Revista Têxtil

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CURITIBA, PARANÁ - BRASIL | SETEMBRO - OUTUBRO 2017 | # 1

F I B R A S


"Fibra Têxtil é todo elemento de origem química ou natural, constituído de macromoléculas lineares, que apresente alta proporção entre seu comprimento e diâmetro e cujas características de flexibilidade, suavidade e conforto ao uso, tornem tal elemento apto às aplicações têxteis."

Helena Lopes Jessica Ricardo de Oliveira Laura Abrão Thaynara Kraczkouski


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Fibras Naturais Algodão .CO Algodão Colorido Sisal .CS Abacá Linho .CL Rami .CR Cânhamo .CH Juta .CJ Kapok Coco Lã .WO Mohair .WM Cashmere .WK Alpaca Lhama Vicunha Angorá Seda .S Aranha Amianto Kenaf .CK Laranja Abacaxi Malva .CM Caroá .CN Formio .CF Tucum

74 76 77 78 80 82 84 86 90 92 94 96 100 102 104 106 110 112 114 116 120 122 124 126 128 130 132 136

Couro Fibras Químicas Fibras Químicas: Artificiais Viscose .CV Acetato .CA Liocel .CLY Modal .CMO Bambu Cupro .CC Algínica .AL Caseína .K Latex .LA Soja .SPF Milha .PLA Fibras Químicas: Sintéticas Poliéster .PES Poliamida .PA Aramida Acrílica .PAC Polipropileno .PP Polietilieno .PE Elastano .PUE Vidro .GL Carbono .CAR Metal .MT Inox Microfibra Referências


As fibras naturais sĂŁo todas as fibras que jĂĄ se apresentam prontas na natureza necessitando apenas alguns processos fĂ­sicos para transformĂĄ-las em fios.


As fibras naturais podem ser de origem animal, vegetal ou mineral. As fibras naturais de origem animal podem provir da secreção glandular de alguns insetos, como é o caso da seda, em que dois filamentos de fibroína são ligados por sericina, ou, então, de bolbos pilosos de alguns animais e apresentar uma estrutura molecular composta de queratina, como é o caso da lã. As fibras vegetais são estruturas alongadas, de secção transversal arredondada, que podem ser classificadas, de acordo com a sua origem, em: fibras da semente, fibras do caule, fibras das folhas e fibras do fruto. Comparativamente com as fibras naturais tradicionais, as fibras vegetais apresentam como principais vantagens: a abundância, o baixo custo, a baixa massa volúmica, a capacidade de absorção de dióxido de carbono do meioambiente, a biodegradabilidade e a renovabilidade. Em contrapartida, as suas principais desvantagens são: a elevada absorção de humidade, a baixa resistência a microorganismos, a baixa estabilidade térmica e propriedades mecânicas inferiores às das fibras não-naturais. As fibras de origem mineral têm a sua origem em rochas com estrutura fibrosa e são constituídas, essencialmente, por silicatos. Um exemplo de uma fibra de origem mineral é o amianto.

A N I M A L VEGETAL MINERAL


ALGODĂƒO .CO

natural - vegetal - de semente - algodĂŁo

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colorido.

De origem vegetal, gerada ao redor das sementes do algodoeiro. O algodão é usado como fibra têxtil há mais de 7.000 anos. Por séculos, acreditou-se que o algodão era um produto do Velho Mundo e que foi introduzido pelos principais exploradores. Hoje, os cientistas têm obtido dados que indicam que os indígenas das Américas do Norte e do Sul, bem como os da Ásia e da África, já usavam as fibras de algodão para a confecção de fios e tecidos. México - 5800 a.C.; Índia - 3200 a.C. a índia já comercializava tecidos de algodão, trocados por lãs na mesopotâmia. 1854 primeira fiação mecanizada de algodão na índia - grande produtor e exportador de algodão, até 1947 possuía a maior indústria têxtil do mundo. Na sua obtenção as fibras são grudadas com as sementes dentro de uma cápsula quando estas sementes estão próximas do amadurecimento, as cascas se abrem e as fibras do algodão aparecem, formando uma fofa massa branca. Produzido pelo algodoeiro do gênero Gossypium. As fibras estão dentro de uma cápsula aderida a semente. A colheita é manual ou com máquinas, deve ser feita logo após a maturidade da planta. Na macerização aplica-se soda cáustica concentrada a frio no algodão sob tensão. A fiação pode ser por rotor ou a anel. Os tipos de fibras do algodão são: seal island, egípcio, americano, indiano, chinês, algodão

As principais características e propriedades das fibras de algodão são: Qualquer algodão contêm impurezas, causadas por partículas da planta. O algodão colhido à mão é mais puro do que se colhido por meio de máquinas. A cor em geral varia desde branco até pardacento. A cor depende muito do lugar, na Índia o algodão é branco cinza até branco amarelada, no Egito é amarelada a marrom. A fibra obtém brilho pela mercerização; A maioria dos tipos é apagada, só o algodão egípcio tem leve brilho sedoso. A conservação do calor é satisfatória. O toque é suave, acalentador. A elasticidade e resistência ao amassamento é suficiente, melhor que a do linho, pior que a da lã e da seda; o acabamento possibilita melhoria. O algodão é higroscópico, isto é, absorve a umidade do ambiente. Depois de seco, se colocado na atmosfera normalizada de 20°C e 65% de umidade, o algodão retomará 8,5% de água. É esta a sua taxa normal ou convencional de umidade. As fibras de algodão, quando molhadas, podem reter cerca de 50% do seu peso de água. O tingimento pode ser feito com corantes básicos, diretos, sulfurosos, de cuba, azoicos e reativos. Tratando-se de uma umidade passageira, não tem qualquer influência sobre o algodão. Se for prolongada, sobretudo a temperaturas de 25 a 30°C, desenvolvem-se microrganismos ou bolores que amarelecem o algodão e enfraquecem a sua resistência. A fibra de algodão é constituída em cerca de 90 a 93% de celulose, sendo a maior parte restante constituída por ceras, gorduras ou minerais, etc. O algodão branqueado fica constituído por celulose pura e por isso é muito hidrófilo, isto é, capaz de absorver a água. A temperaturas superiores a 200°C a celulose decompõe-se amarelecendo; a temperatura ainda maior a celulose carboniza. A absorção de umidade e intumescimento é muito alta, por isso usado em panos para enxugar louças. Alta capacidade de absorção e intumescimento causam a deformação das fibras. Os produtos de algodão mostram-se muito resistentes na lavagem. Como as fibras não são sensíveis aos álcalis elas resistem “à lavagem forte” e podem ser feitas sem qualquer problem. O calor continuo a 120°C amarelece a fibra; calor contínuo a 150°C a decompõe; A temperatura para passar a ferro é de 175 a 200°C desde que o tecido tenha sido levemente umedecido; Sobre a microscopia, as fibras de algodão são compostas

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por uma cutícula externa, uma parede primária, uma parede secundária e um canal central chamado lúmen. O comprimento da fibra varia entre 18 e 40mm.

Secção transversal do algodão:

Aspecto longitudinal do algodão:

O algodão é usado em tecidos gerais, malharia para roupa íntima e externa, roupa de cama, mesa, panos para enxugar as mãos/copos, panos de limpeza, tecidos decorativos, capas para móveis, tecidos pesados, como velas de barcos e toldos de carros, correias de acionamento, fitas ou esteiras transportadoras, fitas para máquinas de escrever. Faz-se também linha de costura, fios para trabalhos manuais, fios para malharia, retrós de todos os tipos. Além disso artigos de cordaria quando devem ser muito flexíveis.


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Existe também a fibra que é colorida sem necessidade do tingimento. A técnica é conhecida há mais de 2000 anos, mas vem sendo estudada atualmente no Nordeste do Brasil, na Paraíba. O algodão colorido já foi reconhecido internacionalmente, na Semana de Prêt à Porter de Paris, em 2009. A fibra colorida, desenvolvida pelo Embrapa, é obtida através de plantas cultivadas em lavouras livres de produtos químicos, apenas com melhoramento genético. O algodão colorido foi desenvolvido pelos Incas em 4.500 a.C., bem como por outros povos antigos das Américas, África e Austrália. No entanto sua utilização se limitava ao artesanato por possuir fibras fracas e pouco uniformes. A maioria das espécies primitivas de algodão possuem fibras coloridas, principalmente na tonalidade marrom. No Brasil, foram coletadas plantas de algodoeiros asselvajados, nas tonalidades creme e marrom, em misturas com algodoeiros brancos cultivados, das espécies G. barbadense L. e G. hirsutum L. raça marie galante Hutch, conhecidos como algodões arbóreos. Algodoeiros selvagens foram preservados em bancos de germoplasma da Embrapa Algodão, em Patos, PB, desde 1984. A partir de 1989, foi iniciado o trabalho de melhoramento genético, após uma visita de empresários têxteis japoneses, que demonstraram interesse em adquirir este tipo de fibra. No Brasil o algodão BRS 200 foi obtido a partir do melhoramento genético de uma espécie de algodão nativa do semi-árido nordestino conhecida como Mocó. Foram combinadas, numa mesma espécie, genes responsáveis pela cor e genes produtores de plantas com fibras mais resistentes graças a essa intervenção tecnológica foi possível produzir um algodão comercialmente viável. Utilizando materiais de banco ativo de germoplasma de outros paises, a Embrapa Algodão iniciou em 1995 um programa de melhoramento genético para novas cores da fibra, além da de cor marrom claro já existente, BRS 200. Após cruzamentos destes materiais com plantas de fibra branca de boa qualidade, foram selecionadas as planta BRS VERDE, lançada em 2003 e as BRS RUBI e BRS SAFIRA, em 2005, de fibra marrom avermelhada. Estas cultivares são anuais e se prestam ao plantio em localidades da Região Nordeste que possuem precipitação pluvial igual ou maior quer 600 mm anuais. Já a BRS 200 de fibra marrom claro é semiperene e é indicada para as regiões mais secas da região Nordeste. Seu ciclo é de três anos, ou seja, ela produz até o terceiro ano.

A procura por roupas confeccionadas com este tipo de algodão se dá por pessoas alérgicas a corantes e para uso por recém nascidos. Pessoas interessadas em produtos ecológicos de maneira geral, como acontece nos dias atuais, sendo este também o caso do algodão naturalmente colorido e tem sido grande a sua procura. O algodão colorido é ecológico pois dispensa as fases de preparo para tingimento e tingimento na indústria as quais utilizam produtos químicos, que se mal utilizados podem causar danos à saúde. Os custos na indústria com a obtenção do tecido são reduzidos gastos com água e com energia e a quantidade de efluentes a serem tratados. Alguns corantes usados no tingimento de tecidos podem ser nocivos à saúde e muitas vezes carcinogênicos. O processo de tingimento é altamente poluente. Apesar dos tratamentos de efluentes, cerca de 15% dos resíduos são liberados e podem poluir o ecossistema no qual forem liberados.

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SISAL .CS

natural - vegetal - folha - sisal

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Aspecto longitudinal do sisal:

A fibra de sisal é extraída das folhas do Agave sisalen.

As fibras são extraídas do Agave sisalina ou Agave cantelona, quando esta completa 3 anos ou quando sua folha mede aproximadamente 140cm de comprimento, a colheita é feita geralmente duas vezes ao ano. Após a colheita acontece o desfibrilamento, onde ocorre a eliminação da polpa ou mucilagem que envolve a fibra da folha, através de uma raspagem eletrônica, produzindo a fibra. Então esta irá passar pela seleção, batimento (remoção do pó que envolve a fibra, com máquinas chamadas batedeiras), então beneficiamento e por fim a comercialização.

Secção transversal do sisal:

O sisal é uma planta originária do México. Em 1903, foi trazida da Florida para o Brasil pelo Comendador Horácio Urpia Júnior. No Brasil, os principais produtores são os estados da Paraíba e da Bahia, com destaque especial para Bahia que é responsável por 90% da produção nacional. O que faz do Brasil o maior produtor de sisal do mundo.

