Revista Bigou

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Bigou

R$ 5,90 // Ano 2009 // Nº0

A NOSSA REVISTA DE DESIGN

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co m Pedro Guitton / Bruno Borges Alex Trochut / Lettering ILUSTRAAÍ com Leonardo Uzai / A.J. Purdy FALAVOCÊ

TIPOASSIM com PÁPUM

com Dave White / Sagmeister Inc


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Bigou Julho-Setembro 2009

O PRAZER É MEU Revista Bigou: Design e cultura visual, apresenta trimestralmente uma visão global e internacional sobre o design e a cultura gráfica fazendo um foco especial na riqueza cultural latino-americana e espanhola. O Desenho gráfico, de produto e tipográfico, a ilustraçao, a fotografia e a publicidade são algumas das diversas especialidades que aborda a revista através de artigos ampliamente ilustrados. De esta forma, Bigou aproxima todas aquelas disciplinas relacionadas com o desenho y a cultura visual a professionais, estudantes e aficionado.

João Guitton EDITOR

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STAFF

editor e idealizador JOÃO GUITTON jornalista ANA FLÁVIA TOSTA direção de arte MITO DESIGN revisão DANIEL ZARU diretora executiva MARIANA MARCOLINO tel. 11 3926-3374 / 3084-8040 imagem de capa J.G distribuição INDEX BOOK BRASIL HENRIQUE GUITTON tel. 21 8240-2018 64 páginas + capa formato 19x26 cm publicação trimestral (fev/maio/agosto/novembro) com tradução para o inglês e espanhol 4B 2009


Bigou Julho-Setembro 2009

SUMARIO 20

FALAVOCÊ com Pedro Guitton

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TIPOASSIM com Alex Trochut

Editor (Index Book) e Professor das faculdades (Univercidade, Estacio de Sá) no Rio de janeiro, Pedro fala sobre os seus livros já publicados e dos seus novos projetos que alias todos estão convidados a participar.

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ILUSTRAAÍ com Leonardo Uzai

Nhozias é ilustrador, designer e artista plástico. Trabalha frequentemente nas ruas, onde cultiva sua paixão pela cultura urbana. Pinta nas ruas e trabalha com design desde 2002.

Deformada, torcida, colorida, nas mãos de Alex as letras escapam de normas e limites.Clientes como The Rolling Stones e Brirish Airways ja fizeram trabalhos com este jovem disenhador e ilustrador barcelonés.

06 SEUEMAIL - Espaço dedicado para os leitores. Envie o seu comentário. 08

REPORTAGEM - Reportagem de capa CMYK e o surgimento das cores.

10 TIPOASSIM - B de Bigou, Lettering - Designers e a tipografia juntos nesta seção. 20 FALAVOCÊ com Bruno Borges - Entrevista sobre sua campanha contra o tabaco. 32 ILUSTRAAÍ com A. J. Purdy - Bigou conferiu seu scrapbook, veja as imagens. 40 PÁPUM com Dane White, Stefan Sagmeister - Descubra o perfil dos designers. 44 OLHAEU Quer participar? - Envie o seu trabalho para olhaeu@bigou.com.br 52

REPORTAGEM - Comentamos sobre o tema da próxima edição.

55 VAMOSLÁ - O que fazer nos próximos 3 meses entre exposições, lançamentos, feira e muito mais. 59 LEIASOBRE - Indicamos 4 livros para o seu deleite. 62 TOMANOTA - Últimos lançamentos de produtos cheios de Design. 2009

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SEUEMAIL O QUE É DESIGN GRÁFICO?

NATUREZA COMO INSPIRAÇÃO Sanna Annukka é uma ilustradora Inglesa/Finlandesa que trabalha com silk e técnicas de impressão em geral (xilo, silkscreen etc). A maior inspiração dela é a natureza e o folclore, além das lembranças de infância (quando ela “explorava” as florestas da Finlândia). O trabalho dela é bem colorido e cheio de ícones. Um dos trabalhos mais conhecidos dela é a Capa do disco do segundo disco do Keane: ‘Under the Iron Sea. Sanna Annukka - sanna@gmail.com

Falamos tanto de design isso, design aquilo…mas afinal de contas, o que é design gráfico? É fazer logos? É saber mexer no Photoshop? É ser artista? Sim, e não. Abaixo, definições de fontes diferentes do que vêm a ser design gráfico. “Design gráfico existe desde que o homem começou a fazer pinturas em cavernas; primeiramente em paredes de pedra ou terra seca, e hoje globalmente na World Wide Web. Designers gráficos trabalham fazendo design de impressos, formas visuais de informação ambiental (sistemas de sinais) ou eletrônicos, trabalhos de propaganda, publicação ou até websites. Tudo isso é conseguido através da administração de habilidades e entendimento de tipografia, cores, imagens e sons para se criar soluções visuais a problemas de comunicação.” Roberto Linhares - betol@hotmail.com

DA CABEÇA PARA O PAPEL, DO PAPEL PARA O COMPUTADOR Eu como todo designer, tenho um milhão de idéias que a principio são legais mais acabam morrendo durante o dia. Quantas e quantas boas idéias eu já tive, que poderiam ser compradas pelo Google por 500 milhões de dólares? Brincadeiras a parte, recentemente eu comprei um caderninho com folhas sem pauta, simplesmente pra rascunhar todas minhas idéias, afinal um dia elas podem sair do papel né. O importante é que não nos limitemos durante o processo criativo de algo, para uma idéia não existem limites ou restrições. E como ela será executada? Não sei mais como eu digo no trabalho, isso a gente vê depois! Maíra del Rio - mairarj@gmail.com

ARQUITETO DE IMAGENS O escritório de Muti Randolph fica no seu apartamento, um espaçoso loft na praia de Botafogo. Por ali, já passaram os DJs mais importantes do mundo, em eventos concorridíssimos. Este mesmo espaço intimista, onde ele trabalha em ritmo nonstop, apareceu recentemente na revista “Frame”, a bíblia do design de interiores e arquitetura. Foi listado como um dos dez escritórios mais noticiados pela publicação, visto pela capa que Muti ganhou pelo projeto do clube paulistano D-Edge. Tal obra, inclusive, é o ponto de partida para entender o segmento profissional no qual ele, nos últimos anos, tornouse referência: assinar projetos integrados de design, arquitetura e iluminação. É dele, por exemplo, o teto fatiado do clube 69, em Ipanema, cuja projeção de imagens videográficas é animada de acordo com o som que sai das picapes. Alberto Santana - asanta@hotmail.com

O VITORIOSO: DA COLÔMBIA PARA A CHINA A quarta roda poderá ser um mero detalhe. Um step, quem sabe. Não questione tanto. Franceses entendem de moda, design e afins. Quem dá as coordenadas é a montadora local, a Peugeot. O projeto que venceu a edição de 2009 de seu Concurso de Design é ímpar até no número de peças giratórias em sua base. Um triciclo ecologicamente correto. E que está exposto no Salão de Xangai, na China. Anna Oliveira - naoliveira@uol.com 6B 2009


SEUEMAIL SEJA ORIGINAL NO DESIGN

LOGOS PROFISSIONAIS Criar logos não é um processo simples. Envolve briefing, pesquisa, roughs, digitalização, aprovação do cliente, reprovação da mulher do cliente, refazer o logo do zero e por aí vai. Surge algumas dicas que na verdade são fatos - baseado nos 50 logos mais memoráveis do mundo. Os 50 logos mais memoráveis do mundo, de acordo com a revista Business Week, são (em ordem): Coca-Cola, Microsoft, IBM, GE, Intel, Nokia, Walt Disney, McDonald’s, Toyota, Marlboro, Mercedes-Benz, Citibank, Hewlett-Packard, American Express, Gillette, BMW, Cisco, Louis Vuitton, Honda, Samsung, Dell, Ford, Pepsi, Nescafé, Merrill Lynch, Budweiser, Oracle, Sony, HSBC, Nike, Pfizer, UPS, Morgan Stanley, JPMorgan, Canon, SAP, Goldman Sachs, Google, Kellogg’s, Gap, Apple, Ikea, Novartis, UBS, Siemens, Harley-Davidson, Heinz, MTV, Gucci e Nintendo, Oracle, Sony, HSBC, Nike, Pfizer, UPS, Morgan Stanley. Luisa da Mata - lumata@gmail.com

