Comentários
Entrevistas
ANO XVIII - EDIÇÃO 191 - AGOSTO DE 2014
AGOSTO DE 2014
Lançamentos Instrumentos Musicais & Acessórios JGNEWS
ALCIONE EM CD E DVD E HOMENAGEM NO TEATRO RIVAL
NOVO CD DE BETHÂNIA COMENTADO POR MÁRCIO PASCHOAL
ARTISTA ASSOCIADO SADEMBRA
JGNEWS
AGOSTO DE 2014
escritoriojennifer@hotmail.com (43) 3660-1773/1647
AGOSTO DE 2014
JGNEWS
ANOTA AÍ QUE É SUCESS0
Elias Nogueira eliassnogueira@gmail.com
Festival Rival 80 Anos
Alcione despeja talento no Teatro Rival lotado! Três shows em dois dias, com ingressos esgotados em pouco tempo. Com figurinos esplendorosos e repertório baseado em seu novo CD/DVD e permeado de sucessos, a grande Diva da MPB, Marrom, demonstrou simpatia e alegria, interagindo com o público o tempo todo - foi emocionante! Sem espaço para monotonia, sucessos, gingados e cantorias estavam espalhados por todos os espaços da casa! Era impossível ver alguém parado, mesmo que sentado. Alcione aproveitou para anunciar a satisfação em ser homenageada por Ângela Leal, atriz e diretora do Teatro Rival, com anúncio da entrada de sua foto na galeria dos astros que passaram pelo lendário Teatro e fizeram história. Essa homenagem ocorreu no primeiro show, o da quinta-feira, 10 de julho de 2014 - os outros dois shows foram na sexta (11). Sobre o DVD Alcione, comemorou seu aniversário no palco e gravou no Barra Music, o CD/DVD: "Eterna Alegria, ao Vivo". Um trabalho que leva o mesmo nome do álbum gravado em estúdio e serve como base deste recente trabalho, numa reedição de parceria entre a Marrom Music e a
gravadora do Humaitá, Biscoito Fino. Além das canções já registradas no CD, também são inclusas novidades como as participações especiais de Zeca Pagodinho (cantando a primeira música que Alcione gravou dele, "Mutirão de amor" - somente no DVD); a dupla Victor & Léo em "Romaria", e o sanfoneiro Cezinha na faixa "Contrato de Separação", música que registra a reverência ao mestre Dominguinhos. Zeca Pagodinho, também, aparece nos "extras" ao lado de Djavan cantando com a Marrom a música "Êh, Êh", resultado de uma parceria inédita de ambos composta especialmente para Alcione.
venha outra vez" (Jason/ Lúcia) são as novidades que já estavam no "balaio" do CD, mas acabaram, só agora, tendo a oportunidade de serem registradas na voz de Alcione.
Marcelo Chocolate e Sheila Aquino, mestres na arte da dança de salão, juntamente com alunos de suas academias, também deram um show de ginga, molejo e sensualidade. Tárcio e Andréia Caffé, dois promissores talentos - os primeiros artistas contratados pela Marrom Music - fizeram excelentes duetos com a Estrela, agitando o público em geral.
O DVD "Eterna Alegria" tem direção geral de Solange Nazareth e direção musical de Jorge Cardoso. Toda a parte de vídeos, criação e projeção mapeada (vídeo mapping) para o cenário do show foi coordenada pela equipe de Jodele Larcher . O time de arranjadores é formado por: José Américo, Ivan Paulo, Julinho Teixeira, Paulo Calazans e Alexandre Menezes (da Banda do Sol) e Elias Nogueira e Eulália Figueiredo o DVD também traz composições de alguns dos maiores craques de nossa música, como : Arlindo Cruz, Jorge Aragão, Ana Carolina, Xande Foto: Mariana Soares
A compositora de sucessos de Alcione, Telma Tavares, Elias e Eulália Figueiredo Assessora de Imprensa
Foto: Mariana Soares
Foto Elias Nogueira
"Essa gente de Mangueira" (Luiz Carlos Máximo/ Toninho Geraes), "A dama e o vagabundo" (Jefferson Jr, sobrinho de Alcione e Umberto Tavares) e "Não me
de Pilares, Serginho Meriti, Altay Veloso, e Sereno (do Grupo Fundo de Quintal) dentre outros. "Eterna Alegria" nasceu de uma conversa com a irmã, produtora, e diretora dos seus shows, Solange Nazareth: "Conversamos, e surgiu a ideia de fazer um trabalho mais alegre, mais pra cima. O Brasil é um país que tem uma festa, um pagode em cada esquina e o brasileiro é conhecido pelo bom humor e por sua eterna alegria. Tanta coisa ruim é estampada diariamente pelos veículos de comunicação, né!! Este também foi um dos motivos que nos levaram a
JGNEWS
AGOSTO DE 2014 referência estética (e afetiva) no projeto gráfico. - "Minha mãe sempre dizia que borboletas traziam sorte, seriam porta-vozes de boas notícias. Foi quando passamos a perceber que elas, sempre que apareciam
Alcione sendo homenageada por Ângela Leal, diretora do Teatro Rival
em nossa casa, antecipavam alguma boa nova. Já tive borboletas que ficaram em minha parede durante uma semana inteira! E até algumas que apareceram debaixo de chuva, quando geralmente não voam", diz a cantora. As borboletas povoam o DVD de Alcione.
Foto Elias Nogueira
Foto Elias Nogueira
optar pela gravação de um disco com mais sambas e mais alegria", diz Alcione. "Eterna Alegria" privilegia o estilo que é considerado quase como um "cartão postal" de nosso país. E, desta vez, a intérprete fez questão de diversificar ao
gravar sambas das mais variadas tendências: "São sambas de várias vertentes. Claro que os lentos e românticos não poderiam faltar, mas tem muito pagode e samba pra galera dançar", avisa a cantora. "Eterna Alegria" ganhou
A Omega Instrumentos traz um novo conceito ao mercado: Excelência em custo benefício. Sabemos que o músico é alguém que lida com emoções e que o instrumento musical tem um valor que vai muito além do custo do instrumento. Nossos instrumentos são fabricados sob padrões e certificações internacionais.
