MODEA MÓDULO DOBRÁVEL EMERGENCIAL
CENTRO UNIVERSITÁRIO BELAS ARTES DE SÃO PAULO ARQUITETURA E URBANISMO
TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO | JESSICA MARGUTTI RAMOS
ORIENTADOR | ROBERTO MARIN SÃO PAULO / JUNHO 2017
“Arquitetura não é só fazer projetos bonitos, é construir soluções”. Sinclair Cameron - Architecture for Humanity
“Mesmo em áreas de desastre, eu quero criar belos edifícios. Isto é o que significa construir um monumento para pessoas comuns. E é isso que eu gostaria de continuar fazendo como um arquiteto. “ Arquiteto Shigeru Ban
AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente aos meus pais, Genivaldo e Rosangela, meus maiores exemplos de dedicação e coragem, que nunca mediram esforços para me proporcionar uma educação de qualidade. À minha irmã Vitória, que sempre me incentivou e me ajudou a finalizar minhas maquetes e trabalhos. Ao meu namorado Nicolas, por toda paciência e companheirismo durante esses cinco anos de faculdade. Às minhas amigas, Dândara, Joyce, Thaís e Vanessa que me proporcionaram os melhores anos da minha vida. E finalmente ao meu orientador pela paciência e por ter acreditado desde o início na minha ideia.
6
RESUMO
Um dos grandes desafios do ser humano
ca, ocasionando a paralisação desses espaços.
é superar as adversidades e intempéries que lhe
são postas abruptamente, de modo a garantir
propõe uma nova solução arquitetônica para um
sua sobrevivência. essas dificuldades, por vezes,
abrigo de caráter emergencial, visando transpor
são consequências de desastres naturais, eventos
os problemas gerados pela falta de planeja-
cada vez mais frequentes no contexto mundial.
mento e que atenda as demandas para todas
Segundo dados de desastres naturais
as regiões do brasil e do mundo, proporciona-
do banco global em-dat, no mundo todo en-
ndo o conforto as pessoas após essas situações
tre os anos de 1900 a 2015, ocorreram 13.907
traumáticas além de oferecer uma alternativa com
desastres
design tecnológico utilizando materiais inovadores.
naturais,
os
quais
ocasionaram
Entendendo tal necessidade este trabalho
2.533.094 mortos e 110.368.060 desabrigados. só no brasil na década de 2000, a ocorrência de desastres naturais aumentou 286% em
comparação
aos
10
anos
anteriores.
Neste contexto, percebe-se cada vez
mais a importância da arquitetura emergencial, e o papel do arquiteto é fundamental.
Visando solucionar esses problemas que
atingem de maneira repentina as cidades, precisamos minimizar os improvisos quando os desastres ocorrem, e começar a nos planejar. Atualmente soluções provisórias não planejadas são implantadas no Brasil, como tendas, barracas e até mesmo a utilização de espaços públicos e/ou comunitários que muitas vezes não suprem o requisito mínimo de acomodação e infraestrutura bási-
7
SUMÁRIO
8
11
INTRODUÇÃO
12
DESASTRES NATURAIS. 1
18
ARQUITETURA TEMPORÁRIA DE CARÁTER EMERGENCIAL. 2
20
SISTEMAS CONSTRUTIVOS PARA ARQUITETURA DE EMERGÊNCIA. 3
22
ESTUDO DE CASOS. 4
4.1 ABRIGO TRANSICIONAL LIINA
24
4.2 ABRIGO GLOBAL VILLAGE
26
4.3 ABRIGO EM SUPERADOBE
28
4.4 ABRIGO EX-CONTAINER
30
4.5 CASAS PAPER-LOG
32
4.6 ABRIGO PUERTAS
34
36
O PROJETO. 5 5.1 PARTIDO ARQUITETÔNICO
38
5.2 CARACTERÍSTICAS DO PROJETO 39 5.3 A ESCOLHA DOS MATERIAIS
40
5.3.1 ESTRUTURA DOS MÓDULOS E TRAVAMENTO
40
5.3.2 SISTEMA DE ENCAIXE DO MÓDULO
42
5.3.3 SISTEMA DE ENERGIA DO MÓDULO
42
5.3.4 VEDAÇÃO PAREDES E TETO
43
46
5.3.5 MOBILIÁRIO SUGERIDO
42
OS MÓDULO MÓDULOS E TRAVAMENTOS 5.4
49
O ABRIGO
59
PROJETOS TÉCNICOS
73 CONSIDERAÇÕES 74
REFERÊNCIAS
9
40 minutos, foi o tempo que a lama levou para percorrer 10km. atingindo 329 famĂlias, deixando um total de 1265 desabrigados. (rompimento da barragem da samarco - mariana/ mg)
10
I N T R O D U Ç ÃO
O trabalho tem como finalidade evi-
talismo, tendo, à partida, um fim de vida anun-
denciar o papel da arquitetura na reabilitação
ciado - devendo ser igualmente equacionado o
de um lugar, em contexto pós-catástrofe. A
plano de reutilização ou reciclagem dos materiais.
ideia de habitar envolve a criação de um pro-
grama e de um contexto, sendo essa uma das
uma matéria recente: foi teorizada pela primeira vez
funções primárias da arquitetura. Também em
em 1978 por Ian Davis, e, desde então, tem havido
situação de emergência são muitas as respostas
uma crescente sensibilização da sua importância.
adequadas ao seu contexto, principalmente com
Isto deve-se, em parte, ao aumento exponen-
a atribuição de abrigos temporários capazes de
cial do número de catástrofes e das condições
preservar a dignidade e promover a segurança
crescentes de vulnerabilidade sociais e físicas, que
e desenvolvimento das populações desalojadas.
conduzem à necessidade de pensar a emergên-
cia e realojar temporariamente as comunidades.
Contrariando a eternidade conferida à Ar-
A Arquitetura de emergência é, porém,
quitetura convencional, o objetivo deste tipo de arquitetura é ser temporário e transitório, o que nos remete para o campo da construção efêmera.
A Arquitetura temporária, por sua vez,
distingue-se pelo pragmatismo e experimen-
11
1 . D E S A S T R E S N AT U R A I S
O principal motivo que levou o desen-
Segundo dados da Defesa Civil Nacio-
volvimento deste trabalho são os dados alar-
nal (SEDEC, 2009), é possível identificar car-
mantes que mostram o aumento dos desas-
acterísticas mais frequentes dos desastres por
tres naturais em função da ação do homem
regiões no Brasil, conforme mapa a seguir:
em moldar seu espaço ás suas necessidades. E embora o homem não seja capaz de contêlos, existem meios de mitigar seus danos, e a construção dos abrigos é uma das alternativas.
Gráfico mostra o aumento do número global de desastres naturais entre 1900 e 2015 (EM-DAT, Base de Dados Internacional de Desastres, CRED) Fonte: http://www.emdat.be/disastertrends/index.html
Mapa de distribuição por região dos desastres atendidos pela Defesa Civil Nacional. (Adaptado a partir de: SEDEC, 2009)
12
São
diversos
os
fenômenos
nat-
No Sudeste, de acordo com o mapa, pode-
urais, como terremotos, tempestades, enchen-
se observar que são mais frequentes deslizamen-
tes,
furacões,
tos de terra e inundações, mas o país ainda é
cas,
secas,
e
bastante afetado por secas, incêndios florestais e
etc.
Alguns desses desastres são mais co-
vendavais. Estima-se que 97% das vítimas decor-
muns em países de clima tropical, como o Brasil.
rentes de desastres naturais são de países em de-
tsunamis, desabamentos,
erupções
vulcâni-
solapamentos
senvolvimento. (UNITED NATIONS DEPARTMENT
ização desenfreado por diversos fatores socio-
OF ECONOMIC AND SOCIAL AFFAIRS, 2002). No
econômicos do país, gerando o crescimento
Brasil, por
exemplo, fortes chuvas são capazes
desordenado das cidades, originando o sur-
de assolar regiões inteiras com maior facilidade
gimento de favelas em áreas insalubres sujeitas
em relação aos países desenvolvidos. Isso por di-
a condições de riscos, tornando essas cidades
versas questões sociais, econômicas e políticas.
sem planejamento urbano adequado, mais vul-
neráveis a sofrer consequências mais graves.
