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DEZEMBRO 2012

ANO XVII JGNEWS EDIÇÃO 172 DEZEMBRO DE 2012 DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA


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DEZEMBRO 2012

Elias Nogueira

SECOS & MOLHADOS, AGORA EM LIVRO

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Secos & Molhados, em livro Gerson Conrad ex-integrante do emblemático grupo Secos & Molhados em entrevista exclusiva. No dia 23 de maio de 1973, João Ricardo (violões de 6/12 cordas, harmônica de boca e vocal), Ney Matogrosso (vocal), Gerson Conrad (violões de 6/12 cordas e vocal) e Marcelo Frias (bateria e percussão) entram no estúdio "Prova-SP" para gravar o primeiro LP dos Secos & Molhados - acompanhados de músicos e arranjadores de apoio: Sérgio Rosadas (flauta transversal e flauta de bambú); John Flavin (guitarra e violão de 12); Zé Rodrix (piano, ocarina e sintetizador); Willi Verdauguer (baixo); Emílio Carrea (piano), lançado pela gravadora Continental. Resultado: Secos & Molhados fenômeno nacional! Em conversa exclusiva, Gerson Conrad fala sobre seu livro que estará sendo lançado no primeiro semestre de 2013. Sobre o livro - "Fenômeno Meteórico", esse é o nome escolhido para o livro que resolvi escrever narrando aos eternos fãs dos Secos & Molhados, uma versão da real história e trajetória do grupo. Em verdade, minha intenção, ao escrever um depoimento a esse respeito, foi a de esclarecer tantas publicações deturpadas sobre a história do grupo. Resumiria simplesmente como intenção de catástase. Isso tudo começou há aproximadamente nove anos quando o jornal "O Globo" publicou uma matéria com entrevista com Ney, João Ricardo e eu, comemorando trinta anos do mito. Nessa matéria, João, falou absurdos com teor até ofensivos sobre mim e Ney.

EXPEDIENTE Editores Antonio Braga e Jorge Piloto

Como sempre, percebi que minha versão sobre o grupo, assim como a de Ney, eram coerentes. Foi então, que tive a idéia de narrar em um livro, o que chamo da real história do grupo. Narro a história, com uma visão de quem participou, com os pés no chão do advento, contando fatos que nos levaram do ostracismo ao sucesso e, naturalmente ao fim do grupo. Descobri, ao começar a redigir meu texto, um enorme prazer, pois inconscientemente, estava exorcizando quase quarenta anos do estigma Secos & Molhados. Ao contrário de João Ricardo, não fui infeccionado pelo vírus S&Ms. Cito no livro, que João, apesar de toda sua cultura, confundiu a máxima literária que diz: "Não importa a intenção do autor, o que importa é a obra". Uma vez que, João, acredita ser a própria obra. Isso é evidenciado, em

endereços eletrônicos, e-mail, facebook, sites, blogs; você não acha nada com o nome de João, mas, acha como Secos & Molhados. Isso sem citar, que de maneira kamikaze, ele simplesmente "mata o mito" ao insistir em infindáveis lançamentos de CDs com novas formações com o nome de Secos & Molhados. É patético! Logo após a publicação da matéria no jornal O Globo, a revista Isto É, publicou uma entrevista com João, em que mais uma vez, era repleto de absurdos, principalmente a meu respeito. Me foi dado direito de resposta em que terminava como resumo em forma de poema, não publicado na época: Direto Recado "Como diz o velho ditado, em boca fechada, não entra mosquito. E também não gera conflito, que possa

Colaboradores

Rio de Janeiro

Bahia

Nido Pedrosa, Viviane Marins, Elias Nogueira, Alberto Guimarães, Márcio Paschoal, Robson Candêo.

Redação:

Viviane Marins: (22) 8828-0041 (21) 8105-4941 bragaa@gmail.com

Jorge PIloto (71) 8299-5219 claro / 91718911 TIM / 8647-7625 Oi jorge.piloto@yahoo.com.br

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Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores.


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LANÇAMENTOS ESPECIAIS

deixá-los preocupados. Talvez, fosse melhor, deixar que vivesse o mito! Deixem uma só vez, o legado de lado. Já não temos que ser, nem Secos, nem Molhados! Meus caros amigos, esse é meu direto recado". Algum tempo depois, musiquei esses versos, e isso resultou numa canção, com a cara dos S&Ms; tem sido uma das músicas mais aplaudidas em minhas apresentações com meu grupo "Trupi". O público morre de rir ao entender a letra. A partir de então, resolvi produzir um documento sério. Foi então que tive a oportunidade de contato com a Editora Anadarco por intermédio do jornalista Carlos Minuano que tem um selo dentro da editora Contra-Cultura. Entusiasmados com o projeto, a editora sugeriu de que eu gravasse um CD com duas faixas para acompanhar o livro. Gravei a minha versão da obra "Rosa de Hiroshima", uma vez que, não havia gravado como compositor a referida obra, e "Direto Recado" por ser pertinente ao contexto do livro. Minha narrativa é tão concisa quanto a curta trajetória do grupo em sua formação original. Pretendemos, eu e a

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editora conversar com os fotógrafos, Ary Brandi e Mario Luiz Thompson quanto à publicação de fotos do grupo, entre 1973 e 1974; além disso, convidamos alguns jornalistas e amigos que colaborassem com textos sobre suas visões sobre o grupo e à época sob o regime político que vivíamos. Afirmo que minha intenção ao escrever esse livro, foi de esclarecimentos sobre fatos significativos que cercaram a trajetória do grupo, deixando de lado, boatos e fofocas. Nunca pretendi ser escritor, apenas me senti na obrigação de presentear o público que nos mantém vivos em suas memórias.

