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JG NEWS, SETEMBRO DE 2015


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MÚSICA BOA

Fábio Cezanne

Ronald Valle

Ex-integrante do grupo Céu da Boca lança "Presente", seu primeiro disco solo em três décadas de carreira.

Depois das aventuras vocais com o grupo Céu da Boca na década de 80, do qual faziam parte Veronica Sabino, Paula Morelenbaum, Paulo Malagute, Chico Adnet, Maúcha Adnet, Dalmo Medeiros, Paulo Brandão, Rosa Lobo e Marcia Ruiz, com o qual fez dois discos e centenas de shows pelo Brasil, o cantor e compositor Ronald Valle retoma agora sua carreira artística de mais de três décadas com o lançamento do seu CD "Presente". Como cantor, Ronald já gravou com mestres como Milton Nascimento, Edu Lobo, Chico Buarque, Nara Leão, Joyce e Cesar Camargo Mariano, e como compositor trabalha com criação e produção de trilhas sonoras para publicidade, TV e cinema, tendo composições e arranjos gravados por Milton Nascimento, Paula Morelenbaum, Fernanda Takai e Coral Maluquinho. Também é professor de canto e maestro de corais de estilo próprio, baseado numa performance cênica dançante e na energia alegre e pulsante, tanto sua como de seus alunos e grupos. Há 30 anos vem cantando os sambas do bloco Suvaco do Cristo, bastião do renascimento do carnaval de rua da cidade maravilhosa, que sai pelas ruas do Jardim Botânico alegrando os foliões cariocas.

um projeto de "crowdfunding" ou "financiamento colaborativo" no site EMBOLACHA, que resultou numa corrente de ação positiva das pessoas que participaram financeira e afetivamente do projeto. O disco traz canções autorais e co-autorais, com parceiros como Alfredo Karam, Mu Chebabi e Alexandre Lemos, que revelam o ritmo alegre, as letras inteligentes, a variedade de estilos e o extremo cuidado nos arranjos e na produção fonográfica do próprio músico com o parceiro Fernando Morello, do Estúdio Órbita, no Rio de Janeiro.

O CD "Presente" foi finalizado através de JG NEWS, SETEMBRO DE 2015


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Matriz: Praça Mahatma Gandhi, 2, Gr. 709 e 710 Centro / Rio de Janeiro, RJ. CEP 20.031-100. Tel: (21) 2220-3635 E-mail: sbacem@sbacem.org.br Sucursal Goiás Rua V-6, nº300, QD.7, LT,4 Setor: Vila Resende CEP: 74335-230 Goiânia-GO Tel:(62) 3092-2523 / (62) 8211-9595 Representante: Thiago Rossi Email: thiago_rossi@sbacem.org.br Sucursal Mato Grosso Do Sul Rua Moreira Cabral, 347 Vila Planalto/Campo Grande/MS / CEP 79009-150 Tel: (67) 3045-2936 Contato: Flaviane Máximo da Paz e-mail: sbacemms@sbacem.org.br CEP 30160-030

Sucursal São Paulo Rua Barão de Itapetininga, nº 255 Grupo: 410. Centro / São Paulo Tel. (11) 3255-3025 Representante: Lilia Andrade e-mail: sbacemsp@sbacem.org.br Sucursal Rio Grande do Sul Rua Gal. Andrade Neves, 100 Conj. 1105, Bloco B - Galeria Ediht Centro / Porto Alegre / RS / CEP 90010-210 Telefax: (51) 3221-2622 Representante: Everton Miranda e-mail: sbacemrs@sbacem.org.br Sucursal Minas Gerais: Rua Espírito Santo, 466 Salas 1307 / 1308. Centro / BH / CEP 30160-030 Tel: (31) 3273-9166 / 8449-4772 Representante: Orlando Mota E-mail: orlandomota@sbacem.org.br

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INDÚSTRIA DE INSTRUMENTOS MUSICAIS

A Rozini está preparando uma série de ações para comemorar seus 20 anos de empresa. As comemorações terão início na Expomusic 2015, em setembro, onde farão o pré-lançamento de uma série especial de instrumentos musicais. No mês de novembro, mês de fundação da Rozini, irão realizar um evento oficial de lançamento da série, com participação de artistas e aberta ao público. Serão inúmeras ações entre 2015 e 2016 para a comemoração de seus 20 anos. A série 20 anos terá um modelo de viola caipira, um violão de náilon, um violão de aço e outro modelo de cavaquinho. Serão 80 instrumentos, sendo 20 instrumentos de cada modelo, produzidos com a melhor matéria-prima da Rozini e numerados um a um para garantir a exclusividade de cada item.

