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JG NEWS, MAIO DE 2015

ANO XIX - ABRIL DE 2015


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Alberto Guimarães

DIRETO DE PORTUGAL

AS HISTÓRIAS MUSICAIS DE ADELINO MOREIRA Moreira fez um retrospecto de sua vida, deixou uma memória de Covelo: "Lembro-me que aos quatro anos, usava-se lá, no dia em que morria uma pessoa, A história de um dos mais importantes uma bandinha que acompanhava o nomes de música popular brasileira enterro e eu segurava a partitura para começa numa outrora isolada povoação que os músicos fossem tocando". O pai de Adelino já tinha rumado para o do Distrito do Porto, em Portugal. Adelino Moreira, o compositor de 'Ne- Rio de Janeiro e ali trabalhava como gue', 'Fica Comigo Esta Noite', 'A Volta ourives, quando em 1925, Maria Rosa, do Boêmio' e de toda uma vasta e fasci- acompanhada de Adelino e seus três nante obra, compositor indissociável de outros filhos foram juntar-se a Serafim. Nelson Gonçalves, foi um dos muitos ho- Em Leixões, embarcaram no vapor Sanmens e mulheres que viveram a épica tarém do Lloyd Brasileiro para desememigração portuguesa para o Brasil, no barcarem na Praça Mauá/RJ, numa século XIX e nas primeiras décadas do cidade onde o impacto da emigração lusitana era grande: um sétimo da século XX. Envolvido por uma verve artística, não população eram de portugueses. se fez estrangeiro em terras estranhas, Adelino, português, tornar-se-ia também deixando criações, plenas de brasilida- brasileiro. Atentou Artur da Távola um de, compostas de um sentimento que interessante binômio: "Vejam que reverbera suas origens. Canções que "cruza" original: um português garoto, alcançaram o patamar internacional, criado ao sopé da Mangueira. Deu no sensibilizando público por todo o que deu: as melodias de Adelino possuem nítidos acentos de fado, mistumundo. Adelino Moreira de Castro, nasceu em rados ao ritmo brasileiro-mangueirense 28 de março de 1918, na freguesia de do samba canção." Covelo, Gondomar. Filho de Serafim Mo- A vida da família de Adelino Moreira foi reira e de Maria Rosa Martins de Castro. se firmando e nos finais da década de Foi batizado catolicamente no dia 19 30 já tinham se mudado para Cosmos, de maio do mesmo ano na Igreja Paro- Campo Grande, na zona oeste do Rio quial de Covelo, uma pequena edifica- de Janeiro, onde Adelino começou a ção barroca, já não existente nos nossos aprender bandolim e depois guitarra dias. Localidade com uma paisagem pa- portuguesa - nas horas de folga do traradisíaca, belos campos entre monta- balho intenso que o tomava na indústria nhas, nas margens do Rio Sousa, todavia de ourivesaria que seu pai montou. Covelo, vivendo entre a atividade mi- Porém, os devaneios de Adelino eram neira e o recurso à agricultura, não asse- com a música: "Eu sonhava com o rádio, gurava vida fácil a quem ali vivia. Dali, ouvia rádio e cantarolava todas as como por todo Portugal, as populações músicas da época". No início da década emigraram. Haveria um éden, onde o de 1940 os sonhos deixam de ser pão e a felicidade não eram coisa parca. quimera: passou a apresentar-se como Quando aos oitenta anos, Adelino cantor no Rádio Clube do Brasil, no programa Seleções PortuAdelino e Nelson Gonçalves guesas, patrocinado por seu pai. O programa era aos domingos, "no único dia de folga que eu tinha", reconheceria Adelino. Entretanto gravou como intérprete diversos discos na Continental com composiões suas e de outros portugueses, ou com as marchas: 'Espanhola' (de Haroldo Lobo e Benedito Lacerda) e 'Pirata da

Adelino almoçando com Zé da Zilda e Zilda do Zé

Perna de Pau' (de João de Barros). Em 1947 viajou para Portugal com a intenção de visitar sua mãe que entretanto tinha voltado para Covelo. Enquanto viajava a bordo do navio Serpa Pinto, aproveitando uma paragem, cantou aos microfones da Rádio Clube do Recife. No seu país natal não se contentou com o rever da família e da sua terra: gravou discos para a Parlophon portuguesa com músicas brasileiras e participou da opereta Os Vareiros, levada à cena no Teatro Sá da Bandeira, no Porto, anunciado da seguinte forma: "tomando parte por especial deferência o fadista-galã do Brasil Adelino Moreira!". No Porto deu entrevistas e certamente chamou a atenção mesmo fora do palco com sua pose de verdadeiro galã e seus ternos claros. Regressado ao Brasil, Adelino toma a decisão de deixar de cantar: "Chegou uma hora em que eu senti que precisava optar: cantar ou compor. Naquela ocasião, surgiam vários cantores excepcionais, como Orlando Silva e Nelson Gonçalves. Não era possível fazer sucesso com a voz que eu tinha", contou ao Jornal das Gravadoras em sua última e derradeira entrevista. Em 1951 compôs a marcha 'Parafuso', com Zé da Zilda e Zilda do Zé, que viria a ser gravada pela dupla. Casado em segundas núpcias com D. Arzina Teixeira, Adelino, através de Zé da Zilda ia tentando entrar no mundo do rádio, porém continuava a trabalhar na próspera indústria de seu pai. Em 1952, Adelino, consegue se aproximar de Lourdinha Bittencourt, esposa do afamado Nelson Gonçalves, cantor


