ANO XXIII - EDIÇÃO 233 - 25 FEV a 25 MAR 2018
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MA TRIZ: PRAÇA MAHATMA GANDHI, 2, MATRIZ: GRUPOS 709 E 710 CENTRO, RIO DE JANEIRO, RJ CEP 20.031-100 TELEF ONE TELEFONE ONE: (21) 2220-3635 E-MAIL: sbacem@sbacem.org.br 2
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Elias Nogueira
ARTISTA EM DESTAQUE
Noite Adentro Marília Barbosa
Atriz e cantora Marília Barbosa lança disco novo com produção de Johann Heyss (escritor, músico e tradutor)
EXPEDIENTE Editores Antonio Braga e Jorge Piloto Colaboradores Elias Nogueira, Alberto Guimarães, Márcio Paschoal, Robson Candêo, Patrícia Rodrigues, Nido Pedrosa e Fábio Cezane.
Comercial Rio de Janeiro Antonio Braga Whatsapp: 22 98828-0041 CEL: 21 98105-4941 bragaa@gmail.com Bahia Jorge PIloto (71) 98647-7625 (71) 9922-1828 jorge.piloto@yahoo.com.br Redação: Rua Cristóvão Barcellos, 11/103, Laranjeiras/ Rio de Janeiro, RJ CEP 22.245-110 Cantora e atriz, Marília Barbosa teve sua carreira permeada de grandes momentos na dupla carreira artística. Como atriz Marília Barbosa tem um currículo invejável. Na televisão esteve, em 2008, na série A Lei e o Crime (Série da Record); em 200, no Sítio do Picapau Amarelo Episódio, no episódio "Quem quiser que conte outra"; em 2000 na novela Aquarela do Brasil; em 1991 Amazônia (Manchete); 1990 - Mico Preto; 1989 - Kananga do Japão (Manchete); 1989 - Tieta; 1978 - O Astro; 1978 Nina; 1977 - À Sombra dos Laranjais; 1976 - Saramandaia, dentre outras participações. Marília gravou os álbuns solo "Filme JG NEWS, ANO XXII, ED. 233, 25 FEV A 25 MAR 2018
Nacional" (1978), "Música no Ar" (2004) e "Minhas Manias" (2015). Além de se apresentar no Brasil, fez shows na Argentina, na Bolívia e nos Estados Unidos. Em 2006 participou do programa Rei Majestade, do SBT, apresentado por Silvio Santos e foi uma das cantoras mais votadas pelo público através da Internet e pelo telefone, recebendo uma das Coroas de Ouro do programa. Atualmente reside na cidade mineira de Poços de Caldas. Ainda como cantora, Marília Barbosa teve momentos marcantes com participações em trilhas sonoras de novelas da TV Globo nos anos 1970: faixa Manequim (na novela O Cafona); Tia
Os artigos assinados são única e exclusivamente de responsabilidade de seus autores. A revista JG News é a continuação, em formato revista, do Jornal das Gravadoras, fundado em novembro de 1996 pelo jornalista Antonio Sergio de Farias Braga, Registro Profissional 18.851 L87 fl8v, emitido em de 16/09/1986. 3
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Miquita (novela Minha Doce Namorada); faixa Uma Rosa em Minha Mão (novela Fogo Sobre Terra); faixa Meu Poeta, Minha Vida (novela O Feijão e o Sonho); faixa Caso Você Case (novela Saramandaia); as faixas O Circo, À Sombra dos Laranjais e Não Interessa (novela À Sombra dos Laranjais); faixa Eu Dei (novela Nina); faixa Olha (novela O Astro) e a faixa Antes Que Aconteça (na novela Dancin' Days). Na entrevista Marília e Johann comentam sobre o novo trabalho e outras curiosidades da carreira da atriz e cantora. Sete anos até "Noite Adentro" ficar pronto ‘Não contamos o tempo, inclusive sempre comentei com o Johann, que às vezes se preocupava, que acredito que tudo acontece a seu tempo, saiu como queríamos, foi o tempo’. Johann Heyss (produtor): ‘Lançamos o disco quando ele estava realmente pronto em termos de 4
mixagem, masterização e capa. O produto final ficou bem como eu previa’. Último lançamento, antes de "Noite Adentro" ‘Lancei em 2016 "Minhas Manias" em CD; produção e composição de Zell Moreira (ganhador de Grammys). Ele me procurou por achar que eu seria a intérprete certa para suas músicas. Ficou bonito’. Marília veio de uma vertente musical diferente de Johann Heyss. Como foi esse casamento artístico? ‘Casamentos bons, inclusive artísticos, acontecem. Se houver admiração recíproca, algo de bom pode surgir. Foi o caso de "Noite Adentro". Johann: ‘Acho que tanto eu quanto Marília somos mais ecléticos e abertos musicalmente do que se pensa. Quanto a mim, por exemplo, os discos que lancei até hoje podem dar a entender que eu só gos-
to de música experimental, exótica ou sombria, mas eu gosto de quase todos os gêneros musicais, adoro MPB (do século passado, a deste século confesso que não me diz a que veio); gosto de várias coisas consideradas bregas ou cafonas; gosto de música pop. O que mais fascina Marília Barbosa, ser atriz ou cantora? ‘Ser atriz. Existem muitas limitações para uma cantora no Brasil, no fim dos anos 1970, no auge do sucesso na carreira de cantora, vi que não era para mim... gravar uma vez por ano e dublar o resto do ano. Tem que manter uma imagem física, a mesma, para o resto da vida, dada a falta de espontaneidade e conhecimento dos produtores. Não ter horários certos para nada. Viver viajando, lidando com pessoas inacreditáveis, desrespeitosas. Meu filho, pequeno naquela época, era muito mais importante e minha falta estava pesando na formação dele. O teatro tem disciplina diária e me mantinha em casa diariamen-