Capital Inicial na Caixas Especiais Fundição Progresso

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Para celebrar os 100 anos da construção do prédio da Fundição Progresso e 30 anos do movimento cultural que originou sua fundição, a arena da casa recebeu, no sábado 24/11, o grupo de rock brasiliense Capital Inicial. O grupo veio à Lapa para o lançamento do novo álbum "Saturno". O single "O Lado Escuro da Lua", com menos de um mês da sua estreia, já é conhecida do povo e foi cantada pelo público que encheu a casa. Capital Inicial fez um show emocionante com Dinho interagindo o tempo inteiro com o público que respondia com coro em quase todo repertório do show. A banda cumpriu o prometido: desfilou clássicos de sua carreira, mesclando com canções novas. Em 2013 a banda completará 30 anos de estrada e tem no currículo 13 discos de estúdio, três apresentações no Rock in Rio, e uma extensa coleção de prêmios, entre eles o de melhor show. Sob o comando de Dinho Ouro Preto (voz), Fê Lemos (bateria) e Flávio Lemos (baixo) e Yves Passarell (guitarra), é a formação do Capital. Ao vivo eles contam com auxílio luxuoso de jovens músicos: Robledo Silva (teclados, violão) e Fabiano Carelli (guitarra e violão). (Elias Nogueira)

Chega às lojas no início de dezembro o box especial do John Mayer! O pacote traz a discografia de estúdio do cantor e compositor ame-ricano, com exceção ape-nas do recém-lançado "Born and Raised". E

mais: as edições do box incluem faixas-bônus inéditas em disco no Brasil! Em pré-venda na Saraiva: http://sonym.us/fCtbw Também já nas lojas a caixa com três discos de Fafá de Belém. Uma obra quase que completa da artista em seus melhores discos. Como diz na capa da caixa: Álbuns Remasterizados + Arte Gráfica Original. Um presentão aos amantes da cantora. Aliás, as fotos são ótimas.


Gabriel Leite

Zé Canuto

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LANÇAMENTO INSTRUMENTAL

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O Sax de Gabriel Leite em DVD

DVD Gabriel Leite O saxofonista Zé Canuto é o padrinho do saxofonista e flautista Gabriel Leite, Considerado um dos melhores saxofonistas do Brasil, Zé Canuto já dividiu palco com Gal Costa, Simone, Jorge Benjor, Lenine, Cássia Eller, Flora

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Purim, Airto Moreira, Michel Legrand, Orquestra Sinfônica Brasileira e Billy Cobham; também grava com vários artistas da MPB como Caetano Veloso, Chico Buarque, Edu Lobo, Leny Andrade, Milton Nascimento, Gilberto Gil, entre muitos outros. Pois foi Zé quem apadrinhou Gabriel Leite, saxofonista, flautista, clarinetista e compositor da nova geração, que está lançando o DVD "O Melhor Vai Começar" (Selo Lado Esquerdo), no qual desenvolve o projeto de resgatar e valorizar a obra de artistas

nacionais, criando um novo conceito para a música instrumental genuinamente brasileira. No DVD, sucessos de Guilherme Arantes, que fez uma participação especial na gravação cantando duas de suas composições. Durante a gravação, o artista homenageado confessou: "Eu não imaginava que, com tantos anos de carreira, ainda poderia viver momentos tão especiais ao ver um jovem, extremamente talentoso, executando releituras de meus sucessos" - afirmou Arantes. Natural de Cabo Frio, RJ, Gabriel Leite vem construindo sua carreira desde

1998. Desenvolveu seu talento, principalmente, com instrumentos de sopro, entre eles a clarineta e a família dos saxofones, além do violão que o auxilia na harmonização. O jovem talento desponta para o sucesso. Aguardem!!!! www.gabrielleite.art.br


JGNEWS Antonio Braga A MPB COM 70 ANOS OU MAIS... E PRODUZINDO!! DEZEMBRO

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Arlindo Cruz e Roberto Carlos

Especial do Rei Roteiro de Marcelo Saback e direção de Jayme Monjardim, o especial de Roberto Carlos será exibido na noite do dia 25 de dezembro, logo após a novela Salve Jorge. "Reflexões", como será chamado, o programa foi gravado no Citibank Hall, no Rio de Janeiro, e contará com cenas externas - passeio de Roberto pela orla carioca, ao volante de seu carro, passando por alguns cartões postais do Rio. Este ano, os convidados são: Arlindo Cruz (nas canções "Meu Lugar" e "O Homem"), Seu Jorge (em "As Curvas da Estrada de Santos" e "Amiga da minha Mulher"), Michel Teló (em "Ai se eu te Pego"), as Empreguetes da novela Cheias de Charme (em "É Meu, É Meu, É Meu") - com as personagens Cida (Isabelle Drummond), Rosário (Leandra Leal) e Penha (Tais Araújo); a malvada Chayene, vivida pela atrizes Cláudia Abreu e Titina Medeiros, vestida de Socorro. Outro convidado é o DJ Memê que fez remix de antigos sucessos do Rei.

RRRoberto com as Empreguetes, Chayene e Socorro. Com Michel Teló, em estúdio. E, com Seu Jorge, no palco.

Paulinho da Viola /70 anos "Sinal fechado", "Argumento", "Dança da solidão", "Foi um rio que passou em minha vida" - "Timoneiro", composta ao lado de seu grande parceiro, Hermínio Bello de Carvalho, são apenas alguns dos sucessos de Paulinho da Viola que faz 70 anos e começa sua jornada de apresentações para comemorar sua carreira vitoriosa. Acompanhado por Cristóvão Bastos, no piano, Dininho Silva, no baixo, Celsinho Silva, no pandeiro, Hércules Nunes, na bateria, além de Esguleba, na percussão, Mário Sève, nos sopros e do filho do cantor, João Rabello, no violão de seis cordas e das cantoras Cristina Buarque, Muiza Adnet e Beatriz Rabello os shows partirão para terras distantes como New York, no Carnegie Hall, no dia 28 de novembro; dia 11 de dezembro, estará no Teatro Coliseo, em Buenos Aires, na Argentina. A partir de março de 2013, o artista inicia uma nova turnê nacional, que vai percorrer as principais capitais do país. Paulo Cesar Baptista de Faria nasceu em 1942, no Rio de Janeiro, e foi criado em casa de vila em Botafogo, na zona sul. A história musical de Paulinho da Viola teve início com seu pai, o violonista Benedicto César Ramos de Faria, conhecido como César Faria, músico do lendário conjunto "Época de Ouro", considerado o maior grupo de choro da história ainda em atividade. Nos ensaios familiares do conjunto, Paulinho conheceu Jacob do Bandolim e Pixinguinha, entre muitos outros músicos que se reuniam para fazer choro e, eventualmente, cantar valsas e sambas de diferentes épocas.

