Parque de Cultura e Lazer

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PARQUE de Cultura e Lazer

Jessica Cisotto Busnello



UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO Seminário de Diplomação

Acadêmica Jessica Cisotto Busnello Orientador Eduardo Rocha Professores Ana Paula Faria Silvyo Jantsen



PARQUE de Cultura e Lazer Julho 2016


sumário 07 introdução Concórdia 2030........................... 08 Tema.............................................09 Local..............................................10 Ocupação atual do terreno........12 Justificativa...................................14 Paisagem......................................18 Áreas verdes e de lazer de Concórdia................................20

28 contexto PESSOAS.......................................34 A essência - Público alvo......... 36 CONEXÕES................................... 44 Hierarquia viária.......................46 Topografia.................................48 Declividade................................50 Ciclovias.....................................52 Transporte público...................54 Uso do solo............................... 56 Entorno......................................58

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TERRENO..................................... 60 Levantamento fotográfico......62 Planta baixa..............................66 Sombras....................................67 Vegetações existentes no terreno................................ 68 PAISAGEM....................................72 Clima.........................................76 Ventos.......................................77 Vegetação local........................78


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projetos referenciais

Referencial 01.............................82 Referencial 02.............................84 Referencial 03.............................86

projeto 28 PRINCÍPIOS..........................................90 Sensações.........................................92 Conceito da forma...........................94 Programa de necessidades...............96 Diagrama de conexões visuais.......100 Diagrama de conexões físicas........102 Mapa mental.....................................104 Zoneamento......................................106 Traçado estrutural............................108 Sobreposição....................................110 Proposta............................................113

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Intro 04


odução Concórdia 2030 Tema Local Justificativa Paisagem Áreas Verdes de Concórdia

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Concórdia Concórdia 2030 é um plano de desenvolvimento criado em 2010 para o Município de Concórdia pertencente ao estado de Santa Catarina, Brasil, com o objetivo de torná-la uma cidade planejada, sustentável e mais bonita até 2030. Este plano foi desenvolvido pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Sustentável (CMDS) e é composto por cinto eixos: competitividade, gestão pública e cidadania, infraestrutura e serviços essenciais, trabalho e renda, e qualidade de vida. Dentro do quinto eixo, da qualidade de vida, os objetivos são o desenvolvimento de projetos para a promoção da inclusão social; a consolidação da identidade, da diversidade cultural e dos espaços para as manifestações culturais;

a consolidação dos espaços para o lazer e o entretenimento e por último ser referência no esporte, promovendo saúde, lazer e inclusão social. Neste Plano de Desenvolvimento estão previstas diversas obras de arquitetura e engenharia para cumprir com os cinco eixos propostos. Algumas destas obras previstas já foram projetadas e executadas, como a Rua Coberta e o Centro Cultural de Concórdia. Os projetos ainda não executados são somente uma ideia, onde está previsto o tema que este irá atender e em quase todos os casos há um terreno da prefeitura já destinado para o seu desenvolvimento.

Rua Coberta - Concórdia SC Projeto pertencente ao Plano de Desenvolvimento Concórdia 2030 executada em 2015.


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m e a

O projeto de estudo a ser desenvolvido neste Seminário de Diplomação é um dos projetos previstos para o Concórdia 2030, pertencente ao quinto eixo referente à qualidade de vida. Será desenvolvido um projeto de paisagismo de um Parque de Cultura e Lazer.

A ideia é promover através deste Parque de Cultura e Lazer um local para a prática de exercícios por atletas amadores, um espaço de estar e de encontro, com área disponível para a realização de atividades e apresentações culturais para a população concordiense.

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local N

Concรณrdia

Mapa Concรณrdia SC

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N

O Município de Concórdia localiza-se no Oeste Catarinense, possui 72.642 habitantes e conta com um território de 797,260 Km². Possui alto índice de desenvolvimento municipal de 0,8933 conforme o FIRJAN, sendo o primeiro do estado e o sexto do Brasil. O terreno do projeto está localizado com frente para as ruas Dionísio Boff e Mal. Deodoro, ao lado da atual rodoviária de Concórdia. No Plano de Desenvolvimento está previsto para a Rodoviária migrar para um local mais afastado do centro da cidade, dando lugar à um terminal urbano de ônibus.

Terreno Rodoviária Shopping Pista de Skate Previdência Social (INSS) Fundação Municipal de Cultura

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Ocupação atual

do Terreno

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Estádio Municipal Domingos Machado de Lima

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Atualmente o terreno do projeto pertence à prefeitura e nele encontra-se o Estádio Municipal Domingos Machado de Lima. O local conta com uma quadra de futebol com arquibancadas juntamente com uma pista de atletismo. Além disso, numa das extremidades do terreno acontece uma feira agroecológica com os produtores da região. Dentro do Plano de Desenvolvimento Concórdia 2030 está prevista a construção de um Centro Poliesportivo para a cidade em outro terreno, onde serão migradas as atividades relacionadas ao esporte que acontecem hoje em dia no estádio, além de outras modalidades que o local irá comportar.

Para abrigar todo o programa necessáio para o Centro Poliesportivo é necessário um terreno maior do que o Estádio possui atualmente. Como não há a possibilidade para a expansão do atual terreno, o Centro Poliesportivo será construído em outra localidade. Além disso, em dias que acontecerão os jogos, o trânsito intensificará em frente ao terreno e as ruas locais não conseguirão comportar este trânsito. Numa escala de tempo o projeto do Centro Poliesportivo ocorrerá antes da construção do Parque de Cultura e Lazer, disponibilizando o terreno. Quanto a feira agroecológica, esta será mantida e valorizada na nova proposta.

