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PERFIL DE UM BATERISTA

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Dudu Portes, o baterista Dudu Portes, músico de muito respeito no meio musical, possuidor de sonoridade e técnica inegáveis, entrou para o mundo da música aos 13 anos quando, após pedir a mão de sua irmã em casamento, seu cunhado, o fez herdeiro de sua velha bateria. Desde sua primeira apresentação num programa de TV, SS Show em 1965, o sucesso sempre o acompanhou. Como baterista de Jazz, participou dos festivais e das jams no auditório da Folha de São Paulo; na mesma época, participou do movimento da Bossa Nova tocando em festivais estudantis, Teatro de Arena, Teatro Oficina, culminando com apresentações no programa de TV de maior importância na época: "O Fino da Bossa". Dudu Portes, apaixonado pelo novo e pelas mudanças radicais, pulou dos melindres do Jazz e do clima preconceituoso da Bossa Nova, para o rock pesado de "O BANDO", grupo que trabalhava com duas baterias e que havia caído nas graças dos "Papas do Movimento Tropicalista". Dudu Portes tinha agora como "grandes padrinhos" e entusiastas, o trio de maestros mais cotado do movimento: Julio Medaglia, RogérioDuprat e Damiano Cozzela, resultando em "Concerto para Bateria e Cordas", com a Sinfônica e tudo o mais. Daí foi para a estrada do rock e do blues com Tony Ozanah, Lannie entre outros. Em seguida mudou para o rock progressivo do Scaladacida com Richie, Fabinho, Bartô e Sergio Cafa. Mais uma vez largou tudo indo para o Rio de Janeiro, tocar "samba para turista" no Cassino Royale, onde trabalhou com Paulinho da Costa (o percussionista preferido de um dos maiores arranjadores da atualidade: Quincy Jones). A saudade de casa e o gosto pelo desafio fizeram Dudu Portes radicalizar novamente; enveredando pelos caminhos da per-

cussão lançando a moda de usar Apitos, Pau de Chuva, misturar Caxixi com Bombo Leguero e tocar Tambor de Óleo com tamancos em gravação de música sertaneja. Junto com Carlão de Souza, Marcinho Werneck, Rodolpho Grani e Sérgio Mineiro, montaram o Grupo Água, que acompanhou Renato Teixeira nos seus principais sucessos como:

Romaria, Cavalo Bravo, Frete (tema da série Carga Pesada da rede Globo). Mais uma vez, a féerie com que tocava a bateria o cobrava: "E o vigor? E a pegada?". Pronto, ele radicalizou novamente indo agora para a fúria do Humahuaca, grupo de "fusion" que tocava pesado a música latina com sotaque de jazz rock, explorando ao


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extremo os compassos compostos. O grupo era muito bom, rapidamente chamando a atenção da crítica e de gente importante, como Elis Regina, que nessa época começava a trilhar o caminho da produção de discos e espetáculos, onde junto com César Camargo Mariano (seu marido) e Rogério Costa (seu irmão) criaram a "TRAMA", uma produtora à caça de novos talentos. Em 1975, Elis levou o Humahuaca para estúdio - o grupo ia gravar o seu primeiro disco. Na quarta faixa o Humahuaca perdia o seu baterista. Dudu Portes estreava no disco "Falso Brilhante", de Elis Regina, realizando um antigo desejo nascido nos idos da Bossa Nova quando viu Elis cantar no "Beco das Garrafas" acompanhada por Dom Salvador, Serginho Barroso e o memorável Edison Machado. Naquele momento disse para si mesmo: "Ainda vou tocar com essa cantora". Neste LP, estavam também acompanhado a cantora: Cesar Camargo Mariano, Natan Marques, Crispin Del Cistia e Wilson -

20/09 A 20/10/2013 surgia assim a & Cia. Com a notícia da gravidez de Elis, o LP Falso Brilhante foi obrigado a dar um tempo, afinal, Pedro Camargo Mariano estava a caminho. Nesse momento a "& CIA." partia para um trabalho solo gravando um dos melhores discos de música instrumental de todos os tempos, o "São Paulo Brasil", disco que resultou num espetáculo teatral com o mesmo nome. Dudu Portes aparecia com uma novidade neste espetáculo: além de bateria e percussão, tocava guitarra em "Imigrantes", música de Natan Marques e Crispin Del Cistia. Terminada a temporada, a "& CIA." partiu para gravações em estúdios arranjando, produzindo e acompanhando vários artistas como João Bosco, Simone, Rita Lee, entre outros. Cesar se empolgava com a sonoridade mais pesada da "& CIA.", a tal ponto, que resolveu dividir o palco com o que havia de mais expressivo em termos de Rock Pesado durante "I° Festival Latino Americano de Rock", no Ginásio do Ibirapuera . E a Elis? Agora ela já estava vindo com novo espetáculo "Transversal do Tempo" e com ele a correria das viagens. A estréia foi em São Paulo, seguiu para o Rio, Porto Alegre e depois Europa onde Dudu Portes se consagrou como baterista, obtendo elogios da crítica em todos os países por onde passou, recebendo vários convites para atuar e desenvolver uma carreira solo. De volta para o Brasil,

Dudu Portes resolveu mudar tudo de novo. Radicalizou? Sim, e desta vez enveredou pelos caminhos da propaganda e da música para cinema, tendo sido premiado pela ABAP, Clio Awards, FIAP e Prêmio Colunistas, entre outros. Após sete anos como diretor de som no RTV da ALMAP/ BBDO, Dudu Portes partiu para seu próprio negócio, montando uma produtora de comerciais. Após mais sete anos como dono de estúdio e vendo que o "apenas empresário" não era feliz, Dudu Portes "músico" está de volta à estrada. Dudu Portes já gravou com: O Bando, Gal Costa, Hermes Aquino, Walter Franco, Flying Banana, Doris Monteiro, Papete, Claudio Denis, Earl Hines, Marva Josie, Sirlan, Claudio Cartier, Amelinha, Fagner, Hanah, João Bosco, Ivan Lins, Claudia Savaget, Simone, Renato Teixeira, Almir Sater, Milton Nascimento, O Quarteto, Elis Regina, Cesar Camargo Mariano, Placa Luminosa, Rita Lee, Dori Caymmi, Heraldo do Monte, Hermeto Pascoal, Arismar do Espírito Santo, Chico Batera. Dudu Portes já tocou com: Bossa Tema Trio, Ligação 3, Cido Bianchi, Johnny Alf, Stan