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te. Hoje tenho filho criadíssimo e as duas profissões me caem bem’. Sobre "Noite Adentro" ‘Gosto de todo o trabalho, minhas faixas preferenciais são: Perfídia, Ágape, Vento do esquecimento, Summer Song e A perigosa percepção. Quando conheci o Johann (no restaurante Windows on the World, no WTC, NY), disse-lhe que queria gravar um disco onde eu pudesse fazer algo diferente de tudo o que fiz até aquele momento e, o estilo dele mostrava que era o caminho liberdade. É o que esse CD mostra de mim, sentimento mais fundamental para a criatividade. E é assim que sinto como reflexo nesse trabalho. Músicas emblemáticas na carreira de Marília Barbosa "Caso você case" - Lembro de muita coisa, mas o que mais marcou foi quando eu estava gravando - o Alceu Valença pegou o meu xale (fazia frio) e ficou dançando na área técnica com os braços abertos 6
como uma borboleta. Ele estava presente para gravar para o mesmo álbum de Saramandaia a música Juritis e Borboletas, do querido Geraldinho Azevedo. A imagem permanece muito clara em minha memória. "Olha" (Roberto & Erasmo Carlos) Em abril de 1976, a Sonia Braga me deu de presente de aniversário o disco do Roberto onde ele lançava também a musica "Olha" que era a preferida da Sonia. Encontrei o Guto Graça Mello na sala da Guta, diretora de elenco da TV Globo, onde fui buscar capítulos da semana e sugeri a ele que eu gravasse "Olha" como tema de amor do meu personagem e do Edwin Luisi - mas contei que seria um presente para Sonia especialmente e ele topou. No disco de Saramandaia, a banda que toca comigo são os Os Fanks, que mais tarde trocou de nome para Roupa Nova - no trompete que pontua toda a música é Marcio Montarroyos. Depois regravei em meu LP Filme Nacional com arranjo de Lincoln Olivetti.
"Senhora Meretriz"- (Marília Barbosa & Fernando Mendes) - A letra foi feita por mim em casa, em meu apartamento na Rua Vitório da Costa, no Humaitá, onde o Fernando também morou durante o nosso relacionamento - a letra expressa exatamente o que eu sentia na época. Faixas "Noite Adentro" comentas por Johann Heyss (produtor) Noite Adentro -- Esta é uma música que fez parte do meu repertório em uma versão bastante aguada, que não me satisfazia. Para Marília refiz o arranjo com o Sintetik, acrescentando a tensão que pede a letra da canção. É a música mais radical do disco e começa com um barulho de vinil arranhado para demonstrar de cara a ruptura que esse disco representa na discografia da Marília. Meu lado punk se diverte imaginando os fãs que estão acostumados com a doce Marília de "vai vai vai começar a brincadeira" colocando o CD para tocar e se deparando com o
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ARTISTA EM DESTAQUE ruído de defeito no começo e em seguida uma música totalmente dark, angulosa e ousada. Perfídia -- Feita totalmente sob encomenda para Marília, uma das "psicografias em vida". Escrevi a letra praticamente na condição de porta-voz (risos). É a minha faixa favorita, pois acho que é a que melhor resume o conceito do disco como um todo. Blue Mantra -- Vale o que eu já falei sobre esta faixa mais acima, certo? Cirurgia -- A letra é quase toda da Marília, só acrescentei uns versos no final e ajustei o texto original para casar com a métrica da canção. É outra canção bastante angulosa, pontuda, abusada, do tipo que dificilmente algum fã imaginaria Marília cantando. A melodia eu fiz especialmente para Marília cantar. Untamed -- Esta é a versão em inglês da canção que dá título ao meu último disco, composta originalmente em holandês ("Ongetemd"). A interpretação de Marília leva a imaginar um grupo de crianças ou um grupo de feiticeiras, o clima é
medieval e as flautas do Zé Luís são luxuosas. O Vento Do Esquecimento -- Esta canção e este arranjo são do Paulo Baiano, a não ser pela letra, que é minha e da Marília. Um tango dramático com sabor de MPB que acena para o repertório que Marília cantava na década de 70, fazendo uma ponte entre o universo musical do qual ela vem e o universo musical do qual eu mesmo venho. The Girl Who Just Can't Stop The Beating Of My Heart -- Eu tinha um projeto com o meu falecido amigo Fabio L. (cantor e compositor do Second Come e do Stellar) que nunca veio à tona porque infelizmente ele partiu antes da hora. Esta foi uma das poucas canções registradas em fita k7 que se salvaram, as demais sumiram. Quem sugeriu que eu cantasse a música em dueto foi a própria Marília -- eu jamais tomaria essa iniciativa porque a ideia do disco é servir à voz dela, tanto quanto a voz dela às canções, mas ela argumentou que a melodia de notas longas ficaria mais interessante com uma voz gra-
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ve servindo de base para a dela. E ela tinha toda razão. Agape -- Esta canção abre meu segundo disco, "The Blue Sea", e aqui aparece em arranjo voz e piano do Paulo Baiano. Adoro a leitura que Marília fez da canção, totalmente diferente da minha. Summer Song -- Esta também fazia parte do meu repertório nos anos 90, mas sempre achei que ficaria melhor em uma voz feminina, e ficou. No final, Marília faz uma improvisação baseada na música "Why", de Yoko Ono, que ambos adoramos. A Perigosa Percepção -- Esta canção representa o ponto de conexão entre eu e Marília, aquilo em que pensamos e agimos igual ou parecido. O arranjo de voz e piano fecha com suavidade e emoção um disco que é uma verdadeira montanha russa de extremos. Em suma, é um dos trabalhos dos quais mais me orgulho na vida. Considero um privilégio ter uma voz desta magnitude interpretando minhas músicas.