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justificativa O povo concordiense possui o costume de realizar caminhadas após o expediente do trabalho e aos finais de semana. Atualmente Concórdia conta com o parque de exposições, um local afastado do centro da cidade onde pode ser realizada esta atividade de caminhada e outras como a corrida e o andar de bicicleta. Este parque é muito frequentado pela população apesar de não possuir sombreamento na maior parte do percurso de caminhada. Isso mostra a necessidade da criação de um local agradável, sombreado que permita à população exercitar-se, aumentando a qualidade de vida dos habitantes.

“ Um espaço urbano adequado está intimamente associado à qualidade de vida da população.”

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Parque de Exposições de Concórdia

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do

problemátic

A pista de skate reúne um público de skatistas treinando suas manobras às tardes, porém a noite acaba por ser marginalizada devido ao grande muro que cerca o terreno do projeto. O muro que circula o terreno dá as costas para a pista de skate e para a vida urbana. Fecha dentro de si as atividades que ocorrem atualmente dentro do Estádio Municipal Domingos Machado de Lima e deixa o espaço externo monótono, sem

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vida. A calçada ao lado torna-se local somente de passagem, onde não é estimulada a ocorrência de nenhuma outra atividade. A retirada deste muro e a construção do Parque de Cultura e Lazer mudará a dinâmica da rua, tornando-a mais movimentada, ativa. “ Uma cidade viva se torna uma cidade valorizada e, assim, uma cidade também mais segura. ” - Jan Gehl


Muro em frente ao terreno

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Paisagem

Conceitos e Definições

Dentro da categoria de espaços públicos encontram-se os espaços públicos livres, que podem ser definidos como aqueles não edificados e não contidos em edificações. Com o aumento do stress urbano das grandes cidades, a necessidade de estar próximo à natureza tem aumentado consideravelmente, e com isso diversos destes espaços livres incorporam áreas verdes em sua configuração. É importante desta maneira, saber de forma clara as definições de áreas verdes, parque urbano e praças. Lima et all ( 1994 ) classifica-os desta maneira: a. Espaço Livre: trata-se do conceito mais abrangente, integrando os demais e contrapondo-se ao espaço construído, em áreas urbanas.

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b. Área Verde: onde há o predomínio de vegetação arbórea, englobando as praças, os jardins públicos e os parques urbanos. Os canteiros centrais de avenidas e os trevos e rotatórias de vias públicas, que exercem apenas funções estéticas e ecológicas, devem, também, conceituar-se como área verde. Entretanto, as árvores que acompanham o leito das vias públicas, não devem ser consideradas como tal, pois as calçadas são impermeabilizadas. c. Parque Urbano: é uma área verde, com função ecológica, estética e de lazer, entretanto com uma extensão maior que as praças e jardins públicos. d. Praça: como área verde, tem a função principal de lazer. Uma


praça, inclusive, pode não ser uma área verde, quando não tem vegetação e encontra-se impermeabilizada. Quanto à definição de paisagismo, Macedo (1999, p.24) define como um termo que “costuma ser utilizado para designar as diversas escalas e formas de ação e estudo sobre a paisagem, que podem variar do simples procedimento de plantio de um jardim até o processo de concepção de projetos completos de arquitetura paisagística como parques ou praças”.

de integração da população, onde as pessoas encontram-se e relacionam-se. A presença de composições vegetais é fundamental não só para a demarcação do parque como referencial urbano, mas também para promover diferentes percepções da paisagem, provocando variadas sensações nos usuários, por meio da diversidade de espécies e do uso de seus atributos sensoriais, como cores, texturas, sons, cheiros.

Tendo estas definições, o projeto que será desenvolvido neste seminário de diplomação será o de paisagismo de um parque urbano. Os parques exercem variadas funções formais e funcionais na cidade, sendo espaços de lazer e

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Áreas Verdes e de Lazer do Município

Concórdia é uma cidade que possui uma boa arborização em geral. O que contribui muito para isso são as ZCV (zonas de cobertura vegetal) que não podem ser alteradas, mas não são configuradas como praças ou parques. Como objeto de estudo, foram categorizadas as praças e locais de lazer de grande importância para a cidade. Quanto as de menor porte, foram destacadas as que estão próximas ao terreno. É possível notar que os locais de lazer possuem um caráter distinto entre si.

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N

Mapa Região Concórdia Parque Fritz Plaumann

Terreno Pista de Skate Calçadão

Parque de Exposições

Praça de Bairro

Praça Dogelo Goss

Mapa Área Urbana

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Praça Dogelo Goss Fica no ponto central de Concórdia e é organizada em canteiros com bastante arborização. Possui uma concha acústica, banheiros, parquinho para as crianças, equipamentos de academia e mesas de xadrez. Possui 10269 m2.

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Calçadão Localizado na Rua do Comércio, é bem arborizado e possui bancos espalhados por todo seu percurso. As lanchonetes e bares possuem espaço reservado para a colocação de mesas ao longo da calçada.

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Parque de Exposições Mais afastado do centro da cidade, é onde acontece a Expo Concórdia. Conta com pista para caminhada e ciclovia, centro de eventos, churrasqueiras, além de outros prédios usados em eventos. Conta também com uma trilha com diferentes dificuldades de percurso.

