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ANO XXI - EDIÇÃO 220 - DIGITAL 10 - FEVEREIRO - 2017

JG NEWS, ANO XXI, ED. 220, FEVEREIRO DE 2017

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MÚSICA INSTRUMENTAL

Elias Nogueira

Fernando Magalhães Guitarrista do Barão Vermelho fala de projetos, disco novo e da saudade do parceiro Roberto Lly

Fernando Magalhães é guitarrista e compositor. Filho caçula de uma família de quatro irmãos, quando tinha 13 anos ganhou sua primeira guitarra. Iniciou a carreira profissional em 1982 quando integrou o grupo punk carioca 402, de 1982 a 1984. Depois passou a atuar no conjunto musical Páginas Amarelas. Entrou para o Barão Vermelho em 1985 como músico contratado e em 1989 passou a ser membro efetivo participando de infinitas turnês. Em 2007, durante as férias do Barão Vermelho, Fernando lançou seu primeiro álbum solo intitulado "Fernando Magalhães" - guitarra instrumental, que atraiu interesse de seus fãs e da mídia especializada. O disco, um típico álbum de rock, inovou por ser o primeiro lançamento digital da Warner Music Brasil. Seu segundo disco "Rock It" dedicado aos fãs, totalmente instrumental, foi gravado nos estúdios Lly, Kabrun, Mizifios, Magic Dreams e Slamelo entre 2011 e 2012 por Roberto Lly (falecido recentemente), Kadu Menezes, Humberto Barros, Sergio Vilarim e Sergio Melo. Atualmente Magalhães vem trabalhando em vários projetos como músico, compositor e produtor. Fernando vinha confeccionando seu terceiro álbum solo, quando foi abalado pela morte do companheiro de estúdio, estrada e composições, Roberto Lly. Em conversa o incansável guitarrista, produtor e compositor fala de projetos em andamento e avisa que haverá coisas boas por ai. Confira a conversa com esse fabuloso músico. JG NEWS, ANO XXI, ED. 220, FEVEREIRO DE 2017

Foto e reportagem por Elias Nogueira

durecer mais um pouco esse novo trabalho. Preciso digerir tudo que aconteceu.

Você começou a compor para o Roberto Lly faz falta... Rock it... - Verdade. Estava compondo material quando Roberto Lly (baixista do Erva Doce) faleceu, infelizmente, ele sempre foi meu produtor. Depois da triste notícia fiquei compondo algumas coisas, mas preciso ama-

- Ele faz uma falta enorme. Sempre estava nas produções que eu fazia. Ele era um grande baixista, produtor, engenheiro de som e compositor. Fiquei balançado com a saída de cena dele. Não que eu tenha ficado sem

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MÚSICA INSTRUMENTAL rumo, mas vou esperar um pouco; estou voltando a ensaiar a banda, que é instrumental, com um novo baixista.

Pode adiantar, quem é o novo baixista? - Na verdade eu não os convido, as pessoas se convidam. É o Macarrão que toca no Detonautas. Ele se ofereceu porque gosta muito do trabalho e é fã do Roberto Lly. Já fizemos um ensaio.

Você fez uma música instrumental e colocou nas redes sociais. - Fiz uma musica chamada de "Minha Estrela". Coloquei no Facebook e Instagram. Compus na época que o Roberto estava doente. Ele ficava dando noticias de como estava, eu aguardando a sua melhora para começarmos a trabalhar... Essa música veio... Fiz para ele, um presente.

Vejo que você sempre é convidado em eventos, participações especiais, toca com Rodrigo Santos desde o Barão Vermelho, gravou com ele em trabalhos solo...

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Estou sabendo que você está preparando um disco novo em parceria... - É verdade, estamos concretizando. Tem um tempo que ele comentava isso comigo. Agora estamos começando a gravar e compondo. Todas as composições são nossas. Pensamos lançar em abril, é o que esperamos. Vamos ver. Está ficando bonito.

