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ANO XVI - EDIÇÃO 165 DE 25/04 A 25/05 DE 2012 DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA

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Elias Nogueira

Heavy Sepultura Metal

eliassnogueira@gmail.com

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Sepultura, Kairos, em maio, no Brasil Sepultura, banda de thrash metal formada em 1984, em Belo Horizonte, tornouse mais popular nos Estados Unidos do que no Brasil, cantando em inglês. Teve seu primeiro disco com o nome de "Bestial Devastation", dividido com outra banda mineira, a Overdose, lançado em 1985 por um selo independente, seguido por outro disco, o "Morbid Visions", em 1986. Com a saída de Jairo T. e a entrada do guitarrista Andreas Kisser, gravaram "Schizophrenia", que os projetaram internacionalmente. No ano seguinte assinaram contrato com a gravadora americana Roadrunner e começaram a conquistar o mercado internacional. O disco "Beneath the Remains", lançado em 1989, foi muito elogiado pela crítica especializada e fez com que a banda se tornasse mais conhecida no Brasil e no resto do mundo, fora dos Estados Unidos. Em 1996, no Brasil, o grupo pesquisou e gravou sons e ritmos das tribos indígenas para lançar "Roots", o que seria o último com o então vocalista Max Cavalera que deixou a banda e causou contratempos, a história da

EXPEDIENTE Editores Antonio Braga e Jorge Piloto

banda continuaria com os remanescentes... Atualmente o Sepultura é formado por Derrick Green (voz), Andréas Kisser (guitarra), Paulo Jr. (baixo) e na bateria Eloy Casagrande que lançaram o 12º álbum de estúdio intitulado Kairos. O Sepultura voltou! É a conclusão que se tem depois de escutar o disco inteiro "Kairos", lançado oficialmente no dia 24 de Junho de 2011. Na realidade, o que chama a atenção em vários pontos deste ótimo disco são os riffs marcantes, a bateria bem trabalhada, passando pela voz possante, os solos magníficos e o baixo pulsante. Kairos é o primeiro trabalho da banda pela gravadora Nuclear Blast, a maior do mundo no gênero heavy metal. Aqui o disco é distribuído por Laser Company (São Paulo), distribuidora exclusiva da Nuclear Blast Records no Brasil. Estúdio Trama, em São Paulo, foi o escolhido e Kairos foi gerado entre os meses de fevereiro e março de 2011, com produção de Roy Z (Judas Priest, Halford, Bruce Dickinson, Hello-

ween). A capa do álbum foi criada pelo artista americano Erich Sayers. O ano de 2011 foi ótimo para a banda e acabaram levando a turnê para os Estados Unidos. Em abril tocaram na Virada Cultural, em São Paulo, em um show único com a Orquestra Experimental de Repertório (corpo artístico do Teatro Municipal de São Paulo), na Estação da Luz. O show teve como tema principal á preservação do pau-brasil, material usado para a fabricação dos arcos dos violinos. Como forma de visualização do tema, mil mudas da árvore foram doadas pelo Instituto Verde

Brasil especialmente para o concerto e foram replantadas em áreas de preservação ambiental. O engajamento da banda para a preservação da árvore típica do Brasil aconteceu porque a Interface Filmes e North Produções, encarregada de fazer o documentário sobre a banda (ainda sem data de estréia), é a mesma que produziu o premiado documentário "A Árvore da Música". No dia 13 de Novembro de 2011, o paulistano Eloy Casagrande assumiu as baquetas do Sepultura no lugar de Jean Dolabella, após cinco anos como baterista da banda.

Colaboradores

Rio de Janeiro

Bahia

Nido Pedrosa, Viviane Marins, Elias Nogueira, Alberto Guimarães Márcio Paschoal, Robson Candêo e Inga Oliveira.

Redação:

Viviane Marins: (22) 8828-0041 (21) 8105-4941 bragaa@gmail.com

Jorge PIloto (71) 8715-1503 jorge.piloto@yahoo.com.br

Rua Soldado Ernesto Coutinho, 10 - Saquarema / RJ - CEP. 28990-000

http://www.youblisher.com/p/186646-Anuario-de-Lojas-de-Instrumentos-Musicais-Discos/

Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores.


JGNEWS "Quando recebi o convite para entrar no Sepultura, fiquei em choque", conta Eloy. "Sou fã do grupo há anos, será uma honra tocar com eles". completa. Eloy tem vinte anos de idade, é o vencedor do prêmio Modern Drummer's Undiscovered Drummers Contest (maior festival de bateristas do mundo) em 2006. "Eu tenho certeza que o Eloy vai fazer um grande trabalho com o Sepultura, ele é um músico que demonstra muita segurança e técnica, apesar de ser jovem", declarou Andreas Kisser. "Fizemos um ensaio com ele e a casa caiu, foi fantástico, tocou o material antigo e o novo como se tivesse na banda há muito tempo. O Sepultura mostra

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Heavy Sepultura Metal "Kairos é um conceito de tempo não cronológico, que vem da mitologia grega. É um momento de oportunidade e mudança", explica Andreas Kisser. ao mundo mais um monstro brasileiro da bateria". Em 2012, o Sepultura passa pela Ásia, Oceania, Europa e Estados Unidos. O Brasil fica com os meses de Maio e Setembro para a continuidade da tour "Kairos". Um documentário sobre a banda também está sendo produzido. No fechamento desta edição recebi a informação que o Sepultura se apresentará no Rock in RioLisboa 2012 com os percussionistas franceses Tam-

bours du Bronx, grupo criado em 1987, formado por 17 membros que misturam o som das latas gigantes com hardcore e percussão eletrônica. Espera-se que neste show, o Sepultura apresente alguns temas do novo disco. Faixas de Kairos 1."Spectrum" (4:03) 2."Kairos" (3:7) 3."Relentless" (3:36) 4."2011" (0:30) 5."Just One Fix (Ministry cover)" (3:33) 6."Dialog" (4:57) 7."Mask" (4:31) 8."1433" (0:31)

9."Seethe" (2:27) 10."Born Strong" (4:40) 11."Embrace the Storm" (3:32)

12."5772" (0:29) 13."No One Will Stand" (3:17) 14."Structure Violence (Azzes)" (5:39) 15.“4648” (00:29) 16.“Firestarter” (The Prodigy Cover) (04:30) 17.”Point Of No Return” (03:24)


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Márcio Paschoal

DICAS DE LANÇAMENTOS ESPECIAIS

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paschoal3@gmail.com

COMENTÁRIOS DE MÁRCIO PASCHOAL É sempre com renovado prazer e curiosidade que recebo um n o v o trabalho de Simone Guimarães. Desta vez com a parceira Cristina Saraiva e um time de músicos de respeito, no excelente "Chão de Aquarela". Algumas releituras, outras velhas conhecidas, como as belíssimas "Estrela do meu bem querer", gravada no CD "Cirandeiro" (1997) e "Relento", do CD "Aguapé" (1999). Como sempre, a musicalidade, a voz e exuberância autoral desta paulista de Santa Rosa de Viterbo predominam. Na esteira dos elementos e sutilezas das letras de Cristina, no seu melhor universo poético, o disco mantém coerência e homogeneidade estéticas . De início, "Desafios" mostra a urgência, na exata combinação de melodia e letra, de todos os abismos enfrentados e a valentia necessária para enfrentá-los. E antecipa a força que virá a seguir. Mais singela, "É saudade" respira um amor inesquecível, em ótima viola a cargo de Julio Santin. O lamento de "Estrela da Noite" revela o real significado de uma entrega de amor, amparada em ilusões tão prementes. O convite a um novo amor, chegado em doçuras de maracangalhas, "Fábula do riacho" (já

gravada no CD "Virada pra Lua", 2001) encanta com o acerto do arranjo de corne inglês (Lia Gandelman) e flauta (Franklin). Uma das mais belas do disco, "Olhos de fogo" é oportuna regravação de "Aguapé", em arranjo certeiro de Maurício Maestro. (teus olhos são de fogo, ardendo em ventania, queimando a noite fria, flor do cravo que alumia a escuridão...". Adiante, "Fronteira" e "Beijo" são composições cheias de vigor e classe. A primeira descreve a linha tênue que separa o amor verdadeiro da fraude; e a segunda enaltece o que há de melhor num beijo possível, associando sua força à do vento. Maravilha. Em "Canção para um pianista 2 (no primeiro as duas haviam homenageado Leandro Braga), o piloto agora é André Mehmari. Enfim, um disco para quem quiser conhecer a arte de Simone e a poesia de Cristina, e se deliciar com toda a delicadeza e forma das canções.

onde o aviso é um sinal ( voa tabuiaiá, avisa que eu já vou, tem peixe pro jantar, pinga no garrafão...) ou na lembrança à Mercedes Sosa (La Negra). Em "Vida real", com Alexandre Lemos, uma ode ao pé no chão e um adeus nostálgico às negações de algumas viagens em vão. Com a luxuosa ajuda de seus parceiros chalaneros e geniais, Simões e Celito Espíndola, Rondon mostra em "Espelho deslizante" os devaneios e a dissidência inteligente perante o que se apresenta de mais incômodo no final de uma relação (... a lua do nosso amor entrou em quarto minguante, restou a sombra do que foi antes). No fim, em tapas de pelica, avisa que, no caso, de ninguém ceder, o melhor é se retirar e ir pescar, que, além de mais elegante, ainda é o melhor calmante. Irrefutável.