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Parque Estadual Fritz Plaumann Situado no município de Concórdia, o Parque tem 717,48 Hectares, localizado às margens do lago formado pela barragem da Usina Hidrelétrica Itá, no rio Uruguai. Criado através do Decreto Estadual nº 797, de 24 de setembro de 2003, é a primeira e única Unidade de Conservação de proteção integral do estado de Santa Catarina a preservar remanescentes da Floresta Estacional Decidual – Floresta do Alto Uruguai, pertencente á Zona Núcleo da Reserva da Biosfera de Domínio da Mata Atlântica.

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Pista de Skate Logo em frente ao tĂŠrreno, ĂŠ utilizada por jovens e adolescentes.

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Praça de Bairro Próxima ao terreno, atende à população do bairro. Possui playground para as crianças e bancos de estar.

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Con 28


ntexto Pessoas ConexĂľes Terreno Paisagem

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Desenho Urbano é a arte de fazer lugares para as pessoas. Há, portanto, uma preocupação com a forma como eles funcionam, e não apenas com sua aparência. Ele abrange as conexões entre pessoas e lugares, movimento e forma urbana, a natureza e o tecido construído.

(Urban Design Compendium)

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Sobre Para fazer o estudo do local e ter um melhor entendimento da área, foi usado como referência o Urban Design Compendium. Este guia foi desenvonvido na Inglaterra originalmente por Llewelyn Davies Yeang juntamente com Alan Baxter. Nele há os princípios do desenho urbano e recomendações de como aplicá-los a fim de projetar espaços de sucesso onde as pessoas queiram viver, trabalhar e socializar. Assim, são observadas as pessoas, analisadas as conexões e a paisagem do local. Além disso, são analisados aspectos do terreno onde será o projeto.

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Concรณrdia - SC

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pessoas A essência de um lugar está nas pessoas que o utilizam. Espaços urbanos bem-sucedidos são aqueles que sempre são utilizados, que possuem movimento, vida. Para isso é necessário conhecer os habitantes, seus costumes, suas vontades.

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Calรงada ao lado da praรงa Dogelo Goss

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a essência

público álvo

Para ter uma boa compreensão da dinâmica da cidade e dos costumes da população é necessário observar com muita atenção as atividades que já são realizadas nos espaços públicos existentes. É muito importante analisar a maneira que os moradores se apropriam da cidade. O que as pessoas fazem ao final do expediente do trabalho? O que as pessoas fazem aos finais de semana? Quais locais são mais frequentados? Quais

atividades acontecem? Quais as faixas etárias que mais se apropriam dos espaços? Através da observação, portanto, foram obtidas estas respostas. Quanto aos dados estatísticos, segundo dados do IBGE de 2010, Concórdia possui 68.621 habitantes com densidade demográfica de 85,79 hab/km2. Quanto à faixa etária da população, a pirâmide alarga-se entre as idades de 10 a 50 anos.

Estádio Municipal Domingos Machado de Lima Ocupação atual do terreno

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As pessoas buscam por outras pessoas e reúnem-se onde atividades acontecem. Jan Gehl destaca que estudos de posicionamento de bancos e cadeiras no espaço da cidade mostram que assentos com a melhor visão da vida na cidade são usados com muito mais frequência do que aqueles que não oferecem a visão de outras pessoas. No calçadão de Concórdia há bancos fixos por todo seu percurso muito utilizados em todas as horas do dia, onde é possível ver o movimento da cidade. No fim do dia a população concor-

diense adora fazer um happy hour após o expediente do trabalho. Isto é comprovado pela quantidade de pessoas que ocupam a praça de alimentação do shopping todos os dias e os cafés com mesas externas que se lotam ao longo do centro. Os cafés e lanchonetes também são ocupados em outros horários do dia, com menos movimento. O terreno que será realizado o projeto está localizado ao lado do shopping, o que permite que a praça torne-se uma extensão deste lugar de encontro.

Rua do Comércio Cafés e lanchonetes na rua

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Rua do Comércio Cafés e lanchonetes na rua

Praça Dogelo Goss Uso do mobiliário urbano

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Rua do Comércio Cafés e lanchonetes na rua

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Aos domingos a Rua Coberta, que fica logo em frente à uma das faces da Praça Dogelo Goss, tem seu trânsito fechado e as pessoas tomam conta do espaço. São amigos tomando um chimarrão, crianças brincando, andando de bicicleta e skate, a barraquinha de churros funcionando à esquina. A praça se estende para a rua e o centro da cidade ganha mais vida. Isso mostra como a população gosta de ocupar a cidade quando esta permite ser ocupada. Além disso, a Rua Coberta serve como espaço para apresentações destinadas à população e eventos, como shows gratuitos.

Praça Dogelo Goss e Rua Coberta a frente Extensão da praça para a rua

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Rua Coberta Fechamento da Rua para a realização de eventos do município

Rua Coberta Trânsito interrompido nos finais de semana

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Além das atividades de estar, a população possui o costume de exercitar-se, como foi apresentado anteriormente na justificativa. A prática ocorre principalmente ao fim da tarde no período do verão.