Caetano Veloso, Novo Novo sim. Poucos setentários conseguem produzir tão bem como se estivéssem no magnânimo auge de suas carreiras Caetano consegue essa proesa. Seu novo disco está recheado de caviar e outras iguarias nobres, como a Bossa Nova, mais nova do que nunca. Coisa de quem não se cansa de pensar, de produzir, de amar.


guga machado mafagafo jazz

GUGA MACHADO

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LANÇAMENTO INSTRUMENTAL

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Há anos faço resenhas de lançamentos fonográficos - poucos me surpreenderam a ponto de me animar e escrever algo melhorzinho, digamos assim. Alguns anos atrás, lancei um CD autoral chamado 'Trilhas, Temas, Efeitos e Barulhos Interessantes', disco não comercial, porém produtivo para quem trabalha na área de sonorização. Vendi tudo. Ótima experiência. Fiquei de produzir um outro, o 2. Não fiz. Pura preguiça, embora o resultado financeiro tenha sido satisfatório. Agora me chega às mãos um disco que gostaria de ter feito, mas certamente não o faria melhor. Trata-se do CD Mafagafo Jazz, do percussionista Guga Machado. Um trabalho de extremo bom gosto que utiliza a linguagem comum a todos os povos, a música, para fazer a alma viajar em paisagens nunca antes visitadas. Não conheço Guga pessoalmente, nunca nos falamos, o que sei é que sua percussão é ímpar e não consigo imaginar mais ninguém tocando com tal sensibilidade. Carron, Djambe e outros tambores soam como coisas advindas de um outro universo, e é outro universo, um mundo todo dele. Excelente trabalho, que vale a pena ser conferido pelos cineastas, pelos diretores de novelas, e por todos os amantes da música instrumental. Como não tenho nenhuma referência do artista, procurem Guga Machado no Facebook, ou no Youtube. Esse disco vai longe!!!


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COMENTÁRIOS DE MÁRCIO PASCHOAL

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TAMBOR-DE-MINA, GERSHWIN, MARACATU E BOLERO CD's Marítima, Drama'n jazz, Ruta 9 e Carnaval Perneta

São Luís "Upaon Açu" é uma canção meio reggae, meio tambor-de-mina; ou a ótima "Flor de Brasília", parceria com sua conterrânea Flavia Bittencourt, em belo dueto; ou "Fina flor", em choro de sanfona (Rui Mário) e flauta (Isabelle Pares). A versão de "Cri du Coeur", de Jacques Prévert, é um acerto do disco, que merece um olhar (ou ouvido) mais atento.

No seu primeiro trabalho, o CD "Arrebol", produzido por Vinicius Cantuária e gravado em Nova Iorque, e depois em "Açaí", a maranhense, radicada há mais de dez anos em Paris, Aline de Lima, vem com seu "Marítima". Misturando toques de folclore de sua terra, com mpb e sotaque francês, Aline desfila sua voz firme e meio grave em composições autorais, algumas que merecem destaque. O primal nome da cidade de

Ouço "Drama'n Jazz" da talentosa Alessandra Maestrini. O que pode um sucesso global... seleção de Nelson Motta, arranjos de João Carlos Coutinho e Mu Carvalho, Jorge Helder, Lula Galvão etc. A voz de Alessandra, soprano, mais para

Tete Spínola, às vezes irrita. Mesmo assim, muita coisa se salva, mormente quando ela não resolve no final mostrar extensão vocal. Deve dar vontade de mostrar que é bem mais que uma atriz de homor. Compreende-se. O disco, na sua maior parte, funciona muito bem como musical, mas acho que falta tempero, como na música do Brown (o James, pls) "I feel good". Totalmente compensada na adaptação para "Sansão e Dalila" (mon coeur s'ouvre a ta voix). A versão barrywhitiana de "Deixa estar", de Tim Maia, em dueto com Thiago Abravanel, agrada. Não poderia faltar um Gershwin, em que a cantora aproveita bem e mostra domínio de voz ("The man I love"). Um CD bem acabado (destaque para o encarte de Gringo Cardia e as fotos de Bob Wolfeson), de uma cantora pronta,

acompanhada de boas músicas e alguns bons arranjos. Um pouco de cultura outsider não faz mal a ninguém. Grata surpresa com a cantora argentina Florencia Bernales. Depois do bem-vindo 'Interior', de 2007, Florencia ataca com seu "Ruta 9". Alguns achados como a que abre o CD, "Negra Maria", uma rumba comedida de Lucio Demare e Homero Manzi, ou o bolero "Una larga

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DEZEMBRO 2012 noche", de Chabuca Granda. Do folclore amazônico, a cantora retira o "Boi ao contrário". Na espanhola "Gato panza arriba", a dolente guitarra de Juan Falú. Impossível ficar imune ao tondero piurano do Rio Piura, ao cajón e las palmas. Palmas para Florencia. O disco "Carnaval de Perneta" do carioca Daniel Marques traz dez composições autorais, passeando por ritmos que vão do maracatu e frevo ao forró, em que se destaca o viés percussivo do violão de sete cordas do carioca Daniel, líder da Orquestra Frevo Diabo, que já havia ganhado o "Prêmio da Música Brasileira" (2010). Neste seu disco-solo, o violonista e o ar tista são bemintencionados. O primeiro, competente, e o segundo,

digno de nota, atreve-se ao risco. Aqui não se discute a originalidade, não chego a tanto. Em "Carnaval de Perneta" (ótimo título) percebem-se passagens excelentes, mas, no contexto geral, é um pouco maçante. Afirmo, sem a convicção, já que ficamos à mercê de nosso gosto pessoal. Por isso, tenho medo de fazer um juízo medíocre, precipitado e, talvez, fadado ao óbvio, já que toda novidade assusta, expulsa, incomoda. Mas, na minha idade, acho que não há mais tempo nem esperança para novas descobertas. Pelo menos as sonoras. O violão dele é esquisito (nervoso e desvairado , como me dizem na contracapa). As surpresas, no entanto, não bastam ser somente

