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ANO XVIII - EDIÇÃO 192 - SETEMBRO DE 2014

JG NEWS, SETEMBRO DE 2014

JOÃO PAULO ALBERTIM SEPULTURA ANITTA PAUL McCARTNEY ANDRÉ MEHMARI PAULA FERNANDES CRISTINA MEL ERIC CLAPTON e JJ CALE

TEXTOS DE: MÁRCIO PASCHOAL, ELIAS NOGUEIRA, NIDO PEDROSA, ROBSON CANDÊO, VIVIANE MARINS, ANTONIO BRAGA, PATRÍCIA RODRIGUES e ALBERTO GUIMARÃES Comentários

Entrevistas

Lançamentos

Instrumentos Musicais & Acessórios


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MATÉRIA DE CAPA

Antonio Braga-Editor

Ele só compõe Sucesso Claudemir da Silva, ou Claudemir Rastafari é compositor do primeiro escalão do samba e proprietário da editora Rastafari Music, administrada pela Som Livre. São mais de 300 músicas gravadas, muitas dessas, sucessos nacionais nas vozes dos maiores artistas do samba brasileiro. Em entrevista exclusiva, Claudemir nos conta passagens de sua vitoriosa carreira: Por que montar uma editora? Eu era da Deck Disck, saí e fui para a Universal. O Marcelo Pepe estava saindo da Universal e indo para a Som Livre e me aconselhou a montar minha editora e deixá-la ser administrada pela Som Livre. Fiz isso e não me arrependo. Houve um crescimento substancial na arrecadação de minha editora nesse período. Além do mais é bom ter um tentáculo dentro da Som Livre que lança muitos artistas. Como foi seu início na música? Eu e minha mãe sempre comprávamos vinis do Zeca Pagodinho, Bezerra da Silva, Fundo de Quintal e outros bambas do samba. Comprávamos numa loja de Caxias. Lembro quando um vendedor disse que havia chegado um disco que era supimpa, o Raça Brasileira. Eu sempre perguntava sobre os últimos lançamentos de samba. Esse disco não tinha ninguém na capa, ouvi no fone e me encantei com a voz do Zeca Pagodinho. Foi a primeira vez que ouvi o Zeca. Na comunidade onde eu morava, no Complexo do Alemão, toda sexta-feira tinha um pagode onde eu e meus pais frequentávamos. Naquele dia eu havia escutado o disco Raça Brasileira o dia inteiro. De noite, no pagode, cantei todas as músicas - tinha naquela época uns 12 para 13 anos. E instrumento, quando você

começou a tocar? Mais para frente um pouco comecei a flertar com o bandolim, depois o cavaquinho. Tenho um primo que fazia shows para turistas, aqueles de hotelaria onde um grupo fica tocando para os gringos, mulatas dançando etc. Aconteciam no Othon Palace, Meridien, Sheraton etc. Um dia o cara do cavaco faltou e me colocaram no lugar dele. O problema era que eu era ruim de cavaco, estava aprendendo, e só dava nota fora. Porém, mesmo sarrapiando as notas a empresária gostou muito de mim e me chamou para fazer a semana seguinte também. Para meu primo era um desconforto total, pois eu só dava nota fora o que estragava o lance. Além do samba para os gringos, meu primo tinha um grupo de swing à noite, para tocar nos bailes era o Samba 7. Coitado, queria me ajudar. Me levou para tocar na 'Entrega dos Melhores do Ano', na Escola Unidos de Lucas. Ali eu percebi que tinha que estudar, porque teve um grupo que tocou antes da gente onde o cara do cavaco era bom páca. Quando chegou a hora de eu subir no palco para tocar morri de vergonha, mas toquei assim mesmo. Eu e Xande de Pilares fomos barrados de tocar cavaquinho no pagode dos Boleiros, no CCP de Pilares. Era um futebol que depois acabava num pagode e os caras não deixaram a gente pegar no cavaquinho. É bom lembrar que tanto eu quanto o Xande

éramos adolescentes e estávamos começando. Mas, depois desse episódio, sumi da noite por um ano. Fui estudar cavaquinho. Entrei no Villa-Lobos, estudei também no Falarte, e quando sai, estava comendo cavaquinho. Quando voltei para a noite estava tinindo. Estudei harmonia. E as composições, quando surgiram? Comecei a compor sozinho, desde cedo. Mas não sei quando foi nem quais foram as primeiras músicas que compus. Foram muitas. Como tinha muitos amigos produtores, toda hora tinha um lá em casa pegando umazinha para um grupo emergente. Meu primeiro parceiro de música foi o Charles Bonfim, depois foi o Riquinho, que foi um divisor de águas na minha vida, era muito didático. Aprendi muito com ele, assim como aprendi muito também com o Serginho Meriti - 12 anos de parceria - me ensinou muito como pessoa e musicalmente nem preciso dizer! Essa coisa dele de sempre buscar o melhor ficou em


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MATÉRIA DE CAPA mim. Lembro da primeira música que fizemos juntos, 'Amar Você', gravada pelo Sorriso Maroto. Quando já estava pronta eu lhe falei que achava que o refrão ainda não era aquele. Isso com muito jeito, né, primeira parceria. E a gente foi buscar uma melodia diferente e quando achei ele já caiu pra dentro com a letra. Eu falei " dias, meses...", e ele completou " ...anos luz a te amar...". Estava pronta! Essa música foi gravada primeiro pela Adriana e a Rapaziada e depois pelo Sorriso Maroto. Foi o seu primeiro grande sucesso? Não, quando conheci o Meriti já tinha muitos sucessos tocando. Mas não me pergunte pois não vou lembrar de nenhum. Lembro do primeiro choque que tomei de ouvir uma música minha na rádio, porque até então tudo era muito natural. Mas quando ouvi 'Ogum', na voz do Zeca Pagodinho tocando na rádio foi algo muito especial. Já havia ouvido na audição da Universal. Mas na rádio, cantando minha música... Era o meu ídolo cantando, um ídolo que eu curtia desde criança, quando cantava suas músicas, de quando ouvi sua voz naquele pau-de-sebo. Um cara que todo autor de samba quer ser gravado. Eu já havia sido gravado por grandes nomes como Alcione, Fundo de Quintal, Pixote, Exaltasamba, Leandro Sapucaí, Revelação enfim, com quase todos os artistas do samba, mas o Zeca é o Zeca. Só não gravei ainda com a Beth Carvalho e com o Jorge Aragão. E quais das suas músicas, na sua opinião, são as mais populares? Difícil dizer, mas atualmente acho que ‘Shiii (Fala Baixinho)’, com o Revelação, em parceria com Diney e Marquinho Índio, teve um sucesso