Parque de Exposições Local para realização de caminhadas

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Estรกdio Domingos Machado de Lima Terreno do projeto atualmente

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conexões Espaços urbanos de sucesso devem possuir bons acessos e conexões com a cidade. Para isso deve ser analisada a infraestrutura existente e a maneira que este novo espaço poderá modifica-la e integrar-se à malha urbana. Um espaço urbano planejado para toda a população deve ser de fácil acesso para diferentes tipos de locomoção. Isso requer uma atenção especial para todas as formas de entrada ao parque: a pé, de bicicleta, através de transporte público e carro.

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Hierarquia Viária

O terreno está situado na esquina da quadra com frente à duas ruas locais que estão diretamente conectadas à duas vias coletoras e à uma via arterial. Como a proposta da praça é que ela seja um local de descanso, para a prática de exercícios físicos, de contato com a natureza e fuga da agitação da vida cotidiana, o terreno estar numa rua local é um ponto positivo. Terrenos situados em ruas locais possuem menor fluxo de carros e menos poluição sonora. O acesso ao terreno não é prejudicado por isso devido às conexões destas ruas locais. A própria Rua Mal. Deodoro torna-se coletora após cruzar com a Rua Independência em direção à área mais central da cidade. Já a Rua Dr. Maruri é uma importante rua Arterial a qual atravessa o município e conecta-se diretamente à SC-283, tornando-se a Rua Tancredo de Almeida Neves a qual conecta-se à BR-153.

Terreno Rua Arterial Rua Coletora Rua Local Hidrografia Escadarias

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Sem escala

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Topografia

Análise dos Acessos

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A cidade onde será construído o Parque de Cultura e Lazer possui sua topografia bastante acentuada, como é possível observar no mapa ao lado. Os pontos mais elevados atingem altitudes de até 750m e as altitudes mais baixas da zona urbana, onde está localizado o Centro, situam-se em torno da cota de 560 m. Para prever os principais acessos pelos pedestres e ciclistas é importante analisar como esta topografia configura-se, pois o fluxo de pedestres acontecerá principalmente pelos trajetos em que há menos diferença de nível.

5 66 60 6 55 6

565

Terreno

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Hidrografia

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Rua Coberta

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Igreja

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Praça Dogelo Goss

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Centro Cultural Concórdia

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Escola

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Central de Polícia

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Rodoviária (Futuro Terminal Urbano)

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Fundação Municial de Cultura

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Shopping

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Previdência Social (INSS)

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Corpo de Bombeiros

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670 675 680

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Esc=1:5000


Declividade

Análise dos Acessos

O mapa ao lado demonstra as declividades da cidade de Concórdia. Analisando a topografia juntamente com o mapa de declividades é possível afirmar que o acesso por pedestres será principalmente pela Rua Dionísio Boff passando pela Rua Dr. Maruri.

Terreno Classes de Declividade 0 - 25% 26% - 30% 31% - 35% 36% - 45% 46% - 70% Hidrografia ZCV - Zona de Cobertura Vegetal

50


N

Sem Escala


Ciclovias

Análise dos Acessos

Juntamente com o Plano de desenvolvimento Concórdia 2030 foi desenvolvido um extenso documento referente à mobilidade urbana da cidade. Neste documento é criado, com base na declividade da cidade, o sistema cicloviário com cerca de 30 km de extensão. Dentro das ciclovias previstas, somente uma foi executada até o momento, como mostra o mapa ao lado. Saindo do terreno, a ciclovia da Rua Dr. Maruri levará ao centro da cidade onde está localizada a Praça Dogelo Goss. A ciclovia em direção à Rua Tancredo de Almeida Neves irá conectar-se ao Parque de Exposições. Analisando o mapa das ciclovias juntamente com o da topografia, o acesso pelos ciclistas será principalmente pela Rua Dionísio Boff.

Terreno Ciclovias Existentes Ciclovias Previstas Hidrografia Escadarias Rua Coberta Igreja Praça Dogelo Goss Centro Cultural Concórdia Escola Central de Polícia Rodoviária (Futuro Terminal Urbano) Fundação Municial de Cultura Shopping Previdência Social (INSS)

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Corpo de Bombeiros

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11


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Transporte público + Sentido das Vias

O mapa ao lado destaca que todas as vias próximas ao terreno são de mão dupla. Quanto ao transporte público, ao lado do terreno atualmente encontra-se a estação rodoviária de Concórdia. Este local será transformado em um terminal de ônibus conforme o plano de desenvolvimento Concórdia 2030.

Hidrografia Escadarias Terreno Parada de Ônibus Via de Mão Dupla

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Esc=1:2500


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Uso do Solo

Conhecendo a vizinhança

A leste e sudeste do terreno há o predomínio de uso residencial. Esta área é menos conectada em sua malha urbana e está numa cota topográfica superior. No projeto deverá haver uma atenção especial à divisa leste do terreno, onde a predominância é de prédios residenciais e mistos. Na Rua Dr. Maruri, por ser uma via arterial com sua importância, como visto ateriormente, há a predominância de atividade comercial e de serviço.

Hidrografia Escadarias Terreno Residencial Comercial Misto (Res/Com) Serviço Área Verde/Praça Indústria Área Verde Preservação

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Esc=1:5000


Entorno

+ Paleta Cromática

Rua Dionísio Boff Em frente ao terreno

Rua Marechal Deodoro Em frente ao terreno

#4F5E5D

#1E2C24

#837658

#7D5F54

#5A3636

#383E25

Lado do Terreno #948878 #88462E #3B8BEA4

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Terreno


#80766F

#4D4544

#395227

#A5B3C1

#3A3831

#374035

Lado do Terreno

Terreno

#73605C

#C7D2E0

#CBC4A1

#5B8DBD

#35483B

#778655

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terreno Neste capítulo estão os levantamentos realizados no terreno do projeto.

