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ANO XXI - EDIÇÃO 222 - DIGITAL 12 - ABRIL DE 2017
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Elias Nogueira
GUITARRISTA CANTOR
Big Gilson - XXX "XXX" é o disco comemorativo dos 30 anos de carreira do guitarrista e compositor Big Gilson Big Gilson tem uma carreira musical brilhante, composta por apresentações em três importantes continentes: América do Sul, América do Norte e Europa. Subiu ao palco, por exemplo, na mesma noite em que se apresentaram Steve Winwood, Johnny Rivers, Magic Slim, Saffire, Walter "Wolfman" Washington e B.B. King, dentre outros. Big fundou uma das melhores bandas de blues do território nacional, o Big Allanbik. Com esta, fez ótimos trabalhos fonográficos, sempre traçando a linha do blues com pegadas rock. Esses frutos são os discos: "Black Coffee", "Blues Special Reserve", "Batuque y blues" e "Destilado ao vivo". Muito requisitado como guitarrista, o artista participou de gravações de outras bandas, como o Elétrika Tribo, Hanói Hanói ("Credus"), Celso Blues Boy ("Indiana Blues" e "Nuvens negras choram"), Macabu ("Izirráider de Bicicleta"), Suburblues, Victor Biglione ("In Blues Rock"), Alan Ghreen, Ismael de Carvalho, Charles Máster, Daniel Azulay, Jefferson Gonçalves ("Greia) e Autoramas (Acústico). Em 1990 lançou os CDs "Yellow Mojo Blues" - primeiro disco de blues nacional totalmente acústico, e, posteriormente, "Cab Driver Blues" (1998), gravado em Dallas, com músicos locais. Incansável, o guitarrista abre o século XXI com o CD "Live At The Blue Note" (2001), gravado durante sua quarta turnê pelos Estados Unidos. O disco concorreu ao prêmio anual da Just Playing Folks, comunidade JG NEWS, ANO XXI, ED. 222, ABRIL DE 2017
de artistas independentes dos Estados Unidos, na categoria Melhor CD do Ano. Em 2004 lança o CD "Puro Feeling" em um mega show no Bar do SESC (SP), acompanhado pela banda Blues Dynamite, integrada por Pedro Augusto (teclados), Pedro Leão (baixo) e Beto Werther (bateria). O CD "Aqui pra você", lançado em 2013, contou com composições autorais: "Mariana" e a faixa-título "Aqui pra Você", além de "É preciso dar um jeito" de Roberto Carlos e Erasmo Carlos e “Fumando na escuridão”, do bluesman Celso Blues Boy. Neste ano corrente, Big Gilson, comemora seu trigésimo aniversário de carreira lançando o disco "XXX" (isso mesmo, em algarismo romano). Nas onze faixas dessa pérola, o artista mostra-se, mais uma vez, versátil, criativo, abusando das ideias novas para não pecar na mesmice. É o 13º álbum solo do guitarrista com três músicas instrumentais autorais e outras em
parceria: letradas por Leão Leibovich e musicadas por Big Gilson. A produção do CD ficou a cargo do amigo, baterista entre outras coisas, Bacalhau. Reportagem e foto: Elias Nogueira XXX - 'Estou muito feliz pelo trabalho de 30 anos de carreira. Disco todo autoral e ao contrário do que muitos fazem, não é uma coletânea. Tratase de músicas inéditas, onze faixas autorais - todas em português, nosso idioma nativo, onde convidei o Bacalhau para fazemos juntos a produção', explica Big Gilson. Tudo no novvo - Comecei e vivo até hoje no mercado do blues que é muito competitivo e as pessoas muito repetitivas. Em toda minha carreira meu ponto forte foi minha criatividade, por conta disso minha carreira deslanchou fora do Brasil. Procuro coisas inéditas, novas direções. Ano 3
GUITARRISTA CANTOR
passado lancei um disco em português, embora não tenha sido totalmente autoral, pois contou com algumas regravações. Nesse novo trabalho (XXX) resolvi fazê-lo todo autoral e em português - ficou ótimo!! Trabalho em par ceria com Bacaparceria lhau, bat erista e pr odut or baterista produt odutor - Baca gravou metade das baterias do disco (a outra metade foi gravada pelo Gil Eduardo) fez toda a produção e a confecção sonora. É um camarada que tem uma bagagem musical enorme, adquirida em anos. Com esse know-how todo tinha que dar certo. Pesquisamos, conversamos, escutamos muita coisa juntos, correções, edição etc. Enfim, juntamos nossas bagagens e acho que deu num dos melhores trabalhos que fiz. 4
