SETEMBRO 2012
JGNEWS
ANO 16 - EDIÇÃO 169 / SETEMBRO DE 2012
Batikum/Coutinho Direto de Austin, Texas
Fernanda Brum O sucesso do gospel
Benny Esposito O italiano mais brasileiro
Taylor Swift A Mulher do Ano
Galundum Galundaina Em Miranês, dialeto português
ARTISTA ASSOCIADO SBACEM
INSTRUMENTOS MUSICAIS FABRICANTES, LOJISTAS, INSTRUMENTISTAS LANÇAMENTOS FONOGRÁFICOS CDS, DVDS, BLU RAYS ENTREVISTAS, COMENTÁRIOS MATÉRIAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS
TUMBADORA/CONGA/QUINTO A INTERESSANTE HISTÓRIA DESSES INSTRUMENTOS
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MATÉRIA DE CAPA
Antonio Braga
Elias Nogueira JGNEWS
Gilson Bernini O campeão de sambas-enredo, emplaca três sambas nas novelas globais Gilson já ganhou mais de vinte sambas-enredos. Só na Mangueira venceu por cinco vezes e coleciona dois estandartes de ouro. O artista, percussionista, compositor também está cantando no CD e DVD Quintal do Zeca Pagodinho, que já conquistou a honrosa Platina, com mais de 150 mil cópias vendidas. Entre uma coisa e outra, a gente conseguiu um tempinho do artista para fazer uma curta entrevista: Quando foi que você começou a compor? Quando tinha quinze anos perdi minha mãe e aí fui morar com meu pai. Passado algum tempo comecei a frequentar os blocos de carnaval. Depois de uns dois anos resolvi participar dos concursos de sambas de bloco e ganhei no 'Chamego de Benfica', Tinham vários outros blocos como o 'Veneno da Suburbana', enfim. Por aquelas bandas, de Manguinhos e Jacarezinho, onde nasci e fui criado se fazia samba na hora, para alegrar as pessoas. Tomei gosto pela coisa e vi que tinha talento para isso. O engraçado disso tudo é que na minha família não tinha nenhuma pessoa ligada a música. Comecei fazendo esse tipo de samba para concorrer nos concursos, meu sonho maior era fazer samba para a Escola Unidos do Jacarezinho ou para a Unidos de Manguinhos. Ganhar um samba ali era sinônimo de respeito entre a rapaziada. Passado uns anos, ganhei um samba no Jacarezinho. Comecei a fazer sambas para blocos e agremiações a ganhei a disputa de um samba na Escola União de Rocha Miranda; ganhei na Tupi de Brás de Pina duas vezes, na Maguinhos três vezes, Jacarezinho sete vezes... e assim fui.
EXPEDIENTE Editores Antonio Braga e Jorge Piloto
Bom, né? Colecionar títulos, campeonatos... A partir daí, fui tentar a sorte no grupo especial, mas só bati na trave. Perdi finais na Imperatriz Leopoldinense, na Caprichosos de Pilares, na Unidos da Tijuca, enfim. A última final que perdi foi na Caprichosos de Pilares, em 1998. Quando acabou, olhei e tinha muita gente chorando, minha torcida, por eu ter perdido o samba na final. Aí, peguei o microfone e falei que não faria mais sambaenredo para que meus amigos não passassem por isso mais uma vez. Desistiu mesmo, ou só deu um tempo? No ano seguinte, para esquecer o carnaval do Rio, viajei para Marataises (ES), mas me senti muito mal por não ter concorrido. Em 2000 fui convidado para fazer uma parceria em uma única escola, daquelas que jamais pensei em fazer parte. Olhava aqueles caras famosos, com aqueles sambas... passava per to deles e ficava pensando como eu iria ganhar deles, era a Estação Primeira de Mangueira. O cara que eu substitui na parceria no samba era o Carvalhais e meu parceiro falou o seguinte: 'Meu irmão,
Colaboradores
Rio de Janeiro
Bahia
Nido Pedrosa, Viviane Marins, Elias Nogueira, Alberto Guimarães Márcio Paschoal, Robson Candêo.
Redação:
Viviane Marins: (22) 8828-0041 (21) 8105-4941 bragaa@gmail.com
Jorge PIloto (71) 8299-5219 claro / 91718911 TIM / 8647-7625 Oi jorge.piloto@yahoo.com.br
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Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores.
Fotos: Diego Mendes
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SETEMBRO 2012 Genilson morreu, vítima de um acidente, pensei em desistir, aí o Xande me disse: vou te arrastar pra gente compor mais ainda. E foi o que aconteceu, deste momento em diante fiz muito mais coisas, parece compensação do momento ruim que eu estava passando - coisa de Deus.
Gilson Bernini, com o irmão Jorginho Bernini e seu parceiro Xande de Pilares
ganhar samba na Mangueira é como furar parede de concreto com o dedo!' - mas ganhamos!! Certamente foi o dedo de Deus, né? E, em 2001 ganhamos de novo com os mesmos parceiros. Daí por diante ganhei em 2003, 2006 e 2009 com parceiros diferentes. Até então você só fazia música para Escolas de Samba? Era sim. Mas percebi que podia colocar músicas fora de sambas-enredos, aquelas que até então, eu só cantava nos botequins da vida. No entanto ganhar sambas na Mangueira abriu as portas para outras façanhas dentro da música. Muitas vezes eu nem falava que a música era minha quando cantava para alguém, pois queria ver a reação da pessoa. Qual foi seu primeiro samba gravado por um artista? A Lecy Brandão gravou
"Natureza Esperança" - foi a primeira artista de ponta que gravou composição minha. Daí por diante as coisas fluíram mais, Graças à Deus! Revelação, Samba Pra Gente, Nosso Clima, Só Preto, Pirraça, Raça, Zeca Pagodinho, Diogo Nogueira, Lecí Brandão, Alcione, Flavia Saoli, Leandro Sapucaí, Arlindo Cruz, Bebeto, Jorginho China dentre
outros gravaram músicas minhas. Você tem muitos parceiros, mas qual é o mais constante? Estou sempre variando de parceiro, porém o mais constante é o Xande de Pilares (do grupo Revelação). Lembro de uma passagem importante na minha história, quando meu filho
Qual dos seus sucessos é o seu favorito? Esta música que vou te falar é a música que eu mais me apeguei, pois manda uma mensagem para mim mesmo: "Tá escrito". A letra diz assim: “Erga essa cabeça, mete o pé e vai na fé, manda essa tristeza embora, basta acreditar, um novo dia vai raiar, tua hora vai chegar’. Essa música fala de alta estima, fui muito iluminado em fazê-la, junto com Carlinhos Madureira e Xande. Ela me deu oportunidade de ganhar um dinheirinho e pude fazer várias coisas.
