IGUALDADE DE GÉNERO Linguagem Inclusiva
José Cruz
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Out’11
Não é mais aceitável que as diferenças de sexo, que são biológicas, continuem a conduzir às desigualdades de género, que são sociológicas e se traduzem no desequilíbrio claro de participação dos homens e das mulheres, tanto na esfera pública, como na esfera privada. As diferenças biológicas de sexo são decorrentes da natureza, por isso naturais, em princípio imutáveis e insusceptíveis de se traduzir directamente em discriminação, enquanto as desigualdades de género são socialmente construídas, por isso geradoras de comportamentos discriminatórios e só mantidas num quadro de aceitação social generalizada. CITE (2003)
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Homens e Mulheres no Mercado de Trabalho Homens e mulheres concentram-se em profissões diferentes, sendo muitos grupos profissionais fortemente masculinizados ou feminizados.
São poucas as mulheres, mesmo nos sectores onde a sua presença prevalece, que preenchem os lugares de topo das hierarquias profissionais.
A população activa feminina apresenta menores possibilidades de acesso à formação profissional e aufere remuneração inferior à dos homens (embora, em média, tenha maior qualificação).
No quadro familiar, continua a recair sobre as mulheres a responsabilidade das tarefas domésticas e do cuidado às crianças e outras pessoas em situação de dependência, o que se reflecte numa maior dificuldade de progressão profissional.
As empresas tendem ainda a privilegiar o modelo ideal-tipo de profissional competente, “um indivíduo do sexo masculino, sem responsabilidades familiares”.
A taxa de desemprego feminino é consideravelmente elevada e as mulheres com crianças pequenas trabalham a tempo inteiro em proporção bastante superior à média da EU.
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Feminização e Segregação Sectores de actividade que apresentam maiores níveis de feminização (Fonte: INE – Inquérito ao Emprego – 2006): Serviços pessoais e domésticos (98,6%). Saúde e acção social (81,9%). Educação (75,7%). Segregação horizontal Persiste uma forte concentração da mão-de-obra feminina num conjunto restrito de actividades e profissões, frequentemente associadas a actividades que constituem uma extensão profissionalizada das tarefas tradicionalmente desempenhadas pelas mulheres no contexto do espaço doméstico. Segregação vertical As mulheres continuam afastadas dos cargos dirigentes, mesmo nas profissões mais feminizadas, como é o caso da educação e da saúde. Basta olharmos para os cargos de direcção política e económica para percebermos que as mulheres continuam, um pouco por todo o mundo, fora dos lugares de topo. IGUALDADE DE GÉNERO
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Práticas Organizacionais e Discriminação no Trabalho
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Cidadania Empresarial Cidadania Empresarial e Organizacional - o exercício de um vasto conjunto de direitos e deveres que visam possibilitar aos vários “stakeholders” o seu pleno desenvolvimento através do alcance de uma igual dignidade social e económica, respeitando o ambiente. Comportamentos de Cidadania Organizacional – São comportamentos discricionários, não directa ou explicitamente reconhecidos pelo sistema de recompensa formal, não exigidos formalmente pelo papel ou descrição do cargo e que, agregadamente, promovem o funcionamento eficaz da organização. (Cunha, M. et al.:2007) – “Manual de Comportamento Organizacional e Gestão” – Editora RH A Responsabilidade Social das Empresas é, essencialmente, um conceito segundo o qual as empresas decidem, numa base voluntária, contribuir para uma sociedade mais justa e para um ambiente mais limpo. Ser socialmente responsável não se restringe ao cumprimento de todas as obrigações legais – implica ir mais além através de um “maior” investimento em capital humano, no ambiente e nas relações com outras partes interessadas e comunidades locais.
(Livro
Verde “Promover Um Quadro Europeu para a Responsabilidade Social das Empresas” – Comissão Europeia (2001) IGUALDADE DE GÉNERO
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A IG no quadro da Responsabilidade Social das Empresas “A Igualdade de Género acelera o crescimento, reduz a pobreza, melhora a governação e favorece o respeito pelos direitos fundamentais” (OCDE:2002) A nível interno
A nível externo
Capitalização dos recursos
Potenciação de competências e conhecimentos dos seus RH, pela inclusão de todas e todos.