Getz, O Bando, Gal Costa, Maria Alcina, Gilberto Gil, Vinícius e Toquinho, Quarteto em Cy, Renato Teixeira, João Ricardo, Humahuaca, Doris Monteiro, Ivan Lins, Milton Nascimento, Rita Lee, Elis Regina, Cesar Camargo Mariano, Téo de Barros, Silvia Góes, Arismar do Espírito Santo, Hermeto Pascoal, Chico Batera, Jazz Inc., entre outros. Atualmente: Vem desenvolvendo produtos eletrônicos, instrumentos de percussão e devido à sua larga experiência e grande conhecimento da matéria, vem dando assessoria e consultoria técnica para diversos fabricantes nacionais como FISCHER, TORELLI, STAFF DRUM, LUEN e, também, para importadores. Dudu Portes é consultor editorial da revista Modern Drummer onde mantém sua coluna VAMUTOCÁMOÇADA. Dudu Portes assina as novas peles profissionais para bateria da LUEN e também seu exclusivo modelo de baquetas desenvolvido para a LIVERPOOL. Atualmente, como músico, Dudu se apresenta com Renato Teixeira & Banda e com Renato Teixeira & Sergio Reis na tournée "Amizade Sincera". (Ass)


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COMENTÁRIOS DE MARCIO PASCHOAL

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LANÇAMENTOS - MÚSICA INSTRUMENTAL E PIAFF

CADEIRA DE BALANÇO BAGUNÇA GENERALIZADA Um bom lançamento, no campo instrumental, é o CD "Bagunça Generalizada" do grupo de choro Cadeira de Balanço. Misturando autorais e composições de músicos tarimbados, como Zé Barbeiro, Toninho Ferragutti, Hamilton de Holanda e Nelson Ayres, o Cadeira mostra um som jovem e vibrante, em que não se desperdiçam notas mais rebuscadas e o balanço de um bom chorinho. O sexteto é formado por Gian Correia (violão de sete cordas), Rafael Toledo (percussão), Henrique Araújo (cavaquinho), Leo Rodrigues (pandeiro), Douglas Alonso (bateria) e Enrique Menezes (flauta) e, apesar de jovem, tem experiência em intervenções musicais ao vivo e em estúdios, além de estudos técnicos. Das autorais, destaca-se "Pagodinho na Boate Duvidosa" (Enrique Menezes), com violão de sete na linha melódica de um day tripper. E dos outros compositores, fico com "Vó Terezinha" (Ayres) e "Pra Sempre" (Holanda).

BRASILIANA VENTO EM MADEIRA O grupo Vento em Madeira, formado por Teco Cardoso (sax soprano e flauta), Lea Freire (flauta baixo), Tiago Costa (piano), Fernando Demarco (baixo acústico) e Edu Ribeiro (bateria) vem com seu segundo trabalho, o ótimo "Brasiliana". Os músicos primam por mesclar com alguma leveza segmentos não tão homogêneos, como instrumental popular e clássico. Com improvisos sem exageros tão comuns e bastante criatividade, o cd traz música brasileira instrumental de qualidade e alguns momentos de excelência, como na que nomeia o disco, de Tiago Costa, na "Angulosa" de Lea Freire e, principalmente, na inspirada e vivaz "Dança das Pipas", de Lea e Teco Cardoso.

JUST IN TIME JOÃO SENISE Filho do flautista e saxofonista Mauro Senise, o can-

tor João Senise faz sua estreia em disco (Just in time). O CD impressiona pela apurada seleção de repertório e pelos músicos envolvidos (além do pai no sax e flauta), José Arimatea (trumpete), Leo Amuedo (guitarra), Idriss Boudrioua (flugelhorn), entre outros. Gilson Peranzzetta (clarineta, acordeom e piano) assina a direção musical. Certo estranhamento pode causar na escolha de cantor brasileiro com canções americanas antigas (exceção à surpresa com a clássica de Eric Clapton "Tears in Heaven"), mas fato é que elas estão ótimas. Na interpretação de "Feeling Good", o melhor momento do cantor. Em "Cheek to Cheek" (Irving Berlin) a participação de Sofia Vaz. Em "All of me", o acompanhamento de Zeca Assumpção no contrabaixo, sax alto de Mauro Senise e a guitarra de Amuedo, impecáveis, o arranjo acerta. João mostra elegância e correção no timbre na maioria das faixas, como em "Cry me a river" em belo arranjo de cordas. Estreia bem-vinda.

FÁBIO JORGE EDITH Contrariando os mais apressados prognósticos, um CD homenageando Piaff pode soar como um desafio, se não déjà vu, no mínimo arriscado. Aos desavisados, cumpre avisar que este CD do cantor Fábio Jorge, saudando 50 anos de saudade de Edith Piaff, é um achado. O paulistano Fábio, filho de francesa, desde cedo foi apresentado à música da cantora. Tal intimidade se faz sentir em quase todo o disco. "Je sais comment" (Julien Bouquet, Robert Chauvigny), a emblemática "Les mots d'amour" (Charles Dumont, Michel Rivgauche), com um acordeom certeiro de Ferragutti, sobressaem. A tão batida "La Vie en Rose" sai um pouco do óbvio e agrada com os violinos e o flugelhorn. A clássica "Non je ne regrette rien" (Michel Vaucaire, Charles Dumont) tem estranha levada mais contida, com o piano ao fundo. O CD finaliza, claro, com um "L"Hynne À l'amour" à altura da homenageada. Festa e palco que se encerram, celebrando Piaff que, tanto quanto o tema de amor que evoca, é eterna.