Porém nem sempre esses fenômenos nat-
urais, são uma ameaça ao homem. Eles só passam
a ser ofensivos quando alteram o funcionamento
Escritório das Nações Unidas para a Redução de
de uma comunidade, causando mortes, feridos e
Desastres (UNISDR) e o Centro de Pesquisas de
prejuízos, e as inúmeras intervenções abusivas que
Epidemiologia em Desastres (CRED) mostra que o
o homem está fazendo a natureza, estão agravan-
Brasil é o único país das Américas que está na lista
do a frequência e a intensidade desses desastres.
dos dez países com maior número pessoas afeta-
das por desastres entre os anos de 1995 a 2015.1
Portanto esses eventos se tornam de-
sastrosos nerabilidade.
quando Como
existe explica
ameaça Anders
de
De acordo com o Relatório divulgado pelo
vul-
(2007):
“Vulnerabilidade pode ser entendida como a incapacidade de uma comunidade em “absorver” ou auto ajustar os efeitos das mudanças no meio ambiente. E quanto maior for essa incapacidade, maior será a vulnerabilidade e consequentemente, maior será o risco sobre a comunidade” (ANDERS, 2007, página 34) O grande condicionante da vulnerabilidade no Brasil é consequência do processo de urban-
Mapa mostra número de desastres naturais (1995 – 2015) Disponível em: < https://www. u n is d r. org / 2015 /docs / c l i matecha nge / COP 2 1 _ We a t h e r D i s a s te rs Re p o r t _ 201 5 _ F I N AL . p d f > . 1 ONU Brasil, Disponível em: https://nacoesunidas.org/onu-brasil-esta-entre-os-10-paises-com-maior-numero-de-afetados-por-desastres-nos-ultimos-20-anos/ - Acesso em: 16/11/2016
13
Segundo dados de desastres naturais do
Recentemente
passou
anos de 1900 a 2015, ocorreram 13.907 desas-
como as enchentes em Santa Catarina (2008),
tres naturais, os quais ocasionaram 2.533.094
deslizamentos de terra na região serrana do Rio
mortos
e
de Janeiro (2011) e o rompimento da barragem
Só
Brasil
no
na
década
de
calamidades
por
momentos
desabrigados.
grandes
Brasil
banco global EM-DAT, no mundo todo entre os
110.368.060
de
o
públicas,
2000,
da Samarco em Mariana (2015), se apresentan-
a ocorrência de desastres naturais aumentou
do como exemplos em que o estado teve que
286% em comparação aos 10 anos anteriores.
intervir de maneira urgente para reabrigar um
Gráfico comparativo de ocorrência entre décadas
grande número de pessoas, percebe-se que as atitudes imediatas, geralmente, se restringem a providenciar a estadia das vítimas em espaços públicos e/ou comunitários, como ginásios de esportes,
salões
exposições, acampamentos
paroquiais,
escolas,
ou
centros ainda
emergenciais
de em com
barracas improvisadas e desprovidas de esGráfico de desastres naturais no Brasil - 1991 a 2012
Gráficos de desastres naturais no Brasil de 1991 a 2012 e comparativo de 1990 e 2000. Fonte: JUNGLES, Antônio Edésio Atlas Brasileiro de desastres naturais 1991 a 2012: Volume Brasil. Florianópolis, CEPED/UFSC,2013.
14
trutura para atender as necessidades básicas.
O
ginásio esportivo da cidade, se tornou do dia para a noite o lar para cerca de
300
famílias em
Teresópolis – RJ (2011).
15
Poderia ser uma solução se a situação se
resolvesse em pouco tempo, mas é sabido que
e dos.
acomodam Segundo
os Anders
desabriga(2007):
eventos graves podem demorar anos para se regularizar ou até mesmo virarem permanentes, como aconteceu em São Paulo, que em 1971,
viaduto, e em 1978, um novo alojamento provisório
“As estruturas portáteis para abrigos transitórios devem ser empregadas rapidamente, quando necessário, em locais que podem ser de difícil acesso, e ainda devem ser reutilizadas em outras ocasiões”.³
acolheu
a prefeitura transferiu 150 famílias removidas da Vila Prudente, pela secretária de Bem estar da PMSP, em decorrência da construção de um 60
famílias
transferidas
da
favela
Vergueiro para ampliação da Via de mesmo nome para a região
16
entre os córregos Independência e
e
Sacomã,
so
resultou
Mas
esse
improvi-
Visando solucionar esses problemas que
maior
atingem de maneira repentina a cidade, e a tor-
favela de São Paulo, Heliópolis², ocupando mais de 1
nando um pouco mais resiliente, precisamos mini-
milhão de metros quadrados e com mais de 80 mil
mizar os improvisos quando os desastres ocor-
moradores. Situações como essas devem ser
rem, e começar a nos planejar. Por esse motivo, a
evitadas,
se
proposta deste trabalho é desenvolver uma nova
extinção.
solução arquitetônica para um abrigo de caráter
mais
tarde
já
torna
um
Neste
na
que
problema
e
não
sua
a
emergencial, que atenda as demandas para todas
importância da Arquitetura emergencial, e o
as regiões do Brasil, proporcionando o confor-
papel do Arquiteto é fundamental para solucionar
to as pessoas após essas situações traumáticas,
melhores
oferecendo uma alternativa com design inova-
contexto,
abrigos
percebe-se
emergenciais,
de
caráter
transitório, que reestruturam as áreas afetadas
dor além de utilizar materiais tecnológicos.
2 ALBUQUERQUE, Maria José – “ Verticalização de Favelas em São Paulo: Balanço e uma Experiência (1989 a 2004) Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) FAU/USP, 2006. Pág. 154
3 ANDERS, Gustavo Caminati. Abrigos temporários de caráter emergencial. 2007. 119 f. Dissertação (Mestrado em Design e Arquitetura) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.
Heliópolis,
o maior assentamento irregular de
decorrente da transferência temporária de
150
São Paulo,
que surgiu
famílias pela prefeitura.
17
2 . AR QU I T E T U RA T E M PO R ÁR I A D E CA R ÁT E R E M E R G E N C I A L
proteção
“A arquitetura de emergência traduzse na resposta rápida, e não necessariamente imediata, à necessidade de abrigo ou habitação provisória, mediante a aplicação sustentada de materiais e tecnologias, a populações vítimas, tanto de catástrofes naturais, como de conflitos sociais e políticos.” (ARNFRIED, Cardoso Ziebell 2010)
Como estudos
pode-se
de
desastres
perceber
nos
anteriormente
cita-
dos, a demanda para esse tipo de arquitetura tem crescido consideravelmente a partir do início
do
am-se
século
os
XX,
quando
fenômenos
intensificar-
naturais
catastrófi-
cos e os conflitos sociais e políticos no mundo, dando forma ao contexto que chamamos de emergência. O conceito de emergência é incorporado
à
critérios
são
construção
do
arquitetura
efêmera
acrescentados abrigo,
como:
fornecimento,
baixo
ao
flexibilidade,
terreno,
transporte
O
e
e abrigo
para
a
rapidez
custo,
a no
adaptação
facilidade
na temporário
novos
no
montagem. tem
origem
no estilo de vida nômade, quando o clima passou
18
a
ser
preponderante
na
busca
por
das
e
qualidade
foram
história,
se
antigas
habitar.
aprimorando
embora
proteger,
no
a
essência
guardar cavernas
ao
e
As
ten-
longo do
abrigar,
confortar
continuasse.
O
da das
constante
trânsito passou a exigir mais da estrutura do abrigo,
pelo
processo
desmontagem. do
desigualdades
de
montagem
Mesmo regionais
e
haven-
de
culturas,
as
necessidades eram comuns e ainda continuam atualmente, importando a durabilidade dos materiais, a flexibilidade e a simplificação no transporte. Na transitoriedade encontramos o principal elemento da relação entre o abrigo temporário para situações de emergência e as culturas nômades, mesmo essa transitoriedade se dando por razões distintas, é dever hoje também, corresponder adequadamente ao meio ambiente minimizando o impacto.