Levantamento Fotográfico Planta Baixa do Terreno Mapeamento de vegetações existentes

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Estádio Municipal Domingos de Almeida Ocupação atual do terreno

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Levantamento fotogrรกfico

do Terreno

N

Sem escala

Mapa Fotografias

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Planta Baixa Levantamento do Terreno

Esc= 1:1000 Ă rea total do terreno: 23.313,67 m2

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N

Planta Baixa Terreno Esc=1:1000

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Vegetações existentes 2

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Mapa Vegetações

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Paisagem Neste capítulo são levantados dados sobre o clima, ventos e as vegetações locais. No projeto haverá a preocupação pela utilização de principalmente vegetações nativas da região.

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Concรณrdia SC

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Árvores, paisagismo e flores têm um papel fundamental entre os elementos do espaço urbano. Além de suas qualidades estéticas imediatas, os elementos verdes da cidade têm valor simbólico. A presença do verde fala de recreação, introspecção, beleza, sustentabilidade e diversidade da natureza.

(Jan Gehl - Cidades para pessoas)

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Clima De acordo com a classificação de Koeepen, o tipo climático do território do Alto Uruguai é Cfa (Subtropical, mesotérmico úmido, com verão quente). A temperatura média anual é baixa, em torno de 17ºC, com grande amplitude térmica, cerca de 10ºC em média. O verão é um pouco quente e a temperatura média oscila em torno de 22ºC, porém é comum a ocorrência de forte calor, já têm sido registradas máximas em torno de 30ºC a 31ºC. O inverno é frio com temperatura média em torno de 13ºC e a média dos mínimos entre 6 e 9ºC. Situado em latitude média, esse município está sujeito, durante todo o ano, a constantes invasões de frentes de origem polar, implicando em bruscas mudanças de temperatura e muito sujeito a geadas. Os totais anuais de chuvas são elevados, geralmente em torno de 2.000 mm bem distribuídos ao longo do ano. O município normalmente não apresenta estação seca, e sim grandes excedentes hídricos.

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Ventos N

Sem escala

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Vegetação Local Santa Catarina pertence ao bioma da Mata Altântica. Concórdia está localizada nas formações vegetais de floresta decidual e mata de araucárias.

Mata de Araucárias É uma formação vegetal que possui algumas semelhanças com a Mata Atlântica. Por estar mais longe do mar e em áreas de relevo elevado, não recebe tanta influência do oceano, se adaptando ao clima mais frio. A Araucária é a árvore mais marcante dessa vegetação. É um tipo de mata formada também por espécies vegetais mais baixas, o que facilita a locomoção em seu interior.

Floresta Decidual Ocupa áreas do oeste de Santa Catarina na bacia do Rio Uruguai, próximas a divisa com o Rio Grande do Sul. Uma região distante do Oceano e com um relevo relativamente baixo, formando um clima único. A principal característica da vegetação decidual é a perda das folhas no inverno.

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Eugenia uniflora L. [Pitangueira] Exemplo de árvore petercente à Mata Atlântica

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Pro 80


jetos Referenciais

Zhengzhou Vanke Central Plaza Parque Ribeiro do Matadouro Grand Canal Square

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Referencial_01

Zhengzhou Vanke Central Plaza

Autor: Locus Associates Localização: Zhengzhou, China Arquiteto responsável: Brandon Huang Equipe: Jerome Lee, Kenny Fung, Ray Wan, Jonathan Dones, Katevin Kuang, Ken Qiu Área: 10.500 m2

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A estratégia do paisagismo é estruturar a praça com um vasto programa desenhado para jovens e adultos. Este inclui uma fonte seca, um jardim misto, pista, parede de escalada para as crianças, um parque infantil e uma pista de skate e patinação. Há áreas de estar espalhadas por todo o projeto para incentivar a interação social e o "ver-e-ser-visto".

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Referencial_02

Parque Ribeiro do Matadouro

Autor: Oh!Land studio Localização: Santo Tirso, Portugal Arquitetura: Bruno Sousa, Gilberto Pereira Paisagismo: Sofia Pacheco, Victor Esteves Ano:2013 Área: 1,54 ha

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O projeto é parte da estratégia de desenvolvimento urbano ‘Inventar a Cidade’, e evoluiu do concurso Europan 9 para o que é agora uma parte regenerada da cidade de Santo Tirso. Teve como diretrizes de concessão a cultura local, a ecologia e a tradição, aliadas a métodos de construção sustentáveis.

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Referencial_03 Grand Canal Square

Autor: Martha Schwartz Partners Localização: Dublin, Irlanda Ano: 2007 Área: 1 ha

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A praça está localizada no extremo oeste do Grand Canal Dock e é lar de lojas, restaurantes, o Teatro Grand Canal projetado por Daniel Libeskind e o hotel 5 estrelas Le Meridien. A praça é o ponto central de desenvolvimento das docas da cidade. A composição do design tem inspiração de um “tapete vermelho”. Ele se estende do teatro para o cais e é atravessado por um

exuberante “tapete verde” com gramados e vegetações.