O pantaneiro por vocação e método, violonista e intérprete de suas composições, Guilherme Rondon, vem com seu novo disco (Made in Pantanal). Nascido paulista e criado em Corumbá, nesse seu novo trabalho autoral, desfila canções inspiradas, como na parceria com Zé Edu Camargo,

Outro CD que chama atenção pela ousadia e inventividade é o "Caravana Sereia Bloom", que vem confirmar o talento da paulista Maria do Céu Whitaker Poças, mais conhecida por Céu. Intérprete vivaz e com timbre intimista, já se destacara no segundo cd "Vagarosa". Neste, agora,

arrasa em canções como "Falta de ar" (Gui Amabis") e na ótima autoral "Amor de Antigos". Não há como não se render com a firmeza da cantora na versão "You won't regret it", com Nahor Gomes sublime no trompete e flugelhorn, ou na releitura do "Palhaço", de Nelson Cavaquinho, em arranjo irresistível. Uma delícia.

Para os amantes de verdade dos Beatles, um alento: um disco instrumental que não se deixa dominar pelas obviedades e repetições tão comuns, quando se trata de tocar Lennon, McCartney e Harrison. O impressionante DuoFel desmente essa possibilidade com o "DuoFel plays The Beatles". A abertura já mostra o que poderemos esperar: um "Eleonor Rigby" de matar (show de Melo no arco de rebeca), numa interpretação à altura de Helio Delmiro. Em "Across the Universe" o duo cria um ambiente meio místico, e em "Here, There & Everywhere", uma das melhores intervenções da dupla (Heraldo do Monte assinaria embaixo), assim como em "Norwegian Wood", com destaque para a viola de dez . "In my life"


JGNEWS traz todo o requinte do violão de nylon. Juntos há mais de 30 anos, o paulistano Luiz Bueno e o alagoano de Arapiraca, Fernando Melo, autodidatas, impressionam pelo talento e improvisação. Onze clássicos, com direito a um final apoteótico em "A Day in the Life". Imperdível. Para finalizar, uma merecidíssima homenagem à diva do soul Etta James, ("At Last"- the Best of Etta James) em coletânea de 25 sucessos da cantora. Incluindo, é claro, "At Last", além das sublimes "I Would Rather Go Blind" e "A Sunday Kind of Love". Como curiosidade a gravação antológica de "I just want to make love to you", hino de Dixon, já gravado com sucesso pelo Stones em início de carreira. Outra pérola é o famoso hit de Sonny Bono, "I Got You Babe", gravado por Cher, na época casada e apanhando do autor, e revivida aqui pela divina (com permissão da nossa Elizete) Etta. Um banho de soul para quem gosta do estilo e de uma intérprete rascante, com alma e coração em conluio supremo. (Márcio Paschoal)

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Série MPBebê traz coletânea de Renato Russo Série com sucessos de ícones da música brasileira em versões que lembram as antigas caixinhas de música, a "MPBebê" é uma novidade da gravadora Performance Music. O carro-chefe da coleção de 12 discos é o lançamento com Renato Russo, trazendo os hits "Que país é esse", "Monte Castelo", "Índios", "Eduardo e Monica" e "Tempo perdido", entre outros. Os arranjos do CD são assinados pelo experiente músico Gian Fabra. Se vivo Renato completaria 52 anos.

James McCartney, Sean Lennon e Dhani Harrison, podem formar banda Em entrevista à BBC, James McCartney, filho de Paul, afirmou que tem conversado com outros filhos de integrantes dos Beatles para montar uma banda. Se acontecer, juntaria Sean Lennon e Dhani Harrison, os mais interessados no projeto. "Não acho que é algo que Zak [Starkey, filho de Ringo] gostaria de fazer. Talvez Jason [outro filho de Ringo] queira". "Eu toparia. Sean parece ter gostado da ideia e Dhani ficaria feliz de fazêlo." Segundo James, o assunto já foi discutido e é possível que aconteça um dia.


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Viviane Marins

ASSUNTOS IMPORTANTES PARA A CLASSE MUSICAL

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Da ORDEM DOS MÚSICOS DO BRASIL para os Profissionais da Música: Maestros, Compositores, Instrumentistas, Cantores Líricos e Populares e Professores Temos boas noticias para

todos. A primeira delas é justamente a LEI Nº. 12.514 que a Presidenta Dilma Rousseff promulgou no dia 28 de outubro de 2011 e publicada no DOU no dia 31 do mesmo mês e que, em boa hora, vem REVIGORAR a LEI 3.857 sancionada pelo Presidente Juscelino Kubitschek que criou a ORDEM DOS MÚSICOS DO BRASIL. É bom que todos saibam e divulguem que na nova LEI da nossa Presidenta Dilma Rousseff

está claramente destacada a obrigatoriedade do pagamento das respectivas anuidades às únicas duas Ordens no Brasil: OMB e OAB; e aos Conselhos de Engenharia, Economia, Farmácia e Professores de entidades públicas ou privadas, e outros. As formas de cobrança poderão ser inclusive Judiciais. Assim ficam definidos todas as dúvidas e pendências em torno dessas contribuições devidas pelos profissionais às suas respectivas autarquias

criadas e mantidas por estas Leis Federais para a regulamentação, coordenação e fiscalização dessas atividades. O Músico Profissional está inserido numa atividade econômica de nível mundial. Portanto é bom não ouvir mais a música desafinada daqueles que tentam denegrir a imagem da OMB. As empresas públicas e privadas serão informadas a respeito do cumprimento destas LEIS. Outra LEI, esta Estadual, sancionada pelo nosso

Governador Sergio Cabral Filho de autoria do Deputado Luiz Martins, que aguarda apenas a regulamentação da Secretaria de Fazenda, cria uma linha de crédito especial com juros reduzidos e prazo bem longos para que o Músico possa adquirir um instrumento de excelência, nacional ou importado, desde que abonado pela OMB. Comente e Divulgue. João Batista Vianna Presidente da OMB/CF

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LANÇAMENTOS ABRIL / MAIO

ABRIL/MAIO 2012 2012 ABRIL/MAIO

Mãe Eu Te Amo Coletânea MK Music

B.O.B. Stranger Clouds Gamer Music

Fred Hammond God, Love & Romance Sony Music Gospel

Taking Back Sunday Coletânea Gamer Music

Marcus Salles Ao Vivo Na Igreja Sony Music Gospel

Regina Specktor What We Saw From the... Warner Music

Sérgio Marques & Marquinhos Boas Notícias MK Muisc

Sepultura Kairos Laser Company

Madredeus Essência Portugal

Robson Nascimento Igreja Primitiva Independente Gospel

Andrea Fontes Do Outro Lado MK Music

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Robson Candêo

CDS, DVDS E BLU-RAYS

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MUSICANDOMUSICANDO M u i t a s novidades no mercado fonográfico estão sendo colocadas a venda para alegrias dos fãs. Vou começar falando de um show realizado em 2009 no Marco Zero de Recife, e quem estava lá era a Nação Zumbi, que finalmente lança seu DVD (Ao Vivo no Recife) onde apresentaram hits inesquecíveis de Chico Science junto com outros sucessos que vieram ao longo da trajetória. O show tem boas participações e a ótima batida do tambor para um público de mais de 80.000 pessoas. Outros lançamentos nacionais interessantes são quatro DVDs de uma série de Bossa Nova com Os Cariocas, Leny Andrade, Pery Ribeiro e Maria Creuza - quatro nomes importantes da nossa música cantando canções clássicas conhecidas por todos. Nos títulos internacionais tem muita coisa boa, como o registro em DVD da edição de 2005 do festival de rock texano Austin City Limits Music Festival que, se falta em bandas conhecidas, sobra em gente com talento e ótimas canções. Já os canadenses da banda Rush, lançaram o título Time Machine

