Trilha Interpretativa de Tucuns - Guia Rápido de Espécies Nativas

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Trilha Interpretativa de Tucuns

GUIA PRÁTICO ESPÉCIES NATIVAS Francisco Carlos Barboza Nogueira Jerônimo Barroso Silva Filho

2022



Trilha Interpretativa de Tucuns

GUIA PRÁTICO DE ESPÉCIES NATIVAS

Amontada - CE 1ª Edição

GOVERNO MUNICIPAL


Cajueiro - Anacardium occidentale L.


Um bom programa de interpretação não procura somente afetar comportamentos imediatos, mas principalmente, as crenças e atitudes dos visitantes. (Kinner S.).


Mandacaru - Cereus jamacaru DC.


Sumário Sumário Apresentação.............................................................................. 8 Introdução................................................................................... 11 Localização e acesso................................................................... 13 Ficha técnica das espécies vegetais.............................................14 Aroeira......................................................................................... 15 Catanduva................................................................................... 17 Catingueira.................................................................................. 19 Cajueiro.......................................................................................22 Guabiraba....................................................................................24 Imburana-de-espinho.................................................................. 26 Jatobá..........................................................................................28 João-mole....................................................................................30 Limão-do-mato............................................................................ 32 Mandacaru...................................................................................34 Marmeleiro-branco...................................................................... 36 Pau-d'árco-amarelo..................................................................... 38 Pau-marfim..................................................................................40 Sipaúba.......................................................................................42 Violeta..........................................................................................44 Xique-xique..................................................................................46 Placa temática de Tucuns, Amontada, CE....................................47


Apresentação Apresentação Este guia tem a finalidade de apresentar a identificação, descrever as características botânicas e utilidades das espécies vegetais presentes na localidade de Tucuns, Amontada, Ceará. As informações aqui reunidas são fruto de um levantamento in loco e de um extenso trabalho de pesquisa bibliográfica sobre as plantas da Caatinga, especialmente do Ceará. Nesse levantamento, não foi possível incluir todas as árvores, arbustos, palmeiras, cactáceas e bromeliáceas da localidade de Tucuns, pois demandaria muito mais tempo que o dedicado para esta primeira abordagem. No entanto, temos consciência que a escolha das espécies aqui descritas representa parte da diversidade da flora local que se destaca pelo porte, beleza, raridade, abundância, valor econômico, ambiental e medicinal. A escolha para a coleta das informações botânicas não foi aleatória, pois traçamos um percurso previamente estabelecido para ser objeto de uma trilha ecológica para turistas em busca de maior convivência com a Caatinga. A localidade de Tucuns se encontra assentada em zona de transição entre o tabuleiro costeiro e o sertão, ora apresenta solos arenosos com espécies vegetais mais representativas do litoral, ora apresenta solos mais rasos e cristalinos característicos do sertão cobertos por espécies próprias da Caatinga. Nessa mistura aparentemente confusa de árvores e solos, definimos a trilha sobre um morrote de modesta elevação que se destaca do restante da área mais rebaixada do lugar. Essas formas de relevo mais elevadas são típicas do sertão de clima semi8


árido. Nesse particular, as árvores apresentam raízes profundas, tuberosas e intumescidas, folhas caducas, floração e frutificação abundantes, espinhos, cactáceas suculentas que são algumas das estratégias utilizadas para a sobrevivência nos períodos de maior carência de umidade. Nesse cenário, o visitante menos avisado irá se deparar com uma paisagem cinza da Caatinga, de uma letargia e dormência de mudas. Tão logo caem as primeiras chuvas, a natureza ressurge para a vida. O cinza dá lugar ao verde da brotação geral e rápida das folhas e flores. O solo, antes descoberto, estará coberto com um manto verde de beleza única. De tal sorte que, em pouco tempo, o visitante que por ventura retorne ao mesmo lugar não o reconhecerá, dada a exuberante transformação do ambiente. As informações presentes neste guia são de linhagem simples e acessível ao público em geral, mas sem perder o rigor científico das espécies, de tal forma que possa ser útil aos leigos, professores, alunos, técnicos e cientistas que visitem o lugar. Todo o conjunto de informações sobre as espécies e o lugar, estão sintetizados em placas temáticas indicando o nome científico e comum das espécies. Estas placas estão presentes na trilha ecológica fornecendo ao visitante, por todo o percurso, informações básicas das espécies da Caatinga. Desta forma, aqueles que se interessam pelas paisagens da Caatinga terão oportunidade de compreender esse bioma tão importante. A rota da caatinga convida você visitante a fazer uma caminhada ecológica oferecendo um lugar simples e acolhedor, com informações em uma linguagem acessível sobre o lugar e as espécies nativas do sertão.