A qualidade da informação visual hoje é extremamente rica, isto é incontestável, desde o nível mais simples s idéias podem ser expressadas e compreendidas com o uso de cores e símbolos, como na sinalização de trânsito nas estradas ou os ícones do seu desktop. Também é possível desenvolver idéias complexas de modo mais eficaz, já qaue temos inúmeros bons programas de edição gráfica, ilustrações editoriais e a publicidade usam muito disto. Cristina Leon - cleon@uol.com

SER DESIGNER É… Antes de começar a escrever de fato, já adianto que ser designer não é ser desenhista, ou simplesmente o cara que deixa as “coisas bonitinhas”. Ser um designer vai muito alem disto. Pode-se dizer que ser um designer é como ser um artista, lógico, com algumas diferenças básicas. Como as que já citei em outros artigos. Imagino que você já se perguntou o porquê algumas coisas funcionam e outras não, por exemplo, um site que permite encontrar todas as informações de modo eficiente e outros não. O designer foca o planejamento em cima dos métodos de interação e percepção do futuro usuário/espectador, neste ponto, o lado artístico entra em ação. Katia Flávia Silva - kflavia@gmail.com

BOAS REFERÊNCIAS Recebi isso por e-mail, vale a pena compartir com os meus amigos da Revista Bigou. O mundo digital, apesar de ser apenas um bebê em desenvolvimneto plugado em um caldeirão experimental de novas tecnologias, traz em seu DNA séculos de conhecimento e cultura que produzem infinitas possibilidade de alquimia e experimentação. Revista BIGOU - Info@bigou.com

FUNCIONALIDADE = A SITE CLEAN Recentemente estava passando por uma comunidade que se chama Avalie meu site, imagino que alguns a conheçam, mais esse não é o ponto. Um dos tópicos criticava a quantidade de elementos gráficos que continha o site. Não né, na minha humilde opinião o que determina se um site está limpo ou não é o modo como foi hierarquizado as informações, navegação e usabilidade, nunca a quantidade de informações presente. Carolina Dick - Caroldick@gmail.com

NÃO COMPLIQUE, SIMPLIFIQUE Em minha modesta opinião, uma interface passa a ser boa quanto em seu desenvolvimento é levado em consideração alguns pontos como: usuário, tecnologia e usabilidade. Obviamente existem outros pontos. Uma boa interface não necessáriamente precisa ser inovadora ou ser ter suas informações enxugadas ao máximo, como na vida tudo é relativo no desenvolvimento de interfaces não é diferente! Ela simplesmente precisa ser usual, clara e informativa. Então que parece ser simples, as vezes pode ser a melhor sacada para a interface! Augusto Soares - Asoares@gmail.com

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B REPORTAGEM

Texto Diego Jordan

Surgimento Das Cores As primeiras tintas de impressão foram produzidas na China um século antes de Cristo e eram preparadas em segredo dentro das oficinas pelos impressores em meados do século XV na Europa e os ingredientes na maioria eram o negro-de-fumo e óleo de linhaça.

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abemos que a cor tem um papel muito importante na mídia impressa, pois ela precisa atrair a atenção do consumidor de forma rápida, precisa e eficiente. A cor sempre fez parte da vida do ser humano, sempre houve o azul do céu, o verde das árvores, o vermelho do sangue. A dúvida é: quem inventou esses nomes. A origem desses nomes remonta, na sua estrutura, do grego, do latim e do árabe, de onde originou às línguas latinas, da qual o português é um dos ramos (falada oficialmente no Brasil desde 1808). A língua portuguesa formou-se na Península Ibérica (Espanha, França e Portugal). O homem dava nome as cores conforme o que via pela frente, com símbolos que lhe fossem familiares. Amarelo: Vem do árabe antigo Amirabab, ou homem amarelo, numa alusão aos orientais. Sobre o indivíduo que recebe a comunicação visual, a cor exerce uma ação tríplice: a de impressionar, a de expressar e a de construir. A cor é vista: impressiona a retina. É sentida: provoca uma emoção. E é

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construtiva, pois tendo um significado próprio, tem valor de símbolo e capacidade, de construir uma linguagem comunicando uma idéia . Temos que ter um cuidado todo especial com a cor que vamos utilizar na hora de criar um projeto. O significado das cores difere em cada cultura. Assim transmitir mensagens requer sensibilidade, domínio das leis que regem a percepção visual, visão do conceito, dos fatores sociais, culturais, do público alvo e do projeto como um todo.As primeiras tintas de impressão foram produzidas na China um século antes de Cristo e eram preparadas em segredo dentro das oficinas pelos impressores em meados do século XV na Europa e os ingredientes na maioria eram o negro-de-fumo e óleo de linhaça. Já as coloridas não passavam de três ou quatro, isso até o ínicio do século XIX. A primeira fábrica de tintas surgiu quase no fim do século XVIII na cidade de Munique, na Alemanha. A tinta de impressão é composta essencialmente de pigmento. Negro-de-fumo: Este pigmento


Capa da ediçao 00 da Revista Bigou

é obtido condensando sobre corpos frios os produtos de uma combustão imperfeita de madeiras resinosas e substâncias ricas em carbono como alcatrão, óleos, graxas, etc. O negro-de-fumo serve de base para a fabricação de tintas pretas de impressão, incluindo as utilizadas nos jornais. Pigmentos: São substâncias colorantes sólidas, naturais ou artificiais, formadas de partículas de origem orgânica ou inorgânica, cuja composição deve permanecer invariável durante a impressão e a secagem Sua função é possibilitar a transferência do pigmento da fôrma de impressão para o suporte, assim como sua fixação sobre este. Foi no final dos anos 50, segundo Neto (1997), que surgiram os primeiros scanners e computadores. Por serem equipamentos modernos e rápidos, surgiu também a necessidade de uma terminologia para as cores, que fosse entendida por todos, não somente aqui no Brasil, mas, em todo o mundo. A partir desse período, deu-se o início da globalização da informação.

Como as cores não possuíam um nome definido, em 1960 na Drupa, Feira de Artes Gráficas da Alemanha, foi feito um concurso internacional onde todos os países que puderam enviar sugestões em suas línguas nativas para os nomes das cores, sendo que cada palavra ou sinônimo para a cor deveria seguir com um estudo filológico e histórico do termo, sua origem e o porquê desse nome. Em 1959, o Brasil, enviou por intermédio da ABTG (Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica), nomes em tupiguarani, seguido, da Argentina e do Paraguai, em guarani, e dos Estados Unidos, que enviaram em língua cherokee para as três cores primárias e para o preto, a denominação black (escolhida em homenagem ao movimento negro americano). Segundo informações no site Maxideia (2007), o Pantone surgiu em 1963, criado por Lawrence Herbert que desenvolveu o primeiro sistema de cores, e desde então ele se tornou referência universal. Se queremos que uma cor, independente de qual tipo

de papel que ele será impresso, couchê ou sulfite se mantenha fiel e igual o único sistema que permite essa fidelidade é o Pantone. Ele se transformou numa linguagem padrão para a comunicação e para as atividades de design gráfico, impressão, publicidade, etc. Após dias de leitura e análise, em comissão aberta, predominaram as quarto palavras: cyan, magenta, yellow, black. De origem grega Kyanós (em português Ciano), que significa o azul esverdeado da costa dos mares da Grécia, palavra citada em vários poemas gregos e na história de Ulisses. De origem italiana, magenta que é a mistura do sangue humano com a neve. Teve origem em um poema em que a última estrofe dizia. “...e todos os campos ficaram cobertos de magenta”. De origem inglesa (amarelo para nós). A cor mais presente na natureza e a que se mistura com a maior quantidade de outras cores.

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TIPOASSIM

Texto Ana Flávia Tosta

Alex Trochut Deformada, torcida, colorida, nas mãos de Alex as letras escapam de normas e limites. Clientes como The Rolling Stones e Brirish Airways ja fizeram trabalhos com este jovem disenhador e ilustrador barcelonés.

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om somente 26 anos, Alex Trochut se converteu, em poco tempo um dos mais conhecidos desenhadores español de uma nova geraçao. Neto de Joan Trochut, magnifico impresor e creador da tiporafia Super Tipo Veloz no decada de 1940, dizem que Alex leva o desenho nas veias. Vivendo em Barcelona como disenhador e ilustrador independente, o seu trabalho combina algo que aparentemente parece imposible, como o barroquismo formal com uma frescura. Alex Trochut no cree en los límites entre a arte e o desenho, com desenvoltura, se move por terrenos totalmente diferentes: tipografía e ilustraçao. Também nao acredita nos limites geograficos, trabalhando desde que um pequeño estudio em Barcelona, para clientes de todo mundo.

