ANO XXI - EDIÇÃO 219 - DIGITAL 9 - JANEIRO - 2017
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Márcio Paschoal
COMENTÁRIOS DE MARCIO PASCHOAL
UMA VIAGEM ÀS ORIGENS DO QUEEN paschoal3@gmail.com
CD duplo "On Air" Queen No período compreendido entre fevereiro de 1973 (quando a banda não sonhava ainda com o superestrelato) e outubro de 1977, os rapazes do Queen (Brian May na guitarra e vocais, Freddie Mercury nos vocais e piano, John Deacon no baixo e Roger Taylor na bateria e vocais, gravaram seis sessões no programa de John Peel, na BBC londrina. A curiosidade está no ineditismo de
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algumas canções e pelo fato de eles não estarem ainda no auge da fama, como o que já havia acontecido com outro grupo, o Led Zeppelin, em 1971, quando se apresentaram no mesmo programa, mas já com alguma notoriedade, tocando hits como Stairway to Heaven, Going to California e Black Dog. Nesse "Queen On Air - The Complete BBC Radio Sessions" temos uma poderosa coletânea, reunida em seis sessões, junto a entrevistas que nos levam a imaginar esse início da carreira de uma das bandas de rock mais icônicas do pop. Ao todo são
24 gravações, takes originalíssimos e canções dos primeiros álbuns, incluindo uma inédita versão mais rápida de "We Will Rock You". As faixas restauradas pelo engenheiro de som do Queen, Kris Fredriksson, foram remasterizadas por Adam Ayan. O CD duplo começa com a sessão de fevereiro de 1973, antes mesmo do lançamento do álbum de estreia e que tem uma bela amostra do que viria a seguir, como nas faixas "My Fairy King" e "Liar", ambas de Mercury, embora a mais executada tenha sido "Keep yourself alive", de Brian
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MÚSICA INTERNACIONAL May. Para a segunda sessão, meses depois, o destaque é a gravação radical de "Son and Daughter" de May. Na terceira sessão Mercury se esbalda em "Ogre Battle" e em uma nova gravação de "Modern Times Rock'nroll", de Taylor. Em 1974 as melhores sessões, cujas gravações já dão uma ideia bem clara da concepção musical e teatral do grupo, como na balada "Nevermore" (de certa forma precursora de Love of my Life) e a óti-
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MÚSICA INTERNACIONAL ma "White Queen (as it began)". Ainda em 1974 a quinta sessão com as regravações ao vivo, incluindo "Stone cold crazy" (composição coletiva do grupo, numa espécie de anteprojeto para os futuros raps) e "Tennement Funster", de Taylor. Já devidamente famosos, retornaram para a última sessão, em 1977, mais no clima de festa, reinventando o hino "We Will rock You" e apresentando duas ótimas canções, um blues melancólico de Mercury, e o rock pesado de Brian May, "It's late".
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Claramente oportunista e visando preencher um vazio nostálgico, este CD duplo é indicado apenas aos fãs, com a possibilidade de rever o começo das construções melódicas do grupo e de suas intervenções ecléticas, calcadas no rock básico e ornadas pela guitarra de May e o piano de Mercury. Àqueles curiosos ainda não tão aclimatados às maluquices criativas e demais reinações da banda, somente uma curiosa opor-
tunidade de travar contato com os primórdios de Freddie e sua turma.
Marcio Paschoal é escritor, autor das biografias de João do Vale e Rogéria.
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MÚSICA INSTRUMENTAL Ernesto Julio de Nazareth, aos 6 anos foi apresenta-do ao pianista americano Louis Moreau Gottschalk, uma de suas futuras influências.