Produções... - A garotada me chama como referência, para produzir, tocar guitarra e, eu gosto muito desse desafio. Pegar bandas novas, o groove que eles estão ouvindo, o que eles estão percebendo do mundo da música; pegar tudo isso junto com minha experiência, colocar tudo dentro de um caldeirão e mexer. Esse ano de 2016 foi mais difícil em termos de produções, por que isso tem custo e aí fica mais complicado. Mas, tem muita coisa pra produzir em 2017, inclusive o Magujam, uma banda muito boa de rock do Alto da Boa Vista, no

Rio de Janeiro.

A crise atrapalha o trabalho, né? - Atrapalha sim, principalmente na arte financeira, isso ficou difícil para as pessoas investirem na arte. O dinheiro banca. Foi um ano mais difícil. Os contratantes ficaram retraídos, os pubs e casas de shows também. Os mais famosos conseguiram colocar a cabeça fora d’água.

Rolando Stones - Gosto muito, é uma reunião de amigos.

Barão Vermelho - Está voltando aos palcos com novo vocalista.

O solo de guitarra de "O Poeta está vivo" - Sempre falo que é bonito, porque a canção é bonita. O solo foi em cima da melodia da música. Realmente não imaginei que se tornaria um solo famoso. Fico feliz. Foi feito com carinho, de coração e sem estratégia de marketing.

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Adelino Moreira (28/03/1918 07/05/2002) A volta do boêmio (1957) Cinderela (1966) Deusa do asfalto (1959) Devolvi (1960) Escultura (1958) Fica comigo esta noite (1961) Meu bairro (1961) Meu vício é você (1955) Negue (1960) Silêncio da seresta (1958)

Joubert de Carvalho (06/03/1900 20/09/1977) Alma sertaneja (1943) Cai, cai balão (1929) De papo pro á (1931) Flamboyant (1953) Juriti (1927) Maringá (1932) O silêncio do cantor (1953) Pra você gostar de mim (1930) Pierrô (1932) Zíngara (1931)

Carvalhinho

Zé Dantas

(29/03/1913 30/07/1970)

(27/02/1921 11/03/1962)

Acho-te uma graça (1952) Dúvida (1953) Fale na orelhinha de cá (1952) Há sinceridade nisso (1952) Madureira chorou (1957) Meu patuá (1963) O periquito da madame (1946) Quem sabe, sabe (1956) Subúrbio da Central (1947) Vai ver que é (1958)

Denis Brean (28/02/1922 -

Cintura fina ((1950) Farinhada (1955) Forró em Caruaru (1955) Mariquinha (1958) Minha fulô (1954) O xote das meninas (1954) Pisa no pilão (1961) Respeita Januário (1950) Vem morena (1950) Xem nhem nhem (1956)

Frazão (17/1/1891 - 17/ 4/1977)

Risadinha (18/03/1921 03/06/1976) Cacareco é o maior (1959) Cadê Brigite (1962) Deixa o meu pranto rolar (1963) Em cada coração um pecado (1954) Nêga Didi (1957) Piri...Piri (1962) Saco de papel (1955) Se eu errei (1953) Tumba lê lê (1957) Zazá (1958)

Mário Mascarenhas (21/01/1917 20/09/1993) A valsa do aniversário (1954) Alma cigana (1952) Alma gêmea (1952) Caprichos do amor (1957) Destino cigano (1959) Lá vae Maria Fumaça (1953) Pássaro azul (1956) Ranchinho encantado (1953) Sayonara (1955) Vagabundo (1953)

16/08/1969) Bahia com H (1947) Bichinho que rói (1951) Boogie-woogie do rato (1947) Boogie-woogie na favela (1945) Cheguei da Bahia (1945) Conselho (1958) Convite ao samba (1951) Franqueza (1957) Mentira (1959) Passa mañana (1949) 6

Doido varrido (1945) Florisbela (1938) Lero Lero (1941) Marcha dos gafanhotos (1947) Na Glória (1944) Nossa amizade (1942) O cordão dos puxa-sacos (1945) O Danúbio azulou (1943) O relógio da Central (1947) Sabia de Mangueira (1943)

Galeria dos Imortais Fevereiro de 2017 JG NEWS, ANO XXI, ED. 220, FEVEREIRO DE 2017


