QUALIFICAÇÃO URBANA JÉSSICA MARIANE CORRÊA
E U Q R A P E D A D I C E D A D I C E U Q R PA
Caderno de projeto apresentado ao Centro Universitário Moura Lacerda, para cumprimento das exigências para a obtenção do título de Graduação em Arquitetura e Urbanismo sob a orientação da Prof.ª Dr.ª Vera Lucia Blat Migliorini.
JÉSSICA MARIANE CORRÊA
QUALIFICAÇÃO URBANA : AS MARGENS DO RIBEIRÃO PRETO
PARQUE CIDADE - CIDADE PARQUE
RIBEIRÃO PRETO 2013
AGRADECIMENTOS
P
rimeiramente, quero agradecer aos meus familiares, que tiveram muita paciência e
compreensão nesse momento difícil, mas, ao mesmo tempo, especial em minha vida. Agradeço também aos meus colegas de turma, que a todo momento opinaram, deram sugestões e incentivo para a conclusão deste trabalho. Por fim, mas não menos importante, à minha professora e orientadora Vera Lúcia B. Migliorini por todo apoio e confiança.
RESUMO
E
ste trabalho final de graduação tem como objetivo principal desenvolver uma proposta
para a requalificação das áreas situadas às margens do ribeirão Preto, localizado na cidade de Ribeirão Preto. Fundamenta-se na recomposição da paisagem urbana de uma região ociosa e pouco qualificada, que além de não ser aproveitada pela população, acaba por desvalorizar suas imediações. A idéia principal apóia-se na recuperação física das margens e das águas, mediante a integração desta área com os bairros vizinhos e o reassentamento de moradores em situação de risco, que se encontram atualmente na área, com o cuidado da não desarticulação dos mesmos. Todo o processo tem como finalidade reconstruir um espaço aberto voltado ao público, potencializando o perfil ecológico e recreativo, valorizando a região, gerando assim benefícios para cidade e a população como um todo.
SUMÁRIO
1.
pág.7
INTRODUÇÃO
2.
pág.11
TEORIA
3.
pág.27
OBJETIVOS
4.
pág.29
O LUGAR
2.1 TIPOS DE SEGREGAÇÃO
4.1 ASPECTOS NATURAIS E FÍSICOS
2.2 COMO ACONTECE A SEGREGAÇÃO
4.2 ASPECTOS SOCIAIS
2.3 CIDADE FORMAL X CIDADE INFORMAL 2.4 FAVELAS 2.5 O PARQUE LINEAR COMO INSTRUMENTO DE PLANEJAMENTO E GESTÃO AMBIENTAL EM ÁREAS DE FUNDO DE VALE URBANO
4.3 ASPECTOS LEGAIS
5.
pág.59
REFERENCIAS PROJETUAIS 5.1 CONCURSO RENOVA SÃO PAULO, SP 5.2 URBANIZAÇÃO DE FAVELAS - PAULO BASTOS 5.3 PARQUE BARIGUI - CURITIBA, SP 5.4 PARQUE LA VILLETTE - PARIS 5.5 THE RED RIBBON PARK - CHINA
6.
pág.71
7.
pág.125
8.
pág.127
CONSIDERAÇÕES REFERENCIAS PROJETO DE BIBLIOGRÁFICAS URBANIZAÇÃO E FINAIS QUALIFICAÇÃO AS MARGENS DO RIBEIRÃO PRETO 6.1 DIRETRIZES PROJETUAIS 6.2 DESENVOLVIMENTO DA PROPOSTA 6.3 IMPLANTAÇÃO PROPOSTA FINAL
IMAGEM ILUSTRATIVA Vista aérea do Cantinho do Céu às margens da Billings Foto Fabio Knoll [Acervo Sehab Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/12.135/4015
7
C
omo contribuição acadêmica, este trabalho apresenta discussões sobre temas
relevantes, tais como a recuperação de áreas ambientalmente frágeis, em especial os fundos de vale urbanos, além da integração sócio espacial de áreas urbanas fragmentadas por meio da inserção de espaços de uso público e adequação da infraestrutura de mobilidade urbana.
1.
INTRODUÇÃO
Sabemos que a desigualdade social é uma das marcas negativas da sociedade brasileira. “É impossível esperar que uma sociedade como a nossa, radicalmente desigual e autoritária, baseada em relações de privilégio e arbitrariedade, possa produzir cidades que não tenham essas características”. (MARICATO, 2001, p. 51)
Segundo MARICATO (2001), o que existe é uma enorme distância entre a lei e o que de fato se pratica no Brasil. A regularização urbanística oferece as leis de zoneamento, códigos de postura, lei de parcelamento do solo urbano como maneira de garantir o cumprimento efetivo da função social da propriedade. A legislação e os planos urbanísticos, muitas vezes, quando aplicados, não são de maneira igualitária ou total, mas sim parcialmente, atingindo apenas parte da cidade. VILLAÇA (2001) argumenta que uma das características mais marcantes das metrópoles brasileiras é a segregação espacial das classes sociais em áreas distintas da cidade. Basta uma 8
IMAGEM ILUSTRATIVA Vista da รกrea as margens do ribeirรฃo Preto invadido pela Favela da Lagoa Fonte: Acervo pessoal da aluna
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volta pela cidade, e nem precisa ser uma metrópole, para constatar a diferenciação entre os bairros, tanto no que diz respeito ao perfil da população, quanto às características urbanísticas, de infra-estrutura, de conservação dos espaços, equipamentos públicos, entre outros. Notável nos eixos que circundam a área estudada, localizada entre Av. dos Andradas , Av. Caramuru e parte da Av. João Fiusa, “[...] a segregação é um processo segundo o qual diferentes classes ou camadas sociais tendem a se concentrar cada vez mais em diferentes regiões gerais ou conjuntos de bairros da metrópole.” (VILLAÇA, 2001, p. 142 – grifo do original). No entanto a segregação urbana traz inúmeros problemas às cidades. O primeiro é, obviamente, a desigualdade em si. Camadas mais pobres da população, com menos recursos, são justamente as que gastam mais com o transporte diário, que têm mais problemas de saúde por conta da falta de infraestrutura, que são penalizadas por escolas de baixa qualidade, e assim por diante. A própria segregação é não apenas reflexo de uma condição social, mas um fator que contribui para tornar as diferenças ainda mais profundas. Com isso vem a violência. A segregação espacial aumenta a sensação de desigualdade e pode contribuir para uma maior violência urbana. A requalificação das margens do ribeirão Preto pode representar um primeiro passo nesse sentido, por ele remeter à origem de toda a cidade, é uma das áreas mais necessitadas do olhar técnico e cuidadoso para que esta segregação vivida atualmente no local regresse de forma positiva e integralizada com a cidade. Além de oferecer um espaço público qualificado, o projeto poderá contribuir com a conscientização ambiental da população, sensibilizando-a para a valorização das áreas de fundo de vale, hoje associadas ao lixo, invasão e à degradação.
10
IMAGEM ILUSTRATIVA Publicado no Estado de S. Paulo com resenha do livro Cidades Sustentáveis, Cidades Inteligentes" (Brookman, 2012), do professor Carlos Leite Informações do livro: Imagens de Tuca Vieira Fonte: http://cidadesinteligentes.blogspot.com.br/
11
2.1 Tipos de segregação Existem vários tipos de segregação: etnias, nacionalidades, classes sociais. Esta última é a que domina a estruturação das metrópoles brasileiras (VILLAÇA, 2001).
2.
REFERÊNCIAS TEÓRICAS
Lojikine (1997) identifica três tipos de segregação:
uma oposição entre o centro e a periferia;
uma separação cada vez mais acentuada entre as áreas ocupadas pelas moradias das classes mais populares e aquelas ocupadas pelas classes mais privilegiadas;
uma separação entre as funções urbanas, que ficam contidas em zonas destinadas a funções específicas (comercial, industrial, residencial, etc.)
É possível distinguir ainda a segregação “voluntária” da “involuntária”. A primeira refere-se àquela em que o indivíduo ou uma classe de indivíduos busca, por iniciativa própria, localizar-se próximo a outras pessoas de sua classe. A involuntária, ao contrário, é aquela em que as pessoas são segregadas contra a sua vontade, por falta de opção. Assim, à medida em que uma acontece, a outra também acaba acontecendo.
2.2 Como acontece a segregação O padrão mais conhecido de segregação é o centro x periferia, onde nesse modelo, as classes sociais mais ricas ficariam nas áreas mais centrais dotadas de infraestrutura e com maiores preços, e as classes pobres ficariam relegadas às periferias distantes e desprovidas de equipamentos e serviços. Esse padrão, entretanto, não é o mais comum nas cidades brasileiras. Em Ribeirão Preto, o padrão existente é o de ocupação das camadas de mais alta renda em setores específicos da cidade.
12
IMAGEM ILUSTRATIVA Vista aérea da Avenida Prof. João Fiusa, Zona sul da cidade de Ribeirão Preto Fonte: http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/guia/i71album-aereas.htm#
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[...] os bairros das camadas de mais alta renda tendem a se segregar (os próprios bairros) numa mesma região geral da cidade, e não a se espalhar aleatoriamente por toda a cidade. [...] Se o principal móvel da segregação fosse a busca de posição social, do status, da proteção dos valores imobiliários, ou proximidade a ‘iguais’, bastaria haver a segregação por bairro[...]; uns ao norte, outros a oeste, outros a leste e outros ainda ao sul da metrópole. Isso não ocorre, porém. (VILLAÇA, 2001, p. 150) Essa forma de ocupação do espaço pelas camadas de mais alta renda não acontece por acaso, como observado na figura abaixo.
Figura 01. Alternativas de segregação metropolitana. Fonte: (VILLAÇA, 2001, p. 340).
A estruturação interna das cidades obedece uma lógica de localização das camadas de mais alta renda, onde estas procuram se localizar em áreas com boa acessibilidade ao centro principal e, com isso, pioram a acessibilidade das outras áreas. Com o deslocamento progressivo dos serviços e equipamentos urbanos na direção das áreas de mais alta renda, a localização das 14
IMAGEM ILUSTRATIVA Publicado no Estado de S. Paulo com resenha do livro Cidades Sustentáveis, Cidades Inteligentes" (Brookman, 2012), do professor Carlos Leite Informações do livro: Imagens de Tuca Vieira Fonte: http://cidadesinteligentes.blogspot.com.br/
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outras classes vai se tornando relativamente pior. Assim, inicialmente a localização das elites tende a ser uma área próxima ao centro e à medida que o sistema urbano vai se desenvolvendo, uma série de serviços e comércios tende a se deslocar do centro principal em direção à área ocupada pelas classes mais altas. Surgem então subcentros especializados em serviços destinados a essas classes. Além disso, os investimentos públicos também tendem a se concentrar nessas áreas, principalmente aqueles relacionados à melhoria do sistema viário e, portanto, às condições de acessibilidade no caso do automóvel, não necessariamente do transporte coletivo. A mesma coisa acontece com relação aos serviços públicos e edifícios administrativos. Nesse sentido, portanto, é mais viável para as elites manterem uma estrutura similar à imagem da esquerda do que à da direita, ilustradas na figura 01. Dessa forma, é mais fácil controlar os investimentos públicos em uma área relativamente pequena, do que se essas áreas estivessem espalhadas pela cidade, com ações tais como a criação de um conjunto pequeno de vias arteriais e uma concentração de centros de serviços destinados às elites (antiquários, restaurantes e hotéis de luxo, etc.), que já seriam suficientes para atendê-la.
16
IMAGEM ILUSTRATIVA Vista da rua Vicente de Paula em Ribeirão Preto, ao fundo edifícios localizados à Avenida Caramuru Fonte: Acervo pessoal da aluna
17
2.3 Cidade Formal x Cidade Informal
Dentro dos limites da cidade, podemos distinguir dois tipos de terrenos: Os que estão legalizados pagam impostos e taxas e são reconhecidos oficialmente, a denominada "cidade formal", e os terrenos ilegais, que são frutos de invasão ou posse, a cidade informal. As favelas, na sua maioria surgidas no início do século, são consequência do processo de desenvolvimento econômico e políticas de governo. Não são de forma alguma causa, surgem como mecanismo de defesa e, de certo modo, contribuem para o estabelecimento e prosperidade do capitalismo. Desde o seu nascimento, a favela é uma forma de diminuir seus custos de produção. Qualquer terreno apresenta um custo para a cidade que é fruto da infra-estrutura que a cidade oferece. Ruas pavimentadas, esgoto, luz, água, linhas telefônicas, transporte, enfim uma série de serviços que a cidade instala, mas que precisa cobrar. Dentro da cidade, dependendo da quantidade de infra-estrutura disponível, uma certa taxa variável é cobrada do usuário ou dono. Poderíamos dizer que essa taxa está embutida em sua localização. Os interesses especulativos estão na base do processo de crescimento periférico: cria-se uma demanda especulativa, que retira do mercado porções expressivas do solo urbanizado, o que eleva artificialmente seu valor e encarece sua utilização; o valor elevado do solo urbano alimenta a demanda para fins de especulação e o ciclo se mantém, fazendo com que parte da demanda real, que não tem como arcar com os valores assim elevados, seja expulsa para áreas cada vez mais distantes (BOLAFFI, 1982). De fato, a especulação imobiliária gerada acaba por selecionar quem permanence nas áreas mais valorizadas. O custo do terreno varia, ainda que apresentando mesma área e características.