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MÚSICA CLÁSSICA E CONTEMPORÂNEA

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Sergio Roberto de Oliveira lança CD com o Gnu, homenageando Fernando Pessoa "Cartas de Amor" reúne obras do compositor carioca de música clássica e contemporânea indicado ao Grammy Latino nos últimos 2 anos e comemora os 10 anos do grupo intérprete Gnu. A música contemporânea brasileira resiste bravamente e um dos seus pólos mais criativos fica no Rio de Janeiro, onde grupos de câmara e compositores vêm se destacando não apenas em território nacional quanto no exterior. O compositor carioca Sergio Roberto de Oliveira, indicado ao Grammy Latino em categorias de música clássica nos últimos dois anos, é uma dessas grandes referências atuais que não abre mão de divulgar a própria música e a de terceiros, escrevendo obras para formações diversas, sempre acompanhado por intérpretes de raro talento. Uma dessas brilhantes parcerias na seara da música contemporânea pode ser conferida no CD "Cartas de Amor" (A Casa Discos, R$20,00 em média), uma homenagem a Fernando Pessoa nos 125 anos de seu nascimento,

EXPEDIENTE Editores Antonio Braga e Jorge Piloto

produzido pelo próprio compositor, tendo como intérprete o Gnu, grupo carioca que está completando 10 anos de formação e para o qual Sergio Roberto de Oliveira vem escrevendo e dedicando peças desde 2009. Ao todo, o CD reúne sete obras do compositor, abrindo com "Quadrado", apresentando grande pluralidade de materiais, com referências matemáticas e certo sabor nordestino. "Poema Meu", escrita a partir de um poema do próprio compositor, traz uma sonoridade romântica a partir de um texto que brinca na abordagem de sua insegurança em ser daltônico. A peça "Cartas de Amor", com poema de Fernando Pessoa, contesta a ideia daqueles que julgam ridículo expor os sentimentos, algo tão comum hoje em dia. Na música, a cantora é censurada pelos músicos, que, de forma agressiva, a reprimem, dando início a uma batalha entre o sentimento e a razão. Em seguida, "Baobá" faz uma homenagem do compositor ao livro "O Pequeno Príncipe", e "Canção de Nuvem e Vento", composta sobre poema homônimo de Mário Quintana, ambas alusões carinhosas à infância do compositor. O amor e seus desdobramentos também inspiraram as obras "3 Olhares sobre uma moça

Colaboradores Nido Pedrosa, Viviane Marins, Elias Nogueira, Alberto Guimarães, Márcio Paschoal, Robson Candêo, Fábio Cezzane.

bonita", em três movimentos, e "Ciclo", que encerra o disco como uma história de amor bem lúdica entre uma clarineta e uma flauta. "Fazer música clássica contemporânea é uma delícia. Novos pensamentos, novos sons, criar a expressão do mundo de hoje. Mas é também um ato de resistência", revela Sergio Roberto de Oliveira. "Como Tom Jobim dizia, temos que inventar o Brasil. Ainda temos, mesmo depois de tanta gente. E aí vem a maravilha: as boas companhias nessa resistência, nessa invenção. E o Gnu, certamente, é uma das minhas melhores companhias. É um privilégio ter ideias e sons interpretados por eles", acrescenta.

SERGIO ROBERTO DE OLIVEIRA COMPOSITOR Indicado duas vezes ao Grammy Latino (2011 e 2012), Sergio Roberto de Oliveira vem participando ativamente do cenário musical brasileiro e internacional em seus 16 anos de carreira, seja no Brasil, seja no exterior. Na Europa, sua obra tem sido apresentada na Inglaterra (onde é publicado pela editora

Peacock Press), Itália, Portugal e Holanda. Nos EUA, sua música tem presença constante, com diversas encomendas e estreias, entrevistas, matérias em revistas especializadas, gravações e palestras em Universidades. Foi Artistaem-Residência na Duke University em 2009. Seu grupo de compositores, Prelúdio 21, tem sido destaque no cenário da música contemporânea brasileira, atuando ininterruptamente desde 1998, com mais de 200 concertos. O projeto "Quinze", que comemorou seus 15 anos de carreira e lançado em 2012, contou com 130 músicos e 27 compositores em 5 CDs e 13

Rio de Janeiro Bahia

Redação:

Viviane Marins: (22) 8828-0041 (21) 8105-4941 bragaa@gmail.com

Rua Soldado Ernesto Coutinho, 10 - Saquarema / RJ - CEP 28.990-000

Jorge PIloto (71) 8299-5219 claro / 91718911 TIM / 8647-7625 Oi jorge.piloto@yahoo.com.br

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Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores.


20/09 A 20/10/2013 concertos. Sergio destaca-se também como produtor. Sua discografia apresenta 13 CDs como produtor, 13 como compositor, 20 como produtor fonográfico, 2 como arranjador e 2 como pianista. Seu catálogo de composições tem no momento mais de 100 obras para diversas formações. É membro da Academia Latina de Artes e Ciência da Gravação.

GNU - O GRUPO Conjunto de câmara especializado na interpretação do repertório moderno e contemporâneo da música de concerwww.rozini.com.br

MÚSICA CLÁSSICA E CONTEMPORÂNEA to, o Gnu tem como principal objetivo difundir a produção musical dos séculos XX e XXI, investindo em um repertório diversificado, abrangendo peças de compositores brasileiros e estrangeiros. Desde o início de sua formação, em 2003, o grupo vem contribuindo para o incremento da produção da música dos dias de hoje,

através de encomendas e estreias de peças a nível mundial ou nacional. Formado por músicos com vasta experiência e atuação no cenário da música contemporânea, o Gnu vem recebendo destaque e elogios do público e da crítica especializada pelo entrosamento de seus músicos no palco, fator decisivo na

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qualidade e sutileza da sua interpretação musical em performances de alto padrão artístico. O resultado desse trabalho tem se refletido em convites recebidos, ao longo desses dez anos de atividade, para participar de importantes eventos da música de concerto atual, destacando-se a Bienal de Música Brasileira Contemporânea (FUNARTE), o Panorama da Música Brasileira Atual, (Escola de Música da UFRJ); a série "Prelúdio 21 - música do presente", e "Música de Agora na Bahia (OCA)". Sergio Roberto de Oliveira e o grupo Gnu.