ção do projeto tem a assinatura de Miguel De Laet, o mais novo membro da família Rozini. A linha de violões clássicos carregará a assinatura de um dos mais renomados luthiers brasileiros, que dará toda consultoria técnica no desenvolvimento da série. A seleção de madeiras, acompanhamento

dos processos de construção, bem como todos os detalhes de execução tem o herdeiro da marca, Tayler Rozini, como responsável, o que garante que será elevada ainda mais o padrão de excelência que a Rozini conquistou ao longo desses 20 anos. Por essa razão, todos os instrumentos receberão

um certificado de autenticidade assinado por José Roberto Rozini (diretor/ presidente da empresa) e por Tayler Rozini nas séries de violas, cavaquinhos e violões de aço. Na linha de violões clássicos, além deles, a série receberá ainda a assinatura de um renomado Luthier, como consultor técnico.

O projeto está sendo tocado por muitas mãos. A ideia de lançar uma série comemorativa foi apresentada por Andre Mattos, filho de Zé Pereira, um dos fundadores da empresa e grande responsável pela criação de muitas séries que compõem até hoje o catálogo Rozini. A criação e desenvolvimento do conceito da série "Rozini 20 anos", bem como a coordenaJG NEWS, SETEMBRO DE 2015


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LANÇAMENTOS FONOGRÁFICOS

ROSAS PASSOS CANTA ARY, TOM E CAYMMI BISCOITO FINO

GAL COSTA ESTRATOSFÉRICA SONY MUSIC

CIDA MOREIRA SOLEDADE INDEPENDENTE

HAMLETO STAMATO TRIO SPEED SAMBA JAZZ 5 INDEPENDENTE HISTÓRIAS E BICICLETAS O FILME MK MUSIC

ERASMO CARLOS MEUS LADOS B COQUEIRO VERDE

CLIPES MK 8 COLETÂNEA DE CLIPES MK MUSIC

MÁRCIO PASCHOAL A MORTE TEM FINAL FELIZ LIVRO

CRISTINA LOURENZO PARTE DE MIM GUITARRA BRASILEIRA

ASTRONAUTA MARINHO MENINO SEREIA INDEPENDENTE

Enviem seus lançamentos para: Rua Cristóvão Barcellos, 11, apto 103 Laranjeiras / RJ. CEP 22.245-110

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AUTORES SBACEM

Patrícia Rodrigues

GALERIA DOS IMORTAIS PRINCIPAIS SUCESSOS DE AUTORES QUE DEIXARAM SAUDADE Carolina Cardoso de Menezes (27/05/1916 - 31/12/2000) Comigo é assim Eu sou do barulho Já fui feliz Fla-Flu Lygia Pombo Correio Regressando Lembrando Nazareth Tudo cabe num beijo Meu limão, meu limoeiro

Tião Carreiro (13/12/1934 - 15/10/1993) Amargurado A coisa tá feia Mundo velho Oi, paixão Pagode Rio de lágrimas A mão do tempo A viola e o violeiro Borboleta do asfalto Encanto da natureza

Max Bulhões (29/12/1903 - 30/11/1977) A baratinha Ora bolas Promessa Noite de lua Bonde da alegria Sabiá Laranjeira Filho da Candinha Não tenho lágrimas Amei uma cachopa Nós queremos outra valsa

Assis Valente (19/03/1908 - 10/03/1958) Minha embaixada chegou ...E o mundo não se acabou Alegria

Boas Festas Brasil Pandeiro Cai, cai balão Camisa listrada Good bye boy Recenceamento Uva de caminhão

Luiz Soberano (20/07/1921 - 30/07/1981) Abandono cruel Agora é tarde Ana Maria Ave sem ninho Na beira da praia Obrigado doutor Pecado mortal Vagalume Não me diga adeus Meu destino é sofrer Na hora da Ave Maria