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Orquídea Dama Dançante - Oncidium Cebolleta


In odução In odução A ideia de criar uma rota da Caatinga nasceu do espírito dinâmico, empreendedor e visionário de uma jovem do sertão do município de Amontada, no estado do Ceará. Essa jovem, que se chama Maria Daurisneide Alves percebeu que no ambiente onde nasceu, a agricultura de subsistência praticada por seus familiares é bastante prejudicada durante os longos períodos de seca. Por outro lado, ela descobriu que a Caatinga conservada pode oferecer outras formas de renda para o agricultor nordestino. A economia de Amontada é baseada na agricultura, criação de aves, bovinos, caprinos e ovinos. Porém, o turismo se destaca como uma das mais promissoras fontes de renda deste município que possui belíssimas praias como as de Icaraí de Amontada, Moitas e Caetanos. Essas praias, atualmente, contam com o apoio de boas pousadas e hotéis que ficam repletos de turistas que chegam em busca de descanso, contemplação, divertimento e lazer. Maria Daurisneide viu a possibilidade de ampliar a oferta de opções turísticas para o visitante que chega em Amontada, ao mesmo tempo, possibilitar uma fonte alternativa de renda para sua comunidade. Assim surgiu a rota da Caatinga. Ela conquistou o apoio dos moradores da comunidade de Tucuns para receberem os turistas e vivenciarem o modo de vida dos moradores do sertão, conhecerem seus costumes, crenças e saborearem a original comida do sertão. Além de tudo isso, o visitante é convidado a conhecer as plantas da Caatinga através do caminhamento por uma trilha dentro de uma reserva florestal bem conservada. 11


Essa trilha ecológica estimula o visitante a refletir sobre a importância de sua interação com a natureza e sobre a conscientização da conservação ambiental. Nesse caminhamento, o visitante tem a oportunidade de desfrutar da beleza do lugar, contemplar as espécies nativas que compõem a paisagem e compreender a função e a interação que cada espécie exerce no ambiente. A trilha ecológica da rota da Caatinga é uma genuína aula de educação ambiental a céu aberto que enseja um processo crítico de aprendizagem, sensibilização e mudança de atitudes perante a natureza. Seguindo os ensinamentos do fundador da interpretação de trilhas Freeman Tilden: “a interpretação é uma atividade educativa que aspira revelar os significados e as relações existentes no meio ambiente, por meios de objetos originais, através de experimentos de primeira mão e instrumentos ilustrativos, em vez de, simplesmente, comunicar informação literal”. Assim, descrever a biodiversidade da caatinga – a maior entre Florestas Tropicais Sazonalmente Secas – FTSS, por meio de uma trilha interpretativa é um convite à comunhão com a natureza. É criar a consciência da preservação e manutenção das funções ecológicas, dos recursos e serviços ecossistêmicos que suportam todas as formas de vida, promovendo sustentabilidade ecológica, econômica e sociocultural ao homem de hoje e para as futuras gerações.

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Localização Localização e Acesso Amontada é um município localizado na Micro Região de Itapipoca, meso região norte. A cidade de Amontada está a 159 km da capital, Fortaleza, com um tempo estimado de viagem de 2 horas e 50 minutos. As principais vias de acesso são a rodovias federais BR 222 e BR 402, e a rodovia estadual CE 085.

Para se chegar na localidade de Tucuns, município de Amontada, onde se encontra a rota da Caatinga, pega-se as rodovias federais BR 222 e BR 402, em direção a este município. Em amontada, siga na estrada estadual CE 176 em direção às praias. A distância entre Fortaleza e a localidade de Tucuns é de 183 km.


Ficha Técnica das Espécies


Aroeira Aroeira Nome científico: Myracrodruon urundeuva Allemão. Família: Anacardiaceae. Sinônimos populares: Aroeira-preta, Aroeira-do-sertão, Aroeira-verdadeira.

Árvore de até 15 metros de altura, de fuste reto, com larga copa, tronco de até 35 cm de diâmetro, casca lisa, cinza, lenticiolada nas plantas jovens e sulcada nos adultos. Tronco avermelhado na parte interna. Folhas alternas, imparipinadas, com 5-7 pares de folíolos, ovadoobtusos, pubescentes em ambas as faces. Flores em panículas, purpúreas com pelos brancacentos. Frutos drupáceos, pequeninos, globoso-ovais, curtamente apiculados (Braga, 1960; Maia, 2004; Lima, 2011). 15


O fruto é uma drupa redonda, de 3 a 4 mm de diâmetro, inicialmente verde-claro, passando a vinho ao amadurecer. As sépalas secas da flor continuam fixas no fruto e servem como alas. Separar a semente do fruto é uma operação muito difícil. Informações ecológicas e agronômicas: A Aroeira, no estado do Ceará, floresce a partir de junho até o final de agosto. A frutificação ocorre em agosto e se estende até outubro. Os diásporos alados são dispersos pelo vento. As sementes devem ser semeadas logo após serem colhidas e não há necessidade de tratamento das sementes para garantir a germinação. A emergência das plântulas ocorre até 40 dias após a semeadura (Nogueira et al., 2013). Informações de uso: sua madeira possui diversas aplicações na marcenaria. As cascas da aroeira são empregadas contra bronquite, tuberculose, doenças do aparelho urinário, inflamações, ferimentos, cicatrizes pós-parto, diabetes e gastrite. Casca, folha e raiz são usados como balsâmicas e hemostáticas. Por ser rica em tanino (cerca de 15%), a aroeira possui propriedades adstringente tendo seu efeito de contrair, fechar e cicatrizar. O mel de abelha da florada da aroeira tem valor medicinal sendo bastante utilizado na dieta humana. Pesquisadores cearenses estudam o uso do extrato das folhas na indústria alimentícia dado o efeito antibacteriano substituindo o uso de conservantes e colaborando com a saúde gastrointestinal. Observação: O material botânico dos indivíduos coletados no levantamento de campo foi comparado com a exsicata HUEFS 46897.(Herbário da Universidade Estadual de Feira de Santana. speciesLink network, 20-Mai-2022 16:53, specieslink.net/Search). 16