Gilson com o pessoal do Quintal do Zeca Pagodinho
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SETEMBRO 2012 também músicas com meu sobrinho Diogo Rosa, a gente também faz música junto. Instrumento de cordas, como cavaco e violão não toco, e meus parceiros comentam que por não tocá-los fico mais livre para fazer melodias. Batuco na parede, na porta, nas panelas, onde der... é assim que faço as melodias e surgem as ideias. Gilson, Brasil e Leandro Di Menor
Música dá muito prazer. Qual foi o mais recente sentimento de felicidade que você teve com uma canção? Dentre outros sucessos que tem por aí, tive a felicidade de ver regravada uma canção minha por Arlindo Cruz e Caetano Veloso "Trilha do Amor" que fiz com André Renato e Xande - o grupo Revelação já havia gravado antes. Esta música tem me dado bastante alegria ultimamente. Atualmente você tem 3 sucessos tocando em 3 novelas da Globo. Quais são eles? "Tá Escrito", tocando em Malhação; "Filho da Simplicidade". tocando em Avenida Brasil, samba que tive o prazer de compor com Helinho do Salgueiro e o Xande - essa é a música que mais tem a ver comigo. Não perco minhas origens, a simplicidade caminha comigo, não esqueço minhas raízes. Por eu ter um carro bom e um cordão de ouro no pescoço, não me faz ser melhor do que ninguém. A outra música que está tocando na novela da Globo 'Amor Eterno Amor', foi a
que Diogo Nogueira gravou. Tenho muito carinho por ela que foi feita antes do meu filho partir. Ele saia todo dia de manhã ouvindo no carro dele essa música. A composição é minha e do Flavinho Silva, primeira parceria com ele: 'Tô fazendo a minha parte'. Você já teve dificuldade em mostrar suas músicas para os cantores? Na verdade o compositor é muito desinformado, ou deixa a inibição tomar conta. Tive a felicidade de muitos acreditarem em meu trabalho e ter parceiros geniais. Quando via, minha música estava sendo gravada por fulano! Ela caminha, devido também aos meus parceiros. O compositor que acredita em sua obra, tem que ter coragem e determinação; ter autocrítica verdadeira; não achar que tudo que faz é bom. Pode até ser bom, mas se pode melhorar, façao. E muita vezes nem é tão bom assim. Tem que se auto-analisar e ser franco consigo mesmo! Ir com a cara e a coragem procurar e mostrar seu trabalho - eles escutam sim, basta você
saber chegar. O que está por vir? O novo DVD do Revelação, que ainda vai ser lançado, tem várias músicas minhas com diferentes parceiros. Tem uma música que é cantada pelo Xande e o Belo e isso era um desejo meu que se realizou - ter o Belo cantando uma música minha. Graças à Deus tenho realizado meus sonhos, estou conseguindo um espaço que sempre almejei! Você também é percussionista dos bons... Toco Pandeiro e Tantan, prefiro o Tantan. Nas bricadeiras lá na casa do Zeca Pagodinho, em Xerém, quando tem uma batucada que eu estou presente, assumo logo o tantan e a rapaziada gosta, inclusive o próprio Zeca já me elogiou. Aliás esse meu dom quem herdou foi meu filho Rafael Bernini. O cara é fera: toca, canta, compõe e ainda gosta de versar. Tenho vontade de fazer um CD com ele cantando algumas músicas minhas, inclusive em parceria com ele. Nesse CD vai ter
Gilson Bernini tem várias músicas gravadas, e vários sambas-enredo. Dentre seus parceiros estão: Brasil, Zé Roberto, Fernando Magaça, Xande de Pilares, Jhonatan Alexandre, André Renato, Marquinho PQD, Claudemir, Gabrielzinho do Irajá, Valtiz Zacharias, Leandro Fab, Rafael Bernini, Bada, Dini da Vila, Marcelinho, Clóvis Pê, Cosminho, Arimatéia, Marcos Peres, Foca, Edispuma, Melo, Licinho, Betinho de Pilares, Jassa, dentre outros. Junto com o Zé Roberto (parceiro) fazem uma Roda de Samba o "Poetas do Samba", que acontece uma vez por mês no clube Sargentos de Cascadura. Trata-se de um encontro mensal de compositores, que acontece na segunda terça-feira de cada mês.
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LAUDIR DE OLIVEIRA
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BATIKUM - BATERIA E PERCUSSÃO
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O Batikum de Coutinho, no Texas Luiz Coutinho nasceu no Rio de Janeiro e se tornou percussionista logo nos primeiros anos de vida: 'cresci batucando na cozinha da minha mãe... minha grande incentivadora e fonte de inspiração - tinha uma voz linda', lembra o instrumentista. Coutinho percussionista/baterista do time da primeira divisão da música mundial, trabalha com ar tistas de todo o mundo, tornando-se cada vez mais versátil. 'Vou do Samba à música Árabe, do Blues ao Maracatú, são diferentes estilos e eu os conheço muito bem', comenta. Nosso artista inclui em seu currículo internacional, além de centenas de shows, workshops: 'Ensino percussão brasileira/drum, dança e cultura nativa em diversas escolas dos Estados Unidos, como na Universidade do Texas, onde tenho o prazer e a oportunidade de trabalhar até hoje, sempre mostrando para os americanos (e os
estrangeiros de outras partes do mundo que também frequentam a Universidade) o melhor da nossa batucada. Na adolescência, nosso percussionista se interessou em estudar as diversas culturas que habitavam o Brasil, como as africanas, as indígenas, as árabes e também aquelas que eram praticadas em outros países. Por esse motivo adquiriu técnicas nos mais diversos instrumentos de percussão. Passou por várias Escolas de Samba, ingressou na Escola de Música Villa Lobos para desenvolver seu conhecimento teórico; participou de eventos ministrados pelo IPCN; teve a oportunidade de se apresentar em eventos e desenvolver projetos musicais com amigos estudantes da UERJ e da Universidade Estácio de Sá. Nesse período, participou de diversos festivais estudantis nas faculdades e de grupos musicais de pesquisa da cultura negra,
que o levou a viajar por todo o Brasil, América do Sul, do Norte, México e Canadá. Em 1993, o percussionista desembarcou nos Estados Unidos da América, estabelecendo-se em Austin, Texas, a convite da banda de rock denominada Holling Thunder. Tempos depois surgiram oportunidades para tocar e gravar com diversos artistas locais e internacionais. Aquelas informações novas, advin-
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JGNEWS das das experiências em solo americano o fez desenvolver projetos próprios, iniciando sua própria banda, em meados de 2000, a qual batizou de The Batikum. The Batikum usa influência da cultura negra brasileira incorporando estilos diferentes como o africano, o da América do Sul, o da América Central, do Oriente Médio e o Europeu. As duas faixas lançadas no YouTube, renderam-lhe o patrocínio do site, além de abrir-lhe a por ta para diversos eventos por palcos nunca antes conquistados.