As principais características e propriedades das fibras de sisal são: A fibra é clara, forte e durável. É dura e inadequada para têxteis vestuário. Mede cerca de 1m de comprimento, podendo variar entre 60 e 160 cm. Não absorve umidade facilmente, resistente à deterioração pela água salgada (aumento de resistência quando molhada). Uma fibra sintética demora 150 anos para se decompor no solo, enquanto a fibra de sisal em meses se torna um fertilizante natural. É uma planta perene, e as fibras são retiradas através das folhas. Apresentam excelente resistência à ruptura e ao alongamento. Com a fibra de sisal, pode se fazer fios biodegradáveis utilizados em artesanato, enfardamento de forragens, cordas de várias utilidades, torcidos e cordéis, cordoalha, solados de alpargatas, indústria de colchões de molas, sacolas, sandálias, cestos, escovas, etc. As fibras podem ser utilizadas na indústria automobilística substituindo a fibra de vidro.

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natural - vegetal - folha e tronco - abacĂĄ

A BA CĂ


Obtido das folhas e do caule de um tipo de bananeira (musa textilis), que não produz fruto. Originário das Filipinas, também conhecido como Cânhamo-de-Manila, o Abacá foi uma fibra muito usada antes do uso de têxteis sintéticos por ser uma fonte importante de fibra de alta qualidade. Os europeus entraram em contato pela primeira vez com a fibra de Abacá quando Fernão de Magalhães, navegador português, explorou as terras nas Filipinas em 1521. A ilha Luzon no norte do país representa a área principal de cultivo. O porto de Manila deu o nome a fibra.

combustão a chama é amarela, rápida e tem cheiro de papel que queimado. Resistência a úmido é de 106% da resistência seca. Densidade de 1,5g/cm3. Higroscopicidade: tolerância combinada de umidade 14,00%. A capacidade de resistir a umidade é ótima, mesmo a água do mar, por isso a fibra a usada para cordame. O tingimento é possível, mas não usado. A fibra é de preferência processada nas cores naturais. Fabricam-se fios grossos de cordame, redes, fios embutidos para cordas de arame, capachos, material de embalagem, cordas ótimas e duradouras além de peças de artesanato.

O abacá é extraído manualmente das folhas e do caule da Musa textilis. O processo de fabricação é o mesmo do sisal. As principais características e propriedades das fibras de abacá são: A fibra é clara, brilhosa, cor de marfim até marromescuro, opaco. Quanto mais clara for a cor, tanto mais preciosa a fibra. Tem o toque duro (fibra dura). A pureza é ótima. O comprimento da fibra técnica varia entre 120 a 250 cm, fibra individual aproximadamente 6 mm. Se feito teste de

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Secção transversal do abacá:

Aspecto longitudinal do abacá:



natural - vegetal - lĂ­ber - linho

LINHO .CL


Origina-se do caule da planta linho (Linum Usitatissimum). O linho vem sendo semeado e cultivado anualmente desde tempos pré-históricos. As notícias mais antigas que dele se tem, provém das regiões do Cáucaso e do Mar Morto onde era cultivado em regiões pantanosas, já que a planta necessita de muita água para se desenvolver. 2500 a.C. o linho era cultivado no Egito, e navios da Grécia e da Fenícia tinham suas velas feitas com linho. A planta é cultivada agora em escala comercial em várias localidades na Europa. A variedade de maior valor é o linho Courtrai, restrita a Bélgica. Das fibras vegetais, além do algodão, mais importante é sem dúvida o linho, que pelo seu passado, quer pela qualidade dos tecidos que ainda modernamente se produzem com linho, em 100% ou em mistura com algodão ou com fibras não naturais. Extraído da Linum usitatissimum, a colheita é feita manualmente ou com auxílio de máquinas. Após a colheita ocorre a secagem (as fibras são esticadas no solo), então ocorre a mercerização, que pode ser: com água (feixes de caule são imersos em

água, ocasionando a fermentação por bactérias e amolecimento do caule), por orvalho (processo mais lento, caules são espalhados no solo e induzidos a fermentação, a umidade provém da chuva ou irrigação), ou química ( processo mais rápido, usa-se ácido acético ou álcali para amolecer). Após a mercerização são lavados e secos, então passam pelo breaking, sendo espremidos por rolos de estriagem, consequentemente quebrando-os. As fibras são separadas pelo espadelamento (por meio de sovas no caule) ou ripagem (através de dentes da carda). Esmaga-se e prensa-se as sementes até obter-se um óleo. A fiação do linho varia, pode ser usado puro ou com mistura. As principais características e propriedades são: As fibras de linho têm aparência lustrosa. Este elevado “brilho” natural é proporcionado pela remoção de ceras e outros materiais. O linho é uma fibra bastante forte. Os tecidos de linho são duráveis e fáceis de serem submetidos a certos trabalhos de manutenção, tais como a lavagem. Quando molhados, a resistência aumenta em 20%. A fibra é relativamente não extensível, ou seja, apresenta um baixo alongamento. Tem alto

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grau de rigidez e, consequentemente, resiste à flexão. A resiliência não boa, péssima recuperação à dobra, compressão ou amarrotamento, esta característica ocasiona a formação de rugas, e, por esta razão, os tecidos de linho, ao serem dobrados várias vezes na mesma região, apresentam a tendência de romper-se. Pode ser minimizado utilizados tratamentos anti-rugas nos processos finais de beneficiamentos. Absorve umidade com bastante rapidez. Cede umidade, por evaporação, com maior velocidade do que qualquer outra fibra vegetal. As fibras de linho não “encolhem” nem “alongam”. Os tecidos, assim como os dele feitos, também estão sujeitos a estas situações. A exemplo das demais fibras celulósicas, queima rapidamente, sendo altamente resistente à decomposição ou degradação por aquecimento à seco. Poderá suportar temperaturas de 150°C por longos períodos, com pouca ou nenhuma modificação em suas propriedades. Exposições prolongadas acima de 150°C poderão resultar em gradual descoloração. A segurança na passagem de roupas de linho poderá ser obtida em temperaturas acima de 260°C, visto que não haverá problemas de descoloração, decomposição ou degradação devido ao pequeno tempo de contato entre o ferro de passar e a roupa. O linho é um bom condutor de calor e esta é uma das principais razões que explicam por que motivo os lenços de linho parecem “frios”. É ideal para a confecção de roupas para locais quentes. É usado em roupas de verão, roupa de cama e mesa.


Aspecto longitudinal do linho:

Secção transversal do linho:


RAMI .CR

natural - vegetal - lĂ­ber - rami

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A fibra é extraída dos caules das plantas de rami (tipos boehmeria). O rami é uma planta nativa da Ásia Oriental. Foi introduzida no Brasil em 1939, no sul do estado de São Paulo. Porém, hoje a cultura do rami está totalmente concentrada no Paraná, principalmente no município de Londrina. O número de produtores gira em torno de 130, sendo fundamentalmente composto por pequenos produtores, com uma área média de 15 hectares, aproximadamente. Extraídos dos caules das urticáceas (Boehmeria nivea), as plantas são cortadas. Os caules são golpeados com pedras ou martelos. As fibras podem ser separadas manualmente ou com auxílio de máquinas. Podem ser secas e alvejadas no sol ou limpas com uma solução alcalina e alvejadas com hipoclorito. Pode ser fiada com algodão e pura. As principais características e propriedades das fibras de rami são: A fibra é pura e branca. É forte, mais forte quando úmido. O brilho é bem parecido com a da seda. Sua tenacidade é: 6,0 gf/denier (gf = gramas força) / (denier = filamento 1g e 9000m). A

densidade (massa específica) é: 1,51 g/cm3. É resistente ao mofo e tem uma baixa resiliência, ou seja, amarrota com facilidade. O alongamento de baixo potencial é 5%. A elasticidade (recuperação elástica) é pobre, sendo de 52%. Usada em vestuário e para artigos de decoração, substitui o cânhamo e outras matérias primas na fabricação de cordas e barbantes, linhas de costura, geração de celulose para a produção de papel-moeda, na fabricação de mangueiras, pneus, fios de pára-quedas, etc.


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Secção transversal do rami:

Aspecto longitudinal do rami:



CÂNHAMO .CH

natural - vegetal - líber - cânhamo

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Extraída do caule da Cannabis sativa. Pode ser colhida com máquinas ou manualmente. A colheita é feita em um período intermediário, já que a planta tem os sexos separados, que não amadurecem juntos. A fibra é obtida da mesma forma que o linho. As características e propriedades são: A fibra tem uma alta resistência, e por isso é utilizada para a fabricação de cordas. A densidade (massa específica) é: 1,48 g/cm3. A tenacidade é: 6,3 gf/denier. Fortes e duráveis as fibras de cânhamo são constituídas de 70% de celulose. Suas fibras tingem bem. Bloqueiam a luz ultravioleta. Tem propriedades naturais antibacterianas. São termodinâmicas, ou seja, deixam a roupa fresca no verão e quente no inverno. Misturam-se facilmente com outras fibras. Ele pode ser usado em tecidos finos, cortinas, cordas, redes de pesca, lonas, etc.

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Secção transversal do cânhamo:

Seu centro de origem foi a Ásia, onde era cultivado muitos anos antes da Era Cristã. Mongóis, tártaros e japoneses o conheceram antes do algodão e da seda. Uma subespécie do cânhamo é o Cânhamo-da-Índia que fornece o narcótico denominado haxixe.

Aspecto longitudinal do cânhamo:

É obtida da planta cânhamo (Cannabis sativa).


JUTA .CJ natural - vegetal - lĂ­ber - juta

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As fibras de juta são obtidas do caule do gênero Corchorus da ordem das Tiliáceas. A juta é uma planta nativa da família das tiliáceas (Corchorus capsularis), originária da Índia e de Bangladesh. No Brasil, ela está concentrada em regiões alagadas da Amazônia, junto às populações ribeirinhas, sendo uma cultura de subsistência cujos requisitos necessários para o cultivo são a abundância de água e as altas temperaturas. Apresentando excelentes propriedades ecológicas, pois é biodegradável e durante seu crescimento controla a erosão. A produção mundial gira em torno de 3 milhões de tonelados, e os principais produtores são Índia e Bangladesh, com cerca de 1,8 milhão de toneladas, sendo uma cultura muito importante sob o prisma social e econômico destes países. Bangladesh é o principal exportador, respondendo por aproximadamente 88% das exportações mundiais de juta. Ao longo das duas últimas décadas, ocorreram várias mudanças na estrutura da indústria usuária de juta, devido à crescente utilização de polipropileno para sacarias. O maior fornecedor de juta é Bangladesh, onde é cultivado em solo aluvial (solo pedregoso formado pelas enchentes dos estuários dos rios) das regiões dos deltas dos Ganges e da Bralmaputra.

Extraído de plantas do gênero Corchorus, os caules são colhidos antes da floração. Utiliza-se a mercerização com água, as fibras são separadas manualmente, podendo usar martelos para sovar e quebrar as células lenhosas. Então deve ser lavada, seca e por fim empacotada, aconselha-se a evitar o alvejamento, pois o cloro degrada a fibra. As Características e propriedades são: A juta possui propriedades isolantes e antiestáticas. Tem baixa absorção de umidade e baixa condutividade térmica. Não estraga facilmente sob exposição da luz solar. Apresentam baixa elasticidade. Semelhante à do linho, ou seja, péssima recuperação à dobra, compressão ou amarrotamento. Deterioram-se rapidamente com umidade, tornando-se quebradiças, fracas e escuras. Tem menor resistência que o linho ou o algodão à ação de microorganismos. É uma fibra barata, e se encontra disponível em grande quantidade. É usada em embalagens e sacos.