extraordinário; 'Aventureiro' com o Xande; 'Só Depois' e 'Vou te procurar' com o Revelação foram também especiais. 'Sinuca de Bico', gravada por Alcione e, posteriormente, por Reinaldo e pelo grupo Samba Pra Gente fez muito sucesso; 'Sentença' do atual CD e DVD de Alcione, parceria com Serginho Meriti e Batera, é a músi-ca de trabalho que está tocando nas rádios; também 'Queirós' é a atual música de trabalho do Revelação; 'Se eu largar o Freio' foi música de trabalho de Péricles, e a nova 'Êta Amor' também é nossa; Preliminares, com Mumuzinho; 'É Hoje', com Swing & Simpatia; "Não Dá Pra Desligar", com o Só Pra Contrariar; 'Pra Minha Mina', com o Bom Gosto; 'Repaginado' com o grupo Clareou; 'O Baú do Tesouro' com o grupo Samprazer; 'Ainda é Cedo', com Dudu Nobre; 'Jeito Insano', com Bianca Cardoso etc. Enfim, hoje tenho 14 músicas de trabalho tocando nas rádios com 14 artistas diferentes, não dá para lembrar de todas. E tempo para fazer isso tudo, como você se vira? Não dorme? Não durmo. Poucos compositores trabalham como a minha equipe, que costumo chamar de 'A Firma', composta por Mário Cleide, Marquinho Índio, Rosana Silva e eu. Também tem meu parceiro Diney, que não posso deixar de falar, apresentado pelo Mumuzinho e que logo de cara começamos a compor, e 'Aventureiro' foi o primeiro sucesso dessa dupla. Também não posso deixar de falar de Ricardo Batera, parceiro junto com Serginho Meriti em 'Sentença'. Tenho maior orgulho desses parceiros todos que tenho, pois parceria não é só fazer música, é também amizade, sem a qual não existe parceria. Mú-

sica não tem hora para fazer. Às vezes ligo para a rapaziada às 04:00 horas da manhã: 'Aí, vem pra cá...' e eles vêm e a gente faz. Sou muito noturno, desde criança. Queria dar um 'Salve' também para o grande amigo do estúdio Sonzeira, o Silvio Neto, que nos ajuda muito nas produções das músicas. Esse é um outro lance da gente, o cuidado especial com tudo. Mostramos a obra praticamente pronta, arranjos, escolha de instrumentos, enfim, profissional. Quando você compõe uma música já pensa no artista que vai gravar? Hoje é sempre assim. É nesse pé aí. Trabalhamos focados no artista que está precisando de música naquele momento. Ficamos trabalhando três meses, por exemplo, no disco novo do Mumuzinho, que está em estúdio; para o Diogo Nogueira, que está fechando disco agora; para o Revelação; para o Xande de Pilares; Trio Preto etc. No disco do Mumuzinho, por exemplo, entramos com 8 faixas. Nos outros estamos bem. E outros estilos fora do samba, você se arrisca? Sou sambista de nascença. Vivo o samba no dia-a-dia. Mas, estou flertando com outros estilos. No momento estou gravando com um Padre Sertanejo; gravei agora com a Fafá de Belém, mandei música para o Nei Matogrosso... Música é música! Tem que ter muita inspiração, né? Às vezes a música vem pronta. Ogum, por exemplo, foi um susto. Estava há quatro anos exclusivo na editora do Jorge Aragão e era o quarto ano que ele fazia disco e eu não tinha entrado em nenhum. Pedia a Deus uma luz para entrar no disco do Aragão. Era a semana em que

iria parar para ouvir as músicas enviadas para escolher o repertório. Numa dessas noites eu dei um pulo da cama e disse: Aragão é Jorge e Jorge é Ogum! Passei a madrugada compondo. Tinha marcado, anteriormente, com o Marquinho PQD de manhã, pois ele só trabalha de manhã. Quando ele chegou eu ainda estava acordado fazendo a música e buscando um refrão, e aí matamos a música. Ligamos para o Aragão, mas ele iria fazer um disco de Samba de Quadra, nem ouviu o nosso. Passaram uns anos. E fui no Zeca, na época da escolha de repertório. Fiquei lá o dia inteiro, gente para caramba. Ficou tarde, cansei e estava indo embora, guardei o violão e percebi que ele estava dando a volta atrás de mim. Aí, não perdi tempo, me apresentei, disse que havia sido parceiro do Beto Sem Braço, que ele já havia estado na minha comunidade e tal... "Vim aqui a convite do Brasil e do Bernini na intenção de te mostrar um samba"... Pedi um minuto da atenção dele para eu mostrar a música. Mandou eu aguardar um instante que ia no escritório e voltava. Achei que não ia rolar, as audições lá começam de manhã cedo. Mas voltou. E quando voltou já me encontrou com o violão a postos e mandei. Quando chegou no refrão parecia que todo mundo já conhecia a música e cantaram juntos. Ele gravou. Assim como foi legal, foi legal também a primeira vez que fui numa audição do Fundo de Quintal para mostrar uma música e acabei mostrando três, e eles acabaram gravando as três naquele disco: 'A Paz', 'O Verdadeiro Amor' e 'Quero Ver Cantar No Contratempo'. E por aí vamos...


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A Omega Instrumentos traz um novo conceito ao mercado: Excelência em custo benefício. Sabemos que o músico é alguém que lida com emoções e que o instrumento musical tem um valor que vai muito além do custo do instrumento. Nossos instrumentos são fabricados sob padrões e certificações internacionais.

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Elias Nogueira

BOMBANDO POR AÍ

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LANÇAMENTOS, INTERNET, NOVA BANDA

Sepultura: 30 anos com CD/DVD gravado no Rock in Rio

Anitta em um longa-metragem americano

Sepultura lançará em setembro seu novo álbum "Metal Veins - Alive at Rock in Rio. O projeto foi gravado ao lado do grupo de percussão Les Tambours Du Bronx na apresentação do Rock in Rio no ano passado e sairá pela Sony Music em parceria com a MZA Music, nos formatos CD, DVD e digital, em comemoração aos 30 anos de carreira. No repertório sucessos do Sepultura, como "Refuse/Resist", "Territory" e "Roots Bloody Roots", além de outros clássicos da banda. Como extra, um documentário de 25 minutos mostrando os bastidores e intimidade dos músicos. Produção: MZA Music, Eagle Rock e Sony Music Brasil.

Anitta rodou cenas do filme americano "Breaking Through", na casa de show Barra Music, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, onde cantou em inglês a canção "Into the Night" e dividiu o palco com o dançarino Robert Roldan, um dos concorrentes do reality show americano "So You Think You Can Dance", em 2010. Anitta interpreta ela mesma, aparece vestida com uma bata amarela e short curtíssimo, caprichando na coreografia sensual. O convite partir do produtor Uri Singer que extendeu o convite também para a atriz Bruna Marquezine. Uri conheceu Anitta depois de assistir o DVD "Meu Lugar". Breaking Through: O filme, é um documentário sobre dança urbana geração YouTube. Dirigido por John Swetnam ("Evidências"), conta a história de Kacy (Sophia Aguiar), uma dançarina que vislumbra a fama através do sucesso de seus vídeos no YouTube.

Banda do Mar com Marcelo Camelo e Mallu Magalhães Recém-formada a Banda do Mar é composta por Marcelo Camelo, Mallu Magalhães e Fred Ferreira, e já disponibiliza a primeira música "Hey Nana" na pré-venda do CD de estreia no Itunes. A compra antecipada do álbum garante aos fãs a aquisição prévia da faixa "Mais ninguém".

Paul McCartney em novo clipe: "Early Days" https://www.youtube.com/watch?v=QvBVIA_ZaNg "Early Days" dirigido por Vicent Haycock, remete ao início da carreira de Paul, quando conheceu John Lennon e formou a maior banda de todos os tempos. Ao invés de reproduzir a Liverpool dos anos 50, a produção se passa no sul dos Estados Unidos, com dois atores negros como líderes da banda. Johnny Depp, que faz uma ponta como integrante da banda.


