Lourenço 187

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ANO XVIII - EDIÇÃO 187 - ABRIL DE 2014

FOTO: CRIST ABRILLORENA DE 2014

AUTOR ASSOCIADO SBACEM

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ABRIL DE 2014

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ABRIL DE 2014

Antonio Braga-Editor

MATÉRIA DE CAPA

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Lourenço: O compositor de Hit Parade Ele já emplacou hits que foram sucesso no mundo inteiro. Para citar alguns: 'Sai da Minha Aba' e 'Mineirinho', com o Só Pra Contrariar; com Alexandre Pires no seu CD solo "Estrela Guia" a música ‘Inseguridad’, com a qual fez dueto com a cantora espanhola Rosario Flores e o grande sucesso brasileiro Sissi; e, 'Sorte Grande' (mais conhecido como 'Poeira'), com Ivete Sangalo. Também já foi vencedor de Sambas Enredo (todos da Tradição) por 6 anos e vale lembrar o de 2001, o último cantado por todo o Brasil “O Homem do Baú”, homenagem a Silvio Santos. Lourenço é daqueles compositores obstinados que encaram a profissão com muita responsabilidade e cautela. Nessa rápida conversa, ocorrrida na sede da Sbacem, o autor nos conta passagens de sua história: Você viu muitos grupos nascerem e os ajudou com suas músicas. No Molejo, por exemplo, você está desde o início, não é? Sim, faço parte da história de alguns grupos como o Molejo, por exemplo. Vi nascer, estava lá no princípio da carreira deles, quando não tinham muitos compositores enviando-lhes músicas, e colocando voz, nos backings. Às vezes tinham 4 músicas minhas num disco deles, depois foi diminuindo, 3, 2, mas sempre estive ali presente, é uma amizade bacana. Então o grupo agora completa 25

anos e gravaram, em dezembro, um DVD comemorativo onde fui convidado a participar. Matamos a saudade, cantei com eles, reencontrei o Mauro Almeida, o Bira Havaí, todo mundo enfim. No final do ensaio me pediram para mostrar alguma coisa nova e mostrei 'Metidinha', uma nova música, em parceria com Doc Santana, meu atual parceiro mais constante. Adoraram e já saíram por aí cantando em shows. Acho que vai ser mais um sucesso do grupo. Com eles emplaquei os hits ‘Ah! Moleque’ (parceria com Adalto

Lourenço com o grupo Só Pra Contrariar

Ivete Sangalo

Magalha) e ‘Doidinha Por Meu Samba’ (parceria com Franco). Esse negócio de artistas completarem 25, 20 anos de carreira já está fazendo parte também da sua agenda... Pois é. Outro grupo que também completou 25 anos e eu também estive presente desde o começo foi o Só Pra Contrariar. Naquele disco que bateu todos os recordes de vendas, da época, mais de 3 milhões de cópias vendidas, 6 faixas eram de minha autoria. Faixas essas que tocam até hoje em todos os pagodes Brasil afora, nos shows do SPC e também da


Lourenço e o Grupo Molejo

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carreira solo do Alexandre Pires, meu parceiro em muitas músicas. Fui o representante daquele grupo de compositores desse disco glorioso a receber o disco de Platina Triplo pela vendagem de mais de 3 milhões de cópias vendidas. Esse foi um momento muito especial na minha vida e posso considerar que a partir dali minha vida deu uma guinada. O disco vendeu horrores aqui no Brasil, e depois foi exportado vendendo muito bem lá fora também o que proporcionou uma carreira internacional para o grupo, abrindo portas para outros artistas nacionais no exterior. Tive muita sorte em ter feito parte dessa história. 'Mineirinho', 'Sai da Minha Aba', 'Ah! Moleque' e tantos outros sucessos permearam sua vida, mas 'Poeira' extrapolou tudo, não acha? Em 1998, de férias em Iguaba, Região dos Lagos, no Rio de Janeiro, onde a brisa inspira a poesia, compus 'Sorte Grande', popularmente conhecido como 'Poeira'. Cinco anos mais tarde, essa

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canção que eu já havia mostrado para artistas como Molejo, As Meninas (grupo Baiano que despontava na época), dentre outros que ouviram e não levaram fé, acontecia de forma extraordinária, tornando-se hit obrigatório em todos os lugares desse planeta, na voz endiabrada de Ivete Sangalo. Aquilo foi estrondoso. Até as torcidas organizadas nos estádios de futebol cantavam 'Poeira'. No Carnaval só dava 'Poeira'. Ivete gravou em 2003, em 2004, em 2005 e em todas as coletâneas de músicas dela e de axé até hoje está lá: 'Poeira'. Um fenômeno de fato. Fico muitíssimo agradecido e feliz. Acabei participando também dos 20 anos de carreira de Ivete Sangalo que me gravou além de 'Sorte Grande' (Poeira), 'Mega Beijo', um reggae arretado. Estive num CaboFolia, no Trio Elétrico do Asa de Águia, pois tinham gravado uma música minha e do Alexandre Pires chamada 'Maré Mansa'. Anos depois, em 2004, conheci Ivete Sangalo no CaboFolia. Ela já havia gravado 'Sorte

Grande' no ano anterior, e estava eu lá no seu Trio Elétrico sendo homenageado, vendo aquele mar de gente cantando ...Poeira... Poeira... levantou Poeira... Foi uma alegria, uma emoção imensa. Ivete me deu um longo abraço me passando aquela energia que acho que vai ficar em mim para sempre. Uma grande honra viver aqueles momentos juntos no trio. Sorte sua e que Deus te dê mais... Mas não parou por aí essa experiência de comemoração com grupos que fazem aniversário ... Também estive presente no último DVD que comemorou os 20 anos do Exaltasamba, com a faixa ‘Tô Dentro, Tô Fora’, um mega sucesso do grupo Os Morenos. Me reverenciaram nesse último trabalho do grupo antes de sua dissolução. Além dos já citados artistas, quem mais gravou músicas suas? Para lembrar de todos vai ser difícil, foram muitos: Só Preto Sem Preconceito, Grupo Ra-