Catanduva Catanduva Nome científico: Pityrocarpa moniliformis (Benth.) Luckow & R.W. Jobson. Família: Fabaceae. Sinônimos populares: Cantanduba, Angico-de-bezerro, Carrasco.

Árvore sem espinhos de 4 a 8 metros de altura. O seu tronco é, em geral, tortuoso, com casca esbranquiçada, fina e ligeiramente rugosa. As folhas são compostas bipinadas, pinas em número de 1 a 4 pares, cada pina com 6 a 12 pares de folíolos ovados, com comprimento entre 0,5 a 2 cm. As inflorescências são do tipo espigas cilíndricas, solitárias ou geminadas, terminais ou geminadas, com 5 a 8 cm de comprimento. As flores são brancoesverdeadas quando novas e posteriormente amarelas a amarronzadas. 17


O fruto é um legume plano, coriáceo, moniliforme, regularmente constrito na porção entre as sementes, reto a ligeiramente arqueado, às vezes espiralado longitudinalmente, com até 13 cm de comprimento. O fruto seco deiscente abre em apenas um dos lados. As sementes são em número de 5 a 12 por furto, ovoides de cores bruno a esbranquiçada. Sua madeira é pesada (densidade 0,84 g/cm3), de média resistência mecânica e boa durabilidade natural (Braga, 1960; Maia, 2004; Lima, 2011) Informações ecológicas e agronômicas: A Catanduva, no estado do Ceará, floresce a partir de fevereiro até o final de junho. A frutificação ocorre em abril e se estende até setembro. Os frutos amadurecem entre julho e setembro. Perde as folhas na estação seca. As sementes apresentam dormência. O início da germinação das sementes ocorre após o quinto dia de semeadas e se prolonga até o décimo sexto dia (Nogueira et al., 2013). Informações de uso: A madeira é utilizada em marcenaria, cabos de ferramentas e para lenha e carvão. Sua casca é utilizada para obtenção de tanino. Os ramos finos e folhas são palatáveis para bovinos, caprinos e ovinos. As flores são importantes fontes de alimento (néctar e pólen) para abelhas com ferrão, abelhas sem ferrão e vespas. Observação: O material botânico dos indivíduos coletados no levantamento de campo foi comparado com a exsicata EAC 7185, do Herbário EAC (Prisco Bezerra) da Universidade Federal do Ceará – UFC. (Herbário Prisco Bezerra-EAC. speciesLink network, 20-Mai-2022 09:08, specieslink.net/Search).

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Catingueira Catingueira Nome científico: Poincianella bracteosa (Tull.) L.P. Queiroz. Família: Fabaceae. Sinônimos populares: Catinga-de-porco, pau-de-rato, Catinga-de-porco.

Árvore sem espinhos, sua altura pode atingir até 12 m. Tronco de cor cinza-claro a castanho, larga casca superficial em lâminas pouco alongadas na planta adulta, apresenta manchas de cor amarelo e verde. As folhas são bipinadas, com 5-11 folíolos alternos, sésseis, obtusos, oblongos, coriáceos. Flores amarelas, dispostas em racimos curtos.

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O fruto é uma vagem achatada, pontuda, de 8-11 cm de comprimento e com 2 cm de largura, cor castanho claro quando maduro. Contém 5 a 7 sementes. O fruto deiscente quando abre expulsa as sementes a uma distância bem afastada da planta-mãe. As sementes são achatadas, ovuladas, lustrosas de aproximadamente 1 cm de diâmetro. Informações ecológicas e agronômicas: A Catingueira, no estado do Ceará, floresce nos meses de novembro-dezembro e fevereiro-junho. Por ser uma espécie melífera, é uma importante fonte de alimentos (néctar e pólem) para moscas, vespas e abelhas nativas como a Jandaíra (Melipona Subnitida) que utiliza seus pólens para manutenção das colmeias durante o período de carência de recursos florais na Caatinga. A percentagem de germinação é de 89%. O início da germinação das sementes ocorre após o quarto dia de semeadas e se prolonga até o décimo nono dia (Nogueira et al., 2013). Informações de uso: A madeira é utilizada para mourões, estacas, construções rústicas, lenha e carvão. A árvore de grande beleza, pode ser utilizada na arborização urbana de praças e bosques. É uma importante espécie para o ecossistema por ser nectarífera, ou seja, uma rica fonte de néctar para abelhas forrageiras nativas do gênero Xylocopa (Mamangavas) que são essenciais nos campos produtivos do Maracujá. As folhas maduras podem ser utilizadas como forragem e fazem parte da dieta de caprinos, ovinos e bovinos principalmente no período de estiagem pelo seu alto teor de proteína. Possui propriedades medicinais sendo usada no tratamento de diarreias, disenterias e infecções respiratórias. 20