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surpresas, há que se encantar, seduzir. E tal química, nosso Daniel não consegue alcançar na maioria das faixas. Quando tenta ser mais suave, parece obter melhores resultados. A aspereza não me anima. As sincopadas predispõem a uma espécie de caos nos acordes. Incomoda mais que de-

sagrada. Mas tem classe e por vezes enleva, mesmo em repetições rítmicas meio angustiantes. Enfim vale conferir, mormente quem é atraído por novidades e, em particular, aos especialistas do instrumento que, poderão, melhor do que eu, chegar a uma conclusão: inovação ou maluquice.

Contato: (21) 3332-8673 3464-0380


JGNEWS Nido Pedrosa / Correspondente Nordeste MERCADO MUSICAL NORDESTINO

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SAMBULUS & RETRATOS Os Pianos de Luana Mariano e George Aragão Prezados leitores, a 'Coluna MMN' antes de falar a respeito dos maravilhosos e magníficos trabalhos de dois grandes artistas, deseja a todos, um Ano Novo repleto de muitas criações, produções, muitas músicas e grandes sucessos... Saúde, paz e realizações... FELIZ 2013. São os nossos sinceros votos! Luana Mariano, é pianista clássica por formação, nasceu em São Paulo-SP e participou de inúmeros concursos de piano, tanto no Brasil, quanto no exterior. Foi amplamente premiada e como exemplo, podemos citar o concurso promovido pela H. Stern: 'Em Busca do Pequeno Mozart'. Luana começou a estudar piano com apenas 2 anos de idade e tinha como professores, Antonio Bezzan; Lina Pires de Campos; Gilberto Tinetti e Linda Bustani. Aos 11 anos, participou do 'Festival de Inverno de Cam-

pos do Jordão (1992)', sob direção do Maestro Julio Medaglia e ficou com o título de bolsista mais jovem na história do Festival, recorde que é mantido até hoje. Aos 15 anos, recebeu bolsa de estudos para aperfeiçoamento técnico em piano clássico; foi estudar em Viena e Áustria, onde finalizou sua educação e formação musical, depois, foi convidada para se apresentar em diversos recitais. Ao retornar ao Brasil, Luana

diversificou sua atuação na área musical, unindo sua técnica no estilo Clássico ao Jazz, ao Blues, ao canto e ao som da guitarra de Caesar Barbosa - um guitarrista, que aos 17 anos integrou a banda de Ras Bernardo, vocalista e fundador do grupo Cidade Negra; tocou com o Farofa Carioca (de onde surgiu Seu Jorge) por 7 anos e participou de turnês nacionais e internacionais. Caesar, em 2007, foi eleito melhor guitarrista

do país pelo site italiano, especializado em música brasileira: 'MusiBrasil' e em 2008, esteve presente na turnê européia integrando a banda da cantora Elza Soares... Isso é uma pincelada, só para se ter uma idéia da qualidade do trabalho deste super músico. Juntos, Luana e Caesar criaram o 'Projeto SambuluS', que teve seu primeiro álbum de estréia, sob o título: 'Up From the Skiem' lançado em 2010... Uma homenagem ao lendário guitarrista Jimi Hendrix, que faleceu no auge de sua carreira, em Londres, no ano de 1970. Este trabalho do Duo Carioca SambuluS é um tributo audacioso, que foi autorizado pela família de Hendrix e em 18 de setembro de 2010, o duo foi honrosamente convidado a fazer parte dos eventos oficiais comemorativos aos 40 anos de morte de Jimi Hendrix e a partir daí, teve

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George Aragão

Luana e Caesar

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uma incrível receptividade na Europa, que lhes rendeu 2 turnês. Em novembro de 2012, Jimi Hendrix faria 70 anos. O Duo SambuluS o homenageou tocando o repertório do CD nos shows em NY, na terra do Tio San, que marcou a primeira temporada norte-americana do Duo. Pedi para Luana Mariano falar um pouco para a JGNEWS, sobre este fantástico projeto que homenageia uma das maiores personalidades do mundo da música internacional

e sem dúvida, um dos maiores guitarristas de todos os tempos: 'Foi um grande desafio recriar as canções míticas com uma formação tão inusitada - apenas piano, voz feminina e guitarra, sem perda de qualidade ou espaços vazios. O repertório passeou por canções que revelaram toda sutileza, sensibilidade e explosão criativa de Jimi Hendrix, sem se prender à épocas ou álbuns'. O show com o repertório do álbum 'Up From the Skies', à pedidos,

tem sido apresentado pelo Duo em uma série de shows e participações especiais em Londres, Inglaterra - todos com lotação esgotada e as críticas sempre ressaltando a inovação, qualidade técnica e sensibilidade das interpretações criadas pelo Duo. Desde 2010, que o SambuluS vem se apresentando em vários países, como Áustria, Hungria, Alemanha e Itália, onde participou de programa com entrevista e show de 2 horas de duração na prestigiada rede de rádio RAI Uno, transmitido ao vivo para toda a Itália e pela web para o resto do mundo. Em novembro de 2012, o SambuluS acabou de retornar de sua primeira temporada em NY-EUA, onde se apresentou em prestigiadas casas de

jazz. Para 2013 o 'Duo' promete lançar seu primeiro CD, com músicas brasileiras e repertório autoral. Contatos para shows: contato@sambulus.com.br George Aragão, é pianista de formação autodidata; compositor; arranjador e produtor musical... Nasceu em Recife-PE, 22 de outubro de 1963. Começou sua carreira como músico profissional, acompanhando muitos artistas locais, em casas de shows, bares e teatros da sua cidade. George, também participou de vários festivais musicais,


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A Sociedade Sbacem comemora m funcionários, e deseja a todos um DEZEMBRO 2012

Como em todos os anos, a sociedade brasileira de autores, co onde amigos, fornecedores e funcionários aproveitam para des

Tiago Rossi, Denis Lobo, irmãos Damasceno, Antonio Carlos, José O

A gerência do Ecad, junto com a Superintendente Glória Braga, esteve presente, prestigiando o evento realizado pela Sociedade Sbacem, de confraternização de final de ano. Na foto, além dos integrantes da comitiva do Ecad, também o presidente da Sbacem, Denis Lobo e a diretora D. Ivonete.

