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CADERNO

ESPECIAL ECAD

JG NEWS, ANO XXI, ED. 223, MAIO DE 2017

ANO XXI - EDIÇÃO 223 - DIGITAL 13 - MAIO DE 20171


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JG NEWS, ANO XXI, ED. 223, MAIO DE 2017


Antonio Braga - Editor

PERCUSSIONISTA

CD NA MORINGA, de Nido Pedrosa com participações de grandes instrumentistas Uma nova e atraente produção da música instrumental brasileira está chegando às lojas. Trata-se do segundo CD do percussionista, compositor e produtor Nido Pedrosa e seus parceiros. 10 composições autorais fazem parte desse repertório: 1- Arco-íris (Nido Pedrosa Victor Biglione); 2- Entre Rios e Mar (Nido Pedrosa); 3- Luau (Nido Pedrosa); 4- Origem (Nido Pedrosa - Marco Bombom - Tomati) 5- Tribos (Nido Pedrosa); 6- Baião Quebrado (Breno Lira); 7- Massapê (Nido Pedrosa); 8Do Alto do Moura (Nido Pedrosa); 9Baião Armorial (Dadá Malheiros); 10- Trilogia Nordestina (Nido Pedrosa - Zeh Rocha). Nido Pedrosa é um digno representante dos ritmos da música pernambucana e nordestina associados aos ritmos da música mundial, sempre com performances de alto nível. Neste novo projeto, CD Na Moringa, com produção cultural da vocalista Josy Santos, são executados temas com Set de moringas, construídas especificamente para o disco e Set de percuteria, que apresentam bases rítmicas focadas na cultura musical pernambucana, como o Baião, Caboclinho, Forró, Xaxado e Martelo Agalopado. Tudo isso associado, claro, às levadas dos ritmos da música brasileira, música de Câmara, música armorial e música internacional. No contexto musical proposto, Nido Pedrosa formatou um importante conjunto de músicos, contando com participações pra lá de especiais como a do JG NEWS, ANO XXI, ED. 223, MAIO DE 2017

guitarrista e violonista argentino, radicado no Rio de Janeiro Victor Biglione (ex integrante do grupo A Cor do Som e único guitarrista da América Latina a participar do "New York Guitar Festival" em 2002 nos Estados Unidos, quando formou o duo com o ex-The Police: Andy Summers, registrado no CD: "Splendid Brazil"). Victor participou de festivais de Jazz pelo mundo e tocou com grandes nomes como: Stanley Jordan, Sérgio Mendes, Chico Buarque, Milton Nascimento, Gal Costa, Maria Bethânia, entre outros. Em 2016 seu álbum 'Mercosul' foi aclamado pela crítica mundial especializada, classificado para indicação ao Grammy na categotia de melhor disco Instrumental. Outra participação importante é do violonista Marcel Powell, filho e aluno de Baden Powell, ícone da nossa música. Com o pai, Marcel teve a oportunidade de gravar e atuar profissionalmente pelo mundo afora. Morou na França e passou pouco mais de 4 anos na Alemanha; gra-

Josy Santos - Vocal e Produção Cultural

vou 2 discos com seu pai: Baden Powell e filhos (1994) e Suíte Afro Consolação (1997) gravado no Japão. O violonista tem 7 discos lançados no Brasil, Europa e Japão e já atuou em 16 países. Em 2006, foi considerado, pela crítica, como o ‘jovem mestre do violão brasileiro’.

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PERCUSSIONISTA Acompanhou artistas como: Maria Bethânia, João Bosco, Hamilton de Holanda, Toquinho, Diogo Nogueira, Léo Gandelman, Gilson Peranzzetta, Marcelo D2, Raul de Souza, dentre outros. No cast, outro artista não menos famoso, Carlos Tomati, graduado no "GIT - Guitar Institute of Technology"

em Hollywood - Califórnia, Tomati como é chamado, se destaca na cena brasileira e internacional por sua versatilidade e conhecimento musical. Em seu último CD, "Lord's Children", contou com as participações de estrelas da música mundial, entre elas, Scott Henderson, Mike Stern, Nana Vasconcelos, Kirk Covington. Em 1998 estreou na televisão com sua guitarra ao lado do apresentador Jô Soares, que lhe rendeu a oportunidade de tocar ao lado de artistas como: Chick Corea, George Benson, Joe Satriani, Elza Soares, Arnaldo Antunes, Emílio Santiago, Ed Motta, Ivan Lins e muitas outras estrelas da música mundial.