- Live in Cleveland 2011 (Blu-ray e DVD) com mais um grande espetáculo onde eles comemoram os 30 anos do lançamento do álbum Moving Pictures tocando as sete canções na mesma sequência e muitos outros hits da carreira deles. Já Carlos Santana, um dos melhores guitarristas do mundo, está com o DVD dupo da apresentação que ele fez no Festival de Montreux de 2011, com vários hits da carreira dele em um show imperdível. Nos CDs, um dos destaques vai para o Erasure com o álbum Tomorrow's World, 14º álbum da dupla com ótimas canções que remetem ao período de maior sucesso deles no final dos anos 80 e começo da década de 90. Outro título muito bom é o pack que tem 3 CDs e 1 DVD do The Jeff Healey Band (Full Circle - The Live Anthology), com o melhor do rock'n'roll em três diferentes shows da carreira do falecido cantor e guitarrista Jeff Healey. Já para os que ainda suspiram de saudades do rock dos anos 80, não deixem de conferir o box Disco - The Greatest Disco Anthology Ever - com 3 CDs com uma seleção imperdível de clássicas da era

Disco. O RPM está de volta com a formação original dos Quatro Coiotes, e desta vez com um álbum muito bom chamado Elektra, que segue a linha musical que levaram eles a um grande sucesso no início da carreira. Para os fãs de música eletrônica, vale conferir os títulos Maison Ibiza - Beach House e Maison Ibiza - Chill Out. São dois CDs duplos onde a batida eletrônica é mais suave que a tradicional, com canções agradáveis de se ouvir e a maioria com um bom vocal. Para quem gosta de documentário musical, foi lançado o título do Paul McCartney The Love We Make - onde o ex-beatle conta como organizou um dos shows beneficentes mais rápidos da história, em prol dos bombeiros e policiais vítimas dos atentados do 11 de setembro em Nova York. Os fãs da cantora Adele, vão poder conferir o título Adele The History Fire and Rain, que contém três entrevistas (não recentes) com

a cantora que fala um pouco da intimidade e do sucesso. Nos Blu-rays, acaba de sair o primeiro Blu-ray do Scorpions - Get our Sting & Blackout Live (lançado somente lá fora por enquanto) com grandes clássicos da banda como "Still Loving You", "Wind of Change" e "Loving You Sunday Morning" com um diferencial que é um Blu-ray 3D, mas que também pode ser visto em Blu-ray normal. E vai uma dica de um show que não é novo, mas que merece estar na coleção de quem gosta do Police. O Blu-ray Police Certifiable traz um show imperdível que o grupo realizou em 2008 em Buenos Aires, durante a turnê de reunião do Power Trio formado por Sting, Andy Summers e Stewart Copeland. Todos os grandes hits da banda estão ali, incluindo "Don't Stand So Close to Me", "Every Little Thing She Does is Magic", "De Do Do Do, De Da Da Da", "Every Breath You Take" e "Roxanne". E só mesmo assistindo para entender toda a magia desses caras. Robson Candêo é responsável pelas resenhas musicais do site www.dvd-magazine.com.br e escreve para o blog www.blurayedvdmusical.blogspot.com


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A MÚSICA PORTUGUESA DO MADREDEUS

MADREDEUS: NOVO ÁLBUM 'ESSÊNCIA' Celebração de 25.º aniversário com novo CD e nova formação Diz a metafísica que a essência de uma coisa se constitui das suas propriedades imutáveis, daquilo que permanece e que nada, nem o tempo, altera. Terá certamente sido com esta noção que Pedro Ayes Magalhães escolheu a palavra Essência para título do novo álbum do Madredeus - uma coleção de 13 canções selecionadas de um cancioneiro de quase duas centenas que o grupo construiu ao longo de um quarto de século. O sucesso do Madredeus, no entanto, não se pode medir apenas em números: nem de discos vendidos, nem de países arrebatados em incontáveis digressões, nem de ovações de pé ou até de prêmios que procuraram distinguir o caráter profundamente único da música que o grupo foi oferecendo ao mundo. O sucesso pode também ser mensurável com outra régua, a que mede o alcan-

ce da música, a permanência na memória, a vocação universalista. Jorge Varrecoso, violinista da Orquestra do São Carlos que agora integra também a nova formação do Madredeus, terá dado o primeiro passo na direção desta Essência quando propôs a Pedro Ayres que se vestisse o repertório clássico deste ensemble com novos arranjos. Primeiramente para um novo espetáculo, que depois desembocou naturalmente neste novo registro. A guitarra clássica de Pedro Ayres de Magalhães e os sintetizadores de Carlos Maria Trindade juntam-se então às cordas de Varrecoso e ainda António Figueiredo e Luís Clode. A voz de Beatriz Nunes foi a derradeira peça nesta nova equação de câmara proposta para a música do Madredeus. Trata-se, explica Pedro Ayres, de "recriar através de um novo ensemble: a melodia fica muito mais

apoiada, mas preservamos muito, a melodia, o ritmo, as passagens harmônicas, ou seja, a essência”. As treze músicas eleitas percorrem os registros: Os Dias da Madredeus (1987), Existir (1990), Espírito da Paz (1994), O Paraíso (1997), Movimento (2001) e Metafonia (2008) detendo-se sobretudo na primeira década dos Madredeus. A seleção, que é afinal uma amostra da nova vida dos Madredeus em palco, recaiu sobre clássicos absolutos e tesouros um pouco mais secretos como "Ao Longe o Mar", "O Pomar das Laranjeiras", "Palpitação", "A Sombra", "A Confissão", "O Navio", "Coisas Pequenas" ou, entre outros temas, "Adeus e Nem Voltei". São canções que representam o melhor do Madredeus, a essência profunda da sua magia singular que conquistou o mundo. "As palavras", garante ainda Pedro Ayres, "não perdem nada e a Bea-

triz respeita a 'mise en scène' original das frases". Porque há de fato marcas imutáveis nesta música. O fundador e líder dos Madredeus tem o cuidado de sublinhar o palco como "habitat natural" destas composições que foram sendo aperfeiçoadas ao vivo, através da sua execução. Pedro Ayres fala da modernidade do repertório, de como todas as músicas se foram "tornando peças da nossa nave". Peças diferentes que cumprem diferentes papéis nesse drama essencial que a música do Madredeus contém, entre o apelo universal, o âmago português, as melodias e o passo que cada tema exige. De todos esses cruzamentos, emerge uma nova ideia para o Madredeus, que aqui revisita com uma nova alma um repertório que todos vão poder reencontrar sob outra luz e com um novo alento. (de Portugal, Inga Oliveira)


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JGNEWS Nido Pedrosa/Correspondente Nordeste MERCADO MUSICAL NORDESTINO

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PELES: Couro X Sintético A HISTÓRIA... Segundo pesquisadores, desde a época das cavernas quando o homem aprendeu a caçar e as peles dos animais passaram a ser utilizadas na fabricação de roupas e outros objetos, percebeu-se que ao esticar uma pele (de réptil ou couro de peixe) sobre um tronco oco, o som produzido era muito mais poderoso. Estima-se que nossos antepassados já percutiam tambores (criados a partir dos troncos das árvores, cobertos com peles de animais), em rituais sagrados quando queriam fazer seus pedidos ou oferecer algo aos deuses Os tambores são utilizados desde as mais remotas eras da humanidade, são do período Neolítico e como exemplo, podemos citar o 'tambor' encontrado nas escavações arqueológicas na 'Região da Moravia República Tcheca', datados de '6000 anos antes de Cristo'. Nossos ancestrais começaram a usar peles mais resistentes e com a Claudio Infante foto Rodrigo Castro