A
produção
dos
abrigos,
temporári-
os e portáteis, teve seu desenvolvimento crucial desde a primeira grande guerra mundial para uso militar, destacando-se o modelo criado pelo engenheiro canadense, o Capitão Nissen,
“Esse
grande
sucesso
se
deveu
ao
fato de sua estrutura utilizar componentes fáceis de fabricar, intercambiáveis e obede-
cerem a uma coordenação modular, facilitando assim, sua montagem em campo” (ANDERS, 2007). havido
Até a década de 70, embora tenha
importante
contribuição
à
arquitetura
efêmera por grandes nomes como Frank Lloyd Wright, Le Corbusier, Alvar Aalto, os arquitetos do grupo Archigram entre outros, como afirmam Neto e Marum⁴, essas tentativas apenas apontaram para futuros projetos na área da emergência, “Na realidade todas estas investigações e experiências nunca foram aplicadas à arquitetura de emergência. Eram linhas de produtos não acessíveis a todos. Nunca aplicadas às situações de emergência. Porque na realidade, não tinham sido concebidos para esse fim”.
Da década de 70 em diante, inqui-
etações
instigaram
mentos
que
estudos
produziram
e
alguns
avanços
movi-
específicos
nessa área, como a preocupação com os materiais utilizados para esse fim e a necessi-
Apesar
das
várias
contribuir
e
habitação
pós-catástrofe,
a
tenda
de
investigar
tentativas
para
campanha,
em
melhorar
continua o
a
a
ser
abrigo
de
emergência mais utilizado pelas organizações intervenientes. Em parte, a justificação para o modelo de habitação-refúgio em situações pós-catástrofe
se
manter
quase
inalterada ao longo dos anos (apesar de várias tentativas de melhoramento), é, talvez, pelo fato de serem consideradas manifestações deslocadas e desvalorizadas pela crítica teórica da arquitetura, impedindo a continuidade das investigações. Contudo estes projetos dão-nos coordenadas valiosas que permitem recuperar e repensar a ideia de habitação pós-catástrofe. (NETO; MARUM, s.d)
dade das intervenções arquitetônicas. Ainda assim, Neto e Marum são categóricos em afirmar:
4 NETO, Maria Canteiro; MARUM, Jorge Humberto Canastra. Habitação Sustentável em contexto pós-catástrofe. A arquitetura como mediação em intervenções de emergência. (2010)
19
3 . S I S T E M A S C O N S T R U T I VO S PA R A AR QU I T E T U RA D E E M E RG ÊN C I A
Existem vários tipos de estruturas emer-
porte, sendo ideal para locais de difícil acesso. A
genciais, que podem ser adotados em diver-
desvantagem de tal sistema é o fato de que a
sas situações, dependendo da solução mais ad-
qualidade e a eficiência do sistema dependerão
equada para cada uso ou situação emergencial.
dos procedimentos de montagem serem feitos
Existem 4 sistemas construtivos mais utiliza-
da maneira correta.
das de estruturas emergenciais: Module, Flat-
O sistema Tensile é considerado por An-
Pack, Tensile e Pneumatic. (ANDERS, 2007)
ders (2007, p.64) mais flexível, pois a solução con-
Anders (2007, p. 61) define o Sistema
strutiva mais empregada para esse sistema é a de
Module como sendo aquele no qual a unidade hab-
uma armação rígida que sustenta uma fina mem-
itacional é entregue praticamente pronta, ou seja,
brana, como uma espécie de tenda. Existem varia-
não há peças que precisam ser montadas. São
ções mais elaboradas, mas todas consistem nesses
unidades completamente independentes, prontas
dois elementos básicos: armação rígida de aço ou
para o uso, que apresentam somente a necessi-
alumínio que trabalha à compressão e uma membra-
dade de serem conectadas às redes de água, es-
na de lona ou poliéster tensionada presa à armação.
goto e eletricidade. Podem, também, ser modula-
res para que, em função de necessidade específica,
bém chamadas infláveis, funcionam de maneira
possa ser conectada a outra, aumentando seu ta-
semelhante às anteriores, tensionadas, pois sua
manho. A desvantagem intrínseca a esse sistema
estabilidade se deve a uma membrana sob ten-
é o fato de que, devido ao tamanho das unidades,
são, mas cuja pressão é exercida pelo ar. Segun-
são
do Anders (2007 p. 64-65), esse sistema per-
ou
avião,
sendo
por
caminhões,
necessárias
helicóptero
muitas
Por fim, as estruturas pneumáticas, tam-
viagens.
mite a construção de estruturas leves, fáceis de
As unidades pertencentes ao sistema Flat-
transportar e de montagem rápida. No entanto,
pack são bastante semelhantes às do sistema
apresenta grandes desvantagens associadas ao
anterior, em sua forma final. No entanto, apre-
carregamento exercido pelo vento, a eventuais es-
sentam como grande diferença o fato de que
vaziamentos, em função de furos acidentais causa-
os componentes são entregues desmontados, o
dos pela mobília ou à falha no fornecimento do
que significa a redução no tamanho para trans-
ar, pois há necessidade de suprimento constante.
20
transportadas
(ANDERS, 2007, p.62-63)
Container de abrigo modular - Sistema Module
Novo conceito de Tenda , a Funky Design é feita de almofadas infláveis. - Estruturas Pneumáticas
Tendas Archinoma Y-Bio - Tem design inspirado em pirâmides e são compostas por peças individuais, que podem ser montadas de acordo com a necessidade do cliente. - Sistema Tensile
Abrigo Tentative - Desmontado para transporte e montado in loco - Sistema Flat Pack
Shelter Pack - Se comprime para placas de 80cm de altura para facilitar o transporte - Sistema Flat pack
EXO Emergency Shelter - Solução de habitação empilável, portátil21 e reutilizável. - Sistema Flat Pack
4 . E ST U D O D E CASOS
Para
que
seja
feito
um
comparati-
vo breve, confrontando todos os aspectos relevantes de cada abrigo que será apresentado, foram definidos 3 grupos de variáveis em comum, para que seja possível realizar uma análise
Grupo 2: Vantagens: De acordo com todos os dados obtidos Desvantagens:De acordo com todos os dados obtidos
comparativa no final deste tópico que irá auxiliar no desenvolvimento do projeto final, são elas::
Grupo 3: Considerações
Grupo 1: Tempo (h) / pessoa: é o tempo gasto para montagem do abrigo pelo número de trabalhadores Área (m²): a metragem apresentada de cada abrigo que auxilia a conferir a sua qualidade e conforto. Principal material: importante para descobrir os materiais mais acessíveis e mais utilizados. Isolamento: material utilizado para isolar o abrigo das intempéries, (fogo, calor e frio) importante para discernir os abrigos que garantem maior conforto aos desabrigados. Custo Total: Esta variável apresenta o custo total de cada abrigo, desde os materiais até o transporte. Transporte: Meios de transporte, quantidades de módulos que cabem, entre outros. Sustentabilidade: reciclagem, redução de energia, compactação do módulo, reutilização, entre outros.
22
Contribuições
23
4.1 ABRIGO TRANSICIONAL LIINA
Protótipo final construído pelos estudantes finlandeses, coberto com lona para proteger a estrutura contra raios UV e água.
