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ANO XXII - EDIÇÃO 232 - 25 JAN a 25 FEV 2018

ANA VILELA TIÊ DEMI LOVATO SABRINA CLAUDIO PALOMA FAITH ELBA RAMALHO ANA PETKOVIC LED ZEPPELIN MAESTRO ISRAEL MENEZES DETONAUTAS ROCK CLUBE PRIMAVERA NOS DENTES GALERIA DOS IMORTAIS

JG NEWS, ANO XXII, ED. 232, 25 JAN A 25 FEV 2018

Caderno Especial ECAD

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MA TRIZ: PRAÇA MAHATMA GANDHI, 2, MATRIZ: GRUPOS 709 E 710 CENTRO, RIO DE JANEIRO, RJ CEP 20.031-100 TELEFONE ONE: (21) 2220-3635 TELEF ONE E-MAIL: sbacem@sbacem.org.br 2

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Elias Nogueira

ARTISTA EM DESTAQUE

Primavera nos Dentes

Obra dos Secos & Molhados é revista em disco e show por grupo liderado pelo ex-Titãs Charles Gavin

EXPEDIENTE Editores Antonio Braga e Jorge Piloto Colaboradores Elias Nogueira, Alberto Guimarães, Márcio Paschoal, Robson Candêo, Patrícia Rodrigues, Nido Pedrosa e Fábio Cezane.

Comercial Rio de Janeiro Antonio Braga Whatsapp: 22 98828-0041 CEL: 21 98105-4941 bragaa@gmail.com

O projeto idealizado pelo produtor, compositor e ex-baterista dos Titãs, Charles Gavin, que além de tocar bateria reuniu Duda Brack (voz), Felipe Ventura (violino e guitarra), Paulo Rafael (guitarra) e Pedro Coelho (baixo) para reformular canções do emblemático grupo dos anos 1970, Secos & Molhados. Produzido por Rafael Ramos da Deckdisc, o CD apresenta onze faixas que se diferenciam do formato original - som mais pesadão.

João Ricardo. A escolha de Ney Matogrosso como vocalista se encaixava nas ideias e planos originais de Ricardo que desejava um vocalista com timbre feminino. Gerson Conrad e Ricardo eram amigos de adolescência. O grupo ganhou status de 'mais notáveis' da música brasileira, idolatrados até hoje, e diga-se de passagem, que nada parecido, qualitativamente, aconteceu de lá pra cá - seja na ousadia, seja na criatividade.

Secos & Molhados foi um dos maiores fenômenos musicais no Brasil, sucesso interrompido apenas por conta da saída prematura do vocalista do grupo Ney Matogrosso e do violonista e compositor Gerson Conrad, fundadores ao lado de João Ricardo. O trio apareceu durante os anos 1970, época da ditadura militar, talvez influenciados pelo sucesso da Tropicália, porém com o detalhe de rostos pintados dando margem à imaginação de quem de fato seriam. A iniciativa de criar os S&M foi do compositor e músico

A ideia de Primavera nos Dentes, de Charles Gavin. Há quase dois anos Charles vinha trabalhando no projeto: "Confesso que fiquei preocupado, quando soube que o Ney Matogrosso ia se apresentar com Nação Zumbi no Rock in Rio de 2017, foi quase como um balde de água fria. Foram muitos ensaios. Mas o que Ney fez com Nação Zumbi é totalmente diferente da minha ideia” - comentou Charles, que juntou nomes de peso para dar vida ao álbum, como Pedro Coelho (que participou da peça "Cássia

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Bahia Jorge PIloto (71) 98647-7625 (71) 9922-1828 jorge.piloto@yahoo.com.br Redação: Rua Cristóvão Barcellos, 11/103, Laranjeiras/ Rio de Janeiro, RJ CEP 22.245-110 Os artigos assinados são única e exclusivamente de responsabilidade de seus autores. A revista JG News é a continuação, em formato revista, do Jornal das Gravadoras, fundado em novembro de 1996 pelo jornalista Antonio Sergio de Farias Braga, Registro Profissional 18.851 L87 fl8v, emitido em de 16/09/1986. 3