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Secção transversal da juta:

Aspecto longitudinal da juta:



natural - vegetal - fruto - kapok

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É obtida da árvore Kapok de Java. A mafumeira ou sumaúma ou Kapok de Java é uma planta tropical nativa do México, da América Central, das Caraíbas, do norte da América do Sul e da África Ocidental. É a árvore oficial de Porto Rico. Extraído dos pelos na parte interna dos frutos da árvore Kapok de Java, a colheita deve ocorrer antes da maturação, pois as condições climáticas podem alterar a fibra. Após a colheita ocorre a classificação, então é seco. A separação é feita em tambores com molas rotativas que batem o kapok eliminando as sementes. Características e propriedades das fibras: O comprimento da fibra varia entre 15 a 35 mm e em alguns tipos a apenas de 10 a 20 mm. A seção transversal é redonda. A superfície da fibra é muito lisa, pois na fibra encontra-se uma substância do tipo de cera que protege a fibra contra a umidade, mas que a deixa lisa, a camada de cera pode ser retirada com álcool, assim a

superfície fica mais áspera, favorecendo a fiabilidade. A cor da fibra raras vezes é branca, quase sempre amarelada, fugindo para o marrom. Tem aspecto brilhoso, brilho de seda. A conservação de calor é ótima, por esta razão a indicada para isolamento térmico. O toque é macio e liso. A elasticidade é ótima. O fio de paina pura tem 11% de alongamento. A resistência é reduzida. Composição química é em média 70% de celulose. A densidade é baixa: 0,3 a 0,36 g/cm3, porque a célula está cheia de ar, a reduzida densidade das fibras cheias de ar é a causa do grande poder de flutuação. A higroscopicidade: em consequência do teor de graxa natural, o Kapok absorve a umidade com grande lentidão, esta propriedade é a causa da pouca diminuição do poder de flutuar. Por causa do grande poder de flutuar (a densidade do Kapok é inferior à da cortiça) usa-se para encher coletes de salva vidas. Em pressão adequada, o colete suporta 35 vezes o peso do enchimento. Este poder de flutuar diminui no prazo de 30 dias, apenas 10%, caso não seja retirado da água.

Aspecto longitudinal do kapok:

Secção transversal do kapok:

A sua aplicação como matéria para fiação e reduzida (superfície lisa dificulta a fiação além da baixa resistência das fibras). Em geral mistura-se com algodão ou fibras para fiação de viscose. Os usos são em estofamentos, encher coletes de salva vidas, material de enchimento de colchões, travesseiros e cobertas, isolamento térmico.




natural - vegetal - fruto - coco


A fibra é obtida da casca do coco. Cordas e fios foram feitas de fibra de coco desde a antiguidade. O coqueiro está presente em todos os países tropicais com grande variedade. Os maiores produtores mundiais de coco são as Filipinas, Indonésia, Índia, Sri Lanka, e Tailândia. Sendo a Índia a maior produtora, com a produção anual de 1,02 toneladas. No Brasil, a produção ainda é primária, com 40 milhões de toneladas de fibra produzidas anualmente. A colheita é feita manualmente, mais de uma vez ao ano. Para colher, sobe-se no coqueiro com auxílio de peias, amarra o cacho e o corta, então desmancha-se a casca (onde se encontra a fibra) em vários pedaços. O coco é partido e mercerizado com água, bate-se e tritura-se as fibras para então serem separadas. São lavadas e secas. As fibras do coco são divididas em três partes, as longas chamadas de Bristles e as curtas de Mastress, e também as curtas eliminadas durante o processamento chamadas de Combings. As características e propriedades das fibras são: O comprimento da fibra varia de 9 a 33 cm. O diâmetro da fibra é de 0.5 a 0.6 mm. A cor é marrom-claro a escuro e marromavermelhado. O toque é duro, um tanto áspero. O alongamento (alongamento de rotura) é muito alto. A resistência a seco é boa, a úmido é 93% da resistência seca. A densidade é de 0,92g/cm3. A Higroscopicidade: tolerância combinada de umidade 13,00%. Lignificação: forte comportamento químico: boa resistência a álcalis e fraca para ácidos. A tingibilidade é muito boa, contudo só com

cores que permitam boa cobertura. Ela é usada para manufatura de colchões para salto, tapetes, capachos, cordame especial para navios, escovas, vassouras, todo material de enchimento ou almofadas, fabricação de madeira prensada utilizada na construção de casas, fabricação de mantas de fibra de coco para reflorestamento, embalagens ecologicamente corretas para flores, embalar buquês, ramalhetes e flores em vaso, utilizado na área de jardinagem e decoração, fabricação de vasos usado na jardinagem e como substrato no plantio de orquídeas, substituindo completamente o xaxim. A indústria automobilística faz grande uso da fibra de coco, na fabricação de encostos de cabeça para os caminhões, os assentos dianteiros do modelo Classe A, estofamento de fibra de coco.


Aspecto longitudinal e secção transversal do coco:


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lĂŁ .wo

natural - animal - pelo - lĂŁ

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A fibra de lã é obtida do carneiro. Estima-se que a ovelha foi domesticada pelo homem há cerca de 9.000 a 11.000 anos atrás, contudo a ovelha selvagem possuía mais pelos do que lã. Graças a seleção natural, em 6.000 a.C., surge uma nova raça de ovelhas que são predominantemente cobertas de lã. As roupas de lã mais antigas já encontradas foram feitas aproximadamente 3 mil anos depois. A nova espécie foi introduzida na Europa no 4° milênio a.C.. No período do império romano, lã era uma das fibras mais usadas no vestuário de grande parte da população europeia. No século XIII, o comércio de lã se tornou o uma das principais atividades econômicas nos Países Baixos e no centro da Itália. Hoje em dia os países que mais produzem lã são Austrália (25%, 475 milhões de toneladas), China (18%), Estados Unidos (17%), Nova Zelândia (11%) e Argentina (3%). Obtida da tosquia do carneiro vivo. Separa-se e classificam-se as fibras, para então ocorrer a lavagem, após isso são secas e cardadas (desembaraça-se as fibras com cilindros com

dentes de arames), deposita-se as fibras na trama. São penteadas e esticadas, formando cordões e mechas que são enrolados em fios. As lãs são divididas em cinco tipos diferentes, são eles: a lã merino, lã cruza, comebacks, lã cheviot e a Leicester. As características e propriedades das fibras são: A superfície da fibra é coberta com escamas (plaquinhas córneas). A finura da fibra é de 11 a 80 u (micra). O diâmetro do pêlo deve ser uniforme em todo o seu comprimento (lã fiel). A lã é suja a por natureza, impura e exige lavagem, seu valor aumenta com a diminuição das impurezas. A cor pode ser branca natural, marrom, preta, também desbotada. A cor escura natural, na maioria marrom, não tem geralmente solidez a luz e não se deixam alvejar, são processados nas cores naturais. O brilho varia do opaco e até o luminoso, o brilho de pode ser melhorado peso tratamento com cloro, contudo a lã fica dura e quebradiça e perde a sua capacidade de feltrar. A conservação de calor é ótima, pois a lã é um mau condutor de calor. Além disso, a ondulação dos pelos em fios e


tecidos de lã produz espaços ocos de ar que bloqueiam a saída do calor. O toque é quente e suave para os tipos puros e toque mais duro para os tipos rústicos. No teste de combustão a chama é pequena, combustão lenta e tem cheiro a cabelo queimado. O alongamento de rotura é muito grande; quanto mais fina, tanto maior a capacidade de alongar; a seco 20 a 40%; a úmido 30 a 60%, por isso artigos de lã, deformam-se ao lavar e secar quando não recebem o devido tratamento. A resistência não é tão alta como no algodão e no linho. A elasticidade é ótima, maior que nas outras fibras naturais. A resistência ao enrugamento é ótima, depois da compressão o tecido apresenta apenas poucas rugas que logo desaparecem. São dimensionalmente estáveis. A estrutura da fibra contribui para uma reação de “encolhimento” e de feltragem durante o processamento, usos e cuidados de manutenção. A feltragem ocorre como resultado de uma ação mecânica combinada da umidade e da temperatura. As escamas tendem a fechar e se manterem unidas. Deve-se evitar a lavagem dos artigos confeccionados com lã em máquinas de lavar, não friccioná-los, não torcê-los e usar sabões neutros. A densidade é de 1,319 g/cm. A higroscopicidade é muito alta. A Iã absorve até 40% do peso seco em umidade. Em consequência do teor natural de gordura e da proteção e intumescimento fornecida pela epicutícula, a lã inicialmente repele a água. O tom natural amarelado pode ser removido pelo alvejamento. A tingibilidade é boa, porém a lã tem limites a absorção de corantes. A água fria não prejudica mas é afetada por fervura por tempo. Sobre a resistência química, a lã é sensível aos álcalis. As temperaturas para passar a ferro oscilam entre 160 a 190°C. por curtos períodos, use um pano umedecido, pois passar o ferro a seco provoca brilho. A lã não protegida é frequentemente atacada por traças cujas larvas abrem furos nos artigos de Iã. A Iã pode ser fiada no processo de fiação por penteagem até 10,4 tex (Nm 96), ou cardação. É usada em fios, tecidos, vestimentas de inverno, isolantes térmicos.


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Aspecto longitudinal e secção transversal da lã:


MOHAIR .WM

natural - animal - pelo - mohair

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Obtida do pelo das cabras Angorá. O Mohair é uma das fibras têxteis mais antigas em uso. A Angorá é originária das montanhas do Tibete, se espalhou para a Turquia no século XVI. Por volta de 1820, o mohair cru foi exportado pela primeira vez da Turquia para a Inglaterra, que se tornou o principal fabricante de produtos de mohair que foram exportado para a Rússia, Alemanha, Áustria, etc. Hoje, a África do Sul é o maior produtor de mohair do mundo, com a maioria do mohair sul-africano produzido no Cabo Oriental. Os Estados Unidos é o segundo maior produtor, sendo a maioria produzida no Texas. A Turquia também produz mohair de boa qualidade. Como as cabras são cortadas uma vez por ano (diferente da África do Sul), a Turquia produz o mohair mais longo do mundo. Extraído a partir da tosquia dos pelos das cabras de Angorá, fiado puro ou com lã. As principais características e propriedades das fibras do mohair são: O Mohair é muito resistente ao desgaste e bastante flexível. A cor pode ser branca, cinza, marrom ou preta. Possui, além disso, forte brilho. Tem de 12 a 30 cm de comprimento, finura média de 42 µm e poder de feltrar reduzido. O Mohair é fiado puro ou misturado com lã de carneiro, para dar fios penteados e cardados. É usada em tecido para mantos, tecidos para vestidos, cobertas, pelúcia, tecidos para forros de meia-lã, tecidos para móveis e artigos de tricô.

Aspecto longitudinal e secção transversal do mohair:


natural - animal - pelo - cashmere


Origina-se dos pelos das cabras de Cashmere. O Cashmere vem sendo fabricado na Mongólia, no Nepal e na Caxemira há milhares de anos. Nos séculos XVIII e início do século XIX, a cashemere na inglaterra teve uma indústria próspera produzindo xales de cabra importados do Tibete e da Tartaria através do Ladakh. A China tornou-se o maior produtor de cashemere, sua produção bruta é estimada em 10.000 toneladas métricas por ano (de cabelo). A Mongólia segue com 7.400 toneladas (em cabelos) a partir de 2014, enquanto o Afeganistão, o Irã, a Turquia, o Quirguistão e outras repúblicas da Ásia Central produzem quantidades menores. A produção mundial anual é estimado entre 15.000 e 20.000 toneladas (13.605 e 18.140 toneladas). Obtido a partir da tosquia dos pelos das cabras de Cashmere (Capra hircus). Após a tosquia os pelos são desembaraçados e separados. Em seguida é feito uma triagem das fibras, para está ser, então, fiada. As características e propriedades das fibras de cashmere são: Os pelos fundamentais tem brilho sedoso, são muito macios, leves e finos. Há grandes diferenças, dadas as, diversas procedências. A finura média do cashmere da Mongólia situa-se mais ou menos em 15 µm, havendo fibras individuais com 6 a 18 µm. O cashmere do Oriente Médio tem uma finura média de 12 a 24 µm. O comprimento do pelo fino fundamental e de 40 a 45 mm. A cor é branca, amareloclara a marrom-escura, mesmo cinza. O pelo fundamental está fortemente impregnado com pelos-cerdas mais escuros, de onde precisa ser retirado por penteagem e apanha. Um animal fornece anualmente aproximadamente 80 a 125 g de pelo de cashmere fino. Durante o ano todo negociam-se mais ou menos 5.000 toneladas. O cashmere é uma matéria-prima têxtil muito cara. Os tecidos feitos de cashmere têm a vantagem de serem leves, de conservarem o calor e quase não enrugarem. Pelo cashmere é processado para dar fio penteado e cardado. Os fios são utilizados na produção de xales, estolas, tecidos, cobertas para dormir e suéteres em teares ou máquinas de malharia.