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DIRETO DE PORTUGAL cultuado pelo público, sendo que Adelino também muito prezava suas atuações no rádio e nos discos. Quando, finalmente, Lourdinha ouviu Adelino cantar a sua 'Última Seresta', disse prontamente: "Essa é do Nelson!", logo providenciando um encontro entre o compositor e o marido. Uma confluência que renderia uma amizade para sempre e um trabalho mútuo que faria o deleite dos brasileiros. No bar da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, Adelino mostrou 'Última Seresta' a Nelson que, poucos dias após, a cantaria no auditório da emissora. Essa composição foi gravada por Nelson num disco de 78 rpm. Mais colaborações entre autor e cantor aconteceriam depois, mas o maior sucesso chegaria em 1953 com 'Meu Vício é Você'. Outros hits estavam por vir. Adelino, perceptivo e atento, sabia do espírito seresteiro dos brasileiros, do gosto das pessoas pelas rodas boêmias entre cerveja e violões. A sua inspiração fê-lo compor 'A Volta do Boêmio': "Boêmia, aqui me tens de regresso/ E suplicante te peço a minha nova inscrição./ Voltei pra rever os amigos que um dia/ Eu deixei a chorar de alegria; me acompanha o meu violão." Os números divergem quanto à quantidade de exemplares de discos que teriam saído da fábrica com 'A Volta do Boêmio' naquele ano de 1956 e nas reedições que se seguiriam. Certo é que o disco multiplicou a sua presença nos lares de todo o Brasil, e o tema passou a ter presença em todas as rodas de boemia. 'A Volta do Boêmio', fincou a imagem de Nelson Gonçalves que a cantaria até o desfecho de sua carreira. Adelino, com outras composições e com sua amizade, foi uma presença constante até ao final do percurso de Nelson. Citando Jairo Severiano, "De acordo com o exaustivo levantamento da discografia do compositor, realizado pelo pesquisador Paulo César de Andrade, Nelson Gonçalves gravou 169 composições de Adelino Moreira". Diversos cantores quiseram também para si criações de Adelino. Por exemplo, Dircinha Batista, Carlos Galhardo, Carlos Nobre, Cauby Peixoto ou Carlos Augusto. Este último gravou em 1960, com sucesso imediato, 'Negue' (também levado ao vinil por Nelson Gonçalves e Agostinho dos Santos) e que Maria

Bethânia registrou no seu álbum Álibi de 1978. 'Negue', com toda sua força dramática, prossegue até hoje no repertório de Bethânia: "Diga que já não me quer / negue que me pertenceu / que eu mostro a boca molhada / e ainda marcada / pelo beijo seu". Outro dos grandes sucessos de Adelino nesse ano foi o samba-canção 'Devolvi', na voz de Núbia Lafaytte. Acompanhado por Nelson Gonçalves, Adelino ouviu numa boite de São Paulo a cantora, que se chamava então Idenilde Araújo, gostou da sua voz e a colocou em contato com a RCA Victor. Criou-lhe o novo nome artístico e compôs 'Devolvi' (mais recentemente regravada por Fafá de Belém), e muitos outros temas que fizeram parte do repertório de Núbia. Entre eles, pode-se classificar assim, um fado-canção 'Página Portuguesa', quadro pitoresco de Portugal mas também outro retrospecto de Adelino. Adelino foi também, nos anos 60, obreiro de muito repertório para Angela Maria, a Sapoti. 'Cinderela' e 'Beijo Roubado' constituíram grandes sucessos. Numa das suas visitas a Portugal, onde era muito popular (sem ainda hoje ter sido esquecida), um jornalista perguntou a Angela "Quais os compositores que tem preferido?". Sua resposta foi: "Ary Barroso, Dorival Caymmi e muitos outros. Ultimamente tenho gravado composições de Adelino Moreira, que, como sabe, é atualmente o mais popular, o que mais direitos de autor recebe, e por sinal é português." O cantor Adelino Moreira voltou à ação em tempos que ele achou já não ser preciso ter um timbre vocal forte para cantar. Entre 1967 e 1970 gravou três LP`s como intérprete. Consternado com a morte, em 1998, do amigo Nelson Gonçalves, por quem muito chorou, quando o Jornal das Gravadoras lhe questionou se era difícil encontrar um cantor como Nelson por essa época, Adelino respondeu: "É quase impossível. O Nelson foi a melhor coisa que me aconteceu. Mas depois que ele morreu, pararam de me procurar também. Atualmente é difícil arranjar um bom cantor. Na verdade, eu não gosto de quase nenhum desses que estão aí. Mas gosto do Cauby Peixoto, que é daquele tempo; gosto de ver o Caetano Veloso cantando. Ele tem um timbre bom de voz e é melodioso. Não tem um

vozeirão, mas canta com o coração." As palavras pressentem afinidades no ar. Caetano incluiu 'Meu Vício é Você' no show que fez com Jorge Mautner em 2002, pouco depois do falecimento de Adelino. Se algum desencanto existia no peito de Adelino, a verdade é que ele continuava (e continua) a ser veiculado por muitos cantores no Brasil e em todo o mundo. É o caso da cabo-verdiana Cesaria Evora que deixou na sua discografia interpretações de 'Beijo Roubado' e 'Negue'. Brasil afora, em rodas de seresta ou em grupos que se reunem à volta de uns chopps, 'A Volta do Boêmio' está ainda presente. Compositor popular, fazedor de sucessos, uma análise menos atenta ou fragmentada pode não evidenciar toda a firmeza da sua obra. Adelino sustentava: "Procuro rimar bem, o que já vem do berço, sendo meu pai um poeta". Ao mesmo tempo revelou em entrevista ao jornal Pasquim: "Sempre li. Machado de Assis, Guerra Junqueiro, Eça de Queiroz." O ultrarromantismo de Adelino, a sacralização da mulher e do amor, a constatação de que suas composições são narrativas emocionantes, pode ser procurado em vários caminhos. Consideremos um. Diz Adelino: "Quando me perguntam qual foi o autor em que me inspirei para contar histórias musicais, eu respondo - foi uma pessoa esquecida, como eu vou ser esquecido um dia - foi Cândido das Neves, este sim era um autor." Falecido em Campo Grande/RJ, a 7 de maio de 2002, Adelino Moreira legou um extenso rastro de canções que enriqueceram e adicionaram rumos à história da música popular brasileira. Ao mesmo tempo, deixou na sua obra a expressão das suas viagens interiores e da sua alma de poeta e artista, afoito por viver e sonhar. Nota: Esta é a adaptação de um texto meu publicado no livro Brasil & Portugal: teatro, música, artistas & tal, de Thais Matarazzo, em lançamento atual no Brasil pela Editora In House, sobre o qual falamos no número anterior de JG NEWS. Prenúncio de um livro que preparo sobre Adelino Moreira, e se publicará em breve.


