Jgnews IveteSangalo216 by JGNEWS

ANO XX - EDIÇÃO 216 - DIGITAL 5 - OUTUBRO - 2016

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Márcio Paschoal

COMENTÁRIOS DE MÁRCIO PASCHOAL

paschoal3@gmail.com

CD e DVD "Ivete Sangalo Acústico em Trancoso - Parte 02" "Chiclete acústico, com classe" Em plena forma, a cantora e compositora baiana ainda impressiona pelo talento e carisma. Ainda que criticada e esnobada por uma parte da mídia, a baiana Ivete Sangalo, preconceitos ou gostos à parte, pode ficar prosa: com uma legião cada vez maior de fãs, carismática, bonita e cheia de vida, sua exuberância (principalmente depois da maternidade) e controle de palco comovem e mexem até com os mais desconfiados e alheios. Depois do sucesso como jurada no The Voice Kids, agora foi convidada a fechar o show das Paralimpíadas. Não é pouco, não. Nessa esteira, aproveita para lançar seu quinto DVD ao vivo, (acompanhado de CD), na segunda parte do show gravado em Trancoso, no palco do teatro Occitane, na baiana Porto Seguro. O álbum traz a novidade da intenção de mudança no repertório básico e dançante da cantora. Um pouco menos festa e mais calmaria é a ideia, cujo projeto pretende mostrar um outro lado da artista. Há canções inéditas e outras nunca gravadas por Ivete, além JG NEWS, ANO XX, ED. 216 OUTUBRO 2016

COMENTÁRIOS DE MÁRCIO PASCHOAL de alguns sucessos em versão mais branda e a oportuna participação de Luan Santana. Embora mais serena e com intenções bem intimistas, como no clássico "Por causa de você, menina" (Jorge Benjor), Ivete ainda mantém toda a chama e animação, afinal acústico tem limite: "tudo o que eu menos quero é sossego", ela avisa. O disco abre com "Candura", de Max de Castro. O arranjo e os sopros com o coro lembram (ou tentam) as levadas iniciais de Amy Winehouse, um pouco mais aceleradas. Quando entra o refrão (a vida é dura mas ela só faz melhorar), retorna o melhor estilo Odair José. Em "Mais e Mais", de Ivete e Duane, a animação está de volta e a cantora mostra sua munição: a instantânea comunicação com seu público, seja carnavalesco dos trios ou mais contido, numa sala de teatro. Em "Verdadeiro Carnaval", a profusão de autores (Davi Moraes, Quito Ribeiro, Pedro Baby, Betão Aguiar e Ciça Morais) não garante a qualidade, ao contrário, chiclete e redundâncias em doses elevadas.

IVETE SANGALO

"Na Bahia" parceria da cantora com o baixista Gigi, uma espécie de culto às pessoas do lugar e uma alegre menção ao bom ritmo da terra. Já meio repetitivo, mas funciona.

A plateia parece entender a melhora quando começa 4

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COMENTÁRIOS DE MÁRCIO PASCHOAL O clima fica mais ameno no sucesso de Jorge Benjor (Por causa de você, menina) e a seguir, com a melhor do disco, outra parceria com Gigi, em "Completo", numa leitura simples e de bom gosto. Em dueto com Helinho, da banda Ponto de Equilíbrio, a melosa "Estar com você" precede uma canção bem no estilo proposto pelo projeto, parceria de Ivete com Ramón Cruz "Vale Mais"( vale a pena correr atrás de um sonho, ver o lado bom e tentar sorrir e ser feliz). Otimismo valente e chiclete na veia. É o momento para a entrada de Luan, no dueto "De Zero a Dez".