Ernesto Nazareth Ernesto Nazareth (18631934) mesclou o romantismo erudito de Chopin e Beethoven aos ritmos populares das ruas do Rio de Janeiro. Gravou apenas quatro fonogramas e vivia de vender suas partituras, dar aulas de piano em casa e tocar nos salões de cinema, lojas de música etc. Vida de músico não parece ter mudado muito. Sua obra completa está registrada pela pianista Maria Teresa Madeira, em caixa com 12 CDs. A mesma intérprete já havia registrado três discos avulsos, dois deles para o exterior, e dois esboços do projeto completo, enfim concretizado com a verba do Prêmio de Música Brasileira da Funarte, conseguida entre 300 concorrentes. "Mesmo assim, coloquei alguns trocados do meu bolso", brinca. Foi auxiliada pela parceria com o marido, Marcio Dorneles, técnico de som, que montou um estúdio num anexo da casa onde moram, em Laranjeiras, no Rio. "Durante 14 meses, colocava a meta mensal de quantas músicas deveria gravar", esclarece. Intercalou as 215 faixas da caixa, registradas entre abril de 2014 e setembro de 2015, com a atividade de professora e excursões 8
Estudou com outro também americano residente no Rio de Janeiro, Charles Lambert, de New Orleans. Aos 14, compôs a primeira polca lundu (Você Bem Sabe) e debutou em recital, aos 16 anos, no Clube Mozart, no Rio. No início da gravação no País, em 1903, seu tango brasileiro ‘Está Chumbado’, de 1898, saiu em disco da Banda do Corpo de Bombeiros, regida por outro fundador da MPB, o maestro Anacleto de Medeiros. como intérprete. Bacharel em piano pela Escola de Música da UFRJ, com mestrado pela Universidade de Iowa, EUA, esta ex-aluna de expoentes como Heitor Alimonda, Miguel Proença, Sergei Dorenski e Arthur Rowe também atravessou a fronteira, ao tocar com músicos populares como Altamiro Carrilho, Leo Gandelman, Rildo Hora e Paulo Sérgio Santos. "Nazareth tem o refinamento do erudito e o ritmo da alma brasileira", acrescenta. Filho de um despachante aduaneiro e uma pianista amadora,
Dois anos depois, o tango inaugural Brejeiro, de 1893, tratado por Maria Teresa com aveludado lirismo, ganhou letra de Catulo da Paixão Cearense e tornou-se Sertanejo Enamorado, na voz do cantor Mário Pinheiro. Outros grandes intérpretes, como Francisco Alves e Vicente Celestino também gravaram suas composições letradas posteriormente. Homenageado por Villa-Lobos no Choro Nº 1 para violão, ele retribuiu com a peça de concerto ‘Improviso’, executada com maestria pelo piano de Maria Teresa. Artífice de indeléveis matrizes do JG NEWS, ANO XXI, ED. 219 JANEIRO 2017
MÚSICA INSTRUMENTAL choro como ‘Odeon’, ‘Apanhei-te Cavaquinho’, ‘Ameno Resedá’, ‘Escovado’, ‘Tenebroso’, ‘Escorregando’, Nazareth teria inspirado o personagem Pestana, do sarcástico conto Um Homem Célebre, de seu contemporâneo Machado de Assis. O paralelo motivou o ensaio ‘Machado Maxixe’: O Caso Pestana, de 2004, do professor e músico José Miguel Wisnik, letrista de ‘Bambino’, gravado por Elza Soares, em 2002. E também a tese de mestrado de outro professor e músico, Cacá Machado, O Enigma do Homem Célebre Ambição e vocação de Ernesto Nazareth (IMS, 2007).
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Mozart
"O sotaque sincopado da música de Nazareth encaixava-se perfeitamente à construção simbólica de uma cultura musi-cal autônoma, moderna e genuinamente brasileira, características necessárias para a legitimação do novo regime", escreve ele, a propósito da passagem do pianista dos salões da aristocracia imperial para a elite da Primeira República.
Nas lojas desde outubro, a caixa "Mozart 225: The new complete edition" já vendeu 1,25 milhão de CDs pelo mundo. O trabalho póstumo traz 225 discos, apresentando todas as obras compostas por um dos maiores artistas da música clássica. O vasto material conta com 600 solistas consagrados e com 60 orquestras, em um total de 240 horas de música.