Estudos farmacológicos revelam que os extratos orgânicos desta espécie apresentam atividades antinociceptiva, anti-inflamatória, antibacteriana, antioxidante, moluscicida, antimicrobiana,antihelmíntica, antifúngica, antiulcerogênica e gastroprotetora, citotóxica e antimutagênica. Em alguns estados do Nordeste, sua madeira é utilizada para armazenar e curtir cachaça e quem a bebe fica exalando um forte cheiro na pele. Observação: O material botânico dos indivíduos coletados no levantamento de campo foi comparado com a exsicata EAC 43769, do Herbário EAC (Prisco Bezerra), pertencente ao Departamento de Biologia da Universidade Federal do Ceará – UFC. (Herbário Prisco Bezerra-EAC. speciesLink network, 20-Mai-2022 17:43, specieslink.net/Search).

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Cajueiro Cajueiro Nome científico: Anacardium occidentale L. Família: Anacardiaceae Sinônimos populares: Cajueiro, cajueiro-manso

Originária do Nordeste do Brasil, a árvore pode atingir até 10 m. O tronco é, geralmente, tortuoso, esgalhado a partir da base, de ramos longos, sinuosos, a formar copa ampla e irregular. Folhas alternas, pecioladas, simples, ovadas, obtusas, onduladas, glabas, coriáceas, verde-amarelas e roxo-avermelhadas quando novas. Flores pequenas, avermelhadas ou purpurinas, polígamas, em grandes panículas terminais penduradas, multifloras. Fruto aquênio reniforme, pendente de pedúnculo carnoso e suculento, com a semente presa à parede do pericarpo por um único ponto. 22


O fruto é um legume plano, coriáceo, moniliforme, regularmente constrito na porção entre as sementes, reto a ligeiramente arqueado, às vezes espiralado longitudinalmente, com até 13 cm de comprimento. O fruto seco deiscente abre em apenas um dos lados. As sementes são em número de 5 a 12 por furto, ovoides de cores bruno a esbranquiçada. Sua madeira é pesada (densidade 0,84 g/cm3), de média resistência mecânica e boa durabilidade natural (Braga, 1960; Maia, 2004; Lima, 2011). Informações ecológicas e agronômicas: A Catanduva, no estado do Ceará, floresce a partir de fevereiro até o final de junho. A frutificação ocorre em abril e se estende até setembro. Os frutos amadurecem entre julho e setembro. Perde as folhas na estação seca. As sementes apresentam dormência. O início da germinação das sementes ocorre após o quinto dia de semeadas e se prolonga até o décimo sexto dia (Nogueira et al., 2013). Informações de uso: A madeira é utilizada em marcenaria, cabos de ferramentas e para lenha e carvão. Sua casca é utilizada para obtenção de tanino. Os ramos finos e folhas são palatáveis para bovinos, caprinos e ovinos. As flores são importantes fontes de alimento (néctar e pólen) para abelhas com ferrão, abelhas sem ferrão e vespas. Observação: O material botânico dos indivíduos coletados no levantamento de campo foi comparado com a exsicata EAC 7185, do Herbário EAC (Prisco Bezerra), pertencente ao Departamento de Biologia da Universidade Federal do Ceará – UFC. (Herbário Prisco Bezerra-EAC. speciesLink network, 20-Mai-2022 09:08, specieslink.net/Search). 23


Guabiraba Guabiraba Nome científico: Campomanesia aromatica (Aubl.) Griseb. Família: Myrtaceae Sinônimos populares: Guabiraba, Guabiraba-de-rama, Guabiroba ou Candeia-brava.

Arbusto com até 3 metros de altura, encontrada de preferência em zona litorânea, em terrenos arenosos. Possui folhas inteiras, sem estípulas, flores brancas e seus frutos maduros são arroxeados e comestíveis. Pertence a família da Jabuticabeira e do Camboim. Sua distribuição geográfica vai desde Trinidad e Tobago ao Brasil e também na Bolívia. Em território brasileiro tem registros nos biomas da Caatinga, Mata Atlântica e Amazônia, ocorrendo nos estados do Amapá, Pará, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe e Bahia. 24