Leduvy de Pina (10/01/1919) Chalaça Eu te dei a mão Jurei, jurei Mãe de pobre Marcha do relógio Meu barraco Na escada da vida Não há Palavras Quem lava o morro Há sempre uma luz acesa

Luperce Miranda (28/7/1904 - 05/04/1977) Alma do sertão Foi um sonho Vaca maiada Lá vem a lua Meu sertão Pinião Primoroso Samba da meia-noite

Cada macaco no seu galho Frevo pernambucano

Arnô Canegal (12/01/2015 - 21/03/1986) Aquele bilhetinho Direito de nascer Fui traído Me leva baiana Não põe a mão O gato e o rato O nosso amor Remorso Seu bigode Gargalhei de alegria

Kid Pepe (19/9/1909 - 15/09/1961) A inveja matou caim castigo de Deus Formosa mulher Implorar Lágrimas de rosa Mangueira Moreno batuqueiro Primeira mulher Tive um prazer O orvalho vem caindo

Zé Pretinho (15/11/1909 - 16/10/1994) Ainda é cedo Cinza do passado Desperta favela É ou não é Eu não sei porque é Me deixa em paz Não fiz nada Tenho raiva de quem sabe Uma dor e uma saudade Esqueceste o teu passado

Patrícia Rodrigues, além de colunista da revista JG News é escritora e pesquisadora. JG NEWS, SETEMBRO DE 2015


ENCORDOAMENTO DE PRIMEIRA LINHA

NOVA GERAÇÃO DE ENCORDOAMENTOS JG NEWS, SETEMBRO DE 2015


Elias Nogueira

BANDAS NOVAS CHEGANDO

eliassnogueira@gmail.com

A Hora e a vez do Magujam!

Banda carioca lança disco autoral com produção do "Barão" Fernando Magalhães Magujam é um grupo de rock carioca com canções autorais que descrevem o cotidiano. Formada em 2006, o Magujam fez sua primeira apresentação neste mesmo ano, no teatro Ziembinski, Tijuca / Rio de Janeiro. Atualmente a banda é formada por Gustavo Brito (voz), Alexandre Leiroz (vocal e guitarra base), Mauricio Leiroz (guitarras) e Marco Karam (bateria) e ainda, como músico, Gabriel Barros (baixo). O segundo álbum do Magujam "Toda ação gera uma reação" vem com doze faixas, compostas por Gustavo Brito e teve produção luxuosa do guitarrista do "Barão Vermelho" Fernando Magalhães. - Quando Mauricio apresentou o trabalho gostei de imediato: do Gustavo cantando, das letras, gostei bastante das guitarras. Fiz uma guitarra na faixa "Agora é tarde". Na verdade quem gravou o disco foi o Markinho Alves, ele toca comigo no meu trabalho instrumental. O que fiz foi lapidar o Magujam, em uma ou outra música tive que mostrar o caminho. Chamei Roberto Lly para fazer a captação de mixagem e o Kadu para trabalhar o som da bateria. Não houve motivo para tirar um som que não fosse legal. Os rapazes são maravilhosos - comenta Fernando Magalhães. O Magujam teve ainda na direção e captação de voz o produtor Roberto Lly, além de Kadu Menezes (Kid Abelha, Lobão...) que dirigiu a captação de bateria: - Fui o engenheiro de gravação e captação de bateria, já fiz e faço isso com muita gente; inclusive no disco do Barão Vermelho "Carnaval" fui eu quem afinou e passou o som de bateria para o Guto Goffi - lembra Kadu. A masterização ficou por conta do Sage Áudio, um estúdio de masterização profissional em Nashville. A distribuição digital do álbum é feita pela Tratore e pode ser encontrado no Itunes, Rádio UOU, SpotFy, além de outras plataformas digitais de divulgação e comercialização musical. Atualmente o Magujam tem o clipe da música "Agora é tarde" veiculado no Canal Music Box Brasil. Prestes a gravar o seu primeiro DVD, a banda contará nesse novo projeto, com as participações especiais do músico português José Natario (teclado) e de Julia Rezende (vocais). Em 2015 o guitarrista Maurício Leiroz foi convidado por Fernando Magalhães para fazer parte, ao lado de Roberto Lly (baixo) e Markinho Alves (bateria), da banda do guitarrista e produtor, na turnê do seu álbum solo Rock IT! Maurício Leiroz é sócio do irmão, Alexandre Leiroz no estúdio King Rock, por onde passaram artistas como Sérgio Abreu (Ator e cantor) e Gabriel Thomaz (vocalista dos Autoramas), Fernando Magalhães, entre outros. A música "Agora é tarde" está sendo uma das mais tocadas e entrou na programação do Canal Music Box Brasil e no programa "A vez do Brasil" na rádio Cidade 102,9 FM. "Toda ação gera uma reação" foi apresentado ao público no dia 19 de novembro de 2014 no Centro de Referência da