TELS: (21) 2576-0075 9 2258-9074
Elias Nogueira
GUTO GOFFI & O BANDO DO BEM
Guto Goffi & O Bando do Bem Baterista do Barão Vermelho mostra novo trabalho em show na Zona Norte do Rio. Depois de lançar seu primeiro trabalho solo "Alimentar" em 2012, o baterista do Barão Vermelho, Guto Goffi, solta novo álbum intitulado "Bem". Todo trabalho foi gravado em seu estúdio, Cabeça de Lâmpada, durante dois anos. Nesse período Guto se reunia, semanalmente, para sessões de seis horas de duração registrando as novas canções em formato digital. A produção ficou a cargo do próprio Goffi, o compositor que reuniu músicos, escolhidos
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a dedo para criar "O Bando do Bem" e gravar dez faixas no estilo anos 1970. Guto Goffi mais uma vez mostra seu talento em compor; nas dez faixas do disco, apenas uma não tem sua assinatura, "Maracatu de Caxangá" de autoria de Plínio Araújo, irmão do lendário maestro Severino Araújo. Repertório bem elaborado, produção per feita e músicas que, se houver uma brecha tornam-se hit; "Baobá" é uma delas.
WHATSAPP 22 98828-0041
"Bem" - as faixas: Tudo de Bem (Guto Goffi), Baobá (Guto Goffi),
Maracatu de Caxangá (Plínio Araújo), Lei de Neide (Guto Goffi), Bom
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GUTO GOFFI & O BANDO DO BEM Que Seja Sim (Guto Goffi e Cláudio Perpétuo), Estrela Solitária (Guto Goffi e Raul de Barros Jr), Porque os Sinos Tocam (Guto Goffi), Grão da Vida (Guto Goffi e Cláudio Perpétuo), Flores Raras (Guto Goffi) e Renascida (Guto Goffi). A bolachinha conta com participações especiais - Mimi Lessa na guitarra, Geraldo Junior - voz, triângulo e aboio, Beto Lemos - rabeca, viola caipira, pandeiro e voz, Yumi Park - voz, Markus Britto - baixo, Lula Washington - violão, Luciano Lopes - loops eletrônicos, Laudir de Oliveira - congas, agogô e, Arthur Kauffman derbak daholla. No disco aparece o produtor Maurício Barros como convidado. Guto Goffi
além de tocar bateria, canta, toca guitarra e caxixis. O Bando do Bem: Yumi Park - voz, Bruno Mendes - voz, Markus Britto - baixo, Lula Washington - guitarra, César Brunet - percussão; formação apresentada no show de lançamento no dia 09 de dezembro de 2016, no Centro da Música Carioca Artur da Távola, Tijuca, Rio de Janeiro. Neste show o grupo apresentou músicas do disco novo, mesclando sucessos do Barão Vermelho de autoria de Guto Goffi. Vale informar que o lendário percussionista, Peninha, do Barão Vermelho, fazia parte do grupo até falecer recentemente. Guto Goffi começou tocar bateria em 1978.
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No início dos anos 1980 fundou o Barão Vermelho, com o tecladista Maurício Barros. Com a saída de Cazuza passou a compor e produzir. Quando o Barão Vermelho começou tirar férias sem retornos previstos, Guto caminhou em outras direções e dedicouse a projetos paralelos. Abriu loja e escola de bateria e percussão Ma-
racatu Brasil, em Laranjeiras, formando novos músicos. Lançou em 2012 o disco solo "Alimentar"; formou o Bando do Bem, integrou o trio de música instrumental Bicho de Pau; Guto Goffi Quinteto e gravou com Robertinho Silva e Laudir de Oliveira, dentre outras tantas coisas.
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IMPORTANTES
Carminho Chega às lojas um dos álbuns mais aguardados do ano: Carminho canta Tom Jobim, um tributo da aclamada cantora portuguesa à obra do maestro. Com a participação de Chico Buarque, Marisa Monte e Maria Bethânia e os músicos que fizeram parte da Banda Nova, criada em 1984 que tocou com Tom Jobim por 10 anos. Nessa edição ela é formada por Paulo Jobim, Daniel Jobim, Jaques Morelenbaum e Paulo Braga.