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Antonio Braga

MATÉRIA DE CAPA - LINCOLN CHEIB

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Lincoln Cheib, o baterista Lincoln Cheib é mineiro. Estudou bateria com Esdras Expedito, o 'Neném', seu grande mestre, em 1979, e depois disso sua carreira caminhou como a dos grandes astros, rumo ao infinito. Em entrevista exclusiva, o artista (que também atua no Jiu Jitsu e no Automobilismo) revela sua saga em direção ao sucesso: Quando você começou a se interessar pela Bateria? Tudo começou quando ouvi a bateria de Laércio Vilar na música 'Sonho', de Egberto Gismonti, na gravação de André Dequech. Aquele clima da bateria me despertou para o que seria minha vida dali pra frente. Em 1984 aconteceu sua primeira turnê internacional, ao lado do músico Célio Balona, pela Europa. Como aconteceu esse convite ? O meu professor, Neném, era o baterista nessa viagem, mas estava na imi-

nência de tocar com a Maria Bethânia. Por conta disso acharam melhor me levar como percussionista ao lado do grande Afonso Maluf para assumir a bateria caso o Neném tivesse que voltar às pressas para o Brasil. Em 1985 você participou da "Tour Vasp Instrumental 85" com o artista Marco Antônio Araújo, por 52 cidades brasileiras. Fale dessa experiência e a importância que teve em sua carreira? Essa turnê e a convivência com o Marco Antônio Araújo foram pontos fundamentais

Lincoln Cheib e Milton Nascimento, em selfie Tour New York/US


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MATÉRIA DE CAPA - LINCOLN CHEIB

Cheib e Milton no Grammy

na minha formação como profissional, pois a estrutura de produção era de primeiro mundo. Viajávamos com luz e som por todo o país e tinha uma coisa muito bacana: um dia antes de cada show, um palco era montado na saída de uma universidade ou grande escola da cidade e quando abriam o portão de saída, os alunos se deparavam com um pouco do nosso show e foi uma forma muito

impactante de divulgar o trabalho que era totalmente desconhecido naquela época.

Lincoln trabalhou com músicos de grande importância na música mineira como Marku Ribas, Tino Gomes, Celso Adolfo e Maurício Tizumba, fundamentais na formação da concepção do estilo "Mineiro" de tocar. Foi integrante do grupo Sagrado Coração de Terra, liderado pelo músico Marcus Viana com quem gravou algumas importantes trilhas de novelas e adquiriu experiência da forma sinfônica de tocar. A Sagrado Coração da Terra, apareceu para o público brasileiro após ter a inclusão da canção "Flecha", faixa de seu segundo disco, na trilha sonora da telenovela 'Que

Rei Sou Eu?', da Rede Globo, com direito a exibição de seu respectivo clipe no programa dominical, Fantástico. Depois disso foram vários hits em diversas novelas Globais e de outras estações de televisão. Como foi que você chegou ao grupo Sagrado Coração da Terra e por quanto tempo tocou com ele? Mais uma vez uma oportunidade que surgiu por intermédio do meu mestre Neném, que me indicou para substitui-lo e foi aí que tive a chance de aprender a forma sinfônica de tocar bateria. O Marcus Viana, líder do Sagrado Coração da Terra, é um violinista de formação erudita que participou do movimento de criação do Rock Progressivo no

Brasil - que na verdade é música sinfônica com formação e sonoridade de Rock. Com isso tínhamos que ensaiar e estudar muito o repertório, pois a execução tinha que ser precisa e fiel ao arranjo original apresentado. Aprendi muito com essa experiência. Toquei por 7 anos no Sagrado Coração da Cheib: ensaio na Sinfônica


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MATÉRIA DE CAPA - LINCOLN CHEIB

Terra. Existe um DVD disponível no mercado contando toda a história desse grupo. Vale a pena conferir! Em 1990 vccê começou a tocar com Nico Assumpção, com quem gravou o CD Três, juntamente, com o guitarrista Nelson Faria. Em 1995 entrou para a banda de Milton Nascimento com quem toca até os dias atuais. No decorrer desses 20 anos gravou sete CDs com Milton, cinco DVDs e fez mais de 1000 shows pelo mundo inclusive com a Orquestra Royal Filarmônica de Londres, a renomada Sinfônica do Brooklin, em NY, as Orquestras Sinfônicas do México e da Bahia. Como você chegou ao Milton Nascimento? Como é tocar com ele há tanto tempo? O Milton me ouviu tocando em um bar de jazz chamado Café Belas Artes, em Belo Horizonte, em 1994. No ano seguinte iniciaria um projeto chamado 'Amigo', onde cantaria acompanhado por uma Filarmônica e dois corais de crianças. Nesse momento, o Robertinho Silva que tocava com ele há mais de 20 anos queria dar um impulso em sua carreira solo e decidiu não participar do projeto. O meu nome se encontrava numa lista de 10 nomes e eu

era o único disponível naquele momento. De lá pra cá passaram-se 20 anos. Tocar com o Milton é, sem dúvida alguma, um prêmio que a vida me deu, pois sua música é espetacular e a convivência com a pessoa 'Milton' é algo inexplicável. É a chance de compartilhar experiências com um gênio, de temperamento calmo e um ser de uma generosidade e bom humor infinitos. Gosto de ressaltar que, existe liberdade para tocarmos suas músicas - isso não tem preço. Juntamente com seu irmão, Ricardo Cheib, e com Milton Nasc i m e n t o desenvolveu uma pesquisa sobre tambores para o disco 'Nascimento', de 1997, que rendeu o Grammy Award de World Music/98 e mais 3 desse mesmo prêmio na classificação: Grammy Latino, como Melhor CD e Melhor Música. Como foi essa pesquisa e quais foram os instrumentos usados? Na verdade meu irmão e eu criamos esses ritmos que estão no CD ‘Nascimento’. No entanto, o crédito de pesquisa foi um equívoco, pois nós crescemos ouvindo os grupos de congado tocando na nossa porta, no bairro Caiçara, em Belo

Horizonte. Esse som já estava dentro de nós. Claro que os ritmos básicos já existiam, como o Congo e a Folia, o que fizemos foi arranjá-los da nossa maneira, contribuindo com o processo de criação das músicas, pois o Milton compôs as músicas em cima dos rimos criados e por ele requisitados. Lincoln também participou dos CDs "Tambores de Minas" 1998, "Crooner 2000", "Gil e Milton" 2001, "Pietá 2003" e dos DVDs "Tambores de Minas" e "Pietá". Com os grupos Ponto de Partida e os Meninos de Baquetas Araçuaí gravou os assinadas DVDs "Ser Minas C.IBAÑEZ Tão Gerais" e "Pra Nhá Terra". Em 2002 foi professor convidado da UFMG, onde organizou e ministrou o curso de bateria. Há 10 anos Lincoln leciona na Universidade Bituca de Música, em Barbacena, formando músicos para o mercado de trabalho . Fale um pouco da Universidade Bituca? A Universidade de Música Livre Bituca é uma homenagem e criação do Grupo Ponto de Partida a Milton Nascimento. É uma escola de