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INFORME
Governo habilita entidades para arrecadar direitos autorais no segmento musical Agência Brasil
O Ministério da Cultura (MinC) habilitou hoje (30) as associações de gestão coletiva musical que integram o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) para que possam arrecadar direitos autorais. Com isso, além de registrar obras e fonogramas de seus associados, elas passam a fazer as cobranças diretamente, assim como estabelecer os preços pelo uso de seus repertórios e representá-los, por exemplo, perante grupos multinacionais que atuam no streaming. As entidades habilitadas são: Associação Brasileira de Música e Artes (Abramus), Associação de Músicos Arranjadores e Regentes (Amar), Associação de Intérpretes e Músicos (Assim), Sociedade Brasileira de Autores, Compositores e Escritores de Música (Sbacem), Sociedade Independente de Compositores e Autores Musicais (Sicam), Sociedade Brasileira de Administração e Proteção de Direitos Intelectuais (Socinpro), União Brasileira de Compositores (UBC), além do Ecad. Tais organizações deverão apresentar documentos, a cada ano, para renovar a habilitação. Esse processo é aguardado desde 2013. Naquele ano, foi feita uma revisão da Lei do Direito Autoral pelo Congresso Nacional, culminan-
do na aprovação da Lei 12.853, que dispõe sobre a gestão coletiva dos direitos autorais. A regra conferiu ao Ministério da Cultura papel de fiscalizador da arrecadação desses direitos, prática regulamentada por decreto em 2015. Reconhecendo o atraso nesse processo, o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, enfatizou que, “ agora, de fato, o ministério assumiu a questão do direito autoral como um dos pontos mais importantes da sua pauta e desta pasta”. De acordo com Sá Leitão, “a habilitação das entidades arrecadadoras, gestoras de direitos autorias no campo da música, é um passo importante porque também representa uma chancela e o cumprimento do que a lei determinou”. Superintendente executiva do Ecad, Glória Braga afirmou que, em 2017, foram contemplados 259 mil titulares de direitos de música. "[Isso] muito nos orgulha e mostra que a gestão coletiva é um caminho muito importante para toda a cadeia produtiva da cultura”, disse. Para ela, a arrecadação tende a aumentar com a mudança. Compositor, pianista e arranjador, Tim Rescala, que participa do Grupo de Articulação Parlamentar PróMúsica (GAP), avalia que a grande conquista dessa habilitação é a concretização da lei, que ele resume em três aspectos: a volta da fiscalização por parte do Estado, por meio do poder de habilitação do MinC; a transparência na gestão, pois as organizações devem, por exemplo, apresentar balanços; e a atuação do Estado como mediador de conflitos, o que ele aponta que
tem resultado na diminuição da judicialização.
Cobrança das empresas de streaming Uma das questões que deve ser enfrentada pelas arrecadadoras é a cobrança de arrecadação junto a empresas de streaming, como YouTube e Spotify. “Tudo está migrando para o digital. O dinheiro está indo para lá. E a gente sempre ouve falar que existe muito rolando, mas o músico recebe pouco”, critica Rescala, apontando que apenas cerca de 3% do que é cobrado das plataformas pelo direito autoral das músicas brasileiras ficam com autores ou intérpretes. A questão é complexa, pois essas grandes empresas não estão sediadas no país e, em geral, não se submetem às regras nacionais. “Novamente, o Estado tem o dever de estudar o que está acontecendo e ver que o autor e o intérprete não estão recebendo devidamente. Não se trata da maior fatia do bolo. As multinacionais ficam quase com o bolo todo; e o compositor está ficando com as migalhas”, critica. Do R$ 1 bilhão arrecadado pelo segmento musical no ano passado, R$ 5,5 milhões apenas foram provenientes de grupos como Spotify, Apple Music, Vevo, Beats 1, Groove e Superplayer, conforme dados do MinC . “Essa arrecadação ainda é parcial. Não podemos descansar em relação a isso”, afirmou o ministro.
TEXTO ENVIADO PARA O E-MAIL DA REVISTA JG NEWS E REPRODUZIDO INTEGRALMENTE 8
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REGGAE
Reggae enxuto de Da Ghama Nascido no Rio de Janeiro, no bairro Lins de Vasconcelos Paulo Roberto da Rocha Gama, Da Ghama, é cantor, compositor, guitarrista, barítono do Primeiro Coral da Fundação Cesgranrio, fundador do grupo "Cidade Negra" e, a convite da Ong Aganim Direitos Humanos, foi o primeiro artista da Baixada Fluminense a se tornar Embaixador da Campanha de Combate ao HIV. Apesar do talento, seu pai que tinha como hobby tocar violão e cavaquinho, não era músico profissional. Contudo, foi o primeiro a inspirar e a incentivar o filho a aprender e a tocar um instrumento musical e, com a ajuda de amigos e das páginas das revistas vendidas em Bancas de Jornais, ele começou a aprender a tocar violão, chegou a frequentar - por pouco tempo - a Escola de Música Villa-Lobos, no Rio de Janeiro mas, foi nas aulas ministradas na Igreja São Judas Tadeu, em Heliópolis, Baixada Fluminense, onde iniciou seus estudos de Teoria Musical e, a convite de uma ex namorada da época, se aventurou pelas Artes Cênicas. Na exaustiva luta por seu espaço no mundo da música, Da Ghama passou por várias Bandas até que em 1983 surgiu a Banda Lumiar mas, após algum tempo os meninos descobriram que já haviam outros jovens usando este nome e foi aí que, em 1986, surgiu a famosa Banda "Cidade Negra" onde Da Ghama permaneceu por 22 anos contribuindo com suas composições e com o som de sua guitarra. Paralelamente aos trabalhos do Cidade Negra o artista passou a produzir seus próprios projetos através 10