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BATIKUM - BATERIA E PERCUSSÃO Logo The Batikum estava tocando no jet set internacional e aparecendo em filmes hollywoodianos, como foi o caso da participação especial no filme The New Guy. Coutinho, segundo os amigos mais chegados, é a própria essência da música. 'Se a música pudesse ser materializada viria no formato das mãos de Coutinho', arrisca Tuninho Villas (produtor musical). No Brasil, Coutinho tocou e gravou com diversos artistas, tais como: Thereza Tinoco, Tuninho Villas, Sergio Coelho, Lela Badaro,
Watusi, Desaguada, Claudio Camilo, Alexandre Rocha, Alao Macedo, Laudir de Oliveira, Orquestra Homen de Bem (Thomaz Lima), Água de Coco, Força da Gravidade, Roberto Lara, Maestro Jorge Ramos, João Carlos Coutinho, Edson Frederico, Zezé Mota, Agbara Dudu, Olodum (Mestre Neguinho do Samba), Barrosinho, Grupo Folia (Fred Pereira), Gupo Panela de Pressão, Grupo de Teatro (Ramas de Tio Sizinho (Sizo Antonio), Uma Oitava Acima, Robson da Silva (Gracko), Leo Borges, Celso Santanna (Maestro), Chico Reys,
Lourival dos Santos (Banda do Zé Pretinho), Jorge Bem Jor, dentre outros. Também gravou com: Marcelo Mariano, Andre Neiva, Mestre Marcal, Dionisio (ex Copa Sete), Fernando Seixas, Marcos Milagres (Banda Caffe Semba Music Angola), João Fera, Jorge Gomes, Fernando Galhões, Luiz Sobral, Alexandre Meneses (O Rappa), Lauro.Farias (O Rappa), Francois Furton, Mirian Persia, Dida Nascimento (Negrill) dentre outros. Coutinho é endorse da fábrica Reis Brasil Instrumentos de Percussão. (Antonio Braga)
Abaixo alguns links: Gary Powell (http://www.garypowell.com/); Oliver Rajamani - álbum Texas Gypsy Fire (http://www.oliverrajamani.com/ picturegallery.html ); The Flying Club - álbum Far and Way (http://www.cdbaby.com/cd/flyingclub); Rich White - álbum Love's The Only Way (http://www.cdbaby.com/cd/RichWhite); Donna Dorrell - álbum If you Knew your Heart (http://itunes.apple.com/us/ album/if-you-knew-your-heart/id430687053?i=430687116&ign-mpt=uo%3D4); John Arthur Martinez - álbum Lone Starry Night (http://itunes.apple.com/us/ album/if-you-knew-your-heart/id430687053?i=430687116&ign-mpt=uo%3D4); Fumi Hito - álbum This Goes (http://itunes.apple.com/us/album/this-goes.../ id485029126); Suns of Orpheus - Amoris Orbita (http://www.sunsoforpheus.com/fr_latest.cfm); Circle of Light (http://www.austinchronicle.com/music/2000-12-22/79900/); Haydn Vitera - Allbum .Subete (http://itunes.apple.com/us/album/subete/ id382313077)
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JGNEWS Nido Pedrosa / Correspondente Nordeste MERCADO MUSICAL NORDESTINO
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CONGA, TUMBA E QUINTO Diante de vários relatos, opiniões e divergências acerca do maravilhoso instrumento musical, denominado 'Tumbadora' (para uns) e 'Conga' (para outros), que abro o espaço da 'Coluna MMN', nesta edição de nº 169 da JGNEWS, com o intuito de esclarecer e mostrar onde tudo começou, os tipos de 'Tumbadoras e Congas', além de uma abordagem sobre alguns estilos de ritmos 'Afro-Cubano' que ganharam notoriedade internacional e influenciaram a música mundial desde a década de 40, quando viraram sucesso nos Estados Unidos da América. Mas antes de tudo, vamos voltar no passado, para falarmos um pouco sobre a origem deste magnífico instrumento de percussão. Segundo pesquisadores, a 'Tumbadora' é cubana e teve origem a partir dos tambores Makuta (Mah-kú-tah) e o Yuka (Yúcah) da etnia Bantu, trazidos para Cuba pelos escravos africanos e também, a partir da utili-
zação de barris, com peles esticadas em uma das extremidades, através de cordas (um modelo utilizado até meados do século XIX). Os tambores 'Makuta', por exemplo, eram e ainda são encontrados em cerimônias religiosas, segundo relatos, destinados para uso em cerimoniais secretos. Já os tambores 'Yuka', são seculares, mas podiam ser tocados e ouvidos por qualquer um nos Solares (favelas), de onde devemos considerar, que apesar dos tambores 'Makuta' (os de baixa freqüência sonora), terem uma maior semeNaná Vasconcellos
lhança com as 'Tumba- existem outras diferenças, doras', os tambores 'Yuka', como a pele, a afinação, foram os que proporcio- mas em termos visuais, naram uma grande influên- essa é a maior diferença. cia na Rumba (estilo musi- Posteriormente, já na cal cubano). No entanto, metade do século XX o nos Estados Unidos esses antigo modelo, foi tambores são denominados aperfeiçoado e resultou de 'Conga-tambores' ou neste modelo atual, com apenas 'Congas'. Em Cuba, acabamento onde a pele é onde estes tambores foram esticada por canoplas e desenvolvidos, a palavra grampos. Em geral, a pele 'Conga' se aplica apenas a utilizada na conga, quinto e um tambor e ao ritmo tumba, são de couro de tocado durante o Carnaval. búfalo ou boi, por ser mais A origem do instrumento é grossa, permite melhor híbrida, é o resultado de várias influências Tambores Yuka africanas e cubanas. A 'Tumbadora', tem uma grande semelhança com o 'Atabaque', usada em trio ou par, geralmente suspensa por suportes para que o músico toque em pé. Possui uma forma cônica ovalada, parecida com um barril, e isso, é o que a diferencia do atabaque, claro que