ça, Alcione, Emílio Santiago, Banda Reflexus, Balangandã, Harmonia do Samba. Antes de ter esse sucesso todo como autor, você foi Backing vocal e também Crooner de banda de baile. Vamos recordar? Antes de ser Baking Vocal da Alcione cantava em grupos como Copa 7, Brasil Show, Channel, Devaneios, cantava de tudo, de black music da Motow à músicas nacionais. Mas lá no começo, em Recife, de onde vim, participava de programas da TV Jornal do Commércio - Programa da Tia Linda (tipo o Programa da Xuxa de lá), onde cantava músicas estrangeiras (Creedence etc). Também participei de bandas como o Brasilian Boys, dentre outros. Depois me tornei jogador de futebol por causa da música. No clube, onde rolavam shows do grupo Os Moderatos (onde o guitarrista era o Robertinho de Recife), as entradas começaram a pesar no orçamento e então me inscrevi no time de futebol América F. C. e treinei com Zé 54, para ter direito ao acesso


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ABRIL DE 2014 Recife que se lembrou daquele garoto de Recife que frequentava os bailes de sua banda - incrível!

Alcione

como sócio atleta. Adorava ouvir aquela banda. Por influência de um primo, comecei tocando bateria intuitivamente. Cheguei a fazer testes para baterista. Num desses testes, onde não havia ido bem, peguei a guitarra e comecei a tocar e cantar. O dono da banda disse-me que mesmo que eu fosse um grande baterista não deixaria de me ter como cantor. E assim começou minha carreira como cover de bandas. Passei por diversas bandas, sempre com muito sucesso. Numa dessas passagens, na banda Água Viva, junto com Marçalzinho - que era contratado da banda da TV Globo, fomos assistir um show da Alcione, na Escola de Samba Império Serrano. O

nome da banda que a acompanhava era Toda Transa. O produtor já me conhecia e me apresentou a Alcione. Marcamos um encontro na casa dela e rolou o convite para integrar sua banda como Backing Vocal. Fiquei por ali 10 anos, viajando o mundo todo. Eram 15 dias na Itália, uma semana na França, um mês em Moçambique, outros tempos em Cabo Verde, países do leste europeu, Japão (onde eu cheguei a fazer apresentações especiais solo) etc... Também acabei colocando voz em quase todos os discos daquela época (anos 80/ 90). Anos mais tarde, ao gravar num disco do Chico Batera acabei me reencontrando com Robertinho de

Já pensou em gravar um DVD com seus sucessos e participações especiais? Estou pensando nisso agora. Acho que o momento é esse, onde todos estão recuperando a memória de seus sucessos. Vou amadurecer essa ideia e espero poder realizá-la com a ajuda dos amigos e dos fãs. E o Direito Autoral? Super satisfeito com o trabalho que a Sbacem vem fazendo. Uma parceria que já dá certo há anos. Aliás, toda a família Pires está aqui também. A gente está sempre se encontrando e trocando ideias. Tenho um ótimo relacionamento com o presidente Denis e com todos os diretores. Sua filha também é cantora e está lançando um EP. Vamos falar dela? Lorena Crist é pedagoga,

Lourenço com Jayme Pepe (Pepe Music) e a Diretoria da Sbacem: Yvonete Calabri, Antonio Carlos, Denis Lobo, Lourenço e Cleiton Gil.

Lourenço e a filha Lorena

cantora e apresentadora de programa de televisão. Segue na minha linha tanto como intérprete, quanto como compositora. Seu primeiro EP é fruto daquilo que gosta de cantar e canta muito bem, além de atuar também como apresentadora num programa de Televisão do Canal 6 da Net. Não a apoiaria se não fosse talentosa. Lorena está se formando em jornalismo e tem futuro na música. Basta aparecer uma boa oportunidade. Alguns parceiros de Lourenço... Alexandre Pires, Adalto Magalha, Ronaldo Barcelos, Franco, Luiz Carlos da Vila, Xande de Pilares, Gustavo Lins, Paulo Malakacheta, Jorge Malakacheta, Doc Santana.


ROCK N’ROLL

JGNEWS Elias Nogueira

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"Feliz Dia de Hoje" eliassnogueira@gmail.com

CD para quem gosta de rock honesto!

Conheci Carol Lima juntamente com Pedro Dias e Luiz Lopez - os irmãos da extinta banda de rock Filhos da Judith (até agora não entendi a razão da separação). Carol sempre foi convicta em seu trabalho. Sempre recebi atualização do que estava fazendo com o Fuzzcas e, também com a outra banda que ela faz apresentações, Os Beatlemaníacos. Recebia fitas, links e sempre fui convidado para assistir o grupo em suas apresentações, porém, confesso, nunca consegui ir por algum motivo. O momento certo de assisti-los aconteceria, mais dia, menos dia e foi o que ocorreu. No dia 24 de janeiro o Fuzzcas debutaram para a carreira musical profissional com o lançamento do seu primeiro disco "Feliz Dia de Hoje" numa casa de shows bastante badalada no Rio de Janeiro, o Studio RJ. Foi uma apresentação marcante. Carol Lima na voz, gaita, ukulele; Leandro Souto Maior na guitarra e voz, Lucas Leão na bateria e voz, Fabiano no baixo detonaram muito rock em mais de uma hora de show. Posso afirmar que "Feliz Dia de Hoje" foi lançado com show eletrizantemente correto e com personalidade! Em bate papo com Carol e Leandro, pude conhecer mais sobre este quarteto de viciados em rock! Formação da banda Carol: O Fuzzcas foi criado em 2006, quando comecei a compor. Na música todos se conhecem, e conheci os

integrantes antigos através de um, que conhecia o outro, que frequentava os mesmos shows do outro.