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Nido Pedroza MERCADO MUSICAL NORDESTINO

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João Paulo Albertim - Toca Pernambuco A música pernambucana recebeu mais um lançamento especial, o álbum 'Toca Pernambuco', do talentoso instrumentista João Paulo Albertim, cavaquinista de 5 cordas com formação acadêmica concebida no Conservatório Pernambucano de Música. Neste trabalho, além de demonstrar as possibilidades de combinações timbrísticas, são estimuladas as inserções, fusões de gêneros e ritmos musicais pouco conhecidos do grande público como o Caboclinho (Perré Bumba), Frevo de Rua, Xote e a Toada. A concepção deste projeto tem a direção musical do maestro, arranjador, bandolinista e professor Marco César, além disso, conta com a presença marcante de maravilhosos grupos e artistas virtuosos, dignos de destaques, que deram um brilho todo especial ao trabalho, a exemplo do Quinteto da Paraíba (cordas friccionadas), na faixa 'Grandes Lições'; José Gomes (piano), na faixa 'Caminhando nas Nuvens'; Maestro Spok (arranjo e saxofones), na faixa 'A Banda no Frevo'; Adelmo Arcoverde (compositor e viola de 10 cordas), na faixa titulo 'Toca Pernambuco' e na faixa 'Agoniada'; Guilherme Calzavara (violão erudito), na faixa 'O Baú do Albertim'; Harvey Wainapel (USA) (sax soprano), na faixa 'Seu Emiliano'; e Ewerton Sarmento (Bozó) (compositor e violão de 7 cordas), na faixa 'Sivucando' (uma homenagem ao acordeonista e compositor Sivuca). Da nova geração de músicos,

destacam-se também, os grupos Arabiando, Galho Seco e Quinteto de Bandolins do Recife; o percussionista Lucas dos Prazeres; os violonistas Pepê e Alexandro Sobreira; o acordeonista Júlio Cezar; Roberta Belo no oboé com suas doces frases e ainda, a execução e arranjo perfeito de Paulo Arruda. Fica evidente nesse álbum, o requinte dos arranjos, as harmonias precisas, a excelente técnica, o domínio do instrumento, o cuidado e sutileza nas execuções das obras sem aqueles excessos desnecessários. Um time de primeira, onde podemos afirmar que o novo artista veio para ficar e registrar seu nome na galeria dos grandes nomes. 'Toca Pernambuco', indicado ao Prêmio da Música Brasileira, resgata a qualidade musical que há muito não se ouve no meio artístico. Um CD de gente grande. João Paulo Albertim nasceu no Recife/PE em 18/11/ 1984, é cavaquinista, bandolinista, compositor, arranjador, produtor musical e vem se destacando como um virtuoso cavaquinista. Começou a dar seus primeiros passos na música aos 13 anos ao ganhar o primeiro cavaquinho presenteado por seus pais, quando moravam na cidade de União dos Palmares-Alagoas. Aos 18 anos ingressou no Conservatório Pernambucano de Música onde cursou sob a orientação do professor, maestro, arranjador e bandolinista Marco Cesar nas disciplinas de Cavaquinho e Bandola, sendo o primeiro aluno de cavaquinho a se formar na instituição. Apesar da pouca idade, João já participou de várias gravações, a

exemplo dos CDs: 'Choros Pernambucanos Vol.1 e Vol.2' com o Grupo Sexteto Capibaribe (2003 e 2006); 'Cantando Capiba' do cantor Gonzaga Leal (2004); 'Choros n°2' e 'Choros n°3' de Inaldo Moreira (2007 e 2009); 'Frevos de Rua do Novo Milênio Vol.3' Inaldo Moreira (2004); 'Acordes Pra Jacaré' (tributo ao grande cavaquinista Antônio Silva Torres, mais conhecido por Jacaré do Cavaquinho) onde interpretou suas obras ao lado de grandes nomes da música brasileira como Mauricio Carrilho, Luciana Rabello, Marco Cesar, Henrique Annes, Bozó 7 Cordas e Néneu Liberalquinho em 2006; 'Valsas Pernambucanas Vol.1' de Beto do Bandolim (2006); 'Nove de Frevereiro' de Antonio Carlos Nóbrega (2008); 'Concurso de Músicas Carnavalescas' com a Banda Sinfonica da Cidade do Recife sobre a regência do Maestro Néneu Liberalquino (2005, 2006, 2007, 2008 e 2009); 'Vinte anos Cantando Frevo' Coral Edgar Moraes (2008); 'Gravações Monbitaba Vol. 2' Johann Brehmer (2008); 'Caminho de Casa' com o Grupo Arabiando (2009); '90 Anos-Bloco das Flores' (2010); 'Não me peçam jamais que eu dê de graça tudo aquilo que eu tenho pra vender' de Herbert Lucena (2011); 'Um Bloco em Poesia-10 Anos de Poesia' sob direção de Dalva Torres (2010); 'Samba de São JoãoGeraldo Maia' com o Grupo Arabiando (2007); 'Grandes Lições' com o Grupo Galho Seco, premiado no Concurso Jovens Talentos do Conservatório Pernambucano de Música (2011); 'Amigos

Brasileiros' do saxofonistaClarinetista Harvey Wainapel (E.U.A) com a Orquestra Retratos do Nordeste (2011). O artista também participou de vários festivais nacionais e internacionais como o 'Circuito Pernambucano de Choro' - etapas 1, 2 e 3 nas cidades de Goiana, Olinda, Recife e Pesqueira-PE; 'Chorando na Aurora', em RecifePE; 'Mel, Chorinho e Cachaça', na cidade de Viçosa-CE; 'MIMO - Mostra Internacional de Música de Olinda-PE' (2007, 2008, 2009 e 2010); 'Festival de Inverno de Garanhuns-PE' e ainda, fez tournée na França em 2008 com o cantor Herbert Lucena, se apresentando nos Festivais de Gannat, Alençon, Issoire, Clermont Ferrant, Vichi, Le Donjon, Puy Guillaume e Echaussieres. Se apresentou na Embaixada do Brasil em Buenos Aires, Argentina, representando Pernambuco com o Grupo Chorando em PE; 'Encontro de Bandolins e Violões'Recife-PE); 'Instrumental in Concert' (Recife-PE), entre outros. Como integrante da Orquestra Retratos do Nordeste participou dos shows e concertos de vários artistas da música brasileira e internacional, dentre os quais podemos citar: Antonio Carlos Nóbrega, Joel Nascimento (Concerto para Bandolim e Orquestra de Câmara - Radamés Gnatalli), Coral Edgar Moraes, Nonato Luiz, Maestro Duda, Maestro Spok, Harvey Wainapel. Atuou como solista erudito da Orquestra Retratos do Nordeste executando o Concerto em Dó Maior para Bandolim e Orquestra (Antonio Vivaldi) no Cavaquinho na


JG NEWS, SETEMBRO DE 2014 Igreja Rosário da Boa Vista em Recife-PE no ano de 2009. Executou a música Grandes Lições (João Paulo Albertim-Marco Cesar) com a Orquestra Sinfônica Jovem do Conservatório Pernambucano de Música sob a Regência do Maestro José Renato Accioly no Teatro de Santa Isabel em Recife-PE no ano de 2010. Realizou uma série de Concertos-Aula nas Cidades de São Lourenço da Mata-PE e Recife-PE sobre o Cavaquinho e o Violão na Música Popular Brasileira, nas escolas da rede pública de ensino representando o Conservatório Pernambucano de Música. Atualmente João Paulo atua como docente dando aulas particulares de cavaquinho e teoria musical, e