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afinação e consequentemente, uma sonoridade mais encorpada... mais potente. As medidas das 'Congas, Quintos e Tumbas' são feitas pelo diâmetro e referência às polegadas (padrão internacional) e podem ser divididas nos seguintes formatos: No padrão cubano, o 'Quinto' pode ser de 11" , a afinação, deve ser sempre o tambor mais agudo do set de congas. Nos Estados Unidos e em Cuba, o 'Quinto de 9" e 3/4 é chamado de requinto ou superquinto. No Brasil, o 'Quinto' é de 9" e 3/4 de diâmetro, a 'Conga' 11" ou 11" e 3/4, a 'Tumba' 12" e Super-Tumba' 12" e 3/ 4. Nas músicas como o 'Merengue' ou a 'Salsa' e em outros gêneros 'AfroLatinos', as congas de sonoridade média-grave (11" e 11" e 3/4), a grave (Tumbas 12") e supertumbas (12" e 3/4), marcam a base rítmica principal (célula-base). Já o 'Quinto' e o 'SuperQuinto', solam sobre a célula rítmica da base, com improvisos, floreios variados e rudimentos: fusas, semifusas, quiálteras, "flans", fraseados de rítmicos livres. Mesmo utilizadas em tais
Colobararam com fotos: Anne Vilela, Rodrigo Torres e Danúbia Carvalho.
execuções, não impede que as 'Congas, Tumbas e Requintos' sejam invertidas, que as funções de cada tipo de conga sejam alteradas dentro das execuções musicais. Estes instrumentos podem sofrer afinação através do afrouxamento ou aperto dos grampos de metal, que se situam encaixados sob o aro externo de contenção da pele. As indústrias e os luthiers puderam desenvolver técnica de construção com materiais europeus, incluindo o aproveitamento da madeira dos barris de vinho espanhóis. As pesquisas também levaram ao desenvolvimento de peles sintéticas, uma excelente opção, por serem resistentes e inalteráveis às variações de temperatura e umidade. Há muito tempo, desde 1940, que as 'Tumbadoras' revolucionaram a música e encontraram seu lugar na cultura musical popular de Cuba e por que não se dizer do mundo... Se tornaram um sucesso indiscutível, tanto no seu país de origem, quanto nos Estados Unidos, na Europa e toda América Latina. A Big-band 'Machito And His Afro-Cubans', segundo alguns relatos,
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introduziu pela primeira vez, Cuba do que dos salões. na música mundial, a tum- Teve sua origem mais nas badora de maneira mais festas tradicionais (de rua e consistente. A seguir, des- em datas religiosas), como crevo alguns estilos de Corpus Christi, Dia de Reis, música afro-cubana que no tempo em que era utiliza as congas como permitido, os escravos afriinstrumentos de solo: canos comemorarem estas RUMBA: Após a abolição da datas. Era um sucesso soescravidão, os negros po- cial e musical onde a alegria bres de Havana e de Matan- do povo transbordava ao zas, por volta de 1880, som de tambores e tromcriam a 'Rumba'. Dizem betas e todo um instrualguns pesquisadores, que mental afro-cubano numa este estilo musical vem de Tambores Makuta um outro ritmo denominado 'Guaguancó' e que os colonizadores trouxeram para Cuba a chamada m ú s i c a flamenca, há mais de 400 anos. O estilo espanhol fundiu-se com ritmos primitivos que escravos africanos coreografia que contrastava tocavam nos 'Batás', origi- com os bailes nos salões da nando-se dessa mistura de burguesia. A partir daí, o susons o novo ritmo em suas cesso através do cinema, do várias versões. Os 'Batás' rádio e do disco provocaram (espécies de tambores de uma explosão comercial. duas bocas feitos a partir de MAMBO: O maestro e comtroncos ocos de árvores), eram considerados pelos Djalma Corrêa africanos como tambores sagrados de Xangô. A partir dos anos 40, a 'Rumba' cubana se internacionalizou, invadiu os salões, sempre aparecia nas telas dos cinemas em todo o mundo e virou um grande sucesso. CONGA: Embora pouco citada na literatura musical, a 'Conga' teve grande importância na história da música e dança cubana. Este ritmo secular sempre foi mais conhecido como uma dança de las calles de
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Nido Pedrosa - músico e produtor / E-mail: nido.pedrosa10@gmail.com / jgnews.mmn@gmail.com
positor Orestes López, no ano de 1937, criou uma versão sincopada do 'Danzón', a qual deu o nome de 'Mambo' e este gênero musical, foi interpretado pela famosa orquestra de 'Arcaño y sus Maravilhas'. Músicos famosos, como Arsênio Rodriguez, Bebo Valdez, Orestes Lopez e seu irmão Israel Cachao Lopez, Damaso Perez Prado, como pianista e arranjador da orquestra 'Casino de la Playa', entre outros, interpretaram este gênero, que mais tarde viria a se chamar de 'Nuevo Rítmo' ou simplesmente 'Mambo'. No entanto, quem teve a maior sorte ou mesmo habilidade para difundir universalmente o ritmo, na hora certa e no local certo, foi o maestro Damaso Perez Prado, que antes mesmo de viajar deixou gravado em Cuba um disco 78 RPM contendo seu Mambo: 'Caén e So caballo'. Em 1947, Perez Prado viaja ao México, organiza uma grande orquestra, na qual incorpora uma extraordinária seção de sopros e parte para conquistar o
