Museu da Arquitetura, Revitalização: do Palacete Jorge Lobato

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Museu da Arquitetura, Revitalização: do PALACETE JORGE LOBATO



CENTRO UNIVERSITÁRIO MOURA LACERDA

JÉSSICA RODRIGUES DE OLIVEIRA

MUSEU DA ARQUITETURA , REVITALIZAÇÃO: DO PALACETE JORGE LOBATO.

RIBEIRÃO PRETO 2016



JÉSSICA RODRIGUES DE OLIVEIRA

EDIFÍCIO DE INTERESSE PATRIMONIAL E HISTÓRICO, REVITALIZAÇÃO: PALACETE JORGE LOBATO.

Projeto de graduação apresentado ao Centro Universitário Moura Lacerda para cumprimento das exigências parciais para a obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo sob a orientação do Prof. Ms Rita C. Fantini de Lima.

RIBEIRÃO PRETO 2016



DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais, minha irmã e meu cunhado, que estão sempre ao meu lado, me apoiando e me incentivando a seguir sempre em frente.


AGRADECIMENTO

Agradeço a Deus em primeiro lugar por iluminar minha vida e por me proteger. A minha família que sempre me apoiou nas minhas escolhas, pelo carinho e esforço dos meus pais e minha irmã Josiane Rodrigues de Oliveira em especial, por sempre incentivar a conquistar os meus sonhos. E a minha professora Rita C. Fantini de Lima pelos conselhos, orientações e pela ajuda em todo processo.


RESUMO Este trabalho apresenta soluções para uma problemática atual, o abandono de imóveis nas cidades. A proposta consiste na revitalização do Palacete Jorge Lobato uma alternativa eficaz para um imóvel que esta se uso. Tem como objetivo a valorização do Patrimônio, adequando o imóvel com as necessidades atuais, aproveitando da melhor forma o espaço construído. O projeto visa a ocupação do edifício de maneira afetiva, implantando um Museu da Arquitetura. Palavra chave: Revitalização – Museu - Patrimônio

SUMMARY This work presents solutions to a current problem, the abandonment of real estate in the cities. The proposal consists in the revitalization of the Palace Jorge Lobato an effective alternative to a property that is used. Its objective is the valuation of the Patrimony, adapting

the property with the current needs, making the best use of the built space. The project aims to occupy the building

affectively,

implanting

a

Museum

Architecture.

Keyword: Revitalization - Museum - Heritage

of


SUMÁRIO 1. Introdução 04 2. Intervenção do Patrimônio 10 2.1. Patrimônio Histórico de Ribeirão Preto 11

3.4. Térreo 28

3.5. Primeiro Pavimento 28 3.6. Fachadas 29

3. Palacete Jorge Lobato 18

3.7. Cortes 31 3.1. Levantamento do Objeto 25

3.2. Cobertura 27 3.3. Subsolo 27

3.8. Caracterização Física 33


4.0.Analise do Entorno 44 4.1.Levantamento Morfológico. 44 4.2.Equipamentos Urbanos / Legislação 50

7.2.Projeto: plantas/ cortes/ fachadas 76

7.3.Perspectivas .77 7.4.MEMORIAL JUSTIFICATIVO 78

5.Projeto de Referencia 54

MEMORIAL DESCRITIVO 80 6.Método de intervenção 70

7.Diretrizes da proposta de intervenção 74 7.1.Implantação 75

ANEXO (Legislação) 81

REFERÊNCIAS 82



INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo a preservação do Palacete Jorge Lobato considerando que este edifício é um patrimônio cultural do município de Ribeirão Preto tombado pelo órgão municipal CONPPAC desde 2008. Essa proposta busca despertar na população o interesse pelos bens patrimoniais e perceber sua importância na cidade, pois esses bens constituem uma história, um registro da época do café e de sua arquitetura.

Segundo Borges, (2012) Os centros urbanos traduzem a história das cidades através dos lugares de

origens, dos espaços públicos e imóveis edificados. Além da preservação explorar a história de suas edificações, suas vocações para atividades de lazer e turismo, são importantes para promover o desenvolvimento da cidade com qualidade.

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De acordo com a Constituição Federal Art. 216 é considerado patrimônio cultural brasileiro todos os bens de natureza material e imaterial, que são tomados individualmente ou em conjunto, que possuem referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formados pela sociedade brasileira. “A reabilitação e qualificação dessas áreas devem acontecer por meio da valorização do patrimônio cultural, explorando seu potencial para promover o desenvolvimento social e econômico.” (BORGES, 2012, p 04).

Para conservar os patrimônios históricos e culturais é preciso ter cautela, pois possuem demandas particulares que precisam de um certo cuidado quando acionados para uma reforma e, se necessário, uma atualização a ser feita no local que será revitalizada ou restaurada, pois este tipo de atuação pede uma nova forma para se adaptar as cidades urbanizadas. Não podemos adaptar nossa proposta de uso ao objeto a ser restaurado, mas sim adaptar o objeto a proposta de uso.

Ainda que o senso comum pense que preservar o patrimônio é impedir o progresso e o desenvolvimento, a

preservação do patrimônio pressupõe o seu uso e permite a implantação de um novo programa de necessidade, desde que seja levada em consideração sua vocação. PIZZI (2014)


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Desta forma o objetivo principal da intervenção será a restauração do Palacete Jorge Lobato e a

proposta de uma nova construção, necessária para a adequação do programa proposto que será um MUSEU DA ARQUITETURA.

Este MUSEU DA ARQUITETURA será implantado para melhor atender a população ribeirãopretana e seus visitantes, que buscam informações sobre a arquitetura da cidade. Hoje os documentos relativos a esse tema, estão disponíveis a pesquisa, no Arquivo Público Municipal. No entanto esse órgão possui

documentos de toda ordem, e infelizmente problemas estruturais, como espaços inadequados para expansão do acervo e para a preservação correta dos documentos.

Esse novo local concentraria de forma adequada e organizada, registros sobre arquitetura tais como plantas, maquetes, fotos, memoriais, que estariam disponíveis a consultas específicas de pesquisadores e ao público geral

Essa relação entre arquitetura e história pode potencializar a área e envolver a sociedade, mostrando a importância deste tema, para a história da cidade como categoria principal da pesquisa, elaborando uma abordagem ampla para se compreender o valor que a arquitetura da cidade de Ribeirão Preto possui e, que preservar um bem patrimonial cultural é necessário, pois neles estão entrelaçados o passado e o futuro.




CAPÍTULO 01

INTERVENÇÃO DO PATRIMÔNIO


PATRIMÔNIO HISTÓRICO DE RIBEIRÃO PRETO Ribeirão Preto já foi conhecida como a capital do café pela importância que esta cultura teve uma transformação econômica na cidade e consequentemente de sua arquitetura e do urbanismo. Com o empreendimento do café em Ribeirão Preto foram construídos vários bens, gerando uma paisagem cultural especifica através da construção de casarões, palacetes, teatros e edifícios, desta forma transformando o centro da cidade num conjunto de edifícios históricos que com o tempo, alguns desapareceram e outros conjuntos foram tombados pelos órgãos de proteção ao patrimônio público. (SILVA, ROSA, 2013 p. 18)

IMAGEM: 01 Chimboraso; sede de um conjunto de fazendas de propriedade da Cia. Agrícola Ribeirão Preto. A área total dessas fazendas alcançava 2.200 alqueires, onde existiam cerca de 2 milhões de cafeeiros, além de plantações de milho e criação de gado(caracú). Local: atual município de Cravinhos - 1920/1930 Fotógrafo: Theodor Preising. Fonte: BORGES, 2012

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PATRIMÔNIO HISTÓRICO DE RIBEIRÃO PRETO

Silva e Rosa (2013) fala sobre a boa divulgação da qualidade de terra vermelha em 1976 que trouxe especuladores para a cidade, onde um deles foi Luiz Pereira Barreto, que foi o responsável pela introdução do café tipo Bourton na cidade de Ribeirão Preto. A família de Luiz tornou-se uma das maiores produtoras de café da região, esses cultivos foi uma revolução, pois foi a primeira atividade econômica intensiva na cidade, ligados a um solo fértil, investimentos externos e tecnologias modernas foram

abrindo portas para um vasto mercado, principalmente a de transporte ferroviário.