Instruções de montagem do abrigo «Liina» Disponível em: <http://fundacion.arquia.es/files/public/media/3X Kk1OGCD1qosJW3l02XpfyDbvA/MzQxOTA/MA/f_ pdf.pdf>
24
O seu interior contém dois espaços semi-privados para dormir, uma cozinha com duplo propósito comer / estar / espaço de trabalho. Imagens Disponíveis em: http://fundacion.arquia.es/files/public/media/3XKk1OGCD1qosJW3l02 XpfyDbvA/MzQxOTA/MA/f_pdf.pdf
Como
Linna
implantação utiliza em
rápida
painéis embalagem
simples
o
foi
projetado e
eficiente,
pré-fabricados compacta.
suficiente
para
para
de
Os
ca ser inteligente, mas de baixa tecnologia, a
ele
modularidade
madeira
painéis
serem
ter
são
fabricados
adição
ou
brigo
e
gos
com
em
um
container
subtração acomodar
habitantes.
cabem
projeto de
permite
módulos,
a
a
fim
de aumentar ou diminuir o tamanho do a
em qualquer lugar do mundo e dois abricompletos
do
as
Demonstra
materiais
necessidades
dos
comprometimento
sustentáveis,
proje-
padrão europeu. Cada painel tem 600 mm de
to de construção em madeira e preocupação
largura
humanitária em todo o globo. O abrigo é
(metade
da
dimensão
de
uma
chapa de madeira compensada), para diminuir
quase
o
madeira,
desperdício
e
ser
facilmente
carrega-
inteiramente painel
feito
laminado
de
produtos
estrutural
de
(LVL),
da por um adulto. Seis painéis são conectados
chapas de madeira compensada, isolamento de
através de um sistema simples de cavilhas
celulose e é simples o suficiente para ser con-
de madeira formando um módulo da estru-
struído em diversos locais, representando uma
tura. Cada módulo é, então, comprimido us-
solução open-source para um problema global.
ando
cintas
de
nylon
(“Liina”em
Finlandês),
como aquelas usadas para o transporte de cargas. A compressão da cinta cria encaixes herméticos e exclui o uso de conexões metálicas
• Solução estrutural inteligente e a utilização de
ou ferramentas elétricas no canteiro de obra.
materiais pré-fabricados que permite uma mon-
tagem rápida;
Dependendo do terreno e da quali-
dade do solo no local, uma série de fundações
•Modularidade;
podem ser utilizadas para apoiar o abrigo. Uma
•Comprometimento com materiais sustentáveis;
lona dobrável e a prova d’água protege o abri-
• Atende a metragem quadrada mínima de habita-
go dos danos da chuva, neve e raios UV e
ção temporária de 3,5m²;
pode ser facilmente substituída se necessário.
• Custo alto devido a utilização do painel laminado
(LVL).
A
solução
final
adotada
bus-
25
4.2 ABRIGO GLOBAL VILLAGE
O Global Village Shelter é entregue em embalagens planas para o transporte e se desdobrasse para formar as paredes e o telhado.
Instruções de montagem da base e do telhado. Fonte: Disponível em: <http://catherinetoddarchitecture. blogspot.com.br/2010/01/global-village-shelters.html>
26
O abrigo pode ser construído em menos de uma hora por duas pessoas. Fonte: Imagens disponíveis em: http://inhabitat. com/prefab-friday-global-village-shelters/
O abrigo possui uma solução muito simplificada
•
e econômica para acolher pessoas desabrigadas.
simplificado de desdobramento.
Rápida montagem através de um sistema
Feito a partir de material laminado biodegradável e por sua estrutura pré-fabricada ser trans-
•
portada ao local dobrada, pode ser erguido em
do imediato após o desastre e à aplicabilidade em
menos de uma hora por duas pessoas, e não
larga escala, já que configura modelo de baixo
requer ferramentas para serem montadas ou
custo e único.
Pré-fabricado adequado apenas ao perío-
desmontadas, pois a montagem se caracteriza somente pelo desdobramento para expandi-la.
•
de 3,5m² por habitante, e sim apenas 1,56m².
Possui dois modelos disponíveis, num
Não atende a metragem quadrada mínima
deles foi introduzido duas janelas em cada fachada e em ambos, na cobertura, uma abertura permite a
•
ventilação e conforto térmico interno dos abrigos.
corporações significativas.
Sem a possibilidade de alterações ou in-
27
4.3 ABRIGO EM SUPERADOBE
Orifício no topo do edifício para ventilação natural. (Cal-Earth, 2013).
Instruções de montagem do abrigo «SuperAdobe» Fonte: Disponível em: <http://saude.hi7.co/saude/ saude-5706fbafe9233.jpg>
28
Abrigo acabado sem nenhum tipo de revestimento (protótipo montado na Califórnia, EUA.) Fonte: Disponível em:<http://2.bp.blogspot.com/a 4 zo U 5 l be Ug / T vtsa Ry 0 J 0 I / AAAAAAAAAJ c / k D f ODZ 6 H Ipo / s 320 / ecoha bitat + - + SUPERADOBE+puerto+vallarta-+EARTHSHIP+-+nuevo-1.jpg>
Este tipo de abrigo foi elaborado primei-
•
Material vernacular de baixo impacto am-
ramente pelo The California Institute of Earth Art
biental;
and Architecture (Instituto California de Arte da
•
Baixo Custo
Terra e Arquitetura) tendo como objetivo prin-
•
Contribuição dos moradores na monta-
cipal a construção de estruturas seguras com
gem dos abrigos
mínimo impacto no meio-ambiente. Os trab-
•
alhadores são os próprios moradores que con-
(96h)
struirão este modelo em seus quintais (EMER-
•
GENCY..., 2013). De acordo com a mesma fonte,
temporário, e provavelmente terá seu uso esten-
tem-se que as estruturas mais fortes encontradas
dido para definitivo.
Processo de montagem muito demorado Tipo de construção que não tem aspecto
na natureza são formadas por arcos, domos e abóbadas e estas formas podem ser construídas com o material mais abrangente no nosso planeta, que é a terra. Este instituto disponibiliza um manual da construção desse abrigo, o qual emprega uma tecnologia com o uso de sacos de areia, arame farpado e cimento, disponíveis em qualquer depósito de materiais de construção.
29
4.4 ABRIGO EX-CONTAINER
Pré-montados, o interior e exterior são içados por grua para sua conexão. / Detalhe da conexão entre os dois blocos.
Detalhe construtivo da estrutura em Steel frame e vedação em placas de madeira / Corte do abrigo do tipo duplex. Fonte: Disponível em: <http://exc.ysmr.com/ container_e/>
30
Protótipo de teste na fábrica na Tailândia / Espaço de estar do abrigo sem pilares de sustentação e nem divisórias. Fonte: Imagens Disponíveis em: <http://www.archdaily. com/127534/ex-container-project-yasutaka-yoshimuraarchitects>
Este modelo de abrigo foi realizado pelo
•
Solução de habitação de qualidade supe-
escritório Yasutaka Yoshimura Arquitetos em as-
rior aos demais.
sociação com Nowhere Resort, o objetivo principal
•
Fácil Transporte
do Projeto Ex-Container é fornecer moradia ime-
•
Utilização de materiais Pré-Fabricados,
diata para aqueles que foram deslocados após o
porém de de alto custo.
terremoto e tsunami que atingiu o Japão em 11 de
•
Agilidade na montagem
março de 2011 e possui medidas de containers de
•
Ótimo isolamento
navios, sendo facilmente transportados e monta-
•
Alto Custo
dos. Pensando além do curto prazo, o Projeto Ex-
•
Dependência de mão de obra especializa-
Container pode inicialmente ser construído como
da na montagem.
uma casa temporária e depois convertido em uma estrutura permanente. Os protótipos são chamados de ex-containers, pois utilizam o formato de um container, porém com a estrutura em steelframe, vedação em placas de madeira e isolamento no teto em espuma de poliuretano, material eficiente para evitar condensação de água. Podem ser transportados por meio de guindaste e possuem uma abertura no teto para as possíveis escadas, porém os moradores podem optar por usá-las como janelas, caso os protótipos sejam montados no térreo (EX CONTAINER, 2009).
31
4.5 CASAS PAPER-LOG
Abrigo em tubos de papel e base de caixas de cerveja preenchidas com sacos de areia, o telhado possui material tipo tenda para o isolamento térmico, finalizado após 48 horas com 8 pessoas.