Outro guitarrista, violonista e violeiro 4

caruaruense, radicado no Recife que faz presença no disco é Breno Lira, Graduado na UFPE - Licenciatura em música, professor concursado de guitarra do Conservatório Pernambucano de Música e Centro de Educação Musical de Olinda. Já tocou com diversos artistas: Silvério Pessoa, Fernanda Takai, Francis Hime, Derico-sexteto do Jô, Orquestra Criança Cidadã, Dominguinhos e Yamandu Costa, Carlos Malta, Orquestra sinfônica do Recife e Lenine, Geraldo Maia, Zeh Rocha, entre outros. Outra participação importante é a

do Violinista recifense Dadá Malheiros, compositor, arranjador e músico-instrumentista com várias composições gravadas pelas Orquestras: Enigmatic e Campbellsville University Chamber Ensemble U.S.A; Quinteto da Paraíba e UERJazz Band - Rio de Janeiro. É integrante da Orquestra Sinfônica do Recife e já trabalhou com Quinteto Violado, Spok Frevo Orquestra, Coral da UFPE e Banda Sinfônica do Recife. Na continuação das cordas, a ilustre participação do violoncelista recifense Fabiano Menezes que iniciou seus estudos em Recife no Projeto Espiral. É integrante da Orquestra Sinfônica do Recife desde 1988 como 2º violoncelo.

Lecionou no Projeto Orquestra Criança Cidadã dos meninos do Coque e acompanhou artistas como Maciel Melo, Caubí Peixoto, Sivuca, Alcimar Monteiro, Adilson Ramos, Silvério Pessoa e Zé Rocha. É integrante do Quarteto Encore e com este quarteto ganhou o Prêmio da Música Brasileira 2016, participando do CD e DVD de Elba Ramalho.

Outro auxílio luxuoso vem do compositor, cantor e violonista recifense Zeh Rocha, artista da geração de Lenine e Bráulio Tavares - seus parceiros em diversas composições. Em sua discografia solo participam Lenine, Zé Renato (exBoca Livre), Jessier Quirino, Maestro Spok, João Lira, António Nobrega entre outros. Suas obras, já foram gravadas por grandes intérpretes como Elba Ramalho, Boca Livre, Lenine, Céu da Boca e Carol Sabóia. Somando forças, o excelente violinista recifense Carlos Santos, que estudou violino e viola de arco no Conser vatório Pernambucano de Música e depois bacharelado na Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Em 1990 foi admitido na Orquestra de Santiago (Chile) onde ficou como 1ª viola da Orquestra Filarmônica de Chile e solista da Orquestra de Câmara de Santiago e como proJG NEWS, ANO XXI, ED. 223, MAIO DE 2017


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PERCUSSIONISTA

Fotos cedidas pelos artistas

fessor de violino e viola do Conservatório do Instituto de Música de Santiago (Chile). Participou de festivais de Ópera na Finlândia, Alemanha e Holanda, como também do 1º Concerto de Música de Câmara na Península Antártica, recebendo Diploma de Honra ao Mérito. Em 1994 formou o Quarteto de Cordas do Instituto de Música de Santiago, quando viajaram em tournée "Sul América" por diversos países. O CD NA MORINGA, conta também com o contrabaixista Marco Bom-

drosa, é o flautista-saxofonista Mário PC, de Belo Horizonte-MG, graduado na Licenciatura em Música pela UNIRIO-RJ. É compositor e multi-instrumentista, toca flauta transversal, sax soprano-tenor-altobarítono, piano e alguns instrumentos de percussão. Como músico, divide os grandes palcos e estúdios acompanhando e gravando com importantes artistas da música brasileira, entre eles: Lulu Santos, Marina Lima, Ed Motta, Paralamas do Sucesso e Midnight Blues Band, além de ser integrante da banda pop Flor de Aruanda.

bom, um dos pilares da Soul Music brasileira que começou sua carreira aos 12 anos. Em 1987 deu seus primeiros passos no mercado fonográfico com a banda de Reggae Ska Kongo. Gravou os discos da marcante banda, Conexão Japeri, que teve a participação de Ed Mota como cantor. Os grooves de Marco Bombom são referências. Tocou e gravou com artistas como: Seu Jorge, Fernanda Abreu, Jorge Vercilo, Cassiano, Fábio Junior e ainda, produziu shows, como da cantora Leila Pinheiro. Mais um ilustre participante do trabalho de Nido Pe-

Finalizando participações importantes deste trabalho, o baterista Paulo Stortini, que começou seus estudos musicais aos 7 anos e posteriormente foi estudar bateria fora do Brasil. Cursou e se formou no conceituado Musicians Institute, em Los Angeles-USA. O conceituado instrumentista trabalhou também como "drum tech" do Barão Vermelho e participou de inúmeras gravações. Tocou na peça teatral "Vale Tudo" do Tim Maia e como professor, foi coordenador do curso de bateria e percussão na Escola Rio Música e Maracatu Brasil. Paulo Stortini já acompanhou grandes artistas da música brasileira, a exemplo de Flávio Venturini, Roberto Frejat, Leila Pinheiro, Arthur Maia, Victor Biglione, Elza Soares, Cláudia Telles, Sebastião Tapajós, entre outros grandes artistas. Atualmente é baterista da banda Conexão Japeri.