Foto Felipe Diniz

Música Carioca Arthur da Távola, na Tijuca, Rio de Janeiro e marcou o início de uma nova fase na história do Magujam. Gustavo Brito, o vocalista e compositor conversou com Elias Nogueira e tirou algumas dúvidas. Fernando Magalhães - Era um sonho antigo de todos nós da banda, somos fãs incondicional do Fernando. Parecia um sonho impossível, até que o Mauricio, através da internet, conseguiu contato com ele. Acabou curtindo a demo, marcou com gente para conversar, viu que era um trabalho sério e aceitou fazer. Foi uma satisfação sem tamanho. Além de produzir, ele fez guitarras também. Rober adu Menezes obertto Lly e K Kadu - Roberto Lly fez a direção vocal do álbum, também uma pessoa fantástica e, Fernando sugeriu e nós aceitamos - Lly é muito capacitado. Teve também a participação do Kadu Menezes que veio somar e fez um trabalho muito bom, a equalização e captação do som da bateria foi dele. Escuta e depois me fale se gostou. O Fernando agora é nosso amigo, assim como Roberto Lly e Kadu Menezes. Inspiração para com por compor - Minhas composições são do cotidiano ao nosso redor. Coisas que nos iluminam, coisas que nos dão satisfação vejo os fatos acontecerem na vida e transformo em poesias, músicas... Dependendo do momento vem a duas coisas juntas: a música e letra, mas não é regra - às vezes vem à melodia primeiro ou não. Tem a possibilidade, acontecem algumas vezes, as músicas vêm casadas com as letras. Futur o uturo - Estamos começando a divulgar este álbum e queremos atingir o máximo possível. Tudo vale como experiência. No futuro, não muito distante, lançaremos o terceiro álbum. JG NEWS, SETEMBRO DE 2015


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TEL: (21) 2576-0075 2258-9074


Robson Candêo (Curitiba)

CDS, DVDS E BLU-RAYS

MUSICANDOMUSICANDO A gaúcha Adriana Calcanhotto está com um novo álbum - Loucura - em que ela homenageia seu conterrâneo Lupicínio Rodrigues pelo seu centenário. Autor de marchinhas de carnaval e sambas-canção famosos, foi ele quem criou a expressão dor-decotovelo e é o termo que encaixa na maioria das músicas que ela interpreta, destacando as conhecidas "Felicidade", "Ela Disse-me Assim (Vá Embora)" e "Se Acaso Você Chegasse", não esquecendo logicamente do Hino do Grêmio que foi composto por ele. E quem também tem novidades é o tremendão Erasmo Carlos - Meus Lados B (Ao Vivo), onde ele interpreta músicas que não fizeram tanto sucesso quanto seus grandes hits, mas que ele quis dar uma segunda chance. É um álbum realmente interessante que os fãs vão adorar, e que com certeza vai na contramão da fórmula fácil de somente cantar as músicas mais conhecidas. Outra cantora que lançou um álbum no ano passado que vale comentar é Fernanda Takai, vocalista do Pato Fu, que em sua carreira paralela/solo, traz para os fãs Na Medida do Impossível, que mescla um conjunto de músicas variadas que de alguma maneira foram marcantes na vida da cantora. Entre elas tem "Mon Amour, Meu Bem, Ma Femme", "Amar como Jesus Amou" e "Depois que o Sol Brilhar". Quem lançou recentemente seu primeiro álbum é o baiano Cajat - Noite Fria, músicas