ARTISTA EM DESTAQUE Eller - O Musical") no baixo, Paulo Rafael (que já tocou com Alceu Valença) na guitarra e Felipe Ventura (da banda Baleia) mesclando violino e guitarra. Os vocais principais ficaram por responsabilidade da cantora Duda Brack. Depois de muitos ensaios, o grupo fez sua primeira apresentação no Teatro Ipanema (05/12/2017). Casa lotada e recheada de pessoas ilustres que conferiram de perto o evento. Ney Matogrosso achou tudo muito bacana, mas defendeu colocar no repertório a faixa "Assim Assado". Gerson Conrad ao lado de Paulinho Mendonça (compositor de vários sucessos da banda, produtor...), também gostaram do que viram.

plesmente ótimo e que vale a pena conferir. Parabéns ao Charles Gavin e o grupo Primavera nos Dentes” finaliza Gerson.

Acima Paulinho Mendonça, Ney Matogrosso, Charles Gavin e Gerson Conrad. Abaixo: Banda Primavera nos Dentes.

Comentário de Gerson Conrad ”Quando, em agosto de 2017, Charles Gavin me convidou para a audição do seu Primavera nos Dentes confesso que fiquei curioso a respeito de sua releitura sobre um repertório já consagrado à décadas. Hoje, depois de ter ouvido inúmeras vezes o resultado alcançado por Gavin e, ter assistido o espetáculo ao vivo só me resta enfatizar de que o trabalho é sim4

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http://www.youblisher.com/p/371524-JGNEWS-Laudir-167/

Laudir de Oliveira Antonio Braga

IN MEMORIAM

17/09/2017 - Um domingo, 17 horas - Praça Ramos Figueira, no bairro de Olaria, Zona Norte do Rio: “No show ‘A Paulo Moura com Carinho’, um tributo ao famoso saxofonista e clarinetista, o percussionista Laudir de Oliveira teve um mal súbito e desmaiou ainda no palco, e mesmo socorrido, não resistiu a uma parada cardíaca fulminante”. Essa foi a notícia divulgada em quase todos os jornais do Rio de Janeiro... Laudir morreu tocando. Estava acompanhado dos músicos Zé da Velha, Jovi Joviniano, Daniela Spielmann, entre outros. Fiz duas grandes pautas com Laudir de Oliveira, uma logo que ele chegou dos Estados Unidos (1989) e outra algum tempo depois (julho de 2012), quando já estava trabalhando por aqui e engajado em projetos comunitários. Laudir, para quem não o conheceu, era uma pessoa de uma simplicidade natural e única, talentosíssimo e consciente de tudo que fez e deixou feito para a música brasileira e mundial. Encontrei os áudios das gravações de sua última matéria com o Jornal das Gravadoras e abaixo reproduzo na íntegra, deixando aqui a nossa homenagem a esse grande brasileiro: Laudir, a primeira vez que a gente fez uma matéria, você tinha acabado de chegar dos Estados Unidos e estava reclamando que foi para lá duro, ganhou um monte de dinheiro, ficou rico, e voltou do mesmo jeito que foi - duro (rsrsrsr). Isso depois de ter abandonado um Mercedes Bens no aeroporto americano e pegar um avião para o Brasil. O que foi que mudou de lá pra cá, o que você tem feito atualmente? Isso foi em 1989, se não me engano. Estou dando aulas de percussão na favela da Maré, eu e o Guto Golfi (Barão Vermelho) é um projeto bacana; trabalhei com o Paulo Moura, criamos um grupo e tocamos muito, infelizmente o Paulo faleceu; em julho, agosto e setembro faremos shows em homenagem ao Paulo Moura, nós: Carlinhos 7 cordas, Vanderson (cavaquinho), Márcio Almeida (cavaquinho), Paulinho Black (bateria), Gabriel Gloss (Gaita), Bebe Camer (Acordeon) e outros convidados. Tenho trabalhado muito também com o africano Abel Berê - gosto muito, por me fazer tocar tambores, aqueles ritmos que exigem isso, JG NEWS, ANO XXII, ED. 232, 25 JAN A 25 FEV 2018