Bacalhau - pr odut or produt odutor Nos conhecemos desde os tempos do Big Allanbik. Vivíamos nos esbarrando em palcos e lugares comuns, como em sua loja de instrumentos. Percebi que Big Gilson gostava de Surf Music, como guitarrista, - ele gosta da boa música e de guitarristas que tem o nome cravado no estilo musical. Lembr o-me da primeira vvez ez q ue Lembro-me que ocando junt os, na juntos, assisti os dois ttocando Lapa, q uando ttocaram ocaram Chuk Berr quando Berryy. - Realmente. Foi você, Elias, quem me levou até esse show e foi a primeira vez que fizemos um som juntos. Big Gilson - Fui convidado a gravar com Autoramas (antiga banda do Bacalhau) para gravar o acústico MTV. Foi uma honra ter participado. Claro que toda essa ideia, o link, de
me chamar para gravar foi do Bacalhau. Nossa amizade vem de algum tempo e agora se fortaleceu com o trabalho. No meu disco anterior "Aqui pra você" retribui chamando o grupo para gravar uma faixa, "Hey Hey". O mais curioso é que eu havia chegado de um show deles e fiz essa musica para eles! Bacalhau - essa faixa, eu e Big, gravamos juntos antes dos outros integrantes da banda. Estávamos sozinhos e o tempo era curto fizemos bateria e guitarra - depois foi que entraram os outros instrumentos. As ffaixas aixas de XXX Hey você; Nada a declarar; Ama Raul; Canto; Aleluia; Um brinde; Blues blues blues; Aroma de Portia; Desejos e ilusão; Barrados em Nashiville; Violetas. JG NEWS, ANO XXI, ED. 222, ABRIL DE 2017
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Patrícia Rodrigues
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Robson Candêo
LANÇAMENTOS
MUSICANDO MUSICANDO Já saiu o segundo EP do músico e cantor John Mayer - The Search for Everything: Wave Two, com mais 4 grandes canções em um blues/pop imperdível. Juntando com parte 1, lançada no mês passado, tem tudo para ser o melhor trabalho dele até hoje. E pelo visto está cada vez mais normal, os artistas lançarem EPs antes do álbum final. Foi o caso da nova-iorquina Bebe Rexha que lançou o EP All Your Fault: Pt. 1, com 6 canções Pop bem legais. Já a banda Train também tem novidades com o álbum A Girl a Bottle a Boat, e tenho que dizer que é um trabalho fantástico que apresentaram. Ouça somente "Play That Song" e me diga se essa música já não nasceu hit? Mais um álbum que recomendo, no melhor estilo Pop. Quem está de volta é o cantor Aaron Carter, ídolo teen no fim dos anos 90, acaba de lançar LØVË, um EP com 5 músicas, que mostra que ele está antenado com as novas tendências musicais e disposto a conquistar novos fãs. Agora vou comentar de um cantor e compositor novo chamado Rag´n´Bone Man, cujo primeiro álbum - Human - acaba de ser lançado. O estilo é uma mescla de Alternativo com Pop e um toque de Hip Hop. Entre 8
as músicas tem o consagrado hit "Human", mas as outras faixas não deixam à desejar, sendo que o álbum inteiro vale muito a pena, com batidas suaves e ótimos arranjos. Classificada como ethno-pop, trip-hop ou simplesmente pop, a música de Manizha com o álbum Manuscript é outra grande surpresa pois mesmo tendo apenas 7 músicas, essas valem muito a pena. Uma russa, mas com inglês perfeito. Quem acaba de lançar seu primeiro álbum solo é o ator e cantor James Maslow, mais conhecido por participar do programa Big Time Rush do canal Nick, sendo integrante da banda com o mesmo nome. O álbum How I Like It tem uma boa pegada pop e vale a pena ouvir. Alguém já ouviu falar da dupla mexicana Jesse & Joy? Pois esses irmãos lançaram agora a versão em inglês do último álbum lançado, mesclando músicas em inglês com espanhol, e com um som pop muito legal - realmente surpreendeu. As músicas vão do pop moderno ao ritmo caribenho, com direito a um toque de country. No Brasil, quem tem novidades é o Biquini Cavadão, com o álbum As
Robson Candêo escreve para o blog www.blurayedvdmusical.blogspot.com/.