JGNEWS Robson Candêo

CDS, DVDS E BLU-RAYS

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MUSICANDOMUSICANDO Eu adoro blues e sou muito fã da Cyndi Lauper, confesso. Mas não deixem isso tirar o mérito do DVD Cyndi Lauper To Memphis with Love, onde essa grande cantora pop gravou um show ao vivo só com blues de primeira categoria, entre eles, alguns de seus antigos sucessos com uma roupagem de blues. O show tem a grande participação de Jonny Lang com sua sensacional guitarra, e voz. Nas novidades em CDs de artistas nacionais, tem o novo álbum (sendo o primeiro todo em português) do consagrado guitarrista de blues rock Big Gilson - Aqui, pra você! com uma boa pegada no estilo do Nasi. Também tem o

primeiro disco da MC Karol Conká - Batukfreak - para quem gosta de rap com uma batida mais dançante. Nos CDs de artistas estrangeiros tem o novo disco do Rolling Stones Hyde Park Live com o show da turnê "50 & Counting" só com música boa e conhecida (Start Me Up, Jumpin Jack Flash e Sympathy for the Devil são algumas delas). O álbum chegou ao Nº 1 do iTunes em 11 países. John Mayer lançou Paradise Valley com músicas um pouco mais lentas que a do seu estilo normal, caindo mais para o country/rock romântico do que para um álbum de guitarrista solo mas mesmo assim muito legal, com direito até a uma parceria com a namorada Katy Perry na canção "Who You Love". Em Blu-ray, consegui alguns títulos bem interessantes

que quero apresentar a vocês, e, mesmo não sendo lançamentos são itens imperdíveis para quem gosta de um bom espetáculo. O primeiro deles é o show da banda Bon Jovi - Live at Madison Square Garden que traz os grandes hits do grupo como "Blaze of Glory", "Always" e "Wanted Dead or Alive" entre tantos outros - qualidade digna de Blu-ray e grande performance de Jon Bon Jovi e seus companheiros - além de trazer documentário com a banda. Também tem o Bluray da banda Foo Fighters - Live at Wembley com uma super produção e os maiores hits do grupo, como "Learn to Fly" e "Time Like These", em um rock mais pesado que leva os fãs à loucura, e ainda tem como convidados ninguém menos do que John Paul Jones e Jimmy Page (ambos do Led Zeppelin) tocando em duas músicas do próprio Led - "Ramble On" e "Rock and Roll". E por último o Blu-ray do Green Day - Bullet in a Bible que traz um rock ainda mais pesado, com uma energia impressionante da banda e também

com várias músicas conhecidas, como "American Idiot", e as brilhantes "Wake Up When September Ends", "Boulevard of Broken Dreams" e "Good Ridance". Dica boa: Durante todo este mês de setembro está acontecendo o iTunes Festival, onde a cada dia são transmitidos direto de Londres, 2 shows ao vivo que podem ser assistidos no iPhone, iPad, iPod ou no aplicativo gratuido do iTunes instalado no computador. Entre os artistas, grandes nomes como Katy Perry, Queens of the Stone Age, Elton John e Justin Timberlake. Por 30 dias esses shows poderão ser vistos gratuitamente, pois ficarão disponíveis após a transmissão. Imperdível. Robson Candêo é responsável pelas resenhas musicais do site www.dvdmagazine.com.br e escreve para o blog: http://goo.gl/vLnlh


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GOSPEL/SONY MUSIC

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DVD "Aos Vivos" - Banda Resgate , nas prateleiras O DVD conta com 22 faixas e mistura o repertório dos dois últimos CDs da banda: 'Este Lado para Cima', 'Ainda Não é o Último' e clássicas como: 'Rock da Vovó', 'Daniel', '5:50 AM' entre outras. Nos extras, entrevista com a banda, vídeoclipe das músicas: 'Depois de Tudo' e 'Jack, Joe and Nancy in The Mal'l (The Book is The Table). Nos últimos 3 anos, a banda retomou as viagens pelo país. Lugares nunca antes visitados conquistaram um novo público que teve a oportunidade de ver o Resgate ao vivo. 'É como ver um show inédito com canções que fizeram

parte da trilha sonora da vida de muita gente', comentou Zé Bruno, um dos quatro integrantes da banda. Lançamento Sony Music.

Disponibilizada a faixa "Eu Estou aqui" no canal da Banda no Youtube: http://www.youtube.com/ watch?v=r3EXWUR_WJY&feature=share&list=


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Carlinhos Gonzales Filho de Mexicanos, Carlinhos Gonzales viveu grande parte de sua vida em São Paulo, quando iniciou sua trajetória musical. Semeia seu trabalho no Brasil há cerca de 40 anos. O músico é um percussionista que prima pelo som. Pesquisador de ritmos brasileiros há mais de 20 anos, tem vivenciado

PERFIL DO COMPOSITOR/MÚSICO/SBACEM em campo diversas sonoridades junto às manifestações de cultura popular brasileira. Desenvolve assim, uma maneira singular de entender este universo. Dele retira as mais belas formas de expressão a partir dos ensinamentos que vem dos mestres de folia, samba de roda, maracatu, congo, jongo, cururu, capoeira, maculelê, congada, macumba entre outros. Com forte presença de palco o músico sempre foi muito

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requisitado para shows e gravações. Entre outros nomes estão: Tim Maia, Jorge Ben Jor, Benito de Paula, Trio Mocotó , Cravo e Canela, Neli de Andrade, Ângela Maria, Grupo Sensação, Gustavo Lins, Raça Negra, Rodriguinho, Nosso Sentimento, entre outros Gonzales viajou por todo Brasil colhendo elementos da cultura popular, também esteve atuando em palcos de outros países como: Estados Unidos, França, Inglaterra

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Portugal, Suíça , Itália, Rússia, Espanha, toda a América do Sul, Indonésia, Japão, China e Egito . Carlinhos Gonzales, desde que surgiu no meio artístico com seu estilo próprio é respeitado e acolhido por representantes de todos os movimentos musicais, desde a pós-Bossa Nova aos dias atuais. Nos últimos treze anos, o grande Gonzales atua como percussionista do Cantor Belo.


JGNEWS Antonio Braga FÁBRICA: KING INSTRUMENTOS MUSICAIS

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Uma fábrica com suporte de estoque e entrega A revista JG News visitou no mês de agosto a fábrica King Instrumentos Musicais, que fica localizada no município de Duque de Caxias, Rio de Janeiro. Muito bem recebido, o editor Antonio Braga entrevistou o proprietário Alfredo Alves, que contou um pouco da trajetória vitoriosa da King no difícil mercado de instrumentos no Brasil. Quando surgiu a ideia de montar uma fábrica de instrumentos de percussão? Veio da necessidade de ter instrumentos de qualidade. Começamos fabricando Macetas e Talabartes, correias que seguram o instrumento. Aos poucos fomos fabricando outros instrumentos para samba e pagode, foi uma coisa que aconteceu naturalmente, fomos nos interessando e foram surgindo pedidos. Por que fabricar instrumentos em Aço, Alumínio e Madeira? Quais foram as primeiras dificuldades? Fabricar instrumentos em materiais diferentes, como Aço, Alumínio e Madeira, veio da necessidade dos percussionistas. Eles nos traziam as sugestões e nos ajudavam a fazer o instrumento certo para aquela atividade. As primeiras dificuldades começaram com as afinações dos instrumentos junto aos mestres de baterias das Escolas de Samba. O Surdo, por exemplo, tinha um tirante com pouca rosca, tivemos que fazer um tirante com 10 cm de rosca, anteriormente era de apenas 5 cm. E assim, junto aos mestres da percussão fomos chegando à perfeição dos instrumentos que vendemos hoje, com muito orgulho. Porque materiais diferentes? Por que cada um tem um som diferente. O Aço, tem um barulho mais de lata, mais agudo. Os instrumentos

em Alumínio têm um som mais suave, e os confeccionados em Madeira têm um som mais grave - aí vai depender do que o percus-

sionista tem em mente. Quais são os instrumentos que mais vendem durante o ano ?