A alegria da plateia se emana à dele, em evidente satisfação cantando ao lado de Ivete. A harmonia impressiona, a afina-ção também, mesmo que da le-tra se eleja o amor numa escala que, de zero a dez, recebe nota cem. Volta o balanço e a agitação no palco. Afinal, não se segura o vulcão Ivete tão facilmente. É hora de "Mesma Sintonia" (Gigi e Guga Fernandes) e "O melhor para mim" (Ivete, Mu Carvalho, Dudu Falcão). A festa termina com alto astral e em conluio com a plateia na ótima "O Farol" (Ramón Cruz), momento para curtir o farol dos olhos da amada, nos

IVETE SANGALO dizeres da letra, um sol que brilha por inteiro. O acústico em Trancoso não chega a empolgar, mas confirma o supertalento de Ivete. Afinal, são anos de prática cantando para milhões nos trios elétricos de Salvador e outras praças, agitando a massa, timbre afinado, respiração correta nas divisões e carisma na simpatia. Uma receita fatal. Sem afetações maiores, a baiana ainda reina com toda a graça, beleza e merecimento. (*) escritor, autor da biografia de João do Vale

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MUSICANDO

Robson Candêo

MUSICANDO MUSICANDO Estamos chegando no final do ano, e tradicionalmente serão os meses que mais teremos lançamentos, isso porque as gravadoras tentam aproveitar as vendas de Natal para poder lucrar mais. Então esperamos que muitas bandas e artistas solo de peso, anunciem seus lançamentos em breve. Quem deu a largada foi

Britney Spears, isso mesmo!! A musa teen que abalou as estruturas da música pop na virada do milênio, sai de mais um período das trevas e lança Glory, seu nono álbum de estúdio - som mais coeso e muito melhor que seus últimos fracassados CDs que tentaram, inultilmente,

para o ritmo do samba os grandes hits de todos os tempos nacionais e internacionais, eles lançaram o novo álbum intitulado Pediu pra Sambar, Sambô - Ao Vivo (tamalavancá-la de volta ao sucesso. Se vai conseguir? Só o tempo dirá. Entretanto, pelo menos, não podem dizer que não fez uma boa tentativa. No pop nacional, tem o duo Anavitória, formado por duas garotas de Araguaiúna - Tocantis, chamadas Ana e Vitória. Com o apadrinhamento de Tiago Iorc, lançaram recentemente o álbum homônimo ANAVITÓRIA que já é um grande sucesso - músicas românticas, que fazem lembrar o som da Roberta Campos, até porque elas têm um tom de voz bem parecido. Para quem curte as excelentes músicas do grupo Sambô, que leva

bém em DVD), com um repertório muito legal que inclui "Fantasy", "País Tropical", "Valerie" e "Hotel Califórnia". A banda Canto Cego, traz em seu primeiro álbum - Valente um rock pesado de primeira qualidade, com um ótimo vocal feminino - músicas próprias em sua maioria. Vale a pena prestar a-

8 Robson Candêo es-creve para o blog www.blurayedvdmu-sical.blogspot.com/.

tenção nas letras. Um dos finalistas da

primeira edição do programa Superstar, o grupo Jamz acaba de lançar novo trabalho Tudo Nosso - que, sinceramente, adorei e achei um dos melhores álbuns do ano, com um som mais maduro e ótimas canções. Também tem o novo álbum da cantora Ivete Sangalo - Acústico em Trancoso (Ao Vivo em Trancoso), onde ela traz uma seleção de

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MUSICANDO músicas diferentes dos seus últimos trabalhos, incluindo o tema da nova novela da Globo - "O Farol". Nesse trabalho tem participações de Luan Santana e também de algumas das crianças que participaram no The Voice Kids, no time da cantora. Não é bem um lançamento, mas

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não posso deixar de falar do primeiro trabalho da cantora Alessia Cara - Know-itAll, que é do ano passado, mas é um trabalho pop com ótimos canções, alguns grandes hits, que agrada quem curte o pop americano. ENVIE SEUS LANÇAMENTOS E/OU PRODUTROS PARA RUA SOLDADO ERNESTO COUTINHO, 10 SAQUAREMA - RIO DE JANEIRO - RJ CEP 28.990-000