R. Manuel Pinto de Carvalho, 111 - Bairro do Limão - São Paulo - SP CEP: 02712-120 Tel.: (11) 3326 3809 / Fax: (11) 3227 7382 vendas@arwel.com.br
AGOSTO DE 2014
JGNEWS
JGNEWS
Patricia Rodrigues
MEMÓRIA CULTURAL
Centenário de Autor da
SBACEM
O compositor e humorista Badú é mais um dos autores da SBACEM que completariam 100 anos este ano. Oswaldo Gomes Canecchio nasceu em Campinas - SP, no dia 2 de fevereiro de 1914. Era filho do italiano Vicente Canecchio e da portuguesa Claudina Gomes Canecchio. O apelido Badú foi dado por seus pais quando ele ainda era bebê. Em entrevista ao jornal Diário da Noite, em 1952, Badú contou a história reproduzindo o diálogo dos pais: "- Marido, o maroto é tão pequenito que não devemos chamá-lo pelo nome. Que tal se cortássemos uma partita? - De acordo (respondeu o pai). Basta dizer-se Waldo e tudo ficará abreviado..." O tempo passou e resolveram que ficaria melhor ainda se tirassem mais uma letra. O pai passou a chamá-lo então de Wado. Por outro lado, sua esposa, cem por cento lusitana e com um sotaque que trocava o "V" pelo "B", dizia: "- Gostei da ideia. É muito mais simples a gente dizer: Badu, não chora filho meu...". Cursou a Escola Normal de Campinas no início da década de 1930. Foi nessa época que começou a participar de peças teatrais encenadas nos clubes de sua cidade natal. Já era engraçado e divertido. Todos achavam que tinha muito jeito para comédia. Formouse como professor e passou a dar aulas no Liceu Nossa Senhora Auxiliadora e no Externato São José. Pouco tempo depois, foi atraído pelo rádio. Sua primeira experiência ao microfone foi na Rádio Educadora de Campinas, onde foi locutor e humorista. Também teve uma rápida experiência co-mo diretor artístico da PRC-6 Rádio Difusora de Uberlândia (MG). Além das atividades no rádio e como professor, Badú também gostava de compor. Teve sua primeira composição gravada em 1938. A dupla Joel e Gaúcho levou ao disco o samba "Madalena foi-se embora", escrito em parceria com Antonio Almeida". Badú também é autor de "Agora eu sei", em parceria com Orlando Delfino e Roberto Rago; "No arraiá do pindura saia" e "Quebrei o passarinho dela", ambas em parceria com Haroldo Lobo. No início da década de 1940, Oswaldo Canecchio entrou para a faculdade de medicina. Decidiu, então, largar o magistério e continuar apenas no rádio, atividade que lhe permitia trabalhar à noite sem prejudicar seus estudos na faculdade durante o dia. Foi contratado pela Rádio Tupi de São Paulo como humorista e cantor de tangos e valsas. Entre os programas do qual fez parte do "cast" estavam "Ondas alegres" e "Casa da sogra". Teve uma atuação muito destacada e alcançou grande popularidade. O sucesso no rádio fez com que Badú fosse o único artista do rádio paulista convidado para fazer parte do Show da Vitória. Junto com Pedro Celestino, Linda Batista, Silvio Caldas, Ary Barroso e outros artistas, viajou para Recife, Natal e Belém, em julho de 1943, onde se apresentou para militares do Brasil e dos Estados Unidos que lutariam na Segunda Guerra Mundial. Mesmo fazendo sucesso no rádio, Badú não abandonou a
AGOSTO DE 2014
O Bom Badú!!
medicina. Em São Paulo, como Dr. Oswaldo Canecchio era clínico geral e leprólogo. Foi a medicina que o fez mudar para o Rio de Janeiro em 1946, quando fez concurso para o Departamento de Profilaxia da Tuberculose. Foi um médico muito dedicado e humanitário. Dizia que sua maior ambição era abraçar inteiramente a medicina, a fim de, na medida do possível, amenizar os males alheios. Costumava fazer shows de humor em laboratórios, fazendo questão de receber o pagamento em medicamentos para seus pacientes. No Rio, continuou atuando como humorista na Rádio Tupi carioca. Passou a ser artista exclusivo da emissora, onde animava as audições do "Rádio Sequen-cia G-3", programa que tinha como contrarregra Geraldo José de Paula, parceiro da SBACEM. "Nessa época, o programa era apresentado por Jaime Moreira Filho. Depois é que passou a ser o Paulo Gracindo. O Badú era um cara forte, enorme. Ele contava causos e piadas curtas muito engraçadas, que faziam o auditório cair na gargalhada" - lembra Geraldo José. Na Tupi, estrelou também o programa "Chez Badoux", produzido por Antônio Maria. O talento e a popularidade de Badú o levaram para o teatro de revista. Foi contratado pela companhia de Chianca de Garcia para atuar em "Um milhão de mulheres", no Teatro Carlos Gomes, junto com Virgínia Lane, Grande Othelo, Eva Lopes, Salomé Parísio, Colé e Eva Lanthos. Foi apresentado como o cômico revelação do ano de 1947. Sua atuação recebeu muitos elogios da crítica na época. No ano seguinte, fez parte da Companhia Dercy Gonçalves, na peça "Sabe lá o que é isso". Atuou ainda nas revistas teatrais "Chuva de estrelas" (1948), de Olavo de Barros e Saint Clair Senna; Confeti na boca" (1948); "Canta Brasil" (1952) e "Nonô vai na Raça" (1956), entre outras. Em 1953, foi a Portugal como integrante da Companhia Folclórica Brasileira, ao lado de José de Vasconcelos, Carlos Galhardo, Solange França, Salomé Parísio e outros artistas do rádio. Apresentou-se em Lisboa e no Porto. Ainda em 1953, trocou a Tupi pela Rádio Mauá, onde passou a apresentar os programas "Grande Show Mauá", aos sábados, e "Alegria do ar", às segundas-feiras, ao lado da cantora Ivete Garcia. No ano seguinte, mudou-se para a Mundial, onde comandou o programa "Rádio Show Mundial", ao lado de Normando Lopes. No cinema, Badú atuou em "Esta é fina" (1948); "Fogo na canjica" (1948); "Eu quero é movimento" (1949); "Noites de Copacabana" (1950); "O negócio foi assim" (1956); "Tudo é música" (1957), entre outros. Durante as décadas de 1950 e 1960, Badu fez parte do elenco de programas humorísticos nas TVs Tupi (Escolinha do Barulho) e Rio. Foi diretor da Casa dos Artistas, onde organizava eventos beneficentes e cuidava com muito carinho dos artistas que ali residiam. Também tentou a carreira política candidatando-se a vereador em 1954, mas não foi eleito. Faleceu no dia 8 de dezembro de 1978, aos 64 anos, na cidade de Campinas.
AGOSTO DE 2014
JGNEWS
JGNEWS
Nido Pedroza
MERCADO MUSICAL NORDESTINO jgnews.mmn@gmail.com
AGOSTO DE 2014 nido.pedrosa10@gmail.com
Heleno dos 8 Baixos... Forró Autêntico!