Voltas que o Mundo Dá, onde traz a mesma sonoridade com boas canções, ou seja, um prato cheio para os fãs. E quem é de uma geração mais antiga, vai lembrar de um cantor chamado Nico Rezende (há 30 anos lançou a balada Esquece e Vem) que lançou um DVD chamado Nico Rezende canta Chet Baker, uma homenagem a esta lenda do jazz. O quinteto formado por Nico é excelente e quem curte um bom jazz, não pode deixar de assistir esse show.
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MA TRIZ: PRAÇA MAHATMA GANDHI, 2, MATRIZ: GRUPOS 709 E 710 CENTRO, RIO DE JANEIRO, RJ CEP 20.031-100 TELEFONE ONE: (21) 2220-3635 TELEF ONE E-MAIL: sbacem@sbacem.org.br JG NEWS, ANO XXI, ED. 222, ABRIL DE 2017
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LANÇAMENTOS EM VINIL
Polycom relança clássicos de Hyldon e Cassiano
dois dos mais importantes álbuns da soul music brasileira: "Cuban Soul: 18 Kilates" de Cassiano, e "Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda", de Hyldon. Completando 40 anos em 2016, "Cuban Soul: 18 Kilates" é considerado um dos trabalhos mais importantes de Cassiano. O disco foi produzido por Gastão Lamounier e o compositor parceiro de Cassiano Paulo Zdanowski, que assina junto com o cantor nove canções do álbum. Destaque para as faixas "Coleção", "A Lua e Eu" e "Onda".
O cantor e compositor Hyldon lançou "Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda" em 1975, com produção de Guti Carvalho, A Polysom relança clássicos da mú- arranjos seus e de Waldir Arouca sica nacional em vinil. O recente Barros. Para a gravação das 12 anúncio trata do relançamento de faixas, todas de sua autoria, contou
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com Sheila Wilkerson (voz) e com os músicos da banda Azymuth: José Roberto Bertrami (teclados), Alex Malheiros (baixo) e Ivan Conti "Mamão" (bateria). Destaque para as faixas: "As Dores do Mundo", "Na Sombra de uma Árvore" e "Sábado e Domingo", essa última em parceria com Neném. Os dois álbuns chegam às lojas esse mês pela coleção "Clássicos em Vinil", da Polysom, em vinil de 180 gramas. Outras boas novidades em breve...
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LANÇAMENTOS EM FILME DOCUMENTÁRIO
DIRCINHA BATISTA A FORÇA REVOLUCIONÁRIA DA MPB
O Projeto Memórias foi idealizado pelo diretor Dimas Oliveira Junior para resgatar a memória nacional e incutir nos jovens um interesse por
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conhecer ídolos brasileiros de outras décadas que nos trazem influências artísticas até os dias de hoje. A série Projeto Memórias tem a realização e produção da Oficina de Artes Rosina Pagan, utilizando
recursos próprios, com o apoio de historiadores e artistas. O filme do Projeto Memorias: Velhos
Nomes, Novos Talentos resgata a história e contribuição da cantora paulistana Dircinha Batista, para a nossa música popular. Uma das principais intérpretes da era de ouro da MPB, iniciou sua carreira aos 8 anos de idade (quando gravou seu primeiro disco), aos 14 anos já era a cantora mais popular do Brasil, e aos 30, a mais perfeita cantora brasileira de todos os tempos. No filme documental de 30 minutos que conta a história da cantora há cenas de simulação com destaque para as atrizes Júlia Braz (Dircinha aos 8 anos), Larissa Brito (Dircinha aos 14 anos) e Helena Mendes (Dircinha na fase m a d u r a ) , revivendo a cantora . Atriz e cantora Júlia Braz, que interpreta Dircinha Batista aos 8 anos de idade
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CURIOSIDADES