Ilustrações Alex Trochut, imagens da revista Etapes. 10B 2009


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TIPOASSIM

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le esta fazendo e fez sucesso em blogs e publicaçoes na internet até que as agencias com prestigio, como Ogilvy, Wieder and Kennedy, BBh uk e Villarrosas, chegaram até ele reconhecendo o seu trabalho. Desenhou para marcas como Nike, Coca-Cola, Channel4, The Economics, The Guardian, Ecko, The Rolling Stones. Adimirador de Milton Glaser, de Push Pin Studios e em geral das gráficas dos anos 60 e 70, comenta con humildade que teve bons profesores. Com uma metodología parecida a outros desenhadores e ilustradores, desenvolveu sem problemas e sem buscar conscientemente, um estilo proprio. Comenta: Procuro renovar, mas claro sei que quando vemos todos os meus trabalhos juntos, se percebe que todos sao feitos com as mesmas maos. Tenho medo de crear algo sem estilo e ficar tudo repetitivo, assim que tento crear coisas novas. Quando preguntamos qual é a especialidade dele, responde que se

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“Mi abuelo fue el creador de la tipografia Super Veloz. Cuando yo era pequeño me acuerdo que el siempre me enseñava a trabajar con tipos de plomo.” sente desenhador gráfico e confessa que os meios preferidos sao a ilustraçao e a tipografía, mas que no esta fechado a nada. A ilustraçao me atrae mucho, mas nao quero focar somente nela, nao sou um ilustrador simples, gosto de detalhes e quanto mais complexo melhor, as minhas ilustraçoes sao livres. En realidade prefiro trabalhar de manera tipográfica, entendendo as formas como elementos abstratos que se podem converter en letras e sao muito flexiveis para trabalhar. Para ele a tipografía é um vehículo da mensagem por isso consegue passar varias mensagens A legibilidade é importante para entender o significado que ele dá ao texto, mas também podemos crear varias mensagens em paralelo que enriquecem o desenho. Assim ele entende e aplica quando esta desenhando tipos.

Ilustrações Alex Trochut, imagens da revista Etapes.


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TIPOASSIM

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Texto Myrla Maria

de Bigou

A Bigou convidou artistas de todo o mundo para participar da edição numero um. Paul Insect, Ed Fella, Bruno Maag, Aiden Grennelle, Apirat Infahsaeng, Alexandre Bettler, Damien Poulain, Carlos Segura, James Joyce, Paul Willoughby, James Goddin, David Qauy, Nicolas Ruston, Ben Casey, Omega Theridphonex, são uns dos convidados. O desafio era estilizar a letra B de Bigou. Moholy-Nagy, antes de integrar o corpo docente da Bauhaus, havia sefamiliarizado com o construtivista El Lissitzy e seu trabalho, criou uma inconfundível imagem visual para a escola usando formatos de letras simples, cores fortes, composições intrigantes de fotografia e texto. Letras avulsas, vogais e consoantes, eram isoladas e tratadas como elementos de composição. Uma abordagem tipográfica séria mas que continha um elemento quase teatral. Moholy-Nagy que atribuía uma grande importância à fotografia no design gráfico, desenvolveu pesquisas paralelamente a Richter e Man Ray e dedicou-se ao estudo da luz e do movimento podendo ser considerado um dos precursores da pesquisa visualcinética e da art pop que se difundiu na Europa e nos EUA nos anos 60. Encorajava as tentativas de seus estudantes de “romper as convenções em relação ao conteúdo e à forma tradicional da tipografia e com isso, simbolicamente, o conteúdo e a forma da sociedade que aplicava mecanicamente as normas do

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passado”3. Ele considerava tipografia e layout uma arte e uma ciência ao mesmo tempo que se desenvolvia a partir de técnicas de impressão. “A natureza e o objetivo da comunicação (folheto ou pôster) determinam a maneira e o uso do material tipográfico” ele escrevia. “Em contraste com o equilíbrio estático concêntrico de séculos, hoje busca-se produzir um equilíbrio dinâmico excêntrico. Ordem, simplificação e claridade portanto eram os ideais gráficos. As composições eram formadas por tipos dispostos verticalmente, diagonalmente e horizontalmente e por formas geométricas simples, como quadrados, círculos, triângulos que criavam ritmos e continuidades conduzindo o olhar de um bloco de texto a outro. Outra característica era o uso de barras pretas para dar ênfase e a manipulação do branco com o mesmo objetivo. Este pode ser considerado o período mais produtivo de Bayer que começou instituindo o uso de caixa baixa, letras minúsculas em linguagem tipográfica, para todas as impressões da Bauhaus e que criou, instruído por Gropius, uma fonte para todas as comunicações da Bauhaus, a “Universal”, uma sanserifada geométrica, que utiliza curvas simples e atributos não-decorativos. Também em 1925 desenhou o letreiro do novo edifício da Bauhaus em Dessau (capa) e começou a fazer experiências com fotografia. A ele é atribuída a inserção do design gráfico no currículo da Bauhaus bem como o estabelecimento dos padrões DIN (Deutscher Industrie Norm).

Ilustraçoes feitas por artistas convidados, especialmente pela Revista Bigou 2009

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TIPOASSIM

Texto Mariana Marcolino

Lettering Com a intenção de procurar e capturar digitalmente toda letra que esteja ao nosso alcance o nosso objetivo é acumular imagens que expressa o espirito local. Com esse material, selecionamos as letras do alfabeto “Barcelona” para expor em carteis tipograficos.

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s caligramas mais famosos são os de Guillaume Apollinaire, poeta vanguardista francês do início do século passado, mas não são os pioneiros. Caligramas são praticados desde a mais remota Antiguidade. Uma definição mais acadêmica pode ajudar-nos no entendimento deste fenômeno ou capricho literário: Texto que dispõe tipograficamente as suas palavras de forma a obter uma sugestão figurativa semelhante ao tema tratado. Os primeiros caligramas foram os hieróglifos. Símias de Rodes (séc.III a.C.) terá sido o primeiro a ter utilizado versos figurados. Este tipo de composição também é costume designar-se por carmen figuratum, pattern poem, 16B 2009

Bildergedicht ou poema figurativo. O inglês Puttenham descreveu com pormenor o género no seu tratado The Art of English Poesie (1589). Foi seu cultor o poeta metafísico inglês do século XVII George Herbert que desenvolveu caligramas que sugerem formas litúrgicas como sinos e altares. No Brasil, a publicação mais notável sobre os Caligramas foi realizada pelo poeta gráfico Wlademir Dias-Pino (que vai ser exposta durante a I Bienal Internacional De Poesia De Brasilia, de 3 a 7 de dezembro de 2007, em homenagem ao poeta) e aqui apenas fazemos um adiantamento, mostrando 7 destes magníficos exemplares.

Lettering por varios artista. Imagens da revista Etapes


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odos antigos, anônimos. Dignos de admiração. “Há algo de infantil no caligrama, e disso não escapam os Caligramas do poeta francês Guillaume Apollinaire, escritos durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e publicados em 1918. De fato, o caligrama, por ser escrita-imagem (uma mistura de caligrafia e ideograma), lembra os primeiros passos voltados para a alfabetização, quando a criança desenha e, gradativamente, introduz nos seus desenhos letras, e depois palavras. Entretanto, longe de voltar para uma certa ingenuidade que remeteria ao desejo de uma inocência perdida, o caligrama possui o inigualável poder de erupção. / Erupção dentro da unidade da palavra, erupção na linearidade narrativa do discurso, criando ilhas textuais circundadas pelos brancos que preenchem o papel de sintaxe, erupção, enfim, da visibilidade na legibilidade e do figurativo na ordem do signo lingüístico.” Véronique Dahlet. Os caligramas mais famosos são os de Guillaume Apollinaire, poeta vanguardista francês do início do século passado, mas não são os pioneiros. Caligramas são praticados desde a mais remota Antiguidade. Uma definição mais acadêmica pode ajudar-nos no entendimento deste fenômeno ou capricho literário: Texto que dispõe tipograficamente as suas palavras de forma a obter uma sugestão figurativa semelhante ao tema tratado. Os primeiros caligramas foram os hieróglifos. Símias de Rodes (séc. III a.C.) terá sido o primeiro a ter utilizado versos figurados. Este tipo de composição também é costume

Lettering por varios artista. Imagens da revista Etapes

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Texto que dispõe tipograficamente as suas palavras de forma a obter uma sugestão figurativa semelhante ao tema tratado. designar-se por carmen figuratum, pattern poem, Bildergedicht ou poema figurativo. O inglês Puttenham descreveu com pormenor o género no seu tratado The Art of English Poesie (1589). Foi seu cultor o poeta metafísico inglês do século XVII George Herbert que desenvolveu caligramas que sugerem formas litúrgicas como sinos e altares. No Brasil, a publicação mais notável sobre os Caligramas foi realizada pelo poeta gráfico Wlademir Dias-Pino (que vai ser exposta durante a I Bienal Internacional De Poesia De Brasilia, de 3 a 7 de dezembro de 2007.