mercado norte-americano. Dono de estilo peculiar, Prado utilizou o ritmo afrocubano numa fusão de arranjos orquestrais extraídos do jazz. Estava aí mais um grande sucesso cubano no mundo. Chá-Chá-Chá: Quando Israel "Cachao" Lopez, famoso contra-baixista cubano, percebeu que o mambo tinha entrado em declínio, procurou criar um gênero que, embora mantendo o estilo 'Danzón-mambo', tivesse o menor número de síncopes possíveis. O maestro, compositor e violinista cubano Henrique Jorrín cria então 'La Engañadora', considerado pela maioria dos autores como o primeiro chá-chá-chá. O sucesso do novo ritmo foi tão grande, que de imediato teve à aceitação dos dançarinos nos salões de Havana. Vários autores passaram a compor obras do gênero: 'El Bodeguero', de Richard Egues por exemplo, foi um dos primeiros cháchá-chá a alcançar sucesso com várias gravações, uma delas do lendário intérprete norte-americano Nat King
Cole. Salsa: É uma música que mescla vários ritmos afrocaribenhos, tais como: 'Oson Montuno', 'Mambo', 'Cha-cha-cha', 'Merengue' e 'Rumba', como a 'Bomba' e 'Plena Porto-Riquenha'. É dito em alguns relatos, que a Salsa nasceu em bairros de Nova York-USA, por volta dos anos 60 e é uma espécie de adaptação da 'Cumbia' da década de 50. Mas a verdade é que a 'Salsa' surgiu depois que a banda 'La Sonora Matancera' saiu de Cuba, durante a revolução cubana e se instalou no México, foram eles que criaram o nome Salsa. Esse ritmo recebeu ainda influências do merengue (República Dominicana), do Calipso (Trinidad e Tobago), da Cumbia (Colômbia), do Rock (USA) e do Reggae (Jamaica). A Salsa, em Castelhano significa 'tempero'. Já há algumas décadas, seja no Jazz, no Rock, no Samba, no Baião, na MPB e em vários outros estilos musicais, é dificil não encontrarmos no trabalho de uma superbanda ou gran-
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des artistas, percussionistas em suas formações de grupo, que não estejam usando em seus sets, um par ou trio de congas, elas dão o swing, o molho, o tempero rítmico e desempenham um papel muito importante na música cubana, brasileira, americana e mundial. Muitos artistas utilizam e já utilizaram as 'Tumbadoras e Congas' em seus trabalhos. Vários percussionistas como Naná Vasconcelos, Djalma Corrêa, Airto Moreira, Tito Puente, Perez Prado, Repolho, Nido Pedrosa, Cláudio Infante, Edwin, Cacau Arcoverde, Sérgio Cassiano, Erasto Vasconcelos, Passarinho, Ary Dias, entre muitos outros que utilizam e mantém em seus sets, as congas e tumbadoras. Abraço a todos e até a próxima!
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DICAS DE LANÇAMENTOS ESPECIAIS GOSPEL
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Liberta-me: Fernanda Brum
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O tão esperado CD Libertame de Fernanda Brum já chegou da fábrica, e está chegando nas melhores lojas do Brasil. Visceral. Palavra forte que define bem a interpretação de Fernanda Brum. Um dos maiores nomes da música gospel do Brasil, a cantora se destaca pela forma com a qual se doa às canções além de sua belíssima e grave voz. A cada novo álbum, grande expectativa pelo o que Fernanda tem a compartilhar. Completando 20 anos de carreira, o 9º CD de músicas inéditas sai pela MK Music. Fernanda Brum desenhou uma linda trajetória ao longo da carreira. Os números impressionam: 11 CDs solos (incluindo o projeto ‘Glória In Rio’ e ‘Feliz de Vez’, com regravações), dois CDs em espanhol, quatro DVDs, além dos álbuns "Amigas" e trabalhos com o Grupo Voices. Vários prêmios foram conquista-
dos também: 12 Discos de Ouro, 5 Discos de Platina, 5 Discos de Platina Duplo, 3 DVDs de Ouro, 1 DVD de Platina. E, indicação ao Grammy Latino 2008. Mas, a importância de Fernanda Brum para música gospel está além dos números. Seus trabalhos não são simples reuniões de canções. São 'causas', apresentam textos e contextos. Experiências traduzidas em melodias. "O reper tório é feito por músicas que ministram, primeiramente, em nós. São canções que falam de nossas experiências", enfatiza Emerson Pinheiro, produtor musical e marido da cantora - parceria que deu certo desde o primeiro disco de Fernanda. LIBERTA- ME traz Fernanda Brum em todas as suas vertentes. A mistura sonora, sempre rica, desta vez pode contar com reforço de um piano acústico. Instrumento que Emerson
usou pela 1ª vez em trabalhos de Fernanda. 'Ele traz algo diferente. E as baladas são músicas muito forte. Por isso quis colocar um piano de verdade, para passar o que estava dentro de mim com o máximo de emoção', explica. E de emoção em emoção, de experiência em experiência foi formado o repertório de LIBERTA-ME. Algumas faixas foram compostas há anos e estavam esperando o tempo certo de serem liberadas, assim como aconteceu com a m ú s i c a - te m a do álbum, parceria de Fernanda com a cantora Arianne, que já existia há dois anos. Também integram o time
de compositores Cláudio Claro, Klênio, Eyshila, Kleber Lucas, Luiz Arcanjo, Rodrigo Claro, Marcelo Manhãs, Emerson Pinheiro, Geraldo Guimarães e Renato César. (Assessoria)
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CDS, DVDS E BLU-RAYS