Inovação e criatividade nos produtos e soluções disponibilizadas a clientes e ao mercado.
Fidelização e Motivação
Retenção dos/as trabalhadores/as. Contribuição para um melhor ambiente de trabalho. Aumento da motivação.
Atracção e retenção de capital humano. Confiança e credibilidade perante o mercado e a comunidade.
Produtividade
Redução do absentismo. Maior satisfação de trabalhadores e trabalhadoras
Factor de competitividade pela maior rentabilização dos recursos
Reputação e Imagem
Maior transparência na relação com trabalhadores e trabalhadoras e suas organizações representativas.
Reconhecimento pela promoção de boas práticas de IG no quadro da Responsabilidade Social. Aumento da notoriedade e valor da marca.
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Boas Práticas nas Organizações
Formação nas diferentes áreas da Igualdade de Género (por exemplo, na Linguagem Inclusiva).
Flexibilidade de horários (semana de trabalho comprimida, partilha de empregos a tempo inteiro, emprego a meio tempo, etc.).
Flexibilidade do espaço de trabalho (por exemplo tele-trabalho).
Abertura ao debate de problemas, criação de espaços onde possam ser debatidas questões pertinentes.
Promover a igualdade de oportunidades para atingir cargos de gestão de topo.
Treino e formações que permitam uma igualdade de oportunidades de carreira para homens e mulheres.
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Boas Práticas nas Organizações
Oferta de equipamentos e serviços sociais.
Apoios às famílias (benefícios como dias de folga para mães e pais, ou benefícios materiais/económicos, planos especiais de maternidade e paternidade).
Criação de espaços de lazer e relaxamento.
Planos médicos para o empregado e a sua família.
Promover a distribuição igualitária de ambos os sexos por todos os postos de trabalho, mesmo aqueles que tradicionalmente são ocupados um dos sexos.
Aplicação de outras práticas inovadoras de Igualdade de Género e de conciliação da vida profissional e pessoal.
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Igualdade de Género
Só a diferença de sexo é “natural”. A desigualdade decorre de uma construção social e, por isso, é mutável. Há que retirar da invisibilidade ou do equívoco as questões da Igualdade de Género, sensibilizando as pessoas para mudarem os seus próprios comportamentos e promoverem a igualdade na sua esfera de influência.
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Igualdade de Género A Igualdade de Género corresponde à ausência de assimetrias entre mulheres e homens em todos os indicadores relativos à organização social, ao exercício de direitos e de responsabilidades, à autonomia individual e ao bem estar. Pressupõe o igual reconhecimento do valor social dos homens e das mulheres e do respectivo estatuto na sociedade. Implica a participação equilibrada de mulheres e homens em todas as esferas da vida, incluindo a participação económica, política, social e na vida familiar, sem interdições nem barreiras em função do sexo. Sublinha a liberdade que todas pessoas têm de desenvolver as suas capacidades e de fazer as suas escolhas sem as limitações impostas pelos papéis sociais de género e considera, valoriza e trata os comportamentos, aspirações e necessidades das mulheres e dos homens de igual forma.
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Ficha de Actividade nº 1 (Diferenças entre sexo e género) Objectivo: Reflexão sobre o conceito de género. Coloque S ou G, na quadrícula, consoante a afirmação se relacione com o Sexo ou com o Género.
As mulheres passam pela menopausa e os homens pela andropausa. Os homens têm problemas com a próstata e as mulheres com o peito. Os homens são mais infiéis que as mulheres. As meninas brincam com as bonecas e os meninos com carrinhos. As empregadas a dias são mulheres; os homens são mordomos. As mulheres amamentam; os homens dão biberão. As mulheres vão à cabeleireira e os homens ao barbeiro.
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Ficha de Actividade nº 1 (Diferenças entre sexo e género) Solução
As mulheres passam pela menopausa e os homens pela andropausa.