Heleno Veríssimo de Morais, mais conhecido como Heleno dos oito Baixos, nasceu no dia 18 de agosto de 1960, no Sítio Boqueirão, quarenta quilômetros de Caruaru, região do Agreste pernambucano. Começou a tocar Berimbau de lata aos sete anos de idade - um instrumento de percussão composto por uma tábua, corda de aço e lata de leite. Depois aprendeu a tocar Realejo (Gaita de boca), em seguida aprendeu a tocar Melê (espécie de Zabumba confeccionada por ele mesmo, usando câmera de ar e madeira de Imburana). Com o passar dos anos, conseguiu juntar dinheiro e comprou sua primeira sanfona de oito baixos (seu sonho de consumo). Mas, foi em 1975 que Heleno iniciou sua carreira artística, quando se apresentou num programa de forró em São Paulo. Depois deste feito retornou para sua cidade natal, Caruaru-PE, e definitivamente, enveredou pelos caminhos da música, alegrando o público com seu autêntico Forró Pé-de-Serra. Eu o conheci há bastante tempo e tive enorme prazer em tocar com ele - eu era percussionista do Concerto Viola grupo importante que fazia parte do casting da extinta Gravadora CBS e, digase de passagem, um ícone da música nordestina na época. Seu Heleno dos 8 Baixos, na década de 80, já era um exímio instrumentista, principalmente no campo da improvisação, chegando a dividir palco com Luiz Gonzaga, o Rei
do Baião. Heleno realizou turnê percorrendo diversas cidades brasileiras. Participou do álbum Brazil Forró - Music for maids and taxi drivers, disco compilado, onde participam também Duda da Passira, Toinho de Alagoas e José Orlando, com 17 faixas compostas por Forró, Baião, Xote e Xaxado. Esse disco recebeu a indicação para o prêmio mais conhecido da indústria fonográfica mundial, um trabalho que ganhou mais mérito, por ter acontecido em uma época que não existia o Grammy Latino. A versão latina do Grammy, se não me falha a memória, foi criada no ano de 2000 pela Academia Latina de Artes e Ciências Discográficas (ALACD) dos Estados Unidos, com o intuito de premiar especificamente os artistas hispânicos, Latinos-Americanos e alguns músicos e cantores brasileiros. A indicação para o Prêmio Grammy foi à categoria Tradicional Folk. Em 1992, Heleno gravou com Duda da Passira, um CD que foi lançado na Alemanha e este álbum, recebeu vários elogios da crítica alemã especializada. Em 1996 Seu Heleno dos Oito Baixos lançou seu primeiro CD solo e a faixa 'O Beijo da Morena', de sua autoria, se tornou um grande sucesso sendo muito executada
em rádios do nordeste. Heleno já se apresentou em vários países, mostrando nosso autêntico Forró Pé-de-Serra, entre outros podemos citar Suíça, Alemanha, França, Portugal, Espanha, Venezuela, Bolívia, Áustria e Japão. Este artista, em 1999, foi indicado para o Grammy. Seu mais recente CD independente "Forró de Vaquejada" mostrou todo seu talento e virtuose na sanfona. Um grande sucesso. Daí pra frente foram várias apresentações e, em 2002, o músicocompositor seguiu para cidade de Campos do Jordão-SP, onde realizou uma apresentação inesquecível no 33º Festival de Inverno de Campos do Jordão, o maior evento de música erudita e popular da América Latina. E por aí vai seu Heleno, um grande representante da nossa cultura,
AGOSTO DE 2014
Colaboraram com fotos: Anderson Stevens e Heleno dos Oito Baixos
consolidando sua carreira e levando nosso Forró autêntico para além das nossas fronteiras, principalmente na França onde já é quase um artista local. Apesar de sua agenda lotada de compromissos com shows, viagens, gravações, participações em álbuns de outros artistas, todos os anos durante o mês de junho, Seu Heleno tem presença assegurada na festa de São João de Caruaru-PE. Neste ano de 2014, apresentou-se dividindo a noite com Zé Ramalho. Também dá aulas para crianças e jovens na Escola de Sanfona de Oito Baixos para manter viva essa tradição na sua cidade natal (Caruaru - PE). E para finalizar a matéria, recebi uma visita e notícia que me deixou muito feliz... A escritora Maria Inês de Araújo, caruaruense, lançará o livro que está sendo produzido, sobre este grande instrumentista Heleno dos Oito Baixos. 'Ainda não tem data marcada para ser lançado, porque depende da agenda de Heleno, mas caso ele possa vir em dezembro para Caruaru-PE, o lançamento será então neste período, caso contrário, o lançamento ficará para o São João 2015' diz Inês e continua... 'Neste livro, começo escrevendo sobre a origem da sanfona; sua chegada ao Brasil; a importância de Januário e seu filho Luiz Gonzaga para a popularização deste instrumento; Vida e obra de Heleno, como ele iniciou na música, com
quem aprendeu a tocar oito baixos, sua discografia, sua importância para a música nordestina e brasileira, seu reconhecimento no exterior como um dos maiores instrumentistas de sanfona de oito baixos no mundo; sua escola; seu projeto de resgatar e valorizar esta sanfona. Além disso, temos vários depoimentos a exemplo dos seus alunos, relatando como esta Escola modificou para melhor as suas vidas e ainda, depoimentos sobre a importância do trabalho de Heleno dos Oito Baixos, na concepção de vários artistas como Azulão, Armando Barros, Castanheiro, Duda da Passira, Toinho de Alagoas (in memorian), João do Pife, Luizinho Calixto, Mano Veio & Mano Novo, Maciel Melo, Nido Pedrosa, Oswaldinho do Acordeon, Renato Borghetti, Silvério Pessoa, Onildo Almeida... Depoimentos do músico francês Claude Sicre e também dos radialistas: Agenor Farias, Ivan Bulhões, Edmilson Souza. As fotografias são do profissional Antonio Preggo. Um excelente livro com a biografia deste grande artista Heleno dos Oito Baixos', finaliza a escritora. Discografia: (1991) Brazil Forró - Music for maids and taxi drivers LP - Indicado ao Grammy; (1992) Heleno dos Oito Baixos e Duda da Passira CD - Lançado na Alemanha; (1996) O Beijo da Morena Independente - CD; (1999) Forró da vaquejada Independente - CD.
JGNEWS
'Magic' novo disco de Sérgio Mendes https://www.youtube.com/watch?v=v9keA5K8SMI Sérgio Mendes lançou há dois meses seu mais recente álbum, "Magic" - gravado em Salvador, Rio de Janeiro e Los Angeles, com participações de Milton Nascimento, Carlinhos Brown, Maria Gadú, Ana Carolina e dos norte-americanos will.i.am e John Legend. "Magic" é um disco balanceado, com samba, bossa nova e funk carioca, numa mistura interessante de idiomas. Em julho, Sérgio Mendes divulgou o disco nos festivais de verão da Alemanha, Bélgica, França e Holanda. A música "One Nation", feita em parceria com Carlinhos Brown, é um dos destaques desse CD. A canção foi criada especialmente para a Copa do Mundo no Brasil, e integrou o álbum oficial do evento organizado pela Fifa.