1960, 1970... Blues... Leandro: Eu particularmente, me ligo mais nos clássicos, os caras dos anos 60 e 70, mas os outros três, acho que principalmente o Lucas, baterista, traz coisas novas pra gente ouvir, como o grupo Vintage Trouble. Carol: Somos uma banda com os dois pés em 2014.

Um grupo que vem frequentando o circuito underground desde 2006.

Lembro-me quando assisti você com outro grupo, Os Beatlemaníacos. A minha banda é o Fuzzcas, que existe desde que comecei a compor e me expressar artisticamente. E temos muitas influências dos clássicos, o que eventualmente aparece é um ou outro projeto. Leandro e seus riffs de guitarra... Comecei ouvindo o blues, e daí descambou no rock de guitarristas como Hendrix, Jimmy Page, Jeff Beck, Eric Clapton, Santana... Hoje em dia, continuo ouvindo os mesmos discos antigos que gosto, e quanto mais eu os ouço, mais maneiros eles soam! Composições Carol: As composições são feitas a partir de algum sentimento de inquietação ou de alegria extrema da gente, como "Valsa Triste" ou "Hey Hey Baby", por exemplo. Os arranjos vão nascendo no estúdio, conforme as canções vão amadurecendo, todos participam se têm alguma ideia interessante que possa acrescentar na música.

George Harrison Leandro: O Harrison, para mim, é mais um compositor e cantor do que um guitarrista virtuoso. O virtuosismo dele na guitarra, na minha opinião, é mais discreto, mas não menos sublime, registre-se! Mas o solo de 'Something', por exemplo, é dos cinco mais bonitos de todos os tempos, na minha avaliação! "Feliz Dia de Hoje" Carol: O repertório foi nascendo aos poucos, e percebemos uma semelhança nas canções. O CD surgiu após o nascimento das canções.

Inspiração para compor Só fazemos o que a canção pede. Cada música é um ser diferente, com vontade própria, e respeitamos isso. Não nos baseamos em nada a não ser em nós mesmos, estamos nos expressando e pronto. Pedro Dias & Luiz Lopez Pedro: Além de ser co-autor de muitas canções comigo, produziu o "Feliz dia de hoje" com maestria. Luiz Lopez havia mixado nosso EP e fez, novamente, um trabalho fantástico. Já trabalhamos juntos em outras ocasiões. Até ficar pronto, demorou doze meses. Michael Jackson e Belchior Leandro: Dois gênios da música, e, curioso, em princípio de sonoridades tão distantes, não é? Mas veja que há no legado tanto do Michael Jackson quanto do Belchior, a característica que amamos tanto: a atemporalidade! Isto é, a música deles não fica velha, pelo contrário, continua moderna e abraçando novas gerações!


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CDS, DVDS E BLU-RAYS

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MUSICANDOMUSICANDO Faz tempo que eu andava curioso em saber como é o duplo Rock & Roll Hall of Fame Concerts - The 25th Anniversary em Bluray, pois já havia visto uma amostra em DVD e tinha adorado. Realmente é um título que vale a pena, apesar de ser um resumo do box original que tem 9 DVDs. Nele tem Jerry Lee Lewis, Stevie Wonder, Simon & Garfunkel, Metallica, U2, Bruce Springsteen, Jeff Beck e muito mais, interpretando grandes canções em uma série de shows realizadas no Madison Square Garden. O detalhe é que cada um dos artistas principais traz um convidado que é tão famoso quanto o próprio artista/banda. Já nos lançamentos em Blu-ray, recomendo muito o novo show do cantor Robbie Williams - One Night at the Palladium,

onde apresenta um espetáculo tão bom quanto o famoso concerto no Royal Albert Hall, doze anos atrás, e traz no set list outra grande seleção de standards internacionais (que inclui "Dream a Little Dream", "Mack the Knife" e "Creep" do Radiohead), ótimos convidados e um pouco de humor com os Muppets em vários momentos, isso sem contar a fantástica produção que foi montada. Também foi lançado na nova mídia o show histórico do Paul McCartney & Wings - Rockshow da turnê que aconteceu entre 1975 e 1976 (com Linda McCartney na banda), que foi restaurado e está completo com as 28 músicas. Nos CDs nacionais, tivemos uma grata surpresa que é o primeiro CD da cantora Andreia Mota -

Paisagem Invisível, onde mostra uma grande voz, para quem gosta de uma MPB bem calma e com ótimas letras. Já nos CDs internacionais, tem o novo álbum do chefe Bruce Springsteen High Hopes que continua gravando o bom e velho rock´n´roll de excelente qualidade e que vale a pena conferir cada uma das 12 canções. Também foi lançado na loja iTunes (confesso, sou fã do iTunes) o álbum da extinta banda INXS - Live at Wembley Stadium '91 para os que curtiram todos os hits desse grande grupo, com direito a "By My Side", "Suicide Blonde" e "Never Tear Us Apart" só para citar algumas. E já que estou falando de iTunes, aconteceu agora em março nos Estados Unidos, em Austin - Texas,

uma edição mais curta do iTunes Festival e os shows estão lá disponíveis, de graça, sendo que recomendo o do Coldplay que traz músicas inéditas, o da banda Capital Cities, que é bem legal, o show do cantor de country/rock Keith Urban, do veterano Willie Nelson, e principalmente o show imperdível do Imagine Dragons que arrasou na música "Radioactive" que de tão boa já assisti uma dúzia de vezes. Candêo escreve para o blog blurayedvdmusical.blogspot.com