A família é reconhecida por apresentar indivíduos arbóreos e arbustivos com flores brancas, raramente ocorrendo na cor vermelha, rosa ou púrpura. o fruto é do tipo drupa, cápsula, baga ou núcula. Destacam-se na fabricação de material ornamental, na produção comercial de frutos e extração de óleos essenciais. Na Restinga cearense, a Guabiraba representam uma parcela das Myrtaceae frutíferas nativas desse ecossistema. Informações ecológicas e agronômicas: A Guabiraba, no estado do Ceará, floresce nos meses de junho, julho e agosto e frutifica nos meses de setembro, outubro e novembro. Muitas Myrtaceae presentes na vegetação natural, dão lugar à monoculturas agrícolas, o que coloca diversas espécies em risco de extinção. Informações de uso: Alguns estudos, envolvendo as propriedades físico-químicas, revelaram altos teores de compostos bioativos e elevada atividade antioxidante nos frutos dessa família. o cultivo das plantas, para a comercialização, já que a ação antioxidante é responsável pela captura de radicais livres do organismo humano e prevenção de inúmeras doenças. Os frutos dessas espécies podem ser processados pela indústria de alimentos ou, ainda, ser consumidos na forma natural. Observação: O material botânico dos indivíduos coletados no levantamento de campo foi comparado com a exsicata EAC 27806, do Herbário EAC (Prisco Bezerra), pertencente ao Departamento de Biologia da Universidade Federal do Ceará – UFC. (Herbário Prisco Bezerra-EAC. speciesLink network, 25-Mai-2022 08:25, specieslink.net/Search).

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Imburana Imburana-de-Espinho Nome científico: Commiphora leptophloeos (Mart.) J.B. Gillett Família: Burseraceae Sinônimos populares: Imburana-de-espinho, imburana, umburana.

Árvore com espinhos, sua altura pode atingir até 9 m. Casca do tronco lisa, lustrosa e que se desprende do tronco em lâminas finas. As folhas alternas, compostas, imparipinadas, de 3-9 folíolos, comumente 7, ovais, com cheiro característico de resina ao serem macerados. Flores pequenas, de 3-4 mm de comprimento, isoladas ou reunidas em pequenos grupos, axilares.

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Os frutos são cápsulas globosas com 1,5 cm de diâmetro, com poupa pode e comestível quando maduro. O fruto contém apenas uma semente rígida, rugosa com diâmetro de 1 cm. Informações ecológicas e agronômicas: A Imburana, no estado do Ceará, floresce nos meses de outubro a dezembro e frutifica nos meses de dezembro a março. Os frutos amadurecem 4 meses após a frutificação. A propagação da espécie ocorre por estacas e sementes. As sementes devem ser semeadas tão logo sejam colhidas para não perderem a viabilidade. Informações de uso: A madeira é utilizada para mourões, estacas, construções rústicas, móveis, caixotaria, lenha e carvão. Seu tronco serve de habitat para abelhas nativas da Caatinga, suas flores são excelentes fontes de néctar e pólen. Tem sido utilizada na medicina popular para o tratamento de doenças gastrointestinais, como diarreia. Observação: O material botânico dos indivíduos coletados no levantamento de campo foi comparado com a exsicata EAC 40806, do Herbário EAC (Prisco Bezerra), pertencente ao Departamento de Biologia da Universidade Federal do Ceará – UFC. (Herbário Prisco Bezerra-EAC. speciesLink network, 25-Mai-2022 15:28, specieslink.net/Search).

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Jatobá Jatobá Nome científico: Hymenaea courbaril L. Família: Fabaceae Sinônimos populares: Jutaí, jutaí-açu, jataiba, jatobá-mirim, quebra-facão e farinheira.

Fonte: Paraíso das Árvores

Fonte: Benedito Aluísio da Silva Pereira

Árvore de porte alto, com mais de 10 metros de altura, muito esgalhada e frondosa. Madeira de cerne avermelhado, dura, pesada, resistente. Folhas compostas de 2 folíolos de tamanho mediano, falciformes, glabros, lustrosos Flores esbranquiçadas ou avermelhadas, grandes, em pequenas panículas terminais. Vagem oblonga, com 19 cm de comprimento, castanho-avermelhada, com 3-6 sementes, cobertas de polpa amarelo-pálida, adocicada.

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Informações ecológicas e agronômicas: O Jatobá, no estado do Ceará, floresce nos meses de março a julho e frutifica nos meses de junho a novembro. O Peso de 1.000 sementes é de 423,50 gramas. O número de sementes por kg é 265 sementes. As sementes apresentam dormência. Os tratamentos recomendados para quebra da dormência são: escarificação mecânica com lixa, imersão em água fria por 12 a 24 horas. A percentagem de germinação é de 100%. O início da germinação das sementes ocorre após o décimo oitavo dia e se prolonga até o vigésimo segundo dia (Nogueira et al., 2013). Informações de uso: A madeira é utilizada para mourões, linhas, portais, rodas de carro de boi. O tronco, galhos e raízes exsudam resina transparente, amarelo-pálida, tida como excelente peitoral, hemostática e útil nas afecções urinárias. Fruto comestível produz uma polpa adocicada. Observação: O material botânico dos indivíduos coletados no levantamento de campo foi comparado com a exsicata SLUI 4720, do Herbário Rosa Mochel, pertencente ao Parque Estadual do Mirador, Mirador, Maranhão, Brasil. speciesLink network, 25-Mai2022 15:40, specieslink.net/Search).