Secção transversal do cashmere:



AL PA CA

natural - animal - pelo - alpaca


Retirado do pêlo das alpacas. As Alpacas são criadas na América do Sul há milhares de anos pelos povos ameríndios do Peru, Argentina, Chile e Bolívia. Conhecida como “fibra dos deuses” a alpaca era usada para a vestimenta da nobreza da época. Hoje em dia a alpaca foi exportada para países como Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia, onde os criadores selecionam as alpacas do o pelo mais fino e do maior peso para cruzarem. Assim podendo obter uma fibra mais fina que o normal em animais maiores. Nos últimos anos, o interesse em roupas de fibras de alpaca aumentou, talvez em parte porque a pecuária de alpaca tem um impacto razoavelmente baixo no meio ambiente. Fazendas dos EUA estão produzindo produtos de alpaca como chapéus, luvas, cachecóis, meias, palmilhas, calças, suéteres, casaco e qualquer outro produto. Os entusiastas dos esportes ao ar livre reconhecem que seu peso mais leve e um calor melhor proporcionam mais conforto em clima frio. É obtida a partir da tosquia anual do pelo da Alpaca. As principais características e propriedades das fibras de alpaca: Cor a branca, preta, também marrom avermelhada ou desbotada. O comprimento varia entre 8 a 20 cm. O pelo fundamental tem de 8 a 12 cm de comprimento. É fino, macio, com pouca ondulação e brilho sedoso. A finura média é de 22 a 30 µm. Por causa do seu alto preço, a alpaca é geralmente misturada com lã de carneiro, processada para fio penteado. O regain é de 17%. É empregada na tecelagem para a produção de tecidos de vestidos, mantos, forros, boinas, gorros, cachecóis, meias, tapetes, pelúcias, sapatos, luvas entre outros.


LHAMA

natural - animal - pelo - lhama

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Obtida do pelo da Lhama.

A forma de obtenção/produção é a partir da tosquia do pelo da lhama. As características e propriedades das fibras da lhama são: Os animais têm dois tipos de pelos, o pelo fundamental (sedoso, muito leve, de brilho opaco, que é usado como fio na manufatura de mantos de pelúcia, em cobertas para dormir) e o pelo mais rústico (não elástico, é o pelo tipo cerda, que a população do Peru usa para produzir tecidos para consumo próprio). A cor é branca, preta, cinzaescuro, marrom escuro a claro, amarelada ou avermelhada. O pelo fundamental tem de 6 a 12 cm de comprimento. Sua finura é de 10 a 35 µm. O regain é de 17%.

Secção transversal da lhama:

As lhamas sul-americanas e seus parentes são nativos das montanhas andinas e incluem alpacas, guanacos e vicuñas. Hoje, como nos tempos pré-incandescentes, o lama multiusos é altamente reverenciado pelos índios andinos que utilizam tudo, desde o cabelo até os excrementos. As lamelas têm um undercoat fino, que pode ser usado para artesanato e vestuário. O cabelo mais grosso da proteção externa é usado para tapetes, tapeçarias e cordas de chumbo. A fibra vem em diferentes cores variando de branco ou cinza a marrom avermelhado, marrom, marrom escuro e preto.

O fio é usado na manufatura de mantos de pelúcia e em cobertas para dormir. Pode também ser utilizada em artesanato, tapetes, entre outros.


natural - animal - pelo - vicunha

vi cu nha


Obtida do pelo do vicunha. A lã de Vicunha é uma lã muito fina feita de um animal chamado de vicuña, um camélido sul-americano que vive nas altas áreas alpinas dos Andes. Vicuñas são primos de lhamas e foram celebradas pelos incas pela lã fina. Isso foi tão apreciado que, na sociedade incaica, que somente a realeza podia usar roupas feitas de vicuñas. Acreditava-se que a vicunha era a reencarnação de uma linda jovem que recebeu um casaco de ouro puro, uma vez que ela cedeu às investidas de um rei velho e feio. Por causa disto, foi contra a lei que alguém matasse uma vicunha ou usasse seu velo, exceto pela realeza Inca. A lã é popular devido à sua suavidade e à sua capacidade de reter o calor. as vicunhas não produzem lã muito rapidamente, e pode levar anos para crescer a lã cortada, o que dificulta a coleta de grandes quantidades. Além disso, elas estavam quase extintas, seus números foram reduzidos a apenas 6.000 na década de 1960, antes do Peru empreender esforços de conservação para ajudar a salvar seu animal nacional. É obtida a partir da tosquia do pelo do animal Vicunha. As características e propriedades das fibras são: O pelo fundamental tem aproximadamente 5 cm de comprimento, 13 a 14µm de finura, é macio e brilhante, sendo a sua cor, em geral marrom-avermelhado, ocre, amarela ou branca. O pelo tipo cerda, alcança um comprimento de 20cm. Como a lã da vicunha é muito cara, e quase sempre misturada com lã de carneiro e processada depois. É usada em ternos, tailleurs, tecidos e cobertores.


ANGORร

natural - animal - pelo - angorรก

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Obtida dos coelhos angorá. A forma de obtenção é a partir da tosquia dos pelos dos coelhos de Angorá. As principais características e propriedades das fibras são: O pelo de primeira qualidade tem mais de 7cm; de 4 a 7cm, segunda qualidade. Os pelos de terceira qualidade são vendidos feltrados. A lã é muito lisa e fina, mais flexível que a seda, em geral, branca. O seu brilho é o da seda. Conserva otimamente o calor e repele a água. Angorá não tem “crimp” (ondulação) contudo, tem alta elasticidade. Como o fio é muito leve e arejado, 90g de lã angorá permitem que se faça um pulôver que exigiria 200g de lã de carneiro. Angorá é a fibra natural de menor densidade.

Aspecto longitudinal e secção transversal do angorá:

Este tipo de lã é usado na manufatura de fio para trabalhos manuais, fio para malharia e tricô, roupa de baixo, faixas e cobertas contra reumatismos.


SEDA .S

natural - animal - secreção - seda

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A fibra da seda é produzida pela lagarta e alguns tipos de mariposas. O tecido de seda foi desenvolvido pela primeira vez na China antiga. O primeiro exemplo de tecido de seda é de 3630 a.C.. Por volta do século V a.C., a produção das fazendas de seda do império chinês já era suficiente para permitir ao imperador presentear com peças de tecido dos chefes das poucas amigas tribos mongóis. Pouco antes do ano 200 a.C., uma nova máquina, o tear de tração, trouxe maior rapidez na produção da seda. Sua principal inovação era um sistema de cordões amarrados às lançadas o que aumentou consideravelmente tanto a quantidade como a qualidade da seda. A demanda de seda espalhou-se rapidamente para além das fronteiras chinesas, adotada a Pérsia e depois todo o Mediterrâneo. Por volta do ano 100 a.C., o imperador já havia organizado um sistema de caravanas para levar os produtos ao Oriente Médio e à Europa, na época sob domínio romano. Mais tarde, tal rota ficaria conhecida como Rota da Seda. Hoje em dia o país que mais produz seda é a China com a produção anual de 290 mil toneladas. Seguindo a China no ranking, a Índia, o Uzbequistão e o Brasil. A produção de seda no Brasil é concentrada no estado do Paraná que possui 92% da produção do país. A sericicultura paranaense é desenvolvida em 219 municípios, contudo, 29 municípios detém a maior produção. Essa região no noroeste do Paraná ficou conhecida como Vale da Seda e segundo especialistas, produz uma das melhores sedas do mundo. Produzida pelo Bombix mori. As lagartas fabrica seu casulo a partir da secreção em torno de seu próprio corpo, e então liberta-se ao expelir uma saliva alcalina. Porém ao sair do casulo a continuidade dos filamentos é rompida, por isso a lagarta é morta antes, através de vapor ou água quente. A sericina é amolecida e os filamentos desengomados com água quente, então o casulo é escovado, encontrando o início de filamento. Quando a mariposa liberta-se o casulo precisa ser fiado, então surge a seda selvagem. Características e propriedades das fibras: A fibra de seda natural é um filamento contínuo de proteína. A seda é composta de duas partes: 75 a 90% a fibroína e 10 a 25% sericina. Existem ainda, pequenos vestígios de cera, gordura e sais. A

seda é a fibra natural mais nobre devido ao seu brilho, ao toque e a reduzida tendência de amarrotar. A resistência em estado úmido se situa entre os 80 e 85% da resistência a “seco”. Isto significa que os artigos confeccionados com seda perdem resistência quando molhados. Tem boa elasticidade e um moderado alongamento. Tem resiliência considerada média, o que permite a obtenção de efeitos especiais (crepe, por exemplo). Um tecido branco pode ficar amarelado, se pressionado com ferro elétrico a temperaturas acima dos 150°C. Os tecidos de seda, além de suas qualidades em termos de maciez e beleza, têm boa condutividade térmica, o que faz com que sejam quentes no inverno e frios no verão. É usada em camisas, vestidos, blusas, saias, gravatas, xales, etc.


Aspecto longitudinal e secção transversal da seda:


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aranha

natural - animal - secreção - aranha


Origina-se e é obtido da secreção da aranha (teia). As principais características e propriedades das fibras são: Resistência a tração, a tecnologia natural das aranhas é cobiçada em razão das propriedades da teia que ela produz. O material é a mais resistente fibra natural conhecida. Sua força é equivalente à do Kevlar (a prova de balas). A teia de aranha tem uma das maiores resistências mecânicas. Alongamento de 40%. Cada aranha produz em sua vida uma quantidade de fibra que se for esticada 20% dá a volta ao planeta. É usada em retículos de lunetas astronômicas, microscópios e outros instrumentos ópticos. Há possibilidade de uso industrial em pára-quedas, cordas para alpinistas, redes de pesca. A aeronáutica estuda o uso da fibra de aranha para cabos em geral, nos porta aviões e coletes a prova de bala.


natural - mineral - amianto

AMIANTO


A fibra de amianto é obtida das rochas. Forma de obtenção/produção é: Mineral fibroso formado na erosão e decomposição de silicatos. Fiado com fibras vegetais. As principais características e propriedades das fibras são: Trata-se de um material com grande flexibilidade e resistências química, térmica, elétrica e à tração muito elevadas e que além disso pode ser tecido. As fibras de amianto podem-se fiar e tecer em combinação com fibras vegetais. O material é constituído por feixes de fibras, extremamente finas e longas facilmente separáveis umas das outras com tendência a produzir um pó de partículas muito pequenas que flutuam no ar e aderem às roupas. As fibras podem ser facilmente inaladas ou engolidas podendo causar graves problemas de saúde O asbesto é resistente ao calor até 1000°C e contra ácidos moderados e tem uma resistência à tração ainda maior que fios de aço com igual perfil. É usada em telhas de fibrocimento, revestimentos de freios e embreagens de automóveis, coberturas de edifícios, gessos e estuques, revestimentos à prova de fogo.

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Fibra natural vegetal extraído do caule do Hibiscus cannabinus L, Acredita-se que é cultivada desde 4000 A.C, um kenaf, semisselvagem, foi encontrada na África, podendo indicar a origem da planta. Os filamentos da fibra medem de 1,5 a 3 metros, são flexíveis, com boas propriedades de moldagem e resistentes a tração. Utilizados em sacos, cordas, mantas para isolamento a sons de percussão.

K E N A F .C K 66


LARANJA

Fibra natural vegetal extraída das sementes, cascas e bagaço da laranja, criada pelas italianas . Adriana Santanocito e Enrica Arena, em 2013. O tecido que resulta desta fibra é macio, leve, assemelha-se a seda, podendo ser brilhante ou opaco. Pode ser usada na confecção de roupas em geral.


Fibra natural vegetal extraída das folhas do abacaxi, que representam um desperdício agrícola, sendo originalmente usada para fins têxteis nas Filipinas, utilizada pelos nativos. No século XVIII atingiu seu ápice, era um dos tecidos feitos a mão mais procurado, sendo desbancado pelo algodão, na década de 80. O processo de extração dessa fibra se chama decortificação, pode ser fiada misturada a algodão, poliéster ou seda. A fibra tem textura delicada, é branca, sedosa, brilhante como a seda, tem cerca de 60 cm de comprimento e é facilmente tingida. Pode ser utilizada nas tradicionais camisas masculinas filipinas, vestidos formais, chalés, blusas. Etc.