evolução humana, foi criada uma variedade de tamanhos de tambores, também tambores com duas peles, com cordas que passam por furos feitos na própria pele para esticá-las, método esse, usado até hoje na fabricação de tambores primitivos. Nos tambores de uma só pele, muitos métodos foram utilizados para fixá-las. Eram usados pregos, grampos, tachas, cola, etc. Nos tambores europeus mais modernos, geralmente a pele é presa pela pressão de aros, um contra o outro e a pele no meio. Atualmente, além das peles de animais que continuam a serem usadas nos tambores primitivos e tradicionais, utilizam-se também peles sintéticas ou membranas plásticas, que têm a vantagem de serem menos sujeitas às variações de temperatura e precisam de menos tensão para produzir sons com bastante qualidade. Os tambores exerciam e exercem nas civilizações primitivas, diversos papéis, além da produção de música para rituais religiosos, também são usados nas festas e para comunicação à distância. Na civilização moderna, os tambores estão presentes em todos os estilos musicais... Na música Erudita, Música Popular, no Rock, Blues, Jazz, no Samba, no Forró, são os instrumentos rítmicos, que contribuem para a marcação do tempo da música e estão presentes também no conjunto

de instrumentos popularmente conhecido como bateria. A PELE... Conhecida como 'Drumhead', é uma membrana que cobre as partes superiores e inferiores dos instrumentos musicais de percussão: Caixa, tambor, tamborim, bumbo, tumbadora, pandeiro, conga, alfaia, bateria e vários outros instrumentos. A pele é flexível para emissão da ressonância do som e resistente o suficiente, para aguentar as baquetadas sem se deteriorar e perder a elasticidade. Originalmente as peles são provenientes de animais, mas em 1956, um baterista profissional chamado Marion "Chick" Evans usou uma peça de filme de poliéster para construir a primeira pele sintética, sendo esta mais durável, mais flexível, com afinação mais simples, além de poupar vidas animais. Em 1957, Remo Belli desenvolveu peles com outros materiais sintéticos para a companhia Remo Drumhead Company. A partir daí, foram criados vários tipos, tamanhos e modelos... Pele porosa, leitosa, hidráulica e por aí vai. Depois de algumas décadas também apareceram vários fabricantes no Brasil, a exemplo da Gope Instrumentos Musicais; RMV Instrumentos Musicais; Bauer Percussion Ind. e Comércio e Luen Instrumentos Musicais. Mas, como não abri o espaço da 'Coluna MMN' para mostrar um trabalho antropológico,

a seguir enveredamos pelos relatos sobre o trabalho de três grandes bateristas brasileiros e internacionais... Cláudio Infante; Cássio Cunha e Wilson Meireles e assim sendo, transcrevo também suas respectivas opiniões e preferências de peles utilizadas em seus instrumentos, gravações e shows. O Gigante baterista CLAUDIO INFANTE, nasceu no Rio de Janeiro, começou a tocar bateria e percussão aos 7 anos de idade e aos 10, foi convidado para ingressar num conjunto de MPB numa tournê pelos 'EUA e América do Sul' ao lado de Cláudio Nucci e Zé Renato. Já acompanhou artistas a exemplo de Léo Gandelman, Ivan Lins , Djavan, Lulu Santos , Ed Motta , Marisa Monte , B.B. King , Sheila E. , Billy Cobham entre outros. Cláudio foi citado entre os 100 bateristas de maior destaque no mundo e, como o baterista mais completo do Brasil pelas revistas norte americana 'Zildjian Time' de 2002 e também pela revista 'Modern Drummer' de 2006. Neste atual momento, está envolvido na divulgação dos seus CDs intitulados 'Tempo', 'Infante' e o 'Play Along' multimídia, excursionando pelo Brasil e exterior. Vem se apresentando também com a banda da cantora Taryn Szpilman. Paralelo a estes trabalhos integra a banda do cantor e compositor Jorge Vercillo e também, ministra cursos de bateria


Cássio Cunha foto Renato Bandeira

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e-mail: nido.pedrosa10@gmail.com

do ondas sonoras para encantar as almas. Devemos muito respeito nessa utilização. - Eu uso nos meus sets de bateria as peles de nylon que nos modelos com camada simples têm mais ressonância e harmônicos. Mas também tem o recurso de 2 camadas sobrepostas, que proporcionam um amortecimento das vibrações gerando um som mais encorpado, controlado, com maior resistência e menor desgaste. O critério de escolha vai muito do timbre que se espera do instrumento’. e percussão por todo o país... O cara não para... Mas entre tantos trabalhos, deu sua opinião sobre as peles: 'A substituição das tradicionais peles de couro animal, pelas de nylon, acabou trazendo uma sonoridade distinta e já muito familiar aos instrumentos de percussão e baterias. Desde tamborins, pandeiros, Derbaks, até as baterias de escola de samba ou de Jazz, Rock progressivo, Bossa nova etc... Nossos ouvidos assimilaram esses timbres que viraram referências nas mãos de nossos mestres. Alguns instrumentos ainda resistem e acho que nunca poderão se render a essa tecnologia, ao meu ver o 'Pandeirão' do Bumba-meuBoi do Maranhão, os 'Alfaias' do Maracatu pernambucano, as 'Tumbadoras e Congas' cubanas, o 'Talking Drum' africano e as Tablas indianas, que têm em sua natureza a necessidade da pele de animais, que muitas vezes nos serviram em vida e serão perpetuados, vibran-

O grande Batera CÁSSIO CUNHA... Nasceu no RecifePE, começou tocando caixa na banda marcial do Colégio Salesiano, de Recife. Em 1986, iniciou seus estudos no Conservatório Pernambucano de Música, aonde ficou até 1991. Lá, estudou com os professores José Gomes , Severino Revorêdo, Geraldo Leite, Maestro Duda, Maurício Chiappeta e Jediel Filho. Ainda durante seus estudos, começou sua carreira profissional tocando em grupos de música instrumental e acompanhando diversos artistas da região. Em 1992 mudou-se para o Rio de Janeiro onde lecionou na escola de música In Concert, por mais de dez anos. No Rio começou também suas pesquisas sobre música brasileira. Atualmente é coordenador do curso de bateria da escola de música Fábrika de Sons, onde vem desenvolvendo trabalhos próprios, aulas, workshops, além de acompanhar diversos artistas, entre os quais podemos citar: Quinteto Vio-

lado, Nilton Rangel, Maestro Duda, Maracatu Nação Pernambuco, Maestro Edson Rodrigues, Maestro Spok, Nana Caymmi, Blitz, Sandra de Sá, Daniel Gonzaga, João Donato, Geraldo Azevedo, Eduardo Dusek,Oswaldinho do Acordeon, Sivuca, Boca Livre, Kadu Lambach, Délia Fischer, Ivan Lins, Djavan, Moraes Moreira, Flávio Venturini, Almir Chediak, Lui Coimbra, Quito Pedrosa, Alceu Valença, Leila Pinheiro, Ney Matogrosso e Elza Soares. Cássio lançou dois livros: 'O IPC' (Independência Polirrítmica Coordenada) voltado para bateristas e percussionistas que adaptam instrumentos aos pés (tipo percuteria) e 'O ARB' (Acentos Rítmicos Brasileiros) livro que apresenta diversos padrões rítmicos característicos do Brasil. Aqui vai a opinião deste super baterista e amigo-conterrâneo: 'Antes as peles usadas em percussão e bateria eram exclusivamente animais. O grande problema das peles animais era sua sensibilidade a variações de temperatura que afetavam drasticamente a afinação das mesmas, tanto que o nome da primeira pele comercial fabricada pela Wilson Meireles foto Thiago Esposito

JGNEWS Remo chamava-se e continua a se chamar "Remo Weather King" que pode se traduzir como Rei do Tempo ou Rei da Temperatura, em outras palavras, era e é imune às variações de temperatura. No entanto, no caso da percussão, as peles animais ainda são as preferidas quando se trata, por exemplo, de instrumentos como pandeiro, conga e outros instrumentos que têm características sonoras que combinam muito mais com peles de animais. Uma nova revolução das peles foi a criação de peles sintéticas que simulam a textura e as características das peles animais sem perderem a capacidade de manter a afinação independente das condições de temperatura. Entre elas destaco a "Fiber Skin", que como o nome já diz é uma espécie de Fibra de Pele ou Fibra de Couro sintética. Na verdade não uso uma só marca de peles, depende muito da situação e da sonoridade que o trabalho exigir, mas no geral tenho preferência por peles porosas de filme duplo. O mestre WILSON MEIRELES, baterista que saiu dos bailes do subúrbio do Rio de Janeiro no fim dos anos 60, criou a banda Bantú, de