de sua empresa, criada em 1997, a Reggae Brasil Produções e Edições Musicais que atua até os dias de hoje como Editora Musical e Produtora de Eventos. Em abril de 2009, já conhecido pelo grande público e com seu trabalho reconhecido por grandes nomes da MPB, Da Ghama resolveu se desligar do Cidade Negra e passou a dedicar-se mais a sua empresa, a carreira solo e, principalmente, a sua família. O ano de 2012 foi marcado pelo retorno do artista aos estúdios e pelo lançamento de seu primeiro álbum solo, intitulado "Violas e Canções", com presenças de seus parceiros de composição Marcos Valle e George Israel, e especial do mestre Arlindo Cruz. No mesmo ano Da Ghama foi contemplado com o prêmio de melhor compositor na categoria de "Melhor
do Reggae", que aconteceu no Expresso Brasil Show, em São Paulo, e também recebeu uma grande homenagem da Prefeitura do Rio de Janeiro e da Prefeitura de Belford Roxo, sua cidade e bairro de coração. CD "BaixÁfrikaBrasil" marca sua volta às raízes do reggae. Lançado em 2016, no Teatro Rival, o álbum teve sua turnê ao longo de 2017 e reforça a ideia da "Década Internacional de Afro-descendentes" (2015/2024) instituída pela ONU e apresenta não apenas músicas de reggae mas, também uma proposta cultural, social e ambiental. Neste trabalho, o artista conta com as participações especiais de: Serjão Loroza, Gil Soul, Celso Moretti, Lanna Rodrigues, Fernando Magalhães (Barão Vermelho), Maíra Ferreira, Juliana Ferreira e Analimar Ferreira. OUÇA E VEJA SOBRE BAIXAFRICABRASIL: https://www.youtube.com/ watch?v=sSTyic__-RI&t=101s
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LANÇAMENTO
10 minutos com MC Filhão Youtube por conta de suas postagens musicais. "Youtube foi o principal meio para divulgar meu trabalho. A internet nos proporciona isso. Não teria outro jeito de mostrar o que faço sem a internet" , explica o cantor.
Por Elias Nogueira Foto e reportagem O funk carioca é um estilo musical vindo das comunidades, favelas do Estado do Rio de Janeiro, no Brasil. Mesma nomenclatura do estilo musical americano, sendo, entretanto, diferente. O movimento teve seu inicio no começo dos anos 1970 quando começaram os bailes em vários bairros do subúrbio e da Zona Norte do Rio de Janeiro.
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Passei a frequentar bailes Black. Conheci Cassiano, Carlos Dafé, Hyldon, etc e tal. Mais tarde, anos 1990 contemplei (ao vivo) Cidinho e Doca com a música ‘Eu só quero ser feliz’, que ecoava por todo o país, naquele momento em que o povo pedia eleições diretas para presidente; mas isso é outra história. Em tempo: conheci MC Filhão - sucesso na Internet, super visualizado no
As músicas do MC Filhão, que na realidade foi batizado como Marcio (28), nasceu em São Gonçalo, Município do Rio de Janeiro; vem conquistando fãs em todos os lugares do país. A revista digital, JGNews, fez algumas perguntas ao MC: Filhão - O apelido veio da comunidade. Todos sempre me chamaram de Filhão - cria da casa. Jogava bola - Antes de tudo eu era jogador de futebol - não deu certo. No mudo do funk estou há oito anos e minha inspiração é Deus e
minha família de músicos. Michael Jackson - sempre foi meu maior ídolo, por toda sua obra e carreira, carisma e talento. Suas músicas me encantam até hoje. "O Dia que a Favela Chorou" - Foi sucesso. História de um amigo da favela que faleceu. Até hoje é lembrado na comunidade. "Ex 157" - Meu maior sucesso na internet - ficou um ano e meio em primeiro lugar nas paradas da Radio FM O Dia. Depoimentos, entrevistas, palestras em presídios, aconteceram. Foi muito bom e me orgulho. De certa maneira pude ajudar aqueles que nunca tiveram chance na vida e talvez nem saibam o que é ter chance. "Oração da Vitória" - Outro sucesso. Fiz palestras e cantei em igrejas, tudo por causa da letra, é só conferir nas redes. São músicas boas, estão aí até hoje e que marcaram minha vida.
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INFORME
IATEC recebe prêmio do CREA RJ, pelo trabalho acadêmico de aluna do Curso Técnico de Eletrônica em Áudio A aluna do Curso Técnico Stephanye Souza Correa, juntamente com seu orientador Artur Brandão e o Coordenador Pedagógico Luiz Henrique, recebeu o Prêmio Crea-Rj pelo seu Trabalho Científico de Conclusão do Curso Técnico Eletrônica com Ênfase em Áudio. O Curso Técnico Pós-Médio de Eletrônica com Ênfase em Áudio 2018 já está com inscrições abertas. As aulas começam no dia 19 de Fevereiro e as matrículas podem ser feitas com o desconto de 50% na mensalidade até o dia 09/02.
zam para ministrar o curso, entre eles, Carlos Roberto Pedruzzi, que participou da sonorização de eventos como Projetos Aquários, Réveillon em Copacabana, Rock in Rio I e II, Missa Campal com o Papa João Paulo II, apresentações de artistas como Paul McCartney, Tina Turner, Billy Paul
e Eric Clapton; Lucas Ramos, que trabalha com trilhas sonoras e pós-produção para TV e cinema, e é certificado pela Apple e pela Ableton, além de Artur Brandão, Ézio Filho, Luis Henrique, Wagner Pedretti, Ricardo Gama, Eduardo La Cava, Paulo Ferreira entre outros.