autorais com um bom ritmo e que é muito fácil identificar nelas a grande influência do Rock Nacional dos Anos 80 falando, principalmente, de temas do cotidiano. Outra que está com o primeiro CD na praça é a paraibana Val Donato - Café Amargo, que também traz músicas autorais com uma pegada mais roqueira, mas também com um pouco de balada. Val tem uma voz mais grave e muito firme passando grande personalidade enquanto canta. Mudando agora para as bandas de fora, uma que vale o destaque é a banda Train, que lançou em 2014 o álbum Bulletproof Picasso. A banda tem uma pegada pop/rock genial e vale muito a pena curtir as canções desse CD, lembrando que um dos hits mais famosos da Train é a música "Hey, Soul Sister" que fez grande sucesso há alguns anos. Para quem tem criança pequena, vale a pena conferir o CD Música do Gaturro, que é um personagem de quadrinhos argentino de grande sucesso. As músicas aqui são de vários ritmos,

como rock, reggae, funk e balada, e é diversão garantida para quem tem criança pequena, pois elas se divertem com os temas das canções como o amor do gato pela gata, como vencer o medo e ajudar a mudar o mundo. Robson Candêo escreve para o blog www.blurayedvdmusical.blogspot.com/

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DIRETO DE PORTUGAL

Alberto Guimarães

CAVAQUINHO: DE PORTUGAL, DO BRASIL E DO MUNDO A música e o cavaquinho também se inscrevem no Guinness World Records, o Livro dos Recordes. No passado dia 6 de junho, 501 tocadores de cavaquinho reuniram-se em Cernache, Coimbra (no centro de Portugal), para tocarem simultaneamente e em conjunto. Um feito daquelas dimensões não tinha sido realizado até ao momento. A iniciativa foi tomada pelo Colégio da Imaculada Conceição, daquela localidade e concretizou-se com a ajuda de tocadores de cavaquinho de vários pontos de Portugal e de diversas idades. O colégio tem dois grupos de cavaquinhos, um formado por alunos e outro por pais, depois de em 2005, ter introduzido o aprendizado desse instrumento nas aulas de Educação Musical. Este acontecimento expressa bem a atual popularidade do cavaquinho em Portugal, um instrumento que se tem disseminado amplamente em terras lusitanas. Em Cernache, assistindo ao evento, esteve presente Júlio Pereira, músico, compositor, estudioso do cavaquinho e presidente da Associação Cultural e Museu Cavaquinho. A Associação foi constituída em 2013 tendo como finalidade documentar, preservar e promover a história e a prática do instrumento. A Associação não tem parado e não perde tempo, estando a trabalhar na inventariação dos construtores de cava-

quinho no âmbito do património imaterial português. Essa tarefa resulta de um protocolo com a governamental Direção-Geral do Património Cultural. Foi também realizada uma exposição itinerante que percorre Portugal: 70 Cavaquinhos 70 Artistas. Desde a sua constituição, a Associação conta com o apoio de conceituados artistas plásticos, como Pedro Cabrita Reis, Júlio Pomar e Julião Sarmento. Desta ligação nasceu a ideia de produzir uma exposição, tendo a Associação, para tal, convidado 70 artistas - a maioria jovens criadores - de vários pontos de Portugal, propondo a cada um deles um cavaquinho como suporte de intervenção plástica. Sendo já atraentes objectos de design no casamento de forma e função, podem então ser vistos na exposição, cavaquinhos com a acrescida contribuição de artistas plásticos. Um projeto inédito, um campo de acção que se abriu para os artistas plásticos que demonstram, também eles, interesse pelo cavaquinho. Afinal, uma ação no sentido de sensibilizar as pessoas para a riqueza patrimonial do instrumento e da sua prática. Após o percurso idealizado por diversas cidades portuguesas, a exposição ficará disponível a todas as instituições de Portugal e do exterior que a requisitem. Já está prevista uma apresentação durante novembro, em Montreux, na Suiça. A Associação vai mostrando o desenvolvimento do seu trabalho através do site na internet www.cavaquinhos.pt onde se pode encontrar cerca de 140 modelos de cavaquinhos portugueses, várias páginas