JGNEWS música instrumental (Funk & Soul Jazz) com a qual se apresentou em vários festivais de música. Integrou o grupo Índex com Marcos Rezende e Oberdan Magalhães. O Índex foi convidado para abrir o show do Dexter Gordon no Festival de Jazz de Cascais. Wilson morou em Lisboa e Barcelona, onde trabalhou numa casa de música brasileira e outras casas de Jazz. Antes de ir para a Europa, tocou com Edu Lobo, Nanna Caymmi e Alceu Valença. Em 1981 integrou a banda de Gilberto Gil numa turnê com Jimmy Cliff. Ficou trabalhando com Gilberto Gil no inicio dos anos 80. Em seguida, fez a turnê do disco Luar, do Gil, onde foi feito o filme ‘Corações a Mil’, com Regina Casé e Joel Barcellos. Depois montou a banda Umbanda Um para Gilberto Gil, gravou o disco ‘Umbanda Um’ e saiu em turnê mundial: Estados Unidos, Europa, Oriente Médio e Brasil. Em seguida, gravou o disco ‘Extra’, também de Gilberto Gil, e saiu em outra turnê mundial

MERCADO MUSICAL NORDESTINO (Europa, Estados Unidos, Oriente Médio e América do Sul). Depois, em 1985, tocou com Luiz Melodia, Elza Soares, e integrou a banda de Zizi Possi, na qual gravou um LP e fez turnê por todo Brasil. Paralelamente, montou o ‘Wilson Meireles Trio’, com Ney Conceição, e Hamleto Stamato. Por necessidade de aumentar a banda, chamou o saxofonista Widor Santiago: nascia o ‘Wilson Meireles Quarteto’. Por este quarteto passaram várias participações importantes como Raul Mascarenhas, Márcio Montarroyos, Barrosinho, Ricardo Silveira etc. A partir dos anos 90, Meireles seguiu com o ‘Quarteto’ até 2007. Em 2008 montou o ‘Quarteto Carta Na Mesa’ com os seguintes músicos: Danilo Andrade, piano; Pablo Arruda, contrabaixo acústico; Rafael Brito, saxofone, e as participações dos trompetistas Altair Martins e Guilherme Dias Gomes. Tem se apresentado em vários festivais e casas noturnas do Rio e São Paulo. Wilson Meireles

acabou de gravar o disco ‘Gafieira Lounge’, projeto solo, junto com Chico Chagas e está se preparando para entrar em estúdio com o grupo ‘Carta Na Mesa’. Aqui seguem suas dicas e opinião: 'Eu costumo usar, Original Drumheads , White Coated Made by Gope, Remo Wether King, Emperor Bather, Gope Original Drumshead, Dudu Portes Signature!!!! E eu, Nido Pedrosa, como

ABRIL/MAIO 2012 percussionista, fico muito feliz de poder levar informações e descrever aqui para os leitores da JGNEWS, as opiniões destas três feras da música brasileira e internacional. Obrigado amigos por contribuir com nosso artigo. Sou fã de vocês e sabem que não é de hoje. Valeu! E, um forte abraço para todos. Nido Pedrosa Músico / Produtor Musical jgne w s . m m n @ g m a i l . c o m


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A cantora country Taylor Swift, de 22 anos, foi a artistaJGNEWS que mais ganhou dinheiro em 2011, superando o U2, Lady Gaga e Adele, chegando a mais de 35 milhões de dólares. A cantora de "Love Story" ganhou mais dinheiro com as vendas de seu álbum e sua turnê mundial que os roqueiros britânicos do U2, o veterano do country Kenny Chesney, a estrela do pop Lady Gaga e o rapper Lil Wayne, que completaram os cinco primeiros lugares da lista anual publicada na Billboard dos 40 músicos que mais arrecadaram. Sade, Bon Jovi, a cantora canadense Celine Dion, o intérprete de country Jason Aldean e a atual favorita do pop Adele completaram a lista dos 10 principais, com arrecadações de 32 milhões a 13 milhões de dólares. Taylor, nativa de Wyomissing, na Pensilvânia, começou carreira quando adolescente, cujo álbum com seu nome incluía o primeiro single "Tim McGraw". Em 2011, ela vendeu mais de 1,8 milhão de cópias de seus discos, com destaque para "Speak Now", que vendeu 967 mil cópias. A cantora também dominou os downloads, com a venda de 7,8 milhões de canções digitais. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Lady Gaga ganha US$ 30 milhões com o Twitter Uma reportagem do Wall Street Journal afirmou que Lady Gaga ganha cerca de US$ 30 milhões por ano com sua conta de Twitter - ela tem mais de 20 milhões de seguidores e foi considerada a celebridade que mais lucra com a rede social. Segundo os analistas, a publicidade que Lady Gaga consegue pelo Twitter equivale a um terço de seu faturamento total, estimado em US$ 90 milhões pela revista Forbes. O conteúdo da cantora no Twitter ainda é repassado para sua página do Facebook, na qual ela tem mais de 49 milhões de fãs. Lady Gaga se tornou a primeira pessoa no mundo a ultrapassar a marca de 20 milhões de seguidores.


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O som brasileiro no exterior tem nome: Airto Moreira Nascido em Itaiópolis, Sta. Catarina, a família mudou-se para Guarapuava depois para Ponta Grossa, onde Airto aprendeu canto, piano, violino, bandolim e teoria musical; em 1956, mudou-se para Curitiba. Em 1962 integrou o Sambalanço Trio, juntamente com César Camargo Mariano e Humberto Cláiber, entre 1966 a 1969 integrou o Quarteto Novo, com Theo de Barros, Heraldo do Monte e Hermeto Pascoal, e no fim dos anos 1960 vai morar nos Estados Unidos. Lá participou da gravação do álbum 'Bitches Brew', de Miles Davis na faixa "Feio" que o colocou definitivamente no cenário da música internacional. Junto de sua esposa, a cantora Flora Purim, gravou vários álbuns e co-produziu diversos trabalhos. Airto Moreira nasceu em 1941, no interior de Santa Catarina - e viveu os seus primeiros anos em Curitiba. Antes mesmo de andar já batucava no chão cada vez que ouvia uma música mais ritmada. Se isso preocupava sua mãe, o mesmo não acontecia com a avó que reconheceu seu potencial. Aos seis anos já recebia rasgados elogios pelo seu modo de cantar e tocar percussão. Aos treze anos tornou-se músico profissional tocando percussão, bateria e cantando em bandas de baile. Aos dezesseis mudou-se para São Paulo passando a apresentarse regularmente em casas noturnas e programas de televisão como

percussionista, baterista e cantor. Em 1965, no Rio de Janeiro, conheceu a cantora Flora Purim. Flora foi para os Estados Unidos em 1967 e, logo depois, Airto a seguiu. Uma vez em Nova Iorque, Airto começou a tocar com músicos importantes como Reggie Workman, JJ Johnson, Cedar Walton e o baixista Walter Booker. Foi através de Booker que nosso instrumentista começou a tocar com Cannonball Adderley, Lee Morgan, Paul Desmond e Joe Zawignul. Em 1970, Zawignul indicou Airto para uma sessão de gravação com Miles Davis, para o álbum "Bitches Brew". Depois disso, Davis o convidou para jun-

tar-se ao seu grupo que na época era composto por alguns ícones do jazz, tais como Wayne Shorter, Dave Holland, Jack De Johnette, Chick Corea e, mais tarde, John McLaughlin e Keith Jarrett. Airto integrou a grupo de Miles Davis por dois anos aparecendo em "Live/Evil", "Live at the Fillmore", "On the Cor-ner", "The Isle of Wight", "Bitches Brew" e, mais tarde, nas apresentações de Fillmore. Airto foi convidado para integrar a formação original do Weather Report com Wayne Shorter, Joe Zavignul, Miroslav Vitous e Alphonse Mouzon, tendo gravado com eles o álbum "The Weather Report". Logo em seguida juntou-se ao grupo origi-

nal Return to Forever de Chick Corea com Flora Purim, Joe Farell e Stanley Clarke com o qual gravou os álbuns: "Return to Forever" e "Light as a Feather". Em 1974 formou, com Flora Purim, a sua primeira banda nos Estados Unidos: Fingers. Ficou conhecido durante os anos 70 e 80, como um dos percussionistas mais populares do mundo. Seu domínio sobre os instrumentos, aliado à sua habilidade em tirar o som certo no momento exato, fez dele o número um na lista dos produtores e bandleaders. Seu trabalho com Quincy Jones, Herbie Hancock, George Duke e Paul Simon, Carlos Santana, Gil Evans, Gato Barbieri, Michael Brecker, The Crusaders, Chicago e muitos