FOTO ANTONIO BRAGA

https://issuu.com/jgnews/docs/jgnewslaudir167

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LAUDIR IN MEMORIAM muito bom. Você voltou ao Estados Unidos, depois que deixou o Chicago? Nunca mais voltei. Toquei com eles aqui, no Brasil, no ano passado, em outubro - está na internet. Me convidaram, fui lá e toquei. Não tinha acabado o Chicago? Não acabou não, saiu um bocado... ficou o pianista e os quatro sopros. Foi muito bom revê-los e tocar com eles. Vamos recordar os teus tempos de

Chicago? Como foi que você chegou até eles? Saí daqui com o grupo folclórico Mercedes Bastista, onde fiquei por um ano, na França. Era um grupo de 20 pessoas. Depois passei para o grupo Brasiliana, um grupo maior (40 pessoas) onde fiquei três anos e meio viajando o mundo. Quando chegou no Estados Unidos deixei o grupo, fiquei sozinho. Foi aí que virei músico de verdade, por que nesses grupos eu tocava atabaque e dançava, não me considerava músico por que dançar e tocar atabaque eu fazia desde criança.

Aí entrei no grupo Moacyr Santos, onde comecei a tocar de verdade; depois fui para o Sergio Mendes que era o mais famoso do mundo na época (Sergio Mendes e Brasil 66). Entrei no Lugar de Rubens Bacine que machucou as mãos e aí o Sergio me chamou. Depois Bacine ficou bom e o Sergio decidiu manter os dois percussionistas. Aprendi muito. Sergio fazia muito sucesso no mundo. O pessoal do Chicago me chamou para gravar duas faixas, depois me chamaram para gravar um disco inteiro, e depois me convidaram para entrar para o grupo. Entrei como contratado nos primeiros cinco anos, depois entrei mesmo como membro e sócio do Chicago. Mesmo como contratado sempre respeitaram muito minhas opiniões. Quando você entrou no Chicago deu uma mudada na música do grupo, não deu? Eu mudei o grupo todo. A música tinha meu dedo, melhor, minhas mãos. A palavra final era minha. Eles respeitavam muito as minhas opiniões. As composições eram coletivas? Não tinha como fazer aquelas músicas sem o balanço da percussão influenciando... Era isso mesmo, era assim que a gente fazia. Tinham, inclusive, músicas suas nos discos, não é? Tinham sim. Como foi aquela época áurea do Rock N` Roll? Gravei com Joe Cocker, foi minha primeira gravação (1969), não estava nem com o Sergio Mendes ainda. O disco 'With A Little Help From My Friends' que vendeu horrores no mundo todo, tinha Jimmy Page, todos os dinossauros do rock e eu

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LAUDIR IN MEMORIAM também. Influenciei muita gente no rock n' rol, no mundo todo, por que eles se guiavam muito nessas coisas que eu fazia (link para o show: http://www.youtube.com/ watch?v=_wG6Cgmgn5U&feature=related). O Joe Coker era o maior nome do rock naquela época, no tempo do Woodstock. E eles eram de ouvir e aceitar opinião?

Eles me ouviam, eu era o mais velho e a palavra final era minha. Todos americanos e eu o único brasileiro. Introduzi Cachichi, batida de Candomblé e eles aceitavam e gostavam muito. Você mexeu com a música mundial, você e Airto Moreira foram os primeiros a levar o tempero brasileiro para o exterior... O Airto foi para o jazz, com Miles

Laudir com o amigo Paulo Moura

Davis, que era o 'o cara' do jazz, e eu fui tocar com Joe Cocker, que era 'o cara' do rock. Eu, nascido e criado em Ramos (subúrbio do Rio de Janeiro) só tocava macumba e samba, e toco, macumba e samba, e fui tocar rock. Toquei com todo mundo, até com Jackson Five. O que faltou fazer, nessa sua trajetória de sucesso, que você não fez? Ficou faltando gravar o meu disco, de preferência com esse pessoal todo. Mas qualquer hora estarei fazendo... estamos planejando algo assim. O problema é decidir o que fazer de fato, pois tem muita coisa... Quero convidar Sergio Mendes, Carlos Santanna... Você tem muitas composições... Tenho muitas com Marcos Vale e com o próprio pessoal do Chicago.