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NOTAS INSTRUMENTAIS

A guitarra de George Harrison será leiloada Já foi leiloado o piano usado por John Lennon e Paul McCartney durante as filmagens de "Help!", dessa vez será a guitarra usada Harrison antes dos Beatles acontecerem nos Estados Unidos. Além da guitarra, uma capa de álbum rara assinada pelo quarteto, também entrará em leilão segundo a casa de leilões Julien's Auction. Harrison comprou o instrumento em 1963, em Mount Vernon, durante uma viagem em visita a sua mãe e foi pintada de preto e branco devido solicitação do próprio guitarrista. A guitarra elétrica preta e branca Rickenbbacker 425, de 1962, está avaliada entre US$ 400 mil dólares e US$ 600 mil. Os lances acontecerão nos dias 16 e 17 de maio, no Hard Rock Café, em Nova Iorque. O guitarrista que morreu aos 58 anos em 2001, tocou o instrumento leiloado nos anos de 1963 e 64, em diversas aparições em programas da TV britânica. O álbum "Beatles '65?", assinado por Lennon, Harrison, Paul McCartney e Ringo Starr vai ser vendido entre US$ 200 mil e US$ 300 mil dólares, devido sua raridade.

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Fender custon 2013 As guitarras da série Fender Custom Shop 2013 Closet Classic Strat Pro proporcionam a sonoridade clássica que você espera com o dinamismo e a versatilidade atribuídas a Stratocaster elevando esse ícone a um patamar totalmente atemporal! A tonalidade sonora provém de sua construção e principalmente de sua madeira, criteriosamente escolhida. A 2013 Closet Classic Strat Pro porporciona uma ressonância rica em harmônicos que vibram de seu corpo em Ash altamente selecionado, acoplado ao seu braço moldado com as mesmas características usadas na metade da década de 60 em Oval C-shape, que ostenta um acabamento em óleo suavemente acetinado. Um trio de captadores Custom Shop Fat 50's desencadeiam o clássico timbre dos Single-Coils, preenchendo o ambiente com uma abundante gama de sons com muito "PUNCH"... Acrescente a isso uma ponte em aço 1018 CRS acoplada a dois parafusos e um conjunto de tarrachas super-estáveis e você está pronto para a ação com sua guitarra Fender® Custom Shop 2013 Closet Classic Strat Pro! Os instrumentos Custom Shop Closet Classic tem o acabamento de um instrumento que ficou guardado (sem uso) durante 40 ou 50 anos! (Colaborou: Assessoria)


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Nido Pedrosa

MERCADO MUSICAL NORDESTINO

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Os Sopros Magníficos de Zé da Flauta Nesta edição da JGNEWS, tenho o prazer de trazer e relatar para vocês prezados leitores, a carreira e o novo trabalho do supermúsico flautista, arranjador e produtor musical Zé da Flauta, que completa 40 anos de músico profissional. Para celebrar essa longa estrada de profissionalismo, Zé está lançando um novo trabalho arrojado, com belos arranjos e composições maravilhosas. Mas antes de falar um pouco da trajetória deste músico importante que contribuiu e continua contribuindo para a solidificação e divulgação da música pernambucana de qualidade, tanto no Brasil, quanto no exterior, quero agradecê-lo publicamente pela composição e arranjo da música Blues Dourado, que compôs para meu CD Sucateando - A Música Sustentável... Uma bela composição - Muito obrigado Zé pela linda música que me presenteou!!! Então, vamos ao que interessa... O trabalho e a trajetória de Zé da Flauta: Começou como músico profissional em 1973, fundou junto com Lailson (cartunista) e Zé com o Quinteto Violado

o guitarrista Paulo Rafael a Banda Phetus voltada para releitura da cultura musical pernambucana, essa banda, foi uma das primeiras que fundiu os elementos da música regional nordestina com os elementos da música contemporânea e internacional. Depois dessa primeira experiência surgiu uma nova banda, o Grupo Alla D'elli, que teve a participação do guitarrista Robertinho do Recife e aí, essa proposta de fusão de sons foi se aprofundando. Mas foi exatamente em 1974 que começou realmente a carreira profissional de Zé da Flauta, quando integrou a Banda Batalha Cerrada que acompanhava Alceu Valença. Com o cantor fez uma parceira em várias composições atingindo considerável sucesso de Norte à Sul do Brasil. Depois disso, Zé passou a integrar por quatro anos o Grupo Quinteto

de Jazz de Montreux, na Suíça - Paralelamente a estes bons acontecimentos na carreira, este grande músico havia iniciado suas atividades de Produtor Musical e neste mesmo ano, 1978, adquiriu vários equipamentos, instalou um pequeno estúdio na Escola de Música do Recife - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) aproveitando as férias letivas. Era o embrião do Estúdio Clave, um dos poucos espaços onde, no período posterior ao fechamento da Fábrica de Discos Rozemblit - Recife-PE (uma das primeiras fábricas de discos do Brasil), possibilitou que os artistas locais registrassem seus trabalhos. Foi exatamente neste Estúdio Clave de Zé da Flauta que tive a oportunidade de conhecer melhor Zé e também, seus irmãos: Paulinho da Macedônia, produtor musical da época e Gil Vicente, artista