Jorgynho Chinna, Zé Roberto e Gilson Bernini - autores Sbacem. Se somasse os sucessos desses três autores, daria para fazer uma caixa com mais de 20 CDs completos, só de hits. Clima de festa e descontração embalou a tarde do dia 7 de dezembro de 2012. O presidente da Sbacem, Denis Lobo e os representantes José Orlando Motta e Ewerton

Denis Lobo acompanhado de representantes da socie no Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Bahia do Sul.

Os irmãos Damascenos são responsáveis por dezenas sertanejos, a começar por ‘Ei, Psiu, Beijo, Me Liga’, em Euler Coelho.


mais um ano de vitórias com seus amigos e JGNEWS Ano Novo repleto de felicidade e sucesso!! DEZEMBRO 2012

mpositores e escritores de música - SBACEM, realiza festa de confraternização, scontraírem-se.

rlando e Cleiton.

Na confraternização funcionários da Sbacem de diferentes Jayme Pepe, diretor da Pepe Music, Antonio Carlos setores aproveitam para colocar a conversa em dia: (diretor da Sbacem) e o compositor/cantor Lourenço. Iracema, Patricia e Tânia.

dade Sbacem e Rio Grande

Lucia, Lidia, Cibele e amigas. Assunto não faltava!! Carlinhos Moreno e Jorgynho Chinna acompanhados por uma big banda de pagode, animaram a festa.

de sucessos parceria com

Carlinhos Moreno e Zé Roberto relembraram sucesso de Zé gravados por Zeca Pagodinho. Uma banda de carnaval encerrou as festividades. Feliz Ano Novo para todos!!!

Matriz: ( 21) 2220-3635 Sbacem: Rio de Janeiro, Minas Gerais, Matogrosso do Sul, Rio Grande do Sul, Bahia e São Paulo


George Aragão

JGNEWS Colaboraram com fotos: Clever Barbosa, George Aragão. como pianista, a exemplo do Festival dos Festivais Rede Globo - 1985, sob direção do maestro e pianista César Camargo Mariano e do Festival da TV Record - São Paulo, sob direção de Nilton Travesso. Trabalhou em estúdio de gravação como instrumentista; arranjador; diretor artístico e produtor musical. Deixou sua marca registrada em discos de vários artistas, tais como: Eliane Ferraz, Alexandre Marroquim, Expedito Baracho, Fernando Azevedo, Geraldo Maia, Henrique Macedo, André Rio, Gizele Tigre, Gonzaga Leal, Cláudia Beija, Grupo Flor de Cactus, Angela Barreto, Jessie Quirino, entre tantos outros. Conheço bem o trabalho, o requinte e a sofisticação, além da pegada musical deste grande artista. Trabalhamos juntos, pelo Selo Via Som e lá, produzimos 12 discos. George, além dos trabalhos já citados, teve participações nas produ-

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ções fonográficas do CD 'Carnaval do Recife - Prefeitura da Cidade do Recife' acompanhando Zeca Baleiro e CD 'Frevo do Mundo' produzido pelo selo 'Candeeiro'. Em 2003, aconteceu momento marcante na vida musical de George Aragão, quando gravou seu primeiro disco solo e autoral, o álbum instrumental sob o título Retratos. Com este trabalho, obteve boa aceitação no mercado e na comercialização no exterior, França e USA. Este álbum, conta com participações importantes, de grandes músicos do Recife, tais como: Mario Lobo (sax soprano); Zé Roque (Flughel Horn); Cáca Barreto (Contrabaixo e violão); Luciando Magno (violão de 12 cordas); Renato Bandeira (violão); Hito Pereira (Bateria); Ebel Perreli (Bateria); Bráulio Araujo (Baixo fretless, baixo acústico); Bozó (Violão 7 cordas, cavaquinho); Raimundo (pandeiro); Ana Paula Veríssimo (per-

nido.pedrosa10@gmail.com

cussão); Cláudia Beija (vocalize); Luciano Oliveira (guitarra, violão e baixo); Tostão Queiroga (bateria). George Aragão nos revela como foi concebido esse álbum: 'resolvi gravar um CD com temas instrumentais de minha autoria, por conta de uma cobrança dos amigos músicos e também, pelo fato de me achar com maturidade profissional para registrar estas idéias musicais em um CD. Os temas mostram com nitidez influências que tive ao longo da minha carreira como músico profissional e também, mostra como penso em música, como concebo meus arranjos. Há temas, em que o piano não está em primeiro plano, cuja melodia é solada por um 'Flughel' por exemplo. Há outros, em que valorizo o uso da voz como um instrumento solista. Distribuí o

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repertório no CD de uma forma linear, onde os primeiros temas, apesar de serem bem 'brazucas', mostram um pouco da influência jazzística na minha forma de compor. As músicas seguintes, já mostram um pouco da influência musical brasileira. No CD, tem Chorinhos, Bossa Nova, Baião... Enfim, consegui uma ótima sonoridade na gravação e produção deste meu CD Retratos', finaliza. Atualmente Aragão se apresenta com o grupo 'Flor de Cactus' e desenvolve trabalho com a cantora Cláudia Beija com enfoque na MPB. Contato: georgearagao@hotmail.com