música que possui um corpo docente de músicos atuantes e os alunos são selecionados através de uma audição, em 2 etapas. O curso dura 2 anos, sem custo para o estudante. Esse projeto conta com o apoio financeiro de empresas que acreditam na importância da cultura para o crescimento de uma sociedade justa. Os mestres têm liberdade de montar seu conteúdo pedagógico e o aluno, ao fim de 2 anos, sai preparado para o mercado de trabalho e estruturado tecnicamente para trabalhos de música popular. Em 2014 Cheib apresentou a Oficina de Música: "O Ritmo na obra de Milton Nascimento" no formato de Palestra/Show, onde a obra do artista foi analisada e tocada ao vivo. Lincoln, você tem uma baqueta assinada com a C. Ibañez. Fale-nos dessa parceria e como foi desenvolver uma baqueta com a sua assinatura? Isso mesmo Antônio, eu tenho o prazer de endossar a marca C. Ibañez, pois dou prioridade aos fabricantes nacionais de qualidade. Acredito, desse jeito o produto terá uma maior visibilidade, obtendo crescimento de vendas. Com isso, nós brasileiros, saímos ganhando pois a qualidade do produto se manterá sempre em alta. O Clóvis (Presidente da C. Ibañez) também é músico e sabe exatamente o que o músico entende como qualidade. O equilíbrio das baquetas e o tipo de madeira são o forte da C. Ibañez. A baqueta assinada por mim é o modelo 5A, exatamente igual a que eles produziam e que eu já gostava de usar.


LANÇAMENTOS FONOGRÁFICOS

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BANANA SCRAIT VOO INDEPENDENTE

NICOLI FRANCINI VENTO DO ESPÍRITO SONY MUSIC

SUELLEN LIMA IMPACTO SONY MUSIC

CLÁUDIO ZOLI AMAR AMANHECER INDEPENDENTE

QUATRO POR UM DEIXA O CÉU DESCER MK MUSIC

GABRIELA ROCHA PRA ONDE IREMOS? SONY MUSIC

MARCUS SALLES FAZ MAIS UMA VEZ SONY MUSIC

LÉA MENDONÇA FALANDO DE AMOR MK MUSIC

PADRE FÁBIO DE MELO DEUS NO ESCONDERIJO DO VERSO SONY MUSIC

DISCOPRAISE PALAVRA SOM PODER SONY MUSIC

JOÃO BOSCO & VINÍCIUS ESTRADA DE CHÃO UNIVERSAL MUSIC

ALINE BARROS VIVO ESTÁS SONY MUSIC

ZÉ KATIMBA MINHA RAÍZ MINHA HISTÓRIA INDEPENDENTE

TRAZENDO A ARCA ESPAÑOL SONY MUSIC

ARTHUR ESPÍNDOLA TÁ FALADO INDEPENDENTE

ROBERTO CARLOS LAS VEGAS SONY MUSIC


SHOWS / NOVIDADES NO MERCADO

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carreira do artista totalmente remasterizados, sendo dois deles discos inéditos: um com raridades e outro com versões em inglês e espanhol.

Caetano e Gilberto Gil viajarão pelo mundo comemorando 50 anos de carreira #DoisAmigosUmSeculoDeMusica, a turnê, que percorrerá a Europa em junho, julho e agosto, celebrando os 50 anos de carreira de Caetano e Gilberto Gil, está confirmada no Brasil para o segundo semestre desse ano!! Em breve mais infomações e as cidades no roteiro!

Caixa Djavan alcança marca disco de ouro O cantor Djavan recebeu da gravadora Sony Music, disco de ouro referente às vendas da Caixa Djavan, lançada em novembro do ano passado. Com a coletânea, que reúne toda discografia do cantor até 2010, foram ultrapassados os 40 mil produtos vendidos, marca considerada de grande relevância para o mercado fonográfico se tratando desse formato. Com um projeto gráfico belíssimo, a Caixa Djavan reúne os 20 álbuns da

Paulo Junqueiro é o novo presidente da Sony Music Brasil Alexandre Schiavo deixa a presidência da Sony Music Brasil depois de 10 anos. Paulo Junqueiro, ex-diretor geral da gravadora em Portugal, assumiu o cargo. Paulo ficou conhecido ao integrar a equipe de jurados do programa "Factor X", adaptação do reality britânico "The X Factor". Junqueiro viveu no Brasil durante os anos 80, quando trabalhou na Warner e EMI. Gilberto Gil, Milton Nascimento, Marisa Monte, Capital Inicial, Paralamas do Sucesso, Kid Abelha e Titãs já tiveram trabalhos produzidos por ele. Alexandre Schiavo assume, a partir de agora, a vice-presidência internacional da Sony Music, em Miami (EUA). Schiavo, deixa a Sony Brasil na liderança do mercado fonográfico brasileiro. A Sony Music Brasil fechou 2014 com 34,2% de Market Share, de acordo com a ABPD (Associação Brasileira de Produtores de Discos).

CD "Roberto Carlos em Las Vegas" O álbum que sai pela Sony Music, chega com uma grande novidade ao mercado: será o primeiro do Rei lançado também em streaming. Além dele, toda discografia do cantor, desde a jovem guarda até os tempos atuais, será liberada nas plataformas digitais, com exclusividade de três meses do Spotify.

A carreira de Roberto Carlos será organizada por temas e décadas e, para os mais apaixonados, haverá uma playlist com 24 horas de conteúdo do Rei. Um total de 32 países apoia a distribuição do catálogo: além do Brasil, a lista continua com México, Estados Unidos, América Latina (15 países), Espanha, Portugal, Itália, Suécia, Reino Unido, Áustria, Suíça, Finlândia, Dinamarca, Noruega, Holanda, Bélgica, Austrália e Nova Zelândia. A organização do Latin Billboard Awards anunciou que Roberto Carlos será homenageado com o prêmio "Billboard Lifetime Achievement" durante a cerimônia de entrega dos troféus de sua edição de 2015. O mesmo acontecerá com o guitarrista e compositor mexicano Carlos Santana, que receberá o "Spirit of Hope".