"Romanza" foi o CD clássico mais vendido do mundo. 20 anos se passaram do lançamento do álbum e, pra comemorar, Andrea Bocelli preparou um presente para os fãs: uma nova edição remasterizada com as 15 faixas originais e três bônus. 12
Eagle O disco "Hotel California", Eagles, completou 40 anos e a faixas que mais se destaca é "Life in the Fast Lane", um dos sons mais rock and roll do disco. Don Henley já revelou que a ideia para a música começou quando Joe Walsh improvisou o riff principal
enquanto a banda se preparava para começar um ensaio. Henley achou o riff incrível e disse na hora que era preciso compor algo para ele, o que fez com a ajuda de Glenn Frey. http://bit.ly/ClsRckSpf
Tom e Newton "Samba de Uma Nota Só" é uma música de Tom Jobim e Newton Mendonça que deu um forte pontapé inicial ao movimento dos anos 60 que resultou na bossa nova. Infelizmente Newton não teve tempo de ver sua música perambular pelo mundo. Como o título propõe, a linha principal da melodia consiste em uma sequência em cima da mesma nota que, juntamente com a letra, passava a importância da simplicidade para transmitir uma mensagem com eficiência. A faixa ainda seria regravada por nomes como Frank Sinatra, Sergio Mendes, Barbra Streisand, Quincy Jones, Ella Fitzgerald entre outros. A versão do maestro Tom Jobim está na playlist Lendas da Música Brasileira: http://spoti.fi/2gcHdOZ JG NEWS, ANO XXI, ED. 219 JANEIRO 2017
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LANÇAMENTOS
Robson Candêo
MUSICANDO MUSICANDO Provavelmente você nunca ouviu falar da Drenna Drenna, que é vocalista e guitarrista da banda que leva seu nome. Pois vou dizer que a minha dica desse mês é procurar conhecer o trabalho dela, principalmente este novo álbum Desconectar - que tem uma pegada roqueira muito boa, ótimas canções e que me fez recordar de grandes bandas de rock dos anos 80, de onde ela provavelmente tirou uma boa inspiração. Por falar em anos 80, quem tem novidades é a Blitz - A Avv enturas II II, com Evandro Mesquita resgatando o som que faziam lá no início das aventuras, com músicas que contam histórias, divertem e ainda traz a participação de uma galera tarimbada como Zeca Pagodinho, Paralamas, Seu Jorge dentre outros. E a banda Malta está com novo álbum e novo vocalista, já que Bruno Boncini decidiu seguir carreira solo. Depois de 14
grande sucesso com a vitória no programa de talentos Superstar, a cantora Luana Camarah (the Voice Brasil) assumiu o vocal e não deixa a peteca cair, fazendo com que o novo álbum - Indestrutív el - siga a mesma linha dos trutível anteriores e deixando a banda com força para seguir em frente. Paula FFernandes ernandes ernandes, também tem novidades com o álbum Amanhecer (A o Viv o) (Ao Vivo) o), que traz além de grandes hits da cantora, algumas ótimas regravações como Nuvem de Lágrimas, e as participações de Sandy e do espanhol Pablo López. Vale muito a pena o novo álbum da banda Magic! - Primar y Colour lourss, onde eles executam um reggae bem próximo do Pop e que é excelente com algumas músicas já fazendo sucesso como "Lay You Down Easy". eE o vocalista do Aerosmith, St Steyler lança seu primeiro álven TTyler bum solo - We´re All Somebody fr om Some where from Somewhere where. Detalhe que é um álbum com regravações countr y, mas com uma roupagem rock'n'roll, resultando em um excelente trabalho que inclui a clássica do Aerosmith "Janie´s Got a Gun" com um novo arranjo bem legal
também. Já o cantor Sha Shawn wn Mendes que faz muito sucesso com as adolescentes também tem novidades com o CD Illuminat e, que vale Illuminate bastante a pena com seu som pop mais romântico. Para quem ainda não conhece a banda norte-americana The LLumineer umineer umineerss já tem um tempo de estrada e fazem um grande folk rock que vale muito a pena conhecer e curtir, principalmente agora com o novo álbum Cleopatra Cleopatra. Gostei muito do novo álbum do grupo Marillion - F**k Ev er Ever eryyone and R un (F E A R) Run R), que lembra aqueles álbuns conceitos que as grandes bandas lançavam no passado, mas que tem uma ótima pegada em grande parte das canções. erguson A cantora Rebecca FFerguson traz o lançamento de Super Super-woman oman, seu 4º álbum onde inclui o single ‘Bones’ com potencial de fazer muito sucesso. JG NEWS, ANO XXI, ED. 219 JANEIRO 2017
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EVANGÉLICOS
Damares lança primeiro clipe de novo álbum Estreiou o primeiro clipe do projeto "Obra Prima" da cantora Damares. Com direção de Hugo Pessoa, o clipe faz parte de um projeto inovador de lançar vários conteúdos de vídeo de um novo projeto muito próximo ao lançamento do disco. "Até em função da gravidez da artista e da natural dificuldade dela em trabalhar na divulgação e promoção do pro-
jeto, gravamos muitos clipes e vídeos há alguns meses atrás e agora vamos lançar o máximo de conteúdo no canal de vídeos da artista e estamos programando lançar um DVD com estes materiais entre fevereiro e março do próximo ano" - adiantou Karina Martins, responsável pelo marketing na Sony Music. O primeiro clipe lançado será justamente do single "Ressuscita". A cantora ainda participou de uma intensa maratona de entrevistas de rádio e para a chegada da primeira filha, Antonella, prevista para início de janeiro.