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MÚSICA GOSPEL

Novos Baianos, de volta Momento histórico, formação original, os Novos Baianos retorna aos palcos após 18 anos. A turnê incluiu São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Há 47 anos nascia a banda, com Moraes Moreira, Paulinho Boca de Cantor, Baby Consuelo, Pepeu Gomes e Luiz Galvão. A primeira aparição da banda foi na TV Record e vale lembrar que nem mesmo tinha um nome ainda. Na estreia, no palco, um funcionário gritou: "Chama aí esses novos baianos!" Por isso, Pepeu simplificou: "novos, porque pós-Caetano e Gil e baianos, porque sim, oxe!" Naquele mesmo ano (1969) Caetano Veloso e Gilberto Gil, iriam para o exílio. Os cabeludos abrasileirados misturavam os ritmos e tocavam de tudo: bossa nova, frevo, baião, choro e afoxé, terminando no rock'n'roll. Pepeu recrutou, em Ipanema,

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para o baixo, Dadi - roqueiro de 18 anos. Acrescentou seu irmão Jorginho Gomes para a bateria e mais dois percussionistas paulistas, Bola e Baixinho. Eram 12 pessoas morando juntas numa casa de quatro cômodos, todos músicos, respirando música. Em 1971, João Gilberto sugeriu que tocassem Brasil Pandeiro, de Assis Valente, por achar que tinha a cara deles. Sugeriu também que colocassem cavaquinho, pandeiro e tocassem samba. Experimentalmente, fecharam a boate Number One, em Ipanema, para uma temporada de um mês e acabaram ficando dois anos, por insistência do dono. Novos Baianos, depois do LP inaugural ‘É

Ferro Na Boneca’ (RGE) e alguns compactos, atingiram o sucesso com o disco Acabou Chorare, lançado mpela Som Livre. Álbum elevado, em 2007, a primeiro lugar entre os 100 álbuns mais importantes da música brasileira, pela imprensa especializada. Dessa turma ficaram as imortais faixas: Preta Pretinha, A Menina Dança, Samba da Minha Terra, Mistério do Planeta, Ladeira da Praça e Brasil Pandeiro.

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LANÇAMENTOS

ARTHUR AGUIRA O QUE TE FAZ BEM SONY MUSIC

DILSINHO O CARA CERTO SONY MUSIC

LEONARDO BAR DO LÉO SONY MUSIC

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SIMONE & SIMARA BAR DAS COLEGUINHAS UNIVERSAL MUSIC

COMENTÁRIOS DE MARCIO PASCHOAL

CD e DVD "O SAMBA EM MIM - AO VIVO NA LAPA" - Maria Rita A cantora paulistana Maria Rita lança seu terceiro álbum, gravado ao vivo na Fundição Progresso, "O Samba em Mim, ao Vivo na Lapa". Em junho deste ano, uma faixa, "Bola pra frente", de Bernini e Xande de Pilares, saiu em single para divulgação. A direção musical é da própria cantora e os arranjos baseados nos originais de Jota Moraes. Um EP digital também foi posto em diversas plataformas de streaming, contendo cinco faixas do álbum. Destaques para as faixas "Cara Valente", do hermano Marcelo Camelo; "Coração em desalinho", de Monarco e Ratinho; e

"O Homem falou", de Gonzaguinha. Outra do moleque, "E vamos à luta", tem ótimo arranjo da banda que a acompanha. Minha preferida, onde Maria mostra domínio de voz e rara elegância é a parceria de Jorge Aragão com Aberto Souza, "Do fundo do nosso quintal".