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No CD Na Moringa, Nido Pedrosa dá ênfase para o som poderoso de suas Moringas e apresenta uma roupagem musical diferente, com uma base percussiva criativa, focada na música pernambucana de raiz, mas com uma interpretação rítmica de vanguarda, onde apresenta timbres percussivos fantásticos, com harmonias e melodias modernas. Um trabalho espetacular que mistura ritmos em composições de extremo bom gosto arranjos musicais de alta qualidade - execuções perfeitas, impecáveis, com performances de músicos incríveis. Com este trabalho o percussionista pretende colocar na prateleira das lojas de disco a boa música e deixar um legado para as novas gerações, pesquisadores, colecionadores, amantes da música, alunos das escolas de música e público em geral. O CD conta ainda com um evento de lançamento, onde além da apresentação das músicas, acontece uma exposição com as moringas e várias obras do artesanato do barro, que retratam a arte figurativa, decorativa e utilitária de vários Mestres-Artesãos do Alto do Moura - Caruaru-PE, local onde está situado o Maior Centro de Arte Figurativa das Américas e os locais (os ateliês) onde foram produzidas as moringas. O Compact-Disc além de ser colocado no mercado fonográfico, também será doado às Bibliotecas das Escolas Públicas, Universidades, Centros de Artes e Centros Culturais, assim como colocado à disposição do público nas apresentações em Festivais Culturais no Estado de Pernambuco e outras cidades brasileiras, onde o percussionista vem sendo convidado para apresentar seu trabalho. Maiores informações direto com o artista: nido.pedrosa10@gmail.com JG NEWS, ANO XXI, ED. 223, MAIO DE 2017


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Robson Candêo

LANÇAMENTOS

MUSICANDO MUSICANDO Nesse mês vou me dedicar a falar sobre artistas, que a maioria, com certeza, nunca ouviu falar. E essa é uma das minhas funções aqui, trazer novidades para vocês. O primeiro, trata-se de um artista nacional, Gustavo Macacko que lança seu primeiro DVD - ao Vivo, com uma MPB poética, desse contador de histórias, para os que curtem uma MPB mais crítica e cheia de sonoridade. E que tal o álbum Armada Acoustic 2017, que traz nada mais, nada menos do que 50 músicas das mais variadas, muitas que fizeram grande sucesso no passado, em interpretações incríveis de bandas e artistas menos conhecidos. Vale a pena ouvir o álbum inteirinho (disponível nas plataformas digitais) que inclui entre outras "Listen to Your Heart", música que virou clássica na voz do Roxette. Famoso produtor musical do Reino Unido, e ex-guitarrista do Roxy Music, Phil Manzanera acaba de lançar o álbum Live at the Curious Arts Festival, gravado em 2015 que traz um ótimo rock, e entre outras músicas, o hit "More Than This" em um show imperdível. Quem já ouviu falar da banda Vant? Eles acabam de lançar o primeiro 8

álbum, intitulado Dumb Blood, cheio de canções no melhor estilo indie rock/punk rock, com um som mais cru e que me fez lembrar trabalhos do Nirvana e do Pearl Jam. Um excelente trabalho. Tem também o cantor e compositor nigeriano Mr Eazi que lançou seu primeiro álbum Life is Eazi, Vol. 1 - Accra To Lagos, fazendo uma boa world music, dançante, com toque de rap, em um som moderno e muito bom. Outra banda bem interessante para conhecer é a Fairport Convention, considerada a primeira banda inglesa de electric folk, que é, na verdade, bem antiga, teve muitas formações diferentes, e acaba de lançar 50:50@50, em homenagem ao aniversário de 50 anos deles, gravado metade em estúdio e metade ao vivo. É um trabalho muito interessante, com grande apelo country/ folk, diferente do que estamos acostumados a ouvir, mas que vale bastante a pena curtir. Já o grupo Spoon, banda norte americana de indie rock, traz um som que também é classificado como underground. O álbum Hot Thoughts tem um som muito, mas muito bom, com

Robson Candêo escreve para o blog www.blurayedvdmusical.blogspot.com/.

um toque eletrônico e uma batida dançante na medida certa. Banda norte americana, o Real Estate faz um som meio indie rock, com um toque de bandas de surf rock mais antiga, como beach boys, o álbum In Mind é o quarto trabalho deles e alcançou uma boa projeção nas paradas com suas canções suaves e com uma ótima musicalidade. E prestem atenção na cantora suíça Léon, que tem no single For You, 4 ótimas canções no bom estilo indie pop.