O Diretor Alfredo Alves e o Gerente Evandro, no salão de entrada da fábrica.

Sem dúvida o Reco Reco e o Tamborim, de um modo geral, vendem bem o ano inteiro. Para o samba, o que vende mais é a Caixa.


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Instrumentos especiais para Escolas de Samba

Acredito que no começo, para entrar no mercado, quer dizer, para colocar instrumentos nas lojas tenha sido difícil, não é? Muito difícil. As lojas não nos conheciam, embora na época já vendêssemos direto

para as Escolas de Samba. Que marca é essa? É o que perguntavam, e fomos trabalhando os percussionistas para espalharem o nome da fábrica. Foi muito trabalho de base até conseguir uma fatia de mercado. Nossos instrumentos eram o nosso cartão de visita, pois eram muito bons. Hoje estamos com 12 anos de mercado, e vendemos para o Brasil inteiro. A King, hoje, é uma marca conceituada e reconhecida por toda a classe artística musical. E, continuamos a desenvolver novos produtos, sempre auxiliados pelos melhores mestres de bateria. Também fornecemos instrumentos especiais para São Paulo, para uma marca chamada Redenção. Quais são os novos projetos e quem são seus endorses? Endorses temos: Dudu No-

Estoque para pronta-entrega de todos os produtos.

Kit personalizado de percussão para bandas de pagode

bre, Mafran, Marechal, Molejo, Niltinho, Pavaroti, dentre outros, totalizam 15 na verdade. E quanto aos novos projetos, temos o Kit personalizado para bandas de pagode que inclui: Timbau (com Tripé), Caixa (com tripé), Repique de Mão, Surdo (com tripé), Repique de Anel (com tripé), Rebolo (com Tripé), Tamborim, Pandeiro, Cuica, Reco Reco e Ganzá - tudo isso personalizado com o nome da banda e pode sair colorido nas seguintes cores: Amarelo, Azul, Preto, Branco, Ver-

melho e Verde. E, mais, esses instrumentos já saem da fábrica com capa (bags) especiais. A King estará sempre desenvolvendo novos produtos para melhor atender aos percussionistas.

Transporte próprio: atendimento rápido, eficiente e personalizado.


JGNEWS Alberto Guimarães

PORTUGAL

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J. Velloso: um artista feliz Vinho do Porto e música brasileira é uma receita certa. Na cidade do Porto, teve lugar a apresentação do livro/CD "Santo Antônio e outros cantos", de J. Velloso. O evento foi uma iniciativa do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, que assim mostrou também ser sensível à cultura, uma instituição que, com acuidade, promove o controle da qualidade dos vinhos do Porto. "Santo Antônio e outros cantos", lançado no Brasil em 2010, entre a evocação do sagrado ou jornadeando pelo profano, estampa letras de canções que J. Velloso fez, sozinho ou em parcerias, ao longo de quase vinte e cinco anos de carreira. Trata-se de um livro acompanhado de um CD com sete interpretações por J. Velloso, compositor que tem sido gravado por vozes como as de Maria Bethânia, Gal Costa, Daniela Mercury, Zezé Mota, Vânia Abreu, Beth Carvalho, Belô Veloso e outros nomes. J. Velloso é sobrinho de Caetano Veloso e Maria Bethânia e neto de D. Canô. Conversando com ele nas

J. Velloso, Manuel Cabral (IVDP) e Durval Carvalho de Barros (Consulado do Brasil) margens do Rio Douro, onde sua avó sempre lembrava um dia ter molhado os pés, deparamos com um artista atento aos desafios da criação e produção musical e com um ser humano onde a emotividade e o afeto estão à flor da pele. Ele nos levou aos primórdios de sua carreira musical: "Eu nasci em Santo Amaro, na Bahia e cresci dentro de casa com o sucesso artístico e o reconhecimento de Caetano e Bethânia. Lembro a dedicação deles sempre de uma forma muito alegre, feliz e séria. Essa forma deles se comportarem diante da música vem muito da educação que receberam de minha avó e de meu avô. Trabalhar em música, para mim só poderia ser com esse jeito, com empenho como o deles. Eu me formei em veterinária e foi isso que me trouxe para a música, porque após a

formatura recebi convite para morar no Rio, porém não quis me afastar da Bahia para onde voltei. Minha avó, D. Canô, sugeriu que eu voltasse para Santo Amaro e abrisse um consultório e me convidou a viver na casa dela. Isso foi bom por tudo, principalmente por ter convivido com minha avó. Sou santoamarense, mas tinha vivido sempre na capital, em cidade grande. Em Santo Amaro eu vivi os sentimentos e o prazer de morar numa cidade pequena, no que ali sobra de afeto, de amizade e de consideração. Isso me marcou muito. Tinha uma visão da música, por conta de acompanhar a carreira de Caetano, Bethânia e outros amigos deles, como Gil, que faziam muito sucesso. Em Santo Amaro conheci e me aproximei por alguns músicos. Roberto Mendes musicou uma letra minha e a

partir daí continuei fazendo letra e direção de pequenos shows. Passei a fazer letras com outros compositores baianos e a ser gravado." Em 1997, a cantora Jussara Silveira incluiu em seu CD uma música de J. Velloso. Com as lágrimas lhe marejando os olhos, ele nos conta: "Maria Sampaio, fotógrafa e escritora, afilhada de Jorge Amado, desde o início me incentivou muito. O Professor Almiro Oliveira, um compositor de dobrados de filarmônica do interior da Bahia, um senhor de 80 anos para quem ela produzia as capas, tinha o hábito muito bonito de fazer músicas e dar de presente às pessoas de quem gostava. E fez uma chamada, Bolero 'Maria Sampaio' que ofereceu a ela. Maria Sampaio pediu-lhe autorização para que eu, que estava a começar, colocasse uma letra no