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Texto Teresa Valiño

Pedro Guitton A sua influências gráfica vêm de uma mistura de experiências adquiridas nos locais onde ele viveu, trabalhou e estudou: Rio de Janeiro (felicidade e beleza), Califórnia (estilo e sonho) e Barcelona, sua atual cidade (arte e história).

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idadão espanhol de origem brasileira, designer gráfico com um MBA em Marketing, atualmente a fazer um PhD em “Personal Branding”. Ele ensina na IED - Instituto Europeo di Design, é o autor do livro Marca 2000, Imagens do Brasil, Logos de Norte a Sul América, a T-Shirt 360 *, DNA Identidade, 100% Design Portifolio, Identidade Moda, Bolsas e deu palestras sobre a identidade corporativa, design gráfico e editorial em todo o mundo.

His 8 books from Index Book. 2009

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FALAVOCÊ Logos é uma retomada da comunicação. É universal e não depende da língua, cultura ou religião. Uma imagem vale mais do que 1000 palavras. Com base nos seus antecedentes, como você começou “T-shirt 360º”? Eu tive a idéia deste livro, conversando com Adriana Jordan, que também é autor do mesmo, ela trabalha com moda há muitos anos e falar sobre os novos títulos que descobrimos uma grande lacuna de moda livros. A maior parte dos meus títulos são desenvolvidos por falar com os outros profissionais e estudar o mercado em diferentes países. A investigação é muito importante. Por favor, diga-nos a sua observação de T-shirts e arte contemporânea.

10 22B 2009 2009 11Bigou Bigou 2009

A palavra é Personalização e acho que T-shirts são centrados em volta desta nova moda tendência. As pessoas está mudando, as pessoas querem ser diferentes. Menos peças torna os preços mais elevados, pode ser único. Existe toda uma palavra de reflexão sobre este “novo mundo que vem para cima”. Qual é a exploração interessante quando recolhidos elegante T-shirts? A parte mais interessante é a de receber desenho para T-shirts de todo o mundo. Mais de 30 países como o Japão, E.U.A., Brasil e China. E adivinhe? Também aqui sentimos a Globalização. As tendências são para todos os que acreditam ou não. Esses tipos de logotipos ou padrões das capturas seus olhos? Aqueles com um duplo signifi-


cado oculto ou uma mensagem. Esses são os meus melhores ... O livro Fashion Identity refere-se a cultura urbana e visões estéticas, qual é o seu pensamento de “moda”? A moda é muito mais do que roupas. Trata-se de atitude e personalidade, e se pudéssemos juntar-los com conceitos políticos que tornaria o mercado moda fica maior e mais cada dia. As pessoas estão mudando e Moda tem tudo a ver com pessoas. Você tem muitos livros sobre logotipo; por favor informe-nos a sua paixão e de descoberta na mesma. Logos é uma retomada da comunicação. É universal e não depende da língua, cultura ou religião. Uma imagem vale mais do que 1000 palavras. Venho tentando surpreender as pessoas e uma das coisas que faço é criar personalizar barra de código para cada livro, sempre relacionadas com o tema. Pode ser uma das minhas assinaturas. O livro The Bags parece representar as mulheres do mundo e acessórios desenhos características, que é ligado Identidade Moda ? Para você, qual é o significado de bolsas? Penso que são bolsas da moda acessórios que representa melhor uma pessoa. Você tem o mundo dentro e fora você pode encontrar um pouco da personalidade da pessoa. Por favor, falar sobre algumas experiências no Rio de Janeiro, Califórnia e Barcelona? (Todas as cidades parecem tão ensolarado!) Eles são os lugares que eu decidir viver. As pessoas que conhecem esses lugares de descobrir alguma coisa sobre minha personalidade, atitude e estilo

A maior parte dos meus títulos são desenvolvidos por falar com os outros profissionais e estudar o mercado em diferentes países. A investigação é muito importante.

Design from book Logos from North to south

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de vida. Vivendo nessas cidades me tornei uma pessoa mais criativas e sempre acreditando que a sonhar não custa muito. Outros designers ou artistas que você admira? David Carson como designer em que tenho para equalizar o experimental, o corporativo e comercial da parte neste domínio. Salvador Dalí como um artista. Para mim, Dali faz lembrar a minha inspiração. Ele criou muito artes criativas. Que objetos ou coisas que fazem você se sentir bem na vida quotidiana? A possibilidade de dar uma forma de expor designer há obras, ao desenvolvimento e de biblioteca e de referência para muitos estudantes e profissionais. E eu acho que mais de teses coisa, o meu quase 250 estudantes, futuros planos de trabalho e minha mente. Isso é como eu gosto de viver. 24B 2009

Por favor, diga-nos o seu plano para o futuro. Continuando o desenvolvimento criativo livros relacionados ao design gráfico e cultura urbana. Um projeto específico, que estou a planear desenvolver em espécie prazo é criar minha própria fonte. Isso seria legal! Outro plano é o de desenvolver uma organização sem fins lucrativos, que iria apoiar futuros alunos designers com seu livro-projectos. Poderia dar alguns conselhos para jovens designers e artistas? Não se trata de quão bom você é; é quão bom você quer ser Eu acho que retomar o que a vida é toda sobre. Com base nos seus antecedentes, como você começou “T-shirt 360º”? Eu tive a idéia deste livro, conversando com Adriana Jordan,


Um projeto específico, que estou a planear desenvolver em espécie prazo é criar minha própria fonte. Isso seria legal! Outro plano é o de desenvolver uma organização sem fins lucrativos, que iria apoiar futuros alunos designers com seu livro-projectos.

que também é autor do mesmo, ela trabalha com moda há muitos anos e falar sobre os novos títulos que descobrimos uma grande lacuna de moda livros. A maior parte dos meus títulos são desenvolvidos por falar com os outros profissionais e estudar o mercado em diferentes países. A investigação é muito importante. Por favor, diga-nos a sua observação de T-shirts e arte contemporânea. A palavra é Personalização e acho que T-shirts são centrados em volta desta nova moda tendência. As pessoas está mudando, as pessoas querem ser diferentes. Menos peças torna os preços mais elevados, pode ser único. Existe toda uma palavra de reflexão sobre este “novo mundo que vem para cima”. Qual é a exploração interessante quando recolhidos elegante T-shirts? A parte mais interessante é a de receber desenho para T-shirts de todo o mundo. Mais de 30 países como o Japão, E.U.A., Brasil e China. E adivinhe? Também aqui sentimos a Globalização. As tendências são para todos os que acreditam ou não. Esses tipos de logotipos ou padrões das capturas seus olhos? Aqueles com um duplo signifi2009

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FALAVOCÊ Brochures nada mais é que a continuação do livro Logos, mas dessa vez a indentidade coorporativa esta aplicada em varios meios. Vale a pena conferir.