As aulas apresentam os fundamentos da Elétrica, Eletrônica e Áudio, além de disciplinas importantes, como Inglês Técnico, Organização e Normas Técnicas, Arquitetura de Computadores, com ênfase em redes e TI, e Segurança do Trabalho. Nas etapas finais, o aluno terá especialização em técnicas em gravação, técnicas em sonorização, e áudio para broadcast. O conteúdo é reunido em três semestres e os alunos terão apostilas digitais e certificados ao completarem a carga horária. O Curso Técnico em Eletrônica com Ênfase em Áudio está enquadrado na categoria “pós-médio”, reconhecido pela Secretaria Estadual de Educação (PARECER – CEE 281/2010 DO) e pelo MEC, com encaminhamento ao DRT Profissional e CREA/RJ. Diversos profissionais se reveJG NEWS, ANO XXII, ED. 233, 25 FEV A 25 MAR 2018
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LANÇAMENTOS
Robson Candêo
MUSICANDO Aposto que poucos ouviram falar, mas a banda Bleachers é um projeto de Jack Antonoff que realmente deu certo. Lançaram seu MTV Unplugged - uma obra prima, com grandes canções e ótima presença da banda com o público. Vale muito a pena conferir esse trabalho. O cantor britânico Jamie Lawson lançou o excelente Happy Accidents com batida pop/romântica no estilo Jason Mraz, - recomendo demais. Banda de indie/pop Echosmith colocou à venda Inside a Dream, um álbum especial que vem com uma batida suave e deliciosa. Capricharam! E para quem não ouve um bom jazz há tempos, vai uma dica da cantora Stacey Kent que gravou com uma grande orquestra o álbum I Know I Dream, um título maravilhoso que tem músicas novas, regravações de alguns de seus sucessos e até 5 músicas brasileiras, entre elas Photograph de Tom Jobim. E que tal a banda TLC formada somente por mulheres, onde cantam um som pop com 14
uma pitada ideal de música eletrônica de muita qualidade? Já a banda Stereophonics traz um ótimo rock no álbum Scream Above the Sounds. O DJ e produtor norueguês Kygo, lançou Kids in Love, com somente 8 músicas, mas muito legal. Cada uma com alguém diferente no vocal, com direito até a banda One Republic. Os mais jovens não conhecem, mas Yusuf (nome adotado pelo cantor Cat Stevens) é um ícone da música internacional dos anos 60/ 70, e que acaba de lançar seu décimo quinto álbum de estúdio - The Laughing Apple - com som folk do bom, e que surpreendeu bastante pela qualidade. Ouvi também uma banda nova chamada Blaenavon que lançou um novo EP - Prague'99, de 4 músicas com uma musicalidade interessante, apesar de letras bastante "cabeça". E os monstros do rock, The Rolling Stones lançaram Sticky Fingers (Live at the F o n d a Theater) um show ao vivo para um
Robson Candêo escreve para o blog www.blurayedvdmusical.blogspot.com
álbum lançado em 1971. Muito elogiável o álbum Caixinha de Música (Ao Vivo) da cantora Vanessa da Mata que canta sucessos delas e de outros em uma seleção muito boa. Tem Mágoas de Caboclo do Nelson Gonçalves, Impossível Acreditar que Perdi Você e logicamente os grandes hits Boa Sorte, Ai Ai Ai, e Amado. E Nina Fernandes traz um belo EP com 5 músicas deliciosas num ritmo bem Rober ta Campos. Para quem é fã de MPB, o Duo Gisbranco lançou Pássaros onde musicaram poemas de Chico César que exaltam a natureza com um ótimo piano como instrumento principal. Já a Blitz continua nas paradas, lançaram o álbum e DVD Blitz no Circo Voador ao Vivo, com um apanhado bem legal de seus grande sucessos, em uma apresentação cheia de energia com ótimas participações.
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Nido Pedrosa
MERCADO MUSICAL
A Voz, o Charme e Belas Composições da Cantora
VANESSA FALABELLA The Platters e Vanessa
Nesta edição, vou mostrar um pouco do trabalho de uma ótima artista mineira que o Brasil precisa conhecer mais, a excelente cantora Vanessa Falabella, que tive o prazer de me tornar amigo e fã de seu trabalho, quando participei, em 2013, de uma produção responsável pela turnê (etapa Nordeste) do grupo americano The Platters, um dos maiores grupos vocais de todos os tempos. A Vanessa foi a vocalista e convidada especial para participar de shows em várias cidades do Brasil e no exterior! Outro acontecimento incrível na carreira dessa maravilhosa cantora, é o fato de ser indicada e eleita a melhor cantora brasileira nos Estados Unidos pela Brazilian Press Awards 2016. Nascida em Belo Horizonte-MG, Vanessa Falabella se formou em Turismo, mas paralelo ao curso, a música sempre vinha embalando sua vida. Começou a cantar aos 9 anos e nessa época, já estava nos estúdios de publicidade gravando jingles e comerciais para Rádio e 16
TV. Peço para Vanessa nos contar como aconteceu este amor, paixão e profissionalismo musical, quem a incentivou nesta brilhante carreira e, ela nos conta um pouco dessa sua trajetória: 'Eu sou de uma família de atores, diretores, escritores e artistas plásticos, tenho alguns membros da minha família que são do meio artístico como minhas primas as atrizes Debora Falabella, Cida Falabella, Cynthia Falabella e ainda, alguns primos a exemplo do diretor Rogério Falabella entre outros, que são profissionais de expressão na mídia local em BH e também no âmbito nacional.' Em Minas Gerais, Vanessa participou de trabalhos com: O grupo Sagrado Coração da Terra, com Marcus Viana e gravações com Paulinho Pedra Azul, Celso Adolfo, Nelson Angelo, Toninho Horta, Lô Borges, Tavinho Moura e outras figuras referências na música brasi-
leira e internacional. Vanessa, sobre sua permanência nos Estados Unidos da América, como foi que aconteceu de morar fora do nosso país? 'Foi um desejo próprio, eu estava em busca de aperfeiçoar meu inglês e meu canto, daí busquei em Nova York, um curso de verão da Juilliard School na década de 90, com a professora Madeleine Katz. Lá conheci um pouco da dinâmica que era viver em Nova York. Depois fiz cursos com Katie Agresta, Therman Bailey, Jazz Mobile Workshop no Harlem.' Vanessa é vocalista que entoa um som jazzístico e emotivo, sofisticado com senso de elegância nato. Seu talento a levou em turnês em todo o mundo, tanto com músicos importantes e cantores solo (Gato Barbieri, Philippe Saisse, Sadao Watanabe, Will Lee, Eumir Deodato, Dom Salvador, Cidinho Teixeira, quanto com grupos (The Platters,
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Fotos de divulgação - arquivo pessoal de Vanessa Falabella
Cyro Baptista & Beat the Donkey), se apresentando em locais como Carnegie Hall, Zinc Bar, Club Bonafide, Café Wha, Kennedy Center, Town Hall, The Iridium, S.O.B.'s. Participou de gravações e grandes festivais, além de temporadas no Japão, China, Tailândia, Europa e América Latina. Há 4 anos voltou a morar em Nova York, e pode ser ouvida também, acompanhada por sua banda: Brazilian Music Soul, num projeto autoral, com o cantor, músico Carlos Dias. A artista tem quatro álbuns solo: VIBE (SonyBMG), Falabella de Cartola (Um Tributo ao Mestre Cartola (Tupi Records), Água e Outras Esquinas (Um Tributo ao Clube da Esquina (Ultra Music).