CD "DOIS POR DOIS" - Michel Freidenson e Teco Cardoso Um registro para se observar com carinho é o dos músicos Michel Freidenson, piano, e Teco Cardoso, flauta e sax, interpretando canções do médico violonista Luiz Millan e do pianista e arranjador Moacyr Swarg. A característica melódica remete a

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um som meio dos coretos de um tempo nem tão distante, tradicional, com tempero e improviso modernos. Uma sessão jazzística e combinação certeira, sem exageros. Algumas faixas se sobressaem, como na abertura de "Quem sabe...", ou na flauta em "Caminho de volta", ou ainda na leveza de "Memórias do realejo", que faz lembrar em certas passagens um pouco do tema principal de "A ostra e o vento". Destaque também para a participação especial da cantora Anna Setton na linha buarquiana de "trocando em miúdos" ou "a Rita levou", da delicada "Janeiro de 76", (sua foto desbotou, mas nela posso ver você ouvindo Let it be, na mesa um livro de Drummond, e de Simone de Beauvoir...). Um disco instrumental para se

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COMENTÁRIOS DE MÁRCIO PASCHAOAL prestar atenção.

CD MELODIAS DO SERTÃO - AO VIVO Bruna Viola Com pouco mais de vinte anos e mais de dez de estrada, a matogrossense de Cuiabá, Bruna Viola (Bruna Villas-Bôas Kamphorst ) começa a despontar no segmento sertanejo. Como o próprio nome artístico sugere, Bruna é boa violeira, mas seus predicados maiores residem no canto e na presença de palco. Seu mise en scene pode indicar uma Barbie de rodeio ou uma versão Paula Fernandes loura. Mas ao contrário desta, seu jeito de cantar é mais expansivo. Nesse seu registro ao vivo, para a "brutaiada", como se refere ao grande público de seus shows, a cantora mostra sucessos, em canções simples como "Você não sabe" (Silmara Nogueira), "Flor Matogrossense" (Adriano Esteves) ou "Melodias do sertão" (Fernanda Lavarine). Destaque para as faixas "Detalhes" (Gabriel dos 14

Anjos) e "Se você voltar" (Fátima Leão) com participação especial de Cesar Menotti e Fabiano. Exceção para a chata e manjada moda da "Marvada Pinga" e das repetições que o próprio limite do gênero impõe, o disco agrada. A banda que a acompanha (sanfona, dois violões e mais uma viola, baixolão, teclado e percussão) dá o necessário amparo, e a moça reitera sua preferência, deixando claro no refrão de Tião Carreiro e Lourival Santos: "quem não gosta de viola não gosta de mim também". O melhor de Bruna parece ser a crença na tradição e linguagem caipiras, evitando-se a tentação de, por ser jovem e bonita, atalhar por caminhos mais oportunistas e palatáveis à mídia. Vamos ver por quanto tempo Bruna manterá sua viola certeira e genuína, que Inezita Barroso prenunciou. JG NEWS, ANO XX, ED. 216 OUTUBRO 2016

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Elias Nogueira

LIVRO TOMBOS & SONHOS

Tombos & Sonhos

Nosso editor acaba de lançar um livro de ficção que permeia histórias dos bastidores da música. Em entrevista exclusiva, Antonio Braga relata sua experiência com a literatura, as artes plásticas e o mercado do disco: Você é editor há quanto tempo e como foi que chegou à redação de revistas? No início dos anos 1980 atuava como diretor de uma agência de propaganda e resolvemos fazer uma revista. Nascia ali a primeira revista de esporte do Brasil. Existia, naquela época a revista Placar, que só cobria futebol. Entramos com a revista Tempo Esporte que cobria todos os esportes. Inicialmente distribuída nas academias e posteriormente em bancas de jornais de todo o país. Essa revista foi pauta de faculdade de Educação Física. Outra curiosidade dessa edição foi a primeira capa, com uma professora de sapateado, hoje apresentadora do programa matinal da TV Globo, Encontro com Fátima Bernades. Fátima era estudante de jornalismo e foi nossa colunista. Então redação de revista não é novidade para você? Não, não é. Muito antes de lançarmos a revista Tempo Esporte já fazíamos revistas e jornais para alguns clientes da agência. Como foi para você a experiência de escrever um livro de ficção? Muita coisa que se vive no dia a dia, se você contar para alguém 16

anos mais tarde fica parecendo ficção. Tem coisas que nem a gente acredita que viveu, que passou. A primeira coisa que fiz

foi dar uma ordem aos acontecimentos. Depois fui selecionando-os e desordenando-os, vendo onde se encaixavam melhor. Era JG NEWS, ANO XX, ED. 216 OUTUBRO 2016