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outros, incluindo a participação em trilhas sonoras para o cinema, como em "The Exorcist", "Last Tango in Paris", "King of the Gypsies" e "Apocalypse Now", representa apenas uma pequena parte da contribuição de Airto para a música nas últimas três décadas. O impacto do seu trabalho foi tamanho que a revista Downbeat passou a considerar a categoria 'percussão' na votação dos seus leitores e críticos, na qual Airto foi o vencedor absoluto por mais de vinte vezes desde 1973. Nos últimos anos, foi considerado o 'percussionista número um' pela Jazz Time, Modern Drummer, Drum Magazine, Jazziz Magazine, Jazz Central Station's Global Jazz Pool na Internet, do mesmo modo que por várias publicações Europeias, LatinoAmericanas e Asiáticas. Airto vem promovendo a

causa da música percussiva em todo o mundo, como membro do "Planet Drum Percussion Ensemble", juntamente com Mickey Hart, baterista do "The Grateful Dead" que inclui também o grande especialista em tocar conga Giovanni Hidalgo e o virtuoso tablista Zakir Hussein, do mesmo modo que Flora Purim, Babatunde Olatunji, Sikiru e Viku Vinakrian, com o qual receberam o Grammy em 1991, na categoria 'World Music'. Airto contribuiu ainda para o Grammy recebido pela Dizzy Gillespie's United Nations Orchestra na categoria 'melhor álbum de jazz gravado ao vivo'. O amor de Airto pela música e pelo povo brasileiro o traz de volta ao Brasil todos os anos para visitar velhos amigos e parentes bem como para render homenagem aos seus guias espirituais

e antepassados. Ainda muito jovem envolveu-se com o espiritismo e costumava frequentar as sessões com seu pai José Rosa Moreira que foi médium espírita durante toda sua vida. Seu interesse vitalício no espiritismo levou-o a gravar "The Other Side of This", uma exploração dos poderes de cura pela música no mundo espiritual. Airto também compôs e tocou a sua "Brazilian Spiritual Mass" em um especial de duas horas para a Televisão Alemã, com a WDR Philharmonic Orchestra em Colônia. Essa raríssima performance foi registrada em vinil para o selo Harmonia Mundi e licenciada em vídeo distribuído em todo o mundo.

Nosso artista atuou como músico convidado da Boston Pops Philharmonic Orchestra em um especial para a PSB TV e também com o Smashing Pumpkins no "Unplugged" da MTV, com o grupo japonês de percussão Kodo e no último CD "Exciter" do grupo Depeche Mode. O disco de Airto Moreira "Killer Bees" para o selo Melt2000 que tem como convidados: Herbie Hancock, Stanley Clarke, Chick Corea, Mark Egan e Hiram Bullock foi um dos álbuns mais aclamados pela crítica no mercado europeu. Seu disco solo "Homeless", lançado em 2000, é considerado

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um álbum de alta energia com ritmos tribais e continua balançando o chão das casas de dança em todo o mundo. Outros lançamentos nesse selo incluem o grupo Fourth World com José Neto e Flora Purim. Sua canção 'Celebration Suite' foi remixada pelo grupo DJ Bellini Brothers e recebeu o título 'Samba de Janeiro'. Essa faixa ficou por muito tempo em primeiro lugar na categoria ‘Dance Music’ em 26 países da Europa, Ásia e América Latina. Airto gravou um álbum com o grupo japonês de percussão Kodo, no qual foram incluídas duas de suas composições: 'Maracatu' e 'Berimbau Jam'. Maracatu foi escolhida

por ser uma das músicas oficiais da copa do Mundo de 2002 e serviu como tema da cerimônia de abertura do evento no Japão. Airto Moreira e Flora Purim recebem, no Consulado Brasileiro em Los Angeles (CA) no dia 06 de setembro de 2002, prêmio do governo brasileiro - a Comenda do Rio Branco - como reconhecimento da sua importância para a comunidade musical em todo o mundo e pela maneira como vêm divulgando o Brasil internacionalmente desde 1967. O artista brasileiro trabalha com vários artistas e grupos que remixam as suas músicas, tais como Frederic Galliano, Giles Peterson, Endemic Void,

Justice, Ashley Beedle, Circadian Rhythms, Jimpster, Amon Tobin, and Max Breenen, entre outros. Por três anos Airto foi professor no Departamento de Etnomusicologia da UCLA, onde abriu novos horizontes em termos de conceitos musicais e energia criativa. O disco "Life After That" foi lançado pela gravadora Narada Records em 30 de setembro de 2003. Hoje, Airto divide seu tempo entre gravações, workshops e shows, criando novos projetos bem como pesquisando novos materiais para futuras performances nos Estados Unidos, Europa, Ásia e América Latina. (Assessoria/internet)

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Carlos Moscardini

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Alberto Guimarães (correspondente

em Portugal)

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alberto.ammguimaraes@gmail.com

Vitor Ramil e Carlos Moscardini Semeadura do sul Vitor Ramil regressou a Portugal no final de março, desta vez para apresentar o show "délibáb". Com ele veio o violonista argentino Carlos Moscardini que depois de ter gravado o álbum homônimo do show com Vitor Ramil, tem acompanhado o cantor numa muito aplaudida série de espetáculos no Brasil e no exterior. A base do trabalho foi a poesia, transportada para a música, do argentino Jorge Luis Borges e do gaúcho João da Cunha Vargas. Chegados de Paris, e antes de partirem para Lisboa, o cantor do Rio Grande do Sul e o guitarrista portenho, conversaram com JG NEWS após o show na Casa da Música, no Porto. Vitor Ramil, como foi trazer para a música o trabalho de dois poetas, que já vem com toda uma musicalidade nas palavras? São dois momentos: primeiro o da composição que fiz há muito tempo, antes de conhecer o Carlos Moscardini. Depois o momento de ambos vestirmos isso com os violões. O trabalho de composição para esses momentos foi muito natural. Jorge Luis Borges e o João da Cunha Vargas são dois poetas muito diferentes entre si, mas muito musicais. Borges já escreveu esses poemas chamando-os de milongas. O livro de onde eles são extraídos se chama "Para las seis cuerdas", ou seja, ele já via esses versos como se fossem milongas para

serem cantadas. Na introdução do livro já sugere que se leiam esses poemas imaginando que alguém toca uma guitarra. Foi muito natural para mim musicálos. Comecei a musicar Borges quando eu tinha dezenove anos e aos vinte e dois, vinte e três anos, compus para a poesia de Cunha Vargas. Depois, nos anos 90 ganhei um livro dele e musiquei toda a obra de Cunha Vargas. Então vem o momento em que eu e o Carlos Moscardini nos encontramos. Porque eu tenho uma maneira muito particular de tocar violão, de usar a afinação preparada e também uma maneira bem brasileira, própria da canção brasileira, eu achava que era importante ter comigo nesse trabalho um especialista no gênero. Quando escutei o Carlos Moscardini tocando num disco dele, pensei que seria o cara para me ajudar a vestir essas milongas. Por isso a presença dele no "délibáb" é fundamental. Carlos Moscardini, o que sentiu ao trabalhar com Vitor Ramil a poesia de Borges e Cunha Vargas? Para mim foi um descobrir, achar um olhar, uma maneira de conceber a milonga de forma diferente do que ocorre na Argentina. A milonga na Argentina tem já uma estrutura muito tradicional e quase não há propostas novas para a música da Llanura, da Pampa. Eu escutei na musicalização do Vitor uma busca similar à

que faço na guitarra. Ele com a sua forma de encarar a canção, a voz, as melodias e as harmonias e eu com a guitarra, buscamos um olhar diferente para a milonga. Quando escutei as músicas do Vitor para os poemas de Borges e Cunha Vargas, me pareceu que para o meu trabalho era um desafio importante me encontrar com um músico do Brasil para juntos sintetizarmos uma busca à volta da milonga. Vitor, essa sua forma de encarar a música da Argentina é algo generalizado no Rio Grande do Sul, devido à proximade geográfica, ou é algo particular seu? Eu acho que o que faço é bem particular mesmo. É a minha maneira de compor que se vem consolidando com os anos. São algumas obsessões musicais que eu tenho desde adolescente. Algo muito pessoal. Tem muita gente fazendo milongas lá no sul mas são coisas bem distintas, eu penso. Esse tipo de milonga que apresento no "délibáb", o tipo de harmonização, a maneira de cantar, são muito pessoais.