S
Os homens têm problemas com a próstata e as mulheres com o peito.
S
Os homens são mais infiéis que as mulheres.
G
As meninas brincam com as bonecas e os meninos com carrinhos.
G
As empregadas a dias são mulheres; os homens são mordomos.
G
As mulheres amamentam; os homens dão biberão.
S
As mulheres vão à cabeleireira e os homens ao barbeiro.
G
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Educação e Formação para a Igualdade de Género Motivar as raparigas e os rapazes a realizarem opções não tradicionais e a seguirem formações qualificadoras, de maneira a poderem aceder a um leque de empregos mais diversificado.
Encorajar as raparigas a participar, tanto como os rapazes, nos sectores novos e em vias de expansão, quer ao nível da educação, quer da formação profissional.
Favorecer a eliminação dos estereótipos relativos ao sexo, através de acções de sensibilização concertadas, tais como campanhas de informação, seminários, conferências, debates, discussões.
Eliminar os estereótipos que persistam nos manuais escolares e no conjunto do material pedagógico.
Reforçar a percepção positiva das crianças e da juventude relativamente à igualdade entre os sexos. IGUALDADE DE GÉNERO
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Mitos sobre a Feminilidade e Estereótipos
Mito da fragilidade física Mito de não ter capacidade de aprendizagem Mito das bruxas Mito da criação Mito de Adão e Eva Mito “A mulher não tem desejo, nem prazer sexual” Mito “As mulheres não trabalham” … Os mitos servem para manter estereótipos sobre o papel da mulher e do homem na sociedade, justificam comportamentos discriminatórios e oferecem resistência à mudança.
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Estereótipos e Papéis Sociais do Género
Fada do lar… IGUALDADE DE GÉNERO
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A Linguagem
A linguagem é o meio através do qual as distorções sexistas se perpetuam de forma mais incisiva, embora imperceptível. A linguagem, mais do que comunicar ideias, pode caracterizar-se como expressão de uma ordem do mundo, de uma determinada organização de valores e de relações. É extremamente importante conferir uma atenção especial à linguagem, ao que é dito, como é dito e a quem é dito. Podem constituir indicadores a designação do feminino e do masculino ou do universal, a construção do plural, a designação das profissões, a enunciação de características, a própria nomeação directa dos indivíduos.
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A Linguagem e os seus diferentes Significados e Atributos
Homem público… o que intervém publicamente nos negócios políticos Mulher pública...
prostituta
Governante… o que dirige um país Governanta...
a que administra a casa de alguém
Mundano… dado aos prazeres do mundo; cosmopolita Mundana...
mulher dissoluta; prostituta
“Ela é uma galinha, uma vaca, uma piranha, uma baleia, …” para associar ao sexo ou para destacar defeito ou valor negativo. “Ele é um touro, um galo, um garanhão, …” para ressaltar a força ou potência do macho.
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Ficha de Actividade nº 2 (“chuva de ideias”) O “cartoon” retrata uma situação de desigualdade de género. Atente nas duas figuras, procure identificar o contexto, o tipo de relacionamento entre elas e… imagine pormenores do diálogo.
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Ficha de Actividade nº 2 (“chuva de ideias”)
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Orientações para a adopção de uma Linguagem de Género
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Na Construção de uma Linguagem (Inclusiva) de Género
A estratégia de substituição de termos geralmente utilizada noutras línguas obedece a dois princípios fundamentais:
☺ a visibilidade ☺ e a simetria das representações dos dois sexos. Apresentam-se hipóteses estruturantes de solução, agrupadas em dois tipos de recursos:
a especificação do sexo; a neutralização ou abstracção da referência sexual.