didáticas, galerias de imagens e vídeos, além da história do instrumento em Portugal Continental, na Madeira e Açores, Havaí, Brasil, Cabo Verde e Indonésia. Cabe referir que o presidente da Associação, Júlio Pereira, foi um principal instigador da popularização do cavaquinho em Portugal. Oriundo da cena rock, lançou em 1981 o LP "Cavaquinho", onde, fruto de trabalho e pesquisas, conseguiu salientar as possibilidades musicais de um instrumento que até então, era em Portugal, quase só circunscrito aos ranchos folclóricos. Outros discos se seguiriam por parte de Júlio Pereira, paralelamente a muita investigação no universo do cavaquinho e da música popular portuguesa em geral, o que agora se espelha na Associação Cultural e Museu Cavaquinho. Em 2013 Júlio Pereira entrou em estúdio, focalizou-se novamente no cavaquinho e gravou o CD "Cavaquinho.pt" como ponto de partida para uma nova etapa dedicada a este instrumento e sistematizada nas atividades da Associação Cultural e Museu Cavaquinho. Justamente para dinamizar a prática do cavaquinho através da edição de uma série de CD`s, a Associação lançou recentemente o CD "O cavaquinho do Amadeu” . Tendo o cavaquinho português como

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DIRETO DE PORTUGAL

protagonista, o autor, Amadeu Magalhães, pretendeu com o seu primeiro disco a solo mostrar técnicas de execução que tem desenvolvido com o instrumento. Amadeu Magalhães é um músico e formador que no seu amplo currículo, inclui também trabalho com o brasileiro Chico Cesar. Instrumento que sempre contribuiu para diversas manifestações da música popular por todo o território português, na zona do Minho (norte de Portugal) assume uma presença tipíca e na cidade minhota de Braga e seus arredores concentramse vários fabricantes de cavaquinho. Haja festa no Minho e lá está o cavaqui-

nho. Mesmo as tunas universitárias não dispensam a participação do pequeno instrumento. O cavaquinho é um cordofone que os portugueses se encarregaram de espalhar pelo mundo. De porte fácil, o cavaquinho acompanhou-os nas suas andanças pelo globo, instalou-se no Brasil, onde tomou algumas variantes, designadamente na afinação, e tem um lugar importante no choro, nas escolas de samba e por aí vai.. Transmutante, o cavaquinho em Cabo Verde é um instrumento que ajudou a formar as atraentes formas musicais da morna, da coladeira e do funaná. Sendo que nesse arquipélago africano, o cavaquinho se aproxima do seu irmão do Brasil, devido à influência que tiveram no século XX os barcos brasileiros que ali iam aportando. A música brasileira, também através do cavaquinho, dei-

xou marcas indeléveis na música de Cabo Verde e no coração de seus habitantes. Estão ainda sinalizados outros lugares onde o cavaquinho chegou e passou a tomar parte na música popular. É o caso da Indonésia, onde tomou o nome de Keroncong. No Havaí onde se denomina Ukelele, muito se envolveu nos hábitos musicais da população. Ukelele, segundo uma das interpretações, significa no idioma local do Havaí "pulga saltitante", tendo em conta o ágil movimento de mãos necessário a quem o toca. Ali foi introduzido no século XIX por portugueses da Ilha da Madeira. Após isso, o Ukelele passou a fazer parte do cotidiano musical local, tendo ressaltado a partir dos anos 80. O beatle George Harrisson o tocou nas gravações de algumas faixas do seu último disco "Brainwashed". Mais recentemente

foi Eddie Vedder quem contribuiu para propalar o hukelele, o irmão havaiano do cav aquinho. Entretanto já o diretor cinematográfico estadounidense Billy Wilder tinha colocado Marlyn Monroe a fazer charme com um ukelele em "Quanto mais quente melhor"… Portátil, de sonoridade doce e tendo a facilidade de se ajustar bem como instrumento melódico acompanhando quem canta, as lojas de instrumentos portuguesas, disponibilizam agora o ukelele da mesma forma como estão bem preparadas para prover os músicos (e aspirantes a tal) de cavaquinhos nas variantes de Portugal, do Brasil e de Cabo Verde. Mistura e manda, cavaquinho! No Brasil, em Portugal e por todo o mundo.