O Top 10 Mais Tocadas 1 "Lepo Lepo" - Magno Santana/Filipe Escandurras 2 "Vai No Cavalin" - Big Big/Samy Coelho 3 "Fui Fiel" - Fabio O'Brian/Pablo/Magno Santana/Filipe Escandurras 4 "Jeito Carinhoso" - Allê Barbosa 5 "Logo Eu" - Samuel Deolli/Filipe Labret 6 "Não Tô Valendo Nada" - Henrique Tavares/Juliano 7 "Maus Bocados" - Gerson Gabriel/ Rafael/Bruno Varajão 8 "País Tropical" - Jorge Ben Jor 9 "Amor de Chocolate" - Naldo Benny/ Diplo/Afrojack/Solid Groove/Cartel Vibes 10 "Show das Poderosas" - Anitta


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ENCORDOAMENTO DE PRIMEIRA LINHA

NOVA GERAÇÃO DE ENCORDOAMENTOS


Robson Candêo (Curitiba)

CDS, DVDS E BLU-RAYS

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MUSICANDOMUSICANDO Nos tempos atuais, as coisas mudam com uma velocidade muito maior do que aconteciam há não muitos anos atrás. Se contarmos o tempo que o DVD reinou como principal mídia universal e compararmos com o Blu-ray, por exemplo, vemos facilmente que o Blu-ray nem chegou a ser uma mídia universal de verdade e não tem grandes chances de realmente emplacar. Pois bem, para aqueles que, como eu, têm enorme dificuldade em encontrar novos títulos em Blu-ray e até em DVD, a dica é tornar a Internet uma grande aliada, pois lá e possível encontrar muitos shows na íntegra publicados no YouTube, por exemplo, ou até em serviços de assinatura, como o Netflix. E foi no Netflix que assisti o recente show do cantor Robbie Williams - Live in Tallinn que foi gravado na capital da Estônia para dezenas de milhares de fãs entusiasmadíssimos, com uma superprodução de palco, efeitos visuais incríveis e grandes hits do cantor como "Let Me Entertain You", "Millennium" e "Rock DJ", isso sem contar a clássica "Angels" que ele usou para fechar o espetáculo colocando a plateia para cantar. Um show que vale a

pena conferir, não importa em que mídia.

riscar a dizer que desta vez ela acertou a mão.

E não é propriamente um lançamento, mas não posso deixar de falar do Blu-ray duplo da pop-star Beyoncé - Life is but a Dream, em uma edição de luxo, que traz em um dos discos um super show realizado em Atlantic City, com uma produção incrível, com direito a um telão gigante ao fundo, grandes coreografias, e vários sucessos da cantora como "Crazy in Love", "Naughty Girl", "Halo" e "Single Ladies". Já o outro disco traz um documentário de 86 minutos, infelizmente sem qualquer legenda, em que a cantora fala de sua vida, mostra imagens de infância, fala da relação com o pai, marido e filho, mostra várias cenas dela gravando em estúdio, shows ao vivo e um pouco do seu dia-a-dia.

Esses dias estava eu em uma banca de revistas quando reparei em uma pilha de DVDs para vender (eu não consigo deixar de olhar) e estava lá, chamando a atenção o título Joe Cocker - in Concert, que foi lançado como encarte da extinta revista DVD Total em 2002, sendo que o DVD traz até uma versão digital desta revista, além do show logicamente. O espetáculo aconteceu no famoso programa de TV alemão Ohne Filter Music Pur, em um ambiente intimista onde Cocker cantou grandes hits como "You are so Beautiful", "Delta Lady", "You Can Leave your Hat On" e muito mais, com o seu característico vozeirão, interpretação impecável cheia de emoção e que só nos faz agradecer o grande legado que esta fera nos deixou. E antes que eu me esqueça, o show tem boa imagem, bom som e traz legendas em português e inglês nas músicas, coisa rara de se ver.

E quem lançou um álbum novo há pouco tempo é a Superstar Madonna, com o título de Rebel Heart que segue a levada dance que a cantora adotou nos anos 90, mas desta vez achei que se voltou mais às origens, fazendo este trabalho ser muito melhor do que os últimos, e vou ar-

Robson Candêo escreve para o blog www.blurayedvdmusical.blogspot.com/


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Jorge Ben Jor continua de bola cheia

Ecad divulga levantamento inédito sobre Jorge Ben Jor Jorge Ben Jor, 70 anos, recebeu levantamento inédito do Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição). Os três rankings liberados contemplam suas músicas mais executadas entre 2010 e 2014, as canções mais regravadas e os artistas que mais gravaram suas músicas. Segundo o órgão,

ECAD HOMENAGEIA JORGE BEN JOR Jorge Ben Jor tem 524 obras registradas, em mais de 50 anos de carreira.

OBRAS MAIS EXECUTADAS ENTRE 2010 E 2014: 1 "País Tropical" 2 "Mas Que Nada" 3 "Taj Mahal" 4 "Fio Maravilha" 5 "Chove Chuva" 6 "Ive Brussell" 7 "Que Maravilha" 8 "Quero Toda Noite" - com Wagner Eduardo, Umberto Tavares e Jefferson Junior 9 "W/Brasil" 10 "Por Causa de Você, Menina"

MÚSICAS MAIS REGRAVADAS 1 "Mas Que Nada" 2 "País Tropical"

3 "Que Maravilha" 4 "Oba, Lá Vem Ela" 5 "Chove Chuva" 6 "Zazueira" 7 "Ive Brussell" 8 "Por Causa de Você, Menina" 9 "Que Pena" 10 "Taj Mahal"

ARTISTAS QUE MAIS REGRAVARAM MÚSICAS DE JORGE BEN JOR 1 Léo Brandão 2 Wilson Simoninha 3 Sergio Mendes 4 Adrhyana Rhibeiro 5 Toquinho 6 Caetano Veloso 7 Gal Costa 8 Wilson Simonal 9 Lucio Maia 10 Dengo