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João-Mole João-Mole Nome científico: Guapira nitida (Mart. ex J.A. Schmidt) Lundell Família: Nyctaginaceae Sinônimos populares: João-mole

Árvore atinge até 10 metros, tronco reto, casca levemente fissurada, e copa alongada com folhagem densa. Folhas simples, opostas, oblongo-elípticas. Flores dispostas em panícula e frutos com as sementes presas à parede do pericarpo por um único ponto.

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Informações ecológicas e agronômicas: sem informações na literatura. Informações de uso: A madeira é utilizada para mourões, estacas, construções rústicas, lenha e carvão. Observação: O material botânico dos indivíduos coletados no levantamento de campo foi comparado com a exsicata EAC 49665, do Herbário EAC (Prisco Bezerra), pertencente ao Departamento de Biologia da Universidade Federal do Ceará – UFC. (Herbário Prisco Bezerra-EAC. speciesLink network, 31-Mai-2022 13:20, specieslink.net/Search).

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Limão-do-Mato Limão-do-Mato Nome científico: Zanthoxylum syncarpum Tull. Família: Rutaceae Sinônimos populares: Limão-do-mato, limãozinho.

Árvore de porte alto, podendo atingir 12 a 20 metros de altura. O tronco possui um diâmetro de 30 a 40 cm, com uma leve forma de cone, a copa é grande e arredondada, com uma folhagem não muito densa, de cor verde. Folhas imparipinadas ou paripinadas, aculeadas ou não, com tricomas estrelados, odoríferas; pecíolo 1,5 - 3 cm; raque semicilíndrica e canaliculada. Os folíolos cartáceos, densa a esparsamente estrelado-pilosos principalmente na face abaxial, oblongos a estreito-elípticos; o ápice obtuso ou agudo, a base atenuada, margem crenada, plana a pouco revoluta, 32


subsésseis ou com peciólulo até 5 mm. As flores são polígamas, e se apresentam em inflorescência, já os frutos são do tipo baga com coloração marrom escura, quando maduros são esféricos e pequenos. Informações ecológicas e agronômicas: Frutifica de dezembro a março e suas flores de aroma muito agradável são usadas na perfumaria. Informações de uso: A madeira é dura, amarela, amarga, ótima para produção de palitos. Observação: O material botânico dos indivíduos coletados no levantamento de campo foi comparado com a exsicata CSTR 937, do Herbário Rita Baltazar de Lima, da Universidade Federal de Campina Grande, Paraíba. speciesLink network, 31-Mai-2022 15:00, specieslink.net/Search).

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Mandacaru Mandacaru Nome científico: Cereus jamacaru DC. Família: Cactaceae Sinônimos populares: Mandacaru-de-boi

Cacto gigantesco atinge até 6 metros de altura, de tronco multiramificado, munido de espinhos amarelos com cerca de 12 cm de comprimento. Flores grandes, brancas e desabrocham à noite, murchando ao nascer do sol. O fruto tem cor laranja-avermelhado e polpa branca com sementes pretas minúsculas, que servem de alimentos para aves da Caatinga.

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Esta espécie xerófita nativa do Nordeste brasileiro, adaptada ao clima seco, suas folhas se transformaram em espinhos servindo de defesa contra herbívoros. Suas flores podem medir 12cm e desabrocham a noite sendo polinizadas por morcegos frugívoros. Já o fruto de polpa doce alimenta diversas aves do bioma. Para o nordestino, o Mandacaru é alternativa de alimento humano e serve como forragem animal removendo os espinhos se tornando uma alternativa de baixo custo para os sistemas de produção da agricultura familiar. Pesquisas recentes identificaram polímeros naturais no Mandacaru se mostraram eficientes como auxiliares de coagulação/auxiliando em processos de tratamento de água sem efeitos prejudiciais a saúde humana. Na medicina popular, as flores, caule e polpa dos frutos, podem ser utilizados em forma de xarope, são usados para alívio de afecção pulmonar, da bexiga e retenção da urinária - além de servir como estimulante e tônico para o coração.

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Marmeleiro Marmeleiro-Branco Nome científico: Croton argyrophylloides Muell. Arg. Família: Euphorbiaceae Sinônimos populares: Marmeleiro-branco.

Arbusto com até 2,50 metros de altura com tronco retilíneo da casca clara. Folhas membranáceas, face superior verde-escura, inferior cinzenta. Botões e flores esverdeados a alvos. Frutos imaturos verde-cinzentos.

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Informações ecológicas e agronômicas: O marmeleiro-branco floresce e frutifica em plena estação das chuvas no estado do Ceará. Logo no início da estação seca ocorre a queda das folhas e rebroba com as primeiras chuvas. Informações de uso: A madeira é utilizada para estacas, construções rústicas de casas, caibros, ripas, lenha e carvão, suas flores são excelentes fontes de néctar e pólen. Observação: O material botânico dos indivíduos coletados no levantamento de campo foi comparado com a exsicata ESA 092196, do Herbário da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz.speciesLink network, 26-Mai-2022 13:42, specieslink.net/Search).