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MA TRIZ: PRAÇA MAHATMA GANDHI, 2, MATRIZ: GRUPOS 709 E 710 CENTRO, RIO DE JANEIRO, RJ CEP 20.031-100 TELEFONE ONE: (21) 2220-3635 TELEF ONE E-MAIL: sbacem@sbacem.org.br JG NEWS, ANO XXI, ED. 223, MAIO DE 2017

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DIRETO DE PORTUGAL

Alberto Guimarães

LUCA ARGEL: VOZ MACIA, BRASILEIRO EM PORTUGAL Um dos mais instigantes discos de música popular brasileira já lançados em 2017 foi produzido em Portugal. Falamos de Bandeira, de Luca Argel, um brasileiro residente há alguns anos em Portugal. Bandeira mostra a atenção e reflexão de Luca Argel, 28 anos, ao corpus da música brasileira urbana, fixando Noel Rosa como ponto de partida. Em Luca Argel o uso da música e das palavras vem no sentido da interligação destas entre si. Bandeira solta ao vento dez faixas em que se contemporizam sonoridade e linguagem. Luca que inclui referências a roupa da Zara, planilhas do Excel, drones ou M&Ms, ao mesmo tempo, escreveu um comentário no seu facebook dizendo "Tudo que faço tem a ver com Noel Rosa". Conversamos com Luca, e começamos por lhe perguntar o porquê dessa sua afirmação: "Esse comentário foi para um amigo que perguntou se tinha alguma música do Noel no meu disco, e eu disse que não tinha, mas que sempre tem algo do Noel, mesmo que a música seja minha. Isto porque acredito que o Noel é para mim a maior referência de letrista de samba. Não que ele tenha necessariamente escrito as melhores letras, talvez Caetano e Chico o tenham superado em sofisticação, mas no sentido em que foi ele, na minha opinião que codificou a maneira de escrita (o tom, o registro, os assuntos, e até a prosódia, de certa forma) de praticamente toda a música popular urbana brasileira, a partir do samba". A conversa com Luca Argel aconteceu num café do Porto, cidade 10

Grupo Samba Sem Fronteiras

onde ele mora - dias depois de Luca ter feito um seminário na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, chamado "Samba de Guerrilha". Luca fala-nos sobre a sua explanação apresentada no seminário: "O Instituto de Literatura Comparada da FLUP, do qual sou colaborador - fiz o Mestrado em Estudos Literários Culturais e Interartes na FLUP - já tinha me convidado desde o ano passado para escolher um tema e fazer um seminário dentro de uma das cadeiras. Fiz na cadeira de Poéticas Comparadas. Foi um apanhado de ideias sobre a história do samba, exemplificado de permeio com músicas tocadas e cantadas por mim". E qual foi o retorno que recebeu no seminário? "Eu recebi retornos muito bons, interessados. Acho que a mais-valia do Samba de Guerrilha é justamente

questionar os estereótipos, dar outra dimensão do que é o samba, pois começa a se abrir aqui em Portugal um público ouvinte de música brasileira mais crítico, mais bem informado, mais interessado nessas nuances da música brasileira que às vezes não chegam pelas vias dos grandes media mas por vias mais alternativas. São pessoas que têm um ouvido um pouco mais curioso por coisas diferentes". Luca Argel conhece o efeito que o samba tem no público em Portugal, pois, além do seu trabalho solo, integra um grupo de samba bem conhecido no Porto, o Samba Sem Fronteiras. "Muita gente vem falar conosco depois dos shows dizendo, a propósito de músicas de autores mais antigos "nunca tinha ouvido nada do Noel Rosa mas ouvi vocês cantando a Fita Amarela, fui procurar, achei mais músicas dele e gostei. O reportório do samba é muiJG NEWS, ANO XXI, ED. 223, MAIO DE 2017