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Jorge Mautner, J. Veloso e Jorge Vercillo

JGNEWS bolero. Ele aceitou, com a doçura da pessoa que ele era, com o amor que tinha a Maria Sampaio e com sua grandiosidade de artista que faz os riscos ficarem pequenos. Fiz uma letra dirigida ao significado de Maria Sampaio dentro da minha família. Sou muito feliz pelos parentes que tenho e amo, e por toda a gente que tem sido agregada ao nosso grupo, à nossa família. Daí o verso "amigos são parentes que pude escolher", porque Mara Sampaio era isso: uma parenta nossa querida. Tem inevitabilidades, mas é muito bom essa possibilidade que a gente tem de escolher e conquistar uma amizade. Amizade é o maior sentimento que existe. Há uma grande cumplicidade naquela faixa, entre Jussara, que também era amiga de Maria Sampaio, Almiro Oliveira e eu". O trabalho desenvolvido por J. Velloso como produtor é referencial na música brasileira, e o álbum "Diplomacia", de Batatinha, é mostra disso. Sobre essa produção pedimos que nos falasse: "A produção do disco de Batatinha foi um prazer e uma necessidade. Ela surge da necessidade de afirmar a música baiana como arte. Batatinha era um músico de quem eu gostava muito. Ele não tinha ressentimento por ser pouco reconhecido artisticamente. Paquito, um roqueiro, me disse que Batatinha era bem o símbolo do não reconhecimento dos músicos baianos, mas era também o exemplo de que se podia fazer música com outra atitude no nosso Estado. Convidei Paquito para trabalhar comigo no projeto de fazer um disco de Batatinha e conseguimos apoio do governo da Bahia. Essa minha primeira produção, que fiz junto com Paquito,

PORTUGAL ganhou logo o Prêmio Sharp, concorrendo com outros grandes sambistas. Isso deu um fôlego novo ao samba da Bahia que continua a crescer até hoje. Infelizmente Batatinha estava doente e não viu o lançamento e o êxito do disco. Após isso produzimos o disco de Riachão que teve uma indicação para o Grammy. "J. Velloso levou adiante seu trabalho como produtor: "Eu produzi na Bahia um disco chamado Disco do Rosário dos Pretos, uma igreja que foi construída pelos escravos em Salvador, no Pelourinho. Assistindo a uma missa em que os cânticos tinham relação com as músicas ligadas aos afrodescendentes, pensei que podia fazer um disco com aquelas músicas e convidar artistas negros para colocarem as vozes, e grupos que tivessem conotação com a ritmia oriunda da África. Montei esse disco e entre as músicas tinha uma que parecia muito com samba de roda. O samba de roda de D. Edith do Prato no instigante disco de Caetano, Araçá Azul sempre ficou na minha memória e eu me encantava quando a ouvia em Santo Amaro nas festas da nossa família. Quando ouvi na Igreja do Rosário dos Pretos as pessoas cantando e batendo palmas igual como no samba de roda, pensei fazer o disco. Isso muito a partir da ideia de gravar Edith. Mas não sabia como isso ia acontecer, se ia ter dificuldade ou não no registro. Gravei esse disco todo na Igreja do Rosário dos Pretos, com a participação de Edith, Zezé Mota, D. Ivone Lara, Chico Cesar, Margareth Menezes. Tudo tinha de ser muito rápido. Foi uma loucura porque a Igreja não parava de ter missas, e nas praças próximas tinha mú-

20/09 A 20/10/2013 sica. A gente pedia para parar a música e gravava uma faixa em cinco minutos. Quando Edith foi gravar, levei umas amigas nossas que tinham aquelas vozes bem de resposta em samba de roda. Tudo foi gravado com muita facilidade e rapidez e pensei: o próximo projeto é fazer o disco de Edith do Prato. Assim nasceu a ideia de fazer depois o disco de Edith do Prato que hoje serve de referência para quem quer saber algo de samba de roda. Mais do que um disco de investigador pretendi produzir um disco que as pessoas ouvissem em casa, enquanto convivem, sambam, bebem. Procurei casar pequenos sambas e tornouse normal ouvir as pessoas cantarem essas sequências como se fossem naturais. Fico feliz porque esses sambas de roda foram preservados, estão registrados como domínio público, pertencendo ao povo brasileiro. "Ganhamos prêmio e me dá muita alegria pensar que tive a ideia de fazê-lo e que consegui realizá-lo com a ajuda de muitas pessoas". Além do CD incluído em "Santo Antônio e outros contos", J. Velloso tem outros dois discos seus: "Aboio para um rinoceronte", com o selo Eldorado e "J. Velloso e os cavaleiros de Jorge", lançado pela Biscoito Fino / Quitanda. Todo o trabalho de J. Velloso é atravessado por um posicionamento artístico: "O artista é reflexo da cultura de seu povo e enfrenta o dilema de como preservar as tradições, ou seja, de como fazêlo sem perder o bonde da mo-

dernidade. Das tradições brasileiras, passando pelo tropicalismo e desde a Semana de Arte Moderna em 1922, os artistas assumiram a coragem da autenticidade brasileira ao ponto de não ter medo de se aproximar de uma arte fora do seu limite territorial. Coragem é muito importante. Minha avó, D. Canô, disse uma frase que passei a Jorge Vercilo, meu parceiro, e ele colocou numa música, algo que desde que ela se foi sempre lembro: ser feliz é para quem tem coragem." J. Velloso é um homem tranquilo e um artista inquieto. Sobre ele escreveu Jorge Mautner, outro parceiro: "Todos os dias e todas as noites, os tambores dos candomblés batem por ele, e dentro dele, o tempo todo, a vida toda, sem parar!!!". O artista se apresentou dia 7 de setembro, na Semana da Diversidade, no Largo 2 de Julho, em Salvador; dia 10 de setembro em Bruxelas, na Bélgica, no Music Village; dia 12 de setembro na Maison de l'UNESCO em Paris, França, e, dia 15 na Lavage de la Madeleine, também em Paris.