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MUSICANDOMUSICANDO Falando de Blu-rays importados, gostaria de compartilhar com você leitor um lançamento da banda de heavy metal Iron Maiden com o título En Vivo - Live at Estadio Nacional, Santiago com um show cheio de energia, onde a banda se apresentou para 50.000 fãs ensandecidos na capital chilena tocando alguns de seus hits. Tem também Thalia Primera Fila em um show da linha dos MTV Unplugged onde canta grandes canções românticas incluindo uma versão em espanhol da clássica "Como Vai Você", do brasileiro Antonio Marcos. Nos DVDs lançados por aqui, tivemos um bem interessante que é o do músico Gabriel Leite - O
Melhor Vai Começar - ao vivo (também em CD), onde faz uma homenagem a Guilherme Arantes tocando grandes hits do cantor. Já Leo Gandelman gravou VIP VOP (também em CD), com músicas inéditas em homenagem à música carioca dos anos 50 e 60. Alexandre Pires lançou Eletrosamba, contendo vários convidados, alguma coisa nova e antigos sucessos. O mês teve muitas novidades em CDs de artistas nacionais, como o excelente Ultraje a Rigor vs. Raimundos - O Embate do Século, onde os dois ícones do rock nacional se juntaram para cada um gravar grandes sucessos do outro. O DJ Marcelinho da Lua está com um novo CD -
Viagem ao Mundo da Lua com remix de sucessos consagrados e também algumas novidades. E tem também a trilha sonora da primeira temporada da série de TV do canal Nick - Julie e os Fantasmas com uma pegada roqueira muito boa. Já Rodrigo Bittencourt lançou Casa Vazia, com composições próprias cantando em português e inglês. Mas as grandes surpresas foram os CDs da banda Transmissor - Nacional com músicas de primeira qualidade; da cantora Gabriela Pepino - Let me Do It com um pop/jazz fantástico; e do cantor Jorge Calil com um soul/pop que vale a pena conferir. Nos CDs de artistas inter-
nacionais tem a banda The Beach Boys que comemorou o 50º. Aniversário com o CD That´s Why God Made the Radio com novas e ótimas canções. A banda Smashing Pumpkins lançou seu novo trabalho - Oceania com seu bom rock'n'roll. Mas a grande promessa está na escocesa Emeli Sandé que tem todo o potencial para fazer muito sucesso pela frente, e basta ouvir esse primeiro CD para não ter dúvidas disso. Robson Candêo é responsável pelas resenhas musicais do site www.dvdmagazine.com.br e escreve para o blog: http://goo.gl/vLnlh
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LANÇAMENTOS SETEMBRO
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TAYLOR SWIFT RED UNIVERSAL MUSIC
FERNANDA BRUM LIBERTA-ME MK MUSIC
BENNY ESPOSITO FERMARSI MAI... TUCANO MUSIC
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JGNEWS Viviane Marins
INTERNACIONAIS
SETEMBRO 2012
Benny Esposito e os sucessos italianos Benny Espósito nasceu em Santa Anastásia, Napoli, Itália. Começou a tocar bateria aos sete anos de idade, mais tarde se dedicou ao estudo da guitarra clássica com o Maestro Mario Gangi. Aos treze anos formou sua primeira banda SummAnastasiam. Em 1983 conhece Cucciolo, o baterista da banda Dik Dik, que o ajudou a conhecer o empresário napolitano Antonio Agocella. Depois disso, muita estrada e muitos shows. Acompanhou grande nomes da música italiana como Bárbara Boncompagni, filha do famoso diretor da Rai italiana, Gianni Boncompagni. Fez parte do grupo formado pelo baixista Pippo Matino, o baterista Sergio Di Natale,
Annibale Guarino no sax, Antonio Solimene no piano e teclado, e Benny Espósito na guitarra e voz. Chegaram ao topo do sucesso acompanhando o grande Umberto Bindi que frequentava os melhores e mais populares programas de televisão e fazia turnês internacionais. Depois dessa experiência magnífica, Benny decidiu seguir carreira solo como cantor, compositor e produtor. Como produtor, em 1988/ 90, fez dois CDs: Eneiro, de música New Age, do famoso Maestro Antonio Solimine, que teve distribuição da Ricordi e, o disco de Felice Dauri, cantor Napolitano, onde as músicas do CD e os arranjos foram de autoria de Benny Espósito. Seu primeiro disco solo, intitulado "Forse e' perche
son nato al mare", foi produzido por Ronnie Jones e distribuído pela Dig IT, de Romolo Ferri. Em 1993 Benny decidiu continuar sua carreira solo no Brasil, onde vive até hoje. Em 1994 gravou o primeiro CD em terras tupiniquins intitulado "Per le strade caminhando e cantando" que saiu pela gravadora Leblon Record. Em seguida, outro disco, por outra gravadora, a Faixa Nobre, de Caxias Do Sul/ RS, intitulado PRIMO. Todas as edições ficaram por conta da antiga editora BMG, hoje Universal Publishing, onde Benny é compositor/versionista exclusivo. Pelas terras de Cabral, Benny firmou algumas parcerias com nativos
importantes como, Carlos Colla, Paulo Sergio Valle, Paulinho Rezende, Toninho Gerais, Reinaldo Arias, Juninho Pelarva, Luciane Monteiro dentre outros. O mais novo lançamento do italianíssimo Benny acaba de chegar ao mercado. Trata-se, de um disco cheio de cover italianos dos anos 80/90, incluindo uma faixa inédita de sua autoria "Dimmi Che Mi Vuoi" e uma versão em italiano de "Oh Che Será" (O Que Será), do compositor carioca Chico Buarque de Holanda. O disco foi gravado na Itália, Napoli, no studio Scerearam, de Luigi Esposito, e conta com participações especiais de grandes músicos italianos.