Elias Nogueira

ROCK, POP E MPB

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eliassnogueira@gmail.com

Novos produtores musicais A renovação de profissionais em todo circuito de trabalho é inevitável, e para nossa sorte, a renovação vem sendo feita e os novos profissionais não deixam nada à desejar aos antigos catedráticos da técnica de produção musical. Em meio a esse turbilhão de novos talentos conheci Celo Oliveira, cara novo na idade e muita vivência dentro da música. No estúdio situado na Zona Norte do Rio, ele recebe diversos músicos de várias partes do Brasil. Celo fez trilhas, toca vários instrumentos e, além disso, faz parte da banda Unfaith, na qual é guitarrista e compositor. Batizado como Marcelo de Oliveira, carioca, do Méier, mesmo com seus 35 anos é considerado nova geração, um daqueles que está despontando na técnica de produção musical e também artística. Celo Oliveira, como é mais conhecido, iniciou os estudos de guitarra aos nove anos de idade, e aos 18 já se apresentava em casas noturnas profissionalmente. Ampliou sua experiência também em outros instrumentos como contrabaixo elétrico, violão, violão de sete cordas, cavaquinho, entre outros. Em 1999, com objetivo de produzir suas próprias músicas, começou a trabalhar, também, com produções e gravações, permanecendo na área até os dias de hoje, administrando o home studio Kolera. Celo tem ouvidos apurados, percepção perfeita e escuta de tudo. Seu gosto musical vem da linha de rock melódico e metal, mas diz que gosta de todo tipo de música, desde que seja autêntica. - Na verdade não faço somente produção, sempre tive uma banda, o intuito era esse, produzir minha própria banda. Não faço música para brasileiro, não que tenha algum preconceito, entretanto o público que atinjo é outro, se fôssemos fazer músicas em português não teríamos o alcance que tivemos. Minha banda tem disco lançado, estilo metal, inspirado no que

ouço. O fato de seu ser produtor, hoje, foi um acidente, queria mesmo era fazer minhas próprias coisas. Comecei a produzir de 1999 para 2000, aprendendo o básico para fazer. Pouco tempo depois iniciaram-se trabalho remunerado. Artístico e Musical - Sou produtor artístico e musical, que são duas coisas diferentes. Geralmente o produtor artístico vem com a cabeça e o produtor musical com a parte técnica. Faço as duas coisas. Tudo isso porque sou músico: guitarra, baixo, teclados. Zona Norte - Quando se é limitado a trabalhar apenas na Zona Norte, é difícil - mas se você se propõe a abrir alternativas, a coisa fica diferente. Não fico preso a um bairro somente. E outra coisa: quando se faz um trabalho bom, o cliente retorna e, o melhor de tudo, com confiança no resultado final. Tenho clientes fora do Estado do Rio de Janeiro; recentemente teve uma pessoa de Juazeiro do Norte que veio somente para gravar comigo. De Minas Gerais foram mais de três bandas que fizeram produção; de São Paulo outras duas. Não fico limitado. Dia desses peguei um trabalho em Goiás, trabalho gospel também. O rapaz enviou todo material eu mixei e mandei de volta, ele gostou do resultado final. Estilo - Não tenho preconceito por estilo musical. Pagode eu já toquei por algum tempo, mas não me atrevo a produzir, existem pessoas especializadas para isso. É um circuito fechado e eles não abrem as portas para outros produtores. Sou mais conhecido por conta do rock, mas acredito que mais da metade do meu trabalho não seja de rock. Tem muito pop, house, indie... Urgia - Produzi essa banda que gosto

bastante, eles são meus amigos. Fica muito mais divertido. É um trabalho leve, não temos aquela preocupação com o individual. Quando se é amigo, tudo fica mais claro. Tenho liberdade para falar o que acho que está feio! E por aí vai! Trabalho diferente - Galwen (MG) é uma banda de folk rock de Minas Gerais com dois irmãos, disco conceitual, eles usam os instrumentos: violino, rabeca, flauta e tudo mais. Foi uma experiência nova como produtor. Nunca havia gravado esses tipos de instrumentos. Foram fazer o disco em São Paulo, num estúdio top de linha e foram mal tratados, meio que desprezados. O Gabriel que é o cantor foi na casa de um amigo meu tomar aulas de canto. Chegando lá meu amigo ouviu o que foi gravado e disse que ele teria que fazer outra coisa e não ter aulas de canto agora. Vieram aqui e conversaram comigo. Quando escutei vi que era um material muito bom, mas estava mal registrado, refiz tudo. Só para você ter uma ideia: o que mais aparece por aqui são bandas e cantores que fizeram disco em outro estúdio, mas que não ficou do agrado deles; vem e me pedem e, eu refaço tudo, eles saem felizes e tornam-se meus clientes. A maioria das pessoas vem com um disco "pronto" e tenho que refazer tudo. E digo mais: muitos vêm de outros estúdios que são muitos mais equi-


Foto:Igor Pinguim

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Marcelo e Elias Nogueira

ROCK, POP E MPB

pados que o meu com muito mais estrutura. Digo o seguinte: o carinho e cuidado que o produtor tem com o disco é o que vai prevalecer no produto final. Ferramentas podem ter em qualquer lugar, o que prevalece é o cuidado, zelo e carinho. Onda Zero - Foi uma "Webserie", isso foi em 2010, fiz a trilha sonora, eles queriam uma ficção científica, nunca havia feito, achei muito bacana e eles gostaram muito. Foi uma tarefa complexa e mais de 500 mil pessoas assistiram em poucos meses, foram duas músicas que entraram no tema: http://www.2012ondazero.com.br Turminha da Natureza - É um site de histórias infantis. Hugo, que trabalha comigo, é cantor, ator e trabalha com parte gráfica. Rodrigo, que trabalha nesse projeto trouxe para fazermos aqui no estúdio as trilhas sonoras. Todos gostaram bastante. Estúdio no Méier - Não me limito apenas no local onde é,

apesar de que: Méier é um bairro maravilhoso e considerado o "Colírio da Zona Norte" o bairro mais queridinho da área. Muitas pessoas que produzo não são daqui - tenho muitos clientes da Zona Sul, Zona Oeste, Niterói, Recife, Vitória, Santa Catarina e por aí vai. Contato: (21) 98210-2791 / E-mail: celohydria@gmail.com Home Studio: w w w . y o u t u b e . c o m / insanidadesimulada www.soundcloud.com/celo-oliveira www.kolera.com.br Álbuns com produção de Celo Oliveira Hydria (RJ) - Mirror of Tears (2008); Poison Paradise (2010) - Acoustic Versions (2011) - Freakshow (2013); Galwen (MG) Joaquim e o Barril de Carvalho (2014) *Artista da gravadora Sonhos e Sons; Gus Monsanto (Petrópolis, RJ) - Karma Café (2014);

Hugo Faro (RJ) - Better Now (2014); Traumer (SP) - The Great Metal Storm; (2014) *Artista da gravadora Total Steel; Lyria (RJ) - Catharsis (2014); Black Rook (RJ) - Black Rook (2013); - Ciano (RJ) - Partida (2013); Ankhalimah (Niterói, SP) - I (2013); Aneurose (MG) From Hell (2012); - Sixty Nine Crash (RJ) - Louder (2014); - Khaos Inside (RJ) - No Place For Love (2011); Urgia (RJ) Como Tudo Nesse Mundo (2012); Isabela Almeida (RJ) - Tela (2011); Newsonic (Niterói, RJ) - Novos Rumos (2013); - Bell Ribeiro (RJ) - Loop Infinito (2011); Kabillah (Niterói, RJ) - Inesquecível (2010); Jack Balla's (RJ) - Mundo Urbano (2010); Handsaw (RJ) - Ogre (2015).