Violado e com este grupo viajou por vários países da Europa. Em 1978, Zé da Flauta voltou a participar de alguns dos mais importantes trabalhos de Alceu Valença, gravou no disco Cinco Sentidos tocando em todas as faixas, além de fazer a parceria da música Fé na Perua. Participou ainda, do LP Cavalo de Pau nas faixas Martelo Alagoano; Lava Mágoas; Pelas Ruas que Andei Zé e Robertinho e Tropicana, esRecife ta última música, um dos maiores sucessos do disco e da MPB, considerada um clássico do repertório de Alceu Valença. Com Alceu, Zé da Flauta também se apresentou em alguns dos principais eventos musicais da Europa, a exemplo do Festival

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plástico que até hoje permanece expondo seus trabalhos nas melhores galerias do mundo. Foi neste estúdio que participei como músico-percussionista em várias gravações, tanto Zé da Flauta, quanto outros músicos e cantores me convidavam para gravar percussões em seus trabalhos. Uma época de muita música boa, onde tive a oportunidade de participar de várias fusões de sons, com muita gente da pesada, com muitos músicos de primeira linha, que hoje são celebridades da música brasileira e internacional. Foi neste estúdio montado por Zé da Flauta que foram gravadas as suas primeiras produções, através do selo Matita Discos - Os compactos simples 'Gil Som e o Ninho

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Fotos: Ádria Souza, Paulinho da Macedônia e Hélio

de Avião' e 'Flor de Cactus', este último trabalho, traz o primeiro registro fonográfico do cantor e compositor Lenine, que era o vocalista da banda homônima do disco, a segunda gravação desse artista também foi produzida por Zé e registrada no disco Caruá, que mostrava o trabalho de Zé da Flauta e do guitarrista Paulo Rafael como músicoscompositores. Lenine gravou a faixa: Zé Piaba (Zé da Flauta), a única música cantada de um disco predominantemente instrumental. O LP Caruá foi muito bem recebido pelos principais críticos brasileiros, sendo considerado pelo crítico musical Zuza Homem de Melo como o melhor disco instrumental brasileiro de 1980. Nesse mesmo ano

acontece o inesperado... O americano Gerald Seligman compila quatro discos de forró, originalmente produzidos por Zé da Flauta e com isso, faz a produção ter uma repercussão internacional, o disco Brazil: Forró, que foi produzido onze anos antes, chega ao ano de 1991, como finalista do Grammy na categoria Tradicional Folk- Music for maids and taxi drivers. O CD foi lançado pela gravadora

inglesa Globstyles, em toda Europa e Japão e pela Rounder Records nos EUA e Canadá. Os discos originais mostram os trabalhos individuais de forrozeiros que eram desconhecidos até mesmo em Pernambuco, são eles: Toinho de Alagoas, Duda da Passira, Heleno dos Oito Baixos e José Orlando. O disco concorreu ao Grammy em Janeiro de 1991, na categoria Tradicional Folk, sendo


JGNEWS indicado com aplausos pelos membros da National Academy Of Recording Arts And Sciences dos EUA. Este fato é bom ser lembrado para mostrar a todos, a importância de músicos, artistas, produtores e arranjadores nordestinos, que têm um trabalho de repercussão mundial e contribuíram para divulgar, dar visibilidade, notoriedade, importância e solidificação para a música nordestina a nível internacional. Isso nunca deve ser esquecido!!! - O pioneirismo de Zé da Flauta continuou sendo uma das suas marcas, o produtor passou a ser chamado de 'um caçador de novos sons', produziu e lançou os primeiros discos do violonista Nenéu Liberalquino, atual regente da Banda Sinfônica da Cidade do Recife; o disco Batuque da Nação - Maracatu Nação Pernambuco, primeiro disco do gênero e continuou a produzir e lançar outros trabalhos pioneiros, a exemplo dos CDs: Orquestra Sinfônica do Agreste - Os Meninos de São Caetano; os álbuns da Banda Querosene Jacaré; Banda Cascabulho e do compositor e instrumentista Edmílson do Pífano. Da mesma forma que realizou as primeiras gravações de vários artistas e grupos,

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Zé da Flauta também fez os últimos registros fonográficos de dois grandes artistas: Jacinto Silva e Chico Science. O primeiro é criador do chamado 'Coco Trava-língua'... O Coco é um estilo musical que exige muito da dicção e da capacidade rítmica do intérprete, tanto, que digo de passagem, que o Mestre Jackson do Pandeiro é reverenciado pela maioria dos melhores artistas da Música Popular Brasileira e recebeu o título de 'O Rei do Ritmo', este genial artista da nossa música tem suas origens no Coco. - O trabalho de Jacinto o CD: Só Não Dança Quem Não Quer foi gravado e produzido pelo próprio Zé da Flauta e reúne alguns dos maiores sucessos do cantorcompositor. O segundo artista: Chico Science dispensa comentários, porque a maioria dos brasileiros o conhece, canta suas memoráveis interpretações a exemplo de Maracatu Atômico (Jorge Mautner). Chico foi um dos precursores do Mangue Beat, movimento musical pernambucano que conquistou todo o Brasil. Uma das mais conhecidas produções de Zé da Flauta é o CD REIginaldo Rossi - Um tributo, homenagem ao Rei do Brega, que tem as participações de vários artistas e

bandas, entre os quais podemos destacar: Zé Ramalho, Mundo Livre, Geraldo Azevedo, Devotos, Lula Queiroga e Lenine, Este disco atualmente está esgotado, é objeto de desejo de muitos colecionadores e fãs, só perdendo, talvez, para o lendário Paêbiru - Caminho da montanha do sol, álbum de Lula Cortes e Zé Ramalho, disco no qual Zé da Flauta também participou. Outro trabalho dirigido por Zé da Flauta é a coletânea: A Turma do Beco do Barato, que marcou época, um trabalho idealizado por Humberto Felipe, que reúne alguns dos nomes que marcaram a música pernambucana na década de 70, como Marco Polo (ex-Ave Sangria), Lula Côrtes, Lailson, Ivinho, Paulo Rafael, Almir Oliveira, Dicinho, entre outros. Um outro trabalho que faz grande sucesso no Brasil e no exterior, em vários países pelo mundo afora, é a SpokFrevo Orquestra do maestro Spok, na qual Zé da Flauta foi Produtor, Diretor Artístico e um dos Idealizadores, com o grupo Zé dividiu o tempo entre viagens e gravações e junto com Wellington, Zé da Flauta assina a produção do CD e DVD Passo de Anjo - Ao Vivo, premiado como melhor grupo e melhor CD instrumental do