Taylor Swift, aos 22 anos, foi eleita Mulher do Ano Taylor Swift, fez visita no Rio de Janeiro, promovida pela gravadora Universal Music Brasil e GVT, empresa de telefonia fixa, banda larga e TV por assinatura, ambas parte do grupo Vivendi - ação com apoio dos bombons Serenata de Amor, do grupo Garoto. Uma mega operação financeira para trazer a mega star do momento. Não à toa! A menina que acabou de completar a maioridade já ultrapassou a marca de 22 milhões de cópias vendidas em todo o mundo. Assim como por aqui o sertanejo anda em alta, parece que no resto do mundo (leia-se Estados Unidos da América, já que o mundo consome o que se faz por lá) o country (= sertanejo, ou sertanejo cantado em inglês) também está mandando nas paradas mundo afora. O motivo dessa visitinha é o lançamento mundial do novo CD, "Red", previsto para outubro. O primeiro single, "We Are Never Ever Getting Back Together", lançado mundialmente em 14 de agosto, chegou ao 1º lugar de vendas no iTunes Brasil em menos de duas horas, além de atingir o topo do ranking em mais de 30 países. Claro que Taylor Swift terá que cumprir alguns compromissos contratuais, como aparecer em programas de televisão, fazer show promocional para a mídia, fãs e convidados, e é claro que também, a gravadora não perderá essa chance de colocar a cantora mineira Paula Fernandes, com quem Taylor gravou em dueto a canção "Long Live", numa participação especial. A versão original de "Long Live" ficou 13 semanas consecutivas como Nº 2 no Top 100 de rádio brasileiro e faz parte atualmente da trilha sonora internacional da novela Avenida Brasil. A versão com Paula Fernandes foi a música mais vendida no iTunes Brasil no mês de lançamento. Seu mais recente trabalho, o CD, DVD e Blu-Ray "Speak Now World Tour Live", registra a turnê mundial que passou por 4 continentes, 19 países e mais de 100 shows para um público de 1,5 milhões de pessoas. A cantora ainda foi eleita Artista do Ano no American Music Awards e Entertainer of the Year no American Country Music Association. Link de "We Are Never Ever Getting Back Together": http://youtu.be/gcMn_Eu-XTE
LANÇAMENTO WORLD MUSIC
http://www.youtube.com/watch?v=ZcnWY7uiWWo http://www.youtube.com/watch?v=Hpw9ShtUsAc&feature=related http://www.youtube.com/watch?v=qD9AbIQGBJg&feature=related
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Novamente WORLD MUSIC Rua Oswaldo Cruz, 170/São Caetano do Sul/SP Cep 09541-270 / Tel: 11 4224-6743 (11) 7389-8905 lcrangel@hotmail.com
kareca.dj@globo.com www.celiasilva.net
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O novo CD da cantora e compositora
Célia Silva
Assessoria de Imprensa: Eulália Figueiredo
Contato para Shows: 21 7899-6542
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Alberto Guimarães (correspondente em Portugal) alberto.ammguimaraes@gmail.com PORTUGAL
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GALANDUM GALUNDAINA MÚSICA TRADICIONAL PORTUGUESA
fotos de Manuel Teles
Portugal é um país com uma grande diversidade cultural. A revista JG NEWS propõe hoje um passeio a Miranda do Douro, em Trásos-Montes, nordeste de Portugal, para dar a conhecer aos seus leitores o grupo Galandum Galundaina, que desenvolve um estimável trabalho em torno da música tradicional daquela região. Foi em 1996 que se formou o Galandum Galundaina, através do empenho de um grupo de jovens em recolher, investigar e divulgar a música das Terras de Miranda. Música que está associada às danças e à língua que ali se fala, o Mirandês. Saliente-se que o Mirandês é um idioma falado pelo menos por quinze mil pessoas e tem o estatuto de segunda língua oficial em Portugal. O Galandum Galundaina é formado atualmente pelos irmãos Paulo, Alexandre e Manuel Meirinhos e Paulo Preto. Em dezesseis anos de existência, gravaram três CD´s e um DVD ao vivo e estiveram presentes em
alguns dos mais importantes festivais de música tradicional em Portugal, Espanha, França, Bélgica, Alemanha, Cuba, Cabo Verde, Brasil, México e Malásia. O gupo soma louvores da crítica musical portuguesa e foi vencedor da primeira edição dos prestigiados Prémios Megafone. Conversamos com Alexandre e Manuel Meirinhos sobre o trabalho de Galandum Galundaina, que centrado em termos locais, numa região muito específica, se projeta em termos bem vastos. Alexandre começa por nos ajudar a melhor localizar e entender as Terras de Miranda: "Miranda do Douro fica mesmo no canto superior direito do mapa de Portugal, junto a Espanha. Sempre foi uma região muito isolada, só há pouco tempo é que com uma nova estrada se tornou mais fácil chegar lá. Antes, Miranda do Douro estava a quatro horas do Porto e agora bastam duas horas. Tendo sido uma região tão isolada,
a cultura manteve-se mais intacta e não teve muitas influências exteriores". Manuel Merinhos acrescenta: "Eu tenho trinta e seis anos e recordo-me da agricultura na região ser, praticamente, como a medieval, embora nos últimos trinta anos Miranda tenha dado um salto mesmo muito grande." E como começa o interesse dos elementos do Galandum Galundaina pela música? Alexandre nos conta: "Nós, os três irmãos, estudamos em colégios fora de Miranda onde se fazia música. Foi assim que aprendi a tocar bateria. Participamos nesses colégios de festivais da canção, fomos aprendendo música. Depois do colégio participamos de bandas de rock e outros projetos musicais". Manuel, que tocava baixo elétrico no colégio, vai um pouco atrás: "Nossa mãe, para nos embalar, cantava músicas mirandesas. É aí que entra a música tradicional. Que nós não sabíamos que era música tradicional. Era a nossa
http://www.youtube.com/watch?v=bBbJcc8Ikuo&feature=player_embedded
Alexandre Meirinhos
música. Nosso avô materno também era músico de grupo folclórico e faziam-se serões musicais lá em em casa". E Manuel nos conduz à origem de Galandum Galundaina: "Cada um de nós teve seu caminho mas voltamos a nos reunir em volta da música tradicional, juntamente com o Paulo Preto que tinha tido antecedentes iguais. Com toda a aprendizagem adquirida, partimos para uma abordagem moderna da música tradicional." Alexandre comenta esses tempos iniciais: "O grupo começou, basicamente, como instrumental. Era o trio tradicional mirandês com gaita de fole, caixa de guerra e bombo. Mais tarde começamos a cantar também e fomos evoluindo participando em festivais e entrando em contato com outros grupos de música tradicional e folk”. Manuel continua: "Mas a
