CAPÍTULO 17 ANÁLISE DO NÍVEL DE DEPRESSÃO EM DOCENTES PERTENCENTES A ESCOLAS PÚBLICAS E PRIVADAS DO ESTADO DE SÃO PAULO DURANTE O ENSINO REMOTO Pedro Henrique Magalhães do Nascimento, Esp. em Ciências, UFABC Jefferson Campos Lopes, Dr. em Ciências do desporto, UTAD João Vitor Magalhães do Nascimento, Graduando em Matemática, UNIVESP Rafael de Souza Correia, Graduado em Educação Física, UNIBR
RESUMO Este estudo avaliou pressuposto que podem identificar a depressão em 58 docentes de escolas públicas e privadas do estado de São Paulo. O estudo é de caráter quantitativo com delineamento descritivo-exploratório, sendo que, para a coleta de dados foi utilizado a escala de depressão de Hamilton (HAM-D 21 itens). PALAVRAS-CHAVE: Depressão; docentes; escolas. ABSTRACT This study evaluated assumptions that can identify depression in 58 teachers from public and private schools in the state of São Paulo. The study is of a quantitative character with a descriptive-exploratory design, and the Hamilton depression scale (HAM-D 21 items) was used for data collection. KEYWORDS: Depression; teachers; schools. INTRODUÇÃO De acordo com a World Health Organization (2017) em número aproximado, 450 milhões de pessoas sofrem com transtornos mentais ou neurobiológicos. A depressão é visto como probabilidade de se tornar a segunda maior carga de doença até 2030, sendo algo causador de incapacidade no território mundial (OMS, 2002). Depressão significa “aluimento, abaixamento de nível, causado por peso ou pressão; enfraquecimento físico ou moral; desânimo, abatimento; aumento de intensidade ou duração de tristeza” (LAROUSSE CULTURAL, 1992, p. 319). É considerada um transtorno onde envolvem diversos fatores como falta de afetividade, experiências adversas na infância, fatores estressores, diagnósticos em familiares de primeiro grau, transtornos ocultos, condições Editora e-Publicar – Psicologia em foco: Fundamentos, práxis e transformações, volume 1
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enfermas ou de incapacidade, acometendo cerca de 5,8% da população brasileira (FERRARI et.al, 2010; AAP, 2014; ALVES, 2014). Sua caracterização se forma por alta irritação e tristeza, falta de interesse e prazer, culpabilidade, autoestima regressiva, insônia, baixa apetite, cansaço, baixo aporte cognitivo e pensamento de morte (OMS, 2003; SADOCK B.J e SADOCK V.A, 2011).
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA No século V a. C, Hipócrates citava a tristeza como algo infeliz, baixo- astral, diminuição da participação nas atividades diárias e diminuição das atividades físicas e sociais (CORDÁS, 2002). Freud (1976) cita que as características psicológicas únicas da depressão são a dissuasão extremamente dolorosa, a cessação do interesse pelo mundo exterior, a perda da capacidade de amar, a inibição de toda e qualquer atividade e a redução da autoestima, de modo que pode encontrar expressão na auto discriminação e no envelhecimento. Em última análise, conduzirá à punição da ilusão. A essência da depressão é a sensação de impotência e desespero diante da satisfação, na qual a pessoa está firmemente fixada. Para uma pessoa que deseja carinho e amor profundos, a separação ou perda de objetos traz medo, ansiedade e permite a ativação de mecanismos de defesa primitivos. A depressão introvertida ou autocrítica pode exibir uma sensação de inutilidade, baixa autoestima, fracasso e fracasso interno. Essa pessoa passou por um processo cruel de auto avaliação constante e começou a temer a crítica ou desaprovação dos outros por muito tempo. Por outro lado, tem se tornado exigente, competitivo, buscando reconhecimento e reconhecimento, e tem alcançado bons resultados em geral, mas não satisfazendo (BLEICHMAR apud TREVISAN, 2004). De acordo com Souza, Fontana e Pinto (2005), a depressão é uma das patologias psiquiátricas mais comuns, vista em todas as culturas; atinge uma fração considerável da população, não depende de sexo, idade ou etnia, e tem afetado diretamente um prejuízo pessoal, funcional e social da atualidade. Com isso, vem sido colocada como um dos transtornos mais sofridos nas populações (QUINTERO et. al., 2004). Ainda, Segundo Matheney e Topalis (1971), depressão é um estado de humor caracterizado por um fator lento e de retardo do processamento de ideias e atividade motora. Editora e-Publicar – Psicologia em foco: Fundamentos, práxis e transformações, volume 1