Laudir com Carlos Santana

O que vem de projeto por aí? Pois é, estamos planejando o Disco, o Livro e o Filme - já temos algumas coisas filmadas, mas não está decidido quem fará a direção. O livro será escrito pelo jornalista Washington Araújo. Estou também sempre produzindo alguma coisa. Atualmente produzi o livro/disco de Vagner Cinelli. É um pianista e que vem a ser também um desembargador. Vamos falar de instrumentos... Porque os instrumentos lá fora são considerados melhores... Lá fora eles têm um cuidado maior com o acabamento, mas os preços também são bem salgados para nós. As tumbadoras, por exemplo, as boas de lá custam R$ 10.000,00, aqui custam R$ 1.400,00. Os pandeiros, têm bons aqui e lá também, e os bons lá fora não são os das fábricas, são aqueles produzidos por luthiers, sob encomenda.

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LAUDIR IN MEMORIAM Três imagens de fases diferentes do grupo americano Chicago

Eu tenho três tumbadoras estrangeiras que têm 39 anos, e um par de tumbadoras nacionais que têm 18 anos - não são tão bem acabadas mais são muito boas. E o mercado de percussão no Brasil, como está? Está bom, tem gente boa em todos os lugares, muitos blocos, tocando tudo que é ritmo. Lá fora é que está ruim, com essa crise toda. rsrsrsr. E aulas lá fora, chegou a atuar como professor? Dei aulas em duas faculdades na França... mas não é o meu forte. rsrsrsr.

Algum projeto de show? Estamos fazendo o PIXINGUINJAZZ, com Kiko Continentino (piano), Paulo Russo (baixo), Paulinho Black (bateria), Eu, Jesse (trumpete) e convidados. Já fizemos shows com Elza Soares, David Chui (Cello), Regina Braga (Arpa), Carlos Malta e Letícia Sabatela (atriz), que canta muito bem. A maior parte do show é instrumental e as canjas acontecem em duas ou três músicas cantadas. Já fizemos Brasília e agora estamos fazendo o teatro Rival/Petrobrás, no Rio de Janeiro. (imagens retiradas de sites da internet, autores desconhecidos)

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INFORMATIVO

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Patrícia Rodrigues

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LANÇAMENTOS

Robson Candêo

MUSICANDO A banda Detonautas Roque Clube es-tá de volta com VI, comemorando 20 anos de estrada em um álbum quase acústico com belas canções como Nossos Segredos e Por Onde Você Anda?, e ainda a participação de Leoni (referência para as bandas de rock pós anos 80) na música Dias Assim. E quem gravou seu primeiro álbum Mais & Mais - foi Ana Petkovic com um bom MPB, mesclado com músicas em inglês e espanhol, estas ótimas canções em um estilo mais Pop. E que tal o álbum Bossa Nova Meets The Beatles, onde Roberto Menescal ao violão com o vocal de Claudio Duarte, trazem clássicas dos Beatles para o ritmo da Bossa Nova. Um trabalho incrível e que merece ser conferido. Ana Vilela, após o grande sucesso com a música Trem Bala, lançou seu primeiro álbum homônimo com outras excelentes canções, incluindo a regravação de Leãozinho de Caetano. Todas as outras são músicas autorais, e adorei She que tem letra em inglês. Já Tiê lançou o 14

excelente Gaya, com grandes canções, letras e melodias excelentes e que recomendo a todos. Miley Cyrus, uma das mais famosas cantoras entre o público mais jovem, está com o álbum Younger Now que mescla seu tradicional som pop com um pouco de country que é a sua raiz musical. Um álbum que não deixa a desejar, com certeza. Outra musa pop/ adolescente, Demi Lovato lançou Tell Me You Love Me, com grande potencial de fazer uma grande vendagem esse ano, pois é um ótimo álbum. Vale muita a pena conferir o novo álbum da britânica Paloma Faith - The Architect, a começar pela faixa titulo que é impactante, passando pela excelente I'll be Gentle com John Legend. O álbum é classificado como indie pop e que achei uma das melhores surpresas de 2017. E a adolescente (sim, ela tem 14 anos) Grace VanderWall, vencedora da 11a. edição do programa American's Got Talent 2016, lançou seu primeiro álbum - Just the Begin-ning, com sua incrível voz e muito bom gosto nas músicas pop, mostrando que tem um futuro realmente promissor. Depois de um EP com grande sucesso, a cantora de R&B Sabrina