Algumas páginas do livro Brochures, ediçao 2009

cado oculto ou uma mensagem. Esses são os meus melhores ... O livro Fashion Identity refere-se a cultura urbana e visões estéticas, qual é o seu pensamento de “moda”? A moda é muito mais do que roupas. Trata-se de atitude e personalidade, e se pudéssemos juntar-los com conceitos políticos que tornaria o mercado moda fica maior e mais cada dia. As pessoas estão mudando e Moda tem tudo a ver com pessoas. Você tem muitos livros sobre logotipo; por favor informe-nos a sua paixão e de descoberta na mesma. Logos é uma retomada da comunicação. É universal e não depende da língua, cultura ou religião. Uma imagem vale mais do que 1000 palavras. Venho tentando surpreender as pessoas e uma das coisas que faço é criar personalizar barra de código para cada livro, sempre relacionadas com o tema. Pode ser uma das minhas assinaturas. Outros designers ou artistas que você admira? David Carson como designer em que tenho para equalizar o experimental, o corporativo e comercial da parte neste domínio. Salvador 26B 2009


Dalí como um artista. Para mim, Dali faz lembrar a minha inspiração. Ele criou muito artes criativas. Por favor, diga-nos o seu plano para o futuro. Continuando o desenvolvimento criativo livros relacionados ao design gráfico e cultura urbana. Um projeto específico, que estou a planear desenvolver em espécie prazo é criar minha própria fonte. Isso seria legal! Outro plano é o de desenvolver uma organização sem fins lucrativos, que iria apoiar futuros alunos designers com seu livro-projectos. Poderia dar alguns conselhos para jovens designers e artistas? Não se trata de quão bom você é; é quão bom você quer ser Eu acho que retomar o que a vida é toda sobre. Convido a todos para participar do meu próximo livro sobre Design de alimentos - Hungry Design.

Have the pleasure to invite you to join us on Hungry Design. it’s FREE no admission fee! Send your works to guitton@indexbook.com or put then in your FTP and send us your direction with the info as asked below: 300 DPI, TIFF, arund 12x12 cm or +- 5x5 inch, CMYK Send us pictures of any kind of work related to food in direfent shpes, sizes or materials Information to be send: - Design / Studio: Your name / Company - Contact: E_mail

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FALAVOCÊ

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Texto Paula Barretos

Bruno Borges Durante algum tempo eu persegui, sim, essa identidade. Mas hoje em dia eu não tenho mais essa preocupação. Tento apresentar um diferencial não por fazer ‘Design Brasileiro’, mas por experimentar. Bruno, bem-vindo a Bigou! Fale um pouco sobre você, de onde você é e como começou a trabalhar como designer? Tenho 25 anos, pelo menos 5 deles dedicados ao design e artes visuais. Não dá para dizer quando começou a paixão pela coisa porque sempre gostei de desenhar, esculpir, montar e desmontar coisas. Como na vida as escolhas são importantes, decidi juntar útil e agradável e trabalhar com isso. Quando você percebeu que realmente tinha vocação para o design? 2009

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FALAVOCÊ

Vocação para as artes eu sempre tive, mas foi enquanto eu estudava Comunicação Social que vi realmente onde eu queria chegar. Àquela altura eu já tinha estagiado como jornalista e desistido dessa possibilidade. Decidindo por Publicidade e Propaganda, uma coisa não saía da minha cabeça: como eu conceberia peças de qualidade se não seria eu quem as faria? Nessa época eu já estava apaixonado por Comunicação Visual, então acabei desistindo e ir estudar Design Gráfico numa Federal.

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e o que é profissional? No meu caso as duas coisas se diferem bruscamente. Os trabalhos profissionais precisam atender aos interesses dos clientes, mesmo que eu tente aplicar ali alguma experimentação. Então acabam sofrendo uma certa formatação prévia, embora alguns clientes me dêem liberdade para criar.

Você tem um estúdio no qual trabalhe com outras pessoas ou você trabalha por conta própria? Atualmente trabalho sozinho, mas isso vai mudar daqui a alguns meses.

Como você começou a adquirir seus clientes? Existe diferença para hoje? Como estudante, os clientes apareceram por conhecerem meu nome. Mas acredito que com muita gente seja assim: aparece um trabalho, você executa com profissionalismo, ele se destaca no mercado e os outros clientes aparecem. Tem sido assim, por enquanto.

Sobre os projetos pessoais, você acha que existe diferença entre o que é trabalho pessoal

De onde você extrai suas referências visuais? Existe algum artista inspirador?


Vocação para as artes eu sempre tive, mas foi enquanto eu estudava Comunicação Social que vi realmente onde eu queria chegar.

Campanha publicitária contra o tabaco, feita pela agencia neograma BBH.

Eu sou aficionado por experimentalismo. Praticamente todas as coisas que me chamam atenção e me incomodam no sentido de querer produzir mais, ou mesmo que eu considere como direção a ser seguida são experimentais e não têm nada a ver com o que eu tivesse visto antes. Há designers e artistas que eu admiro por terem implementado experimentalismo em seus trabalhos. Milton Glaser, Ed Fella, Stefan Sagmeister, Paul White... Existe algum elemento que você aplique mais aos trabalhos? A maioria dos meus trabalhos têm uma certa profundidade visual. Uso de elementos 3D, cores... Mas nos trabalhos que considero nãoprofissionais eu gosto de dar uma profundidade para a análise. Você pode olhar para alguma de minhas peças e considerar sem nexo, mas também pode ver uma carga grande de sentimento ali. O que o inspira? Basicamente, o inesperado. O inesperado na produção artística é o que há de mais inspirador. Você utiliza cores e elementos bastante brasileiros em seu trabalho. Seria uma tentativa de se ater às raízes culturais? Durante algum tempo eu persegui, sim, essa identidade. Sempre fui muito influenciado por coisas não-brasileiras, chegou uma hora que senti a necessidade de buscar elementos na nossa cultura, que é realmente rica. Mas hoje em dia eu não tenho mais essa preocupação. Tento apresentar um diferencial não por fazer ‘Design Brasileiro’, mas por experimentar. Tem alguma dica para quem está começando agora ou algo queira falar para finalizar? Experimenta!

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IlUSTRAAÍ

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Texto Daniel Zaru

Leonardo Uzai Ilustrador, designer e artista plástico. Trabalha frequentemente nas ruas, onde cultiva sua paixão pela cultura urbana.

L

eonardo Uzai a.k.a Nhozias é ilustrador, designer e artista plástico. Trabalha frequentemente nas ruas, onde cultiva sua paixão pela cultura urbana. Pinta nas ruas e trabalha com design desde 2002. Em 2005, foi para Barcelona fazer uma pesquisa pessoal em arte urbana , um curso de animação e se aprofundou mais ainda na pintura, telas e sketchbooks. Quando voltou se juntou ao coletivo de design Garagem, onde trabalhou para importantes marcas. Símbolo de contestação do caos metropolitano, o grafite carrega hoje pouco da ideologia que o tornou respeitado na década de 1970. Quem admira uma figura grafitada e assinada em um muro de algum ambiente urbano brasileiro, não imagina a real dimensão que esta manifestação possuía quando os primeiros grupos começaram a utilizá–la para transformar em imagens o que pensavam sobre o mundo. Diferentemente de quando o grafite surgiu no Brasil, influenciado pelas pichações poético–filosóficas realizadas pelo movimento estudantil francês em maio de 1968.

Ilustrações e grafites feitos por Leonardo

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IlUSTRAAÍ

A

tualmente, o ato de grafitar só não se encontra completamente desvirtuado porque existem pequenos grupos que ainda carregam consigo as ideologias que o tornaram respeitado na década de 70. Porém, o que se observa no presente momento é que boa parte dos trabalhos não são representações de um movimento mas, manifestações de grupos isolados, sem intenção de comunicar conteúdo algum; são reproduções que trazem consigo mais técnica que essência. Diferentemente de quando o grafite surgiu no Brasil, influenciado pelas pichações poético–filosóficas realizadas pelo movimento estudantil francês em maio de 1968. Ele tinha intrínseco em si o ideal de servir como ferramenta de reconstrução da identidade cultural daqueles indivíduos que não se sentiam representados pelo contexto impessoal, industrializado, massificador e excludente dos grandes centros urbanos. Os conflitos, gerados por esta posição perante o sistema, permeavam o diálogo entre aqueles que construíam suas identidades através de estampas, ou signos, em locais estratégicos.