Seo Fernandes estreia na Sony Music com projeto em áudio e vídeo Nas palavras do diretor artístico da Sony Music, Maurício Soares, o artista Seo Fernandes é a grande aposta da gravadora para os próximos 2 anos e tem grande potencial para tornar-se a revelação do mercado gospel neste período. "Quando tive contato com o álbum "Graça, Tambor e Cordas" do Seo Fernandes fiquei impactado com a proposta musical. As músicas são ricas em sonoridade, com aquela influência baiana com seus ritmos e tambores, letras bem elaboradas, uma forma de interpretar cada canção bem própria, poética. Fiquei impressionado!" - comentou Soares. O álbum chegou às plataformas digitais no dia 24 de março e contou com farto material em vídeo. Por falar em vídeo, o projeto não apaixonou somente o A&R da Sony Music, mas também ao diretor da Pé de Goiaba e manager do Preto no Branco, Alex Passos. Depois de Mauricio Soares ouvir o material do Seo Fernandes, ele encaminhou ao amigo Alex Passos para conhecer o projeto e já no dia seguinte, Alex Passos retornou intimando Seo Fernandes a gravar o projeto de vídeo sob sua direção. E o resultado será conferido também a partir do mês de março numa série de lançamentos na plataforma VEVO. Os vídeos foram gravados em diferentes locações na Bahia e incluem além dos musicais, entrevistas, documentários e curiosidades de Seo Fernandes e de seu projeto "Graça, Tambor e Cordas".
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Márcio Paschoal é autor das biografias de João do Vale e Rogéria
LANÇAMENTOS
Comentários de Márcio Paschoal paschoal3@gmail.com
CD O ESPELHO FÁTIMA FONSECA A cantora e compositora paulistana Fátima Fonseca lança seu primeiro trabalho, em registro de oito faixas que conta com a direção e parceria do pianista e arranjador mineiro David Pasqua. Descendente de portugueses, Fátima mostra nesse seu inicial disco um timbre agradável, flertando ora com o jazz, ora com a bossa nova. Parceria dela com Pasqua, "Como um ímã", abre o
disco (...teu olhar me arrepia, me envolve,inebria, sou tua...me seduz, escraviza e conduz, como um ímã). Mesmo sem firmeza nos acentos do idioma, a regravação do hit de Karen Carpenter, "We've only just begun", agrada. Duas canções em Espanhol ("Desde que tu non estás" e "Soñando com el mar"), bem melhor a primeira, autoria de Marcelo Méjia. Ainda resvalando novamente nos sotaques e, just por cause, com um discreto charme, Fátima supera esses entraves. A melhor faixa é o fado "Rio de Moinhos", dela e de Pasqua, com participação de Mario Moita (piano e voz), quando Fátima colocase mais à vontade, junto a suas raízes lusitanas.
CD MEUS RETALHOS VIOLA QUEBRADA Formado por Oswaldo Rios (voz), Rogério Gulin (viola e viola caipira), Rubens Pires (sanfona), Sandro Guaraná (baixo) e Marco Saldanha (percussão), o grupo Viola Quebrada (em homenagem a Mario de Andrade) se reuniu em Curitiba e vem pesquisando e divulgando o melhor da música sertaneja. Os músicos, de formações distintas, identificam-se no caráter experimental e já chamaram a atenção de nomes ecléticos como Pena Branca, Zeca Baleiro, Alaíde Costa e Roberto Corrêa. O CD "Meus Retalhos" tem treze faixas e alguns bons momentos, como a canção que nomeia o disco, na voz de Marinez Amatti, em parceria de Oswaldo, Gulin e Etel Frota. Ainda desse trio, com a participação especial de Katya Teixeira, a ótima "Flor de Algodão". Outra participação é a de Consuelo de Paula, também parceira em "Margarida". 14
Uma joia é "Zóio Seco" (Paulo Freire e Oswaldo Rios), singela e tocante. De Chico Lobo, "A viola é que me toca", tem gravação interessante mesclando sertanejo e guarânia matogrossense. Em "Linda Flor do Paraná" (Sergio Penna, Oswaldo Rios e João Evangelista Rodrigues) o som do violeiro caipira Daniel Vicenti. Enfim, um disco para contrariar os que ainda olham torto para a música sertaneja, sem sabê-la tão rica e personalíssima quando assim tocada. O termo raiz, tão batido, não é a sua melhor definição, prefiro música caipira de qualidade. E a turma da Viola Quebrada tem isso de sobra.