Robson Candêo escreve para o blog www.blurayedvdmusical.blogspot.com

Claudio, lançou About Time, com ótimas músicas num ritmo bem suave e até difícil de achar em uma cantora de apenas 21 anos. O DJ norueguês Kygo, trouxe Sasha Sloan, Ellie Goulding, Selena Gomez e Justin Jesso para os vocais de 4 excelentes faixas no EP Stargazing que vale muito escutar. E as meninas do Fifth Harmony (que na verdade agora são 4) estão com um novo trabalho que leva o nome da banda e que traz o ótimo som pop que vem garantindo o sucesso delas há um bom tempo. Pode ser que não tenha o mesmo número de hits do álbum anterior, mas com certeza, tem um grande potencial. Banda de indie rock da california, A Haim, formada por 3 irmãs lançou o álbum Something to Tell You onde mostram um som bem leve, despretensioso e muito bom.

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Nido Pedrosa

MERCADO MUSICAL

Maestro Israel Menezes Ótimos Arranjos e Grandes Regências

Nesta edição, trago um assunto muito importante: A Música Clássica. Estilo pouco divulgado em nosso país, que agrada aos ouvidos de todos, dos mais ricos aos mais pobres. Os ricos, nem levamos tanto em consideração pois estes costumam ter acesso a essa música de extrema qualidade em grandes Concertos. Mas, as camadas mais necessitadas da nossa população, aquela que não tem acesso a este estilo de música tão importante no mundo, quando há oportunidade (Concerto ao ar livre, por exemplo), ficam perplexos com tanta beleza harmônica, me16

lódica e rítmica. Certamente se houvesse uma proposta popular para esse gênero de música de qualidade, com certeza nossa Música Popular Brasileira não teria caído no fundo do poço, como tem caído há décadas. O atual quadro da nossa música é deprimente, expondo melodias e letras chulas, sem sentido, sem qualidade harmônica. Qualquer cantor ou cantora que entoe uma melodia besta, cantando como uma pata choca ou ainda, como uma gralha, leva o título de grande cantor ou cantora, é fato. E, o

atual modismo agora é cantar com a voz anasalada. não precisa nem trabalhar as cordas vocais, não precisa estudar canto, nem fazer nenhum estudo de solfejo, tampouco estudar escalas e fazer exercícios vocais para ser um bom cantor ou cantora. Então senhoras e senhores, cantem com o nariz! Essa é a minha opinião! Bom, está dado aqui meu recado, agora vamos ao que interessa, a Música Clássica. Para fazer um breve relato do trabalho, abro o assunto em pauta perguntando ao importante Maestro Israel Menezes, que nasceu no Rio de Janei-

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MERCADO MUSICAL ro, quem o influenciou e o motivou nessa brilhante carreira da música e ele nos conta: 'Sou descendente de italianos e na Itália a música clássica impera. Meu pai era flautista e minha avó violinista. Foram eles que me influenciaram e me motivaram pelo caminho da música clássica! Entrei para a Escola de Música da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro, no curso de Bacharel em Regência, onde me formei. Depois na mesma UFRJ fiz o mestrado. Lá meu professor de Regência, o Maestro Roberto Duarte, me convidou para ser seu assistente onde fiquei por nove (9) anos. Foi ali a minha grande escola. Depois fiz curso de extensão em Regência na Ernest Read

Music Association, na Inglaterra - estudei com Noel Long e Andrew Charity. Regi orquestras como maestro convidado em muitas cidades do Brasil e em muitos países como: Inglaterra, França, Egito, Estados Unidos, Armênia e Alemanha'. O Maestro Israel Menezes fundou em 1986 a Orquestra Rio Camerata onde até hoje é seu 'Diretor Artístico e Regente' titular. Ele tem atuado como Maestro convidado em diversas orquestras, tanto no Brasil quanto no exterior, produzindo obras em primeira audição mundial, e por diversas vezes levou programas inteiros de compositores brasileiros para serem inter-