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Mororó Mororó Nome científico: Bauhinia cheilantha (Bong.) Steud. Família: Fabaceae Sinônimos populares: Mororó, pata-de-vaca, unha-de-vaca.

Árvore pequena com até 3 metros de altura. Casca do caule fibrosa, castanho-acinzentada, levemente rugosa. Copa pouco densa, de ramos não muito longos. , brancas, em cachos terminais de até 20 cm. Fruto, deiscente, vagem chata, castanha quando maduro, pilosa, com 10 cm de comprimento, com 13 a 15 sementes achatadas.

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Informações de uso: A madeira é utilizada para estacas, lenha e carvão. Possui alto potencial forrageiro e por isso socioeconômico podendo ser consumida por bovinos, ovinos e caprinos na forma de feno ou pastejo direto. Suas sementes apresentam alto teor de proteínas (35%) podendo ser uma promissora fonte alternativa de alimentos para superar os problemas da desnutrição de enfrentado por pessoas de baixa renda. Seu potencial etnofarmacológico na produção de remédios caseiros é utilizado no tratamento de distúrbios digestivos, asma e tosse, além de possuir propriedades antioxidante por ser rica em flavonóides, anti-inflamatórias, antidiabéticas, sedativas e antiparasitárias. Em termos ecológicos o Mororó é uma importante espécie nativa no melhoramento de solos dada sua capacidade de fixação de nitrogênio e excelente opção para recuperação de áreas degradadas e erosão de solos. Observação: O material botânico dos indivíduos coletados no levantamento de campo foi comparado com a exsicata EAC EAC 59730, do Herbário EAC (Prisco Bezerra), pertencente ao Departamento de Biologia da Universidade Federal do Ceará – UFC. (Herbário Prisco Bezerra-EAC. speciesLink network, 26-Mai2022 14:08, specieslink.net/Search).

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Pau-Marfim Pau-Marfim Nome científico: Agonandra brasiliensis Miers ex Benth. & Hook. f. Família: Opiliaceae Sinônimos populares: Pau d´alho-do-campo

Árvore sem espinhos, de casca espessa e suberosa, sua altura pode atingir até 12 m. O Tronco de cor castanho, apresenta sulcos longitudinais com profundidades de 1 a 2 cm. Folhas opostas, simples. Flores pequenas, actinomorfas, de gineceu unilocular. Drupa esférica, verde azulada, com uma semente oleaginosa.

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Informações ecológicas e agronômicas: O pau-marfim, no estado do Ceará, floresce nos meses de agosto a setembro e frutifica nos meses de outubro a dezembro. Informações de uso: A sua madeira branca é muito utilizada por ebanistas. As folhas, em banhos, são anti-reumáticas. A semente produz cerca de 53% de óleo amarelo-claro, grosso e viscoso. Observação: O material botânico dos indivíduos coletados no levantamento de campo foi comparado com a exsicata EAC 24591, do Herbário EAC (Prisco Bezerra), pertencente ao Departamento de Biologia da Universidade Federal do Ceará – UFC. (Herbário Prisco Bezerra-EAC. speciesLink network, 26-Mai-2022 07:24, specieslink.net/Search).

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Sipaúba Sipaúba Nome científico: Combretum glaucocarpum Mart. Família: Combretaceae Sinônimos populares: Sipaúba

Árvore com até 10 m de altura, tronco até 25 cm de diâmetro, ramos finos. Folhas opostas, simples, pecioladas, coreácea, ovada a oblongo-ovada ou elíptica. Inflorescências axilares e terminais, do tipo panícula. Botões florais globosos. Flores hermafroditas de 4 mm de comprimento. Fruto seco, elipsoide, coreáceo com alas delgadas, dispostas em cruz. Semente solitária, oblonga 1 a 1,6 cm de comprimento.

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Informações ecológicas e agronômicas: O ipê-amarelo, no estado do Ceará, floresce nos meses de outubro a janeiro e frutifica nos meses de dezembro a março (Nogueira et al., 2013). Informações de uso: A madeira é dura e tem o cerne cinza-claro. Utilizada para a construção civil, dormentes e vigas. Arvore muito utilizada em ornamentação de parques e jardins, avenidas e ruas. Observação: O material botânico dos indivíduos coletados no levantamento de campo foi comparado com a exsicata EAC 18107, do Herbário EAC (Prisco Bezerra), pertencente ao Departamento de Biologia da Universidade Federal do Ceará – UFC. (Herbário Prisco Bezerra-EAC. speciesLink network, 01-Jun-2022 14:40, specieslink.net/Search).