ABRIL DE 2014 ano no Prêmio da Música Brasileira, fato inédito na história do Frevo. Esse grupo vem tocando e dividindo os palcos com os maiores nomes do Jazz internacional e tem se apresentado em mais de 120 festivais de Jazz pela Europa, além de ter levado o Frevo à China, Índia, Tunísia e África do Sul. Entre 1999 e 2000 Zé da Flauta foi Diretor do Site e da revista Manguenews, voltados para divulgar a cena musical pernambucana. Foi também Coordenador de Música da Secretaria de Cultura da Cidade do Recife e Diretor da Orquestra Sinfônica e Banda Sinfônica do Recife durante quatro anos. Neste atual momento Zé da Flauta está lançando seu mais recente trabalho, com uma pegada visceral e sopros renovados, eletrizantes, com belos arranjos e a essência de anos de carreira. Aguardem e fiquem ligados nos próximos capítulos da carreira deste magnífico músico flautista, arranjador e produtor musical, que está colocando no mercado um maravilhoso trabalho, com participações de jovens músicos-parceiros, como: Tuca Araújo: Guitarras; Luiz Silva (Tontonho): ContraBaixo; Rodrigo Barros: Bateria e Willi Soares: Teclados e aqui vai os contatos para shows: zedaflauta1@gmail.com - Tels: (81) 9973-5979 e 3031-2249. Prezado amigo e parceiro de trabalho Zé da Flauta, parabéns pela sua música, pela sua sensibilidade, criatividade, brilhante carreira e ainda, pela sua contribuição para solidificar e colocar a nossa música pernambucana num lugar de destaque. Forte abraço e muito sucesso!!!


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Alberto Guimarães

PORTUGAL EM FOCO

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A música luminosa de Egberto Gismonti Se marcarmos num mapamúndi os pontos por onde Egberto Gismonti tem se apresentado, constataremos que o compositor, multinstrumentista, cantor e arranjador, natural de Carmo, RJ, levou a sua música a um impressionante número de locais um pouco por todo o globo terrestre. Israel, Estados, Unidos, França, Alemanha, Lituânia, Nova Zelândia… E no mês de março esteve de novo em Portugal para exibições no Porto e em Lisboa. JG NEWS teve oportunidade de ver e ouvir Egberto Gismonti no palco da Casa da Música, no Porto, onde ele, desta vez sozinho com seu piano e seu violão de dez cordas, mais uma vez empolgou e emocionou todos os presentes. Retomando temas criados nos anos 70, 80 e 90 com o alento de sua mestria e grande sensibilidade, músicas como Dança dos Escravos, Infância, Frevo ou Palhaço, reverberaram a forma como Egberto Gismonti integra profundas e diversas raízes musicais brasileiras numa sonoridade universal. Egberto Gismonti nasceu em 1947. Começou seus estudos formais de piano quando tinha seis anos de idade. Depois de estudar música erudita durante quinze anos, mudou-se para Paris onde estudou ainda com a compositora e diretora de orquestra Nadia Boulanger e com o compositor Jean Barraqué (aluno de Arnold Schönberg e de Anton Webern). Na linha de Heitor Villa-Lobos, Gis-

monti procede a uma atenta e cuidada fusão da música erudita com as estéticas populares. Uma obra que deixou já marcas através de sessenta e seis álbuns, alguns deles gravados para a prestigiada gravadora ECM, fundada por Manfred Eicher, onde Gismonti se faz ouvir tocando com nomes como Charlie Haden, Pat Metheny, Jan Garbarek, John McLaughlin ou Naná Vasconcelos. Os traços distintivos de artista inquieto que Gismonti é, estão também nas suas atuações como solista convidado por algumas das mais salientes orquestras de música clássica do mundo ou por importantes big bands de jazz e nas muitas trilhas sonoras de Gismonti para filmes e bailados. O currículo de Gismonti é extenso, a sua carreira musical tem sido intensa. Em 1968, participou do III FIC Festival Internacional da Canção com a composição "O sonho", interpretada pelo grupo Os Três Moraes, canção que outras vozes toma-

riam logo de seguida, entre elas a de Elis Regina. Em 1969 foi um dos arranjadores/maestros de um elogiado álbum de Maysa. No disco a cantora incluiu dois temas com música de Gismonti: "Um Dia" e "Indí". Nesse ano de 1969, Gismonti gravou também o seu primeiro álbum de carreira e, já em França, tornou-se diretor musical da cantora Marie Laforêt. Regressando ao Brasil, passou uma temporada com os índios Yawaiapiti do Alto Xingú, tendo conhecido o chefe Sapaim a quem ouviu tocar a sua flauta sagrada. Essa experiência na selva com os índios, dotou Gismonti de uma percepção mais ampla da vida, fazendo com que uma outra transcendentalidade se viesse a acrescentar à sua música. Música que, ele admitiu, tal como a dos índios Yawaiapiti, passou a ser uma forma de comunicação com os deuses. Sintetizadores e sons eletrificados estiveram muito presentes nos shows e nos