Novos conceitos JG NEWS, SETEMBRO DE 2015

escoladesagres@hotmail.com


Antonio Braga (Editor)

MATÉRIA DE CAPA

Com a palavra, o Lojista José Eduardo Peixoto, o Zé, é meu amigo há 16 anos. Vi nascer a loja Musical Carioca e de lá pra cá fizemos muitas coisas juntos. Zé e Clara, sua esposa, participaram de todas as Confrarias dos Compositores que realizei e dos Troféus Destaque, além de serem sócios honorários da revista JG News desde os tempos do Jornal das Gravadoras. Em entrevista exclusiva, Zé revela o lado B do comerciante que atravessa a crise nacional, observando onde estão os problemas: Zé, há quanto tempo existe a Musical Carioca? A Musical Carioca existe há 16 anos, no mesmo lugar. Antes eu trabalhava com componentes eletrônicos. Tínhamos uma sociedade onde havia um departamento que tinha alguns instrumentos. Quando a sociedade acabou resolvi me dedicar aos instrumentos musicais e estou nisso desde então.

as vendas que já não iam bem ficam piores + a luz que aumenta desproporcionalmente + o aumento no aluguel + a carga tributária que continua absurda = a vida do comerciante fica muito difícil neste país.

Na Rua da Carioca, que já foi um Shopping aberto de Lojas de Instrumentos, em menos de 6 (seis) meses já fecharam 3 lojas de instrumentos musicais... Sim, metade das lojas dessa rua estão

Quais são as maiores dificuldades que um lojista tem hoje nesse segmento? Sem dúvida é a carga tributária que é muito alta. Em outros segmentos tem também a inadimplência, que não é o nosso caso pois trabalhamos apenas no ‘à vista’ ou com cartão de Crédito. Mas a Carga Tributária chega a 50%. E as igrejas são as grandes compradoras? Aqui no Centro do Rio de Janeiro as igrejas não têm o mesmo peso que têm nas lojas de bairros ou de interior, temos esse público também mas não é nada que desequilibre o faturamento final. Existem fábricas de instrumentos reclamando da inadimplência, outras reclamando que não estão vendendo.... O país está atravessando um problema difícil e as vendas caíram, pelo menos em 30%. A inflação voltou, o dólar subiu muito...estava, ainda este ano, em R$ 2,50, agora já está em R$ 3,50, mais ou menos 40% de acréscimo. É uma bola de neve descendo na avalanche: dólar caro + aumento dos produtos + JG NEWS, SETEMBRO DE 2015


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MATÉRIA DE CAPA fechadas pois as lojas de 'Malas' também fecharam, restam poucas. O que é que salva nesse momento de crise: caixa reserva, demitir funcionários, o quê? Estamos procurando não demitir... mas estamos cortando custos, claro. Nos bons tempos quantos violões e pandeiros vocês vendiam por mês e quantos vendem agora? Vendíamos em média 100 violões e uns 100 pandeiros por mês. Hoje acho que não conseguimos vender 50 violões. Pandeiros então caiu mais, chutando, acho que vendemos uns 30 por mês. Qual o produto que vende mais numa loja: violão, pandeiros, teclado, encordoamento? Qual é o seu carro-chefe, aquele produto que é certo que vai vender muito e não pode faltar? Não existe esse produto, é o somatório de todos que dá o resultado final, mas posso assegurar que a maior procura são por produtos baratos, os produtos populares: o violão barato, o pandeiro barato, o tamborim barato, o encordoamento mais barato... Estamos vivendo um período difícil e é claro que as pessoas querem gastar o mínimo possível. E a indústria chinesa? A indústria nacional de instrumentos musicais não existe mais. As únicas fabricantes nacionais de violão, cavaquinho, banjo, bandolim e viola, hoje, são a Rozini e a Clave. De gaita, a Hering. As outras indústrias passaram a ser importadoras da China. Quando o produto não é chinês tem 90% de componentes importados da China. Pior é saber que a matéria prima para fabricação de alguns instrumentos sai daqui do Brasil... Sai daqui, vai para a China, que fica no outro lado do mundo, e volta em forma de instrumentos e consegue ser mais barato do que se fosse fabricado aqui.

É uma coisa de maluco este país! Essa carga tributária que chega a 50% está fazendo da gente um país importador e está acabando com as nossas indústrias. Importação não gera os empregos que uma indústria gera - olha o desemprego em massa batendo nas nossas portas! Um microfone Shure, que nos Estados Unidos custa $ 100 (Cem dólares), aqui custa $ 350 (Trezentos e cinquenta dólares), ou seja, aqui custa R$ 1225,00 - isso é carga tributária. Se pensarmos bem, somos um país comunista, pois temos o Governo como maior sócio de todas as empresas.