Esquema de montagem do Abrigo Paper Log House Fonte: Disponível em: <http://exc.ysmr.com/ container_e/>
32
Ambiente Interno do abrigo, aonde o Estar/Social se encontram em um mesmo espaço. Fonte: Imagens Disponíveis em: <http://www.shigerubanarchitects.com/works/1995_paperlog-house-kobe/index.html>
O método de arquitetura de Shigeru Ban é
casas também contêm janelas operáveis e per-
simples; para criar estruturas que desafiem o con-
sianas, ambos emoldurados em madeira com-
ceito moderno de materialidade. Ban escolhe usar
pensada. O custo dos materiais para uma uni-
material reciclável simples para criar estruturas de
dade de 52 metros quadrados está abaixo de US
magnificência. Paper Log House foi um de seus
$ 2000. A unidade é fácil de desmontar, e os
projetos mais bem sucedidos que veio em um
materiais facilmente descartados ou reciclados.
momento de grande necessidade. Em 17 de janeiro de 1995, um terremoto de magnitude 6,9 atingiu a cidade de Kobe, no Japão, deixando sem teto 300 mil pessoas. As consequências do terremoto
•
Materiais Sustentáveis
deixaram a cidade em ruínas, destruindo cerca de
•
Materiais pré-fabricados montados no lo-
cento e dois mil prédios. Um dos pré-requisitos
cal, não sendo necessário o transporte dos abri-
de Ban é que todos os materiais utilizados de-
gos.
veriam ser pré-fabricados e montados no local.
•
Custo viável
•
Abrigo testado e aprovado em vários
A fundação do abrigo consiste em caixas
de cerveja doadas carregadas com sacos de areia.
lugares no mundo.
As paredes são feitas de 106 mm de diâmetro,
•
tubos de papel de 4 mm de espessura. O espaço
(48h)
de 1,8m entre as casas foi utilizado como uma
•
área comum. Para isolamento, uma fita de esponja
3,5m² por habitante, sendo 10,4m² por habitante.
impermeável apoiada com adesivo é intercalado
•
entre os tubos de papel das paredes e também
corporações significativas.
Processo de montagem muito demorado Atende a metragem quadrada mínima de Sem a possibilidade de alterações ou in-
é utilizado material de tenda para o telhado. As extremidades do telhado são operáveis, permitindo que o residente para abri-los ou fechá-los em momentos de mudança climática rápida. As
33
4.6 ABRIGO PUERTAS
Protótipo finalizado com fechamento em placas OSB e cobertura em lona.
Isométrica explodida do esquema de montagem do abrigo / Detalhe em corte da ventilação cruzada do abrigo. Fonte: Imagens disponíveis em:<http://www.archdaily.mx/ mx/02-38122/prototipo-puertas-vivienda-de-emergencia-para-casos-catastroficos-cubo-arquitectos>
34
Ambientes internos do abrigo, área intima/estar. Com aberturas no teto para entrada de iluminação. Fonte: Imagens disponíveis em: http://www.archdaily.mx/mx/02-38122/ prototipo-puertas-vivienda-de-emergencia-para-casoscatastroficos-cubo-arquitectos
Este protótipo teve como objetivo principal
•
Materiais de fácil aquisição
construir um sistema habitacional de emergên-
•
Baixo Custo
cia empregando materiais padronizados encon-
•
Demanda pouco tempo de montagem
trados em qualquer distribuidor de materiais de
•
Fácil montagem
construção. Foram adotados os seguintes mate-
•
Atende a metragem quadrada mínima de
riais: no piso, pallets e placas de OSB; nas pare-
3,5m² por habitante, sendo 3,55m².
des e forro, portas e marcos em madeira pinus;
•
Sistema de ventilação Cruzada
nas janelas, plástico bolha; e na cobertura, lona
•
Aberturas no teto e utilização de material
em polietileno estruturada com perfil de aço, a
translúcido em alguns pontos das paredes para
qual garante sombreamento, ventilação e siste-
entrada de iluminação natural.
ma de recuperação das águas pluviais. O tempo
•
Constituído de materiais pouco resistentes
de montagem é oito horas com sete trabalha-
•
Isolamento térmico
dores e bastam quarenta e cinco minutos para desmontá-lo. No centro há uma varanda que separa os ambientes de quarto e estar/banheiro.
35
5 O P ROJ E TO
Entendendo tal necessidade, esse trabalho
sua montagem rápida e de fácil entendimento.
propõe uma nova solução arquitetônica para um
O projeto busca assim conferir praticidade
abrigo emergencial de caráter temporário, visan-
e simplicidade na solução do problema da habita-
do transpor os problemas gerados pela falta de
ção em situações de emergência, tendo em conta
planejamento e que atenda as demandas para todas as regiões do Brasil e do mundo, propor-
Para que o resultado fosse obtido, foi elaborado
cionando o conforto as pessoas após situações
um diagrama conceitual que auxiliou no processo
traumáticas além de oferecer uma alternativa com
criativo do desenvolvimento dos módulos, deter-
design tecnológico utilizando materiais inovadores.
minando assim os parâmetros projetuais.
A proposta é a criação de um módulo
com tipologia flexível, modular e metamórfica, constando da escolha adequada das tecnologias dos materiais e sistemas de montagem, de modo que o projeto atenda às necessidades mais básicas em situação emergencial e como caracteristica o módulo inicialmente suporta de 1 a 2 pessoas, porém o conceito empregado é que ele seja escalável, permitindo que ele se adapte a quantidade de usuários
necessários.
Tal abrigo poderá ser armazenado e
distribuído, em forma de kits para a população em situação de pós-desastre, pelas prefeituras municipais, equipes da Defesa Civil, ONGs envolvidas no amparo às vítimas, entre outros, de forma que a própria família consiga atuar em
36
Não seja necessária mão de obra específica para montagem
Tensionada
Mínima variação de materiais
Habitação para vítimas de desastres
Pneumática
Caracterizado por
Peças produzidas em série
Causados pelo homem
Madeira
Padronização
Maremotos
Papelão Temperatura Interna
Terremotos
Metálica
Ventilação
Naturais
Alternativa
Que existe quando se tem adequada
Furacões
Funções
Privacidade
Deslizamentos
Possíveis tipos de estruturas
Iluminação
Conforto Ambiental
Conceitos
Guerras
Enchentes
Normas
MÓDULO ABRIGO
Legislação Específica Para melhorar no atendimento as vítimas
Portanto devem ser
Sustentabilidade Projeto Esfera – ONU (2011)
Fabricados/Montados com a mínima perda de material De fácil manutenção
Forma que possibilite
Falta de privacidade
Se possível com materiais de baixo impacto Famílias desabrigadas
Produzidos com materiais inovadores Caracterizado por
Manual para Administração de Abrigos Temporários – RJ (2006)
Que são
Transportabilidade
Comprometimento da saúde pública
Proliferação de doenças Separação dos núcleos familiares
Conflitos entre as vítimas Poucas peças Peças leves Fácil montagem Fácil armazenamento
Prática ampliação de layout Implantação em terrenos com topografia irregular
Amenizar os efeitos causados pelos desatres
Evitando que ocorra
Utilização de espaços públicos e/ou comunitários como: escolas, ginásios de esportes e etc.
Diagrama Conceitual
37
5.1 PARTIDO ARQUITETÔNICO
A partir dos parâmetros projetuais, fi-
Foram realizados vários testes que chega-
cou evidente que para alçancar aos objeti-
ram ao desenho do triângulo equilátero, o que
vos, era necessário encontrar uma geometria
permitiu uma grande flexibilidade e design original.
que permitisse que o abrigo chegasse ao lo-
cal compactado, ao mesmo tempo que gerasse
uma modulação triangular dobrável capaz de
sua forma final com facilidade de montagem e
adquirir
O projeto se constrói com base em outras
formas,
usos
possibilitasse um sistema prático de expansão.
Com base na técnica do origami, que
consiste em uma série de dobras combinadas de diversas maneiras para formar objetos dos mais variados tipos, considerou-se que usando uma estrutura dobrável, seria possível gerar a expansão requerida na chegada no módulo ao local.