IMAGEM: 02 Vista da Rua General Osório no último quarteirão antes da Avenida Jerônimo Gonçalves durante enchente. Ao fundo Estação Ribeirão Preto da Cia. Mogiana - 07/março/1927 – Fotógrafo Aristides Motta Fonte: BORGES, 2012

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PATRIMÔNIO HISTÓRICO DE RIBEIRÃO PRETO

[...] “Os índices de produção e produtividade obtidos foram definidos pela relação entre o meio ambiente adequado a sua adaptação e o perfil capitalista do agricultor dessa região. A conjunção desses fatores resultou no sucesso da cultura do café” (SILVA, ROSA, 2013 p. 18)

Silva e Rosa (2013) se reportam a Ribeirão Preto como uma cidade caracterizada pelo poder político e

econômico dos cafeicultores, onde os coronéis marcaram essa época colocando a cidade em uma posição que se sobressaísse politicamente, gerando assim um aumento em sua expansão urbana.

A partir desse momento, o aspecto arquitetônico da cidade de Ribeirão Preto que era de caráter rural, de estruturas com sistemas construtivos e estruturas de herança colonial, começou a receber inovações e sofisticações com diferentes tipos de movimentos, como eclético, neocolonial, entre outros.

Segundo ALVARENGA (2013) A paisagem urbana aos poucos foi se transformando, onde esses estilos que antes eram aplicados fora do pais, passam a entrar em cena. Desta forma há uma valorização da área central, que obtém com o passar do tempo um aumento das residências e do comercio. O café foi um fator importante para o desenvolvimento da cidade que contribui para a chegada de novas construções, como o Quarteirão Paulista e os Palacetes.

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PATRIMÔNIO HISTÓRICO DE RIBEIRÃO PRETO

IMAGEM: 04 Confeitaria Paulicéia Nova, Teatro Pedro II e Palace Hotel - 08/julho/1930 - Fotógrafo: Rainero Maggiori Fonte:BORGES, 2012

Dentre os que permaneceram foram preservados outros abandonados em estado de degradação e até ruinas; uma história que foi adormecendo aos olhos de um povo. (SILVA, ROSA, 2013 p. 18)

Ouve um aumento em ações que valorizam a história da cidade local de Ribeirão Preto, onde a população começou a ficar mais atenta ao seu passado e dar mais valor à sua história. “Nesse movimento vem crescendo o interesse por uma paisagem composta por formas construídas ao longo de um século e meio de história” (SILVA, ROSA, 2013 p. 18)

Os bens culturais dão o sentido da continuidade e da diversidade contida no esforço da experiência humana ao longo de períodos históricos diferentes. As paisagens urbanas refletem as formas de fazer, de viver e de se relacionar, guardam o “DNA” da comunidade, e por isso, são únicas, não existindo duas iguais. (SILVA, ROSA, 2013 p. 30)

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PATRIMÔNIO HISTÓRICO DE RIBEIRÃO PRETO

Os bens culturais dão o sentido da continuidade e da diversidade contida no esforço da experiência humana ao longo de períodos históricos diferentes. As paisagens urbanas refletem as formas de fazer, de viver e de se relacionar, guardam o “DNA” da comunidade, e por isso, são únicas, não existindo duas iguais. (SILVA, ROSA, 2013 p. 30)

Por tanto é necessário a junção da história para entender a importância do centro urbano, onde está camuflado a memória de um povo. Um instrumento que é ligado a proteção do patrimônio histórico cultural são as cartas patrimoniais, onde especifica cada procedimento a ser tomado em diversas ocasiões, são documentos em alguns casos, recomendações ou cartas especificas que relatam decisões, conclusões de reuniões de determinados grupos onde relatam a proteção do patrimônio cultural, como afirma Cury(1995).

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CAPÍTULO 02

PALACETE JORGE LOBATO


PALACETE JORGE LOBATO

O Palacete Jorge Lobato possui um grande significado histórico para a cidade de Ribeirão Preto. Localizado na área central de Ribeirão Preto, na esquina entre as ruas Florêncio de Abreu e Álvares Cabral. Ficou abandonado por muitos anos que proporcionou uma degradação com o tempo, até ser comprado pelos irmãos Héctor Sominami e Ingrid Sominami o que deu origem a estudos com a intenção de restaura-lo e dar a ele um novo uso. Este Palacete será o objeto de proposta deste trabalho, escolha feita pela importância histórica e pela situação precária que hoje o Palacete se encontra, por ter sofrido degradações do tempo, do abandono e das reformas realizadas ao longo dos anos, citado por Rodrigues(2012). O imóvel foi projetado pelo arquiteto Adhemar Queiroz de Moraes, construído em 1922 pelo escritório

de engenharia Geribello e Quevedo, esa arquitetura é reconhecida como uma obra neocolonial, estilo que propunha a busca de uma identidade nacional, pois em meio a uma produção Eclética de forte influencia dos estilos europeus, havia uma necessidade de mudança, de criar um novo estilo que refletisse sobre a nossa identidade nacional, um estilo próprio e não copiado. Esse estilo foi reconhecido como neocolonial.

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PALACETE JORGE LOBATO REQUERIMENTO DE APROVAÇÃO DA PLANTA

IMAGEM: 05 Fonte: Marcela Rossin

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PALACETE JORGE LOBATO

IMAGEM:06

IMAGEM: 06 Palacete Jorge Lobato- FACHADA PRINCIPAL Fonte: Grupo de estudos Palacete Jorge Lobato IMAGEM: 08 Palacete Jorge Lobato – ÁREA DE SERVIÇO, CONSTRUÍDA DEPOIS Fonte: Grupo de estudos Palacete Jorge Lobato IMAGEM:09 Palacete Jorge Lobato - ÁREA DE SERVIÇO,CONTRUÍDA DEPOIS Fonte: Jéssica R. Oliveira IMAGEM: 08

IMAGEM:09


PALACETE JORGE LOBATO E em 11 de julho de 2008, foi declarado o tombamento definitivo do Palacete Jorge Lobato pelo decreto n° 219 e publicado no diário oficial do município em 15 de Julho de 2008. (Imagem 01)

IMAGEM: 10: Tombamento definitivo do Palacete Jorge Lobato Fonte: Folha 37 do Processo de Tombamento do Palacete Jorge Lobato – apud Rodrigues (2009)

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PALACETE JORGE LOBATO

IMAGEM: 11

IMAGEM: 11 Palacete Jorge Lobato – FACHADA PRINCIPAL Fonte: Grupo de estudos Palacete Jorge Lobato

IMAGEM: 12 Palacete Jorge Lobato – LATERAL DA FACHADA Fonte: Grupo de estudos Palacete Jorge Lobato IMAGEM: 12

Segundo relatório da Ercília Pamplona, esta foi uma das primeiras construções a romper com o modelo dos cômodos interligados, característicos de famílias patriarcais. O Palacete tem características comuns às casas das famílias mais abastadas daquele período histórico, com afastamento em todos os lados da edificação principal, ladeado por jardins e área de serviço externa a casa principal.


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PALACETE JORGE LOBATO

IMAGEM: 13

IMAGEM: 13 Palacete Jorge Lobato – FACHADA PRINCIPAL Fonte: Grupo de estudos Palacete Jorge Lobato IMAGEM: 14 Palacete Jorge Lobato – FACHADA E O TELHADO DO PALACETE Fonte: Grupo de estudos Palacete Jorge Lobato IMAGEM: 14 Palacete Jorge Lobato – FACHADA E O TELHADO DO PALACETE Fonte: Grupo de estudos Palacete Jorge Lobato IMAGEM: 14

IMAGEM: 15


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PALACETE JORGE LOBATO

IMAGEM: 16

IMAGEM: 16

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IMAGEM: 15 Palacete Jorge Lobato VITRAIS Fonte: Grupo de estudos Palacete Jorge Lobato IMAGEM: 16 Palacete Jorge Lobato VITRAIS Fonte: Grupo de estudos Palacete Jorge Lobato IMAGEM: 16

IMAGEM: 16

Os vitrais são marcantes nesse Palacete com temas religiosos e paisagens o que era comum entre famílias burguesas. Foi uma construção de grande relevância que têm a marca de um período de grande poder da economia local que foi das grandes fazendas de café.