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Fábio Cezanne
ARTE CORAL
Rio ganha importante projeto em prol da arte coral Com patrocínio da Prefeitura, O b s e r va t ó r i o Coral Carioca vai realizar, de março a julho, no Centro de Artes Calouste Gulbenkian e no Teatro Municipal Gonzaguinha, oficinas gratuitas e concertos a preços simbólicos, além de lançar Canto do Rio (Foto Rvonkruger) espaço virtual, permitindo integração e divulgação de grupos corais de todo o apenas na Cidade do Rio de Janeiro, país como também para além de suas fronteiras. Permitindo o cadastro de A história da arte vocal no Rio de uma infinidade de grupos corais, Janeiro, consagrada por iniciativas cada qual disponibilizando suas como a inserção do canto orfeônico informações artísticas, caracterísnas escolas pelo maestro Villa- ticas, histórico e contatos, o site vai Lobos, ganhará um importante reunir também dez artigos temáticapítulo, de março a julho, por meio cos inéditos, escritos por profissiodo Observatório Coral Carioca. Com nais de renome, que serão lançapatrocínio da Secretaria Municipal dos nos dias das oficinas e concerde Cultura e coordenação e cura- tos. doria dos maestros Sérgio Sansão, O projeto vem reforçar, ainda, que, Jonas Hammar e Carlos Alberto Fi- democrático e inclusivo em sua esgueiredo, o projeto vai oferecer ofi- sência, o canto coral pode ser vivencinas, durante manhãs e tardes, ciado por pessoas de todas as faicom entradas gratuitas, no Centro xas etárias, diferentes níveis de code Artes Calouste Gulbenkian, e nhecimento musical, pessoas expeapresentações, no fim do dia, de rientes, ou sem qualquer experiêndez grupos corais e vocais, a preços cia em música. Há grupos vocais e simbólicos, no Teatro Municipal corais com as mais variadas proposGonzaguinha, no Centro. Além da tas estéticas e artísticas e os mais extensa programação, está sendo variados objetivos: desde a profislançado o site do Observatório Coral sionalização, até a prática desta Carioca: observatoriocoral.art.br, linguagem musical como possibiliespaço virtual de encontro e inter- dade de lazer, diversão, socializacâmbio entre aqueles que atuam ção, terapia e ampliação de conhejunto a corais e grupos vocais, não cimentos. 16
Os eventos do projeto teve início no dia 18 de março, sábado, no Centro de Artes Calouste Gulbenkian, com oficinas ministradas pelo compositor e arranjador Paulo Malaguti Pauleira, um dos fundadores do Céu da Boca, lendário grupo dos anos 80 e hoje integrante do MPB4. Às 17h, subiu ao palco do Teatro Municipal Gonzaguinha, o grupo Boca Que Usa, de Niterói, formado por 21 integrantes, cujo repertório abrange desde a música antiga até a contemporânea, de caráter religioso, secular, folclórico e popular, com prioridade para obras corais pouco executadas dentro do meio musical brasileiro. Já no dia 25, sábado, a cantora e arranjadora Regina Lucatto, que ajudou a fundar o célebre Garganta Profunda, realizou a palestra “O legado de Marcos Leite”, dissertando sobre a obra e a carreira do líder do grupo. O grupo Canto do Rio subiu ao palco, às 17h, apresentando, com direção e regência de Paulo Malaguti Pauleira, arranjos vocais originais de alguns clássicos do antológico “álbum branco”, de João Gilberto, lançado em 73, apenas com voz, violão e uma leve bateria de Sonny Carr. Em abril, o projeto prossegue com oficina, no dia 8, sábado, ministradas por Glaucia Mancebo e Zeca Rodrigues, e show do grupo Dá o Tom. No dia 29, será a vez de ReyJG NEWS, ANO XXI, ED. 222, ABRIL DE 2017