18
IMAGEM ILUSTRATIVA Publicado no Estado de S. Paulo com resenha do livro Cidades Sustentáveis, Cidades Inteligentes" (Brookman, 2012), do professor Carlos Leite Informações do livro: Imagens de Tuca Vieira Fonte: http://cidadesinteligentes.blogspot.com.br/
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O custo que existe para o cidadão da cidade formal está embutido em todas as taxas que se paga, no preço do terreno e do imóvel e na localização. Por outro, lado o morador da favela está isento das taxas legais, só pagando pelos serviços de que dispõem (água, luz) e se beneficia da localização do seu terreno, muitas vezes próxima ao mercado de trabalho, gratuitamente. Na sua utilização, a habitação operária não é apenas um abrigo, mas também um conjunto de equipamentos de infra-estrutura a eles vinculados. (BOLAFFI, 1982).
2.4 Favelas
Figura 02. apud: Davis, Mike. Planeta Favela. São Paulo, Boitempo, 2006, p.3.
A população urbana atual é maior que a população total do planeta em 1960. Enquanto isso, no mundo todo o campo chegou a sua população máxima de 3,2 bilhões de pessoas e começará a diminuir a partir de 2020. Como resultado, as cidades serão responsáveis por todo o crescimento populacional futuro da Terra – espera-se que seu ponto máximo, cerca de 10 bilhões de habitantes, seja atingido em 2050. 20
IMAGEM ILUSTRATIVA Vista da รกrea as margens do ribeirรฃo Preto invadido pela Favela da Lagoa Fonte: Acervo pessoal da aluna
21
Até 1960, o Brasil tinha uma população predominantemente rural. No recenseamento de 1970 já se constatou o predomínio da população urbana, com 56% do total nacional. Atualmente, 75% da população brasileira vive nas cidades. Segundo a prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, atualmente ao menos 25 mil habitantes vivem em favelas. O número é resultante de um processo precário de ocupação de assentamentos em andamento há 50 anos. Os núcleos habitacionais surgiram na década de 1960 e se estendem até hoje em áreas públicas e particulares da cidade, sendo que muitos destes são pessoas que vieram de outras cidades ou mesmo estados à procura de melhores oportunidades de vida em Ribeirão Preto, porém não conseguiram emprego e acabaram fixando-se em aglomerados subnormais. A urbanização de favelas bem sucedida, abrangente e sustentável, exige muitos requisitos. Com freqüência, a busca por uma solução rápida, que atenda a todos os casos, extingue decisões práticas que precisam ser tomadas, como prover terreno, garantir a implantação de infraestrutura, facilitar os mecanismos necessários de apoio social e reorganizar as prioridades da administração pública. O Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (UN-HABITAT), elaborado pelo Banco Mundial conjuntamente à Aliança de Cidades em Berlim, diz que com um programa de urbanização de favelas bem sucedido, três processos ocorrem simultaneamente ao longo do tempo; o morador da favela se torna um cidadão, o barraco se torna uma casa e a favela se torna um bairro.
22
IMAGEM ILUSTRATIVA Zona Norte de S達o Paulo Foto Nelson Fonte: http://vitruvius.com.br/revistas/read/minhacidade/11.126/3703
23
2.5 O parque linear como instrumento de planejamento e gestão ambiental em
áreas de fundo de vale urbano
As áreas verdes lineares são territórios potenciais para serem utilizados numa rede ecológica continua de proteção da vegetação, assim como de outros recursos naturais. Para Scalice (2002), nas duas ultimas décadas do século XX desenvolvem-se preocupações com zonas ribeirinhas, atualmente degradadas pelos usos industriais, domésticos e de infraestrutura, resultantes do desenvolvimento urbano e da Revolução Industrial. Com a presença dos cursos d’água e sua mata ciliar, estes espaços agregam atributos ambientais, que potencializam o uso das áreas de fundo de vale para a exploração da paisagem natural e para o lazer contemplativo em área urbana. Estas áreas dentro do território brasileiro, nos dias atuais, são consideradas pela legislação ambiental como APPs – Áreas de Preservação Permanente, ou seja, proibidas de edificação e/ou qualquer tipo de ocupação, mas na realidade caracterizam-se como espaços residuais da paisagem natural remanescente, quando existente, e encontram-se geralmente invadidas e degradadas pelo modelo de urbanização adotado até hoje. No entanto, para que permaneçam livres, deverão assumir algum papel ou significado urbano relevante. Para que a população apreenda o sentido do parque, estas áreas não devem ser ocupadas ou deterioradas. Para isso, o local deve informar e formar, através de um planejamento e projeto urbano-ambiental, uma consciência ambiental quanto ao uso e ocupação destas áreas. Segundo MAGALHÃES (1996), as linhas de água e as zonas adjacentes são elementos da paisagem com potencialidades únicas para a criação de locais de lazer e requalificação das áreas de expansão urbana. Para Friedrich (2007, p. 43), a função dos parques lineares deve ser agora integradora: … o equipamento parque linear torna-se atualmente um objeto estruturador de programas ambientais em áreas urbanas, sendo muito utilizado como 24
IMAGEM ILUSTRATIVA Vista do ribeir達o Preto a partir da rua Eduardo Soares de Azevedo Fonte: Acervo pessoal da aluna
25
instrumento de planejamento e gestão das áreas marginais aos cursos d’água, buscando conciliar tanto os aspectos urbanos e ambientais presentes nestas áreas como as exigências da legislação e a realidade existente (FRIEDRICH, 2007, p. 43). As áreas de fundo de vale passam a desempenhar importantes papéis no meio urbano, adquirindo cada vez mais um caráter multifuncional em um espaço único. Por exemplo, em um parque urbano podem ser instalados equipamentos culturais, esportivos, recreativos, de lazer, educativos ou para a prática de caminhadas. De acordo com HOUGH (1998), os fundos de vale são laços insubstituíveis entre os processos naturais e o urbano, e através da implantação de parques lineares estas áreas podem configurar-se como uma oportunidade histórica e educativa para as cidades, no que diz respeito à preservação e recuperação do ambiente natural característico, propiciando o contato físico e visual destes espaços pela população.
26
IMAGEM ILUSTRATIVA Foto aérea da área em estudo Fonte: Google Earth, imagem datada 18/08/2013.
27
A
intervenção proposta pretende estruturar um plano de ações voltadas ao
ordenamento territorial, a fim de resgatar um fragmento da região oeste de Ribeirão Preto, às margens do ribeirão Preto, com a incorporação de novos usos, relocação da população residente em áreas de risco e a ampliação e dinamização de áreas verdes que servirão de suporte para a
3.
OBJETIVOS
requalificação desta região da cidade. A metodologia de planejamento para a área está baseada em Estudos Projetuais, com os seguintes objetivos:
Criação de uma socioeconômicos;
intervenção
inclusiva
com
oportunidades
para
todos
os
Mistura de usos residenciais, comerciais, de serviços, culturais e de lazer;
Atração de uma ampla gama de faixas etárias e estilos de vida para a região da cidade;
Facilitação das viagens a pé ou de bicicleta;
Uso eficiente do solo urbano;
Aumento das áreas verdes.
grupos
28
ESTADO DE SÃO PAULO
MUNICÍCIO DE
RIBEIRÃO PRETO
ÁREA
LEGENDA Área em Estudo SEM ESCALA
29 29
LOCALI
A área em estudo localizase na cidade de Ribeirão Preto SP, com aproximadamente 98 hectares, às margens do ribeirão Preto,
a
cerca
de
4km
de
O LUGAR
4.
FAVELA DOS ANDRADAS
distância do centro da cidade, entre as principais avenidas: Av.
FAVELA DA LAGOA
dos Andradas, Av. Caramuru e parte da Av. João Fiusa.
RIBEIRÃO PRETO
A cidade de Ribeirão Preto possui
uma
característica
marcante, do ponto de vista ambiental, que é a presença de vários cursos d’água, com grande
HORTO FLORESTAL
potencial para a implantação de parques lineares.
IZAÇÃO
Fonte: Google Earth, imagem datada 18/08/2013.
30
ÁREA EM ESTUDO JARDIM SANTA RITA
Figura 03. Favela da Lagoa
BARRAGEM
to o pre
ã ribeir
Figura 04. Favela dos Andradas
ÁRIO SP ANEL VI
Fonte: ACERVO PESSOAL DA ALUNA.
HORTO FLORESTAL
- 333
31 31
Figura 05. Vista do ribeirão Preto a partir da Av. Luzitana.
SEM ESCALA
JD. VIDA NOVA
FAVELA DA LAGOA
JD. MARIA GORETTI
PQ. RIBEIRÃO PRETO
JD. DELBOUX
Por estar localizado em uma das entradas da cidade, de fácil ligação a região central e conter uma grande área verde devido ao horto florestal, a requalificação das margens do
ANDRADAS
ribeirão Preto pode representar um primeiro passo no sentido da qualificação urbana. Além de oferecer um espaço público
ZITANA
qualificado, o projeto poderá contribuir com a conscientização
RIBEIRÃO PRETO
AV. LU
ambiental
da
população,
sensibilizando-a para a valorização das áreas de fundo de vale, hoje associadas ao lixo e à degradação,
pelas
principais
favelas
estabelecidas no lugar. AV
.C
AR AM UR U
AV. PROF. JOÃO FIÚS A
A
RADA V. DOS AND
FAVELA DOS
32
http://www.tribunaribeirao.com.br/materia/mais-de-100-familias-vao-deixar-favelas/
Reportagem
33 33
16 de Dez. de 2012 às 22:19
Jornal A Tribuna No dia 17 de dezembro, a prefeitura de Ribeirão Preto inicia a remoção de moradores das favelas Lagoa e Cidade da Criança e de integrantes de movimentos populares para o Condomínio Itajubá, que conta com 224 apartamentos, construídos na região do Ipiranga pelo programa Minha Casa, Minha Vida em parceria com a administração municipal. Conforme decreto municipal, 50% das unidades foram atribuídas a famílias que moram em situação de risco e o restante para as famílias inscritas no programa Minha Casa, Minha Vida. O município de Ribeirão Preto tem um dos maiores índices de resolutividade do programa em todo o País, segundo a Caixa Econômica Federal.
O desenvolvimento do trabalho segue identificando as questões físicas e naturais do local, assim como os aspectos
sociais
e
legais
para
uma
proposta
fundamentada na realidade das considerações às ações. Embora a reportagem ao lado afirmar que houve a remoção em 2012 de moradores da favela Lagoa, área estudada, a população em menos de um ano já retomou o local. A Prefeitura não consegue, hoje, remover mais de 12 de um total aproximado de 180 famílias. FAVELA DOS ANDRADAS
Estudos da Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto retratam os pontos de enchentes como ilustra o mapa 01, em todos os anos estes locais sofrem com este problema que vem se agravando cada vez mais devido
am Car Av.
a ocupação de área de preservação ao longo do
uru
ribeirão. Na parte baixa da cidade, relacionada à cota 535, se caracteriza o que chamamos de fundo de vale.
os .d
Av
a dr An
s da
FAVELA DA LAGOA
Um dos grandes problemas em questão, são as ocupações irregulares às margens do ribeirão Preto, que é o caso da favela da lagoa (8.5), onde além de enfrentarem enchentes, problemas de infraestrutura, eles estão muito próximos a barragem da mata de Santa Teresa e onde deveria haver vegetação de mata ciliar protegendo o curso d’água, evitando a ocorrência de enchentes.
Mapa sem escala
Mapa 01. Localização de áreas de enchentes
34
Figura 06. FOTO AÉREA DA ÁREA EM 2001 - ÁREA JÁ URBANIZADA.
CARACTERÍSTICAS DAS ÁREAS VERDES NATURAIS AO LONGO DO RIBEIRÃO.
Fonte: ARQUIVO PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRÃO PRETO, 2013.
35
Figura 07. FOTO AÉREA DA ÁREA EM 2005 - INDÍCIOS DO INÍCIO DA OCUPAÇÃO IRREGULAR.
OBSERVA-SE ADENSAMENTO DE VEGETAÇÃO.
Fonte: ARQUIVO PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRÃO PRETO, 2013.
36
8.4
SITUAÇÃO ATUAL Figura 08. FOTO AÉREA DA ÁREA EM 2013 - ATUAL SITUAÇÃO DA ÁREA COM AS DUAS INVASÕES EM QUESTÃO, 8.4 FAVELA DOS ANDRADAS e 8.5 FAVELA DA LAGOA.
Um levantamento realizado em 2010 através da Prefeitura de
8.5
Ribeirão Preto e COHAB-RP, para a elaboração do PLHIS - Plano Local de Habitação de Interesse Social, apresenta a situação das favelas
na
cidade,
diagnosticando
as
áreas
consolidadas,
estimando custos, dando diretrizes, objetivos e metas para a problemática. As áreas são geralmente vazios urbanos, áreas verdes e Fonte: Google Earth, imagem datada 18/08/2013.
37
localizados próximos a bairros de classe baixa.