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Pro 88


jeto Princípios Programa de Necessidades Conexões Visuais Conexões Físicas Mapa Mental Zoneamento Traçado Proposta

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princípios Segundo o Urban Design Compendium, para lugares serem bem usados e adorados, eles devem ser seguros, confortáveis, diversificados e atrativos. Além disso, o espaço deve promover a multiplicidade de usos, sendo flexível o suficiente para se adequar à futuras mudanças de uso. O projeto terá como princípios chave a mistura de usos e formas, com a preocupação de usar predominantemente vegetação da região. Para a configuração dos percursos e espaços de estar será explorada as sensações despertadas pelos usuários.

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A essência da intervenção paisagística urbana consiste em despertar as emoções do cidadão frente a um determinado ambiente.

(Àlex Sánchez Vidiella)

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sensações É a partir das sensações que o indivíduo pode perceber o mundo que o cerca. Um dos princípios do projeto é a criação de espaços que proporcionem o estímulo de sensações às pessoas ao longo do percurso pelo parque. Estes estímulos serão gerados de maneira natural, com a escolha de vegetação com odores, texturas e cores. Além disso, é explorado o uso da luz e da sombra nos equipamentos e vegetações, criando uma dinâmica ao passar das horas com o movimento do sol. Com o uso de estratégias que estimulem os cinco sentidos, quando o indivíduo possuir a ausência de algum sistema sensorial ele será contemplado pelos demais canais perceptivos.

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visão Efeito de luz e sombra. Uso de cores e texturas.

olfato Uso de vegetação aromática como o alecrim e a hortelã.

tato Uso de diferentes texturas nas vegetações e materiais.

paladar

Uso de árvores frutíferas como pitangueira e araçá.

audição Caminhos com diferentes materiais, que emitam sons diferentes ao pisar.

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Conceito da

forma

A topografia de Concórdia configura-se de maneira marcante e dinâmica. A diferença de nível faz a cidade ter um movimento único, percebido com um simples olhar à sua volta. O município pode ser visto distintamente em diferentes cotas de nível. Quando se está mais abaixo é possível ver a paisagem em diversas camadas sobrepostas de prédios e vegetação, um skyline não somente formado por edificações. Quando o observador encontra-se nas cotas mais elevadas a cidade é vista de cima, através de mirantes naturais. Tirando partido dessa topografia que é tão significativa aos habitantes, surge o conceito da forma. Em um terreno plano, será feita a desconstrução e a geometrização da topografia. As formas macias dos morros serão transformadas em polígonos, resultando em elementos triangulados.

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Ilustração Jean Michel Verbeek

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programa de Necessidades

O paisagismo irá contemplar além do espaço para a prática de exercícios físicos, locais para o descanso, para a conversa, para a população reunir-se e apreciar a paisagem. Um espaço para fazer uma pausa da agitação da cidade sem precisar deslocar-se muito. Será um ambiente para entrar em contato com a natureza, suas sensações e cheiros. Ao lado da Fundação Municipal de Cultura, este parque contará também com a realização de atividades culturais, com espaço para apresentações ao ar livre. Este palco será multifuncional, atendendo a diferentes eventos e públicos. O espaço para a platéia contará com uma cobertura, objeto de centralidade do projeto. O projeto irá estender-se para a rua e fará a integração do parque com a pista de skate que fica em frente ao terreno, atendendo ao público mais jovem e dinâmico.

Setorização

Terreno: 23.313,67 m2

1 - Áreas de piso A - Lazer Comtemplativo: Estar e convívio B - Lazer Ativo: Atividades recreativas e esportes C - Circulação D - Acessos

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Lazer

Contemplativo

Estar e Convívio

Atividades a serem desenvolvidas

Justificativa e Configuração

Dimensionamento

Palco para apresentações

Local para apresentações abertas ao público que costumam ocorrer na cidade.

260m2

Espaço para a platéia

Voltada para o palco, também torna-se local de encontro e de apreciação à paisagem quando não estão ocorrendo apresentações.

2000 m2 Capacidade: 12.000 pessoas (6 pessoas/m2)

Lazer Passivo

Local para as pessoas descansarem e também para se encontrarem. Será um espaço mais arborizado e contará com percurso entre a vegetação com equipamentos como bancos e mesas.

3600m2

Espaço de Convívio

Será localizado próximo à pista de skate e será um espaço para os jovens encontrarem-se.

800 m2

Feira Agroecológica

Atualmente a feira ocorre no espaço do terreno em uma pequena construção onde são vendidos produtos orgânicos locais. A ideia é qualificar o espaço e dar maior visibilidade à atividade.

100 m2

Café

Será localizado próximo à feira agroecológica. Local para a realização de happy hour, contará com mesas e cadeiras.

400 m2

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Lazer

Ativo

Atividades recreativas e esportes

Atividades a serem desenvolvidas

Justificativa e Configuração

Dimensionamento

Pista de Caminhada

É um dos costumes da população e uma das atividades que ocorrem hoje em dia no terreno.

300 m

Ciclovia

É um estimulo ao esporte e ao meio de transporte alternativo. Complementa o projeto da prefeitura em fazer uma rota para bicicletas no centro da cidade.

300 m

Percurso para skate

Fará ligação com a pista de skate existente ao lado do terreno. Este percurso estará implícito no parque com o uso de mobiliário multifuncional, como por exemplo um banco que pode servir para sentar ou para fazer manobras.