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está concluindo o Curso Superior de Produção Fonográfica na Faculdade AESO Barros Melo, em Olinda-PE. Para maiores informações e contatos:

João Paulo Albertim CD Toca Pernambuco E-mail: jpbacavaco@hotmail.com

Foto de Joel Veiga


LANÇAMENT0S FONOGRÁFICOS

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TRIO NASCIMENTO MARQUE UMA GERAÇÃO MK MUSIC

SÉRGIOMARQUES&MARQUINHOS ABENÇOADO MK MUSIC

THE WHO QUADROPHENIA UNIVERSAL MUSIC

ANIMAL AMBITION AN UNITAMED DESIRE TO WIN UNIVERSAL MUSIC

KHORUS O QUE A FÉ PODE FAZER SONY MUSIC GOSPEL

BELLA VITTOR NÃO VAMOS MAIS PARAR SONY MUSIC GOSPEL

5 SECONDS OF SUMMER 5 SECONDS OF SUMMER UNIVERSAL MUSIC

LOVE WITHIN BEYOND UNIVERSAL MUSIC

AMOR D+ VOLUME 3 SONY MUSIC GOSPEL

WOW GOSPEL 2014 SONY MUSIC GOSPEL

IGGY AZALEA THE NEW CLASSIC UNIVERSAL MUSIC

ENRIQUE IGLESIAS SEX LOVE UNIVERSAL MUSIC

BRUNO & MARRONE AGORA AO VIVO SONY MUSIC

SAMBA SOCIAL CLUBE A MAIOR RODA DE SAMBA UNIVERSAL MUSIC

DVD E KARAOKË DUDU E MIMI MK MUSIC

THE VAMPS STORY OF THE VAMPS UNIVERSAL MUSIC


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Cristina Mel agora é Sony Music A cantora Cristina Mel acaba de assinar contrato com a Sony Music e o lançamento do projeto inédito infantil com produção de Rogério Vieira já é uma realidade. O CD "Turminha da

LANÇAMENT0S FONOGRÁFICOS Cristina Mel - Fazendo a Diferença" estará nas prateleiras no dia das crianças. Músicas inéditas com participação de um coral de crianças em todas as faixas, incluindo a filha da cantora, Isabela. O disco traz temas bastante atuais como redes sociais, internet, bullying, amizade, brincadeiras. Mas o projeto também irá tratar de um tema bastante sério, a questão da pedofilia.

Paula Fernandes grava DVD de duetos https://www.youtube.com/ watch?v=JyZdrkrxD4o

O clipe de "You're Still The One", hit de 1999 ganhou uma nova versão, com grande parte da letra em português. A própria Paula cuidou da tradução e Shania mostrou que leva jeito para o nosso idioma. "You're Still The One" fará parte de um DVD de duetos, chamado "Encontros Pelo Caminho", confirmado pelo escritório da mineirinha, o Jeito de Mato Produções.


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Márcio Paschoal COMENTÁRIOS DE MARCIO PASCHOAL

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MERECIDO TRIBUTO A UM ANTI-HERÓI DA GUITARRA CD: "The Breeze - an appreciation of JJ Cale"

John Weldon Cale nasceu na cidade de Tulsa, Oklahoma, em 1938. Criou um estilo único de tocar guitarra e compor, a que autodenominou de "tulsa sound", uma espécie de mescla de blues, música country e jazz. Avesso a badalações, tornou-se mais conhecido como o autor de dois megahits de Eric Clapton: "Cocaine" e "After midnight". Aliás, o próprio Clapton é quem mais o admira e, admite, de certa forma ter se inspirado, garantindo "ao lado de Hendrix, Cale foi o músico que mais me impressionou". Por isso se entende a homenagem em disco ao artista, "The breeze: an appreciation of JJ Cale" (selo Surfdog). Junto a convidados e performers do instrumento, como Mark Knopfler, Don White e John Mayer, Clapton nos mostra 16 faixas com o melhor de Cale. Os sucessos "Cocaine" e "After midnight"

foram deixados de fora. Talvez Clapton quisesse provar que o talento autoral de Cale era mais do que isso, ou estivesse padecendo da "síndrome Satisfaction" de não aguentar mais atender a pedidos. O fato é que os títulos selecionados são ótimos, a

começar pela que nomeia o CD, o blues "Call me the breeze". Originalmente gravado pelo grupo estadunidense do sul, Lynyrd Skynyrd, traz uma versão com solos de três guitarras no ponto. O trabalho segue intenso e homogêneo. A faixa "Rock and Roll Records" vem com um Tom Petty dividindo os vocais com elegância. A levada clássica de Knopfler aparece em "Someday" e em menor escala em "Train to Nowhere". Não há destaques maiores no disco, como se fosse seguida à risca uma norma de JJ Cale: a discrição e, o fundamental, a arte acima dos trejeitos. Clapton deixa claro que está não só resgatando a memória do amigo, mas enaltecendo sua obra e, de certa forma, pagando uma dívida de gratidão de início de carreira. Sem a pompa e esplendor do realizado


JG NEWS, SETEMBRO DE 2014 para o amigo George Harrison (2003), este tributo revela um guitarrista que impôs um estilo original de tocar e compor. Como se pode notar na excelente "Lies", com Mayer e Clapton, formato que se repete em "Magnolia". A faixa "Cajun Moon" tem também belo solo de Reggie Young. O espírito e a pegada de Cale estão retratados com fidelidade pelos músicos: solos limpíssimos, com poucas notas, não raras vezes com a sobreposição de guitarras, facilmente detectados em joias, como "Songbird" (com Willie Nelson) e "I got the same old blues" (outro baita sucesso do Lynyrd Skynyrd) . "The breeze..." tem a produção de Clapton e Simon Climie, e conta com um time de respeito: Nathan East no baixo; Jim Keltner, bateria; Jimmy Markham, harmônica; Walt Richmond,

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órgão hammond, entre outros. JJ Cale morreu às 20h de uma sextafeira, no dia 26 de julho de 2013, no Scripps Hospital, no balneário La Jolla, em San Diego, Califórnia, de um infarto agudo do miocárdio. Deixou saudades e um enorme legado, do tamanho da

sua aversão aos holofotes, cujos efeitos e incômodos, o amigo Eric tenta agora, com respeito e admiração, subverter. Uma homenagem mais do que merecida e um disco para se guardar e ouvir com carinho, pulsando e "tulsando" nas veias.