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A Especificação do Sexo [ Utilização de formas duplas ]
Utilizar
Em vez de
pai e mãe
pais
filhas e/ou filhos
filhos
enteados e/ou enteadas
enteados
avó e avô
avós
trabalhadores e trabalhadoras estrangeiras ou trabalhadoras e trabalhadores estrangeiros
trabalhadores estrangeiros
o pai solteiro ou a mãe solteira
o pai ou a mãe solteiros
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A Especificação do Sexo [ O emprego de barras ]
Utilizar o/a formando/a o/a aluno/a o/a condutor/a o/a doente o/a contribuinte a/o cliente as/os descendentes os/as estudantes o/a(s) titular(es)
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Neutralização ou Abstracção da Referência Sexual [ Substituição por genéricos verdadeiros ]
Utilizar
Em vez de
A pessoa que requer
O requerente
As pessoas interessadas
Os interessados
A gerência
O gerente
A administração
O administrador
A direcção
O director
O pessoal de limpeza
As empregadas de limpeza
À Presidência do Conselho Directivo
Exmo. Sr. Presidente do Conselho Directivo
À Direcção-Geral
Exmo. Sr. Director-Geral
Requerente
O requerente
Utente
O utente
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Neutralização ou Abstracção da Referência Sexual [ Exemplificação de outros procedimentos]
Utilizar
Em vez de
Quem requerer deve….
Os requerentes devem…
Se alguém requerer deve… Filiação
Filho de
Data de nascimento
Nascido
Naturalidade
Nascido em
Agradece-se a sua colaboração
Obrigado pela colaboração
Vive só
Vive sozinho
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Linguagem - Boas Práticas [ Exemplos de linguagem inclusiva ]
Não usar:
Usar:
O Homem
A Humanidade; o ser humano
Os direitos do homem
Os direitos humanos
Homem/mês
Trabalho/mês
Os adultos
As pessoas adultas
Os descendentes
A descendência
O agredido
A vítima
O titular da conta
Titular da conta
Autor desconhecido
Autoria desconhecida
A utilização da arroba na forma escrita para referenciar os dois géneros, como uma "soma" de a + o (ex: @s funcionári@s).
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Na Construção de uma Linguagem (Inclusiva) de Género A Administração Pública como “motor” - “sites” de Câmaras Municipais
Caro/a Visitante / Amigo(a):
Vereação
Bem-vindo à página da cidade do Porto.
M: 5
Meus caros amigos(as),
Vereação
Aproximam-se tempos difíceis.
M: 3
Caro(a) visitante,
Vereação
Seja bem-vindo(a) ao sítio do Município.
M: 2
;
;
;
H: 8
H: 8
H: 5
Câmaras Municipais - Exercício da Cidadania e Responsabilidade Social
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Anúncios de Emprego e outras formas de Publicidade [ Evitar discriminações em função do sexo - cumprir a Lei]
Os anúncios e todas as formas de publicidade devem ser formuladas de modo a abranger sempre, inequívoca e explicitamente, destinatários de ambos os sexos. As profissões ou postos de trabalho nos anúncios devem ser designados conjuntamente no masculino e no feminino, como, p.ex., Director/Directora, Enfermeiro/Enfermeira ou, na forma abreviada, Director/a; Enfermeiro/a. Nos casos das profissões cuja designação abrange ambos os géneros, deve sempre ser acrescentada a sigla (M/F) à respectiva profissão, para explicitar a igualdade de oportunidades de acesso ao emprego e formação profissional para trabalhadores/as e ou candidatos/as de ambos os sexos, como,
p.ex.:
Economista (M/F), Analista (M/F) ou Jornalista (M/F). Na divulgação de cursos de formação ou outras iniciativas, as acções devem ser designadas pelas respectivas áreas, como, p.ex., “Desenho” ou “Serralharia”, explicitando-se em seguida que a acção se destina a candidatos de ambos os sexos ou pelas profissões com referência expressa de ambos os géneros, como “Desenhador/a” ou “Serralheiro/a”. Excerto do Parecer nº 10/CITE/91
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Programa de Promoção de IG do Supermercado “Girassol” Acções em curso