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Violeta Violeta Nome científico: Dalbergia cearensis Ducke Família: Fabaceae Sinônimos populares: jacarandá-cega-machado, pau-violeta, violeta

Árvore sem espinhos, sua altura pode atingir até 10 m. Tronco ereto e galhos tortuosos. Casca fina, lisa e de cor cinza. A casca velha, se solta do tronco em pedaços retangulares e compridos. Folhas compostas com 5 a 7 folíolos, glabras, finas, arredondadas na base e estreitas no ápice. As flores são branco-amareladas, pequenas, com 3-4 mm de comprimento, em panículas axilares. O fruto do tipo sâmara oblonga, plana (salvo no centro), levemente reticulada, com a base e ápice agudos, monosperma. A semente é oval, achatada, cor castanha quando madura, rugosa. 44


Endêmica da caatinga com ocorrências do Maranhão a norte de Minas Gerais essa espécie de áreas sedimentares e cristalinas de terrenos arenosos secos está sob risco de extinção. Considerada uma raridade da caatinga esta espécie apresenta grande potencial econômico devido ao uso de sua madeira para diversos fins. Durante as invasões francesas na costa do nordeste foi traficada para confecção de móveis dos reis franceses. Informações ecológicas e agronômicas: O pau-violeta, no estado do Ceará, floresce nos meses de dezembro a fevereiro e frutifica nos meses de fevereiro a junho. O Peso de 1.000 sementes é de 58,50 gramas. O número de sementes por kg é 17.094 sementes. As sementes não apresentam dormência. A percentagem de germinação é de 70%. O início da germinação das sementes ocorre após o terceiro dia de semeadura das sementes e se prolonga até o décimo quarto dia (Nogueira et al., 2013). Informações de uso: A madeira de cor pardo-violáceo-escura com listras longitudinais atro-violáceas é muito pesada e dura. Esta madeira, rara pela coloração, destina-se a usos especiais, como fabricação de móveis, objetos de adorno, caixas e estojos entalhados, cabos de faca e objetos de decoração. Suas flores hermafroditas exalam cheiro de jasmim e são polinizadas por abelhas e pequenos insetos. Observação: O material botânico dos indivíduos coletados no levantamento de campo foi comparado com a exsicata EAC 33853, do Herbário EAC (Prisco Bezerra), pertencente ao Departamento de Biologia da Universidade Federal do Ceará – UFC. (Herbário Prisco Bezerra-EAC. speciesLink network, 25-Mai-2022 18:28, specieslink.net/Search). 45


Xique-Xique Xique-Xique Nome científico: Pilosocereus gounellei (F.A.C. Weber) Byles & Rowley Família: Cactaceae Sinônimos populares: Xique-xique

Fonte: Duda Menegassi

Cactácea com tronco ereto de até 3 metros de altura, galhos laterais afastados e descrevendo suavemente uma curva ampla em direção ao solo. O caule e os ramos com 10 arestas munidas de espinhos, com cor verde-opaca.

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Flores tubulosas, grandes, atingindo 8 cm de comprimento, brancas, abrem-se à noite, com sépalas verdes-pálido-amareladas. Baga arredondada, achatada em ambos os polos, avermelhada, coroada com os restos dessecados e pretos da flor, com pequenas sementes pretas e luzidias. Essa suculenta é endêmica da Caatinga e chega a atingir até 4 metros de altura. Além de seu uso culinário, essa cactácea costuma servir de fonte de alimento para o gado durante os longos períodos de estiagem. As flores do xique-xique são brancas, vistosas e desabrocham durante a noite. Quando polinizadas por polinizadores noturnos (morcegos e insetos), produzem frutos vermelhos que podem ser consumidos sendo considerados bastante saborosos. É também fonte de alimento para diversos animais da Caatinga. Ao mesmo tempo em que fornecem energia aos rebanhos de animais ruminantes, estes cactos são fontes de água graças à sua capacidade de armazenamento em suas estruturas vegetais. O corte pelos agropecuaristas e as queimadas dos espinhos feito diretamente no pé ou no próprio campo, tem causado sérios danos ao bioma Caatinga. A espécie tem se tornada ameaçada de extinção em função das queimadas que geram grande impacto na sua estratégia de multiplicação por sementes. Possui enorme potencial de aplicação no paisagismo.

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Referências Referências Braga, R. Plantas do Nordeste, especialmente do Ceará. 2ª Ed. Fortaleza: Imprensa Oficial, 1960. Lima, B.G. Caatinga: espécies lenhosas e herbáceas. MossoróRN: EdUfersa, 2011. Maia, G. N. Caatinga: árvores e arbustos e suas utilidades. São Paulo: D&Z Computação Gráfica e Editora, 2004. Nogueira, F.C.B.; Medeiros Filho, S.; Loiola, M.I.B.; Lima-Verde, L.W.; Mota, W.A. Produção de mudas de espécies arbustivas e arbóreas do semiárido: guia prático. Fortaleza: Gráfica Quadricolor, 2013.

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Anexos Anexos MODELO DE PLACA DE IDENTIFICAÇÃO DE ESPÉCIE:

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Apoio:

GOVERNO MUNICIPAL


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