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Márcio Paschoal COMENTÁRIOS DE MÁRCIO PASCHOAL

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paschoal3@gmail.com

CD "RITOS E RITMOS" - MAURÍCIO LUZ A afrodescendência da canção nas Américas

O timbre grave na voz do cantor Maurício Luz é a marca registrada neste CD "Ritos e Ritmos". Já faz tempo que um grupo vocal se sobressaiu no cenário nacional explorando esse registro de baixo, os Cantores de Ébano. De lá para cá, outras vozes de barítono fizeram a alegria dos ouvintes, coincidentemente negros, como Nat King Cole, Paul Robeson, entre outros. Tentando fugir desse aparente clichê, o carioca Maurício Luz, enveredou pelo canto lírico. Formado pela Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), estreou como solista na ópera Porgy and Bess, no Municipal. Outros trabalhos vieram, com destaque para Carmen de Bizet (no papel de Zuniga) e na clássica de Mozart, Bodas de Fígaro (como Bartolo). Maurício, aproveitando o timbre, também empresta sua voz em dublagens de vários desenhos e filmes, notadamente da Dream-

works e estúdios Disney (O Rei Leão, A Bela e a Fera etc). O repertório do CD é calcado nas sad songs dos tempos da escravidão, quando os lamentos ritmados em forma de canções ganhavam as lavouras do sul dos Estados Unidos escravocrata. Nesse caso vicejava o cristianismo como moldura para a cultura africana, numa espécie de colonização cultural. Um dos melhores exemplos é a canção que abre o disco "Go Dowm Moses", a tradicional "Let my people go". Excelente interpretação. Mais triste e com caráter lenitivo, outro marco desse cancioneiro americano, a "Ain't got time to die" (Senhor, estou ocupado louvando meu Jesus/ não há tempo para morrer/ porque a doença se vai quando estou a louvar Jesus/ não há tempo para morrer"). A ótima "I want Jesus to walk with me" inspirou a quase herética, a stoniana de Exile on Main St, em "I don't want to talk about Jesus, Just wanna see his face".

O rio Jordão, devido à cristianização, também é fortemente evocado, como na bela "Deep River" (Rio profundo, meu lar está no Jordão...). O rio em que Baptista batizou Jesus serve como abrigo espiritual, a terra prometida onde tudo é paz. Depois da série dos spirituals, Maurício, acompanhado do piano (Eduardo Henrique) e contrabaixo acústico (Ricardo Cândido), envereda pelas canções brasileiras. O ritmo é marcado pela riqueza em atabaques e outros elementos percussivos a cargo de Paulo Bogado e Eliseu Costa. Algumas faixas com mais acerto que outras. Os mestres Hekel Tavares e Waldemar Henrique foram os escolhidos. "Funeral de um rei nagô", "Hei de seguir os teus passos" e "Perdão Abaluiaê" sobressaem. Maurício já tem estrada, principalmente na esfera operística. Sua gravação do Réquiem (Padre Maurício) ganhou o elogio e o respeito dos críticos, e o poema sinfônico de Antonio Carlos Gomes "Colombo" levou-o ao

Prêmio Sharp (1999). "Ritos e Ritmos" mostra a influência inegável da cultura africana na América e traz luz (sem trocadilho) ao talento desse excelente operário do canto. (*) escritor, autor da biografia de João do Vale.


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Duo Finlândia anuncia turnê "Mundo Rural" Formado pelo brasileiro Raphael Evangelista (violoncelo) e o argentino

MÚSICA INSTRUMENTAL

Mauricio Candussi (teclados e programações), o duo Finlândia está de malas prontas para rodar o Brasil. A dupla fará dezoito apresentações, passando por sete Estados brasileiros e em julho, a turnê vai para o exterior, com datas na Europa, Ásia, América

Central e na Argentina. Mundo Rural (2015): Mundo Rural é um disco de festa, tem molambo, arrasta-pé, milonga, campeira e muita coisa que soa ótima no acordeão, melhor ainda com violoncelo. Finlândia é moderno, interativo, progressista e ansioso. Um mundo que não teria nascido sem sua vivência pastoril, campeira, contemplativa, rural. Turnê Mundo Rural 2015 Brasil: Festival Música de Rua - Farroupilha/ RS; Festival Música de Rua - Caxias do Sul/RS; Teatro Municipal - Anápolis/GO; Planetário Full Dome - Anápolis/GO; Feira de Quintal - Pirenópolis/GO; Feitiço Mineiro - Brasília/DF; Local a confirmar - Patos de Minas/MG; Evento privado Patos de Minas/MG; Tour Microcidades Mineiras/MG; Webshow para todo o mundo: Showlivre.com; Centro Cultural São Paulo (Part. Helio Flanders e Guizado) - São Paulo/SP; Centro Cultural Banco do Nordeste - Uirauna/PB; Centro Cultural Banco do Nordeste Sousa/PB; SESC Centro - Fortaleza/CE.

TEL: (21) 2576-0075 2258-9074


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MÚSICA DA REGIÃO NORTE

Arthur Espíndola tá falado Multiinstrumentista

Compositor, intérprete, multiinstrumentista e produtor, Arthur Espíndola, faz parte da nova geração de artistas paraenses que vem há tempos conquistando espaço na cena musical brasileira. Talento e sensibilidade invejáveis, Arthur transborda carisma e personalidade em suas apresentações. Dentre projetos importantes que participou podemos destacar o Show Terruá Pará, em São Paulo, em novembro de 2013, no Teatro das Artes que contribuiu de forma decisiva para a projeção nacional de artistas como Gaby Amarantos, Lia Sophia, Dona Onete, e Felipe Cordeiro. O trabalho de Arthur Espíndola dialoga com o samba e a música amazônica, promovendo o encontro do samba com o carimbó, o lundu, o samba de cacete, o marabaixo, o marambiré e outros ritmos regionais. É essa mistura inusitada de ritmos e instrumentos como o curimbó, o banjo regional, a barrica e a maraca, unidos ao instrumental tradicional de samba, que inaugura o que Arthur gosta de chamar de Samba Amazônico. Arthur Espíndola tem 4 videoclipes gravados e disponíveis na internet. Em 2013 gravou o clipe da música "Tô Fora de Moda", com as participações de Felipe Cordeiro, Gaby Amarantos e Mestre Curica, e o clipe "A Passista", com a participação da Velha Guarda da Mangueira. Em 2014 gravou o clipe "Maliciosa", com Gaby Amarantos; o clipe "Grande Hotel", com Wilson das Neves; e o clipe "Tempo Deus", com Fafá de Belém.