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Iniciado com um cenário de lentidão geral associado à sensação de tristeza, melancolia, abatimento e perda da iniciativa. A pessoa abatida sofre no sentido de se culpar, se desvaloriza, e se acusar de falsos delitos, levando isso como concepção própria (MERENNES, 1973). De acordo com Guariente (2002), situa a depressão como um distúrbio mental proveniente da falta de equilíbrio psíquico, sendo considerado como um conflito interno ocasionado por diversos fatores: orgânicos, sociais, psicológicos, bem como mudanças bioquímicas. De acordo com o DSM-V, os critérios para o diagnóstico de depressão são baseados na observação clínica dos sintomas, que incluem alterações físicas e cognitivas, tais como: 1. Baixo humor; 2. Anedonia (quase todas as atividades perdem o interesse ou satisfação); 3. Diminuição ou aumento do peso ou apetite; 4. Insônia ou insônia; 5. Atraso ou agitação psicomotora; 6. Fadiga ou perda de energia; 7. Sentir-se inútil ou culpa; 8. Diminuição da concentração, 9. Pensamentos repetidos de morte ou suicídio. Para diagnosticar um episódio depressivo, é necessário encontrar pelo menos cinco desses nove sintomas. Um dos sintomas deve ser baixo humor ou falta de prazer. Está presente na maioria dos casos e dura pelo menos duas semanas (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2014). Como todos sabemos, a depressão está relacionada ao declínio da eficiência e da capacidade para o trabalho, o que limita a contribuição das pessoas sintomáticas para a sociedade, afetando a vida pessoal. Além disso, outros estudos confirmaram que a depressão é um dos principais fatores que afetam a saúde dos trabalhadores e os afastam das atividades (BATISTA, CARLOTO e MOREIRA, 2013). A carga de trabalho e o ambiente psicológico desfavorável indicam depressão. Da mesma forma, os sistemas operacionais também são considerados fatores de risco para depressão e ansiedade do professor (DESOUKY e ALLAM, 2017) Sabendo disso, os professores estão pressionados no seu dia a dia profissional, por isso estão sob pressão porque se sentem desiludidos, desmotivados e têm dificuldade em lidar com as atividades de ensino, onde novas situações são necessárias no ambiente educacional. Devido à falta de segurança nas escolas, muitas vezes enfrentam desrespeito, falta de reconhecimento, prédios mal conservados, falta de material educativo e violência (MARTINS, 2007). Com isso, pode-se sentir que a classe trabalhadora é um alvo fácil para essas doenças, Editora e-Publicar – Psicologia em foco: Fundamentos, práxis e transformações, volume 1
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sendo imprescindível lembrá-los e mantê-los atualizados, orientando a buscar ajuda profissional quando necessário (GASPARINI, BARRETO e ASSUNÇÃO, 2005).
METODOLOGIA Esta pesquisa é de natureza quantitativa, pois utiliza a linguagem matemática para descrever as causas dos fenômenos e as relações entre as variáveis (FONSECA, 2002), sendo assim sua análise expõe dados quantificados (MINAYO, 2001), com isso, foi utilizado a frequência relativa e frequência absoluta organizando de forma clara e objetiva. Participaram do estudo 58 docentes, sendo 46 do sexo feminino e 12 do sexo masculino, de escolas públicas e privadas do estado de São Paulo. Foram excluídos aqueles com afastamento para cursos de mestrado e doutorado, estagiários e professores substitutos. Para a análise dos dados foi utilizado a escala de depressão de Hamilton (HAM-D 21 itens), sendo sua versão contendo 21 itens com escores entre 0 e 63. Cada item pode variar de 0 a 2 ou 0 a 4 pontos, exceto o item 20 (sintomas paranóicos) que varia de 0 a 3 pontos. O intervalo de tempo a ser avaliado corresponde aos últimos 7 dias. O HAM-D exibe sintomas definidos por descrições de ancoragem e é consistente com diferentes manifestações de depressão clínica (CARROLL, 2005).