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CDS, DVDS E BLU-RAYS

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Em Gary Moore - Blues for Jimi (lançado também em CD), esta lenda da guitarra

O fim do ano está chegando, e tradicionalmente teremos uma maior quantidade de lançamentos musicais, logicamente para aproveitar as vendas de Natal. E já tem coisa boa nas lojas, como o DVD do grande guitarrista de jazz Pat Metheny - The Orchestrion Project, que traz uma apresentação totalmente diferente, gravado em uma Igreja do Brooklyn onde ele comanda com sua guitarra, um conjunto de instrumentos musicais eletrônicos automáticos que fazem parecer que ele toca com uma banda, quando na verdade está sozinho. Vale a pena conferir este jazz instrumental de primeira categoria. Ainda falando de DVDs, tem Etta James - Live at Montreux 1993, onde a cantora traz todo o seu vozeirão para um grande show de blues, com ótimas canções e imperdível.

e sua banda interpretaram com maestria, clássicas de Jimi Hendrix, como "Purple Haze", "Angel" e "Hey Joe". Também saiu o famoso show da banda The Who Live in Texas '75, com quase duas horas de espetáculo, grandes canções da banda e onde se percebe porque eles são uma lenda do rock. Para quem gosta de música sertaneja, não perca o da banda Chaparral - Grandes Sucessos da Música Sertaneja (em DVD e CD), que traz regravações de clássicas atuais e antigas com uma levada country.

Para quem gosta de documentário musical (eu adoro), foi lançado em DVD e BD Freddie Mercury - The Great Pretender, mostrando um pouco da história do falecido líder da banda Queen, com direito a várias entrevistas antigas. Também tem um título da série Classic Albums - Peter Gabriel - So, contando a história do álbum mais famoso do ex-Genesis. E falando somente de Bluray, foi lançado o show da excelente banda Kasabian - Live at the O2, que fizeram um espetáculo incrível e que vale a pena conferir para quem gosta de um bom rock. Este não é novo, mas é tão bom que não poderia deixar de falar dele: Lee Ritenour - Overtime traz um show imperdível deste grande guitarrista de jazz, com participações mais do que especiais, entre elas do nosso Ivan Lins cantando três músicas (composições do próprio Ivan), e ainda tem a clássica "Papa Was a Rolling Stone" que por si só já valeria o preço do título. Indo para os CDs, confira Re-Machined - A Tribute to Deep Purple´s Machine Head, uma homenagem aos 40 anos do famoso álbum do Purple, com releituras das músicas por grandes nomes como Carlos Santana, Iron Maiden e Metallica. Em Etta James Live at Montreux 19751993, estão músicas das participações da cantora no Festival onde apresentou seu fantástico blues. Já

quem gosta de um pop eletrônico e também de uma guitarra, ouça Vive La Fête - Produit de Belgique, novo álbum da banda em francês. Robson Candêo é responsável pelas resenhas musicais do site www.dvdmagazine.com.br e escreve para o blog: http://goo.gl/vLnlh.


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YES FAMILY TREE FEATURING YES, MEMBERS ST2 MUSIC

WISIN YANDEL LÍDERES UNIVERSAL MUSIC

MARCO ESCH BOSSA E PAZ TERRA BRASILIS MUSIC

MARCO ANTONIO LUNA UNIVERSAL MUSIC

ALICIA KEYS GIRL ON FIRE SONY MUSIC

BAIÃO DE DOIS COLETÂNEA SONY MUSIC

GABRIEL LEITE O MELHOR VAI COMEÇAR LADO ESQUERDO

FABIO JR ÍNTIMO SONY MUSIC


JGNEWS Viviane Marins

Beto Marques, de volta Beto começou sua carreira artística em 1963 no conjunto Os Átomos, (covers dos Beatles). Depois foi morar nos Estados Unidos. De volta, em 1975, apresentou-se no 1º Festival Ecológico da Bahia, mesma época que integrou o grupo de violões Microtons, do professor e maestro Walter Smeta, também e formou a banda Circo Fubá, com a qual se apresentou no ano seguinte, inaugurando o espaço artístico cultural Solar do Unhão, atual MAM (Museu de Arte Moderna, de Salvador). Ainda em 1976, Lui Muritiba gravou "Maria, Maria" sua primeira composição gravada. Mais tarde, Terezinha de Jesus interpertou em disco da CBS "Amizade" e Elza Maria gravou "Casa de rainha"

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LANÇAMENTOS NACIONAIS

(parceria c/ Papa Kid e Indiano) e "Bola de cristal" (parceria c/ Luiz Melodia), esta última, regravada por Luiz Melodia no disco "Pintando o sete". Luiz Melodia (disco 14 quilates) grava "Morar no Rio". A carreira de compositor vai dando certo e outras duas composições de sua autoria, estas, em parceria com Armandinho, foram gravadas pelo Trio Elétrico Armandinho, Dodô e Osmar: "Salve Salvador" e "Carnaval de Salvador". Na sequência, Amélinha grava "Bahias" (parceria c/Paulinho Lima) e Beto Cauê lança "Balanço Alto-Astral". No ano de 1991 Beto participou do show "For-mandos da primavera", ao lado de outros alunos da Escola de Música CIGAM/RJ, sendo graduado em Harmonia e Improvisação. Em 1999 o artista lança o CD "3ª visão", no qual

interpretou "Estácio Holy Estácio" (Luiz Melodia), "Andar com fé" (Gilberto Gil) e "And i Love her", de Lennon e McCartney em versão para o reggae, além de músicas próprias: "Forrobodó", "Esperar em vão" (versão para "Waiting in vain) de Bob Marley; "Rasta"; "Me siga" e "Vivi batucada"( com a participação de Sergio Natureza) e "Bahias", parceria com Paulinho Lima. Em 2002, a convite de Luiz Melodia, fez algumas aberturas de seus shows. Nesse mesmo ano ao lado de Eliane Faria, Carlos Dafé, Lúcio Sherman, Marko Andrade e Rubens Cardoso, entre outros, participou da coletânea "Conexão carioca 3', produzida por Euclides Amaral, com apresentação do poeta e letrista Sergio Natureza, Atualmemte Beto Marques está lançando o