Playground

Contará também com equipamentos para crianças menores, pois não existe na cidade. Além disso, os equipamentos serão diferentes dos que estão disponíveis hoje em dia. Serão criadas mudanças na superfície topográfica para a configuração do playgrond, que terá camas elásticas, túneis, morros, balanços e circuitos para estimular a criatividade das crianças.

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800 m2


Atividades a serem desenvolvidas

Justificativa e Configuração

Dimensionamento

Jatos de água

Possui como público alvo as crianças e dão dinâmica ao lugar. Para os adultos serve como área de contemplação.

200 m2

Escalada

Será voltada para crianças maiores e adultos com diferentes dificuldades. A presença da pista de skate e das escolas que ficam próximas no centro justificam o uso pelos jovens. É uma solução para as faces do terreno em divisa com lotes que possuem empenas cegas.

500 m2

Academia com barras

Reforça o caráter esportivo do parque. Os equipamentos instalados serão para a prática de exercícios calistênicos, onde é utilizado somente o peso do próprio corpo.

100 m2

Percurso de Passeio

Para quem quer aproveitar o parque sem a finalidade de realizar exercícios físicos. No percurso haverá árvores e objetos que façam o efeito luz e sombra.

Áreas de

Serviço

Atividade

Configuração

Almoxarifado

Local para o armazenamento de equipamentos necessários para o parque.

Banheiros

Serão distribuídos por todo o parque.

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Diagrama de

ConexĂľes Visuais Visual 01

Visual 02

Visual 03

Visual 04

Visual 05

Visual 06

Visual 07

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Rua Ábram

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Sem escala

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Diagrama de

Conexões Físicas As linhas representam os caminhos mais curtos para atravessar o parque. As conexões são limitadas devido às edificações presentes nos limites do terreno. O ponto 1 representa uma passagem que existe entre a rodoviária e o edifício ao lado, a qual leva até o estacionamento atrás da rodoviária. O ponto 2 é a saída de pedestres da rodoviária pelos fundos.

Conexões

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Limites do Terreno


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Sem escala

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Mapa Mental Kevin Lynch

O Mapa Mental foi desenvolvido por Kevin Lynch através de suas experiências em planejamento urbano e proporciona análises empíricas sobre como os indivíduos observam o espaço e percebem a paisagem urbana. Kevin Lynch determina em seu livro “A imagem da Cidade” os cinco elementos estruturais que constituem o ambiente urbano: Vias: canais de circulação no qual os indivíduos transitam, geralmente representados por ruas, canais, linhas de trânsito, calçadas, ferrovias, etc. Limites: são limites entre espaços dentro do ambiente urbano. Podem ser fronteiras, margens, praias, lagos, construções, etc. Também podem ser barreiras que separam uma região da outra. Bairros: regiões médias e grandes de uma cidade, caracterizada por suas extensões bidimensionais. Pontos Nodais: são pontos estratégicos onde apresenta focos intensivos, que determinam e auxiliam na locomoção dos indivíduos. São os chamados “pontos de decisão” e podem ser junções, cruzamentos, bifurcações e convergências. É o momento de passagem de uma estrutura para outra. Marcos: são os pontos de referência externos em uma cidade. São locais nos quais as pessoas não podemos entrar, apenas observar. São elementos físicos que servem para localização e que nem sempre estão ali para este motivo. Vias/Caminhos Barreiras Marcos Visuais Pontos Focais Pontos Nodais

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Rua Ábram

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Rua Inde

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D

Sem escala

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Zoneamento Palco e Platéia São elementos importantes do projeto e configuram-se num local com grande visibilidade. Estabelecem papel de centralidade ao projeto.

Espaço de Convívio Conecta-se visualmente com a pista de skate, além de ser um local onde é possível ver a movimentação da rua e do parque.

Escalada Tira partido da grande empena cega criada pelo edifício da Casa da Cultura que está voltada para o parque.

Academia Fica próxima à escalada e em um local mais reservado.

Jatos de água Estão localizados na entrada do parque como elemento atrativo e de contemplação. Convida os visitantes à entrarem.

Playground

das atividades

Estacionamento É uma continuação do já existente para a estação rodoviária.

Feira Agroecológica É conectada à rua do estacionamento para facilitar a carga e a descarga de produtos. Além disso, sua localização é privilegiada visualmente por estar próxima à entrada principal do parque e à uma das saídas do futuro terminal urbano.

Café Próximo às entradas do parque, ficará ao lado da Feira Agroecológica.

Lazer Passivo Está localizado nos fundos do terreno para ser um local reservado, sem a agitação das atividades mais recreativas. Além disso, faz divisa com prédios residenciais.

Pista de Caminhada e Ciclovia A pista de caminhada e a ciclovia passam por entre todas as atividades do parque, conectando-as.

Está próximo aos jatos de água, que também serão muito utilizados pelas crianças.

Acesso Pedestres Acesso Veículos

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N

Planta Zoneamento

Esc=1:1000

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Traçado

estrutural

A partir das visuais e dos percursos do terreno foram traçadas as linhas que estruturam o projeto paisagístico. A partir deste traçado foram criadas as áreas para as atividades que acontecerão no parque. Além de delimitarem áreas, as linhas guiam a distribuição de mobiliários e equipamentos urbanos.

108


N

Planta Traรงado

Esc=1:1000

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Sobreposição

Zoneamento + Traçado

A sobreposição do zoneamento com o traçado dá origem aos espaços e aos caminhos do paisagismo. Através de linhas secundárias (as quais aparecem tracejadas) criadas a partir do traçado principal, são configurados os caminhos sedundários do parque e as formas desconstruídas.