Alberto Guimarães é correspondente da revista JG News em Portugal. Contato: alberto.ammguimaraes@gmail.com


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JGNEWS Viviane Marins

MONTE DE COISAS BOAS

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Aconteceu e ainda vai acontecer ARMANDINHO, XANGAI E MARIO ULLOA Encontro de Virtuosos em única apresentação Aconteceu no dia 22 de agosto, no Teatro Rival Petrobras, RJ, um encontro de virtuosos: Armandinho com sua guitarrinha alegre, Mario Ulloa com seu violão clássico e Xangai com seu canto de

cantador do interiorzão do Brasil. Estilos diferentes, mistura preciosa que anda em falta nos palcos mundo afora. Xangai, Armandinho e o costa-riquenho Mario Ulloa já tocaram juntos, mas sempre em duplas, como um trio, foi a primeira vez. Considerado um violonista de técnica apurada, a música erudita de Mario Ulloa se juntou à guitarra animada de Armandinho e à baianice interiorana do cantador Xangai roteiros diferentes, mas todos igualmente interessantes. Além das músicas de

Armandinho como "Desde menino" , "Pororocas" e de Xangai "Água" e "Estampas Eucalol", o repertório incluiu canções de Ataulfo Alves, de Jacob do Bandolim e do venezuelano Simon Diaz.

JULIO IGLESIAS 70 anos O cantor Julio Iglesias completa, em setembro, 70 anos dos quais 44 cantando. Como o nosso Roberto Carlos, o espanhol continua via-

jando, apresentando-se em vários países pelo mundo e recebendo homenagens por onde passa. Em abril, desembarcou na China, onde foi premiado pelo Guiness Book, como o artista latino que mais vendeu discos no mundo: mais de 300 milhões. Suas músicas ganharam versões em inglês, alemão, chinês e português. Iglesias já fez duetos com Diana Ross, Steve Wonder, Willie Nelson e os brasileiros Roberto Carlos, Daniel e Zezé di Camargo & Luciano (link abaixo), entre outros. http://youtu.be/fx2AYfkxhiI


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LANÇAMENTOS FONOGRÁFICOS

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ANDRE E FELIPE PAZ E AMOS SONY MUSIC GOSPEL

CASTING CROWNS COME TO THE WELL SONY MUSIC GOSPEL

KERRIE ROBERTS TIME FOR THE SHOW SONY MUSIC GOSPEL

LEELAND THE GREAT AWAKENING SONY MUSIC GOSPEL

MERCY ME THE HURT & THE HEALER SONY MUSIC GOSPEL

MICHAEL W. SMITH WONDER SONY MUSIC GOSPEL

MICHAEL W. SMITH GLORY SONY MUSIC GOSPEL

RENASCER PRAISE NOVO DIA NOVO TEMPO SONY MUSIC GOSPEL

ROBINSON MONTEIRO É SÓ CRER SONY MUSIC GOSPEL

ANITTA ANITTA WARNER MUSIC

JOHN MAYER PARADISE VALLEY SONY MUSIC

MINISTÉRIO ALÉM DO VÉU AO VIVO SONY MUSIC GOSPEL

www.lourenco.art.br


JGNEWS Elias Nogueira

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eliassnogueira@gmail.com

Big Gilson lança "Aqui pra você". Disco em português!

O artista veio confirmar que é o melhor guitarrista de blues do Brasil! Big Gilson é um guitarrista autodidata, cantor e compositor, reconhecido internacionalmente por público e crítica, e que toca seu instrumento (guitarra) desde os 15 anos. Começou com o blues branco de Johnny Winter, Eric Clapton e Roy Buchanan, passando depois a conhecer velhos mestres, como: Buddy Guy, Elmore James, Albert King, Freddie King, Robert Johnson e muitos outros. Já se apresentou por todo o Brasil, EUA, Canada, Argentina, Chile e Europa. Já dividiu palco na mesma noite com artistas do quilate de Steve Winwood (Brazilian tour), Johnny Rivers (70.000 pessoas), Johnny Winter, Canned Heat, Mick Taylor (Rolling Stones), Magic Slim, e duas vezes com o mestre B.B. King. Fundador da lendária e extinta Big Allanbik, uma das pioneiras bandas de blues brasileiras, Gilson solidificou sua carreira no Brasil e no exterior aonde toca e lança CDs regularmente. O guitarrista, cantor e compositor tem 14 CDs lançados, sendo 4 com a banda Big Allanbik e o restante em carreira solo. "Aqui pra você" é o primeiro disco solo cantado em português e o primeiro de estúdio desde "Sentenced to living", de 2009. "Aqui pra você" vem com 10 faixas, execuções primorosas de guitarra sem overdoses, tudo na medida

certa, com muito bom gosto. Um encontro do classic rock com outras linguagens, como o hip hop e a surf music, num repertório que inclui material próprio e algumas homenagens certeiras. Vejam o que Big Gilson falou em entrevista. "Aqui pra você" - O último disco foi "Setence Live", há 4 anos. O tempo foi preciso; tem divulgação, criação, arranjos… tudo isso foi feito com calma e muito pensado. Autoramas e B Negão… - Participação dos Autoramas - aliás, foi você Elias, quem me apresentou, primeiramente ao Bacalhau (baterista). Lembro quando ele tocou comigo pela primeira vez: foi uma participação na Lapa, faz tempo. E, a minha primeira participação oficial foi no acústico dos Autoramas, muito bom. A baixista Flávia Couri pude assistir nuns shows dos Autoramas - aproveitei o recesso deles, uma época tranquila e pudemos fazer vários shows por esse Brasil todo, gosto do som que ela tira do baixo. Fizemos uma surf music maravilhosa. Sou fã do B Negão, fiz uma música exatamente para ele cantar, mas ele acabou escolhendo outra “Tomenta” canção que pedi ao Sergio Vid, que colocasse letra. Foi a segunda vez que dividimos composições - a letra foi inspirada nas enchentes provocada pelas chuvas que arrasaram Teresópolis (onde

mora Vid). Foi um casamento perfeito, prazeroso. A outra parte da letra o B Negão arrasou também, falando do cotidiano. Disco em português - Minha carreira é longa e têm fases distintas, essa é uma delas. É a primeira vez que faço um trabalho totalmente cantado em português. Foi um grande desafio para mim, cantar e compor no nosso idioma - foi tudo diferente. Acho que ficou melhor que cantando em inglês. Erasmo Carlos - Erasmo Carlos é mestre. "É preciso dar um jeito meu amigo", lançado pelo Tremendão em 1971, foi pinçado por mim de uma seleção de mais de 40 canções, feita por Gil Eduardo. É um blues e caiu bem, ficou pesado. O Gil Eduardo é meu cúmplice, é o terceiro trabalho que faz comigo.