34B 2009

“Me juntei ao coletivo de design Garagem, onde trabalhamos para importantes marcas (Redley, Volcom, Nestlé, Osklen), mas nunca deixando de lado a arte nas ruas.” Ilustrações e grafites feitos por Leonardo


Na interpretação da grafitagem começou a ser esboçada quando o movimento foi popularizado, e deste modo, aceito em museus e galerias de arte. Alguns de seus célebres representantes no mundo – como o americano Jean Michel Basquiat – passaram a figurar em capas de revistas e suplementos culturais, suas obras colocadas nas paredes das residências de celebridades e o grafite viu–se transformado em uma vertente estética da arte. Embora isto tenha ocorrido, em menor escala no Brasil, ele continuou a ser produzido nas ruas, paralelamente. Estes fatores contribuíram para sua diluição, como arte de contestação, sua filosofia vem se dispersando desde o final do século passado. As gravuras atuais são assinadas, grupos que não possuíram nenhum contato com o sentido inicial da manifestação, utilizam suas técnicas com fins mercadológicos, sem carregar consigo o desejo de criar uma identidade cultural e o resultado produzido de forma independente, nos muros das cidades brasileiras, não vai muito além de réplicas do que se tem estampado nas metrópoles estrangeiras.

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IlUSTRAAÍ

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Texto Fernando Porto

A.J.Purdy O material gráfico recopilado a partir da agenda pessoal de A. J. Purdy fazem de Street Sketchbook uma coleção única que interessará a qualquer que possua um mínimo de creatividade.

É

um desenhador gráfico que fez a universidade na costa leste de Estados Unidos. Os seus bocetos revelan uma atração pelo absurdo e uma narrativa abstrata. São originais cadernos repletos de desenhos extranhos de vinhetas ou criaturas que as vezes expressão ideias humanas. segundo afirma “sempre tento reflexionar sobre os meus desenhos depois de feitos, ao invés da maioria das pessoas, que limitan os pensamentos”. Os seus cadernos de bocetos contitue de materia prima tanto para os projetos de arte e desenho como para fanzines, serigrafia e encargos de desenho gráfico que ele prefere fazer a mão. Esta convencido que as pessoas en geral estan adquirindo conciencia de “inhumanidade” dos objetos creados por computador, acrescenta, “o computador

Ilustrações, bocetos de A.J. Purdy. Imagens do livro Scrapbook 2009

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IlUSTRAAÍ

No fundo eu sigo pensando como um desenhador, dando compsição e forma, organizando as coisas onde eu quero. é apenas uma ferramenta”. Utilizo todos os dias, mas não supoe a razão de todo. Quando estou trabalhando combino imagens de trabalhos manuais e outros digitais. Desenhar é o momento mais importante para mim, é quando surgen as ideias e os melhores trazos. No fundo eu sigo pensando como um desenhador, dando compsição e forma, organizando as coisas onde ez a universidade na costa leste de Estados Unidos. Os seus bocetos revelan uma atração pelo absurdo e uma narrativa abstrata. São originais cadernos repletos de desenhos extranhos de vinhetas ou criaturas que as vezes expressão ideias humanas. segundo afirma “sempre tento reflexionar sobre os meus desenhos depois de feitos, ao invés da maioria das pessoas, que limitan os pensamentos”. Os seus cadernos de bocetos contitue de materia prima tanto para os projetos de arte e desenho como para fanzines, serigrafia e encargos de desenho gráfico que ele prefere fazer a mão. Esta convencido que as pessoas en geral estan adquirindo conciencia de “inhumanidade” dos objetos creados por computador, acrescenta, “o computador é apenas uma ferramenta”. Utilizo todos os dias, mas não supoe a razão de todo. Quando estou trabalhando combino imagens de trabalhos manuais e outros digitais. Desenhar é o momento mais importante para mim, é quando surgen as ideias e os melhores trazos. No fundo eu sigo pensando como um desenhador, dando compsição e forma, organizando as coisas onde ­ eu quero. 38B 2009

Ilustrações, bocetos de A.J. Purdy. Imagens do livro Scrapbook


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PÁPUM

Texto Bruna Vaz

Dave White ILUSTRADOR, DIRETOR DE ARTE E PINTOR Há quantos anos você trabalha com design? Começei no primeiro periodo da faculdade, ha 5 anos. Desde então não parei, foi saltando de galho em galho ou melhor de agencias a grandes agencias. Como você vê o design no Brasil? Vejo que esta crescendo bastante e que as pessoas estão mais receptivas as mudanças do mercado. Quais são as oportunidades de trabalho para quem sai da faculdade de desenho industrial? Atualmente existem muitas areas para escolher, podemos trabalhar com desenho gráfico, produto, moda, interior, entre outros subgrupos. Onde aprender design? Para pegar uma base o ideal é fazer uma faculdade, mas para realmente aprender é no dia a dia em uma empresa. Onde surgiu a ideia de desenhar ou melhor pintar os tennis da Nike? Tudo começou na aula de artes gráficas na faculdade, onde eu estilizava tudo o que eu tinha na mão, melhor dizendo nos pés. Você vem de uma familia de artistas, não é? Sim, sim quase toda é formada de artistas, uns um pouco locos e outros nem tanto. O que você prefere, pintar ou ilustrar utilizando computador? São coisas muito diferentes, para relaxar pinto e desenho os bocetos a mão mesmo, mas quando é necessário não tenho problemas para desenvolver no computador. Quais são a sua fonte de inspiração? Tento manter a minha mente totalmente centrada para o projeto que eu tenho que fazer, mas somente nas horas estabelecidas, por mim! Fora isso tento desconectar do mundo! Como foi ser reconhecido e fazer parte dos projetos da Nike? Realmente incrivel, nunca pensei que meus desenhos feitos numa aula de artes, iriam para frente. O que vc espera para o Design brasileiro? Sinceramente espero que a profissão seja aceita no Brasil. Qual a sua expectativa para sua vida profissional? Pretendo seguir trabalhando com a Nike e em paralelo fazer os meus trabalhos com ilustrador e pintor, tentando repassar os meus conhecimentos os futuros desenhadores gráficos. Há quantos anos você trabalha com design? Começei no primeiro periodo da faculdade, ha 5 anos. Desde então não parei, foi saltando de galho em galho ou melhor de agencias a grandes agencias.

Dave White; Pinturas para Nike 40B 2009


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PÁPUM

Texto Juliana Val

Stefan Sagmeister ESTUDIO DE PUBLICIDADE, PACKAGING LOCALIZADO EM NEW YORK CITY. Stefan, você foi considerado responsável por trazer de volta o design feito à mão, que agora é muito popular. O que você pensa sobre isso? No começo dos anos 90, quando o modernismo estava em alta, muitos designers optavam por artes frias e superficiais. Sendo assim, pareceu uma reação natural escolher o caminho inverso a eles. Você acha importante ter uma resposta emocional comparada às respostas racionais no design atual? Depende muito do projeto. Mas, quanto mais velho fico, percebo que prefiro a resposta emocional, que vem menos de trabalhos idealizados e mais de designs formais, profundos e estilísticos. Vi um comentário em seu site dizendo que branding é coisa do passado. Você pode explicar melhor sua visão acerca da importância do branding? A maioria das agências internacionais de brandings superestima seu próprio poder e influência. No dia-a-dia, por mais que elas insistam, seus trabalhos têm pouco impacto no serviço ou no produto que seus clientes produzem ou fabricam. Você acha que os computadores fizeram com que os designers se aproximassem mais um dos outros? Acredito que muitos designers se perdem dentro das inúmeras possibilidades do computador. Ele pode fazer até demais e então ficamos muito impressionados com isso. E é aí mora o perigo de pegar sempre o caminho mais fácil. A Sagmeister Inc. é formada por poucas pessoas. Em quantos são? Somos três designers: eu, Joe Shouldice e Richard The, além de um estagiário. Você acha que as grandes agências do mundo criativo estão em baixa? Há projetos de design em que uma grande equipe é necesaria. Já o Design Gráfico é bem mais desenvolvido por times pequenos. Que outras pessoas inspiraram você? Tibor Kalman sempre foi uma grande influência. Mais recentemente, sua mulher, Maira, também me influencia. Adoro a tipógrafa Maria Bantjes, o designer norte-americano Rick Valicenti… Ah, já são quatro pessoas, chega. Alguns designers consideram-se numa posição importante na sociedade. Entretanto, você disse que o poder do design é limitado. Martin Guixé disse há um tempo que a profissão mais eficiente para quem deseja mudar o mundo é político, e não designer. Você acha que os designers possuem uma responsabilidade social? Como qualquer outra profissão, você possui a responsabilidade de fazer um trabalho bem feito. E, deve sempre se divertir fazendo isso, além de não prejudicar outras pessoas enquanto faz.