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ideia principal foi sempre manter viva a música tradicional da nossa terra e ajudar a preservá-la. Deparamos com grupos de referência que tocavam a música da terra deles de uma forma moderna e a faziam chegar com agrado às novas gerações. Foi isso que fizemos também.” Que músicos foram referência para a organização do conceito Galandum Galundaina? “Nomes como os galegos Carlos Núñez, Berrogüetto ou Milladoiro. E outros que conhecemos mais tarde, como, o Eliseo Parra que utiliza a percussão castelhana de uma forma admirável. Então pensamos que a partir do potencial da nossa região poderíamos fazer um trabalho similar”, esclarece. Os contributos de cada região têm de ser mantidos vivos como fatores que fomentem uma acumulação cultural que só pode ser enriquecedora, em oposição à uniformização que deixa sempre horizontes criativos menos largos, mais pobres. Nesse sentido, Galandum Galundaina tem, por exemplo, contribuído para a recuperação de instrumentos musicais que tinham deixado de existir. Alexandre testemunha: "A base da música mirandesa é, já o dissemos, o bombo e a caixa de guerra que acompanham a gaita
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de fole. Mas há instrumentos como 'pandeiretas', o 'pandeiro' que no resto do país se chama 'adufe' ou o 'tamboril' que é uma espécie de 'timbalão'. Como Miranda era uma região pobre, as pessoas também usavam na música objetos do seu cotidiano, como garrafas com talheres dentro. A certa altura tivemos necessidade de instrumentos tradicionais que não encontrávamos. Então decidimos construir para nós e outras pessoas, réplicas de instrumentos", Quem ouvir a discografia de Galandum Galundaina nota que, laborando com música tradicional, o grupo apresenta desenvolvimento progressivo da sua sonoridade. "Um dos principais contributos para tal, foi a introdução da sanfona, não a sanfona que designa o acordeão no Brasil, mas sim o instrumento cordofone. Os únicos instrumentos melódicos que usávamos até então eram a gaita de fole e a flauta pastoril. Curiosamente, a sanfona e o rabel que também inserimos mais tarde, tinham registro
na memória das pessoas mais velhas, acerca da música da região. Nós usamos instrumentos da região, mas incorporamos também outros que não fugiam do estilo e da sonoridade tradicional", esclarece Manuel. Feita nos nossos dias com reminiscências ancestrais e expressão de toda uma cultura local, transparecendo muito de festa, a música de Galandum Galundaina apela também à partilha com outros músicos portugueses e estrangeiros. Em Senhor Galandum, o ainda mais recente CD do grupo, participam, entre outros, o cantor português Sérgio Godinho e a galega Uxia. A conversa de JG NEWS com Alexandre e Manuel Meirinhos terminou com eles nos falando em Mirandês: "Tubimos muito gusto an falar cun bós. Asperamos ber-bos ne l Brasil para bos amostrar la nuossa música ou na nuossa tierra pra buer un copo."* *Tivemos muito gosto em falar com vocês. Esperamos vos ver no Brasil para apresentar a nossa música ou na nossa terra para confraternizar e beber um copo.
Foto da cidade MIranda do Douro
De cima para baixo: Manuel, Paulo Meirinhos e Paulo Preto
Capa do CD Senhor Galandum.
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LANÇAMENTO MUNDIAL - INSTRUMENTOS
Paul McCartney 1964 Texan 4700 dolares Esta é uma réplica da guitarra usada por Paul McCartney na gravação de Yesterday, e também da apresentação dos Beatles no programa de Ed Sullivan. Esta Edição limitada 'Paul McCartney 1964 Texan', da Epiphone é uma obra de arte feita com muito cuidado. O próprio Sir Paul trabalhou com os luthiers para assegurar que a guitarra ficasse como a sua querida '64 Texan’. Cada guitarra vem com um número de registro, com seu respectivo Certificado de Autenticidade. Uma parte das vendas de cada guitarra será destinada ao programa AdoptA-Minefield ®, que promove programas e patrocina a limpeza de minas terrestres e ajuda na reabilitação das vítimas.
Joan Sebastian 'Triunfadora' (Triunfante) Ganhador de 11 prêmios Grammy e incluso no hall da Fama, Joan Sebastian é considerado um dos mais aclamados artistas mexicanos de todos os tempos. Depois de mais de 35 anos de carreira e pelo menos uns 100 sucessos, Joan e a Epiphone se unem para lançar um novo violão: Joan Sebastian 'Triunfadora', um modelo assinado, electroacústico, simples e elegante, companheiro do modelo também assinado por Joan Sebastian: 'Soñador'(Sonhador), um dos violões acústicos mais bonitos já fabricados pela Epiphone. O novo Joan Sebastian 'Triunfadora' tem desenho inspirado. As incrustações em forma de coração, de madrepérola na rodela por onde sai o som, são exigências do artista. O corpo do instrumento é baseado na Gibson J-185. 'Triunfadora' é mais leve, porém com um assombroso poder acústico. Os 13 corações incrustados, segundo Joan Sebastian, foram para honrar os amores encontrados e perdidos em sua vida. Os modelos vem pré amplificados, com Shadow eSonic™, controle master de volume; captação livre de ruídos - Shadow NanoFlex™; afinador cromático e cravelhas em dourado.
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PESQUISA
Ranking Português tem brasileiro fazendo sucesso A brasileira Paula Fernandes cresce em popularidade em Portugal. Na última semana de agosto, pela 54ª vez consecutiva, a artista mineira apareceu com um excelente destaque no ranking oficial de CDs mais vendidos. Segundo dados da Associação Fonográfica Portuguesa Paula tem 3 CDs entre os 30 primeiros colocados, sendo que dois deles no Top 10: "Ao Vivo" (Universal Music) e "Meus Encantos" (Universal Music), respectivamente, na quarta e quinta posições. Os CDs de Paula Fernandes são os únicos produtos brasileiros que apareceram na parada musical desta semana em especial. Porém, tem mais brasileiro na briga. No ranking oficial de DVDs, seis lançamentos brasileiros estão despontando: "Especial Ivete, Gil, Caetano" (Universal) - 6ª posição; Paula Fernandes "Ao Vivo", na 11ª colocação; "Roberto Carlos em Jerusalém" (Sony Music), na 15ª; "Ao Vivo no Rock in Rio" (Universal), parceria dos Titãs com os portugueses do Xutos & Pontapés, na 18ª; Canibália (Vidisco), de Daniela Mercury, na 19ª; e "Na Balada", de Michel Teló, na 23ª colocação.
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