"VIBRAAASIL" Seis meses após lançar seu último disco, "Marabô", Carlinhos Brown lança em julho um novo álbum de inéditas: "Vibraaasil Beats Celebration", com 14 músicas inspiradas na Copa do Mundo no Brasil, nas quais o cantor exalta a seleção e os torcedores. No disco anterior, o 13° disco de Brown, baseado no axé, fica distante deste novo álbum que traz uma mistura de ritmos: samba, xote, pop, e funk. "Vibraaasil Beats Celebration" é internacional já que possui músicas em português, inglês e espanhol. Além do novo disco, Carlinhos Brown conseguiu emplacar duas músicas no álbum oficial da Copa do Mundo no Brasil, "La La La (Brazil 2014)", em parceria com a estrela internacional Shakira, e "One Nation", com participação especial de Sérgio Mendes.
JGNEWS
AGOSTO DE 2014
Contato: (43) 3660-1773 / 3660-1647
10% de desconto no à Prazo ou 15% NO À VISTA (COM 10 DIAS NO BOLETO) *ENQUANTO DURAREM OS ESTOQUES c
Músicos experientes, com uma grande bagagem e muita estrada, os componentes do grupo Estrelatto antes de partirem essa formação já haviam gravado e participado de shows de muitos artistas de ponta no Rio de Janeiro. Galera, mesmo jovem, já abrilhantou
shows em palcos diversos como no I9 music, Caneco 90, Espaço cultural Porto da Pedra, Escola de Samba Unidos do Viradouro, Olimpo, clube do América, Espaço São Jorge, Rancho 193, Arena Texas, Nova music dentre outros, acompanhando cantores como Almir
Guineto, Marquinhos Santana, Adriano Ribeiro, Marquinhos PQD, Dudu Nobre, dentre tantos outros. Era tudo tão bom, e dava tudo tão certo que resolveram partir para eventos próprios. Realizaram então a famosa 'Feijoada do Estrelatto e logo após, a Roda de Samba do Estrelatto, sucesso absoluto, alguém esperava menos? O grupo nascido e criado em São Gonçalo é formado por Vando Correa (cavaco e voz),
Bruno Fofão (violão e voz), Cleyton (tantan e voz), Dudu (pandeiro e voz), Luiz Cláudio (banjo), Renatinho Escurão (surdo e voz) e Alan Porto (percussão e voz). A faixa "Outra Vibe" já está bombando nas rádios e outras duas 'Acabou' e 'Só da ela', estão na sequência esperando a vez para fazer desse grupo o acontecimento musical de 2014 - são pelo menos 20 shows por semana - para uma turma que começa a caminhada rumo ao sucesso é um número considerável. A produção é de Carlos Miranda. (Júlio Oliveira) Contato: (21) 77596457 929*2172 - Luvre Music: (21) 3301-6705.
AGOSTO DE 2014
JGNEWS
JGNEWS
Antonio Braga-Editor
MATÉRIA DE CAPA
AGOSTO DE 2014
O pagode gospel do Pura Benção José Luiz Tavares Nascimento Júnior, mais conhecido como Júnior, nasceu em Padre Miguel, foi criado em Vila Valqueire e aos 14 anos foi morar com a família em Macaé. Até aí, nada de mais, porém isso foi apenas o ponta-pé inicial de uma história que daria um bom roteiro para cinema narrativo com próprio protagonista contando... Nasci numa família evangélica onde meus tios tocavam instrumentos de metais: clarinete, pistom e saxofone. Foi ouvindo esse tipo de música que cresci. Aprendi música na igreja, teoria, tenho até hoje uma flauta, porém foi no cavaquinho que encontrei a minha vocação musical. Aprendi sozinho. Na adolescência, resolvi partir para vôos mais distantes. Meus vizinhos tinham um grupo de pagode secular (não evangélico) e aquilo me fascinava, a percussão, os ritmos, os instrumentos. Peguei um
MORVAM NETO (percussão), WELLINGTON (tantan), JUNIOR (cavaquinho), GLAUCO (voz), KASSIO (banjo), FABRICIANO (violão), EDUARDO (pandeiro).
cavaquinho emprestado e ficava tentando tocar, aprender. Só que eu tocava o tempo todo, de manhã, de tarde, de noite e de madrugava e aí ninguém mais aguentava. Minha mãe, se pudesse, me quebraria o cavaquinho na cabeça! (rsrsrs). Aprender sozinho é muito difícil e demora. O cérebro demora para decorar as posições, as notas. É complicado para quem aprende, imagina para quem fica escutando!! Bom, depois de aprender realmente acabei entrando para o grupo dos meus vizinhos, o Superasamba, onde fiquei como cavaquinhista por um ano e meio. Nessa época me afastei da minha religião. No início minha
família ficou meio contra o afastamento, mas como eu já estava caminhando para uma fase profissional dentro da música a coisa aconteceu em paz. Nessa época a música popular brasileira me fascinava: samba, pagode. Na verdade esse estágio no grupo Superasamba serviu para almejar grupos maiores e foi o que aconteceu, acabei indo tocar no grupo Puro Desejo. Esse grupo abria shows de grandes artistas, tocava nas melhores casas, tinha mais visibilidade. Desenvolvi ainda mais meu toque de cavaquinho e vivi grandes experiências durante os três anos que participei do grupo. Tudo ia muito bem, muitos shows, música tocando nas rádios (faixa 'Matéria Preferida', de Marcelo Marron, também gravada pelo grupo carioca
Disfarce), mas alguma coisa em mim estava mudando, me chamando de volta ao evangelho. Comecei a receber visitas de irmãos da igreja na minha casa; voltei a me evangelizar, mas foi um processo longo. Tinha o outro lado da moeda, tinha o grupo que eu tocava que não era evangélico. E, quando você anda muito tempo com um grupo, o que era o nosso caso, pois tocávamos já há três anos, andávamos juntos para todos os lugares, almoço, janta, ensaio etc, cria-se uma amizade, uma família, e como é que eu ia dizer para eles que eu ia sair do grupo, pois agora voltara a ser evangélico e aquelas coisas que vivíamos não me interessavam mais? Foi difícil tomar essa decisão. A decisão estava tomada por mim, dentro de mim, só eu
AGOSTO DE 2014 sabia. Entretanto, era eu quem fechava os shows, tínhamos um cronograma de agenda de shows que tínhamos que cumprir, contratos assinados, e aí? Fazer o quê? Não podia deixar meus amigos na mão. Esperei passar a festa anual que tem em Macaé, chamada de Pagode Samba Show, realizada pelo radialista Adilson Figueira, se não me engano foi a 13ª edição, onde abrimos os shows do Swing & Simpatia e do Sorriso Maroto, para contar aos integrantes do grupo sobre minha decisão. Havia também uma casa de show em Macaé, a Back Yard - que foi fechada por não ter uma rota definida de fuga, tipo aquilo que ocasionou aquela tragédia naquela boate de Santa Catarina... Tocávamos nessa casa, tínhamos um contrato de seis meses para tocar um