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pretados pelas grandes orquestras estrangeiras. Israel Menezes foi fundador e regente titular por 23 anos da Orquestra de Câmara do CSVP, Niterói-RJ. Foi membro de Júri de diversos concursos nacionais e Internacionais, entre eles: Jeunesses Musicales, em Bucarest-Romênia; é também membro Titular da Academia Nacional de Música onde ocupa a cadeira de nº 80. Em julho de 2011 foi Laureado em São Paulo, pela Associação Brasileira de Artes, Cultura e Educação - ASBACE com a 'Comenda Carlos Gomes', e, em Fevereiro de 2016, foi promovido a Chanceler Internacional pela mesma instituição. Foi também eleito membro efetivo da Academia Luminescência Brasileira, quando tomou posse em Jabuticabal - SP, em 11 de se-

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Fotos: Erika Menezes tembro de 2015, ocupando a cadeira de nº 97. Desde Agosto de 2015 é professor titular de regência de Orquestra do Centro Universitário do Conservatório Brasileiro de Música. Corais que regeu no Brasil: Coral Municipal de Cataguases MG; Coral Lia Salgado de Leopoldina - MG; Coral Sonarte de Cataguases - MG; Coral Socius do Rio de Janeiro; Coral da AABB - Rio; Coral Dirceu Machado; Coral do UNIPLI; Corais Infanto-Juvenil e Juvenil do Colégio São Vicente de Paulo - Niterói-RJ; Coral do Colégio Assunção; Associação de Canto Coral-RJ; Coral da Universidade Gama Filho; Coral da Igreja Evangélica Brasileira; Coral do Senai Rio; Coral Israelita Brasileiro; Coral da UFF; Coral de Câmara de

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MERCADO MUSICAL Niterói; Coral Pró-Musica de Juiz de Fora-MG; Coral do Seminário Teológico do Sul do Brasil; Coral Guanabara; Coral do CETEP II de Quintino -RJ.

de Niterói-RJ; Orquestra Rio Camerata; Camerata Erudita; Orquestra Pró-música de Juiz de Fora-MG; Orquestra de Câmara do CSVP; Orquestra do Sesi - CE.

Corais que regeu no exterior: Coral do Festival Internacional de Surrey - Inglaterra; Coro Filarmônico da Armênia; Coral Wolgang Amadeus - Paris - França.

Orquestra que regeu no exterior: Orquestra Sinfônica do Festival Internacional de Surrey - Inglaterra; Orquestra do Teatro de Ópera do Cairo-Egito; Orquestra Ensemble Sto Benno de Munique - Alemanha; Orquestra Serenade da Filarmônica da Armênia; Orquestra Wolgang Amadeus de Paris França; Orquestra de Cordas da Universidade de Wisconsin - EUA; Orquestra Enescu Ensemble Illinois-EUA. Parabéns maestro por sua brilhante careira! Maiores informações acessem: www.israelmenezes.com (www.orc.art.br)

Orquestra que regeu no Brasil: Orquestra Sinfônica da Escola de Música da UFRJ (ORSEM); Orquestra Sinfônica da Paraíba; Orquestra Sinfônica Nacional; Orquestra Sinfônica da UFPI; Orquestra Sinfônica do Festival de CascavelPR; Orquestra Sinfônica de Vilhena; Camerata Socius do Rio de Janeiro; Orquestra de Câmara

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LANÇAMENTO

'Eu sou o caminho' é,

certamente, um disco religioso da cantora

Elba Ramalho Faixas: O terço (Roberto Carlos e Erasmo Carlos - 1996); Não passarás (Zé Américo Bastos e Salgado Maranhão); verso-título-refrão de Paz pela paz (2000), tema de autoria de Nando Cordel; Minha fé (Paulo César Barros e Pedrinho Periquito - 2004), fazendo um coro gospel, com o auxílio luxuoso do órgão de Zé Américo Bastos; de Roberto e Erasmo Carlos, O homem (1973), faixa escolhida para promover o disco na web com lyric video; de Altay Veloso (lançada em 1996 por Alcione) Estrela luminosa; Alegria (Maninho, 2016) - cantada por Elba em dueto com o padre Fábio de Melo e La canzone di Medjugorje (2009), sucesso mundial do cantor e compositor italiano de música cristã Vittorio Gabassi vertido por Elba (com Jorge Nova) para o português; músicatítulo Eu sou o caminho (Gilson); Deixe o amor fazer a lei (Zé Américo Bastos e Salgado Maranhão).