A Feira Expomusic é um bom lugar para se fazer negócio? A Feira é sempre um bom local para se fazer negócio, mas está diminuindo a cada ano que passa - uma pena! Por outro lado os eventos paralelos crescem na mesma proporção que a feira diminui. As fábricas aproveitam a data para fazerem seus encontros com os lojistas em locais com custos mais em conta. O problema é sempre dos custos, dos impostos, e cada um vai dando o seu jeito de sobreviver nesse difícil mundo do comércio e da indústria. Temos que seguir em frente sem esperar o milagre do governo. JG NEWS, SETEMBRO DE 2015


LITERATURA E LP

Viviane Marins

A arte do Livro e do Long Play A MORTE TEM FINAL FELIZ Uma história de amor e erros, que nem o sucesso ou a morte podem atrapalhar. Esse é o quarto romance de Márcio Paschoal, nosso colaborador, lançado neste mês na Livraria da Travessa do Leblon, que já vem despertando curiosidade e ganhando elogios da crítica especializada. Vale conferir. Você pode pedir o livro pelo site: www.editorainverso.com.br ou pelo email: cristinajones@editorainverso.com.br

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O AUTOR Márcio Paschoal nasceu no Rio de Janeiro e se formou em Economia. É escritor, redator, autor da biografia ‘Pisa na fulô mas não maltrata o carcará’, obra sobre o compositor maranhense João do Vale, e de trabalhos publicados no Jornal do Brasil, Cadernos do Terceiro Mundo e Pasquim. Pela editora Record, publicou os romances ‘Sofá branco’, vencedor do Prêmio Menção Honrosa Graciliano RamosUBE e semifinalista do Prêmio Nestlé de Literatura; ‘Odara e Os Atalhos de Samanta’; além dos ensaios

Jota Quest lança vinil

de humor ‘Cada louco com sua mania’, com ilustrações de Jaguar, e o ‘Horóscopo sexual para praticantes’. Pela editora InVerso, publicou o romance ‘A morte tem final feliz’; pela Mirabolante, as crônicas ‘A Maconha está bêbada’, pela Zit, o infantil ‘O livro maluco e a caneta sem tinta’, dentre outros trabalhos.

Lançado em 2013, o CD "Funky Funky Boom Boom" (Sony Music), emplacou 4 hits e recebeu disco de ouro por mais de 50.000 cópias vendidas. O projeto agora ganha sua versão em vinil duplo. I n f o r m a ç õ e s : www.jotaquest.com.br


O MELHOR DO GOSPEL

Renan Amorim

Vanilda Bordieri recebe Disco de Ouro pelo álbum "Na Tua Vontade" Homenagem à cantora foi feita pela gravadora Musile Records, durante a noite de premiação do Troféu de Ouro, pelo álbum "Na Tua Vontade". Vanilda Bordieri recebeu premiação dobrada durante a cerimônia de entrega do Troféu de Ouro, realizada no Teatro Bradesco (SP). Além de vencer na categoria "Melhor CD de São Paulo", a cantora foi homenageada pela Musile Records com o Disco de Ouro em comemoração à expressiva vendagem de seu álbum. O merecido reconhecimento acontece no quarto trabalho de Vanilda Bordieri lançado pela gravadora, depois dos sucessos de "Assim

Sou Eu", "A Pesca" e "Pra Deus é Nada". "Na Tua Vontade" traz 16 faixas inéditas com a produção de Ronny Barboza - que também ganhou Troféu de Ouro na categoria "Melhor Produtor Musical". Além de um repertório incrível, com "Viverei Milagres", "Descanso em Ti" e "Não Serei Capaz", o destaque do CD vai para as participações de Leandro Borges e Moises Cleyton, além de Bruna Paula e o Coral das Mulheres, ganhadoras do concurso realizado na internet. O Troféu de Ouro contou com a presença de Anderson Freire, Leonardo Gonçalves, Cristina Mel, Elaine de Jesus, So-

raya Moraes, Robinson Monteiro, além de diversos ministros e profissionais que atuam no segmento da música cristã. Idealizado pela Prisma, o evento teve como objetivo premiar os destaques do gospel na atualidade.

Assista ao Preview de "Na Tua Vontade" no YouTube: http://goo.gl/wo9klB Adquira "Na Tua Vontade" também no iTunes: http://goo.gl/y53Kxp

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