Leonardo Gonçalves encerra turnê Princípio com shows no Rio de Janeiro Depois de rodar as principais cidades do país, Leonardo Gonçalves encerrou oficialmente a temporada da turnê Principio com 3 shows na Cidade Maravilhosa. Nos dias 13 e 14 de dezembro, o cantor e banda retornaram ao palco do Teatro Bradesco na Barra da tijuca, zo-na oeste do Rio. Estas duas apresentações estiveram com ingressos esgotados há mais de 2 meses e fo-
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ram confirmadas as participações de muitos amigos, artistas de TV, personalidades e celebridades da mídia. Depois de apresentar-se no Teatro Bradesco, Leonardo Gonçalves seguiu para a zona sul da capital fluminense onde se apresentou no tradicional palco do VIVO RIO. A proposta do evento no VIVO RIO foi de atender ao público que não conseguiu ingressos nos shows do Bradesco e também de fazer o grande fechamento da turnê. Este evento marcou o término de uma turnê, do Leonardo Gonçalves e o início de um novo projeto de Os Arrais. No show do VIVO RIO, o público teve acesso a 2 shows, o primeiro com Os Arrais lançando a turnê DIA, depois o show foi o encerramento da turnê PRINCÍPIO.
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Alberto Guimarães
NOTÍCIAS DE PORTUGAL
Clara Ghimel IMAGENS E PALAVRAS ILUMINADAS NA VOZ
"Iluminadas" é o disco mais recente de Clara Ghimel, uma brasileira que vive em Portugal. Disco (bem) gravado em São Paulo entre março e maio de 2016, com uma equipa que trabalha com Clara já há algum tempo. Lançamento independente onde se denota a entrega de Clara Ghimel a uma criação apenas comprometida com a vontade de transmitir através do seu canto, da música e das letras, um desfilar de imagens luminosas, de sentimentos e emoções com profundidade do tamanho do mar. Tanto está em "Iluminadas" a saudade como encantamentos como o de Clara pelo mar, junto ao qual ela vive e cria. JG NEWS conversou com Clara Ghimel para saber mais sobre sua carreira musical e sobre "Iluminadas".