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AUTORES / SBACEM

GALERIA DOS IMORTAIS

Principais sucessos de autores que deixaram saudade Gordurinha (10/08/1922 - 16/01/1969) Baianada (1959) Baiano burro nasce morto (1959) Cabra macho (1954) Chiclete com banana (1958) Olha o rapa (1961) Paulo Afonso (1959) Pedido a Padre Cícero (1959) Quixeramobim (1956) Súplica cearense (1958) Vendedor de caranguejo (1958)

Haroldo Lobo (22/07/1910 - 20/07/1965) Acho-te uma graça (1952) Allah-lá-ô (1941) A Maria tá (1960) Cabo Laurindo (1945) Coitado do Edgar (1945) E o 56 não veio (1944) Emília (1941) Eva (1952) Eu quero é rosetar (1946) Guiomar (1944) Índio quer apito (1961) Juro (1937) Lili (1950) Marcha do faquir (1956) Miau... miau (1938) Não vou morrer (1955) O passo do canguru (1940) O Sanfoneiro só tocava isso (1950) O retrato do velho (1951) Odalisca (1947) Passarinho do relógio (1939) Pra seu governo (1950) Quem chorou fui eu (1952) Recado que Maria mandou (1945) Retrato do Velho (1951) Serpentina (1950) Tem galinha no bonde (1942) Tristeza (1965) Verão do Havaí (1943)

Mário Rossi (23/05/1911 - 12/10/1981) A valsa dos noivos (1944) Beija-me (1943) Bodas de prata (1945) Cidade do interior (1947) Corpo de mulher (1953) Dilema (1957) Dois punhais (1946)

Dorme que eu velo por ti (1946) E o destino desfolhou (1937) Perdoa-me (1944) Prisioneiro (1945) Renúncia (1942) Revelação (1945) Se o tempo entendesse (1950) Telhado de vidro (1949)

Marino Pinto (18/07/1916 - 28/01/1965) Amanhã tem baile (1944) Aos pés da cruz (1942) Cabelos brancos (1949) Calúnia (1951) Cicatrizes (1951) Cidade do interior (1947) Estrela do mar (1952) Filial de drogaria (1947) Foi bom (1956) Jacarepaguá (1949) Largo da Lapa (1942) Nono mandamento (1946) Prece (1956) Preconceito (1941) Pula, caminha... (1952) Que confusão (1954) Que será (1950) Retrato do velho (1951) Reverso (1950) Se o tempo entendesse (1950) Segredo (1947) Tormento (1948)

Newton Teixeira (16/04/1916 - 07/03/1990) Até o amargo fim (1949) Avenida iluminada (1969) Corpo de mulher (1953) Deusa da minha rua (1939) Deusa do cassino (1938) Malmequer (1940) Professora suburbana (1956) Revelação (1945) Tempo de criança (1942) Você não tem palavra (1940)

Orestes Barbosa (07/05/1893 - 15/08/1966) A mulher que ficou na taça (1934) Arranha-céu (1937) Chão de estrelas (1937) Ciúme (1933) Dona da minha vontade (1933)

Flauta, cavaquinho e violão (1945) Flor da noite (1934) Flor do asfalto (1956) Meu companheiro (1932) Meu erro (1936) Meu São João (1935) Não sei (1951) O Nome dela não digo (1936) O Vestido das lágrimas (1935) Olga (1933) Ouve esta canção (1933) Palhaço do luar (1934) Por teu amor (1934) Positivismo (1933) Quase que eu disse (1935) Romance (1934) Saudade do arranha-céu (1933) Serenata (1935) Soluço (1935) Suburbana (1938) Tens razão (1937) Torturante ironia (1935) Três anos de amor (1945)

Brasinha (10/12/1925 - 16/04/1998) A lua é dos namorados (1960) A patroa me contou (1966) A última orquestra (1970) Alegria de pobre (1962) Avenida iluminada (1969) Bicho carpinteiro (1967) Casa de sapé (1964) Força total (1961) Marcha da novela (1965) Marcha do faquir (1956) Marcha do Kung-fu (1975) Marcha do pescador (1962) O direito de nascer (1966) O Sheik de Copacabana (1966) O último a saber (1968) Oh que delícia de mulata (1968) U-ni-du-ni-tê (1967) Zé Marmita (1953)

Valfrido Silva (12/08/1904 - 06/01/1972) O tic-tac do meu coração (1935) Corina (1950) Estão batendo (1955) Quem canta seus males espanta (1936) Vai haver barulho no chatô (1933) Pesquisa: Patrícia Rodrigues/Sbacem


JG NEWS, SETEMBRO DE 2014

SKOL terá 3 Selos Musicais SKOL MUSIC, é uma nova plataforma de comunicação focada em música: patrocínios de eventos, festas e festivais (como Lollapaloza e Tomorrowland); portal sobre música (skol.com.br/music); aplicativo (Soundspot); rádio Skol com diversos canais, e os SELOS SKOL. A direção geral fica com Coy Freitas, e cada selo terá um produtor musical:

Viviane Marins Zegon, Carlos Eduardo Miranda e Dudu Marote, com casting artístico brasileiro: O selo Buuum, será de bassmusic. A cargo do DJ e produtor Zegon (mais de 100 discos, entre eles a nata do rap nacional do final dos 90 e começo dos 2000, como Sabotage, Racionais MC's, Marcelo D2, MV Bill e SNJ). Zegon também tem no currículo trabalhos com Kanye West, RZA, N.A.S.A. e M.I.A. No selo Tralalá, Miranda ficará à frente buscando o universo indierock (produtor de álbuns dos Raimundos, Otto, Cansei de Ser Sexy e O Rappa, além de ter sido empresário do Sepultura e idealizador do site Trama Virtual).

No selo Ganzá o produtor será Dudu Marote, responsável pela produção de discos de bandas como Skank, Jota Quest e Pato Fu, e Que Fim Levou o Robin? - dance music nacional que agitou a noite underground no começo dos anos 90. Cada selo irá contratar de três a cinco artistas em 2014 que serão revelados em setembro.


Alberto Guimarães

CORRESPONDENTE PORTUGAL

JG NEWS, SETEMBRO DE 2014

O piano emocional de André Mehmari No passado mês de Abril, o pianista brasileiro André Mehamari esteve em Portugal para gravar com a cantora portuguesa Maria João um tema para o CD, do qual é também produtor, "Maria Bonita e Outras Veredas" do cantor, violonista e compositor gaúcho Leandro Maia. André apresentou-se num concerto no Museu da Música e pouco depois, já retornado a São Paulo, onde reside, Mehmari contou a JG NEWS que "essa foi uma apresentação expontânea não planificada com grande antecedência mas que esteve acima das nossas expectativas". É de conversa franca, de trato afável, um dos mais brilhantes músicos brasileiros da atualidade. André Mehmari nasceu em Niterói, em 22 de abril de 1977 e encantou-se com a música assistindo sua mãe tocar piano na sala de casa. Aos oito anos, ingressou numa escola de música em Ribeirão Preto, para onde a família havia se mudado. Nessa época, descobriu o jazz e começou a estudar improvisação. Aos onze anos iniciou carreira profissional, tocando orgão em bailes, e aos treze integrava já trios, quartetos e fazia apresentações solo em casas especializadas em jazz. São desses tempos suas primeiras composições e arranjos para grupos musicais da cidade. Adolescente, André Mehmari começou a ensinar música e compôs pequenas peças de cariz didático, a convite de uma escola de música local. Em consequência, 21 Peças Líricas, mostrou-se um moderno complemento para musicalização infantil, apli-

cado com grande sucesso. Foi duas vezes selecionado para participar como bolsista do Festival de Inverno de Campos do Jordão (1993 e 1994). Em 1993, orientado por Roberto Sion e Gil Jardim, integrou a big band do festival, com a qual atuou até 1996. Em 1994, teve a oportunidade de conhecer o maestro Moacir Santos, participando de sua classe de arranjo. No ano seguinte realizou seu primeiro concerto com composições próprias no Festival Internacional Música Nova, em Ribeirão Preto. Em 1999 voltou para o Festival de Inverno de Campos do Jordão, como solista, acompanhado pela Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo. Em 1995, André, já residia na cidade de São Paulo, prosseguiu os estudos de piano com Amílcar Zani no Departamento de Música da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. Paralelamente, estudou como autodidata, arranjo e composicão, na biblioteca da faculdade e frequentou aulas de Willy Corrêa, Olivier Toni, Régis Duprat e Lorenzo Mammi, entre outros. Abriu-se um caminho de prêmios e distinções: Recebeu duas vezes o Prêmio Nascente (USP-Editora Abril, na categoria Música Popular-Composição, com os temas "De Sol a Sol" e "Capim Seco" (1995), e na categoria Música Erudita-Composição, com "Cinco Peças para Quatro Clarinetes e Piano", dedicada ao grupo de câmara Sujeito a Guincho (1997). Alcançou o primeiro lugar no Prêmio VISA de MPB Instrumental (1998), e amplamente elogiado pela crítica e pelo público, gravou o seu pri-