DIRETO DE PORTUGAL to bom seja em termos da musicalidade autêntica, diferente, seja por causa das letras muito ricas. O samba tem uma história muito bonita e o pessoal que toca samba é muito apaixonado e isso passa para as pessoas que sentem logo que aquilo está sendo tocado com sentimento." É com entusiasmo que Luca nos fala sobre o Samba Sem Fronteiras: "Estou desde 2012 no SSF, que hoje em dia é uma banda. Não chego a dizer que é uma roda de samba porque a gente já se cristalizou como uma banda de cinco pessoas, duas percussões, dois cordas, e eu que sou vocalista e toco percussões pequenas também. Os outros meninos também cantam, temos pelo menos quatro vozes cantando sempre. Mas a gente começou de uma forma espontânea, informal. No início nem sei dizer quantas pessoas eram porque cada dia que a gente tocava, tinha os que iam sempre, mas tinha também uma parte do grupo que era meio flutuante. Às vezes éramos sete, outras oito, outras nove, entre portugueses e brasileiros. A maioria sempre foi de brasileiros. Era um encontro de amigos que se reunia no Espaço Compasso, no Porto. Lá ficou durante uns três anos, com regularidade variável. Durante o

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primeiro ano, todo domingo, tinha pessoal que ia sempre, eu e mais três ou quatro amigos, todos brasileiros. Depois outros brasileiros, designadamente estudantes que estavam em intercâmbio, começaram a se agregar. E alguns portugueses começaram a aprender. Tenho amigos que hoje já tocam super bem e começaram a estudar pandeiro participando dessas rodas. Com o tempo aquilo foi se tornando uma banda mais séria, pois começamos a receber convites para tocar em bares, em festas, restaurantes, casamentos, etc., e aí a ganhar algum dinheiro. A formação, por causa da profissionalização, foi se enxugando. Algumas pessoas voltaram para o Brasil e o grupo continuou sendo uma das principais atividades profissionais dos elementos do grupo. Compomos, temos as nossas próprias músicas, já gravamos dois EP`s, que foram lançados em 2015 e 2016". Paralelamente ao Samba Sem Fronteiras, Luca Argel transita por outras atividades entre a música e as palavras: "Tenho meu trabalho musical solo, com dois discos lançados, um do ano passado e o Bandeira de 2017. Discos completamente diferentes. Tenho um interesse muito grande por canções e

por isso acho que gosto muito do samba, do que ele tem de escrita de canções. Por outro lado, gosto muito também de música eletrônica. O meu disco do ano passado é todo instrumental e de música eletrônica. Além disso também escrevo trilhas sonoras, como a de um documentário: "Caiu um homem ali no Quintal", curta sobre uma escadaria da Ribeira, no Porto. A diretora, Ana Clara Nunes Roberti, brasileira, tem feito pesquisa sobre as ilhas (bairros populares) do Porto. Uma das histórias é sobre as pessoas que se suicidam lançando-se da Ponte Luiz I e caem no quintal dos moradores, daí o título. Escrevo também para espetáculos de dança. E tenho um

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DIRETO DE PORTUGAL trabalho que não separo da música que é a poesia. Já publiquei três livros no Brasil. O mais recente saiu no final do ano passado e se chama "Uma pequena festa por uma eternidade". Nesse ano vai sair, junto com um disco, um outro livro a lançar por uma editora portuguesa, todo de inéditos. E talvez ainda em 2017 seja lançado outro livro, numa editora portuguesa também, que será uma antologia de poemas dos livros que publiquei no Brasil". Entretanto Luca Argel viu já a sua poesia ser incluída em duas coletâneas. Uma lançada em Portugal, "Naquela Língua", uma antologia de poesia brasileira contemporânea, da editora Elsinore. E outra lançada este ano em São Paulo chamada "É agora como nunca", organizada por Adriana Calcanhotto e lançada pela Companhia das Letras. Sobre "É agora como nunca", conta-nos Luca: "É um trabalho que vem na

sequência de 26 Poetas Hoje, antologia de novos poetas organizada nos anos 70, por Heloisa Buarque de Hollanda e que foi muito marcante na época. O que a Adriana propõe é na linha do que a Heloisa fez, dar um recorte da poesia brasileira contemporânea". Luca fica contente pela sua inclusão nestas antologias, pois, como nos diz, "Para um escritor interessa muito ter os seus textos circulando. Eles só vivem tendo gente lendo". Poesia e música no universo de Luca: "Na minha cabeça eu tento mantê-las o mais próximo possível. Tem um documentário, "Palavra Encantada", de Helena Solberg, que é fantástico, muito bom. O tema do documentário é exatamente o da poética da canção. Adriana Calcanhotto é uma das pessoas que fala nesse documentário, bem como o José Miguel Wisnik. Ele cita dois momentos importantes: na Idade