MATÉRIA DE CAPA domingo sim, um não. Numa dessas passagens de som, fui determinado a abrir o jogo com meus companheiros. Chamei os integrantes do grupo, e comuniquei que seria a última vez que tocaríamos juntos. Expliquei meus motivos. Na hora foi uma surpresa para todos, fizemos um comunicado ao vivo no local, para o público, e assim foi. Sai dali muito triste, mas convicto do que queria fazer dali por diante. A tristeza vinha por não tê-los comigo nesse novo caminho, foi aí que pedi a Deus uma estratégia para trazê-los para o evangelho. Evangelizei um por um. Um de cada vez. O Glauco, o vocalista, o Kássio, o Morvam enfim, aos poucos todos vieram para Cristo e assim nasceu o Pura Benção. Essa conversão levou um ano, ou seja, o Puro Desejo levou um ano para
virar Pura Benção. Nossa primeira apresentação como Pura Benção foi em 2006, onde nos apresentamos na Noite do Pragode (Noite do pra Deus), na quadra da Escola de Samba Princesinha do Atlântico, onde fizemos uma noite de louvor. Comecei a compor somente depois que nasceu o Pura Benção, antes, quando o grupo era secular não conseguia compor. Nesse nosso primeiro disco, Meu Dever (gravado em 2010), tem uma faixa de minha autoria, a faixa 'Nada Vai Nos Separar', mas a música de trabalho é a "Meu Dever" que deu nome ao disco. O louvor é direcionado a Deus, o pagode é direcionado ao Homem, mas quando estamos numa igreja tocando estamos fazendo louvor, agradecendo a Deus. O pagode está rompendo o
JGNEWS preconceito que existe em relação ao ritmo. O pastor Waguinho foi precursor nesse segmento. Pagode Gospel é também adoração. O primeiro CD "Meu Dever" foi gravado na cidade do Rio de Janeiro, nos estúdios Century e Rick Lunas, produzido pelo cantor Emerson (ex-integrante do Pique Novo). Em 2012 o Pura Benção assinou o primeiro contrato com a Gravadora Luvre Music. O segundo disco está em fase de mixagem e será lançado ainda este ano sendo produzindo por Rosyl Soares junto com Carlos Miranda, e vem com clipe que estaremos postando em breve nas redes sociais. www.purabencao.com.br junior@purabencao.com.br @purabencao Facebook/purabencao Contato: 22 9-9933-6769
JGNEWS
Márcio Paschoal
paschoal3@gmail.com
AGOSTO DE 2014
UM QUINTAL DE FINA ESTAMPA CRÍTICA: CD "MEUS QUINTAIS" - MARIA BETHÂNIA Maria Bethânia tem gravado na memória seu tempo de recordações de árvores e folhas, a infância no espaço mágico dos quintais de nossas melhores vivências. Impregnado com esse espírito, meio nostálgico meio interiorano, a cantora nos presenteia com seu novo CD "Meus Quintais' (Biscoito Fino). Ao longo das 13 faixas, podemos admirar a artista em pleno fulgor, intimista e ao mesmo tempo externando a arte mais singela. O álbum começa com um presente ao bom gosto na letra de Paulo César Pinheiro, emoldurada pela melodia de Dori Caymmi. A seguir, composição do paraibano Chico César com belo arranjo e guitarra portuguesa de João Gaspar, tão elegante quanto a lua ensejada na canção xavante. Paulo Dafilim e Roque Ferreira assinam a ótima "Casa de Caboclo", feita de palha, reboco e fino trato. O violão de Maurício Carrilho e o acordeom de Toninho Ferragutti acompanham Bethânia com delicadeza. (...flor mestiça que não tem receio em ser brasiliana quando aflora/ bendito aquele que semeia / verdes a mão cheia e diz à flor: floreia...). A velha "Lua Bonita", de Zé Martins e Zé do Norte, traz o realismo mágico caipira na voz cristalina da cantora: (...quem te fala é meu amor/ deixa São Jorge no seu jubaio amuntado/ e vem cá para o
meu lado/ pra gente viver sem dor...). Bebendo na fonte de "Estrela Miúda (João do Vale), "alumiando" tudo ao redor, "Candeeiro Velho" espalha luz na melodia de Roque, agora com PC Pinheiro e Luciana Rabelo no cavaquinho. O mesmo Roque Ferreira assina "Imbelezô eu/Vento de lá" (...foi o vento de lá/ foi de lá que chegou/ foi o vento de Iansã/ dominador que dormia nos braços da manhã/ e despertou...). Clara Nunes cairia bem no dueto, ou Clementina, ou Rita Ribeiro. Embeleza pura. O álbum, primeira gravação de Bethânia após a morte de Dona Canô, no fim de 2012, recebe a canção pungente. "Mãe Maria" (Custódio Mesquita e Davi Nasser) transparecendo uma espécie de homenagem. Uma das melhores faixas, "Uma Iara", atrelada a texto de Clarice Lispector, editada por Fauzi Arap e Bethânia (última parceria de ambos, antes da morte de Fauzi), tem melodia de Adriana Calcanhoto que surpreende. Outro banho de João Gaspar no dobro (slide), guitarra que mimetiza a ondulação das águas. Arranjo certeiro. Recolhida por Paulo Vanzolini, a moda da Onça, representa o folclore caboclo, enquanto "Povos do Brasil" (Leandro
JGNEWS
AGOSTO DE 2014 Fregonesi) exalta a raça indígena e sua sina. Sob encomenda da cantora, Chico César compôs "Arco da velha índia" com referências claras à afinação da intérprete (...o arco em forma de boca sustenta a oca e a taba, roça o fim, mas não acaba, e finda sempre afinado...). Com arranjos de Bethânia e Jorge Helder e um time de músicos de qualidade, o disco segue homogêneo e festejando a natureza, os segredos, o profano e o religioso em cada quintal de todos nós. Paul McCartney havia revisitado seus quintais lá para as bandas de Liverpool, com o caos e a criação nos seus backyards. Life was very short e Lennon fez um pouco de falta. Imagine. Seguimos com nossos quintais tupiniquins. Incenso, ouro e mirra para o Santo filho de Maria na folia de reis, e desembocamos em "Dindi" (Jobim e Aloysio de Oliveira) com Wagner Tiso no arranjo de piano, Jessé Sadoc no flugel horn, Pantico Rocha na percussão e
www.tiaflex.com.br
Helder no baixo, fechando com chave máxima. Um disco em que reinam o bonito e o simples de mãos dadas. Pode-se, ao inicial escutar, passar despercebida aos menos atentos, mas é a marca neste trabalho. Convém cautela, a voz de Maria Bethânia, como um arco de velha índia, lança encanto e singeleza, e sorte de quem se deixa envolver. Como uma sereia, iara preconizada por Clarice: à medida que ela canta, mais atraídos ficam os moços... . (*) Marcio Paschoal é escritor e autor da biografia de João do Vale "Pisa na fulô mas não maltrata o Carcará".