Maquetes com a evolução da forma do abrigo a partir da modulação triangular. Fotos: de própria autoria
38
e
ampliações.
5.2 CARACTERÍSTICAS DO PROJETO
O projeto adota como conceito básico
A
sua
montagem
se
torna
pos-
para sua estrutura o uso de 14 módulos dobráveis
sível em apenas
que são conectados por dobradiças flexíveis
cesso
magnéticas e que juntos formam a unidade de
cilitar
habitação base, se diferenciando apenas por sua
Assim as soluções construtivas utilizadas pos-
função: módulos de parede, piso e cobertura.
sibilitam rápida montagem, facilitando também
Os módulos permitem uma maior flexibi-
a desmontagem, evitando tanto quanto pos-
lidade de usos e também possibilitam uma maior
sível a produção de resíduos ou danos no local.
9 etapas, devido ao pro-
de “dobradura” desenvolvido para fae
reduzir
o
tempo
de
montagem.
racionalização na fabricação, transporte e montagem.
Todo o conjunto da estrutura são modulares
e leves o suficiente para atender a logística de habitação em fase de transição após o desastre natural. O
projeto
também
leva
em
considera-
ção o uso de materiais e sistemas construtivos tecnológicos na área da arquitetura de emergência , que além de possibilitarem design inovador, também possuem melhores características de durabilidade e conforto térmico.
39
5.3 A ESCOLHA DOS MATERIAIS
Vivemos em tempos de constantes trans-
cionado, a linha de produtos AKROLOY foi conce-
formações, na arquitetura não é diferente, e porque
bida
para minimizar este efeito da hidroscopia e
não pensar de maneira tecnológica quando fala-
é bastante indicada para a substituição de metais.
mos em arquitetura emergencial? Pensando nisso,
o foco desse projeto foi a busca de materiais de última tecnologia, que pudesse unir: inovação, design e necessidade em um único contexto.
5.3.1 ESTRUTU RA DOS MÓDU LOS E TRAVAMENTOS
Para a estrutura dos módulos e trava-
mentos da estrutura, foi pensado em um material altamente resistente e que fosse durável, e que pudesse substituir o alumínio em suas propriedades; Por esse motivo foi escolhido o
uso de
poliamidas da empresa AKRO-PLASTIC, que destacam-se por sua alta resistência e rigidez.
Segundo dados informados pela empresa,
o material AKROLOY PA GF 60 BLACK (2844) se-
ria o mais indicado para a minha aplicação , por ter
especificado, onde é possível verificar todas as suas
menor influência da umidade e propriedades mais
informações, como: as propriedades mecânicas e
constantes e elevadas em estado condicionado.
elétricas, inflamabilidade e dados gerais, que foram
de suma importância na escolha desse material.
As poliamidas absorvem umidade, isso é in-
trínseco do polímero e elas absorvem cerca de 3% do seu peso de umidade do ar, o que deixa o material menos rígido e mais flexível depois de condi-
40
Gráfico de comparação entre as condições das poliamidas contra o alumínio e zinco.
A seguir está a ficha de dados do material
.
41
5.3.2 SISTEMA DE ENCAIXE DOS MÓDULOS
em eletricidade para compensar o consumo de energia.
Imãs de neodímio autoadesivos. Força aprox. 1kg.
Sistema de dobradiça extrudada em pvc flexível.
Para que os módulos consigam realizar
seu dobramento, será usado um sistema de en-
Clear View Power - Vidro fino e leve, com menos de
caixe que contém um dobradiça extrudada em pvc
1 milímetro de espessura , possui eficiência energética
flexível juntamente com o imã de neodímio que irá
de 10% mesmo sendo alta tecnologia possui baixo
possibilitar a conexão e expansão dos módulos.
custo.Fonte: http://ubiquitous.energy/windows/
5.3.3 SISTEMA DE ENERGIA DO ABRIGO
Esse sistema será implemenado na veda-
ção dos travamentos da estrutura fazendo com
Juntamente com o vidro, para que não
seja necessário instalações elétricas será utilizado o a Window Socket, que é um plug de tomada de energia solar, produzida a partir de células fotovoltaicas.
que atráves da tecnologia do vidro ClearView Power™, permitindo a entrada de luz ao mesmo tempo que gera energia para o abrigo.
A tecnologia ClearView Power é um re-
vestimento invisível para produção de energia para janelas sem necessidade de fiação. Fornece um nível de transparência para desfrutar da iluminação natural e uma visão dos arredores, enquanto converte luz infravermelha e ultravioleta
42
Pode fornecer 10 horas contínuas de energia com uma carga completa, leva cerca de 5-8 horas para carregar
totalmente.
Fonte:
http://www.yankodesign.
com/2013/04/26/plug-it-on-the-window/
5.3.4 VEDAÇÃO PAREDES E TETO
Exclusiva tecnologia Précontraint Serge Ferrari®
Na
utilizado
vedação a
membrana
das
paredes
compósita
será
perfura-
da SOLTIS 92 da empresa SERGE FERRARI. Foi escolhida a cor branca, pois segundo a tabela de propriedades solares e de iluminação é a que tem melhores fatores de transmissão solar, absorção e reflecção, além dos fatores solares externos e internos, como mostra na tabela abaixo:
Características de Resistência Benefícios • Excepcional estabilidade dimensional
• Nenhuma deformação material
• Força a longo prazo
durante a instalação ou uso
• Maior espessura do revestimento na
• Resistência a longo prazo e
parte superior dos fios
qualidade estética
• Planicidade excepcional
• Superfície lisa, fácil manutenção • Compacidade, fácil rolagem • Excepcional estabilidade dimensional
Catálogo SOLTIS 92. Disponível em: <http://www.sergeferrari.com/wp-content/uploads/2016/06/Brochure_Soltis_92_GB.pdf>
43
Já na vedação dos módulos do teto,
foi escolhido outro tipo de material para melhorar o conforto térmico dentro do abrigo. Atráves de um sistema de cobertura inflável, a membrana compósita de alto desempenho PRECONTRAINT FERRARI)
782
translúcida,
S2 na
-(SERGE
cor
branca,
foi escolhida para dar leveza e flexibilidade, além de possuir tratamento de superfície (anti-sujeira) aos
raios
e UV
exepcional e
agentes
PVDF
resistência atmosféricos. Catálogo completo disponível em: http://www. birdair.com/system/files/resources/1855096023/Precontraint%20702%20S2%20%26%20702%20flutop%20T2_GB.pdf
44
Corte esquemático dos sistema de vedações do abrigo.
45
5.4 Mร DULOS E TRAVAMENTOS
Detalhamento do mรณdulo de parede com seus respectivos materiais. Desenho de prรณpria autoria.
46
Travamentos da estrutura com seus respectivos materiais. Desenho de prรณpria autoria.
47
5.5 MOBILIÁRIO SUGERIDO
Como mencionado
anteriormente, na
mioria das vezes as vítimas de desastres acabam perdendo grande parte dos seus bens, alguns inclusive chegam a perder tudo. Baseando-se nisso, a demanda de mobiliário é muito grande e seria portanto inviável do ponto de vista de armazenamento mobiliar todos módulos com mobiliário padrão.
Partindo desse princípio foi necessário bus-
car um mobiliário alternativo que se assemelhasse com o sistema construtivo proposto, que fosse dobrável, leve e que não ocupasse muito espaço no armazenamento. Sendo assim, optou-se por utilizar móveis de papelão que além de serem bastante resistentes , suportam grandes cargas e apresentam uma camada de proteção contra umidade.
A ideia é que, dependendo da necessidade
dos usuários, o mobiliário possa ser distribuído junto com os módulos dos abrigos e com um manual de instrução para que possam ser montados pelos próprios usuários, além de possibilitar á eles grande flexibilidade dentro dos abrigos.
48
O ABRIGO 49
50
51
52
53
A = 8,56 m²
54
A = 17,12 m²
55
A = 34,24 m²
56
Vista Interna do Mรณdulo de 2 pessoas.
