positivos quanto á representação de suas diferentes tonalidades de cinza, apresentando inúmeros problemas de percepção e compreensão (vide tab.5).No entanto, todos os entrevistados, quando perguntados sobre a representação da área mais branda no mapa, responderam que eram os corredores (100% de acerto). Tabela 6: variáveis dependentes de percepção e compreensão, referentes a pontos específicos no mapa

Respostas: Localizou c/precisão Localizou algumas Não localizou

Entradas e Saídas DIF CROMA ESC CNZ 07 01 01 08 02 01

Lojas Âncora DIF CROMA 09 01 00

ESC CNZ 08 01 01

Na localização de pontos específicos, como entradas, saídas e lojas âncora, os usuários tiveram uma maior porcentagem de acerto ao utilizar o mapa com diferenciação cromática (vide tab.6). Eficácia na Realização de Tarefas A maior parte dos entrevistados da versão original não solicitou ajuda externa durante a realização das tarefas, recorrendo a referências no próprio mapa. Já os usuários dos mapas em escala de cinza e com diferenciação cromática não solicitaram ajuda externa durante a realização das tarefas, procurando a loja âncora mais próxima para auxiliar na localização, como também procurando o nome da loja na lista e relacionando os números, para depois localizar o destino solicitado pelo entrevistador. Tabela 7: variáveis dependentes de eficácia na realização das tarefas, relativo a localização de pontos específicos no mapa Nível de dificuldade Respostas: Extrema (não localizou) Muita Razoável Pouca Nenhuma

Localizar onde se está ORIG DIF CROMA 01 02 02 00 00 02 03 02 04 04

ESC CNZ 03 00 04 02 01

Localizar destino ORIG DIF CROMA 03 03 00 00 03 00 03 03 01 04

ESC CNZ 02 03 03 01 01

Como se pode observar na tabela abaixo, os usuários do mapa com diferenciação cromática apresentaram um nível menor de dificuldade nas tarefas de localização do ponto onde se está (no momento da abordagem), bem como de pontos específicos no mapa (vide tab.7). O que se confirmou também na tarefa de traçar a rota até o destino (sugerido pelo entrevistador), onde a versão cromática apresentou níveis extremamente menores de dificuldade (vide tab.8). Tabela 8: variáveis dependentes de eficácia na realização das tarefas, relativo à elaboração de um plano de ação Nível de dificuldade Respostas: Extrema (não localizou) Muita Razoável Pouca Nenhuma

Traçar um Plano de Ação (rota) ORIG DIF CROMA 01 00 --00 --00 09 04 00 06

ESC CNZ 02 01 02 03 02

Análise Qualitativa e Comparativa Os resultados abaixo demonstram que o mapa com diferenciação cromática apresentou melhoras extremamente significativas nos aspectos de legibilidade, estética e usabilidade, obtendo também a preferência da maior parte dos usuários (vide tab.9 e 10). Tabela 9: análise comparativa dos mapas, levando em conta legibilidade, estética e usabilidade Respostas: Legibilidade Estética Usabilidade

CNTRL 04 06 04

DIF CROMA 14 15 15

ESC CNZ 02 00 01


Revista Brasileira de Design da Informação | Brazilian Journal of Information Design Tabela 10: nível de preferência dos usuários em relação aos mapas Respostas: Excelente Bom Médio Ruim Péssimo

CNTRL 01 04 03 01 00

DIF CROMA 05 02 02 00 00

ESC CNZ 00 01 03 03 02

5 Conclusão Esta pesquisa teve como objetivo verificar a influência da utilização da cor na organização do mapa e destaque de determinadas regiões, na hierarquização das informações e na busca de informações específicas, como também sua atuação, como elemento informacional, na realização de tarefas de identificação, orientação, navegação e localização dos usuários de mapas esquemáticos de orientação. Os resultados deste estudo comprovaram que a utilização de diferenciação cromática no mapa melhorou consideravelmente a eficácia na realização de tarefas, a percepção e compreensão do mapa, sendo também o mais preferido pelos usuários. A versão cromática apresentou os melhores resultados nos aspectos de usabilidade, legibilidade e estética. Portanto a hipótese inicial de que a cor influencia diretamente a compreensão do mapa foi confirmada. Os desdobramentos desta pesquisa experimental envolvem a verificação da eficácia do mapa sem diferenciação, bem como com a utilização de outras versões cromáticas, para se verificar a influência desses elementos nos aspectos visuais e informacionais, bem como na usabilidade de mapas esquemáticos de navegação e orientação.

6 Referências Bibliográficas AMANTINI, S.N.S.R.; UENO, T.R.T.R; CARVALHO, R. F. de & SILVA, J.C. da. Ergonomia, Cores e Web-Sites. In: Anais do VII Congresso Latino Americano de Ergonomia, I Seminário Brasileiro de Acessibilidade Integral, VII Congresso Brasileiro de Ergonomia. Recife, 2002. GUIMARÃES, L. A Cor como informação: a construção biofísica, lingüística e cultural da simbologia das cores. 2ªed. São Paulo: Anna Blume, 143p, 2000. LAAR, Darren Van & DESHE, Ofer. Evaluation of a Visual Layering Methodology for Colour Coding Control Room Displays. Applied Ergonomics, 33, págs. 371-377, 2002. LING, Jonathan & SCHAIK, Paul Van. The Effect os Text and Background Colour on Visual Search of Web Pages. Displays 23, págs. 223-230, 2002. KLIPPEL, Alexander; RICHTER, Kai-Florian; BARKOWSKY, Thomas & FREKSA, Cristian. The Cognitive Reality of Schematic Maps, 1999. MC.DERMOTT, D. & DAVIS, E. Planning Routes Through Uncertain Territory, Artificial Intelligence, 22: 107-156, 1984 PASSINI, Romedi. Graphics and Architecture for Wayfinding. In Proceedings of Public Graphics, Lunteren, The Netherlands, págs.26-30, 1994. Passini, Romedi. Wayfinding in Architecture, Van Nostrand Reinhold, New York. 1984 SMITH, Walter; DUNN, John; KIRSNER, Kim & RANDELL, Mark. Colour in Map Displays: issues for task-specific display design. In Interacting with Computers, vol7, nº2, págs. 151-165, 1995.


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