RESULTADOS Tabela 1: distribuição da carga horária dos docentes. 4 a 6 horas Acima de 10 horas
16%
4 a 6 horas: N= 9
22% 6 a 8 horas 8 a 10 horas
28%
6 a 8 horas: N= 16 8 a 10 horas= 20
34%
Fonte: Autores
Após obtenção das respostas, foi possível verificar que, dos 58 docentes participantes deste estudo 16% (N= 9) tem carga horária de 4 a 6 horas; 28% (N= 16) tem carga horária de
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6 a 8 horas; 34% (N= 20) tem carga horária de 8 a 10 horas e 22% (N= 13) tem carga horária acima de 10 horas. Tabela 2: Distribuição da frequência de depressão. Grave
Normal
9%
15%
Moderado
Normal: N= 9 Leve: N= 28
28% Leve 48%
Moderado= 16 Grave= N= 5
Fonte: Autores
De acordo com os dados obtidos é possível verificar que, dos 58 docentes participantes deste estudo 15% (N= 9) encontram-se em estado normal; 48% (N= 28) encontram-se em estado leve; 28% (N= 16) encontram-se em fase moderada e 9% (N= 5) em estado grave. DISCUSSÃO DE DADOS A prática profissional da docência representa uma ocupação de alto estresse. As exigências para esse profissional vai além da carga horária da instituição escolar, que é o principal causador de depressão e cansaço mental, pois além da elevada carga horária semanal de muitos professores, por volta de quarenta horas semanais, também é necessário a preparação de cursos, trabalhos corretivos, reuniões, conversa com os responsáveis de alunos, trabalhos fora da escola e planejamento (ZORKOT, 2011; FIORIN; MESSIAS; BILBAO, 2013; BRAUN; CARLOTTO, 2014). O gráfico da tabela 1 resultou que 56% dos docentes trabalham com carga horária acima de 8 horas, isso faz aumentar a demanda de trabalho, causando possíveis complicações na saúde do docente, embora haja a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394 / 96) para garantir a carga horária dedicada a essas atividades, o que na verdade não é suficiente (SANTOS; MARQUES, 2013). A necessidade em trabalhar em vários lugares, demanda de alunos e salas, jornada alta, salário não compatível e desvalorização são pressupostos para o aumento de trabalho (LEITE; SOUZA, 2007). Analisando a alta jornada de trabalho, em estudo realizado por Valle (2011) em 165 professores Editora e-Publicar – Psicologia em foco: Fundamentos, práxis e transformações, volume 1
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foi visto que, situações adversas na saúde mental ocorrem devido à falta de qualidade no sono, que ainda une-se a falta de tempo, o excesso e a multiplicidade de tarefas. Ainda, em estudo realizado por Pereira et. al., (2014) com 349 docentes constatou que a carga horária foi fator principal para adversidade da saúde mental, recomendando sua diminuição. O gráfico da tabela 2 mostraram resultados onde apontam que 37% dos docentes encontram-se acima do estágio leve, sendo eles moderado e grave, com projeções de avanços em itens específicos das análises, apesar de mostrar situações ocorridos nos últimos sete dias, os possíveis avanços podem se discorrer, assim como no estágio onde os 48% dos docentes apresentaram ações leves, todavia, também podem ser tendenciosos os avanços caso não haja algum tipo de intervenção. Como indicativo de possíveis avanços que geram em torno dos docentes, em 2010 um estudo realizado pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) mostrou que dos 40% dos docentes, 29% apresentaram casos de depressão, ou seja, um número além do considerável, corroborando, Oliveira e Leite (2012) citam que casos clínicos que envolve a saúde mental são as causas que mais são vistas em questão a afastamentos de docente. Ainda, em estudo realizado por Batista, Carlotto e Moreira (2013) concluiu que 51% dos docentes tiveram licenças médicas devido a episódios e/ou transtornos depressivos recorrentes, com base nisso, entende-se que, para que provavelmente haja o afastamento, o docente analisado clinicamente deve estar em estágio acima da normalidade para exercer a função. Corroborando, em estudo realizado com 105 docentes de uma escola do vale do paraíba concluiu que 30,5% apresenta quadros de depressão leve e moderado com projeção para o adoecimento mental. Com isso, muitos estudos apontam o sofrimento psíquico e não uma psicopatologia específica, não tornando ações conclusivas. CONCLUSÃO Os resultados deste estudo mostram que, na maioria dos professores, a proporção de depressão é baixa. No entanto, os resultados da pesquisa onde os estágios estavam em leve, moderado e grave, podem incidir em avanços caso não hajam intervenções. Com isso, a Expansão dos procedimentos clínicos são ampliados em indicações que houveram mais ênfase (ou seja, áreas com maior probabilidade de prejudicar os pacientes), entretanto, não é possível adotar ações conclusivas, pois, não tem valor diagnóstico independente, porém a avaliação pode ser usada para rastrear a condição, estabelecer a gravidade e monitorar a resposta ao tratamento.
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