Média, a época de ouro da poesia provençal, onde se encontram trovadores construindo obras excecionais com palavra e som; e o século XX no Brasil que tem uma quantidade de grandes compositores e poetas que se dedicaram à canção. De Noel Rosa até se chegar à Tropicália, a Chico Buarque, Milton Nascimento. São gerações atrás de gerações de grandes poetas, um bebendo na fonte do que veio antes". A riqueza e a singularidade da música popular brasileira são justificadas por Luca Argel: "O samba e a música brasileira têm-se renovado e cada geração que chega é um novo amadurecimento". Luca Argel, inquieto guerrilheiro do som e da palavra, dá sinais de que a bandeira da música popular brasileira está ser bem passada em testemunho. Para conferir digite-se Luca Argel - Bandeira no youtube ou no spotfy.

Agradecemos aos nossos leitores de todo o mundo pelos impressionantes números de visitas e leituras que temos tido de nossas edições digitais - motivo de orgulho de nossos colunistas. Parabéns Elias Nogueira, Márcio Paschoal, Alberto Guimarães, Robson Candêo, Fábio Cezanne, Patrícia Rodrigues, Viviane Marins e Nido Pedrosa. Antonio Braga Editor

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Elias Nogueira

LANÇAMENTO

Élidah Trinta lança "Tatuar" Cantora e compositora EP com cinco faixas, autoral, com arranjos do guitarrista Victor Biglione Élidah trabalhou no teatro (com musicais); apareceu em algumas novelas e programas televisivos; participou de clipes. É diplomada nas categorias cantora/compositora, atriz, modelo e manequim. Multifacetada, tem em seu currículo desfiles nas Escolas de Samba do Rio de Janeiro (como destaque para Beija-Flor de Nilópolis, Tradição, Viradouro e São Clemente). Na dança também não fica para trás: bailarina de jazz, lambada, dança cigana e espanhola e com performances que lhe deram a oportunidade de aparecer na Itália, para a TV italiana Rai, Festival de San Remo, dentre outras coisas. A moça não está de brincadeira quando o assunto é arte! Sua verve musical acaba de transbordar num primeiro registro solo/autoral (letra e melodia) que resultaram nas faixas: "Teia", "Tatuar", "Jardim", "Falso Herói", e "Blues cidade", deliciosas músicas componentes do EP "Tatuar". Para os arranjos, não deixou por menos, convidou o super/mega/ ultra guitarrista Victor Biglione. Élidah, com exclusividade, nos conta um pouco dessa e outras de suas facetas: O despertar da cantora - Com oito anos compus minha primeira canção - não gostava da minha voz. Mais tarde, uns oito anos depois, cantei pela primeira vez dando uma canja com uma banda 14

- as pessoas aplaudiram. Aos vinte anos cantei em uma banda chamada "Sonhos Elétricos", colocando uma canção minha - "Preceito de ser feliz". Essa canção também entrou no FENAM - Festival de Música do Banco Nacional. Continuei compondo e procurando minha região vocal. Não tinha estudado canto e nem tocado nenhum instrumento, somente a educação musical da escola pública. Quando retornei da Itália, onde morei três anos, fiz curso de teatro em 1992, e minha voz impostou naturalmente com os exercícios da fala. Trabalhei em uma peça musical e decidi estudar teoria e técnica musical - compus várias canções e melhorei minha percepção musical. Deixei o teatro em 2007 e comecei a fazer shows cantando Pop Inter-

nacional, MPB e Bossa Nova. Fui me aperfeiçoando, tanto como cantora, como compositora e também e passei a estudar violão. Disco pronto - Levou 24 anos até eu gravar um CD autoral e profissional. Já havia feito vários discos demo, mas somente em 2016 gravei o EP "Tatuar". O guitarrista e arranjador Victor Biglione foi primordial para esse trabalho, temos uma amizade de 32 anos. Matamos "Tatuar" em um mês. Iniciamos em meados de dezembro de 2016 e concluímos no meio de janeiro de 2017 - gravado no Estúdio Botânico com o maravilhoso Roberto Marques o "Alemão", outro grande profissional. Inspiração para criar JG NEWS, ANO XXI, ED. 223, MAIO DE 2017


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LANÇAMENTO - Não existe um modo para compor, simplesmente acontece. O Keith Richard dos Rolling Stones disse uma coisa muito significativa que se aplica à mim: "Para alguns compositores a canção já vem pronta do espaço sideral" - é assim comigo, melodia e letra vêm juntas na minha mente, depois faço os ajustes. A inspiração pode vir de um momento feliz ou não.

algum famoso ou famosa se interesse em gravar outras canções que tenho, ou até mesmo as que estão em "Tatuar" estarei à disposição.