57
58
PROJETOS TÃ&#x2030;CNICOS 59
COBERTURA IFLÁVEL COM ACABAMENTO DUPLO EM MEMBRANA PRÉCONTRAINT NA CORE BRANCO TRANSLÚCIDO (SERGE FERRARI) - I= 10%
A
E3 2.43 1.22
2.4
3
1.2
2
MEMBRANA COMPOSTA POR FIOS DE POLIÉSTER DE ALTA TENACIDADE, REVESTIDA POR UMA MASSA DE POLÍMEROS (PVC E TRATAMENTOS CONTRA AS AGRESSÕES EXTERNAS) PROTEGIDA DAS SUJEIRAS POR UM TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE FLUORADO (PVDF).
E2
1.2
2
FIXAÇÃO DA MEMBRANA FEITA POR SISTEMA DE TENSIONAMENTO COM GRAMPO FLEXÍVEL
1.22
E4
A
E1
COBERTURA ESCALA 1 50
60
Universidade Belas Artes de São Paulo | Trabalho Final de Graduação Aluna: Jessica Margutti | Orientador: Roberto Marin | Data: 06 /2017 Desenhos na prancha: Planta Cobertura do Módulo | Escala: Ver Desenho
MODEA MÓDULO DOBRÁVEL EMERGENCIAL
2.50
A
1.25
E3 1.25
5
1.2
1.2
5
MÓDULO PADRÃO PARA DUAS PESSOAS
B
A = 8,56m²
E2
E4
5
1.2
1.2
5
2.5 0
P.D.=2.20m
1.25
1.25
.25
1.25
1.25
5.25 A PORTA DE CORRER - 2,60 X 2,10H COM TRILHO INFERIOR E SUPERIOR DE ENCAIXE . VER DET.00
E1
PLANTA
ESCALA 1 50
2.5
0
2.50
A = 8,56m² P.D.=2.20m
5.25
LAYOUT TIPO 1
MODULAÇÃO 2 PESSOAS
ENTRADA
Universidade Belas Artes de São Paulo | Trabalho Final de Graduação Aluna: Jessica Margutti | Orientador: Roberto Marin | Data: 06 /2017 Desenhos na prancha: Planta e Layout Tipo 1 | Escala: Ver Desenho
ESCALA 1 50
MODEA MÓDULO DOBRÁVEL EMERGENCIAL
61
7.7
5
2.50
A = 25,68m² P.D.=2.20m
LAYOUT TIPO 2
MODULAÇÃO 6 PESSOAS
ENTRADA
62
Universidade Belas Artes de São Paulo | Trabalho Final de Graduação Aluna: Jessica Margutti | Orientador: Roberto Marin | Data: 06 /2017 Desenhos na prancha: Planta Layout - Tipo 2 | Escala: Ver Desenho
ESCALA 1 50
MODEA MÓDULO DOBRÁVEL EMERGENCIAL
5.2
5
5.25
A = 34,24m² P.D.=2.20m
ENTRADA
LAYOUT TIPO 3
MODULAÇÃO 8 PESSOAS
ESCALA 1 50
Universidade Belas Artes de São Paulo | Trabalho Final de Graduação Aluna: Jessica Margutti | Orientador: Roberto Marin | Data: 06 /2017 Desenhos na prancha: Planta Layout Tipo 3 | Escala: Ver Desenho
MODEA MÓDULO DOBRÁVEL EMERGENCIAL
63
ESTRUTURA DOS MÓDULOS E TRAVAMENTOS EM POLIAMIDA AKROLOY PA GF 60 (2844)
COBERTURA INFLÁVEL COM ACABAMENTO DUPLO EM MEMBRANA PRÉCONTRAINT (SERGE FERRARI) - i= 10%
VEDAÇÃO EM LONA SUPERFORTE DE PVC TRANSPARENTE IMPERMEÁVEL PARA ENTRADA DE ILUMINAÇÃO
SISTEMA DE ENCAIXE COM DOBRADIÇA EXTRUDADA EM PVC FLEXÍVEL E IMÁS DE NEODÍMIO QUE POSSIBILITAM A CONEXÃO E EXPANSÃO DOS MÓDULOS VEDAÇÃO EM MEMBRANA COMPÓSITA NA COR BRANCA - SOLTIS 92 (SERGE FERRARI)
TRAVAMENTO DA ESTRUTURA COM FECHAMENTO EM VIDRO CLEAR VIEW POWER. O VIDRO IRÁ PERMITIR A ENTRADA DE LUZ AO MESMO TEMPO QUE GERA ENERGIA PARA O ABRIGO.
PORTA DE CORRER COM VEDAÇÃO EM LONA PRÉCONTRAINT NA COR BRANCO OPACO REF.702 S2 (SERGE FERRARI)
ELEVAÇÃO 1 ESCALA 1 50
COBERTURA INFLÁVEL COM ACABAMENTO DUPLO EM MEMBRANA PRÉCONTRAINT (SERGE FERRARI) - i= 10%
ACABAMENTO EM VIDRO CLEAR VIEW POWER
VEDAÇÃO EM MEMBRANA COMPÓSITA NA COR BRANCA - SOLTIS 92 (SERGE FERRARI)
PÉS ARTICULÁVEIS COM SENSORES PARA EVITAR CONTATO DIRETO DO ABRIGO COM O SOLO E ADEQUAÇÃO AO TERRENO, QUANDO NECESSÁRIO.
64
Universidade Belas Artes de São Paulo | Trabalho Final de Graduação Aluna: Jessica Margutti | Orientador: Roberto Marin | Data: 06 /2017 Desenhos na prancha: Elevações 1 e 2 | Escala: Ver Desenho
ELEVAÇÃO 2 ESCALA 1 50
MODEA MÓDULO DOBRÁVEL EMERGENCIAL
COBERTURA INFLÁVEL COM ACABAMENTO DUPLO EM MEMBRANA PRÉCONTRAINT (SERGE FERRARI) - i= 10%
ESTRUTURA DOS MÓDULOS E TRAVAMENTOS EM POLIAMIDA AKROLOY PA GF 60 (2844)
ACABAMENTO EM VIDRO CLEAR VIEW POWER SISTEMA DE ENCAIXE COM DOBRADIÇA EXTRUDADA EM PVC FLEXÍVEL E IMÁS DE NEODÍMIO QUE POSSIBILITAM A CONEXÃO E EXPANSÃO DOS MÓDULOS
VEDAÇÃO EM MEMBRANA COMPÓSITA NA COR BRANCA - SOLTIS 92 (SERGE FERRARI)
TRAVAMENTO DA ESTRUTURA COM FECHAMENTO
ELEVAÇÃO 3
EM VIDRO CLEAR VIEW POWER. O VIDRO IRÁ
ESCALA 1 50
PERMITIR A ENTRADA DE LUZ AO MESMO TEMPO QUE GERA ENERGIA PARA O ABRIGO.
COBERTURA INFLÁVEL COM ACABAMENTO DUPLO EM MEMBRANA PRÉCONTRAINT (SERGE FERRARI) - i= 10%
ACABAMENTO EM VIDRO CLEAR VIEW POWER
VEDAÇÃO EM MEMBRANA COMPÓSITA NA COR BRANCA - SOLTIS 92 (SERGE FERRARI) PÉS ARTICULÁVEIS COM SENSORES PARA EVITAR CONTATO DIRETO DO ABRIGO COM O SOLO E ADEQUAÇÃO AO TERRENO, QUANDO NECESSÁRIO.