Subsídio de refeição igual para todas as trabalhadores e trabalhadores. Formação em Igualdade de Género (nesta fase ainda com gerentes e chefias; posteriormente alargada ao universo dos/as colaboradores/as). Flexibilidade de horários. Cumprimento do horário de saída (encerramento do estabelecimento). Dessegregação das funções. Próximo cargo de chefia provavelmente a vir exercido por uma mulher (desde que preencha os requisitos de perfil), através de recrutamento interno. Protocolos (com infantário e clube de saúde). Adopção da Linguagem de Género (a nível interno e externo, com projecção nos clientes e na comunidade local). IGUALDADE DE GÉNERO
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Provérbios e Estereótipos de Género
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Ficha de Actividade nº 3 (Provérbios - reflexão) Objectivo: Analisar como os provérbios criam, mantêm e reforçam os estereótipos de género. Componha os cinco provérbios, ligando, com linhas, a frase da esquerda com a da direita. o homem deve cheirar a pólvora
tiram o homem do seu juízo
para se encontrar o Diabo
nunca metas colher
mulher honrada
não se precisa sair de casa
a mulher e o vinho
a mulher a incenso
entre marido e mulher
não tem ouvidos nem olhos
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Ficha de Actividade nº 3 (Provérbios - reflexão) Solução
o homem deve cheirar a pólvora
a mulher a incenso
para se encontrar o Diabo
não se precisa sair de casa
mulher honrada
não tem ouvidos nem olhos
a mulher e o vinho
tiram o homem do seu juízo
entre marido e mulher
nunca metas colher
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Em conclusão A linguagem é o meio através do qual as distorções sexistas se perpetuam de forma mais incisiva, embora pouco perceptível. A linguagem é um sistema de códigos, que não está acabada, nem fechada. Embora tenha estruturas às vezes muito duráveis, é algo em constante construção e reconstrução. Compreender e integrar a diferença é hoje um desígnio das sociedades mais evoluídas. A comunicação deve ter na base o princípio fundamental da gestão da diversidade e inclusividade.
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Em conclusão
A chave é mudar o paradigma de representação do ser humano, que não é um ente neutro, representado por um homem: é o conjunto das duas formas de se ser pessoa.
Há que lutar pela representação simétrica dos homens e das mulheres.
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Bibliografia •
Abranches, G. e Carvalho, E. (1999) - “Linguagem, Poder, Educação: o Sexo dos B,A,BAs” – Colecção Coeducação – CIG
•
Abranches, G. – “Guia para uma Linguagem Promotora da Igualdade entre Homens e Mulheres na Administração Pública” – CIG (2009)
•
Cervera, J. – “Manual para o Uso Não Sexista da Linguagem” – UNIFEM (2006)
•
Cunha, C. e Sintra, L. (1984) – “Nova Gramática do Português Contemporâneo” - Edições Sá da Costa
•
Martelo, M. (1999) – “A Escola e a Construção da Identidade das Raparigas: o Exemplo dos Manuais Escolares” – Colecção Mudar as Atitudes - CIG
•
Nogueira, C. e Saavedra, L. (2008) – Estereótipos de Género – Conhecer para os Transformar” – ERTE/PTE - Cadernos SACAUSEF III - Ministério da Educação -
•
Nunes, M. – “O Feminismo e o Masculino nos Materiais Pedagógicos – (In)Visibilidades e (Des)Equilíbrios” – CIG (2009)
•
Silva, A. - “A Narrativa na Promoção da Igualdade de Género: Contributos para a a Educação PréEscolar” - CIDM (2005)
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Bibliografia •
“Manual Para a Integração da Dimensão da Igualdade de Género nas Políticas de Inclusão Social e Protecção Social”- Comissão Europeia – Direcção-Geral do Emprego, Assuntos Sociais e Igualdade de Oportunidades – 2008
•
CIG - “Género, Território e Ambiente” (2009)
•
CITE - “Manual de Formação de Formadores/as em Igualdade entre Mulheres e Homens” (2003)
•
CITE - Parecer nº 10/CITE/91
•
INE - “Homens e Mulheres em Portugal – 2010”
•
CIG - Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (www.cig.gov.pt)
•
UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta (www.umarfeminismos.org)
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Obrigado !