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LANÇAMENTOS

Robson Candêo

MUSICANDO MUSICANDO Um dos grandes nomes da nossa MPB, Guilherme Arantes lançou o álbum As Histórias: 40 Anos 1ª Temporada onde ele apresenta novas versões mais intimistas e ao piano, para alguns de seus grandes hits, como "Meu Mundo e Nada Mais" e "Amanhã". Para os fãs dos anos 80, o Simples Minds traz o álbum Acoustic, que traz grandes hits de sua carreira, outras menos conhecidas, mas ótimas canções. É muito bom ouvir depois de tantos anos, novas versões para duas das melhores canções da década (na minha opinião): "Don´t You Forget About Me" e "Alive and Kicking". Robbie Williams também tem novidades no álbum The Heavy Entertainment Show com uma seleção muito boa de canções que não deixam nada a desejar em relação aos melhores momentos de sua carreira, ou seja, um de seus melhores álbuns. E o grande cantor Sting lançou 57th & 9th, que também gostei bastante, no mesmo nível do excelente álbum de 2001 ...All This Time. Preciso dizer mais? 8

O Grupo britânico Little Mix, formado por 4 garotas e única banda a vencer o programa X Factor, lançaram seu 4º trabalho - Glory Days - que tem músicas suficientes para ser um álbum de muito sucesso, sendo que a primeira faixa "Shout Out to My Ex" é um dos hits atuais, e as outras não ficam devendo, indo do pop mais romântico até o mais agitado. Outro cantor revelado no X Factor, Olly Murs está em seu 5º. CD 24 HRS e confesso que fiquei surpreso porque tem músicas bem legais no melhor estilo pop, e não sei como ele não é mais conhecido porque tem toda a fórmula de sucesso.

banda de Rock The Killers - Don´t Waste Your Wishes, onde eles reuni-ram neste ál-bum, 11 singles natalinos que eles lançam anualmente desde 2016, entre eles um inédito para o último Natal. São músicas muito legais, e a maioria delas nem se percebe serem músicas de Natal. Imperdível mesmo. E o exTitãs Nando Reis, lançou o á l b u m Jardim Pomar, seu oitavo álbum de estúdio, desde que iniciou a carreira solo. As músicas seguem o estilo folk music do cantor, com algumas músicas bem legais como "4 de março" que ele fez para a esposa. Outro lançamento nacional é o segundo álbum do cantor Claudio Lyra - Autobiografia Não

Já o canadense The Weeknd, lançou Starboy, com grandes convidados, com músicas muito boas, e que vendeu muito já no lançamento. Eu sei que o Natal já passou, mas não posso deixar de comentar o álbum da

Autorizada, com 12 músicas autorais, em uma boa MPB, embasada em sua vivência musical, que vem de família (ele é sobrinho de Carlos Lyra), sem deixar a desejar.

Robson Candêo escreve para o blog www.blurayedvdmusical.blogspot.com/. JG NEWS, ANO XXI, ED. 220, FEVEREIRO DE 2017


NOTORIEDADE

O brasileiro Paulo Coelho é um dos 100 escolhidos pela Fundação Einstein como um dos maiores pensadores do nosso tempo

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Paulo Coelho é o novo "Visionário" da Fundação Albert Einstein. A honraria, que também premia Shimon Peres, Alice Munro e outros dez ganhadores do Nobel, faz parte da comemoração do centenário da Teoria da Relatividade, para qual a instituição selecionou os 100 maiores pensadores do nosso tempo. Os laureados irão contribuir com um breve texto sobre suas visões em relação ao futuro. A coletânea - "Genius: 100 Visions of the Future" - será o primeiro livro impresso em 3D, e terá o formato do busto de Einstein. A Fundação Albert Einstein pertence à Universidade Hebraica de Jerusalém, que detém todo o arquivo pessoal do cientista.