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LIVRO TOMBOS & SONHOS

um quebra-cabeça não muito difícil de montar, apenas precisava dar-lhe forma e depois deformá-lo para que se tornasse ficção. Então, todos os acontecidos no livro foram baseados em fatos reais, porém os tempos foram mexidos, diferentes, foram montados. Por ser montagem, não podia ser uma autobiografia. Precisava então de um personagem e criei o Valentim. Como pai da criação, você se emociona ao vê-lo pronto? Claro que sim. Sempre que leio choro. É incontrolável, pois revivo cada uma das cenas. Outro dia meu filho caçula pediu para eu ler o livro para ele e sua namorada. Ficaram ali deitados na cama enquanto eu lia. Tem partes que não consigo passar sem chorar, mesmo que eu tente imaginar que é um personagem de fato, não adianta, choro. Além de jornalista e escritor você também tem seu nome na música popular brasileira. Como aconteceu sua entrada 18

na música? Desde sempre estive na música. Toco violão desde criança. Componho desde muito cedo. Mas aconteceu, profissionalmente, na década de 1990. Eu tinha um atelier de pinturas e esculturas na Rua da Lapa, Centro de Rio, que era frequentado por músicos amigos. Uma dessas músicas compostas por mim foi parar numa gravadora e dali para a frente foi uma música atrás da outra sendo gravada. Então, paralelamente às atividades de jornalista e artista plástico, compunha músicas e posteriormente participava de gravações como vocalista e instru- Revista Tempo Esporte, com mentista. Fátima Bernades

ra um segmento que poderá ou não ser explorado. Tenho um segundo livro em mente, num outro segmento, onde estou amadurecendo o (a) personagem. Não posso adiantar muito, pois essas coisas para existirem precisa-se guardar um certo segredo, mas é sobre uma pessoa normal, do convívio da gente no dia a dia, vivendo situações vividas por muitos, porém, como em todos nós, em segredo. Todos temos segredos e esses segredos serão revelados. (Elias Nogueira é colunista, escritor e assessor de imprensa)

na Capa

Quantos instrumentos você toca? Toco, violão, guitarra, baixo, cavaquinho, banjo, bandolim e teclado (teclado mais para arranjos). O que você espera do seu livro? Todo autor espera ser lido, isso é o mais importante. Indiferente se vai vender bem ou não, gostaria que fosse lido por muitos nem que seja um livro para vinte pessoas lerem. Esse livro deixa brecha paJG NEWS, ANO XX, ED. 216 OUTUBRO 2016

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GRANDE ENCONTRO Vinte anos anos depois, Elba Ramalho, Geraldo Azevedo e Alceu Valença voltam a se encontrar nos palcos

Um dos espetáculos mais aclamados da música brasileira, o Grande Encontro está de volta. Elba Ramalho, Geraldo Azevedo e Alceu Valença unem seus talentos novamente em cena na turnê comemorativa dos 20 anos do show, que começou nos dias 17 e 18 de setembro, no Metropolitan (Rio). No dia 7 de outubro, Citibank Hall, em São Paulo; Teresina (Teresina Hall - 14/10); São Luís (Círculo Militar 1 5 / 10 ) ; U b e r l â n d i a (Centro de Convenções -19/10); Brasília (Teatro Ulysses Guimarães 21/10); Vila Velha (4/ 11); Recife (Chevrolet Hall - 2/12) e Fortaleza 20

(Centro de Convenções - dia 3/12). O show original possuía um formato acústico, com versões que recriavam a mística do cancioneiro com intimismo e delicadeza, entretanto, o novo espetáculo incorpora uma sonoridade elétrica e percussiva. No repertório, entre trios, duetos e momentos solos, os clássicos que todo mundo quer ouvir: "Anunciação", "Banho de Cheiro", "Dia Branco", "Tropicana", "Moça Bonita", "Caravana", "Belle de Jour", "Canção da Despedida", "Coração Bobo", "Táxi