Vitor, bem jovem, você compôs Semeadura, uma música que mais tarde veio a ser gravada pela Mercedes Sosa. Uma música num formato diferente das suas atuais milongas, mas virada para a América Latina, além Brasil. Que músicas ouvia com 17 anos, quando escreveu essa canção? Eu estava ouvindo música latino-americana, porque era final da ditadura no Brasil, era o ano da Abertura, estavam chegando Atahulpa Yupanqui, Mercedes Sosa… eu os ouvia bastante nesse período mas minha principal formação era a música popular brasileira dos anos setenta, quando criança e depois adolescente: Caetano Veloso, Chico Buarque, Milton Nascimento, Egberto Gismonti, Gilberto Gil, essa geração incrível. Elis Regina, a melhor cantora da época, Gal Costa… então foi um período muito forte da minha infância e meus irmãos mais velhos eram também músicos. Aliás em minha casa éramos todos músicos. Meus irmãos levaram para casa discos dos Beatles e eu me tornei um beatle-maníaco. Foi através


ABRIL/MAIO 2012 dos meus irmãos que ouvi pela primeira vez Astor Piazzolla e "Adios Nonino". Meu pai era uruguaio, eu ouvia muitos tangos antigos e isso ficou marcado na minha musicalidade, na minha maneira de compor. Gosto do formato desses tangos antigos. Mais tarde ouvi outras coisas. Muito Miles Davis, Bach. Tudo se vai misturando mas chega um momento da vida que a gente corre num rio meio solitário com a nossa própria música e ela mesmo se vai gestando.

PORTUGAL ENTREVISTA neste caso a milonga, criam uma fusão interior natural. Estas buscas quando se processam naturalmente produzem estes encontros, afinidades. Há conexões entre eu e o Vitor que não têm só a ver com a região mas também com a abertura artística.

Se pode dizer que nesse rio reverbera sempre a música latino-americana? Sim, Por exemplo o Atahulpa Yupanqui é um autor muito importante para mim. A postura dele, a relação dele com a música, a profundidade e o caráter meditativo. Aquilo me marcou muito. A música para mim teria que ter aquela dimensão. Eu o vi ao vivo e me marcou aquela sensibilidade extrema, muito próxima da poesia e da literatura, um universo que eu igualmente frequento já que também escrevo. Para o Ataulpa Yupanqui a verdade estava acima de tudo. Aquele homem e o violão eram uma coisa só.

Vitor Ramil prossegue: Nós dois somos pessoas abertas. Venho mais do terreno da POP do que o Carlos mas ele também ouviu muito Jethro Tull e outras coisas do rock. Entre quem toca milongas e outras músicas tradicionais, é frequente encontrar pessoas presas a preconceitos com os demais gêneros. A milonga, durante muito tempo, esteve vinculada às questões do folclore, quase como um gênero do passado. E, nós estamos a fazer a milonga como uma música contemporânea, tocando como quem passa as mãos pelo violão e canta algo dos Beatles, com essa naturalidade, sem chegar à milonga tocada com a solenidade de uma peça folclórica. Quando fazemos isso, colocamos, então, toda essa carga de liberdade artística e musical que se aprendeu ouvindo Miles Davis, John Lennon ou Bach.

Carlos Moscardini intervém: Para mim Yupanqui foi também um mestre da música. Desde pequeno que o escutava. Também há aí um nexo entre eu e o Vitor. Além disso escutamos da mesma forma outras músicas. Eu também ouvi Bach, Piazzolla, Bill Evans e Miles Davis. A informação, junto com a música do lugar,

Carlos Moscardini conclui: Resgato o tradicionalismo, que considero importante. Mas com uma forma de cuidar como na arquitetura. Tem de haver quem trate dos edifícios antigos para que eles não desapareçam mas também tem de existir gente

que continue as bases da cultura das construções, acrescentando coisas novas, caso contrário as cidades tornam-se museus. E a música popular nunca é um museu, tem de mudar com as pessoas. É necessário isso, senão morre. Vitor Ramil, depois de "délibáb" o que se segue? Estou gravando um CD duplo, simples e grande porque são trinta músicas. Vai sair paralelo ao songbook com 60 músicas minhas, mais canções do que milongas já que não vou gravar material do "délibáb" que é recente. Vou, por exemplo, incluir o "Estrela, Estrela" e irão participar amigos como o Carlos Moscardini, o Santiago Vazquez e o Marcus Suzano. O Ney Matogrosso vai cantar uma música comigo, bem como os meus irmãos Kleiton e Kledir. Também o meu filho Ian Ramil, que está gravando seu primeiro CD este ano, vai cantar comigo. Sai quando? Será lançado no segundo semestre. O songbook deve sair em agosto ou setembro. Eu comecei a gravar o disco em Buenos Aires, agora volto para lá, faço a segunda

Vitor Ramil

Foto: Ana Ruth

JGNEWS parte, depois vou ainda ao Rio e Porto Alegre continuar a gravar. Vitor, além de se dedicar à música, você também escreve… Publiquei dois romances e um ensaio. "Pequod", meu primeiro livro, foi lançado na França, em 2003 e nesse mesmo ano dei uma palestra em Genebra, na Suiça, chamada "Estética do frio", que depois virou um livro bilingue, e mais recentemente lancei outro romance chamado "Satolep", anagrama de Pelotas, que é minha cidade. E já entreguei à editora um livro novo que não sei ainda se sai no segundo semestre deste ano ou em 2013. Me divido entre a música e a literatura. E entre dois formatos que vão acabar: o livro e o CD. Sou um artista fadado a não ter suporte daqui a pouco.(rsrs) Fica a incógnita em relação ao que se passará no futuro quanto aos suportes, quer com Vitor, quer com todos os músicos e escritores, mas não restam dúvidas que o público por tuguês se encantou com a música de Vitor Ramil e Carlos Moscardini.


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Antonio Braga

ARTISTAS, LANÇAMENTOS

ABRIL/MAIO DE 2012 ABRIL/MAIO 2012

Sucesso da dupla

Fernando e Sorocaba O empresário, também cantor, compositor e produtor musical, Sorocaba, da dupla Fernando e Sorocaba, dirige o escritório FS Produções Artísticas que cuida da carreira da dupla além das de outros artistas, tais como: Tania Mara, Inimigos da HP, as duplas: Thaeme & Thiago e Jeann & Julio. O recém lançado CD e DVD "Ao vivo na Ópera de Arame" gravado acústico, com músicas inéditas (exceto Teus Segredos, que já fora gravada em outro trabalho), mostra bem o trabalho desse incansável artista que não pára de compor sucessos, tanto para sua dupla quanto para outros artistas. Embora tenha sido divulgado que trata-se de um produto em 3D (a tecnologia usada é a Mappin 3D), onde efeitos de ilusão de ótica (coisas de mágico) forjam o cenário, dando a impressão de ser 3D, é na verdade um produto DVD simples porém bem bolado, muito bem pensado e arquitetado. Conhecido como um autor de grandes sucessos, o "Ao vivo na Ópera de Arame" foi o trabalho no qual a dupla mais gravou músicas de outros

compositores - cinco faixas. Mas não fica por aí a novidade... este trabalho vem com participações especiais de Luan Santana que divide o palco na canção "Everest", depois a dupla Thaeme & Thiago que colabora na faixa "Perdeu" e o grupo Inimigos da HP que entram na faixa "Tá Tirando Onda". A primeira música de trabalho do disco é a faixa "É Tenso", que, segundo consta, já é hit em várias rádios tocando em primeiro lugar. O novo DVD de Fernando & Sorocaba é editado pela JKF, editora que Sorocaba abriu recentemente. Anteriormente o autor era editado pela Pantanal, Rede Pura e Universal Publishing. A JKF também edita obras de outros compositores. É sempre bom lembrar que além dessas empresas, Sorocaba também tem participação no escritório de Luan Santana onde acumula a produção e a escolha do repertório do artista, sempre com hits emplacados. No segundo semestre esses dois talentos pretendem lançar mais uma faixa com participação especial e

Guilherme Arantes

pertório conta com "Amanhã" (com Ângela RoRo), "Planeta Água" (Fafá de Belém), "Cheia de Charme" (Silvia Machete), "O Melhor Vai Começar" (Marcia Castro), "Locas Horas" (Verônica Sabino), "Meu Mundo e Nada Mais" (Zizi Possi), Tiê e Daniela Procópio cantando respectivamente os hits "Pedacinhos" e "Canção de Amor.