TELS: (21) 2576-0075 9 2258-9074


HOMENAGEM AO COMPOSITOR

Lamartine Babo, (Lamartine de Azeredo Babo), apelido: Lalá. Nascido em 10 de janeiro de 1904, Rio de Janeiro, Brasil. Falecido em 16 de junho de 1963 (com apenas 59 anos). Período em atividade musical: 1915-1963 - Gravadoras: Victor, Columbia, Odeon, Sinter, Copacabana. Lamartine Babo, foi um dos mais importantes compositores populares do Brasil. Nasceu no mesmo ano da fundação do América Football Club. Tijucano e americano fanático. Mesmo sendo um leigo em técnica musical, criou melodias maravilhosas. Começou a compor aos catorze anos (a valsa "Torturas do Amor") e,

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aos dezesseis anos, compõe a opereta "Cibele". Filho de Leopoldo de Azeredo Babo e Bernarda Preciosa Gonçalves de Azeredo Babo, Lamartine que tinha onze irmãos, foi um dos três filhos que chegou a idade adulta, bem como seu irmão Leopoldo (18851952) e sua irmã Indiana (18911975), pois todos os outros morreram ainda na infância. Mas, mesmo com tantas desgraças, os pais de Lamartine eram pessoas alegres, festeiras e amantes da música, promoviam saraus dos quais participavam Catulo da Paixão Cearense e Ernesto Nazareth; D. Bernarda, sua mãe e suas irmãs tocavam piano e desde criança, Lamartine convivia com a música nas salas de espera dos cinemas, levado por seu pai. Lamartine começou a compor cedo, aos 13 anos de idade. Estudava no Colégio São Bento e lá venceu um concurso de poemas. Entusiasmado com o sucesso, compôs logo em seguida o foxtrote Pandoran e a valsa Torturas de amor. Em 10 de junho de 1916, seu pai faleceu, e Lamartine e sua mãe foram então morar com Indiana, já

casada. Em 1920 Lalá saiu do colégio São Bento e, como sua família passava por dificuldades financeiras, teve que parar de estudar para trabalhar como officeboy da Light. Nas horas vagas, Lalá compunha e se entrosava com artistas e jornalistas da época. No ano seguinte, Lalá trocou o emprego da Light por outro numa Companhia de Seguros, que durou até o dia em que seu chefe flagrouo batucando na mesa e mordendo a língua compulsivamente, (seu cacoete mais conhecido ao compor). Desempregado, passou a dedicar-se ao teatro de revistas e ao jornalismo. A convivência com Eduardo Souto, Bastos Tigre e outros revistógrafos abriu caminho para que trabalhasse apenas com o teatro musicado e o jornalismo, escrevendo em várias revistas. Em 1929, Lamartine aproximou-se do Bando de Tangarás, conjunto musical composto por Noel, João de Barro, Almirante, Alvinho e Henrique Brito e tornou-se um dos adendos do grupo que, no total, gravou oito músicas de Lalá. Ainda nesse mesmo período, estreou na rádio PRB-7, Rádio Educadora. Foi o

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HOMENAGEM AO COMPOSITOR primeiro de vários programas: Horas Lamartinescas Radioletes, A canção do dia, Perfis e Perfídias, O clube da meia-noite, (na Rádio Mayrink Veiga), que continuou depois com o nome de Clube dos fantasmas (na Rádio Nacional), Vida pitoresca e musical dos compositores, sendo que, o primeiro compositor abordado por Lamartine foi ele mesmo, por sugestão de Almirante. Formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais na então Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, atual Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Porém, foi através das marchinhas carnavalescas, como O Teu Cabelo Não Nega, Grau 10, Linda Morena, e A Marchinha do Grande Galo, que o seu nome se tornou mundialmente conhecido como o Rei do Carnaval. Em suas letras, predominavam o humor refinado e a irreverência. Como poucos, alcançou os dois extremos: a gozação e o sentimento, fruto do conhecimento da alma brasileira. Em 1949 compôs os hinos dos 11 participantes do Campeonato Carioca de Futebol daquele ano,

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com patrocínio do programa de rádio Trem da Alegria, que lançou LPs de cada um dos clubes. Em um só dia Lamartine Babo compôs os famosos hinos dos considerados seis maiores e mais tradicionais times de futebol do Rio de Janeiro sendo o primeiríssimo em seu coração o América FC, além de Vasco da Gama, Fluminense, Flamengo, Botafogo e Bangu. Em seguida foram escritos os hinos dos clubes "menores", sendo eles o São Cristóvão, Madureira, Olaria, Bonsucesso e Canto do Rio. Esses hinos são, na verdade, hinos populares, sendo os hinos oficiais da maioria dos clubes músicas diferentes. Lalá, era uma das pessoas mais bem humoradas e divertidas de sua época, não perdendo nunca a chance de um trocadilho ou de uma piada. Sua primeira marchinha gravada, foi