Sagmeister Inc. Estudio localizado em New York city 42B 2009


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OLHAEU

Este espaço é para você! Envie os seus trabalhos para: olhaeu@bigou.com

TEMALIVRE Este projeto da Bigou será desenvolvido em todas as edições, passará por muitas fases, estando sempre em constante desenvolvimento. O objetivo é publicar trabalhos novos de acordo com os temas que serão publicados na edição anterior. Contamos com a colaboração de várias pessoas que queiram participar, disponibilizando seus trabalhos para serem publicados gratuitamente em Bigou. Os trabalhos disponibilizados são enviados pelos seus respectivos autores e serão selecionados os mais originais e publicamos na

próxima edição da revista Bigou. Todos os trabalhos são disponibilizados na íntegra de forma gratuita. Os conteúdos expressos nestes trabalhos são de responsabilidade de seus respectivos autores. Por isso contamos com sua colaboração, para enviar seus trabalhos para que possamos socializar o conhecimento do desing produzido em nossa área. Os trabalhos a ser publicados serão divulgados pela Bigou via e-mail e arquivados ao acervo da biblioteca Bigou. Neste mês de lançamento, estreamos com Tema Livre!

KINPRO - kinpro@kinpro.com 44B 2009


RE YKJAVIK -reykjavik@gmail.com 2009

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OLHAEU

MA JA - maja@maja.com 46B 2009


Rinzen - rinzen@gmail.com 2009

B47


OLHAEU

PARR A - parra@parra.com 48B 2009


JOテグ GUIT TON - joaoguitton@gmail.com 2009

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OLHAEU

SERGIO DEL PUERTO - sdelpuerto@gmail.com 50B 2009


PARR A - parra@parra.com 2009

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B REPORTAGEM

Texto Diego Jordan

Cheia de Forma

Parra, ilustrador e desenhador gráfico holandés de culto y claro éxito, mostra uma seleção dos seus trabalhos mais reconhecidos dos últimos dois anos en Vallery que é a loja e galería da Vasava, localizada no centro de Barcelona.

F

az um tempo era uma estrela underground de Amsterdam, sua cidade natal, onde os fãs procuravam nas ruas seus pôsteres de clubes para arrancar-los. Agora, o trabalho de Parra é admirado por uma nova geração de fanáticos do desenho de todo o mundo. O natural, autodidata, ilustrador, desenhador tipográfico cresceu rodeado pelo trabalho de seu pai; a cor, a pintura a óleo, a Madeira e as pinturas de Rubenesque foram uma influência desde cedo. Outros ingredientes influentes vieram da cena do skateboard e da musica de princípios dos noventa. Neste mundo, suas referencias a cultura pop e o sarcasmo escuro encontraram a uma impaciente audiência e de maneira perfeita de levar seu trabalho da folha de papel ao mundo que o rodeia. Sua primeira exposição individual “Jobs I did for friends for under £100” teve lugar em Londres em marca de 2005 e vendeu todas as obras em algumas horas, principalmente através do boca a boca. Durante esse tempo começou a trabalhar para Big Active, a equipe gestora de criatividade de Lon-

Ilustrações de Parra, gordinhas cheias de forma. Imagens do livro Diseño Vida 52B 2009


O natural, autodidata, ilustrador, desenhador tipográfico cresceu rodeado pelo trabalho de seu pai foi uma influência desde cedo. dres, e seu trabalho encontrou uma inesperada casa nova quando se apresentaram colaborações com clientes comerciais. Apesar de aceitar selecionados desenhos comerciais cada ano, ainda prefere que a maior parte de seu trabalho se concentre em flyers, pôsteres e identidade para amigos e admiradores, fazendo que todo o mundo possa usar, ficar ou tirar sua obra de acordo com seus desejos. Enormemente prodígio, Parra expõe regularmente seu trabalho internacionalmente e desenha sua marca de roupa new wave Rockwell Clothing, lançada em 2000 e disponível em todo o mundo.

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VAMOSLÁ

JULHO 02

EXPOSIÇÃO Stop Motion

O escritório de Muti Randolph fica no seu apartamento, um espaçoso loft na praia de Botafogo. Por ali, já passaram os DJs mais importantes do mundo, em eventos concorridíssimos. Este mesmo espaço intimista, onde ele trabalha.

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LANÇAMENTO Livro: Brochures

Pode-se dizer que ser um designer é como ser um artista, lógico, com algumas diferenças básicas, funcionam e outras não, por exemplo, um site que permite encontrar todas as informações de modo eficiente e outros não.

ONDE Senae Rua Gomes Carneiro, 344 QUANDO De segunda a sexta-feira, de 10h até 18h, exposição até 31 de agosto QUANTO R$ 5

ONDE Fnac Barra Shopping QUANDO Segunda-feira, apartir das 16h, Dia 15 de Julio QUANTO Gratis

09

FESTIVAL Ilustração

A quarta roda poderá ser um mero detalhe. Um step, quem sabe. Não questione tanto. Quem dá as coordenadas é a montadora local, a Peugeot, o projeto que venceu a edição de 2009 de seu Concurso de Design é ímpar.

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PALESTRA

Adriana Jordan

Uma boa interface não necessáriamente precisa ser inovadora ou ser ter suas informações enxugadas ao máximo, como na vida tudo é relativo no desenvolvimento de interfaces não é diferente!

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EVENTO

Nike França

Eu como todo designer, tenho um milhão de idéias que a principio são legais mais acabam morrendo durante o dia. Às vezes a minha própria fabrica de pensamentos acaba excluindo ela da minha cabeça. O importante é que não nos limitemos durante o processo criativo de algo, para uma idéia não existem limites ou restrições.

ONDE Casa de Cultura Lauro alvin Av. Prudente de morais, 61 QUANDO De segunda a sexta-feira, de 11h as 19h, dia 9 até 13 de Julio QUANTO Gratis

ONDE UVA Unidade Barra Av. Gal. Felicíssimo Cardoso, 500 QUANDO Sexta-feira, de 18h as 21h, dia 28 de Julio QUANTO Gratis

ONDE Fnac Barra Shopping QUANDO Segunda-feira, apartir das 16h, Dia 15 de Julio QUANTO Gratis

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VAMOSLÁ

AGOSTO 05

FORUM

Tendência mundial

O escritório de Muti Randolph fica no seu apartamento, um espaçoso loft na praia de Botafogo. Por ali, já passaram os DJs mais importantes do mundo, em eventos concorridíssimos. Este mesmo espaço intimista, onde ele trabalha.

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DESFILE

Design moda

Pode-se dizer que ser um designer é como ser um artista, lógico, com algumas diferenças básicas, funcionam e outras não, por exemplo, um site que permite encontrar todas as informações de modo eficiente e outros não.

ONDE Senae Rua Gomes Carneiro, 344 QUANDO De segunda a sexta-feira, de 10h até 18h, exposição até 31 de agosto QUANTO R$ 5

ONDE Fnac Barra Shopping QUANDO Segunda-feira, apartir das 16h, Dia 15 de Julio QUANTO Gratis

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BIENAL

Design gráfico

A quarta roda poderá ser um mero detalhe. Um step, quem sabe. Não questione tanto. Quem dá as coordenadas é a montadora local, a Peugeot, o projeto que venceu a edição de 2009 de seu Concurso de Design é ímpar.

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MUSEU

Arte Contemporânea

Uma boa interface não necessáriamente precisa ser inovadora ou ser ter suas informações enxugadas ao máximo, como na vida tudo é relativo no desenvolvimento de interfaces não é diferente!

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PARTICIPE

Bigou - OLHAEU Eu como todo designer, tenho um milhão de idéias que a principio são legais mais acabam morrendo durante o dia. Às vezes a minha própria fabrica de pensamentos acaba excluindo ela da minha cabeça. O importante é que não nos limitemos durante o processo criativo de algo, para uma idéia não existem limites ou restrições.

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ONDE Casa de Cultura Lauro alvin Av. Prudente de morais, 61 QUANDO De segunda a sexta-feira, de 11h as 19h, dia 9 até 13 de Julio QUANTO Gratis

ONDE MAC Mirante da Boa Viagem, s/nº. Niterói, RJ QUANDO Sexta-feira, de 18h as 21h, dia 28 de Julio QUANTO Gratis

ONDE Fnac Barra Shopping QUANDO Segunda-feira, apartir das 16h, Dia 15 de Julio QUANTO Gratis


VAMOSLÁ

SETEMBRO 08

EXPOSIÇÃO

Alex Trochut

O escritório de Muti Randolph fica no seu apartamento, um espaçoso loft na praia de Botafogo. Por ali, já passaram os DJs mais importantes do mundo, em eventos concorridíssimos. Este mesmo espaço intimista, onde ele trabalha.