COURO DE ABACAXI Criado pela Dr Carmen Hijosa, em 2013 na Espanha, a partir das fibras extraídas do abacaxi, enquanto a Dr. procurava uma alternativa para o couro tradicional. Ela desenvolveu uma malha não urdida, semelhante à tela, pode ser tingido, impresso e tratada a fim de obter diferentes texturas. Pode ser utilizados em bolsas, sapatos, malas, cadeiras e sofás por exemplo.


MALVA .CM Extraída do caule da Urena lobata, L. Através de máquinas especiais, os caules são separados do lenhoso, e então macerizados, imergindo-os em água corrente ou parada, de 8 até 20 dias ( dependendo da temperatura do ambiente). Então, manualmente, separa-se as filaças das medulas lenhosas ou varas, após isso são limpas e secas. Usam-se máquinas para eliminas os detritos vegetais das filaças, tornando-as mais macias e eliminando pontas duras ou mal maceradas, por fim separam-se as filaças. Apresenta uma resistência normal, coloração esbranquiçada à amarelada, brilho normal, maciez natural, resistente e durável. Utilizada em fabricação de papel, vestuário, barbantes, tecidos para estofados, tapetes e confecção de sacaria.


Obtida a partir da desidratação das folhas da Neoglasiovia variegata, planta típica e resistente da caatinga. A fibra já foi parte importante da economia de Pernambuco, existe até mesmo um museu, na primeira fábrica a industrializar a obtenção desta fibra, conta com o maquinário original ainda preservado. Utilizam-se máquinas desidratadoras e secadoras (estruturas de arame), por fim as fibras são separadas e utilizadas para fabricação de, por exemplo, em redes, tecidos sacos, tecidos, cestos, chapéus, barbantes, linhas de pesca e artesanato (há, inclusive, uma cooperativa de famílias do nordeste neste ramo). A fibra é resistente, longa, de grande durabilidade, fina, inodoras, brilhantes e de coloração bege clara.

caroá .cn 71


FORMIO .CF

As fibras extraídas das folhas de fórmio (Phormium tenax), também conhecida como Linho-da-Nova-Zelândia, ou Fibra-da-Nova-Zelândia. São finas, brilhantes e resistentes. Os maori as utilizam em artesanato, cestaria, cordas, redes, entre outros.

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TUCUM

A fibra vegetal do tucum é retirada da folha da palmeira nativa amazônica Astrocaryum chambira Burret. Utilizada para artesanato, fabricação de tecidos, redes, linha e redes de pesca. A comunidade Vila Ecológica Céu do Juará (localizada no Amazonas, Brasil), a extração das fibras da palmeira e a confecção do fio são feitas de maneira artesanal, vinda de um conhecimento tradicional, passado de pai para filho. O processo inicia-se com a coleta da folha, onde corta-se no máximo três folhas por palmeira, afim de não danificar o desenvolvimento da planta, usa-se somente as folhas jovens. O “olho do tucum” (folha jovem que se encontra no centro das folhas, está fechada) só é coletado duas vezes ao ano, sendo retirado quando o próximo “olho” brota. Então retira-se e reúne-se as pinas/palhas, que em seguida são lavadas. Para retirar a fibra, marca-se a pina, e puxa-se com a faca do local marcado até o final da pina. Decarta-se a parte folhosa, e lava-se e seca-se a fibra retirada. Escova-se o linho, e o puxa, levemente com os dedos, obtendo um fio. Com o auxílio de um fuso de madeira faz-se a linha.

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Utilizado pelo homem desde que este perdeu sua camada de pelos. Homens pré-históricos curtiam o couro dos animais e faziam suas vestimentas, para assim proteger-se de sol, chuva, frio, etc. Agulhas do período paleolítico foram encontradas, indicando que já se usava a pele para produzir roupas, há, pelo menos, 40 mil anos. Provém da pele de animais. A pele é curtida com elementos vegetais ou minerais, depois é curado com sal, evitando a decomposição, e então é imerso em água, por até dois dias. Remove-se a gordura e pelos em um banho de cal, manualmente ou mecanicamente, sendo então lavada e por fim curtida com lâminas ou cramo.


CAMURÇA Couro tratado, tem textura macia e aveludada. É retirado da barriga do animal, quando este é jovem. A pele é virada do avesso, e lixa-se a camada externa, desgastando-a, revelando a camada interna, que é macia e suave. É mais macia e menos durável que o couro comum, também necessita de mais manutenção e mancha mais fácil.

COURO DE COBRA Couro que é retirado da cobra. Após matar o animal, lava-se seu exterior, para depois abri-la, cortando no centro da barriga da cabeça até o final do corpo. A pele é removida manualmente. Tem um leve degrade de listras irregulares, em tons de bege e prata. Utilizada em bolsas, sapatos, carteiras, entre outros.

COURO DE AVESTRUZ Obtido da pele do avestruz, geralmente é macio, resistente. Usado em calças, sapatos, jaquetas, sapatos, bolsas, etc.

BEZERRO Obtido da pele de bovinos, abatidos com, no máximo, três anos de idade. Devido à idade do animal o couro é macio, flexível e suave. Devido a sua textura fina é muito usado em artigos de luxo (sapatos, bolsas, etc).

COURO DE CAMURÇA Obtido do caprino Camurça (Rupicabra rupicabra). O couro é macio, flexível, boa capacidade de aquecer, boa absorção. Utilizado em luvas de inverno e shorts de ciclismo, por exemplo. Além da característica já citada, também é impermeável, fácil de limpar e pode ser tingido facilmente. Muito usado em sapatos, carteiras e bolsas.


É formada de macromoléculas lineares obtidas através de artifícios ou sínteses químicas, é um grupo de fibras não naturais que englobam as fibras artificiais e sintéticas. É também conhecida como fibra manufaturada, fibra feita pelo homem, tecnofibra ou manmade-fiber.


As fibras artificiais são todas as fibras que se apresentam na natureza numa forma não utilizável. Elas são modificadas através de artifícios químicos para se tornarem usáveis. As fibras artificiais tiveram um crescimento muito expressivo entre as décadas de 70 e 90. A maior vantagem das fibras artificiais é a possibilidade de serem modificadas ao longo do processo de fabricação, criando uma vasta gama de possibilidades de criação de modificação de suas características, como, caimentos, texturas, brilho, tratamentos (antibacterianos, anti-chamas), absorção de água, resistência, volume, etc. As fibras artificiais são produzidas a partir da celulose e as principais matérias-primas utilizadas são o linter de algodão e a polpa de madeira. Inicialmente considerada como uma alternativa barata para o algodão, a produção de fibras artificiais praticamente se estagnou, em parte pelo predomínio crescente das fibras sintéticas e em parte porque seu processo produtivo é altamente poluente devido ao uso intensivo da soda cáustica. As principais fibras artificiais de base celulósica são o raiom acetato e o raiom viscose (ou, simplesmente, viscose), sendo esta última a mais importante do ponto de vista têxtil.

ARTIFICIAIS


VISCOSE .CV

química - artificial celulósica - viscose

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A viscose é uma fibra química, artificial, produzida a partir da celulose de arvores e plantas. Criada pelo cientista e industrial francês Hilaire de Chardonnet (1838- 1924). Obtida a partir do xantato de celulose dissolvido numa solução de soda cáustica e então inserida em um banho de ácido sulfúrico e sulfato de soda, pode ser encontrada na forma de filamento contínuo ou fibra cortada. A celulose pode ser da polpa de madeira ou das ramas de algodão. Devido as diferentes celuloses, produtos químicos e técnicas de produção que podem ser empregadas existem mais de um tipo desta fibra, os três principais são: viscose, cupramonio e nitrocelulose. Pode ser utilizada pura ou com mistura. Existem mais de um tipo desta fibra, os três principais são: viscose, cupramonio e nitrocelulose. Pode ser utilizada pura ou com mistura. As principais características e propriedades são: A finura e comprimento são mais regulares que das fibras naturais. O brilho é conforme desejado. Na parte da tingibilidade podem ser utilizados grande parte dos corantes usados no algodão, menos o enxofre. Não precisam de lavagens muito longas. A elasticidade é mais alta que das fibras naturais, porém é inferior quando comparada ao algodão e seda. A higroscopicidade é muito alta; durante a absorção as fibras incham, provocando encurtamento. A resiliência é baixa por amarrotarem facilmente, contudo são fáceis de se passar. Tem baixo custo. Semelhante ao algodão, porém possui melhor toque, caimento, cor mais intensa, melhor textura. Tem baixa resistência à luz ultravioleta (amarela facilmente). Tem baixa resistência quando molhada, encolhe e amarrota com facilidade; baixa resistência insetos e bactérias. Sensível ao ácido acético e ao vinagre; amarelece e desbota com a transpiração e queima com facilidade. A viscose é comumente utilizada para tecidos planos, malhas, cama, mesa, banho, bordados e linhas, tecidos para vestuário feminino, vestuário esportivo e forros. Têxteis para o lar, como sejam toalhas de mesa e tecidos de estofamento de mobiliário. Aplicações técnicas e industriais, como por exemplo telas para filtros, não tecidos e chumaços.

Secção transversal da viscose:


ACETATO .CA química - artificial celulósica - acetato 80


Em 1865, Paul Schützenberger descobriu que a celulose reage com anidrido acético para formar acetato de celulose. Os químicos alemães Arthur Eichengrün e Theodore Becker inventaram as primeiras formas solúveis de acetato de celulose em 1903. Em 1904, Camille Dreyfus e seu irmão mais novo, Henri, realizaram pesquisa e desenvolvimento de produtos químicos em acetato de celulose em um galpão no jardim de seus pais em Basel, na Suíça, que era então um centro da indústria de tintas. Hoje, o acetato é misturado com seda, algodão, lã, nylon, etc., para garantir uma excelente recuperação das rugas, qualidade drapejada, secagem rápida, estabilidade dimensional adequada, a um preço muito competitivo. O acetato é obtido a partir do ester produzido a partir da reação da celulose com anidrido acético e ácido acético, sendo, posteriormente, hidrolisado, removendo a ácido sulfúrico, sulfato e acetato, origina um acetilado não saponificado ou parcialmente saponificado. As celuloses provém da polpa de madeira ou da pelugem de algodão. Fiam-se fibras contínuas, fibras cortadas e fibras ocas, entre outras. Tipos de fibras: triacetato. Principais características e propriedades: O acetato é fresco e tem toque suave. É tingido e estampado com facilidade. Tem bom caimento. É resistente à traça. Possui absorção e secagem relativamente rápidas. Não tem nenhum problema com Pilling. Quando pura, a fibra é utilizada na indústria têxtil, em, por exemplo, forros, blusas, vestidos de noiva, artigos de decoração, cortinas, estofados, guarda-chuvas. Quando misturada com outros tipos de fibras é utilizada com fins técnicos ou para fazer filtros de cigarros.

Aspecto longitudinal e secção transversal do acetato:

O acetato é uma fibra química, artificial de origem celulósica.


química - artificial celulósica - liocel

LIOCEL .CLY

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Aspecto longitudinal e secção transversal do liocel:

Liocel é uma fibra química, artifical celulósica. Extraídas de árvores que crescem muito rápido e precisam de pouca água. Desenvolvido no início de 1972 pelo grupo American Enka fibers facility na cidade de Enka na Carolina do Norte. Usado principalmente em vestuário feminino. Produzido a partir da celulose da polpa de madeira de árvores plantadas com esse propósito, usando o mesmo processo de obtenção da viscose. Processo de produção pouco poluente, consiste na regeneração da celulose usando o solvente N-metyl morfholine oxide. Pode ser fiada pura ou com outras fibras. Com outras fibras forma o Tencel. Tipos de fibras: Monocell e Tencell. Principais características e propriedades são: Fios e tecidos mais resistentes. Fio mais fino. Tem durabilidade superior. Tem, relativamente, alto alongamento (produtividade). Tem uma alta estabilidade dimensional. Dispensa lavagens a seco. Tem uma boa resistência a abrasão. Boa resiliência (volume, cobertura, resistência ao amassamento e caimento). Boa absorvência. Menor peso produzindo tecidos mais leves. Biodegrabilidade excelente. Resistência química boa sendo melhor que outras fibras do gênero. O fio singelo menos irregularidades e imperfeições (neps, pontos finos e pontos grossos). Resistência e alongamento superiores acarretando numa significante melhoria nos processos têxteis pós-fiação.