Foto Claudiomar Gonçalves

CD Sambas Nova Bossa com 12 composições autorais. Contatos: (71)/ 92363 2 2 2 / 3 2 6 4 - 4 3 7 7. betomarquesba@gmail.com <www.betomarques.com.br> Biografia: http:// www.dicionariompb.com.br/ b e t o - m a r qu e s / d a d o s artisticos

Lulu Santos na caixa Há 30 anos Lulu Santos redefiniu a música pop no Brasil com o lançamento de seu primeiro álbum, "Tempos Modernos". Modernidade preservada até hoje, e que é saudada pela Sony Music com o box de 4 CDs "Toca Lulu"! As melhores músicas do repertório de Lulu nas versões originais, para as pistas, em formato acústico e gravadas ao vivo. Imperdível!

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O grande percussionista Laudir de Oliveira agora tem uma linha de Tumbadoras com seu nome. O lançamento é da conceituada fábrica Jennifer, que vem fazendo excelentes instrumentos. Parabéns Laudir e Jennifer pela parceria!


LANÇAMENTO WORLD MUSIC

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DEZEMBRO 2012

Novamente WORLD MUSIC Rua Oswaldo Cruz, 170/São Caetano do Sul/SP Cep 09541-270 / Tel: 11 4224-6743 (11) 7389-8905 lcrangel@hotmail.com

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O novo CD da cantora e compositora

Célia Silva

Assessoria de Imprensa: Eulália Figueiredo

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Alberto Guimarães (correspondente em Portugal) alberto.ammguimaraes@gmail.com PORTUGAL DEZEMBRO

2012

Missa dos Quilombos e a música de Minas Gerais Sucedem-se os eventos culturais do Ano Brasil em Portugal. Foi o caso das recentes apresentações em Lisboa e Porto da Missa dos Quilombos, pela Companhia Ensaio Aberto, do Rio de Janeiro, um espetáculo teatral e musical que evoca significativos episódios da história dos negros no Brasil, misturando o rito católico com expressões da cultura afrobrasileira. A Missa dos Quilombos foi idealizada por Dom Helder Câmara, escrita por Pedro Casaldáliga e pelo poeta Pedro Tierra, e concebida musicalmente por Milton Nascimento. Com direção geral de Luiz Fernando Lobo, tendo vinte atores e oito músicos em palco, a Missa se celebrou/representou num complexo cenário de 15 toneladas, composto de velhas e complexas maTúlio Mourão e Eugénia Melo e Castro

quinarias que, como em oficinas verdadeiras, soltavam faíscas e ruídos. A revista JG NEWS assistiu à Missa dos Quilombos no Teatro Nacional de São João, no Porto, e foi ao encontro dos músicos participantes. Minas Gerais estava bem presente e partindo da Missa dos Quilombos, aqui deixamos pistas sobre o trabalho de alguns desses músicos, bem como traçamos um panorama do instigante e modelar atual cenário musical mineiro. Começamos por conversar com o diretor musical da Missa, Túlio Mourão. Ele Integrou a banda Os Mutantes na fase do rock progressivo e acompanhou intépretes como Milton Nascimento, Maria Bethânia, Chico Buarque, Caetano Veloso, Ney Matogrosso, entre outros. Parceiro de canções com Milton Nascimento, Adélia Prado, Abel Silva, Tavinho Moura, Nelson Motta, Fernando Brant e Ronaldo Bastos, gravadas por nomes como Milton Nascimento, Maria Bethânia, Zimbo Trio, Nara Leão, Ney Matogrosso e outros. Nos explicando como se integrou na Missa dos Quilombos, Túlio nos ajuda a entender melhor este projeto: "Eu comecei a participar no projeto Missa dos Quilombos ainda na versão que o Milton

Missa dos Quilombos

pessoalmente conduzia. Só não tomei parte na estréia, em 1981 no Recife, que foi um evento histórico, com Dom Helder Câmara participando, ainda dentro da ditadura. A Missa causou muita reação, os cartazes no Recife apareceram pichados com a foice e martelo, dizendo "isso é coisa de comunista" e tal. O Bispo do Rio de Janeiro proibiu a Missa, foi uma coisa muito difícil. Nas versões seguintes eu participei. A gente fez a Missa em Santiago de Compostela, a convite do governo espanhol, algo maravilhoso por ocasião dos quinhentos anos da descoberta das Américas. Fizemos em São Paulo e Rio de Janeiro, fizemos em Aparecida, Belo Horizonte... Estive presente então nessa versão que o Milton pessoalmente dirigia e cantava e que tinha outra feição". A Missa dos Quilombos tomou depois uma amplitude mais cênica e deixou de ser uma recriação litúrgica com altar e cruz, passando a se desenrolar num cenário

industrial. Túlio nos justifica esta mudança: "A Companhia Ensaio Aberto de Luiz Fernando Lobo, tem o perfil de fazer um teatro envolvido com as questões políticas, sociais e humanas. Eles viram a Missa como um belo espetáculo adequado a esses contornos e, faz já dez anos, me procuraram dizendo que queriam fazer uma versão nova. Eu levei o Luiz Fernando e a Tuca Moraes, diretora de produção, à casa do Milton Nascimento e ali lhe pedimos autorização para montar o espetáculo. Ele concedeu, nos encorajou e montamos essa versão nova, dilatando a abordagem para além da questão do negro, que agora é também a de diversos excluídos e com uma pitada de cosmopolitismo e universalidade. Nestes dez anos a Missa está assumindo cada vez mais significado". Quisemos saber através de Túlio se essa mudança trouxe uma nova abor-