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ARTE CORAL naldo Puebla, que estará à frente da oficina Coro Cênico, com a apresentação da Associação de Canto Coral, às 17h. Até julho, renomados regentes e profissionais do canto estarão à frente das oficinas e palestras, como Carlos Alberto Figueiredo, Deco Fiori, Augusto Ordine, Danilo Frederico, Denize Vieira, André Protasio, Lincoln Andrade e Maíra Martins. No palco do Teatro Municipal Gonzaguinha, vão se apresentar ainda os grupos Bebossa Kids, São Vicente a Cappella, Pop Coro, Coral do Cepel, Subversos, Equale, Coral Infanto-Juvenil da Escola de Música da Rocinha e Corais Mirim Infantil do São Vicente. O Observatório Coral Carioca buscará aproximar um grande nú-
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mero de corais e grupos vocais, que, até então, encontram-se pouco articulados entre si, tanto no âmbito municipal, quanto em uma perspectiva nacional, ou internacional. A idéia é aproximar a comunidade coral, em prol de seu maior desenvolvimento, qualificação e projeção artística. Por reBoca Que Usa (Foto presentar, historicamente, uma potente ferramenta de musicalização, sociabilização e educação para a cidadania, além de tantos outros valores relacionados à qualidade de vida da socie-
dade, o projeto nasce plural, atendendo também à carência de cursos de formação, oficinas, concertos, mostras, festivais e tudo mais que permita uma maior circulação e troca entre os “fazedores” deste nicho tão rico de integração sócio cultural. Marcelo Lins)
TELS: (21) 2576-0075 JG NEWS, ANO XXI, ED. 222, ABRIL DE 2017 2258-9074
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MUNDO GOSPEL
CURIOSIDADE
EXPEDIENTE Editores Antonio Braga e Jorge Piloto Colaboradores Elias Nogueira, Alberto Guimarães, Márcio Paschoal, Robson Candêo, Patrícia Rodrigues e Fábio Cezzane.
Comercial
Rádio indígena Na programação da rádio criada por três amigos rolam sons produzidos por membros das mais diferentes etnias indígenas. A ideia de que indígenas só fazem música tradicional é tão antigo quanto o que aprendemos sobre os índios nos tempos de escola. Hoje, produzem e cantam rap, rock, dub e, aqui no Brasil, até MPB e forró. Prova viva são as diferentes nacionalidades, línguas e etnias que se misturam na programação da Yandê, a primeira rádio indígena online do Brasil. A equipe da rádio montou uma playlist para qualquer não-indígena entender como funciona a programação da Yandê, que vai do rap chileno até uma parceria da cantora maranhense Zahy Guajajara com o coletivo Digitaldubs. A iniciativa de criar a Rádio Yandê partiu de três amigos que já tinham experiência em ONGs, coletivos e blogs relacionados ao tema: Anápuáka Tupinambá, Renata Tupinambá e Denilson Baniwa. Três indígenas protagonizando seu próprio resgate cultural e produzindo conteúdo para outros indígenas. E tudo é feito de maneira autônoma, bancando os custos do próprio bolso. "Essa diversidade é novidade para muita gente", afirma Renata, que é jornalista. "Como todas as sociedades no mundo, passamos por mudanças e transformações, mantendo o tradicional mas também trazendo o novo. O jornalismo também tem espaço na grade da rádio: notícias indígenas são trazidas por correspondentes, que ficam em Brasília e no Mato Grosso. Além disso, existem outros 70 colaboradores pelo país”, explica. A cantora maranhense Zahy Guajajara, que gravou junto com o coletivo Digitaldubs. Foto: George Magaraia
Rio de Janeiro Antonio Braga Whatsapp: 22 98828-0041 21 98105-4941 bragaa@gmail.com Bahia Jorge PIloto (71) 98647-7625 (71) 9922-1828 jorge.piloto@yahoo.com.br Redação: Rua Cristóvão Barcellos, 11/103, Laranjeiras/RJ CEP 22.245-110 Os artigos assinados são única e exclusivamente de responsabilidade de seus autores. A revista JG News é a continuação, em formato revista, do Jornal das Gravadoras, fundado em novembro de 1996 pelo jornalista Antonio Sergio de Farias Braga, Registro Profissional 18.851 L87 fl8v, emitido em de 16/09/1986.