Em análise às informações coletadas em mapas, foto aéreas, tabelas, relatórios, entre
ASPECTOS SOCIAIS
outros, e dos levantamentos em campo realizados, foram observada características, como: a)
tamanho do assentamento e sua localização com relação à cidade;
b)
sua tipologia, podendo ser consideradas favelas, invasões, ou outras;
c)
grau de adensamento, (número de pessoas por hectare, residência ou cômodo);
d)
grau de consolidação, (porcentagem de habitações edificadas com materiais permanentes e
com acabamento); e)
nível de precariedade no que se refere à condição das edificações, dos riscos de
desabamentos e inundações, e da presença e qualidade tanto da infraestrutura como dos serviços urbanos; De acordo com o PLHIS - Ribeirão Preto (2010, p.14 ), “Denaldi (2008) identifica basicamente três categorias de intervenção física não excludentes entre si - a urbanização (que pode ser simples ou complexa), o reassentamento (ou realocação) e o remanejamento (ou relocação, ou ainda remoção) do núcleo” Sendo assim, segue as considerações destas análises em relação a área estudada. Como principal ação está o REASSENTAMENTO: “Reassentamento (realocação): Compreende a remoção para outro terreno, fora do perímetro da área de intervenção. Trata-se da produção de novas moradias de diferentes tipos (apartamentos, habitações evolutivas, lotes urbanizados) destinadas aos moradores removidos dos assentamentos precarios consolidáveis ou não consolidáveis. (DENALDI, 2008, apud PLHIS: 2010, p14).
Fonte: ACERVO PESSOAL DA ALUNA.
Figura 09. Favela da Lagoa
38
39 39
A favela dos Andradas localiza-se na Av. Dos Andradas, zona oeste da cidade. O lugar em que a favela se encontra é uma área verde da Prefeitura, sendo considerada invasão em área pública. Com base nos dados do Quadro 01, a área possui 52.700m² Fonte: PLHIS - Plano Local de Habitação de Interesse Social: 2010, p.216
Quadro 01 - TABELA DE CARACTERIZAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS ASSENTAMENTOS PRECÁRIOS.
8.4 FAVELA DOS ANDRADAS
e 46 unidades, com uma população estimada de 170 pessoas. As
moradias
existentes,
são
de
alvenaria,
materiais
resistentes e com acabamento, e organização na divisão de lotes. Há
intensa
necessidade
de
controle
da
ocupação
principalmente pelo fato do lugar não aparentar ter estudo e compactação de solo para finalidade de moradia, o que pode evidenciar o risco de futuros dessabamentos, Para
a
área
o
PLHIS-RP
indica
como
REASSENTAMENTO com produção habitacional.
ação
o
1
1
4
2 3
Figura 11
2
Figura 10. fonte Google Earth
As Figuras 10 à 14 ilustram a atual situação da denominada área Figura 12
3
verde da Prefeitura invadida, e já estruturada com construções de casas e estabelecimentos comerciais. Como já foi citado, o local
sendo uma área verde,
não tem a
Fonte: ACERVO PESSOAL DA ALUNA.
finalidade de moradia.
Figura 13
4
Figura 14
40
41 41
A favela da Lagoa localiza-se próxima ao Jardim Vida Nova, zona oeste da cidade. O lugar em que a favela se encontra é de área pública e privada, sendo também considerada uma invasão. Com base nos dados do Quadro 02, a área demarcada possui 36,049m², e teriam suas unidades removidas. Embora hoje estes Fonte: PLHIS - Plano Local de Habitação de Interesse Social: 2010, p.220.
Quadro 02 - TABELA DE CARACTERIZAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS ASSENTAMENTOS PRECÁRIOS.
8.5 FAVELA DA LAGOA
dados são outros, devido a reinvasão que houve à área, e em decorrência disso não se tem base ao certo da quantidade de unidades que se realocaram na área. As moradias foram contruidas com materiais diversos e até mesmo restos de outras construções, tais como telas e madeiras. Há
intensa
necessidade
de
controle
da
ocupação
principalmente pelo fato das moradias estarem muito próximas ao ribeirão, em área de risco de enchentes e erosões. O PLHIS também recomenda para a área ações de REASSENTAMENTO com produção habitacional.
1
Há na área uma nova construção de edifício residencial junto à favela.
1
Figura 16
2 2
3 Figura 15. fonte Google Earth
Fonte: ACERVO PESSOAL DA ALUNA.
Na Figura 17, pode-se notar que crianças brincam em meio à sujeira e entulhos sem infraestrutura adequada para o lazer.
Figura 17
3
A favela da Lagoa fica muito próxima à área da Barragem, sendo assim considerada uma área de risco aos moradores.
Figura 18
42
4
A figura 19 mostra que os barracos são feitos de materiais diversos, restos de construções e sem infraestrutura alguma, onde alguns criam animais dentro da própria moradia.
5 4
Figura 19
5
Figura 22. fonte Google Earth
Figura 20
6
Crianças em idade escolar ficam o dia todo na rua, não indo a escola por não haver vagas e sem um local adequado para o lazer, permanecendo na rua a deriva da criminalidade.
43 43
Figura 21
Fonte: ACERVO PESSOAL DA ALUNA.
Nas figuras 20 e 21 observa-se a vegetação ao fundo onde se encontra o ribeirão Preto, uma Área de Preservação Permanente APP, que por Lei deveria ser Preservada.
6
7
8 9
Figura 24 Figura 23. fonte Google Earth
8 O transporte público que abrange esta área se restringe apenas à Av. Luzitana, como na figura 25, tendo os moradores que se deslocarem em grande distância, sendo esta uma reclamação pertinente dos habitantes da favela da Lagoa.
Fonte: ACERVO PESSOAL DA ALUNA.
7
Área privada que foi invadida, onde hoje há construção de casas de alvenaria sem planejamento.
Figura 25
9
A figura 26 ilustra o ribeirão Preto com uma das poucas passagens que presença de mata ciliar.
Figura 26
44
45 45
ASPECTOS LEGAIS
Legislação consultada: - Lei Complementar nº501 de 1995 – Plano Diretor - Lei Complementar nº1616 de 2004 – Código do Meio Ambiente do Município - Lei Complementar nº2505 de 2012 – Parcelamento do Solo - Lei Complementar nº2158 de 2007 – Código de Obras - Lei Complementar nº2204 de 2007 – Plano Viário - Resolução CONAMA Nº 369, de 28 de março de 2006
*
Conforme contato com a Prefeitura de Ribeirão Preto, a Lei 2505/2012 foi recentemente
aprovada, porém os mapas que compõem os anexos ainda estão em processo de aprovação. Portanto foi orientada a utilização dos mapas anexos da antiga lei de parcelamento (2157/2007). * A legislação de Ribeirão Preto divide o território do Município segundo um macrozoneamento, zoneamento ambiental, zoneamento industrial e áreas especiais. Sendo assim, os parâmetros de uso e ocupação do solo resultam da sobreposição destes.
Nos anexos da Lei 2505/2012, há as descrições dos perímetros do Macrozoneamento e
Zoneamento Industrial, que foram traçados e sobrepostos aos mapas anexos da antiga lei de parcelamento.
A seguir serão apresentados os estudos do entorno, abrangendo um raio de aproximadamente 2km a partir do centro da área estudada.
46
47 47
MACROZONEAMENTO
ZONA DE URBANIZAÇÃO PREFERENCIAL - ZUP
Conforme o anexo III da nova Lei de Parcelamento do Solo - 2505/2012, a área se encontra
Art. 5º da Lei nº2505/2012
dentro da Área Urbana e está condicionada as Zonas de Urbanização Preferencial (ZUP) e a de
I - Zona de Urbanização Preferencial (ZUP):
Proteção Máxima (ZPM).
Usos
Permitidos:
residencial,
industrial,
comercial e prestação de serviços. Artigo 186 - A Subzona 04 (ZMT - 4) é constituída pelas áreas das microbacias dos
córregos
Serraria
e
do
Horto
localizadas na Zona Rural, onde não será permitida a instalação de atividades com índice de risco ambiental acima de 1,0 .
ZONA DE PROTEÇÃO MÁXIMA - ZPM Art. 5º da Lei nº2505/2012 V - Zona de Proteção Máxima (ZPM): composta pelas planícies aluviares (várzeas), margens
de
rios,
córregos,
lagoas,
reservatórios artificiais e nascentes, áreas cobertas com vegetação natural;
Artigo 28º da Lei 2505/2012 - A instalação de atividades
urbanas não
residenciais fica
proibida na Zona de Proteção Máxima (ZPM).
Mapa sem escala
48
49 49
ZONEAMENTO AMBIENTAL Segundo código do meio ambiente, Lei 1616/04 esta área é uma Zona de Uso Disciplinado (ZUD), com ZONA DE PROTEÇÃO MÁXIMA de remanescente de vegetação natural. O mapa do Zoneamento Ambiental destaca as duas áreas invadidas, a Favela dos Andradas (8.4) e a Favela do Lagoa (8.5), já apresentadas.
ZONA DE PROTEÇÃO MÁXIMA - ZPM Remanescente de Vegetação Natural. Corpos D’água. Planície Aluvionar / Campos e Várzeas.
ZONA DE USO DISCIPLINADO - ZUD Art. 42 da Lei nº 501/1995
8.4
III - Zona de Uso Disciplinado (ZUD), compreendendo a área da Formação Serra Geral (basalto), subdividindo-se em: a) ZUD 1: área interna ao Anel Viário; § 1º - Em virtude das características diferenciadas de relevo, a Zona de Uso 8.5
Disciplinado (ZUD) deve ser considerada em subzonas: a) elevações e interflúvios; b)vertentes.
Mapa sem escala
50
51 51
ÁREAS ESPECIAIS
XI - AEPU - Área Especial para Parque Urbano,
Segundo o Art.7º da Lei de Parcelamento do Solo - 2157/2007, na região estudada se
composta por áreas propícias à implantação de Parque Urbano, notadamente as APP’s e os remanescentes de vegetação natural, mediante parceria, permuta, doação ou compra por parte do município.
encontram Área Especial para Parque Urbano – AEPU, Área Comum, Áreas Espaciais de interesse Social I – AIS 1, além de Áreas Especiais de Interesse Social II – AIS 2.
II - AIS -1: Áreas Especiais de Interesse Social -Tipo 1, que constituem áreas onde estão situados loteamentos residenciais de média e baixa renda ou assentamentos informais, parcialmente destituídos de condições urbanísticas adequadas; destinadas à recuperação urbanística e provisão de equipamentos sociais e culturais e à regularização fundiária, atendendo legislações específicas.
III - AIS - 2: Áreas Especiais de Interesse Social - Tipo 2, composta por áreas desocupadas, propícias para o uso residencial onde se incentiva a produção de moradias para as faixas de renda média e baixa ou de habitações de interesse social, especialmente mediante a formação de cooperativas habitacionais; consórcio imobiliário e/ou loteamentos de interesse social; Mapa sem escala
52
53 53
ZONEAMENTO INDUSTRIAL O Anexo V da nova Lei de Parcelamento do Solo - 2505/2012, zoneamento industrial, caracteriza a área como área de uso misto I, AUM – 1, com índice de risco ambiental = 1,5. Art. 12 da Lei 2505/2012 - As áreas destinadas aos usos industriais, comerciais e de prestação de serviços, com risco ambiental, serão classificadas nas seguintes categorias, compatibilizando as atividades com a proteção ambiental:
IV - ÁREA DE USO MISTO I AUM 1 destina-se à instalação de estabelecimentos de menor potencial poluidor, à implantação daqueles cujos processos, submetidos a métodos adequados de controle e tratamento de efluentes, ainda contenham fatores incômodos, em relação às demais atividades urbanas, classificadas com índice de risco ambiental até 1,5 (um e meio); Usos Permitidos: Residencial, industrial, comercial e prestação de serviços.
Mapa sem escala
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55 55
SISTEMA VIÁRIO Nos artigos 79 e 73 da Lei de Parcelamento do Solo 2157/2007, constitui-se:
Os artigos 73 e 79 da Lei de Parcelamento do Solo - 2157/2007, definem diretrizes viárias que se aplicam à área de estudo. Analisando aos mapas, nota-se a principal proposta viária para região, com ligação por
Artigo 79 - Paralelamente às faixas de ZPM ao longo dos cursos d’água, serão implantadas “Vias Parques” conforme classificação física e funcional constantes nos Anexos IX, respeitadas as dimensões mínimas fixada sem virtude da condição de áreas integrantes da Zona de Proteção Máxima e das obras de contenção de enchentes, devendo sua classificação ser integrada ao sistema de lazer recreativo e/ou contemplativo, descaracterizando a necessidade de ligações das rodovias com os centros urbanos.
avenidas e parques lineares.
Hierarquia Funcional
Hierarquia Física
Artigo 73 - O cruzamento entre avenidas será efetuado por meio de praças rotatórias com raio externo mínimo de 75 (setenta e cinco) metros, ou dispositivo equivalente, conforme as diretrizes estabelecidas pelo órgão competente do Poder Executivo Municipal responsável pelo planejamento do sistema viário. Mapa sem escala
Mapa sem escala
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57 57
SISTEMA VIÁRIO - Plano cicloviário
Art. 164 - No município de Ribeirão Preto, as Áreas de Preservação Permanente ao longo de rios, córregos, nascentes, lagos e reservatórios corresponderão a faixas com as seguintes larguras mínimas:
Segundo a Lei Complementar nº1616 de 2004 – Código do Meio Ambiente do Município, em seu Artigo 163, Parágrafo 5º - Parques Lineares são aqueles que acompanham os cursos d’água, com objetivo principal de proteção hídrica, das matas nativas, destinados também à recreação e lazer.
- 30 (trinta) metros, nos cursos d’água com menos de 10 (dez) metros de largura; mesmo que intermitentes; - 50 (cinqüenta) metros, ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios naturais ou artificiais; Art. 279 - Dentro do perímetro urbano, nas áreas de preservação permanente ao longo das margens dos cursos d’água, lagos e reservatórios, e nas Faixas de Drenagem definidas no Código de Meio Ambiente, o que for maior, deverão ser implantados Parques Lineares.