PALACETE JORGE LOBATO LEVANTAMENTO DO OBJETO

PALACETE JORGE LOBATO

Seu terreno tem área total de 1958m², sua frente tem 44,50m por 44m de profundidade com recuos de

11m frontal, 8m na lateral direita, 10m na lateral esquerda e 12 de recuo posterior. Possui subsolo, térreo e pavimento superior e encontra-se em um bom estado de conservação.

ANEXOS

Área dos Anexos = 194 m²

Os edifícios anexos são áreas estritamente de serviços, possuem afastamento da casa, são separados por jardins, possuindo assim, acessos independentes. Estes são: Garagem / Casa do Caseiro, Lavanderia e Orquidário.

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1

2

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IMAGEM: 18 Lavanderia Fonte: Priscila Francisco

IMAGEM: 17 Garagem e Casa do Caseiro Fonte: Priscila Francisco

Estes são: Garagem / Casa do Caseiro, Lavanderia e Orquidário PROJEÇÃO DOS ANEXOS

ACESSO SERVIÇOS (RESTRITO)

1

RUA FLORÊNCIO DE ABREU

2

ACESSO SERVIÇOS (RESTRITO)

GARAGEM / CASA DO CASEIRO

LAVANDERIA

ACESSO SERVIÇOS (RESTRITO)

ORQUIDÁRIO

ACESSO PRINCIPAL (SOCIAL)

RUA ÁLVARES CABRAL LEGENDA

CIRCULAÇÃO HORIZONTAL ÁREA MOLHADA ÁREA DE SERVIÇOS ÁREA MOLHADA CONSTRUIDA ANOS DEPOIS


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Cobertura

Subsolo

LEGENDA

ACESSO A OUTRO NÍVEL

CIRCULAÇÃO VERTICAL

ÁREA DE SERVIÇOS

ÁREA SEM ACESSO


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Planta Térreo

LEGENDA CIRCULAÇÃO HORIZONTAL CIRCULAÇÃO VERTICAL ÁREA MOLHADA ÁREA ÍNTIMA ÁREA SOCIAL ÁREA DE SERVIÇOS

Primeiro Pavimento

LEGENDA CIRCULAÇÃO HORIZONTAL CIRCULAÇÃO VERTICAL ÁREA MOLHADA ÁREA ÍNTIMA


Fachadas

Elevação sudoeste ( fachada voltada para a rua Florêncio de Abreu)

Elevação sudeste ( fachada voltada para a Rua Álvares Cabral)

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Fachadas

Elevação oeste (fachada voltada para o fundo do terreno)

Elevação Nordeste (fachada voltada para o edifício de estacionamento )

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Corte

A

A


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Corte B B


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CARACTERIZAÇÃO FÍSICA 1) FUNDAÇÃO/ESTRUTURA: a fundação é executada em radie de pedras, blocos de arenito, basalto, rejuntado com cimento, possui também vigas e lajes em concreto armado. 2) PAREDES: compostas por tijolos de barro queimado maciço, rejuntado com a cal, barro e estrutura auto portante, com pintura monocromática. 3) ESQUADRIAS: as portas, exceto a principal do hall (artesanal em ferro fundido e vidro) são de madeira; as janelas são de veneziana em madeira e vidro. 4) VIDROS: os vitrais adornam vários cômodos, como a área que dá acesso aos quartos, a parte superior

do imóvel; no térreo, paisagens tropicais. Em alguns cômodos há pequenos vitrais adornados – óculo, cuja função é a passagem de luz. 5) COBERTURA: telhado composto de telhas de barro estilo francês, sobre treliça de madeira de lei e com beiral de 80 cm de madeira aparente revestido com estuque.

IMAGENS ILUSTRATIVAS:

IMAGEM: 19 Porta principal em confecção artesanal de ferro fundido Fonte: Priscila Francisco IMAGEM: 19

IMAGEM: 20 Janela em madeira com guilhotina envidraçada Fonte: Priscila Francisco

IMAGEM: 20

IMAGEM: 21 Óculo com vitral adornado Fonte: Priscila Francisco IMAGEM: 22 Porta dos dormitórios de jogos de madeira Fonte: Priscila Francisco IMAGEM: 23 Vitral em tema tropical Fonte: Priscila Francisco IMAGEM: 21

IMAGEM: 22

IMAGEM: 23


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CARACTERIZAÇÃO FÍSICA 6) REVESTIMENTOS: o revestimento das paredes é feito de reboco de cimento, areia e cal com pintura monocromática em toda área íntima e social da casa, exceto nas áreas de serviços e banheiros.

7) FORRO: os forros tem acabamentos em estuque, a sala de jantar possui meio pé direito em madeira de lei. 8) PORÃO: Com ventilação e pé- direito baixo, eleva a edificação ao nível da rua e evita que a umidade natural do solo contamine as paredes da casa. Algumas áreas com acesso, outras não. 9) PINTURA: nesta casa ainda não foram identificadas pinturas especiais nas paredes, tão comuns no período quanto os lambris de madeira, que existe em um dos cômodos do térreo ( provavelmente o que foi usado pela família como sala de jantar), nas paredes que ladeiam a escadaria e também no hall do piso superior. 10) ADORNO: detalhes na fachada. 11) PAVIMENTAÇÃO EXTERNA: varandas em ladrilho hidráulico e forro de laje armada

IMAGENS ILUSTRATIVAS:

IMAGEM: 26

IMAGEM: 27

IMAGEM: 24 Piso de mármore Carrara branco e preto Fonte: Priscila Francisco IMAGEM: 25 Azulejo hidráulico no banheiro Fonte: Priscila Francisco Imagem: 26 Piso de tábua corrida em madeira de lei Fonte: Priscila Francisco IMAGEM: 24

IMAGEM: 25

IMAGEM: 27 Piso assoalho de madeira Fonte: Priscila Francisco


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IMAGENS ILUSTRATIVAS:

IMAGEM: 28

IMAGEM: 29

IMAGENS: 28 / 30 Sala de jantar- Vitral em tema tropical e detalhe em lambris de madeira Fonte: Priscila Francisco IMAGEMS: 29 / 31 Vitral da escada de acesso ao pavimento superior Fonte: Priscila Francisco IMAGEM: 30

IMAGEM: 31


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CARACTERIZAÇÃO FÍSICA

12) PAVIMENTAÇÃO INTERNA: o hall superior e os dormitórios é composto por tabua corrida em madeira de lei, enquanto o inferior é por mármore de Carrara branco e preto em tabuleiro de xadrez, salas de jantar, de musica, de reuniões, de jogos, sala de costura, dois quartos, ateliê e escritório possuem assoalho de madeira, no pavimento superior o banheiro apresenta características de reforma com piso cerâmico, alguns quartos com lajes armadas revestidas em taco de madeira; alguns cômodos (varandas, cozinha, despensa, deposito e copa) possuem piso de ladrilho hidráulico 13) ACABAMENTOS E ARREMATES: o uso da madeira com predominância de cheios e vazios, através de volumes geometrizados e simplificados; presença de ornamentos com linhas e planos verticais/ horizontais fortemente definidos 14) ESCADA: Escada de alvenaria (área de anexo – cozinha / copa e escadas de acesso ao subsolo) , mármore carrara (escada da entrada até a varanda principal) e madeira de lei ( escada do hall para acesso ao pavimento superior).

IMAGENS ILUSTRATIVAS: IMAGEM: 32 Instalação elétrica Fonte: Priscila Francisco IMAGEM: 33 Banheiro do pavimento superior: revestimentos, louças, instalações hidráulicas Fonte: Priscila Francisco IMAGEM: 34 Banheiro do pavimento superior: revestimentos, louças, instalações hidráulicas Fonte: Priscila Francisco IMAGEM: 32

IMAGEM: 33

IMAGEM: 34


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IMAGENS ILUSTRATIVAS:

IMAGEM: 35

IMAGEM: 36

IMAGEM: 35 Instalação elétrica Fonte: Grupo de estudos Palacete Jorge Lobato IMAGEM: 36 Detalhes e adornos da fachada Fonte: Grupo de estudos Palacete Jorge Lobato IMAGEM:37 Escada em madeira de lei com detalhe em lambis Fonte: Grupo de estudos Palacete Jorge Lobato IMAGEM: 37


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CARACTERIZAÇÃO FÍSICA

O palacete possui sete vitrais (sem identificação de autoria) e uma bandeira distribuídos nas

áreas

nobres

como

elementos de fechamentos. Todos os vitrais se encontram em

bom

estado

de

conservação, deixando a casa ainda

mais

bonita

e

valorizada.