André Mehmari e Mário Laginha

meiro disco, pela Gravadora Eldorado, ao lado do contrabaixista Célio Barros, outro laureado no certame. Ainda em 1998, os dois se juntam ao baterista Sergio Reze e lançam o CD " Odisséia" (1998), tendo por base a improvisação total. Aos 20 anos, realizou arranjos para o espetáculo "Cinema em Concerto", da Orquestra Experimental de Repertório, realizado no Teatro Municipal de São Paulo (1998) e compôs "Quase uma Suíte", para cordas, inspirada no livro de contos de José Saramago "Objecto Quase". A obra foi executada pela primeira vez pela OSUSP - Orquestra Sinfônica da Universidade de São Paulo. Nesse período cria várias outras composições de âmbito erudito para diversas formações. Participou como co-autor e pianista no disco-balé "Soprador de Vidro", de Gil Jardim, sendo uma composição sua interpretada por Milton Nascimento (1998). Criou e gravou a música do balé "Sete" (1999), produzido pela Companhia Paulista de Dança, inspirado em textos de Nelson Rodrigues. Convidado pela Banda Sinfônica do Estado de São Paulo, compôs "Enigmas para Contrabaixo e Sopros".

Escreveu uma peça para concerto especial da Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo) com a Banda Mantiqueira, sob regência de John Neschling, de que resultou um CD (2000). Após conquistar o primeiro lugar no concurso nacional de composição "Sinfonia para Mário Covas" com a Sinfonia Elegíaca, lançou o álbum "Canto" (1999), onde tocou vinte instrumentos. No Heineken Concerts (2000), marcou presença como pianista e arranjador, ao lado de Mônica Salmaso, Proveta, Rodolfo Stroeter, Tutty Moreno e Toninho Ferragutti No ano seguinte participou do Chivas Jazz, no quarteto de Moreno. Em 2003 venceu o concurso nacional de composição "Camargo Guarnieri" promovido pela Orquestra Sinfônica da USP. Por ocasião dos 450 anos da cidade de São Paulo, compôs "Sarau pro Vadico", uma fantasia para orquestra sinfônica e quinteto de clarinetes, a partir de temas do compositor paulistano Oswaldo Gogliano, o Vadico. No mesmo ano, gravou o álbum "Lachrimæ", com composições próprias e clássicos da música brasileira, tendo distribuição mundial, no formato Super Audio CD. Com a


CORRESPONDENTE PORTUGAL

JG NEWS, SETEMBRO DE 2014 cantora Ná Ozzetti, André lançou em 2005 o CD "Piano e Voz", uma obra-prima da MPB. Ainda em 2005, compôs o quinteto para piano e cordas "Angelus", encomendado pelo Quarteto de Cordas de São Paulo. Em 2006, de permeio a uma intensa atividade na música erudita, no jazz ou compondo para balé, lançou a versão DVD de "Voz e Violão". 2007 foi para André outro ano de veemente atividade, tendo, por exemplo criado música orquestral para a abertura dos Jogos Panamericanos. Ainda em 2007, recebeu o Prêmio Carlos Gomes na categoria revelação, lançou "Contínua Amizade" (CD vencedor do Prêmio Rival/ Petrobrás na categoria instrumental), em duo com o bandolinista Hamilton de Holanda, e "...de árvores e valsas", primeiro trabalho em CD dedicado inteiramente às suas composições. O nosso voo de pássaro não se detém em todos momentos notáveis da carreira de André mas focaliza em 2008

foto de João Passos.

Conheço o André há muito tempo. Fui levado a ele por cantoras-amigas que temos em comum. Desde o primeiro instante em que subi a Serra da Cantareira senti a importância daquele ser gigante que vive para a

a sua participação como pianista e arranjador no CD "Nem Um Ai" de Mônica Salmaso, e outro CD que registrou com o clarinetista italiano Gabriele Mirabassi, "MIRAMARI", lançado em 2009 no Brasil e Europa. E avançamos até 2012 quando André gravou o CD ao vivo no Auditório do Ibirapuera, em São Paulo com o português Mário Laginha, pianista de jazz mundialmente conceituado. "Ficamos amigos. O Mário Laginha além de grande músico é uma pessoa maravilhosa", diz-nos André. A conexão portuguesa de André estava já no seu CD "Canteiro" (2011). Nele participaram dois portugueses, o cantor António Zambujo e o letrista, Tiago Torres da Silva. Tiago, conceituado autor teatral e letrista apurado que muito tem enriquecido com as suas palavras canções em Portugal e no Brasil, quando JG NEWS lhe solicitou um depoimento sobre André Mehmari, afirmou prontamente: "Falar do André será sempre uma ale-

gria porque ele é absolutamente fantástico". Porque palavras belas e impregnadas de sinceridade, deixamos o depoimento de Tiago Torres da Silva em anexo. André Mehmari é desde muito jovem um apaixonado pelo registro sonoro e tem em casa um estúdio com as melhores condições. No seu Estúdio Monteverdi, mixou e masterizou um disco de piano solo, "Tokyo Solo", que sairá este ano no Japão, onde André é muito admirado. "Das quatro vezes que estive no Japão, onde tenho alguns trabalhos editados, reparei que eles têm um profundo conhecimento da música brasileira. Apreciam a música verdadeiramente brasileira", expõe-nos. Quando lhe perguntamos o porquê da atração dos japoneses pela música brasileira, André reflete: "Toda a música feita com verdade tem universalidade e a capacidade de tocar a alma de qualquer ser humano". André nos brinda ainda com notícias boas: "Está che-

gando da fábrica o DVD gravado ao vivo comigo e com Gabriele Mirabassi no meu estúdio e acredito que no final de setembro, sairá "Ouro Sobre Azul", um CD meu dedicado ao repertório de Ernesto Nazareth". E de Pelotas, RS, nos diz Leandro Maia que o seu álbum "Maria Bonita e Outras Veredas", produzido por André, está na fábrica e será lançado em novembro, em Porto Alegre e São Paulo. André Mehmari prossegue. Emocionando quem o ouve. Alberto Guimarães

música. Serve-a e jamais se serve dela. Seja nas suas próprias composições, como em "de árvores e valsas" seja em composições alheias como em "Cais" de Milton Nascimento no cd "Canto", a gente vê sempre ali isso que está fora do homem ou dentro dele. O André traz o que de melhor existe nesse mundo subterrâneo ou interior e faz disso uma coisa simples não por ser fácil mas por ser bela. O trabalho que o André desenvolve ao lado de cantores é um caso raro. Porque André se rodeia de cantores e poetas que têm o mesmo amor à música que ele. Não quer estrelas, quer sacerdotes do seu ofício,

como ele é. Como eu tento ser! Por isso, ouça-se as parcerias que tem com Ná Ozzetti, Mônica Salmaso ou Sérgio Santos e maravilhemse os nossos ouvidos com a grandeza, o respeito ao silêncio, à música, à poesia!... Ouça-se também a abertura do último disco de Maria Bethânia: "Meus quintais". Assim que a primeira nota do piano de Mehmari emerge, já sabemos da obra-prima que se vai desenrolar à nossa frente. O André descobriu a frágil força da flor… Tenho o privilégio de ter feito algumas canções em parceria com André. Algumas estão ainda inéditas, mas duas foram gravadas no CD