ELEVAÇÃO 4 ESCALA 1 50
Universidade Belas Artes de São Paulo | Trabalho Final de Graduação Aluna: Jessica Margutti | Orientador: Roberto Marin | Data: 06 /2017 Desenhos na prancha: Elevações 3 e 4 | Escala: Ver Desenho
MODEA MÓDULO DOBRÁVEL EMERGENCIAL
65
SISTEMA DE FIXAÇÃO DA MEMBRANA SEM DOBRADIÇA VER DET. 01
COBERTURA IFLÁVEL COM MEMBRANA PRÉCONTRAINT NA COR BRANCO TRANSLÚCIDO REF.702 S2-8604S (SERGE FERRARI)
VER DET. 03
SISTEMA DE FIXAÇÃO DA MEMBRANA FEITA ATRÁVES DE TENSIONAMENTO COM GRAMPO FLEXÍVEL, COM DOBRADIÇA. VER DET. 4 ESTRUTURA EM POLÍMERO REFORÇADO
VER DET. 05
TRILHO DE ENCAIXE PARA A PORTA DE CORRER VER DET. 2
66
PISO ALVEOLAR EM PLÁSTICO DE FORMATO TRIANGULAR PARA REDUÇÃO DO PESO DA ESTRUTURA
Universidade Belas Artes de São Paulo | Trabalho Final de Graduação Aluna: Jessica Margutti | Orientador: Roberto Marin | Data: 06 /2017 Desenhos na prancha: Corte AA | Escala: Ver Desenho
CORTE AA ESCALA 1 25
MODEA MÓDULO DOBRÁVEL EMERGENCIAL
TAMPA PARA FECHAMENTO DO SISTEMA
ESTRUTURA EM POLÍMERO REFORÇADO
GRAMPO FLEXÍVEL PARA SISTEMA DE TENSIONAMENTO DA MEMBRANA INFLÁVEL
DETALHE 1
SISTEMA DE FIXAÇÃO DA MEMBRANA SEM DOBRADIÇA ESCALA 1 5
TRILHO EM PERFIL L COM CONEX NAS TRAVAS DA ESTRUTURA
DOBRADIÇA FLEXÍVEL EM PVC EXTRUDADO PARA DOBRA E AMPLIAÇÃO DOS MÓDULOS
PISO ALVEOLAR EM PLÁSTICO REFORÇADO
DETALHE 2
TRILHO INFERIOR DE ENCAIXE DA PORTA DE CORRER ESCALA 1 5
Universidade Belas Artes de São Paulo | Trabalho Final de Graduação Aluna: Jessica Margutti | Orientador: Roberto Marin | Data: 06 /2017 Desenhos na prancha: Detalhe 1 e 2 | Escala: Ver Desenho
MODEA MÓDULO DOBRÁVEL EMERGENCIAL
67
ESTRUTURA EM POLÍMERO REFORÇADO TAMPA PARA FECHAMENTO DO SISTEMA
GRAMPO FLEXÍVEL PARA SISTEMA DE TENSIONAMENTO DA MEMBRANA INFLÁVEL
DOBRADIÇA FLEXÍVEL EM PVC EXTRUDADO PARA DOBRA E AMPLIAÇÃO DOS MÓDULOS
MEMBRANA COMPÓSITA NA COR BRANCA
DETALHE 3
SISTEMA DE FIXAÇÃO DA MEMBRANA E DETALHE DA DOBRADIÇA DE CANTO ESCALA 1 5
MEMBRANA COMPÓSITA NA COR BRANCA
GRAMPO FLEXÍVEL PARA SISTEMA DE TENSIONAMENTO DA MEMBRANA INFLÁVEL
DOBRADIÇA FLEXÍVEL EM PVC EXTRUDADO PARA DOBRA E AMPLIAÇÃO DOS MÓDULOS ESTRUTURA EM POLÍMERO REFORÇADO
DETALHE 4
SISTEMA DE FIXAÇÃO DA MEMBRANA ESCALA 1 5
68
Universidade Belas Artes de São Paulo | Trabalho Final de Graduação Aluna: Jessica Margutti | Orientador: Roberto Marin | Data: 06 /2017 Desenhos na prancha: Detalhe 3 e 4 | Escala: Ver Desenho
MODEA MÓDULO DOBRÁVEL EMERGENCIAL
TAMPA PARA FECHAMENTO DO SISTEMA
MEMBRANA COMPÓSITA SOLTIS 92 NA COR BRANCA
GRAMPO FLEXÍVEL PARA TENSIONAMENTO DA MEMBRANA
DOBRADIÇA FLEXÍVEL EM PVC ESTRUDADA
ESTRUTURA EM POLIAMIDA AKROLOY PA GF 60 (2844)
IMÁS DE NEODÍMIO 3M AUTOADESIVO 20 X 2MM FORÇA APROXIMADA DE 2,3KG SISTEMA FEITO COM RANHURAS PARA TENSIONAMENTO DA MEMBRANA
DETALHE 5
SISTEMA DE FIXAÇÃO DA MEMBRANA E DETALHE DA DOBRADIÇA E IMÁ ESCALA 1 5
Universidade Belas Artes de São Paulo | Trabalho Final de Graduação Aluna: Jessica Margutti | Orientador: Roberto Marin | Data: 06 /2017 Desenhos na prancha: Det. Perspectivado do módulo de parede e Det. 5 |Sem escala
MODEA MÓDULO DOBRÁVEL EMERGENCIAL
69
SISTEMA DE ENCAIXE HEXAGONAL DA PLACA SUPERIOR
DEMONSTRAÇÃO DO PISO FINALIZADO
SISTEMA DE PISO TRIÂNGULAR VAZADO PARA REDUÇÃO DE PESO DO ABRIGO
SISTEMA DE ENCAIXE HEXAGONAL DA PLACA INFERIOR
PISO PERSPECTIVADO ESCALA 1 50
SISTEMA DE PISO TRIÂNGULAR VAZADO PARA REDUÇÃO DO PESO DO ABRIGO, EM POLIAMIDA AKROLOY PA GF 60 BLACK
1.3
2 1
2.6
.12
2
1 1
1
1.09
.12
PISO TIPO 1 - 9 PEÇAS
1
ESCALA 1 50
1
1
.07
.07
1
7
1
.07
4
2
1.3
4
2.80
1.34
ABA PARA COBRIMENTO DO VÃO DA DOBRADIÇA
DETALHE PISO
.07 .07 .14
4 1.3
ESCALA 1 50
1.09
.12
4
.12
1.3
5.48
PISO TIPO 2 - 3 PEÇAS ESCALA 1 50
70
Universidade Belas Artes de São Paulo | Trabalho Final de Graduação Aluna: Jessica Margutti | Orientador: Roberto Marin | Data: 06 /2017 Desenhos na prancha: Detalhamento Piso | Escala: Ver Desenho
MODEA MÓDULO DOBRÁVEL EMERGENCIAL
.95
9 1.0 2.5 .12 0 .12
ESTRUTURA DOS MÓDULOS E TRAVAMENTOS EM POLIAMIDA AKROLOY PA GF 60 (2844)
.07
.95
1.0 9
.14
1.09
2.50
.07
2.26
2.5 0
MÓDULO PAREDES,PISO E PORTA - 12 PEÇAS ESCALA 1 50
ESTRUTURA DOS MÓDULOS E TRAVAMENTOS EM POLIAMIDA AKROLOY PA GF 60 (2844)
2.50 MÓDULO COBERTURA E PORTA - 3 PEÇAS ESCALA 1 50
Universidade Belas Artes de São Paulo | Trabalho Final de Graduação Aluna: Jessica Margutti | Orientador: Roberto Marin | Data: 06 /2017 Desenhos na prancha: Detalhes módulos | Escala: Ver Desenho
MODEA MÓDULO DOBRÁVEL EMERGENCIAL
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CONSIDERAÇÕES FINAIS Nos últimos tempos tem-se assistido a um número infindável de desalojados e refugiados em todo o mundo. Apenas o povo sírio contabiliza 1.5 milhões de refugiados. Estima-se que este número venha a triplicar. Isto constitui um enorme desafio para a arquitetura temporária de emergência na procura das melhores soluções. Os arquitetos devem estar, cada vez mais, preparados para responder de forma rápida e eficaz às necessidades básicas destas pessoas. De
igual
modo,
devem
estar
sensibiliza-
dos para o facto de terem de encontrar uma solução respeitando as mais variadas condicionantes que poderão surgir, nomeadamente a nível cultural e simbólico das comunidades.
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