JGNEWS Alberto Guimarães
O Fadista Carlos do Carmo é premiado com um Grammy O fadista português Carlos do Carmo foi galardoado com o Grammy Lifetime Achievement Award , através de uma decisão tomada por unanimidade pelo Conselho Diretivo (Board of Trustees) da Latin Academy of Recording Arts and Sciences. No momento em que está a comemorar 50 anos de percurso no fado, Carlos do Carmo recebe assim uma premiação que distingue as carreiras e obras que são referências criativas e artísticas no panorama musical internacional. Carlos do Carmo tem 74 anos, é filho da fadista Lucília do Carmo e tem toda uma carreira dedicada ao fado, género musical que muito tem sido valorizado pela sua parte com a sensibilidade, a sabedoria vocal e interpretativa e a propensão para as melhores escolhas de repertório. O seu público não se confina entre os portugueses e espalha-se pelos cinco continentes. No Brasil, Carlos do Carmo teve já, por exemplo, apresentações no Canecão do Rio de Janeiro e no Memorial da América Latina em São Paulo. Carlos do Carmo foi um dos protagonistas da candidatura do fado a Património Imaterial da Humanidade, distinção que viria a ser atribuída pela UNESCO em novembro de 2011. A tradição do fado está sempre presente em Carlos do Carmo, bem como o seu amor a outras grandes músicas e uma energia que o deixa atento e ligado às novas gerações de fadistas. Novos fadistas que por sua vez muito o admiram e estão presentes no recente CD de Carlos do Carmo, Fado é Amor - uma revisitação a alguns temas emblemáticos do seu repertório e já Disco de Platina em Portugal. Ao saber que lhe foi atribuído o Grammy, Carlos do Carmo fez escrever na sua página do Facebook: "Deus vos pague. E que o Sinatra tenha gostado." Certamente que A Voz gostou. E Elis Regina, que era sua amiga, igualmente. Ambos aplaudirão também quando o Grammy for entregue a Carlos do Carmo no dia 19 de novembro no MGM Grand Garden Arena de Las Vegas.
Viviane Marins
AGOSTO DE 2014
Batendo um bolão...
Pink Floyd: Disco de inéditas 20 anos depois do último lançamento, o Pink Floyd lançará disco de músicas inéditas em outubro. Segundo a jornalista Polly Samson, esposa de David Gilmor o título do disco será "The Endless River". O novo disco será de música ambiente e instrumental, com David Gilmour, Nick Mason e Richard Wright. O disco está sendo produzido por David Gilmour com Phil Manzanera, Youth e Andy Jackson. A banda tem mais de 230 milhões de álbuns vendidos em todo o mundo.
Jai Mahal e Os Pacíficos da Ilha O CD Invisívelman já caiu na estrada. Reggae "roots" com participações especiais: faixa "Sarou" com Arnaldo Antunes e a pernambucana Isaar; "Domingo 23", música de Jorge Ben Jor, que ganha versão drum and bass acústica turbinada pela guitarra de Lucio Maia (Nação Zumbi/ Zulumbi), que faz contraponto com outro convidado, Osvaldinho da Cuíca, criando uma sonoridade heavy samba transcendental. Osvaldinho também destila seu talento em "Caminho do Mar" - um mix inusitado de samba rock com soul e reggae. A mixagem de Invisívelman é assinada por Victor Rice e Buguinha Dub. Quem toca baixo em quase todas as faixas é o celebrado músico maranhense Gerson da Conceição que também assina a produção do disco ao lado de Jai Mahal.
JGNEWS
LANÇAMENTOS FONOGRÁFICOS
AGOSTO DE 2014
Ariana Grande Yours Truly Universal Music
David Bisbal Tuyyo Universal Music
Disclosure Settle Disclosure Settle Universal Music
Yanni If I Could Tell You Universal Music
Jack White Lazaretto Sony Music
Jhonny Cash Out Among The Stars Sony Music
Maria Rita Coração a batucar Universal Music
Ziggy Marley Fly Rasta Sony Music
Sky Ferreira Nigth time, my time Universal Music
Skank Velocia Sony Music
Santana Corazón Sony Music
Milos Aranjuez London Philharmonic.. Universal Music
AGOSTO DE 2014
LANÇAMENTOS FONOGRÁFICOS
JGNEWS
PG Nova vida MK Music
Elaine Martins Santificação MK Music
Flordelis A volta por cima - Ao vivo MK Music
Joe Vasconcelos Passos de fé Graça Music
Juntos no perdão Coletânea MK Music
John Adans The Gospel According... Universal Music
Amor d+ Coletânea Vol 3 Sony Music Gospel
Royal Tailor Royal Tailor Sony Music Gospel
Leila Franciele Meu chamado Sony Music Gospel
Melk Villar O amor venceu Sony Music Gospel
Pe. Zezinho Tributo a um pioneiro Universal Music
Suellen Lima Jesus simplesmente tudo Sony Music Gospel
JGNEWS
PERFIL ARTISTA/COMPOSITOR/SBACEM
AGOSTO DE 2014
A dupla de sucesso que deixou saudade Zé e Zilda nasceram no Rio de Janeiro. Ele em 6 de janeiro de 1908, ela em 18 de março de 1919. Ficaram conhecidos como Zé da Zilda e Zilda do Zé. José Gonçalves e Zilda se conheceram num programa da Rádio Transmissora, onde José era o diretor e Zilda foi se apresentar como cantora. Em pouco tempo a paixão arrebatadora uniu a chamada Dupla da Harmonia. Casaram-se em 1938. Em 1939 apresentaram-se no programa de Paulo Roberto, na Rádio Cruzeiro do Sul, quando foram batizados pelo apresentador como "Zé da Zilda e Zilda do Zé", nomes que adotaram até o fim de suas vidas. Em 1943, a dupla ingressou na gravadora Victor e lançou o primeiro disco com os sambas "Levanta José" e "Fim do eixo", ambos de autoria de José Gonçalves. No ano seguinte, a dupla foi contratada pela gravadora Continental e gravou mais dois discos com quatro músicas: os choros "Um calo de estimação", de José Gonçalves e José Tadeu e "O malhador", de José Gonçalves e Germano Augusto e, os sambas "Segura Chico", de Germano Augusto e De Morais e "Tire o meu nome do meio", de Donga e José Gonçalves. Em 1945, a dupla gravou cinco discos registrando entre outras músicas o samba-choro "Dona Joaninha", de José Gonçalves e Ari Monteiro; o choro "Compadre chegadinho", de Germano Augusto e José Gonçalves, e os sambas "Gostozinho", de José Gonçalves e Ari Monteiro; "Izabel não voltou", de Germano Augusto e Ari Monteiro; "Pega no pandeiro", de Germano Augusto e Marcelino Ramos, e "Con-