Parágrafo Único - Nos Parques Lineares poderão ser implantadas obras de contenção de enchentes. Mapa sem escala
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59
PARQUE LINEAR . PERCURSOS . CICLOVIAS . REASSENTAMENTO . ACESSIBILIDADE . ESTAÇÃO ECO . QUADRA POLIESPORTIVA . ESPAÇO CULTURAL . CONTEMPLAÇÃO .
PARQUE LINEAR . PERCURSOS . CICLOVIAS . REASSENTAMENTO . ACESSIBILIDADE .
5.
REFERÊNCIAS PROJETUAIS
ESTAÇÃO ECO . QUADRA POLIESPORTIVA . ESPAÇO CULTURAL . CONTEMPLAÇÃO .PARQUE LINEAR . PERCURSOS . CICLOVIAS . REASSENTAMENTO . ACESSIBILIDADE . ESTAÇÃO ECO . QUADRA POLIESPORTIVA . ESPAÇO CULTURAL . CONTEMPLAÇÃO . PARQUE LINEAR . PERCURSOS . CICLOVIAS . REASSENTAMENTO . ACESSIBILIDADE . ESTAÇÃO ECO . QUADRA POLIESPORTIVA . ESPAÇO CULTURAL . CONTEMPLAÇÃO .PARQUE LINEAR . PERCURSOS . CICLOVIAS . REASSENTAMENTO . ACESSIBILIDADE . ESTAÇÃO ECO . QUADRA POLIESPORTIVA . ESPAÇO CULTURAL . CONTEMPLAÇÃO . PARQUE LINEAR . PERCURSOS . CICLOVIAS . REASSENTAMENTO . ACESSIBILIDADE . ESTAÇÃO ECO . QUADRA POLIESPORTIVA . ESPAÇO CULTURAL . CONTEMPLAÇÃO . PARQUE LINEAR . PERCURSOS . CICLOVIAS . REASSENTAMENTO . ACESSIBILIDADE . ESTAÇÃO ECO . QUADRA POLIESPORTIVA . ESPAÇO CULTURAL .
CONTEMPLAÇÃO . PARQUE LINEAR . PERCURSOS . CICLOVIAS . REASSENTAMENTO . ACESSIBILIDADE . ESTAÇÃO ECO . QUADRA POLIESPORTIVA . ESPAÇO CULTURAL . CONTEMPLAÇÃO .PARQUE LINEAR . PERCURSOS . CICLOVIAS . REASSENTAMENTO . ACESSIBILIDADE . ESTAÇÃO ECO . QUADRA POLIESPORTIVA . ESPAÇO CULTURAL . CONTEMPLAÇÃO . PARQUE LINEAR . PERCURSOS . CICLOVIAS . REASSENTAMENTO . ACESSIBILIDADE . ESTAÇÃO ECO . QUADRA POLIESPORTIVA . ESPAÇO CULTURAL . CONTEMPLAÇÃO . PARQUE LINEAR . PERCURSOS . CICLOVIAS . REASSENTAMENTO . ACESSIBILIDADE . ESTAÇÃO ECO . QUADRA POLIESPORTIVA . 60 60
Superintendência de Habitação Popular/Sehab
Concurso Renova SP, São Paulo - SITE ARCOWEB
Moradia social vai requalificar a cidade
O Renova SP foi um concurso público nacional de ideias promovido em 2011 pela Sehab (Secretaria de Habitação), organizado por Elisabete França, Maria Teresa Diniz e pelo IAB/SP (Instituto dos Arquitetos do estado de São Paulo), para a requalificação de favelas e loteamentos irregulares do município. A escolha das 22 áreas de intervenção se baseou no Plano Municipal de Habitação 2004/2015, que está em votação na Câmara Municipal, elegendo-se para o certame as chamadas áreas prioritárias. São, em resumo, regiões que demandam reassentamento emergencial de Fonte imagens: http://renovasp.habisp.inf.br/concurso/info/apresentacao
moradias - 130 mil no total -, sobretudo as que apresentam risco de desabamento ou que comprometam o regime de águas da cidade. Há, desde 2005, um convênio da Sehab com a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estadual de
São Paulo) para o desenvolvimento do plano de saneamento, com coincidência aproximada do traçado do sistema de esgoto e o de drenagem pluvial, de modo que visualizar o território em conjuntos de bacias e sub-bacias hídricas ajuda a resolver num único lance dois problemas interligados: a urbanização irregular que polui e os cursos d’água historicamente tratados como esgoto a céu aberto. Assim, o PMH e, consequentemente, o Renova SP são estruturados em zonas hídricas e na série de elementos urbanos a elas relacionados, como ruas e equipamentos públicos, enfim, conjuntos que receberam a denominação Perímetro de Ação Integrada (PAI). 61
Fonte imagens: http://renovasp.habisp.inf.br/concurso/info/apresentacao
MORRO DO S-4 O objetivo essencial é propor o entendimento de que a habitação de interesse social não é um problema de quantidade, nem de custo, nem de tecnologia, o objetivo essencial é a construção da cidade. A proposta não trata da substituição total da condição pré-existente. O projeto consiste em um processo de restituição da urbanidade, onde o sentido da ação se manifesta através da intersecção ponderada de uma nova estrutura urbana com a estrutura pré-existente, configurando-se assim um novo território. HIPÓTESE: Estabelecer CENTROS DE ADENSAMENTO, com conteúdo de valores URBANOS E CIDADANIA que funcionam como estímulos à transformação.
São quatro as regiões de intervenção, cada qual com seus PAIs, totalizando algumas centenas de favelas e loteamentos a se requalificar. Um dos méritos da empreitada foi propor a melhoria da habitação social de São Paulo na grande escala e de forma detalhada, caso a caso, pautada pela diretriz do mínimo deslocamento das moradias e pela análise das dificuldades e potencialidades de cada território para que Tipologias - Área do Morro S4 Projeto de Héctor Vigliecca e equipe (1º lugar)
se efetive a qualidade urbana. 62
ÁGUA VERMELHA 2 A. Resgate de sistemas
O objetivo do projeto é aproximar o rio da população. Mostrar-lhe a imensa
naturais preexistentes
riqueza que representa ter um rio e seus sistemas perto de casa e incentivar a
B. Novo bairro-jardim
interpretação das dinâmicas que ocorrem ali. Incentivá-la a participar das iniciativas
organizado em transição com
de conscientização pela preservação do meio-ambiente.
os ecossistemas preexistentes
Parte da população será realocada para um terreno próximo ao rio Tietê,
C. Rio Tietê
contido em uma zona de baixa densidade. O terreno é resultado de um aterro cuja
D. O paisagismo consolida
terra é proveniente de escavação feita na região para construção de uma represa de
eixos cívicos
contenção das águas pluviais, que servirá também para ativar a presença da fauna e
E. Parque ecológico linear,
flora autoctonias. Sob os novos edifícios de habitação a presença do aterro foi um
resultado da recuperação das
recurso utilizado para a criação de subsolos de estacionamentos sem a necessidade
margens do rio.
de escavação do terreno original.
F. Expropriação de atividades
A estratégia é gerar um grande Parque Linear que potencialize o corredor verde fluvial
industriais da frente do rio
e faça uma suave transição entre este ecossistema e o tecido urbano existente.
G. Gerar novos polos de
A multiplicidade de serviços que são prestados na comunidade consolida esses
centralidade
eixos cívicos de convivência e de intercâmbio cultural e permite à população
H. Recuperação da água na
reconhecer o delicado sistema ambiental que a rodeia.
paisagem urbana
Fonte imagens: http://renovasp.habisp.inf.br/concurso/info/apresentacao
63 63
Plano urbano desenvolvido pelos escritórios Libeskindllovet Arquitetos e Jansana, de la Villa, de Paauw Arquitectes para a área Água Vermelha 2 (1º lugar)
La Cité des Sciences et de l´Industrie é um museu que mostra o mundo em constante mutação, à partir do desenvolvimento da ciência e da tecnologia.
La Cité de la Musique propõe iniciar o público à descoberta da música. São salas de concertos e um Museu da Música com 900 instrumentos vindos desde o século XVII até nossos dias.
Le Parc de la Villette é um imenso jardim aberto ao público o ano inteiro. Neste parque são programadas manifestações como exposições, concerto, circos, festivais.
Este conjunto todo é conhecido como o La Villette e neste mesmo espaço está situada La Géode, o cinema gigantesco.
PARQUE LA VILLETTE – PARIS http://www.tschumi.com/projects/3/ O parque é um projeto do suíço Bernard Tschumi concebido em 1982 após ter seu projeto escolhido em meio a 470 concorrentes que queriam construir um parque urbano e futurista no lugar do matadouro que existia ali naquela zona que foi abandonada em Paris no século passado. Hoje o local é um símbolo do desconstrutivismo arquitetônico abrigado em 135 hectares onde além do parque se tem dois grandes importantes centros, o Cité des Sciences et de l’Industrie (Museu de Tecnologia e Ciência) junto ao La Géode (O maior cinema 3D do mundo) e a Cité de la Musique (cidade da Música) . 64
URBANIZAÇÃO DE FAVELAS PAULO BASTOS ESTUDOS AVANÇADOS 17 (47), 2003 As favelas Jardim Floresta e Imbuias I , na Capela do Socorro (Região Sul de São Paulo) , integram o projeto de urbanização elaborado pelo arquiteto Paulo Bastos e equipe, de um conjunto de quatro favelas do Programa Guarapiranga; a primeira favela está com suas obras terminadas e a segunda, parcialmente executada.
Os projetos basicamente criaram um sistema de vielas para pedestres (secundárias) nas encostas, articuladas a vielas de fundo de vale (principais) aproveitando o máximo possível o existente. A elas acoplaram-se algumas áreas livres compondo um conjunto, ao mesmo tempo, de espaços abertos de uso comunitário e acessibilidade às moradias, permitindo trânsito esporádico de caminhões de lixo, ambulâncias, bombeiros, caminhões de manutenção das tubulações de esgoto, entre outros, no interior da favela. A coleta de águas pluviais nas vielas secundárias se dirige para os córregos canalizados dos vales; a de esgoto, para interceptores ligados à rede oficial. Em ambos os assentamentos, para os removidos das áreas de risco, foram propostas novas habitações, com tipologias familiares
diversas,
diferenciados
desfavoráveis. 65 65
de
modo e
a
atender
condições
programas topográficas
- PROJETO DE PRAÇA Paisagisticamente, o elemento mais importante é a arborização, formada por espécies frutíferas. Assim, mais do que em um projeto de saneamento, trabalhou-se em um projeto de identificação da comunidade organizada com seu próprio espaço, abrindo a possibilidade de que ela também assumisse, em sua inserção urbana, uma identidade cultural específica.
- ESPAÇO PÚBLICO PROJETADO FORMANDO UMA ARENA Para execução do projeto o arquiteto faz uso de grama nas áreas verdes, pedrisco rosa entre os caminhos da árvores, areia nos playgrounds, argamassa projetada com acabamento vassourado nas vielas e paralelepípedos com junta asfáltica nos espaços públicos como a arena.
66
PARQUE BARIGUI - CURITIBA, SP. 1. Portal 2. Salão de Atos / restaurante 3. Pavilhão de exposições 4. Parque de diversões 5. Heliponto 6. Sanitários 7. Portal 8. Lanchonete 9. Churrasqueiras 10. Trilha com obstáculos 11. Pista de patinação 12. Portal de Santa Felicidade 13. Museu do Automóvel 14. Academia de ginástica / lanchonete 15. Canchas esportivas 16. Pista de caminhada / ciclovia 17. Pista de bicicross 18. Secretaria Municipal do Meio Ambiente 19. Sede dos escoteiros 20. Rio Barigui 21. Sede de manutenção 22. Equipamentos de ginástica 23. Estacionamento 24. Trilhas 25. Ponte 26. Bistrô
67 67
Projeto do arquiteto Lubomir Ficinski, em 1972.
A estratégia é gerar um grande Parque Linear que potencialize o corredor verde fluvial e faça uma suave transição entre este ecossistema e o tecido urbano existente. A multiplicidade de serviços que são prestados na comunidade consolida esses eixos cívicos de convivência e de intercâmbio cultural e permite à população reconhecer o delicado sistema ambiental que a rodeia.
Área: 1.400.000 m2
Localização: Entre a Av. Manoel Ribas e a BR-277, acessos: BR-277 e Av. Cândido Hartmann
Bairro: Bigorrilho, Mercês, Santo Inácio e Cascatinha
Ano de Implantação: 1972
Acesso: Gratuito
Equipamentos: Lago, pavilhão de exposições, parque de diversões, Museu do Automóvel, restaurante, Salão de Atos, sede da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Bistrô, academia de ginástica, pista de bicicross, canchas esportivas, pistas de Cooper, ciclovias, trilhas, sanitários públicos, pista de patinação, heliponto, churrasqueiras, lanchonetes, equipamentos de ginástica, portal, pontes, sede de grupo escoteiro e estacionamentos.