Acesso Pedestres

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Acesso Veículos


N

Planta Sobreposição Esc=1:1000

111


Proposta Acima da platéia é criada uma cobertura triangulada por uma estrutura espacial a qual além de sua função de proteger os espectadores, exerce papel de centralidade e de marco para o parque.

Acesso Pedestres

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Acesso Veículos


N

Planta Baixa Proposta Esc=1:1000

Esc=1/1000

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Imagens

Espaço de estar com Platéia ao fundo

Caminhos com platéia coberta

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Palco com parede de escalada ao fundo

Pista de caminhada, platéia à esquerda e lazer passivo à direita

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Lazer passivo com palco aos fundos

Lazer passivo

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Escalada

Caminhos e escalada

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Ane 118


exos LEI COMPLEMENTAR Nยบ 612, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2011. Cรณdigo de Obras

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LEI COMPLEMENTAR Nº 612, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2011

Seção IV Das Calçadas e Arborização Art. 25. As calçadas devem ser contínuas e não possuir degraus, rebaixamentos, buracos ou obstáculos que prejudiquem a circulação de pedestres. Parágrafo único. A manutenção das calçadas será de responsabilidade dos proprietários dos lotes, cabendo ao Poder Executivo Municipal efetuar a fiscalização de acordo com a legislação municipal vigente. Art. 26. Nas esquinas, após o ponto de tangência da curvatura, deverá ser executada rampa para portador de necessidades especiais, conforme as normas especificadas pela NBR-9050 da ABNT. Art. 27. A arborização urbana terá uma distância média entre si de 12,00m (doze metros), estando locada no terço externo da calçada e seguirá lei específica municipal e/ou Plano de Arborização do Município. Parágrafo único. As calçadas sem arborização receberão novas mudas de acordo com o Plano de Arborização Urbana.

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CÓDIGO DE OBRAS Subseção IV Das Feiras de Exposição Permanente Art. 109. Ficam compreendidos os boxes e stands de feiras e exposições instalados internamente em edificações e dispostos na forma de blocos ou conjuntos, separados por paredes divisórias leves, contendo obrigatoriamente: I - sanitários masculino e feminino, para atendimento ao público, com 2 (dois) vasos sanitários e um lavatório cada um, para o limite de até 10 (dez) boxes e stands e mais um vaso para cada fração de 10 (dez); II - circulação entre boxes ou stands com largura mínima de até 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros) para extensão de até 15,00m (quinze metros), sendo esta largura acrescida em 10% (dez por cento) a cada fração de 5,00m (cinco metros) acima dos 15,00m (quinze metros); III - a cada extensão de 15,00m (quinze metros) de circulação, deverá ter um acréscimo de área

de, no mínimo, 18,00m2 (dezoito metros quadrados), destinada ao uso público. Seção VIII Do Mobiliário Urbano Art. 161. O mobiliário urbano deverá ser construído atendendo normas técnicas da ABNT, em especial a NBR 9050/1994, que trata da adequação das edificações e do mobiliário urbano à pessoa deficiente. Parágrafo único. A instalação de equipamentos ou mobiliário de uso comercial ou de serviços em logradouro público reger-se-á pelo Código de Posturas, obedecidos os critérios de localização e uso aplicáveis a cada caso.

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Bibliografia

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YEANG, Llewelyn Davies; BAXTER, Alan. Urban Design Compendium. Disponível em: http://udc.homesandcommunities.co.uk/urban-design-compendium?page_id=&page=1. Acesso em maio de 2016. GEHL, Jan. Cidades para Pessoas; tradução Anita Di Marco. 1ª edição. São Paulo: Perspectiva, 2013. GOMES, Marcos Antônio Silvestre. Os parques e a produção do espaço urbano. Jundiaí, Paco Editorial:2013. LYNCH, Kevin. The Image of The City. The MIT Press, ano não espacificado. VIDIELLA, Àlex Sánchez. A paisagem urbana. Barcelona: Loft Publications, 2012. ELY, Vera Helena Moro Bins; ZOCCOLI, Ani; KOELZER, Mirelle Papaleo; WAN-DALL, Osnildo Adão Junior; GOULART, Vanessa Dorneles. Caderno de desenho universal aplicado ao paisagismo. Florianópolis: PET Arquitetura UFSC: 2010.

SANTOS, Camila Geracelly Xavier Rodrigues dos. Artigo Percepção do lugar: o modo relacional entre arte, artistas, público e .espaço urbano. BURIL, Maria Teresa; ARAÚJO, Anderson Alves; ALVES, Marccus. Plantas da mata Atlântica. Olinda: Livro Rápido, 2013. EGATTI. Simone. Espaços Públicos. Diagnóstico e metodologia de projeto. São Paulo: ABCP, 2013. Plano Municipal de Mobilidade Urbana de Concórdia (SC). Acesso em: http://www.concordia.sc.gov.br/atende.php?rot=1&ac a = 1 1 9 & a j a x =t&processo=viewFile&ajaxPreven t=1467562340140&file=D485FDA 506EC44D4889B9289F8F4CF78C4 96ED2A&sistema=WPO&classe=U ploadMidia. Município de Concórdia. Disponível em: http://www.concordia.sc.gov.br. Acesso em maio de 2016.

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