"Canteiro" do próprio pianista. Uma delas - "Meia lágrima" - cantada pelo António Zambujo e a outra "Apenas o mar" cantada pela Mônica Salmaso. Esta última direi eu sem falsas modéstias que é uma das canções mais bonitas que fiz. Agora que começo a pensar no meu disco que celebra 25 anos de letra e canções, não tenho a certeza de muita coisa. Sei que a minha parceria com o André terá de estar presente. Sei que "Apenas o mar" terá que ser ouvida. Sei que agradecerei sempre pela maravilha de ter no meu caminho este homem que tem deuses na ponta dos dedos. E faz milagres! tiago torres da silva

André Mehmari


Patricia Rodrigues

PERFIL COMPOSITOR/SBACEM

JG NEWS, SETEMBRO DE 2014

Assis Valente: Um compositor notável O compositor Assis Valente sabia, como ninguém, retratar a vida carioca. Viveu numa época em que as composições musicais tinham grandes qualidades artísticas, com letras cheias de poesia e lirismo. Com sambas repletos de bom humor, tornou-se um dos compositores preferidos da cantora Carmen Miranda. Assis Valente destacou-se também como um dos primeiros autores a criar músicas para festas juninas, como "Cai, cai balão", gravado por Francisco Alves e Aurora Miranda. Seu nome de batismo era José de Assis Valente. Nasceu no dia 19 de março de 1908, na Bahia. Teve uma infância muito difícil. Foi criado por pais adotivos, que mais tarde mudaram-se para o Rio de Janeiro e o deixaram em Salvador. Sozinho, começou a trabalhar muito cedo. Conseguiu emprego na farmácia de um hospital. Trabalhava durante o dia e estudava à noite. Estudou desenho e escultura no Liceu de Artes e Ofícios da Bahia e ao mesmo tempo aprendeu o ofício de protético. Seus primeiros desenhos foram publicados na revista Renascença. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1927, onde começou a trabalhar como desenhista e protético. Alguns de seus desenhos foram publicados nas revistas Fon Fon e Shimmy. Em 1932, Assis Valente conheceu o compositor Heitor dos Prazeres, que o levou para a música. No mes-

mo ano, teve sua primeira composição gravada pela cantora Araci Côrtes: "Tem francesa no morro". Foi também em 1932 que Assis Valente conheceu Carmen Miranda. A beleza e o jeito de cantar de Carmen encantaram o compositor. Era a intérprete que ele precisava. Na tentativa de se aproximar dela, foi ter aulas de violão com Josué de Barros, o descobridor da cantora. Mas Carmen não estudava com Josué de Barros, como ele imaginava. Um dia tomou coragem e foi ele mesmo procurar a Pequena Notável e lhe apresentar um samba. Carmen gostou e lançou a música "Etc" na Rádio Mayrink Veiga e logo depois a gravou. Para o mesmo disco, Assis compôs a marcha "Good bye boy", uma sátira ao modismo de falar inglês no Brasil. Carmen prometeu lançar a música em um espetáculo de variedades dirigido por Francisco Alves. Exigente, como sempre, Chico vetou a música, alegando que Carmen não estava muito segura para cantá-la. Já no palco, Carmen tentava sinalizar para Assis Valente, que estava na plateia, tentando dizer que a música estava fora do espetáculo. Mas o destino faz das suas: o violonista Josué de Barros trocou a introdução e Carmen acabou cantando "Good bye boy". Foi um grande sucesso. Carmen chamou ao palco Assis

Valente e o apresentou como autor da obra. Surgia assim para o público o grande compositor. Com a composição "Good bye boy", Assis Valente foi também o vencedor do concurso de músicas carnavalescas promovido pela Prefeitura. Além das composições feitas especialmente para o período carnavalesco, era costume na época escrever músicas para outras comemorações populares significativas, como as festas juninas e natalinas. Assis Valente foi o primeiro que se lembrou da data magna. A inspiração surgiu quando o compositor estava longe da família na época do Natal. Assis estava triste. Em seu quarto havia um quadro típico de natal: uma menina olhando um sapatinho. Sentindo a própria solidão, ele pediu a Papai Noel vários presentes. No fim

da tarde estava pronta uma de suas melhores composições: "Boas Festas". A música foi gravada por Carlos Galhardo em 1933 e tornouse o maior sucesso dos natais de todos os tempos. Para as festas juninas compôs ainda "Acorda São João", "Mais um balão" e "Olha o céu todo enfeitado". Entre os intérpretes de suas composições estavam Orlando Silva, Bando da Lua, Sonia Carvalho, Irmãs Pagãs, Jonjoca, Aurora Miranda, Nuno Roland, Moreira da Silva, Mário Reis e Francisco Alves. Assis Valente, porém, elegeu Carmen Miranda sua intérprete preferida. A "Pequena notável", por sua vez, exigiu exclusividade. O compositor aceitou a proposta e compôs um sucesso atrás do outro. César Ladeira anunciava com antecedência, através da Rádio Mayrink Veiga, que suas músicas seriam interpretadas por Carmen Miranda, na época cantora exclusiva da emissora. Entre 1933 e 1940, a "Pequena

Exercendo o ofício de Protético


PERFIL COMPOSITOR/SBACEM

JG NEWS, SETEMBRO DE 2014

Assis e a amiga Carmem Miranda

notável" gravou 25 composições de Assis Valente. Entre elas, o samba "E o mundo não se acabou...". A música é uma sátira aos boatos da iminência de catástrofes, guerras e o fim do mundo. O samba conta a história de uma pessoa que, tomada pela histeria coletiva, resolveu aproveitar ao máximo o tempo que ainda restava fazendo tudo que era censurado e proibido pela sociedade, sem culpa. Carmen também foi a responsável pelo sucesso dos sambas "Camisa listrada", "Uva de caminhão", "Minha embaixada chegou", "E bateu-se a chapa", "Isso não se atura", "Recadinho de Papai Noel", entre outros. Mas a efervescência produtiva de Assis Valente, despertada e alimentada por sua admiração à Carmen Miranda, sofreu um forte golpe. Em 1939, a musa do compositor foi para os Estados Unidos. Acostumado a renascer sempre, Assis continuou a compor. É dessa época, a marcha "Noite Azul", gravada por Dircinha Batista e Irmãos Tapajós; o batuque "Cai