Fontes Imagens http://www.curitiba-parana.net/parques/barigui.htm
Além de refúgio para animais, o parque é também a grande área de preservação natural da região central da cidade. Seus bosques ajudam a regular a qualidade do ar enquanto que o seu imenso lago, com 230.000 m2, ajuda a conter as enchentes do Rio Barigui, que antigamente eram tão comuns em alguns trechos da parte mais baixa de Curitiba. Uma academia de ginástica foi implantada em uma antiga olaria existente no parque, hoje administrada pela Secretaria Municipal de Esporte e Lazer. Também, uma casa histórica foi readequada para instalação de um Bistrô, dirigido pela Fundação de Ação Social. Já o Salão de Atos tem sua coordenação feita pelo Instituto Municipal de Administração Pública – IMAP. No Parque Barigui a população encontra também diversas opções de lazer. Seja na prática de esportes, no churrasco de domingo, nas feiras do pavilhão de exposições, no Museu do Automóvel ou simplesmente nas caminhadas por um dos circuitos à beira do lago.
68
O projeto localiza-se ao longo do percurso do rio Tanghe, situado ao lado de uma periferia urbana. Os fatores que contribuíram para a solução projetual foram: 1° O fato de haver no local uma vegetação exuberante e diversificada, fornecendo diversos habitats para varias espécies. 2° A área era local de despejo de lixo, instalações de irrigação, tais como fossos e torres de água. 3°Falta de Acessibilidade e Segurança.
Iluminação
Fita Vermelha
Os pontos de iluminação estão ao longo Tem como função indicar o percurso,
da fita vermelha, colocados de forma ale-
serve de banco, suporte para vegetação
atória e irregular. São esteticamente agra-
e iluminação ao mesmo tempo. Principal
dáveis e dão mais destaque à cor da fita.
elemento do projeto, com 500 metros, a fita vermelha percorre todo o parque com o simples objetivo de integrar as funções
Decks
de iluminação, assentos, interpretação
Percorrem todo o parque e facilitam o acesso das pessoas durante o percurso.
ambiental, e orientação. 69 69
RED RIBBON PARK - CHINA http://architizer.com/projects/qinhuangdao-red-ribbon-park/ A requalificação da área para o convivo social entre as pessoas, gerando ao mesmo tempo, segurança e fácil acesso foi dada através de um único e simples elemento, a Fita Vermelha.
Fita Vermelha.
Localização: Qinhuangdao City, província de Hebei, China Dimensões do Projeto: 20 Há Data: Outubro, 2005-2008 Proprietário / Cliente: Mesa A Paisagem, Qinghuangdao City, Província de Hebei, China 70
PARQUE LINEAR . PERCURSOS . CICLOVIAS . REASSENTAMENTO . ACESSIBILIDADE . ESTAÇÃO ECO .
QUADRA POLIESPORTIVA . ESPAÇO CULTURAL .
CONTEMPLAÇÃO . PARQUE LINEAR . PERCURSOS . CICLOVIAS . REASSENTAMENTO . ACESSIBILIDADE . ESTAÇÃO ECO . QUADRA POLIESPORTIVA . ESPAÇO CULTURAL .
CONTEMPLAÇÃO .PARQUE LINEAR . PERCURSOS . CICLOVIAS . REASSENTAMENTO . ACESSIBILIDADE . ESTAÇÃO ECO . QUADRA POLIESPORTIVA . ESPAÇO CULTURAL . CONTEMPLAÇÃO . PARQUE LINEAR . PERCURSOS . CICLOVIAS .
REASSENTAMENTO . ACESSIBILIDADE . ESTAÇÃO ECO . QUADRA POLIESPORTIVA . ESPAÇO CULTURAL . CONTEMPLAÇÃO .PARQUE LINEAR . PERCURSOS . CICLOVIAS . REASSENTAMENTO . ACESSIBILIDADE . ESTAÇÃO ECO . QUADRA POLIESPORTIVA . ESPAÇO CULTURAL . CONTEMPLAÇÃO . PARQUE LINEAR . PERCURSOS . CICLOVIAS .
REASSENTAMENTO . ACESSIBILIDADE . ESTAÇÃO ECO .
QUADRA POLIESPORTIVA . ESPAÇO CULTURAL . CONTEMPLAÇÃO . PARQUE LINEAR . PERCURSOS . CICLOVIAS . REASSENTAMENTO . ACESSIBILIDADE . ESTAÇÃO ECO . QUADRA POLIESPORTIVA . ESPAÇO CULTURAL .
CONTEMPLAÇÃO . PARQUE LINEAR . PERCURSOS . 71 71
PROJETO DE URBANIZAÇÃO E QUALIFICAÇÃO
6.
CICLOVIAS . REASSENTAMENTO . ACESSIBILIDADE . ESTAÇÃO ECO .
QUADRA POLIESPORTIVA . ESPAÇO
CULTURAL . CONTEMPLAÇÃO . PARQUE LINEAR . PERCURSOS .
CICLOVIAS . REASSENTAMENTO . ACESSIBILIDADE . ESTAÇÃO ECO . QUADRA POLIESPORTIVA . ESPAÇO CULTURAL . CONTEMPLAÇÃO .PARQUE
LINEAR . PERCURSOS . CICLOVIAS . REASSENTAMENTO . ACESSIBILIDADE . ESTAÇÃO ECO . QUADRA POLIESPORTIVA . ESPAÇO CULTURAL . CONTEMPLAÇÃO . PARQUE LINEAR . PERCURSOS . CICLOVIAS . REASSENTAMENTO . ACESSIBILIDADE .
ESTAÇÃO ECO . QUADRA
POLIESPORTIVA . ESPAÇO CULTURAL . CONTEMPLAÇÃO .PARQUE LINEAR . PERCURSOS . CICLOVIAS . REASSENTAMENTO . ACESSIBILIDADE . ESTAÇÃO ECO . QUADRA POLIESPORTIVA . ESPAÇO CULTURAL . 72
DIRETRIZES PROJETUAIS As diretrizes para a intervenção proposta apóia-se na leitura da área, na legislação e são complementadas pelos projetos de referência para elaboração do Plano de Ações Urbanísticas, dentre as quais pode se destacar:
a potencialização de áreas de convívio existentes na região, com especial atenção ao subsetor oeste 7, representado pelos bairro Parque Ribeirão Preto e entorno;
a diversificação dos perfis habitacionais no subsetores oeste e sul que circundam a área, de forma a constituir um ambiente integrado;
a recuperação de áreas degradadas ou deterioradas visando à melhoria do meio ambiente;
a ampliação das áreas públicas destinadas a praças e ao convívio social;
a melhoria das condições gerais de mobilidade e da infraestrutura da região;
a
recuperação
de
áreas
ambientalmente
frágeis
existente no local;
a
criação
de
um
ambiente
que
promova
desenvolvimento social-econômico, cultural e lazer.
73
o
Desenvolvimento da Proposta A proposta busca implantar um parque linear ao longo do ribeirão Preto, como medida de prevenção e qualificação do mesmo, buscando a conservação dos recursos naturais e o uso público destas áreas para o lazer, cultura, educação e circulação nãomotorizada, assim como, remoção e ou adequação urbana para as ocupações irregulares.
LEGENDA RIBEIRÃO PRETO E SUA APP DIRETRIZ VIÁRIA À SER IMPLANTADA ÁREAS INSTITUCIONAIS “BALÕES” - DIRETRIZES PROJETUAIS
Mapa sem escala
74
A proposta se dá pela implantação de um ECO PARQUE na Estação Ecológica de Ribeirão Preto fazendo ligação por ciclofaixa, ciclovias e trilhas com parques lineares ao longo do ribeirão Preto. Para ordenação desta area utiliza-se como referência o Parque Barigui de Curitiba, onde todos os dias e, principalmente em finais de semana, o parque recebe centenas de pessoas em busca de um estilo de vida mais saudável. Há possibilidade de caminhada e corrida, grama para pic nic, espaço para jogar bola, exclusiva quadra de Footsack e passeio de helicóptero. O Parque Barigui, assim como os demais parques da cidade, faz parte de uma política municipal de preservação de fundos de vale. O objetivo é evitar o assoreamento e a poluição dos rios através de monitoramento, proteger a mata ciliar, bem como impedir a ocupação irregular das suas margens, tornando estas áreas abertas à população na forma de parques. 75
Fontes Imagens http://www.curitiba-parana.net/parques/barigui.htm
Propõe-se também a remoção das favelas que se encontram em área de risco ou área imprópria para o uso, próximo ao ribeirão e à barragem, além de estarem em área de proteção permanente e área verde pública; e a qualificação das áreas verdes com parques lineares e espaços de lazer e recreação. Nas áreas onde há risco para as famílias, com condições insalubres, não é permitida a permanência de moradias, propondo assim, o reassentamento com o cuidade da não
desarticulação social dos
moradores. Para abrigar as famílias em um novo local, a principal questão se dá em não apenas dar o lugar e sim, o lugar e o técnico para auxiliar nas construções, bolsa material e um acompanhamento social para que as famílias saibam organizar os novos gastos que terão com contas de água e luz, que antes não tinham. Algumas das parcerias e programas para a produção habitacional podem ser promovidos pela prefeitura através da COHAB e Minha Casa Minha Vida do Governo Federal.
Fontes Imagens: Acervo pessoal da aluna.
76
Uma nova Diretriz Viária é proposta com a idéia de melhoria do luxo e valorização da área, envolvendo:
Duplicação da Avenida dos Andradas até o entroncamento que levará a Av. Caramuru já consolidadas.
Implantação de uma rotatória, localizada entre Av. Caramuru e Av. Luzitana, diretriz viária que melhora e disciplina o fluxo da avenida para o bairro.
Ciclovia ao longo de toda a Av. Dos Andradas e nos parques lineares.
Proposta de ligação entre o Parque Maurílio Biagi e o novo parque idealizado na Estação Ecológica de Ribeirão Preto (Mata Santa Teresa) através de parques
A Prefeitura de São Paulo e a Bradesco Seguros trouxeram a CicloFaixa de Lazer para a cidade de São Paulo no dia 30/08/2009. com a proposta de fazerem um programa saudável, divertido e prazeroso. Fonte:http://www.cidadedesaopaulo.com/sp/br/esportes/1818ciclofaixa-sera-ampliada-para-quem-quer-pedalar-em-sao-paulo
lineares, trilhas e ciclofaixas. A equipe da Revista AU consultou especialistas internacionais em projetos urbanos, com estudos e projetos de sucesso focados em remodelação viária e mobilidade com bicicleta, de onde se destaca a pergunta e opinião do RICARDO CORRÊA, arquiteto e sócio-fundador da TC Urbes e da Urbana Bicicletas, que são empresas de consultoria especializada em projetos de mobilidade, acessibilidade e requalificação do espaço público urbano Existe uma melhor localização da ciclovia na rua? RICARDO CORRÊA A divisão e a delimitação física de espaços, em locais de grande fluxo de veículos motorizados, aumentam a segurança tanto para veículos automotores quanto para pedestres e ciclistas, uma vez que há uma hierarquia inversamente proporcional entre massa/volume e acessibilidade. O pedestre, que possui a menor
restrição de acessibilidade e a menor massa, deve ficar ao lado do ciclista, que o protege por ter mais massa, mas que tem maiores restrições de acessibilidade. Em seguida, com massas maiores e acessibilidade menor, vêm os carros e os ônibus. (fonte: www.revistaau.com.br/emrede/cidadesciclaveis, acessado em 23/05/2013)
77 77
Projeto que a prefeitura pretende implantar Ciclovia na Av. Visconde de Guarapuava
CICLOVIA NA CIDADE DE COPENHAGEN, DINAMARCA
http://www.curitiba.pr.gov.br/noticias/ciclovias-ligam-curitiba-de-ponta-a-ponta/24685
Uma das melhores cidades do mundo para se viver,
CICLOVIA NA CIDADE DE CURITIBA, BRASIL Conhecida pelo bom planejamento urbano, Curitiba também estimula o uso de bicicletas como transporte há mais de 40 anos. Tanto que a presença de ciclovias na cidade é claramente vista, nos seus 120 quilômetros de malha cicloviária, a segunda maior do país que conectam a cidade de ponta a ponta. Além da infraestrutura, existe uma comunidade ativista pró-bicicleta bem atuante, com o intuito de promover o uso da bike como alternativa ao congestionamento de carros.
a capital dinamarquesa também é umas das que tem mais programas urbanos a favor da bicicleta. Cerca de 32% dos empregados vão de bike até o trabalho. As ciclovias são bem extensas, no geral, e muitas vezes separadas
das
pistas
de
tráfego
principais,
com
sinalização própria. Existe
ainda um bairro
da
cidade,
chamado
Christiania, totalmente livre de carros. A cidade também
A Prefeitura está construindo novas vias para o trânsito de bicicletas, entre ciclovias,
possui sistema de bicicletas públicas gratuito. A pessoa
ciclofaixas, e calçadas compartilhadas. Gradativamente a malha cicloviária está sendo ampliada
precisa apenas deixar uma certa quantia de dinheiro, que
para atingir, ao longo dos anos, a meta de 400 quilômetros prevista no Plano Diretor Cicloviário.
será devolvido a ela no fim do empréstimo da bike. 78
Com o reassentamento proposto para invasão na área, localizada em uma grande área verde pública, há possibilidade da criação de um espaço de cultura e educação para a população.