discos do músico de Carmo ao longo de grande parte dos anos 70, até Gismonti deixar as sonoridades de alguma forma próximas da fusion e do rock progressivo, para ir de encontro a uma outra aproximação do Brasil com Nó Caipira, disco de 1978 onde prevaleceram o piano, o violão e sons de orquestra sinfônica. Na Casa da Música do Porto, além de uma persistente evolução técnica na execução instrumental, constante ao longo da sua carreira, Gismonti mostrou novos caminhos musicais quer no piano, quer no seu violão de dez cordas, onde a extensão do intrumento permite uma abordagem percussiva. Quem assistiu ao show de Gismonti naquela noite fria de final de inverno português, saiu da sala com o coração e a alma esquentados. Porque de Egberto Gismonti, como diz a canção que fez com João Carlos Pádua, dele não se pode esperar nada mais do que a paixão. A verdade, a infinita vontade/de arrancar de dentro da noite/a barra infinita do dia.


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JGNEWS Jorge Piloto

PERFIL DO COMPOSITOR / SBACEM

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Rubens Francisco, o Poeta Rubens Francisco Alves, o Poeta, para os amigos, nasceu em 16 de janeiro de 1943, em Maceió, Alagoas, dentro de uma canoa, debaixo de um temporal, em plena segunda guerra mundial. Quem fez o parto foi sua avó. Veio no colo de um tio para o Rio de Janeiro e foi registrado aqui, como carioca. Com 15 anos já estava nos palcos tocando percussão. 'Trabalhei com o Som Brasil Exportação, com Monsueto, com Herivelto Martins, e muitos outros autores de renome. Até então apenas como músico. Toquei numa casa, chamada Catedral do Samba, no Bixiga, São Paulo, onde eu acompanhava Wando, Benito de Paula, Gilson de Souza, todos ainda sem gravar, fazendo noite. Fui um dos membros do Quarteto Lelé da Cuca, isso em 1973, e havíamos ficado em terceiro lugar num festival com a música de Erasmo Carlos 'Narinha' (Coqueiro Verde), cujo prêmio, além de uma pequena quantia em dinheiro, era embarcar e tocar num desses navios que fazem turnê pelo mundo, saindo da França. Ganhávamos um bom cachê (hoje seria uns 2 mil dólares por mês). O Navio era o SS França, saia da França dava a volta ao mundo e retornava para a França. Foram seis meses de viagem, ganhando muito bem, confesso. Ao terminar o contrato, voltei para o Brasil e fui trabalhar numa casa chamada o Barricão, tocando com outro

grupo. Nessa mesma casa tocava o Bebeto, que nunca tinha gravado nada, igual a nós - fazíamos 'noite', como músicos. Um dia, depois de me apresentar, estava subindo para os camarins e ouvi o Bebeto tocando o começo de uma música, era os primórdios de 'A Beleza é Você Menina'. Ele cantava sempre a mesma parte e não saia daquilo. Ao me aproximar do camarim dele cantei de uma vez só o resto da música que faltava. Aí, ele disse: bota essa parte aqui na minha música e vamos fazer uma parceira. Nascia assim a primeira música da nossa parceria. Pouco tempo depois, ele cantando aquela música na boite, alguém de uma gravadora ouviu - a gravadora era a Copacabana Discos - se interessou e o convidou para gravar seu primeiro disco. Ele gravou e fez sucesso. Eu chorei dentro de um ônibus. Havia uma senhora com um radinho e eu ali, dentro do ônibus, ouvindo a minha música tocar na rádio. Chorei muito. Essa música fez sucesso em muitos lugares do mundo, pois recebi direitos autorais do México, Japão, Itália, Alemanha, Argélia, Áustria, Belgica, etc. Com essa música eu formei três filhas e comprei uma residência. A música foi lançada em 1975. Naquele tempo não exis-

tia pirataria e a gente recebia bem. Demos continuidade ao trabalho e fizemos o segundo sucesso dele: 'Pensar Pra Que'; o terceiro sucesso do Bebeto foi 'Água Marinha', e, também, a primeira música com nome de mulher foi minha e dele, 'Gabriela'. Também gravei com outros artistas, como o Almir Guineto ('Ela na Janela'), com o Noite Ilustrada ('Devolve o que levou'). Com o Originais do Samba gravei 3 músicas no mesmo disco, isso no tempo do Muçum ('Pirão e Colher de Pau', 'Telhado de Vidro' e 'Você não foi'). Também gravei com Fred Balanço, com Guadalupe (esposa do Dominguinhos), dentre outros. Tive outros parceiros, como o Aloísio Silva (que fez "Não Deixe O Samba Morrer") com quem tenho mais de 32

músicas; Chico Santana e Almir Guineto. Atualmente o Bebeto gravou mais uma parceria nossa, junto com o Cuca, que se chama 'Fazendo da Bola um Sonho', que será a música da Copa do Mundo e sairá pela Universal. Rubens,Marcelo, Marcio,Bebeto, Obama, Kiabo e Cesar.