Como e onde começou a sua aventura musical? Nasci em Salvador e lá comecei a cantar por volta de 1981 quando era estudante universitária, no circuito de barzinhos. Por volta de 1989 eu parei de cantar em bares e comecei um projeto voltado para o blues. Até aí eu cantava MPB e Jazz. Eu queria ser a primeira cantora brasileira a gravar um disco inteiramente de blues e em Inglês. Consegui esse intento. Fiz "Every Night of the Week", hoje considerado um clássico do blues brasileiro, produzido pelo André Christovam em 1996. Saiu por uma gravadora europeia, a Movieplay, que tinha uma extensão no Brasil. O disco inaugurou um selo dentro da gravadora chamado Brazilian Blues. Tive críticas muito positivas. Fiquei sabendo que o disco tocava na BBC de Londres sem eu, na altura, ter ido lá. Viajei muito por causa desse disco fazendo a sua divulgação. O estado de São Paulo, na capital e no interior, tinha um circuito imenso de blues. Na altura, na Bahia, o governo do estado me convidou para fazer as noites de 2ª feira no Pelourinho, em Salvador. Comecei o projeto com um auditório de umas trinta pessoas e, de repente, me via com trezentas JG NEWS, ANO XXI, ED. 219 JANEIRO 2017
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NOTÍCIAS DE PORTUGAL
pessoas assistindo. De um mês inicialmente previsto, acabei ficando uns oito meses. Foi uma façanha! Graças a uma banda maravilhosa que eu tinha. Acho que fiz também uma boa escolha de repertório, com músicas não só do meu primeiro disco mas também outras que vinha compondo. Continuou gra gravvando? Com um segundo CD já de 2003 que lancei na Holanda. Gravei em São Paulo, com co-produção minha e do Edu Gomes. O Edu quis fazer algo entre o blues e a MPB, com algumas letras em Português. Procurei dentro da música brasileira encontrar temas dentro de uma textura meio bluesy. Então fiz um disco que já não era de blues mas sim bluesy, o "Old Poster", que tem até música dos Beatles, o "Norwegian Wood", que gravei de uma forma diferente. Essa música está no youtube. "Old Poster" tem uma música do Caetano Veloso, "Deixa Sangrar", que eu regravei com a Vânia Abreu, como fosse um carnaval de New Orleans. "Old Poster" foi produzido por Alexandre Fontanetti, que fez também a produção de "Boss `n` Roll", de Rita Lee, disco onde toca com ela. Depois dessa experiência na Holanda, passei três dias em Portugal e pensei: Eu quero morar aqui! 22
E fficou icou a morar em P or tugal? Por ortugal? Em 2004 voltei a Portugal, onde passei férias. Em 2005 dei entrada de novo em Portugal mas com visto de artista e fui trabalhar no Casino Estoril onde cantei por um bom tempo. Comecei a ler literatura portuguesa contemporânea, os poetas também. Numas férias no Brasil, ao ler um livro de Florbela Espanca, encontrei um soneto chamado "Os versos que te fiz". Em vez de o ler, comecei a cantar o poema espontaneamente. Estava ali uma música. Eu não tinha como gravar, não tinha um violão e acordei a minha irmã para gravar com o celular dela. Três meses depois voltei para Portugal e regravei o poema de Florbela Espanca que foi o embrião de um disco em que musiquei poetas portugueses contemporâneos e de outras eras. Musiquei Camões, Fernando Pessoa... dos contemporâneos musiquei Manuel Alegre, Nuno Júdice Ana Luísa Amaral, Ana Paula Tavares, que é angolana mas vive há muito em Portugal, Joaquim Pessoa e Lídia Jorge, que é romancista mas escreveu o poema "Sou de Vidro", a música que as pessoas mais gostam no disco. Assim nasceu "Entre Mares", CD que gravei em 2008, também em São Paulo, com produção do Edu Gomes e do Adiano Grineberg. Fechei o disco com uma música minha e do António Pinho e do Nuno Dias, chamada "Equador", feita a partir da minha leitura do romance Equador, de Miguel Sousa Tavares. Estava com saudades do Brasil e escrevi coisas como "quem entende de saudade somos nós". Afinal quem entende de saudade são os portugueses, os brasileiros, os falantes da língua portuguesa. Em " Entre Mares" parece tter er -se er-se eresse seu na interesse f ixado um int sonoridade das pala vras… palavras…