A biblioteca faz parte de uma grande revitalização urbana na cidade de São Paulo. Trata-se da área do Antigo Complexo Presidiário do Carandiru, que se transformou no Parque da Juventude. “O prédio possui um espaço amplo com iluminação zenital, garantido uma grande flexibilidade de layout interno. Os vidros das janelas ganharam serigrafias lúdicas, para dar mais intimidade a quem lê ou pesquisa. A biblioteca está organizada como se fosse uma livraria, para atrair também o público não leitor. E a idéia é que esta obra seja um piloto que possa ser replicado em outras cidades do Estado. O programa é constituído por um pavimento térreo com recepção, acervo, auditório, módulos para leitura para crianças e adolescentes e áreas de multimídia. O terraço existente neste pavimento foi coberto por uma estrutura tensionada que abrigará uma cafeteria, áreas de estar e espaço para performances. No pavimento superior, encontram-se além do acervo, um módulo restrito para leitura de adultos, áreas de multimídia e outros espaços para leitura. Foram implantados mobiliários especiais como mesas para deficientes visuais e mesas ergonômicas para deficientes físicos. Os terraços do pavimento superior foram cobertos por uma estrutura de madeira e policarbonato para performances e área de estar.” AUTOR: ESCRITÓRIO AFLALO & GASPERINI ARQUITETOS (http://www.aflaloegasperini.com.br/projeto/biblioteca-sao-paulo acessado em 24/05/2013)
79
Fonte Imagens: http://www.aflaloegasperini.com.br/projeto/biblioteca-sao-paulo
Exemplo Biblioteca de São Paulo no Parque da Juventude.
CORREDOR DO BEM A proposta de implantar parques lineares ao longo do ribeirão Preto. Além de oferecer lazer aos moradores, o parque linear, principalmente quando erguido no entorno de cursos d’água, comporta-se como uma esponja urbana. Ao substituir áreas impermeáveis (favelas, ruas, avenidas ou calçadas) por vegetação, absorve a chuva e diminui a velocidade do escoamento da água. Isso reduz as chances de enchentes.
“O parque linear ajuda na drenagem e tem um papel importante para reduzir os impactos dos eventos climáticos extremos”, afirma Sun Alex, arquiteto da Secretaria do Verde e Meio Ambiente de São Paulo. (Fonte: http://revistaepoca.globo.com/especial-cidades/noticia/2012/10/parques-lineares-ajudamreduzir-enchentes-e-melhorar-qualidade-de-vida.html, acessado em, 27/05/2013)
80
Ligação Integrada Novo olhar para Ciclovias, ciclofaixas e trilhas, juntando o social e o ambinetal num estilo de vida saudável.
Parque na Estação Ecológica Proposta de extensão do parque que vai da mata de Santa Teresa à Lagoa da Barragem.
Novo Uso Área Verde Há posibilidade da criação de um espaço de cultura e educação para a população integrado ao verde. Exemplo Biblioteca de São Paulo no Parque da Juventude.
Remoção da favela Área de preservação permanente, área de risco.
Nova barragem Cota de inundação 533,50. Tornando–se uma lagoa, por lei 50m de APP, fazendo deste local uma grande área verde - Parque.
81 81
Mapa sem escala
URBANIZAÇÃO Área para novo empreendimento que atenda aos moradores das áreas das favelas. Reassentamento e Remanejamento.
Área Proposta Área próximo à cidade consolidada, apta a receber novos usos que atendam a população deficiente de espaços para o lazer.
Entrada Parque-Cidade, Cidade-Parque
Nova Diretriz viária Proposta de duplicação da Av. dos Andradas e abertura de novas ruas ligando áreas distintas da cidade dando continuidade à rua Álvaro de Lima
82
83
E U Q R A P E D A D I C E D A D I C E IMPLANTAÇÃO U Q PAR 84
O mapa representa a topografia da região da cidade de Ribeirão Preto localizada entre as Avenidas dos Andradas e Caramuru, esta última é a principal ligação com o centro da cidade. A área de intervenção está localizada ao longo do ribeirão Preto. Como consequência do desnível pouco acentuado deste fundo de vale as enchentes são constantes, ocorrendo alagamentos em grande parque da extensão da área, onde os moradores da favela da Lagoa são os mais atingidos por estarem locados em área de preservação permanente situados próximos às margens do ribeirão Preto.
MAQUETE FÍSICA PARA ESTUDO DA ÁREA 85 85
TOPOGRAFIA E CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA
JD. MARIA GORETTI
JARDIM SANTA RITA PQ. RIBEIRÃO PRETO
JD. DELBOUX
Favela dos Andradas
rão ribei
preto
op
ret
NDRADA
eir ã
Favela da Lagoa
AV. DOS A
VL. GUIOMAR
AV
rib
NOVA
o
JD. VIDA
.C
AV. PROF. JOÃO FIÚSA
AR AM UR U
LEGENDA SENTIDO DA DECLIVIDADE RIBEIRÃO PRETO ÁREAS DE ENCHENTE
ALTO DA BOA VISTA
(PMRP– AUTORA ANDRÉA)
Mapa sem escala
RESID. FLÓRIDA
86
O mapa representa, por levantamento de foto aérea, a localização de massas arbóreas significativas e pequenos espaços fragmentados de terreno gramado ou descampado. Observa-se, ainda, uma predominância de árvores ao longo do ribeirão Preto, ocorrendo uma diminuição no volume de árvores nas margens do curso d’água próximos à barragem devido à invasão da favela da Lagoa. Por ser uma área extensa, foram identificadas várias áreas descampadas ou gramadas.
O fator ambiental de preservação dessas áreas verdes é importante neste trabalho, no sentido de requalificar uma área que já tem um potencial ambiental forte, no entanto é desqualificada para o Praça de acesso ao parque e diretriz viária de ligação a Av. dos Andradas 87
Fonte imagem: ACERVO PESSOAL DA ALUNA.
uso da população.
ÁREAS VERDES
JD. DELBOUX
PQ. RIBEIRÃO PRETO
Favela dos Andradas
Favela da Lagoa VL. GUIOMAR
LEGENDA RIBEIRÃO PRETO
ÁRVORES DE MÉDIO E GRANDE PORTE
ÁREAS DESOCUPADAS E RASTEIRA
COM VEGETAÇÃO
Mapa sem escala Fontes imagens: ACERVO PESSOAL DA ALUNA.
88
JARDIM SANTA RITA
AO LO N
GO
ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE RIBEIRÃO PRETO
JD. VIDA
DA
NOVA
ANEL V
I
333 P S ÁRIO
Favela
Figura 27 - ACESSO PELA AVENIDA ADELMO PERDIZZA Fonte imagem: ACERVO PESSOAL DA ALUNA
89 89
Mapa sem escala
AV. ADE LM
O PERDI
ZZA
DELIMITAÇÃO DA ÁREA E SEUS ACESSOS JD. MARIA GORETTI PQ. RIBEIRÃO PRETO JD. DELBOUX
Favela
ÚSA
Os limites do parque foram definidos
PR E
TO
AV. DOS ANDRADA
AV. JOÃ O FI
dos Andradas
RIB
EIR ÃO
da Lagoa
levando perimetrais
em
consideração
que
circundam
as
vias
a
área,
juntamente com o curso d’água do ribeirão Preto e as edificações já existentes, que configuraram assim um recorte irregular e no entanto cheio de formas. Os acessos ilustrados no mapa foram considerados para integração entre os bairros vizinhos e facilitar a locomoção e a
AO
circulação
dos
usuários
do
parque
e
equipamentos implantados.
LO N
GO
DA
RU U M
RA
CA AV.
ALTO DA BOA VISTA RESID. FLÓRIDA
90
CROQUIS DE ESTUDO DO PROJETO
Piso: concreto gramado, permeável e ecológico,
CALÇADA
ESTAÇÃO CULTURA (MÚSICA / APRESENTAÇÕES / EXPOSIÇÕES)
DUPLICAÇÃO AV. DOS ANDRADAS
e PRAÇA DOS PÁSSAROS
Escala Gráfica
CALÇADA I 91 91
VIA
I
CICLOVIA
I
VIA
I CALÇADA
07
33 50
100
BIBLIOTECA DIGITAL
DETALHE DE PISO E BANCOS AO LONGO DAS ÁRVORES DAS CALÇADAS
ESTAÇÃO CULTURA
TRAVESIA EM NÍVEL
PARADA DE ÔNIBUS
AVENIDA COM PARADA DE ÔNIBUS E TRAVESIA EM NÍVEL
ESTAÇÃO ECO
PERCURSO AO LONGO DO PARQUE ACESSÍVEL E SUSTENTÁVEL
PRAÇA PRAÇA M PLAYD
PLANO DE MASSAS
cleta e a elaboração de caminhos sinuosos e geométricos
PERCURSOS
o meio de transporte mais saudável ecológico, que é a bicimarcaram o percurso de pedestre e veículos não motorizados ao longo do parque, dotados de acessibilidade. A área abriga duas favelas, que por estarem em área de risco, a proposta é de reassentamento e remanejamento, além de requalifica-la e levar cultura e educação à população, através da inserção da estação cultural e a biblioteca digital em uma grande praça seca. A área reservada para esporte, terá quadras poliesportivas e equipamentos de gi-
LAZER
PRAÇAS
AS SECAS MOLHADA DROUNS
a ideia de como percorrer esse parque, consequentemente,
CICLOVIA
URBANIZAÇÃO
REASSENTAMENTO E REMANEJO
DECK DE CONTEMPLAÇÃO
CONVÍVIO
Pelo fato de ser uma área extensa, primeiramente vem
QUADRAS POLIESPORTIVAS
nastica ao ar livre, Por fim, as áreas verdes percorrerão todo o parque, com o intuito de valorizar e recuperar a vegetação existente, qualificar a paisagem e levar bem estar à população.
PERCURSOS PELO PARQUE LINEAR (ciclovias / passarelas / fita ) O plano de massa ilustrado mostra as primeiras ideias para a elaboração do projeto ao longo do ribeirão Preto.
92
93
Escala Grรกfica 07
33 50
100
94
MEMORIAL
O conceito de sua configuração pode ser dividido a partir do déficit das principais atividades encontradas no local, que são a educação, a cultura, o lazer, a moradia, a degradação ao longo do espaço que corresponde à Área de Preservação Permanente (APP) incluindo as margens do ribeirão Preto. Para a problemática que corresponde à educação, propõe-se a implantação de uma biblioteca digital, na Avenida dos Andradas, local acessível a todos os bairros vizinhos, com o intuito de inclusão digital aos moradores menos favorecidos e que se torne uma extensão da escola para as crianças que atualmente ficam nas ruas. Ainda na educação, a segunda área localiza-se no Horto Florestal, onde será implantada a Estação Eco - Parque Ecológico, onde poderão acontecer visitas supervisionadas, educativas e informativas sobre a fauna e flora. Para isso, são incorporados percursos em decks e caminhos diversos, podendo o visitantes levar uma muda para plantar na cidade, exercendo a educação ambiental. Para a problemática que corresponde à cultura, propõe-se a implantação de um espaço de teatro e música, com áreas de exposição e equipamentos de apoio, para proporcionar atividades que tragam qualidade e atração, não apenas para a vizinhança, mas também para a cidade. Conta ainda com uma passarela que atravessa a represa por cima da barragem chegando ao outro lado, onde há um deck envolto à vegetação com visão privilegiada do córrego, da represa e todo o parque linear. E ainda, a praça dos pássaros próximo ao ribeirão Preto composta de vegetação adequada de galhos finos e frutíferas, tornando-se um viveiro a céu aberto para as aves e para a apreciação da população. Para a problemática que corresponde ao lazer, propõe-se a melhoria da quadra de futebol já existente, que se encontra abandonada, com a implantação de arquibancada, vestiário e lanchonete para dar apoio a este campo. Nas outras áreas, se propõe grandes praças dotadas de propósitos tais como; a praça da criança, que compõe-se da ciclovia para crianças, isolada dos adultos, de playgrounds e áreas sombreadas com bebedouros e bancos contínuos para o descanso e assento aos seus cuidadores; a praça molhada, que se revela um espaço de diversão e
95 95
qualificação do ar, sendo a cidade de Ribeirão Preto muito quente e seca; e a praça do píer, que
DESCRITIVO
compõe-se de uma praça seca de convívio para as pessoas com cobertura de pérgolas e vista contemplativa da represa. Ao longo da área próximo ao reassentamento das favelas, há implantação de um complexo de quadras poliesportivas, dotadas de estacionamento para carros e bicicletas, sendo este último o mais utilizado pela população vizinha, equipamentos de apoio ao lazer. Para a problemática que corresponde à moradia, propõe-se a implantação de habitações pré-moldadas de baixo custo e impacto ambiental, baixa produção de entulho e o não desperdício de materiais, contribuindo para uma obra mais limpa e sustentável. Praças internas potencializando a constituição e identificação de um núcleo comum, uma unidade de vizinhança. Preservação do curso d’água com sua mata ciliar e espécies frutíferas nas calçadas privilegiando o pedestre e espaço de playground. Quanto ao viário, propõe-se a duplicação e extensão da Av. dos Andradas até a Av. João Fiúsa, principal eixo de acesso ao longo do parque, composta de calçadas largas e canteiro central de sete metros, que conta com ciclovia e vegetação de copas largas para sombreamento, e a implantação de uma ponte que ligará à Av. Caramuru. Para gerenciar melhor o fluxo de veículos, propõe-se uma rotatória no cruzamentos entre as Avenidas Luzitana e Caramuru. O parque, como um todo, associa-se a um fundo de vale e, portanto, necessita de uma área de preservação permanente. Sendo assim, propõe-se a recomposição da mata ciliar e a inserção, em suas imediações, de pisos naturais e permeáveis, para que a população possa usufruir desse ambiente. Haverá equipamento de apoio com sanitários e praças de alimentação, para atender às necessidades básicas da população. A circulação de pessoas, ao longo do parque e entre alguns dos espaços propostos, poderá ser feita através de trilhas para pedestres e ciclovias, que estão localizadas próximo às margens do ribeirão Preto. Propõem-se também caminhos alternativos, com pontos de paradas e coberturas nos espaços de convívio, ginástica ao ar livre, plantações de árvores frutíferas , favorecendo o lazer e a permanência dos usuários. 96
DETALHE 01.1
DETA
DETALHE 04 DETALHE 05
DETALHE 02
DETALHE 03
Escala Grรกfica 07
97 97
33 50
100
IMPLANTAÇÃO GERAL - DETALHES DETALHE 07 A área em estudo, ao longo do ribeirão Preto, pertence a um conjunto de bairros que
ALHE 06
é pouco servido de equipamentos urbanos e principalmente de áreas de lazer. Existem grandes áreas livres abandonadas e degradadas, que não exercem nenhuma função para a população e ainda apresentam grande risco de novas ocupações.