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MODAL .CMO

química - artificial celulósica - modal


O modal é uma fibra química, artificial celulósica. Desenvolvido pela empresa Lenzing AG, com sede na Áustria, que popularizou o nome da fibra, mas agora muitos fabricantes fabricam suas próprias versões. Inicialmente foi importado para República Checa, Eslováquia, Hungria e Alemanha; mas agora para o mercado indiano. Comummente utilizado em camisaria, blusas e lingerie. Obtido a partir da fibra de celulose regenerada, proveniente da modificação molecular da celulose, geralmente fabricada por um processo semelhante ao da viscose. Pode também formar o micro modal.

Secção transversal do modal:

As principais características e propriedades da fibra de modal são: A fibra permanece macia. O toque macio oferece uma sensação como “pele sobre pele”. Mesmo após muitas lavagens a Modal permanece macia como no primeiro dia. Sua pele respira livremente. As características fisiológicas da Modal reforçam a sensação de "pele sobre pele". Modal absorve 50% a mais de umidade do que o algodão, e mais depressa; assim a pele permanece seca e consegue respirar. Tem efeitos brilhantes, não importa se são cores fortes ou delicadas. Modal absorve os corantes de forma rápida, profunda e permanente. A superfície lisa da fibra é responsável pelo brilho sedoso dos artigos de Modal ou em misturas com outras fibras.


quĂ­mica - artificial celulĂłsica - bambu


A fibra química do bambu, pode ser classificada como artificial celulósica e é obtida a partir da cana de bambu Comumente utiliza em camisetas, casacos, vestidos, chapéus, roupas de banho, mantas, cobertores, toalhas, vestuario de verão, vestidos de noite, artigos de higiene hospitalar, etc. Embora historicamente usado apenas para elementos estruturais, como azáfama e espartilhos, nos últimos anos, uma gama de tecnologias foram desenvolvidas, permitindo que a fibra de bambu seja usada em uma ampla gama de aplicações têxteis de moda. Forma de obtenção/Produção: Produzido a partir da celulose derivada da cana de bambu, fabricação feita em meio alcalino.

Aspecto longitudinal e secção transversal do bambu.

Principais características e propriedades da fibra: A fibra de Bambu é antibiótica naturalmente. Tem boa higroscopicidade e permeabilidade. Os tecidos são suaves e moles. Possui anti-raio ultravioleta. Tecidos de fibra de bambu aparecem em lojas anunciando seu teor “natural e ecológico”, são considerados, por muitos, uma fraude que se aproveita da imagem positiva da planta. A principal vantagem do bambu é que ele não precisa ser reflorestado. Ele nasce sozinho depois de cortado, e cresce rapidamente. O único fator que torna a fibra de bambu “ecológica” é o fato de ser produzida através de uma matéria-prima renovável e de rápido crescimento. Não diria ecológica, mas sustentável, esse seria o termo correto.

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CUPRO .CC química - artificial celulósica - cupro

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O cupro é uma fibra química, artificial celulósica. Obtida a partir de fibras de celulose regeneradas pelo processo cupro amoniacal. Começa-se dissolvendo a pasta de papel em uma solução aquosa de amoníaco e óxido de cobre. Então é enviado para as fieiras, passando pela extrusão em vias úmidas. Passa por um banho de ácido sulfúrico, limpando e regenerando a fibra. Podemse originar filamentos contínuos ou fibra cortada. Comumente usado como substituto da seda, em camisas, vestidos, saias, etc. O tecido é comumente conhecido pelo nome comercial “Bemberg”, de propriedade da empresa J.P. Bemberg. O tecido também pode ser conhecido como “cuprammonium rayon” ou “cupra”. Principais características e propriedades da fibra: A fibra do Cupro tem o aspecto e o tato da seda; maciez, absorção e também o brilho. Tem boa solidez nas cores. É uma fibra biodegradável. Os tecidos em Cupro são especialmente confortáveis, já que estão associados às propriedades típicas das fibras vegetais e das fibras artificiais, como a transpiração, maciez, absorção e também o brilho, o aspecto e o tacto da seda. A boa solidez das cores permite ter tonalidades brilhantes e vivas.


algínica .al

química - artificial protéica - algínica

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Algínica é uma fibra química, artificial protéica. O alginato foi produzido pela primeira vez a partir de algas marinhas em 1940. É um produto de uma reação neutralizante entre ácido algínico e refrigerante cáustico. Não é inflamável. Quando combinado com outras fibras, ele assume uma aparência pura. A matéria-prima para a produção de fibras de alginato de cálcio é o ácido algínico, um composto que é obtido a partir das algas marrom marinhas. Os primeiros relatórios científicos sobre a extração de alginatos de algas marrons foram apresentados até o final do século XIX pelo químico E.C. Stanford. Ele observou que os alginatos possuem uma variedade de propriedades, incluindo a capacidade de estabilizar suspensões viscosas, formar camadas de filme e se transformar em géis. Embora tenha visto oportunidades para várias aplicações potenciais, foi cinquenta anos antes da produção industrial ter começado realmente em uma escala razoável. Hoje, milhares de toneladas de alginatos são produzidas por ano para uma grande variedade de usos. Eles são, em particular, empregados como agente gelificante na indústria de alimentos, de modo que a segurança dos alginatos como aditivo alimentar é estabelecida por muitos anos de uso nesta finalidade. Quimicamente, o alginato é um ácido polimérico, composto por duas unidades de monómero. Principais características e propriedades da fibra: Para o tingimento se usa corantes diretos. É sensível a álcalis, ácidos e sabão. Resiste a solventes orgânicos. Queima com dificuldade, tendo odor de papel e açúcar queimado. Comumente utilizada para tingimento reativo,confecção de moldes e próteses odontológicas, como ligante e espessaste em comprimidos, curativo de fibra de alginato de cálcio e sódio; máscara para tratamento facial, cremes em forma de gel, lentes de contato para efeitos especiais, máscaras para efeitos especiais.



A caseína é uma fibra química, artificial protéica. Produzida a partir do leite de caprinos, ouvinos e humanos. O leite é desidratado e suas proteínas são extraídas e dissolvidas. As proteínas são colocadas em um extrusor que as transforma em um fio extenso. Em 1898, soluções de caseína estavam sendo centrifugadas experimentalmente para formar fibras. As soluções de caseína foram forçadas através de jatos finos em banhos endurecidos, formando sólidos filamentos em que as moléculas longas de caseína receberam orientação suficiente para que mantenha-se em forma de fibra típica. Durante 1930, um químico italiano Antonio Feretti, experimentou com fibras de caseína para tentar melhora-la. Ele foi bem sucedido, tornando as fibras de caseína flexíveis e com muitas propriedades associadas com a lã. Feretti vendeu suas patentes para a grande firma italiana de rayons Snia Viscosa que desenvolveu o tecido em larga escala sob o nome comercial da Lanital. Utilizada principalmente na produção de roupas intimas, camisas e ternos. Principais características e propriedades da fibra: Não possui corante, permite maior respiração da pele, contém aminoácidos benéficos para quem usa e é tão confortável e elegante quanto a seda. A proteína do leite contém um umectante natural que pode capturar umidade, aumentando a umidade da pele que a faz alisar e reduz rugas.

.K CASEÍNA química - artificial protéica - caseína 95


LATEX .LA quĂ­mica - artificial - latex


O latex é uma fibra química artificial. Produzido a partir da seiva da árvore Hevea brasiliens. Corta-se a seringueira originando uma massa viscosa. A massa é prensada com cilindros, formando lâminas. Essas lâminas são dissolvidas em sulfeto de carbono, então a solução é estendida em fitas transportadoras. O solvente evapora e a ação do vapor de água faz com que se perca a viscosidade. Então corta-se fios de secção quadrada, os redondos são fabricados por extrusão Charles Marie de La Condamine é creditado com a introdução de amostras de borracha para a Académie Royale des Sciences da França em 1736. Em 1751, ele apresentou um artigo de François Fresneau à Académie (publicado em 1755) que descreveu muitas das propriedades da borracha. Este foi referido como o primeiro artigo científico sobre borracha. Principais características e propriedades da fibra: O tecido de Látex tem propriedades de alta impermeabilização e limpeza a seco. É resistente ao calor e a luz. Principalmente utilizada na fabricação de Jaquetas, calças, vestidos, coletes.




SPF (Soybean Protein Fibre) quĂ­mica - artificial - soja


A fibra da soja é uma fibra química artificial. Esse tipo de fibra constitui-se de uma pasta oriunda do resíduo da soja, após a extração do óleo. A proteína é destilada e refinada, então é adicionada uma enzima biológica capaz de modificar a estrutura da proteína. São adicionados também outros polímeros e a solução é cozida e estabilizada por acetilização. A última etapa é chamada de ondulação/texturização e termofixação, a fibra é cortada de acordo com o fim que será destinada. Principais características e propriedades da fibra: Apesar da cor natural das fibras de soja ser amarelada, estas fibras podem ser tingidas com corantes ácidos com uma ótima solidez. A absorção à umidade é semelhante à do algodão e apresentam uma ventilação superior. Tem um bom efeito antiestático e contêm aminoácidos necessários ao corpo humano como a hidroxila, a cianamida e a carboxila. As fibras de soja são resistentes aos ácidos, aos raios ultravioleta e bastante resistentes aos álcalis. São também resistentes aos fungos. Tem má qualidade termoplástica, na medida em começam a amarelar a uma temperatura de 120°C. São mais leves que o algodão, Viscose, seda. Tem melhor alongamento que o algodão, na ordem dos 1821%, porém, menor que a da Viscose, seda e lã. A fibra proteica de soja não utiliza agentes venenosos na sua produção e os restos são reutilizados para ração, pelo que este processo é considerado ecológico. Usada popularmente para a produção de roupas que entram em contato direto com o corpo, como as roupas íntimas, roupas de dormir e de esportes, camisas, toalhas, roupas de cama e de crianças.


PLA (Poliláctico) química - artificial - INGEO - milho


A fibra do milho é uma fibra química, artificial. INGEO é o nome da revolucionária fibra derivada de carbonos engendrados do açúcar de milho, lançada pela empresa americana Cargill Dow. A fibra PLA foi desenvolvida a partir da polimerização do ácido láctico do milho. Seu lançamento oficial se deu em janeiro de 2003, onde passou a ser chamado de INGEO. Foi criada a partir de um plástico à base de milho geneticamente modificado, que a empresa norteamericana desenvolveu e colocou em várias companhias têxteis para ser testada na confecção de roupas e tecidos. A fibra é biodegradável, ou seja, pode ser processada sem emissão de poluentes para o ambiente, e, apesar de ser sintético, o produto não contém componentes à base de petróleo. Em janeiro (2003), a Cargill Dow anunciou a formação de uma parceria empresarial para desenvolver novos produtos com a fibra, entretanto patenteada, que inclui 85 companhias de todo mundo, entre os quais fabricantes de roupa, como a Diesel, e de têxteis, como a Faribault Woolen Mills. Derivada dos carbonos engendrados do açúcar do milho , produzido a partir da polimerização do ácido láctico do milho. Faz-se a moagem do milho, que se transforma em amido, e depois em açúcar. O açúcar é fermentado criando ácido lácteo, que, em seguida é purificado. Por fim o milho transforma-se em placas de ácido poliáctico, que podem ser moldadas de diversas maneiras ou transformadas em fibras. Principais características e propriedades da fibra: Uma de suas grandes qualidades é que depois da roupa confeccionada não é preciso mais passá-la. No fim de sua vida ela se torna um elemento ecologicamente biodegradável.

Aspecto longitudinal do milho.

Normalmente utilizada para confecção de pijamas, lençois, carpete e a empresa brasileira Santista produz jeans.

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As fibras sintéticas não existem na natureza. Através de sínteses químicas são colocadas em condições de uso, ou seja, são formadas por macromoléculas criadas (sintetizadas) pelo homem. Foram criadas para substituir as naturais, são fabricadas a partir de produtos e derivados petroquímicos. São mais longas, são mais fortes, tornando os processos produtivos mais rápidos e com menos desperdícios, podendo ser utilizadas puras ou misturadas com outras fibras. São aplicadas não só para a indústria têxtil, mas também para outros segmentos, como materiais de construção e médicos, cosméticos, segurança, etc. A produção de fibras sintéticas vem sendo constantemente ampliada no mercado têxtil, principalmente a partir do início da década de 70, quando participava com 22% da produção mundial. As fibras sintéticas são produzidas a partir de resinas derivadas do petróleo. As principais fibras de interesse têxtil são, em ordem de quantidades consumidas, o poliéster, o polipropileno, a poliamida (náilon) e o acrílico. Existe ainda uma outra classe de fibras, de características bastante peculiares, que são os elastanos.