A força maior de "Entre Mares" está nas palavras. Os poetas que ouviram disseram que me saí bem. Procurei fazer tudo com delicadeza, reverência e muito cuidado. Sou uma leitora de poesia desde muito nova. Um dia uma tia minha disseme "os poemas respiram, têm uma respiração que os poetas colocam, têm um pulmão dentro". Na hora que eu fui compor tentei imaginar onde é que estava a respiração de cada poema. A Ana Luísa Amaral falou que acertei na respiração dos dois poemas dela. E ela é muito exigente nisso. Eu também sou muito exigente, quero dar sempre o melhor de mim. Na letra de música a respiração vai muito em função do ritmo, e na poesia não é bem assim, ela é que vai ditar a melodia, a música que se coloca. A minha tia de que falei, me desafiava a escrever composições a partir de uma gravura que ela escolhia. Isso me instigou. Hoje eu componho canções, por exemplo, a partir de uma fotografia. Esse disco ffoi oi apresentado em palco? Fiz o lançamento do disco em Portugal, na Reitoria da Universidade do Porto. Depois disso afastei-me da música em termos de palco. Musiquei um livro infantil, "A História da Aranha Leopoldina", de Ana Luísa Amaral. Fui então estudar música, o que não tinha feito antes. Matriculei-me na Escola Óscar da Silva, em Matosinhos, onde estive dois anos. Depois aprendi violoncelo para aprender a escrever. Como surgiu "Iluminadas"? 2016 foi um ano dedicado à elaboração de Iluminadas, um trabalho feito à distância. A outra letrista, Cris Rodrigues, mora no Brasil, o produtor mora no Brasil e fomos trabalhando pelo WhatsApp e por e-mail. Fizemos o trabalho de lapidação JG NEWS, ANO XXI, ED. 219 JANEIRO 2017
NOTÍCIAS DE PORTUGAL pela internet e o resultado foi gratificante. Apreciei muito a recetividade que tive no lançamento de "Iluminadas" em Brasília. Há muitos anos que eu não cantava em palco. Considero "Iluminadas" o meu melhor trabalho até agora, onde como intérprete vivi as músicas, compus, fiz arranjos, me envolvi por completo. Quis que os músicos tivessem espaço. Não tive preocupações de mercado, não me importou que as músicas ficassem longas para tocar no rádio. É um disco para se ouvir na íntegra. "Iluminadas" é para mim como uma obra de formatura, nele apliquei os conhecimentos teóricos que apreendi de 2012 para cá. Em "Iluminadas" compus, fiz letras, cantei, arranjei... não quis produzir, pois sujaria os sentidos fazendo todas as etapas do disco. Sou uma mulher de palco e de compor. Tenho um home-studio em casa, o que me permite compor sempre que me surge uma ideia. Pego no violão ou sento-me no piano e registo a ideia do que quero expressar.
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Quem são os outr os int er es outros inter ervvenient enientes de "Iluminadas"? Edu Gomes é um dos maiores guitarristas brasileiros com quem trabalhei. E um grande produtor. Um ser humano zen que explode quando toca. É um excelente criador de riffs. Tem um trabalho próprio com discos instrumentais gravados, outros em que ele canta. Faz ainda um trabalho interessante com músicas espiritualistas em parceria com Adriano Grineberg, um pianista de Blues que fez o ano passado um disco muito premiado no Brasil, "Blues for Africa". Daniel Lanchinho, além de ser um exímio baterista para tocar balada não tem como ele - é um mestre na mixagem. O outro baterista que tocou em "Iluminadas" é Caio Gomes, filho do Edu, um jovem muito exigente. Em "Música & Poesia", um 5/4, bem complicado de tocar, ele se saiu muito bem. O baixo quem fez foi o Airton Fernandes, que gravou em São Paulo e eu não conheço pessoalmente. Mas é um músico muito bom. Marisa Sil-
veira que gravou os cellos, toca na Sinfônica em São Paulo e tem também uma vertente na música popular. Executou as músicas muito bem e deixou muito brilho nos solos. O Edson Cordeiro mora em Berlim. Um grande intérprete, muito estudioso. Deixou vocalises lindos no disco. Fiquei muito feliz com o resultado que consegui em Iluminadas conjuntamente com todos que nele participaram. Além do CD, "Iluminadas" está também disponív el em plataf ormas de disponível plataformas distribuição na int erne t? interne ernet? Sim. Está no Spotfy, Apple Music, Amazon, Google Play, por esse mundo virtual fora… Como vvai ai ser o lançament o do lançamento disco no Brasil? Já estou a trabalhar para o lançamento em Salvador onde não canto há nove anos e ali conto ir no primeiro semestre de 2017. Depois parto para o lançamento em São Paulo e Rio de Janeiro.