Primeiro trabalho - "Tatuar" é o primeiro disco lançado, mas já tinha passado por estúdios diversos com músicos diferentes. Gravei em estúdio pela primeira vez em 1985, na ocasião do Festival do Banco Nacional, onde eu trabalhava na época. Gravei canções minhas e regravei grandes nomes em anos variados. Teve execução em rádios alternativas. Minha expectativa para este trabalho é despertar o novo nos ouvintes. Incentivar os veículos de comunicação a apostarem nas novas canções, deixando um pouco de lado as regravações e a utilização de músicas já bem conhecidas pelo público. Espero que minhas músicas agradem e toquem bastante. Caso

"Tatuar" - é a segunda faixa e título do disco; é uma composição dedicada às mulheres de músicos tem que equilibrar a razão e a emoção nos relacionamentos com estes homens.

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Faixa a faixa "Teia" - é a canção que abre o trabalho; aborda a atualidade do comportamento humano nas relações e sentimentos.

eterna frenética Lidoka, que infelizmente nos deixou ano passado. A letra trata de um protesto contra o desmembramento da Amazônia do Brasil, boato que ocorreu em 1993 quando foi feita a canção. Apesar de ter sido feita no passado, nos remete ao nosso país de hoje. Brasil tão rico em miscigenação, mas tão desigual e sem oportunidades, culturalmente falando.

"Jardim" - deveria ser tema de abertura de novela de qualquer emissora, pela sua pureza e sinceridade ao falar de um amor rejeitado, com romantismo na dose certa. "Falso Herói" - é a penúltima e mais nova das cinco. Fala da expectativa que muitas mulheres são acometidas pelo novo modelo de proporse em um relacionamento. "Blues Cidade" - é dedicada a

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RÁDIO NA WEB

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MUNDO GOSPEL


LANÇAMENTO DIGITAL

Do Amor lança Fodido Demais “São tempos fodidos demais… bons para uns e péssimos para outros. A inspiração do nome veio do disco de Elizeth Cardoso chamado Canção Do Amor Demais, mas em tempos tão polarizados como es-se, num mundo cada vez mais dividido, o terceiro disco, chama-do Fodido Demais pareceu não apenas uma boa piada”, segundo depoimento e texto dos integran-tes da banda Do Amor... “Na verdade é muito mais do que isso. Ter um nome tão plural, quase um auto-deboche, mas acima de tudo provocativo, nos pareceu a melhor opção pra tentar de alguma forma sintetizar o momento em que vivemos, todos nós que caminhamos em duas patas pelo planeta há alguns milhões de anos e ainda não chegamos nem perto de transcender certas questões mundanas e karmas comuns. Esse disco foi um processo fodido de bom. Em meados de 2015 alugamos uma pequena casa ao lado da Floresta da Tijuca e da Rocinha. Foi nesse ambiente que revela uma sociedade com uma divisão fodida que começamos a gravar nosso terceiro disco. Gravamos uma música por dia e depois fizemos as vozes e alguns overdubs de guitarra, teclados, percussões e etc. Tivemos a ajuda preciosa do técnico de som Igor Ferreira, que se tornou um quinto membro da banda, nos ajudando a gravar, e depois ainda a juntar todas as nossas ideias, as fodidas de boas e fodidas de ruim. Lá nesse estúdio, que esse ano mudou-se para Audio Rebel, um lugar Fodido Demais também, gravamos 10 canções que se juntaram ainda a uma faixa que gravamos com a banda londrina A.J. Holmes & The Hackney Empire. Agora ele é lançado pela Balaclava Records e sai nas plataformas digitais', explicam. * Ouça Fodido Demais: goo.gl/ATUEpq Ainda explicando... 'O disco começa com "Peixe Voador", um rock sobre entorpecentes e noites perdidas. Na sequência, vem "Eletricidade", uma poesia embalada que foi gravada no estúdio do produtor e baterista português Fred Ferreira (Banda do Mar) e