versa, Laurindo!", de José Gonçalves e Arui Monteiro. No carnaval de 1946, a dupla lançou o samba "Voume embora", de José Gonçalves e Marcelino Ramos e a batucada "Não me rasgue a roupa", de Braga Filho e Germano Augusto. Ainda nesse ano, gravaram os sambas "No alto da serra", de Marcelino Ramos e Ari Monteiro; "Se eu pudesse...", de José Gonçalves e Germano Augusto; as marchas "A hora da onça", de Zilda Gonçalves e Ari Monteiro e "Morena do Brasil", de Zilda Gonçalves e Oldemar Magalhães e o partido alto "O dinheiro é que manda", de Príncipe Pretinho. Em 1947, a dupla gravou os sambas "Procura-se uma mulher", de José Batista e Arnaldo Passos; "Promete", de Oldemar Magalhães, Alcino Vieira e Ademar Muharran; "A dona do lar", de José Gonçalves e Elpídio Viana e "Só pra chatear", de Príncipe Pretinho, que foi um grande sucesso. No ano seguinte, gravaram o último disco pela Continental: os sambas "Vem me consolar", de Éden Silva e Aníbal Silva e "Falam de
mim", de Noel Rosa de Oliveira, Éden Silva e Aníbal Silva, samba este considerado como antológico por críticos. Nesse ano, a dupla foi contratada pela gravadora Star que iniciava atividades no Brasil. No primeiro disco da nova gravadora emplacaram "A cabrocha rasgou minha roupa", de José Gonçalves e Oldemar Magalhães, e "Tribunal da terra", de José Gonçalves e Paulo Gesta. Em 1949 foi a vez dos sambas "Cidade Alta", de José Gonçalves e Oldemar Magalhães; "Paulo da Portela", de Aníbal Silva e Éden Silva, homenagem ao sambista Paulo da Portela, um dos fundadores da Escola de Samba Portela e falecido no ano anterior; "Jequitibá", de José Ramos e Marcelino Ramos, e "Enquanto eu viver" e "Luz da madrugada", de José Gonçalves e O. Silva. Em 1950, a dupla lançou apenas um disco integrado pelo fox "Tempo quente", de José Gonçalves, e pelo samba "Samba de branco", de José Gonçalves e O. Silva. Em 1951, lançaram as batucadas "Assobio pra es-
Benedito Lacerda, Donga, Pixinguinha, Zilda e Zé entre outros amigos
quecer", de Eden Silva e Oldemar Magalhães, e "Para dar conforto a ela", de Benedito Lacerda e José Gonçalves, além do samba "Em Caxias é assim", de Portinho e José Gonçalves. Em 1952 foram contratados pela Odeon e colocaram no mercado as faixas: "Nego da calça amarela", de Adelino Moreira, O. Silva e José Gonçalves; o choro "Vai levando", de Altamiro Carrilho e Armando Nunes; a marcha "Parafuso", de Adelino Moreira, José Gonçalves e Zilda Gonçalves, e o samba "Não fiz nada", de Antônio Maria e José Gonçalves. Para o carnaval de 1953, a dupla lançou o samba "Cansado", de Adelino Moreira, Jarbas Reis e José Gonçalves, e a marcha "Sapateiro", de Felisberto Martins e Fernando Martins, que não obtiveram grande sucesso. Ainda em 1953, gravaram, entre outras composições, os sambas "Meu contrabaixo", de Antônio Maria e José Gonçalves, e "Dona Fortuna", de J. Reis, Airton Amorim e José Gonçalves. Ironicamente, no carnaval de 1954, a dupla obteve seu maior sucesso com a marcha "Saca-rolha", de José Gonçalves, Zilda Gonçalves e Valdir Machado. Nesse ano, a dupla que, normalmente gravava sambas e marchas, não resistiu à febre do baião e lançou: "Eh! Baião", de José Gonçalves e Jota Reis, e "No terreiro de Tia Sinhá", de Petrus Paulus e Ismael Augusto. Foi nesse ano que a dupla gravou seus dois últimos discos: No primeiro,
JGNEWS
AGOSTO DE 2014
com a valsa "Pede a Deus", de José Gonçalves e o samba "Destruíram o morro", de José Gonçalves, Zilda Gonçalves e Claudionor Santana; no segundo disco, o último da dupla, interpretaram as marchas "Guarda essa arma", de José Gonçalves, Zilda Gonçalves e Jorge Gonçalves e "Ressaca", de José Gonçalves e Zilda Gonçalves, esse último, grande sucesso no carnaval do ano seguinte que José Gonçalves não veria, pois veio a falecer meses depois da gravação vítima de um derrame cerebral, em 10 de outubro de 1954. Em cerca de onze anos de carreira a dupla gravou 36 discos pelas gravadoras: Victor, Continental, Star e Odeon. Zé da Zilda José Gonçalves era filho de músico. Nascido no subúrbio de Campo Grande (RJ), aos cinco anos começou a se interessar pelo cavaquinho. Em 1920 já morava no morro da Mangueira, onde fez amizade com vários sambistas, entre os quais Cartola, seu futuro parceiro. Na companhia teatral Casa de Caboclo, organizada por Duque, começou a cantar emboladas e sambas, acompanhandose do cavaquinho e do violão, e interpretando o
personagem ‘Zé com Fome’, que durante muito tempo foi seu nome artístico. Com a ajuda de Duque, foi parar na Rádio Educadora, formando dupla com Pente Fino (Claudionor Cruz). Depois foi para a Rádio Transmissora, já como chefe de um regional e com programa próprio, no qual conheceu a cantora Zilda, que fazia sua estreia. Com ela formou a Dupla da Harmonia. No Carnaval de 1936, seu samba "Não quero mais" (com Cartola e Carlos Cachaça), foi cantado com grande sucesso pelo G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira, na Praça Onze, gravado no ano seguinte por Araci de Almeida, na Victor, e mais tarde relançado por Paulinho da Viola, no LP Nervos de aço, com o nome de 'Não quero mais amar a ninguém'. Em 1938 casou com Zilda. Foram gravados por nomes