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MUNDO GOSPEL
Dois lados e uma parceria de sucesso O cantor Rafael Bitencourt grava seu terceiro CD solo e assina contrato com a gravadora MK O cantor Rafael Bitencourt, que já escreveu dois livros, celebra um novo tempo em sua carreira ministerial. Com experiência de cinco CDs e um DVD, de ter ministrado pelo Brasil e em vários outros países, Rafael assinou contrato, na tarde dessa quartafeira, dia 14 de dezembro de 2016, com a gravadora MK Music, pela qual lançará "Deus de Novos Começos", seu terceiro CD solo e o sexto da sua carreira. O projeto "Deus de Novos Começos" foi recebido com confiança e boas expectativas pela Sra. Yvelise Assis Vieira de Oliveira, presidente do Grupo MK de Comunicação, e Marina de Oliveira, diretora artística da gravadora, que logo reconheceram a força deste trabalho e decidiram abraçá-lo e apoiar o cantor, muito bem recebido por toda a família MK Music. Rafael diz que está muito feliz com essa parceria que vai lhe trazer muitas coisas novas e boas, sendo-lhe por desafio de contínuo crescimento para alcançar um nível ainda mais elevado em sua carreira. Ele garante que a aliança com a MK veio como resposta de oração, uma vez que vai amplificar tudo que Deus lhe tem confiado em termos de música e ministração durante todos esses anos: "Com certeza, esta aliança vai consolidar e reafirmar muita coisa que eu venho ministrando há anos e que, agora, com este parceiro gigante que vai me apoiar, será amplificado para o Brasil todo", declara animado. Com o Ministério Apascentar, ele gravou três CDs: "É Impossível, mas Deus Pode", "Deus de Milagres" e "A Vitória da Fé" e o DVD, "É Impossível, mas Deus Pode", lançado em 2008 e que vendeu mais de 25 mil cópias. Com esse DVD, Rafael ganhou o Prêmio Ouro. Nesse tempo, pela gravadora Toque no Altar Music, que dava suporte ao Ministério Apascentar de Nova Iguaçu, Bitencourt alcançou a marca de 1 milhão de cópias vendidas. Anteriormente a "Deus dos Novos Começos" (2016), ele gravou outros dois CDs solos: "Dias Melhores Virão" (2012) e "Rasga o Céu" (2014). Rafael conta que, por um breve tempo, também fez parte da gravadora Canzion Brasil: "Fiquei na Canzion por pouco tempo, depois, fui para a Onimusic, do Nelsinho, um amigão, que me deu um apoio muito grande. E agora assino contrato com a MK, que vai distribuir para todo o Brasil, me dando estrutura e suporte para este projeto. "O meu desejo é que cada pessoa que ouvir esta música entenda que se ela está quebrada é porque Deus vai refazê-la. Ele está lhe dando uma chance de se levantar com mais força, com mais experiência. Deus está lhe mostrando que Ele ainda tem planos, projetos para a sua vida, que ela pode sonhar novamente. Então, que ela diga: 'Eu vou lutar e prevalecer, porque Deus está comigo'. Eu sou cantor e um pregador de esperança e tenho certeza de que cada pessoa que ouvir as músicas do CD 'Deus de novos começos' vai ter este toque de Deus. É tempo de recomeçar, é tempo de se levantar, de ser chamado Israel de Deus novamente’, declara .
EXPEDIENTE Editores Antonio Braga e Jorge Piloto Colaboradores Elias Nogueira, Alberto Guimarães, Márcio Paschoal, Robson Candêo, Patrícia Rodrigues, Pablo Amaral e Fábio Cezzane.
Comercial Rio de Janeiro Antonio Braga Whatsapp 22 98828-0041 Cel: 21 98105-4941 bragaa@gmail.com Bahia Jorge PIloto (71) 98647-7625 (71) 9922-1828 jorge.piloto@yahoo.com.br Redação: Rua Cristóvão Barcellos, 11/103, Laranjeiras/RJ - CEP 22.245-110 Os artigos assinados são única e exclusivamente de responsabilidade de seus autores. A revista JG News é a continuação, em formato revista, do Jornal das Gravadoras, fundado em novembro de 1996 pelo jornalista Antonio Sergio de Farias Braga, Registro Profissional 18.851 L87 fl8v, emitido em de 16/09/1986.
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JG NEWS, ANO XXI, ED. 219 JANEIRO 2017