SINTÉTICAS


POLIÉSTER .PES

química - sintética - poliéster

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Nome: Poliéster é uma fibra química, sintética, originada do petróleo. Fibra sintética composta por ácido tereftálico ou dimetiltereftalato (diácido) e etileno glicol (diálcool). Produz-se um filamento contínuo, transformado através da crimpagem, que o enruga, para então ser cortado até virar uma fibra. Pode ser encontrado em fibra cortada ou filamento contínuo. Foi W.H.Carothers que descobriu que álcoois e ácidos carboxílicos poderiam ser misturados com sucesso para criar fibras. Carothers estava trabalhando para duPont na época e, infelizmente, quando descobriu Nylon, o que atrasou a invençaõ do pliéster. A pesquisa incompleta de Carother não avançou para investigar o poliéster formado por mistura de etilenoglicol e ácido tereftálico. Foram cientistas britânicos, Whinfield e Dickson, que patentearam PET ou PETE em 1941. O tereftalato de polietileno é a base para fibras sintéticas como Dacron, Terylene e poliéster. Em 1950, a propriedade Dealware da duPont fabricou outra fibra de poliéster, que eles chamaram de Dacron. Mais tarde naquele ano, a primeira fibra de poliéster, Terylene, foi criada por Whinfield e Dickson, juntamente com Birtwhistle e Ritchiethey. O Terylene foi fabricado pela primeira vez pela Imperial Chemical Industries ou pela ICI. Principais características e propriedades da fibra: As fibras de poliéster possuem alta elasticidade e são excelentes pela ótima estabilidade dimensional. São termoplásticas, resistentes a ruptura e ao desgaste. Alta resistência as influências da luz e condições climáticas. Alta resistência a insetos nocivos e a formação de bolor. Tem boa resistência aos agentes químicos sintéticos e naturais. As fibras para fio fiado tem tendência a formar “pilling”. Filamentos pobres em “pilling”. Tem aspecto vítreo e muito brilhante. A conservação do calor: texturizadas: ótima; não texturizadas: fraca. A elasticidade é ótima, contudo inferior as fibras de poliamida. Otimamente laváveis e resistentes à fervura. As temperaturas durante a lavagem não devem exceder a 60°C, pois a movimentação da lavagem pode causar amassamento. Boa resistência ao calor seco a 150°C; sensíveis ao calor úmido; resistência térmica momentânea até 200°C; amolecimento de 230 a 249°C e degradação

desde 300°C. Ação longa de vapor e prejudicial ao PES. Plasticidade: ótima estabilidade de forma. No teste de combustão as chamas ficam pardacentas, derretem com tendência a pingar; após a remoção da chama param de arder; na chama provocam muita fuligem. Não são atacados por insetos nocivos e resistem bem ao apodrecimento. A resistência a intempérie é ótima. Tem alta resistência a luz. Utilizada principalmente na produção de camisas, camisetas, pijamas, calças, ternos, lençóis, cortinas etc. Também no segmento de mantas e não-tecidos o poliéster é bastante utilizado em aplicações como entretelas, enchimento de agasalhos e edredons (isolante térmico), além de outras aplicações não têxteis (filtros, mantas impermeabilizantes etc...).


Aspecto longitudinal e secção transversal do poliéster:



química - sintética - poliamida

POLIAMIDA .PA


A poliamida é uma fibra química, sintética. Obtida pela polimerização de aminoácidos ou pela condensação de dicarboxálicos. Pode ser utilizada pura ou com outras fibras.

diaminas

com ácidos

Tipos de fibras: Lycra. Spandex, Lycra ou elastano é uma fibra conhecida por sua elasticidade excepcional. É mais forte e mais durável do que a borracha natural. É um copolímero de poliéter-poliureia que foi inventado em 1958 pelo químico Joseph Shivers no Laboratório Benger da DuPont em Waynesboro, Virgínia. Quando introduzido em 1962, revolucionou muitas áreas da indústria da confecção. Misturando com outras fibras pode se obter também outras duas fibra a Emana e Emni. Principais características e propriedades são: Filamentos normais, redondos, com aspecto levemente vítreo. A fiação pode ainda ser alterada pelo uso de produtos para opacisar (deslustrar) ou pela criação de uma seção transversal perfilada, como por exemplo a trilobal. A conservação do calor é boa. A elasticidade e a resiliência são elevadas. Sobre a lavabilidade: as fibras PA(s) soltam a sujeira com facilidade; deve-se evitar a secagem ao sol, pois as fibras amarelecem. A temperatura de passar a ferro é de 120 a 140°C. Não apodrecem, resistem ao bolor e a insetos. Tem grande resistência as intempéries. Baixa resistência a luz. Elas aceitam mudança de forma termoplástica com temperaturas adequadas, por exemplo: pregas, frisagem e fios texturizados. PA 6: de grande maciez, considerável grau de absorção de umidade e ótima resistência a abrasão. PA 6.6: menor maciez, alta resistência a abrasão e a temperatura. PA 6.12: mais confronto que os outros dois tipos. Tendência das fibras para fiação de formar o “pilling”. A alta resistência a ruptura dificulta a remoção dos “pillings”. Fibras PA acumulam alta carga eletrostática quando a umidade relativa do ar e inferior a 50%. Durante o período da Segunda Guerra foi utilizada para fabricação de pára-quedas e outros artefatos de guerra. Tecidos de malha apropriados para a confecção de meias, roupas de banho (maiôs, sungas), moda íntima (lingerie) e artigos esportivos.

Aspecto longitudinal e secção transversal da poliamida.


ARAMIDA

química - sintética - aramida (poliaramida)


A aramida (poliaramida) é uma fibra química, sintética, derivada do Nylon – poliamida. Em meados da década de 1930, vários cientistas da DuPont Chemicals liderados por Wallace Carothers estavam secretamente escrevendo seus nomes nos livros de história através de um protótipo de polímero conhecido então como “fibra 6-6”. Sua equipe originalmente se propôs a pesquisar aplicações comerciais para polímeros, que são grandes moléculas de “blocos de construção” que agora são usadas em tudo, desde tênis até Cds. Carothers e companhia fabricaram o polímero combinando hexametilenodiamina, uma substância cristalina que se liga facilmente com ácidos e ácido adípico. Eles então puxaram os fios da mistura e os giraram em fio de plástico usando um processo chamado desenho frio. Três anos depois, as instalações de produção da DuPont foram capazes de girar até 12 bilhões de libras por ano. A empresa testou inicialmente nylon nas escovas de dentes, mas eventualmente se concentrou em tocar no mercado de meias para mulheres. Derivada do Nylon – poliamida possui uma outra fibra, o Nomex. Características e propriedades das fibras: Tem uma elevada tenacidade, ou seja, é uma fibra forte. Resistência ao calor. Tem baixo alongamento. Durabilidade incomparável. É resistente a forte impacto. É utilizada para fins militares, como os compostos balísticos ou de pessoal de proteção, e na indústria aeroespacial. Roupas de trabalho termoresistente, tapeçaria, tecidos industriais, cordas, coletes a prova de bala.

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química - sintética - acrílica

PAC ACRÍLICA


A fibra acrílica é uma fibra química sintética, obtidas por síntese de produtos extraídos do carvão, petróleo e cálcio. Pode ser utilizada misturada a outras fibras. Principais características e propriedades são: A conservação do calor é altíssima, em especial em fios de fibras para fiação. A absorção de umidade e intumescimento é reduzido, a taxa de absorção da água é de 2 a 2,5 %. Os acrílicos são, portanto, hidrófobos o que confere uma grande estabilidade as propriedades dinamometricas relativamente ao molhado, assim como uma secagem rápida. A dilatação na água é praticamente nula. Sobre a lavabilidade: solta sujeira com facilidade, preferência por água fria; em altas temperaturas o movimento da lavagem pode causar deformação. É possível fazer limpeza química. O comportamento térmico é firme até calor contínuo de 140°C. As fibras acrílicas acumulam facilmente as cargas de eletricidade estática. Não se deve ultrapassar 150°C para passar a ferro; usar pano úmido para passar a ferro. No teste de combustão elas queimam e carbonizam, deixando bolinhas duras e pretas. Possuem resistência a ruptura bastante alta para artigos têxteis. Reduzida absorção de umidade e intumescimento, secam depressa. São resistentes ao calor de irradiação. Aspecto e toque de lã, mas pesam pouco, conservam bem o calor, resistem ao amassamento e tem ótima resistência a luz e a intempéries. São dignas de menção a alta capacidade para encolher de um lado e a solidez da forma de fibras encolhidas de outro. Utilizada comumente para artigos/roupas de inverno, cortinas, toalhas de mesa, vestimentas de malhas (sueter, jersey), tecidos técnicos e industriais, bem como velas para navio, toldos, barracas e lonas, carpetes, cobertores, tecidos felpudos (pelúcia) que imitam peles, tecidos agulhados, etc.


POLIPROPILENO .PP química - sintética - polipropileno


O polipropileno é uma fibra química, sintética.Obtida pela polimerização do propeno. É um termoplástico que gera 3 subprodutos na indústria têxtil, a ráfia, fibra cortada e filamento contínuos. Os químicos J. Paul Hogan e Robert Banks, da empresa Philips Petroleum, foram os primeiros polimerizar o propileno em 1951. O polipropileno é o segundo plástico mais importante, com receitas que deverão exceder US $ 145 bilhões até 2019. As vendas desse material deverão crescer a uma taxa de 5,8% ao ano até 2021 As principais características e propriedades são: Tem aspecto levemente vítreo. A conservação do calor é ótima. A absorção de umidade praticamente não existe. O intumescimento não existe. Laváveis só a temperaturas inferiores a 70°C. Encolhimento de 4 a 8% em 70°C; encolhimento de 10 a 15% em 100°C; amolecimento de 140 a 165°C. Ponto de fusão de 165 a 175°C. São moldáveis por termo plasticidade. A forma fixada conserva-se muito bem a temperaturas normais. Fibras termofixadas apresentam igualmente solidez ao encolhimento. Não são atacadas por insetos nocivos. A solidez a luz é reduzida e um pouco melhor quando se adicionam agentes de proteção contra a luz. As fibras de PP têm boas propriedades físicas e mecânicas, com ótima elasticidade, reduzida tendência ao “pilling” e boa estabilidade da forma, desde que termofixados. Boa dureza superficial, boa tenacidade, baixíssima absorção de umidade, ótima resistência aos agentes químicos sintéticos e naturais, ótima resistência aos solventes em temperatura ambiente e boa resistência a óleos e graxas. Possuem a menor densidade, oferecem dificuldade ao tingimento, e pouca estabilidade a luz e as condições climáticas. Além disso, são sensíveis a influência de grande calor. A ráfia é usada em sacaria trançada, tecidos para enfardamento e base para tapetes tufados. Já os filamentos contínuos são mais utilizados para embalagens de hortifrutigranjeiros, cordas e outros artigos têxteis, como os de inverno e linhas. Também é utilizada na indústria automobilística.

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Secção transversal do polipropileno.


POLIETILENO .PE química - sintética - polietileno


O polietileno é uma fibra química, sintérica. Obtido através da polimerização do etileno. O polietileno é um polímero. Os filamentos mono de polietileno foram produzidos comercialmente em pequena escala por extrusão de fusão convencional e desenho de polímeros feitos pelo processo de polimerização de alta pressão, começando durante a Segunda Guerra Mundial. O polietileno é um material duro, rígido, forte e dimensionalmente estável que absorve muito pouca água. Possui boas propriedades de barreira de gases e boa resistência química contra ácidos, graxas e óleos. Pode ser altamente transparente e incolor, mas as seções mais grossas são geralmente opacas e esbranquiçadas. O polietileno também tem boas propriedades auto-extinguíveis e resistência contra o ultravioleta. O polietileno é obtido pela polimerização de etano. A polimerização de coordenação catiónica, a polimerização por adição aniônica, a polimerização radical e a polimerização iónica são os diferentes métodos pelos quais o polietileno pode ser produzido. Todo método dá diferentes tipos de polietileno. As propriedades mecânicas do polietileno dependem do peso molecular, do agrupamento de cristais e da ramificação.

inúmeros fins e propósitos. Alguns deles são: cabos, cordas, redes, tecidos filtrantes, tecidos industriais, toldos, embalagens plásticas, garrafas.