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DEZEMBRO 2012 dagem musical. Ele nos diz: "Em termos musicais achei muito importante trazer a contemporaneidade para a Missa. A parte afro é muito forte e consistente, com os tambores a remeterem à ancestralidade. Então eu precisei de trazer outras cores para colocarmos a peça no plano que a gente quer: contemporânea e cosmopolita. Por exemplo, ela ganhou sintetizadores e passeia pelo

Geraldo Vianna e Paulo Gabriel Lopez Blanco

jazz e pela improvisação". Até o momento, o mais recente CD de Túlio Mourão se chama Em Oferta e foi publicado em 2011. Nele encontramos Mar Interior, uma bela parceria de Túlio com Fernando Brant, interpretada com primor e emoção pela cantora portuguesa Eugénia Melo e Castro. Procuramos Eugénia para nos falar um pouco sobre a sua colaboração com Túlio. Geninha nos disse: "Eu sou amiga do Túlio e trabalho com ele desde 1982, ano em que gravei a Dança da Lua, com o Ney Ma-

Missa dos Quilombos togrosso, música dele e letra do Ronaldo Bastos. Ele é convidado especial no meu recente CD, que se chama Um Gosto de Sol, gravado em Belo Horizonte. Isto para dizer que no meio do caminho o Túlio começou a gravar o disco dele e me convidou para cantar. Era um disco especial dele com vários convidados e eu

http://www.marquesmusical.com.br/

aceitei. Essa música e essa letra encaixaram em mim perfeitamente, foi uma gravação feliz e acertada e é um orgulho para mim participar de um trabalho que tem um rigor e uma qualidade imensa". Não nos despedimos de Túlio Mourão sem o interrogarmos sobre como está presentemente a cena


Renato Saldanha

JGNEWS o governo estadual, que reconheceu ali legitimidade. Passamos a auxiliar o governo a conduzir políticas públicas corretas para atender as expetativas dos músicos. Isso está dando muito certo, vai no quarto ano de sequência. Criamos um leque de ações para dinamizar a música de Minas, como o banco de passagens, que permite aos Jairo de Lara músicos viajarem, e o edital de trânsito, que dispara os musical em Minas Gerais: músicos viajando pelo "Ela está se tornando extre- Brasil e pelo exterior. Fizemamente respeitada por- ram-se catálogos e se possique tem diversidade, serie- bilitou aos agentes musidade, profundidade, tem cais mineiros a participação instrumentistas fantásticos, nas feiras internacionais de com a música instrumental negócios da música, como a ser reverenciada, compo- a WOMEX, o MIDEM, as sitores muito originais. feiras de Buenos Aires, da Neste momento está se Colômbia ou do Recife. avançando na criação de Obtendo assim resultados condições para dar suporte muito interessantes, a músia essa música. Pela primei- ca de Minas está agora orra vez as associações de ganizada e interessada em músicos se reuniram no fazer trocas com outros Esque chamamos Forum da tados e outras regiões do Música de Minas, que reú- mundo". ne tanto o Clube da Esquina Esta efervescência musicomo o Fora do Eixo, a cal não será alheia à Associação dos Violeiros, a agenda de Túlio Mourão SIM, a AMMIG… Todas as no seu regresso a Belo associações musicais se Horizonte: "Estou terminanreuniram no Forum e a do um CD com a cantora partir de então consegui- mineira Titane, detentora mos um diálogo novo com de uma vivência ligada à cultura mais tradicional de Minas, Ladston do Nascimento como o Congado, e que tem muita técnica e emoção na voz. Esse CD aposta no paralelo de músicas muito singelas que vieram do povo com uma abordagem sofisticada. Entre outras coisas estou também fazendo especiais do meu programa de televisão junto

DEZEMBRO 2012 com o SESC Palladium que é um novo e fantástico teatro de Belo Horizonte, levando convidados nacionais para os juntar aos artistas de Minas. O programa é original da Rede Minas mas vai ser exibido no final de 2012 na Rede Brasil". Outro dos músicos da Missa dos Quilombos é Jairo de Lara, com quem também conversamos e assim se apresentou: "Eu e o Túlio somos naturais de Divinópolis e vivemos a nossa adolescência juntos lá, onde criávamos uma ambiência musical. Só que o Túlio saiu antes de mim, foi participar de Os Mutantes, mas sempre mantivemos uma ligação musical. Para o primeiro disco dele, por volta de 1980, aquele da série MPBC, convidou o ADCANTO, meu grupo de então, nós fizemos os back vocals e eu toquei violão e flauta". Atualmente Jairo de Lara participa em vários projetos e em shows de apresentação do seu álbum Rei Congo. Nesse CD, Jairo faz interessantes discorrências a partir da rítmica do Congado, manifestação cultural e religiosa de influência africana celebrada em algumas regiões do Brasil, entre elas Minas. O disco terá um um desdobramento chamado Quilombo Jazz, como o nome indica, com um pé no Jazz. Da confluência mineira que a Missa dos Quilombos propiciou, temos de mencionar o cantor Ladston do Nascimento. A bela voz que ele fez ouvir no Teatro Nacional de São

João, está da mesma forma no CD Lugarzim, em que participam, entre outros, Jota Moraes, Francis Hime, Robertinho Silva e Daniel Santiago. Esse Lugarzim é um excelente ponto de chegada nos 30 anos de carreira de Ladston do Nascimento, de onde, se augura, partirá de novo para outras aprazíveis e sensíveis caminhadas. Refira-se também o ainda jovem mas sabedor violonista Renato Saldanha, que pode, ou deve ser ouvido no CD Voar Sem Fim, com composições de Gê Lara, cantadas por Luiza Lara, e no DVD/CD Confissões Um Poema Musical com música de Geraldo Vianna para a admirável poesia de Paulo Gabriel Lopez Blanco, uma reflexão entre o sagrado e o profano. São palavras de Carlos Drummond de Andrade: A canção absoluta não se escreve, à falta de instrumentos não terrestres. Porém, há ainda para ouvirmos, toda uma música que vem de Minas. Abraços à todos, e um Ano Novo repleto de realizações.


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www.fuhrmann.com.br

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LAUDIR DE OLIVEIRA

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