Assim, propõe-se os seguintes equipamentos:
DETALHE 01: ÁREAS DE ESPORTE I QUADRA DE FUTIBOL I POLIESPORTIVAS I GINÁSTICA
DETALHE 02: ESTAÇÃO ECO I DESTINADO A EDUCAÇÃO AMBINETAL I PASSEIOS I MUDAS
DETALHE 03: ESPAÇO CULTURA I MÚSICA I ESPOSIÇÕES I PRAÇA DOS PÁSSAROS
DETALHE 04:
DETALHE 01.2
ESPAÇO INCLUSÃO I BIBLIOTECA DIGITAL I EXTENSÃO DA ESCOLA
DETALHE 05: PRAÇA DA CRIANÇA I PRAÇA MOLHADA I PRAÇA DO PIER I CONTEMPLAR
DETALHE 06: URBANIZAÇÃO TRAZENDO NOVA VIDA AOS MORADORES DAS FAVELAS
DETALHE 07: DECK E VEGETAÇÃO I HORTA COMUNITARIA I EQUIPAMENTOS DE APOIO 98
3
1 2
7
5
4 6 99 99
8
DETALHE 01
ÁREAS PARA ATENDER À NECESSIDADE DE LAZER DA VIZINHANÇA DETALHE 01.1
PROPÕE-SE:
1.
ARQUIBANCADA
2.
QUADRA DE FUTEBOL
RECUPERAÇÃO DA QUADRA DE FUTEBOL JÁ EXISTENTE, COM IMPLANTAÇÃO DE ARQUIBANCADA, VESTIÁRIOS E LANCHONETE PARA APOIO AOS USUÁRIOS.
3. PONTO DE ÔNIBUS
ESTACIONAMENTO PARA SUPORTE EM EVENTOS.
4.
ESTACIONAMENTO DE BICICLETAS PARA ATENDER AOS MORADORES LOCAIS E A QUEM UTILIZAR.
TRAVESIA EM NÍVEL, PISO TÁTIL E SEMÁFORO SONORO-VISUAL PARA PASSAGEM DE PEDESTRES, VISANDO A ACESSIBILIDADE.
MOBILIÁRIO URBANO ADEQUADO PARA EFICIÊNCIA NA ILUMINAÇÃO NOTURNA (POSTES), DESCANÇO (BANCOS) E EDUCAÇÃO AMBIENTAL (LIXEIRAS RECICLÁVEIS PARA DESCARTE DA GARRAFAS PLÁSTICAS.
ESTACIONAMENTO BICICLETA E AUTOMÓVEL
5. TRAVESIA EM NÍVEL 6.
LIXEIRA DE RECICLÁVEL
7.
APOIO À QUADRA DE FUTEBOL
8.
PISO TÁTIL
0
7
33
50
100
Escala Gráfica
100
3
4 2
4 101 101
1
DETALHE 01
DETALHE 01.2
1.
TRAVESIA EM NÍVEL
2.
QUADRAS POLIESPORTIVAS
PROPÕE-SE:
IMPLANTAÇÃO DE QUADRAS POLIESPORTIVAS E ÁREA DE APOIO AO LAZER, COMO, LANCHONETES E BANHEIROS.
ESTACIONAMENTO DE AUTOMÓVEIS E BICICLETAS PARA ATENDER AOS EQUIPAMENTOS DE LAZER.
TRAVESIA EM NÍVEL, PISO TÁTIL E SEMÁFORO SONORO-VISUAL PARA PASSAGEM DE PEDESTRES, VISANDO A ACESSIBILIDADE.
PERCURSOS ACESSÍVEIS ACOMPANHADO PELA FITA VERMELHA QUE PROPORCIONA ASSENTO E ILUMINAÇÃO AO PASSEIO.
IMPLANTAÇÃO DE EQUIPAMENTOS PARA GINÁSTICA AO AR LIVRE.
3. ESTACIONAMENTO BICICLETA E AUTOMÓVEL
4.
APOIO AO LAZER
5. PERCURSOS AO LONGO DO PARQUE PELA FITA VERMELHA
6.
GINÁSTICA AO AR LIVRE
0 7
33
50
100
Escala Gráfica
102
1
3
2
103 103
DETALHE 02
ESTAÇÃO ECO INTEGRAÇÃO E APRENDIZAGEM COM A NATUREZA
Fonte: http://g1.globo.com/platb/pe-vivernoronha/2012/06/30/obras-do-parque-de-noronha-saovistoriadas/, acessado em 08/08/2013
PROPÕE-SE:
No Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, todos os materiais utilizados para a obra são ecologicamente sustentáveis, com a madeira biossintética, desenvolvida a partir de plástico reciclado. Contarão com Postos de Informação e Controle (PIC’S), os quais vão ter toda uma estrutura, hoje inexistente. O turista terá estacionamento, sanitários, duchas, guarda-volumes, locação de bicicleta para passeio, mapas, lanchonete e loja de souvenires.
1. 2.
ESTAÇÃO ECO - DESTINADA A DISTRIBUIÇÃO DE MUDAS À POPULAÇÃO. A VISITAÇÃO PARA O ECO TURISMO, COM TRILHAS ELEVADAS PELA VEGETAÇÃO FORMADA, COM A FINALIDADE DE EDUCAÇÃO ECOLÓGICA E AMBINETAL À POPULAÇÃO.
ESTACIONAMENTO DE AUTOMÓVEIS E BICICLETAS PARA ATENDER AOS VIZITANTES DO LOCAL.
PERCURSOS ACESSÍVEIS POR TRILHAS SUSPENSAS DE MADEIRA BIOSSINTÉTICA, QUE TOCAM O SOLO EM DETERMINADOS PONTOS, PARA O MÍNIMO DE INTERVENÇÃO NA MATA.
ACESSO PELA NOVA AVENIDA PROPOSTA DE LIGAÇÃO COM TODA A ÁREA E SUA CICLOVIA.
ESTACIONAMENTO BICICLETA E AUTOMÓVEL ACESSO PELA NOVA AVENIDA
3. ESTAÇÃO ECO 0 7
33
Escala Gráfica
50
100
104
4
4
1
3
105 105
2
1.
ESTACIONAMENTO PARA ÔNIBUS
2.
TRAVESIA EM NÍVEL
3.
ALÇA DE ENTRADA PARA
DETALHE 03
ESPAÇO CULTURA I PRAÇA DOS PÁSSAROS I
VEÍCULOS E TRAVESIA EM NÍVELPARA PEDESTRES
4. ESPAÇO CULTURA PROPÕE-SE:
ESPAÇO CULTURA - MÚSICA I APRESENTAÇÕES I EXPOSIÇÕES I TEATRO I
ESTACIONAMENTO PARA ÔNIBUS DE TURISMO PARA SUPORTE EM EVENTOS.
TRAVESIA EM NÍVEL, PISO TÁTIL E SEMÁFORO SONORO-VISUAL PARA PASSAGEM DE PEDESTRES, VISANDO A ACESSIBILIDADE.
ALÇA DE ENTRADA PARA VEÍCULOS.
6. PONTE - PASSARELA
PASSARELA - MODELO ÓPERA DE ARAME ATRAVESSA A REPRESA POR CIMA DA BARRAGEM
7.
PRAÇA DOS PASSAROS COM ÁRVORES DE GALHOS FINOS E FRUTÍFERAS, PROPOSTA PARA ATRAIR AS AVES QUE OCUPAM PRAÇAS DA CIDADE, TORNANDO-SE UM VIVEIRO A CÉU ABERTO PARA APRECIAÇÃO DA POPULAÇÃO.
ÁREA DE CONTEMPLAÇÃO E EXPOSIÇÃO - DECK ENVOLTO À VEGETAÇÃO, COM APOIO DE MESAS E BANCOS, PROPORCIONANDO UMA VISTA PRIVILEGIADA DE TODO O PARQUE.
5. PRAÇA DOS PÁSSAROS
ÁREA DE CONTEMPLAÇÃO E EXPOSIÇÃO
0 7
33
Escala Gráfica
50
100
106
Fonte Imagens: http://www.curitiba-parana.net/opera-arame.htm
Para o Espaço Cultura propõe-se como referência arquitetônica o Ópera de Arame de Curitiba, que trata um lugar abandonado, como uma antiga pedreira, em um espaço urbano integrado a cidade e a natureza além de agregar cultura e convívio à população, exemplificando o trabalho proposto.
PERFIL DO TERRENO ILUSTRANDO PASSARELA DO ESPAÇO CULTURA Sem escala
ESPAÇO CULTURA
PASSARELA
PRAÇA DOS PÁSSAROS
107 107
ÁREA DE CONTEMPLAÇÃO E EXPOSIÇÃO
IMAGEM DA ÁREA ILUSTRA A VISTA QUE OS USUÁRIOS TERAM ATRAVÉS DA PASSARELA PROPOSTA.
DETALHE 03
ÓPERA DE ARAME- CURITIBA A Ópera de Arame foi construída em estrutura tubular e teto de policarbonato transparente. O projeto é do arquiteto Domingos Bongestabs, professor do departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFPR. Tem capacidade para 2.400 espectadores e um palco de 400m² destinado a apresentações artísticas e culturais. O cenário externo da Ópera de Arame é igualmente belo. Era o local onde funcionava uma antiga pedreira. Hoje, pode-se apreciar a mata nativa, um lago com carpas, uma cascata de 10 metros e várias espécies de aves. http://www.curitiba-parana.net/opera-arame.htm
Figura 28 - VISTA DA BARRAGEM EXISTENTE DO RIBEIRÃO PRETO Fonte imagem: ACERVO PESSOAL DA ALUNA
108
6 4
4
5 3 109 109
EXEMPLO A BIBLIOTECA DE SÃO PAULO
DETALHE 04
http://www.aflaloegasperini.com.br/projeto/biblioteca-sao-paulo
BIBLIOTECA DIGITAL DESTINADA À EDUCAÇÃO
PROPÕE-SE:
1. 2.
ACESSO PELA NOVA AVENIDA PROPOSTA, CONTINUAÇÃO DA AVENIDA DOS ANDRADAS, COM CICLOVIA DE SETE METROS NO CANTEIRO CENTRAL.
INTEGRAÇÃO DE ÁREAS VERDES, PROPOSTA DE UM ÚNICO BLOCO COM PONTO DE ÔNIBUS.
BIBLIOTECA DIGITAL - INTUITO DE INCLUSÃO DIGITAL AOS MORADORES MENOS FAVORECIDOS, E QUE SE TORNE UMA EXTENSÃO DA ESCOLA PARA AS CRIANÇAS.
INTEGRAÇÃO DE ÁREAS VERDE PONTO DE ÔNIBUS
3. AVENIDA PROPOSTA PROVIDA DE CICLOVIA NO CONTEIRO CENTRAL
4.
DISPÕE DE PARADA DE ÔNIBUS, PARA FACILITAR O ACESSO DE OUTROS MORADORES POR TRÂNSPORTE PÚBLICO, E DE UMA AMPLA PRAÇA DE CONVÍVIO PROVIDA DE ILUMINAÇÃO E MOBILIÁRIO URBANO.
BIBLIOTECA DIGITAL
5. LIXEIRAS DE RECICLÁVEL 6. PRAÇA DE CONVÍVIO 7. PERCURSOS AO LONGO DO PARQUE PELA FITA VERMELHA
FAZENDO USO DA ÁREA DO QUE SERIA O COMPLEXO HOSPITALAR DE TRATAMENTO DA AIDS, QUE ATUALMENTE ENCONTRA-SE ABANDONADA. 0 7
33
50
100
Escala Gráfica
110
PRAÇA MOLHADA Para a área ,é proposta uma praça molhada. Que funciona como pequenas duchas que esguicham água par cima proporcionando, além de um ambiente agradável numa cidade “quente” como Ribeirão Preto uma cidade “quente”, um ambiente divertido para as crianças.
3
IMAGEM RETIRADA DO PORTIFOLIO DO ARQUITETO URBANISTA RICARDO CAMARGO
111 111
Fonte: http://www.belasartes.br/portfolio/ricardocamargo/, acessado em 27/08/2013
DETALHE 05
PRAÇA DA CRIANÇA I PRAÇA MOLHADA I PRAÇAS SECAS I 1.
CICLOVIA
2.
PRAÇAS SECAS E PIER DE
PROPÕE-SE:
CONTEMPLAÇÃO
A PRAÇA DA CRIANÇA, CRIADA PARA QUE AS CRIANÇAS SE CONCENTREM EM UM LOCAL E POSSAM ANDAR DE BICLICLETA E BRINCAR EM PLAYGROUNDS.