Gravações inéditas de vinte grandes cantoras brasileiras serão conferidas em "A Voz da Mulher na Obra de Guilherme Arantes", CD que presta homenagem a um dos maiores cantores e compositores de nossa música. O projeto será lançado inicialmente na internet (via iTunes), depois nas lojas. Lançado pelo selo Joia Moderna, o re-

Iron Maiden “En Vivo’ O CD duplo, DVD e Blu-ray trazem o registro de um show histórico do Iron Maiden no Estádio Nacional, em Santiago, no Chile, realizado em abril de 2011, durante a "Round The World

vídeo clipe, para incentivar os acessos via internet. A dupla que mais vende discos no Brasil e mais hits emplaca, descobriu sem dúvida o caminho do sucesso. Irreverentes e talentosos, tocam piano, violino, violão; escrevem sobre coisas que o povão gosta de ouvir e fazem um show hollywoodiano, com efeitos cinematográficos.

In 66 Days", uma perna da turnê "The Final Frontier World Tour". O concerto da banda inglesa foi filmado digitalmente por 22 câmeras em alta definição e uma "octocam" (câmera voadora que capta cenas aéreas). O disco 2, do DVD, contém documentário "Behind The Beast", de 88 min., produzido pela própria equipe do grupo.


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GAL COSTA "Recanto"

A pop star Madonna quebrou o recorde de Elvis Presley nas paradas britânicas com seu novo álbum, "MDNA". A rainha do pop bateu o recorde do rei do rock Elvis quando "MDNA" alcançou o primeiro lugar nas vendas de álbuns, sendo o 12º álbum da cantora a conseguir esta posição. Agora, Madonna é o artista solo com o maior número de álbuns em primeiro lugar no Reino Unido, segundo a Official Charts, empresa que contabiliza as vendas de álbuns.

K e l l y Clarkson e Jennifer L o p e z junto com Michel Teló A presença da cantora norte-americana Kelly Clarkson foi confirmada nesta segunda-feira (16) para o Pop Music Festival 2012, atração musical que ocorrerá no dia 23 de junho em São Paulo e no dia 27 de junho no Rio de Janeiro. Também confirmados Michel Teló e Jennifer Lopez, marcando a primeira apresentação da cantora no Brasil. Além da participação no Pop Music Festival no Rio de Janeiro e em São Paulo, Jennifer Lopez ainda se apresentará em Fortaleza no dia 30 de junho e em Recife no dia 1 de julho.

"Gal é uma das mais emblemáticas figuras da música popular brasileira moderna. Foi 'A' cantora tropicalista por excelência: lançou "Baby" e defendeu "Divino, maravilhoso" no festival de 1968. Depois que Gil e eu fomos presos e exilados, ela segurou a estética ousada do grupo baiano (que tinha se associado aos paulistas Mutantes, Duprat, Medagspana etc.) em espetáculos como 'FaTal', 'Gal a Todo Vapor'. Seu nome batizou o trecho de praia mais badalado de Ipanema dos anos 1970. Ela foi considerada por Danuza Leão a mulher mais elegante do Brasil daquele tempo. Mais tarde, com 'Gal Tropical', 'Índia', 'Cantar' e uma sucessão de discos e shows inesquecíveis, ela enriqueceu o imaginário brasileiro. Gal é pessoa colada a mim. Desde que nos encontramos que nosso culto radical a João Gilberto nos aproximou a ponto de quase não precisarmos (nem conseguirmos) conversar nada. Ela é a voz de "Minha voz, minha vida", a mulher sagrada de "Vaca profana", o aparelho vocal de "Meu bem, meu mal". Tom Jobim disse até morrer que ela era sua cantora favorita. E pra mim ela é ainda a menina que conheci porque gostávamos de bossa nova. A grande plasticidade de seu estilo de cantora se deve ao entendi-

Hamilton de Holanda e Stefano Bollani Os dois jovens artistas da 'world music' se apresentaram no mais novo espaço multicultural do Rio de Janeiro, o Miranda. A estrela do Jazz europeu, o italiano Stefano Bollani, amante da música popular brasileira, depois de lançar seu disco intitulado 'Carioca' encontrou no premiado e inovador bandolinista Hamilton de Holanda seu

mento instintivo do "cool" que ela teve desde o início. É isso que faz com que ela soe bem com Donato, com Lanny, com o Olodum ou com Kassin. Há uns 3 anos que sonho em fazer um grupo de canções só para ela gravar. Vi um show seu em Lisboa um ano e meio atrás e decidi realizar esse sonho. Compus pensando na voz dela e em programações eletrônicas. Tem até faixa 100% acústica neste disco, mas os sons eletrônicos predominam. Senti necessidade de dizer justo essas coisas através dela. Vi que ela e eu podíamos fazer soar um objeto não identificado que tivesse a ver com tudo o que essencialmente somos. Por mim, este disco é dedicado a Maria Bethânia e Gilberto Gil, por razões que deveriam ser óbvias. Moreno, afilhado dela, o fez comigo. Kassin foi o programador mor. Mas também tivemos o Duplexx, o Rabotnik e Zeca Lavigne Veloso. É a vida, dolorosa e prazerosa como ela é. É a música, que tanto Gal quanto eu tangenciamos e adoramos". Caetano Veloso par perfeito para se aprofundar na música brasileira. Hamilton já dividiu palco com outras feras como John Paul Jones (do Led Zeppellin), Elias Uchoa, Barbarito Torres, Chucho Valdez, Maria Bethania, Seu Jorge, Diogo Nogueira, entre muitos outros.


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Afinal, o que é isso? Um alienígena? Um robô? Ou apenas um belíssimo aparelho de som? Potência de áudio com design de catálogo do MoMA Além de fazer parte da coleção permanente do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA), o Soundsticks III, da Harman Kardon, conta com subwoofer amplificado de 15 cm e 20 watts e oito falantes fullrange divididos em duas colunas com 10 watts cada. Trata-se de um sistema de computer speakers e compatível com outros dispositivos como: mp3 players, smartphones e tablets através de um cabo p2 incluso.Ícone de uma nova concepção estética, este sistema 2.1 multimídia oferece reprodução realista de som capaz de preencher o ambiente com desempenho de graves fora de série, controles de volume sensíveis ao toque e controle de volume dos subwoofers satélites com ângulos ajustáveis. Para conhecer o Soundsticks III, visite o site www.harmankardon.com. Mais informações pelo e-mail: marketing.bra@harman.com. A empresa Harman do Brasil ( w w w. h a r m a n d o b r a s i l . c o m . b r ) desenvolve, fabrica e comercializa uma ampla linha de soluções de áudio e de infotainment para o mercado automotivo profissional e consumidor

Fred Hammonmd - novo CD Love, God & Romance - Fred Hammond tem sido um pioneiro em

final. Apoiada por suas marcas líderes, entre elas AKG®, Harman Kardon®, Infinity®, JBL®, Lexicon® e Mark Levinson®, a empresa é admirada por audiófilos há mais de 50 anos e respeitada por profissionais do showbusiness pelo desempenho de

seus equipamentos. Hoje aproximadamente 20 milhões de automóveis estão equipados com sistemas de áudio da Harman. No mundo, a empresa conta com mais de 11 mil colaboradores distribuídos nos mercados das Américas, Europa e Ásia.

toda a sua carreira de 30 anos. Fundou a banda Lendária Commissioned, na década de 1980; nos anos 90 inaugurou o louvor urbano e adoração, abrindo caminho para artistas como Israel Houghton e Tye Tribbett. O novo álbum, lançado pela Sony Music, GOD, LOVE & ROMANCE , Hammond continua abrir novos caminhos para o gênero Cristão . O CD 1 é um conjunto de canções de amor: namoro, romance e amores perdidos; o CD 2 traz na alma os agitos da Gospel Music.

disponibiliza nova ferramenta para ajudar na divulgação dos seus conteúdos junto às rádios, trata-se do sistema Promo Tool. A cada lançamento é possível criar uma "campanha" e disponibilizar: vídeo, áudio, releases, fotos e farto material de divulgação. Ao serem enviadas, essas campanhas chegam através de emails personalizados que possuem um link para um "E-card" e outro para download, onde poderá baixar todo conteúdo. O Promo Tool é um sistema moderno, simples e adaptado à realidade das gravadoras. Além de fazer a transferência de dados o sistema identifica os parceiros interessados.

Sony Music lança projeto especial para rádios O departamento de marketing da Sony


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