Big Gilson com Gil Eduardo

The Beatles - Os Beatles sempre marcaram presença em meu trabalho. Apareço com "She's a woman", recriada magistralmente em versão instrumental pelo mestre Jeff Beck, meu inspirador. O arranjo é quase irreconhecível. Gringa - Sempre fiz mais shows no exterior. Este disco veio para mudar isso! Sou muito querido no exterior, mas quero também ser muito querido no Brasil, no meu país! (risos)


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http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=HG4LnYp9GSw

Universal lança box de Vinícius de Moraes Celebrando o centenário de nascimento de Vinicius de Moraes (19 de outubro de 1913 - 9 de julho de 1980), a Universal Music lança a caixa "A benção, Vinicius - A arca do poeta". O box conta

com 20 CDs, incluindo 18 álbuns da discografia oficial do poeta e duas coletâneas. São títulos lançados originalmente entre 1956 e 1981 pelas gravadoras Elenco, Philips, Odeon e Ariola.

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Zé Ramalho lançou biografia na Bienal do Rio A Madras Editora aproveitou a Bienal do Livro do Rio de Janeiro (RJ), para lançar "Zé Ramalho - O Poeta dos Abismos", um dos cantores/compositores mais representativos do nordeste brasileiro. O livro é divido em três partes. Na primeira, Zé fala sobre sua vida e inspiração. Na segunda parte, a obra apresenta uma série de depoimentos de colegas de profissão e amigos, como Alceu Valença, Elba Ramalho e Geraldo Azevedo. Na terceira e última parte, um caderno colorido com imagens históricas do cantor. 2013, é o ano que comemora 35 anos do lançamento de seu primeiro disco solo, "Zé Ramalho". Na estreia, o cantor apresentou seu estilo inconfundível de música e letra e emplacou clássicos como "Chão de Giz", "A Dança das Borboletas", "Vila do Sossego" e "Avôhai" (link acima). Essa última contou com a participação do tecladista suíço Patrick Moraz, exYes.

A Omega Instrumentos traz um novo conceito ao mercado: Excelência em custo benefício. Sabemos que o músico é alguem que lida com emoções e que o instrumento musical tem um valor que vai muito além do custo do instrumento. Nossos instrumentos são fabricados sob padrões e certificações internacionais.

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http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=pE_1V0phMW8

Disco com material inédito dos Beatles A coleção "On Air - Live At The BBC Volume 2, que contará parte da história da maior banda de rock de todos os tempos, contém registros dos The Beatles na rádio BBC de Londres. O produto agrega gravações de músicas e trechos de entrevistas com os locutores da rádio. A primeira edição, lançada em 1994, tinha 56 faixas musicais e mais 13 faixas com diálogos entre a banda e os apresentadores da BBC. Como o grupo se apresentava frequentemente na emissora, ainda existem inúmeros registros feitos entre 1962 e 1970, quando

www.tiaflex.com.br

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lançaram seu último LP, "Let It Be". A BBC também está preparando o livro "The Beatles - The Archives BBC: 1962-1970, no qual Kevin Howlett transcreve trechos de entrevistas e reúne fotografias inéditas.

Paul, ativo e produzindo Paul McCartney acaba de lançar um novo single, "New" (link na cabeça da página). A música faz parte do seu próximo disco de inéditas, de mesmo nome da faixa. Mantendo a tradição de músicas com conteúdo motivador, Paul deixa sua mensagem no novo

som: "Podemos fazer o que quisermos, podemos viver

como decidirmos". (Ass)


JGNEWS Nido Pedrosa

MERCADO MUSICAL NORDESTINO

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MARCELO FREITAS

Músico, saxofonista, lança seu primeiro álbum solo, sob o titulo 'Embalada' Este registro em CD mostra toda versatilidade e sensibilidade do artista que já soma vinte e quatro anos de carreira. Marcelo faz sua estreia em grande estilo, o projeto conta com participações incríveis, como a do lendário 'Zimbo Trio', a excelência do piano de Amilton Godoy, além de uma orquestra com vinte e duas cordas, comandadas por dois gênios da música: Ruriá Duprat (premiado com dois Grammy's) e ainda, o fabuloso Lua Lafaiette com seus acordes cinematográficos. O Repertório: 1- Meu Silêncio (Luiz Fernando Gon-çalves -

Claudio Nucci); 2Foi Assim (Ruy Barata - Paulo André); 3- Na Estrada (Clóvis Aguiar); 4Contrato de Separação (Anastácia Dominguinhos); 5Minha (Ruy Guerra Francis Hime); 6Misong (Maurício Zangari Alfano); 7Isso e Aquilo; (Iso Fisher - Guilherme Ron-don); 8- O Que Foi Feito de Vera (Márcio Borges Milton Nascimento) e baladas brasileiras. Marcelo tem em seu currículo diversas participações como músico ao lado de grandes nomes da música brasileira, tais como, Alcione, Beth Carvalho, Berimbrown, Skank, Jota Quest, Nei Lopes, Almir Guineto, Leo Jaime, Zezé Di

Camargo & Luciano, Netinho de Paula, Jamelão, entre outros. O músico também vem adquirindo notoriedade como arranjador e produtor musical, nos últimos anos, emprestou seu talento para mais de mil gravações registradas como instru-

Gravações raras de Elvis são lançadas em box, com 3 CDs http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=282e50REAJg http://youtu.be/282e50REAJg

Elvis Presley foi relançado em box: "Elvis At Stax Deluxe Edition", com os discos "Raised On Rock" (1973), "Good Times" (1974) e "Promise Land" (1975). A caixa traz também faixas que não entraram nos discos e fotos raras. Todos os três discos foram gravados entre julho e dezembro de 1973, pois Elvis tinha obrigações contratuais que exigiam a entrega de três discos. O local escolhido foi o Stax Records, estúdio que é lembrado por ser o local onde foi gerado o "Soul de Memphis", com estrelas como Otis Redding, Isaac Hayes e Sam And Dave, entre outros.

mentista, arranjador e produtor musical. C o n t a t o s : marcelofreitasax@gmail.com www.youtube.com/ watch?v=GsYebBkF2Ak www.youtube.com/ watch?v=sJgFQdzzAuc www.tupirecords.com/


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