Em junho de 2014 Arthur lançou o CD Tá Falado. O álbum, com 12 faixas, 11 autorais, foi produzido pelo próprio artista, conta com a participação da Velha Guarda da Mangueira, Gaby Amarantos, Luê Soares, Felipe Cordeiro e Mestre Curica, gravado todas as bases em Belém, por músicos paraenses. Ouvindo-o sente-se a presença dos ritmos amazônicos misturados ao baião, o ijexá e principalmente o samba. O repertório do CD serviu de base para a gravação de seu primeiro DVD em novembro de 2014. A gravação aconteceu no Teatro Margarida Schivasappa, em Belém, e contou com as participações de João Cavalcanti (Casuarina), Gaby Amarantos e Wilson das Neves. Além da cuidadosa direção musical de Igor Nicolai e da direção geral criativa de Zé Paulo da Costa, um dos grandes diferenciais do DVD é o cenário grandioso assinado pelo experiente Fernando Pessoa. O DVD tem previsão de lançamento para o segundo semestre de 2015 e promete ser um divisor de águas na carreira de Arthur. O artista está em fase de produção de sua turnê nacional de lançamento do CD e DVD.

ARTHUR E GABY AMARANTO


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PESQUISANDO A GENTE ACHA...

Banda LIV O rock das letras a serviço do Reino Da cena underground à notoriedade. Banda mineira comemora 10 anos tendo como principal característica as letras de suas canções e se prepara para lançar o segundo disco O rock cristão está bem representado pela banda mineira Liv - Libertos Intensificando Vitórias. Com Adriano Carmo (vocal), Léo Silva (baixo), Léo Rangel e Jeff Viveiros (guitarras), Matheus Carmo (bateria) e Carlos Povoa (teclado), a banda traz em suas experiências musicais as influências de bandas como Oficina G3, Creed, Dream Theater e Evanescence. A Liv começou suas atividades no ano de 2005, expondo nas letras de suas canções um trabalho preocupado em apresentar o caos vivido pela sociedade atual que, muitas vezes, negligencia valores como o amor ao próximo e a fé em Jesus.

Ao completar uma década, o líder e vocalista, Adriano Carmo, sintetiza: "Sem medo de errar, posso dizer que esses 10 anos se resumem no texto bíblico de Malaquias 3.18, que diz: 'Então voltareis e vereis a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus e o que não o serve.' A essência do nosso trabalho está em Deus. Se perdermos esse foco, a Banda Liv deixa de existir." O primeiro trabalho da Liv foi na versão audiovisual, com o clipe da canção "Abra meus olhos", gravado ao vivo, em 2008, na cidade de Campinas (SP). Esse trabalho rendeu os primeiros frutos, tornando notória a musicalidade e a qualidade do grupo, que chama a atenção, especialmente, pelas letras cristãs. Em abril de 2011, a Liv lançou o primeiro álbum, "Urbano", com 11 faixas abordando temas como a injustiça social e a autodestruição humana. Desse CD, foram lançados os clipes das canções "Espinhos" (www.youtube.com/ watch?v=ttaypQsj7YQ) e "O preço" (www.youtube.com/ watch?v=854B8NIpt_U). A banda está finalizando o segundo disco - lançamento junho de 2015.

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‘Amar Amanhecer’ 11º disco de Cláudio Zoli 30 anos de carreira, 11 discos lançados, Claudio Zoli é referência da Soul Music Brasileira. Aos 17 anos, conviveu e tocou com lendas como Tim Maia e Cassiano, sendo considerado o "Príncipe da Soul Music". Seus hits "Noite do Prazer",

"À Francesa" e "Cada Um Cada Um", ainda fazem muito sucesso o que elevou Zoli na categoria de compositor disputado por nomes como Marina Lima, Elba Ramalho, Fábio Jr, Wilson Simoninha, Pedro Camargo Mariano entre outros. O artista lança o 11º álbum de sua carreira, "Amar Amanhecer", este apenas com canções inéditas, depois de 5 anos de ausência no disco (último lançamento aconteceu em 2009 com o CD 'Diamantes')

Os artistas que mais arrecadaram em 2014 Ecad / rankings com os titulares que mais arrecadaram e as músicas mais tocadas em 2014. Essas listas contemplam os segmentos Casas de Festas, Casas de Diversão, Rádios e Shows. No total, o órgão distribuiu R$ 902,9 milhões a 140.438 titulares, incluindo compositores, intérpretes, músicos, editores e produtores fonográficos. Esse número representa um aumento de 12% em relação ao que foi distribuído em 2013. 1 Paula Fernandes; 2 Roberto Carlos; 3 Sorocaba; 4 Anitta; 5 Victor Chaves; 6 Naldo Benny; 7 Luan Santana; 8 Thiaguinho; 9 Zezé Di Camargo; 10 Djavan


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...DESCOBRINDO RARIDADES


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INTERNACIONAL

Orlando Morais ganha prêmio francês Há muito tempo vivendo na França, Orlando Morais foi indicado e venceu o mais importante prêmio de música francesa, o 'Victoires de La Musique'. Em sua trigésima edição, o evento é uma premiação equivalente ao norteamericano 'Grammy' ou ao inglês 'Brit Awards'. O brasileiro estava concorren-

do na categoria "Melhor Álbum de Músicas do Mundo" pelo CD "Rivière Noire", primeiro projeto do trio Rio Negro formado por ele, Pascal Danae e Jean Lamoot. Inédito no Brasil, o álbum foi lançado por lá em 2014. Orlando e seus parceiros foram buscar no Mali, antiga colônia francesa da África Oci-

dental, o talento de artistas como Salif Keïta, Bako Dagnon e Kassé Mady, todos convidados especiais deste projeto, que contém 13 músicas inéditas. Além de compor e se apresentar em palcos franceses e brasileiros, Orlando Morais também grava em Paris nova temporada do Programa "Lá", exibido em terras tupiniquins pelo Canal Brasil, aos domingos, às 20h30.

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