importantes da época como Merlene, Nora Ney, Orlando Silva dentre outros, como Jorge Veiga que incluiu os sambas de breque 'Nega zura', 'Mulher malandra' e 'Garota Copacabana', em 1975, no seu LP O melhor de Jorge Veiga, pela Copacabana. Zilda do Zé Zé e Zilda, é como aparece no selo dos discos que gravaram. Depois da morte do marido passou a gravar sozinha, porém manteve o nome do marido nas parcerias em sua homenagem. Em 1956, lançou pela Odeon o choro "Iaiá faceira", o "Mambo caçador" e os sambas "Laranja madura" e "Perdoar". Em 1957, lançou o samba "Felicidade", parceria com José Gonçalves, Marcelino Ramos e Eli Campos, e a marcha "Eu quero beber", com José Gonçalves e W. Goulart. Em 1958, gravou o samba "Amor, vem me buscar", de Airton Borges, Adolfo Macedo e Adilson Moreira, e a marcha "Feiúra é apelido", com José Gonçalves e Colatino. Em 1959, sagrou-se vicecampeã do concurso para músicas carnavalescas da prefeitura do então Distrito Federal com o samba "Vem me buscar", de sua autoria e por ela mesma defendido em espe-táculo realizado com grande presença de público no Teatro
João Caetano. Em 1960, gravou para o carnaval a marcha "Seu talão vale um milhão", de Nelson Trigueiro, S. Mesquita e Elpídio Viana, num disco que tinha ainda os sambas "Quero morar", com F. Garcia e Vanda Rodrigues, e "Volte mulher", com José Augusto, e a marcha "Pente fino", com Raul Sampaio e Haroldo Lobo. Em 1961, gravou sozinha o samba "Vem amor", com Romeu Gentil e Paquito, e a marcha "O papagaio", de José Roberto Kelly, Mário Barcelos e Leda Gonçalves. Em 1963, fez com Carvalhinho o samba "O lelê da Lalá" e com Jorger Silva o bolero "Meu castigo" gravados por Roberto Audi. Em 1972, fez sucesso no carnaval com a marcha "A nega ficou maluca", de sua autoria, Zé Filho e Carlos Marques. Em 1975 gravou “Tagarela”, de Denis Lobo, Carlos Marques e José Gonçalves Filho. Zilda faleceu em 31/ 01/2002, no Rio de Janeiro.
JGNEWS Robson Candêo (Curitiba)
CDS, DVDS E BLU-RAYS
AGOSTO DE 2014
MUSICANDOMUSICANDO show nota 10. Vou começar falando do recém lançado DVD/CD da cantora Isabella Taviani Eu Raio X, um título muito legal que me fez pensar como ela ainda não é tão famosa! Voz boa, letras bem feitas, melodias ótimas, enfim, um título que vale a pena conferir, embora eu tenha certeza de que a maioria das pessoas nunca tenha ouvido qualquer canção sua. Isabella canta músicas românticas, algumas com letras positivas, algumas para quem está curtindo uma fossa, e com grandes participações como: Moska, Elba Ramalho e Zélia Duncan. Nos lançamentos em Blu-ray no Brasil, tivemos o registro da turnê da cantora Marisa Monte - Verdade uma Ilusão, com vários sucessos de sua carreira, em um show muito especial, com muitas projeções e banda de primeira. E, entre os sucessos destaco "Ilusão", "Depois", "Diariamente" que tem letra inteligentíssima, "Ainda Bem" e "Gentileza" que virou uma clássica de Marisa Monte. Lançamento fresquinho lá fora para os fãs do pop/rock, tem o Blu-ray da banda Toto - 35th Anniversary - Live in Poland que traz mais de duas horas de espetáculo que incluem os grandes hits pop e românticos "I´ll be Over You", "Rosanna", "I Won´t Hold you back", "Pamela", "99", "Africa" e "Hold the Line". Um show para os que curtiram essa e outras ótimas bandas nos anos 90, que vão adorar matar a saudade dessas músicas em um
EXPEDIENTE Editores Antonio Braga e Jorge Piloto
Outro grande lançamento lá fora é o Blu-ray do cantor Billy Joel - A Matter of Trust - The Bridge to Russia, com um show gravado em 1987 nas seis apresentações que o cantor fez em Moscou e Leningrado ao final da turnê do álbum The Bridge, álbum este que eu tive o prazer de ter comprado na época do seu lançamento, e ver este show agora na nova mídia só me trouxe ótimas recordações, ainda mais vendo a incrível performance de Billy Joel que levou o público russo à loucura, em um espetáculo que tenho certeza de que a maioria dos Russos que estavam lá, nunca tinham visto algo parecido antes.
pena conferir, e se você não sabe quem ele é, não sabe o que está perdendo, pois suas músicas são de ótima qualidade no melhor folk rock. Robson Candêo escreve para o blog: www.blurayedvdmusical.blogspot.com/
Não é um lançamento, mas não poderia deixar de comentar o Blu-ray do cantor Josh Groban - Awake - Live, que foi realizado para um grande público, acompanhado de uma ótima banda e alguns instrumentos de orquestra, onde foram apresentadas excelentes canções como as clássicas "Um Giorno Per Noi", "February Song", "Canto Alla Vitta", "You Raise me Up". As participações ficaram por conta da violinista Lucia Micarelli tocando um solo na clássica "Kashmir" e da cantora Angelique Kidjo em "Pearls". Um excelente espetáculo que mistura o clássico com Pop e que vale a pena conferir.
Colaboradores Nido Pedrosa, Viviane Marins, Elias Nogueira, Alberto Guimarães, Márcio Paschoal, Robson Candêo, Fábio Cezzane.
E para fechar, quero comentar sobre o novo álbum do cantor Jason Mraz - Yes, que vale a
Rio de Janeiro Viviane Marins: (22) 98828-0041 (21) 98105-4941 bragaa@gmail.com
Bahia
Redação:
Jorge PIloto (71) 98299-5219 / 991718911 / 98647-7625 jorge.piloto@yahoo.com.br
Rua Soldado Ernesto Coutinho, 10 Saquarema / RJ CEP 28.990-000
http://www.youblisher.com/p/186646-Anuario-de-Lojas-de-Instrumentos-Musicais-Discos/
Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores.
AGOSTO DE 2014
JGNEWS
JGNEWS
AGOSTO DE 2014
AV. ALMIRANTE BARROSO, 72 - 7째 ANDAR CENTRO / RIO DE JANEIRO / RJ TEL: (21) 2240-3073/8874