sereno" e o samba choro "Coração que não entende", gravados por Nuno Roland. Em 1940, quando Assis Valente soube que Carmen viria ao Brasil, compôs dois sambas para a Pequena Notável: "Recenseamento" e "Brasil pandeiro". Os dois sambas mostram características do povo brasileiro. "Recenseamento" foi inspirado pela decisão do então Presidente Getúlio Vargas de realizar um censo para conhecer melhor a população brasileira. Mas nem o povo sabia bem o que era aquilo, e nem os recenseadores conheciam a realidade social dos brasileiros. Assis compôs uma música bem divertida e irônica. Carmen gostou do samba e gravou. "Brasil pandeiro" é uma exaltação à música brasileira e uma referência ao sucesso de Carmen, que conquistou os americanos. Dizia que depois de provar o "tempero da Baiana", o Tio Sam queria conhecer a nossa batucada. Carmen recusou-se a gravar o samba por não acreditar em sua aceitação pelos americanos. Assis Valente

ficou profundamente decepcionado com a cantora. Considerou a recusa uma desfeita da qual nunca esqueceu. O samba foi gravado pelo conjunto Anjos do Inferno e foi um grande sucesso. A decepção com Carmen Miranda marcou o início de uma nova fase na carreira do compositor. Suas músicas foram deixando de ser gravadas e tocadas no rádio. Os intérpretes que ainda gravavam suas canções não conseguiam o mesmo êxito. Um dos raros sucessos dessa fase foi o samba "Fez bobagem", gravado por Araci de Almeida. Em 1943, Carmélia Alves estreava no disco com o divertido "Quem dorme no ponto é chofer". Em 1955, foi a vez de Luiz Vieira descobrir o compositor. Ele gravou duas músicas de Assis: a toada "Sodade Furadera", escrita em parceria com Abreu Junior, e o samba "Viva a Penha", em parceria com Joswaldo Dantas. Nessa época, Assis Valente parava frequentemente de compor, dedicando-se inteiramente ao laboratório de prótese dentária. Seu humor flutuante refletia-se em todos os aspectos da sua vida e assim foi se afastando cada vez mais do meio artístico e dos amigos. Aos problemas pessoais, somavam-se as mudanças ocorridas no meio musical brasileiro. A invasão de ritmos estrangeiros e a grande influência do jazz faziam com que o estilo de Assis Valente ficasse em segundo plano. O compositor ainda tentou se adaptar

às mudanças e escreveu uma música na qual o conjunto "Quatro Ases e um Coringa" introduziu uma interpretação jazzística. Foi o último sucesso de Assis Valente: o samba "Boneca de pano". Assis Valente teve algumas outras músicas gravadas, porém, sem grande repercussão. Cada vez mais triste, recolhido e solitário, foi se afastando das atividades de músico e de protético. No fim da década de 1940, precisou ser internado devido a uma doença nervosa que o deixou paralítico temporariamente. Após a alta, foi à Bahia pagar uma promessa ao Senhor do Bonfim. Retornou ao Rio, mas não conseguiu se reequilibrar. Continuou o trabalho no laboratório de prótese dentária e compunha muito pouco. No dia 11 de março de 1958, Assis Valente tirou a própria vida. Uma de suas últimas composições foi gravada alguns dias antes pelo cantor Jairo Aguiar. Foi o samba "Lamento". A letra refletia o momento de profunda tristeza do autor: "Felicidade, afogada morreu. E a esperança foi ao fundo e voltou. Foi ao fundo e voltou. Foi ao fundo e ficou". E assim ficamos sem Assis Valente.


CDS, DVDS E BLU-RAYS

Robson Candêo (Curitiba)

JG NEWS, SETEMBRO DE 2014

MUSICANDOMUSICANDO Peter Gabriel, um dos grandes showman da atualidade, está de volta em outro título inédito que conferi em Blu-ray, com o título de Back to Front Live in London, que foi gravado na famosa arena O2, com uma imagem e som excelentes, dividido em três partes: uma acústica com um ambiente mais intimista, uma elétrica com todo o aparato de luzes e instrumentos, e uma com as músicas do famoso álbum So, que traz entre outras canções, os sucessos "Sledgehammer" e "Mercy Street". Outra boa surpresa é o Blu-ray de Brian May & Kerry Ellis - The Candlelight Concerts - Live at Montreux 2013. Para quem não sabe, Brian May é o lendário guitarrista da extinta banda Queen e Kerry Ellis é uma atriz e cantora de grande talento que já trabalhou em musicais da Broadway entre outros papéis e montou uma feliz parceria com Brian May onde eles fazem um show incrível somente com guitarra e teclados, com clássicas do Queen (Somebody to Love e Love of My Life são algumas) e também hits eternos de outros artistas (Dust in the Wind e Something por exemplo). E como eu adoro descobrir coisas novas, não resisti e importei o Blu-ray

EXPEDIENTE Editores Antonio Braga e Jorge Piloto

do cantor panamenho Omar Alfanno - De Panamá para el Mundo, que traz o ótimo som latino na voz de um dos cantores mais famosos de Salsa e Merengue em um show cheio de convidados e grandes canções. Nos lançamentos nacionais em CDs, tivemos o novo álbum da banda Os Paralamas do Sucesso - Multishow ao vivo - 30 Anos com os grandes hits que marcaram a carreira de Herbert Viana e seus companheiros, como "Alagados", "Meu Erro", "Ela Disse Adeus", e muito mais. Também saiu o DVD Samba Social Clube - Volume 5 - Ao Vivo que reúne a nata dos sambistas do Brasil e muito mais, reunidos para cantar cada um deles, um samba a sua escolha. Tem Zeca Pagodinho, Beth Carvalho, Jorge Aragão, e muito mais.

músicas executadas pelas bandas, entre estas as incríveis músicas da vencedora Malta - incluindo os covers internacionais (Against All Odds e I Don´t Want to Miss a Thing); o excelente som da banda Suricato; as grandes canções pop dos rapazes do Jamz; e também os sucessos nordestinos com Luan e Forró Estilizado. Também está disponível no iTunes o EP da banda Capital Inicial - Viva a Revolução, que traz 6 músicas inéditas no bom e velho estilo do grupo. Também no iTunes, pode ser encontrado o EP do Simply Three - Two Worlds Collide, onde este trio de cordas traz 5 grandes hits executados sem vocal, entre eles "Counting Stars" do OneRepublic, e "Demons" do Imagine Dragons.

Já os que curtiram o programa Superstar da Rede Globo, que teve a banda Malta como a grande vencedora, vão poder encontrar no iTunes todas as

E para fechar, uma grande notícia para os fãs do Yes! pois a lendária banda acaba de lançar o álbum Heaven & Earth que segue fiel ao estilo de suas antigas músicas e com certeza vale a pena conferir as ótimas melodias deste álbum.

Robson Candêo escreve para o blog: www.blurayedvdmusical. blogspot.com/

Colaboradores

Rio de Janeiro

Bahia

Redação:

Nido Pedrosa, Viviane Marins, Elias Nogueira, Alberto Guimarães, Márcio Paschoal, Robson Candêo, Patrícia Rodrigues.

Viviane Marins: (22) 98828-0041 (21) 98105-4941 bragaa@gmail.com

Jorge PIloto (71) 98299-5219 / 991718911 / 98647-7625 jorge.piloto@yahoo.com.br

Rua Soldado Ernesto Coutinho, 10 Saquarema / RJ CEP 28.990-000

http://www.youblisher.com/p/186646-Anuario-de-Lojas-de-Instrumentos-Musicais-Discos/

Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores.


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AV. ALMIRANTE BARROSO, 72 - 7째 ANDAR CENTRO / RIO DE JANEIRO / RJ TEL: (21) 2240-3073/8874


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