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LANÇAMENTO

ANA PETKOVIC

A menina que anda batendo um bolão... Vale Conferir !! Aos 20 anos, ANA PETKOVIC é o que se pode chamar de cidadã do mundo. Ela nasceu em Madri, foi criada entre Salvador e o Rio de Janeiro, viveu na China e na Arábia Saudita. Atualmente mora na Sérvia, a pátria de seus pais, mas se considera brasileira acima de tudo. Mais que isso, uma cantora brasileira - que também interpreta em inglês, em espanhol, em sérvio. Seu trabalho de estreia, gravado e produzido no Rio de Janeiro por Max Viana e Línox, reúne dez faixas de atmosfera pop, com toques de soul, blues, jazz, MPB. O disco, já disponível nas plataformas digitais, chegou em formato físico no final de setembro de 2017. A filha do craque Djan Petkovic descobriu-se cantora aos nove. Perfeccionistas, os pais exigiram que ela se aprimorasse no ofício. Tomou aulas de canto lírico, piano, violão, guitarra. De volta a Sérvia, aos 14, prosseguiu os estudos. Por esta época, incentivada pelo professor, registrou algumas das músicas que compunha desde criança. Duas delas estão no disco, com letra em inglês: Nobody e Unforgiveble possuem uma indisfarçável influência de Amy e Adele: - Letra e música vêm juntas para mim, nos momentos mais inesperados. Quando elas chegam eu paro tudo e corro para registrar as ideias. Sou quase uma fábrica de música, chego a compor uma por semana - avisa Ana, que assina seis faixas do álbum, quatro em parceria com Max e Linox. "Estou meio longe de casa / Estou voando sem asa / Estou morando fora de mim", explicita a letra de Encurralada (Linox - Mauricio Oliveira), que bem pode servir com um cartão de boas vindas da cantora. Já a balada funky Na Fé (dela, com Linox e Max) oferece um oposto complementar às

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intenções de Ana nos versos "O acaso nosso amigo / nosso antigo caso de amor / Liberdade, nosso abrigo": - Morei em vários países, falo diversos idiomas. Esta bagagem me trouxe um ganho muito grande, convivi de perto com culturas múltiplas e diferentes entre si, o que me proporcionou uma visão abrangente do mundo. Acho que minha música acabou adquirindo esta influência, uma coisa meio cosmopolita. Por outro lado, nunca me sinto totalmente em casa. Sou do mundo, mas me considero mais brasileira do que sérvia ou espanhola" - declara a artista, que hoje se divide entre o Brasil e a Sérvia, onde estuda Letras inglesas e hispânicas. A vertente castelhana se faz presente. A letra de Sueños foi escrita na Sérvia, com a sutil colaboração de um certo ex-ídolo do Real Madri: - Raramente mostro composições para meu pai antes de considerá-las prontas. Mas resolvi cantar esta pra ele. Sentei no piano e comecei a dedilhar. Quando cantei o primeiro verso, ele sugeriu: "Não acha que ficaria bom assim: "me miro em el espejo / me vino um recuerdo"? Ele nunca foi de fazer versos, mas acabou me revelando o caminho para a letra. A