A PRAÇA MOLHADA, CRIADA PARA DIVERSÃO ALÉM DE TORNAR-SE UM AMBIENTE AGRADÁVEL EM DIAS DE CALOR.
AS PRAÇAS SECAS, CRIADAS COMO ÁREAS DE CONVÍVIO, DESCANÇO E CONTEMPLAÇÃO PARA A POPULAÇÃO, UTILIZANDO-SE DA MADEIRA BIOSSINTÉTICA.
3.
PRAÇA MOLHADA
4.
PRAÇA DA CRIANÇA
5.
PERCURSOS AO LONGO DO PARQUE PELA FITA VERMELHA
6.
NOVA BARRAGEM - Cota de inundação 533,50.
0 7
33
Escala Gráfica
50
100
112
PRAÇA DA CRIANÇA A praça proposta para as crianças é composta por ciclovia para crianças envolta a um playground, cobertura proporcionando sombreamento e bancos contínuos para descanso, além de trazer segurança ao acesso pelo alça de veículos e isolado pelas áreas verdes ao redor.
4
113 113
DETALHE 05
2
PRAÇA SECA E PIER DECONTEMPLAÇÃO -
PRAÇA SECA
IMAGEM ILUSTRATIVA DO RED RIBBON PARQUE NA CHINA. Fonte:http://www.archdaily.com/445661/red-ribbon-park-turenscape/
114
9
5
4 7
115 115
6
DETALHE 06
CASA I URBANIZAÇÃO 1.
PLAYGROUND
2.
RECUPERAÇÃO E PRESERVAÇÃO DE APP
3.
ESTACIONAMENTO
4.
TRAVESIA EM NÍVEL
5.
PONTO DE ÔNIBUS
6. 7. 8.
PROPÕE-SE:
O REASSENTAMENTO DA FAVELA DA LAGOA E O REMANEJAMENTO DA FAVELA DOS ANDRADAS, ONDE ESTA ENCONTRA-SE NA ÁREA, COM A IMPLANTAÇÃO DE UM PROJETO DE HABITAÇÕES INTEGRADAS POR PRAÇAS INTERNAS CONTITUINDO A IDENTIDADE DE UM NÚCLEO COMUM, UMA UNIDADE DE VIZINHANÇA.
A PRESERVAÇÃO DO CURSO D’ÁGUA EXISTENTE NO LOCAL, COM A RECUPERAÇÃO DA MATA CILIAR E ESPÉCIES FRUTÍFERAS NAS CALÇADAS PRIVILEGIANDO O PEDESTRE.
UM ESPAÇO DE PLAYGROUND PARA QUE AS CRIANÇAS NÃO BRINQUEM NA RUA E TENHAM SEGURANÇA.
LIXEIRA DE RECICLÁVEL PISO TÁTIL ÁRVORES RUTÍFERAS
9.
REASSENTAMENTO E REMANEJAMENTO DAS FAVELAS, COM PROJETO INTEGRADO E SUSTENTÁVEL
0 7
33
50
100
Escala Gráfica
116
O projeto para o reassentamento das favelas da Lagoa e dos Andradas se baseia no vencedor do prémio pré–fabricados do conjunto habitacional Jardim Novo Marilda, zona sul de São Paulo, região que abriga territórios de ocupação formal e informal. Consiste na reestruturação
6º Prêmio Pré-Fabricados para Estudantes - 2° Lugar - Conjunto Habitacional Jardim Novo Marilda
de uma área que totaliza 112.100 m2 e aprox. 1032 domicílios. A área escolhida de aprox. 60.000m², poderá abrigar em torno de 550 famílias, em um ambiente adequado e integrado aos espaços privados, residenciais e comerciais, e públicos. Segundo o levantamento de unidades atual apresentado pela Sec. de Assistência Social de RP, existem no total, 15unid. na favela da lagoa e 60unid. na favela dos Andradas, assim haverá ainda a possibilidade de reassentar outras favelas no local, minimizando um dos grandes problemas encontrados na cidade.
As possibilidades do concreto armado pré-fabricado foram exploradas para desenvolver uma unidade habitacional que mescle qualidade arquitetônica e baixo custo de produção. Este sistema construtivo possibilita uma execução rápida pela sua facilidade de instalação e de baixo impacto para com o seu entorno. http://www.archdaily.com.br/br/01-14438/6-premio-pre-fabricados-para-estudantes-2-lugar-conjuntohabitacional-jardim-novo-marilda-guilherme-bravin-livia-baldini-maria-fernanda-basile-marcelo-venzon
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Outro fator importante é a baixa produção de entulho e o não desperdício de materiais, contribuindo para uma obra mais limpa e sustentável.
DETALHE 06
VISTA AEREA DO PROJETO GANHADOR DO CONCURSO http://www.archdaily.com.br/br/01-14438/6-premio-pre-fabricados-para-estudantes-2-lugar-conjunto-habitacional-jardim-novomarilda-guilherme-bravin-livia-baldini-maria-fernanda-basile-marcelo-venzon
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Como no Red Ribbon Park, tem como função indicar o percurso, serve de banco, suporte para vegetação e iluminação ao mesmo tempo. Os pontos de iluminação estão ao longo da fita vermelha, colocados de forma aleatória e irregular. Objetivo de integrar as funções de iluminação, assentos, interpretação ambiental, e orientação.
FITA VERMELHA I Fonte: http://architizer.com/projects/qinhuangdao-red-ribbon-park/
2
3 119 119
DETALHE 07
DECK I HORTA COMUNITÁRIA I 1.
PARADA DE BICICLETA
2.
ESPAÇOS COBERTOS COM
PROPÕE-SE:
HORTA COMUNITÁRIA
DECK DE CONTEMPLAÇÃO COM ABERTURAS CIRCULARES ABRAÇANDO A VEGETAÇÃO EXISTENTE.
ESPAÇOS COBERTOS PROVIDOS DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA EFICIENTE PARA QUE NÃO SE TORNE PONTO DE DROGAS OU ESTADIA DE ANDARILHOS.
HORTA COMUNITÁRIA, COM A FUNÇÃO DE ATRAIR A VIZINHANÇA E CUIDAR DO LUGAR.
A RECUPERAÇÃO DA PRAÇA EXISTENTE CARACTERIZANDO A ENTRADA PARA O PARQUE.
3.
DECK DE CONTEMPLAÇÃO
4.
PRAÇA DE ENTRADA
5.
PONTE DE LIGAÇÃO PROPOSTA
6.
PERCURSOS AO LONGO DO PARQUE PELA FITA VERMELHA
7.
ESTACIONAMENTO
0 7
33
50
100
Escala Gráfica
120
4 1 2
3 5
6 121 121
1.
TRAVESSIAS EM NÍVEL
2.
PROTEÇÃO E DESCANÇO
3. MOBILIÁRIO URBANO 4.
CICLOVIA
5. PISO INTERTRADO 6.
PISO TÁTIL
4m
9m
PASSEIO
VIÁRIO
PERFIL VIA ARTERIAL AVENIDA DOS ANDRADAS Sem escala
7m CICLOVIA
9m VIÁRIO DETALHE SISTEMA
4m PASSEIO
VIÁRIO
PAISAGEM URBANA A QUALIDADE DAS ESCOLHAS A intervenção ao longo da Avenida dos Andradas traz uma nova tipologia de avenida, buscando privilegiar e organizar o fluxo de veículos não-motorizados e de pedestres. O projeto propõe passeios largos, vias de nove metros, canteiro central com ciclovia e vegetação de copas largas para sombreamento, além da implantação de piso tátil, travessia em nível e semáforos sonóro-visuais ,visando a acessibilidade e qualidade no passeio. 122
Senna multijuga
Bauhinia forficata
Tibouchina granulosa
Jacarandá mimosifolia
Aleluia
Pata-de-vaca
Quaresmeira
Jacarandá
Para a arborização foram escolhidas espécies da Mata Atlântica brasileira, com características de plantas pioneiras, adaptadas à região do projeto. Foram escolhidas árvores adequadas ao plantio em passeios públicos (de raízes pivotantes) e de portes diferenciados para que com este conjunto fosse possível criar as diferentes ambiências. As árvores de copa ampla foram preferidas, uma vez que a ambiência criada pelas copas visa favorecer a humanização do ambiente,. Foram inseridas também árvores frutíferas, que além de oferecerem alimento apresentam ramos com galhos finos que ajudam a atrair aves em geral. Este recurso será usado notadamente na praça dos pássaros.
Schinus molle
Caesalpinia férrea
Caesalpinia peltophoides
Psidium Guajava
Aroeira salsa
Pau-ferro
Sibipiruna
Goiabeira
123
Lixeira Collect
Bicicletário Ride
Banco Rest
Ponto de ônibus Collect
Poste Hi-Glo
Fornecedor: Landscape Forms
Fornecedor: Landscape Forms
Fornecedor: Landscape Forms
Fornecedor: Landscape Forms
Fornecedor: Landscape Forms
A
“Metro40″
é
uma
coleção
de
mobiliário
urbano
projetada
pela
BMW
Group
DesignworksUSA para a Landscape Forms, um fabricante de mobiliário de exterior. Esta coleção pretende introduzir a elegância e a precisão dos automóveis em objetos comuns de uso diário. Com curvas suaves, o mobiliário urbano BMW quer garantir conforto para os visitantes e também ajudar na melhoria da paisagem. Fonte: http://www.landscapeforms.com/en-US/site-furniture/pages/metro40-collection.aspx
124
IMAGEM ILUSTRATIVA Foto aérea da área em estudo Fonte: Google Earth, imagem datada 18/08/2013.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
7.
O
projeto explanado teve por base uma proposta de intervenção em um fundo de vale
ao longo do ribeirão Preto. Por sua vez, o conceito principal objetivou a requalificação da área por meio de um parque que abrange percusos sinuosos contínuos, passarelas, rampas e ciclovias. O projeto pretendeu proporcionar alternativas atratativas para a comunicada do local, bem como para toda a cidade, valorizando lugares considerados degradados, que causavam a segregação de seu entorno. A intervenção sugerida pelo projeto nasceu do desejo de se criar espaços de convívio, áreas de lazer, espaços livres com vegetações variadas, locais que permitem a população se integralizarem com a cidade. A idéia de parque linear vem do princípio de se fazer com que as pessoas tomem conta do lugar, preservando e cuidando, para assim, usufruirem do espaço de lazer e área verde. Com isso, esta área deixará de ser um problema ambiental, que afeta a cidade com enchentes, poluição da água e solo, desmatamento de vegetação nativa, assentamentos irregulars entre outros. 126
IMAGEM ILUSTRATIVA Foto aérea da área em estudo Fonte: Google Earth, imagem datada 18/08/2013.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
7.
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http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/cohab/ fnh/02caracterizacao_assentamentos_precarios.pdf
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http://www.tschumi.com/projects/3/
VILLAÇA, Flávio. Espaço intra-urbano no Brasil. São Paulo: Studio
http://revistaepoca.globo.com/especial-cidades/noticia/2012/10/parqueslineares-ajudam-reduzir-enchentes-e-melhorar-qualidade-de-vida.html
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http://renovasp.habisp.inf.br/concurso/publico/resultado/visualizar
Brasil industrial. São Paulo: Ed. Alfa-Omega, 1982. p.37-70.
http://miscelaneaurbana.blogspot.com.br/2012/02/mobilidade-urbana-varias -propostas-de.html
FRIEDRICH, Daniela: O parque linear como instrumento de planejamento e gestão das áreas de fundo de vale urbanas. Porto Alegre, 2007. SCALISE, Walnyce. Parques urbanos - evolução, projeto funções e uso. Assentamentos Humanos, Marília, v.4, n. 1, p. 17-24, 2002. HOUCH, Michael. Naturaleza y Ciudad: planificación urbana y procesos ecológicos. Barcelona: Gustavo Gili, 1998. MAGALHÃES, Manuela Raposo. Morfologia da Paisagem. Lisboa, 1996.
http://www.curitiba.pr.gov.br/noticias/ciclovias-ligam-curitiba-de-ponta-aponta/24685 http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI136901-17770,00CONHECA+AS+MELHORES+CIDADES+DO+MUNDO+PARA+PEDALAR. html http://www.aflaloegasperini.com.br/projeto/biblioteca-sao-paulo http://www.architizer.com/en_us/projects/view/qinhuangdao-red-ribbonpark/26974/?utm_ source=facebook_ribbon_72011/
369p. Dissertação de doutoramento em arquitectura paisagista. Universidade Técnica de Lisboa, Instituto Superior de Agronomia -ISA.
Legislação Consultada:
PAULO BASTOS - Urbanização de Favelas - Estudos Avançados 17 (47), 2003.
- Lei Complementar nº501 de 1995 – Plano Diretor
TEXTO PLHIS - Programa Local de Habitação de Interesse Social - 2010 - PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO SITES:
- Lei Complementar nº1616 de 2004 – Código do Meio Ambiente do Município - Lei Complementar nº2505 de 2012 – Parcelamento do Solo - Lei Complementar nº2158 de 2007 – Código de Obras
http://urbanidades.arq.br/2009/05/segregacao-espacial-urbana/
- Lei Complementar nº2204 de 2007 – Plano Viário
http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/cohab/fnh/i08ind-fnh.php
- Resolução CONAMA Nº 369, de 28 de março de 2006 128