Térreo IMAGEM: 38 Vitral na parede ao lado da escada São Jorge Fonte: Priscila Francisco IMAGEM: 39 Vitral na parede ao lado da escada São Jorge Fonte: Priscila Francisco IMAGEM: 40 Vitrais do hall de entrada: Tema tropical Fonte: Priscila Francisco IMAGEM: 38

IMAGEM: 40 IMAGEM: 39


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CARACTERIZAÇÃO FÍSICA

Pavimento Superior

IMAGEM:41 Vitral do acesso a varanda superior Fonte: Grupo de estudos Palacete Jorge Lobato IMAGEM: 42 Vitral quarto Fonte: Priscila Francisco IMAGEM: 41

IMAGEM: 42


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ESQUADRIAS

PORTAS

IMAGEM: 43 Fonte: Grupo de estudos Palacete Jorge Lobato

Porta principal da entrada da casa, elaborada de forma artesanal em ferro fundido e vidro.

IMAGEM: 44 Fonte: Grupo de estudos Palacete Jorge Lobato As portas externas são as que estão mais danificadas por vandalismo e até mesmo por tentativa de invasão ao Palacete. As demais portas da casa são de madeira e basicamente todas se encontram no mesmo estado. Algumas estão sem o trinco e a maçaneta e acabam ficando emperradas o que dificulta sua abertura. Nas salas, as portas foram retiradas.

IMAGEM: 45 Fonte: Grupo de estudos Palacete Jorge Lobato A porta que dá acesso a varanda no pavimento superior, é composta por vitrais que caracterizam o estilo arquitetônico do casarão, constituindo uma fachada com as características do início do século XX.

JANELAS

PORTA

IMAGEM: 45 Fonte: Grupo de estudos Palacete Jorge Lobato

IMAGEM: 46 Fonte: Grupo de estudos Palacete Jorge Lobato

IMAGEM: 47 Fonte: Grupo de estudos Palacete Jorge Lobato

IMAGEM: 48 Fonte: Grupo de estudos Palacete Jorge Lobato

A maioria das portas são do mesmo modelo e com as mesmas dimensões de: 0.80x2.50

As Janelas são de veneziana em madeira e vidro.

De acordo com os levantamentos feitos no local, as janelas precisam ser restauradas e os vidros precisam ser trocados, pois a maioria se encontram quebrados.

IMAGEM:49 Fonte: Grupo de estudos Palacete Jorge Lobato Os quartos do casarão são compostos na maioria da vezes com 02 ou 03 janelas juntas.




CAPÍTULO 03

ANÁLISE DO ENTORNO


LEVANTAMENTO MORFOLÓGICO Foi demarcada uma área de estudo para o levantamento de dados, considerando seu entorno imediato e áreas de influência. Com isto, é possível ter uma breve leitura do espaço em que haverá a intervenção, além de prever impactos positivos e negativos que podem ser causados na área. USO DO SOLO N

LEGENDA RESIDENCIAL COMERCIAL SERVIÇOS INSTITUCIONAL PRAÇA ÁREA DE INTERVENÇÃO Colégio COC Catedral Igreja Universal Polícia

IMAGEM: 50 Uso e ocupação do solo

Aparece um baixo uso residencial, dentre eles há, antigas construções assobradadas onde o térreo é utilizado para o comércio e a parte superior para moradia e novas construções de edifícios altos. Muitos destes edifícios são ocupados por estudantes de outras cidades que buscam melhor qualidade de ensino e habitação próxima à escola. Outro uso presente na área de estudo é o institucional, este conta com, o Colégio COC, a Catedral, uma Igreja Universal e a Polícia. Equipamentos que abrangem da escala local até a regional. A Praça das Bandeiras é de grande relevância ao entorno, por ser responsável por maior parte do movimento de pedestres e transportes coletivos. Elemento fundamental para caracterização da paisagem.

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LEVANTAMENTO MORFOLÓGICO OCUPAÇÃO DO SOLO No mapa de Gabarito (Imagem 48) pode ser identificado características da paisagem como a diversidade de alturas das construções presentes na área, mas também, a predominância de edificações térreas e de dois pavimentos. Além disso, é notável a presença de edificações altas.

No mapa de Figura-Fundo (Imagem 49) pode ser observado a grande massa edificada e poucos vazios. Os vazios presentes compreendem a áreas de estacionamento, uso de grande relevância para a área.

N

N

LEGENDA TÉRREO 2 PAVIMENTOS 3 Á 5 PAVIMENTOS 5 PAV. OU MAIS PRAÇA ÁREA DE INTERVENÇÃO

LEGENDA

IMAGEM: 51 Mapa de ocupação do solo – Gabarito

ÁREA EDIFICADA PRAÇA ÁREA DE INTERVENÇÃO

IMAGEM: 49 Mapa de ocupação do solo – Figura fundo


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LEVANTAMENTO MORFOLÓGICO VEGETAÇÃO

IMAGEM: 52 Mapa de vegetação e transporte público

No Mapa de Vegetação foi considerado a arborização das calçadas frente aos lotes e da Praça das

Bandeiras. Nota-se que a maior concentração de vegetação que agrega qualidade á paisagem, além do sombreamento, está na praça. Fora esta, quase não se encontra árvores, exceto em frente ao colégio COC e no lote da área de intervenção. Por se tratar de uma área de caráter fortemente comercial, de fluxo intenso de pessoas durante o dia, conclui-se que a falta de árvores nas calçadas são para evitar a obstrução da passagem.


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LEVANTAMENTO MORFOLÓGICO Foi acrescentado junto a este mapa a presença do transporte público na área, pontuando os paradas de ônibus. Pode ser percebido que o serviço é muito bem servido nesta área, por fazer parte da rota rodoviária/centro e centro/rodoviária e também, pela localização central onde há um grande número de pessoas que necessitam deste serviço. A maioria das linhas de ônibus passam pelo quarteirão da Praça das Bandeiras, funciona como um terminal de passagem, porém, sem infraestrutura. Panorama que logo será modificado de acordo com o projeto aprovado pela Prefeitura Municipal de implantar um terminal neste local. Esta obra trará muitos benefícios aos usuários mas também, trará uma série de impactos negativos, podendo maximizar os já existentes, relacionados com a hierarquia viária. HIERARQUIA VIÁRIA O Mapa Viário Físico (Imagem 53) apresenta a classificação das vias de acordo com suas dimensões. Neste trecho as vias são todas classificadas como locais. Embora a classificação física não condiga sempre com a classificação funcional, principalmente por se tratar de uma área central de fluxo intenso.

O Mapa Viário Funcional (Imagem 54) apresenta a classificação das vias de acordo com o fluxo. Apesar de todas serem ruas bem movimentadas as duas principais que assumem um caráter distinto de sua classificação física são as ruas Américo Brasiliense e Florêncio de Abreu.

IMAGEM: 53 Mapa de hierarquia viária física

IMAGEM: 54 Mapa de hierarquia viária funcional


LEVANTAMENTO MORFOLÓGICO REDES E SISTEMAS As redes de energia elétrica, agua, aparentemente são bem distribuídas no bairro, mas são instalações antigas que não tem tanto suporte para atender em grande escala, mas ainda não acalenta a questão da segurança, como por exemplo – os postes, a cada rua possui quatro postes, mas não deixam de formar becos escuros que muitas vezes isso é ocasionado por falta de manutenção do mobiliário ou luzes com uma iluminação mais baixa que acaba não clareando todas as ruas. ( Foto: 55).