a voz forte e afinada, interpretação marcante, com alma dessas Minas Gerais é Show 18 Quilates de Som e Imagem nesse Trem Azul." - Jassvan DeLima - Produtor e Apresentador Som do Brasil - WKCR - 89.9 FM New York Colunista de Música - The Brasilians Newspaper "A cantora mineira Vanessa Falabella traz consigo o espírito e a alma do lendário Clube Da Esquina, como podemos constatar no registro do lindo show que ela apresentou no dia 16 de março passado no SESC Araquara. Quem conhece bem o repertório reconhecerá o imenso bom gosto e carinho que ela traz ao assunto. Embora a obra coletiva do
Depoimentos: "Vanessa Falabella já nasceu autorizada a cantar Clube da Esquina, e isto ninguém pode mudar! Admiro sua musicalidade, timbre vocal e coragem na vida. Toda música deve gostar de ser interpretada por ela, imagina então as de sua própria terra?" - Nelson Angelo - Músico, Arranjador, Cantor e um dos Compositores do Clube da Esquina, Rio de Janeiro. "Nada sera como antes amanhã. A cantora e compositora Vanessa Falabella carrega em sua voz, a chama que não se apaga. 40 anos do Clube da Esquina, Movimento Moderno, Mineiro que invadiu o mundo com sua estrela maior Milton Nascimento. Vanessa Falabella, JG NEWS, ANO XXII, ED. 233, 25 FEV A 25 MAR 2018
MERCADO MUSICAL
CDE tenha virado patrimônio internacional, poucos intérpretes atuais são capazes de apresentar essas belas canções do jeito que Vanessa Falabella as apresenta." - Greg Caz DJ, Jornalista, Pesquisador, New York. "Acho que tentar definir a Vanessa é impossível ! Prefiro esquecer as filosofias tradicionais de análise e simplesmente escutá-la com ouvidos e coração !!! Aí é que talvez a gente possa começar a entendê-la... Acreditem !!! " - Eumir Deodato -Pianista, Compositor, Produtor e Arranjador, New York. Vanessa Falabella neste atual momento, está trabalhando na campanha para produzir o seu novo álbum 'Jóia18', que conta com músicas autorais, várias parcerias com outros compositores e participações de músicos incríveis, acesse: h t t p s : / / w w w. i n d i e g o g o . c o m / projects/joia18/x/17447873#/ Para maiores informações e contratar o trabalho dessa cantora, entre em contato, E-mails: falabella@me.com ou costavilla007@gmail.com e ainda pelo Facebook: www.facebook.com/vanfalabella ou pelo Whatsapp: 1(917) 854 1364 Para ouvir a bela voz de vanessa entre na plataforma musical americana N1m: https:// w w w. n u m b e ro n e m u s i c . c o m / vanessafalabella 17
Fábio Cezanne
MÚSICA INSTRUMENTAL
Alfredo Dias Gomes comemora 25 anos como baterista solo em seu nono CD de carreira mentistas: o contrabaixista Marco Bombom (da lendária Conexão Japeri, de Ed Motta) e o guitarrista Julio Maya, com quem Alfredo tocou no início de carreira, convidando-o posteriormente para participar dos seus primeiros discos solo, "Serviço Secreto" (1985), "Alfredo Dias Gomes" (1991) e "Atmosfera" (1996). Com lançamento exclusivo em plataformas digitais, o CD já se encontra disponível para download e streaming no iTunes, Spotify, Napster e CD Baby.