a divertida "Os Calças-Largas", em que Lamartine debochava dos rapazes que usavam calças bocade-sino. Em 1937, com a censura imposta pelo Estado Novo de Getúlio Vargas, carnavalescos irreverentes como Lamartine Babo ficaram proibidos de utilizar a sátira em suas composições. Sem a irreverência costumeira, as marchinhas não foram mais as mesmas. Em 1951, aos 47 anos, Lamartine Babo, que nunca tivera sorte no amor, casou-se, enfim. Morreu vitimado por um infarto, no dia 16 de junho de 1963, deixando seu nome no hall dos grandes compo-sitores deste país. Seu amigo e parceiro João de Barro, o popular Braguinha, disse certa vez: "Costumo dividir o carnaval em duas fases: Antes e depois de Lamartine". Em 1981 a escola de samba Imperatriz Leopoldinense conquistou seu primeiro bicampeonato com o enredo "O teu cabelo não nega", de Arlindo Rodrigues, uma homenagem ao compositor.

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CURIOSIDADES

A Kingston apresentou recentemente seu novo pendrive da linha Data Traveler Ultimate GT que conta com 2TB de espaço. Também disponível o modelo 1TB, dispositivo compatível com o formato USB 3.1, que oferece velocidade de leitura de até

5Gbps. Os novos produtos vêm com acabamento de Zinco, que garante maior resistência que o plástico a choques físicos. No pendrive 2 TB, podem ser armazenados 70 horas de vídeos em formato 4K; 96 jogos de PC de

tamanho médio; 500 mil arquivos de MP3; 256 mil imagens de 24 Megapixels. As novas pérolas da Kingston deverão chegar ao público agora, em fevereiro, porém, como toda novidade, vem com precinho salgado: R$ 3,2 mil.

GOSTARÍAMOS DE AGRADECER AOS NOSSOS LEITORES PELOS NÚMEROS EXPRESSIVOS QUE TEMOS CONQUISTADO EM NOSSAS EDIÇÕES DIGITAIS. A DÚVIDA DE PARTIR PARA EDIÇÕES POLITICAMENTE CORRETAS, SEM O USO DA MATÉRIA-PRIMA ‘PAPEL’, EVIDENTEMENTE ACABOU. O MUNDO DIGITAL É O MUNDO QUE VIVEMOS ATUALMENTE COM TODOS VOCÊS E O MUNDO INTEIRO.

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DIRETO DE PORTUGAL

Alberto Guimarães

FERNANDA CUNHA HOMENAGEIA TOM JOBIM COM "JOBIM 90"

O António Braga lembra-me por email que a edição de fevereiro vai fechar e aguarda a minha matéria. Pelo wetransfer, a amiga Fernanda Cunha envia-me do Rio de Janeiro o seu mais recente disco, uma evocação de Antônio Carlos Jobim que neste ano de 2017 faria noventa anos. Um disco justamente chamado "Jobim 90", inteiramente dedicado à música de Tom Jobim. Enquanto no Rio, informou-me o Braga, faziam quarenta graus, aqui 14

em Portugal, naquela noite, o termómetro marcava um grau negativo! No calor do entusiasmo que o disco de Fernanda me causou, achei por bem refazer a agenda da minha matéria. O assunto será Tom Jobim e o novo disco de Fernanda Cunha. Antônio Carlos Jobim nasceu no Rio de Janeiro, no dia 25 de janeiro de 1927. A grandeza de Tom Jobim mostra-se, deixando de lado os relatos sobre a sua encantadora

personalidade, no quanto a sua obra musical contribuiu para a evolução da música brasileira e universal. Num quadro de trabalho de atenção, por parte de Tom, às correntes nacionalistas da música brasileira (chame-se aqui Heitor Villa-Lobos), às harmonias dos impressionistas franceses, como Claude Debussy, e à música norteamericana, ele legou-nos algo de musicalmente fascinante. Não se pode abordar a música do século JG NEWS, ANO XXI, ED. 220, FEVEREIRO DE 2017