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Rolling Stones no Rock in Rio-Lisboa De repente a tribo portuguesa do Rock'n Roll é surpreendida: Os Rolling Stones confirmaram a sua presença na festa do 10º aniversário do Rock in Rio-Lisboa. No dia 29 de maio os "Stones" sobem ao Palco Mundo e prometem incendiar Lisboa. A banda vai presentear os seus fãs portugueses com êxitos como "Gimme Shelter", "Paint It Black", "Jumping Jack Flash", "Tumbling Dice", "It's Only Rock 'N' Roll", "Start Me Up" e "Satisfaction", entre outros. "Esta era a grande surpresa que estávamos a preparar para os fãs do Rock in RioLisboa. Na comemoração do

nosso 10º aniversário em Portugal, queremos agradecer ao nosso público e à cidade de Lisboa todo o carinho com que nos recebem desde 2004. Sem dúvida alguma será um espetáculo memorável na história do Rock in Rio", referiu Roberta Medina, vice-presidente executiva do Rock in Rio. No último ano, Mick Jagger e companhia têm deliciado fãs em todo o mundo com seu novo documentário "Crossfire Hurricane" e também com a edição de uma nova coletânea que reúne os seus grandes êxitos, "GRRR!" um show emblemático no festival britânico

de Glastonbury e dois shows esgotados no Hyde Park, em Londres, que deram origem ao DVD "Sweet Summer Sun - Hyde Park Live". Os Rolling Stones vão também regressar à Austrália e à Nova Zelândia no final do ano, em Outubro ou Novembro, após terem adiado

os shows da sua tournée australiana e neozelandesa agendados para final de Março e início de Abril devido à morte de L'Wren Scott, a designer de moda norteamericana que há mais de uma década era namorada de Mick Jagger. (Alberto Guimarães)


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LORENA CRIST EP LOS MUSIC

LANÇAMENTOS FONOGRÁFICOS

ANDERSON FREIRE E AMIGOS ANDERSON FREIRE MK MUSIC

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ANDRÉ E FELIPE PAZ E AMOR SONY MUSIC

FERNANDO BRUM LIBERTA-ME MK MUSIC

SAM ALVES SAM ALVES UNIVERSAL MUSIC

DANIELA ARAÚJO DANIELA ARAÚJO SONY MUSIC

MARCELA TAIS CABELO SOLTO SONY MUSIC

CRIS DELANO E ALEX MOREIRA NOSSO QUINTAL DECKDISC

ELYSSA GOMES DIMENSÃO DA ADORAÇÃO SONY MUSIC

1 GIRL NATION 1 GIRL NATION SONY MUSIC

JORGE MAUTNER CAIXA 3 CDS UNIVERSAL MUSIC

EMÍLIO SANTIAGO CAIXA 3 CDS UNIVERSAL MUSIC

UM BARZINHO UM VIOLÃO NOVELAS ANOS 80 UNIVERSAL MUSIC


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LANÇAMENTO: INSTRUMENTOS MUSICAIS

Roland SYSTEM-1: SINTETIZADOR PLUG-OUT Sons com característica e vários controles em um sintetizador PLUG-OUT Em 1970, a Roland lançou o SYSTEM 100, SYSTEM 100M e o quase místico SYSTEM 700. Esses sintetizadores modulares e semi modulares são lembrados até hoje por sua flexibilidade e característica de som. No espírito dos seus predecessores, o SYSTEM-1 inova com flexibilidade e acesso a uma grande diversidade sonora com a ousada e inconfundível personalidade associada aos sintetizadores Roland há quase quatro décadas. Quatro osciladores para inúmeros sons de sintetizadores; Função Color Oscillator que permite mudanças contínuas nas formas de onda de simples à complexas; Todos os parâmetros podem ser controlados com botões físicos e sliders com indicadores LED; Arpejador avançado com função Scatter; O botão de controle "Scatter jog" ofecere 10 variações

diferentes com controle dinâmico em tempo real sobre 10 estágios de profundidade; Tipos de filtro de -12dB

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e -24dB com filtros high-pass independentes; Botão Tone para fácil balanceamento sonoro; Botão Crusher para uma sonoridade moderna; Efeitos delay e reverb integrados; Sincronização Tempo para LFO e delay; Teclado fino inovador, com 25 teclas de tamanho normal; O sintetizador Roland é o mais compacto de todos.


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Autoramas & BNegão O Melhor show de rock da atualidade! Fusão de sons - Planet Hemp, B-52's, Lou Reed, Prince...

A maravilhosa fusão sonora aconteceu por causa de Roberto Frejat, que produziu o EP “Auto Boogie”. No show pode-se ver a performance ocorrida no Circo Voador (RJ) em 22 de março, com o som bem tirado pelo técnico

onde “Queimando Tudo”, “Dig Dig” (Hempa), Planet Hemp, “Walk on the Wild Side”, de Lou Reed, ficou genial; o cover de Earth, Wind &Fire, “Let’s Groove” e “Psycho”, dos The Sonics, “1, 2, 3, 4”, “Você sabe”, tudo muito

bom. Pude relembrar bons momentos e também ver o que parecia impossível, dois integrantes originais

do Planet Hemp tocando juntos BNegão e Bacalhau! Foi demais! A galera foi ao delírio! Obrigado Gabriel, Bacalhau, Flavinha e BNegão por manterem acesa a chama do Rock! (Elias Nogueira)

EXPEDIENTE Editores Antonio Braga e Jorge Piloto

Colaboradores

Rio de Janeiro

Bahia

Redação:

Nido Pedrosa, Viviane Marins, Elias Nogueira, Alberto Guimarães, Márcio Paschoal, Robson Candêo, Fábio Cezzane.

Viviane Marins: (22) 98828-0041 (21) 98105-4941 bragaa@gmail.com

Jorge PIloto (71) 98299-5219 / 991718911 / 98647-7625 jorge.piloto@yahoo.com.br

Rua Soldado Ernesto Coutinho, 10 Saquarema / RJ CEP 28.990-000

http://www.youblisher.com/p/186646-Anuario-de-Lojas-de-Instrumentos-Musicais-Discos/

Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores.


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