Tendo acompanhado, até 1993, shows e gravações de artistas como Ivan Lins e Hermeto Pascoal, dentre muitos outros, músico carioca lança "JAM", CD totalmente autoral, dedicado ao JAZZ ROCK e masterizado por Alex Gordon no Abbey Road Studios, com lançamento exclusivo para streaming e plataformas digitais Com longa carreira a serviço de estrelas da música brasileira, o baterista Alfredo Dias Gomes decidiu, a partir de 1993, se dedicar a sua maior aspiração: trilhar próprios rumos, compondo e gravando suas maiores influências. Foi quando deixou de integrar a banda de Ivan Lins, com quem viajou o mundo inteiro, para passar a reger de forma independente as próprias baquetas. Desde então, após noves trabalhos solos (8 álbuns e 1 single) e uma vídeo-aula ("Exercícios e Ritmos", de 1998), o músico carioca está comemorando os 25 anos de sua proclamação com o CD "JAM", gravado em seu próprio estú18
dio, na Lagoa, por Thiago Kropf, e masterizado por Alex Gordon no mítico Abbey Road Studios, de Londres. O novo disco reúne toda a sinergia do jazz rock, grande influência do baterista desde a adolescência, e traz dois exímios instru-
O CD "JAM" abre com "The Night", faixa surgida a partir de criações do baterista no teclado e composta exclusivamente para a formação bateria, baixo, guitarra e teclado. Na sequência, "Dream Aria" exalta o
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MÚSICA INSTRUMENTAL acaso e a espontaneidade: nascida de um groove no teclado à espera da banda chegar, a música teve a bateria definitiva gravada antes mesmo de nascer a melodia e se gravar os outros instrumentos. Em seguida, o baterista sintetiza em "High Speed" suas grandes influências setentistas: Billy Cobham, Mahavishnu Orchestra, The Eleventh House. A faixa "Spanish" foi pensada em destacar o baixo, com a melodia e o solo de "baixolão" do Marco Bombom. Única música "pronta" do disco, "Jazzy" ganhou releitura para esta formação, já tendo sido gravada pelo baterista em 2005 no seu Cd "Groove". A faixa-título "JAM", primeira a ser gravada, foi concebida exatamente conforme o nome: uma jam session, composta com arranjos na hora dos takes com Maya e Bombom. A faixa solo "Experience", também criada a partir de frases no teclado pelo baterista, termina com um solo livre de bateria utilizando afinação diferente, mais aguda do que costuma usar. Após o disco já concluído - inclusive já masterizado!
Ar thur Maia, Nico Assumpção, Guilherme Dias Gomes, Luizão Maia, entre outros. Na MPB e no Rock, tocou com Ivan Lins, participou do grupo Heróis da Resistência, tocou e gravou com Lulu Santos, Ritchie, Kid Abelha e Sergio Dias, entre outros.
- o baterista incluiu "The End", sentindo a necessidade de uma música do trio tocando ao mesmo tempo, encerrando uma jornada concebida no improviso e no virtuosismo. Nascido no Rio de Janeiro, em 1960, Alfredo Dias Gomes estreou profissionalmente na Música instrumental aos 18 anos, tocando na banda de Hermeto Pascoal. Gravou o disco "Cérebro Magnético" e tocou em inúmeros shows, com destaque para o II Festival de Jazz de São Paulo e o Rio Monterrey Festival. Alfredo tocou e gravou com grandes nomes da música instrumental como Márcio Montarroyos, Ricardo Silveira, Torcuato Mariano,
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Completam sua discografia Tributo a Don Alias (2017), Pulse (2016), Looking Back (2015), Corona Borealis (2010), Groove (2005), Atmosfera (1996, com participações de Frank Gambale e Dominic Miller); Alfredo Dias Gomes (1991, com a participação especial de Ivan Lins) e o single Serviço Secreto, de 1985.
CD JAM - Alfredo Dias Gomes Links para download ou streaming https://open.spotify.com/album/ 7h8bvSNrmKr0aU0b65Gnv3 https://us.napster.com/artist/ alfredo-dias-gomes/album/jam https://itunes.apple.com/br/ album/jam/1321749461 https://store.cdbaby.com/cd/ alfredodiasgomes9
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LANÇAMENTO
Alba Maria revisita a obra do compositor Vital Lima no CD e DVD 'Simplesmente Vital' Nascida em Belém do Pará, com mais de trinta anos de carreira, a cantora e compositora Alba Maria lança agora seu primeiro CD e DVD "Simplesmente Vital", gravado ao vivo no ano de 2013, no Teatro Waldemar Henrique, em sua cidade natal. Com participação especial do próprio homenageado, o trabalho reúne músicas do compositor Vital Lima com diversos parceiros, entre eles Hermínio Bello de Carvalho, Arthur Nogueira e Leandro Dias. A concepção deste trabalho é toda de Alba Maria, que selecionou quinze entre cem canções compostas por Vital Lima entre os anos 70 e 2000, sendo que algumas faixas se iniciam com trechos recitados de outras composições de Vital, nas vozes de Alba e Vital. O CD e o DVD têm o mesmo repertório. Vital Lima tem seu nome reconhecido como um de nossos grandes compositores, e a admiração de Alba pelo seu conterrâneo vem desde sempre, sendo um dos compositores mais cantados por ela durante toda sua carreira. E é de sua obra que ela retira o sumo do seu ofício enquanto cantora, por isso, não foi difícil a escolha para ser ele o seu homenageado no primeiro álbum: "A poesia de Vital, seja melódica ou poeticamente, é muito profunda, e o amor alinha o repertório que escolhi. Eu me entreguei às sensações... acho que tudo começou assim. Me vendo e vivendo cada canção de 'Simplesmente Vital'!",conta Alba Maria. Das parcerias com Hermínio Bello de Carvalho estão as músicas Pastores da noite, composta nos anos 70 e que deu título ao álbum que consagrou a parceria entre eles, Tramelas, que contou com as participações especiais de Diego Santos no violão 7 cordas e Marcelo Ramos no bandolim, Igual ao que não foi, e Tal qual eu sou, com a participação do próprio Vital, na voz. Com Leandro Dias, outro parceiro constante de Vital estão Uma Bem-te-vi, com