teve a participação do duo lisboeta Os Quais. A música é do Marcelo e a letra é da escritora Jô Hallack. Em seguida vem "O Aviso Diz", música composta à época da préprodução do nosso último disco "Piracema". A quarta música é a densa "Fodido Demais". Inserimos alguns trechos livremente adaptados do livre "Do Amor" de Stendhal. Logo após esse mergulho profundo de "Fodido Demais" e Stendhal temos uma balada que caminha pra um rock firme e vibrante chamada "Não Leve" cuja letra e música são de Gabriel Bubu. Continuamos aqui a falar de amor, relacionamento e das belezas e durezas da paixão. "Make Songs" de Ricardo Dias Gomes - um pop alegre e poético com elementos experimentais e comuns dialogando de maneira harmônica. Destaque pro maravilhoso solo de teclado de Ricardo. "A Lince" vem em seguida trazendo mais libido para essa história toda. Uma parceria de Gabriel Bubu e da atriz cantora Karine Carvalho. Uma briga de Linces, lanças e peles em brasa que embalança sem receio ou vergonha. "Minhas Vozes" é um partido alto bebum, parceria de Marcelo e Benjão, sobre vozes dentro da cabeça. O humor e a sinceridade reinam aqui junto a synths e uma batucada de primeira…nota 10! "Frevo da Razão" mantém o astral pra cima e pega dança geral, participação mais que especial de Arnaldo Antunes. Pra finalizar "Metaleiro Vento" que começa com um free jazz/passagem de som e presta uma homenagem bem humorada aos metaleiros sem preconceitos e abertos à brasilidades e Astor Piazolla', finalizam. Gravado e mixado no estudio Do Amor, RJ, por Igor Ferreira exceto "Eletricidade", gravada no IA studio (Lisboa - Portugal) por Fred Ferreira e One Plus One, gravada e mixada nos estudios Press Play por Andy Ramsay (Londres, Inglaterra); Masterizado por Martin Scian no estudio Casa Sideral Projeto Gráfico: Celina Kuschnir; Fotoperformance capa: Patricinha Mentiroza feat. Mototaxi-lover (que preferiu não se identificar). Do Amor é: Ricardo Dias Gomes, Marcelo Callado, Gustavo Benjão e Gabriel Bubu.

EXPEDIENTE Editores Antonio Braga e Jorge Piloto Colaboradores Elias Nogueira, Alberto Guimarães, Márcio Paschoal, Robson Candêo, Patrícia Rodrigues, Nido Pedrosa e Fábio Cezane.

Comercial Rio de Janeiro Antonio Braga Whatsapp: 22 98828-0041 21 98105-4941 bragaa@gmail.com Bahia Jorge PIloto (71) 98647-7625 (71) 9922-1828 jorge.piloto@yahoo.com.br Redação: Rua Cristóvão Barcellos, 11/103, Laranjeiras/RJ CEP 22.245-110 Os artigos assinados são única e exclusivamente de responsabilidade de seus autores. A revista JG News é a continuação, em formato revista, do Jornal das Gravadoras, fundado em novembro de 1996 pelo jornalista Antonio Sergio de Farias Braga, Registro Profissional 18.851 L87 fl8v, emitido em de 16/09/1986.


LANÇAMENTOS

AGNALDO TIMÓTEO OBRIGADO CAUBY SONY MUSIC

RODRIGO SANTOS & FERNANDO MAGALHÃES EFEITO BORBOLETA INDEPENDENTE

OLÍVIA & FRANCIS HIME SEM MAIS ADEUS BISCOITO FINO

EDSON CORDEIRO FADO INDEPENDENTE

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EUGENE H.PETERSON BÍBLIA EM ÁUDIO MK MUSIC

COLEÇÃO DE JAZZ FOLHA DE SÃO PAULO


Cajon Elétrico - R$ 260,00 Cajon Simples - R$ 160,00 Pedestal para Microfone - R$ 62,00 Líquido de fumaça (tuti fruti, menta e neutro) - R$ 30,00 Triângulo 30 cm - R$ 36,50

Pandeiro 10'' - Pele Leitosa - R$ 54,00 Pandeiro 10" - Pele Holográfica - R$ 62,00 Baquetas R$ 14,00

Encordoamento Para Violão Nylon (FENDER) - R$ 24,00 Pedal Master Fuzz - R$ 120,00 Microfone Sem Fio (TSI) - R$ 540,00 Power Click (Completo com fonte) - R$ 280,00 Cavaco Elétrico com Bag R$ 360,00 Cavaco Acústico (Caixa fina) R$ 260,00 Cavaco Acústico (Caixa larga) R$ 320,00

Power Click R$ 280,00

Violão Aço Elétrico Colorido R$ 480,00

Contato whatsapp 22 98828-0041


Patrícia Rodrigues

GALERIA DOS IMORTAIS



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JG NEWS, ANO XXI, ED. 223, MAIO DE 2017


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