ELEMENTOS QUALITATIVOS DINÂMICA DIURNA E NOTURNA Na área de estudo observa-se a maior concentração de atividades noturnas, inclusive, durante a madrugada nas áreas próximas as Avenidas Francisco Junqueira, Independência e Nove de Julho, já dentro do bairro essas concentrações é mais autentica nas atividades diurnas até 19:00, devido a um índice maior de comércio e serviço nessa região. Dessa forma o índice de criminalidade do bairro depois do horário de serviço aumenta deixando os moradores e comerciantes amedrontados e inseguros. BONS VISUAIS Em relação à poluição visual os problemas que mais chamam a atenção são: as redes aéreas de energia elétrica e telecomunicações em geral, como mostra nas fotos 55 e 57,

respectivamente, out door, letreiros de propaganda para

divulgação de lojas e produtos, com a revitalização do quadrilátero os letreiros, out door deram uma amenizada . A falta de manutenção dos espaços públicos como calçadas, ruas, edifícios em geral. Em relação a sensação tátil nota-se inadequações do piso, locação de postes de iluminação, floreiras e árvores instalados em local inadequados, mesas e cadeiras instalada nas calçadas por bar, falta de controle ou fiscalização por parte do poder público. Em relação à poluição sonora observamos os ruídos das buzinas de veículos em geral, alto-falante, entre outros; MODELOS URBANOS Encontramos uma predominância nas tipologias: verticais, como grandes prédios e em alguns casos sobrado que está sendo utilizada de forma geral, como serviços na maior parte e nos sobrados alguns moram famílias de classe média e outros estão abandonados,(Fotos: 56); Aparece em uma grande parte desse região central o que chama-se “miolos” de quadra sem ocupação ou subutilizado para estacionamento,(Foto: 55 e 56); Ao olharmos o mapa de uso e ocupação percebe-se que o comércio e serviço, está localizado, de maneira geral, em grande parte com tipologia vertical e nas avenidas Francisco Junqueira, Independência e no entorno do bairro Vila Seixas são mais

horizontais. VEGETAÇÃO Os elementos naturais aparecem na praça da Catedral e ao longo do Centro que apontam em algumas partes grandes vegetações nas Praças e também vegetações menores em frente as residências (Foto: 57 e 60).

OBSERVAÇÃO: imagens na página 00

48


49

LEVANTAMENTO MORFOLÓGICO

IMAGEM: 55

IMAGEM: 56

IMAGEM: 57

IMAGEM: 55 Fonte: Google mapas Ribeirão Preto, São Paulo

IMAGEM: 56 Fonte: Google mapas Ribeirão Preto, São Paulo IMAGEM: 58 IMAGEM: 57 Fonte: Google mapas Ribeirão Preto, São Paulo

IMAGEM: 58 Fonte: Google mapas Ribeirão Preto, São Paulo

IMAGEM: 59 Fonte: Google mapas Ribeirão Preto, São Paulo

IMAGEM: 60 Fonte: Google mapas Ribeirão Preto, São Paulo IMAGEM: 59

IMAGEM: 60


EQUIPAMENTOS URBANOS (Cultura, Educação, Lazer)

ESTÚDIO KAISER DE CINEMA

PRAÇA XV DE NOVEMBRO

SESC TEATRO PEDRO II / CENTRO CULTURAL PALACE

BIBLIOTECA ALTINO ARANTES

MARP

PALACETE JORGE LOBATO

PRAÇA DAS BANDEIRAS

PRAÇA SETE DE SETEMBRO

LEGENDA EQUIPAMENTOS PRIVADOS EQUIPAMENTOS PÚBLICOS

N

PRAÇA ÁREA DE ESTUDO

IMAGEM 61: Mapa de equipamentos de cultura, educação e lazer no centro. FONTE: Priscila Francisco.

A partir do levantamento dos principais equipamentos de cultura, educação e lazer do centro da cidade, percebe-se a distribuição, concentração, distância e caráter destes equipamentos. Com isso, é possível estabelecer usos que careçam nesta área.

Anexo 01: Legislação

50




CAPÍTULO 04

PROJETOS DE REFERÊNCIA


54 Projeto de referência MUSEU RODIN

IMAGEM: 62 Foto: Acervo Palacete

IMAGEM 65 Foto: Roberto Nascimento

Ficha Técnica Obra: Museu Rodin Bahia (2003/2006) Local: Salvador, Bahia Data do projeto: 2002 Área do terreno: 4850 m² Área construída: 1575m² (edifício existente), 1480m² (edifício novo) Arquitetura: Brasil Arquitetura - Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz (autores), Cícero Ferraz Cruz (colaborador), Albert Sugai, Bruno Levy, Gabriel R. Grinspum, Rodrigo Izecson Carvalho. IMAGEM: 63 Foto: Roberto Nascimento

Projeto de Restauro: Brasil Arquitetura Coordenação de projetos e obra: Gabriel Gonsalves, Jorge Halla, Cláudia Nolasco Construtora: Consórcio Fertenge Pentágono - Bruno Meneses (obra civil) e Renato Leal (restauro) Paisagismo: Raul Pereira Luminotécnica: Reka Iluminação - Ricardo Heder Estrutura e fundações: Sistema - Wanderlan Paes e Carlos Rezende Elétrica e hidráulica: Thales de Azevedo Ar-condicionado: José Rebouças e Hitachi Ar Condicionado Automação/Sistema de Controle: Procontrol Incêndio: Carlos Diniz Fonte: Vitruvius

IMAGEM: 64 Foto: Roberto Nascimento


55 Projeto de referência MUSEU RODIN

O Palacete do Comendador Bernardo Martins Catharino, também chamado de “Villa Catharino” teve seu projeto arquitetônico arrojado e inovador, idealizado pelo arquiteto Rossi Baptista e decorado por Oreste Sercelli, sendo concluído em 1912. Expressando a ânsia que a burguesia baiana tinha por modernização ao modo dos ingleses e franceses; o chamado “Palacete Catharino”, situado no bairro da Graça, representa o forte poder econômico de algumas famílias baianas, e nesse caso específico, evidencia a grandeza artística de uma obra arquitetônica monumental, onde mais que residência, serviu também, como instrumento raro de fruição artística para os habitantes da antiga Cidade da Bahia. Em 09 de junho de 1986, o tombamento da “Villa” ou Palacete Catharino foi proposto pelo antropólogo Thales de Azevedo e aprovado pelo Conselho Estadual de Cultura, tornando-se o primeiro imóvel de estilo eclético tombado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), pelo Decreto 33.252, sob o processo 004/82 . Após o tombamento, o Palacete abrigou a Secretaria Estadual da Educação e Cultura e os Conselhos Estaduais de Educação e de Cultura, até ser destinado a sediar o Palacete das Artes, em 2003. Para esta finalidade, o prédio foi escolhido por um conjunto de características favoráveis, sendo uma delas o fato de guardar uma relativa semelhança com o Hotel Biron, local onde está instalado o Museu Rodin Paris (edificação do século XVII), uma vez que o estilo eclético guarda fortes referências arquitetônicas francesas. (FONTE DO TEXTO : HTTP://WWW.ARQUISOFIA.COM/2012/11/MUSEU-RODIN-BAHIA-RELACAO-COM-O.HTML)


56 Projeto de referência MUSEU RODIN

Com o novo uso proposto, o Palacete recebeu um grande projeto de restauração e adaptação, com redimensionamento de alguns espaços internos e recuperação de todos os seus elementos estruturais e decorativos. Adaptou-se à mansão um anexo, de traços arquitetônicos modernos, projetado pelos

arquitetos Marcelo Ferraz e Francisco Fanucci, que passou a ser chamado de Sala Contemporânea, destinada a abrigar exposições temporárias. Um projeto bem sucedido, que, em 2006, recebeu o primeiro lugar da Bienal de Arquitetura da Venezuela e o segundo lugar na Bienal de Arquitetura Argentina. Também foram incorporadas aos jardins do Palacete quatro peças do escultor Auguste Rodin, adquiridas junto ao Museu Rodin Paris, que passaram a embelezar sobremaneira a espacialidade do museu. (FONTE DO TEXTO: HTTP://WWW.ARQUISOFIA.COM/2012/11/MUSEU-RODIN-BAHIA-RELACAO-COM-O.HTML)

IMAGEM: 67

IMAGEM: 66 Fonte: De Villa Catharino a Museu Rodin Bahia 1912 – 2006: Um Palacete Baiano e sua História. Org. Katia Fraga Jordan. 2006 IMAGEM: 66

IMAGEM: 67 Fonte: http://donnagatta.blogspot.com.br/2011/08/museurodin-salvador.html


57 Projeto de referência MUSEU RODIN

IMAGEM:69

IMAGEM:68

IMAGEM: 68 Área externa do Palacete - Jardim Fonte: http://www.palacetedasartes.ba.gov.br/sobre-omuseu/instalacoes IMAGEM:69 Solar Café Rodin Fonte: http://www.palacetedasartes.ba.gov.br/sobre-omuseu/instalacoes

IMAGEM: 70 Área externa do Palacete - Jardim Fonte: http://www.palacetedasartes.ba.gov.br/sobre-omuseu/instalacoes IMAGEM:70


58 Projeto de referência MUSEU RODIN

IMAGEM: 71

IMAGEM: 74

Estética de materiais deixados aparentes, bem como o uso do concreto armado

IMAGEM: 71 FONTE: HTTP://WWW.ARQUISOFIA.COM/2012/11/MUSEU-RODINBAHIA-RELACAO-COM-O.HTML IMAGEM: 72

Projeto arquitetônico: Economia expressiva e verdadeira da forma; estética sem ornamentos, geometrizada, abstrata.