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JOBIM 90 XX sem chegar a Tom Jobim, alguém que abriu caminhos trabalhando através da música popular. Antônio Brasileiro tornou-se um homem da música do mundo. O maestro português António Vitorino de Almeida, no seu livro "Toda a música que eu conheço", de 2008, ao mostrar-se contrário ao alargar de uma sinfonia construída a partir de boas ideias mas sem consistência compositiva e sem lógica formal, afirma: "Ao escrever uma peça chamada Voo do Moscardo, Rimsky-Korsakov limitou-se a expor uma ou duas ideias e construiu uma estrutura musical de, curtíssima duração, sem dúvida (pouco mais de um minuto...), mas que é para todos os efeitos uma pequena obra-prima". Pois, segundo António Vitorino de Almeida "(...) não haveria qualquer vantagem, por exemplo, em desmembrar, numa série de variações inúteis, uma obra perfeita e acabada como é o caso de uma bossa nova de Antônio Carlos Jobim (...)". Outras menções elogiosas a Tom Jobim escritas por todo o mundo poderiam ser incluídas aqui, porém basta que se ouça "Garota de Ipanema" ou "Águas de Março" para se verificar a grandeza de Tom. Cite-se apenas ainda o investigador musical Sérgio Cabral, um dos seus biógrafos, que escreveu: "Ele traçou o melhor rumo para a música popular brasileira, a partir da década de 1950. Pra lá de um magnífico criador, foi um inovador". Tendo falecido em 1994, a ausência da presença luminosa de Tom Jobim deixa incontornáveis saudades, mas o seu trabalho está e estará sempre presente entre nós. Tom Jobim tem lugar assegurado na história da música, e a sua música continua ser executada nos palcos e estúdios de gravação. A cantora Fernanda Cunha tem um historial, dentro dos melhores rumos da música popular brasileira, 16

o que lhe outorga reconhecimento no Brasil e no exterior. Precisamente no passado dia 25 de janeiro, quando Tom Jobim faria noventa anos, Fernanda Costa lançou em CD e plataformas de streaming, de modo independente, o seu novo disco "Jobim 90". Dez anos atrás Fer-

nanda gravou já um outro disco, "Zíngaro", em homenagem a Tom Jobim em duo com o violonista Zé Carlos, interpretando as parcerias de Tom e Chico Buarque. Como forma de homenagear Tom Jobim compositor e letrista, Fernanda surge agora com um belo trabalho do JG NEWS, ANO XXI, ED. 220, FEVEREIRO DE 2017


JOBIM 90

qual explica a escolha das músicas : "Tentei equilibrar alguns sucessos fundamentais na obra de Tom em que eu pudesse de alguma forma imprimir a minha personalidade e interpretação, como é o caso de "Águas de março", "Samba do avião", "Fotografia", "Chovendo na roseira", "Triste". E também trazer à tona canções menos conhecidas que são de uma beleza enorme como "Ana Luisa", "Angela", "Passarim" e a singular "Two kites" que mostra a influência de Villa Lobos". "Jobim 90" foi gravado no Estúdio Umuarama, no Rio de Janeiro, durante dois dias, na forma ao vivo, com Fernanda e os músicos juntos. A exceção foi "Two kites", arranjado e gravada pelo violonista canadense Reg Schwager, em Toronto, tendo depois o baterista Edson Ghilardi gravado em São Paulo e Fernanda colocado a voz no Rio. Repartem os créditos do disco, músicos do quarteto de Fernanda: Zé Carlos (violão, guitarra e arranjos), Camilla Dias (piano e arranjos), Jorjão Carvalho (baixo e arranjos) e Helbe Machado (bateria). Helvius Vilella fez o arranjo de "Vivo sonhando". A produção é assinada por Fernanda Cunha. Se Tom era magistral no domínio da JG NEWS, ANO XXI, ED. 220, FEVEREIRO DE 2017

