Paisagismo

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Paisagismo

- JĂŠssica Domingues de Sousa (UC14100594)

Orientadora: Yara Regina Oliveira


Paisagismo - Jéssica Domingues de Sousa (UC14100594)

UCB - Universidade Católica de Brasília Arquitetura e Urbanismo Projeto paisagístico I Orientadora: Yara

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Morfologia Vegetal - 2ª Ed. - Harri Lorenzi, Eduardo Gonçalves

Introdução A morfologia vegetal é um ramo da botânica que estuda as formas e a estruturas das plantas sendo de grande importância em áreas tão diversas quanto sistemáticas e fisiológicas. As plantas apesar de serem complexas, exercem algum fascínio na maioria das pessoas, seja por sua propriedade alimentícia, medicinais ou mesmo por seu apelo estético. Dentre as plantas vasculares uma ênfase maior será dada as angiospermas, grupo botânico de maior diversidade há mais de 80 milhões de anos. O filósofo grego Teofrasto de Eresto (378 – 287 a. C), discípulo de Aristóteles é comumente chamado de “pai da botânica”, por dar início à formulação da terminologia descritiva em plantas, utilizando-se de palavras comuns do vernáculo grego, portanto o grego surge como a principal fonte de termos, enquanto o latim influenciou na descrição e serviu de ponte entre o grego e as línguas posteriores. Grande parte da morfologia atualmente utilizada teve suas bases na philosophia botânica de Linnaeus (1751), tal obra lançou a base da morfologia moderna. Entretanto o termo “morfologia” é atribuído a Johan Wolfgang von Goethe, que em sua obra principal defende que, apesar da imensa gama de variações morfológicas, os órgão vegetais tinham uma organização essencial ou “Bauplan”, que era comum a um grande número de formas superficialmente distintas. A maior contribuição individual para a morfologia vegetal do século XX foi o trabalho de Wilhelm Troll. Tal obra versava somente sobre estruturas vegetativas. Outra importante iniciativa moderna foi realizada por Adrian Bell, onde dividida em dois módulos, apresenta a terminologia descritiva no primeiro módulo e depois discute padrões dinâmicos de crescimento no segundo. Além da obra de .

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James e Melinda Harris, que traria definição de um grande número de estruturas, muitas delas bem ilustradas. A sistematização em língua portuguesa, foram bastante tardias, além de serem publicadas poucas obras. Já no século XXI a morfologia começa a ser elucidada em nível genético, onde novas partes vegetais são estudadas molecularmente. Questões iniciais: A conquista do ambiente terrestre Sabemos que a linhagem que deu origem a todas as plantas terrestres evoluiu em ambiente aquático. Tais modificações deram origem a toda diversidade morfológica. Muitos desafios foram encontrados nessa transição como: a falta de água circundante, porém o problema foi resolvido através de uma solução oleosa (ceras)geradas principalmente nos caules, impermeabilizando os mesmo, porém esse processo restringia as trocas gasosas, criando assim os estômatos que são conjuntos celulares capazes de controlar a abertura e o fechamento de um poro. Outra dificuldade foi a sustentação da estrutura corpórea, que foi resolvido através de tecidos específicos impregnados de substancias rígidas (a lignina). A primeira planta que se há registros tinha cerca de cinco centímetros e ficava em um ambiente ambíguo já que precisava de CO² e luz que era abundante no a, e os nutrientes e minerais presentes no solo. Esse aspecto ambíguo tornou a evolução dos ramos submersos diferenciada dos ramos imersos. Além de evolutivamente os ambientes foram ficando mais secos.

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Já que as duas estruturas (aérea e suvbterranea) eram completamente diferentes, foi necessário que as plantas desenvolvessem tecidos capazes de realizar o transporte desses nutrientes diferentes de forma mais eficiente. Para uma melhor captação da luz a evolução levou as plantas a crescer cada vez mais verticalmente (planificandose), além de achatar o ramo dorsinentralmente, o que chamamos de folhas.