IMAGEM: 72 FONTE: HTTP://WWW.ARQUISOFIA.COM/2012/11/MUSEU-RODINBAHIA-RELACAO-COM-O.HTML

IMAGEM: 73 FONTE: HTTP://WWW.ARQUISOFIA.COM/2012/11/MUSEU-RODINBAHIA-RELACAO-COM-O.HTML

IMAGEM: 74 FONTE: HTTP://WWW.ARQUISOFIA.COM/2012/11/MUSEU-RODINBAHIA-RELACAO-COM-O.HTML IMAGEM: 73

Estética : tubulações aparentes, canaletas para a parte elétrica.


59 Projeto de referência MUSEU RODIN Conceito de caixa de concreto: fechando nas laterais extremas, criando um espaço interior privado e intimista. Essa caixa era suspensa liberando o térreo.

IMAGEM: 75

IMAGEM: 76

Grandes lajes planas – organização do espaço interno segundo princípios de espaço mínimo e integrado desenvolvidos pela arquitetura moderna. Espaços internos fluidos, dispostos de maneira a criar percursos próprios, independentes da estrutura

e com caráter de encontro. IMAGEM: 75 FONTE: HTTP://WWW.ARQUISOFIA.COM/2012/11/ MUSEU-RODIN-BAHIA-RELACAO-COMO.HTML

IMAGEM: 76 FONTE: HTTP://WWW.ARQUISOFIA.COM/2012/11/ MUSEU-RODIN-BAHIA-RELACAO-COMO.HTML

IMAGEM: 77 FONTE: HTTP://WWW.ARQUISOFIA.COM/2012/11/ MUSEU-RODIN-BAHIA-RELACAO-COMO.HTML IMAGEM: 77


60 Projeto de referência MUSEU RODIN Conceito de praça coberta: uma grande cobertura plana, com domus de ventilação/ iluminação e apoiadas em pilares cuidadosamente detalhados.

IMAGEM: 78

IMAGEM: 78 HTTP://WWW.ARQUISOFIA.COM/201 2/11/MUSEU-RODIN-BAHIARELACAO-COM-O.HTML IMAGEM: 79 HTTP://WWW.ARQUISOFIA.COM/2012/11/ MUSEU-RODIN-BAHIA-RELACAO-COMO.HTML IMAGEM: 79


61 Projeto de referência MUSEU RODIN Janelas em fita. Grandes panos de vidro, gerando integração interior exterior.

IMAGEM: 78

Estruturas leves. Aproveitamento dos avanços tecnológicos do concreto, criando grandes vãos livres..

IMAGEM: 78

A combinação do concreto com materiais e elementos tradicionais: o uso de treliças e madeira.

IMAGEM: 79 HTTP://WWW.ARQUISOFIA.COM/2012/11/MUSEURODIN-BAHIA-RELACAO-COM-O.HTML IMAGEM: 79 HTTP://WWW.ARQUISOFIA.COM/2012/11/MUSEURODIN-BAHIA-RELACAO-COM-O.HTML

IMAGEM: 79 HTTP://WWW.ARQUISOFIA.COM/2012/11/MUSEURODIN-BAHIA-RELACAO-COM-O.HTML

IMAGEM: 78


62 Projeto de referência MUSEU RODIN

IMPLANTAÇÃO

Acesso

Acesso Sem escala

Área de intervenção Jardins – Os jardins do Palacete integram o

Edifício já existente

imaginário dos visitantes, com suas árvores centenárias e espécies diversas de flora nativa, que abrigam quatro esculturas, em bronze, do escultor francês Auguste Rodin, adquiridas pelo Governo do Estado da Bahia;.

FONTE: HTTP://WWW.ARQUISOFIA.COM /2012/11/MUSEU-RODIN-BAHIARELACAO-COM-O.HTML


63 Projeto de referência MUSEU RODIN CROQUIS

Fonte: http://www.arquisofia.com/2012/11/mu seu-rodin-bahia-relacao-com-o.html

FACHADA Edifício Novo Circulação vertical

Sem escala

A intervenção do anexo novo teve como base em

não ultrapassar os limites do segundo andar do Palacete;

Passarela dando acesso ao segundo andar, do Palacete onde faz a ligação dos edifício; FONTE: HTTP://WWW.ARQUISOFIA.C OM/2012/11/MUSEU-RODINBAHIA-RELACAO-COMO.HTML


64 Projeto de referência MUSEU RODIN Acesso PLANTA SUBSOLO

Sem escala

FONTE: VITRUVIUS

Acesso

PLANTA TÉRREO

Acesso

Acesso

Sem escala

Acesso FONTE: VITRUVIUS

Área Técnica Áreas molhadas Circulação Horizontal

Circulação Vertical

Área Educativa

Área de exposição temporária

Auditório

Café Bar

Butique

Área de exposição peças de Rodin


65 Projeto de referência MUSEU RODIN PLANTA PRIMEIRO PAVIMENTO

Sem escala FONTE: VITRUVIUS

PLANTA SEGUNDO PAVIMENTO

FONTE: VITRUVIUS Sem escala FONTE: VITRUVIUS

Área Educativa

Áreas molhadas Circulação Horizontal

Circulação Vertical Área de exposição temporária

Área de exposição peças de Rodin


67 Projeto de referência MUSEU RODIN

PLANTA TERCEIRO PAVIMENTO

Áreas molhadas Circulação Horizontal Circulação Vertical Área Administrativa

Sem escala

FONTE: VITRUVIUS

CORTE

Entrada Subsolo Sem escala

FONTE: VITRUVIUS




CAPÍTULO 03

METODO DE INTERFENÇÃO


MÉTODO DE INTERVENÇÃO E PRESERVAÇÃO

A proposta do Palacete Jorge Lobato visa pela recuperação do bem tombado, neste caso é preciso levantar todos os dados e necessidades do edifício para dar bases ao estudo e iniciação ao processo de revitalização. Neste novo uso toda sociedade terá o direito de usufruir desse equipamento.. Desta forma para iniciar qualquer projeto é fundamental ter bases teóricas e metodológicas, analisando quais dessas teorias melhor se aplicam ao projeto, para que seja efetuado de forma satisfatória, Sendo assim esse texto tem embasamento nas Cartas Patrimoniais e no livro de Cesare Brandi. As Cartas Patrimoniais permitem uma leitura da evolução de pensamentos e de ações preservacionistas através dos tempos e do seu investimento nas tarefas contemporâneas, mostram também uma preocupação

em definir noções de monumentos e proteção de conjuntos arquitetônicos, destacando-se a importância da integração com outras áreas e a introdução da preservação em todos os planos de desenvolvimento de uma cidade. Cury (1995) A Carta de Atenas foi a primeira carta a ser escrita, possui uma contribuição significante para a difusão do movimento de preservação internacional que depois foi traduzido e passou a ser reconhecido nacionalmente onde incorpora ao projeto de revitalização e cumpre o objetivo de fornecer aos técnicos do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) material bibliográfico que ajuda no desenvolvimento dos trabalhos profissionais. [...] recomenda respeita na construção dos edifícios, o caráter e a fisionomia das cidades, sobretudo na vizinhança dos monumentos antigos, cuja proximidade deve ser objeto de cuidados especiais. Em certos conjuntos, algumas perspectivas particularmente pitorescas devem ser preservadas. (CURY, 1995, p. 16)