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EVENTO

Mijin Schatje

Pode-se dizer que ser um designer é como ser um artista, lógico, com algumas diferenças básicas, funcionam e outras não, por exemplo, um site que permite encontrar todas as informações de modo eficiente e outros não.

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FESTIVAL Da Música

Eu como todo designer, tenho um milhão de idéias que a principio são legais mais acabam morrendo durante o dia. Às vezes a minha própria fabrica de pensamentos acaba excluindo ela da minha cabeça. O importante é que não nos limitemos durante o processo criativo de algo, para uma idéia não existem limites ou restrições.

ONDE Senae Rua Gomes Carneiro, 344 QUANDO De segunda a sexta-feira, de 10h até 18h, exposição até 31 de agosto QUANTO R$ 5

ONDE Fnac Barra Shopping QUANDO Segunda-feira, apartir das 16h, Dia 15 de Julio QUANTO Gratis

ONDE Fnac Barra Shopping QUANDO Segunda-feira, apartir das 16h, Dia 15 de Julio QUANTO Gratis

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LANÇAMENTO Sergio Del Puerto

A quarta roda poderá ser um mero detalhe. Um step, quem sabe. Não questione tanto. Quem dá as coordenadas é a montadora local, a Peugeot, o projeto que venceu a edição de 2009 de seu Concurso de Design é ímpar.

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DOCUMENTÁRIO Tomi Lahdesmaki

Uma boa interface não necessáriamente precisa ser inovadora ou ser ter suas informações enxugadas ao máximo, como na vida tudo é relativo no desenvolvimento de interfaces não é diferente!

30

EXPOSIÇÃO

Fotografias do oriente

O escritório de Muti Randolph fica no seu apartamento, um espaçoso loft na praia de Botafogo. Por ali, já passaram os DJs mais importantes do mundo, em eventos concorridíssimos. Este mesmo espaço intimista, onde ele trabalha até hoje com o maior gosto pelo que faz, vale a pena conferir.

ONDE Casa de Cultura Lauro alvin Av. Prudente de morais, 61 QUANDO De segunda a sexta-feira, de 11h as 19h, dia 9 até 13 de Julio QUANTO Gratis

ONDE UVA Unidade Barra Av. Gal. Felicíssimo Cardoso, 500 QUANDO Sexta-feira, de 18h as 21h, dia 28 de Julio QUANTO Gratis

ONDE Senae Rua Gomes Carneiro, 344 QUANDO De segunda a sexta-feira, de 10h até 18h, exposição até 31 de agosto QUANTO R$ 5

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W .T

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W YP ER EP U BL

IC .C O

N EW M


LEIASOBRE WHEN SPACE MEETS ART Temática: Stands y Displays Por: Victionary Editorial: Index Book Año: 2008 Páginas: 240 pág Formato: 20x29,5cm Características: cartoné Idiomas: Inglés P.V.P: R$ 198,00

DISEÑO RENTABLE Temática: Orientación Profesional Por: Xènia Viladàs Editorial: Index Book Año: 2008 Páginas: 224 pág Formato: 13x21,5cm Características: rústica Idiomas: Castellano P.V.P: R$ 170,00

¿Cuánto hace que no acudes a una exposición o evento? ¿Qué información y diversión obtienes de ellos? Presentamos Encuentro entre espacio y arte / Encuentro entre arte y espacio, un nuevo libro que te ayudará a conocer los entresijos de todo tipo de eventos.

Según la autora, este libro sirve para ayudar a las empresas a tomar decisiones que disminuyan los errores y los fracasos atribuibles a una mala gestión del diseño y que mejoren el retorno de su inversión en este campo. Y para lograrlo presenta 10 temas de reflexión sobre el design management.

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LEIASOBRE JUST FOR YOU Temática: Diseño Gráfico Por: Pablo Correa Editorial: Index Book Año: 2009 Páginas: 300 pág Formato: 21x25cm Características: cartoné Idiomas: Inglés P.V.P: R$ 265,00€

‘Just for you’ recopila numerosas piezas e historias de diseñadores, ilustradores y artistas de todo el mundo, que muestran por primera vez sus obras más íntimas. El libro recoge distintas formas de expresión con las que decir ‘Te quiero’ de un modo visual; mediante objetos, tarjetas, logos, posters, graffiti, fotos e ilustraciones. Estas páginas reflejan el trabajo más personal de cada uno de los participantes; una colección de obras que surgen como resultado del amor y no de fines comerciales, supeditados a marcas o clientes.

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SYMBOLS, PICTOGRAMS & SILHOUETTES Temática: Logos Por: Marta Aymerich CD INCLUDED Editorial: Index Book Año: 2008 Páginas: 408 pág Formato: 21x21cm Características: cartoné Idiomas: Inglés P.V.P: R$ 180,00

Símbolos pretende aislar algunos elementos gráficos de su contexto para que así nos podamos recrear los detalles más sutiles, simplicidad de las formas o en la infinidad de respuestas. Cada página de este libro es una mirada distinta, por lo que, de principio a fin, Símbolos está lleno de sorpresas. Y como sorpresa final tienes un CD con algunas de las imágenes aquí ilustradas.


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TOMANOTA

Adesivos para todos os tipos de IPOD Eu como todo designer, tenho um milhão de idéias que a principio são legais mais acabam morrendo durante o dia. Às vezes a minha própria fabrica de pensamentos acaba excluindo ela da minha cabeça. Brincadeiras a parte, recentemente eu comprei um caderninho com folhas sem pauta, simplesmente

pra rascunhar todas minhas idéias, afinal um dia elas podem sair do papel né. O importante é que não nos limitemos durante o processo criativo de algo, para uma idéia não existem limites ou restrições. E como ela será executada? Não sei mais como eu digo no trabalho, isso a gente vê depois!

Estampas Eastpack Antes de começar a escrever de fato, já adianto que ser designer não é ser desenhista, ou simplesmente o cara que deixa as “coisas bonitinhas”. Ser um designer vai muito alem disto. Pode-se dizer que ser um designer é como ser um artista, lógico, com algumas diferenças básicas.

Broches divertidos Talvez a quantidade de objetivos determine isso? Acho que não, sempre que faço uma busca no Google, ele devolve um monte de informações, e podemos dizer que o Google não é um site clean por que tem muita informação!? Não né, na minha humilde opinião o que determina se um site está limpo ou não é o modo como foi hierarquizado as informações, navegação e usabilidade, nunca a quantidade de informações presente. 62B 2009


TOMANOTA Tabuas de skate criativas Durante esse tempo começou a trabalhar para Big Active, a equipe gestora de criatividade de Londres, e seu trabalho encontrou uma inesperada casa nova quando se apresentaram colaborações com clientes comerciais. Apesar de aceitar selecionados desenhos comerciais cada ano, ainda prefere que a maior parte de seu trabalho se concentre em flyers, pôsteres e identidade para amigos e admiradores, fazendo que todo o mundo possa usar, ficar ou tirar sua obra de acordo com seus desejos.

Bonecos para adultos com muito estilo Em minha modesta opinião, uma interface passa a ser boa quanto em seu desenvolvimento é levado em consideração alguns pontos como: usuário, tecnologia e usabilidade. Obviamente existem outros pontos, basicamente, esses são os principais. Uma boa interface não necessáriamente precisa ser inovadora ou ser ter suas informações enxugadas ao máximo, como na vida tudo é relativo no desenvolvimento de interfaces não é diferente! Ela simplesmente precisa ser usual, clara e informativa. Então que parece ser simples, as vezes pode ser a melhor sacada para a interface! Um bom exemplo disto é a interface do Twitter, em contraponto. Obviamente existem outros pontos, basicamente, esses são as interface não necessáriamente precisa ser inovadora ou ser ter suas informações enxugadas ao máximo, como desenvolvimento de interfaces não é diferente!

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Bigou A NOSSA REVISTA DE DESIGN

Revista Bigou: Design e cultura visual, apresenta trimestralmente uma visão global e internacional sobre o design e a cultura gráfica fazendo um foco especial na riqueza cultural latinoamericana e espanhola.

Preços válidos somente para o território nacional. Assinando por cartão ou débito você recebe o primeiro exemplar em 4 semanas.

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