melodia e da harmonia, também o era como letrista. Fernanda Cunha sabe-o bem e a sua bonita voz transmite-nos com todo o zelo as palavras de Tom que Fernanda canta com a dose certa de contenção e emoção. A apurada noção de tempo de Fernanda e dos músicos que a acompanham é surpreendente e pode deixar o ouvinte de " Jobim 90" suspenso. Confirase isso escutando "Chovendo na roseira", com arranjo de Camilla Dias. A mim aconteceu ficar com este tema em loop durante largos minutos. Este não é mais um disco que somente coleciona músicas de Tom Jobim. Estamos perante um trabalho primoroso porque feito conforme a expressão e o sentido do todo da obra de Tom Jobim. E na presença de um trabalho de quem sabe que a obra do compositor de "Águas de março" tem de ser abordada com acuidade e delicadeza. Por tudo o que ela vale e pelo que representa como meio de identificação cultural e afirmação do Brasil e dos brasileiros. Fernanda explicita: "O Tom continua sendo pra mim um dos maiores compositores de todos os tempos. Me dá um orgulho danado ter nascido no mesmo país desse gênio chamado Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim". Quem quiser adquirir "Jobim 90", deve acessar o site www.fernandacunha.com 17


TÁ MUDANDO O TEMPO

Paul McCartney processa Sony por direitos autorais dos Beatles A briga de Paul é pelos direitos autorais de 267 músicas dos Beatles que Michael Jackson comprou em 1985 McCartney processou judicialmente

Frejat deixa Barão sendo substituído por Rodrigo Suricato Retorno será em maio, com o novo vocalista e guitarrista A banda de rock nacional Barão Vermelho tem, finalmente, um novo cantor

EXPEDIENTE Editores Antonio Braga e Jorge Piloto

no dia 19 de janeiro de 2017, no tribunal federal de Nova York a ATV, selo musical da Sony Music, em busca dos direitos autorais dessas 267 músicas gravadas pelos Beatles que o cantor Michael Jackson comprou duas décadas antes de sua morte. Nessa data, o rei do pop superou a oferta de McCartney na compra dos direitos das músicas, pagando 47,5 milhões de dólares para obter o acervo de 4.000 canções do empresário australiano Robert Holmes. e guitarrista: Rodrigo Suricato, ex leader do grupo Suricato. Frejat, músico fundador do Barão ( e vocalista desde a saída de Cazuza em 1985) optou pela carreira solo definitivamente. "Já fiz o que tinha que fazer com o Barão, mas percebi que as pessoas queriam que os shows acontecessem com mais regularidade. E, se eles queriam continuar, não fazia sentido impedi-los. Temos diferenças de visão, mas jamais iria prejudicá-los. O Rodrigo Suricato é talentoso, bacana, bom músico", afirma Frejat.

Colaboradores Elias Nogueira, Alberto Guimarães, Márcio Paschoal, Robson Candêo, Patrícia Rodrigues e Fábio Cezzane.

Comercial Rio de Janeiro Antonio Braga Whatsapp: 22 98828-0041 21 98105-4941 bragaa@gmail.com Bahia Jorge PIloto (71) 98647-7625 (71) 9922-1828 jorge.piloto@yahoo.com.br Redação: Rua Cristóvão Barcellos, 11/103, Laranjeiras/RJ CEP 22.245-110 Os artigos assinados são única e exclusivamente de responsabilidade de seus autores. A revista JG News é a continuação, em formato revista, do Jornal das Gravadoras, fundado em novembro de 1996 pelo jornalista Antonio Sergio de Farias Braga, Registro Profissional 18.851 L87 fl8v, emitido em de 16/09/1986.

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MUNDO GOSPEL


COMENTÁRIOS DE MÁRCIO PASCHOAL

DA VILA MADALENA, PASSANDO PELO RECÔNCAVO, DIRETO A VARADERO paschoal3@gmail.com CD "PARTIR" - FABIANA COZZA A cantora Fabiana Cozza dos Santos costuma ser erroneamente associada somente à cena paulistana do samba. Filha do puxador de samba da Escola da Camisa Verde (Osvaldo dos Santos) ela não podia mesmo negar suas origens. Desde seu disco de estreia, em 2004, "O samba