As principais características e propriedades da fibra são: A fibra de polietileno tem uma seção transversal redonda e tem uma superfície lisa. A acumulação de umidade de polietileno é praticamente nula e, portanto, a umidade não afeta as propriedades mecânicas das fibras. É necessária uma maior energia para quebrar por causa do módulo específico e alta força específica. O polietileno é insolúvel na maioria dos solventes orgânicos comuns à temperatura ambiente.As fibras de polietileno têm um alto grau de resistência a ácidos e álcalis em todas as concentrações mesmo a altas temperaturas.Muita resistência ultravioleta.A fibra é geralmente inerte e é resistente a uma ampla gama de produtos químicos a temperaturas comuns. Eles são atacados por agentes oxidantes.Excelente resistência elétrica e química. Muito boa resistência à abrasão. A gravidade específica é de 0.92; a tenacidade é 1.0-1.5 gpd; o alongamento na quebra é de 45 a 50%; a força de tração psi é de 15000. Utilizada em vários setores industriais, com

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E L A S T A N O .P U E quĂ­mica - sintĂŠtica - elastano


O elastano é uma fibra química, sintética. Obtida a partir do filamento sintético de poliuretano, obtido do etano. É mais forte e durável que a borracha, seu principal concorrente. Ele foi inventado em 1959 por Joseph Shivers, da DuPont. Quando foi colocado no mercado o Elastano revolucionou muitas áreas da indústria de vestuário. Ele também é conhecido como spandex (nos EUA e Austrália). As fibras elastoméricas são de elevado custo e entram em proporções reduzidas nas misturas com outras fibras (principalmente com algodão ou náilon), conferindo aos tecidos maior elasticidade, o que permite a confecção de peças de vestuário que aderem ao corpo sem lhe tolher os movimentos; Os elastanos são amplamente utilizados na produção de roupas de praia, peças íntimas, trajes esportivos e meias. A DuPont criou esta fibra e nomeou de Lycra, ainda é a maior produtora e comercializadora. Sua notáveis propriedades de alongamento e recuperação enobrece tecidos, adicionando novas dimensões de caimento, conforto e contorno das roupas. Pode ser esticado quatro a sete vezes seu comprimento, retornando instantaneamente ao seu comprimento original quando sua tensão e relaxada. Resiste ao sol e água salgada, e refém sua característica flexível no uso e ao passar do tempo. Um tecido de uso comum não é feito de 100% Lycra, ele é utilizado em pequenas quantidades, sendo sempre combinado com outra fibra, natural ou sintética. Qualquer que seja a mistura, o tecido concebido com Lycra ira sempre conservar a aparência e toque da fibra principal. Para preservar os visuais e características tácteis por completo quando o elastano é adicionado a estes tecidos, ele e envolvido por outros fios e fibras que contem estas características. Por isso, um jeans-Denim com Lycra tem o mesmo aspecto de outro Denim. A Lycra se torna mais fina quando esticada, o que faz particularmente atrativo para meias transparentes (femininas), por exemplo. Dentre as mais importantes aplicações para o fio nu estão as malhas circular para roupa intima, top de meias, tecido canelado para punhos e cinturas, tecidos para praia e esportes ativos e algumas construções de meias. Principais características e propriedades são: Alongamento de mais de 500%. Capaz de recuperar o comprimento original mesmo após ciclos repetidos de alongamento e retração. Leve (mesma força de retração com título mais baixo que a borracha). Maior resistência a produtos químicos que a borracha. Tem baixa resistência e perde propriedades quando em contato com produtos oleosos. Perde resistência em temperatura elevada. Boa resistência a produtos químicos. Confortável. Usado sempre com outras fibras. Baixa resistência e perda de propriedades com substâncias oleosas. Persa de resistência com temperaturas elevadas. Utilizada na fabricação de roupas de praia, peças íntimas, trajes esportivos e meias.


VIDRO .GL química - sintética - vidro

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A fibra do vidro é uma fibra química, sintética. Obtida a partir da extrusão de vidro fundido. Composto por pequenos filamentos de vidros flexíveis com resina. Tipos de fibras: lã de vidro.

Principais características e propriedades da fibra: A lã de vidro, além de ser um excelente isolante térmico e acústico, apresenta diversas vantagens adicionais: é muito leve, não é inflamável, aumentando muito a segurança dos edifícios onde é aplicada, e, por ser de vidro, é extremamente durável. As fibras de vidro possuem grande resistência mecânica, química e térmica, são de grande dureza, mas quebradiças. A resistência desta fibra a tração em seco está compreendida entre 130 - 155 (Kg/mm2) e a resistência em úmido entre 85 - 95 (Kg/mm2). A densidade desta fibra é de 2,6 g/cm3. As principais características dos tecidos de fibra de vidro são a não inflamabilidade, a não absorvência, a impermeabilidade e a resistência. O mais recente e importante desenvolvimento das fibras de vidro para uso industrial é o cordão de pneu. A fibra pode ser utilizada para a produção de cordão para pneus, cortinas, entre outras coisas.

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Aspecto longitudinal e secção transversal do vidro.

A lã de vidro é um material isolante feito de fibras de vidro dispostas usando um aglutinante em uma textura semelhante à lã. O processo atrai muitos pequenos bolsos de ar entre o vidro e estas pequenas bolsas de ar resultam em altas propriedades de isolamento térmico. A lã de vidro é produzida em rolos ou em lajes, com diferentes propriedades térmicas e mecânicas. Também pode ser produzido como um material que pode ser pulverizado ou aplicado no lugar, na superfície a ser isolada. O método moderno para produzir lã de vidro é invenção do cientista Games Slayter na empresa Owens-Illinois Glass Co. (Toledo, Ohio). Ele registou a patente para um novo processo de fabricação de lã de vidro em 1933.


CARBONO .C A R química - sintética - carbono


A fibra de carbono é uma fibra química, sintética. Obtidas da pirólise(transformação por aquecimento) de carbonáceos. Geralmente utilizados misturados a outros materiais Principais características e propriedades da fibra: Em todos os desportos de competição que a fibra de carbono tem dado resposta à necessidade e procura constante de materiais cada vez mais leves e mais resistentes. Utilizada na produção de motores de naves espaciais, materiais plásticos reforçados por fibra de carbono são utilizados na indústria aeronáutica (na fabricação de peças das asas), na indústria das bicicletas na construção de todo o tipo de peças desde quadros, guiadores, selins, rodas e até mesmo travões de disco em fibra de carbono e transmissões; na fórmula 1 e nas superbikes a estrutura principal das máquinas é de fibra de carbono.

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química - sintética - metal


A fibra do metal é uma fibra química sintética que se origina do ouro e da prata.Pode ser produzido por laminação (Consiste em selar uma camada de alumínio entre duas de poliéster ou filmes de acetato, então são cortados e enrolados em bobinas de fios) ou moralização ( metal é aquecido até se transformar em vapor, então é colocado em filmes de poliéster com alta pressão). O metal forma também uma outra fibra chamada Lurex. Características e propriedades das fibras: Os metais são ótimos condutores de eletricidade, sendo, em razão dessa propriedade, muito utilizados em fios elétricos. São bons condutores de térmicos. Normalmente são densos, em virtude das estruturas compactas dos retículos cristalinos. Pontos de fusão e ebulição altos. Os fios metálicos são muito resistentes às forças que se aplicam sobre eles ao serem puxados ou alongados. Isso ocorre porque a intensidade da ligação metálica é muito elevada e difícil de romper. Em virtude dessa propriedade, esses metais são aplicados em cabos de aço de elevadores ou de veículos suspensos (como o bondinho do Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro) e em vergalhões de aço colocados dentro de estruturas de concreto armado em pontes e edifícios. Maleabilidade é a capacidade de moldar os metais em lâminas finas, por martelar o metal aquecido ou passá-lo por cilindros laminadores; e a ductibilidade é a transformação de fios por fazer o metal passar por furos sob aquecimento. Essas duas propriedades resultam do fato de os átomos dos metais poderem “escorregar” uns sobre os outros. As chapas ou lâminas metálicas são muito usadas na produção de veículos, trens, aviões, navios, geladeiras, embalagens de alumínio, decoração, bandejas, etc. Já os fios são usados na confecção de cabos, arames e fios elétricos. Os fios metálicos feitos de prata e ouro, eram usados na decoração das roupas e dos cortinados da realeza.

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química - sintética - inox


A fibra de Inox é uma fibra química, sintética produzida a partir de filamentos extremamente finos de aço inoxidável. Podemos classificar o aço inox nos grupos: ferríticos, austeníticos, martensíticos, endurecíveis por precipitação e Duplex. Principais características e propriedades da fibra: O aço inoxidável é uma liga de ferro e crómio, podendo conter também níquel, molibdénio e outros elementos, que apresenta propriedades físico-químicas superiores aos aços comuns, sendo a alta resistência à oxidação atmosférica a sua principal característica. Alta resistência à corrosão; resistência mecânica adequada; facilidade de limpeza/baixa rugosidade superficial; aparência higiénica; material inerte; facilidade de conformação; facilidade de união; resistência a altas temperaturas; resistência a temperaturas criogénicas (abaixo de 0°C); resistência às variações bruscas de temperatura; acabamentos superficiais e formas variadas; forte apelo visual (modernidade, leveza e prestígio); relação custo/benefício favorável; baixo custo de manutenção; material reciclável; de boa fabricação; a densidade média é de 8000 kg/m³. É aplicado em equipamentos de proteção e vestimentas em geral, aumenta a resistência do tecido e confere características anti-estáticas, além da resistência a alta temperaturas (usado nas brigadas de incêndio), usado em luvas, e até em tecidos inteligentes para condução de eletricidade.

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Filamentos muito finos produzidos a partir de acrílico, poliéster ou naylon. Através de aquecimento filamentos de poliéster ou poliamida se acoplam a outros. Características e propriedades das fibras: Extrema finura dos filamentos, seu peso é, em média 0,5 gramas por 10.000m. Quanto mais fino é o filamento, menos resistência à flexão. Número elevado de filamentos: de 5 a 10 vezes superior, em média, ao número de filamentos de um fio standard do tipo 165/34 dtex. Tem toque extremamente macio por ser composto de filamentos mais finos, oferece menor resistência quando tocado. Esta maior flexibilidade produz uma sensação tátil mais macia. Um número muito maior de filamentos provoca na superfície sulcos menos pronunciados entre os fios, por uma melhor acomodação dos filamentos. Estes sulcos menores proporcionam um toque mais macio ao deslizar este tecido na nossa pele, em nosso corpo. Para uma mesma densidade de fios, é fácil perceber que o maior número de filamentos pode proporcionar uma superfície com mais poder de cobertura, provocada pela superposição dos filamentos. Essa cobertura é percebida pela interrupção da passagem de luz, não implicando em interrupção da passagem do ar ou vapor. Permeabilidade ao vapor d’água: quanto maior for a área (de microfilamentos) do tecido, maior a possibilidade do suor se espalhar e sair. A textura suficientemente fechada (construções adequadas) e a extrema finura dos filamentos confere aos tecidos uma impermeabilidade à água pois as gotas não podem penetrar porque são maiores do que os poros do tecido microfino. Em contrapartida, o tecido deixa passar a respiração corporal. Tem alta facilidade na manutenção, menor tempo de secagem, menor amarrotamento, menor consumo de água na lavagem devido a menor absorção. O toque é suave e macio, permite trocas térmicas, respirabilidade, durabilidade e resistência, solidez às cores, conforto, secagem rápida, bom caimento, estabilidade dimencional, transpiração, obtenção de aspectos visuais diferenciados. É usado em roupas íntimas, uniformes esportivos, camisetas, ternos, calças, vestidos, roupões e cobertores.

MICROFIBRA 133


Secção transversal da microfibra.



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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ ESCOLA DE ARQUITETURA E DESIGN CURSO DE DESIGN DE MODA


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