70


MÉTODO DE INTERVENÇÃO E PRESERVAÇÃO

Cury (1995) relata a necessidade de pesquisa e estudos da história, dos espaços existentes com relação a memória de um povo. “A conservação dos monumentos é sempre favorecida por sua destinação a uma função útil a sociedade, tal destinação é, portanto, desejável, mas não pode nem deve alterar a disposição ou a decoração dos edifícios” (CURY, 1995, p. 110) Cury (1995) fala que são diversos os documentos citados nas Cartas Patrimoniais onde fazem afirmações da importância do Patrimônio Histórico e Cultural da conservação do monumento, da proteção, que na maioria das vezes são executadas por instituições. Kuhl (2011) relata que para interpretar as indicações das cartas patrimoniais de uma forma que se pode utiliza-las na pratica, estabelecem uma análise de profundo entendimento e uma análise crítica do documento. Carta de Veneza em particular, não são um receituário de utilização fácil, nem de relação mecânica de causa-efeito. Para poder utilizar suas proposições, que se equiparam a uma norma deontológica, é necessário compreender sua natureza, as discussões que estão em sua base, os modos como suas indicações foram apreendidas e incorporadas na prática ao longo do tempo, e, assim, poder interpretar esses postulados de maneira fundamentada, com rigor metodológico. (KUHL, 2011, p.04)

71


MÉTODO DE INTERVENÇÃO E PRESERVAÇÃO

Kuhl (2011) descreve as cartas patrimoniais como sendo documentos onde são realizadas as discussões de um determinado momento, eles resumem os pontos de vistas a respeito dos quais foi possível obter um consenso nos encontros realizados, oferecendo um documento que indica como trabalhar em diferentes casos, possuindo um caráter geral. As cartas internacionais como a de Veneza devem ser interpretadas para as realidades locais, tendo uma importantíssima construção em resultar interpretações nacionais relacionadas a proteção e preservação de patrimônio cultural. (Kuhl, 2011) Umas das colocações feitas na carta de Veneza fala das intervenções feitas em bairros, que por traz de suas degradações conta sua história e possui grande valor histórico, por isso, devem ser realizadas com cautela, sensibilidade, prudência, método e rigor. “Deve-se-ia evitar o dogmatismo mas leva em considerações os problemas específicos de cada caso particular” (CURY, 1995, p. 110) Cury (1995) discorre que sempre deve possui o objetivo de garantir a sobrevivência do patrimônio,

considerando novas utilizações para os edifícios que são considerados patrimônio histórico e cultural, onde relata que tal mudança deve conservar cuidadosamente as formas externas e evitar alterações que mexam nas características de tipologias, como a estrutura e a parte interna. Cury (1995) descreve a principal atuação da conservação, preservação que ajuda a entender especificamente cada um na salvaguarda do patrimônio. A conservação preserva a importância do bem cultural e provoca medidas de segurança e manutenção,

prevendo sua atuação e disposição no futuro, citado por Cury (1995)

72


MÉTODO DE INTERVENÇÃO E PRESERVAÇÃO

Preservação está ligada a casos que impõe a própria matéria que é o bem patrimonial no estado que ele se encontra, desta forma demostra as características especificas do edifício e quando os dados encontrados não são suficientes a preservação deve acontecer de uma outra maneira. A preservação se limita a proteção e manutenção e não admite técnicas que tirem a significação do patrimônio, citado por Cury (1995) Para Cesare Brandi o restauro tem relação direta com o reconhecimento da obra de arte, constituindo o momento metodológico da obra de arte em sua consistência física e na sua dupla polaridade estética e histórica, a restauração para o teórico é como uma intervenção autentica que não deve conceber o tempo como algo reversível e nem abolir da historia, mas sempre com um olhar à sua transição para o futuro como relata Rodrigues (2009). Demo (BRANDI, 2004, sem paginação apud KUHL, 2011, p. 20) [...]A preservação é entendida como responsabilidade de todos, por isso, também a necessidade de encontrar princípios comuns que guiem as intervenções, impondo a todos o dever moral, ou, como diria Brandi, o “imperativo categórico como o imperativo moral” pela sua preservação. Nesse trecho, explicita-se que as obras devam ser transmitidas na “plenitude de sua autenticidade”

Nesses estudos realizados pode-se concluir que é fundamental ter consciência física sobre o valor de uma obra, deve necessariamente ter a precedência, pois é onde representa o próprio local, assegura a transmissão da imagem ao futuro e garante a recepção na consciência humana. A medida em que é reconhecido uma obra de arte visam a conservar para o futuro a possibilidade dessa revelação, o edifício

ganha consistência física de sua importância. BRANDI (2014)

73


DIRETRIZES DA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

A partir de analises de referencias, levantamentos de dados da área para o entendimento melhor do bem tombado é proposto o projeto do Museu de Arquitetura que vai considerar a restauração do Palacete e a implantação de um anexo de apoio, para abrigar o programa proposto. Esse programa, o Museu da arquitetura, pretende resgatar a história do edifício e também concentrar arquivos e informações sobre a arquitetura da cidade, oferecendo um arquivo público, que disponibilize material para pesquisas sobre arquitetura em Ribeirão Preto;

A intervenção vai procurar resgatar a arquitetura original e propor que haja um destaque entre as construções novas e o antigo conjunto edificado, onde seja possível identificar o que já existia e o que será construído depois, segundo o conceito de patrimônio de Cesare Brandi e todo o seu entorno. O palacete recebera intervenções que permitam atender as leis de acessibilidade. Esse edifício que originalmente foi concebido como um espaço particular torna-se publico a partir dessa proposta. Como programa propõem-se :

Palacete Jorge Lobato

Anexo: Arquivo

Área técnica

Recepção

Recepção

-Laboratório

Exposições Temporárias

Quarentena

-Área de pesquisas e estudos

Exposições Permanentes

Sala do arquivo – sala de desenhos

-Catalogação e registro fotográfico

e documentos

Exposições permanentes

Garagem e Caseiro

Sala de arquivo – maquetes

Exposições temporárias

- Café

Sanitários

Sanitários

Dispensa

Área de pesquisas

Cozinha

Área Administrativa

Vestiário

-Sala de reuniões

Depósito de limpeza

-Escritório

Sanitários

-Financeiro

74


PERSPECTIVAS

PERSPECTIVAS IINTERNA DO PALACETE

77


78

MEMORIAL JUSTIFICATIVO

O projeto teve como partido adotado análises de referências de dados da área para o entendimento melhor do bem tombado, foi pensado em um projeto de Museu da Arquitetura que vai considerar a restauração do Palacete e a implantação de um anexo de apoio ao Palacete Jorge Lobato, para abrigar o programa proposto. Há também uma preocupação com o meio ambiente, desta forma os jardins já existentes do Palacete Jorge Lobato irão permanecer e no terraço do anexo terá um jardim com uma vegetação rasteira criando um ambiente mais confortável através da evaporação das árvores e sombreamentos naturais.

O Museu da Arquitetura pretende resgatar a história do edifício e também concentrar

arquivos e

informações sobre a arquitetura da cidade, oferecendo um arquivo público que disponibilize material para pesquisas de arquitetura construídas em Ribeirão Preto. A intervenção vai procurar resgatar a arquitetura original e propor que haja um destaque entre as construções novas e o antigo conjunto edificado, onde seja possível identificar o que existia e o que será construído depois.

O Palacete recebera intervenções que permitam atender as leis de acessibilidade, para não haver tanto impacto no bem tombado, será colocado uma plataforma elevatória na parte externa do edifício. Haverá uma padronização nos fechamentos do anexo, com janelas de vidro e para proteção do sol e da luz direta terá brises de madeira. A estrutura será de concreto armado, usando uma laje nervurada e no terraço com algumas áreas verdes terão componentes para a proteção do telhado para que não haja infiltração. Esse edifício que originalmente foi concebido como um espaço particular torna-se público a partir dessa proposta.