é meu dom", (...aprendi bater samba ao compasso do meu coração/de quadra, de enredo, de roda, na palma da mão...) de Wilson das Neves e Paulo César Pinheiro, a moça já dava sinais de excelência. Porém, sua arte segue ainda por outras vertentes. Depois de um tributo

a Clara Nunes e um registro ao vivo ("Canto Sagrado"), Fabiana lançou em 2015, seu quinto trabalho em estúdio, "Partir". Neste, a cantora pesquisa a música do


COMENTÁRIOS DE MÁRCIO PASCHOAL Recôncavo baiano, com suas sutilezas e variações. A direção musical de Swami Jr privilegia o ornato simples, básico com bom gosto, deixando que se dê relevância ao timbre e à afinação da cantora. E ela faz jus ao tratamento, não à toa elogiada por Maria Bethânia: "você sempre canta bonito, usa com maestria seu timbre, alcance vocal, apuro nas notas, caprichosa na escolha dos músicos". E das músicas também, acrescentaria, tomando como exemplos a ótima "Velhos da coroa", de Sérgio Pererê, autor que merecia mais atenção, "Chicala" de João Cavalcanti, viagem às reminiscências angolanas, e duas do baiano Tiganá Santana "Le Mali chez la

carte invisible" (O Mali no mapa invisível) ou "Mama Kalunga." (eis-me aqui, serei eu a voz que nunca seja/já que a voz pode remeter som que não há). Ouvi Fabiana pela primeira vez numa apresentação especial, durante a Balada Literária, do Marcelino Freire, em 2016. Era uma homenagem ao fantástico Bola de Nieve, o pianista, compositor e cantor cubano Ignácio Jacinto Villa Fernandez. Na apresentação, ao lado do pianista e maestro, também cubano, Pepe Cisneros, canções como "No me compreendes" e "Canción de la barca". E ainda "Vete de mi", de Virgilio e Homero

Expósito. Mas a mais emocionante, sem dúvida, "Ay, amor", um clássico do pianista. Bola foi um artista único, enfrentando não só os entraves da ditadura imposta, mas, sobretudo, o racismo e a homofobia. Tinha uma maneira bem particular e, às vezes, passional de interpretação. Fabiana procura captar, e

consegue, essa veia louca e rasgada de mostrar sua arte. Seja na redescoberta dos ritmos baianos, no samba dos mestres ou dando vida e alma à obra de um dos mais respeitados artistas cubanos, Fabiana Cozza segue com toda a força e talento. Vale conferir. (*) escritor, autor das biografias de João do Vale e Rogéria.

O Chorinho de Zequinha me fez chorar “Tico-Tico no Fubá” é um chorinho composto por Zequinha de Abreu e talvez seja uma das músicas brasileiras mais conhecidas em todo o mundo ( gravada por Carmem Miranda, Ray Conniff, entre tantos outros). O Choro foi executado pela primeira vez em um baile da cidade de Santa Rita do Passa Quatro, em 1917, sob o nome de Tico-Tico no Farelo. A canção recebeu o nome atual em 1931, por conta de uma outra música com o mesmo título, composta pelo violonista Canhoto. No mesmo ano, foi incluída, pela primeira vez, em disco, gravado pela Orquestra Colbaz. Na década de 1940 foi incluída em cinco filmes americanos: Saludos Amigos, A Filha do Comandante, Escola de Sereias, Kansas City Kitty e Copacabana, em versão interpretada por Carmem Miranda - a partir daí tornou-se mundialmente popularizada. Em 2009, foi redescoberta por Daniela Mercury em seu décimo terceiro álbum de estúdio, Canibália, e muitas outras gravações aconteceram. Pois bem, a beleza da melodia associada a técnica do dedilhado dão todo o charme desse choro que realmente sensibiliza, principalmente, os músicos. Recentemente recebi um vídeo do Youtube (e claro, compartilhei com meus amigos) que me fez chorar ouvindo o referido chorinho. Trata-se da interpretação à quatro mãos, em um só violão, executada com tamanha maestria que dificilmente não emocionará um ser humano. A uruguaia Cecília Siqueira e o mineiro Fernando de Lima, compõem o Duo Siqueira Lima. Compartilho com vocês o link para que assistam, curtam e comentem. https://www.youtube.com/watch?v=h6ZHvUkuuBg


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JG NEWS, ANO XXI, ED. 220, FEVEREIRO DE 2017


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