música fala em viver nossos sonhos, criar nossa própria história - afirma. Uma assistência perfeita de Pet acabou por dar um empurrãozinho no sonho de Ana. Ela estava prestes a lançar um disco com músicas em inglês, quando o ex-jogador conheceu o produtor e músico carioca Línox. Para ele, Ana precisava cantar em português para se lançar como cantora no país. - "Até então, eu nunca havia composto ou cantado em português. Fui ao Rio encontrar o Línox e o Max para começar a produção do disco. Ainda na Sérvia, escrevi uma canção chamada Cada Dia, a primeira a entrar no repertório. Começamos a desenvolver ideias juntos e logo surgiram músicas novas, como Pensa Bem. Max trouxe uma música linda, Mais e Mais, que acabou virando o título do disco e o primeiro single de trabalho. Ele disse que estava guardando para uma cantora de voz forte, que a interpretasse do jeito que ele pensava. Eu adorei, incorporei imediatamente a canção. FACEBOOK: https://www.facebook.com/ anapetkovicmaisemais/ INSTAGRAM: anapetkovicoficial YOUTUBE: https://www.youtube.com/ channel/UCjmwvUqdsfubUghfzt3yIlQ

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O Ecad é a instituição responsável por defender os direitos autorais dos artistas que têm suas músicas tocadas em emissoras de rádio e TV, shows, eventos, internet, bares, restaurantes, casas de show, lojas, boates, cinemas, academias, hotéis etc. Seu principal desafio é conscientizar toda a sociedade sobre a importância do direito autoral para a cadeia produtiva da música. Criado para centralizar as atividades de cobrança e distribuição dos direitos autorais de execução pública musical, o Ecad facilita o processo de autorização para o uso de qualquer música. Com mais de 5 milhões de fonogramas em seu banco de dados, o Ecad identifica as músicas tocadas e repassa os valores arrecadados aos milhares de compositores, intérpretes e músicos nacionais e internacionais. O Ecad é administrado por sete associações de música: Abramus, Amar, Assim, Sbacem, Sicam, Socinpro e UBC, que definem todas as normas e critérios de arrecadação e distribuição. Em 2017, o Ecad distribuiu R$ 1,153 Bilhão para 259 mil titulares de música e associações. Os valores arrecadados são distribuídos conforme a divisão abaixo:

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Para fazer parte da gestão coletiva e ter seus direitos autorais protegidos, é preciso que o titular se filie a uma das sete associações que administram o Ecad. No ato da filiação, todo o seu repertório deve ser informado à associação escolhida, inclusive com os percentuais de participação em cada obra musical ou fonograma e parcerias, se houver. Também é de responsabilidade do titular manter seu cadastro sempre atualizado. O Brasil é um dos países pioneiros no mundo a distribuir direitos conexos, beneficiando também os artistas executantes da música (intérpretes e músicos), o que mostra a excelência da distribuição realizada pelo Ecad.



INFORME

Led Zeppelin outras profissões de Plant e outras histórias Em março de 2008 foi lançada uma biografia de Robert Plant, "Robert Plant: Led Zeppelin, Jimmy Page & The Solo Years" (Independent Music Press), revelando as profissões que o vocalista da banda teve antes do estrelato: Caixa de uma loja Woolworth, em Halesowen; Colocador de concreto em estradas para a empreiteira Wimpey"; Gerente de estoques numa siderúrgica. Plant , depois de imitar ELVIS PRESLEY, entrou em algumas bandas: DELTA BLUES BAND, SOUNDS OF BLUE, THE CRAWLING KING SNAKES, THE TENNESSEE TEENS, LISTEN, BAND OF JOY, HOBBSTWEEDLE e THE NEW YARDBIRDS, que se tornaria a LED ZEPPELIN. A quintessência musical do Led Zeppelin, a canção "Kashmir", de inspiração oriental, foi antes denominada "Driving To Kashmir", um território a oeste do Himalaia dividido entre Índia, Paquistão e China. A letra refere-se à longa viagem que a banda fez entre as cidades de Goulimine e Tantan, no sudoeste do Marrocos, região chamada de Saara espanhol. Segundo Robert Plant, toda a inspiração para a música veio do fato de que "a estrada não terminava nunca... e era de mão única, entre dunas, parecendo um canal sem fim". A estrutura central da música baseia-se num antigo riff gravado por Jimmy Page em suas fitas caseiras. Na verdade, este riff é fruto de testes de afinação sobre acordes cíclicos. A faixa foi desenvolvida inicialmente por Page e John Bonham, enquanto esperavam por John Paul Jones, que estava atrasado para a sessão de gravação. Aí Plant chegou e criou o miolo da música. Jones acabou ficando fora dos créditos.



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