MEMORIAL JUSTIFICATIVO 1. DADOS DA OBRA 1.1. Revitalização do Palacete Jorge Lobato 1.2. R. Álvares Cabral com a R Florêncio de Abreu, Ribeirão Preto 1.3. PALACETE JORGE LOBATO Área expositivas 282 m² Área administrativa 131 m² Café e deposito do Café 106 m² 1.4 ANEXO Primeiro pavimento 227 m² Segundo pavimento 227 m² Terceiro pavimento 227 m² Anexo: 2. FUNDAÇÕES Tubulão - fundação profunda de concreto, base alargada, diâmetro da base é maior que o diâmetro do fuste. 3. ESTRUTURA Concreto armado e pilares em aço 4. PAREDES Concreto armado 5. ESQUADRIAS Esquadrias em vidro laminado, 2 X 1,5.

6. VIDROS Vidro laminado utilizado nas portas e elevador, Nas esquadrias utilização de vidro laminado, incolor e no tamanho 2 X 1,5. Deverão, ainda, ser instalados nos respectivos caixilhos observando-se a folga entre a chapa de vidro e a parte interna.

7. COBERTURA Cobertura com manta asfáltica, impermeabiliza a laje e possui uma pequena inclinação para o escoamento da água da chuva.

79


MEMORIAL JUSTIFICATIVO 8. TRATAMENTO E IMPERMEABILIZAÇÕES Impermeabilização - fundações e rodápes - paredes muros e fachadas - lajes e coberturas - áreas molhadas

8. REVESTIMENTOS (internos e externos) Piso de cimento queimado 60 X 60 em toda área interna. Revestimento 30 X 60 em toda área molhada, tons pastéis. 9.GUARDA CORPO Concreto; 10. BANCOS Bancos coletivos, de madeira; 11. VEGETAÇÂO Área externa – Manter as árvores originais. Área interna – Plantas de pequeno porte. 12. INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS E PLUVIAIS Tubos, conexões e registros 13. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E TELEFONIA Cabo de cobre, Caixa metálica, Base para fixação, Fusível, Caixa de distribuição, Caixa de medidor, O acabamento de interruptores e tomadas cor branca, em poliestireno (OS), resistente a chamas, resistente a impactos e ter ótima estabilidade às radiações UV para evitar amarelamentos. Luminária no teto em toda a área coletiva e restrita 14. LIMPEZA DA OBRA Limpeza geral final de pisos, paredes, vidros, equipamentos (louças, metais, etc.) e áreas externas, inclusive jardins. Para a limpeza deverá ser usada de modo geral água e sabão neutro: o uso de detergentes, solventes e removedores químicos deverão ser restritos

80


LEGISLAÇÃO Anexo 01 De acordo com a Lei Complementar Nº 2157, de 08 de janeiro de 2007, que dispõe sobre o parcelamento, uso e ocupação do solo no município de Ribeirão Preto foi apontado pontos importantes para a realização do projeto.

GABARITO: Gabarito básico de 10 metros de altura. O gabarito básico poderá ser ultrapassado na Zona de Urbanização Preferencial – ZUP. TAXA DE OCUPAÇÃO: Taxa de ocupação máxima do solo para edificações não residenciais será de 80%. COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO: Na Área Especial do Quadrilátero Central - AQC, na Zona de Urbanização Restrita - ZUR e no subsetor L 1 será de até 3 (três) vezes a área do terreno. DENSIDADE POPULACIONAL LÍQUIDA: Densidade Populacional Líquida Básica de 850 hab/ha permitida para cada lote de terreno. SOLO NATURAL: É obrigatória a manutenção de solo natural coberto com vegetação, na proporção de 10% da área total do lote para cada imóvel, em qualquer terreno no qual se construa. RECUOS DA EDIFICAÇÃO: Todas as construções com gabarito superior ao básico (10 metros de altura) deverão observar recuos de todas as divisas do terreno de acordo com a seguinte fórmula matemática: R=H/6, maior ou igual a 2. - As edificações com gabarito igual ou inferior ao básico ficam obrigadas a observar, no mínimo, as exigências sanitárias de ventilação e iluminação de acordo com o Código de Obras, e especificações do loteador, quando houver; - Recuo mínimo lateral ou de fundo estabelecido no caput, será de 2m e o recuo frontal, ao longo das demais vias que compõe o sistema viário, 5 metros para os imóveis cujo gabarito seja superior a 4 metros, podendo também seu recuo ser determinado pela fórmula H=3x(L+R).

81


REFERÊNCIAS

ALVARENGA, C, Revitalização do Palacete Jorge Lobato em Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, 2013 BORGES, Revitalização do quadrilátero central de Ribeirão Preto, Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, Secretaria Da Cultura – Ribeirão Preto BRANDI, C., Teoria da restauração, Cotia, SP. Editora, Ateliê Editorial, 2014 CSEPCSÉNYI, SALGADO, RIBEIRO, Análise do processo de projetos de restauração bob a ótica da gestão da qualidade, Prédio da Faculdade de Arquitetura, sala 433 - Cidade Universitária – Ilha do Fundão - Rio de Janeiro. CURY, I, Cartas Patrimoniais - 3ª Edição - publicada pelo Iphan, em 2000, com a tradução de diversos textos elaborados por especialistas e organismos nacionais e internacionais que trabalham com a preservação de patrimônios culturais. FRONER, Y, Conservação e Restauração, A legitimação da ciência, Acervo, Rio de Janeiro, v. 23, no 2, p. 47-56, jul/dez 2010 - pág. 47 KUHL, B, Notas sobre a Carta de Veneza - Annals of Museu Paulista. v. 18. n.2. july.- Dec. 2010. RODRIGUES, C, Patrimônio Histórico-Intervenção e Restauro, Palacete Jorge lobato, Ribeirão Preto, 2009. SILVA, A e ROSA, O, organizadoras. Paisagem Cultural do Café - Ribeirão Preto. São Paulo, 2013. IPCCIC Instituto Paulista de Cidades Criativas e Identidades Culturais | Rede de Cooperação Identidades Culturais. SITE: http://www.aeaarp.org.br/revista.php SITE: : http://donnagatta.blogspot.com.br/2011/08/museu-rodin-salvador.html SITE: http://www.palacetedasartes.ba.gov.br/sobre-o-museu/instalacoes SITE: HTTP://WWW.ARQUISOFIA.COM/2012/11/MUSEU-RODIN-BAHIA-RELACAO-COM-O.HTML SITE : http://www.conexaoparis.com.br/2014/09/05/museu-cite-de-larchitecture-et-du-patrimoine/ SITE:https://www.tripadvisor.fr/Attraction_Review-g187147-d1628339-Reviews Cite_de_l_Architecture_et_du_PatrimoineParis_Ile_de_France.html SITE: Vitruvius SITE: Google Mapas

82


COBERTURA Escala 1:250


Corte AA Escala 1:250

Corte BB Escala 1:250

Corte CC

Corte DD

Escala 1:250

Escala 1:250


Fachada Lateral Escala 1:250

Fachada Frotal Escala 1:250


Acesso (Elevador com duas portas ) Acesso dos

Acesso ( Anexo )

primeiro pavimento e no Banheiro

pedestre

Anexo (Arquivo Publico )

- Quarentena - Sala de arquivos

- Recebimento de arquivos

Acesso PAREDES RETIRADAS temporarias e permanentes

Acesso


D

A

7

A

3

11 S

16

3

15

C

C

11 13

1 3

2

14

13 B

1

2

B

2

LEGENDA

2 2 1 2 3 5 7

11 13 14 SALA DE ARQUIVOS (DESENHOS, DOCUMENTOS, MAQUETES) 15 QUARENTENA 16

D

PLANTA PRIMEIRO PAVIMENTO Escala 1:250


D

A

17

A

3

11 S

3

C

C

4

B

B

8

LEGENDA 4 SALA DE REUNIOES 9 11 17

D

PLANTA SEGUNDO PAVIMENTO Escala 1:250


D

B

B

C

C

-1,73

-1,37

-2,60 -1,10

S

-2,10

A

A -1,39 -1,10

-1,10 -1,10

-1,10

-1,10

-1,135

LEGENDA 18

D

PLANTA SUBSOLO Escala 1:250


D

S

B

3

11 5

B

S

3 6 C

C

10 11

1 1

13

3

1

1

S

S

A

1

A

5 1

1 LEGENDA 1 1 3

S

5 6 CAFETERIA 10 11 13

D

Escala 1:250


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