Lunar", "Ciranda da Rosa Vermelha", "Bicho de Sete Cabeças" e tantas mais. "O Melhor Presente", é o título da parceria inédita de Geraldo Azevedo, Elba Ramalho e Toni Garrido, escrita numa manhã radiante em Trancoso. Outra da nova safra de Geraldo, "Só Depois de Muito Amor", tem letra do poeta Abel Silva. Alceu coloca uma inédita do repertório, a "Ciranda da Traição", cantada pelo trio. Dentre as surpresas, duas jóias vintage: "Papagaio do Futuro" (apresentada por Alceu, Geraldo e Jackson do Pandeiro no Festival Internacional da Canção de 72) e "Me

Dá um Beijo", parceria de Alceu e Geraldo, recriada com Elba nos vocais. Juntos, Elba e Alceu cantam "Flor de Tangerina", tema da novela "Velho Chico". Do mestre Luiz Gonzaga, estão um dueto de Elba e Alceu em "Xote das Meninas", reforçado por Geraldo em "Sabiá". Zé Ramalho marca presença autoral através de "Chão de Giz" e "Frevo Mulher", na voz de seus companheiros. Alceu, Elba e Geraldo cantam ao lado de Marcos Arcanjo, Paulo Rafael (violões e guitarras), Ney Conceição (baixo), Meninão (sanfona), César Michiles (flauta), Anjo Caldas (percussão) e Cássio Cunha (bateria), com direção de cena de André Brasileiro. Os cenários são de Gringo Cardia, elaborado a par tir de painéis do artista plástico baiano J. Cunha. (Júlio Moura)

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RANKING ECAD 2016 Músicas mais tocadas em rádios de todo o país entre janeiro e março de 2016

Autores com maior rendimento - Rádio – relativo às músicas tocadas em todo o país entre janeiro e março de 2016

Músicas mais tocadas em estabelecimentos como bares, restaurantes, clubes e hotéis de todo o país entre janeiro e março de 2016

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Autores com maior rendimento no segmento de Música ao Vivo - relativo às músicas tocadas em todo o país entre janeiro e março de 2016

DICA DO MÊS

EXPEDIENTE Editores Antonio Braga e Jorge Piloto Colaboradores Viviane Marins, Elias Nogueira, Alberto Guimarães, Márcio Paschoal, Robson Candêo, Patrícia Rodrigues, Pablo Amaral e Fábio Cezzane.

Comercial

Amy infantil - em outubro Amy Lee, líder da banda Evanescence anunciou lançamento de álbum exclusivo dedicado às crianças, intitulado "Dream Too Much". O disco, exclusivamente, produto da Amazon Music, vem com 12 músicas, in-

cluindo covers, como "Hello Goodbye", dos Beatles. Uma das canções compostas por Amy, dá título ao disco. A ideia de um álbum infantil surgiu da vontade de presentear seu pai, inspirada em seu filho, Jack, de

2 anos. Pai, filha e boa parte da família desenvolveram o projeto. O pai tocou ukulele e banjo; Amy e as irmãs Carrie e Lori fizeram as harmonias; o tio Tom tocou guitarra, baixo e gaita e até o filho, Jack, colaborou.

Rio de Janeiro Viviane Marins: Whatsapp (22) 98828-0041 ( 21 ) 9 810 5 - 4 9 41 bragaa@gmail.com Bahia Jorge PIloto (71) 8647-7625 (71) 9922-1828 jorge.piloto@yahoo.com.br Redação: Rua Cristóvão Barcellos, 11/103, Laranjeiras/RJ - CEP 22.245-110 Os artigos assinados são única e exclusivamente de responsabilidade de seus autores. A revista JG News é a continuação, em formato revista, do Jornal das Gravadoras, fundado em novembro de 1996 pelo jornalista Antonio Sergio de Farias Braga, Registro Profissional 18.851 L87 fl8v, emitido em de 16/09/1986.

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