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participação especial de Paulo José Campos de Melo ao piano e trecho da canção Balaio, de Vital e Hermínio, e Pedras de Lioz, uma das canções mais marcantes de sua carreira, ilustrada com trecho de Mar Memória, parceria com Felipe Cordeiro. Alba selecionou ainda "03h05", da parceria com Arthur Nogueira, música dos anos 2000, que vem com trecho do poema "Le chat"(I) de Charles Baudelaire, Três casas e um rio, de Vital com Marcelo Sirotheau, com a participação do próprio Marcelo Sirotheau ao violão, e Círios, parceria com Marco Aurélio. Fazem parte ainda do trabalho Precisava ver, Mundano, Onde tu possas ver, com trecho de Tempodestino das parcerias com Nilson Chaves, O parkour, com participação de Vital Lima e Olivar Barreto, nas vozes, e Amor de Lua, estas canções, compostas apenas por Vital. O tema de abertura é do violonista Floriano, que assina também a direção musical do CD e DVD. A banda, com Floriano ao violão e voz, traz também Edgar Matos ao piano, Esdras Souza no sax e flauta, Adelbert Carneiro no contrabaixo acústico, e Edvaldo Cavalcante na bateria. Um pouco sobre Alba Maria Nascida em uma família de músicos,
Alba Maria teve contato com a arte desde a infância. Seu pai, Ayres Matos, tocava harmônica e seus irmãos, Tadeu e Chico Sena, compuseram canções que até hoje fazem parte da cena musical paraense. Seu talento foi reconhecido a partir de 1984, quando passou a cantar profissionalmente na noite de Belém do Pará. Em 1986 Alba Maria passou a residir na Itália, onde se formou em Letras e Artes. Foi vencedora, por dois anos consecutivos, do Festival MUSICANTA (Trieste/Itália), como Melhor Intérprete e Melhor Performance e obteve o segundo lugar no Festival I CERCATORI DI PERLE, realizado pela RAI (Rádio e Televisão Italiana), promovendo assim a música brasileira, inclusive o cancioneiro paraense, pelos países europeus onde se apresentou como, França, Espanha, Portugal, Alemanha, Grécia, Suíça, Croácia, Eslovênia, entre outros. Em temporada no Brasil, participou e foi vencedora de vários festivais de música popular por todo o país, participou de diversos CDs, como intérprete convidada, entre os quais, Made in Pará, Música e Memória, Belém Cheia de Bossa, etc. É imprescindível ressaltar a sua parceria como compositora no CD de Philippe Ferrie/2006 em Paris, França, onde Alba Maria viveu por seis anos. E agora, em 2017, lança o CD e DVD 'Simplemente Vital', gravado em dezembro 2013, pelo selo Na Music. CD e DVD 'Simplesmente Vital' Artista Alba Maria Direção Geral: Carla Cabral Direção Musical: Floriano Direção artística: Adriano Barroso Cenografia: Boris Knez Dir. áudio visual e foto: Lucas Escócio. Selo Na Music http://www.namusic.com.br/ facebook.com/albamariacantora Preço médio: CD 25,00 e DVD 30,00
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Márcio Paschoal*
COMENTÁRIOS
ALICE NO PAÍS DAS MODERNIDADES Crítica CD "Alice" - Alice Caymmi
Em seu terceiro trabalho, a cantora e compositora Alice Caymmi procura se estabelecer no universo mais pop de R & B, embora mantenha a pegada de pretensa modernidade, quando flerta com expoentes midiáticos (Pabllo Vittar, fenômeno opor tuno da hora, e o MC e beatmaker paulista Rincón Sapiência). Outra parceira cômoda em aceitação é a de Ana Carolina, na canção "Inocente", lançado em single e que teve ótimo clipe de Alexia Galvão. Se não bastasse ser neta de quem, e sobrinha de uma das maiores cantoras populares deste país, a eclética Alice Malaguti Caymmi não desaponta nem ao avô nem à fabulosa tia. Seu disco "Alice", com produção de Barbara Ohana, apresenta algumas boas surpresas e outras ótimas confirmações. Desde "A Rainha dos Raios", de 2014 (disco mais de intérprete que autoral, composto por regravações,
exceção a duas autorais) a cantora assina, individual ou em parcerias, a maior parte do repertório. "A Estação", de Carlos Rufino, é o mais abrangente exemplo, e a faixa que abre o disco, a marcante "Spiritual", traz letra que trata e retrata a opressão à mulher. Nada que a deixe tão louca ou rouca (...eu já estou ficando rouca/ eu não estou ficando louca...) mas, direta e simples (tudo o que eu quero te falar é simples/ é muito simples mesmo...), dá o seu recado com jeito meio empírico e aparentemente calcado na própria vivência. Destaque também para as românticas de desabafo (na linha da anterior "Abandonada" com Michael Sullivan) e no lastro
do sutil empoderamento, ambas de Alice, "Sozinha" (com participação em dueto de Pabllo Vittar) e "Eu te avisei". Melhor esta última (...E tudo o que eu fiz ficou pra trás/Como se nada fosse te prender/ A vida te ensinou/ Eu te avisei/ Eu vou achar alguém/ Melhor do que você/ Eu vou…). Com timbre de voz forte, Alice opta pelo ritmo em "Whats my name", de Moacyr Santos, onde atesta sua marca original e criativa de interpretar. Afo- ra alguns clichês de avant garde, trata-se de um disco de intérprete de personalidade, calcado em arranjos adequados, com inequívoco viés de contemporaneidade e que, por isso, merece ser conferido com carinho. (*) escritor, autor das biografias de João do Vale e Rogéria.
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Para fazer parte da gestão coletiva e ter seus direitos autorais protegidos, é preciso que o titular se filie a uma das sete associações que administram o Ecad. No ato da filiação, todo o seu repertório deve ser informado à associação escolhida, inclusive com os percentuais de participação em cada obra musical ou fonograma e parcerias, se houver. Também é de responsabilidade do titular manter seu cadastro sempre atualizado. O Brasil é um dos países pioneiros no mundo a distribuir direitos conexos, beneficiando também os artistas executantes da música (intérpretes e músicos), o que mostra a excelência da distribuição realizada pelo Ecad.