Com toda essa evolução as plantas que asntes não passavam de cinco centímetros, foram se tornando cada vez mais altas, na competição por luz. Sistema Axial O sistema axial foi provavelmente o primeiro a surgir em plantas terrestres e a ele (caules) estão ligados todos os outros sistemas ou órgãos. O caule portanto assume uma posição central (axial), sustentando o aparato fotossintético e conectando-se a regiões absortivos filadoras, além de acabarem por adiquirir outros papais relevantes como reserva de nutrientes ou especializaram-se eles próprios em estruturas fotossintéticas

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Os nós são onde saem folhas e gema axilar e os entrenós são regiões caulinares àfilas entre dois nós. Sistema Absortivo – fixador A raiz é uma estrutura de grande importância na conquista da terra, poor terem importantes funções como: buscar por água e mineral, fixação das plantas, reserva de nutrientes ou mesmo fotossíntese.

Sistema fotossintético As folhas são as principais responsáveis pela fotossíntese, nela esta contido a maior quantidade de cloroplastos, da planta apesar de quase todas as outras partes possuírem alguma quantidade. São também estruturas fundamentais nas trocas gasosas e da evapotranspiração, pelo elevado número de estômatos. Podem desempenhar também funções como: proteção de gemas, reserva de nutrientes ou mesmo auxiliar na captura de nutrientes, como acontece com as plantas carnívoras.

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Um aspecto relacionado a modificação para a adaptação da planta é a mobilidade das folhas Algumas folhas podem ser não fotossintetizantes em algumas plantas. Em plantas trepadeiras as folhas possuem a função de fixação (gavinhas). Um aspecto cuja evolução gerou boa parte da imensa diversidade morfológica em folhas foi a divisão do limbo. Em ambientes muito secos, as folhas podem ser totalmente perdidas, gerando plantas áfilas. Em algumas espécies de orquídeas com o caule extremamente reduzido a função fotossintetizante é assumida pela raíz grampiformes. Sistema Reprodutor Os organismos desenvolveram dois padrões distintos de reprodução: a reprodução assexuada garante apenas a produção de um ou mais outros indivíduos, geneticamente idênticos ao organismo original. Já a reprodução sexuada promove a recombinação genética seguida da junção dos genomas parciais de dois indivíduos. As plantas apresentam basicamente dois padrões de padrões de reprodução sexuada: esporos-livres e sementes. No grupo chamado gimnosperma o gametófito feminino (saco embrionário) encontra-se em uma estrutura chamada óvulo podendo estar completamente livre ou inserido em uma escama. A semente forma-se a partir da união entre ou dois gametas, porem nenhum fruto é formado nas gmnospermas. Já nas gimnospermas, o ovulo tem uma estrutura similar, mas diferem por estar dentro de um estrutura especial fechada chamada carpelo. E o gameta feminino (saco embrionário) e o gameta masculino (grão de polen) podem ser encontrados ao longo do mesmo eixo floral. A flor é uma dos órgãos mais variáveis nas plantas. Por não serem capazes de sair em busca de parceiros para a reprodução sexuada, as plantas investiram em atrair animais .......

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polinizadores ou se especializaram em usar recursos abióticos para a transferência do pólen. Após a polinização, o ovário é usualmente a única porção da flor que persiste e desenvolve-se em um fruto. O fruto funciona como um arcabouço que reveste e protege o óvulo polinizado.

Formas de vida Uma adaptação extrema nas plantas é o parasitismo, que retira água obtida pelo xilema, tais plantas passaram a usurpar produtos da fotossíntese. Outro grupo importante a ser considerado é o grupo das plantas saprófitas, que aproveitam a intensa decomposição da camada de matéria orgânica sobre o solo e absorvem daí seus nutrientes. É notável que tanto parasitas quanto saprófitas tornaram-se heterotróficas, revertendo milhões de anos de evolução autotrófica. Morfologia Vegetal - 2ª Ed. - Harri Lorenzi, Eduardo Gonçalves

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Considerações sobre o crescimento vegetal Uma vez gêminada a planta terá que aproveitar ao máximo os recursos disponíveis, já que não poderá simplesmente sair de lá. Para lidar com tal dificuldade elas produzem apenas órgãos que terão uso imediato (crescimento aberto). Esse crescimento permitiu a planta uma morfologia modular, além de cada uma apresentar diferentes requerimentos ecológicos o que fez com que desenvolvessem uma espécie de metamorfose.

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